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Curso Escotista GESTÃO DE ADULTOS NÍVEL BÁSICO APOSTILA DO FORMADOR

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Curso Escotista

GESTÃO DE ADULTOS

NÍVEL BÁSICO

APOSTILA DO FORMADOR

2

Curso BásicoLinha: Escotista

Apostila do Formador

Esta é a Apostila do Cursante do Curso Básico da UEB - União dos Escoteiros do Brasil - para Escotistas, conforme previsto nas Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos, e produzido por orientação da Diretoria Executiva Nacional com base na experiência centenária do Movimento

Escoteiro no Brasil.

1ª Edição - Agosto de 2011Atualizado em 06 de Setembro de 2011

Conteúdo:Os conteúdos que aparecem nesta apostila foram baseados nos materiais de cursos das

Regiões Escoteiras.

Ilustrações:Foram usados desenhos produzidos ou adaptados por Andréa Queirolo, assim como ilustrações

em geral que fazem parte do acervo da UEB ou são de domínio público.

Diagramação e Montagem:Andréa Queirolo

Organização de Conteúdo:Megumi Tokudome

Todos os direitos reservados.Nenhuma parte desta publicação poderá ser traduzida ou adaptada a nenhum idioma, como

também não pode ser reproduzido, armazenado ou transmitido por nenhuma maneira ou meio, sem permissão expressa da Diretoria Executiva Nacional da União dos Escoteiros do Brasil.

União dos Escoteiros do BrasilEscritório Nacional

Rua Coronel Dulcídio, 2.107Bairro Água Verde

80250-100 - Curitiba - PRwww.escoteiros.org.br

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A Apostila do Participante é um instrumento de apoio aos adultos em processo de formação, cujo conteúdo busca contribuir para o desenvolvimento das competências necessárias para o exercício das atribuições inerentes aos escotistas e dirigentes no Movimento Escoteiro.

A UEB está se dedicando a atualizar e produzir importantes publicações para adultos, contando, para tanto, com a inestimável colaboração e esforço de muitos voluntários de todo o Brasil, além do apoio dos profissionais do Escritório Nacional. A todos que contribuíram, e continuam trabalhando, os agradecimentos do escotismo brasileiro.

É claro que ainda podemos aprimorar o material, introduzindo as modificações necessárias a cada nova edição. Portanto, envie suas sugestões para melhorar o trabalho ([email protected]), pois a sua opinião e participação serão muito bem-vindas!

A qualidade do Programa Educativo aplicado nas Seções, além da eficiência nos processos de gestão da organização escoteira, em seus diversos níveis, depende diretamente da adequada preparação dos adultos.

O nosso trabalho voluntário rende mais e melhores frutos na medida em que nos capacitamos adequadamente para a tarefa. Portanto, investir na formação significa valorizar o próprio tempo que dedicamos voluntariamente ao escotismo.

Além disso, o nosso compromisso com as crianças e jovens exige que estejamos permanentemente dispostos a adquirir novos conhecimentos, habilidades e atitudes, em coerência com a postura de educadores em aper feiçoamento constante.

Desejo que tenham ótimos e proveitosos momentos de formação, que aprendam e ensinem, que recebam e compartilhem. Sejam felizes!

Sempre Alerta!

ALESSANDRO GARCIA VIEIRADiretor de Métodos EducativosUnião dos Escoteiros do Brasil

Apresentação

Seja bem vindo ao Curso do Nível Básico da Linha Escotista. Esta apostila foi especialmente preparada com conteúdos selecionados para que você se sinta cada vez mais apto à contribuir com o Escotismo brasileiro. Aproveite para ler e discutir o conteúdo da apostila com o seu assessor pessoal de formação. Ao final de cada unidade, anote as suas dúvidas e sugestões para melhor aproveitamento do curso e sua participação no Grupo Escoteiro.Objetivo do Nível Básico capacita o adulto minimamente para o desempenho de suas atribuições inerentes ao cargo para o qual ele foi eleito e/ou nomeado.

Objetivo do Nível BásicoVisa qualificar o adulto para uma atuação plena como

assistente auxiliar e instrutor e capacitá-lo para dirigir 1 seção escoteira

Tarefas PréviasLer e Discutir com o Assessor Pessoal de Formação:

Apostila do cursante – Nível Básico Escotista•

Pelo menos 2 capítulos do Manual do Escotista do •Ramo e respectivos Guias de Ramo

POR•

Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos•

Guia do Chefe Escoteiro•

Sugestão de Leitura:Padrões de Acampamento•

Guia do Chefe Escoteiro•

Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos•

Prática SupervisionadaParticipar do planejamento e auxiliar na aplicação de •um Ciclo de Programa de acordo com a função exercida na UEL.

Elaborar o Plano Pessoal de Formação•

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Índice

Unidade 1: Valores ................................................................................. 10Valores e vivência da Ética no Escotismo ............................................................................ 10

Unidade 2: Espiritualidade .................................................................... 13Orientação Espiritual da União dos Escoteiros do Brasil ................................................... 13

Unidade 3: Conhecimento do Jovem ................................................... 16Conhecendo o Jovem .............................................................................................................. 16

Unidade 4: Programa de Educativo ..................................................... 20Especialidades ........................................................................................................................ 20Ciclo de Programa ................................................................................................................... 24Objetivos Educativos e as Competências ............................................................................ 26Avaliação Progressão Pessoal do jovem ............................................................................ 28

Unidade 5: Método Escoteiro ................................................................ 33Aceitação da Promessa e da Lei Escoteira: ................................................................................. 33Aprender Fazendo: ........................................................................................................................... 33Vida em Equipe ................................................................................................................................. 33Atividades Progressivas, Atraentes e Variadas ............................................................................ 33Desenvolvimento pessoal com orientação individual ................................................................ 33

Unidade 6: Vida ao Ar Livre ................................................................... 36Planejando Excursões, Jornadas, Bivaques, Acampamento e Acantonamento ........... 36Fogo de conselho, Lamparada e Flor Vermelha ................................................................. 41Atividades Noturnas - Planejamento e Aplicação .............................................................. 47Plano de Segurança em Atividades Escoteiras .................................................................. 50Sistema de Equipe: Matilha, Patrulha, Equipes de Interesse ........................................... 53Sistema de Participação: Roca de Conselho, Corte de Honra, COMAD .......................... 56Prática de Jogos ...................................................................................................................... 58

Unidade 7: Recursos Educativos .......................................................... 61Administração de Conflito ...................................................................................................... 61Escotismo e Comunidade ...................................................................................................... 65Mutirões Nacionais ................................................................................................................. 67Conhecer a aplicabilidade dos Manuais, Guias e Fichas ................................................. 70O Grupo Escoteiro como unidade de aprendizagem ......................................................... 73

Unidade 8: Gestão da Seção ................................................................ 75Administração de Seção ....................................................................................................... 75

Papel do Escotista - Planejamento da seção e calendário ........................................................ 80Grupo Escoteiro como Unidade Familiar ...................................................................................... 82

6

Unidade 9: Desenvolvimento Pessoal ................................................. 87Criatividade .............................................................................................................................. 87Comunicação e Imagem ........................................................................................................ 89

Anexos: .....................................................................................................90Modelo de Planejamento de Segurança para Atividade Externa .................................... 90

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GRADE HORÁRIA DO CURSO BÁSICO - ESCOTISTA

Valores.......................................................................................................................................60 minOrientação Espiritual - UEB ....................................................................................................60 minConhecendo o Jovem ...............................................................................................................60 minEspecialidades .........................................................................................................................30 minCiclo de Programa ....................................................................................................................30 minObjetivos Educativos e as Competências ............................................................................30 minAvaliação da Progressão Pessoal do Jovem .......................................................................30 minMétodo Escoteiro. .....................................................................................................................120 minPlanejando acampamentos, acantonamentos, bivaques e excursões ............................40 minFogo de Conselho, Lamparada e Flor Vermelha ..................................................................40 minAtividades Noturnas - Planejamento e Execução ................................................................60 minPlano de Segurança em Atividades Escoteiras ...................................................................40 minSistema de Equipe ...................................................................................................................20 minSistema de Participação: Roca de Conselho, Corte de Honra e COMAD .........................20 minPrática de Jogos ............................................................................................................20 minAdministração de Conflitos ..........................................................................................30 minEscotismo e Comunidade ............................................................................................150 minMutirões Nacionais .......................................................................................................30 minConhecer a Aplicabilidade dos Manuais, Guias e Fichas ........................................ 60 minGrupo Escoteiro como Unidade de Aprendizagem ...................................................30 minAdministração de Seção ..............................................................................................20 minPapel do Escotista .........................................................................................................20 minGrupo Escoteiro como Unidade Familiar ...................................................................10 minCriatividade ....................................................................................................................30 minComunicação e Imagem ..............................................................................................30 min

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: VALORES

DURAÇÃO: 60 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Reconhecer os valores contidos na lei e promessa escoteira e entender como se trabalha os valores com os jovens.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer a lei e promessa escoteira•

Elaborar uma atividade tendo como principal foco os valores•

CONTEÚDO:

Definição De Valores•

Valores Éticos•

Valores Escoteiros•

Os Artigos Da Lei Escoteira•

A Promessa Escoteira•

Trabalhando Valores Com Os Jovens•

MATERIAL:

Cartolinas•

Pincel Atômico•

Fita Crepe•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

10 Definição de valores PL

10 Valores éticos PL

10 Valores escoteiros PL

15 Os Artigos da Lei Escoteira TG

15 Trabalhando Valores com os jovens TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Explanação sobre definição de valores, valores éticos e os valores escoteiros.

Os Artigos da Lei EscoteiraDivididos em Equipes eles descreverão os valores embutidos nos artigos da Lei Escoteira

Trabalhando valores com os jovens - Montando uma atividade:Entrega-se a cada equipe uma cartolina em branco e pincel atômico, tendo como objetivo, que a equipe desenvolva uma atividade qualquer em teoria (jogo, excursão, acampamento, etc.) para ser apresentado aos demais.

Apresentação e conclusão: durante o tempo restante, as equipes apresentarão suas propostas de atividades

Bibliografia Recomendada

POR•

Projeto Educativo do Movimento Escoteiro•

Última Atualização: 20/02/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Valores podem ser definidos como o conjunto de regras sociais que determinam comportamentos desejáveis em um ser humano, em dado lugar e época, transmitidos de pessoa a pessoa.

Moral é o conjunto de regras sociais que determinam comportamentos desejáveis em um ser humano, em dado lugar e época, transmitidos de pessoa a pessoa. A moral é construída no grupo social de acordo com aquilo que o grupo considera importante: os Valores, que podem referir-se não apenas a bens materiais, mas também – e este é o foco deste módulo – a formas de ser e agir consideradas pelo grupo como promotoras da boa convivência.

Os valores obedecem a uma escala hierárquica, ou seja, em um dado momento, pode-se substituir um comportamento desejável por outro. Por exemplo, uma pessoa não deve ferir outra, mas poderá fazê-lo em auto-defesa.

Os diferentes segmentos que compõem uma sociedade também podem ter seu próprio sistema de valores. Assim, temos os valores da família, do grupo de amigos, do ambiente de trabalho, da escola, da comunidade, etc.

Finalmente, cada uma das pessoas de uma sociedade escolherá, dentre os diversos valores que lhe são expostos, aqueles que comporão seu Sistema Pessoal de Valores. A formação do sistema de valores de alguém é algo pessoal e intransferível. Ao final do processo, somente essa pessoa decidirá quais os valores que a guiarão em sua vida em sua vida.

Os Valores ÉticosOs valores éticos são um tipo de valor, um

subgrupo, que se caracteriza por dirigir e orientar nossos comportamentos de acordo com as diferentes concepções que tenhamos sobre o bom e o mau, o justo e o injusto. Ética é a ciência que estuda a moral. Valores morais são aqueles que orientam nossos comportamentos de acordo com as concepções de bom e mau, justo e injusto.

Os valores fazem com que as ações nas situações que observamos nos sejam apresentadas de uma forma global como um bem ou como um mal, como uma maldade ou como uma bondade.

Os valores morais orientam o trato do indivíduo para com os demais. Se a pessoa tiver por base moral “dar-se bem custe o que custar”, terá por lícito relacionar-

se com os outros visando ao próprio proveito, não se importando se para tal tiver de enganá-los; uma pessoa que funda sua moral na busca do bem comum e na regra “faça como gostaria que lhe fizessem” buscará proceder com equidade e sinceridade, configurando o que se denomina “honradez”.

Às vezes, especialmente com relação a questões morais, enfrentamos problemas com os valores que temos; é o que se chama conflito de valores.

A relação entre a pessoa e a moral é tão estreita que não apenas podemos dizer que os valores morais implicam uma referência essencial à pessoa, como também o que torna o ser humano como um ser livre e responsável é a idéia de um valor moral admitido normativamente.

A Lei Escoteira é assumida como um Compromisso Pessoal

A Lei Escoteira envolve valores positivos na vida de qualquer pessoa. Além de referência de uma vivência pessoal é a partir dela que se trabalham os projetos e programas que são realizados no Movimento Escoteiro. Assim, ela norteia todas as atividades e todos os membros do Movimento Escoteiro, seja ele um membro juvenil ou adulto.

Os jovens desenvolvem seu projeto pessoal a partir dos valores implícitos na Lei Escoteira, tendo-a como regra principal do “grande jogo” que é o Escotismo.

Os 10 Artigos da Lei Escoteira são:

O Escoteiro tem uma só palavra; sua honra vale 1. mais do que sua própria vida. (integridade - confiabilidade – transparência – sinceridade)

O Escoteiro é leal2. . ( fidelidade – veracidade – não falta às promessas que faz – fé)

O Escoteiro está sempre alerta para ajudar o 3. próximo e pratica diariamente uma boa ação.(disposição – solidariedade)

O Escoteiro é amigo de todos e irmãos dos demais 4. escoteiros. ( fraternidade – amizade – partilha)

O Escoteiro é cortês.( respeito – educação – 5. amabilidade)

O Escoteiro é bom para os animais e as plantas. 6. (proteção – consciência social – consciência ambiental)

O Escoteiro é obediente e disciplinado. 7. (responsabilidade – comprometimento – correção)

Unidade 1: ValoresValores e vivência da Ética no Escotismo

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Unidade 1: ValoresValores e vivência da Ética no Escotismo

O Escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades. 8. (positividade – fortaleza – ânimo).

O Escoteiro é econômico e respeita o bem alheio.9. ( parcimônia – probidade – honestidade – senso de coletividade – civilidade – justiça)

O Escoteiro é limpo de corpo e alma. 10. (sinceridade – auto-estima – retidão)

Lei do Lobinho:

O lobinho ouve sempre o velho lobo.1. ( respeito – atenção – lealdade)

O lobinho pensa primeiro nos outros.2. (amor – generosidade – solidariedade – desapego – disciplina)

O lobinho abre os olhos e os ouvidos.3. ( participação – sensibilidade – dinamismo)

O lobinho é limpo e está sempre alegre. 4. ( auto-estima – bom humor – cuidado – positividade)

O lobinho diz sempre a verdade. 5. (integridade – veracidade – confiabilidade – fé).

Os nossos valores encontram-se bem definidos na Lei Escoteira. A vivência desses valores e a disposição da vontade, o esforço e a dedicação, o estudo e a prática nos leva à aquisição de uma consciência escoteira que nos guia pela vida e nos faz feliz.

Promessa EscoteiraA Promessa Escoteira é o ponto de partida; o

compromisso que é feito com a idéia de desenvolver-se como uma pessoa íntegra dentro do modelo escoteiro. É um ato pessoa, feito depois de ter conhecido e comparado os valores desse compromisso.

Prometo pela minha honra fazer o melhor possível para: cumprir os meus deveres para com Deus (minha

fé/minhas crenças) e com minha Pátria, ajudar o próximo (os demais/a comunidade/a sociedade) em toda e qualquer ocasião, e obedecer a Lei Escoteira.

A Promessa do LobinhoPrometo fazer o melhor possível para:

Cumprir os meus deveres para com Deus e com minha Pátria, obedecer a Lei do Lobinho e fazer todos os dias uma boa ação.

O lema do Lobinho indica o propósito de estarem dispostos ao esforço de fazer tudo da melhor maneira que puderem, respeitando as regras do jogo, e de não esquecerem o que têm a fazer para melhorar o mundo.

Promessa do AdultoPrometo pela minha honra fazer o melhor possível

para: cumprir os meus deveres para com Deus (minha fé/minhas crenças) e com minha Pátria, ajudar o próximo (os demais/a comunidade/a sociedade) em toda e qualquer ocasião, e obedecer a Lei Escoteira e servir a União dos Escoteiros do Brasil.

O Escotismo com o seu método facilita a vivência dos valores espirituais, pois o seu estilo de vida próprio, simples e sem complicações, alegre e ao ar livre, é propício para viver valores e praticar virtudes.

* Para saber mais sobre Fundamentos do Movimento Escoteiro, consulte o documento

Projeto Educativo da UEB e Compreendendo os Fundamentos do Movimento Escoteiro.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL - UEB

DURAÇÃO: 60 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Orientar o participante sobre a Orientação Espiritual trabalhada na UEB.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Sensibilizar o escotista sobre a importância de se trabalhar a orientação espiritual nas atividades•

Conhecer e compreender a aplicação da Regra 21 do POR – Prática Religiosa•

CONTEÚDO:

Orientação Espiritual - UEB•

Regra 21 do POR•

MATERIAL:

2 cartazes•

Cartões em branco pequeno•

Pincel atômico para todos os participantes•

Fita crepe•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

15 Regra 21 - POR PL

15 Orientação Espiritual - UEB PL

30 Aplicação da Orientação Espiritual - UEB TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Pendura-se dois cartazes lado a lado um intitulado acampamento e outra atividade de sede. A cada participante entrega-se um pequeno cartão em branco e um pincel atômico. Divide-se o grupo em dois ( 1 grupo atividade de sede e 1 grupo acampamento) e ao sinal cada um deve escrever um momento onde se aplica a Orientação Espiritual dentro das atividades (atividade de sede ou acampamento depende da divisão) e colar seu cartão no cartaz correspondente. Ao termino será feita a leitura pelo instrutor

Bibliografia Recomendada

POR•

Manual do Escotista do Ramo•

Última Atualização: 20/02/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade 2: Espiritualidade IIOrientação Espiritual - União dos Escoteiros do Brasil

13

A Regra 021 do POR diz: A UEB respeita e estimula a prática religiosa dos seus participantes e Unidades Escoteiras Locais (Grupos Escoteiros e Seções Escoteiras Autônomas), e incentiva a todos os seus membros a praticar ou buscar uma religião. Incentiva e facilita para que os programas de atividades escoteiras proporcionem a prática das confissões religiosas dos participantes.

O Escotismo, por meio do seu Programa Educativo e Método Escoteiro, procura ajudar o jovem a crescer espiritualmente, principalmente em uma sociedade multicultural como a que vivemos.

Para crescer como um ser integral neste mundo, há diferentes áreas do caráter que se desenvolvem durante a nossa vida. Estas incluem nossas habilidades físicas e mentais, o desenvolvimento emocional, a interação social e a consciência espiritual.

O Escotismo crê em Deus, uma fé em um Criador e Fonte de tudo que existe.

Nosso entendimento de Deus se desenvolve através dos anos. O Escotismo estimula a constante presença de Deus em nossas vidas, a diferença entre o bom e o mau, o amor aos demais e o carinho pelo mundo onde vivemos.

A Promessa Escoteira – É o compromisso formal que cada integrante faz ao entrar no Movimento Escoteiro. Ela é o elo de compromisso entre o Movimento Escoteiro e o participante. Além de relacionar os princípios recomenda uma conduta prática a ser seguida por todos.

O Movimento Escoteiro incentiva a busca desta relação com Deus através das seguintes orientações:

Estímulo a ter uma religiosidade –• Todos os membros da Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção Escoteira Autônoma) devem ser estimulados a ter uma religião e seguir fielmente seus preceitos.

O Movimento Escoteiro auxilia seus membros a se desenvolverem em suas próprias religiões e incentiva todos aqueles que não têm uma religião a buscar uma que melhor atenda suas necessidades e expresse sua fé.

Como o desenvolvimento da maioria das religiões passa por conceitos universais como a caridade, a solidariedade ao próximo, o respeito ao ser humano, a honestidade, a lealdade e a fraternidade, o Movimento Escoteiro pode e deve criar oportunidades para que seus membros apliquem estes conceitos universais independentemente de sua religião e em harmonia com membros praticantes de outras religiões.

Jovens da mesma religião –• Quando a Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção Escoteira Autônoma) for composta por jovens de uma única religião, seus escotistas deverão pertencer preferencialmente a essa mesma religião e terão que zelar pelas práticas religiosas de seus integrantes e pela orientação religiosa da Unidade Escoteira Local de acordo com a entidade religiosa. Essas Unidades Escoteiras Locais podem ser designadas como de denominação religiosa.

Jovens de diferentes religiões –• Quando a Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção Escoteira Autônoma) for composta por jovens de religiões diferentes, seus escotistas devem respeitá-las, verificando que cada um observe seus deveres religiosos. Nas atividades os cultos e orações devem ser de caráter simples, ecumênicas e de assistência voluntária.

Os integrantes do Movimento Escoteiro devem conhecer, de uma forma geral, as religiões dos demais integrantes no sentido de promover uma convivência harmônica e participativa. Nas atividades escoteiras os cultos e orações devem ser simples, ecumênicas e de assistência voluntária.

Unidade 2: Espiritualidade IIOrientação Espiritual - União dos Escoteiros do Brasil

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Cultos e orações em acampamentos –• Os participantes devem ser estimulados a assistir às cerimônias religiosas de sua própria religião e têm o direito, quando em acampamentos, de isolar-se para orações individuais ou coletivas e para o estudo de sua religião.

Participação dos jovens nas cerimônias religiosas •– É vedado aos escotistas tornar obrigatório o comparecimento dos jovens às cerimônias religiosas. A prática da religião deve ser estimulada, mas nunca forçada.

Orientação espiritual –• As Unidades Escoteiras Locais (Grupo Escoteiro ou Seção Escoteira Autônoma) devem ter orientação espiritual adequada às diferentes religiões dos seus membros juvenis, ministrada por pessoas de sua religião.

Atividades que Motivam o Desenvolvimento Espiritual

Jornada:• aproveitar a vida ao ar livre para observar a natureza e refletir sobre a criação de Deus.

Culto:• planejado e executado pelos próprios jovens

Auto-análise:• avaliação de seu próprio comportamento através de diálogo com outro jovem ou Escotista.

Vigília:• pode-se utilizar o momento de reflexão para trazer uma pesquisa sobre diferentes religiões apresentando algum aspecto desta religião como canções, vestimenta,... etc

Canção:• A música pode ser utilizada para criar uma atmosfera espiritual. Pode ser usada uma música moderna ou, ainda, uma música religiosa.

Meditação:• Peça para alguns membros da seção que encontrem um lugar deserto para sentar-se tranqüilamente. Deve-se motivar para que pensem sobre o que aprenderam, o que significa para eles e que benefício podem obter.

Tradições das religiões do mundo:• A hora da refeição é o momento de compartilhar e muitas religiões do mundo celebram festas com comidas especiais. Os jovens podem pesquisar quais são essas comidas e preparar uma delas.

As religiões do mundo:• Os jovens da seção com diferentes religiões podem ser convidados para falar à seção sobre as suas crenças. Os jovens fazem uma análise sobre os principais pontos de cada uma das crenças e verificam se existe um vínculo entre elas.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: CONHECENDO O JOVEM

DURAÇÃO: 60 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Oportunizar ao participante vivenciar situações de aconselhamento junto a um jovem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Refletir sobre diversas situações sobre aconselhamento vivenciadas entre um chefe e um(a) criança/jovem•

Reconhecer a necessidade de utilizar palavras adequadas para lidar com situações trazidas pelos(as) crianças/•jovens

Compreender o papel que assume uma chefia no desenvolvimento de um(a) criança/jovem.•

CONTEÚDO:

Aconselhamento•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

20 Aconselhamento PL

40 Dinâmica sobre Aconselhamento TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Realizar uma explanação sobre aconselhamento.

Dividir os participantes em subgrupos de 5 a 6 pessoas. Cada subgrupo receberá uma situação a qual deverão refletir e apresentar um conselho. Situações como: problemas de relacionamentos dentro da seção/grupo escoteiro, dificuldade de relacionamento com os pais em casa, pressão dos amigos para utilizar droga, etc.

