curso de regime juridico unico

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Aula 01 Regime Jurídico レnico p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas Professor: Daniel Mesquita

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  • Aula 01

    Regime Jurdico nico p/ INSS - Tcnico do Seguro Social - Com videoaulas

    Professor: Daniel Mesquita

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    Prof Daniel Mesquita Aula 01

    AULA 01: DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES PBLICOS

    SUMRIO

    1. INTRODUO AULA 01 2

    2. DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES PBLICOS 2

    2.1 VENCIMENTO E REMUNERAO 22.2 VANTAGENS 52.3 INDENIZAES 62.4 GRATIFICAES E ADICIONAIS 122.5 FRIAS 172.6 LICENAS 212.7 AFASTAMENTOS E CONCESSES 30

    3. DO DIREITO DE PETIO 39

    4. RESUMO DA AULA 44

    5. QUESTES 51

    6. REFERNCIAS 62

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    1. Introduo aula 01Prof Daniel Mesquita Aula 01

    Bem vindos nossa aula 01 do curso de Regime Jurdico nico do

    INSS. Nesta aula 01, vamos abordar um tema importante da matria:

    LEI n 8.112/1990 Dos direitos e vantagens. Do tempo de servio.

    Do direito de petio.

    Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a

    prova. Lembre-se: o planejamento fundamental.

    Outra medida fundamental que voc deve adotar a leitura da

    Lei n. 8.112/90 sem preguia! LEIA A LEI! ESTUDE AS AULAS

    RELATIVAS LEI 8.112/90 COM O TEXTO DA NORMA AO LADO.

    Chega de papo, vamos luta!

    Sem mais delongas, vamos luta! Rumo aprovao!

    2. Direitos e vantagens dos Servidores Pblicos

    Alm de estarem previstos na Constituio Federal, os direitos dos

    servidores pblicos esto previstos tambm na lei de regimes jurdicos

    dos servidores pblicos, a Lei 8.112/90.

    Dentre os direitos dos servidores pblicos esto as frias,

    licenas, vencimento ou remunerao, a aposentadoria entre outros que

    falaremos adiante.

    2.1 Vencimento e remunerao

    VENCIMENTO, nos termos do art. 40 da Lei 8112/90, a

    retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico. Muito cuidado

    meus caros!!! vedada a prestao de servios gratuitos, salvo os

    previstos em lei. Confira o dispositivo da Lei 8112/90:

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    Art. 4o proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casosprevistos em lei.

    A Lei 8112/90 conceitua ainda, no art. 41, a REMUNERAO

    como o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens

    pecunirias permanentes estabelecidas em lei (REMUNERAO =

    VENCIMENTO + VANTAGENS).

    O destaque especial que o legislador faz sobre a remunerao

    est no 5 do dispositivo citado, vejamos:

    5o Nenhum servidor receber remunerao inferior ao salrio mnimo.

    Questo deconcurso

    1. (FCC - 2011 - TRE-RN - Tcnico Judicirio - rea

    Administrativa) No que diz respeito aos direitos e vantagens dos

    servidores pblicos, previstos na Lei no 8.112/90:

    a) Remunerao o vencimento do cargo efetivo, sem as vantagens

    pecunirias permanentes estabelecidas em lei.

    b) O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens de carter

    permanente, redutvel.

    c) As indenizaes so incorporadas ao vencimento ou provento.

    d) As gratificaes e os adicionais, em hiptese alguma, incorporam-se

    a vencimentos ou proventos.

    e) As vantagens pecunirias no sero computadas, nem acumuladas,

    para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios

    ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento.

    Aqui utilizamos a questo para aprofundar no conhecimento.

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    Voc j sabe que a letra A est errada porque remunerao =

    vencimento + vantagens.

    Sabe tambm que a letra B est errada porque o art. 41, 3, da

    Lei n. 8112/90 assegura a irredutibilidade dos vencimentos ( 3o O

    vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carter

    permanente, irredutvel).

    As indenizaes no se incorporam ao vencimento ou provento

    para qualquer efeito (art. 49, 1, da Lei n 8.112/90). Por isso, o item

    C est errado.

    Por outro lado, o 2 do art. 49 da Lei n. 8112/90 informa que

    as gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou

    provento, nos casos e condies indicados em lei. Item D errado.

    O artigo 50 da 8112/90 traz a seguinte informao: As vantagens

    pecunirias no so computadas, nem acumuladas, para efeito de

    concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores, sob o

    mesmo ttulo ou idntico fundamento.

    Resposta: letra E

    2. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judicirio) A remunerao

    de servidor pblico pode ser fixada ou alterada apenas mediante lei

    especfica.

    O artigo 37, X, da CF, nos fala que a remunerao dos servidores

    pblicos e o subsdio de que trata o 4 do art. 39 somente podero

    ser fixados ou alterados por lei especfica. Item correto.

    3. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Tcnico Judicirio) O

    vencimento, a remunerao e o provento de um servidor somente

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    podem ser objeto de penhora nos casos de indenizao ao errio e

    prestao alimentcia que resultem de deciso judicial.

    A Lei 8.112 coloca que o vencimento, a remunerao e o provento

    no sero objeto de arresto, seqestro ou penhora, exceto nos casos de

    prestao de alimentos resultante de deciso judicial. Gabarito: errado.

    2.2 Vantagens

    Vejamos o que diz Hely Lopes Meirelles em sua classificao:

    Vantagens pecunirias so acrscimos ao vencimento do servidor,

    concedidas a ttulo definitivo ou transitrio, pela decorrncia do tempo

    de servio (ex facto temporis), ou pelo desempenho de funes

    especiais (ex facto officii), ou em razo das condies anormais em que

    se realiza o servio (propter laborem), ou, finalmente, em razo de

    condies pessoais do servidor (propter personam). As duas primeiras

    espcies constituem os adicionais (adicionais de vencimento e adicionais

    de funo), as duas ltimas formam a categoria das gratificaes de

    servio e gratificaes pessoais).

    Consideramos vantagens os acrscimos ao vencimento base por

    consequncia de algum fato que d direito ao servidor ao seu

    recebimento.

    De uma forma bem simplificada Marcelo Alexandrino e Vicente

    Paulo ainda classificam: como qualquer valor recebido que no se

    enquadre na definio de vencimento.

    E quais so essas vantagens?

    Vale a leitura do artigo 49:

    ]

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    Prof Daniel Mesquita Aula 01Art. 49. Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintesvantagens:I - indenizaes;II - gratificaes;III - adicionais.

    Seguiremos a ordem de classificao dada pela lei de regime

    jurdico dos servidores pblicos:

    2.3Indenizaes

    As indenizaes no fazem parte da remunerao e nem de

    nenhum provento. o que diz a lei 8112/90.

    So espcies de indenizaes:

    1) Ajuda de custo

    Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas deinstalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccioem nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente, vedadoo duplo pagamento de indenizao, a qualquer tempo, no caso de ocnjuge ou companheiro que detenha tambm a condio de servidor, viera ter exerccio na mesma sede.

    01008991538

    O que podemos ter como lio? Primeiro que a Administrao

    dever ter interesse no servio, e segundo que a mudana de

    domiclio dever ser permanente.

    englobado pela ajuda de custo as despesas de transporte do

    servidor e inclusive da sua famlia, compreendendo passagem, bagagem

    e bens pessoais. No pense voc que no h limite para a ajuda de

    custo. Esta no poder exceder a importncia correspondente a 3

    (trs) meses da remunerao do servidor.

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    E se o servidor no se apresentar na nova sede pelo prazo de 30

    dias, este ficar obrigado a restituir a ajuda de custo.

    Por fim se o servidor vier a falecer na nova sede, sua famlia

    pelo pra de 1 ano assegurado a ajuda de custo e transporte para o

    retorno ao seu lar de origem.

    E quele que no servidor da Unio, mas acaba sendo nomeado

    para cargo em comisso, ele recebe ajuda de custo?

    Sim, meus caros, nos termos do seguinte dispositivo da Lei n

    8.112/90:

    Art. 56. Ser concedida ajuda de custo quele que, no sendo servidor daUnio, for nomeado para cargo em comisso, com mudana de domiclio.

    2) Dirias

    Confiram a redao do art. 58 da Lei n. 8.112/90:

    Art. 58. O servidor que, a servio, afastar-se da sede em carter eventualou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior,far jus a passagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas dedespesas extraordinria com pousada, alimentao e locomoo urbana,conforme dispuser em regulamento.

    Importante ressaltar que as dirias so de carter eventual e

    transitrio.

    Caso o servidor, por qualquer motivo, no se afaste da sede ou

    ainda retorne antes do previsto, dever restituir as dirias no prazo de

    5 dias.

