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COLÉGIO XXV DE ABRIL CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA HARDWARE: MONTAGEM E CONFIGURAÇÃO DE MICROCOMPUTADORES Neumar A.Wildner Revisado em fev/2004

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Page 1: Curso Hardware

COLÉGIO XXV DE ABRILCURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA

HARDWARE:

MONTAGEM E CONFIGURAÇÃO

DE

MICROCOMPUTADORES

Neumar A.Wildner Revisado em fev/2004

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HARDWARE: MONTAGEM E CONFIGURAÇÃO DEMICROCOMPUTADORES

Elaborado por Neumar Alberti Wildner ([email protected])

2a.Edição revisada - Itararé(SP), 2004.

É permitido reproduzir e distribuir cópias deste manual, desde que acompanhadas dos devidos registros dedireitos e este aviso seja mantido em todas as cópias.

Todas as marcas registradas citadas são de uso e direito de seus respectivos proprietários. As marcasregistradas são de propriedade dos seus autores.

A presente publicação foi produzida com o máximo de cuidado. O editor, porém, não assumeresponsabilidades sobre eventuais erros de interpretação, omissões ou danos resultantes do uso dasinformações aqui descritas, por terceiros, de boa ou má fé.

Os autores gostariam de ser avisados sobre modificações e traduções.

Page 3: Curso Hardware

Tabela de conteúdos1.Introdução.........................................................................................................................................................12.Tipos de Computadores...................................................................................................................................2

Desktop..........................................................................................................................................................2Servidor..........................................................................................................................................................2Notebook........................................................................................................................................................2Handheld / Palmtop........................................................................................................................................2Tablet PC.......................................................................................................................................................3Mainframe......................................................................................................................................................3

3.Principais Componentes e Conceitos .............................................................................................................4Gabinetes.......................................................................................................................................................4Placa Mãe.......................................................................................................................................................5

Chipset......................................................................................................................................................5BIOS..........................................................................................................................................................5Memória CMOS........................................................................................................................................6Slot’s para módulos de memória..............................................................................................................6Clock.........................................................................................................................................................6

Layout de Placa Principal ..............................................................................................................................7Microprocessador (CPU)................................................................................................................................8

Clock Speed ou Clock Rate......................................................................................................................9Overclock..................................................................................................................................................9

Memória Principal.........................................................................................................................................10Novas Tecnologias..................................................................................................................................11

Barramentos.................................................................................................................................................11Padrão ISA..............................................................................................................................................12Padrão EISA e MCA Bus........................................................................................................................12Padrão VLBUS (VESA Local Bus)..........................................................................................................12Padrão PCI (Peripheral Component Interconnect).................................................................................12Porta Serial..............................................................................................................................................12Porta Paralela..........................................................................................................................................13Interface de Disco IDE............................................................................................................................13SCSI (Small Computer System Interface)..............................................................................................14AGP (Accelerated Graphics Port)...........................................................................................................14Interface USB (Universal Serial Bus)......................................................................................................15Fireware..................................................................................................................................................15

Placas Controladoras de Vídeo....................................................................................................................15Pedido de Interrupção (IRQ)........................................................................................................................16DMA (Acesso Direto à Memória).................................................................................................................18Plug And Play...............................................................................................................................................18

4.Dispositivos de Entrada e Saída – E/S (Input/Output – I/O) .........................................................................19Monitores de Vídeo......................................................................................................................................19Teclado.........................................................................................................................................................19Mouse...........................................................................................................................................................19Hard Disk ou Winchester.............................................................................................................................20

Geometria lógica e física.........................................................................................................................20Cálculo da capacidade............................................................................................................................20Formatação.............................................................................................................................................21

Floppy Drive.................................................................................................................................................22Drives de CD-ROM......................................................................................................................................22Discos Virtuais..............................................................................................................................................23Impressoras..................................................................................................................................................23

Page 4: Curso Hardware

Impressora Matricial................................................................................................................................23Impressora a Jato de Tinta.....................................................................................................................23Impressora Laser....................................................................................................................................24

Scanner........................................................................................................................................................24Scanner alimentado por folhas...............................................................................................................24Scanner de mesa....................................................................................................................................24Scanner manual......................................................................................................................................24

Placas Fax-Modem......................................................................................................................................245.Sistema Operacional .....................................................................................................................................266.Instalações e Manuseio..................................................................................................................................27

Eletricidade Estática.....................................................................................................................................27Segurando os componentes corretamente..................................................................................................27Manuseio de componentes..........................................................................................................................29Recomendações sobre instalação elétrica..................................................................................................31Sistemas de Proteção..................................................................................................................................31

Filtros de linha.........................................................................................................................................31Estabilizadores de Tensão......................................................................................................................31No-Break.................................................................................................................................................31

7.Montagem e Configuração.............................................................................................................................32Verificação inicial..........................................................................................................................................32Recursos necessários..................................................................................................................................32Roteiro de Montagem...................................................................................................................................32

8.Ligando o Equipamento e Verificando o Funcionamento .............................................................................35Instalação.....................................................................................................................................................35Teste Inicial ao Ligar....................................................................................................................................35SETUP.........................................................................................................................................................35BOOT...........................................................................................................................................................36Instalando o Sistema Operacional...............................................................................................................36Configurando os dispositivos.......................................................................................................................37

9.Glossário........................................................................................................................................................3810.Links.............................................................................................................................................................39

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HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 1

1. IntroduçãoBasicamente, podemos representar como um computador opera através de um diagrama, mostrado nodiagrama 1.1:

Nesse diagrama, o nível mais baixo executa as “ordens “ do nível mais superior e suas funções estãoassim distribuidas:• Hardware: é o equipamento físico, consistindo do gabinete, processador, placas, memórias,

periféricos, vídeo, teclado, mouse, driver, winchester, etc.• BIOS (Basic Input/Output System): é um conjunto de programas armazenados em memória tipo

ROM, que contém funções para inicialização e uso do sistema.• Sistema Operacional: é o conjunto de programas que é carregado para a memória assim que o

hardware é inicializado. Responsável pela operacionalização dos recursos e supervisão dosprocessos computacionais.

• Aplicativo: é o software executado para atender as necessidades dos usuários, tais como: editoresde texto, planilhas eletrônicas, navegador para Internet, bancos de dados, compiladores einterpretadores, etc.

• Usuário: é o operador do sistema.Nessa apostila serão abordados os principais conceitos relacionados a arquitetura e funcionamento deum microcomputador ou seja, a camada mais inferior desse diagrama: o Hardware. As duas camadaslogo acima dessa também serão abordadas (BIOS e S.O.) com o objetivo de entender o que umcomputador precisa para entrar em operação. Ou seja, estar disponível para ser utilizado.A abordagem adotada visa fornecer informações básicas sobre o funcionamento desses componentes,procurando fornecer um entendimento genérico sobre os computadores. Para isso utilizaremos a famíliade microcomputadores PC (originada com o IBM-PC) como referência, que é baseada na linha deprocessadores INTEL (ou compatíveis). A apostila está estruturada para fornecer informações técnicas sobre a montagem e configuração básicados microcompudadores. Nos capítulos 2 a 4 serão descritas algumas características dos principaiscomponentes que compõe os microcomputadores, sua importância relativa no conjunto e aspectos decompatibilidade. No capítulo 5 você encontrará uma referência suscinta sobre Sistemas Operacionais. Nocapítulo 6 fornecemos orientações quanto aos cuidados no manuseio dos componentes para evitardanos. O capítulo 7 contém as instruções para montagem de um microcomputador e no capítulo 8,finalizaremos o processo com as orientações sobre configuração do SETUP. O capítulo 9 é um glossáriodos termos mais comuns encontrados nesse material e, finalizando, no capítulo 10 incluímos alguns linksde sites com farto material sobre hardware. Cabe salientar que a evolução tecnológica, além de constante, está muito rápida. Cabe a cada um buscaros meios para se manter atualizado e a leitura de publicações especializadas é um desses instrumentos.A Internet também é uma fonte inesgotável de informação – não deixe de explorá-la.

Diagrama 1.1 - Diagrama de nível de um sistema computacional

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HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 2

2. Tipos de ComputadoresAté o início da década de 80, era comum classificar os computadores apenas de acordo com o seutamanho: computadores, minicomputadores ou micro-computadores. Atualmente são utilizados outros termos, associados ao tamanho e função a que se destinam.

Desktop

São os microcomputadores de mesa, usados individualmente.Objeto do curso de montagem e configuração.

ServidorComputadores destinados a disponibilização de serviços a usuários (clientes) de uma rede. Para estafunção podem ser utilizados desde microcomputadores comuns (desktop’s) quanto configuraçõesaltamente especializadas, de acordo com o grau de criticidade e volume de serviços alocados.

Notebook

São microcomputadores portáteis que possuem os mesmos recursos dosdesktop’s, porém são mais leves e consomem menos energia, visandoaumentar a autonomia das baterias. Os componente utilizados na montagem dos notebooks não são os mesmosusados nos micros de mesa. A portabilidade e tamanho exigemcomponentes menores e mais resistentes a movimento.

Handheld / Palmtop

Desde os anos 90 esses dois modelos vêm se popularizando. São aparelhos pequenose leves, para serem levados no bolso, capazes de executar todas as funções básicas,como processamento de texto, planilhas, coleta de dados, aceso à internet, etc.Os handhelds tem a aparência de um notebook em miniatura, com o mesmo desenhobásico: tela e teclado.Os palmtops são mais compactos e não possuem teclado. O texto é digitado através deum teclado gráfico formado em parte da tela ou escrito à mão em um espaço reservado.

Figura 2.1 Desktop

Figura 2.1 Notebook

Figura 2.2 Handheld

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Tablet PC

Se parecem com um notebook com a tela no lugar errado ou mesmo umportátil convencional. O monitor de cristal líquido (LCD) gira e se encaixasobre o teclado, e ao pressionar um pequeno botão na parte superior umacaneta que utiliza um mecanismo “tinta digital” é ejetada para que o usuáriofaça anotações por escrito na tela, como num bloco de notas. Surgem comoalternativa mais flexível aos notebooks, especialmente para usuárioscorporativos remotos. Embora muito parecidos com um portátil convencional, a arquitetura dehardware dos Tablet PCs é um pouco mais simples. Além de teladigitalizadora de alta resolução e de um sistema de reconhecimento deescrita muito parecido com o dos palmtops, eles utilizam processadores desubnotebooks, possuem placa Wi-Fi (802.11b) sem fio, padrão Ethernet,modems de 56 Kbps embutidos e um teclado integrado ou como opcional. Omesmo acontece com a leitora de disco óptico, que é fornecida comoopcional ou drive externo. Outro diferencial é a tela de LCD protegida por um vidro resistente – os fabricantes recomendam aousuário apoiar mesmo as mãos no monitor, sem medo de quebrar ou de acionar algum comandosensível ao toque como nos handhelds. Isso porque os tablets funcionam apenas com a ação da canetaeletrônica.

Mainframe

Computadores de grande capacidade de processamento. Atualmente, como todosos demais equipamentos, também apresenta tamanho bastante reduzido emrelação aos modelos antigos. Utilizado principalmente nas grandes empresas, como servidores de grandesbancos de dados, efetuando processamento centralizado.

Figura 2.3 Tablet PC

Figura 2.4 Mainframe

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3. Principais Componentes e Conceitos

GabinetesDiferentemente de outros eletrodomésticos que utilizam fontes lineares, os microcomputadores utilizamfontes chaveadas, pois estas permitem uma substancial redução de tamanho e são mais eficientes. A potência da fonte deve ser compatível com o tipo de micro a ser montado e com seus periféricos. Odimensionamento de uma fonte para um microcomputador depende da quantidade de periféricos, econseqüentemente das placas que serão ligadas no barramento de expansão. Sempre nesses casosdevemos escolher uma fonte onde não se utilize mais de 2/3 da sua potência nominal. As tensões geradas por uma fonte chaveada para microcomputadores são 5VDC, 12VDC, -12VDC e-5VDC. Além desses, existe um sinal de +5VDC gerado pela fonte denominado POWER GOOD. Estetem como função indicar à placa-mãe o perfeito funcionamento da fonte e a partir deste, o chipset gerasinais de RESET para todos CIs da placa. Tudo depende do bom funcionamento da fonte.

Os compartimentos de drives do gabinete são os chamados "baias". Variam segundo a quantidade e ocomprimento, geralmente de 3½" (para HDs e Floopy Drives) e 5¼" (CD-ROMs). Os PC's normalmente são montados em gabinetes padrões no formatos Torre (Mini tower, Midi tower eFull tower) ou Mesa (Desktop e Desktop slim).Os modelos midi e mini tower são normalmente empregados na integração de PC’s para aplicaçõesprofissionais ou domésticas. Para ambientes nos quais a economia de espaço é fundamental,recomenda-se a utilização dos modelos Desktop ou Desktop slim, já que o monitor de vídeo poderá serutilizado sobre o gabinete. Geralmente os gabinetes desktops necessitam que um ventilador internoadicional seja instalado para compensar o menor espaço interno (que dificulta sua refrigeração). Outradesvantagem dos modelos desktop’s é a falta de espaço para a instalação de periféricos adicionais.

O modelo full tower é empregado para integração de PC’s servidores, já que esses disponibilizam espaçosuficiente para a integração de vários periféricos adicionais (vários HD), motherboard’s com dimensãomaior e também maior circulação de ar interno.