Cada subgrupo deverá organizar uma dramatização rápida demonstrando como se daria o aconselhamento junto a um jovem que está vivenciando esta situação.

Após a apresentação de todos os subgrupos, o facilitador deverá abrir para discussão no grupo maior dos aconselhamentos sugeridos pelos subgrupos.

Última Atualização: 02/08/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Conhecendo o JovemNa cultura anglo-saxônica, o termo aconselhamento é

utilizado para designar um conjunto de práticas que são tão diversas quanto as que configuram as práticas de: orientar, ajudar, informar, amparar, tratar.

Aconselhamento não é dar conselho! O termo provém do inglês counseling tendo significado bastante abrangente. Trata-se de uma intervenção psicológica presencial com freqüência pontual, que procura levar o usuário à percepção de seu potencial de liderança. Ideal para o desenvolvimento e adaptação de gestores a situações de pressão, frente à necessidade de lidar com projetos estratégicos nas organizações, bem como no gerenciamento de equipes.

Um tema que concerne à filosofia do aconselhamento, predomina em toda a literatura anglo-saxônica: a crença na dignidade e no valor do indivíduo pelo reconhecimento de sua liberdade em determinar seus próprios valores e objetivos e no seu direito de seguir seu estilo de vida.

O indivíduo tem um valor em si, independentemente do que pode realizar. Muitas vezes, a pessoa não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. O aconselhamento visa ajudá-la a desenvolver sua singularidade e a acentuar sua individualidade. Mais que uma filosofia que poderia ser interpretada, à primeira vista, como uma forma de individualismo selvagem, todos os grandes textos do aconselhamento fazem referência à responsabilidade da pessoa diante dela mesma, do outro e do mundo em torno dela. O indivíduo não é nem bom, nem ruim por natureza ou por hereditariedade. Ele possui um potencial de evolução e de mudança.

O(A) aconselhador(a) deve considerar o sentido e os valores que o jovem atribui à vida, às suas próprias atitudes e comportamentos porque quando uma mudança se impõe no contexto de vida, isto pode se chocar com as opções filosóficas da pessoa em questão e ser em si uma causa de dificuldade (ex.: mudança de atitude diante da escola, da família, da sexualidade, da morte, dos amigos…).

O aconselhamento responde às necessidades de pessoas que procuram ajuda de uma outra para resolver, em um tempo relativamente breve, problemas que não são oriundos necessariamente de problemáticas profundas (do ponto de vista psicológico). Estes problemas podem estar ligados, na verdade, aos empecilhos(dificuldades) ou a um contexto específico com o qual elas precisam se

adaptar ou aos quais elas devem sobreviver e pelos quais, na maior parte do tempo, a sociedade não as preparou ou não assegura as funções de apoio adequadas em tempo real, ou seja, de imediato.

Existem pontos comuns no desenvolvimento do aconselhamento que podem ser resumidos pela importância dada:

aos métodos ativos na relação de ajuda •

à crença no potencial de um indivíduo ou de um •grupo

à crença na transformação em um curto espaço de •tempo

ao estabelecimento de uma relação na qual a autoridade •é substituída pela empatia, aonde a realidade prevalece sobre o passado longínquo a um ambiente facilitador de mudança e de evolução pessoal (grupo, trabalho nas comunidades).

as pessoas são capazes de tomar decisões e só a elas •concerne este âmbito. Por isso um bom escotista/educador não toma decisões pelo(a) jovem, ao contrário, ajuda o/a jovem a tomar suas próprias decisões.

Tópicos a serem observados:Saiba ouvir, desarme-se e abra-se;•

Evite pré-julgamento, a aceitação é o primeiro sinal de •afeto;

Garanta privacidade para que o/a jovem experimente •liberdade para se expressar;

Não existem soluções mágicas, nem saídas •mirabolantes, nem soluções padronizadas;

A solução é fruto de uma busca, de uma construção;•

Não cair na tentação da onipotência, sua intervenção •tem limites;

Crer que os/as jovens são fontes inesgotáveis de •possibilidades.

* Para saber mais sobre Desenvolvimento da Criança e do Jovem, consulte o Livro de Lobinho

a Pioneiro.

Unidade 3: Conhecimento do Jovem

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Unidade 3: Conhecimento do Jovem

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: ESPECIALIDADES

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender a relação existente entre a conquista de uma Especialidade e o Programa Educativo no Movimento Escoteiro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Compreender o significado de uma Especialidade •

Conhecer os passos para a conquista de uma Especialidade•

Conhecer os níveis de especialidades e seus respectivos requisitos•

Aprender os passos para a criação de uma Especialidade•

CONTEÚDO:

O que é Especialidade•

Como conquistar Especialidades•

Como criar uma Especialidade•

MATERIAL:

4 Guia de especialidades•

POR•

2 Kits contendo: alguns distintivos (importante inserir distintivos de todas as área de conhecimento); fichas •contendo as áreas de conhecimento ( 1 área de conhecimento em cada ficha).

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

20 Especialidades PL

10 Jogo: distintivo e áreas de conhecimento TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Explanação sobre o que é Especialidade, os passos para adquirir uma especialidade, níveis de especialidades, localização dos distintivos de especialidade, como se cria uma especialidade.

Jogo: distintivo e áreas de conhecimentoOs participantes deverá ser dividido em 2 subgrupos.

Cada subgrupo receberá 1 kit contendo: alguns distintivos (importante inserir distintivos de todas as área de conhecimento) ; fichas contendo as áreas de conhecimento ( 1 área de conhecimento em cada ficha); 2 Guia de especialidades.

Os participantes deverão separar os distintivos de acordo com cada área de conhecimento tendo como opção a consulta do Guia de Especialidade

Bibliografia Recomendada

Guia de Especialidades•

POR•

Última Atualização: 21/02/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Especialidades Uma Especialidade é um conhecimento ou habilidade

particular que se possui sobre um determinado assunto.

Para chegar a conquistar uma especialidade, é necessário tempo, estudo e dedicação, mas sempre existe um ponto de partida, uma pessoa ou circunstância que nos estimula em uma determinada direção e nos faz ficar interessado em conhecer mais sobre aquele assunto. As especialidades que propomos aos jovens pretendem ser este ponto de partida, estimulando os jovens a adquirirem mais conhecimento sobre algum assunto que lhes chamou a atenção. Assim podem desenvolver aptidões inatas, são motivados a explorar novos interesses e, como conseqüência, melhoram sua auto-estima, graças à segurança que resulta do desenvolvimento de uma capacidade.

Na realidade a conquista de uma especialidade não faz de nenhum jovem um especialista, até porque estamos mais interessados no esforço que ele desenvolve para conquistá-la do que exatamente nos conhecimentos e habilidades que adquire, mas pode ser um bom começo. Tendo contato com os mais variados temas, o jovem tem melhores condições para, mais tarde, eleger aquele em que efetivamente vai querer se especializar e quem sabe até ser sua futura profissão.

A Conquista de uma Especialidade é Voluntária

Na Alcatéia e na Tropa Escoteira o jovem é estimulado a desenvolver e conquistar especialidades, mas a decisão de fazê-lo é inteiramente voluntária. A Especialidade se desenvolve individualmente embora possa ser estimulada no decorrer das atividades da seção, em diferentes momentos, num tempo adicional àquele destinado às reuniões habituais e em período muito variável, cuja duração depende do assunto escolhido e da profundidade com que o jovem decidiu abordá-lo.

O jovem pode conquistar uma especialidade a partir do momento que ingressa na Tropa. Um instrutor ou examinador de especialidade apóia o jovem, esta função pode ser desempenhada por algum membro da equipe de Escotistas ou por qualquer pessoa capacitada e designada pela equipe. Muitas vezes não dispomos de conhecimento ou mesmo de tempo para atuar como instrutores ou examinadores, nestes casos devemos sempre buscar alguém de nossa confiança para cumprir este papel.

Esta é uma forma interessante de buscar a aproximação de pais dos(as) jovens da seção. Podemos recorrer ao conhecimento de pais para o desenvolvimento destas especialidades.

Objetivos, Ações e Requisitos de uma Especialidade são flexíveis

O jovem, depois de escolher o assunto, deve traçar com seu instrutor o desenvolvimento da especialidade, fixando os objetivos que terá, as ações que serão executadas e os requisitos que deverão ser observados para que se considere a especialidade conquistada. Os requisitos e ações constantes no Guia de Especialidades devem servir como referência, mas eles podem ser adaptados, levando em conta as diferenças geográficas, culturais, sociais econômicas e outras, próprias do meio em que o jovem vive.

As Especialidades Permitem Explorar, Conhecer, Fazer e Servir

Por meio de uma especialidade, um jovem explora um campo novo e que lhe era então desconhecido, obtém informações sobre o assunto escolhido, faz coisas que com ele se relacionam e se qualifica para servir aplicando a aprendizagem adquirida. É preciso fazer com que o jovem vá em busca de informações, permitindo que as coisas que faz, ou que vai poder fazer, o estimulem a aprender por sua própria conta. O bom é avaliar o cumprimento dos requisitos por meio de ações do jovem, e melhor ainda se ele, além de demonstrar que a especialidade lhe permite fazer coisas, demonstrar que as coisas que faz constituem um serviço útil para as outras pessoas.

As Especialidades Complementam a Progressão Pessoal

A especialidade representa um aprofundamento, um esforço adicional do jovem, que complementa e enriquece seu processo educativo global. E como ainda podem ser criadas outras especialidades além das constantes no guia, elas ajudam a reforçar os objetivos educativos em todas as áreas de desenvolvimento em qualquer fase de progressão.

Unidade 4: Programa Educativo

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Unidade 4: Programa Educativo

Fazem Aumentar a Necessidade de Atenção Especial aos Jovens

Para orientar o desenvolvimento de uma especialidade, os escotistas necessitam conhecer mais sobre os interesses, aptidões e possibilidades de cada jovem, o que significa conviver mais e escutá-los com mais freqüência e atenção do que o habitual. Este contato será a chave para ampliar o conhecimento sobre cada jovem.

São Agrupadas em Ramos de ConhecimentoEm razão da natureza objetiva dos seus temas,

as especialidades se agrupam em conjuntos, cada um relacionado com um determinado ramo de conhecimento.

Ciência e Tecnologia•

Cultura•

Desportos•

Serviços•

Habilidades Escoteiras•

Níveis das Especialidades Os distintivos de especialidades se apresentam

bordados sobre um fundo que pode ser amarelo, representando o nível 1, ou verde, representando o nível 2, ou grená, representando o nível 3.

Todas as especialidades possuem um número de requisitos múltiplo de 3.

Nível 1 = fundo amarelo = 1/3 dos requisitos.•

Nível 2 = fundo verde = 2/3 dos requisitos.•

Nível 3 = fundo grená = 3/3 dos requisitos.•

As especialidades são exatamente as mesmas para o Ramo Lobinho, Ramo Escoteiro e Ramo Sênior. Sempre existem os requisitos mais simples, os médios e os mais difíceis, estabelecidos em níveis progressivos. O que não quer dizer que um Lobinho não possa conquistar o nível 3 (grená) ou que um Sênior não possa ficar com o nível 1 (amarelo).

A cor não corresponde ao ramo e sim ao nível que aquela especialidade foi conquistada. É o jovem que determina o nível que quer alcançar o que depende muito do conhecimento anterior que já tenha do assunto ou da profundidade que queira chegar. No caso do ramo escoteiro, somente as especialidades obrigatórias para se conquistar os cordões (Verde e Amarelo / Vermelho e Branco) e o distintivo especial (Lis de Ouro), é que devem ser conquistadas no nível 2.

Também não existe uma ordem na qual os requisitos devam ser conquistados, é o jovem que escolhe quais os itens que vai realizar e em que ordem irá fazê-lo. O importante é estimular cada jovem a conquistar o nível

que corresponda ao seu grau de amadurecimento ou conhecimento específico do assunto escolhido.

Localização dos DistintivosDepende ao ramo de conhecimento ao qual a

especialidade pertence:

Manga Direita:• Ciência e Tecnologia, Cultura e Desportos.

Manga Esquerda:• Serviços e Habilidades Escoteiras.

Ficha de Acompanhamento das Especialidades

Um dos Escotistas ou um pai/mãe da seção pode ser o responsável pelo preenchimento da Ficha de Acompanhamento de Especialidades. Quando um jovem resolve conquistar uma especialidade cada item que ele realiza deve ser anotado na ficha. Quando ele completar o nível 1 desta especialidade deve receber o certificado e o respectivo distintivo e a data deve ser anotada na ficha. E assim sucessivamente com todas as especialidades que ele for conquistando. Esta ficha deve acompanhar a Ficha de Vida Escoteira na ocasião da passagem para outro ramo, já que contém toda a progressividade do jovem que pode continuar no ramo seguinte. Esta ficha encontra-se no SIGUE.

Como Criar uma Nova Especialidade O Guia de Especialidades tem mais de 100

especialidades, mas existe a possibilidade de um jovem se interessar por um tema que não está formatado em especialidade. Para que esta idéia se torne uma especialidade é necessário seguir os seguintes passos:

Identificar um interesse –• A idéia do jovem, que deve discutir sobre o assunto com a Tropa e os Escotistas, decidindo o nome da especialidade e a qual ramo de conhecimento se enquadra.

Definir os requisitos –• O jovem deve listar os requisitos necessários para conquistar a especialidade, com a ajuda de uma pessoa que conheça o assunto, depois de um amplo processo de discussão para que se tenha certeza que a conquista desta especialidade trilhe o caminho do aprender, do fazer e do servir. O número de requisitos deve sempre ser múltiplo de 3. A lista deve ser apresentada na Corte de Honra e na Assembléia de Tropa.

Conquistar a Especialidade –• O jovem que teve a idéia inicia a conquista de Especialidade. Depois outros jovens que tenham interesse podem tentar conquistá-la.

Propor a inclusão no Guia de Especialidades –• Após um jovem ter conquistado pelo menos o nível 1 da nova Especialidade, o Grupo Escoteiro encaminha uma proposta ao Escritório Nacional que a submeterá à apreciação do

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Grupo de Trabalho de Especialidades. Depois de examinar o assunto e introduzir as modificações que se façam necessárias, o Grupo de Trabalho restituirá a proposta ao Escritório Nacional para que seja incluída no Guia de Especialidade. Se, por acaso, a proposta for rejeitada pelo Grupo de Trabalho, o Escritório Nacional informará as razões e nenhum outro jovem poderá conquistar a especialidade, mas aqueles que já conquistaram conservam o direito de utilizar o distintivo, embora não possam mais conquistar outros níveis.

Exemplos de Usos de Distintivos:Um jovem da tropa, que ainda não conquistou nenhuma •Especialidade, assiste uma notícia sobre um incêndio numa Reserva Florestal que chama sua atenção para o combate ao fogo. Resolve então adquirir mais conhecimento sobre o trabalho dos Bombeiros e acha no Guia de Especialidades, no ramo de Serviços, uma especialidade chamada de Prevenção de Incêndios, com 12 requisitos. Em negociação com seu instrutor ele escolhe 4 requisitos que consegue completar. Ele recebe então o certificado e o distintivo de Prevenção de incêndios, fundo amarelo (nível 1).

Após alguns dias, observando o trabalho de um eletricista •que foi instalar um chuveiro elétrico na sua casa, este jovem resolve aprender mais sobre eletricidade. No Guia de Especialidades existe a especialidade de Manutenção Elétrica, com 15 requisitos. Numa conversa com o instrutor ele seleciona 5 e trata de alcançá-los. Recebe o certificado e o distintivo correspondente, com fundo amarelo.

Como este jovem sempre morou na mesma cidade acredita •que, sem muito trabalho, pode conquistar a especialidade de Informações Turísticas, que segundo o Guia é constituída de 9 requisitos. Realmente eram tão fáceis para ele que conquistou logo 6 requisitos. Recebe o certificado e o distintivo de Informações turísticas, fundo verde (nível 2). Agora ele tem três distintivos do ramo de Serviço colocados na manga esquerda da camisa.

Sua seção fez uma visita ao Corpo de Bombeiros e •aproveitando os ensinamentos e a oportunidade este jovem conquista os 8 requisitos que faltavam da especialidade

de Prevenção de Incêndios. Ele recebe o certificado e o distintivo de Prevenção de incêndios, fundo grená (nível 3).

O interesse do jovem por eletricidade continua e •ele conquista mais 5 requisitos da especialidade de Manutenção Elétrica. Ele recebe o certificado correspondente, e substitui o distintivo antigo, com fundo amarelo, por outro, com fundo verde.

O jovem demonstra interesse em conquistar o Cordão Verde •e Amarelo e para isto corre atrás de aprender alguns dos 18 requisitos da especialidade de Primeiros Socorros, consegue conquistar 12 requisitos que representa o nível 2 (obrigatório no caso do Cordão). Recebe então o certificado e o distintivo de Primeiros Socorros, com fundo verde.

Para conquistar o Cordão é necessário também ter 6 •especialidades, então ele escolhe a de Informática, com 12 itens, do ramo de Ciência e Tecnologia e a de Coleções, com 9 itens do ramo de Cultura. Alcança 1/3 dos requisitos da especialidade de Informática e 2/3 da especialidade de Coleções. Recebe os certificados correspondentes e os distintivos de Informática, com fundo amarelo e o de Coleções, com fundo verde. Significando que agora ele tem, além de quatro especialidades no ramo de Serviços, mais uma especialidade no ramo de Ciência e Tecnologia no nível 1 e uma no ramo de Cultura no nível 2. E também conquistou o Cordão de Eficiência Verde e Amarelo concedido pelo Grupo Escoteiro, depois de proposto pelos Escotistas da Seção e recomendado pela Corte de Honra da Tropa.

Dica – As Especialidades são um rico instrumento de aprendizado, conquista de objetivos pessoais e de temas para atividades, contendo também muitos itens que levam o jovem a procurar ensinamentos antes contidos nas chamadas etapas de classe. Você é o grande incentivador para que o jovem tenha acesso a tudo isto. Usem e abusem deste instrumento!!!

*Para saber mais sobre Especialidades, consulte o Guia de Especialidades.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: CICLO DE PROGRAMA

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender os passos e a importância de um Ciclo de Programa

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer os passos que envolve a elaboração de um Ciclo de Programa•

CONTEÚDO:

Ciclo de Programa•

MATERIAL:

Projetor•

Computador•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

30 Conhecendo o passo a passo da montagem de um Ciclo de Programa PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Explanação sobre a importância e o passo a passo para a elaboração de um Ciclo de Programa

Bibliografia Recomendada

Manual do Escotista do Ramo•

Última Atualização: 22/02/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Ciclo de ProgramaA dinâmica do Programa de Jovens está na aplicação

do ciclo de programa que tem como finalidade integrar atividades mistas (são as coisas que farão os jovens fora do Movimento Escoteiro - Atividades externas) com sua progressão pessoal.

As fases do ciclo descrevem uma seqüência lógica que facilitará o desenvolvimento de uma atividade permitindo atender opiniões e gostos dos jovens, atendendo a proposta educativa do Movimento Escoteiro. Os passos ou fases deste ciclo são: Diagnóstico - Atividades - Organização - Desenvolvimento - Avaliação

DiagnósticoOs jovens, tanto em suas patrulhas como nos

conselhos de tropa ou roca de conselho, têm a possibilidade de sugerir idéias sobre as atividades que desejam desenvolver.

Atividades, Seleção de Desafios e Áreas de Desenvolvimento

Os conselhos (tropa/Roca) selecionam uma ou várias idéias propostas para determinar a área de desenvolvimento que se trabalhará na seção. Para alcançar este propósito, é importante que os escotistas tenham conhecimento em que nível está a progressão pessoal de cada jovem. Uma vez determinada a área de desenvolvimento, a equipe de escotistas fixa os objetivos educacionais que se pretende alcançar. Com esta finalidade, deve-se considerar a idade dos jovens.

Com esses conceitos, gera-se atividades baseadas em dois princípios:

A partir da atividade • definir os objetivos ou

A partir dos objetivos • definir as atividades

OrganizaçãoEste é o momento em que o Conselho determinará

concretamente o que vão realizar os jovens, seja em equipe ou a seção, conforme a necessidade. Os escotistas devem estabelecer os objetivos da atividade em ambos os casos, uma vez que o Conselho (tropa, patrulha, roca) determine seu tempo de duração, o desenvolvimento da atividade escolhida, assume responsabilidades e recursos necessários para sua execução.

DesenvolvimentoNesta fase cada um assume seu papel; os jovens

desenvolvem a atividade e os escotistas desempenham um papel educativo de observação, apoio e orientação.

AvaliaçãoEsta fase encerra o ciclo de programa, onde se

comparam os objetivos da atividade com os resultados alcançados. Esta avaliação se realiza da mesma forma que a elaboração do ciclo de programa.

*Para saber mais sobre ciclo de Programa, consulte o Manual do Escotista – Ramo Lobinho

e o Manual do Ramo Escoteiro.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: OBJETIVOS EDUCATIVOS E AS COMPETÊNCIAS

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Conhecer os objetivos educativos de cada Ramo Escoteiro e suas respectivas competências.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer os Objetivos Educativos de cada Ramo.•

Compreender que as competências de cada Ramo são baseadas nos Objetivos Educativos de seus respectivos •Ramos.

Compreender que os conjuntos de atividades são baseadas nas competências propostas em cada Ramo •Escoteiro.

Conhecer os indicadores de avaliação que auxiliará na avaliação do Sistema de Progressão do jovem.•

CONTEÚDO:

Objetivos Educativos e as Competências•

MATERIAL:

Guia do Ramo•

Escotistas em Ação do Ramo•

Projetor•

Computador•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

30 Explanação sobre Objetivos Educativos e Competências PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Explanação passo a passo dos Objetivos Educativos, Competências, Conjunto de Atividades e Indicadores de Avaliação.Direcionar a fala para que o escotista compreenda que:- Cada Ramo possui seus Objetivos Educativos;- Os conjuntos de atividades são baseadas nas competências propostas em cada Ramo Escoteiro;- Os indicadores de avaliação auxiliarão na avaliação do Sistema de Progressão do jovem.

Bibliografia Recomendada

Guia do Ramo•

Escotista em Ação do Ramo•

Última Atualização: 22/02/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Os Objetivos Educativos e as Competências

O Movimento Escoteiro convida os jovens a desenvolver de forma equilibrada todas as dimensões de sua personalidade. É um desafio para que explorem a riqueza de suas possibilidades e para que sejam um homem ou uma mulher completos. Para ajudá-los a conquistar este propósito o Método Escoteiro agrupa essas dimensões em áreas de desenvolvimento, que consideram a variedade de expressão do ser humano.

Toda atividade humana, mesmo que inconscientemente, está orientada para a conquista de objetivos. A atividade educativa não é imaginável sem que se definam claramente os objetivos que pretende atingir.

Os objetivos educativos de cada faixa etária são uma seqüência de passos intermediários até a conquista de cada um dos objetivos finais e apresentam condutas que os jovens podem alcançar, de acordo com sua idade.

Assim como os objetivos finais, os objetivos educativos de cada faixa de desenvolvimento se estabelecem para todas as áreas de crescimento, tratando de cobrir de forma equilibrada o desenvolvimento de todos os aspectos da personalidade das crianças e jovens, o desenvolvimento Físico, Intelectual, Social, Espiritual, Afetivo e de Caráter.

No Ramo Lobinho existe duas colunas de objetivos educativos: uma para a etapa compreendida entre 6,5 e 9 anos e outra entre 9 e 10 anos.

No Ramo Escoteiro também existem duas colunas de objetivos educativos: uma para a etapa entre 11 e 13 anos e outra entre 13 e 15 anos.

No Ramo Sênior existe uma única coluna de objetivos.

No Ramo Pioneiro, que encerra a passagem pelo Movimento Escoteiro, os objetivos que os jovens buscam conquistar são os objetivos finais.

Em todos os casos as idades são uma referência aproximada, como sempre que se usa a idade para identificar comportamento.

Para Avaliação dos Jovens os Objetivos foram transformados em Competências:

Por COMPETÊNCIA define-se a união de CONHECIMENTO, HABILIDADE e ATITUDE em relação a algum tema específico.

O aspecto educativo da Competência é que ela reúne não só o SABER algo (Conhecimento), mas também o SABER FAZER (Habilidade) para aplicação do conhecimento e, mais ainda, SABER SER (Atitude) em relação ao que sabe e faz, ou seja, uma conduta que revela a incorporação de valores.

Através da realização de atividades, o método escoteiro oferece aos jovens oportunidades de adquirir e desenvolver competências. Cada atividade é rica em oportunidades para que cada jovem adquira, ou se inicie na aquisição, de uma competência.