    Questes deconcurso

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    4. (FCC - 2012 - TST - Analista Judicirio Taquigrafia) Nos

    termos da Lei no 8.112/90, constituem indenizaes pagas ao servidor,

    alm dos regulares vencimentos:

    a) adicional de periculosidade e auxlio-moradia.

    b) adicional de insalubridade e dirias.

    c) gratificao por resultado e ajuda de custo.

    d) adicional de insalubridade e gratificao por resultado.

    e) ajuda de custo e dirias.

    Amigos, de todas as opes, a nica que inclui dois tipos de

    indenizaes a letra E. Ajuda de custo e dirias esto elencadas no

    artigo 51 da Lei 8.112/90.

    Resposta: E

    5. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judicirio - Anlise de

    Sistemas) Considere as seguintes assertivas a respeito da Ajuda de

    Custo e das Dirias:

    I. famlia do servidor que falecer na nova sede so assegurados

    ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do

    prazo de um ano, contado do bito.

    II. A ajuda de custo calculada sobre a remunerao do servidor,

    conforme se dispuser em regulamento, no podendo exceder a

    importncia correspondente a seis meses.

    III. Nos casos em que o deslocamento da sede constituir

    exigncia permanente do cargo, o servidor no far jus a dirias.

    IV. O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por

    qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de

    cinco dias.

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    De acordo com a Lei n 8.112/90, est correto o que consta

    APENAS em:

    a) II e IV.

    b) I, II e III.

    c) I, III e IV.

    d) I e IV.

    e) II e III.

    I De acordo com o art. 53, 2, famlia do servidor que falecer

    na nova sede na nova sede so assegurados ajuda de custo e

    transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano,

    contado do bito. CERTO

    II - De acordo com o artigo 54, a ajuda de custo calculada sobre

    a remunerao do servidor, conforme se dispuser em regulamento, no

    podendo exceder a importncia correspondente a TRS meses. ERRADO

    III - Pelo artigo art. 58, 2, nos casos em que o deslocamento

    da sede constituir exigncia permanente do cargo, o servidor no far

    jus a dirias. CERTO.

    IV - O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por

    qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de

    cinco dias. ART. 59. CERTO.

    Resposta: C

    3) Indenizao de transporte

    Art. 60. Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizardespesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuode servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo,conforme se dispuser em regulamento.

    Ressalta-se que o meio de transporte dever ser prprio.

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    4) Auxlio moradia

    A definio do auxilio moradia consta do seguinte dispositivo da

    Lei n. 8.112/90:

    Art. 60-A. O auxlio-moradia consiste no ressarcimento das despesascomprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou commeio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de umms aps a comprovao da despesa pelo servidor.

    Guarde com ateno as seguintes informaes sobre o auxlio

    moradia:

    No pode ser concedido por mais de 8 anos dentro de cada

    perodo de 12 (doze) anos. A retomada do pagamento do

    auxlio para esse servidor, aps esse perodo de 12 anos, s

    ocorre em hiptese excepcional (pargrafo nico do art. 60-

    C);

    Valor mximo mensal do auxlio: at 25% do valor do cargo

    em comisso, funo comissionada ou cargo de Ministro de

    Estado que o agente pblico ocupa;

    Nunca esse valor pode passar de 25% da remunerao de

    Ministro de Estado;

    Valor mnimo mensal do auxlio: independentemente do

    valor do cargo, o ressarcimento garantido at o valor de

    R$ 1.800,00;

    Se apareceu um imvel funcional para o servidor ocupar, ele

    recebe o auxlio moradia por mais um ms.

    Os requisitos para a concesso do auxlio moradia esto assim

    definidos na Lei n. 8112/90:

    Art. 60-B. Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor se atendidos osseguintes requisitos:

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    I - no exista imvel funcional disponvel para uso pelo servidor;II - o cnjuge ou companheiro do servidor no ocupe imvel funcional;III - o servidor ou seu cnjuge ou companheiro no seja ou tenha sido

    proprietrio, promitente comprador, cessionrio ou promitente cessionrio deimvel no Municpio aonde for exercer o cargo, includa a hiptese de loteedificado sem averbao de construo, nos doze meses que antecederem asua nomeao;

    IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxlio-moradia;

    V - o servidor tenha se mudado do local de residncia para ocupar cargoem comisso ou funo de confiana do Grupo-Direo e AssessoramentoSuperiores - DAS, nveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estadoou equivalentes;

    VI - o Municpio no qual assuma o cargo em comisso ou funo deconfiana no se enquadre nas hipteses do art. 58, 3o, em relao ao localde residncia ou domiclio do servidor;

    VII - o servidor no tenha sido domiciliado ou tenha residido noMunicpio, nos ltimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissoou funo de confiana, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta diasdentro desse perodo; e

    VIII - o deslocamento no tenha sido por fora de alterao de lotaoou nomeao para cargo efetivo.

    IX - o deslocamento tenha ocorrido aps 30 de junho de 2006.Pargrafo nico. Para fins do inciso VII, no ser considerado o prazo

    no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comisso relacionado noinciso V.

    Questo deconcurso

    6. (CESPE - 2011 - CNPQ - Analista em Cincia e Tecnologia)

    O auxlio-moradia deve ser concedido a servidor pblico federal que,

    entre outros requisitos, tenha se mudado do local de residncia para

    ocupar cargo em comisso ou funo de confiana do grupo direo e

    assessoramento superiores (DAS), nveis 4, 5 e 6, de natureza especial,

    de ministro de Estado ou equivalentes.

    Veja o que dispe o artigo 60 -B, V, da Le 8112/90:

    Art. 60-B.Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor se atendidos osseguintes requisitos

    V - o servidor tenha se mudado do local de residncia para ocuparcargo em comisso ou funo de confiana do Grupo-Direo eAssessoramento Superiores - DAS, nveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, deMinistro de Estado ou equivalentes.

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    Item correto.

    2.4Gratificaes e adicionais

    Prof Daniel Mesquita Aula 01

    Ao tratarmos das gratificaes e dos adicionais, vemos que

    eles podem fazer parte da remunerao e podero incorpora-se aos

    proventos ou vencimentos. So eles:

    Art. 61. Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serodeferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais:I - retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento;II - gratificao natalina;III - adicional por tempo de servio; (revogado)IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas;V - adicional pela prestao de servio extraordinrio;VI - adicional noturno;VII - adicional de frias;VIII - outros, relativos ao local ou natureza do trabalho.IX - gratificao por encargo de curso ou concurso.

    Observe que no h mais o adicional por tempo de servio no

    estatuto, ou seja, no existem mais os famosos anunios e

    quinqunios na Lei n 8.112/90.

    Desse rol de gratificaes e adicionais, voc deve ter em mente as

    seguintes informaes bsicas.

    I - retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e

    assessoramento;

    Todo aquele servidor de cargo efetivo que exerce funo de

    direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso

    ou de Natureza Especial tem direito a uma retribuio pelo exerccio

    dessa funo ou cargo.

    Hoje, meus caros, no h mais a incorporao do valor de uma

    funo ou cargo remunerao do servidor. Antigamente isso era

    possvel. O servidor exercia um cargo em comisso por X anos e

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    incorporava um percentual sua remunerao pelo resto de sua vida!

    Era muito bom isso!

    Hoje, todas essas incorporaes de cargos e funes foram

    transformadas na famosa Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada

    VPNI.

    ATENO! O valor da VPNI recebida por um servidor no congelou

    de forma nominal, ela est sujeita s revises gerais de remunerao

    dos servidores pblicos federais e nada mais.

    II - gratificao natalina;

    A gratificao natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da

    remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por

    ms de exerccio no respectivo ano. Perceba que a gratificao natalina

    uma proporo da remunerao (e no do vencimento) do ms de

    dezembro (e no do ms do aniversrio do servidor ou do ms de

    fevereiro!).

    No clculo da gratificao natalina proporcional, para aquele

    servidor que est a menos de um ano no servio pblico, por exemplo,

    a frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como

    ms integral.

    Recebe a gratificao natalina proporcional, da mesma forma, o

    servidor exonerado. ATENO: Neste caso, o clculo da gratificao

    sobre o valor da remunerao do ms da exonerao e no do ms de

    dezembro!

    Ela paga at o dia 20 (vinte) do ms de dezembro de cada ano

    e no pode ser considerada para o clculo de qualquer outra vantagem

    pecuniria, ou seja, se uma vantagem pecuniria calculada por um

    percentual sobre a remunerao, a gratificao natalina no entra na

    base de clculo.

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    IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres,

    perigosas ou penosas;

    Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais

    insalubres (a zona de fronteira, por exemplo, um local considerado

    pela lei como insalubre) ou em contato permanente com substncias

    txicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional

    sobre o vencimento do cargo efetivo.