Figura 3.1 - fonte de alimentação

Figura 3.4 - Gabinete mesaFigura 3.3 - Gabinete torre

miniFigura 3.2 - Gabinete torre full e midi

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Do ponto de vista externo, um gabinete ATX é bem parecido com um gabinete AT (antigos modelos). Asdiferenças são mínimas. Uma delas é que o velho botão Turbo, bem como o Turbo LED, que já haviamcaído em desuso há alguns anos, foram definitivamente eliminados.

Placa MãePlaca Mãe (Motherboard em inglês) ou Placa Principal é o componente base dos microcomputadoresatuais. Traz todos os componentes que permitem ao processador comunicar-se com os demaisperiféricos: discos rígidos, placas de vídeo, etc. Outra função importante da placa mãe é acomodar ealimentar eletricamente o processador.A placa mãe é desenvolvida para atender às características especificas de famílias de processadores,incluindo até a possibilidade de uso de processadores ainda não lançados, mas que apresentem asmesmas características previstas na placa.A placa mãe é determinante quanto aos componentes que podem ser utilizados no micro e sobre aspossibilidades de upgrade, influenciando diretamente na performance do micro.Diversos componentes integram a placa-mãe, como pode ser visto nas figuras 3.6 e 3.7. Alguns destescomponentes serão analisados a seguir:

• Chipset

Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao microcomputador que gerenciam praticamente todo ofuncionamento da placa-mãe (controle de memória cache, DRAM, controle do buffer de dados,interface com a CPU, etc.).O chipset é composto internamente de vários outros pequenos chips, um para cada função que eleexecuta. Há um chip controlador das interfaces IDE, outro controlador das memórias, etc. Existemdiversos modelos de chipset’s, cada um com recursos bem diferentes. Devido à complexidade das motherboards, da sofisticação dos sistemas operacionais e do crescenteaumento do clock, o chipset é o conjunto de CIs (circuitos integrados) mais importante domicrocomputador. Fazendo uma analogia com uma orquestra, enquanto o processador é o maestro, ochipset seria o resto!

• BIOS

O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico de entrada e saída, é a primeira camada desoftware do micro, um pequeno programa que tem a função de “iniciar” o microcomputador. Durante oprocesso de inicialização, o BIOS é o responsável pelo reconhecimento dos componentes dehardware instalados, dar o boot, e prover informações básicas para o funcionamento do sistema.O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a utilização de Sistemas Operacionaisdiferentes (Linux, Unix, Hurd, BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS que estãodescritos os elementos necessários para operacionalizar o Hardware, possibilitando aos diversos S.O.acesso aos recursos independe de suas características específicas.O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo EPROM (Erased Programmable Read OnlyMemory). É um tipo de memória "não volátil", isto é, desligando o computador não há a perda dasinformações (programas) nela contida. O BIOS é contem 2 programas: POST (Power On Self Test) eSETUP para teste do sistema e configuração dos parâmetros de inicialização, respectivamente, e defunções básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo Sistema Operacional.Quando inicializamos o sistema, um programa chamado POST conta a memória disponível, identificadispositivos plug-and-play e realiza uma checagem geral dos componentes instalados, verificando seexiste algo de errado com algum componente. Após o término desses testes, é emitido um relatório

Figura 3.5 - Gabinetes AT e ATX

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HARDWARE: Montagem e Configuração de Microcomputadores 6

com várias informações sobre o hardware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil erápida de verificar a configuração de um computador. Para paralisar a imagem tempo suficiente paraconseguir ler as informações, basta pressionar a tecla “pause/break” do teclado.Caso seja constatado algum problema durante o POST, serão emitidos sinais sonoros indicando otipo de erro encontrado. Por isso, é fundamental a existência de um alto-falante conectado à placamãe.Atualmente algumas motherboard's já utilizam chips de memória com tecnologia flash. Memórias quepodem ser atualizadas por software e também não perdem seus dados quando o computador édesligado, sem necessidade de alimentação permanente. As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix. 50% dos micros utilizam BIOS AMI.

• Memória CMOS

CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) é uma memória formada por circuitos integradosde baixíssimo consumo de energia, onde ficam armazenadas as informações do sistema (setup),acessados no momento do BOOT. Estes dados são atribuídos na montagem do microcomputadorrefletindo sua configuração (tipo de winchester, números e tipo de drives, data e hora, configuraçõesgerais, velocidade de memória, etc) permanecendo armazenados na CMOS enquanto houveralimentação da bateria interna. Algumas alterações no hardware (troca e/ou inclusão de novoscomponentes) podem implicar na alteração de alguns desses parâmetros. Muitos desses itens estão diretamente relacionados com o processador e seu chipset e portanto érecomendável usar os valores default sugerido pelo fabricante da BIOS. Mudanças nessesparâmetros pode ocasionar o travamento da máquina, intermitência na operação, mau funcionamentodos drives e até perda de dados do HD.

• Slot’s para módulos de memória

Na época dos micros XT e 286, os chips de memória eram encaixados (ou até soldados) diretamentena placa mãe, um a um. O agrupamento dos chips de memória em módulos (pentes), inicialmente de30 vias, e depois com 72 e 168 vias, permitiu maior versatilidade na composição dos bancos dememória de acordo com as necessidades das aplicações e dos recursos financeiros disponíveis.Durante o período de transição para uma nova tecnologia é comum encontrar placas mãe com slotspara mais de um modelo. Atualmente as placas estão sendo produzidas apenas com módulos de 168vias, mas algumas comportam memórias de mais de um tipo (não simultaneamente): SDRAM,Rambus ou DDR-SDRAM.

• Clock

Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que gera um pulso elétrico. A função do clock ésincronizar todos os circuitos da placa mãe e também os circuitos internos do processador para que osistema trabalhe harmonicamente. Estes pulsos elétricos em intervalos regulares, são medidos pela sua freqüência cuja unidade é dadaem hertz (Hz). 1 MHz é igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Normalmente os processadores sãoreferenciados pelo clock ou freqüência de operação: Pentium IV 2.8 MHz.

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Layout de Placa Principal

Figura 3.1 - Layout Placa modelo AT

Figura 3.2 - Placa ATX ASUS P4S333

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Microprocessador (CPU)O Microprocessador ou Unidade Central de Processamento é o coração de um microcomputador, masnão é necessariamente o maior responsável pelo desempenho. Assim como a escolha do processador éimportante, a dos demais componentes é tão ou até mais critica.Há uma máxima que diz: Um micro será tão rápido quanto seu componente mais lento.A escolha de um processador não deve recair apenas em sua velocidade de operação (clock), mas simno conjunto das suas especificações em consonância com os demais componentes do micro.A tabela 1 mostra algumas características dos principais modelos de processadores da Intel quemarcaram a evolução da informática desde o surgimento do 8088.

Ano Processador Clock Barramento (int/ext) End.memória Cache1978 8088 4.77 MHz 16/8 bits 1MB (216 x 24) Não1982 80286 6 – 8 MHz 16 bits 16MB (224) Não1985 80386SX 16 – 33 MHz 32/16 bits 4GB (232) L2 (externo)1985 80386DX 16 – 40 MHz 32 bits 4GB L2 (externo)1989 80486DX 50 – 100 MHz 32 bits 4GB L1 (int) L2 (ext)1993 Pentium (P54c) 60 – 200 MHz 32/64 bits 4GB L1 (int) L2 (ext)1995 Pentium Pro (P6) 150 – 200 MHz 32/64 bits 64GB (232) L1 (int) L2 (int)1996 Pentium MMX (P55c) 166 – 233 MHz 32/64 bits 4GB L1 (int) L2 (ext)1997 Pentium II (i440Bx) 300 – 400 MHz 32/64 bits 64GB L1 (int) L2 (anexo)1998 Celeron 233 – 266 MHz 32/64 bits 64GB L1 (int) 1998 Pentium III 450 - 1000 MHz 32/64 bits 64GB L1 (int) L2 (int)2000 Pentium IV 1.4 – 3.4 GHz 32/128 bits 64GB L1 (int) L2 (int)

Tabela 1 – Características de alguns modelos de processadores da Intel

Cabe lembrar que estes processadores Intel são de tecnologia CISC (Complex Instruction SetComputing). O processador mantém compatibilidade do microcódigo (sub-rotinas internas ao própriochip) com toda a linha de processadores anteriores a ele, isto é, um programa feito para o 8088 dosmicros XT deve rodar num Pentium sem problemas (obviamente muito mais rápido). O inverso não épossível. Os chips RISC dissipam menos calor e rodam a freqüências de clock maiores que os chips CISC. Sãoutilizados em Workstation, um tipo de computador mais caro e com muito maior performance rodandonormalmente sob o UNIX e utilizados em processamento científico, grandes bases de dados e aplicaçõesque exijam proteção absoluta dos dados e processamento Real-Time (tipo transações da Bolsa deValores). A IBM foi a pioneira dessa tecnologia na década de 1970, o que resultou numa arquitetura deprocessador chamada POWER (Performance Optimized With Enhanced RISC), a qual foi inicialmenteimplementada na primeira Workstation IBM RS/6000 (RISC System/6000) introduzida em Fevereiro de1990, e eventualmente formou a base para os processadores PowerPC da Apple/IBM/Motorola. A idéia do chip RISC é que, por simplificar a lógica necessária para implementar um processador(fazendo este capaz de executar apenas simples instruções e modos de endereçamento), o processadorpode ser menor, menos caro, e mais rápido, usando inclusive menos energia. Exemplos de chips RISC: Intel i860, i960, Digital Alpha 21064, HPPA-RISC, MIPS, Sun Sparc PC(Macintosh), etc. Muitas modificações implantadas atualmente no Pentium são oriundas dos chips RISC tornando-se naverdade um processador híbrido chamado de CRISC.

Figura 3.4 - Processador AMD -K6

Figura 3.3 - Processador Pentium (1a.geração) e socket

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• Clock Speed ou Clock Rate

É a velocidade pela qual um microprocessador executa instruções. Quanto mais rápido o clock, maisinstruções uma CPU pode executar por segundo. Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do processador. Porém, alguns computadores têmuma "chave" que permite 2 ou mais diferentes velocidades de clock. Isto é útil porque programasdesenvolvidos para trabalhar em uma máquina com alta velocidade de clock podem não trabalharcorretamente em uma máquina com velocidade de clock mais lenta, e vice versa. Além disso, algunscomponentes de expansão podem não ser capazes de trabalhar a alta velocidade de clock. Assim como a velocidade de clock, a arquitetura interna de um microprocessador tem influência na suaperformance. Dessa forma, 2 CPU´s com a mesma velocidade de clock não necessariamente trabalhamigualmente. Enquanto um processador Intel 80286 requer 20 ciclos para multiplicar 2 números, um Intel80486 (ou superior) pode fazer o mesmo cálculo em um simples ciclo. Por essa razão, estes novosprocessadores poderiam ser 20 vezes mais rápido que os antigos mesmo se a velocidade de clock fossea mesma. Além disso, alguns microprocessadores são superescalar, o que significa que eles podemexecutar mais de uma instrução por ciclo. Como as CPU´s, os barramentos de expansão também têm a sua velocidade de clock. Seria ideal que asvelocidades de clock da CPU e dos barramentos fossem a mesma para que um componente não deixe ooutro mais lento. Na prática, a velocidade de clock dos barramentos é mais lenta que a velocidade daCPU.

• Overclock

Overclock é o aumento da freqüência do processador para que ele trabalhe mais rapidamente. A freqüência de operação dos computadores domésticos é determinada por dois fatores:

• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida também como velocidade debarramento, que nos computadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz.

• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 que permite ao processador trabalharinternamente a uma velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que os outrosperiféricos do computador (memória RAM, cache L2, placa de vídeo, etc.) continuamtrabalhando na velocidade de barramento.

Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha com velocidade de barramento de 66 MHz emultiplicador de 2,5x. Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o processador trabalha a 166 MHz masse comunica com os demais componentes do micro a 66 MHz. Tendo um processador Pentium 166 (como o do exemplo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz,simplesmente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para 3x. Caso a placa-mãe permita, pode-seusar um barramento de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais modernas suportam essavelocidade de barramento). Neste caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium 166poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz (2,5 x 83). As freqüências de barramento e domultiplicador podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de configuração da placa-mãe, oque torna indispensável o manual da mesma. O aumento da velocidade de barramento da placa-mãepode criar problemas caso algum periférico (como memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essavelocidade. Quando se faz um overclock, o processador passa a trabalhar a uma velocidade maior do que ele foiprojetado, fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. Com isto, reduz-se a vida útil do

Figura 3.5 - Processador Pentium IV e chipset i850Figura 3.6 - Processador AMD ATHLON

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processador de cerca de 20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já que os processadoresrapidamente se tornam obsoletos). Esse aquecimento excessivo pode causar também freqüentes"crashes" (travamento) do sistema operacional durante o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar amáquina. Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um cooler (ventilador que fica sobre o processadorpara reduzir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma pasta térmica especial que épassada diretamente sobre a superfície do processador.

Memória PrincipalÉ onde são armazenadas, temporariamente, as instruções e dados necessários ao processamento:sistema operacional, programas de aplicações e informações. Todo o programa para ser executado,tem que estar na memória RAM (Random Access Memory – Memória de acesso aleatório), seja ele umeditor de texto, antivírus, protetor de tela ou navegador web. Na memória não há distinção entre dados einstruções de programas, tudo é armazenado em formato binário. Quanto mais memória, maior o espaçopara armazenamento de informações durante o processamento.As memórias RAM geralmente são voláteis, isto é: quando o computador é desligado as informações sãoperdidas. Os tipos de memória diferenciam quanto ao formato físico:

• DIP – Dual Inline Package = corresponde aos chips de memória, que inicialmente eramsoldados diretamente nas placas ou plugados em soquetes individuais.

