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A Evolução do
Pensamento Econômico
A base histórica da Demanda e a Oferta é iniciada através
do pensamento da Escola Clássica (liberalismo econômico).
Seu principal membro era Adam Smith, que não acreditava
na forma mercantilista de desenvolvimento econômico e
sim na concorrência que impulsiona o mercado e
consequentemente faz girar a economia. Tem como base
fundamental a busca no equilíbrio do mercado (oferta e
demanda) via ajuste de preços, pela não-intervenção estatal
na atividade econômica, prevalecendo a atuação da "ordem
natural" e pela satisfação das necessidades humanas
através da divisão do trabalho, que por sua vez aloca a força
de trabalho em várias linhas de emprego.
É deste contexto que a evolução do pensamento econômico
se torna de suma importância para os mercados da era
moderna. E a economia de um mercado por si só é uma
grande fonte de receitas, entretanto, necessita da oferta e
da demanda para equilibrá-lo.
Adam Smith (filósofo e economista)
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Mercados
Podemos definir mercado (já em uma concepção mais moderna) como:
“O espaço geográfico, tecnológico ou cultural onde se encontram os produtores
e os seus públicos alvos, bem como outras entidades que direta ou
indiretamente estão ligadas à atividade empresarial”.
Estamos conectados a mercados o tempo todo, mesmo que não percebamos.
Mercados podem ser o shopping, internet, rua (feiras), exposições, etc.
Vamos entender um pouco mais sobre mercados.
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Caracterizado pela existência de um único vendedor.
O monopólio é desvantajoso para os consumidores, pois
pode ocorrer a queda da qualidade do produto ou serviço
da empresa uma vez que não existe concorrências para
competir. A legislação comercial brasileira proíbe a criação
de monopólios e práticas monopolistas no país.
MONOPÓLIO MO OLIGOPÓLIO OPL
Caracterizado por poucos vendedores para muitos
compradores. No oligopólio, muitas vezes ocorre a criação
de um cartel, onde as poucas empresas dominantes fazem
um acordo para manter o preço do produto ou serviço
comercializado. Talvez o maior exemplo de oligopólio no
Brasil seja o mercado de telecomunicações, no qual poucas
empresas controlam todo o mercado.
MONOPSÔNIO MPS OLIGOPSÔNIO OPS
É um mercado em que há apenas um único comprador.
Exemplo: Uma grande cooperativa de laticínios que se
compromete a comprar toda a produção de uma
determinada região, garantindo matéria-prima para
seus diversos produtos derivados do leite.
Caracterizado pela existência de um pequeno número de
compradores ou ainda que, embora haja um grande número
de compradores, uma pequena parte destes é responsável
por uma parcela bastante expressiva das compras ocorridas
no mercado. O setor do aço no Brasil é um exemplo de
Oligopsônio. Não há mais que quatro grandes grupos
econômicos que concentram a produção de aço no país.
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MO OPL
MPS OPS
CONCORRÊNCIA PERFEITA CP
Por fim, temos a Concorrência Perfeita, que é caracterizada pelos seguintes fatores:
1- Grande número de pequenos vendedores e compradores;
2- Há livre entrada e saída de empresas no mercado;
3- Perfeita mobilidade dos recursos produtivos;
4- Perfeita transparência, ou seja, perfeito conhecimento pelos compradores e
vendedores, de tudo o que ocorre no mercado.
Como se percebe por suas características, o mercado de concorrência perfeita não
é facilmente encontrado na prática, embora possa se afirmar que os mercados que
mais se aproximam dela são os mercados de produtos agrícolas.
O mercado de concorrência perfeita é estudado pelos economistas para servir
como um paradigma (referencial de perfeição) para análise dos outros mercados.
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1º Fase - Emergência 2º Fase - Crescimento
3º Fase - Maturidade 4º Fase - Declínio
A fase de emergência caracteriza-se pelo aparecimento
de novas competências ou oportunidades que permitem
o surgimento de empresas ou a entrada em novos
negócios de empresas já existentes. Surgem, assim,
novos produtos e novas respostas às necessidade.