Para Ajudar os Jovens a Conquistar essas Competências são Oferecidas Atividades:

Para que os jovens caminhem facilmente em direção a essas competências, e para que os chefes tenham parâmetros na avaliação do que os jovens conquistam, para cada uma dessas competências foi criado um conjunto de atividades. Esses conjuntos de atividades são os indicadores de aquisição das Competências.

Nos Manuais dos Escotistas estão descritas todas as competências do ramo específico e o conjunto de atividades sugeridos para cada competência . Nos guias dos jovens estão descritas somente as atividades sugeridas que contribuirão para que os jovens conquistem as competências.

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: AVALIAÇÃO DA PROGRESSÃO PESSOAL DO JOVEM

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Oferecer aos participantes a compreensão do Sistema de Avaliação da Progressão Pessoal dos Jovens.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Compreender que a Avaliação da Progressão Pessoal é contínua e faz parte da vida da seção;•

Reconhecer que o desenvolvimento dos jovens se avalia pela observação, exigindo tempo, paciência e •dedicação.

CONTEÚDO:

Avaliação Progressão Pessoal do Jovem•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

30 Sistema de Avaliação Progressão Pessoal do Jovem PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Realizar explanação sobre o tema Avaliação Progressão Pessoal do Jovem.

Bibliografia Recomendada

Escotistas em Ação dos Ramos•

Manual do Escotista dos Ramo•

Guia do Jovem dos Ramo•

Guia de bolso do Jovem dos Ramo•

Apostila do curso•

Última Atualização: 03/08/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Avaliação da Progressão Pessoal do jovem Como parte do Programa Educativo, o Movimento

Escoteiro trabalha com um Sistema de Avaliação da Progressão Pessoal, que visa oferecer ao jovem e ao escotista alguns indicadores para avaliar o crescimento pessoal de cada jovem. Esses indicadores revelam não só o impacto das atividades escoteiras nos jovens, mas também pontos fortes e fracos de cada um, o que permite uma intervenção mais direta dos escotistas.

Para efetivar o acompanhamento, foram desenvolvidos indicadores que servirão de base para a avaliação dos jovens. Para motivá-los em busca do autodesenvolvimento estabeleceram-se as Etapas de Progressão.

Devemos estar atentos para o fato de que as pessoas são diferentes, com diferentes histórias e possibilidades, razão pela qual deveremos, principalmente, avaliar como poderemos ajudar os jovens a crescer.

A Avaliação da Progressão Pessoal é contínua e faz parte da vida da seção

A medida que se observa o desenrolar das atividades, é inevitável apreciar a forma como os jovens se comportam e comprovar as mudanças que neles ocorrem. Assim, a avaliação da progressão pessoal é um processo contínuo, integrado a todas as coisas que acontecem na seção.

O Desenvolvimento dos jovens se avalia pela observação, o que exige tempo, paciência e dedicação.

A avaliação pela observação exige um ambiente especial – a vida da Seção – simpático, interessante e estimulante, que leve o membro juvenil a se manifestar sem receio e com plena confiança nos outros. Na atmosfera da Seção, os jovens emitem a cada instante, sinais que indicam seu progresso em direção à conquista de seus objetivos e os problemas com que estão se defrontando.

Para realizar esta tarefa, os escotistas necessitam:

Visão, que permita perceber a importância da tarefa •educativa;

Tempo sem pressas, para conviver com o membro •juvenil em contatos ricos; e acompanhar, já que o processo é tão importante quanto seu resultado. Não se trata apenas de avaliar se um objetivo foi alcançado, mas também saber como foi alcançado ou por que não foi alcançado.

Paciência, para acumular informações e não tirar •conclusões de atos isolados, não desanimar facilmente nem buscar êxitos rápidos, que são improváveis em educação.

Um escotista acompanha um número limitado de crianças/jovens durante pelo menos um ano.

Cada Escotista da seção deve acompanhar a progressão de um número de jovens de uma seção.Na Alcatéia e no Ramo Sênior o ideal é que sejam no máximo 6 e no Ramo Escoteiro 8 jovens.

O acompanhamento deve ser feito durante um tempo relativamente prolongado. Para fazer um bom acompanhamento é necessário reunir informação e conquistar a confiança do jovem, o que não será possível se os Escotistas estão sempre mudando ou se alternam após períodos muito breves. É recomendável que cada escotista permaneça em sua função por um período não inferior a um ano, podendo continuar por mais tempo, a menos que existam razões que justifiquem sua substituição. Ao se produzir uma substituição, esta deve ser progressiva, considerando cuidadosamente os sentimentos dos jovens.

A auto-avaliação dos jovensOs jovens utilizando os Guias fazem uma auto-

avaliação marcando quais as atividades ele considera feito com sucesso.

No conselho de patrulha os escoteiros debatem sobre à auto-avaliação de cada um, a partir destas opiniões cada membro da patrulha irá rever sua auto-avaliação.

Na alcatéia a avaliação pelos outros lobinhos é opcional, deve ser breve e ter a presença do escotista.

Avaliação dos Escotistas com outros agentes educativos

Não só atividades que os jovens participam no movimento escoteiro contribuem para a conquista das competências. Todas as experiências vividas por ele contribuirão para estas conquistas (escola, esportes, espiritualidade..)

Por isto é importante que o escotista que acompanha o jovem considere a existência deste outro universo. O escotista deverá aproveitar os contatos informais com os pais e agentes de educação como uma oportunidade de conhecer melhor o membro juvenil. Quando e se necessário o escotista buscará dados mais específicos com professores, autoridades da religião freqüentada pelo jovem, amigos, pais outros escotistas etc. Deve, porém, ter o máximo de cuidado para não provocar situações de constrangimento ao membro juvenil.

O mais importante é que o escotista, no seu trabalho de acompanhar a criança ou o jovem, possa verificar se a conduta, prevista na competência, efetivamente existe e se manifesta repetidamente.

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No final do ciclo de programa ocorre uma conversa, um “bate papo” entre o jovem e o escotista que o acompanha. Nesta conversa o jovem expõe sua auto-avaliação, mostrando quais atividades realizou do seu guia, revisa conforme a opinião dos outros membros da patrulha, e o escotista apresenta a avaliação que fez do jovem, considerando, se for o caso, a opinião de outros agentes educativos.

Nesta avaliação deve ocorrer um consenso entre o escotista e o joven sobre quais atividades (indicadores) podem ser consideradas realizadas ou não. Ocorrendo discrepância entre a opinião do jovem e dos escotista prevalecerá sempre a opinião do jovem.

Esta conversa é realizada no fim de cada Ciclo de Programa, de modo informal e fraterno.

O Sistema Enxerga o Jovem em Todas as suas Dimensões

Como estamos falando de um Movimento Educativo, que tem como propósito contribuir com a formação integral dos jovens, entendemos que o processo de desenvolvimento pessoal deve considerar o ser humano em sua totalidade, ou seja, o desenvolvimento em seis áreas: Desenvolvimento Físico, Intelectual, Social, Afetivo, Espiritual e do Caráter. Se por um lado as atividades escoteiras devem oferecer experiências educativas que auxiliem no desenvolvimento do jovem em todas essas áreas, por outro o sistema de avaliação deve ter indicadores que incentivem os jovens a crescer nas seis dimensões e que nos ajudem a fazer uma avaliação de como isso está acontecendo.

Para efeitos de avaliação do processo educativo do Escotismo todo o sistema foi baseado na malha de Objetivos Educativos do Movimento Escoteiro. Para facilitar avaliação dos jovens estes objetivos foram transformados em competências.

Para que os jovens caminhem facilmente em direção a essas competências, e para que os chefes tenham parâmetros na avaliação do que os jovens conquistam, para cada uma dessas competências foi criado um conjunto de atividades. Esses conjuntos de atividades são os indicadores de aquisição das Competências. Importante ressaltar que, além desses conjuntos de atividades, também constam, em cada um dos Guias, um conjunto adicional para a Modalidade do Mar e outro para a Modalidade do Ar.

Exemplo: Competência Atividades (indicadores)

Como alimentos saudáveis, nas horas certas, e

cuido da limpeza respeitando as

regras e aos demais participantes ao

preparar refeições.

Participar de pelo menos 5 atividades ao Ar livre da patrulha (jornadas, excursões, acampamentos de patrulha ou tropa) utilizando normas de baixo impacto ambiental

•Conhecereaplicarnormasde limpeza no tratamento e na conservação de alimentos nas atividades de Patrulha;

•Aferirseupassoduplo,conhecer as medidas de seu corpo e aplicá-las em avaliações e medições.

•Conheceroselementosquecompõem a Caixa de Primeiros Socorros da patrulha;

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Ingresso na Seção – Período IntrodutórioA seqüência de progressão de um jovem começa

com sua chegada na seção. Este período dura cerca de três meses no máximo. Durante este período, o jovem se incorpora na seção, toma conhecimento das histórias, conquistas, enfim o cotidiano da Seção. Nesta oportunidade o jovem passa a conhecer seus companheiros e escotistas e vice versa.

Para conclusão do Período Introdutório o jovem deverá passar por um conjunto de itens que auxiliarão sua integração na Seção.

Cerimônia de Integração e Cerimônia de Promessa

Uma vez que o jovem se integrou aos seus companheiros de Seção, patrulha (matilha), o funcionamento de ambas e a seus Escotistas, chega o momento da cerimônia de Integração.

Nesta Cerimônia o jovem receberá o Lenço do Grupo Escoteiro e o seu primeiro distintivo de Progressão. Neste momento o jovem também poderá fazer sua Cerimônia de Promessa, recebendo o distintivo de Promessa. Caso isso não aconteça, por decisão do jovem, os escotistas deverão atuar para que ele faça sua Promessa em período futuro não superior a dois meses.

Para decidir-se em que Etapa de Progressão o jovem ingressará, existem duas formas, sendo que caberá ao Grupo Escoteiro decidir qual delas adotará.

Acesso Linear –• Nesta opção, independente da Fase de Desenvolvimento e maturidade, todos os jovens ingressarão sempre na Etapa inicial, e avançarão na Progressão pela conquista das atividades previstas em cada Etapa.

Acesso Direto –• Ao aproximar-se do final do Período Introdutório o escotista que acompanhará a progressão do jovem conversará com ele, avaliando em que fase de desenvolvimento ele está, e quanto, das atividades previstas para esta Etapa, ele já conquistou ou demonstra muita facilidade em conquistar. Neste caso, em acordo entre o escotista e o jovem, será considerado o grau de maturidade do jovem, ou seja, ele ingressará na Etapa de Progressão correspondente a sua Fase de Desenvolvimento

Acompanhamento da ProgressãoPara conquistar o próximo Distintivo de progressão o

jovem deverá realizar as atividades do seu período de desenvolvimento.

Segue o exemplo do Ramo escoteiro:

Para passar da Etapa de Pistas para Etapa de Trilha •– conquistar metade das atividades oferecidas aos jovens da Fase da Pré-Puberdade;

Para passar da Etapa de Trilha para Etapa do Rumo – •conquistar a outra metade das atividades oferecidos aos jovens da Fase da Pré-Puberdade.

Para passar da Etapa do Rumo para Etapa da Travessia •– conquistar metades das atividades oferecidos aos jovens da Fase da Puberdade.

Para passar da Etapa da Travessia ao Distintivo Lis de •Ouro – conquistar, além dos outros requisitos, a outra metade das atividades da Fase da Puberdade

Desde a cerimônia de integração o jovem pode começar a conquistar Especialidades. Ao somar os números definidos, poderá conquistar os Cordões de Eficiência.

Desde a cerimônia de integração o jovem pode, também, trabalhar para a conquista da IMC ou Insígnia do Meio Ambiente.

Uma vez na Etapa de Travessia, conquistadas todas as atividades , e preenchidos os demais requisitos do POR, o jovem poderá conquistar o Distintivo de Escoteiro Lis de Ouro.

IMPORTANTEÉ importante destacar o que se entende por “realizar

a metade/totalidade dos itens”. Em nenhum momento espera – se que um adulto impeça a Progressão de um jovem pela falta de uma ou duas atividades. Oferecemos experiências e avaliamos – em conjunto com o jovem – o desenvolvimento demonstrado.

Também não se deve entender que apenas a realização de um conjunto de atividades referente uma Competência garante sua conquista. É missão dos escotistas, mais do que verificar se uma atividade foi feita ou não, avaliar se o jovem está se aproximando do definido na competência, e motivar os jovens nesta direção.

Se o jovem, no momento de avaliação de sua Progressão não se sentir seguro acerca da aquisição de um conhecimento, habilidade ou atitude, deve ser estimulado a realizar outras atividades que o levem neste caminho. O contrário também vale: um jovem que já demonstre uma competência pode ser “liberado” de determinada atividade que julgue inócua ou entediante, desde que acordado com o escotista.

Tampouco se espera que todos façam exatamente as mesmas atividades. Há a opção de substituição de itens por quaisquer outros que julgarmos interessantes, considerando a realidade de cada jovem. Montar um blog pode ser muito fácil para um deles, enquanto para outro exigirá um esforço de disciplina tremendo. Este aspecto permite que jovens com alguma deficiência desfrutem de todo o potencial que o Movimento Escoteiro lhes possa oferecer.

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: MÉTODO ESCOTEIRO

DURAÇÃO: 120 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Conhecer o Método Escoteiro e como se dá a sua aplicação

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer os 5 pontos Método Escoteiro•

Compreender a aplicação o Método Escoteiro•

CONTEÚDO:

Método Escoteiro•

MATERIAL:

Bala para todos os integrantes do grupo. O número total de balas deverá ser de 4 sabores distintos de forma •paritária.

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

15 Reflexão da Palavra Método DD

50Apresentação do documento Projeto Educativo do Movimento Escoteiro e abordagem sobre o Método Escoteiro: Aceitação da Promessa e Lei Escoteira; Vida em Equipe; Aprender Fazendo; Atividades Progressivas, atraentes e variadas; Desenvolvimento Pessoal pela Orientação Individual.

PL

40 Os 3 Grupos deverão elaborar uma atividade que aborde o Método Escoteiro e depois apresentar ao grande grupo

TG

15 Reflexão da importância do Método Escoteiro no desenvolvimento das atividades

DD

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

32

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Reflexão da Palavra: Método

O palestrante irá orientar e fazer os participantes a refletirem sobre o que vem a significar a palavra Método. Em seguida várias perguntas são realizadas como: Qual é o Método de fazer grandes amigos? Qual é o Método de Educação seus Pais utilizaram? Qual é o Método de Ensino da Escola que você estudou? Em seguida é perguntado: Qual Método o Escotismo utiliza para se ter um boa aceitação dos Jovens?

Apresentação do Método Escoteiro e apresentação do documento Projeto Educativo do Movimento Escoteiro.

Colocar o número de balas equivalente ao número de participantes. As balas devem ser divididas em 4 sabores. Cada grupo (sabor de bala) deverá elaborar uma atividade que aborde o Método Escoteiro e apresentá-lo ao grande grupo.

O facilitador deverá desenvolver uma discussão dirigida sobre a da importância das atividades desenvolvidas junto aos jovens serem baseadas no Método Escoteiro.

Bibliografia Recomendada

Projeto Educativo do Movimento Escoteiro•

POR•

Última Atualização: 04/04/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

33

Unidade 5: Método Escoteiro

O Método Escoteiro com aplicação eficazmente planejada e sistematicamente avaliada nos diversos níveis do Movimento caracteriza-se pelo conjunto dos seguintes pontos:

Aceitação da Promessa e da Lei Escoteira:Todos os membros assumem voluntariamente,

um compromisso de vivência da Promessa e da Lei Escoteira.

Aprender Fazendo:Educando pela ação, o Escotismo valoriza:

Aprendizado pela prática;

O treinamento para a autonomia, baseado na autoconfiança e iniciativa;

Os hábitos de observação, indução e dedução.

Vida em EquipeDenominada nas tropas, “Sistema de Patrulhas”,

incluindo:

A descoberta e aceitação progressiva de •responsabilidade;

A disciplina assumida voluntariamente;•

A capacidade tanto para cooperar como para liderar.•

Atividades Progressivas, Atraentes e Variadas

compreendendo:

Jogos; •

Habilidades e técnicas úteis, estimuladas por um •sistema de distintivos;

Vida ao ar livre e em contato com a natureza; •

Interação com a comunidade; •

Mística e ambiente fraterno.•

Desenvolvimento pessoal com orientação individual

considerando: A realidade e o ponto de vista dos jovens; •

A confiança nas potencialidades de cada jovem;•

O exemplo pessoal do adulto; •

Seções com número limitado de jovens e faixa etária •própria.

*Para saber mais sobre Método Escoteiro, consulte o Livro Guia do Chefe Escoteiro, livro Escotismo na Prática e o livro Compreendendo

os Fundamentos do Movimento Escoteiro.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: PLANEJANDO ACAMPAMENTOS, ACANTONAMENTOS, BIVAQUES E EXCURSÕES

DURAÇÃO: 40 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Planejar Acampamentos, Acantonamentos, Bivaques e ExcursõesProgramar Acampamentos, Acantonamentos, Bivaques e Excursões

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Distinguir as diferenças básicas entre acampamentos, acantonamentos, bivaques e excursões.•

Conhecer como se distribui no calendário, as diversas ações de planejamento de acampamentos, acantonamentos, •bivaques e excursões.

CONTEÚDO:

Acampamentos•

Acantonamentos•

Bivaques•

A participação dos jovens no planejamento e execução das atividades•

Resumo do planejamento•

MATERIAL:

Cartolinas•

Canetas hidrocor•

Fita adesiva•

Projetor•

Computador•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

15 Conhecendo Acampamentos, Acantonamentos, Bivaques e Excursões PL

10 Simulação de planejamento TG

5 Apresentação trabalhos TG

10 Montando uma programação TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Conhecendo acampamentos, acantonamentos, bivaques e excursões: nesta aula expositiva, deverá ser citado as diferenças básicas entre acampamentos, acantonamentos e bivaques, enfatizando os principais ingredientes que compõe uma dessas atividades ( jogos, canções, fogo de conselho, técnicas, etc). Também deverá será apresentado o cronograma de tempo anterior e posterior a uma das atividades acima citadas.esta apresentação será feita utilizando um retro projetor como auxilio áudio visual

Simulação de planejamento: a cada equipe será dada a tarefa de desenvolver um planejamento em cima de uma atividade previamente entregue pelo instrutor (acampamento, acantonamentos ou bivaque) .

Apresentação trabalhos: as equipes deverão fazer a apresentação através de cartazes, transparências ou faixas expondo seu cronograma a todos os outros participantes dentro do tempo solicitado.

Montando uma programação: as equipes deverão montar uma programação levando em conta os principais ingredientes para a atividade em questão ( jogos, canções, fogo de conselho, técnicas, etc.) Bem como itens apurados no planejamento.

Bibliografia Recomendada

POR•

Apostila do Curso•

Escotistas em Ação do Ramo•

Última Atualização: 05/04/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Planejando Excursões, Jornadas, Bivaques, Acampamento e Acantonamento

ExcursõesAtividade de passeio que pode ter por objetivo a

recreação, confraternização, formação técnica, pesquisa, informação, visita, cultura, etc, fora do local de residência. Pode ser de um ou vários dias. O deslocamento pode ser através de caminhada, de bicicleta, de ônibus, de barco ou qualquer combinação destes e outros meios de transporte.

JornadasUma jornada também é tipo excursão, uma expedição

em área não urbana, usualmente feito a pé, mas que também pode ser feita por meio de locomoção não motorizado. A palavra “jornada” é definida como atividade de um dia, e no Movimento Escoteiro ela normalmente está ligada à aplicação de conhecimentos técnicos.

Bivaques É uma atividade que se desenvolve durante um dia

inteiro, ou seja, não envolve pernoite. Este tipo de atividade se realiza em virtude de alguma necessidade da Seção, que exija um tempo maior que as reuniões de Seção, como por exemplo, treinamento técnico, recreação, confraternização, etc. Existe uma outra definição de Bivaque, que se refere a uma atividade em que o pernoite é realizado em abrigo construído, e não em barracas.

Como geralmente são atividades de um dia, é comum os participantes levam sua alimentação pronta de casa.

AcampamentosUma das atividades mais interessantes que se realiza!

Sair da sede e entrar em contato com a natureza durante alguns dias é uma experiência que realmente motiva. No acampamento colocam-se em prática todas as técnicas escoteiras, mateiras e de segurança, ou seja, tudo aquilo que se pratica na sede.

Acampamento de final de semana:• é o acampamento ou excursão de dois dias de duração, geralmente ocorrendo a cada ciclo de programa, com exceção do Ramo Pioneiro.

Acampamentos de média duração:• é a atividade onde aproveitando um final de semana prolongado, ou as férias escolares de meio do ano, devendo durar de 3 a 5 dias.

Acampamentos Volantes:• neste tipo de acampamento, a Tropa Escoteira ou Sênior sai em excursão ou jornada, porém, em pontos pré-determinados, para armar as barracas e a cozinha do acampamento. Para isso deverão ter ciência de que todo material da atividade deverá estar condicionado nas mochilas.

Acampamentos de Longa duração:• é uma atividade desenvolvida durante mais de uma semana, geralmente ocorridas durante as férias de verão. É preciso considerar que este acampamento deve ter toda a estrutura de um acampamento de média duração. Durante o desenrolar destes acampamentos, cada Seção deve realizar, pelo menos uma vez, uma excursão para fora do local em que a Seção está acampada. Não se trata de um passeio, e por isso, deve ter uma fonte de conteúdo de exploração da natureza e observação do meio ambiente, conhecimento da região e de seus habitantes e, evidentemente, uma dose equilibrada de esforço físico.

As atividades de campo exigem cuidados especiais com a segurança e os participantes são onerados com custos de transporte e alimentação. Estes fatores exigem objetivos bem definidos, planejamento e execuções eficazes.

Deve-se partir para um acampamento somente após ter certeza de se estar empreendendo uma atividade de bom nível, segura e com os recursos humanos e materiais necessários.

Objetivos do acampamento – Os objetivos dos acampamentos são determinados a partir das necessidades individuais dos jovens que compõe a Seção. O desejo dos jovens em relação ao “que fazer” e “onde fazer” é debatido no Sistema de Participação, procurando buscar sempre as informações geradas no início do ciclo de programa, com exceção do Ramo Pioneiro, ou seja, à vontade da maioria da Seção deve ser respeitada.

Atividades de um acampamento:

Atividades de rotina:•

Inspeção, Bandeira, Oração, Avisos, procedimentos •de chegada e saída do acampamento, montagem e desmontagem das instalações, higiene, alimentação, repouso, instruções sobre o uso do local e procedimentos de segurança.

Unidade 6: Vida ao Ar Livre

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Unidade 6: Vida ao Ar Livre

Atividades específicas:•

Contato com a natureza, especialmente em locais •desconhecidos ou de rara beleza;

Prática das habilidades treinadas nas reuniões de •sede e reuniões especiais;

Oportunidades para a conquista dos objetivos •educacionais e especialidades.

Prática de atividades de campismo (barraca, cozinha, •etc.)

Realização de jogos de duração maior que os •realizados na sede;

Realização de atividades e jogos noturnos.•

Treinamento para acampamentos – As reuniões de sede que precedem os acampamentos devem criar oportunidades para os escoteiros receberem as instruções sobre as técnicas de acampamento e técnicas especificas que serão empregadas na programação. Se um dos objetivos do acampamento é utilizar bússola, o treinamento sobre o assunto deve ser feito em reuniões de tropa, desta forma temos mais garantias de que os escoteiros irão aproveitar a atividade.

Autorizações para realizar acampamentos – Os responsáveis devem autorizar o Grupo Escoteiro a levar o(a) escoteiro(a) menor de idade ao acampamento.

O Escotista da Tropa é o responsável pela atividade, deve verificar a programação e os cuidados com a segurança. Somente após a criteriosa verificação a solicitação de autorização deve ser encaminhada à diretoria do Grupo Escoteiro.

Pais – As Seções devem enviar, com antecedência de 15 dias, uma circular aos pais ou responsáveis contendo:

Informações sobre as principais características da •atividade:

Local onde a atividade será realizada; ▫

Data, hora e local da saída e chegada; ▫

Meio de transporte a ser utilizado; ▫

Valor da taxa; ▫

Croqui de acesso para emergências; ▫

Adultos responsáveis pela atividade. ▫

Autorização dos pais ou responsáveis contendo:•

A identificação da atividade (local, data e hora da ▫partida e chegada);

A Seção que vai realizar a atividade; ▫

O nome do jovem; ▫

Informações sobre o estado de saúde do jovem ▫(limitações físicas ou medicamento que está utilizando);

Telefone / endereço da família para contato de ▫emergência.