• SIPP – Single Inline Pin Package = primeiros módulos de memória. Utilizavam pinos (perninhas)para conexão.

• SIMM - Single Inline Memory Module = módulos de memória com contato simplificado.• DIMM - Dual Inline Memory Module = módulos com contatos diferenciados de cada lado da

placa.• RIMM – Direct Rambus Memory Module = módulos de memória com tecnologia Rambus.

quanto ao número de vias (pinos de acesso e controle), tempo de acesso (70, 60, 50ns, etc., em ordemcrescente de desempenho) e tipo de tecnologia (FPM, EDO, SDRAM, etc.).As memórias FPM (Fast Page Mode) são de tecnologia mais antiga, apesar de serem encontradas nos486 e nos primeiros Pentium. Possuem tempo de acesso de 80, 70 e 60ns. Suportam velocidades debarramento de até 66 MHz. As memórias EDO (Extended Data Output) têm leitura mais rápida que as memórias do tipo FPM, comcerca de 20% de vantagem. Esta tecnologia é usada em pentes de 72 vias, possui tempo de acesso de70, 60 e 50ns, e suporta velocidades de barramento de até 66 MHz. Algumas memórias de melhorqualidade, utilizando a tecnologia EDO, suportam velocidades de barramento de 75 ou até mesmo 83MHz. Tanto as memórias FPM quanto as memórias EDO são assíncronas, isto é, elas trabalham em seupróprio ritmo, independentemente dos ciclos da placa mãe. São chamadas DRAM (Dynamic RandomAccess Memory) e precisam continuamente de um sinal da CPU (refresh) para manterem seus dadosarmazenados.

A SDRAM (Synchronous Dynamic RAM) trabalha sincronizada com os ciclos da placa mãe, sem tempos

Figura 3.7- pentes de memória

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de espera. São módulos de memória DIMM (168 vias) que não necessitam do ciclo de "refresh". Osmódulos SDRAM foram inicialmente produzidos para funcionar 66 MHz, chamados de PC-66, devido aosfabricantes terem encontrado dificuldades para produzir as memórias PC-100. Com a proliferação dosprocessadores com Bus de 100 MHz, as memórias PC-100 e mais recentemente também as PC-133MHz tornaram-se padrão.Vale lembrar que as PC-133 funcionam normalmente em placas mãe com bus de 66 ou 100 MHz, assimcomo as PC-100 funcionam a 66 MHz. É possível misturar módulos SDRAM de tempos diferentes namesma placa mãe, desde que nivele por baixo, ou seja, utilize uma freqüência de barramento compatívelcom o módulo mais lento.Existem, entretanto, incompatibilidades entre algumas marcas ou modelos de módulos de memória ealguns modelos específicos de placas mãe, assim como algumas combinações de módulos de marcasdiferentes. Por isso, em algumas combinações pode ser que o micro não funcione. Existem tambémalguns casos de placas-mãe antigas que são incompatíveis com módulos de memória SDRAM PC-100ou PC-133 ou módulos de 64MB.

• Novas Tecnologias

Memórias DDR-SDRAM (Double Data Rate) permitem duas transferências de dados por ciclo de clock.Enquanto num módulo de memória SDRAM PC-100 são transferidos 64 bits por ciclo de clock,resultando em uma taxa de transferência de 800 MB/s, num módulo de DDR-SDRAM, também a 100MHz, teríamos duas transferências de 64 bits em cada ciclo, alcançando 1.6 GB/s de transferência.Os módulos de DDR-SDRAM são parecidos com os módulos de memórias SDRAM – mesmocomprimento, mas com 184 vias. Para evitar que os módulos sejam encaixados em slot’s nãoapropriados a posição da fenda é diferente.As memórias Direct RAMBUS, permitem um barramento de dados de apenas 16 bits de largura emoposição aos 64 bits da SDRAM, suportando em compensação, freqüências de barramento de até 400MHz com duas transferências por ciclo, o que na prática equivale a uma freqüência de 800 MHz.Diferentemente das memórias DDR que são apenas uma evolução da SDRAM, as memórias DirectRAMBUS trazem uma arquitetura completamente nova, que exige modificações muito maiores noschipset destinados a suporta-la, significando maiores custos de desenvolvimento e produção.Os módulos de memórias RAMBUS são chamados de RIMM (Direct Rambus Memory Modules),semelhantes aos módulos DIMM, mas em geral eles vem com uma proteção de metal sobre os chips dememória.

BarramentosO barramento (bus em inglês) é a auto-estrada dos dados. O barramento transporta dados entre oprocessador e outros componentes. É através do barramento que o processador comunica-se com seuexterior: memória, chips da placa principal, placas de expansão, etc..

A maior parte dos sinais digitais que compõem os barramentos são originados no próprio processador, apartir dos seus três barramentos básicos:

– Barramento de dados: transferidos bit a bit por cada uma das vias;– Barramento de endereços: indicam o local de destino/origem dos dados;

Figura 3.8 - Barramento duplo

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– Barramento de controle: sinais de relógio, sinais de interrupção, etc.Atualmente distinguem-se dois tipos de barramento na placa principal:

– Barramento Local : que interliga CPU e memória. É a parte do barramento que melhordesempenho dverá ter no sistema.

– Barramento de Entrada/Saída(E/S): interliga todos os outros dispositivos ao barramento local,sendo a sua velocidade e largura (em nr.de bits) menor que a do barramento local.

• Padrão ISA

1o. Barramento disponível nos PC’s. Inicialmente de 8 bits e posteriormente expandido para 16 bits.

• Padrão EISA e MCA Bus

Barramento de 32 bits. O EISA (Enhanced ISA), que é uma modificação do ISA, podemos tambémconectar placas padrão ISA pois a filosofia do EISA é justamente manter a compatibilidade epreservar investimentos em placas já feitos. O MCA, desenvolvido pela IBM e de pouca aceitação nomercado, apenas aceita placas do mesmo padrão.

• Padrão VLBUS (VESA Local Bus)

O barramento VESA Local Bus é uma extensão física do barramento ISA capaz de executartransferência de dados de 32 bits, podendo ainda aceitar placas adaptadoras de 8 ou 16 bits ISA.Desenvolvido principalmente para os processadores 486, não permitem mais que 3 slots VLBUS nasmotherboards. Foi abandonado com a introdução do barramento PCI.

• Padrão PCI (Peripheral Component Interconnect)

Desenvolvido inicialmente pela Intel, os slots são de 32 bits e só aceitam placas desenvolvidas paraesse padrão sendo uma mudança radical no projeto dos barramentos de expansão, abolindototalmente a dependência de slot ISA. Este barramento é independente do processador podendo serimplementado em qualquer arquitetura de processamento, ao contrário do VESA Local Bus, que foidesenvolvido especialmente para os 486.

• Porta Serial

A porta serial é uma porta de comunicação que utiliza um pino para transmissão dos dados e outro

Figura 3.9 - barramento isa - 8 bitsFigura 3.10 - barramento isa - 16 bits

Figura 3.11 - barramento pci

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para recepção, sendo os bits transmitidos um a um, em série. Os demais pinos são utilizados paracontrole entre o computador (DTE) e o dispositivo de transmissão (DCE). A saída serial de ummicrocomputador é utilizada para diversos fins como por exemplo: ligação de um fax modem externo,mouse, plotter, impressora serial, conexão micro a micro e muitas outras coisas. As portas seriais eram capazes de transmitir dados à velocidade de 9600 bps, enquanto as maisrecentes podem transmitir até a 115600 bps.Normalmente estão disponíveis 2 portas seriais com conectores diferentes, voltados, principalmente,para conexão de um mouse serial (conector de 9 pinos) e um modem externo (conector 25 pinos).

• Porta Paralela

Utiliza o padrão Centronics e também é conhecida como interface para impressora pela grandeutilização para este fim. Neste tipo de conexão os dados são enviados em lote bits, podendo atingirvelocidades maiores que na comunicação serial mas, apresenta limitações quanto a distância máximado cabo. É utilizada normalmente para conexão de impressoras locais e “Zip Drives” além de tambémser utilizada por cadeados eletrônicos de proteção de softwares.

• Interface de Disco IDE

As placas mais antigas não dispunham de interfaces IDE (Integrated Device Electronics) para discosrígidos e nem drives de disquetes, portas paralelas e seriais. Esses componentes eram viabilizadospela utilização de placas controladoras adicionais chamadas de Super-IDE ou Multi I/O.A partir da era dos 486, estas interfaces passaram a vir integradas à placa mãe e as controladorasintegradas aos próprios drives.Cada interface IDE localizada na placa mãe permite a conexão de dois drives. Eles podem ser o ser2 discos rígidos ou 1 disco rígido e 1 drive de CD-ROM ou Zip drive ou até mesmo 2 CD-ROM. Comocada placa mãe, normalmente, tem duas portas, podemos conectar até 4 dispositivos IDE. Acontroladora de disquetes permite a instalação de até dois drives.

Figura 3.12 - potas seriais e paralela - mod.atx

Figura 3.14 - interface de discos

Figura 3.13 - conectores portas paralela e seriais

Figura 3.15 - flat cables

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Para conectar discos rígidos e drives de disquetes, usamos cabos Flat. Os cabos destinados aosHD’s possuem 40 vias, enquanto os para drives de disquetes possuem 32 vias, além deapresentarem um trancamento em sua extremidade. Cada cabo possui normalmente 3 conectores(são encontrados cabos para HD com apenas 2 conectores), sendo que 1 se destina à ligação naplaca mãe e os outros dois permitem a conexão aos discos. Quanto for conectado apenas um discodeve-se utilizar o conector da ponta, nunca no conector do meio. Ligando o conector do meio o caboficará sem terminação, fazendo com que os dados cheguem até o final do cabo e retornem comopacotes sobra, interferindo no envio dos pacotes bons e causando diminuição na velocidade detransmissão.Placas mãe antigas, destinadas a Pentium, suportam até o modo de operação Pio 4 (característicaque determina a velocidade e recursos da interface), sendo capazes de transferir dados a 16.6 MB/s.Placas mais recentes suportam também o Ultra DMA 33 ou Ultra DMA 66, com capacidade detransferência de 33 MB/s e 66 MB/s, respectivamente.A principal vantagem do Ultra DMA é permitir que o disco rígido acesse diretamente a memória RAM.Usando esse modo, ao invés do processador ter de ele mesmo transferir os dados do HD para amemória e vice-versa, pode apenas fazer uma solicitação ao disco para que a própria interface faça otrabalho.Para fazer uso do UDMA é preciso que o disco rígido também ofereça suporte a esta tecnologia.Todos os modelos de discos mais recentes incluem o suporte a UDMA, porém, mantendo acompatibilidade com controladoras mas antigas. Os discos rígidos e interfaces UltraDMA utilizam um cabo IDE de 80 vias. Apesar dos cabos de 40vias funcionarem nessas interfaces, seu uso prejudica o desempenho da porta, já que estes cabosantigos não são adequados para transferência de dados a mais de 33 MB/s.Para o pleno funcionamento dos modos UDMA é necessário a instalação correta dos drives da placaprincipal.

• SCSI (Small Computer System Interface)

É um padrão de interface paralela usada por computadores Apple Macintosh, alguns PCs e muitossistemas Unix para conectar periféricos ao computador (principalmente discos rígidos, CD-ROMs eimpressoras). A interface SCSI provê taxas de transmissão de dados mais rápida (até 40 MB por segundo) que ospadrões de porta paralela e serial. Além disso, pode-se conectar vários acessórios (até 7) em umaúnica porta SCSI. Por isso o SCSI pode ser considerado um barramento de entrada e saída, ao invésde simples interface. Pode-se conectar acessórios SCSI em um PC inserindo uma placa SCSI em um dos slots deexpansão. Algumas placas-mãe já vêm com interface SCSI embutida. Porém, a falta de um padrãoSCSI único, significa que alguns acessórios podem não trabalhar com algumas placas SCSI. As seguintes variedades de SCSI são implementadas:

SCSI-1: Usa um barramento de 8 bits e suporta transferência de dados de 4 MB por segundo. SCSI-2: O mesmo que o SCSI-1, mas usa um conector de 50 pinos a invés do conector de 25

pinos. Fast SCSI: Usa um barramento de 8 bits e suporta transferência de dados de 10 MB por

segundo. Ultra SCSI: Barramento de 8 bits, transferência de dados de 20 MB por segundo. Fast Wide SCSI: Barramento de 16 bits e transferência de 20 MB por segundo. Ultra Wide SCSI: Barramento de 16 bits, suporta transferência de dados de 40 MB por

segundo. Também chamado de SCSI-3.

• AGP (Accelerated Graphics Port)

O AGP é uma interface desenvolvida para gráficos de alta performance (especialmente gráficos 3D).Ao invés de usar o barramento PCI para dados gráficos, o AGP introduz um canal ponto-a-pontodedicado para que a controladora gráfica possa acessar diretamente a memória principal. O canalAGP é de 32 bits e trabalha a 66 MHz, mas utiliza técnicas de duplicação de clock para umavelocidade efetiva de 133 MHz. Isto proporciona uma largura de banda de 533 MB por segundo. Alémdisso, permite que texturas 3D sejam armazenadas na memória principal ao invés da memória devídeo. Assim consegue dispor de uma quantidade maior de memória sem encarecer demais a placade vídeo.

