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Instituto de Gestão, Economia e Políticas Públicas IGEPP Prof. Leo van Holthe 1 Curso de Processo Legislativo Constitucional IGEPP Prof. Leo van Holthe AULA 01 Pontos do edital enfrentados neste material: Processo legislativo (parte I): arts. 59, 61, 63, 65 a 67 da CF/88. 1. Definição de processo legislativo Na clássica lição de Nélson de Sousa Sampaio, o processo legislativo pode ser concebido no sentido sociológico ou no sentido jurídico. O primeiro refere-se ao conjunto de fatores reais ou fáticos que põem em movimento os legisladores mídia, pressão popular, ajustes político-partidários, etc. , bem como ao modo como os congressistas costumam proceder ao realizar a tarefa legislativa. Nas palavras de Celso Ribeiro Bastos, entende-se por processo legislativo do ponto de vista jurídico o conjunto de disposições constitucionais que regula o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes, na produção dos atos normativos que derivam diretamente da própria Constituição. De modo mais simples, podemos afirmar que o processo legislativo consiste na sequência de atos que devem ser cumpridos para a devida formação das normas jurídicas indicadas no art. 59 da CF/88, a saber: emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. Essas normas são chamadas pela doutrina de atos normativos primários, pois retiram o seu fundamento de validade jurídica diretamente da Constituição Federal, sem intermediários. Isso os diferencia dos chamados atos normativos secundários (a exemplo do decreto regulamentar), que são aqueles que retiram o seu fundamento de validade dos atos primários. Portanto, o processo legislativo previsto na CF/88 somente se refere à formação dos atos normativos primários previstos no art. 59 da CF/88. 2. Objeto do processo legislativo Seção VIII DO PROCESSO LEGISLATIVO Subseção I Disposição Geral Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Para José Afonso da Silva, a rigor, as medidas provisórias e as leis delegadas não são objeto do processo legislativo, porque elas não são elaboradas pelo Legislativo, mas pelo presidente da República e posteriormente são submetidas a um procedimento especial de apreciação no Congresso Nacional.

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Instituto de Gestão, Economia e Políticas Públicas – IGEPP

Prof. Leo van Holthe

1

Curso de Processo Legislativo Constitucional

IGEPP – Prof. Leo van Holthe

AULA 01

Pontos do edital enfrentados neste material: Processo legislativo (parte I): arts. 59, 61, 63, 65 a 67

da CF/88.

1. Definição de processo legislativo

Na clássica lição de Nélson de Sousa Sampaio, o processo legislativo pode ser

concebido no sentido sociológico ou no sentido jurídico.

O primeiro refere-se ao conjunto de fatores reais ou fáticos que põem em movimento

os legisladores – mídia, pressão popular, ajustes político-partidários, etc. –, bem como ao

modo como os congressistas costumam proceder ao realizar a tarefa legislativa.

Nas palavras de Celso Ribeiro Bastos, entende-se por processo legislativo do ponto

de vista jurídico

o conjunto de disposições constitucionais que regula o

procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes, na

produção dos atos normativos que derivam diretamente da própria

Constituição.

De modo mais simples, podemos afirmar que o processo legislativo consiste na

sequência de atos que devem ser cumpridos para a devida formação das normas jurídicas

indicadas no art. 59 da CF/88, a saber: emendas à Constituição, leis complementares, leis

ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.

Essas normas são chamadas pela doutrina de atos normativos primários, pois retiram

o seu fundamento de validade jurídica diretamente da Constituição Federal, sem

intermediários. Isso os diferencia dos chamados atos normativos secundários (a exemplo do

decreto regulamentar), que são aqueles que retiram o seu fundamento de validade dos atos

primários.

Portanto, o processo legislativo previsto na CF/88 somente se refere à formação dos

atos normativos primários previstos no art. 59 da CF/88.

2. Objeto do processo legislativo

Seção VIII

DO PROCESSO LEGISLATIVO

Subseção I

Disposição Geral

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Constituição;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas;

V - medidas provisórias;

VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e

consolidação das leis.