A autorização deve ser devolvida assinada pelos pais ou responsáveis para a Seção com antecedência de 7 dias.

Grupo Escoteiro – A Seção deve solicitar autorização para a Diretoria do Grupo com pelo menos 15 dias de antecedência. A solicitação deve conter as seguintes informações:

A Seção que vai realizar a atividade;•

A quantidade de jovens que vão participar da •atividade;

Local onde a atividade será realizada;•

Data, hora e local da saída e chegada;•

Meio de transporte a ser utilizado;•

Valor da taxa;•

Croqui de acesso para emergências;•

Adultos responsáveis pela atividade;•

Esquemas de segurança;•

Esquemas de emergência;•

Programação.•

Logística para realizar acampamentos

Os Escotistas da seção devem visitar o local onde será •realizado o acampamento, visando avaliar se a área é apropriada para os objetivos pretendidos e se oferece segurança, e ainda se o proprietário / responsável pelo local concorda que a atividade seja realizada e quais as restrições ou limitações que devem ser obedecidas. O ideal é que a autorização para o uso do local seja feita por escrito para evitar imprevistos na hora da atividade. Esta autorização pode ser dispensada quando o proprietário reside no local.

Determinar qual o transporte mais adequado (ônibus •de linha, ônibus alugado ou o carro dos pais).

Verificar se os materiais de campo estão em boas •condições de uso.

Verificar se o cardápio foi corretamente dimensionado.•

AcantonamentosA Principal diferença entre o acantonamento e o

acampamento é que no acampamento os escoteiros montam seu canto de patrulha, dormindo nas barracas. Enquanto no acantonamento os escoteiros dormem em área coberta, tais como em galpões, ginásios, casas, etc, sendo que as demais atividades podem ocorrer normalmente como em um acampamento, conforme

programação planejada.

Objetivos

Os acantonamentos dão oportunidade para que os jovens pensem, façam e aprendam coisas por eles mesmos a exemplo dos acampamentos. É o lugar ideal

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para que o jovem ponha em prática o conceito de “descobrir aprendendo”.

A sociabilidade é altamente exercitada, pois em um acantonamento eles aprendem a conviver em comunidade, repartir e respeitar, além de travarem mais profundamente a amizade que deve haver entre os membros da seção.

A Participação dos Jovens no Planejamento e Execução das Atividades

O sucesso da programação da Seção é conseqüência da aplicação correta do Sistema de Patrulhas, envolvendo jovens e Chefes num trabalho integrado e progressivo desde a Alcatéia até o Clã.

No processo educacional escoteiro, os jovens são incentivados a participar do planejamento e da execução das atividades. A participação é progressiva, compatível com a idade e experiência dos jovens.

Os jovens da Tropa Escoteira são incentivados a contribuir com o planejamento e execução das atividades, sugerem atividades através de jogo democráticos, escolhem métodos a serem empregados, executam grande parte e avaliam.

É responsabilidade do Chefe treinar os jovens para aplicar o Sistema de Patrulha. Este treinamento deve levar em consideração as características da Seção e o grau de maturidade dos jovens.

Em Seções recém-criadas, ou com jovens no início de seu treinamento, a Chefia necessita exercer um papel maior, suprindo a falta de experiência dos jovens. A medida que os jovens adquirirem experiência, a Chefia deve delegar ao jovem de acordo com as suas condições de realizar com sucesso (dentro de padrões de segurança e segundo os Princípios do Movimento Escoteiro.

RESUMO DO PLANEJAMENTOSem dúvida a atividade mais esperada pelos jovens

é baseado em viver uma grande aventura como dormir fora de casa, viajar, conhecer novos lugares, conviver o “dia a dia” com seus companheiros. Aos Escotistas da Seção requer uma sobrecarga, mas é recompensado pelos objetivos alcançados. Um acampamento, acantonamento ou bivaque bem sucedido, além de alegrar aos jovens, fortalece a união da Tropa, oferece grande oportunidade para aplicação do Método Escoteiro e motiva a participação dos pais. É fundamental que seja bem planejado.

Descrevemos abaixo passos deste planejamento:

2 meses antes:

Providenciar o local que tenha acomodações para •acampamento, acantonamento ou bivaque, de preferência em locais perto da natureza.

Obtenha informações e decida sobre o melhor meio •

de locomoção para chegar ao local, se for locar um ônibus, você já deve providenciá-lo. Mantenha consigo os dados sobre os meios de transporte coletivos, mesmo que venha a utilizar transporte próprio, pois imprevistos podem acontecer.

1 mês antes:

Trace a programação com os Escotistas do Ramo e •a Corte de Honra, levando em consideração o local (importante elaborar uma programação alternativa para casos de mau tempo).Visite o local e certifique-se que a programação •proposta é adequada ao local.Localize o Pronto Socorro, Posto Policial, Mercado e •Farmácia mais próxima e anote o seu endereço.

20 dias antes:

Faça a reunião com os pais, apresentando o programa, •os objetivos educacionais que se deseja alcançar com os jovens, localização, monte a equipe de apoio para cozinha, atividades e transporte.

É uma boa medida designar um pai, que tenha telefone •e não irá sair nos dias da atividade, para ser o nosso “contato”, isto será útil no caso de haver algum imprevisto, como um atraso na volta, por exemplo.

15 dias antes:

Providencie a autorização dos pais e grupo.•

Envie um oficio ao Pronto Socorro e ao Posto Policial •informando da atividade que será desenvolvida e garanta que os responsáveis efetuem a compra dos materiais para as atividades e alimentos não perecíveis.

Reveja a programação com os assistentes.•

7 dias antes:

Visite o local para verificar se não há qualquer •anormalidade.

Verifique transporte, participação de equipe de apoio, •chefia, cardápio.

3 dias antes: Última checagem da programação e equipe de apoio.

Avise os chefes e aos membros da equipe de apoio •para entrarem imediatamente em contato caso surja um impedimento na sua participação, afim de que possam ser feitas substituições.

No dia:

Recolha as autorizações, coloque os materiais no •transporte

Durante:

Cuide do desenvolvimento harmônico da programação. •Exija a presença de todos os Escoteiros em todas as atividades. Supervisione e exija o cuidado de cada jovem em relação a higiene, segurança, alimentação e cuidados com seus pertences. Zele constantemente

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pela segurança da tropa, suspendendo imediatamente a atividade caso algo a ameace (usando a programação alternativa).

Depois:

Fazer a avaliação com os participantes, assistentes e •equipe de apoio. É importante realizar esta avaliação separadamente com cada grupo. Enviar relatório a diretoria. Fazer os agradecimentos aos proprietários do local, aos membros da equipe de serviço; transporte, cozinha, etc.....

Notas: Programação

Deverá ser minuciosamente detalhada, nunca sofrendo •interrupções que permitam tempo vago aos participantes.

Deverá ser equilibrada, com jogos de grande ação, •canções, estórias e uma excelente oportunidade para grandes jogos, Fogo de Conselho ou lamparada.

Aplique ao máximo o programa desenvolvido em sede, •aproveite a oportunidade para tirar especialidades e incentivar o desenvolvimento individual dos jovens.

Tire o maior proveito do local, elabore atividades que •desfrutem os seus recursos. Se o local tiver piscina, você poderá propor uma reunião aquática; se tiver um lago ou rio elabore uma pescaria, uma corrida de barcos feitos pelos próprios escoteiros, modelagens com o barro das margens; Proponha um reconhecimento da natureza; organize passeios noturnos para ver as estrelas; realize um jogo noturno, etc.

A atividade deverá ser prevista até a hora de dormir, •quando o silêncio deverá ser respeitado.

*Para saber mais sobre Acampamentos, consulte o Livro Acampar e Explorar.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: FOGO DE CONSELHO, LAMPARADA E FLOR VERMELHA

DURAÇÃO: 40 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender a origem e o significado do Fogo de Conselho para o Escotismo

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Compreender a importância do Fogo de Conselho como elemento no Programa de Jovens;•

Conhecer o Tipos de Fogo de Conselho;•

Distinguir a diferença existente entre o Fogo de Conselho, Lamparada e a Flor Vermelha.•

CONTEÚDO:

Fogo de Conselho•

Lamparada•

Flor Vermelha•

MATERIAL:

Fogo•

Lenha•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

5 Origem do Fogo de Conselho PL

10 Importância do Fogo de Conselho como elemento no Programa de Jovens e os tipos de Fogo de Conselho.

PL

5 Diferenciar Fogo de Conselho, Lamparada e a Flor Vermelha. PL

20 Simular a realização de um fogo de conselho TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

O facilitador realiza uma explanação sobre a origem do Fogo de Conselho, a importância do Fogo de Conselho como elemento no Programa de Jovens e os tipos de Fogo de Conselho.

O facilitador com a ajuda dos demais membros da Equipe do Curso e participantes do curso deverão realizar uma simulação de Fogo de Conselho.

Bibliografia Recomendada

Fogo de Conselho•

Escotista em Ação do Ramo Lobinho•

Última Atualização: 01/04/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Fogo de conselho, Lamparada e Flor Vermelha

Origem do Fogo de ConselhoBaden-Powell em suas andanças observou que os

nativos da Ásia, da África e da América e também os colonizadores brancos, reuniam-se, à noite, em torno do fogo que com sua luz e calor, espantavam a treva, o frio e os animais selvagens. Era o momento em que se encontravam para conversar, cantar, contar histórias, realizar cerimônias religiosas, planejar caçadas, guerra ou a paz.

Para o Escotismo, o Fogo de Conselho é uma reunião em que, à noite, iluminados por uma fogueira, todos se reúnem para se divertir, cantar, representar peças ligeiras, danças folclóricas, para refletir ou aprender algo de novo pela palavra do Chefe

O Fogo de Conselho, como muitas outras atividades que caracterizam a mística e a ambientação do Programa de Jovens, tem sua origem nas observações do fundador sobre, os costumes, valores e tradições culturais dos muitos povos que conheceu durante suas viagens.

Importância do Fogo de Conselho como Elemento do Programa de Jovens

O Fogo de Conselho é uma atividade muito importante, sobretudo em acampamentos ou acantonamentos. É uma ocasião que pode e deve ser utilizada como elemento de desenvolvimento do caráter e da responsabilidade dos jovens.

Através de representações, jogos, pequenas palestras, canções e danças, num clima jovial e alegre, movimentado, interessante e informal, criam-se situações propícias para desenvolver e incentivar no jovem:

A criatividade e a imaginação•

A facilidade de expressão•

A alegria•

A sociabilidade•

A autoconfiança•

Habilidades artísticas.•

Para que essa finalidade educacional seja alcançada é indispensável que o Chefe ou Dirigente cuide sempre para que as atividades do Fogo de Conselho caracterizem sua expressão pelos Princípios Escoteiros.

Necessário se faz, portanto, que situações inconvenientes sejam tratadas com cortesia e firmeza. O Dirigente pode valer-se desses acontecimentos, que serão raros, para propor uma reflexão de todos os presentes sobre o acontecido.

Tipos de Fogo de ConselhoHá pelo menos três tipos de Fogo de Conselho:

De Seçãoa.

De Grupob.

De Relações Públicasc.

Fogo de Seção:a. É normalmente realizado em acampamentos. Dele participam apenas os membros da Seção e os seus Chefes.

Fogo de Grupo:b. É realizado com menos freqüência que o primeiro. Dele devem participar todas as Seções do Grupo Escoteiro que prepararão as representações por Seção. Nessas ocasiões podem ser convidados os pais, antigos escoteiros e amigos do Grupo.

Fogo de Relações Públicas:c. É uma atividade programada com o objetivo de dar ao público ou a determinada parcela da comunidade uma amostra dessa atividade escoteira. A sua realização deve ser cercada dos maiores cuidados, na preparação do local, do conteúdo do programa, da fogueira e de todos os outros detalhes. Esse tipo de Fogo de Conselho é mais um espetáculo de teatro de Arena à luz do fogo e que por isso mesmo perde muito da característica do Fogo de Conselho - o improviso, a espontaneidade e o clima informal. É uma atividade válida mas sua organização tem que ser cuidadosa, pois, muitas vezes um pequeno detalhe distorce a imagem que gostaríamos de transmitir.

É o Fogo de Conselho de Seção que, sem dúvida, mais se aproxima da idéia do Fundador ao incluí-lo nas atividades do Escotismo.

Diferenças

Fogo de Conselho –• É uma atividade noturna, feita ao ar livre e em volta de uma fogueira.

Lamparada –• É uma atividade noturna, feita em ambiente fechado e em volta de um foco de luz (pode ser: lâmpada, lampião ou carbureto). Em Minas Gerais vamos encontrar esse tipo de atividade com o nome de “Carbeto”.

Flor Vermelha –• É a festa do fogo, momento ideal para cantar e dançar em torno de uma fogueira, demonstrando a capacidade de expressão e o gênio artístico de lobinhos e lobinhas. Seu nome provém do episódio da história de Mowgli em que ele parte para a aldeia dos homens em busca do fogo, única forma de afugentar Shere-Khan e os que queriam matar Akelá (a flor vermelha é uma atividade exclusiva da Alcatéia.)

PlanejamentoNo Fogo de Conselho a chave do sucesso também

se chama planejamento. É preciso, portanto, tomar as medidas necessárias para que essa atividade cumpra os seus objetivos.

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O Local :• Não deve ser muito afastado do acampamento, mas será ótimo que não tenha sido usado para outras atividades. Deve permitir que todos se sentem em torno do fogo a uma distância tal que haja espaço para as representações.

A Fogueira :• Deverá ser preparada com antecedência pelos Chefes ou pela Patrulha de Serviço (que deverá possuir os conhecimentos para cumprir essa tarefa. Se não for esse o caso, o Chefe poderá estar presente para orientação do trabalho da Patrulha.) Não esquecer de observar a direção do vento e o tamanho da fogueira pois o calor de chamas muito altas pode perturbar os participantes.

É muito importante que haja sempre duas pessoas encarregadas de alimentar o fogo em caso de necessidade. Nesse caso, deverão fazê-lo entre um número e outro para não inter ferir nas representações, palestras, etc. Há portanto, necessidade de lenha de reserva fora do círculo do Fogo de Conselho.

Iscas - são materiais utilizados para auxiliar no início do fogo. Os tipos comuns de iscas são: jornal com parafina, algodão com parafina, massa de isopor, acendelha (gravetos, arrepiados, grimpas, folhas secas, etc).

Atenção: um cuidado especial deve ser dado a líquidos combustíveis (álcool, gasolina, querosene, parafina e outros - nunca devem ser colocados após o fogo ter sido aceso a partir da garrafa ou recipiente que a contém, pois existe o risco do fogo residual incendiar e explodir a garrafa. O procedimento correto é colocar o líquido em uma lata ou recipiente de boca larga e utilizar uma haste para levá-la ao fogo.

O Programa

Um bom programa tem os seguintes ingredientes: canções calmas ou movimentadas, alegres ou inspiradoras - jogos calmos ou agitados, concursos, histórias curtas, palestras curtas, representações. Esses elementos intercalados de maneira adequada e dirigidos com entusiasmo resultam no sucesso da atividade.

Devemos fazer que se torne um clima de camaradagem, relaxamento, alegria, inspiração, entretenimento saudável e criativo, de desinibição geral.

Para conseguir um bom programa é preciso três coisas: um bom dirigente e um bom animador do Fogo de Conselho e a preparação prévia.

É necessário que o dirigente ou o Chefe da Seção avise aos jovens, o dia e a hora do Fogo de Conselho com antecedência, pedindo então, que cada Matilha / Patrulha prepare uma representação ou número que seja de interesse e adequado à ocasião.

Nas Seções novas é conveniente dar temas, que facilitem e orientem o trabalho dos jovens sem, no entanto, impedir sua criatividade. Melhor ainda, é apresentar uma lista de sugestões e deixar que escolham ou sugiram algo equivalente. O importante é que não façam algo medíocre por falta de inspiração.

Uma hora antes da atividade o dirigente terá montado o programa ficando as canções, jogos e histórias das Matilhas / Patrulhas intercaladas, adequadamente, para produzir um conjunto equilibrado.

Como parte importante do programa estão a abertura e o encerramento, ambos têm que ser momentos marcantes. Não precisam ser graves, mas devem ser inspiradoras.

Antes do encerramento deve haver uns cinco minutos que o Chefe da Seção preencherá com uma palestra curta, sobre um tema inspirador. (Palavra do Chefe).

O encerramento deve ser com uma canção calma.

Direção

O Dirigente do Fogo de Conselho deve reunir, as seguintes características:

Jovialidade;•

Cortesia;•

Firmeza;•

Entusiasmo;•

Liderança; e•

Conhecer canções e atividades próprias de um Fogo •de Conselho.

Com o programa traçado caberá ao dirigente a tarefa de manter a animação e o interesse dos participantes. Daí a importância de reunir as características já descritas e conduzir a atividade com entusiasmo, sabendo criar um clima de alegria, animação e movimento, mas também disciplinado e apropriado para os momentos de reflexão.

Com esses cuidados teremos um Fogo de Conselho não só divertindo mas também cumprindo com o nosso propósito de educar com alegria e espontaneidade.

Disposição

Contrariamente ao que a maioria pensa, o círculo com o fogo no centro não é a melhor disposição para o Fogo. Com efeito, qualquer imagem projeta a fumaça para cima, de uma parte dos participantes que fica sendo incomodada pela mesma. Os figurantes não são bem vistos quando se encontram, em relação aos participantes, do outro lado da fogueira. Os escoteiros encarregados de manter o fogo alimentado são obrigados a passar pelos elementos colocados ao lado da reserva de lenha. Assim, na boa prática, o Fogo de

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Conselho deve ser arena em ferradura, ficando o fogo na abertura da ferradura e o eixo de arame no sentido do vento dominante, de forma a projetar a fumaça para fora da ferradura, não incomodando os participantes. Por sua vez, as demonstrações e o animador, ficarão entre a fogueira e os participantes, sendo, desta forma, visto por todos.

NOTA 1: Os aplausos não contam tempo, pois eles são muito rápidos.

Abertura – geralmente tem um caráter formal. Pode ser feita por uma ou mais pessoas. Itens que podem compor a abertura:

Saudação aos participantes e mensagem de otimismo•

Acendimento do Fogo com tochas ou engenhoca•

Declaração oficial de abertura do fogo feita pelo •dirigente

Canção animada de abertura•

Canções – podem ter temas variados, desde as tradicionais do Movimento Escoteiro até modernas músicas populares. Não deve se utilizar canções complicadas que ninguém conhece. Elas devem ser simples e de fácil assimilação. Para criar um ambiente mais alegre, podem ser usados toca-fitas, CDs ou instrumentos musicais, inclusive os improvisados pelos jovens, que criam efeitos especiais, tais como: latas com pedras, areia, sopros em garrafas, batidas em garrafas com água... Canções com gestos e danças.

Brincadeira, Charadas e Jogos – estas atividades alegram o Fogo de Conselho. Os Chefes devem cuidar para que elas não causem constrangimentos, humilhações ou medo nos participantes. Elas devem ser agradáveis a todos.

Histórias – bem contadas cativam os participantes. O escuro da noite e o fogo criam um clima propício para contar histórias.

Esquetes – são representações teatrais de curta duração feitas pelas Matilhas / Patrulhas ou por alguns jovens. Criam oportunidades para os jovens perderem a inibição, desenvolvendo a facilidade de expressão, comunicação e criatividade. Assim como outras atividades no Movimento Escoteiro, as esquetes também evoluem de forma progressiva: quando os jovens têm poucas experiências, as apresentações e os papéis que representam são simples, sendo incentivada e esperada a busca de melhorias no conteúdo e na representação de esquetes. A escolha dos temas pode ser feita pela Seção, pela Chefia ou pela livre escolha da Matilha / Patrulha. A falta de treinamento, criatividade, motivação ou tempo para a pesquisa do tema e elaboração do roteiro da esquete e ensaios, faz com que os jovens

TEMPO

(minutos)RESPONSÁVEL OBSERVAÇÃO

2 Abertura Ch. De Tropa/clã Início do Fogo2 Quebra-gelo-gesticulada Animador(a) Todos em pé2 Dança em círculo Todos em pé

10 Jogo de F.C. em círculo Em pé ou sentados2 Canção geral Sentados

10 Apres. Patrulha Patrulha X/Equipe Sentados2 Canto coral ou Canção geral Sentados

10 1ª Apres. Patrulha Patrulha Y/Equipe Sentados10 Momento de reflexão Sentados3 Canção Sentados5 Minuto do Chefe Diretor(a) do Fogo Sentados1 Oração Em pé1 Encerramento Em pé

60 TOTAL

Programa

Já foi dito que o programa precisa ser bem equilibrado. Lembramos que o Fogo de Conselho não deve ultrapassar uma hora de duração, sendo este tempo dado como recomendação e não como obrigação. Efetivamente pode durar mais, se a programação for muito boa e o nível de interesse estiver sendo bem sustentado.

Apresentamos abaixo um Programa que consideramos básico mas que, evidentemente, pode ser alterado.

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improvisem as esquetes, repetindo muitas vezes os programas de TV, diminuindo a possibilidade do jovem desenvolver sua criatividade.Critérios para avaliação das esquetes:

O tema é apropriado para o momento e tipo de Fogo •de Conselho?

O tema trará interesse e novidades aos participantes?•

O tema é adequado? Está de acordo com os Princípios •da Promessa Escoteira?

A distribuição dos papéis dá oportunidades a todos os •jovens da Matilha / Patrulha ou equipe?

Minuto do Chefe – é o momento em que o Chefe apresenta uma mensagem final relacionada aos valores, com o objetivo de levar os participantes a uma reflexão. A mensagem não deve ser lida, nem ser moralista com o objetivo de criticar, mas sim deve ser contada como uma história, ser uma mensagem positiva e ser de curta duração.

Encerramento – geralmente o encerramento do Fogo de Conselho também tem um caráter formal. Pode ser formada uma Cadeia da Fraternidade e cantada uma canção. É muito usada a Canção da Despedida.

Finalidade do Fogo de Conselho

Estimula a disciplina pois a criança deve aprender a •escutar, a aplaudir na hora certa, obedecer com alegria as ordens do sentar, levantar, cantar. Além, é lógico da sua disciplina em esperar o momento exato da sua apresentação, bem como a disciplina que teve que ter antes da apresentação, durante o ensaio com a sua matilha ou sua equipe.

Diverte e relaxa. Essa é a finalidade mais óbvia. Depois •de um dia no campo, depois de realizar uma série de atividades físicas, nada mais gratificante do que se reunir, contar e escutar algumas boas histórias.

Sociabiliza pois a criança se vê forçada a participar •como uma peça importante do todo. Mesmo que ela não participe como elemento principal ela é necessária quer como platéia, quer como elemento secundário. Além disso, todo o fogo de conselho é uma grande dramatização; é nesse ambiente familiar e amigo que a criança sente-se encorajada a representar e é através da observação dos outros que ela melhora e passa a reforçar a confiança em si mesma.

Relembra a fraternidade mundial Como uma das nossas •mais caras tradições. Além disso, o dirigente do Fogo de Conselho sempre deve abri-lo dizendo: ”Nesta mesma hora, em outros locais, outros escoteiros estão reunidos com essa mesma finalidade”. A frase a ser dita no ato da abertura não precisa ser exatamente esta, mas uma que contenha esse mesmo pensamento.

Reforça a mística e estimula a imaginação que é •o “tapete mágico” que levará a criança onde nós queiramos. Uma sala pode virar um acampamento cigano, um pedaço de quintal pode virar um navio pirata ou um pedacinho do Japão. É através dela que contaremos estórias e que, principalmente, falaremos sobre lealdade, dever, honra, felicidade, etc., de maneira sucinta mas tocante.

Fortalece o espírito de grupo pois o Fogo de Conselho •é, na maioria das vezes, uma forte experiência vivida em conjunto.

Importante:Abertura é 75% do êxito.•

Encerramento confirma o êxito.•

O animador é parte do sucesso.•

Nunca iniciar com uma canção desconhecida.•

É recomendável iniciar com um quebra-gelo (canções •alegres e vibrantes como: Yêpo, Canção do Periquito, etc).

É necessária uma equipe para a direção, para dar •continuidade ao Fogo.

