curso engenharia civil p/ concurso funai

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Aula 00 Engenharia Civil p/ FUNAI - (Cargo: Engenheiro Civil) - com videoaulas Professor: Marcus Campiteli 00000000000 - DEMO

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  • Aula 00

    Engenharia Civil p/ FUNAI - (Cargo: Engenheiro Civil) - com videoaulas

    Professor: Marcus Campiteli

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  • Engenharia Civil Funai/2016 Vdeo, Teoria e Questes

    Prof. Marcus V. Campiteli Aula 0

    1

    ENGENHARIA CIVIL P/ FUNAI

    Ol, Pessoal

    Esto abertas as inscries para o cargo de Engenheiro Civil da

    Funai (rea 2). A banca a ESAF.

    So 3 vagas imediatas. Sero convocados 30 candidatos para a

    prova discursiva.

    A prova objetiva est marcada para o dia 7 de agosto de 2016.

    Portanto, d tempo de se preparar, desde que de forma objetiva e

    focada. E esse o objetivo deste curso, ao apresentar a vocs a

    teoria das normas e livros de forma consolidada e amigvel,

    juntamente com as questes comentadas da ESAF relativas aos

    assuntos tratados. Considerando a pequena quantidade de questes

    anteriores da ESAF, apresento tambm questes da FCC, por

    apresentarem o mesmo estilo de questes.

    Este curso de Edificaes abranger as seguintes matrias do

    edital, com as respectivas datas das aulas:

    Aula Assunto Data

    0 Fundaes Imediato

    1 Questes de Fundaes Comentadas 2/5

    2 Sondagens 6/5

    3 Concreto Armado 9/5

    4 Estruturas Metlicas 13/5

    5 Alvenaria 16/5

    6 Impermeabilizao 20/5

    7 Pisos 23/5

    8 Revestimentos 30/5

    9 Pinturas 6/6

    10 Cobertura 13/6

    11 Esquadrias 15/6

    12 Madeira, Materiais Cermicos e Vidro 17/6

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    2

    13 Instalaes hidrossanitrias 20/6

    14 Instalaes Eltricas 22/6

    15 Instalaes Especiais 24/6

    16 Anlise Oramentria 27/6

    17 Planejamento e Controle de Obras 29/6

    18 Fiscalizao 1/7

    19 Geotecnia e Conteno 4/7

    20 Terraplenagem 6/7

    21 Pavimentao 8/7

    22 Noes de Hidrulica 11/7

    23 Hidrologia 13/7

    24 Drenagem 15/7

    25 Noes de Irrigao 18/7

    26 Engenharia Legal 20/7

    27 Percia 22/7

    28 Lei 8.666 25/7

    29 Canteiro de Obras e NR-18 27/7

    30 Projetos Arquitetnicos 29/7

    31 Autocad 1/8

    Este curso no abrange os seguintes itens: compatibilizao de

    projetos, princpios de planejamento e de oramento pblico, Excel e

    Word.

    Agora, antes de apresentar a Aula 0, deixe eu me apresentar.

    Sou engenheiro civil formado pelo Instituto Militar de

    Engenharia - IME e trabalho como auditor de controle externo no

    Tribunal de Contas da Unio TCU. Fiz mestrado em engenharia civil

    na UnB e conclu com a dissertao: Medidas para Evitar o

    Superfaturamento em Obras Pblicas decorrente dos Jogos de

    Planilha.

    Na trajetria de concursos, aps a elaborao de resumos,

    resoluo de muitas questes e estudo focado, obtive aprovao nos

    concursos de Perito da Polcia Federal em Engenharia Civil, em 2004,

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    3

    e Auditor Federal de Controle Externo do TCU na rea de obras

    pblicas, em 2005. Hoje trabalho neste ltimo.

    Trabalhei durante seis anos como engenheiro militar e estou a

    seis no TCU, sempre participando de auditorias em obras pblicas.

    Na rea de aulas, ministrei cursos de engenharia civil,

    presenciais e distncia, para o concurso do TCU de 2009 e 2011,

    TCM/RJ de 2011, TC/DF de 2012, TC/ES 2012, Cmara dos

    Deputados de 2012, CGU de 2012, Perito da Polcia Federal 2013,

    INPI 2013, CNJ 2013, DNIT 2013, CEF 2013, ANTT 2013, Bacen

    2013, MPU 2013, TRT/15 2013, TRT/17 2013, TRF/3 2013, PF Adm

    2014, Suframa 2014, CEF 2014, CBTU 2014, TJ-PA/2014, TCE-

    RS/2014, TCE-GO/2014, Pref. Florianpolis/2014, Petrobras/2014,

    TCM-GO/2015, CGE-PI/2015, TCE-CE/2015, TCM-SP/2015, TRT-

    MG/2015, MPOG/2015, CGM-SP/2015, TCE-RN/2015 e MP-SP/2016.

    Agora que vocs me conheceram um pouco, retornemos ao

    nosso curso.

    Sabemos que as bancas cobram detalhes da bibliografia

    disponvel nos livros e nas normas acerca do abrangente campo da

    engenharia civil previsto no edital. Por isso, apresento a teoria dos

    assuntos de forma detalhada e com base primordial nas normas da

    ABNT, por serem a fonte mais confivel. Com isso, vocs j estaro

    habituados aos textos passveis de serem fontes das questes.

    Subsidiariamente recorro a livros consagrados de engenharia civil.

    Busco mesclar figuras e fotos didticas aos textos na busca de

    tornar a matria o mais amigvel possvel, de forma a facilitar ao

    mximo o entendimento das informaes truncadas das normas.

    O desafio do estudo dessa especialidade conseguir

    objetividade diante da sua vasta abrangncia. E pretendo alcanar

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    esse objetivo neste curso por meio da apresentao das questes.

    Afinal, no temos tempo a perder.

    Primeiramente apresento a vocs a teoria e as questes

    relacionadas aos contedos tericos, sem gabarito. Posteriormente,

    apresento as mesmas questes comentadas e, na parte final,

    reapresento as questes tratadas na aula, com o gabarito na ltima

    folha, para que vocs possam treinar.

    Em muitas das questes, os comentrios complementam a

    teoria trazendo mais informaes.

    Costumo destacar em negrito informaes que acho com cara

    de questo.

    Crticas e sugestes podero ser feitas no prprio sistema do

    Estrategia assim como encaminhadas ao seguinte endereo de e-

    mail: [email protected].

    Estarei no frum de dvidas para respond-los.

    Espero que caia na prova somente o que vocs estudem !!!

    Bons estudos e boa sorte !!!

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    AULA 0: FUNDAES

    SUMRIO PGINA

    CONSIDERAES PRELIMINARES 5

    1. INTRODUO 6

    2. FUNDAES SUPERFICIAIS 10

    3. FUNDAO PROFUNDA 28

    4. OUTRAS CONSIDERAES 82

    5. QUESTES COMENTADAS 92

    6. LISTA DE QUESTES APRESENTADAS NA AULA 97

    7. GABARITO 124

    Ol pessoal,

    Vamos dar incio ao nosso curso com o assunto

    Fundaes (Itens 2 e 3 do edital). A ESAF teve poucas provas

    de engenharia civil. Com isso, h poucas questes dessa

    banca. Assim, complemento este curso com questes da FCC,

    por tambm serem do tipo mltipla escolha e para dar maior

    abrangncia na abordagem das matrias.

    Bons Estudos!

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    FUNDAES

    Ol pessoal, esta aula de fundaes est focada na norma mais

    atualizada, que a NBR 6122/2010. Considero que o texto da norma

    o mais confivel para servir de base de estudo para esta prova.

    Ainda mais porque ela bem atual, de 2010.

    O contedo complementado com livros consagrados na rea,

    em especial os livros Fundaes: Teoria e Prtica, da editora PINI,

    Tcnica de Edificar, do autor Walid Yazigi, e Exerccios de Fundaes,

    do autor Urbano Rodriguez Alonso. Demais fontes so mencionadas

    no texto.

    1 - INTRODUO

    As fundaes so responsveis pela transmisso das cargas das

    edificaes, pontes, viadutos etc. ao solo, seja de forma direta, por

    fundaes superficiais, seja de forma indireta, por fundaes

    profundas.

    As fundaes superficiais, diretas ou rasas so representadas

    pelas sapatas, blocos, radier, sapatas associadas, vigas de fundao

    e sapatas corridas.

    J as fundaes profundas so representadas, basicamente,

    pelas estacas e tubules.

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    Fonte:

    As estacas podem ser divididas em estacas moldadas in loco e

    estacas pr-moldadas.

    As estacas moldadas in loco so representadas pelas estacas

    broca, Strauss, Franki, Raiz, Hlice Contnua entre outras, e as

    estacas pr-moldadas podem ser de concreto, metlicas ou de

    madeira.

    Os tubules dividem-se, basicamente, entre os tubules a cu

    aberto e os tubules a ar comprimido.

    Mas antes de estudarmos os diferentes tipos de fundaes,

    vamos ver alguns conceitos importantes para o entendimento da

    teoria e que so cobrados em questes de concurso.

    1) (43 Metr/2009 FCC) Tubules; Estacas Strauss,

    Franki, Raiz, Barrete/Estao; e Sapatas, so,

    respectivamente, exemplos de fundaes

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    (A) diretas profundas, sapatas isoladas e viga baldrame.

    (B) estacas profundas, estacas rasas e indiretas a cu

    aberto.

    (C) diretas profundas, indiretas com estacas de concreto

    moldadas in loco e diretas rasas.

    (D) sapatas associadas, rasas moldadas in loco e diretas

    profundas.

    (E) pr-moldadas, rasas indiretas e moldadas sob presso.

    2) (32 SEGAS/2013 FCC) NO exemplo de fundao

    direta:

    (A) estaca raiz.

    (B) tubulo.