Para José Afonso da Silva, a rigor, as medidas provisórias e as leis delegadas não são

objeto do processo legislativo, porque elas não são elaboradas pelo Legislativo, mas pelo

presidente da República e posteriormente são submetidas a um procedimento especial de

apreciação no Congresso Nacional.

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3. Classificação de processo legislativo

Vejamos algumas classificações de processo legislativo com maior probabilidade de

cobrança nas provas dos concursos públicos.

Quanto à participação do povo no processo legislativo:

a) processo legislativo autocrático, que é aquele realizado pelo monarca ou ditador,

sem a participação de um órgão composto de representantes do povo;

b) processo legislativo direto, em que a lei é feita diretamente pelo povo, em

assembleias públicas;

c) processo legislativo semidireto, quando a lei é elaborada por um órgão formado de

representantes do povo, mas que somente se aperfeiçoa depois de uma aprovação popular

posterior, por meio de referendo. Assim, no processo legislativo semidireto, a aprovação

popular por meio do referendo é etapa obrigatória do processo de elaboração da lei. No

Brasil, a realização de um referendo é facultativa, razão pela qual não adotamos este modelo;

d) processo legislativo representativo ou indireto, em que a lei é produzida por um

órgão composto de representantes do povo, sendo o adotado pelo Brasil.

Quanto ao modo (mais demorado ou mais rápido) pelo qual os atos do processo

legislativo se realizam:

a) processo legislativo ordinário ou comum, que é o adotado para a elaboração das

leis ordinárias. Podemos dividi-lo em três fases:

1.ª) A fase introdutória, que é a fase da iniciativa da lei, em que a autoridade

competente apresentará o projeto de lei no Poder Legislativo.

2.ª) A fase constitutiva, que compreende uma deliberação parlamentar (quando o

projeto será discutido e votado no Legislativo) e uma deliberação executiva (quando o projeto

receberá uma sanção ou um veto do presidente da República).

No caso de veto presidencial, teremos ainda, dentro da fase constitutiva, a apreciação

do veto pelo Congresso Nacional (CF, art. 66, § 4.º).

3.ª) A fase complementar, que abrange a promulgação e a publicação da lei.

b) processo legislativo sumário, que possui as mesmas regras do processo legislativo

ordinário, mas com uma grande diferença: aqui existem prazos para que as Casas Legislativas

deliberem sobre o projeto. O processo sumário também é conhecido como procedimento de

urgência constitucional. Está previsto no art. 64, §§ 1.º ao 4.º, da CF/88 e será estudado em

momento oportuno.

c) processos legislativos especiais, destinados à elaboração das:

c.1) emendas à Constituição (CF, art. 60);

c.2) leis complementares (CF, art. 69);

c.3) leis delegadas (CF, art. 68);

c.4) leis orçamentárias (CF, art. 166);

c.5) resoluções e decretos legislativos; e

c.6) medidas provisórias (na realidade, leis ordinárias que resultam da conversão das

medidas provisórias – CF, art. 62).

4. Processo legislativo ordinário

O processo legislativo ordinário (ou comum) é aquele utilizado para a elaboração das

leis ordinárias.

Como dissemos antes, o processo legislativo ordinário pode ser dividido em três

fases: a introdutória, a constitutiva e a complementar. Vejamos separadamente cada uma

dessas fases do processo legislativo ordinário.