Para encerrar, é conveniente uma canção moderada, •como preparação para a oração (a canção CUMBAIÁ tem caráter espiritual e pode substituir a oração final, dependendo naturalmente do Dirigente do Fogo).

“Aplausos” devem ser selecionados, inventados e •preparados com antecedência, entretanto, poderão ser apresentados novos aplausos, caso seja oportuno.

* Para saber mais sobre Fogo de Conselho, consulte o Livro Fogo de Conselho

* Para saber mais sobre Lamparada e Flor vermelha, consulte Manual do Escotista, Ramo

Lobinho.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: ATIVIDADES NOTURNAS - PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO

DURAÇÃO: 60 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender o processo de planejamento e execução de uma atividade noturna.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer jogos de rastreamento e jogos por equipe•

Conhecer as recomendações necessárias para a execução de um jogo noturno.•

CONTEÚDO:

Jogos Noturnos: Jogos de rastreamento e Jogos por equipe•

Recomendações para a execução de um jogo noturno.•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

10 Jogos Noturnos : Jogos de rastreamento e Jogos por equipe PL

20 Recomendações necessárias para a execução de um jogo noturno PL

30 Simular a execução de um jogo noturno (mesmo que a simulação ocorra no período diurno).

TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Realizar uma explanação sobre jogos noturnos e recomendações para a execução de um jogo noturno.

Realizar uma simulação de um jogo noturno ( mesmo que o curso ocorra no período diurno).

Jogo Noturno Raio Laser

Demarcar uma área de aproximadamente 30m X 15m . divididos em patrulhas. Em uma das pontas da área determinada cada patrulha terá uma bacia vazia ( início do trajeto da patrulha) e na outra ponta da área haverá uma bacia com água.

No meio da área determinada haverá uma pessoa com uma lanterna que caminhará cortando ao meio a área com uma lanterna. Ao encontrar algum membro das patrulhas, a pessoa acenderá a lanterna (lançando o raio laser)

Os membros das patrulhas deverão com uma caneca tentar trazer a água da bacia de uma extremidade da área (bacia cheia) para a bacia vazia sem ser atingido pelo laser da lanterna.

Caso o membro da patrulha seja atingido pelo laser com a caneca cheia de água, o membro deverá despejar a água da caneca e retornar ao ponto inicial e recomeçar o trajeto. Caso o membro esteja com a caneca vazia no momento que for atingido pelo laser, ele deverá retornar ao ponto inicial e recomeçar o trajeto.

Na área delimitada poderá conter árvores e quanto mais escuro estiver, mais divertido será o jogo. O jogo poderá ser limitado pelo tempo 20 a 30 minutos e vencerá o jogo a patrulha que tiver transportado a maior quantidade de água.

Bibliografia Recomendada

Livro de Jogos – Autor: Boto Velho.•

Última Atualização: 24/03/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Atividades Noturnas - Planejamento e Aplicação

Planejando – Jogos NoturnosOs jogos noturnos são recebidos com grande

satisfação por todos os jovens. Estes jogos têm condições para o jovem perder o medo da escuridão, se deslocar e observar o movimento dos outros no escuro. A escuridão é uma dificuldade que transforma pequenas tarefas em grandes desafios. Deslocamentos no escuro, sem ser percebido por outros, faz com que o jovem se sinta como um rastreador experiente.

Jogos Rastreamento e Por Equipe

Jogo noturno de Rastreamento

Exige deslocamentos no escuro. Os participantes agrupados ou individualmente devem executar uma tarefa ou atingir um determinado lugar.

Jogo noturno por Equipe

É o jogo com instruções mais complexas, envolve comportamentos múltiplos tipo ataque e defesa. Presta-se para este tipo de jogos mensagens cifradas que devem ser interpretadas pelos jovens, “vidas” em forma de escalpos que podem ser perdidas a qualquer momento, cidadelas que devem ser alcançadas ou protegidas.

Recomendações

Estes jogos têm características semelhantes aos jogos amplos e deve-se tomar alguns cuidados especiais:

Avisar o proprietário sobre o horário e o tipo de jogo •que será desenvolvido.

Avisar a policia quando o jogo ocorrer em local •público.

Inspecionar o local visando identificar riscos. Estes •riscos devem ser eliminados ou sinalizados e informados aos participantes.

No caso de confronto físico introduzir regras bem •definidas para que ocorra no final do jogo e próximo da chefia para evitar descontroles ou excesso de violência.

O horário para a realização de jogos noturnos deve •respeitar períodos de sono

Compatíveis com a idade dos jovens, não exigindo •deles acima de sua capacidade física

Excessos resultam em queda de rendimento e •possibilidades de acidentes no dia seguinte. No Ramo Escoteiro poderão ser escolhidos entre dois períodos: “deitar tarde”, não após há 1 hora, ou “levantar cedo”, não antes das 5 horas sempre respeitando um período de 8 horas de sono para os jovens.

Jogos noturnos que envolvem parte maior da noite e •grande desgastes físicos são recomendáveis apenas para o Ramo Sênior ou Ramo Pioneiro.

As fases da lua devem ser levadas em consideração, •um jogo que pode ser ótimo em uma noite escura, talvez não tenha êxito em uma noite de lua cheia.

Locais abertos são mais favoráveis para jogos que •envolvem correrias e confrontos físicos.

Locais arborizados são mais favoráveis para jogos •de tocaias. No entanto, são locais favoráveis para a proliferação de lagartas venenosas ou outros animais perigosos.

*Para saber mais sobre Atividades Noturnas, consulte o Livro de Jogos do Autor Boto Velho.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: PLANO DE SEGURANÇA EM ATIVIDADES ESCOTEIRAS

DURAÇÃO: 40 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Conscientizar o escotista de que a responsabilidade de quem coordena uma atividade escoteira é prevenir para que o acidente não ocorra ou se ocorrerem tenha sua gravidade diminuída.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Compreender em primeira instância, que ao escotista compete zelar pela integridade física dos menores sob •sua guarda, cumprindo e fazendo cumprir as regras de segurança estabelecidas em normas escoteiras (POR, Resolução da Diretoria Regional, Regulamento do Grupo, etc...), sujeitando-se às responsabilidades civis, criminais e escoteiras.

Compreender a importância da Autorização para Atividades Externas.•

Conhecer as condutas de segurança•

Aprender como se elabora um Plano de Segurança•

CONTEÚDO:

Autorização para Atividades Externas •

Amparo Legal•

Condutas de segurança•

Plano de Segurança em atividades escoteiras•

MATERIAL:

5 vias de um Plano de Segurança de atividade escoteira (exemplo)•

Apostila do curso •

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

5 Plano de Segurança TG

35 Plano de segurança em Atividades Escoteiras PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Divididos em grupo, os participantes receberão uma cópia de um Plano de Segurança de uma atividade escoteira e deverão escrever a definição de um Plano de Segurança. Após 10 minutos, ler para o grupo a definição obtida no grupo.

O facilitador deverá a partir dos conceitos apresentados pelos grupos fazer a explanação sobre o Plano de segurança em Atividades Escoteiras pontuando para que os participantes compreendam em primeira instância, que ao escotista compete zelar pela integridade física dos menores sob sua guarda, cumprindo e fazendo cumprir as regras de segurança estabelecidas em normas escoteiras (POR, Resolução da Diretoria Regional, Regulamento do Grupo, etc...), sujeitando-se às responsabilidades civis, criminais e escoteiras.

Deverá ser abordado também os passos para a elaboração de um Plano de Segurança em atividades escoteiras e as condutas de segurança.

Bibliografia Recomendada

POR•

Resolução da Diretoria Regional sobre Segurança em atividades escoteiras•

Exemplos de Plano de Segurança em atividades escoteiras desenvolvidas por vários Grupos Escoteiros•

Última Atualização: 02/08/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

50

Plano de Segurança II

Plano de Segurança em Atividades Escoteiras

A responsabilidade de quem coordena uma atividade escoteira é prevenir para que o acidente não ocorra, ou se ocorrerem tenham sua gravidade diminuída. O Escotista responsável pela mesma é o responsável pela segurança das atividades, mas a rigor a responsabilidade sobre a ocorrência de acidentes e o esforço em evitá-los é dever de todos.

Antes de desenvolver qualquer atividade, todos os seus participantes devem ser orientados em relação às regras de segurança que a atividade exige, segundo a avaliação do Chefe da Seção. Alguns passos para prevenir acidentes são:

Identificar os riscos;•

Eliminar os riscos;•

Reduzir os riscos que não puderem ser eliminados; e•

Treinar os participantes;•

Em casos especiais, as atividades de maior risco podem ser limitadas a determinados membros mais experientes da Seção, que tenham o necessário preparo.

A Responsabilidade do ChefeAo Escotista, em primeira instância, compete zelar

pela integridade física dos menores sob sua guarda, cumprindo e fazendo cumprir as regras de segurança estabelecidas em normas escoteiras(POR, Resolução da Diretoria Regional, Regulamento do Grupo, etc.), sujeitando-se às responsabilidades civis, criminais e escoteiras.

A Autorização para Atividades Externas tem que ter a assinatura do Chefe da Seção responsável pela atividade, do Diretor Técnico e do Presidente e do Grupo, e a autorização do Coordenador Distrital ou do Diretor Técnico da Região Escoteira.

Importante: A Autorização dos Pais não Exime o Escotista das Responsabilidades Civis e Criminais em caso de Acidente!

Amparo LegalÉ necessário autorização, por escrito, dos pais

ou responsáveis legais dos jovens participantes da atividade.

A responsabilidade civil, em caso de acidente, poderá ter conseqüências jurídicas segundo o Código Civil Brasileiro, Código Penal Brasileiro, e ainda no Estatuto da Criança e do Adolescente, onde são listados todos os procedimentos legais para o trato com os mesmos.

Condutas de Segurança

Chefia

Os chefes e assistentes devem possuir capacitação para •bem dirigir as atividades programadas (capacitação física, técnica e preparo psicológico);

Número suficiente;•

Efetivo grau de integração;•

Conhecimento de primeiros socorros;•

Apoio de um especialista, dependendo da atividade•

Formação de equipes para cozinha, transporte, •segurança, 1ºs socorros, compras e etc, quando necessário;

Carros e meios de comunicação; e•

Fichas médicas atualizadas dos membros juvenis (e se •possível dos adultos também), com a identificação dos convênios médicos e dos portadores de alergias.

Local

Reconhecimento obrigatório, por uma comissão de •Chefes e se possível, pais;

Elaborar mapa de acesso;•

Solicitar a autorização por escrito, do proprietário ou •responsável pelo local, com as recomendações que se fizerem necessárias;

Meio de transporte; e•

Meio de comunicação.•

Programação

Estabelecer as datas e horários de saída e do provável •retorno;

Compatibilidade das atividades com a faixa etária dos •jovens;

Observar todas as normas de segurança e medidas de •prevenção; e

Fazer uma programação alternativa para ao caso de •intempéries.

Equipamento

Todos os equipamentos e utensílios a serem utilizados •durante a atividade devem ser checados, inclusive a validade dos medicamentos;

Adequação às atividades desenvolvidas, bem como •aos participantes; e

Quantidade suficiente.•

Participantes

Devem estar instruídos técnica e fisicamente para as •atividades planejadas;

Condições físicas e psicológicas; e•

Material pessoal adequado para as atividades •planejadas.

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Pais

Autorização por escrito;•

Cientes dos horários de saída e retorno; e•

Estarem informados sobre o loca, meio de transporte, •atividades programadas.

Recursos Extras

Recursos de pessoal, financeiro e de material •necessário;

Comunicar a presença de escoteiros em atividade, •aos órgãos policiais de segurança e de saúde mais próximos, inclusive para o caso de acidentes com animais peçonhentos; e

Apoio no local de origem dos participantes, para •acionar ajuda, se necessário.

Condutas de Segurança

O Escotista responsável deve, previamente, dar conhecimento das condutas de segurança, tais como:

Orientação aos participantes quanto às medidas de •segurança exigidas para a atividade;

As atividades de maior risco podem ser limitadas aos •membros mais experientes no tipo de atividade;

Nos deslocamentos por vias de tráfego(estradas) •deve haver controladores de tráfego à frente e atrás, devendo portar artefatos luminosos à noite(luz branca à frente e vermelha atrás); observância de disciplina de marcha e deslocamento pelo lado oposto ao transito dos veículos;

Banhos em rios, lagos, etc, devem ser supervisionados •por um adulto responsável, e em local anteriormente vistoriado e preparado para isto;

Guarda de equipamentos de corte nas bainhas ou em •local não sujeito a tráfego e com o gume protegido

Evitar exposição prolongada a condições climáticas •demasiadas rigorosas; zelar pela hidratação, aquecimento, resguardo de radiação, etc.;

Ronda noturna; e•

Verificar local das fogueiras, do fogo.•

Como Fazer um Plano de Segurança

Cabe ao(s) Escotista(s) encarregado(s) da atividade, o preenchimento de um plano de segurança, contendo todas as informações que se fizerem necessárias

Local da atividade;•

Mapa de acesso;•

Tipo da atividade;•

Meios de transporte;•

Escotistas e/ou Dirigentes responsáveis pela •atividade;

Lista de participantes;•

Telefones de contato, no local;•

Telefones do apoio no local de origem;•

Entidades de segurança e saúde avisadas sobre data •e local da atividade;

Autorização por escrito dos pais;•

Material de primeiros socorros;•

Local, data e hora de saída e retorno; e•

Programação.•

* Modelo de Planejamento de Segurança para Atividade Externa - anexo

* Para saber mais sobre Segurança, consulte o documento POR

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: SISTEMA DE EQUPE

DURAÇÃO: 20 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender a importância do Sistema de Equipe no Movimento Escoteiro

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer as diferenças existente em cada Sistema de Equipe: matilha, patrulha, equipes de interesse.•

Conhecer qual sistema de equipe se aplica em determinado Ramo no Programa Educativo•

CONTEÚDO:

Sistema de Equipe:

Matilha•

Patrulha•

Equipes de interesse•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

10 Explanação sobre Sistema de Equipe no Movimento Escoteiro e suas respectivas características

PL

5 Preencher uma planilha com características faltantes TG

5 Importância do Sistema de Equipe no Movimento Escoteiro DD

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Importância do Sistema de Equipe no Movimento Escoteiro: gerar uma reflexão da importância de se trabalhar com sistema de Equipe dentro do Movimento Escoteiro.

Bibliografia Recomendada

Escotistas em Ação dos Ramos•

Última Atualização: 22/03/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Sistema de Equipe: Matilha, Patrulha, Equipes de Interesse

MatilhaA Alcatéia é a Seção do Ramo Lobinho para jovens de

6,5 a 10 anos (ambos os sexos). Na Alcatéia a ênfase é a educação pelo jogo, onde os jovens aprendem brincando e vivem um mundo de fantasia, onde o fundo de cena principal é o livro da Jângal.

Desenvolve o crescimento individual em todas as áreas através de atividades próprias para jovens da sua idade.

A Alcatéia é a seção do Ramo Lobinho que congrega até 24 Lobinhos divididos em 4 matilhas. As matilhas são as equipes da Alcatéia composta por 4 a 6 crianças. As matilhas são identificadas pelas cores Branca, Cinza, Preta e Vermelha. Amarela e Marrom são as cores alternativas.

Os Primos são eleitos pelos seus companheiros a cada inicio de Ciclo de Programa. O ideal é que todo e qualquer Lobinho possa um dia ser Primo. Assim, um antigo Primo só deve se candidatar quando todos os outros de sua atual Matilha tiverem tido a oportunidade de sê-lo. Reeleição deve ser completamente descartada. A forma da escolha dos Segundos é estabelecido por cada Matilha.

Importante! Primo ou Prima: lobinho ou lobinha eleito diretamente pelos seus companheiros de matilha para coordená-la durante um ciclo de programa. O Primo não tem maiores atribuições além daquelas que lhes forem delegadas pelos escotistas.

Sistema de PatrulhasO Sistema de Patrulhas foi idealizado por Baden Powell

para contemplar a tendência natural dos jovens em formar pequenos grupos em torno de um líder, a fim de realizar uma atividade de interesse comum.

No Método Escoteiro é abordado, em seu terceiro ponto, A VIDA EM EQUIPE, pressupõe a descoberta e aceitação progressiva da responsabilidade, disciplina assumida voluntariamente e capacidade tanto para cooperar como para liderar. A disciplina e as responsabilidades assumidas no Sistema de Patrulhas treinam o jovem para a tomada de decisão, que é em última análise “o assumir seu próprio desenvolvimento” do propósito do Escotismo.

Por ser considerado a viga mestra da proposta educacional do Movimento Escoteiro, é essencial que os adultos que pretendem desenvolver o verdadeiro Escotismo o compreendam e apliquem.

Características do Sistema de Patrulhas

REGRA 69 POR – PATRULHA DE ESCOTEIROS

A Tropa é integrada por equipes, idealmente quatro e no máximo cinco, denominadas Patrulhas. A Patrulha é uma equipe de cinco a oito jovens, podendo ser mistas, no caso das Tropas que também o sejam, constituída em base permanente, autônoma e auto-suficiente para a realização de excursões, acampamentos, trabalhos, jogos, boas ações, atividades comunitárias e demais atividades escoteiras.

Cada Patrulha tem como designativo o nome de um animal, de uma estrela ou de uma constelação, e todos os seus componentes devem conhecer detalhadamente suas principais características.

Além de registrados em livro próprio, intitulado Livro da Patrulha, os fatos marcantes na vida da Patrulha devem ser indicados no bastão da bandeirola da Patrulha.

REGRA 88 do POR – PATRULHA DE SENIORES

A Tropa é integrada por equipes, idealmente quatro, no máximo cinco, denominadas Patrulhas. A Patrulha é uma equipe de quatro a seis jovens, constituída em base permanente, autônoma e auto-suficiente para excursões, acampamentos, trabalhos, jogos, boas ações, atividades comunitárias e demais atividades escoteiras.

Cada Patrulha de seniores adota um nome característico, que pode ser o de acidente geográfico bem conhecido pela Patrulha ou o de uma tribo indígena nacional.

Os fatos marcantes na vida da Patrulha devem ser indicados no bastão da bandeirola da Patrulha.

Nos trabalhos e atividades que, por sua natureza, exijam interesses, habilidades ou conhecimentos especializados, as Patrulhas poderão ceder lugar a equipes de trabalho, integradas por membros de diferentes Patrulhas, cabendo a coordenação de cada equipe ao seu integrante melhor qualificado.

Uma Patrulha de seniores pode ser organizada transitoriamente, quando o Grupo Escoteiro ainda não possui Tropa desse Ramo, dentro da Tropa Escoteira, sob orientação do Chefe de Seção do Ramo Escoteiro, mediante autorização da Diretoria do Grupo. No menor prazo possível deve ser obtida a pessoa apropriada para assumir a chefia da nova Seção, quando se fará a independência entre as duas

54

Seções. Essa autorização não pode ser estendida a mais do que uma Patrulha nem ser renovada por prazo superior a seis meses. Durante esse prazo, a Patrulha participará das atividades da Tropa Escoteira, ficando ao encargo do Chefe de Seção do Ramo Escoteiro e da Diretoria do Grupo a elaboração de uma programação que atenda a ambos os Ramos.

O Monitor dessa Patrulha participa da Corte de Honra da Tropa de Escoteiros, com direito a voz e voto. Nas Tropas mistas, as Patrulhas poderão ser igualmente mistas, integradas por igual proporção de jovens de ambos os sexos.

Cada Patrulha é dirigida por um dos seus integrantes, indicado por eleição realizada em Conselho de Patrulha e nomeado pelo Chefe da Seção para ser Monitor. A duração do mandato será fixada pela Corte de Honra, admitindo-se a reeleição.

O Monitor é um jovem que está desenvolvendo sua capacidade de liderança. Como tal é responsável pela administração, disciplina, treinamento e atividades de sua Patrulha. Preside o Conselho de Patrulha, organiza a programação das reuniões da Patrulha e das atividades ao ar livre, transmite aos seus companheiros os conhecimentos, as habilidades e as técnicas escoteiras, e auxilia a chefia da Tropa na avaliação do desenvolvimento de cada um deles. Cabe-lhe, ainda, cuidar da disciplina e da boa apresentação da sua Patrulha, além de designar os encargos de cada um na administração normal da Patrulha ou em suas atividades.

O Submonitor é um jovem selecionado pelo Monitor, com a aprovação do Conselho de Patrulha, para dar-lhe assistência, auxiliá-lo em todos os seus deveres e substituí-lo, quando ausente. O Submonitor é nomeado pelo Chefe de Seção.

Equipes de Trabalho ou de Interesse

Muitas vezes os jovens abandonam o Escotismo antes que o processo educacio nal tenha produzido seus efeitos. A passagem do Ramo Sênior para o Ramo Pioneiro tem

sido um momento crítico especialmente pela nova forma de liderança. Desaparecem as Patrulhas, de participação obrigatória e surgem as Equipes de Trabalho de adesão voluntária. Estas Equipes auxiliam o jovem a assumir responsabilidades através da liberdade de opção. Assim, o Clã pode formar equipes de trabalho ou de interesse quando for necessário para a realização de pesquisas, de atividades, de aprendizagem ou de serviços ou de qualquer outra finalidade especial.

No desenvolvimento de Equipes de Trabalho os jovens aprendem a reunir es forços de outros e buscar soluções compartilhadas para alcançar objetivos comuns.

As equipes são dirigidas por um Líder e um Vice-Líder, especialmente eleitos pela equipe; normalmente, a escolha recairá sobre os pioneiros que tenham maiores conhecimentos sobre o tema com que se defronta a equipe.

Nas equipes de trabalho ou de interesse, de efetivo e composição variáveis, devem ser reunidos, preferencialmente, pioneiros que se apresentarem voluntariamente, movidos pelo interesse em participar ou pelos conhecimentos de que sejam detentores sobre o tema do projeto ou da tarefa a realizar. As Equipes de Trabalho agregam dois ou mais jovens, podendo utilizar como convidados especialistas, instrutores ou colaboradores.

Essas equipes são de caráter transitório e duram apenas o tempo necessário para cumprir sua missão e realizar uma avaliação do empreendimento.

Um pioneiro pode participar de mais de uma equipe a um só tempo, de acordo com seus interesses e sua disponibilidade de tempo.

As equipes podem adotar o nome de um brasileiro ilustre, já falecido, ou serem identificadas pelo próprio tema do projeto a que se dedicam.

*Para saber mais sobre Sistema de Equipe, consulte o POR, Manual do Escotista - Ramo

Escoteiro

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: SISTEMA DE PARTICIPAÇÃO: ROCA DE CONSELHO, CORTE DE HONRA E COMAD

DURAÇÃO: 20 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender a importância do Sistema de Participação do Jovem no Escotismo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Entender a importância do Sistema de Participação: Roca de Conselho, Corte de Honra e COMAD•

Identificar a diferença entre os Sistemas de Participação existente dentro do Escotismo•

CONTEÚDO:

Roca de Conselho•

Corte de Honra•

COMAD•

MATERIAL:

1 Cartaz com o Sistema de Participação: Roca de Conselho, Corte de Honra e COMAD faltando algumas •características.

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

15 Explanação sobre o que é Sistema de Participação: Roca de Conselho, Corte de Honra e COMAD

PL

5 Sistema de Participação: Roca de Conselho, Corte de Honra e COMAD. TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

O facilitador fará uma explanação sobre o que é Sistema de Participação: Roca de Conselho, Corte de Honra e COMAD explicando a importância delas com foco educativo no Movimento Escoteiro.

Divididos em grupos, deverão escrever as principais diferenças existentes entre: Roca de Conselho, Corte de Honra e COMAD.

O facilitador pedirá que cada grupo apresente a sua produção e fará um fechamento preenchendo e pontuando as principais diferenças entre cada Sistema de Participação.

Bibliografia Recomendada

POR•

Projeto Educativo do Movimento Escoteiro•

Escotistas em Ação do Ramo•

Última Atualização: 01/01/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

56

Sistema de Participação: Roca de Conselho, Corte de Honra, COMAD

Corte de Honra – Reunião Formal do Monitores (e subs. quando a Tropa for pequena) sob a presidência de um deles, eleito pelos demais para exercer esta função. O Chefe da Seção e seus assistentes participam da Corte de Honra apenas como conselheiros, não tendo direito a voto. Ao chefe de seção é reservado o poder de veto em casos que impliquem riscos para a segurança física ou moral, ou violação dos regulamentos escoteiros.