    (C) bloco.

    (D) sapata.

    (E) radier

    1.1 CONCEITOS

    a) Recalque

    Movimento vertical descendente de um elemento estrutural.

    Quando o movimento for ascendente, denomina-se

    levantamento. Convenciona-se representar o recalque com o sinal

    positivo.

    b) Recalque diferencial especfico

    Relao entre as diferenas dos recalques de dois apoios e

    a distncia entre eles.

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    3) (69 TCE/MG 2007 FCC) Uma edificao apoiada

    sobre sapatas em solo argiloso normalmente adensado. Com o

    carregamento proveniente do peso da estrutura iniciou-se um

    processo de recalque por adensamento da argila. Como as

    sapatas tm dimenses e tenses de trabalho uniformes,

    espera-se que

    (A) as sapatas perifricas apresentem recalques maiores que

    as centrais.

    (B) as sapatas centrais no sofram nenhum recalque.

    (C) os recalques sofridos pelas sapatas sejam uniformes.

    (D) no ocorram recalques.

    (E) as sapatas perifricas apresentem recalques menores que

    as centrais.

    c) Cota de arrasamento

    Nvel em que deve ser deixado o topo da estaca ou

    tubulo, demolindo-se o excesso ou completando-o, se for o caso.

    Deve ser definido de modo a deixar que a estaca e sua armadura

    penetrem no bloco com um comprimento que garanta a transferncia

    de esforos do bloco estaca.

    d) Nega

    A nega corresponde penetrao permanente de uma

    estaca, causada pela aplicao de um golpe do pilo. Em geral

    medida por uma srie de dez golpes. Ao ser fixada ou fornecida,

    deve ser sempre acompanhada do peso do pilo e da altura de queda

    ou da energia de cravao (martelos automticos).

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    Pode-se dizer que a nega uma medida indireta e dinmica da

    capacidade de carga da estaca.

    e) Repique

    O repique corresponde parcela elstica do deslocamento

    mximo de uma seo da estaca, decorrente da aplicao de um

    golpe do pilo.

    Tambm pode-se dizer que o repique uma medida indireta e

    dinmica da capacidade de carga da estaca, contudo pelo

    deslocamento elstico do topo da estaca.

    2 - FUNDAES SUPERFICIAIS

    As fundaes superficiais so elementos cuja carga

    transmitida ao terreno, predominantemente pelas presses

    distribudas sob a base da fundao, e em que a profundidade de

    assentamento em relao ao terreno adjacente inferior a duas

    vezes a menor dimenso da fundao.

    A base da fundao deve ser assente a uma profundidade tal

    que garanta que o solo de apoio no seja influenciado pelos agentes

    atmosfricos e fluxos dgua. Nas divisas com terrenos vizinhos,

    salvo quando a fundao for assente sobre rocha, tal profundidade

    no deve ser inferior a 1,5 m.

    Em planta, as sapatas ou os blocos no devem ter dimenso

    inferior a 60 cm.

    Todas as partes da fundao superficial em contato com o solo

    (sapatas, vigas de equilbrio etc.) devem ser concretadas sobre um

    lastro de concreto no estrutural com no mnimo 5 cm de espessura,

    a ser lanado sobre toda a superfcie de contato solo-fundao.

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    No caso de rocha, esse lastro deve servir para regularizao da

    superfcie e, portanto, pode ter espessura varivel, devendo ser

    observado um mnimo de 5 cm.

    2.1 Sapata

    As sapatas so elementos de fundao executados em

    concreto armado, de altura reduzida em relao s dimenses da

    base, que se caracterizam principalmente por trabalhar flexo e

    dimensionados de modo que as tenses de trao neles produzidas

    no sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego da

    armadura.

    Elas so indicadas para solos com alta capacidade de suporte e

    costumam ser mais econmicas que outros tipos de fundao.

    Apresento a vocs as figuras a seguir para melhor compreenso

    das informaes apresentadas. A primeira figura em corte apresenta

    tanto a armadura vertical do pilar quanto a horizontal na parte

    inferior da sapata. Esta armadura horizontal que responsvel por

    suportar as tenses de trao.

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    Fonte:

    Fonte:

    2.1.1 Execuo

    a) Escavao das Cavas

    Na escavao em solo, caso se utilizem equipamentos

    mecnicos, a profundidade de escavao deve ser paralisada no

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    mnimo a 30 cm acima da cota de assentamento prevista, sendo a

    parcela final removida manualmente.

    b) Preparao para a Concretagem

    Antes da concretagem o solo ou rocha de apoio das sapatas

    deve ser vistoriado pelo engenheiro, que confirmar in loco a

    capacidade de suporte do material. Esta inspeo pode ser feita com

    penetrmetro de barra manual ou outros ensaios expeditos de

    campo.

    Caso haja necessidade de aprofundar a cava da sapata, pode-se

    preencher a diferena de cota de assentamento com concreto (fck

    10 MPa) ou aumentar o comprimento do pilar. Nesse caso deve-se

    consultar o projetista estrutural.

    O preenchimento com concreto deve ocupar todo o fundo da

    cava e no s a rea de projeo da sapata.

    4) (41 Assembleia Legislativa/SP 2010 FCC)

    Considere a seguinte figura:

    No dimensionamento da fundao direta para o pilar P2 de

    dimenses 30 cm 30 cm, com carga de 2000 kN, a sapata

    mais indicada, distanciada de 2,5 cm da divisa,

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    (A) retangular com dimenses de lados 125 cm e 320 cm.

    (B) retangular com dimenses de lados 100 cm e 200 cm.

    (C) retangular com dimenses de lados 80 cm e 160 cm.

    (D) quadrada de lado igual a 125 cm.

    (E) quadrada de lado igual a 65 cm.

    5) (36 MPE-MA/2013 FCC) A escolha mais econmica

    para a fundao do tipo sapata de um pilar de 40 cm 40 cm,

    com carga de 2 880 kN e tenso admissvel do solo de 0,32

    MPa

    (A) quadrada, de lado igual a 300 cm.

    (B) quadrada, de lado igual a 9 m.

    (C) quadrada, de lado igual a 90 cm.

    (D) retangular, com balanos iguais e lados de dimenses

    2,88 m e 3,2 m.

    (E) retangular, com balanos iguais e lados de dimenses 90

    cm e 40 cm.

    6) (37 MPE-MA/2013 FCC) Considere o pilar abaixo.

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    Aps a realizao de prova de carga sobre placa chegou-se

    aos valores de 750 kN e 1100 kN para 15 mm de recalque e

    47,5 mm (ruptura), respectivamente. Sabendo-se que, o

    recalque estrutural admissvel de 15 mm, pode-se afirmar

    que o projeto de estaqueamento do pilar est

    (A) correto, pois a carga admissvel igual a 750 kN.

    (B) correto, pois a carga admissvel ser de 550 kN.

    (C) errado, pois a carga admissvel ser de 500 kN.

    (D) errado, pois a carga admissvel de 750 kN.

    (E) errado, pois a carga admissvel de 1 100 kN.

    7) (46 Defensoria/SP 2009 FCC) Considere as

    seguintes etapas executivas de uma fundao:

    I. escavao;

    II. colocao de um lastro de concreto magro de 5 a 10 cm de

    espessura;

    III. posicionamento das frmas, quando o solo assim o exigir;

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    IV. colocao das armaduras;

    V. concretagem;

    VI. execuo de cinta de concreto armado;

    VII. aplicao de camada impermeabilizante.

    A sequncia apresentada refere-se s etapas de execuo de

    uma fundao do tipo:

    (A) blocos e alicerces.

    (B) sapata isolada.

    (C) tubulo a cu aberto.

    (D) sapata corrida.

    (E) radier.

    8) (45 TRE/BA 2003 FCC) Na figura abaixo:

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    As tenses no solo, j1 e j2, so, respectivamente, em tf/m2,

    aproximadamente,

    (A) -3 e -15

    (B) -6 e -12

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    (C) -9 e -9

    (D) -12 e -9

    (E) -12 e -15

    9) (38 TRE/MS 2007 FCC) Sabendo-se que o solo de

    apoio das sapatas constitudo de argila rija, a presso bsica

    a ser adotada (NBR 6122) , em MPa, de

    (A) 0,10

    (B) 0,20

    (C) 0,25

    (D) 0,30

    (E) 0,40

    10) (43 Sabesp/2012 FCC) Na utilizao da frmula de

    Terzaghi, que permite avaliar a tenso de ruptura do solo sob

    uma sapata, deve-se empregar

    (A) presses totais ou efetivas, desde que o solo seja arenoso.

    (B) presses totais ou efetivas, desde que o solo seja argiloso.

    (C) somente presses efetivas.

    (D) somente presses totais.

    (E) presses totais ou efetivas, independente da condio do

    solo.

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    11) (63 TCE-GO/2014 FCC) No projeto de fundaes de

    uma edificao, no dimensionamento de uma sapata para um

    pilar de dimenses 40 cm 40 cm, com carga de 7200 kN e

    tenso admissvel do solo igual a 200 kPa, a sapata mais

    econmica ter forma quadrada de lado, em metros, igual a

    (A) 2. (B) 3. (C) 4. (D) 5. (E) 6.

    2.2 Bloco

    Os blocos so elementos de grande rigidez executados com

    concreto simples ou ciclpicos, dimensionados de modo que as

    tenses de trao nele produzidas possam ser resistidas pelo

    concreto, sem necessidade de armadura.

    Pode ter suas faces verticais, inclinadas ou escalonadas e

    apresentar normalmente em planta seo quadrada ou retangular.

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    No confundir blocos de fundao com blocos de coroamento ou

    de capeamento, os quais so construdos sobre estacas ou tubules,

    e so armados de modo a transmitir a carga dos pilares para as

    estacas ou os tubules.