    Preste ateno: esse adicional pago se h habitualidade no

    local insalubre ou contato permanente com essas substncias! Se

    cessou o fato que enseja a insalubridade ou a periculosidade, cessa o

    pagamento.

    Outro detalhe: insalubridade tem relao direta com o LOCAL da

    prestao do servio e periculosidade tem relao direta com as

    SUBSTNCIAS que esto em contato com o servidor.

    Se o servidor faz jus aos dois adicionais (periculosidade e

    insalubridade) ele deve optar por um deles.

    E o que fazer com a servidora gestante ou lactante que

    desempenha suas funes nessas condies, professor?

    Ela ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das

    operaes e locais insalubres e perigosos.

    Um interessante detalhe da Lei n. 8.112/90 que os servidores

    que operam com Raios X ou substncias radioativas sero submetidos a

    exames mdicos a cada 6 (seis) meses.

    V - adicional pela prestao de servio extraordinrio;

    O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50%

    (cinqenta por cento) em relao hora normal de trabalho.

    CUIDADO, meus caros, no qualquer servidor que pode fazer

    hora extra! No pense que voc vai ficar rico fazendo as famosas

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    horas-bundas ao ficar no rgo at de madrugada sem fazer nada! A

    lei s permite hora extra para atender a situaes excepcionais e

    temporrias, respeitado o limite mximo de 2 (duas) horas por

    jornada.

    VI - adicional noturno;

    Horrio: entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco)

    horas do dia seguinte;

    Valor: valor-hora acrescido de 25%

    Cada hora = cinqenta e dois minutos e trinta segundos.

    Perceba, meu amigo: h um duplo benefcio, pois h o acrscimo

    de 25% no valor de cada hora e a cada 5230 contada uma hora.

    Por fim, no se esquea que se o servio prestado em hora

    extraordinria, incidem ambos os percentuais, ou seja, o adicional

    noturno calculado sobre a remunerao acrescida dos 50% da hora

    extra.

    VII - adicional de frias;

    Independentemente de solicitao, ser pago ao servidor, por

    ocasio das frias, um adicional correspondente a 1/3 (um tero) da

    remunerao do perodo das frias (aqui no incide sobre o valor da

    remunerao de dezembro, como na gratificao natalina, mas no valor

    da remunerao do perodo das frias). Esse um tero calculado,

    inclusive, sobre o valor da funo ou do cargo em comisso que o

    servidor eventualmente ocupa.

    VIII - outros, relativos ao local ou natureza do trabalho.

    No h regulamentao na Lei!

    IX - gratificao por encargo de curso ou concurso.

    A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso devida ao

    servidor que, em carter eventual e sem prejuzo das atribuies

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    do cargo que ocupa: (a) atua como instrutor em curso de formao,

    de desenvolvimento ou de treinamento; (b) participa de banca

    examinadora (amigo concursando, isso mesmo, o seu examinador, se

    for servidor pblico regido pela Lei n. 8112/90, ganha um adicional

    para lhe ferrar!); (c) participa da logstica de preparao e de realizao

    de concurso pblico; (d) aplica, fiscaliza, supervisiona ou avalia provas

    de exame vestibular ou de concurso pblico.

    Interessante notar que o valor dessa gratificao calculado em

    horas. Contudo, a retribuio no poder ser superior ao equivalente a

    120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais.

    Por fim, destaca-se que a Gratificao por Encargo de Curso ou

    Concurso no se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para

    qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para

    quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos

    da aposentadoria e das penses.

    Questo deconcurso

    7. FCC - 2008 - TRF - 5 REGIO - Tcnico Judicirio - rea

    Administrativa. No que se refere gratificao natalina, certo que

    a) ser atribuda integralmente ao servidor exonerado, calculada sobre

    o vencimento do ms da exonerao.

    b) corresponde a 1/12 (um doze avos) do vencimento a que o servidor

    fizer jus, por ms de exerccio no respectivo ano.

    c) dever ser paga sempre no dia 20 do ms de dezembro de cada ano

    civil.

    d) a frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como

    uma quinzena.

    e) no ser considerada para clculo de qualquer vantagem pecuniria.

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    Pessoal, nas questes relativas Lei n. 8.112/90, no h segredo,

    as respostas esto na lei!

    Vimos que ao servidor exonerado devida a gratificao natalina

    proporcional. Letra A errada.

    A base de clculo dessa gratificao a remunerao do ms de

    dezembro e no o vencimento. Item B errado.

    Ela deve ser paga at o dia 20 e no no dia 20. Item C errado.

    A frao igual ou superior a 15 dias = um ms. Item D errado.

    Nos termos do art. 66 da Lei n. 8.112/90:

    Art. 66. A gratificao natalina no ser considerada para clculo de qualquer

    vantagem pecuniria.

    Resposta: letra e.

    2.5Frias

    Como j falamos o perodo descanso remunerado concedido ao

    funcionrio pblico. O servidor tem direito a 30 dias de frias anuais,

    podendo ser divididas em at trs etapas se o servidor assim requerer.

    A regra que as frias sejam gozadas, porm, se houver necessidade

    de servio, as frias podero ser acumuladas em at dois perodos, no

    caso de necessidade do servio, ressalvadas as hipteses em que haja

    legislao especfica.

    Um caso especfico presente na Lei 8.112/90 que j foi cobrado

    em alguns concursos o caso do operador de raio-X. Esse servidor que

    opera direta e permanentemente com Raios X ou substncias

    radioativas deve gozar de 20 dias consecutivos de frias por semestre

    de atividade profissional, proibida a acumulao.

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    Ficou expressamente proibida, a partir de 25/11/1995, a venda de

    frias (abono pecunirio) no mbito do servio pblico federal.

    firme a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia no sentido

    de que tem direito converso de 1/3 (um tero) das frias em abono

    pecunirio somente os servidores pblicos que o requereram antes da

    revogao dos 1 e 2 do art. 78 da Lei 8.112/90, nos termos da

    Medida Provisria 1.195, editada em 24/11/1995.No caso de servidor

    que foi exonerado de cargo efetivo, ou em comisso, ele perceber

    indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao

    incompleto, na proporo de um doze avos por ms de efetivo

    exerccio, ou frao superior a quatorze dias. Essa indenizao

    calculada com base na remunerao do ms em que for publicado o ato

    exoneratrio.

    Agora, vamos supor que voc passou no seu concurso, trabalhou

    durante o perodo aquisitivo e est usufruindo das suas merecidas

    frias. Infelizmente, ocorre uma calamidade pblica e seus servios so

    necessrios. Suas frias podero ser interrompidas? claro, pessoal. O

    artigo 80 prev as seguintes hipteses de interrupo das frias:

    Art. 80. As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidadepblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou pornecessidade do servio declarada pela a01008991538utoridade mxima do rgo ou entidade.

    Questo deconcurso

    8. (TRF 1 2011 - FCC - Tcnico Judicirio - Administrativa)

    Sobre as frias dos servidores pblicos federais, correto afirmar:

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    a) O servidor far jus a trinta dias de frias, que podem ser

    acumuladas at o mximo de dois perodos, no caso de necessidade do

    servio, ressalvadas as hipteses em que haja legislao especfica.

    b) No vedado ao servidor levar conta de frias alguma

    falta ao servio.

    c) As frias podero ser parceladas em at duas etapas, desde

    que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Administrao

    Pblica.

    d) O servidor exonerado do cargo efetivo perceber

    indenizao, relativa ao perodo das frias a que tiver direito, calculada

    com base na remunerao do ms anterior ao da publicao do ato

    exoneratrio.

    e) O servidor que opera direta e permanentemente com raios X

    ou substncias radioativas gozar trinta dias consecutivos de frias, por

    semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hiptese a

    acumulao.

    A letra A est perfeita. Bem de acordo com o que ensinei a vocs:

    30 dias de frias acumulveis por at dois perodos, no caso de

    necessidade do servio, ressalvados os casos especiais tratados em

    legislao especfica.

    Vejam que essa questo foi novamente cobrada na prova do TRT

    da 23 Regio em 2011, com exatamente a mesma redao e a mesma

    ordem dos itens.

    Resposta: letra A

    9. (TRT 7 2009 - FCC - Tcnico Judicirio Administrativa) No

    que se refere s frias do servidor pblico civil, previstas na Lei no

    8.112/90, INCORRETO:

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    a) Para o primeiro perodo aquisitivo de frias no sero

    exigidos, em qualquer hiptese, 12 meses de exerccio.

    b) vedado levar conta de frias qualquer falta ao servio.

    c) As frias podero ser acumuladas, at o mximo de dois

    perodos, no caso de necessidade do servio, ressalvadas as excees

    legais e especficas.

    d) As frias podero ser parceladas em at trs etapas, desde

    que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administrao

    pblica.

    e) A indenizao por frias do servidor exonerado do cargo

    efetivo, ou em comisso, ser calculada com base na remunerao do

    ms em que for publicado o ato exoneratrio.