A Corte de Honra é responsável pela administração da Tropa; programação de atividades inter-Patrulhas, pela defesa da Honra da Tropa, por manter elevados os padrões de treinamento ou formação dos jovens, por manter a disciplina, julgar casos de quebra da Lei Escoteira. As reuniões de Corte de Honra são SECRETAS, e suas atas lavradas em livro próprio pelo jovem eleito pelos demais para ser secretário.

COMAD - Comissão Administrativa do Clã Pioneiro

O Clã é dirigido por uma Comissão Administrativa, com composição, funções e mandato definidos na Carta Pioneira. Esta Comissão é responsável pelos assuntos de administração, finanças, disciplina e programação do Clã.

A Comissão Administrativa do Clã é particularmente responsável pela manutenção de um ambiente moralmente sadio em todas as atividades do Clã, assegurando um alto nível de realização e produtividade, de disciplina e de boa apresentação pessoal. O Mestre é responsável pelo treinamento da COMAD. No Ramo Pioneiro o Clã é eficiente quando a COMAD é atuante.

Roca de Conselho

Como a alcatéia de Seeonee, que reunia todos os lobos em um Conselho, a alcatéia também se reúne como um órgão que toma decisões e, seguindo a tradição do Povo Livre, é realizado uma atividade uma atividade especial denominada Roca de Conselho, da qual participam os

escotistas e todos os lobinhos e lobinhas, mesmo que ainda não tenham feito a Promessa Escoteira.

Durante a Roca de Conselho somente se decidem assuntos que são muito especiais para a alcatéia e para seus integrantes como:

A acolhida de novos lobinhos;•

A despedida de lobinhos e lobinhas que passam para •o Ramo Escoteiro ou de Escotistas que deixam a alcatéia;

A aprovação do calendário de atividades de um ciclo •de programa;

A avaliação do que se realizou durante o ciclo de •programa; e

Outros assuntos importantes ou especiais que possam •surgir.

Em nenhum caso se analisam assuntos relacionados com a organização e com a rotina, já que esses se discutem muito brevemente todas as semanas, no começo ou no fim das reuniões normais da alcatéia.

As formalidades da Roca de Conselho são as seguintes:

São convocadas com uma semana de antecedência, •indicando previamente os temas sobre os quais se pretende conversar;

Os membros da alcatéia devem comparecer •corretamente uniformizados ou trajados;

Devem ser realizadas em um local especial ou, se isso •não é possível, na própria Sala da Alcatéia, devidamente ambientada para a ocasião;

Um certo ritual marcará o início e o término da reunião: •o canto do hino da Alcatéia, o Grande Uivo, uma reflexão especial.

Apesar dessas formalidades, as reuniões devem ser simples, dinâmicas e durar não mais que 20 a 30 minutos.

*Para saber mais sobre Sistema de Participação, consulte o documento POR e Manual do

Escotista - Ramo Lobinho

ANOTAÇÕES:

57

União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: PRÁTICA DE JOGOS

DURAÇÃO: 20 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Entender a correlação da prática de jogos e as áreas de desenvolvimento na formação dos jovens

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Compreender a classificação de jogos•

Compreender a importância da clareza do objetivo do jogo•

Compreender os critérios para a escolha de um determinado jogo•

Reconhecer a importância da avaliação na aplicação de jogos•

CONTEÚDO:

Classificação de jogos •

Objetivo do jogo •

Critérios para a escolha de um jogo•

Avaliação na aplicação de jogos•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

3 Classificação de jogos PL

3 Objetivo do Jogo PL

4 Critérios para a escolha de um jogo PL

10 Avaliação na aplicação de jogos PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Explanação sobre os temas dando ênfase na Avaliação da aplicação de jogos.

Bibliografia Recomendada

Jogos: Educação para o Desenvolvimento•

Jogos e Dinâmica de Grupo – Pessoa com Deficiência•

Atividades Educativas para meninos e meninas de 7 a 11 anos•

Atividades Educativas para Jovens de 11 a 15 anos•

Projetos e Atividades Educativas para Jovens de 15 a 21 anos•

Última Atualização: 05/04/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Jogos II

Prática de Jogos

A importância dos jogos no Escotismo é bem ilustrado pela definição dada por B-P., o fundador do Movimento: “O Escotismo é um jogo para Jovens”. Da mesma forma tem destaque como um dos itens do Método Escoteiro, “Atividades progressivas, atraentes e variadas, compreendendo: Jogos,...”

Falar de jogos é muito fascinante, visto que brincar, jogar, recrear, fazem parte de nossas vidas desde que somos bebê.

No início é a descoberta da mão, do pezinho, do barulho do chocalho, do som do balbucio, entre outros. Depois, vai se ampliando os comportamentos e as crianças vão sendo capazes de realizar muitas outras coisas. Em seguida, elas crescem, se tornam adultos, envelhecem e morrem... E o jogo está sempre permeando esse caminho.

O jogo é o mais eficaz meio e o mais rápido de conduzir a criança e o jovem à atividade, à auto-expressão e a socialização. O chefe da seção deve aproveitar esse extremo interesse que as crianças e jovens demonstram pelos jogos, canalizando na formação e desenvolvimento das partes físicas e moral. A possibilidade de estimular a formação de qualidades positivas, como a auto-disciplina e a verdadeira camaradagem. Outros pontos como a lealdade e a iniciativa também devem ser aproveitados.

O valor dos jogos na educação é reconhecido por todos, especialmente sua utilidade no desenvolvimento:

Físico: Resistência, força, agilidade, controle motor;•

Intelectual: Observação, memória, dedução, imaginação, •raciocínio e criatividade;

Social: Lealdade, cortesia, disciplina, cooperação, •participação, colaboração, justiça e espírito esportivo;

Afetivo: amor ao próximo, cortesia, bondade, tolerância •e empatia; e

Espiritual: Procura de Deus, reflexão, respeito a •Natureza.

Independente de sua função educativa, o jogo tem também uma função lúdica, ou seja, de puro prazer, sem nenhuma outra intenção e, como tal, descarrega energias, desliga a mente, descontrai e expande alegria.

Classificação de Jogos

A variedade de jogos é de tal ordem que para utilizá-los com propriedade, isto é, com o maior proveito possível, faz-se necessário classificá-los de forma a encontrar a receita certa na hora que dela precisarmos. Para tanto, existem muito sistemas que podem ser adotados:

Tipos de Jogos:Ativos;•

Moderados ou Revezamento;•

Calmos;•

Jogo Quebra-Gelo; e•

Jogo do Kim.•

Objetivos dos Jogos:Desenvolver as áreas de crescimento;•

Formação do caráter e da personalidade;•

Conhecer as crianças e jovens;•

Incentivar a participação;•

Incentivar ou inibir o espírito de competição;•

Corrigir determinada característica;•

Criar espírito de equipe; e•

Divertir.•

Critério de Escolha dos Jogos:Atender os objetivos que se pretende alcançar;•

Local adequado;•

Número de crianças adequado à sua realização;•

Verificar só itens de segurança existentes para a sua •aplicação; e

Não abusar dos jogos favoritos.•

Aplicação dos Jogos:Definição clara das regras;•

Material necessário a sua aplicação;•

Arbitragem atenta e honesta; e•

Ter certeza de que todos os Assistentes e Instrutores •conhecem o jogo.

Avaliação

Qualquer que seja a classificação que vocês adotarem e, notem que cada livro de jogos adota critérios diferentes em função de suas necessidades e do ambiente no qual atua. O importante é que você saiba encontrar rapidamente o jogo desejado. Assim recomendamos que cada Chefe crie o seu fichário ou caderno de jogos. Em cada ficha deve constar a classificação adotada, o objetivo do jogo, o material necessário, o número de participantes, a duração média do jogo, as regras e o desenvolvimento. Finalmente o nome que você utiliza ou se for o caso, o nome que a maioria utiliza.

Observações podem ser acrescidas, como datas em que foram utilizados, resultado prático, cuidados com segurança e outras. Algumas dicas importantes para a aplicação:

Deve-se dar um clima ao jogo antes de iniciá-lo;•

Não se deve iniciar um jogo, antes que as regras •tenham sido entendidas por todos;

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Evite a improvisação, tenha o material necessário a •mão antes de iniciá-lo;

Na perda de controle, pare o jogo e reinicie-o;•

Incentive os mais fracos, porem apoie à todos;•

Cada jogo deverá ter seu objetivo, mesmo que seja •para divertimento;

Não exagere nos jogos favoritos;•

Explique claramente a delimitação da área do jogo;•

Interrompa o Jogo no clímax;•

Evitar violência;•

Exija silêncio na hora da explicação;•

Anote as falhas do jogo, para que possam ser sanadas •na próxima aplicação;

Estimule os perdedores, dando-lhes palavras de •incentivo;

Incentive os jogadores a deixarem limpo e organizado •o local do jogo, pois: “O Escoteiro não deixa rastro”.

Jogos de eliminação são pouco interessantes. Caso seja dado, tenha sempre um assistente pronto para ocupar com alguma atividade os escoteiros eliminados.

ANOTAÇÕES:

60

União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Buscar soluções a uma situação de conflito proposto.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Tomar consciência de como diferentes pessoas vivem de forma diferente uma situação conflitiva. Imaginar formas •criativas de solucionar o conflito.

CONTEÚDO:

Administração de conflitos•

MATERIAL:

Uma ou várias fotos com situações de conflito.•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

20 Dinâmica: Fotos conflitivas TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Dinâmica: Fotos conflitivas Dividir os participantes em grupos com 3 a 5 pessoas.

Divide-se o grupo em subgrupos de 3 a 5 participantes. Num lugar visível, coloca-se a foto com uma situação conflitiva. Cada grupo discutirá durante um tempo e logo representará em forma teatral para o resto do grupo, as possíveis soluções que dariam às pessoas retratadas na foto no conflito em questão.

Apresentação ao grande grupo de forma objetiva a decisão do grupo.

Fechamento: Traçar um paralelo entre as diferentes situações representadas por cada subgrupo e a realidade, discutindo porque elegeram essa e não outra solução. Dialogar sobre as sobre as soluções mais convenientes.

Dica: Não se trata de chegar a uma solução concreta aceita pelo grupo, apesar que isto possa acontecer.

Bibliografia Recomendada

Apostila do Curso•

Documento Negociação – Uma forma de resolver conflitos•

Última Atualização: 04/07/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade 7: Recursos Educativos

Administração de ConflitoO conflito ocorre quando a realização não corresponde

às expectativas, quando há diferença entre a intenção e a ação. Nesta concepção, o conflito não precisa envolver mais de uma pessoa.

Entretanto, a acepção mais usual é a de que ele ocorre quando dois ou mais atores se encontram no mesmo espaço, tempo e atividade, com os mesmos recursos, mas com objetivos distintos.

O conflito é um choque de poder e de valores. Poder material, intelectual, moral ou físico. O opositor pode ser outra pessoa ou o equipamento que funciona aquém do esperado, ou condições ambientais adversas, ou falta de capacitação do indivíduo para obter o resultado esperado da situação.

Para o jovem, ele está diretamente ligado à sua auto-afirmação. Para o adulto, ele se liga à auto-afirmação e/ou ao atingimento de objetivos.

O conflito é uma situação de atrito. Do atrito pode nascer a luz ou o incêndio. O conflito não é necessariamente mau. Ele é uma oportunidade de conhecer referenciais e abordagens diferentes para uma mesma situação.

As formas mais usuais de se lidar com o conflito são apresentadas a seguir.

Negação e Fuga:1. o envolvido nega a existência do conflito ou varre-o para debaixo do tapete, tornando-o uma bomba de deflagração imprevisível.

Rendição:2. uma das partes recusa-se ao embate, dando a vitória à outra. Esta vitória pode custar caro, tanto por deixar de contar com o enriquecimento que a abordagem do outro traria, quanto por ter a probabilidade de gerar um ressentimento que fica sob a super fície e pode manifestar-se mais tarde em outro conflito ou sob a forma de resistência passiva (operação tartaruga) ou sabotagem. É uma situação do tipo ganha - perde.

Embate à outrance (até a total derrota da outra 3. parte): outra situação do tipo ganha-perde, na qual os contendores se desgastam e o derrotado tende a gastar tempo e energia a buscar uma oportunidade para retaliar.

Negociação:4. forma considerada mais conducente ao resultado do tipo ganha-ganha. As partes envolvidas põem as cartas na mesa, comparam seus objetivos e suas pretensões de alocação de tempo e recursos, bem como suas propostas de métodos para solucionar o problema. Estabelecem seus limites mínimos e máximos de concessões e avanços e fazem propostas uma à

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Unidade 7: Recursos Educativos

Administração de ConflitoO conflito ocorre quando a realização não corresponde

às expectativas, quando há diferença entre a intenção e a ação. Nesta concepção, o conflito não precisa envolver mais de uma pessoa.

Entretanto, a acepção mais usual é a de que ele ocorre quando dois ou mais atores se encontram no mesmo espaço, tempo e atividade, com os mesmos recursos, mas com objetivos distintos.

O conflito é um choque de poder e de valores. Poder material, intelectual, moral ou físico. O opositor pode ser outra pessoa ou o equipamento que funciona aquém do esperado, ou condições ambientais adversas, ou falta de capacitação do indivíduo para obter o resultado esperado da situação.

Para o jovem, ele está diretamente ligado à sua auto-afirmação. Para o adulto, ele se liga à auto-afirmação e/ou ao atingimento de objetivos.

O conflito é uma situação de atrito. Do atrito pode nascer a luz ou o incêndio. O conflito não é necessariamente mau. Ele é uma oportunidade de conhecer referenciais e abordagens diferentes para uma mesma situação.

As formas mais usuais de se lidar com o conflito são apresentadas a seguir.

Negação e Fuga:1. o envolvido nega a existência do conflito ou varre-o para debaixo do tapete, tornando-o uma bomba de deflagração imprevisível.

Rendição:2. uma das partes recusa-se ao embate, dando a vitória à outra. Esta vitória pode custar caro, tanto por deixar de contar com o enriquecimento que a abordagem do outro traria, quanto por ter a probabilidade de gerar um ressentimento que fica sob a super fície e pode manifestar-se mais tarde em outro conflito ou sob a forma de resistência passiva (operação tartaruga) ou sabotagem. É uma situação do tipo ganha - perde.

Embate à outrance (até a total derrota da outra 3. parte): outra situação do tipo ganha-perde, na qual os contendores se desgastam e o derrotado tende a gastar tempo e energia a buscar uma oportunidade para retaliar.

Negociação:4. forma considerada mais conducente ao resultado do tipo ganha-ganha. As partes envolvidas põem as cartas na mesa, comparam seus objetivos e suas pretensões de alocação de tempo e recursos, bem como suas propostas de métodos para solucionar o problema. Estabelecem seus limites mínimos e máximos de concessões e avanços e fazem propostas uma à

outra, dentro desses limites. A motivação das partes envolvidas e o reconhecimento aos feitos das pessoas refletem-se no andamento das negociações. Uma forma viciosa de negociação é a manipulação, na qual uma aparente submissão ou o oferecimento de ilusórias vantagens conduz a outra parte a fazer apenas o que beneficia o manipulador. Segundo Peg Pickering, autor de vários livros na área de administração de conflitos, as quatro ações para lidar com o conflito são:

4.1 Julgar a situação: identificar o conflito e avaliar sua gravidade. Levar em conta fatos, e não opiniões.

4.2 Esclarecer os problemas: definir quais são as divergências, considerar as causas do problema, suas possíveis conseqüências e o grau de urgência das medidas corretivas. Deve-se ter o foco no problema, e não na pessoa.

4.3 Avaliar abordagens alternativas: levantar propostas de soluções e identificar sua efetividade na solução do problema, bem como sua probabilidade de gerar novos problemas.

4.4 Resolver o problema: escolher a linha de ação e implementá-la. Segundo Philippe Breton, diante de uma situação difícil – e o conflito é uma situação difícil – temos três opções:

4.4.1 Recorrer à violência – agir para derrotar completamente o opositor, afirmando o poder.

4.4.2 Fugir – negar-se a encarar o problema, rendendo-se ou varrendo-o para baixo do tapete, afirmando o poder do outro.

4.4.3 Argumentar – procurar chegar a uma solução pela negociação, reconhecendo poder a todas as partes interessadas.

Breton diz que quando o conflito se apresenta, as reações instintivas de lutar ou fugir dão a partida na chamada “espiral de conflito”, uma escalada na qual pouco se pode esperar de benefício final. Para quebrar a espiral de conflito, ele considera que se deve aplicar três ações:

4.4.3.1 Renunciar à vingança particular: usualmente, tomamos o conflito como um ataque pessoal, e não como uma divergência de objetivos; tiramos o foco do problema e o puxamos para nós. Com isso, percebemos perigo para a nossa percepção de poder, e agimos de forma a preservá-la. Afastar-se da violência e renunciar à vingança particular é resistir à tentação de alimentar nossa vaidade e voltar o olhar para o problema.

62

4.4.3.2 Objetivar e Escutar: procurar expor objetivamente sua visão do problema e procurar obter e compreender a percepção do problema pela outra parte. Identificar os pontos de divergência.

4.4.3.3 Argumentar: uma fala que escuta. Apresentar, fundamentadamente, suas propostas de alternativas para solucionar o problema, escutando as da outra parte, buscando potencializar os pontos de convergência e negociando as concessões mútuas nos pontos de divergência. O conflito é, basicamente, como dito acima, um choque de poder e de valores. A intolerância, a impaciência, a ação violenta para derrotar o outro decorrem de uma abordagem ofensiva e impositiva do poder visando à negação do outro. A fuga, o “politicamente correto”, a rendição e a submissão aparente com ações manipulativas decorrem de uma negação de si mesmo perante o outro ou de uma disfarçada negação do outro visando derrotá-lo por ações sutis. Esses caminhos intentam tirar o conflito de vista mais do que solucioná-lo, confundem a “paz dos cemitérios” com a resolução do conflito.

Como o conflito pode nascer de uma busca de objetivos diferentes por indivíduos que estão nas mesmas circunstâncias de espaço, tempo, recursos e público-alvo, muitas vezes a obstinação em atingir o próprio objetivo em detrimento do alheio pode conduzir a ações que violam a ética.

Convém lembrar que “vencer a qualquer custo” costuma resultar em vitórias que o custo é tão elevado que torna questionáveis os eventuais benefícios da

vitória. Quer pelo desgaste de seus recursos materiais e humanos, quer pela ameaça de um adversário ressentido que buscará oportunidades para retaliar, quer pela imagem de litigante antiético a minar a confiabilidade perante atuais ou potenciais aliados, esse “vencedor” condena-se ao isolamento e à hostilidade e desconfiança por parte dos outros atores.

Aquele que busca solucionar conflitos de forma pacífica, tão justa quanto possível e respeitando a ética tende a ser valorizado e tomado como referência. É um aliado interessante e potencialmente um árbitro confiável para conflitos entre terceiros. Com isso, suas possibilidades de estabelecer alianças sólidas é muito maior. Solucionar de forma pacífica, renunciando à tentação da vingança pessoal; de forma justa, pela maior satisfação possível das partes envolvidas; e respeitando a ética para que todos os atores percebam a confiabilidade do processo e o respeito a cada um.

O texto acima foi baseado nas literaturas abaixo relacionada:

BRETON, Philippe. Argumentar em situações difíceis. Barueri: Manole, 2005.

PARIKH, Jagdish. Administrando relacionamentos. São Paulo: Cultrix, 2002.

PICKERING, Peg. Como administrar conflitos profissionais. São Paulo: Market Books, 2002.

UNITED STATES DEPARTMENT OF THE ARMY. TC 26-4, Conflict Management. Fort Ord, USAOECS, 1984.

*Para saber mais sobre Resolução de Conflitos, consulte o Documento Negociação – Uma forma

de Resolver Conflitos.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: ESCOTISMO E COMUNIDADE

DURAÇÃO: 150 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Proporcionar ao escotista a importância de atuar em parceria com a comunidade local e utilizá-la como instrumento para o alcance dos objetivos educativos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer o conceito de comunidade;•

Diferenciar comunidade interna e comunidade externa;•

Reconhecer a importância de manter um bom relacionamento entre a UEL e a comunidade local;•

Gerar reflexão sobre possíveis projetos comunitários a serem desenvolvidos na comunidade.•

CONTEÚDO:

Conceito de comunidade;•

Comunidade e Escotismo;•

Projetos de Desenvolvimento comunitário.•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

10 Conceito de comunidade PL

20 Comunidade e Escotismo PL

20 Projetos de Desenvolvimento Comunitário PL

70 Elaboração de Projetos de Desenvolvimento Comunitário TG

30 Plenária DD

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Conceito de comunidade e Comunidade e Escotismo: de forma expositiva, deverá ser abordado o conceito de comunidade. Após esta etapa deverá ser abordado sobre a relação existente entre o Escotismo e a comunidade. Este é um bom momento para exemplificar aos escotistas de como utilizar atividades na comunidade para atingir objetivos educativos.

Projetos de Desenvolvimento Comunitário: Deverá ser exposto aos escotistas cases de sucesso de Projetos Comunitários que já foram desenvolvidos. É importante que os tipos de projetos apresentados aos escotistas sejam bem variados para que ampliem a visão deles relacionados a atuação de projetos comunitários pelo Movimento Escoteiro. Além da apresentação dos projetos comunitários, é importante que seja demonstrado aos participantes os passos a serem seguidos para a elaboração e execução de um projeto comunitário.

Elaboração de Projetos de Desenvolvimento Comunitário: Subdivididos em grupos, os participantes receberão a descrição de uma comunidade. A partir desta descrição, os grupos deverão elaborar o esboço de um projeto comunitário seguindo os passos necessários de elaboração de um projeto comunitário. O projeto elaborado deverá estar de acordo com a necessidade da comunidade descrita no exemplo recebido pelos grupos.

Na plenária, cada subgrupo apresentará de forma resumida o projeto elaborado e será aberto para discussão.

Bibliografia Recomendada

Apostila do Curso•

Escotismo e Comunidade•

POR•

Última Atualização: 20/07/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

65

Escotismo e Comunidade(texto extraído do Livro Escotismo e Comunidade)

O ideal de servir à comunidade encontra suas raízes na própria criação do Movimento Escoteiro, que surgiu em meio a uma sociedade caracterizada pelo egoísmo extremado, justamente com a finalidade de reforma-la, pela transformação de cada indivíduo.

Analisando esse aspecto tão peculiar de sua criação, Baden-Powell destacou, no seu Guia do Chefe Escoteiro, que “ensinar a servir não é propriamente um assunto de lições teóricas, mas o desenvolvimento de duas fases distintas: estimular o espírito de boa vontade e proporcionar oportunidades para pô-lo em prática.”

“O ensino”- continuou Banden-Powell – “se realiza principalmente pelo exemplo, e o Chefe Escoteiro, com a sua dedicação patriótica ao serviço da juventude, somente pela alegria de fazê-lo, sem visar recompensas materiais, indica exatamente o caminho acertado. A oportunidade para a prática é oferecida pelo Chefe Escoteiro, que vai sugerir aos jovens trabalhos especiais de serviço à comunidade”.

E conclui: “Os serviços ao público oferecem o melhor meio para treinamento prático dos sentimentos de dever para com a comunidade, de patriotismo e de autodedicação, através de realizações”.

Quando descreve o homem e a mulher que pretendemos oferecer à sociedade, o Projeto Educativo da União dos Escoteiros do Brasil enfatiza o desejo de que os jovens que tenhma sido escoteiros façam o seu melhor possível para ser “Um homem e uma mulher líder a serviço do próximo. Integrado ao desenvolvimento da sociedade, capaz de dirigir, de acatar leis, de participar, consciente de seus direitos, sem se descuidar dos seus deveres”.

Visando tornar possível sua contribuição com a formação dessa espécie de cidadão, os objetivos finais para a área do desenvolvimento social contemplam, entre outros, o de “participar ativamente da vida das comunidades em que está inserido, contribuindo para criar uma sociedade justa , participativa e fraterna”.

A inclusão deste objetivo guarda estreita coerência com o ensinamento de Baden-Powell: “A cidadania

ou civismo tem sido definida em poucas palavras da seguinte maneira: Lealdade ativa à comunidade. Em um país livre é coisa fácil, e nada fora do comum, alguém ser considerado um bom cidadão só porque acata as leis, é trabalhador e expressas as opiniões sobre política, esportes ou atividades de natureza geral, deixando que os outros se preocupem com o bem estar nacional. A isto se chama cidadania passiva. Mas esta classe de cidadania não é suficiente para manter a evidência, no mundo, as virtudes da liberdade, justiça e honra. Só a cidadania ativa pode consegui-lo”.