    12) (44 MPE/SE 2009 FCC) Para trabalhos em cavas de

    fundao, que devem ser pisadas por pessoas, indispensvel

    que haja espao de trabalho com largura mnima de

    (A) 1,6 m.

    (B) 1,2 m.

    (C) 1,0 m.

    (D) 0,8 m.

    (E) 0,5 m.

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    2.3 Radier

    Elemento de fundao superficial que abrange todos os

    pilares da obra ou carregamentos distribudos (por exemplo:

    tanques, depsitos, silos, etc.).

    13) (47 TRE/BA 2003 FCC) O tipo de fundao direta ou

    rasa composta por uma nica placa de concreto armado, no

    qual se apiam todos os pilares e paredes da estrutura,

    denomina-se

    (A)) radier.

    (B) sapata corrida.

    (C) sapata isolada.

    (D) sapata associada.

    (E) baldrame.

    2.4 - Sapata associada (ou radier parcial)

    Sapata comum a vrios pilares, cujos centros, em planta,

    no estejam situados em um mesmo alinhamento.

    2.5 - Viga de fundao

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    Elemento de fundao superficial comum a vrios pilares,

    cujos centros, em planta, estejam situados no mesmo

    alinhamento.

    2.6 - Sapata corrida

    Sapata sujeita ao de uma carga distribuda linearmente.

    Fonte:

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    Fonte:

    2.7 Outras Consideraes sobre Sapatas

    De acordo com o livro Exerccios de Fundaes, do autor

    Urbano Alonso Rodriguez, as fundaes rasas s so vantajosas

    quando a rea ocupada pela fundao abranger, no mximo, de 50%

    a 70% da rea disponvel. E de uma maneira geral, esse tipo de

    fundao no deve ser usada nos seguintes casos:

    - aterro mal compactado;

    - argila mole;

    - areia fofa e muito fofa;

    - existncia de gua onde o rebaixamento do lenol fretico no

    se justifica economicamente.

    Relembrando, quando a sapata suporta apenas um pilar diz-se

    que ela uma sapata isolada. Caso o pilar seja de divisa (fronteira

    com o terreno vizinho), a sapata chamada de divisa. Quando a

    sapata suporta dois ou mais pilares, cujos centros, em planta,

    estejam alinhados, denominada viga de fundao. Quando a sapara

    comum a vrios pilares, cujos centros, em planta, no estejam

    alinhados denominada sapata associada ou radier parcial

    De acordo com o mesmo livro, para se obter um projeto

    econmico, deve ser feito o maior nmero possvel de sapatas

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    isoladas. S no caso em que a proximidade entre dois ou mais pilares

    resultem na sobreposio das sapatas isoladas deve-se lanar mo de

    uma sapara associada ou de um viga de fundao.

    A viga que une os dois pilares, de modo a permitir que a sapata

    trabalhe com tenso constante, denomina-se viga de rigidez.

    Em regra, o condicionamento econmico da sapata associada

    est diretamente ligado obteno de uma viga de rigidez

    econmica. Para tanto, deve-se buscar que os momentos negativos

    desta viga sejam aproximadamente iguais ao momento positivo, em

    mdulo.

    Nos casos de pilares de divisa ou prximos a obstculos onde

    no seja possvel fazer com que o centro de gravidade da sapata

    coincida com o centro de carga do pilar, pode-se adotar uma viga de

    equilbrio ou viga-alavanca ligada a outro pilar, criando-se uma

    estrutura capaz de absorver o momento resultante da excentricidade

    decorrente do fato de o pilar ficar excntrico com a sapata.

    14) (43 TJ/PI 2009 FCC) Sapata Associada uma

    fundao

    (A) rasa, comum a vrios pilares, cujos centros em planta no

    estejam situados num mesmo alinhamento.

    (B) rasa, comum a vrios pilares, cujos centros no estejam

    situados num mesmo plano.

    (C) profunda, sinnimo de Radier.

    (D) rasa, comum a vrios pilares, cujos centros em planta

    estejam situados num mesmo alinhamento.

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    (E) profunda, comum a vrios pilares, cujos centros em planta

    estejam situados num mesmo plano.

    2.7.1 Viga de equilbrio Elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois

    pilares (ou pontos de carga) e dimensionado de modo a

    transmiti-las centradas s fundaes. Da utilizao de viga de

    equilbrio resultam cargas nas fundaes, diferentes das cargas dos

    pilares nelas atuantes.

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    Notas:

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    a) Quando ocorre uma reduo da carga, a fundao deve ser

    dimensionada, considerando-se apenas 50% desta reduo.

    b) Quando da soma dos alvios totais puder resultar trao na

    fundao do pilar interno, o projeto de fundao deve ser reestudado.

    Segue questo da FCC para complementao e/ou reforo do

    assunto:

    15) (54 PMSP/2008 FCC) As fundaes em blocos

    corridos e destinadas a suportar cargas provenientes das

    paredes estruturais podem ser executadas, entre outros, com

    os seguintes materiais:

    (A) blocos de argila compensada e pedras de silte.

    (B) sapata moldada em p de pedra e cal hidrulica.

    (C) tijolos slico-calcreos e blocos de gesso.

    (D) alvenaria em bloco de concreto e pedra.

    (E) tijolos de argila prensada e argamassa de cal hidrulica.

    16) (81 TCE/PI 2005 FCC) O coeficiente, ou fator de

    segurana mnimo, adotado em fundaes superficiais

    (A) 3,0 (B) 2,5 (C) 2,0 (D) 1,5 (E) 1

    17) (70 TCE/PI 2005 FCC) Nos mtodos empricos,

    pelos quais se chega a uma presso admissvel para uma

    sapata, baseada em investigaes de campo, e onde os

    valores servem para uma orientao inicial, o valor em Mpa de

    um solo formado por argilas mdias

    (A) 0,5

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    (B) 0,4

    (C) 0,3

    (D) 0,2

    (E) 0,1

    18) (40 TRE/AM 2003 FCC) Quando as sapatas da

    fundao de um edifcio so significativamente grandes, ou

    seja, uma aproxima-se da outra, normalmente elas se

    juntaro em uma nica denominada

    (A) sapata corrida.

    (B) sapata associada.

    (C) sapata escavada.

    (D)) radier.

    (E) tubulo.

    3 FUNDAO PROFUNDA

    Elemento de fundao que transmite a carga ao terreno pela

    base (resistncia de ponta), por sua superfcie lateral (resistncia de

    fuste) ou por uma combinao das duas, e que est assente em

    profundidade superior ao dobro de sua menor dimenso em planta,

    e no mnimo 3 m, salvo justificativa. Neste tipo de fundao

    incluem-se as estacas, os tubules e os caixes.

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    Fonte: < www.leonardi.com.br>

    obrigatrio o uso de lastro de concreto magro com espessura

    no inferior a 5 cm para a execuo do bloco de coroamento de

    estaca ou tubulo.

    3.1 Estaca

    Elemento de fundao profunda executado inteiramente por

    equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua

    execuo, haja descida de operrio. Os materiais empregados

    podem ser: madeira, ao, concreto pr-moldado, concreto moldado in

    loco ou mistos.

    A estaca mista um tipo de fundao profunda constituda de

    dois (e no mais do que dois) elementos de materiais diferentes

    (madeira, ao, concreto pr-moldado e concreto moldado in loco).

    A estaca mista deve satisfazer aos requisitos correspondentes

    aos dois tipos de materiais associados, conforme considerados

    anteriormente em estacas de um nico elemento estrutural.

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    3.1.1) Estacas moldadas in loco

    As estacas moldadas in loco so executadas enchendo-se de

    concreto ou argamassa perfuraes previamente executadas no

    terreno, atravs de escavaes ou de deslocamento do solo pela

    cravao de soquete ou de tubo de ponta fechada.

    O deslocamento do solo quando no h retirada de material

    da perfurao.

    Estas perfuraes, quando escoradas, podem ter suas paredes

    suportadas por revestimento a ser recuperado ou a ser perdido, ou

    por lama tixotrpica (lama bentontica).

    a) Estaca Raiz

    Estaca armada e preenchida com argamassa de cimento e

    areia, moldada in loco, executada atravs de perfurao rotativa ou

    roto-percussiva, revestida integralmente, no trecho em solo, por um

    conjunto de tubos metlicos recuperveis.

    A estaca raiz armada em todo seu comprimento.

    Elas possuem dimetro nominal entre 150 mm a 500 mm.

    A perfurao em solo executada por meio de perfuratriz

    rotativa ou roto-percussiva que desce o revestimento atravs de

    rotao com o uso de circulao direta de gua injetada no seu

    interior.

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    Fonte:

    Quando ocorrerem solos muito duros ou muito compactos,

    pode-se executar pr-perfurao avanada por dentro do

    revestimento.

    Ao se encontrar mataces ou topo de rocha, a perfurao

    prosseguida por dentro do revestimento mediante emprego de

    equipamento adequado para perfurao de rocha. Esta operao,

    necessria para atravessar o mataco ou embutir a estaca na rocha,

    causa, usualmente, uma diminuio do dimetro da estaca que deve

    ser considerada no dimensionamento.

    Aps o trmino da perfurao e antes do incio do lanamento

    da argamassa, se limpa internamente o furo atravs da utilizao da

    composio de lavagem e, posteriormente, procede-se descida da

    armadura, montada em feixe ou em gaiola, que apoiada no fundo

    do furo.

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    O furo preenchido com argamassa mediante bomba de

    injeo, atravs de um tubo descido at a ponta da estaca. O

    preenchimento feito de baixo para cima at a expulso de toda

    gua de circulao contida no interior do revestimento.

    Aps o preenchimento do furo, inicia-se a extrao do

    revestimento.