4.1. Fase introdutória: a iniciativa das leis

Subseção III

Das Leis

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Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou

Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da

República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República

e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

Iniciativa legislativa é a faculdade conferida a uma pessoa ou órgão de apresentar

projetos de lei ao Poder Legislativo. Nesse ponto, faz-se necessário esclarecer alguns

conceitos importantes sobre o tema da iniciativa das leis.

a) Iniciativa parlamentar é a conferida a membros ou comissões de um Parlamento

(no caso do processo legislativo federal, a qualquer membro ou comissão da CD, do SF ou do

CN).

b) Já a iniciativa extraparlamentar é conferida a pessoas ou órgãos fora do Parlamento

(exs.: presidente da República, STF, tribunais superiores, Tribunal de Contas da União,

procurador-geral da República e cidadãos).

c) A iniciativa é dita concorrente (comum ou compartilhada) quando a Constituição

concede simultaneamente a mais de uma pessoa ou órgão a iniciativa das leis. São exemplos

de iniciativa concorrente da CF/88:

c.1) a iniciativa das propostas de emenda à Constituição (PECs) cabe

concorrentemente ao presidente da República, a um terço de deputados ou de senadores e à

maioria das assembleias legislativas (CF, art. 60, I a III);

c.2) a iniciativa das leis ordinárias e complementares federais cabe (CF, art. 61,

caput):

a qualquer membro ou Comissão da CD, do SF ou do CN (ex.: Comissão Mista de

Orçamento – art. 166, § 1.º, da CF);

ao presidente da República;

ao Supremo Tribunal Federal;

aos tribunais superiores (STJ, TSE, TST e STM);

ao procurador-geral da República;

aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na CF/88.

d) Pela iniciativa reservada (privativa ou exclusiva), o PL relativo a determinada

matéria somente pode ser proposto por uma pessoa ou órgão específico, com a exclusão de

todos os demais.

São exemplos constitucionais de iniciativa reservada:

d.1) a iniciativa do presidente da República para as matérias previstas no art. 61, § 1.º;

d.2) a iniciativa da CD e do SF para o PL que fixa a remuneração dos seus cargos,

funções e serviços (arts. 51, IV, e 52, XIII).

e) A iniciativa conjunta ocorre quando se exige que mais de um órgão ou autoridade

assinem, em conjunto, determinado projeto de lei.

Ela não é mais prevista na Carta Política de 1988. A CF continha uma única hipótese

de iniciativa conjunta no seu art. 48, XV, ao exigir que o subsídio dos ministros do STF (o

teto do funcionalismo público) se originasse de um PL de iniciativa conjunta dos presidentes

da República, da Câmara, do Senado e do STF.

A EC n.º 41/03 alterou a redação do referido art. 48, XV, razão pela qual não há mais

hipótese de iniciativa conjunta na CF/88. A partir da referida EC, para a fixação do subsídio

dos ministros do STF, basta um projeto de lei ordinária de iniciativa do próprio Supremo, de

acordo com a redação atual dos arts. 48, XV, e 96, II, b, da CF.

Jurisprudência

1) Em relação à iniciativa legislativa privativa, o STF pacificou o entendimento pelo

qual, regra geral, os demais Poderes não podem estipular um prazo para que outro Poder

exerça sua iniciativa legislativa reservada ou privativa.

Em homenagem ao princípio da separação dos poderes, o Supremo considera que o

Legislativo ou o Judiciário não pode, por exemplo, estipular um prazo para que o Executivo

exerça uma iniciativa legislativa a ele reservada pela CF/88, tendo em vista que a outorga

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constitucional da iniciativa privativa abrange, implicitamente, o poder de decidir sobre o

momento oportuno de propor o PL (ADI 546/DF, ADI 2.393/AL-MC).

4.1.1. Iniciativa legislativa privativa do presidente da República

Art. 61, § 1.º – São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

II – disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica

ou aumento de sua remuneração;

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos

e pessoal da administração dos Territórios;

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,

estabilidade e aposentadoria; (Redação dada pela EC n.º 18/98)

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas

gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito

Federal e dos Territórios;

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o

disposto no art. 84, VI; (Redação dada pela EC n.º 32/01)

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,

estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (Incluída pela EC n.º 18/98)

O art. 61, § 1.º, da CF/88 prevê hipóteses de iniciativa legislativa privativa ou

reservada do presidente da República. As matérias contidas nesses dispositivos possuem

nítida relação com as atribuições privativas do presidente da República (organização da

Administração Pública Direta e Indireta, efetivo das Forças Armadas, regime jurídico dos

servidores públicos, etc.), daí a iniciativa das leis que regulem tais assuntos ser reservada ao

chefe do Poder Executivo.