    Voc j sabe que o perodo aquisitivo de 12 meses, portanto, a

    letra A est incorreta. Trata-se do art. 77, pargrafo 1 da Lei

    8.112/90:

    Art. 77. O servidor far jus a trinta dias de frias, que podem ser acumuladas, at omximo de dois perodos, no caso de necessidade do servio, ressalvadas ashipteses em que haja legislao especfica.

    1o Para o primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 (doze) meses deexerccio.

    10. (TRT 9 2013 - FCC - Tcnico Judicirio - rea

    Administrativa) O empregado tem direito ao gozo de frias

    a) anuais remuneradas com, pelo menos, dois teros a mais

    do que o salrio normal.

    b) semestrais remuneradas com, pelo menos, dois teros a

    mais do que o salrio normal.

    c) anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do

    que o salrio normal.

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    d) anuais remuneradas com, pelo menos, metade a mais do

    que o salrio normal. semestrais remuneradas com, pelo menos, um

    tero a mais do que o salrio normal.

    O direito a frias anual, e acrescimento de 1/3 na

    remunerao, dispensando maiores comentrios.

    Resposta: C

    2.6Licenas

    Nas licenas o servidor poder receber os seus vencimentos ou

    no, depender da licena. O art. 81 da Lei 8112/90 elenca as

    possibilidades de concesso das frias. Vejamos:

    Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena:I - por motivo de doena em pessoa da famlia;II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro;III - para o servio militar;IV - para atividade poltica;V - para capacitaoVI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista.

    ATENO! Observe que no h mais a licena-prmio por

    assiduidade!

    Comentaremos as principais para que voc no erre na sua prova.

    a. Licena por motivo de doena em pessoa da famlia

    Professor, quem afinal pertence a famlia?

    A lei dispe que poder ser cnjuge ou companheiro, os pais, os

    filhos, o padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a

    suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante

    comprovao por percia mdica oficial.

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    Essa licena dever ser concedida quando indispensvel a

    assistncia direta e ainda essa no puder ser substituda por mais

    ningum. Para que no tenha prejuzo na remunerao a licena poder

    ser concedida, a cada perodo de 12 meses, desde que no ultrapasse

    60 dias (consecutivos ou no). Ou sem remunerao pelo perodo de 90

    dias (consecutivos ou no).

    Cuidado!! A licena para tratamento de sade de pessoa da

    famlia do servidor, com remunerao, que exceder a 30 (trinta) dias

    em perodo de 12 (doze) meses, ser contada to somente para efeito

    de aposentadoria e disponibilidade.

    Vale ressaltar que essa licena s poder ser concedida e

    prorrogada se a pessoa doente passar por uma percia mdica oficial,

    que constatar a necessidade do acompanhamento do servidor

    licenciado.

    Questo deconcurso

    11. (FCC - 2011 - TRT - 20 REGIO - Analista Judicirio - rea

    Judiciria) A licena por motivo de doena em pessoa da famlia,

    includas as prorrogaes, poder ser concedida a cada perodo de doze

    meses, dentre outras, na seguinte condio, por at

    a) 120 dias, consecutivos ou no, sem remunerao.

    b) 100 dias, consecutivos ou no, sem remunerao.

    c) 120 dias, consecutivos, mantida a remunerao do servidor.

    d) 60 dias, consecutivos ou no, mantida a remunerao do servidor.

    e) 90 dias, consecutivos, mantida a remunerao do servidor.

    Conforme dispe o art. 83:

    Art. 83. Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjugeou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou

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    dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional,mediante comprovao por percia mdica oficial.

    2o A licena de que trata o caput, includas as prorrogaes, poder ser concedida acada perodo de doze meses nas seguintes condies:

    I - por at 60 (sessenta) dias, consecutivos ou no, mantida a remunerao doservidor;

    Resposta: D

    b. Licena por motivo de afastamento do cnjuge

    Trata-se do afastamento para acompanhar cnjuge ou

    companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional,

    para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes

    Executivo e Legislativo.

    Nessa espcie de licena o perodo no ter nenhum efeito. A

    licena no ter prazo pr-determinado e ainda ser sem

    remunerao.

    A lei informa, ainda, que no deslocamento de servidor cujo

    cnjuge ou companheiro tambm seja servidor pblico, civil ou militar,

    de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e

    dos Municpios, poder haver exerccio provisrio em rgo ou entidade

    da Administrao Federal direta, autrquica ou fundacional, desde que

    para o exerccio de atividade compatvel com o seu cargo.

    Questo deconcurso

    12. (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judicirio) Silvia exerce o

    cargo de analista judicirio (rea administrativa) h mais de dez anos

    no Tribunal Regional Federal. Concorrendo a eleies, foi eleita

    Deputada Federal. Seu marido Digenes tcnico judicirio, rea

    administrativa, no Tribunal Regional Eleitoral. Ambos residem no

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    Municpio de So Paulo. Nesse caso, poder ser concedida licena a

    Digenes para acompanhar Silvia que tomou posse junto Cmara dos

    Deputados em Braslia, Distrito Federal. Diante disso, a licena de

    Digenes ser por prazo

    a) indeterminado, ou no, com ou sem remunerao, sempre a

    critrio da Administrao Federal, permitido o exerccio de atividade em

    rgo pblico ou particular.

    b) determinado, no excedendo a 8 (oito) anos, e sem

    remunerao, facultado o exerccio em rgo da Administrao Federal,

    em qualquer cargo disponvel.

    c) determinado, no excedendo a 8 (oito) anos, e com

    remunerao, vedado qualquer exerccio em rgo ou entidade da

    Administrao Federal.

    d) indeterminado e sem remunerao, vedado qualquer exerccio

    em rgo ou entidade da Administrao Federal, mas permitido nas

    esferas estadual e municipal.

    e) indeterminado e sem remunerao, facultado o exerccio

    provisrio em rgo da Administrao Federal direta, desde que para o

    exerccio de atividade compatvel com o seu cargo.

    Nas licenas, o servidor poder receber os seus vencimentos ou

    no, depender da licena. O art. 81 da Lei 8112/90 elenca as

    possibilidades de concesso das licenas. Vejamos:

    Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena:I - por motivo de doena em pessoa da famlia;II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro;III - para o servio militar;IV - para atividade poltica;V - para capacitaoVI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista.

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    O enunciado nos fala da Licena por motivo de afastamento do

    cnjuge. Nessa espcie de licena, o perodo no ter nenhum efeito. A

    licena no ter prazo pr-determinado e ainda ser sem

    remunerao. Trata-se do afastamento para acompanhar cnjuge ou

    companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional,

    para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes

    Executivo e Legislativo.

    Gabarito: Letra e.

    c. Licena para o servio Militar

    Essa licena gozada pelo servidor que convocado para prestar

    servio militar.

    Quem ir condicionar ser a legislao especfica. Porm, mesmo

    aps o trmino desta licena o servidor ter 30 dias para retornar ao

    cargo. Durante esses 30 dias no receber remunerao. Esse perodo

    ser contado como efetivo exerccio.

    Questo deconcurso

    13. (FCC - 2013 - TRT - 12 Regio (SC) - Analista Judicirio -

    rea Judiciria). Bento, servidor pblico federal, foi convocado para o

    servio militar. Em razo de tal fato, foi concedida licena de seu cargo

    pblico. Concludo o servio militar, Bento ter alguns dias sem

    remunerao para reassumir o exerccio do cargo. Nos termos da Lei no

    8.112/90, o prazo a que se refere o enunciado , em dias, de at

    a) 5.

    b) 15.

    c) 90.

    d) 30.

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    e) 60.

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    Pessoal, depois da aula, essa questo dispensa comentrios, no

    mesmo?

    Resposta: letra d.

    d. Licena para atividade poltica

    Essa licena pode ser concedida com e sem remunerao.

    Ser concedida sem remunerao no perodo que mediar entre

    a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo,

    e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral.

    Ser concedida com remunerao a partir do registro da

    candidatura e at o dcimo dia seguinte ao da eleio. Somente pelo

    perodo de trs meses ser paga a remunerao.

    ATENO!!! Poder ser concedida a servidor em estgio

    probatrio.

    e. Licena para capacitao

    Assim nos diz a Lei 8112/90:

    Art. 87. Aps cada qinqnio de efetivo exerccio, o servidor poder, nointeresse da Administrao, afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com arespectiva remunerao, por at trs meses, para participar de curso decapacitao profissional.