    Periodicamente, coloca-se a cabea de injeo no topo do

    revestimento e aplica-se presso que pode ser de ar comprimido ou

    atravs da bomba de injeo de argamassa. Aps a aplicao da

    presso e retirada dos tubos de revestimento, o nvel da argamassa

    completado.

    A utilizao de lama estabilizante pode afetar a aderncia entre

    a estaca e o solo. Normalmente uma lavagem com gua pura

    suficiente para eliminar esse inconveniente.

    No se deve executar estacas com espaamento inferior a 5

    dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se

    estaca de maior dimetro.

    A argamassa a ser utilizada deve ter fck > 20 MPa e deve

    satisfazer as seguintes exigncias:

    a) consumo de cimento 600 kg/m3;

    b) fator gua/cimento entre 0,5 e 0,6;

    c) agregado: areia e/ou pedrisco.

    b) Estaca escavada com injeo ou Microestaca

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    A micro-estaca uma estaca moldada in loco, executada

    atravs de perfurao rotativa com tubos metlicos (revestimento) ou

    roto-percussiva por dentro dos tubos, no caso de mataco ou rocha.

    Esta estaca armada e injetada, com calda de cimento ou

    argamassa, atravs de tubo manchete, visando aumentar a

    resistncia do atrito lateral.

    Este tipo de estaca comporta duas variantes com relao

    armadura: na primeira delas introduz-se um tubo metlico com

    funo estrutural, dotado de manchetes para a injeo e na segunda

    a armadura constituda de barras (ou gaiola) e a injeo feita

    atravs de um tubo plstico tambm dotado de manchetes.

    A perfurao em solo executada por meio de perfuratriz

    rotativa que desce o revestimento atravs de rotao com o uso de

    circulao direta de gua injetada no seu interior. Quando ocorrerem

    solos muito duros ou muito compactos, pode-se executar pr-

    perfurao avanada por dentro do revestimento.

    Ao se alcanar mataco ou topo rochoso, a perfurao

    prosseguida por dentro do revestimento mediante emprego de

    martelo de fundo ou sonda rotativa. Esta operao, necessria para

    atravessar o mataco ou embutir a estaca na rocha causa,

    usualmente, uma diminuio do dimetro da estaca que deve ser

    considerada no dimensionamento.

    Antes da colocao da armadura se limpa internamente o furo

    atravs de lavagem. Posteriormente descida a armadura constituda

    de tubo metlico manchetado ou gaiola que apoiada no fundo do

    furo.

    Quando em gaiola, as barras so montadas com um tubo de

    PVC manchetado. As bainhas devero ser espaadas no mximo 1 m.

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    A calda de cimento aplicada por meio de bomba de injeo,

    atravs de hastes dotadas de obturadores duplos. A primeira injeo,

    chamada injeo da bainha ou preenchimento, deve ser feita a partir

    da extremidade inferior do tubo e deve preencher o espao anelar

    entre o tubo e o furo. O revestimento retirado aps a injeo da

    bainha.

    As injees posteriores (primria, secundria, etc.) so feitas

    de baixo para cima em cada manchete, verificando-se os volumes, as

    presses e critrios de injeo previstos em projeto.

    No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5

    dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se

    estaca de maior dimetro.

    A argamassa a ser utilizada ter fck > 20 MPa e deve satisfazer

    as seguintes exigncias:

    a) consumo de cimento no inferior a 600 kg/m3;

    b) fator gua I cimento entre 0.5 e 0,6; e

    c) agregado: areia e pedrisco.

    c) Estaca tipo broca

    Tipo de fundao profunda executada por perfurao com

    trado manual e posterior concretagem, sempre acima do lenol

    fretico, ou seja, uma estaca escavada mecanicamente (sem

    emprego de revestimento ou de fluido estabilizante).

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    Recomenda-se para as estacas tipo broca um dimetro

    mnimo de 20 cm e mximo de 50 cm. Estas estacas so

    indicadas para pequenas cargas (da ordem de 50 a 100 kN).

    O concreto deve ser lanado do topo da perfurao com o

    auxlio de funil, devendo apresentar fck 15 Mpa, consumo de

    cimento > 300 kg/m3 e consistncia plstica.

    Em geral, estas estacas no so armadas, utilizando-se

    somente ferros de ligao com o bloco. Quando necessrio, a estaca

    pode ser armada para resistir aos esforos da estrutura.

    A perfurao manual restringe a utilizao destas estacas a

    pequenas cargas pela pouca profundidade que se consegue alcanar

    (da ordem de 6 a 8 m) e tambm pela no garantia de verticalidade

    do furo.

    Fonte:

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    Pode-se tambm executar a perfurao com o emprego de

    soquete. Nesse caso, a estaca broca ser do tipo estaca apiloada.

    19) (34 COPERGS/2011 FCC) Brocas so dispositivos de

    fundao executados in loco, sem molde, por perfurao no

    terreno com o auxlio de um trado, sendo o furo

    posteriormente preenchido com o concreto apiloado. NO se

    inclui, entre as caractersticas das brocas, a

    (A) utilizao de concreto fabricado in situ.

    (B) baixa capacidade de carga.

    (C) escavao unicamente acima do lenol fretico.

    (D) garantia de verticalidade.

    (E) perfurao por meio da rotao e compresso do tubo.

    d) Estaca tipo Strauss

    uma estaca de concreto moldada in loco, executada atravs

    da escavao, mediante emprego de uma sonda (piteira), com a

    simultnea introduo de revestimento metlico em segmentos

    rosqueados, at que se atinja a profundidade projetada.

    O processo consiste na retirada de terra com sonda ou piteira e

    a simultnea introduo de tubos metlicos rosqueveis entre si, at

    atingir a profundidade desejada e a posterior lanamento do concreto

    e a retirada gradativa do revestimento e o simultneo apiloamento

    do concreto.

    O revestimento integral assegura a estabilidade da perfurao e

    garante as condies para que no ocorra a mistura do concreto com

    o solo ou o estrangulamento do fuste da estaca.

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    Este tipo de estaca no deve ser utilizado em areias submersas

    ou em argilas muito moles saturadas.

    Apresenta capacidade de carga menor que as estacas Franki e

    pr-moldadas de concreto, assim como limitao quanto

    presena de lenol fretico.

    Elas abrangem uma faixa de carga da ordem de 200 a 800 kN.

    A estaca Strauss indicada para locais confinados devido ao

    equipamento ser pequeno e leve, e provoca pouca vibrao.

    Quando executadas uma ao lado da outra (estacas

    justapostas), podem servir de cortina de conteno para a execuo

    de subsolos (desde que devidamente armadas).

    A perfurao iniciada com um soquete, at uma profundidade

    de 1 m a 2 m. O furo feito com o soquete serve de guia para

    introduo do primeiro tubo de revestimento, dentado na

    extremidade inferior, chamado coroa. Aps a introduo da coroa, o

    soquete substitudo pela sonda (piteira), a qual, por golpes

    sucessivos, vai retirando o solo do interior e abaixo da coroa, que

    vai sendo introduzida no terreno. Quando a coroa estiver toda

    cravada, rosqueado o tubo seguinte, e assim por diante, at que se

    atinja a profundidade prevista para a perfurao ou as condies

    previstas para o terreno. Imediatamente antes da concretagem, deve

    ser feita a limpeza completa do fundo da perfurao, com total

    remoo da lama e da gua eventualmente acumuladas durante a

    perfurao.

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    Fonte:

    Fonte:

    Caso as caractersticas do terreno permitam, o revestimento

    com o tubo pode ser parcial.

    Recomenda-se que as estacas Strauss tenham o seu

    dimetro limitado a 500 mm.

    Com o furo completamente esgotado e limpo, lanado o

    concreto em quantidade suficiente para se ter uma coluna de

    aproximadamente 1 m (ponta da estaca). Sem puxar a linha de tubos

    de revestimento, apiloa-se o concreto, para formar uma espcie de

    bulbo.

    Para a execuo do fuste, o concreto lanado dentro da linha

    de tubos e, medida que apiloado, vo sendo retirados os tubos

    com o emprego do guincho manual. Para garantia de continuidade do

    fuste, deve ser mantida dentro da linha de tubos, durante o

    apiloamento, uma coluna de concreto suficiente para que este ocupe

    todo o espao perfurado e eventuais vazios e deformaes no

    subsolo. O pilo no deve ter oportunidade de entrar em contato com

    o solo da parede ou base da estaca, para no provocar desabamento

    ou mistura de solo com o concreto; este cuidado deve ser reforado

    no trecho eventualmente no revestido.

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    Fonte: < www.fxsondagens.com.br>

    O concreto utilizado deve apresentar fck 20 Mpa, consumo

    de cimento 300 kg/m3 e abatimento ou slump test entre 8 e 12

    cm para estacas no armadas e de 12 a 14 cm para estacas armadas.

    Caso ao final da perfurao exista gua no fundo do furo que

    no possa ser retirada pela sonda, deve-se lanar um volume de

    concreto seco para obturar o furo. Neste caso, deve-se desprezar a

    contribuio da ponta da estaca na sua capacidade de carga.

    No caso das estacas no sujeitas a trao ou a flexo, a

    armadura apenas de arranque sem funo estrutural e as barras de

    ao podem ser posicionadas no concreto, uma a uma, sem estribos,

    imediatamente aps a concretagem, deixando-se para fora a espera

    prevista em projeto.

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    Para estacas armadas, a gaiola de armadura deve ser

    introduzida no revestimento antes da concretagem. Neste caso o

    soquete deve ter dimetro menor que o da armadura.

    Nas estacas dimensionadas para suportar trao ou flexo, o

    projeto da armadura deve obedecer aos seguintes critrios:

    a) o dimetro mnimo para execuo de estacas armadas de

    32 cm;

    b) os estribos devem ter espaamento entre 15 e 30 cm.

    No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5

    dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se

    estaca de maior dimetro.