A fase de crescimento é caracterizada por uma taxa de
expansão mais elevada, fazendo aumentar a atratividade
do negócio, atraindo, assim, cada vez mais concorrentes.
O fator-chave de sucesso nesta fase é dotar-se de meios
que permitam que a empresa cresça mais rapidamente
do que os seus concorrentes.
A fase de Maturidade é caracterizada por uma estabilização
dos fatores de evolução do jogo concorrencial. É a fase em
que o mercado está em seu auge.
Nesta fase é normal o desaparecimento de empresas, bem
como fusões e aquisições entre os concorrentes, o que é
visível na indústria farmacêutica, nas tecnologias de
informação ou nos fabricantes de automóveis.
O declínio é a última fase do ciclo de vida de um mercado
e é acompanhada por uma modificação progressiva da
estrutura da concorrência.
Os concorrentes “sobreviventes” repartem entre si o
mercado, cujo volume vai decrescendo a um ritmo mais
acelerado, até que alguém ou alguma empresa faça
emergir um novo produto ou serviço, respondendo às
novas necessidades de um grupo de consumidores.
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Existem diversos fatores que contribuem diretamente para a evolução dos mercados.
Vejamos a seguir alguns deles.
VARIAÇÕES SAZONAIS
O consumo de muitos produtos varia ao longo do ano.
A venda de chocolates, por exemplo, aumenta no Inverno e o
consumo de gelados sofre significativo acréscimo no Verão.
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EFEITO DE SUBSTITUIÇÃO DE PRODUTOS
A substituição de muitos produtos por novos – com
desaparecimento ou não dos antigos – provoca alterações
qualitativas e quantitativas nos mercados. Por exemplo, o
surgimento das máquinas de barbear elétrica permitiu, não só a
criação desse mesmo mercado, mas também a expansão do
próprio mercado concorrente – o das lâminas de barbear.
O TEMPO
Muitos mercados evoluem naturalmente ao longo do tempo,
à medida que o consumo desses produtos se vai expandindo
e entrando nos hábitos das pessoas, como por exemplo, o
dos microondas. Atualmente, temos até produtos que são
preparados exclusivamente pelo uso do microondas.
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GRAU DE CONCORRÊNCIA
O aparecimento de novos concorrentes no mercado
leva à dinâmica de desenvolvimento desses
mercados. Exemplo: mercado de sistemas
operacionais Mobile.
MERCADOS CONDICIONADOS
Existem mercados que estão condicionados pelo desenvolvimento
de outros, como é o caso do mercado da TV por cabo, o qual está
condicionado pelo mercado dos televisores.
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As Empresas procuram na tecnologia, atualmente,
grandes fontes de inspiração para novos produtos e
também para a criação de vantagens competitivas
para produtos já existentes. É o caso de câmeras
fotográficas, que filmam, são à prova d’água e que
podem se conectar na internet através de Wi-Fi.
A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA COMO GERADORA DE NOVOS MERCADOS
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“Segmentar um mercado consiste em dividi-lo em
distintos subconjuntos de clientes, podendo cada
um desses, semelhante no seu interior, ser
escolhido como um alvo de mercado específico”.
Existem três grandes critérios usados e que se baseiam nas
características gerais dos consumidores, que são:
Geográficos, Sócio Demográficos e Psicográficos.
O mercado é dividido em unidades territoriais, tais como países, regiões, cidades, bairros, etc. Esta é uma forma
muito comum nas grandes empresas que possuem forças de vendas, pois normalmente distribuem regiões
específicas a cada um dos vendedores, independentemente de combinarem este critério com outros.
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Critério
GEOGRÁFICO
Este tipo de segmentação consiste em decompor o mercado com base em critérios como: idade, gênero, dimensão
da família, tipo de casa, rendimento, nível de estudos, profissão, nacionalidade, religião, etc.
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Critério
SÓCIO DEMOGRÁFICO
Este critério tem a ver com a classe social, o estilo de vida e a personalidade. A classe social exerce
uma profunda influência nas decisões de consumo relativamente a locais de frequência, escolha de
automóveis, produtos alimentícios, vestuário e práticas culturais.