    Ou seja, a cada cinco anos essa licena poder ser concedida.

    Esse perodo no ser acumulvel. Ser contado como efetivo exerccio

    para efeito na contagem do tempo de servio.

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    f. Licena para tratar de interesses particulares

    O destaque dessa licena que o servidor efetivo no poder

    estar em estgio probatrio. Ser concedida por discricionariedade

    da Administrao, podendo ser interrompida se assim for interesse do

    Estado. A temporariedade ser de at trs anos.

    g. Licena para desempenho de mandato classista

    Ser concedida sem remunerao, devendo o cargo ser de

    direo ou representao e ainda que a entidade seja cadastrada no

    rgo competente. Ter a mesma durao do mandato podendo ser

    prorrogado uma nica vez. No poder fruir dessa licena o servidor em

    estgio probatrio.

    Somente podero ser licenciados os servidores eleitos se as

    entidades forem cadastradas no Ministrio da Administrao Federal e

    Reforma do Estado.

    Aqui, vale a transcrio da lei, para que voc tome cincia do

    quantitativo de servidores que podem gozar dessa licena, de acordo

    com o tamanho da entidade:

    Art. 92. assegurado ao servidor o direito licena sem remunerao para odesempenho de mandato em confederao, federao, associao de classede mbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidadefiscalizadora da profisso ou, ainda, para participar de gerncia ouadministrao em sociedade cooperativa constituda por servidores pblicospara prestar servios a seus membros, observado o disposto na alnea c doinciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento eobservados os seguintes limites:

    I - para entidades com at 5.000 associados, um servidor;II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servidores;III - para entidades com mais de 30.000 associados, trs servidores.

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    Questo deconcurso

    14. (FCC - 2011 - TRT - 24 REGIO- Tcnico Judicirio - rea

    Administrativa) No que diz respeito s licenas, previstas na Lei n

    8.112/1990, correto afirmar:

    a) Na licena para o servio militar, concludo tal servio, o

    servidor ter at quarenta dias sem remunerao para reassumir o

    exerccio do cargo.

    b) possvel o exerccio de atividade remunerada durante o

    perodo da licena por motivo de doena em pessoa da famlia.

    c) A licena ao servidor para acompanhar cnjuge que foi

    deslocado para o exterior ser pelo prazo mximo de dois anos.

    d) A licena concedida dentro de sessenta dias do trmino de

    outra da mesma espcie ser considerada como prorrogao.

    e) A partir do registro da candidatura e at o dcimo dia seguinte

    ao da eleio, o servidor far jus licena para atividade poltica,

    assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo perodo de

    dois meses.

    Boa questo para revisarmos de maneira mais ampla os vrios

    tipos de licenas.

    A- Pelo artigo 85, no caso do servio militar, o tempo ao qual

    se refere o item de 30 dias e no 40. Item errado.

    B- Se o servidor se afastou por motivo de doena na famlia,

    ele no pode exercer atividade remunerada durante o

    perodo previsto. a determinao contida no artigo 81,

    pargrafo 3.

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    C- A licena para acompanhar conjugue no tem prazo

    determinado.

    D- Alternativa correta. Essa a definio de prorrogao (art.

    82)

    E- O perodo correto seria de 3 meses, pela letra do artigo 86,

    pargrafo 2.

    Resposta: D

    15. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judicirio) Servidor pblico

    federal que esteja cumprindo o perodo de estgio probatrio pode

    obter licena para exercer mandato classista em um sindicato.

    No poder fruir dessa licena o servidor em estgio

    probatrio!!! Item errado.

    16. (CESPE/Anatel/2009) O servido pblico que estiver

    cumprindo estgio probatrio no faz jus licena para tratar de

    interesses particulares critrio da administrao pblica. Correto

    Pessoal, se o servidor est em estgio probatrio, significa que

    ele est passando por uma fase de avaliao de suas competncias. Se

    ele tirar licena, poder ser avaliado adequadamente? No. A depender

    do prazo, isso certamente prejudicaria a qualidade e tempo de

    avaliao, motivo pelo qual servidor pblico no faz jus licena para

    tratar de assuntos particulares enquanto estiver em estgio probatrio.

    Resposta: Errado.

    17. (CESPE/ACE TI-TCU/2010) A CF assegura ao servidor

    pblico o direito ao salrio mnimo nacionalmente unificado, sendo

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    considerada, para tanto, a remunerao do servidor e no apenas o seu

    vencimento bsico.

    Pessoal, lembra do destaque especial que fiz sobre o pargrafo

    5 do artigo 41?

    5o Nenhum servidor receber remunerao inferior ao salrio mnimo.

    Pois , est na letra da lei a nossa resposta. Gabarito: correto.

    18. (CESPE/AGU/2010) Carlos, servidor pblico federal desde

    abril de 2000 jamais gozou o benefcio da licena para capacitao.

    Nessa situao, considerando-se que ele faz jus ao gozo desse benefcio

    por trs meses, a cada quinqunio, Carlos poder gozar dois perodos

    dessa licena a partir de abril de 2010.

    O benefcio no pode ser acumulado, ou voc necessitou dele

    naquele perodo ou no. A questo est errada!

    2.7Afastamentos e concesses

    4.7.1. Afastamentos

    Observando da mesma forma que exposta na Lei 8112/90 (art.93

    a 96) temos os seguintes afastamentos:

    a) Art.93-Afastamento para servir a outro rgo ou entidade ;

    b) Art.94-Afastamento para exerccio de mandato eletivo

    c) Arts.95 e 96-Afastamento para estudo ou misso no exterior;

    d) Art. 96-A- Afastamento para participao em programa de ps-

    graduao stricto sensu no Pas

    a) Do Afastamento para Servir a Outro rgo ou Entidade

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    O servidor poder ser cedido para ter exerccio em outro rgo ou

    entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, ou do Distrito Federal e

    dos Municpios para exerccio de cargo em comisso ou funo de

    confiana e em casos previstos em leis especficas.

    Nesse caso, o servidor se afasta de seu rgo de origem para

    prestar servios em outro rgo ou entidade de quaisquer dos Poderes

    e de quaisquer das unidades da federao (p. ex: servidor efetivo do

    INSS se afasta dessa autarquia para exercer cargo em comisso ou

    funo de confiana em outro Estado, outro Municpio, no Poder

    Judicirio do DF, na Assembleia Legislativa de So Paulo, etc).

    Nessa hiptese de afastamento, eu lhe pergunto: quem vai pagar

    a remunerao do servidor?

    Sendo a cesso para rgos ou entidades dos Estados, do Distrito

    Federal ou dos Municpios, o nus da remunerao ser do rgo ou

    entidade cessionria, ou seja, do rgo ou ente que recebe o

    servidor. Se a cesso for para rgo ou entidade da Unio, a

    remunerao ser paga pela entidade cedente (o rgo de origem do

    servidor).

    Se esse servidor for cedido a empresa pblica ou sociedade de

    economia mista e ele receber a remunerao do cargo efetivo acrescida

    de percentual da retribuio do cargo em comisso, a entidade

    cessionria (a empresa pblica ou a sociedade de economia mista que

    recebe o servidor) efetuar o reembolso das despesas realizadas pelo

    rgo ou entidade de origem. Esse dever de reembolsar no haver se

    essa

    b) Do Afastamento para Exerccio de Mandato Eletivo

    Se o servidor efetivo se candidata a um cargo eletivo e ganha as

    eleies, o que ele deve fazer?

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    O art. 94 da Lei n. 8.112/90 disciplina a matria da seguinte

    forma:

    Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintesdisposies:I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficar afastado docargo;II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, sendo-lhefacultado optar pela sua remunerao;III - investido no mandato de vereador:a) havendo compatibilidade de horrio, perceber as vantagens de seu cargo,sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo;b) no havendo compatibilidade de horrio, ser afastado do cargo, sendo-lhefacultado optar pela sua remunerao.

    Perceba que s pode continuar no cargo efetivo o servidor que se

    eleger para vereador e desde que haja compatibilidade de horrios

    entre o seu cargo efetivo e o cargo eletivo de vereador. Nas demais

    hipteses, o servidor deve ser afastado.

    Com relao remunerao, o servidor eleito prefeito deve optar

    entre continuar recebendo o valor de seu cargo efetivo ou passar a

    receber o valor do cargo de prefeito (no pode cumular).

    A nica hiptese de cumulao das vantagens no caso do

    vereador, desde que ele no se afaste do cargo efetivo e haja

    compatibilidade de horrios. Se ele se afastar, ele deve optar por uma

    das remuneraes.

    No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuir para a

    seguridade social como se em exerccio estivesse.