    Pelo menos 1% das estacas, e no mnimo uma por obra, dever

    ser exposta abaixo da cota de arrasamento e, se possvel, at o nvel

    d'gua, para verificao da sua integridade e qualidade do fuste.

    20) (68 TCE/GO 2009 FCC) Considere as seguintes

    afirmaes sobre as estacas Strauss:

    I. No provocam vibraes, portanto, evitam danos s

    construes vizinhas, mesmo estas se encontrando em

    condies precrias.

    II. Quando executadas uma ao lado da outra (estacas

    justapostas) servem como cortina de conteno para a

    execuo de subsolos, quando adequadamente armadas.

    III. Podem ser executadas abaixo do nvel da gua,

    principalmente no caso de solos arenosos.

    Est correto o que se afirma APENAS em

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    41

    (A) I.

    (B) II.

    (C) III.

    (D) I e II.

    (E) I e III.

    21) (44 MPE-AM/2013 FCC) Pelo mtodo construtivo da

    estaca Strauss, NO recomendvel seu uso em

    (A) solos coesivos sem lenol fretico alto.

    (B) solos pouco coesivos e sem lenol fretico, com uso de

    tubo de revestimento.

    (C) solos altamente coesivos e sem lenol fretico com a

    possibilidade de executar a estaca sem revestimento.

    (D) solo pouco coesivo e com lenol fretico, com o uso de

    tubo de revestimento.

    (E) terrenos que propiciam comprimentos variveis de

    cravao

    22) (46 MPU/2004 - ESAF) As fundaes indiretas do tipo

    estacas possuem caractersticas prprias, apresentando

    vantagens e desvantagens, o que nos permite optar por uma

    ou outra soluo para a construo de edifcios, de acordo com

    cada caso. Considerando-se a estaca do tipo Strauss, correto

    afirmar que:

    a) sua maior vantagem a viabilidade de execuo em

    terrenos alagados, tornando-se barata e eficiente para este

    caso.

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    42

    b) sua maior desvantagem a vibrao que pode vir a causar

    danos aos terrenos e edifcios vizinhos.

    c) sua principal desvantagem a necessidade de macaco

    hidrulico para a cravao.

    d) no recomendado o seu uso abaixo do nvel de gua,

    principalmente se o solo for arenoso.

    e) executada com o uso de lama bentontica, sendo indicada

    somente para cargas elevadas em terrenos argilosos.

    e) Estaca tipo Franki

    Estaca moldada in loco executada pela cravao, por meio de

    sucessivos golpes de um pilo, de um tubo de ponta fechada por uma

    bucha seca constituda de pedra e areia previamente firmada na

    extremidade inferior do tubo por atrito. Esta estaca possui base

    alargada e integralmente armada.

    Atingida a cota de apoio, procede-se expulso da bucha,

    execuo de base alargada, instalao da armadura e execuo do

    fuste de concreto apiloado com a simultnea retirada do

    revestimento.

    A execuo da estaca pode apresentar alternativas executivas

    em relao aos procedimentos da estaca padro como, por exemplo:

    perfurao interna (denominado cravao trao), fuste pr-

    moldado; fuste encamisado com tubo metlico perdido; fuste

    executado com concreto plstico vibrado ou sem execuo de base

    alargada.

    A cravao do tubo executada por meio de golpes do pilo na

    bucha seca que adere ao tubo por atrito at a obteno da nega.

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    As negas de cravao do tubo devem ser obtidas de duas

    maneiras em todas as estacas:

    a) para 10 golpes de 1,0 m de altura de queda do pilo; e

    b) para 1 golpe de 5,0 m de altura de queda do pilo.

    O seu processo executivo (cravao de um tubo com a ponta

    fechada e execuo de base alargada) causa muita vibrao.

    Atingida a cota de projeto e obtida a nega especificada, se

    expulsa a bucha atravs de golpes do pilo com o tubo preso torre.

    A seguir introduz-se um volume de concreto seco (fator gua/cimento

    = 0.18) formando assim a base.

    Na confeco da base necessrio que os ltimos 0,15 m3

    sejam introduzidos com uma energia mnima de 2,5 MN x m para as

    estacas com dimetro igual ou inferior a 450 mm e de 5,0 MN x m

    para estacas com dimetro de 450 mm at 600 mm. Para as estacas

    com dimetros de 700 mm os ltimos 0,25 m3 devem ser

    introduzidos com uma energia mnima de 9,0 MN x m. Em caso de

    volume diferente, a energia deve ser proporcional ao volume.

    A energia obtida pelo produto do peso do pilo pela altura de

    queda e pelo nmero de golpes.

    Ao final da execuo da base, coloca-se a armadura que deve

    ser nela ancorada.

    A armadura integral, pois faz parte do processo executivo da

    estaca e tambm fundamental para permitir o controle executivo.

    constituda de no mnimo quatro barras de ao CA-50. A extremidade

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    44

    inferior da ferragem feita com ao CA-25 (em forma de cruzeta)

    soldada armadura principal.

    A concretagem do fuste feita lanando-se sucessivas camadas

    de pequeno volume de concreto seco (fator gua/cimento = 0.36)

    com apiloamento e simultnea retirada do tubo. No caso de fuste

    vibrado o fator a/c dever ser adequado a essa metodologia

    executiva.

    Nesta operao deve-se garantir uma altura mnima de

    concreto dentro do tubo.

    A concretagem deve ser feita at pelo menos 0,30m acima da

    cota de arrasamento.

    Dever ser controlado o encurtamento da armadura durante a

    execuo do fuste.

    No caso de execuo de uma estaca tipo Franki necessrio

    que todas as demais estacas situadas em um crculo igual a seis

    vezes o dimetro da estaca estejam cravadas e concretadas h pelo

    menos 12 horas.

    Quando se deseja eliminar o risco de levantamento das estacas

    vizinhas ou minimizar os efeitos de vibrao, deve-se empregar

    metodologia executiva apropriada, como pr-furo, cravao a

    trao ou furo de alvio.

    Pelo menos 1% das estacas, e no mnimo uma por obra, dever

    ser exposta abaixo da cota de

    arrasamento e, se possvel, at o nvel d'gua, para verificao

    da sua integridade e qualidade do fuste.

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    O consumo mnimo de cimento de 350 kg/m3 e o fck do

    concreto deve ser 20 MPa.

    A faixa de carga dessas estacas de 550 a 1.700 kN.

    No se recomendam essas estacas nos seguintes casos:

    - terrenos com mataces;

    - locais com construes vizinhas precrias;

    - terrenos com camadas de argila mole saturada (problema de

    estrangulamento de fuste).

    Neste ltimo caso, um possvel recurso reforar a prpria

    argila mole como uso de areia, cravando-se o tubo, que a seguir

    cheio de areia e arrancando o mesmo. A seguir, recrava-se o tubo

    (com a bucha refeita). A adio de areia na argila mole pode ser feita

    mais de uma vez.

    Outro recurso possvel a concretagem em argilas moles, que

    consiste em preencher totalmente o tubo de concreto plstico e, a

    seguir, remov-lo com auxlio de martelo vibratrio (estacas com

    fuste vibrado).

    Ao contrrio das estacas pr-moldadas, essas estacas so

    recomendadas para o caso de a camada resistente encontrar-se a

    profundidades variveis.

    No caso de terrenos com pedregulhos ou pequenos mataces

    relativamente dispersos, pode-se utilizar esse tipo de estacas.

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    23) (100 MPE/SE 2009 FCC) Constitui uma das

    desvantagens da utilizao das estacas tipo Franki:

    (A) a cravao com alta vibrao.

    (B) o lanamento do concreto molhado.

    (C) a colocao de armadura no longitudinal.

    (D) a baixa aderncia ao solo.

    (E) a baixa capacidade de carga.

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    f) Estaca Hlice

    As estacas hlice podem ser do tipo contnua monitorada ou do

    tipo de deslocamento monitorada.

    f.1) Estaca Hlice Contnua Monitorada

    Estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a

    introduo no terreno, por rotao, de um trado helicoidal contnuo. A

    injeo de concreto feita pela haste central do trado

    simultaneamente sua retirada. A armadura sempre colocada

    aps a concretagem da estaca.

    O concreto bombeado pelo interior da haste com sua

    simultnea retirada. A ponta da haste fechada por uma tampa para

    evitar entrada de gua ou contaminao do concreto pelo solo. Esta

    tampa aberta pelo peso do concreto no incio da concretagem.

    A retirada da hlice necessita ser puxada por um guindaste na

    ponta do equipamento, uma vez que a presso do concreto no

    suficiente para a remoo.

    Se a concretagem da estaca for feita com o trado girando, este

    deve girar no sentido da perfurao.

    O concreto utilizado deve apresentar resistncia caracterstica

    fck de 20 Mpa, ser bombevel, com abatimento de 22 3 cm, e

    composto de cimento, areia e pedrisco, com consumo mnimo de

    cimento de 400 kg/m3, fator gua/cimento 0,6, e % de

    argamassa em peso 55%.

    A colocao da armadura, em forma de gaiola deve ser feita

    imediatamente aps a concretagem. Sua descida pode ser auxiliada

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    por peso ou vibrador. A armadura deve ser enrijecida para facilitar a

    sua colocao.

    No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5

    dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se

    estaca de maior dimetro.

    Fonte:

    Fonte:

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    Essas estacas so indicadas para reas urbanas, por no

    ocasionar vibraes e rudos exagerados. So utilizadas tambm cm

    pr-escavaes para introduo de perfis metlicos, caso no se

    deseje uma estaca moldada in loco.

    O que mais caracteriza o sistema a alta produtividade e o

    nmero reduzido de pessoas para a execuo das estacas.

    A estaca pode ser executada com inclinao de at 14.

    O torque e o arranque do equipamento do trado helicoidal

    variam de acordo com o dimetro e comprimento da estaca.