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• Interface USB (Universal Serial Bus)

Desenvolvido por 7 companhias (Compaq, DEC, IBM, Intel, Microsoft, NEC e Northern Telecom),permiti conectar periféricos por fora do gabinete do computador, sem a necessidade de instalarplacas e reconfigurar o sistema. Computadores equipados com o USB permitem que periféricossejam automaticamente configurados tão logo estejam conectados fisicamente, sem a necessidadede reboot ou programas de setup. O número de acessórios ligados a porta USB pode chegar a 127,usando para isso um periférico de expansão. A conexão é Plug & Play e pode ser feita com o computador ligado. A taxa de dados de 12 megabit/sda USB acomoda uma série de periféricos avançados, incluindo produtos baseados em Vídeo MPEG-2, digitalizadores e interfaces de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital Network) e PBXsdigital.

• Fireware

Este é um padrão relativamente novo, que tem várias características comuns com o USB, mas traz avantagem de ser bem mais rápido, permitindo transferências a 400 Mbps contra 12 Mbps da USB.Esta interface foi desenvolvida pela Sony para utilização em aparelhos de áudio e vídeo, entretanto,como é um padrão aberto, tem boas chances de tornar-se popular. O Fireware pode ser utilizado para conexão de câmeras digitais, impressoras, dispositivos de áudio,criação de redes locais de alta velocidade e até conexão de discos rígidos externos..A principal vantagem dessa interface é a simplicidade. Por ser um barramento serial, tanto ascontroladoras, quanto os cabos são muito baratos de se produzir. O cabo utilizado é composto porapenas 3 pares de fio, dois pares para a transferência de dados e um para fornecimento elétrico.Como na USB, existe suporte a conexão a “quente”, ou seja, é possível conectar e desconectarperiféricos com o micro ligado.

Placas Controladoras de VídeoAs placas de vídeo dividem-se em comuns, aceleradoras e co-processadas, em ordem de performance.A comum tem como principais componentes um RAMDAC (Conversor Analógico-Digital) e o seu chipset(Trident, OAK, Cirrus Logic, etc.). As aceleradoras geralmente são placas com barramentos quepermitem melhor performance na transferência de dados e as co-processadas tem um microprocessadordedicado para a parte de vídeo deixando o processador principal livre. A freqüência de varredura do monitor é controlada pela placa de vídeo. Enquanto um televisor utiliza afreqüência de 60 Hz, as placas de vídeo normalmente redesenham a tela 70 vezes por segundo (70 Hz),apesar da VESA (Video Electronics Standards Association) recomendar um mínimo de 85 Hz. Abaixodisso, o monitor poderá causar problemas oculares aos usuários. Algumas placas mais novas já utilizamuma freqüência de mais de 120 Hz. A máxima resolução e o número máximo de cores que aparecerá no monitor depende também da placade vídeo (desde que o monitor seja capaz de exibi-las). A memória RAM da placa (denominada memóriade vídeo) guarda as informações de vídeo a serem processadas. Podem ser do tipo DRAM e VRAM. AVRAM é mais rápida por ter um tempo de refresh (regravação constante da memória) curto. É o tamanhoda memória de vídeo que determina a resolução máxima combinada ao número de cores que podem serutilizadas por vez.

Figura 3.16 - barramento agp

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Veja a tabela abaixo (resolução x quantidade de memória x número de cores):Resolução SVGA 1MB SVGA 2MB SVGA 4MB SVGA 8MB640x480 16 M 16 M 16 M 16 M800x600 64 K 16 M 16 M 16 M1024x768 256 64 K 16 M 16 M1280x1024 16 256 16 M 16 M1600x1200 - 256 64 K 16 M1800x1440 - 16 256 16 M

Atualmente, qualquer monitor SuperVGA pode exibir 16,7 milhões de cores. Para quem usa o micro com aplicativos tais como editores de texto, planilhas, etc., uma placa com 1 MBde memória atende perfeitamente as necessidades. Porém, se você pretende trabalhar com aplicativosgráficos, tais como imagens 3D, arquivos AVI, edição de imagens, é recomendável pensar em 2 MB, sepossível 4 MB. No mercado, as placas controladoras de vídeo são do padrão PCI. Algumas apresentamslots de memória livres para expansão futura.

Pedido de Interrupção (IRQ)Os endereços de IRQ são interrupções de hardware, canais que os dispositivos podem utilizar parachamar a atenção do processador. Quando digitamos algum caracter no teclado, é através da IRQ 1 queo processador é avisado para suspender o que está fazendo e dar atenção para este dispositivo.Um mesmo IRQ não pode ser compartilhado entre dois dispositivos e existem apenas 16 endereçosdisponíveis, que não podem ser expandidos. Atualmente muitas placas PCI podem compartilhar omesmo IRQ, mas na verdade como apenas um dispositivo: o controlador PCI.Os XTs apresentavam somente 8 IRQs e com a expansão dos recursos foi necessário agregar maisendereços. Isto foi conseguido agregando mais um 2o.chip controlador ligado a IRQ 2 do 1o.chipcontrolador, permitindo que os micros passassem a ter 15 endereços de interrupção disponíveis. Todosos pedidos de interrupção dos periféricos ligados aos endereços entre 8 e 15, controlados pelo segundocontrolador, passam primeiro pelo IRQ 2, para só depois chegar ao processador. Isto é chamado decascateamento de IRQs.

O número do endereço de IRQ indica também a sua prioridade, começando do 0 que é o que tem aprioridade mais alta. Não é à toa que o IRQ 0 é ocupado pelo sinal de clock da placa mãe, pois é elequem sincroniza o trabalho de todos os componentes, inclusive do processador. Logo depois vem oteclado, que ocupa o IRQ 1. Veja que o teclado é o dispositivo com um nível de prioridade mais alto, paraevitar que as teclas digitadas se percam. Isso pode parecer desnecessário, já que um processador atualprocessa bilhões de operações por segundo e dificilmente alguém digita mais do que 300 ou talvez 400teclas por minuto, mas, na época do XT, as coisas não eram assim tão rápidas.

Figura 3.17 - Mapeamento de IRQs

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Num PC atual, esta é a configuração de endereços IRQ mais comum: IRQ 0 Sinal de clock da placa mãe (fixo)IRQ 1 Teclado (fixo)IRQ 2 Cascateador de IRQs (fixo)IRQ 3 Porta serial 2IRQ 4 Porta serial 1IRQ 5 LivreIRQ 6 Drive de disquetesIRQ 7 Porta paralela (impressora)IRQ 8 Relógio do CMOS (fixo)IRQ 9 Placa de vídeoIRQ 10 LivreIRQ 11 Controlador USBIRQ 12 Porta PS/2IRQ 13 Coprocessador aritméticoIRQ 14 IDE PrimáriaIRQ 15 IDE Secundária

Com a placa de vídeo e os dispositivos da placa mãe, já ficamos com apenas dois endereços de IRQdisponíveis. Ao adicionar uma placa de som e um modem, todos os endereços estariam ocupados, nãodando mais margem de expansão para uma placa de rede ou uma placa SCSI por exemplo. A soluçãoseria desabilitar dispositivos que não estivessem sendo usados, como por exemplo, a segunda portaserial, a porta PS/2, o controlador USB, etc. Mas, de qualquer forma, logo chegaria o ponto em que nãohaveria mais nada a ser desabilitado.A solução para esse problema veio quando desenvolveram o barramento PCI, incluindo o recurso de PCISteering, que permite que dois, ou mais periféricos PCI compartilhem o mesmo endereço de IRQ. Nestecaso, o controlador PCI passa a atuar como uma ponte entre os periféricos e o processador. Ele recebetodos os pedidos de interrupção, os encaminha para o processador e, ao receber as respostas,novamente os encaminha para os dispositivos corretos. Como o controlador é o único diretamenteconectado ao processador é possível ocupar apenas um endereço de IRQ.Nem todos os dispositivos PCI suportam trabalhar desta maneira, mas a grande maioria funciona semproblemas. Veja que screenshot abaixo, temos as duas placas de rede e a placa de som compartilhandoo IRQ 9:

Além do barramento PCI, outros barramentos usados atualmente permitem compartilhar um único IRQentre vários periféricos. O USB é um bom exemplo, o controlador ocupa um único IRQ, que écompartilhado entre todas as portas USB e todos os dispositivos conectados a elas. Mesmo que a suaplaca mãe tenha 6 portas USB e você utilize todas, terá ocupado apenas um endereço.Caso você utilizasse apenas periféricos USB, mouse, impressora, scanner, etc. poderia desabilitar todasas portas de legado da sua placa mãe: as duas seriais, a paralela e a PS/2. Seriam 4 endereços de IRQlivre.Outro exemplo são as controladoras SCSI, onde é possível conectar até 15 dispositivos, entre HDs, CD-ROMs, gravadores, etc. em troca de um único endereço de IRQ.

Figura 3.18 – Compartilhamento de IRQs

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As portas IDE da placa mãe consomem dois IRQs, já que temos duas portas. Mas, caso você tenhaapenas um HD, e não pretenda usar a IDE secundária, sempre existe a possibilidade de desabilitá-la nosetup. Todas estas opções aparecem na sessão “Integrated Peripherals”.A escassez de endereços de IRQ é um problema muito menor hoje em dia do que já foi no passado.Antigamente era preciso configurar manualmente o endereço a ser usado por cada placa e não haviacomo compartilhar um IRQ entre dois periféricos como temos hoje. Um jumper no lugar errado era osuficiente para o modem ou a placa de som entrarem em conflito com alguém e pararem de funcionar.Hoje em dia, todas as placas novas são PCI, o que naturalmente significa que são plug and play. Bastaespeta-las para que o BIOS atribua automaticamente um endereço. Usando apenas placas PCI, vocêterá conflitos apenas caso realmente todos os IRQs estejam ocupados.Mas nem tudo está resolvido. Apesar dos conflitos ao se usar apenas placas PCI sejam raríssimos, aindaestão em uso muitos PCs antigos com placas ISA. É aí que as coisas podem complicar um pouco.

DMA (Acesso Direto à Memória)O DMA visa melhorar a performance geral do micro, permitindo que os periféricos transmitam dadosdiretamente para a memória, poupando o processador de mais esta tarefa.Existem 8 portas de DMA e, como acontece com os pedidos de interrupção, dois dispositivos não podemcompartilhar o mesmo canal DMA, caso contrário haverá um conflito. Os 8 canais DMA são numeradosde 0 a 7, sendo nos canais de 0 a 3 a transferência de dados feita a 8 bits e nos demais a 16 bits. O usode palavras binárias de 8 bits pelos primeiros 4 canais de DMA visa manter compatibilidade comperiféricos mais antigos.Justamente por serem muito lentos, os canais de DMA são utilizados apenas por periféricos lentos, comodrives de disquete, placas de som e portas paralelas padrão ECP. Periféricos mais rápidos, como discosrígidos, utilizam o Bus Mastering, uma espécie de DMA melhorado.O Canal 2 de DMA é nativamente usado pela controladora de disquetes. Uma placa de som geralmenteprecisa de dois canais de DMA, um de 8 e outro de 16 bits, usando geralmente o DMA 1 e 5. O DMA 4 éreservado à placa mãe. Ficamos então com os canais 3, 6 e 7 livres. Caso a porta paralela do micro sejaconfigurada no Setup para operar em modo ECP, precisará também de um DMA, podemos entãoconfigurá-la para usar o canal 3.

DMA 0 DisponívelDMA 1 Placa de SomDMA 2 Controladora de drives de disquetesDMA 3 Porta paralela padrão ECPDMA 4 Reservado à placa mãeDMA 5 Placa de SomDMA 6 DisponívelDMA 7 Disponível

Plug And PlayO conceito de Plug and Play (PnP) (Liga e Pronto) é uma norma de interligação de dispositivos adicionaisque facilita a rápida e automática ligação destes ao resto do sistema. A configuração de IRQ’s, canais deDMA, endereços de E/S de cada dispositivo nem sempre é uma tarefa simples e rápida. Por exemplo, a instalação dum modem num computador poderá ser uma tarefa complicada visto que oIRQ normalizado para a seu funcionamento coincide com o IRQ para uma porta serial. Se o modem forcompatível com a norma PnP, ele tem capacidade de negociar com o barramento a utilização destesparâmetros dinâmica e rapidamente, sem necessidade da intervenção do usuário.Além disso é necessário que a arquitetura do computador e o sistema operativo sejam compatíveis PnP.Desde o surgimento do processador Pentium que todas as arquiteturas são compatíveis PnP. Ossistemas Windows 95, 98, 2000 e XP são compatíveis. Alguns sistemas como o Windows NT e algumasversões do Linux oferecem uma compatibilidade limitdada.