O conhecimento dos serviços e das organizações sociais de sua comunidade, a predisposição para servir, a participação em ações coletivas de serviço e desenvolvimento comunitário, uma atitude proativa diante das diferenças sociais e o conhecimento e a capacidade de valorizar criticamente as ideologias e as posições políticas são, sem dúvida alguma, os traços que evidenciam, no cidadão, sua capacidade de “participar ativamente da vida das comunidades em que está inserido, contribuindo para criar uma sociedade justa, participativa e fraterna’’.

A construção desses traços pode ser alcançada por meio da conquista de objetivos educativos propostos ainda no Ramo Lobinho e que se propagam, com profundidade crescente, por todo o Programa de Jovens. Como nas demais áreas de desenvolvimento , a criação de oportunidades em que, por meio das atividades escoteiras, crianças e jovens caminhem na direção da conquista desses objetivos é uma responsabilidade dos adultos que, como dirigentes e, principalmente como escotistas, se dispõem a oferece-los, nos nossos Grupos Escoteiros.

E garantimos que, na medida em que escotistas e dirigentes estiverem mais qualificados para fazê-lo, o relacionamento entre o Grupo Escoteiro e a comunidade que o acolhe assumirá uma feição evidentemente simbólica.

*Para saber mais sobre Escotismo e Comunidade, consulte o Livro Escotismo e

Comunidade

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: MUTIRÕES NACIONAIS

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Apresentar aos escotistas os Mutirões Nacionais desenvolvidos pela UEB esclarecendo a importância e a proposta educativa existente na adesão destes mutirões.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer os Mutirões Nacionais desenvolvidos pela UEB;•

Reconhecer a importância de aderir aos Mutirões Nacionais;•

Conhecer a proposta educativa existente •

CONTEÚDO:

Mutirão Nacional de Ação Ecológica•

Mutirão Nacional de Ação Comunitária•

MATERIAL:

Imagens das logomarcas e exemplos das ações desenvolvidas nos Mutirões de Ação Ecológica e de Ação •Comunitária dos anos anteriores.

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

10 Mutirões e Proposta Educativa PL

10 Mutirão Nacional de Ação Comunitária PL

10 Mutirão Nacional de Ação Ecológica PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Apresentação dos Mutirões Nacionais (Mutirão Nacional de Ação Comunitária e Mutirão Nacional de Ação Ecológica) e enfatizar a importância de motivar a UEl para aderir aos mutirões. Fazer uma explanação dos temas que foram trabalhados nos mutirões dos anos anteriores e quais as formas de trabalho desenvolvidos nas UEL’s.

Realizar também uma reflexão sobre os aspectos educativos que envolve na formação da criança/jovem ao participar de mutirões.

Bibliografia Recomendada

Documento Base do Mutirão Nacional de Ação Comunitária ( mais recente e dos anos anteriores)•

Documento Base do Mutirão Nacional de Ação Ecológica (mais recente e dos anos anteriores)•

Última Atualização: 18/07/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Mutirões Nacionais

Mutirão Escoteiro Nacional de Ação Ecológica - MutEco

O mutirão é uma ação nacional educativa que envolve todos os membros da União dos Escoteiros do Brasil (jovens e adultos) do território nacional. A ação propicia uma discussão e incentivo a adoção de procedimentos sustentáveis, fomentando uma ação em busca de melhores práticas e incentivo aos jovens de buscar soluções, apontar novos caminhos para a solução de problemas ambientais.

Todo ano define-se um tema onde além de discutir e incentivar a adoção de procedimentos sustentáveis, fomenta a ação em busca das melhores práticas e incentivar os jovens a testar soluções, apontar caminhos para a resolução e apontar caminhos para a solução de problemas ambientais.

Tema 2011 – Parques, praças e áreas verdes: abrace esse espaço!

Tema 2010 – Plante uma árvore e respire melhor!

Tema 2009 – Consumo Consciente: Tudo vai para algum Lugar!

Tema 2008 – Sustentabilidade: Agora é pra Valer!

Tema 2007 – Aquecimento Global

Tema 2006 – Controle Natural de Pragas

Tema 2005 – Água: Conscientização e Diversão

Tema 2004 – Reciclarte : “Faça do lixo uma arte”

Mutirão Escoteiro Nacional de Ação Comunitária – MutCom

O mutirão visa envolver todos os membros da União dos Escoteiros do Brasil (jovens e adultos) espalhados em todo o território nacional desenvolvendo ações comunitárias num mesmo período, buscando oferecer aos jovens uma experiência educativa que contribua para seu desenvolvimento pessoal, especialmente dentro da área trabalhada, e também uma ação direta de transformação na sociedade.

Todo ano define-se um tema para desenvolver a ação comunitária.

Tema 2011 – Alimente esta Ação!

Tema 2010 – Limpo de Corpo, Alma e Drogas

Tema 2009 – Escotismo é Inclusão

Tema 2008 – Sempre Alerta no Trânsito

Tema 2007 – Presentes para a Paz

Tema 2006 – É Direito, é Legal!

Tema 2005 – Ler é o que Pega!

Tema 2004 – Sorriso Alerta

* Para saber mais sobre os Mutirões Nacionais, consulte o site da UEB.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: CONHECER A APLICABILIDADE DOS MANUAIS, GUIAS E FICHAS

DURAÇÃO: 60 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Proporcionar aos participantes conhecer, manusear e esclarecer dúvidas sobre a utilização dos materiais de Programa de Jovens existentes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer os materiais (Manuais, Guias e Ficha) de Programa de Jovens existentes•

Compreender a utilização dos materiais (Manuais, Guias e Ficha) como recurso educativo•

Conhecer o local disponível no site da UEB (www.escoteiros.org.br) para download dos materiais de forma •gratuita.

CONTEÚDO:

Manuais•

Guias •

Fichas•

MATERIAL:

Guia de Especialidades•

Ficha de Atividades•

Manuais de todos os Ramos•

Guias de todos os Ramos•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

20 Explanação sobre a importância e aplicabilidade dos Manuais, Guias e Fichas PL

10 Demonstrar o local disponível para downloads dos materiais no site da UEB – www.escoteiros.org.br

PL

20 Simulação de casos para o manuseio dos materiais TG

10 Plenária DD

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

1. Explanação sobre a importância e aplicabilidade dos Manuais, Guias e Fichas;

2. Demonstrar o local disponível para downloads dos materiais no site da UEB – www.escoteiros.org.br

3. Simulação de casos para o manuseio dos materiais. O facilitador deverá percorrer nos grupos para auxiliar e esclarecer as dúvidas que por ventura possa surgir.

4. Abertura para discussão em grupo.

Bibliografia Recomendada

site da UEB – www.escoteiros.org.br•

Manuais e Guias dos Ramos•

Guia de Especialidades•

Ficha de atividades•

Última Atualização: 12/07/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

70

Conhecer a aplicabilidade dos Manuais, Guias e Fichas

Os Manuais, Guias de Referência Rápida e Fichas de Atividades contribuem para o desenvolvimento do Programa Educativo.

Os ManuaisDestinados aos Escotistas que desenvolvem com

alegria e responsabilidade sua tarefa de educadores voluntários.

Fornece orientações práticas, ferramentas e subsídios para atuar com eficiência. Muito mais do que isso, ajuda a pensar no que se faz , refletir sobre o objetivo do que fazemos na nossa seção.

Os principais temas tratados são: Per fil dos jovens, Vida de Grupo na Seção, o Marco Simbólico do Ramo, Lei e Promessa, o Papel dos Escotistas , o Projeto Educativo do Movimento Escoteiro, as Áreas de Desenvolvimento, as Atividades Educativas, Avaliação da Progressão Pessoal , Cerimônias , Administração da Seção, etc.

Os GuiasProduzidos para uso dos jovens com objetivo

de motivá-los a participar de atividades que lhes proporcionem experiências necessárias para conquistar suas competências. Nos guias estão os conjuntos de atividades que contribuem para a conquista das competências, o conteúdo técnico escoteiro para realização destas atividades ( nós , orientação , primeiro socorros, etc) além de vários assuntos úteis aos jovens ( Direitos Humanos , Folclore , orações, etc).

Para os Escoteiros de Tropas das Modalidades do Mar e do Ar, existe um conjunto a mais de atividades específicas de cada uma das Modalidades.

Passo a Passo, pela praticidade em que se apresenta, o jovem tem um ótimo recurso para auxiliá-lo na prática do Escotismo. Vale salientar, porém, que de forma alguma, os Guias substituem o Escotista, e nem pode o Escotista utiliza-se do Guia como subter fúgio de fuga, para não programar sua atividade.

Os Guias de Referência RápidaCada ramo tem dois Guias de Referência Rápida um

para os jovens e outro para os adultos.

O Guia de Referência rápida dos adultos, específico para cada ramo, é chamado Escotistas em Ação, é um livro de bolso com informações para o trabalho do escotista que busca fornecer informações úteis e práticas que possam ser consultadas pelo adulto nas atividades de sede, acampamentos e outros, sem precisar folhear por

vários minutos o “Manual do Escotista ” ou os “Guias dos Jovens”. Também pode fornecer uma ajuda valiosa ao Escotista durante sua formação e na consolidação de seu conhecimento. Possui textos resumidos sobre a História do Escotismo, a personalidade e características dos jovens, os itens do período introdutório, as competências a serem conquistadas pelos jovens, a estrutura da Tropa Escoteira e afins.

O Guia de Referência rápida para os jovens contem informações sobre o período introdutório, informações sobre a vida na Seção, como Conquistar os distintivos de Progressão, Lei e Promessa Escoteira etc.

O Guia de EspecialidadesUma especialidade é um conhecimento ou uma

habilidade particular que se possui sobre um determinado tema. Seu valor vocacional é muito rico e busca desenvolver no jovem, uma série de experiências que venham a somar ao seu conhecimento como cidadão útil à sociedade. O Guia de Especialidades apresenta as possibilidades para os membros juvenis conquistarem especialidades, dentro das diferentes áreas do conhecimento.

Este documento traz uma parte inicial onde conceitua o que é especialidade, orienta quando e como o jovem pode conquistá-las e seu propósito, traz os itens necessários para conquistar as especialidades e mostra aos jovens como criar novas especialidades.

As Fichas de AtividadesAs Fichas de Atividade, também reunidas nos Livros de

Atividades Educativas, são idéias para o desenvolvimento de atividades variáveis. Além de uma fonte de idéias e de pesquisas, auxilia os escotistas na arte de criar propostas de atividades. Com um pouco de experiência no seu uso é possível ampliar suas possibilidades, adaptando as atividades sugeridas.

A Ficha de atividade é a descrição de todos os elementos necessários para a realização de uma atividade de ramo com ênfase em uma determinada Área de Desenvolvimento.

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: GRUPO ESCOTEIRO COMO UNIDADE DE APRENDIZAGEM

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Oferecer ao participante a visão ampla sobre um Grupo Escoteiro como um ambiente de aprendizagem para crianças/jovens e para adultos do Movimento Escoteiro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Reconhecer que a criança/jovem aprende por meio de jogos, brincadeiras e servindo ao próximo (em atividades •comunitárias e de serviço).

Compreender que o adulto é responsável em transmitir a experiência e viabilizar as atividades para as crianças/•jovens, oferecendo o suporte necessário para a sua realização.

Perceber que a integração entre os chefes e crianças/jovens de todas as seções propicia um clima positivo para •as passagens de um Ramo para o outro.

CONTEÚDO:

O Grupo Escoteiro como Unidade de aprendizagem•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

15 Desenho em Conjunto TG

15 O Grupo Escoteiro como Unidade de aprendizagem PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Desenho em Conjunto:

1. Os participantes deverão se sentar em circulo(cadeiras com mesa e voltados para o centro do circulo). 2. Cada membro receberá um lápis de cor/lápis preto/caneta e uma folha de papel sulfite. 3. Solicitar para que cada participante escreva seu nome no canto superior da folha.4. O facilitador pedirá para que ele que cada um imagine uma imagem na sua folha e comece a desenhar. 5. A cada 5 segundos o facilitador fará um sinal de apito ou similar. Neste instante o participante deverá passar a folha que está desenhando para o participante do seu lado no sentido horário sem verbalizar. O desenho deve ser interrompido no momento do apito, mesmo que o desenho não tenha sido finalizado.6. Ao receber a folha do colega vizinho, o participante deverá continuar a desenhar. Ao sinal do facilitador deverá passar a folha do colega ao lado no sentido horário.7. A situação se repete a cada 5 segundos até a folha original retornar ao seu dono.8. Solicitar para que cada um analise a figura desenhada na folha recebida ao final do rodizio e perguntar se o desenho final corresponde a figura imaginada por eles no início da dinâmica.

Realizar uma reflexão sobre os pontos:

•Houveanecessidadedeumtrabalhoemequipeparaqueoobjetivodadinâmica fosseconcluída.Damesmaforma que é necessário a colaboração de todos no Grupo Escoteiro para se conseguir um bom clima.

•Asurpresaaoreceberodesenhonofinaldorodizioeperceberqueodesenhofinalnãocorrespondeafiguraimaginada por eles no início da dinâmica. Enfatizar que por este motivo é necessário que se conheça o propósito do Movimento Escoteiro, os objetivos educacionais que se deseja atingir no momento do planejamento das atividades e ter claro o estágio de que se deseja de uma criança/jovem ao término de um Ramo.

Fazer uma explanação sobre o conteúdo “O Grupo Escoteiro como Unidade de aprendizagem” relacionando com os pontos da dinâmica.

Bibliografia Recomendada

Projeto Educativo do Movimento Escoteiro•

Apostila do Curso•

Última Atualização: 23/07/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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O Grupo Escoteiro como unidade de aprendizagem

O Grupo Escoteiro é composto de membros de todas as faixas etárias, omo uma família, onde predomina características diferentes. Enquanto os jovens aprendem brincando, jogando e servindo ao próximo (atividades comunitárias e de serviço), o adulto transmite a experiência e viabiliza as atividades, oferecendo o suporte necessário para sua realização.

O Grupo Escoteiro tem plenas condições de executar estas metas, a partir do momento que seus membros (jovens e adultos), tenham em mente que se deve:

Conhecer o propósito do Movimento Escoteiro;•

Conhecer e assumir suas atribuições, direitos e •deveres;

Trabalhar em equipe, respeitando e incentivando a •todos.

Para que o Escotismo apresente na vida de uma criança/jovem como Movimento Educacional, recomenda-se que o Jovem permaneça no Grupo Escoteiro por um longo período, preferencialmente que inicie no Ramo Lobinho e saia como membro do Clã (que vivencie todas as seções). A integração entre Chefes e Jovens de todas as Seções propicia um clima para as passagens de um Ramo para outro, todo o Grupo Escoteiro deve empenhar-se para ter todas as Seções.

As Seções, embora funcionem de forma independente uma das outras, devem estimular a vida em comum de toda a Família Escoteira, através de Atividades de Grupo, estímulo e respeito entre as seções e a progressividade.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: ADMINISTRAÇÃO DE SEÇÃO

DURAÇÃO: 20 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Esclarecer dúvidas relacionadas ao manuseio do SIGUE – Sistema de Informações e Gerenciamento de Unidades Escoteiras.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Compreender a importância de manter atualizadas as informações no SIGUE•

Identificar onde recorrer para esclarecer dúvidas relacionadas ao SIGUE•

Conhecer as ferramentas existentes para melhor manuseio do SIGUE•

CONTEÚDO:

SIGUE – Sistema de Informações e Gerenciamento de Unidades Escoteiras.•

MATERIAL:

Manual do SIGUE•

Vídeo do SIGUE•

Computadores•

Exemplo de uma atividade desenvolvido no Grupo Escoteiro•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

5 Apresentação do Manual e do vídeo do SIGUE PL

15 Exercício de cadastrar uma atividade no SIGUE TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

O facilitador fará uma explanação sobre o que é o SIGUE e a sua importância. Apresentará aos participantes o Manual e o vídeo do SIGUE aos participantes.

Os participantes subdivididos em grupo deverão registar uma atividade no SIGUE baseadas nas orientações recebidas pelo facilitador e pelas informações contidas no Manual do SIGUE.

Cada subgrupo receberá um exemplo de atividade e um computador. O ideal é que o nº de pessoas por subgrupo não ultrapasse 4 pessoas.

Bibliografia Recomendada

Manual do SIGUE•

Vídeo do SIGUE•

Última Atualização: 11/07/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade 8: GESTÃO DA SEÇÃOAdministração de Seção

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Documentos Gerenciados pela Chefia da Seção

A organização é importante para a realização de qualquer tarefa. Ao aceitar uma função de Diretoria ou de Chefia, a pessoa está aceitando a responsabilidade de desenvolver um trabalho sério em prol da formação de jovens através do Método Escoteiro. Influem significativamente no sucesso do Grupo Escoteiro as características das pessoas que ocupam os cargos de liderança. Lamentavelmente motivado pela falta de colaboradores, o Grupo acaba aceitando pessoas sem avaliar suas potencialidades comportamento e atitudes. Às vezes o desejo do colaborador é trabalhar na área técnica e acaba preenchendo um cargo administrativo e vice-versa. De uma forma geral: os adultos que prestam serviços no Grupo devem agir com cordialidade, otimismo, paciência e respeito aos jovens e adultos. É possível treinar um colaborador para executar uma determinada tarefa, porém deve ser considerado que isto acarreta em: tempo, custos, oportunidades e, principalmente, vontade.

Autorização de Atividades Externas

Todas as atividades externas devem ser autorizadas •pelo Chefe da Seção e pelo Diretor Presidente do Grupo.

Atividades fora do estado devem ser autorizadas pela •Direção Regional.

Todas as atividades devem constar na programação •anual da Unidade Escoteira Local e sua autorização deve ser solicitada pelo menos 20 dias antes do evento.

Registro Anual

Os membros do Movimento Escoteiro no Brasil •recebem autorização para praticar Escotismo por meio do “Registro de Grupo Escoteiro”.

A finalidade das informações do Registro Anual é •fundamental para o acompanhamento do Escotismo no Brasil.

Desde 2011 o Registro Anual da UEB é realizado a partir •do SIGUE - Sistema Informações e Gerenciamento de Unidades Escoteiras Locais.

Pedido de Inscrição

A admissão no Grupo Escoteiro é formalizada por meio •do documento “Pedido de inscrição”.

O preenchimento é feito pelo responsável pelo menor •

ou pelo próprio candidato no caso dele ser maior de idade.

Os procedimentos de admissão dos membros do Grupo •Escoteiro estão descritos no POR.

O pedido corretamente preenchido - inclusive com o •atestado médico (que deve ser renovado a cada 3 anos), habilita o candidato à prática do Escotismo

O pedido é um documento legal e deve ser arquivado •no Grupo durante toda a vida escoteira do mesmo.

Ficha Médica

A ficha médica é um documento indispensável à pratica •do escotismo.

Ela deve ser assinada por um médico e apresentada •pêlos pais no ato da inscrição do jovem.

A ficha médica deve ser mantida sempre atualizada, •visto que as condições clínicas dos jovens mudam muito na adolescência.

É aconselhável que o Chefe da Alcatéia, da Tropa e •do Clã tenha uma cópia desta ficha médica para a realização de atividades.

SIGUE - Sistema de Informações e Gerenciamento de Unidades Escoteiras

O SIGUE é um programa desenvolvido para auxiliar as Unidades Escoteiras Locais – UEL (Grupos Escoteiros ou Seções Escoteiras Autônomas) na administração das informações relacionadas à Secretaria, aos Beneficiários, aos Escotistas, ao Controle das Atividades e aos Contatos Externos da UEL. O SIGUE funciona via internet e pode ser acessado de qualquer lugar, em qualquer computador;

O SIGUE ADMINISTRATIVO é um programa voltado para os responsáveis pela administração de informações da Unidade Escoteira Local, são os diretores, escotistas e voluntários da área administrativa. De acordo com o nível de acesso definido pelo Diretor presidente os usuários podem, fazer alterações, inclusões, exclusões e consultas de cada jovem.

Unidade 8: GESTÃO DA SEÇÃOAdministração de Seção

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O SIGUE JOVEM é o programa para os membros juvenis da UEL. Nele os Lobinhos, Escoteiros, Seniores e Pioneiros podem fazer consultas de suas informações e da Seção a que pertencem.

O primeiro acesso ao SIGUE JOVEM será feito de forma direta, sem a necessidade de definições de nível de acesso. Basta digitar o seu Número de Registro na UEB no campo “Nº de Registro” e depois digitar a sua data de nascimento no campo “Senha”.

Vantagens do SIGUE ADMINISTRATIVO

N• ão é necessário cadastrar as informações já enviadas no processo de registro ou renovação;

Todas alterações, inclusões e exclusões feitas no SIGUE •são atualizadas automaticamente;

Os Escotistas podem atualizar e acessar informações •de associados de suas seções, e podem consultar os membros das patrulhas/matilhas, atualizando automaticamente os seus componentes;

As informações antigas da Ficha Individual (120) devem •ser cadastradas no SIGUE pelos Escotistas da Seção, de acordo com o nível de acesso;

Todas as seções podem cadastrar a atividades atuais e •antigas, com atualização automática da Ficha Individual (antiga ficha 120);

Os Escotista da Seção podem acessar e atualizar •automaticamente a informações da Ficha Médica dos associados da sua Seção;

A Diretoria da Unidade Escoteira Local pode fazer um •cadastro de prestadores de serviços, fornecedores, contatos importantes e antigos escoteiros;

Vantagens do SIGUE JOVEM

A• cessar os seus dados cadastrais, podendo atualizar somente o seu endereço, o seu telefone, o seu e-mail e sua foto;

Acessar as informações da sua patrulha/matilha, com •telefone e e-mail dos componentes;

Consultar o calendário da sua seção, podendo imprimir •a Autorização de Participação em cada atividade.

Próximas Funções do SIGUE

Con• trole Financeiro da Unidade Escoteira Local;

Controle do Patrimônio da Unidade Escoteira Local;•

Registro Anual automática sem necessidade de envio •de arquivos e capas de lote;

Inscrições em atividades Regionais e Nacionais •efetuadas diretamente no SIGUE;

Inscrições em Cursos efetuadas diretamente no •SIGUE.

Documentos Gerenciados por auxiliares

Livro Ata da Corte de Honra

É o livro operacional das Cortes de Honra das Tropas de •Escoteiros e de Seniores e da Comissão administrativa do Clã.

Nele são registradas as questões de disciplina, •condecorações e programação entre outros assuntos inerentes a Seção.

Livro de Freqüência

É usado para registrar a participação dos jovens da •Seção nas atividades.

Normalmente a loja escoteira vende livros de •freqüência.

Livro ou Mapa de Etapas

É usado para acompanhar a conquista de etapas e •especialidades dos jovens da Seção. É essencial para o planejamento.

Livro Histórico da Seção

É o livro de registros da história da Seção, fotografias, •relatórios de atividades, fatos pitorescos, tradições.

Ficha Modelo 120 (em desuso após a utilização do SIGUE)

Utilização: Registro da vida escoteira de cada membro •do Movimento.

É utilizada como fonte de informações pelo Chefe •de Seção e acompanha todos os processos de condecorações.

Seu uso é obrigatório para os membros juvenis e •adultos.

Os adultos devem ter a ficha para se registrar sua vida •escoteira, inclusive as atividades que participa.

Certificados

Os certificados são usados como comprovantes das •conquistas de etapa, anos de atividades, especialidades, etc.

Devem ser entregues em cerimônias apropriadas •(simples, Rápidas e Sinceras).

As datas das conquistas, registradas nestes •certificados, devem ser transcritas no SIGUE.

Ficha de Jogos

São empregadas para registrar jogos aplicados na •Seção.

O registro dos jogos e a avaliação dos resultados são •essenciais para o planejamento de atividades.

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Ficha de Programação

São empregadas para registrar as atividades •desenvolvidas na seção.

Também são essenciais para o planejamento de •atividades.

Realização de Conselhos de Pais das Seções

Todas as Seções devem realizar Conselhos de Pais •pelo menos uma vez por semestre. Além de assuntos específicos que podem surgir a partir do Conselho de Chefes de Seção.

Sugerimos à seguinte programação:

Seção:Local:Data:Horário de Início: Horário previsto para o término:

Assuntos a serem tratados - exemplo: Apresentação da Chefia; Apresentação dos pais •novatos; Relato das atividades do semestre anterior e •programação para o ano que se inicia; Pequena palestra técnica (Método Escoteiro, •acampamentos, importância dos distintivos etc.); Assuntos gerais. •

Sobre Lista de Espera e Prioridades de Atendimento

Os pais ou responsáveis pelos jovens menores de 18 •anos e os jovens maiores de 18 anos que quiserem participar do Grupo deverão preencher seus dados na lista de espera. Este procedimento é obrigatório mesmo quando a Seção tiver vagas ou o jovem já tiver parentes no Grupo.