    No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5

    dimetros (estaca de maior dimetro) em intervalo inferior a 12 h.

    Isso porque a concretagem feita sob presso e o concreto tem

    abatimento alto, o que pode provocar ruptura do solo entre elas.

    Pelo menos 1% das estacas, ou no mnimo uma, deve ser

    exposta abaixo da cota de arrasamento e, se possvel, at o nvel

    dgua, para verificao da sua integridade e qualidade do fuste.

    Quando s existem foras de compresso que aplicam a tenso

    mxima na estaca de 5 MPa, costuma-se dispensar a armadura.

    24) (46 SEGAS/2013 FCC) A estaca hlice contnua uma

    estaca de concreto moldado in loco, executada por meio de

    trado contnuo e injeo de concreto atravs da haste central

    do trado simultaneamente a sua retirada do terreno.

    Representa uma caracterstica deste tipo de fundao:

    (A) a utilizao de lama bentontica na escavao.

    (B) os terrenos podem ser de relevo acidentado.

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    (C) o nvel de vibrao elevado provocado durante a

    escavao.

    (D) o custo baixo de implantao.

    (E) a adaptabilidade na maioria dos tipos de terreno, exceto

    na presena de mataces e rochas

    f.2) Estaca Hlice de Deslocamento Monitorada

    uma estaca de deslocamento, de concreto moldado in loco,

    mediante a introduo no terreno, por rotao, de um trado com

    caractersticas tais que ocasionam um deslocamento do solo junto ao

    fuste e ponta, no havendo retirada de solo. A injeo de

    concreto feita pelo interior do tubo central.

    Devido grande resistncia desenvolvida durante a perfurao,

    o equipamento dever ter um torque compatvel com o dimetro da

    estacas e caractersticas do terreno, sendo de no mnimo de 200

    kN.m. Os dimetros usuais das estacas hlice de deslocamento

    variam entre 310 mm e 610 mm.

    Alm disso, a estaca hlice de deslocamento apresenta a

    peculiaridade de permitir que a armadura seja colocada pelo tubo

    central do trado antes da concretagem. Neste caso a tampa metlica

    ser perdida.

    g) Estacas escavadas com uso de fludo estabilizante

    So estacas escavadas com uso de fludo estabilizante que pode

    ser lama bentontica ou polmero sinttico para sustentao das

    paredes da escavao.

    A concretagem submersa, com o concreto deslocando o fluido

    estabilizante em direo ascendente para fora do furo.

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    Podem ter sees circulares, tambm denominadas "estaces",

    retangulares (denominadas barretes) ou parede-diafragma quando

    contnuas.

    25) (52 Metr/2009 FCC) Uma estaca barrete

    (A) executada com uma mquina denominada clamshell.

    (B) para uso no processo de escavao gua, o que gera

    muito barro, da o nome.

    (C) de pequena dimenso, exatamente para servir de reforo

    em edificaes pr-existentes.

    (D) executada com um bate-estacas de baixa capacidade.

    (E) para uso de concreto plasticamente coeso, semelhante ao

    barro.

    g.1) Escavao

    Antes de iniciar a escavao da estaca e com o objetivo de

    guiar a ferramenta de escavao, deve ser cravada uma camisa

    metlica ou executada uma mureta-guia. Estas guias devem ser

    cerca de 5 cm maiores que a estaca projetada, e devem ser

    embutidas no terreno com um comprimento no inferior a 1m.

    A escavao da estaca feita simultaneamente ao lanamento

    do fluido, cuidando-se para que o seu nvel esteja sempre, no

    mnimo, 1,50 m acima do lenol fretico.

    A perfurao deve ser contnua at a sua concluso. Caso no

    seja possvel, o efeito da interrupo deve ser analisado devendo ser

    adotadas medidas que garantam a carga de projeto, como por

    exemplo, o seu aprofundamento.

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    Uma vez terminada a escavao e antes da concretagem deve

    ser verificada a porcentagem de areia em suspenso na lama e em

    funo deste valor proceder-se- sua troca ou desarenao para

    garantir sua qualidade durante toda a concretagem.

    Em se tratando do polmero, a decantao imediata, no

    necessitando de desarenao, apenas limpeza do fundo.

    Em funo da especificao do projeto pode ser necessria

    tambm uma plena limpeza do fundo da escavao com air-lift a

    fim de melhorar o contato concreto-solo ou rocha.

    g.2) Colocao da armadura

    Antes do incio da concretagem, e estando o fluido dentro das

    especificaes indicadas, feita a colocao da armadura de projeto.

    A armadura deve ser colocada com espaadores para assegurar o

    cobrimento de projeto e sua centralizao.

    g.3) Concretagem

    A tcnica de concretagem submersa e contnua. Utiliza-se

    tubo tremonha e a concretagem executada imediatamente aps as

    operaes anteriores devendo ser feita, at no mnimo, 50 cm acima

    da cota de arrasamento.

    O concreto a ser utilizado deve satisfazer as seguintes

    exigncias:

    a) consumo de cimento mnimo de 400 kg/m3;

    b) abatimento ou "slump test" igual a 22 3 cm;

    a) fator gua/cimento 0,6;

    b) dimenso mxima do agregado: 19mm (brita 1) ;

    c) % de argamassa em massa: 55%;

    d) trao tipo bombeado;

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    53

    e) fck > 20 MPa.

    permitido o uso de agregados midos artificiais.

    g.4) Demais detalhes de Execuo

    No se devem executar estacas com espaamento inferior a 5

    dimetros em intervalo inferior a 12 horas. Esta distncia refere-se

    estaca de maior dimetro. No caso de parede-diafragma o prazo para

    concretagem de painis contguos de 24 horas.

    Pelo menos 1% das estacas, e no mnimo uma por obra, dever

    ser exposta abaixo da cota de arrasamento e, se possvel, at o nvel

    d'gua, para verificao da sua integridade e qualidade do fuste.

    g.5) Lama Bentontica

    uma lama formada pela mistura de bentonita com gua

    limpa, em misturadores de alta turbulncia, com uma concentrao

    varivel em funo de viscosidade e densidade que se pretende

    obter.

    A lama bentontica, depois de misturada, deve ficar em repouso

    por 12 horas para sua plena hidratao e deve possuir teor de areia

    de at 3%.

    A bentonita uma argila produzida a partir de jazidas

    naturais, sofrendo, em alguns casos, um beneficiamento. O argilo-

    mineral predominante a montmorilonita sdica, o que explica sua

    tendncia ao inchamento.

    A lama bentontica possui as seguintes caractersticas:

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    - estabilidade produzida pelo fato de a suspenso de

    bentonita se manter por longo perodo;

    - capacidade de formar nos vazios do solo e especialmente

    junto superfcie lateral da escavao uma pelcula impermevel

    (cake);

    - tixotropia, isto , ter um comportamento fluido quando

    agitada, porm capaz de formar um gel quando em repouso.

    26) (42 TRF3/2007 FCC) Durante as fases de sondagem e

    de fundao de um edifcio, foi utilizado um material chamado

    bentonita. Com relao a esse material, considere:

    I. A bentonita uma argila da famlia das montmorilonitas

    cuja caracterstica principal a propriedade da tixotropia, ou

    seja, um comportamento fluido quando agitada, mas capaz de

    formar um gel quando em repouso.

    II. As principais funes da lama durante a escavao: so

    suportar a face da escavao, formao de um selo para

    impedir a perda da lama no solo e deixar em suspenso as

    partculas slidas do solo escavado, evitando que se

    depositem no fundo da escavao.

    III. Um dos principais inimigos das capacidades tixotrpicas

    da bentonita o acmulo de sais, como o cloreto de sdio, na

    soluo da lama. Esses sais podem, em concentraes

    elevadas, fazer com que as propriedades de sustentao e

    vedao se percam completamente.

    Est correto o que se afirma em

    (A) I, apenas.

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    (B) II, apenas.

    (C) I e II, apenas.

    (D) II e III, apenas.

    (E) I, II e III.

    27) (34 TJ/PI 2009 FCC) Sobre estacas moldadas in

    loco, considere:

    I. Mtodo que consiste em cravar um tubo de ao, batendo

    com o mao de bate-estacas, em um tampo de concreto ou

    areia colocado no fundo do tubo. O tubo vai descendo forado

    pelo atrito do tampo no interior deste at a profundidade

    desejada.

    II. Consiste na cravao de um conjunto de tubos metlicos,

    de dimetros consecutivos e decrescentes. A escavao feita

    aps a cravao de cada tubo, sucessivamente. Os tubos so

    retirados com a progresso da concretagem, podendo ser

    executada abaixo do nvel da gua, desde que abaixo deste

    haja uma camada de argila em que o tubo possa apoiar-se,

    permitindo o trmino da escavao antes que a gua

    atravesse a camada de argila.

    III. um tipo confeccionado no prprio local onde ser

    empregada. O mtodo consiste em enterrar um tubo de ao no

    solo com um pequeno bate-estaca. Enterrado o tubo, este vai

    sendo retirado ao mesmo tempo em que se vai enchendo o

    orifcio com concreto, o qual batido com um pilo para

    melhor adensamento.

    As descries apresentadas referem-se, respectivamente, s

    estacas

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    (A) Straus, tubulo e hlice contnua.

    (B) tubulo tipo Chigago, hlice contnua e Franki.

    (C) Franki, tubulo tipo Gow e Straus.

    (D) raiz, estaca premoldada de concreto e tubulo tipo

    Chicago.

    (E) hlice contnua, raiz e Straus.

    3.1.2 Estacas Pr-Moldadas

    As estacas pr-moldadas caracterizam-se por serem cravadas

    no terreno por percusso, prensagem ou vibrao e por fazerem

    parte do grupo denominado estacas de deslocamento.

    As estacas cravadas so atualmente denominadas

    estacas de deslocamento.