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4. Dispositivos de Entrada e Saída – E/S (Input/Output – I/O)

Monitores de VídeoÉ principal dispositivo de saída de dados. Existem monitores que servem também para entrada de dados:os monitores touch-screen, que tem seu funcionamento parecido a de um mouse. Encontramos vários tipos e modelos de monitores disponíveis no mercado. Eles se diferem na resoluçãoe modo de operação. Quanto à resolução podemos ter monitores tipos CGA, EGA, VGA e Super VGAalém de serem monocromáticos, em tons de cinza ou coloridos. Temos também os monitoresentrelaçados que se diferem no modo que são gerados os sinais de varredura horizontal. A resposta em freqüência (ou largura de banda, medida em MHz) dos monitores é o que limita aresolução que este pode apresentar ao usuário, ou seja, o sinal de maior freqüência que pode serprocessado pelos circuitos do monitor. Quanto maior a resolução necessária maior resposta emfreqüência o monitor deve ter. Alguns monitores têm uma freqüência fixa, o que significa que só aceitam a entrada de dados a umadeterminada freqüência. Outros tipos de monitores (multiscanning monitor), se ajustam automaticamenteà freqüência de sinal enviada a ele, o que permite maior compatibilidade com diferentes tipos de placasde vídeo. Observe que, a resolução é diretamente proporcional à quantidade de pontos apresentados na tela equanto maior a resolução menor fica a informação na tela. Em monitores de 14' SVGA a resolução de800 x 600 é a mais cômoda. O padrão de resolução dos monitores SVGA modernos é 1024 x 768 pixels.Alguns monitores avançados permitem a resolução de 1280 x 1024, ou mesmo 1600 x 1200. Outra característica importante dos monitores VGA/SVGA coloridos é o dot pitch medido em milímetros.Quanto menor este valor mais nitidez terá a imagem e atualmente nos monitores SVGA este valor situa-se em torno de 0,26mm e 0,39mm. Os monitores touch screen devem ser utilizados com placa especial para sua configuração,reconhecimento do monitor e calibragem. Além dos monitores tradicionais temos os monitores de cristal líquido, sendo monocromáticos oucoloridos, largamente utilizados em notebook ou similares devido ao baixo consumo de energia.

TecladoExistem dois tipos básicos de teclados: captativos e o de contato. No primeiro tipo toda vez que umatecla é pressionada forma-se uma capacitância e há a modificação do sinal (corrente elétrica) detectada.No de contato existe realmente o contato em duas partes de metal permitindo ou não a passagem dacorrente elétrica. Em todo teclado existe um microprocessador que fica "procurando" todas as teclas para verificar qual foipressionada. Através de um circuito tipo matriz esta tecla gera um código de varredura (Scan Code) eeste é enviado para o BIOS da motherboard que faz o reconhecimento da tecla através de uma tabela.A principal questão, que interfere no funcionamento dos teclados atualmente, refere-se ao padrão deteclas utilizado e ao idioma do país ao qual se destina, implicando numa correta configuração dessascaracterísticas para o perfeito funcionamento de todas as teclas e acentuação. Os teclados podem vir com conectores DIM ou mini DIM (PS/2). Existe um conversor para compatibilizaresses dois conectores (DIM PS/2) que permite a utilização do teclado em qualquer situação.Entretanto o uso desse conversor não é recomendado pois implica num esforço mecânico adicional noconector da placa-mãe (maior peso no cabo) possibilitando o ocorrência de mau contato do teclado

MouseMouse é um mecanismo que serve para interagir com aplicações gráficas e pode ser ligado a uma saídaserial, ps/2 ou USB. Baseado num mecanismo bastante simples composto de uma esfera e 2 eixos,permite a movimentação de um ponto na tela podemos selecionar a opção desejada de maneira rápida.O mouse pode ter 3 botões (padrão Mouse System, em desuso) e 2 botões (padrão Microsoft).Atualmente são disponíveis modelos sem fio e também óticos, que utilizam um feiche de luz paradeterminação do movimento.Nos notebooks são usados três tipos de mouse:

• Trackball – o controle do movimento é feito através de uma bola situada à frente do teclado;• Touchpad – usa uma tela sensível ao toque para controlar o movimento. Não possui partes

móveis;• Trackpoint – consiste de um minúsculo joystick posicionado entre as teclas G, H e B

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Hard Disk ou WinchesterO Hard Disk (disco rígido) é um sistema dearmazenamento de alta capacidade e desempenho quepermite tanto o acesso seqüencial, quanto aleatórioaos dados. Isso quer dizer que as informações podemser recuperadas independentemente da posição queocupam no disco.É composto por um ou mais discos metálicos,recobertos com uma camada de material magnetizável,montados em um eixo de rotação comum (splindlemotor) girando a 3600/5600/7200 rpm. Alguns modelosmais novos podem chegar a 10000 rpm. O tempo deacesso vária entre 8 e 12 milessegundos e acapacidade atual – comum – é de muitos Gigabytes(20, 40, 80, ...).

• Geometria lógica e física

O Discos são organizados fisicamente em trilhasconcêntricas, sendo que a mais externa recebe o número 0 e as seguintes os números 1, 2, 3, etc. Cadatrilha é dividida em setores de 512 Byte. Nos discos antigos todas as trilhas tinham a mesma quantidadede setores levando a um enorme desperdício de espaço. Nos discos mais modernos, com a aplicaçãode um novo recurso chamado ZBR (Zoned Bit Recording), as trilhas apresentam números variáveis desetores permitindo o melhor aproveitamento da mídia.Além disso, as duas faces de cada disco (inferior / superior) são utilizadas para armazenamento dedados e o conjunto formado pelas trilhas de mesmo raio, de todas as faces, chama-se cilindro. Então ocilindro 0 é formado pelas trilhas 0 de cada face, e o cilindro 1 pelas trilhas 1, e assim por diante.Os discos rígidos modernos têm uma organização bastante parecida com a dos discos mais antigos, demenor capacidade. Em 1980 eram comuns modelos de 5 ou 10 MB, em 1990 eram comuns modelos de30 e 40 MB, e em 2000, os modelos de 10 a 20 GB eram os mais comuns. Uma grande diferença é onúmero de setores, que era constante em todas as trilhas dos modelos antigos (em geral 17, 25 ou 34setores por trilha), enquanto nos discos modernos o número de setores por trilha é bem maior, chegandoà casa das centenas nas trilhas mais externas. O número de trilhas em cada superfície também é maior,graças a técnicas que permitiram aumentar a densidade de gravação. Duas características entretantosão comuns nos discos antigos e nos modernos. O número de pratos permanece pequeno, assim comoo número de cabeças. A maioria dos discos têm 2, 4, 6 ou 8 cabeças. Quando o BIOS ou o sistema operacional precisa acessar os dados de um setor do disco, ele precisainformar o número da cabeça, o número do cilindro e o número do setor. Este endereçamento seriaextremamente complexo se o BIOS e o sistema operacional tivessem que levar em conta que cada grupode trilhas possui um número diferente de setores. Para simplificar as coisas, o disco rígido aceita serendereçado como se todas as suas trilhas tivessem o mesmo número de setores. Ao receber o númeroda cabeça, cilindro e setor a ser acessado (endereço lógico), faz os cálculos que convertem essesvalores para o número verdadeiro do setor interno (endereço físico).

• Cálculo da capacidade

Quando fixamos no CMOS Setup, o número de cabeças, cilindros e setores de um disco rígido, essesparâmetros são chamados de geometria lógica do disco rígido, e não correspondem ao que realmenteexiste no seu interior. Analise o seguinte exemplo: um determinado disco apresenta as seguintescaracterísticas: 38792 cilindros - 16 cabeças - 63 setores.O número de cabeças (de leitura) informado não corresponde à realidade pois, normalmente, essesdiscos são compostos de 1 prato com 2 cabeças (inferior/superior). Da mesma forma, o número desetores também não é tão pequeno como 63, já que as trilhas dos discos modernos são dividias emmuitos mais setores. Mesmo sendo parâmetros fictícios, o disco rígido aceita ser endereçado atravésdeles, e converte o endereço lógico externo para o endereço físico interno para realizar os acessos. Acapacidade de qualquer disco rígido é obtida multiplicando o número de cilindros pelo número decabeças pelo número de setores por 512, já que são 512 bytes por setor. Portanto a capacidade é dadapor:

Cilindros x cabeças x setores x 512Então o disco do nosso exemplo teria: 38792 x 16 x 63 = 39.102.336 setores x 512 Bytes = 20.020.396.032 Bytes ou 20 GB.

Figura 4.1 cilindros, trilhas e setores

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• Formatação

Para serem utilizados, os discos rígidos precisam ser formatados física e logicamente. Nos discos atuaisa formatação física é feita durante o processo de fabricação e, normalmente, não há necessidade de serrefeita. Quanto à formatação lógica, essa é essencial para adequar a área de armazenamento aoSistema Operacional no qual o disco vai ser utilizado e deve ser providenciada na 1a.instalação dodisco.A formatação lógica corresponde a criação de um Sistema de Arquivos: Estrutura que permite omapeamento do espaço de armazenamento e ao gerenciamento da utilização desse espaço e dosarquivos armazenados. Os sistemas de arquivos são inerentes aos sistemas operacionais onde sãoutilizados, podendo apresentar certo grau de compatibilidade. Por exemplo, o Sistema Operacional Linuxcontém os drivers necessários para operar com sistemas de arquivos FAT16 ou FAT32. Eis algunsexemplos de sistemas de arquivos:

➢ Linux: EXT2, EXT3, ReiserFS➢ Windows: FAT16, FAT32, NTFS➢ OS/2: HPFS

O diferencial entre esses sistemas de arquivos esta na administração eficiente dos espaços e nosprocedimentos de segurança que evitem a perda de dados, mesmo em casos de travamento ou falta deenergia. Os sistemas de arquivos fornecem diversas ferramentas para criação, manutenção e exclusãode arquivos. O EXT2/EXT3 são os sistemas de arquivos nativos do Linux, apresentando excelenteperformance, e também o registro de todas as operações efetuadas Outro aspecto referente aos sistemas de arquivos é a unidade mínima de alocação de dados:CLUSTER, ou seja, é a menor unidade de espaço que pode ser atribuída a um arquivo. Um clustercorresponde a um ou mais setores dependendo do tamanho do disco e das características do própriosistema de arquivos. Em uma partição de 1024 MB ou mais, cada cluster tem 64 setores (32 KB), enquanto discos de 512 MBaté 1024 MB adotam clusters de 32 setores. Isto significa que, em uma partição com mais de 1024 MB,se for gravado um arquivo de 1 KB, serão desperdiçados 31 KB, já que nenhum outro arquivo poderáocupar aquele cluster.Um cluster pode ter o tamanho máximo de 64 setores (32 KB) o que obriga que uma partição, em FAT16(explicada abaixo), tenha no máximo 2 GB. Veja tabela abaixo:

Winchester ou Partição (MB) Setores/Cluster Tamanho do Cluster (bytes)128 a 256 8 4096256 a 512 16 8192512 a 1024 32 163841024 a 2048 64 32768

Se você dividir o espaço ocupado no seu disco (em bytes) pelo tamanho do cluster correspondente acapacidade do Winchester, terá como resultado um número inteiro. Para diminuir o desperdício de espaço nos discos de alta capacidade (mais de 1024 MB) ou , porobrigação, discos com mais de 2 GB, é recomendável o particionamento do disco. Dessa forma, osistema operacional passa a reconhecer o Winchester como várias unidades (C:, D:, E:, etc.). Comocada unidade terá um tamanho menor do que o Winchester inteiro, os clusters serão também menores,refletindo no desperdício. Como os arquivos têm diferentes tamanhos, o S.O reparte o mesmo em vários pedaços distribuindo-ospelos espaços livres no disco. Os programas desfragmentadores fazem justamente o serviço dereordenar o arquivo em clusters contínuos, ou seja, em seqüência, aumentando a velocidade de acessoaos arquivos. A FAT16 (16 bits) é uma estrutura criada no MS-DOS para a localização dos clusters nos disquetes ewinchester. A FAT de 16 bits é capaz de endereçar 65526 clusters. Na chamada FAT32 (32 bits),utilizada no Windows 95 (versão OSR2), 4 bits são reservados e 228 clusters podem ser endereçados.Isto permite criar desde partições de 8 GB com clusters de 4 KB de tamanho até partições de 2 TB (2048GB) com clusters de 32 KB.

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Atualmente temos dois padrões principais de Hard-Disk quanto à interface: EIDE e SCSI. Os HD EIDEsão mais comuns atualmente e os SCSI apresentam uma melhor performance e confiabilidade. Ainterface IDE original suporta transferência de dados de 3.3 MB por segundo e tem um limite de 538 MBpor acessório (disco). A versão da IDE, chamada enhanced IDE (EIDE) ou Fast-IDE, suportatransferência de dados de até 16.6 MB por segundo e dispositivos de armazenamento de até 8.4 GB.Estes números se comparam ao que a interface SCSI oferece. Atualmente, como as interfaces IDE(original) estão em desuso, é comum referir-se às interfaces e discos EIDE como simplesmente IDE.

Floppy DriveOs floppy drive (dispositivo de disco flexível) são periféricos que também permitem o acesso aleatórioaos dados. Inicialmente os PC's eram dotados apenas de unidades de disco flexível paraarmazenamento dos dados. Foram muito utilizados para transporte de dados e backup's de segurança,mas estão perdendo a importância para as novas mídias (Zip drive e CD-rom).Os floppy drive utilizam discos de plástico recobertos com uma camada de material magnetizável para agravação e leitura de dados. Seu acesso é lento (0.06 Mbps em discos de 1.44 KB) e tem capacidadelimitada de até 2.88 MB por disquete. Até dois drives pode ser conectados a interface de disco flexívellocalizada na placa-mãe. As informações nos disquetes dividem-se basicamente em trilhas concêntricas, dividas em setoresfísicos de 512 bytes. O ZIP Drive da Iomega é um drive externo ligado a porta paralela (ou interno quando conectado a umaplaca SCSI) que aceita pequenos discos com capacidade para armazenar até 100 MB de informação.Esses discos também são flexíveis são acondicionados em protetores rígidos, o que lhes garanteperformance e durabilidade maiores. A Iomega também fabrica um drive de 1GB, o JAZ Drive.