    Uma interessante garantia conferida ao servidor em exerccio de

    mandato eletivo ou classista: ele no poder ser removido ou

    redistribudo de ofcio para localidade diversa daquela onde exerce o

    mandato.

    c) Do Afastamento para Estudo ou Misso no Exterior

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    O servidor no poder ausentar-se do Pas para estudo ou misso

    oficial, sem autorizao do Presidente da Repblica, Presidente dos

    rgos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    Mesmo se autorizado o afastamento, este no exceder a 4

    (quatro) anos.

    Outro afastamento dessa natureza somente ser possvel se ele

    permanecer por igual perodo do afastamento no seu cargo efetivo,

    aps o seu retorno, seria o pagamento de um pedgio temporal pelo

    servidor. Alm disso, para que esse mesmo servidor seja exonerado a

    pedido ou para que ele goze de licena para tratar de interesse

    particular, ele deve permanecer no cargo por igual perodo relativo

    licena (outro pedgio temporal). Tal perodo s ser perdoado se

    esse servidor ressarcir o Estado das despesas havidas com seu

    afastamento.

    ATENO, meus caros: essas regras no se aplicam aos

    servidores da carreira diplomtica e o afastamento de servidor para

    servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o

    qual coopere dar-se- com perda total da remunerao.

    d) Do Afastamento para Participao em Programa de Ps-

    Graduao Stricto Sensu no Pas

    O servidor poder, no interesse da Administrao, e desde que a

    participao no possa ocorrer simultaneamente com o exerccio do

    cargo ou mediante compensao de horrio, afastar-se do exerccio do

    cargo efetivo, com a respectiva remunerao, para participar em

    programa de ps-graduao stricto sensu em instituio de

    ensino superior no Pas.

    Veja bem, esse afastamento ocorre:

    Se o curso do interesse da Administrao (e no do

    servidor);

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    Se o curso no puder ser realizado simultaneamente com o

    exerccio do cargo;

    Alm disso, alguns requisitos temporais so impostos pela lei

    como condio para esse afastamento:

    2o Os afastamentos para realizao de programas de mestrado edoutorado somente sero concedidos aos servidores titulares de cargosefetivos no respectivo rgo ou entidade h pelo menos 3 (trs) anospara mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, includo o perodo deestgio probatrio, que no tenham se afastado por licena para tratar deassuntos particulares para gozo de licena capacitao ou com fundamentoneste artigo nos 2 (dois) anos anteriores data da solicitao deafastamento. 3o Os afastamentos para realizao de programas de ps-doutoradosomente sero concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo norespectivo rgo ou entidade h pelo menos quatro anos, includo operodo de estgio probatrio, e que no tenham se afastado por licena paratratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatroanos anteriores data da solicitao de afastamento.

    Como se v, para fazer jus ao afastamento para cursar

    mestrado, o servidor deve ser titular de cargo efetivo h pelo menos 3

    anos (incluindo o perodo do estgio probatrio) e ele no pode ter

    gozado licena para interesse particular, para capacitao ou para ps

    graduao stricto sensu nos ltimos 2 anos.

    Para fazer jus ao afastamento para cursar doutorado, o servidor

    deve ser titular de cargo efetivo h pelo menos 4 anos (incluindo o

    perodo do estgio probatrio) e ele no pode ter gozado licena para

    interesse particular, para capacitao ou para ps graduao stricto

    sensu nos ltimos 2 anos.

    Por fim, para fazer jus ao afastamento para cursar ps-

    doutorado, o servidor deve ser titular de cargo efetivo h pelo menos

    4 anos (incluindo o perodo do estgio probatrio) e ele no pode ter

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    gozado licena para interesse particular, para capacitao ou para ps

    graduao stricto sensu nos ltimos 4 anos.

    No caso desse afastamento tambm h o pedgio temporal, pois

    os servidores beneficiados por esse afastamento tero que permanecer

    no exerccio de suas funes aps o seu retorno ao rgo por um

    perodo igual ao do afastamento concedido. Se ele solicitar exonerao

    do cargo ou aposentadoria antes de cumprido o pedgio temporal,

    dever ressarcir o rgo ou entidade dos gastos com seu

    aperfeioamento.

    A mesma obrigao de ressarcir o Estado ter o servidor que se

    afastou para estudar, mas no obteve o ttulo ou grau que justificou seu

    afastamento no perodo previsto (o servidor levou com a barriga o seu

    mestrado ou doutorado e no conseguiu concluir o estudo). Tal

    obrigao de ressarcimento s afastada se o servidor comprovar que

    no obteve o ttulo por fora maior ou de caso fortuito e o dirigente

    mximo do rgo ou entidade acatar a sua justificativa.

    Essas mesmas regras so aplicadas no caso do servidor se afastar

    para participar de ps-graduao no Exterior.

    4.7.2. Concesses

    Por fim, a lei regulamenta as seguintes concesses aos

    servidores pblicos civis no mbito da Unio:

    Art. 97. Sem qualquer prejuzo, poder o servidor ausentar-se do servio:I - por 1 (um) dia, para doao de sangue;II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;III - por 8 (oito) dias consecutivos em razo de :a) casamento;b) falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,enteados, menor sob guarda ou tutela e irmos.Art. 98. Ser concedido horrio especial ao servidor estudante, quandocomprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio,sem prejuzo do exerccio do cargo. 1o Para efeito do disposto neste artigo, ser exigida a compensao de

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    horrio no rgo ou entidade que tiver exerccio, respeitada a duraosemanal do trabalho 2o Tambm ser concedido horrio especial ao servidor portador dedeficincia, quando comprovada a necessidade por junta mdica oficial,independentemente de compensao de horrio. 3o As disposies do pargrafo anterior so extensivas ao servidor quetenha cnjuge, filho ou dependente portador de deficincia fsica, exigindo-se,porm, neste caso, compensao de horrio na forma do inciso II do art. 44 4o Ser igualmente concedido horrio especial, vinculado compensaode horrio a ser efetivada no prazo de at 1 (um) ano, ao servidor quedesempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A destaLei.Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse daadministrao assegurada, na localidade da nova residncia ou na maisprxima, matrcula em instituio de ensino congnere, em qualquer poca,independentemente de vaga.Pargrafo nico. O disposto neste artigo estende-se ao cnjuge oucompanheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na suacompanhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorizao judicial.

    Questes deconcurso

    19. (FCC - 2013 - TRT - 12 Regio (SC) - Analista Judicirio -

    rea Administrativa) Acerca do afastamento para participao em

    programa de ps-graduao stricto sensu no pas, considere:

    I. Tal afastamento dar-se- ainda que a participao no curso possa

    ocorrer simultaneamente com o exerccio do cargo.

    II. O servidor afastar-se- do exerccio do cargo efetivo com a

    respectiva remunerao.

    III. Ocorre no interesse da Administrao.

    De acordo com a Lei no 8.112/90, est correto o que consta APENAS

    em

    a) II e III.

    b) I.

    c) I e II.

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    d) II.

    e) III.

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    Pessoal, acabei de comentar sobre o artigo 96. Vamos l-lo na

    ntegra? Desejo a todos, que um dia possam usufruir dessa benesse e

    trazer cada vez mais conhecimento e qualidade aos servios pblicos.

    Art. 96-A. O servidor poder, no interesse da Administrao, e desdeque a participao no possa ocorrer simultaneamente com o exerccio docargo ou mediante compensao de horrio, afastar-se do exerccio do cargoefetivo, com a respectiva remunerao, para participar em programa de ps-graduao stricto sensu em instituio de ensino superior no Pas.

    Resposta: letra a.

    20. (FCC - 2013 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Analista Judicirio -

    rea Administrativa) Pedro, servidor pblico federal, foi eleito vereador

    na cidade onde reside e desempenha as atribuies de seu cargo.

    Deseja permanecer no cargo pblico, concomitantemente ao exerccio

    do mandato eletivo. De acordo com as disposies da Lei no 8.112/90,

    tal pretenso

    a) legal, desde que requeira licena para tratar de interesses

    particulares, que no poder exceder 5 (cinco) anos.

    b) ilegal, importando a investidura no mandato de vereador na

    imediata exonerao do cargo pblico.

    c) legal, devendo afastar-se do cargo pblico quando no houver

    compatibilidade de horrio com as funes de vereador, hiptese

    que dever optar por uma das remuneraes.

    d) ilegal, salvo se o servidor afastar-se do cargo com prejuzo da

    remunerao, independentemente da compatibilidade de horrio

    com as funes de vereador.

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    e) legal, podendo o servidor afastar-se do cargo sem prejuzo da

    remunerao, pelo prazo mximo do mandato de vereador,

    independentemente de compatibilidade de horrios.