    As estacas pr-moldadas podem ser constitudas por um nico

    elemento estrutural (madeira, ao, concreto armado ou protendido)

    ou pela associao de dois desses elementos (e no mais do que

    dois), quando ser denominada estaca mista.

    3.1.2.1 Estaca cravada por percusso

    Tipo de fundao profunda em que a prpria estaca ou um

    molde introduzido no terreno por golpes de martelo (por exemplo:

    de gravidade, de exploso, de vapor, de diesel, de ar comprimido,

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    vibratrio). Em certos casos, esta cravao pode ser precedida por

    escavao ou lanagem.

    Fonte:

    Fonte:

    a) Estacas de madeira

    As estacas de madeira so empregadas usualmente para obras

    provisrias. Se forem usadas para obras permanentes, tero que

    ser protegidas contra ataque de fungos, bactrias aerbicas,

    trmitas etc.

    A ponta e o topo devem ter dimetros maiores que 15 cm e 25

    cm, respectivamente.

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    As estacas de madeira devem ter seus topos (cota de

    arrasamento) permanentemente abaixo do nvel dgua.

    Em terrenos com mataces, devem ser evitadas as estacas de

    madeira.

    Quando se tiver que penetrar ou atravessar camadas

    resistentes, as pontas devem ser protegidas por ponteira de ao.

    A cravao normalmente executada com martelo de queda

    livre, cuja relao entre o peso do martelo e o peso da estaca seja a

    maior possvel, respeitando-se a relao mnima de 1,0.

    b) Estacas metlicas ou de ao

    As estacas de ao podem ser constitudas por perfis laminados

    ou soldados, simples ou mltiplos, tubos de chapa dobrada (seo

    circular, quadrada ou retangular), tubo sem costura e trilhos.

    Sua faixa de carga varia em torno de 400 a 3.000 kN. Embora

    seja o tipo de estaca mais cara por unidade de carga, ela pode ser

    vantajosa nos seguintes casos:

    - quando no se deseja vibrao durante a cravao

    (principalmente se forem perfis simples);

    - quando servem de apoio a pilares de divisa, pois eliminam o

    uso de vigas de equilbrio e ajudam no escoramento no caso de

    subsolos (perfis com pranches de madeira).

    As estacas de ao devem resistir corroso pela prpria

    natureza do ao ou por tratamento adequado. Quando inteiramente

    enterradas em terreno natural, independentemente da situao do

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    lenol dgua, as estacas de ao dispensam tratamento especial.

    Havendo, porm, trecho desenterrado ou imerso em aterro com

    materiais capazes de atacar o ao, obrigatria a proteo deste

    trecho com um encamisamento de concreto ou outro recurso

    adequado (por exemplo: pintura, proteo catdica, etc.).

    As estacas devem ser retilneas, assim consideradas as que

    apresentem flecha mxima de 0,2% do comprimento de qualquer

    segmento nela contido.

    b.1) Cravao

    A cravao pode ser feita por percusso, prensagem ou

    vibrao.

    Para evitar danificar a estaca durante a cravao por percusso,

    o uso de martelos mais pesados e com menor altura de queda mais

    eficiente do que o uso de martelos mais leves e com grande altura de

    queda.

    Na cravao com martelo de queda livre, o peso do martelo

    deve ser 10 kN (1 tf) ou 30 kN (3 tf) para estacas com carga de

    trabalho entre 0,7 MN (70 tf) e 1,3 MN (130 tf).

    Pode-se adotar martelos automticos ou vibratrios observando

    as recomendaes dos fabricantes.

    Caso a cota de arrasamento fique abaixo da cota do plano de

    cravao, pode-se utilizar elemento complementar, denominado

    prolonga ou suplemento, limitado a 2,5 m.

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    Para cravao em terrenos resistentes, podem ser empregadas

    pr-perfuraes. Nesse caso, o eventual desconfinamento deve ser

    considerado pelo projetista.

    As tenses de cravao no devem superar 80% da tenso de

    escoamento do ao, podendo esse limite ser aumentado em 10%

    caso sejam feitas medies da tenso durante a cravao.

    Na cravao por percusso ou vibrao, quando houver

    aproveitamento das sobras de estacas, os segmentos utilizados

    devem ter comprimento mnimo de 2 m. Isto no se aplica s estacas

    cravadas estaticamente.

    Pode ocorrer relaxao ou cicatrizao do terreno. Para sua

    identificao recomenda-se a determinao da nega descansada

    (alguns dias aps a cravao). Se a nova nega for superior obtida

    no final da cravao, deve-se recravar a estaca.

    A relaxao ou cicatrizao variam de poucas horas para solos

    no coesivos e at alguns dias para solos argilosos.

    A transferncia de esforos do bloco de coroamento para as

    estacas metlicas pode ser feita por chapas, fretagem, solda de

    vergalhes para aumento de aderncia, entre outros.

    c) Estacas pr-moldadas de concreto

    As estacas de concreto pr-moldado podem ser de concreto

    armado ou protendido, vibrado ou centrifugado, com qualquer forma

    geomtrica da sua seo.

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    Da mesma forma que as estacas metlicas, a cravao de

    estacas pr-moldadas de concreto pode ser feita por percusso,

    prensagem ou vibrao, assim como para evitar danificar a estaca

    durante a cravao por percusso, o uso de martelos mais pesados e

    com menor altura de queda mais eficiente do que o uso de martelos

    mais leves e com grande altura de queda.

    A faixa de carga dessas estacas varia na faixa entre 200 a

    1.500 kN. Normalmente, no se recomendam essas estacas nos

    seguintes casos:

    - terrenos com presena de mataces ou camadas de

    pedregulhos;

    - terrenos em que a previso da cota da ponta da estaca seja

    muito varivel, de modo que no seja possvel selecionar regies de

    comprimento constante (a exemplo de solos residuais com a matriz

    prxima da regio da ponta da estaca);

    - caso de construes vizinhas em estado precrio.

    c.1) Cravao

    Na cravao com martelo de queda livre, o peso do martelo

    deve ser 20 kN (2 tf) e 75% do peso da estaca ou 40 kN (4 tf)

    para estacas com carga de trabalho entre 0,7 MN (70 tf) e 1,3 MN

    (130 tf).

    Caso a cota de arrasamento fique abaixo da cota do plano de

    cravao, pode-se utilizar elemento complementar, denominado

    prolonga ou suplemento, que pode ser de ao ou concreto, limitado a

    3 m.

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    Para cravao em terrenos resistentes, podem ser empregadas

    pr-perfuraes (sustentadas ou no) ou auxiliadas por jato dgua

    (lanagem). Nesse caso, o eventual desconfinamento deve ser

    considerado pelo projetista.

    As tenses de compresso na cravao no devem superar

    85% da resistncia nominal do concreto. No caso de estacas

    protendidas, as tenses de trao devem ser 90% do valor da

    protenso mais 50% da resistncia nominal do concreto trao. No

    caso de estacas armadas as tenses de trao devem ser 70% da

    tenso de escoamento do ao da armadura. Esses limites podem ser

    aumentados em 10% caso sejam feitas medies da tenses durante

    a cravao.

    As estacas pr-moldadas podem ser emendadas atravs de

    anis soldados ou outros dispositivos. O uso de luvas de encaixe

    exige vrias condies.

    Pode haver aproveitamento das sobras de estacas, desde que

    se tenha um comprimento mnimo de 2 m e seja utilizado somente

    um segmento de sobra por estaca. Posteriormente, a sobra dever

    ser o primeiro elemento a ser cravado.

    Da mesma forma que para as estacas metlicas, pode ocorrer

    relaxao ou cicatrizao do terreno. Para sua identificao

    recomenda-se a determinao da nega descansada (alguns dias aps

    a cravao). Se a nova nega for superior obtida no final da

    cravao, deve-se recravar a estaca.

    No caso de estacas com concreto danificado abaixo da cota de

    arrasamento, deve-se fazer a demolio do trecho comprometido e

    recomp-lo at esta cota. Estacas cujo topo resulte abaixo da cota de

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    arrasamento prevista devem ser emendadas fazendo-se o transpasse

    da armadura.

    Pessoal, a questo a seguir, que caiu na prova da CGU, em

    2008, complementa o assunto de preparo da cabea e ligao com

    bloco de coroamento:

    28) (32 TRE/SE 2007 FCC) Na cravao de estacas pr-

    moldadas, o controle executivo NO aplicvel :

    (A) nega.

    (B) repique elstico.

    (C) altura de queda do martelo.

    (D) tempo de lavagem.

    (E) comprimento cravado.

    29) (52 Metr/SP 2012 FCC) Estacas pr-fabricadas de

    concreto so ideais para transpor camadas extensas de solo

    mole e no possuem restrio quanto ao uso abaixo do lenol

    fretico. Seu processo construtivo permite grande controle

    tecnolgico do material e da execuo. Com relao s estacas

    prmoldadas, considere:

    I. As estacas podem ser de concreto armado ou protendido.

    II. A energia de cravao depende do peso do martelo, do

    peso da estaca e da altura de queda do martelo.

    III. Aps a cravao das estacas pr-moldadas atingir a

    profundidade desejada, no necessrio verificar a nega, em

    funo do seu processo executivo.

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    IV. A capacidade de carga da estaca pr-moldada igual a sua

    capacidade estrutural.

    Est correto o que consta em

    (A) III e IV, apenas.

    (B) II e III, apenas.

    (C) I e II, apenas.

    (D) I e IV, apenas.

    (E) I, II, III e IV.

    d) Estaca de Reao ou tipo Mega

    Tambm conhecidas como estacas prensadas, essas estacas,

    compostas por peas de concreto armado vazadas ou perfis

    metlicos, so cravadas com auxlio de um macaco hidrulico que

    reage contra uma cargueira ou contra a prpria estrutura.