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Critério
PSICOGRÁFICO
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Critério
PSICOGRÁFICO
Ainda no critério Psicográfico, o estilo de vida tem a ver com o modo distintivo e característico de fazer
as suas escolhas. Quanto à personalidade, existem diferenças substanciais entre os consumidores,
sendo uns mais conservadores e outros mais inovadores, uns mais tímidos e outros mais aventureiros.
Podemos enxergar tais critérios com o exemplo que demos há pouco tempo, do cliente que prefere um
carro com mais potência, do cliente que prefere o carro com mais comodidade e espaço interno.
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A demanda significa a quantidade de um bem ou serviço que os
consumidores desejam adquirir por um preço definido em um mercado.
A demanda pode ser interpretada como procura, mas não
necessariamente como consumo, uma vez que é possível querer
e não consumir um bem ou serviço por diversos motivos.
A DEMANDA
Em 23 de Setembro de 2013, a Apple anunciou que vendeu 9 milhões de unidades dos novos modelos do iPhone, 5S e 5C, nos primeiros três dias após o lançamento. A demanda de clientes excedeu a quantidade ofertada destes produtos.
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A DEMANDA
A quantidade de um bem que os compradores desejam e podem comprar é chamada
de quantidade demandada, e depende de diversas variáveis que influenciam a escolha
do consumidor pela compra ou não de um bem ou serviço, como:
marca preço atendimento Bens Substitutos
(ex: margarina e manteiga)
localização
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Existe uma relação inversa/negativa entre preço e quantidade
denominada Lei Geral da Demanda. Quando se tratar de
demanda, pense como um consumidor, ou seja, “se o preço
estiver subindo eu vou comprar menos”. Exemplo:
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Para entendermos bem:
Quanto menor o preço do produto, maior a
quantidade demandada, ou seja, quanto mais
barato, maior será a quantidade de clientes
procurando pelo produto.
Repare que no exemplo anterior, caso
estivesse gratuito, todas as 12 pessoas
próximas dali iriam adquirir o refrigerante.
Se o preço fosse R$1,00, apenas 8 dessas
pessoas iriam adquirir o produto. Se o preço
fosse R$2,00, apenas 4 pessoas iriam adquirir
o produto. E por fim, se o refrigerante
custasse R$3,00, ninguém iria adquiri-lo.
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DETERMINANTES DA DEMANDA
1. DETERMINANTES POSITIVOS - aqueles que influenciam a
aquisição do produto ou serviço, ou seja, são fatores que
despertam o desejo de compra do bem ou serviço.
Dentre eles:
• Aumento da renda do consumidor;
• Melhor localização da loja;
• Melhoria na qualidade do produto ou serviço.
P=Preço / Q=Quantidade
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DETERMINANTES DA DEMANDA
2. DETERMINANTES NEGATIVOS - aqueles que influenciam para
a não-aquisição do produto ou serviço, ou seja, fatores que
influenciam o desejo de não-compra.
Dentre eles:
• Decréscimo da renda do consumidor;
• Dificuldades na localização da nova loja;
• Piora na qualidade do produto ou serviço. P=Preço / Q=Quantidade
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A OFERTA
A oferta é a quantidade de bens ou serviços que os produtores dos mesmos desejam vender em
determinado espaço de tempo. A oferta depende de algumas variáveis, como:
Quantidade Ofertada de
um bem
Preço deste bem Preço dos bens concorrentes
O custo da produção
destes bens
A tecnologia empregada na
produção
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A demanda sempre influencia a oferta, ou seja,
a demanda que determina o movimento da oferta.
Quando há o aumento do preço de um produto,
por exemplo, maior é o estimulo para a fabricação
deste bem. Quando a quantidade deste bem se
normaliza no mercado, há a redução de seu preço,
estimulando a demanda e desestimulando a
vontade dos fabricantes de produzi-lo.
Sabemos que o principal objetivo dos
produtores quando oferecem os seus
produtos é o de maximizarem os seus
lucros. Logo, é natural que, quanto mais
elevado o preço, maior será a quantidade
que os produtores irão querer vender.
Logo, o contrário também é verdade:
quanto mais baixo é o preço do mercado,
menor a quantidade de produtos que as
empresas irão querer vender.