Resumimos da seguinte forma os temas contidos no art. 61, § 1.º:

a) Efetivo das Forças Armadas e regime jurídico dos militares (o que abrange a

remuneração, a reforma, as promoções dos militares, etc.).

b) Organização administrativa, judiciária, matéria tributária, orçamentária, serviços

públicos e pessoal da administração dos territórios federais.

Todas essas matérias relacionadas com os territórios federais são da iniciativa

privativa do presidente da República.

c) Servidores públicos da União e seu regime jurídico (inclusive provimento de

cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores).

Qualquer PL que trate do regime jurídico dos servidores públicos da União (hoje,

como sabemos, concentrado na Lei n.º 8.112/90) é de iniciativa privativa do PR;

d) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e

autárquica ou aumento de sua remuneração.

Registre-se que a criação de empregos públicos nas sociedades de economia mista,

nas empresas públicas e nas fundações de natureza privada mantidas pelo poder público não

necessita de um PL de iniciativa privativa do PR. Isso é porque a criação desses empregos

públicos não demanda a aprovação de um PL, mas simples decisão administrativa da própria

entidade, desde que a medida esteja respaldada no orçamento anual de investimento da

empresa governamental (CF, art. 165, § 5.º, II).

Portanto, somente a criação de cargos, empregos e funções públicos na administração

direta, nas autarquias e nas fundações públicas demanda um PL de iniciativa exclusiva do PR.

e) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União (MPU e

DPU), bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria

Pública dos Estados (MPEs e DPEs), do Distrito Federal e dos Territórios.

f) criação e extinção de ministérios e órgãos da Administração Pública, observado o

disposto no art. 84, VI.

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Por essa regra, é da iniciativa legislativa privativa do PR a criação e a extinção de

ministérios e órgãos da Administração Pública federal direta e indireta.

A exceção do art. 84, VI, diz respeito a hipóteses em que não precisamos falar em

iniciativa de PL, pois não haverá a necessidade de lei para dispor sobre o assunto, bastando

um decreto presidencial.

Jurisprudência 1. O STF entende que as matérias reservadas constitucionalmente ao chefe do Executivo para

disposição em lei (CF, arts. 61, § 1.º, e 165) não podem ser exaustivamente tratadas na Constituição

Estadual ou na Lei Orgânica Municipal ou do DF, sob pena de usurpação da iniciativa legislativa

privativa do chefe do Executivo. Assim, um grupo de parlamentares estaduais ou municipais não pode

propor uma emenda à constituição do estado ou à lei orgânica municipal, a fim de dispor sobre as

matérias do art. 61, § 1.º, da CF, sob pena de afronta à referida norma constitucional (ADI 858/RJ, vide

Informativo n.º 494 do STF).

2. Por afrontar a iniciativa legislativa privativa do chefe do Executivo, o STF já declarou a

inconstitucionalidade de norma estadual de iniciativa parlamentar que:

a) criava atribuições para órgãos administrativos, ao exigir que o Poder Executivo organizasse

um sistema de avaliação de satisfação dos usuários de serviços públicos, em ofensa ao art. 61, § 1.º, II,

e, da CF (ADI 3.180/AP);

b) vedava o estabelecimento de limite máximo de idade para inscrição de candidatos nos

concursos públicos realizados por órgãos da Administração Direta e Indireta do Estado. Entendeu-se

que houve usurpação da iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo para as leis em tema de

provimento de cargos de servidores públicos (CF, art. 61, § 1.º, II, c) (ADI 776/RS).