    Embora sua origem esteja relacionada com o emprego em

    reforos de fundaes, podem tambm ser usadas como fundao

    inicial nos casos em que h necessidade de reduzir a vibrao ao

    mximo e quando nenhum outro tipo de estaca pode ser feito.

    Sua faixa de carga situa-se em torno de 700 kN.

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    d.1) Cravao

    Deve ser realizada atravs de macaco hidrulico acionado por

    bomba eltrica ou manual.

    Em solos porosos a cravao pode ser auxiliada atravs da

    saturao do solo e em areia compactas com jatos de gua pelo

    interior do segmento.

    Quando os segmentos forem de concreto a emenda ser feita

    por simples superposio ou atravs de solidarizaro especificada em

    projeto. As emendas de segmentos metlicos sero feita por solda ou

    rosca.

    Finalizada a cravao colocado o cabeote sobre a estaca para

    permitir o encunhamento que deve ser feito por cunhas e calos. As

    cargas de cravao e de encunhamento devero ser de no mnimo

    1,5 vezes a carga admissvel.

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    30) (45 MPE/SE-2009 FCC) A estaca cravada por meio de

    macaco hidrulico, apoiado sobre estrutura existente ou em

    construo ou em cargueira, especialmente construda para

    tal, que no produz impacto ou vibrao, denominada estaca

    (A) Broca.

    (B) Franki.

    (C) Mega.

    (D) Strauss.

    (E) Raiz.

    31) (40 TRE/MS 2007 FCC) O tipo de fundao que NO

    se aplica na construo de uma edificao nova

    (A) estaca tipo Strauss.

    (B) sapata corrida.

    (C) estaca Mega.

    (D) estaca pr-moldada.

    (E) broca.

    3.2 Tubulo

    Trata-se de uma fundao profunda escavada manual ou

    mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, h descida

    de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando

    no h base.

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    Neste tipo de fundao as cargas so transmitidas

    essencialmente pela base a um substrato de maior resistncia.

    Pode ser feito a cu aberto ou sob ar comprimido (pneumtico)

    e ter ou no base alargada. Pode ser executado com ou sem

    revestimento, podendo este ser de ao ou de concreto. No caso de

    revestimento de ao (camisa metlica), este poder ser perdido ou

    recuperado.

    Fonte:

    O concreto para a execuo dos tubules deve satisfazer as

    seguintes exigncias:

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    - consumo de cimento no inferior a 300 kg/m3;

    - abatimento ou "slump test": entre 8 e 12 cm;

    - agregado: dimetro mximo 25mm (brita 2);

    - fck > 20 MPa aos 28 dias.

    A integridade dos tubules deve ser verificada em no mnimo

    um por obra, por meio da escavao de um trecho do seu fuste.

    No necessrio o uso de vibrador. Por esta razo o concreto

    deve ter plasticidade suficiente para assegurar a ocupao de todo o

    volume da base.

    Quando previstas cotas variveis de assentamento entre

    tubules prximos, a execuo deve ser iniciada pelos tubules mais

    profundos, passando-se a seguir para os mais rasos.

    No pode ser feito trabalho simultneo em bases alargadas em

    tubules cuja distncia, de centro a centro, seja inferior a 2,5 vezes o

    dimetro da maior base.

    Quando a base do tubulo for assente sobre rocha inclinada,

    pode-se escalonar a superfcie ou utilizar chumbadores para evitar o

    deslizamento do elemento de fundao.

    Sempre que a concretagem no for feita imediatamente aps o

    trmino do alargamento e sua inspeo, nova inspeo deve ser feita

    por ocasio da concretagem, limpando-se cuidadosamente o fundo da

    base e removendo-se a camada eventualmente amolecida pela

    exposio ao tempo ou por guas de infiltrao.

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    3.2.1) Tubules a Cu Aberto

    Este tipo de fundao empregado acima do lenol fretico, ou

    mesmo abaixo dele nos casos em que o solo se mantenha estvel

    sem risco de desmoronamento e seja possvel controlar a gua do

    interior do tubulo.

    a) Escavao do fuste

    O fuste pode ser escavado manualmente por poceiros ou

    atravs de perfuratrizes at a profundidade prevista em projeto.

    b) Alargamento da base

    A base pode ser escavada manual ou mecanicamente. Quando

    mecanicamente obrigatria a descida de poceiro para remoo do

    solo solto que o equipamento no consegue retirar.

    Antes da concretagem o material de apoio das bases dever ser

    inspecionado por engenheiro, que confirmar in loco a capacidade

    suporte do material, autorizando a concretagem. Esta inspeo

    poder ser feita com penetrmetro de barra manual.

    c) Colocao da armadura

    A armadura do fuste deve ser colocada tomando-se o cuidado

    de no permitir que nesta operao torres de solo sejam derrubados

    para dentro do tubulo.

    Quando a armadura penetrar na base ela deve ser projetada de

    modo a permitir a concretagem adequada da base, devendo existir

    aberturas na armadura de pelo menos 30cm x 30cm.

    d) Concretagem

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    A concretagem do tubulo dever ser feita imediatamente aps

    a concluso de sua escavao.

    Em casos excepcionais, nos quais a concretagem no tenha

    sido feita imediatamente aps o trmino do alargamento e sua

    inspeo, nova inspeo deve ser feita, removendo-se material solto

    ou eventual camada amolecida pela exposio ao tempo ou por guas

    de infiltrao.

    A concretagem feita com o concreto simplesmente lanado da

    superfcie, atravs de funil com comprimento mnimo de 1,5m.

    32) (39 TRF4/2007 FCC) No que se refere ao emprego de

    tubules a cu aberto, INCORRETO afirmar:

    (A) Seu uso muito limitado na presena de lenol fretico.

    (B) Seu custo de mobilizao e desmobilizao menor, em

    relao aos bate-estacas e outros equipamentos.

    (C) As vibraes e rudos produzidos so de baixa intensidade.

    (D) O comportamento do solo pode ser acompanhado pelos

    engenheiros de fundaes.

    (E) Seu dimetro e seu comprimento podem ser modificados

    durante a escavao.

    3.2.2) Tubules a Ar Comprimido

    Este tipo de soluo empregado sempre que se pretende

    executar tubules abaixo do nvel d'gua em solos que no se

    mantm estveis sem risco de desmoronamento e no seja possvel

    controlar a gua do interior do tubulo.

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    A escavao do fuste destes tubules sempre realizada com

    auxlio de revestimento que pode ser de concreto ou de ao (perdido

    ou recuperado).

    Adapta-se um equipamento pneumtico (figura a seguir)

    que permita a execuo a seco dos trabalhos, sob presso

    conveniente de ar comprimido.

    A presso mxima de ar comprimido empregada da ordem de

    3 atm (0,3 MPa), razo pela qual os tubules pneumticos tm a sua

    profundidade limitada a cerca de 30 m abaixo do nvel da gua.

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    a) Trabalho sob ar comprimido

    S se admitem trabalhos sob presses superiores a 0,15 MPa

    quando as seguintes providncias forem tomadas:

    a) equipe permanente de socorro mdico disposio na obra;

    b) cmara de descompresso equipada disponvel na obra;

    c) compressores e reservatrios de ar comprimido de reserva;

    d) renovao de ar garantida, sendo o ar injetado em condies

    satisfatrias para o trabalho humano.

    b) Escavao

    Inicialmente deve ser concretado o primeiro segmento ou

    aprumado o revestimento metlico diretamente sobre a superfcie do

    terreno ou em uma escavao preliminar de dimenses maiores que

    o dimetro do revestimento (poo primrio).

    A seqncia deve ser feita com a concretagem ou soldagem

    sucessiva dos segmentos metlicos de revestimento medida que a

    escavao manual vai sendo executada. Revestimentos de concreto

    s podem ser introduzidos no terreno depois que o concreto estiver

    com resistncia suficiente para suportar a escavao.

    Quando o nvel dgua for atingido, dever ser instalada no topo

    da camisa a campnula de ar comprimido o que permite a execuo a

    seco dos trabalhos. Para camisas de concreto, a aplicao da presso

    de ar comprimido s pode ser feita quando o concreto atingir a

    resistncia especificada em projeto.

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    Deve-se evitar a aplicao de presso excessiva para eliminar

    gua eventualmente acumulada no tubulo.

    c) Alargamento da base

    Atingida a cota prevista para a implantao da camisa abre-se a

    base, que escavada manualmente. Durante esta operao, a

    camisa deve ser escorada de modo a evitar sua descida.

    Antes da concretagem, o material de apoio das bases dever

    ser inspecionado por engenheiro que confirmar in loco a capacidade

    suporte do material, autorizando a concretagem. Esta inspeo

    poder ser feita com penetrmetro de barra manual.

    d) Colocao da armadura

    A armadura de ligao fuste-base colocada pela campnula e

    montada no interior do tubulo, devendo ser projetada de modo a

    permitir a concretagem adequada da base, deixando-se aberturas na

    armadura de pelo menos 30 cm x 30 cm.

    e) Concretagem

    Em obras dentro dgua a camisa pode ser concretada sobre

    estrutura provisria e descida at o terreno com auxilio de

    equipamento, ou concretada em terra e transportada para o local de

    implantao. O mesmo procedimento pode ser adotado para camisas

    metlicas.

    Em casos especiais, principalmente em obras em que se passa

    diretamente da gua para rocha, a camisa de concreto pode ser

    confeccionada com a forma e dimenso da base. Neste caso devem

    ser previstos recursos que assegurem a ligao ou vedao de todo o

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    permetro da base com a superfcie da rocha, a fim de evitar fuga ou

    lavagem do concreto.

    Sempre que a concretagem no for feita imediatamente aps o

    trmino do alargamento e sua inspeo, nova inspeo deve ser feita,

    limpando-se cuid