    Pessoal, mais uma vez o concurso cobra pouco raciocnio, mas

    sim a letra da lei. A resposta para essa questo tambm tem guarida

    constitucional, constante no artigo 38, segundo o qual investido no

    mandato de vereador, havendo compatibilidade de horrios, este

    perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo

    da remunerao do cargo eletivo.

    Seguindo a fora normativa da CF, a lei 8.112 tambm dispe:

    III - investido no mandato de vereador:

    a) havendo compatibilidade de horrio, perceber as vantagens de seucargo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo;

    b) no havendo compatibilidade de horrio, ser afastado do cargo,sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao.

    Resposta: letra c.

    21. (FCC - 2011 - TRE-PE - Tcnico Judicirio - rea

    Administrativa) Analise as seguintes assertivas sobre os afastamentos

    dos Servidores Pblicos da Unio, nos termos da Lei no 8.112/1990:

    I. O servidor pblico investido em mandato federal ou estadual ficar

    afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela remunerao.

    II. O servidor pblico investido no mandato de vereador, havendo

    compatibilidade de horrio, perceber as vantagens de seu cargo, sem

    prejuzo da remunerao do cargo eletivo.

    III. O servidor investido em mandato eletivo no poder ser removido

    de ofcio para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

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    Est correto o que consta APENAS em

    a) I e II.

    b) III.

    c) II.

    d) I e III.

    e) II e III.

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    Vamos ver os itens:

    (I) Errado, pois o servidor investido em cargo eletivo, se for

    federal, estadual ou distrital, ficar afastado do cargo necessariamente,

    por isso, no existe essa facultatividade sobre a escolha da

    remunerao (art. 94, I da Lei 8.112/90).

    (II) Est correto. Conforme vimos anteriormente, em se tratado

    de cargo de vereador e havendo compatibilidade de horrios, pode

    acumular os cargos e as remuneraes.

    (III) De acordo com o Art. 94, 2, o servidor investido em

    mandato eletivo ou classista no poder ser removido ou

    redistribudo de ofcio para localidade diversa daquela onde exerce o

    mandato.

    Resposta: letra E

    3. Do Direito de Petio

    J estudamos os direitos dos servidores pblicos, esse o

    momento de ressaltar que ao servidor tambm assegurado o direito

    de requerer aos Poderes Pblicos, em defesa de direito ou interesse

    legtimo.

    Esse direito nasceu na Inglaterra, durante a Idade Moderna, em

    que muitas revolues convulsionaram o pas. O documento que

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    consolidou o right of petition foi a Declarao de Direitos de 1689, em

    que se permitiu aos sditos dirigirem peties ao rei.

    Mais tarde foram escritos diversos documentos que consolidaram

    esse direito, como a Declarao Universal dos Direitos Humanos e, no

    Brasil, a consolidao foi se tornou definitiva com a Carta Constitucional

    de 1988.

    No mbito do Direito Administrativo, para faz-lo o servidor far

    um requerimento que ser encaminhado por intermdio da autoridade

    que estiver imediatamente subordinado o requerente autoridade

    competente para decidi-lo. Da mesma forma, o recurso ser

    encaminhado por intermdio da autoridade a que estiver imediatamente

    subordinado o requerente.

    Nos termos do art. 104 da Lei 8.112, assegurado ao servidor o

    direito de requerimento aos Poderes Pblicos, em defesa de direito ou

    interesse legtimo. O requerimento, diz o art. 105, ser dirigido

    autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermdio

    daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

    A lei 8112/90 assim nos fala:

    Art. 106. Cabe pedido de reconsiderao autoridade que houver expedido o ato ouproferido a primeira deciso, no podendo ser renovado. (Vide Lei n 12.300, de 2010)

    Pargrafo nico. O requerimento e o ped01008991538ido de reconsiderao de que tratam osartigos anteriores devero ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentrode 30 (trinta) dias.

    A lei traz alguns casos em que ser cabvel recurso:

    Do indeferimento do pedido de reconsiderao;

    Das decises sobre os recursos sucessivamente interpostos.

    O recurso ser dirigido autoridade imediatamente superior que

    tiver expedido o ato ou proferido a deciso, e, sucessivamente, em

    escala ascendente, s demais autoridades, art. 7 2.

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    O prazo para interposio de pedido de reconsiderao ou de

    recurso de 30 (trinta) dias, a contar da publicao ou da cincia, pelo

    interessado, da deciso recorrida. Para que voc no se confunda com o

    prazo associe que o requerimento e o pedido de reconsiderao devero

    ser decididos no prazo de 30 dias, ok?

    O recurso poder ser recebido com efeito suspensivo, a juzo da

    autoridade competente, significa a suspenso dos efeitos da deciso da

    autoridade competente, at que tome a deciso final sobre um

    recurso. Havendo provimento do pedido de reconsiderao ou do

    recurso, os efeitos da deciso retroagiro data do ato impugnado.

    De acordo com o art. 110, o direito de requerer prescreve:

    Em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e de

    cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse

    patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho;

    Em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo

    quando outro prazo for fixado em lei.

    Todos os prazos tratados so fatais e improrrogveis, salvo

    motivo de fora maior.

    Sendo que o prazo de prescrio ser contado da data da

    publicao do ato impugnado ou da data da cincia pelo interessado,

    quando o ato no for publicado.

    O pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis,

    interrompem a prescrio.

    Como assim professor?

    Isso quer dizer que o prazo da prescrio volta para "zero" no dia

    em que o interessado formula pedido de reconsiderao ou recorre.

    A administrao dever rever seus atos, a qualquer tempo,

    quando eivados de ilegalidade.

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    Questo deconcurso

    22. (FCC - 2011 - TRT - 14 Regio (RO e AC) - Analista

    Judicirio - Execuo de Mandados) De acordo com a Lei no 8.112/90,

    que dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civis da

    Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais, sobre a

    prescrio quanto ao direito de petio, correto afirmar:

    a) Por ser de ordem pblica, a prescrio no pode ser relevada

    pela Administrao.

    b) O pedido de reconsiderao e o recurso, mesmo quando

    cabveis, no interrompem a prescrio.

    c) O direito de requerer prescreve em dez anos quanto ao ato de

    cassao de aposentadoria.

    d) O direito de requerer prescreve em dois anos quanto aos atos

    que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes das relaes de

    trabalho.

    e) O prazo de prescrio ser contado da data da cincia pelo

    interessado, ainda que o ato tenha sido devidamente publicado.

    Essa questo traz elementos sob o Direito de petio que so bem

    especficos. Vamos aproveitar para aprofundarmos nosso estudo.

    a) Correto. Pela redao do art. 112 da Lei 8112: "A prescrio

    de ordem pblica, no podendo ser relevada pela administrao". Ou

    seja, no pode ser ignorada ou inobservada.

    b) Errado. Artigo 111: "O pedido de reconsiderao e o recurso,

    quando cabveis, interrompem a prescrio".

    c) Errado. Pela redao do art. 110, I: O direito de requerer

    prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e de

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    cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse

    patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho;"

    d) Errado pelo mesmo motivo do item anterior.

    e) Errada. Pela redao do art. 110, pargrafo nico: "O prazo de

    prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da

    data da cincia pelo interessado, quando o ato no for publicado." Isto

    , se o ato foi publicado, a prescrio contar da data de publicao em

    dirio oficial.

    Resposta: letra A

    23. (FCC - 2010 - TRT - 12 Regio (SC) - Tcnico Judicirio -

    rea Administrativa) Sobre o direito de petio, previsto na Lei n

    8.112/1990, correto afirmar:

    a) O prazo prescricional de cinco anos, para o exerccio do direito

    de requerer, s se aplica para atos de demisso e de cassao de

    aposentadoria ou disponibilidade.

    b) Cabe pedido de reconsiderao autoridade que houver

    expedido o ato ou proferido a primeira deciso, podendo ser renovado

    por uma nica vez.

    c) O requerimento ser dirigido autoridade competente para

    decidi-lo e encaminhado por intermdio daquela a que estiver

    imediatamente subordinado o requerente.

    d) O pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis,

    suspendem o prazo prescricional.

    e) assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes

    Pblicos, em defesa de direito ou interesse legtimo, o qual dever ser

    despachado no prazo de cinco dias e decidido dentro de vinte dias.

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    Prezados, vimos o artigo 110 e sabemos que o direito de petio

    prescreve em 5 (cinco) anos quanto aos atos de demisso e de

    cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse

    patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho. Portanto, j

    eliminamos a alternativa A.