3. Criação de órgão e vício formal: Por entender usurpada a competência privativa do chefe do

Poder Executivo para iniciar projeto de lei que disponha sobre criação, estruturação e atribuições de

órgãos da Administração Pública (CF, art. 61, § 1.º, II, e), de observância obrigatória pelos estados-

membros, tendo em conta o princípio da simetria, o STF declarou a inconstitucionalidade de emenda à

constituição do estado que criava uma entidade da administração indireta (ADI 3.644/RJ).

4.1.2. Iniciativa popular de lei

Art. 61, § 2.º – A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos

Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,

distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de

cada um deles.

O art. 61, § 2.º, acolhe a iniciativa legislativa geral dos cidadãos, mais conhecida

como iniciativa popular de lei, pela qual se permite que os cidadãos apresentem um projeto de

lei ordinária ou complementar sobre quaisquer matérias, ressalvadas aquelas de iniciativa

reservada a pessoas ou órgãos específicos (José Afonso da Silva e Manoel Gonçalves Ferreira

Filho).

Sobre o tema, os parágrafos do art. 13 da Lei n.º 9.709/98 dispõem que:

a) O PL de iniciativa popular deverá circunscrever-se a um só assunto.

b) O PL de iniciativa popular não deve ser rejeitado por vício de forma, cabendo à

Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais

impropriedades de técnica legislativa ou de redação.

4.2. Fase constitutiva

Analisada a fase introdutória do processo legislativo ordinário, nas diversas

modalidades de iniciativa legislativa, passemos ao estudo da fase constitutiva.

Essa fase abrange uma deliberação parlamentar (quando o projeto de lei será discutido

e votado no âmbito do Poder Legislativo) e uma deliberação executiva (quando o PL será

submetido à sanção ou ao veto do chefe do Poder Executivo). No caso de veto presidencial,

teremos ainda, dentro da fase constitutiva, a apreciação do veto pelo CN (CF, art. 66, § 4.º).

Comecemos com o estudo da primeira parte da fase constitutiva: a deliberação

parlamentar.

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4.2.1. Deliberação parlamentar (discussão + votação)

Apresentado o projeto de lei no Congresso Nacional, ele passará a ser discutido e

votado nas duas Casas Legislativas sucessivamente, sempre na forma estabelecida nos

respectivos regimentos internos.

Como observação inicial, registramos que, diante dos propósitos limitados desse

material, serão priorizados os aspectos constitucionais da deliberação parlamentar. A menção

às normas regimentais, notadamente do RICD e do RISF, será realizada apenas quando

indispensável à devida compreensão da matéria.

4.2.2. Casa Iniciadora e Casa Revisora

Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República,

do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.

Tendo o Legislativo federal brasileiro adotado o bicameralismo do tipo igual, o

projeto de lei deverá necessariamente tramitar pelas duas Casas do CN, sendo que a primeira

Casa em que o PL tramita recebe o nome de casa iniciadora e a segunda, de casa revisora.

Nesse ponto, a primeira questão a ser resolvida diz respeito a quando a Câmara dos

Deputados e o Senado Federal funcionam como casa iniciadora ou revisora. De acordo com

os arts. 61, § 2º, e 64 da CF/88, a Câmara dos Deputados será obrigatoriamente a casa

iniciadora nos projetos apresentados:

a) por membro ou comissão da Câmara dos Deputados;

b) pelo presidente da República;

c) pelo STF ou pelos tribunais superiores;

d) pelos cidadãos (na iniciativa popular de lei).

4.2.3. O papel das Comissões

Em cada Casa Legislativa, o PL é submetido à apreciação das comissões, onde serão

analisados:

a) os seus aspectos formais (constitucionalidade, juridicidade, redação e técnica

legislativa, além da adequação financeiro-orçamentária do projeto), o que ocorre nas

Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças (ex.: Comissão de Finanças e

Tributação – CFT – da Câmara dos Deputados); e

b) o seu mérito, o que ocorre nas Comissões Temáticas (que pode ser a Comissão de Meio

Ambiente, a Comissão de Defesa do Consumidor, etc.).

Essas comissões são criadas para facilitar a tarefa legislativa na discussão de temas

relacionados a matérias específicas (meio ambiente, direito do consumidor, educação, cultura,

etc.).