Drives de CD-ROMO CD-ROM (Compact Disc Read-Only Memory) é um dispositivo de armazenamento óptico somentepara leitura com capacidade de armazenamento de 660 MB de dados. As unidades de CD-ROM são mais rápidas do que as unidades de disco flexíveis, embora os modelosmais modernos (velocidade de 24x) ainda sejam mais lentos do que as unidades de discos rígidos. As primeiras unidades de CD-ROM eram capazes de transferir dados a 150 KB/s. As unidades de 2velocidades (2x) possuíam velocidade de 300 KB/s, e assim por diante. Mas essa velocidade(considerada velocidade máxima) só é alcançada para os dados que estão próximos a borda do CD. No que se refere ao tempo médio de acesso (o tempo, medido em milissegundos, gasto para odispositivo óptico de leitura percorrer o disco do início ao fim dividido por dois), siga a tabela abaixo deacordo com a velocidade do drive.

Modelo Tempo de acesso Taxa de transferênciaVelocidade Única 600 ms 150 KB/s2x 320 ms 300 KB/s4x 135-180 ms 600 KB/s8x 135-180 ms 1.2 MB/s16x 100-180 ms 2.4 MB/s52x 80 ms 7.8 MB/s

A memória de armazenamento, mais conhecida como buffer, vem incorporada com a unidade de CD-ROM e é responsável por acumular grandes segmentos de dados lidos antes do envio paraprocessamento pela placa-mãe do sistema computacional. Quanto maior a capacidade do buffer, melhora performance do aparelho e mais alto o seu custo.O formato de gravação empregado nos CD-ROMs também se baseia em trilhas subdivididas em setorese em uma tabela de alocação de arquivos. As trilhas porém, são elípticas, formando uma "espiral infinita",ao invés de concêntricas. Os drives de CD-R (Recordable) utilizam CDs especiais para gravar dados. Uma vez gravados, essesdados não podem ser apagados nem reescritos. A gravação das informações se baseia em diferentesníveis de aquecimento da área de disco. Os drives de CD-RW (Rewritable), podem ser utilizados comdiscos do seu padrão para gravar e apagar dados (como um disco rígido por exemplo). A superfície damídia pode ser requentada até 1000 vezes. Os atuais gravadores de CD-R e RW dispõem do recurso demultisseção, que permite adicionar dados a um disco já gravado. Todos eles permitem leitura dos discosCD-ROM tradicionais. Sobre as características de velocidade, esses drives possuem taxas detransferência diferentes de escrita (mais lenta) e leitura.

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Discos VirtuaisSão discos lógicos configurados na memória do computador. Estes discos são criados através de umprograma que passa a utilizar a memória como uma área de armazenamento momentâneo. Acapacidade depende de memória livre disponível e seu acesso é o mesmo do acesso de leitura ougravação em memória, ou seja, bem mais rápido que qualquer HD. São utilizados para testes, softwarescom muitos acessos em discos de leitura e outros para colocarmos arquivos temporários. Todainformação neste tipo de disco é perdida quando o microcomputador é desligado e são designados porletras como os drives D:, E:, etc.

ImpressorasImpressora é um equipamento que permite criar cópias em papel de gráficos, textos, desenhos, planilhase outros trabalhos criados no computador. Existem vários tipos de impressoras profissionais. Cada umadelas possui características específicas para valorizar a qualidade de imagem produzida. As impressorascom linguagens de impressão utilizam uma linguagem especial para descrever o conteúdo e aformatação de página a ser impressa. Linguagens desse tipo são conhecidas com PDLs (PageDescription Language — Linguagem de Descrição de Páginas), ou simplesmente linguagens deimpressoras, e são usadas na comunicação entre o computador e a impressora.

A maior vantagem dessas impressoras é a independência que as linguagens têm em relação à marca eao modelo da impressora. Isto significa que um mesmo trabalho de impressão pode ser enviado paradiferentes impressoras sem necessidade de alteração. Isso é importante em empresas que têm muitosequipamentos diferentes. Uma impressora pode ser usada, por exemplo, apenas para fazer cópias deum trabalho que ainda será avaliado. Depois de aprovado, o trabalho é enviado para uma impressora demelhor qualidade que produz o impresso final.

Com o uso de uma dessas linguagens, a impressão dos documentos é o resultado de um trabalhoconjunto entre o driver da linguagem instalado no computador e o interpretador da linguagem que está naimpressora. Sendo assim, após criar um documento, o usuário seleciona o comando de imprimir de seuprograma e o driver da linguagem entra em ação. Ele traduz todo o conteúdo do documento, seja textosou imagens, para a linguagem de descrição da pagina. A seguir, esta página codificada é enviado para aimpressora, equipada com um interpretador de linguagem que conhece as capacidades da impressora,assim, o interpretador permite que os comandos solicitados na descrição da página sejamexecutadas de forma otimizada, tirando o máximo de proveitos dos recursos da impressora, comoresolução e capacidade de cores.As linguagens de impressoras mais comuns são:

PostScript da Adobe; PCL (Printer Control Language) da Hewlett – Packard (HP).

As impressoras de rede podem ser conectadas diretamente a uma rede de computadores e atendem aospedidos de impressão enviados pelo usuário ligado (conectado) à rede, dispensando o computador queatua como servidor de impressão, o que normalmente é necessário. Os trabalhos de impressão sãoenviados via rede para o servidor de impressão, que repassa para a impressora a ele ligada.

Dentre os tipos de impressoras mais comuns no mercado, entre outros, existem os seguintes: Matricial

Jato de tinta Laser

As impressoras de cera e as fotoimpressoras são menos comuns, devido principalmente ao custo muitoelevado.

• Impressora Matricial

Esta impressora monta os caracteres a partir de uma série de pequenos pontos que são impressosmuito próximos uns dos outros, é abastecida por uma fita semelhante à fita de uma máquina deescrever. Trabalham através de matriz de pontos que são literalmente “cuspidos” a grande velocidadee pressão na folha de papel juntamente com a tinta, gravando os caracteres do micro. Existemimpressoras de 9 e 24 agulhas. Quanto maior o número de agulhas, maior resolução.

• Impressora a Jato de Tinta

Seu princípio de funcionamento consiste do uso de jatos ao invés das fitas usadas nas matriciais.

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Esses jatos são dosados de acordo com o que vai ser impresso, oferecendo uma excelente definiçãoe qualidade de impressão. Outra vantagem é que se pode usar várias cores de tintas, tornando oresultado final ainda mais bonito e profissional, além de poder imprimir nas cores em que o trabalhoaparece na tela. A resolução dessas impressoras é medida através de DPI (Dots per Inch — Pontospor Polegadas). A tinta usada permite a impressão em por exemplo: papel comum, acetato,transparências e diversos tipos de papéis especiais.

• Impressora Laser

É uma impressora de computador de alta resolução que usa uma fonte de laser para imprimir padrõesde caracteres matriciais de alta qualidade no papel (estas impressoras têm uma resolução muitomaior que as impressoras normais). As impressoras a laser imprimem em maior velocidade do que amatricial e a jato de tinta, sua resolução é de altíssima qualidade, seu preço também é mais alto doque as outras duas, pois contém mais recursos e maior velocidade.

É o tipo mais avançado de impressora. As maiorias das impressoras a laser têm resolução de 300 a1200 dpi. Sendo a impressão a laser praticamente livre de erros, como borrões e defeitos nas letras efiguras. A capacidade e velocidade dependem da qualidade de memória que possuem, variandoatualmente entre 1 e 4 Mb. A velocidade é medida em CPS, caracteres por segundo, no entanto,comercialmente costuma-se medir em folhas por minuto.O resultado é uma impressão de alta qualidade. Não apenas a impressora laser produz cópias maisrapidamente do que a impressora matricial, mas as páginas impressas a laser têm detalhes maisnítidos do que a maioria das impressoras matriciais.

ScannerO scanner é um equipamento que permite que uma foto ou imagem seja convertida em um código deforma que o programa gráfico ou de editoração eletrônica possa produzi-la na tela, imprimi-la através deuma impressora ou converter páginas datilografadas em páginas possíveis e editoradas. Existem três principais tipos de scanners:

• Scanner alimentado por folhas

A imagem é capturada com maior precisão, mas existe a limitação de se trabalhar somente comfolhas de papel de tamanho normal.

• Scanner de mesa

Necessita de uma série de espelhos para guardar a imagem capturada pela cabeça de varredura emmovimento e focalizada nas lentes que alimentam a imagem para um banco de sensores. Comonenhum espelho é perfeito, a imagem sofre uma certa degradação cada vez que é refletida.

• Scanner manual

Os scanners manuais dependem da mão humana para mover a cabeça de varredura. É mais baratopor que não precisa de um mecanismo para mover a cabeça da varredura e nem o papel.

Placas Fax-ModemModem é a junção de dois termos: MODULATE and DEMODULATE. É o mesmo princípio da transmissão de um sinal de rádio FM (Freqüência Modulada), ou seja, utiliza-seuma determinada técnica de modulação/demodulação só que via cabos. Esta placa é conectada a saídaserial de um microcomputador. Também temos os modens internos, nos quais ocupam o endereço euma interrupção de uma saída serial. O modem recebe o sinal na forma digital modulando-o em ondasenoidal e transmitido via linha de transmissão até a outra ponta onde temos outro modem para fazer ademodulação e retornar o sinal á forma original. Os modens diferem pelo padrão e velocidade de transmissão. Na prática podemos ter modenstrabalhando desde 2400, 14400 bps (Bits por segundo), 33.6 Kbps até 56 Kbps. O padrão maisconhecido é o HAYES onde os comandos de configuração do modem são especificados por seqüênciasde teclas sempre começando por AT. Veja exemplos desses comandos na tabela a seguir:

Comando DescriçãoATDT Discagem por tons.ATDP Discagem por pulsos.

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ATH Desliga o telefone.ATZ Redefine o modem.ATS0=0 Desliga a resposta automática.ATS0=2 Responde após 2 toques.,(vírgula) Espera 2 segundos.ATLn Controla o volume do alto falante:

L0 - Volume muito baixoL1 – BaixoL2 - Médio. (default)L3 - Alto

ATMn Liga ou desliga o alto falante:M1 - Sempre desligadoM2 - Ligado até a portadora ser detectada. Então é desligado. (default)M3 - Sempre ligadoM4 - Desligado durante a discagem, ligado até a portadora ser detectada e

então, novamente desligado.Comandos HAYES

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5. Sistema Operacional Assim como o BIOS faz a interação entre o Hardware e o Sistema Operacional, esse cuida da interaçãoentre a máquina, como um todo, e o usuário. Todos os programas, para funcionarem, baseiam-se nosoftware mais importante do computador: o Sistema Operacional.O Windows é o sistema operacional mais utilizado, ainda, nas estações de trabalho, mas o Linux vemavançando significativamente na medida que são introduzidos recursos para torna-lo mais amigável aosusuários menos especializados. No segmento de servidores o Linux mantêm uma disputa mais acirradaface a estabilidade, a portabilidade e a quantidade de recursos disponíveis.O funcionamento de um microcomputador implica na instalação de pelo menos um Sistema Operacional,que deve ser escolhido de acordo com a finalidade a qual se destina. Na tabela abaixo apresentamos algumas informações sobre SO:

SO Principais Características Quantidade de memóriaRecomendado / ideal Comentários

MS-DOS Monotarefa,monoprocessador,monousuário, 16 bits

512 KB / 1 MB

Apesar de obsoleto, ainda ébastante utilizado em aplicaçõescomerciais desenvolvidas emClipper. Há também uma versãolivre - o FreeDos – que vemsendo mantido pela comunidadedo Software Livre.

Windows/95 Multitarefa,monoprocessador,monousuário, 32 bits

8 MB / 16 MBFora de linha e sem suporte.

Windows/98 Multitarefa,monoprocessador,monousuário, 32 bits

32 MB / 64 MBMuito utilizado ainda, mas não émais comercializado.

Windows/Me Idem Win/98 64 MB / 128 MB Pouco utilizado e também forade linha.

Windows/NT Multitarefa, multiusuário– voltado para servidoresde rede

64 MB / 128 MBFora de linha e sem suporte.

Windows/2000 Multitarefa, multiusuário– voltado para servidoresde rede.

64 MB / 128 MBServidor de rede que disputamercado com o Linux.

Windows/XP Multitarefa, multiusuário,substituiu o win/98 ewin/me.

128 MB / 256 MBProduto atual da Microsoft.Bastante exigente quanto aosrecursos do computador.

Linux Multitarefa, multiusuário,multiprocessador, 32bits. Servidores eestações de trabalho.

32 MB / 64 MBDiversas distribuiçõesdisponíveis com característicasespeciais para determinadostipos de usuários e aplicações.

Atualmente tem sido oferecidas algumas distribuições Linux que não necessitam ser instaladas no discorígido. Podem ser carregadas diretamente do CD-ROM: Kurumin, Knoppix. Até a Conectiva lançou oLIVE CNC, baseado no Conectiva Linux 10. Essas distribuições facilitam os usuários de microcomputador que querem iniciar-se no mundo Linux,sem comprometer a configuração atual (não altera o contéudo do winchester) e sem exigirconhecimentos aprofundados para sua instalação.

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6. Instalações e Manuseio

Eletricidade EstáticaNós não podemos vê-la, mas ela existe e danifica os componentes eletrônicos. Por isso os fabricantesafixam em seus produtos, etiquetas que advertem sobre os cuidados a serem tomados.

O corpo humano acumula eletricidade estática à medida que a pessoa anda, senta em uma cadeira,retira um casaco, abre uma porta, ou mesmo quando toca em um outro material já carregado comeletricidade estática. Ao tocar em um componente eletrônico, as cargas estáticas são transferidasrapidamente para este componente, uma espécie de "choque" de baixíssima corrente, mas o suficientepara danificar parcialmente ou totalmente os circuitos internos existentes dentro dos chips. Esses chipspodem danificar-se imediatamente, ou ficarem parcialmente danificados, passando a exibir errosintermitentes, ficando sensíveis à temperatura, e podendo até mesmo queimar sozinhos depois de algumtempo.