    A letra B e E podem ser eliminadas com as disposies do artigo

    106, tanto o caput quanto o pargrafo nico, pois cabe pedido de

    reconsiderao autoridade que houver expedido o ato ou proferido a

    primeira deciso, no podendo ser renovado, alm disso, o

    requerimento e o pedido de reconsiderao devem ser despachados em

    30 dias. Por fim, sabemos que, pelo artigo 111, o pedido de

    reconsiderao e o recurso, quando cabveis, interrompem a prescrio.

    Nos resta a letra C, que est de acordo com o artigo 105. Veja:

    O requerimento ser dirigido autoridade competente para decidi-lo e

    encaminhado por intermdio daquela a que estiver imediatamente

    subordinado o requerente.

    Resposta: letra C

    Encerramos por aqui. Por hoje s!

    Vamos ao resumo da aula!

    4. Resumo da aula

    Vamos comear nosso resumo com a remunerao (a parte boa).

    Primeiro, pelo artigo 4, lembre-se de que vedada a prestao de

    servios gratuitos, salvo os previstos em lei! Quanto ao conceito,

    devemos gravar que a Lei 8112/90 conceitua ainda, no art. 41, a

    remunerao como o vencimento do cargo efetivo, acrescido das

    vantagens pecunirias permanentes estabelecidas em lei.

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    Ainda, e essa uma vedao importante, a remunerao de um

    servidor no pode ficar aqum do salrio mnimo, o que representa uma

    garantia muito boa aos servidores.

    Quanto s vantagens, vamos ver quais so elas?

    Art. 49. Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor asseguintes vantagens:I - indenizaes;II - gratificaes;III - adicionais.

    As indenizaes no fazem parte da remunerao e nem de

    qualquer provento. As suas espcies so:

    Ajuda de custo, definida no artigo 53. Elas destinam-se a

    compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do

    servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio

    em carter permanente, vedado o duplo pagamento de indenizao, a

    qualquer tempo, no caso de o cnjuge ou companheiro que detenha

    tambm a condio de servidor, vier a ter exerccio na mesma sede.

    Dirias, previstas no artigo 58, cabem ao servidor que, a

    servio, afastar-se da sede em carter eventual ou transitrio para

    outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, far jus a

    passagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas de despesas

    extraordinria com pousada, alimentao e locomoo urbana,

    conforme dispuser em regulamento.

    Indenizao por transporte, lembre-se de que o transporte

    prprio do servidor, que recebe a indenizao ao realizar despesas com

    a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios

    externos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme se

    dispuser em regulamento.

    Auxlio moradia consiste no ressarcimento das despesas

    comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou

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    com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no

    prazo de um ms aps a comprovao da despesa pelo servidor.

    Agora vamos entrar em outra seara, que a referente a

    gratificaes e adicionais. O mais importante que tenha em mente

    o contedo do seguinte artigo:

    Art. 61. Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serodeferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais:I - retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento;II - gratificao natalina;III - adicional por tempo de servio; (revogado)IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas;V - adicional pela prestao de servio extraordinrio;VI - adicional noturno;VII - adicional de frias;VIII - outros, relativos ao local ou natureza do trabalho.IX - gratificao por encargo de curso ou concurso.

    Como ltimo comentrio sobre as gratificaes e adicionais,

    lembre-se de que no h mais o adicional por tempo de servio no

    estatuto, ouseja, no existem mais os famosos anunios e

    quinqunios na Lei n 8.112/90.

    Agora, uma das melhores partes: as frias aps longa jornada de

    trabalho anual. Sobre ela os comentrios tambm so breves: Como

    falei, o perodo descanso remunerado concedido ao funcionrio

    pblico. O servidor tem direito a 30 dias de frias anuais, podendo ser

    divididas em at trs etapas se o servidor assim requerer. A regra que

    as frias sejam gozadas, porm, se houver necessidade de servio, as

    frias podero ser acumuladas em at dois perodos.

    Vamos agora s licenas: Nas licenas o servidor poder receber

    os seus vencimentos ou no, depender da licena. O art. 81 da Lei

    8112/90 elenca as possibilidades de concesso das frias. Vejamos:

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    Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena:I - por motivo de doena em pessoa da famlia;II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro;III - para o servio militar;IV - para atividade poltica;V - para capacitaoVI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista.

    Veja que no h mais a licena-prmio por assiduidade. Isso no

    existe, meu caro! Assiduidade dever e no mrito extraordinrio pelo

    qual se deve ser premiado.

    Vamos agora s categoria de licenas, uma por uma:

    Licena por motivo de doena em pessoa da famlia

    A lei dispe que poder ser cnjuge ou companheiro, os pais, os

    filhos, o padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a

    suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante

    comprovao por percia mdica oficial.

    Ento, caso sua sogra adoea, voc poder tirar a licena

    mediante a comprovao dos requisitos acima mencionados. Cuidado!!

    A licena para tratamento de sade de pessoa da famlia do servidor,

    com remunerao, que exceder a 30 (trinta) dias em perodo de 12

    (doze) meses, ser contada to somente para efeito de aposentadoria e

    disponibilidade.

    Licena por motivo de afastamento do cnjuge

    Nessa espcie de licena o perodo no ter nenhum efeito. A

    licena no ter prazo pr-determinado e ainda ser sem

    remunerao.

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    Trata-se do afastamento para acompanhar cnjuge ou

    companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional,

    para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes

    Executivo e Legislativo.

    Licena para o servio Militar

    Mesmo aps o trmino desta licena o servidor ter 30 dias para

    retornar ao cargo. Durante esses 30 dias no receber remunerao.

    Esse perodo ser contado como efetivo exerccio.

    Licena para atividade poltica

    Essa licena pode ser concedida com e sem remunerao.

    Ser concedida sem remunerao no perodo que mediar entre

    a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo,

    e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral.

    Ser concedida com remunerao a partir do registro da

    candidatura e at o dcimo dia seguinte ao da eleio. Somente pelo

    perodo de trs meses ser paga a remunerao.

    ATENO!!! Poder ser concedida a servidor em estgio

    probatrio.

    Licena para capacitao

    Pelo art 87, pode ser concedida a cada cinco anos. Esse perodo

    no ser acumulvel. Ser contado como efetivo exerccio para efeito

    na contagem do tempo de servio.

    Licena para tratar de interesses particulares

    O destaque dessa licena que o servidor efetivo no poder

    estar em estgio probatrio. Ser concedida por discricionariedade

    da Administrao, podendo ser interrompida se assim for interesse do

    Estado. A temporariedade ser de at trs anos.

    Licena para desempenho de mandato classista

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    Ser concedida sem remunerao, devendo o cargo ser de

    direo ou representao e ainda que a entidade seja cadastrada no

    rgo competente. Ter a mesma durao do mandato podendo ser

    prorrogado uma nica vez. Tambm no poder fruir dessa licena o

    servidor em estgio probatrio.

    Vamos agora aos afastamentos e concesses?

    So afastamentos:

    a) Art.93-Afastamento para servir a outro rgo ou entidade:

    b) Art.94-Afastamento para exerccio de mandato eletivo

    c) Arts.95 e 96-Afastamento para estudo ou misso no exterior;

    d) Art. 96-A- Afastamento para participao em programa de ps-

    graduao stricto sensu no Pas

    Por fim, veja o art. 97, que trata das concesses, um dos motivos

    que tornam o servio pblico federal to atraente:

    Art. 97. Sem qualquer prejuzo, poder o servidor ausentar-se do servio:I - por 1 (um) dia, para doao de sangue;II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;III - por 8 (oito) dias consecutivos em razo de :a) casamento;b) falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,enteados, menor sob guarda ou tutela e irmos.Art. 98. Ser concedido horrio especial ao servidor estudante, quandocomprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio,

    01008991538

    sem prejuzo do exerccio do cargo. 1o Para efeito do disposto neste artigo, ser exigida a compensao dehorrio no rgo ou entidade que tiver exerccio, respeitada a duraosemanal do trabalho 2o Tambm ser concedido horrio especial ao servidor portador dedeficincia, quando comprovada a necessidade por junta mdica oficial,independentemente de compensao de horrio. 3o As disposies do pargrafo anterior so extensivas ao servidor quetenha cnjuge, filho ou dependente portador de deficincia fsica, exigindo-se,porm, neste caso, compensao de horrio na forma do inciso II do art. 44 4o Ser igualmente concedido horrio especial, vinculado compensaode horrio a ser efetivada no prazo de at 1 (um) ano, ao servidor quedesempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A destaLei.

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    Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse daadministrao assegurada, na localidade da nova residncia ou na maisprxima, matrcula em instituio de ensino congnere, em qualquer poca,independentemente de vaga.Pargrafo nico. O disposto neste artigo estende-se ao cnjuge oucompanheiro, aos filhos, ou enteados do ser