Quem define a existência de vaga na Seção é o chefe, •pois ele quem tem controle do sistema educacional da mesma.

A partir da existência de vagas em uma seção, o Chefe •da mesma comunica à Diretoria a faixa etária do jovem a ser chamado.

Um encarregado do Grupo convoca os responsáveis •pelos jovens, atendendo à seguinte prioridade:

Irmão de membro do Grupo;•

Filhos de chefes atuantes no Grupo;•

Filhos de membros da Diretoria;•

Lista de espera, por antigüidade. •

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: PAPEL DO ESCOTISTA

DURAÇÃO: 20 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Proporcionar ao participante vivenciar a elaboração de um calendário de Grupo Escoteiro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer os passos necessários para a elaboração de um calendário de Grupo Escoteiro;•

Compreender a necessidade de conciliar o calendário do Grupo Escoteiro com os calendário Regional e o da •Nacional.

CONTEÚDO:

Elaboração de um calendário de Grupo Escoteiro•

MATERIAL:

Cópias de lista de atividades elencadas pelos jovens no Jogo Democrático;•

Cópias de exemplo de calendário da UEB - Região Escoteira;•

Cópias de exemplo de calendário da UEB – Nacional.•

Cópias de exemplo de calendário de Grupo Escoteiro•

Calendário referente ao ano que será elaborado (ex: 2012; 2013; 2014, ...)•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

10 Explanação sobre Calendário de Grupo Escoteiro PL

20 Elaboração de um calendário de Grupo Escoteiro TG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Durante a explanação sobre o calendário de Grupo Escoteiro é importante o facilitador enfatizar sobre a sua importância e sobre os passos necessários até a elaboração de um calendário. Primeiro o levantamento das atividades obtidas a partir do Jogo Democrático, obter o calendário da Região Escoteira e o calendário da Nacional.

Os participantes deverão ser subdivididos em subgrupos de 4 a 5 pessoas.

Cada subgrupo receberá uma cópia de lista de atividades elencadas pelos jovens no Jogo Democrático, uma cópia de exemplo de calendário da UEB - Região Escoteira, uma cópia de exemplo de calendário da UEB – Nacional e uma cópia de exemplo de calendário de Grupo Escoteiro.

Divididos em grupos, os participantes deverão elaborar um calendário com as atividades elencadas no Jogo Democrático respeitando o calendário da UEB Região e Nacional. O facilitador deverá percorrer sobre os subgrupos para auxiliar nas dúvidas que eventualmente forem surgindo.

Bibliografia Recomendada

Calendário da UEB Nacional•

Calendário da UEB Regional•

Calendário de Grupo Escoteiro de anos anteriores•

Apostila do curso•

Última Atualização: 05/07/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Papel do Escotista - Planejamento da seção e calendário

Antes de chegar ao final do ano a Chefia da Alcatéia /Tropa/Clã deve se reunir com a Corte de Honra, para iniciar a montagem de um calendário anual da Tropa para o ano seguinte. Para isso deve ter em mãos o Calendário Anual do Grupo, o Calendário Anual da Região Escoteira e o Calendário Anual da UEB.

A idéia é enxergar antecipadamente as datas mais importantes do ano, pois o calendário final será fruto de vários Ciclos de Programa. As datas que devem ser destacadas são:

Aniversário do Grupo Escoteiro;•

Festas e Campanhas Financeiras do Grupo;•

Assembléia do Grupo;•

Acampamentos de Grupo;•

Atividades Distritais, Regionais e Nacionais que a •Alcatéia /Tropa/Clã tenha interesse; e

Cursos destinados aos escotistas e Dirigentes (e que •impactarão nas atividades de Seção).

Recomenda-se que os escotistas reúnam-se idealmente uma vez por semana, além da reunião natural decorrente das atividades da seção. Os escotistas, como equipe ou individualmente, atuam em geral como mediadores educativos:

Projetando as condições em que atua a alcatéia/tropa/•clã;

Se preocupando com a aplicação de todos os elementos •do Método;

Dando suporte para as reuniões da Roca de Conselho/•Corte de Honra/Assembléia de Tropa/COMADE;

Assumindo individualmente a responsabilidade de •acompanhar e contribuir na avaliação da progressão dos integrantes de uma matilha/patrulha/Equipe de Interesse.

Preparando e aplicando sessões de informações para •pais sobre seu papel educativo esperado com relação ao trabalho desenvolvido na alcatéia/tropa/clã;

Apoiando-se mutuamente em seu desenvolvimento •pessoal.

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: GRUPO ESCOTEIRO COMO UNIDADE FAMILIAR

DURAÇÃO: 10 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Proporcionar ao participante uma relação entre uma família e um Grupo Escoteiro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Compreender que um Grupo Escoteiro possui membros de várias faixas etárias e como uma família possuem •características diferentes.

Reconhecer a necessidade da participação e colaboração dos pais o Grupo Escoteiro para que as atividades •oferecidas às crianças/ jovens sejam viabilizadas.

Perceber a importância de manter um clima de harmonia em todo o Grupo Escoteiro.•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

10 Grupo Escoteiro como Unidade Familiar PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Realizar uma explanação sobre o conteúdo abordando a diversidade do público existente nos grupos. Enfatizar a importância da participação e colaboração dos pais no processo de aplicação da proposta do Movimento Escoteiro e a necessidade de uma convivência em harmonia dentro do Grupo Escoteiro.

Bibliografia Recomendada

Apostila do Curso•

Última Atualização: 12/07/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Grupo Escoteiro como Unidade FamiliarO Grupo Escoteiro é composto de membros de várias

faixas etárias. Tal como na família, existem características diferentes: enquanto os jovens aprendem brincando, jogando e servindo, os pais transmitem sua experiência e viabilizam as atividades.

O Grupo Escoteiro tem condições de atingir os objetivos educacionais do Movimento Escoteiro quando seus membros:

Conhecem o propósito do Movimento Escoteiro;•

Conhecem e assumem suas atribuições, direitos e •deveres;

Trabalham em equipe, respeitando e incentivando os •demais.

Para que o Escotismo tenha a oportunidade de contribuir para a formação do jovem, é importante que ele permaneça no Grupo vivenciando várias seções. A integração entre jovens e escotistas de todas as Seções é favorável nas passagens de um ramo para outro. Todo o Grupo Escoteiro deve empenhar-se para ter todas as Seções.

As seções, embora funcionando independentemente umas das outras, devem estimular a vida em conjunto através de atividades de Grupo além daquelas que são feitas por Seção, Patrulha ou Equipes de Interesse.

Atividades em Conjunto

Região;•

Distrito;•

Outros Grupos;•

Demais Seções do Grupo;•

Famílias do Grupo; e•

Outras organizações juvenis, do meio Ambiente, Social, •etc.

Atividades especificas

Seção;•

Patrulhas;•

Alcatéia; e•

Equipes de Interesse.•

Tomadas de decisões em conjunto

Assembléia de Grupo;•

Diretoria do Grupo;•

Conselho de Pais da Seção;•

Corte de Honra/Roca do Conselho•

Conselho de Patrulha;•

Assembléia de Tropa•

Conselho de Monitores;•

Conselho de Clã;•

Comissão Administrativa do Clã; e•

Reuniões de Escotistas e/ou Dirigentes.•

Comportamento

O comportamento dos membros deve promover um reforço do espírito de grupo.

Possuir senso se humor e criatividade:•

Superar imprevistos;•

Agir em emergências;•

Recomeçar após os fracassos;•

Reconhecer a necessidade de pertencer:•

Entender e aceitar as limitações do próximo•

Gerar relações empáticas (trate como gostaria de ser •tratado)

Acolher a família desde a inscrição;•

Receber bem a todos;•

interessar-se pelos outros, todos devem sentir-se •importantes, úteis e queridos.

Envolvimento dos Pais no Grupo

A participação dos pais é um fator de motivação e altamente gratificante para os filhos. Os pais devem estar presentes nos momentos significativos da vida Escoteira:

Investudura e Promessa;•

Entrega de Distintivos de Progressão, Eficiência e •medalhas; e

Passagens de um Ramo para outro.•

Os pais devem prestar apoio para que seus filhos possam participar das reuniões, acampamentos e outras atividades do Grupo.

A participação dos pais em atividades especiais com seus filhos propicia um melhor entendimento do Método Escoteiro e integração da família.

A omissão dos pais no processo educacional inviabiliza a existência do Grupo. O primeiro sintoma é a sobrecarga dos escotistas e em seguida a evasão. É muito difícil trabalhar com jovens cujos pais não participam ativamente da vida do Grupo Escoteiro.

Pais podem e devem participar como escotistas, mesmo quando não tiverem experiência prévia em Escotismo. Os Grupos estáveis têm um significativo número de pais participando em cargos de chefia. Processo de admissão da família no Grupo Escoteiro.

Primeira Entrevista

Quando uma família visita o Grupo Escoteiro com o propósito de tomar informações sobre o Movimento Escoteiro, um membro do Grupo – especialmente designado e treinado – realiza a primeira entrevista. As informações devem ser curtas e precisas. O entrevistador

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deve mostrar segurança e entusiasmo pelo Escotismo.

Os dados da família são registrados em uma ficha de inscrição contendo: nome do jovem, data de nascimento, nível de escolaridade, escola, endereço, telefone, nome dos responsáveis profissão e aptidões ou atividades que possam ser úteis ao Grupo.

Procedimento de Recepção

Quando a família é chamada para ingressar no Grupo, são feitas várias reuniões com o objetivo de integrar a nova família ao Grupo. A Diretoria explica aos responsáveis: o propósito do Movimento Escoteiro, a estrutura do Grupo, os direitos e deveres, o Regulamento do Grupo e os custos diretos e indiretos.

O escotista que desempenha a função de Chefe de Seção explica aos responsáveis: o processo educacional do Movimento Escoteiro, suas responsabilidades e as dos jovens, a carga horária e os tipos de atividades.

Explica ao jovem: como são as atividades, a estrutura da Seção, suas responsabilidades e a carga horária.

Para a Administração do Grupo Escoteiro, o jovem passa a ser aspirante ao Grupo no momento em que preencher a ficha de inscrição no mesmo e passa a pertencer à União dos Escoteiros do Brasil quando é feito seu registro nesta instituição.

Procedência de Adultos que compõem a Chefia

O Grupo é dirigido por adultos voluntários procedentes das seguintes origens:

Pais que trazem seus filhos para o Escotismo e passam •a atuar, mesmo não tendo sido membros juvenis. Eles possuem experiência de vida e pouco ou nenhum conhecimento do Movimento Escoteiro. São a força permanente de onde os Grupos podem reforçar seus quadros de escotistas, dirigentes e colaboradores. Sua colaboração normalmente cessa quando o filho abandona o Escotismo.

Pessoas que foram membros juvenis em uma ou mais •seções do Grupo. A idade de pós-adolecência facilita a identificação com os jovens. Possuem o vigor da juventude para dirigir atividades. Sua colaboração normalmente cessa quando percebem que a função de educadores exige estudo e trabalho, não conseguindo conciliar as atividades externas com o Escotismo.

Escotistas e dirigentes que atuam em outros Grupos. •Trazem a experiência da chefia em outros Grupos e, infelizmente, os motivos que o fizeram desistir do Grupo.

A entrada de alguém na chefia ou direção do Grupo pode se dar de duas formas: a forma passiva e a forma ativa. A forma passiva (a que mais acontece nos Grupos

– e a menos desejada) caracteriza-se pela entrada de um adulto pela vontade pessoal deste, sem que se faça um real estudo das necessidades do Grupo e do per fil do adulto para ocupar o cargo. A forma ativa ocorre quando a diretoria do Grupo verifica a necessidade de um adulto, levanta o per fil técnico/educacional do adulto que se deseja, levanta prováveis pessoas que se interessariam em atuar em tal cargo e posteriormente convidam estas pessoas para ingressarem em um processo de seleção/captação.

Motivação dos pais para ajudar no Grupo

O primeiro ponto referente à motivação é a indicação de um Dirigente exclusivamente para tratar deste assunto. A direção pode também coletar em um livro as sugestões dadas pelos pais sobre os mais variados temas e posteriormente envolver os pais na execução das sugestões. Temas que podem ser incluídos:

Construção e manutenção da sede;•

Materiais disponíveis que podem ser aproveitados;•

Comerciantes que possam fornecer descontos para •determinadas mercadorias;

locais de acampamento, incluindo as características •do local,

Croqui e nome dos proprietários;•

Disponibilidade de transporte;•

Indicações de pessoas de seu círculo de amizades que •possam

Contribuir como instrutores ou como escotistas;•

Tipos de serviços que os pais gostariam de realizar no •Grupo

Escoteiro durante as reuniões ou em outro horário, •incluindo jornadas e

Acampamentos;•

Organização de festas;•

Etc.•

Este tipo de abordagem normalmente cria nos pais a expectativa de que algumas de suas sugestões serão efetivadas.

Não aproveitar boas idéias ou não envolver a pessoa que sugerir na execução geralmente causa desmotivação.

Participação dos pais em atividades das seções

Pelo menos uma vez a cada semestre deve ser realizado um Conselho de Pais da Seção com os seguintes objetivos:

Conhecer os Chefes que atuam com seus filhos;•

Conhecer o processo educacional Escoteiro;•

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Opinar sobre a programação semestral da Seção, •inclusive sobre os custos;

Apresentar dúvidas, reclamações e sugestões;•

Programar atividades em conjunto para pais e filhos; •e

Assumir tarefas na atividades da seção (transporte, •saúde, alimentação, etc.).

Participação dos pais em atividades de sede

Os pais normalmente têm programações concorrentes para realizar fora do Escotismo no mesmo horário. Eles trocam estas atividades para ficar no Grupo desde que:

Seja valorizada sua presença;•

Existam tarefas específicas para serem feitas (cantina, •secretaria,

Manutenção ou construção da sede);•

Exista um local para que os pais possam se reunir e •conversar (cantinho do tricô, roda de música, local para jogos);

O grupo seja um local agradável, bonito e bem •cuidado;

Reunião ou palestra sobre um tema específico de seu •interesse.

Participação dos pais em Acampamentos

É útil a participação dos pais em atividades externas (principalmente as do ramo lobinho). Eles podem realizar os serviços de apoio: transporte, distribuição ou preparo de alimentação, segurança, limpeza e outros serviços.

Na área técnica, eles podem participar como instrutores de especialidades e mesmo como assistentes. As participações em atividades, e especialmente nas áreas técnicas, devem ocorrer sob a coordenação da Chefia após a avaliação das potencialidades e conveniências.

Alguns aspectos devem ser levados em consideração;

Definir com os pais antes da atividade com serão suas •refeições e principalmente quanto ao consumo de bebidas alcoólicas e fumo;

Definir o alojamento;•

Criar um ambiente em que os pais possam ter atividades •livres, que não inter firam com as atividades dos jovens no período em que não estiverem prestando serviços;

Evitar inter ferência nas atividades dos jovens, exceto •no caso de risco de acidentes, por solicitação da Chefia ou em caso de emergência;

Evitar também que os jovens fiquem o tempo todo •consultando os seus respectivos pais, ou vice-versa. O ideal seria que os pais se portassem como se não fossem pais dos jovens durante o evento, tratando todos os jovens de forma imparcial.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: CRIATIVIDADE

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Estimular a criatividade dos participantes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Observar a existência de outras alternativas de criações utilizando os mesmos recursos.•

Atingir o objetivo proposto com as ferramentas ofertadas.•

Perceber a possibilidade de sempre se superar.•

CONTEÚDO:

Criatividade•

MATERIAL:

Canetinhas coloridas•

Tesouras•

Cola branca•

Fita adesiva•

Materiais de sucata como:

Garrafas pet•

Caixas de fósforo•

Caixas de remédio•

Caixas de ovo•

Caixas de sapato•

Pedaços de papel crepon•

Pedaços de cartolina•

Papeis coloridos•

Revistas •

Pedaços de tecidos •

Sacolas de mercado•

Jornal•

etc•

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Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

20 Oficina de sucata: criatividade TG

10 Fechamento DD

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Oficina de sucata: criatividade

A partir dos materiais existentes, em dupla deverão construir um objeto que simbolize o Escotismo na vida da dupla.

Apresentar no grande grupo o objeto construído em dupla.

Fechamento:O facilitador deverá abordar sobre a criatividade de todos realizando uma relação com a atuação nos Grupos Escoteiros e também em nosso cotidiano. A necessidade de se superar cada vez mais para que o resultado esperado seja sempre melhor.

Última Atualização: 03/08/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade 9: Desenvolvimento PessoalCriatividade

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Você pode e deve:

Descobrir novas crenças para criar; •

Descobrir seus talentos e desafios; •

Fazer o que gosta e conhecer-se; •

Inovar, completando-se com outras pessoas; •

Descobrir oportunidades; •

Ter mais momentos felizes; e•

Assumir o controle da sua vida.•

Para desenvolver sua criatividade e intuição você tem de querer ser mais criativo e intuitivo.

A mágica esta dentro de você! Você pode chamá-la de energia ou intuição. Agora, mais do que nunca com tantas mudanças acontecendo e muitas ainda por vir, iremos utilizar cada vez mais nossas intuições, nossos poderes criadores e, para tanto, esta seção irá nos dar umas dicas.

Unidade 9: Desenvolvimento PessoalCriatividade

As pessoas, às vezes, vivem num emaranhado familiar, profissional ou com os amigos, sem nunca perceber por que. Perguntam-se: Qual a razão disso? Só comigo? Como sou azarado! Na verdade, Deus criou o homem como a expressão mais per feita da natureza e capaz de criar: uma sociedade, veículos, viagens espaciais, remédios poderosos. O homem tem de criar. Pode até ser apenas uma solução para que a fechadura emperrada volte a funcionar a contento. E que basta desaprender determinadas condutas (atitudes) impeditivas para que você comece a mudar a sua vida. Nunca mais vai esbarrar em emaranhados que parece uma barreira intransponível.

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso Básico - EscotistaTÍTULO DA SESSÃO: COMUNICAÇÃO E IMAGEM

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Apresentar aos participantes do curso o Manual de identidade Visual e esclarecer as principais dúvidas relacionadas a aplicação e utilização da marca da UEB.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conhecer o Manual de Identidade Visual da UEB e como adquiri-la gratuitamente no site da UEB Nacional – www.•escoteiros.org.br

Esclarecer as principais dúvidas relacionadas à aplicação da marca.•

Conhecer o template oficial da UEB ( para apresentação de ppt) disponível para download no site da UEB •Nacional- www.escoteiros.org.br.

CONTEÚDO:

Identidade Visual da UEB•

MATERIAL:

Identidade Visual da UEB na versão digital disponível para download no site da UEB Nacional•

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

30 Identidade Visual da UEB PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Explanação sobre a identidade visual da UEB e a utilização correta da aplicação da marca.

Bibliografia Recomendada

Manual de identidade Visual•

Última Atualização: 05/07/2011 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Comunicação e Imagem(texto adaptado do Manual de Identidade Visual da UEB)

A Flor de Lis é o tema central da identidade visual dos escoteiros desde a fundação do Movimento. Simbolizando a honra e ímpeto de cada jovem que aspira dar o melhor de si, a Flor de Lis representa os escoteiros no mundo.

A utilização da logomarca da UEB deve ser feita de acordo com as diretrizes do Manual de Identidade Visual e Otimização da Imagem. Desta forma a mensagem transmitida de linguagem e unicidade será a mesma independente da área geográfica e dos sotaques existente em todo o território brasileiro. Para que haja mais flexibilidade, existente duas versões de logomarca: a horizontal e a vertical.

VERTICAL HORIZONTAL

A logomarca não deve ser reduzida demasiadamente. Para se manter a legibilidade da logomarca a altura mínima é de 15 mm para a versão vertical, e de 10 mm para a versão horizontal. Cuidado ao escolher o papel para impressão. Alguns tipos de papel como o jornal, podem comprometer ainda mais a legibilidade.

A logomarca da UEB é muito flexível, mas algumas regras devem ser seguida para manter clara e vibrante a mensagem da instituição ao público. Para a comunicação com o público em geral (externo), sempre é utilizada a logomarca vertical ou horizontal com o slogan. Alguns slogans complementares fazem parte do leque de opções para uso conforme a estratégia da comunicação.

Slogans oficiais complementares:

A aplicação Monocromática

Sempre é preferível a reprodução colorida. Mesmo assim, existem situações como custo financeiro ou método de reprodução (ex: fax, fotocópias, serigrafia) onde se pode encontrar uma limitação no uso das cores. Nestes casos, utiliza-se uma das variações disponível no Manual de Identidade Visual.

O emblema

Com o desejo de representar de forma direta o que somos e o que fazemos como escoteiros, foi criado um símbolo humanizado, espontâneo e com cores alegres em uma sobreposição de per fis de crianças e jovens que, com sua diversidade, torna mais forte a instituição. A alusão às cores nacionais e ao Cruzeiro do Sul mantém a identidade de ser brasileiro, o orgulho por sua beleza e o respeito à pátria.

* Para saber mais sobre Comunicação e Imagem, consulte o Manual de Identidade Visual

e Otimização da Imagem da UEB.

ANOTAÇÕES:

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AnexosModelo de Planejamento de Segurança para Atividade Externa

UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASILPLANEJAMENTO DE SEGURANÇA PARA ATIVIDADE EXTERNA

LOCAL E HORÁRIO SIM NÃO

O proprietário autorizou o uso do local com as recomendações que se fizessem necessárias? Foi feito, obrigatoriamente, reconhecimento da área, se não houve atividade no local há mais de 30 (trinta) dias? Estabeleceram-se as datas e horários de saída e do provável retorno, cuidando para que não haja atrasos? O mapa de acesso está a disposição do grupo ?

PROGRAMAÇÃOHá atividade programada para todo o evento?

As atividades têm objetivos educacionais e são adequados à faixa etária dos jovens ?

CHEFIA

Os Chefes e assistentes são em número suficiente para dirigir as atividades programadas?

Os Chefes e assistentes possuem capacitação para bem dirigir as atividades programadas?

Necessitam do apoio de algum especialista?

Em caso positivo, está certa a participação do “especialista”?

EQUIPAMENTOS

Existe em quantidade suficiente para todos?

Existe caixa de Primeiros Socorros? Todos os equipamentos e utensílios a serem utilizados nas atividades foram checados, inclusive a validade dos medicamentos

?

JOVENSOs jovens estão instruídos para realizar a atividade com segurança?

Estão identificados os portadores de alergias a medicamentos ou picadas de insetos?

PAIS OU RESPONSÁVEISOs pais foram informados sobre o local, meio de transporte e programação?

Estão cientes dos horários e local de saída e retorno?

Deram autorização por escrito?

ESQUEMA DE EMERGÊNCIAOs chefes possuem as fichas médicas, dos jovens, atualizadas?

Terão carro e meios de comunicação no local ?

Têm alguém com conhecimento de Primeiros Socorros? Foi verificado como obter ajuda imediata em caso de acidentes e é conhecido o local de Socorro Médico mais próximo ao

local da atividade?

Há uma lista de contatos com as pessoas que podem ser acionadas em caso de emergência?

________________, ___, ___________, 20__

Escotista Responsável Diretor Técnico

91

Alessandro G. Vieira

Altamiro Vilhena

Antonio César Oliveira

Carmen V. C. Barreira

David Izecksohn Neto

Ernani Rodrigues

Ilka Denise Gallego Campos

Iracema Bezerra Oliveira

João Rodrigo França

Luiz César de Simas Horn

Marcelo Puente

Marco Aurélio Romeu Fernandes

Marcos Carvalho

Megumi Tokudome

Paulo Henrique Maciel Barbosa

Paulo Palma

Renato Eugenio de Lima

Rubem Suffert

Theodomiro M. Rios Rodrigues

Vitor Augusto Gay

Prepararam este material para vocêO conteúdo deste Guia foi organizado e montado com a colaboração de:

A organização de conteúdos, coordenação das discussões e revisão final foi realizada por intermédio da Diretoria de Métodos Educativos, por meio da

Equipe Nacional de Gestão de Adultos.

Curso Escotista

GESTÃO DE ADULTOS

NÍVEL BÁSICO

APOSTILA DO CURSANTEUnião dos Escoteiros do Brasil - Escritório Nacional

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