Segurando os componentes corretamentePara evitar o dano aos componentes eletrônicos, o mínimo que devemos fazer é segurá-los de tal formaque seja evitado o contato direto com nossas mãos.

Figura 6.1

Figura 6.2

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Figura 6.3

Figura 6.4

Figura 6.5

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Manuseio de componentesUsuários ou técnicos inexperientes podem, ao invés de consertar, estragar mais o PC se não omanusearem corretamente. Devemos lembrar que estamos lidando com computadores, que sãoequipamentos extremamente delicados. Apesar de muitas placas, drive e componentes serem baratos,mesmo assim são sensíveis e necessitam dos mesmos cuidados dispensados aos equipamentos caros.O mais importante cuidado a ser tomado por quem manuseia equipamentos é o seguinte:

Antes de fazer ou desfazer qualquer conexão, seja ela de chips, placas, cabos, conectores,periféricos e drives de qualquer tipo, todos os equipamentos devem estar desligados

A maioria dos chips e placas ficam danificados permanentemente caso sejam removidos ou colocadoscom o computador ligado. O mesmo se aplica a periféricos. Quando uma impressora, mouse, teclado,scanner, ZIP Drive ou câmera é conectada ou desconectamos, devemos desligar o computador e operiférico, caso este possua alimentação própria. Se esta regra não for respeitada e mesmo assim nadafor danificado, trata-se simplesmente de uma questão de sorte.Uma outra boa prática é desligar o computador para fazer também conexões mecânicas. Paraaparafusar ou desparafusar drive’s de disquetes, discos rígidos e drive de CD-ROM, fonte, conectoresseriais ou qualquer outra peça presa por parafusos, o computador deve ser antes desligado. Uma peçametálica qualquer, como por exemplo, um parafuso, ao cair sobre uma placa pode causar um curto-circuito caso o computador esteja ligado, causando danos irreversíveis.Igualmente importante é o correto manuseio de cabos. Ao retirar qualquer tipo de cabo, devemos puxarsempre pelo conector, e não pelo cabo. Puxando pelo cabo, as ligações elétricas entre o cabo e oconector são desfeitas, causando mal contato. Essa regra é aplicada para qualquer tipo de cabo.

Figura 6.7

Figura 6.6

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Deve ser lembrado que todo cabo tem uma forma certa de encaixe. Uma ligação invertida pode, emcertos casos, causar dano. Muitos conectores têm um formato tal que impede a ligação errada. Isto éparticularmente verdadeiro naqueles que ficam na parte exterior do computador. Já as conexõesinternas, por exemplo, as ligações de cabos flat nas respectivas placas, muitas vezes não possuem essetipo de proteção, já que teoricamente devem ser manuseados por quem sabe o que faz.Em qualquer tipo de placa de circuito impresso, devem ser tomados os seguintes cuidados:

Não tocar nas partes metálicas dos chips Não tocar nos conectores Segurar a placa sempre por suas bordas laterais Não flexionar a placa

O toque nas partes metálicas dos chips pode causar descargas estáticas que os danificam. Uma placatem duas faces: a face dos componentes e a face da solda. Não se deve tocar na face da solda, poisnela existem contatos elétricos com todos os seus chips. Da mesma forma não se deve tocar na face doscomponentes pois se pode acidentalmente tocar as pernas dos chips, causando o mesmo efeitonegativo. Os conectores também não devem ser tocados, por duas razões. A primeira é que possuemcontatos elétricos com os chips, podendo danificá-los com a eletricidade estática. A segunda é que aumidade e a gordura das mãos podem causar mal contato nos conectores. Uma placa deve ser sempresegura por suas bordas laterais, como indicado na figura:

As partes metálicas das placas (com exceção dos conectores) podem ser tocadas em apenas doiscasos:

a) se o técnico estiver usando a pulseira antiestáticab) se o técnico se descarregar imediatamente antes de tocar na placa, tocando em algum elemento

metálico (gabinete, mesa, armário, etc.) que esteja aterrado. Conecte o cabo de força do microem uma tomada aterrada e quando você tocar na parte metálica do gabinete (que normalmentese encontra aterrada junto à fonte de energia) você vai estar descarregando sua eletricidadeestática.

Em qualquer operação mecânica como fixar a placa por parafusos ou espaçadores, encaixar oudesencaixar placas de expansão na placa de CPU, encaixar ou desencaixar conectores, etc. deve sertomado muito cuidado para que a placa não sofra nenhum tipo de flexão. A flexão pode causar orompimento de trilhas de circuito impresso, o que resulta em um mau contato dificílimo de ser detectadoe consertado. Pode também causar o rompimento das ligações entre soquetes e a placa. A flexão nãodeve ser apenas evitada a qualquer custo: deve ser proibida. Por exemplo, na placa de CPU, paraencaixar o conector da fonte basta colocar a mão por baixo da placa ao encaixar o conector da fonte,evitando assim que ocorra o flexionamento.Sempre que qualquer placa ou conector for encaixado ou desencaixado, a operação nunca deve ser feitade uma só vez. Deve ser feita por partes, um pouco em cada extremidade do conector, até que aoperação esteja completa.Não deve ser esquecido que as placas de expansão são presas ao gabinete através de parafusos. Emalguns casos, o técnico pode esquecer de colocar esses parafusos. Se isto acontecer, o grande perigo éuma conexão na parte traseira do gabinete (Ex: conectar uma impressora) ocasionar um afrouxamentono encaixe da placa no seu slot. Se essa conexão for feita com o computador ligado (o que, por si só, jáé um erro), o problema pode ser mais sério ainda: a placa pode soltar-se do seu slot com o computadorligado, o que provavelmente causará dano na referida placa, ou até mesmo na placa de CPU.

Figura 6.8 - Como segurar corretamente uma placa

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Recomendações sobre instalação elétricaA adequação da rede elétrica onde vai ser ligado o microcomputador é fundamental para se evitaracidentes aos usuários e danos aos equipamentos.Nas casas ou escritórios, normalmente, as redes de energia apresentam dois fios. Um desses fios édenominado FASE (ou linha) e o outro é denominado NEUTRO. A tensão é normalmente de 110/120Volts, mas existem algumas instalações e até mesmo cidades em que a tensão pode ser de 220 Volts.Qualquer computador pode ser ligado a essas redes que funcionaram sem problemas. Entretanto, osfabricantes de microcomputadores recomendam que as redes em que esses equipamentos serãoligados tenham um terceiro fio, denominado fio TERRA.O fio TERRA deverá estar ligado realmente a terra, ao solo, segundo determinadas especificações, deforma a fazer o real aterramento. O aterramento protege contra interferências, choques elétricos.Um bom aterramento é conseguido enterrando-se uma haste metálica (encontrada facilmente nas casasde ferragens e material elétrico) a dois metros de profundidade, no solo, e ligando-se o fio TERRA nela.Esse aterramento serve para qualquer aparelho elétrico.Como em nossas casas isso não é feito, uma alternativa seria ligar o fio TERRA ao NEUTRO, mas issonão é muito aconselhável. Pode-se, ainda, obter o aterramento ligando-se o fio às partes metálicasexistentes na casa, tubulações de água, da própria rede elétrica, na caixa onde fica presa a tomada deenergia – não esquecer que as tubulações de água normalmente são de pvc, as quais não propiciamqualquer tipo de aterramento.

Ressalte-se que o nível de eficiência obtido nesses 2 casos é muito baixo e pode não assegurar asproteções necessárias ao equipamento.

A tomada, que fica na parede, onde será ligado o micro deve possuir três terminais. Pode ser compradaem casas de material elétrico. Sua instalação é bem simples mas deve ser feito com cuidado por setratar de ligação elétrica.O ideal é que seja contratado um eletricista para realizar essa tarefa, procurando assegurar a eficiênciado aterramento e evitando acidentes desnecessários e caros.

Sistemas de Proteção

• Filtros de linha

Devemos tomar cuidado pois muitos são apenas extensões. Para saber se é realmente um filtro deve-severificar em sua embalagem se constam o nome do dispositivo de proteção contra sobretensão e do filtrocontra interferência. O ideal seria que os nossos estabilizadores já viessem com esta proteção, mascomo não é assim estes filtros são uma boa ajuda.

• Estabilizadores de Tensão

Este equipamento protege o seu aparelho contra variações da tensão elétrica e interferências. Deve-seadquirir um estabilizador que comporte a soma da potência gasta pelos aparelhos que irão ser ligadosnele, normalmente um estabilizador de 1.0 Kva é mais do que suficiente.

• No-Break

Este equipamento é um estabilizador com uma bateria. A diferença é que a bateria alimenta o sistemapara que possamos desligar o equipamento sem perder dados quando ocorre alguma queda no sistemaelétrico externo. Deve-se observar a quantidade de energia fornecida e o tempo que a carga da bateriasuporta. Quanto mais equipamentos ligados no mesmo no-break, menor é o tempo de disponibilidade.Outro aspecto importante é a revisão periódica da bateria e o teste de sua eficiência: é recomendávelefetuar simulações periódicas de falta de energia para verificar se o no-break não virou um “yes-break”.

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7. Montagem e Configuração

Verificação inicialFaça uma inspeção visual em todos componentes para atesta-los quanto a um aparente bom estado deconservação. Telas de monitores, pinos do processador e dos conectores de dados de HD, CD-ROM efloppy são alguns dos itens que devem ser verificados antes de se iniciar a montagem. Esta precauçãoevita que um problema detectado seja atribuído ao processo de montagem.Confira também se os manuais e os drivers de software (discos) estão inclusos nas embalagens dosprodutos. Isso evitará transtornos na hora da instalação do sistema do sistema operacional, uma vez quena ausência de algum driver o dispositivo correspondente não poderá ser configurado adequadamente,implicando no não funcionamento ou até em inconsistências e degradação no sistema.Fabricantes de placas e demais componentes sempre disponibilizam os respectivos drives’s e manuais,por isso, exija-os junto ao fornecedor.Antes de iniciar a montagem deve-se ler os respectivos manuais, principalmente o da placa-mãe, paraidentificar as instruções dos fabricantes relativas as características específicas de cada componente:processador suportado pela placa-mãe, tipos e configurações de memórias utilizáveis, conexões econfigurações da placa-mãe, etc.

Recursos necessários- Chave Philips- Chave de fenda- Alicate de bico - Recepiente para colocar parafusos- Bancada com filtro de linha

Roteiro de Montagem1. Verificar se a voltagem selecionada está correta (110 ou 220 Volts);2. Abrir o gabinete;3. Remover, do gabinete, a parte lateral (chassi) onde vai ser fixada a placa mãe;4. Fixar a placa-mãe utilizando corretamente os espaçadores e parafusos de fixação – figura 7.1; 5. Instalar o processador verificando o posicionamento correto em relação ao socket ;6. Fixar o cooler sobre o processador – atentar para os procedimentos de instalação, específicos de

cada modelo; 7. Colocar o(s) pente(s) de memória, atentando para o correto posicionamento em relação aos

socket’s e às restrições de configuração dos bancos de memória explicitados no manual da placamão. Verificar se as presilhas estão fechadas corretamente e se o(s) pente(s) está(ão) alinhado(s) (horizontalmente) em toda sua extensão. Vide figura 7.2;

Figura 7.1 – usando espaçadores

Figura 7.2 - encaixando as memórias

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8. Configurar a placa-mãeOs jumpers (conjunto de pinos que podem ser circuitados entre si) e dip-switches (conjunto dechaves que pode ser ligadas/desligadas) presentes nas placas-mãe servem, basicamente, paraconfigurar as freqüências de barramentos, ascaracterísticas de alguns componentes e otradicional “Clear CMOS”, utilizado para apagar oconteúdo da memória que contém os dadosdefinidos no programa setup. Atualmente muitasdessas configurações são efetuadas exclusivamenteno BIOS e, dessa forma, essa etapa de configuraçãopode não ser necessária. Vai depender sempre dascaracterísticas da placa-mãe.Algumas controladoras ON-BOARD (vídeo, rede,modem, etc.) podem ser habilitadas ou não porjumpers.

9. Recolocar o chassi no gabinete;10. Conectar a alimentação na placa-mãe – cuidar para o posicionamento correto dos conectores

AT:

11. Conectar os cabos dos componentes do gabinete seguindo corretamente a disposição dos pinos(power led, auto-falante, reset, hd led, power botom, etc.);

12. Instalação dos drives (winchester, disquete e cd-rom) Os drives e winchester são fixados por parafusos nas suas laterais. Cada um tem seu lugardefinido no gabinete e devemos ter muito cuidado para não fixar o winchester com parafusos quepossam atingir sua placa por ser este muito comprido. O winchester deve trabalhar com uma inclinação mínima na horizontal de 5° ou com umaposição vertical de 90° e 180°. Evite choques no HD. Este componente tem uma mecânica deprecisão e mesmo desligado pode sofrer danos facilmente.

13. Conectando o cabo de alimentação aos drivesOs soquetes de alimentação dos drives e winchester só se encaixam de uma única maneira.Pode ser utilizado qualquer soquete. Todos os conectores da fonte são chanfrados, tendoapenas uma possibilidade de encaixá-los nos periféricos. Apenas os Drives de 1.44MB 3½"utilizam um soquete menor.