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Existe uma relação direta/positiva entre preço e quantidade,
denominada Lei Geral da Oferta. Quando se tratar de oferta,
pense como um empresário, ou seja, se o preço estiver subindo
eu vou querer vender mais produtos, pois isso me dará mais lucro.
Vamos utilizar novamente o exemplo com refrigerantes:
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Para entendermos bem:
Quanto maior o preço que o mercado demanda, maior vai ser a
quantidade ofertada de produtos, ou seja, quanto mais caro o
mercado tiver pagando por um produto, mais interessante será
para que o empresário fabrique tal produto.
Repare que, no exemplo anterior, caso fosse gratuito nenhum
empresário iria produzir refrigerantes. Caso o valor do produto
estivesse R$1,00, apenas um empresário iria produzir. Caso o
valor fosse R$2,00, iríamos ter 3 empresários produzindo e, por
fim, caso estivesse a R$3,00, todos os 5 empresários iriam
produzir refrigerantes.
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DETERMINANTES DA OFERTA
1. DETERMINANTES POSITIVOS - são aqueles que influenciam a
produção do bem ou serviço, ou seja, são fatores que despertam
o desejo do fabricante produzir ou expor seus produtos.
Dentre eles:
• Diminuição dos impostos;
• Melhoria da tecnologia;
• Aumento dos subsídios.
P=Preço / Q=Quantidade
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DETERMINANTES DA OFERTA
2. DETERMINANTES NEGATIVOS - são aqueles que
desestimulam a produção do bem ou serviço, ou seja,
são fatores que inibi o desejo do fabricante produzir ou
expor seus produtos.
Dentre eles:
• Aumento nos impostos;
• Falha na tecnologia utilizada;
• Diminuição dos subsídios.
P=Preço / Q=Quantidade
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EQUILÍBRIO DE MERCADO
O equilíbrio de mercado ocorre quando a quantidade de produtos e serviços que
os consumidores desejam comprar é exatamente igual à quantidade de produtos
e/ou serviços que os produtores querem vender. Não há sobras.
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EQUILÍBRIO DE MERCADO
Repare que houve um equilíbrio de mercado entre a demanda e a oferta. Tanto a quantidade, quanto o preço, estão satisfatórios para clientes e produtores.
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Em outras palavras, no equilíbrio de mercado não há excesso ou falta de demanda ou oferta.
Existe coerência de desejos.
Em mercados concorrenciais, os mecanismos de preço tendem naturalmente ao equilíbrio:
Consumidores e produtores chegam em um consenso mútuo em relação ao valor do produto.
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A LEI DA OFERTA
E DA DEMANDA
Na economia, a Lei da Oferta e Procura, também
chamada de Lei da Oferta e da Demanda, é a lei que
estabelece a relação entre a demanda de um produto
(a procura) e a quantidade que é oferecida (a oferta).
A partir dela, é possível descrever o comportamento
preponderante dos consumidores na aquisição de bens
e serviços em determinados períodos, em função de
quantidades e preços.
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QUANDO A OFERTA
É MAIOR QUE A DEMANDA
Quando a oferta é maior do que a demanda, significa que existem mais
pessoas vendendo do que comprando. O resultado disso é um excedente de
produtos no mercado, sem compradores. Temos deflação. Os preços caem,
pois todos querem vender e estão competindo entre si pelo cliente.
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QUANDO A OFERTA
É MENOR QUE A DEMANDA
Já quando a oferta é menor do que a demanda, existem mais
pessoas comprando do que vendedores produzindo. O resultado
disso é a falta de produtos no mercado. Temos inflação. Os preços
sobem, pois os consumidores estão disputando entre si a aquisição
de bens e produtos que estão “em falta” no mercado.
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Um bom exemplo que encontramos em nosso dia a dia é o
supermercado. Em épocas específicas como Páscoa, por
exemplo, os produtos de época tendem a ficarem mais
caros, pois a demanda pelos mesmos aumenta em uma
proporção muito maior que o aumento de sua oferta.
O mesmo vale para Natal, Dias das Mães e outras datas.
É assim que funcionam os mercados.
QUANDO A OFERTA
É MENOR QUE A DEMANDA