14. Ligação dos Cabos Lógicos aos drivesOs cabos FLAT dos drives têm uma tarja vermelha em um dos lados. Esta tarja vermelha deveser ligada sempre onde estiver indicado o número "1" nas e nos drives. Os cabos dos winchestertipo IDE são mais largos (40 pinos) que os dos disquetes e o SCSI tem 50 pinos.Quando utilizarmos dois winchesters (ou um winchester e um cd-rom) na mesma controladora,devemos configurar um como "MASTER" (principal) e o outro como "SLAVE". Isso é feito atravésdo jumper, com o auxílio do manual dos HDs ou uma etiqueta explicativa no próprio gabinete dodisco.Se for utilizar Ultra DMA para o HD é recomendável usar cabos distintos para o HD e o drive deCD. Sempre que conectar apenas um drive no cabo, conecte-o no final do cabo.

15. Colocação das Placas de expansãoAs placas são colocadas nos slots vagos da placa-principal, podendo-se, a priori, colocarqualquer placa em qualquer slot compatível. Algumas placas apresentam dois slot’scompartilhados (EISA x PCI) dos quais somente um pode estar em uso – observar no manual daplaca se existe essa situação. Devemos tomar cuidado para que uma placa não trabalhe encostada à outra, já que podemos tercomponentes que encostem no lado da solda da outra placa bem como um aquecimento

Figura 7.4 - conexão AT Figura 7.5 - conexão ATX

Os 4 Fios pretosdevem ficar nocentro.

Figura 7.3 - jumpers

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excessivo por falta de ventilação. Use o bom senso para otimizar as colocações das placas visando melhorar a organização efacilitar a ventilação. Observe também as placas de 8 bits e 16 bits para não colocar uma placade 16 bits num slot de 8 bits, ou uma placa PCI num slot ISA. Enquanto os slots ISA sãocompridos e pretos, os slots PCI são brancos e curtos.As placas antigas (não PnP) trabalham num determinado endereço lógico e uma determinadainterrupção. As exceções são as placas configuradas por software (jumperless). Mas mesmoassim não podemos colocar via software uma interrupção e endereço igual à de outra placa dosistema. Quando ocorrer algum problema, deveremos sempre verificar se não está havendo conflito entreinterrupção e endereço. Caso tenhamos muitas placas conectadas no equipamento, aoadicionarmos uma nova e esta não funcionar, retire todas as placas mantendo somente a devídeo e a placa nova. Assim tentamos isolar o conflito de interrupção e endereçamento.

16. Procurar não obstruir os ventiladores com as sobras de cabos. Procure fixá-los à estrutura dogabinete, eliminando as sobras soltas.

17. Fechar o gabinete;18. Efetuar o setup e teste da máquina.

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8. Ligando o Equipamento e Verificando o Funcionamento

InstalaçãoSe tudo foi feito corretamente podemos ligar o computador. Para isto, conecte o teclado, o mouse emonitor de vídeo e os cabos de energia do micro e do monitor – essas são as conexões essenciais parao teste. Caso vá utilizar outros dispositivos, efetue suas conexões também.

Teste Inicial ao LigarQuando o computador é ligado, a CPU passa a realizar vários testes para verificar se tudo está OK.Estas rotinas de verificação (programas) estão armazenadas na BIOS. Se algo estiver errado a CPU nosinformará com diferentes tipos de beeps. O tipo do beep dependerá da BIOS que estiver na motherboard.Este procedimento é chamado de POST (POWER ON SELF TEST). Descrição passo a passo desteteste:

a) Quando o computador é ligado a CPU passa a rodar um programa armazenadopermanentemente num determinado endereço o qual aponta para a BIOS (Basic Input/OutputSystem) em ROM.

b) A CPU envia um sinal ao BUS de dados para certificar se tudo está funcionando.c) É o teste das memórias e aparece um contador no monitor.d) A CPU checa se o teclado está conectado e verifica se nenhuma tecla foi pressionada.e) É enviado um sinal através do BUS de dados para verificar quais os tipos de drives estão

disponíveis.f) Logo após o micro está pronto para iniciar o BOOT.

bios Beeps significadoAMI

1 curto Falha no refresh da memória RAM2 curto Erro de paridade na memória RAM3 curto Falha na memória base 64KB ou CMOS4 curto Falha no timer5 curto Falha no processador6 curto Falha no sinal Gate A20 (determina a entrada do processador no modo de

execução protegido)7 curto Erro de inicialização do processador por gerar uma exceção de interrupção8 curto Erro de leitura/escrita na placa de vídeo9 curto Erro no bit de checksum da ROM BIOS10 curto Erro no registrador "shutdown" para CMOS11 curto Erro na memória cache L21 longo / 3 curtos Falha no teste memória estendida (*)1 longo / 8 curtos Falha no teste do monitor (*)

AWARD

1 curto POST concluído sem erros1 longo / 3 curtos Placa de vídeo mal conectada ou memória RAM da placa de vídeo com erroVários longos(sem cessar)

Módulo(s) de memória danificados ou mal conectados

Vários de altafreqüência com oPC emfuncionamento

Sobreaquecimento da CPU. Verifique imediatamente a ventoinha do cooler e aventilação interior do gabinete.

(*) Esses erros não são fatais e não impendem o funcionamento do micro.

SETUPPassado o POST, devemos configurar a máquina pelo setup, isto é, inserir as características doscomponetes instalados (drives, memória, processador, etc.) e algumas caracterisicas operacionaisimportantes para o bom desempenho do computador (gerenciamento de energia, endereços de portasparalelas e seriais, habilitação de porta USB, quantidade de memória usada para a controladora devídeo, etc.) de acordo com o manual da placa principal.O acesso ao programa de SETUP normalmente é feito pressionando-se a tecla DEL durante o testeinicial de memória. Algumas BIOS apresentam outras maneiras de acessar o SETUP: tecla F2, porexemplo. Observar no manual da placa ou na própria tela qual a opção disponível.É muito importante a configuração correta do winchester em termos de número de cilindros, cabeças esetores. Se isto for feito incorretamente, o winchester não será acessado ou trará problemas futuros. As

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BIOS atuais tem a opção de auto-detecção da geometria dos HD e dispositivos de CD, o que facilitabastante a operação. Normalmente as BIOS tem opções para coleção de senhas de proteção contra acessos não permitidos.O bom senso indica que se o usuário não utiliza o equipamento em locais com grande acesso depessoas a colocação de uma senha apenas é um dado a mais que o usuário terá de lembrar. Além disso,caso esqueça a senha, terá que retirar a bateria interna para apagar os dados de configuração. Normalmente o SETUP oferece a possibilidade de duas configurações: uma considerando os valorespadrão para o BIOS e outra com valores que apresentam uma desempenho melhor. Os resultados vãodepender das características dos componentes instalados e de como estão configurados. Somente comtestes comparativos podermos deduzir se uma configuração apresenta melhor ou pior desempenho queoutra.Após a conclusão do SETUP devemos atualizar (gravar) os novos valores na CMOS e encerrar oprograma para iniciar o BOOT. Se não quiser salvar as alterações promovidas nos parâmetros, basta sairsem salvar.Cabe salientar que é no SETUP que definimos a ordem dos dispositivos que serão pesquisados paracarga do Sistema Operacional. Está opção normalmente inclui HD, CD-rom e disquete. Mas tambémpode ser possível o BOOT via rede. Se for efetuada a seguinte configuração:

1o. – CD-rom2o. – HD3o. – disquete

Inicialmente será pesquisado o drive de cd-rom para identificar algum cd bootável; caso não sejalocalizado, o próximo dispositivo da lista será pesquisado: HD. Se também não tiver Sistema, prosseguea pesquisa no 3o., o disquete. Note que com esta ordem, o disquete será pesquisado somente se não forpossível carregar o SO do HD (isto normalmente só ocorre na primeira vez ou quando há algumproblema com o HD).

BOOTApós o teste inicial do microcomputador (POST), entra o processo de BOOT do micro. Mas o que é essetal de BOOT? Para executar qualquer programa, antes de qualquer coisa necessitamos carregar o sistema operacionaldesejado via disquetes ou pelo HD. O famoso BOOT nada mais é que uma verificação da BIOS doequipamento, em busca de um programa que inicialize o sistema operacional. Este processo inicial estágravado na BIOS da motherboard onde existem as instruções básicas par ele começar a operar esteprograma e é lido pela CPU onde existe a instrução para leitura dos arquivos do sistema operacional (noMS DOS 6.2 são IO.SYS e o MSDOS.SYS) que estão gravados no primeiro setor do harddisk ou dodisquete colocado no drive A. Se um HD ou disquete estiverem com os primeiros setores danificadoseles tornam-se inutilizáveis para carregar o sistema operacional. No caso do MS DOS podemos dizer que um disquete ou harddisk é BOOT-VEL quando ele contém osdois arquivos do sistema operacional já mencionados e mais um arquivo chamado COMMAND.COM.Este arquivo é lido e carregado na memória. Podemos dizer que o BOOT nada mais é que um processo básico que o microcomputador realiza paracarregar qualquer tipo de sistema operacional. Quando carregamos um S.O. o KERNEL deste fica normalmente residente em memória. Kernel é onúcleo do S.O. O que nos apresenta no monitor é o SHELL (interpretador de comando), que no caso do MS DOS nos édado pelo COMMAND.COM e no Linux o mais utilizado é o BASH. Alguns sistemas operacionaisfornecem vários tipos de shell, como é o caso do Linux, cada uma prestando-se melhor a umadeterminada função.

Instalando o Sistema OperacionalAntes de iniciar a instalação deve-se proceder à leitura do respectivo manual para identificar osprocedimentos a serem seguidos, evitando-se, assim, ocorrências indesejadas durante o processo: faltade driver’s, incompatibilidade de dispositivos, recursos mínimos insuficientes, etc.Para ocorrer a instalação do Sistema Operacional é necessário a execução de um programa instalador,independente do sistema que esteja sendo instalado.Este programa deve ser carregado (no BOOT) e poderá estar em disquete, cd-rom ou até mesmo serobtido pela rede. Ele vai executar os procedimentos para a instalação do sistema operacional,fornecendo as instruções e solicitando as informações necessárias para proceder a instalação completa.É importante ressaltar que existem diferenças significativas entre os procedimentos de cada distribuiçãoLinux para a instalação e configuração, sendo fundamental para o sucesso dessa empreitada, a leitura

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dos manuais de instalação.

Configurando os dispositivosDurante a instalação do Sistema Operacional, alguns dispositivos podem ter seus drivers instalados econfigurados automaticamente (isto ocorre tanto no Windows, quanto no Linux), mas se o Sistema nãodispuser do driver correto ou não puder detectar as características dos dispositivos, deve-se efetuar ainstalação dos drivers manualmente e utilizar as ferramentas apropriadas para sua configuração.As placas principais atuais vem com um cd-rom contendo todos os drivers dos dispositivos, normalmentecompatíveis apenas com Windows. Os drivers para Linux podem ser localizados no site do fabricante ouem sites especializados em bibliotecas de drivers. No caso do Windows: Após a instalação do Sistema Operacional, alguns dispositivos apresentaramproblemas de configuração e o sistema passará a tentar configurá-los. Cancele essa operaçãoautomática e insira o cd-rom que acompanha a placa. Se o cd-rom corresponder à placa instalada, seráiniciado automaticamente um programa de configuração dos recursos dessa placa. Caso o programa nãoinicie é provável que o cd-rom não seja compatível com essa placa – contate o fornecedor para obter ocd correto.

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9. Glossário

ATA AT Attachment, a designação correta da interface IDECISC Complex Instruction Set ComputerCLUSTER Conjunto de sectores que corresponde à unidade mínima endereçável nos

sistemas de arquivos VFAT.CRC Cyclic Redundancy CheckDCE Data Comunication Equipament (Equipamento de Comunicação de Dados)DRIVE Parte de um computador que opera uma fita ou discoDRIVER Programa usado para interfacear e gerenciar um dispositivo de entrada/saídaDTE Data Terminal Equipament (Equipamento de Origem/Destino dos Dados)FAT File Alocation Table (tabela de alocação de arquivos)FSB Front Side Bus (barramento externo)HD Hard DiskHT Hyper Threading (Pentium 4)IDE Integrated Drive ElectronicsIRQ Interrupt Request QueueMTFB Mean Time Between Failure (tempo entre ocorrências de falhas)PARTIÇÃO É uma parte duma unidade de disco, definida em termos lógicos, e que será

utilizada pelo sistema operativo como se tratasse duma unidade de disco diferente.Uma partição pode conter todo o disco, ou pode partilhar o mesmo disco comvárias outras.

POST Power On Self Test (auto teste após a inicialização)RAID Redundant Array of Inexpensive DiskRISC Reduced Instruction Set ComputerSMART Self Monitoring Analysis Reliability TechnologyZDR Zone Density Recording - Tecnologia que permite dividir o disco em zonas de

diferentes capacidades, permitindo assim otimizar o espaço dos setores maisdistantes do centro do disco.

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10.LinksVASCONCELOS, Laércio.(http://www.laercio.com.br).TORRES, Gabriel. (http://www.gabrieltorres.com.br/)Guia do Hardware (http://www.guiadohardware.net/)PC mais (http://www.pcmais.com/)UNICAMP (http://www.ccuec.unicamp.br/)Blackdown (http://www.blackdown.org/~hwb/hwb.html)HKR micro (http://www.hkrmicro.com/personal/index.html)Laboratorio de Informatica - FACENS (http://www.li.facens.br/eletronica)Electronic Support (http://www.esupport.com/)Compinfo (http://www.compinfo.co.uk/)Tec (http://www.tec.sci.fi/tecref)