Pois bem. Em cada uma dessas comissões, o PL é distribuído para um congressista (o

relator), o qual oferece um parecer pela aprovação ou pela rejeição da matéria. Oferecido o

parecer (que é também considerado como uma proposição legislativa – v. arts. 126 a 130 do

RICD e 211, V, do RISF), será ele (o parecer) discutido e votado em reunião da comissão.

Aprovados os pareceres das comissões, regra geral, será o projeto encaminhado para a

sua discussão e votação no Plenário da Casa Legislativa.

Ocorre que, segundo o art. 58, § 2.º, I, da CF/88, compete às comissões temáticas

“discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do

Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa”.

Preste muita atenção: esse dispositivo traz a possibilidade de determinados PLs serem

discutidos e votados nas próprias Comissões Temáticas, dispensando a deliberação do projeto

pelo Plenário da respectiva Casa.

Isso é o que a doutrina denomina de delegação interna corporis (a delegação externa

corporis ocorre no caso das leis delegadas, a serem posteriormente estudadas).

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O RICD chama essa regra de “apreciação conclusiva”. Repare que cabe ao Regimento

Interno de cada Casa Legislativa estabelecer quais matérias poderão ter suas deliberações

(discussão e votação) delegadas às comissões temáticas, dispensando a apreciação do

Plenário. No RICD, a matéria está regulada nos arts. 24 e 58. No âmbito do RISF, esse

procedimento é denominado de “deliberação terminativa” das comissões (RISF, arts. 49 e

91).

Por fim, não esqueça que a própria Constituição traz uma exceção, determinando que,

nesses casos de delegação interna corporis, cabe recurso de um décimo dos membros da

respectiva Casa.

Ou seja, mesmo quando o regimento permite a delegação interna para as comissões,

cabe recurso assinado por, pelo menos, 1/10 dos membros da respectiva Casa, a fim de exigir

que determinado PL seja obrigatoriamente deliberado pelo Plenário.

4.2.4. Do poder de emenda

No âmbito da deliberação parlamentar, as casas legislativas podem modificar o texto

dos projetos de lei sob seu exame, mediante aprovação de emendas ao projeto original,

apresentadas por seus membros ou comissões parlamentares, nos limites da matéria

disciplinada na proposição inicial.

O art. 118 do RICD conceitua a emenda como a proposição legislativa apresentada

como acessória de outra, considerada principal (ex.: emendas oferecidas a um projeto de lei

ordinária ou complementar).

Aprovados o projeto original e as emendas em uma casa legislativa, o projeto passa a

tramitar com esse novo texto normativo, a ser encaminhado para a sanção ou veto do chefe do

Poder Executivo (CF, art. 66) ou para a deliberação da outra casa, no caso dos legislativos

bicamerais.

4.2.5. Limites ao direito de emendar

Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o

disposto no art. 166, § 3º e § 4º;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos

Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.

As emendas parlamentares:

a) podem ser apresentadas pelos membros da casa legislativa em que estiver

tramitando a proposição principal, seja esta de iniciativa de congressistas ou de legitimados

extraparlamentares. Por exemplo, enquanto o PL tramitar no Senado Federal, os senadores

podem oferecer emendas a PLs de iniciativa de outros senadores, de deputados, do PGR, etc.;

b) podem ser apresentadas tanto no âmbito das comissões, quanto em plenário, nos

prazos regimentais;

c) devem guardar pertinência com a matéria da proposição legislativa principal (arts.

125 do RICD e 230, I, do RISF). Por fim, resta-nos analisar os limites impostos pela CF/88 ao direito de emenda

parlamentar. Nesse ponto, o STF admite a apresentação de emenda parlamentar em projetos

de iniciativa legislativa privativa dos demais Poderes, bastando, para tanto que:

1.º) a emenda seja pertinente à matéria do PL. Exemplificando, a emenda não pode

tratar de contribuição de iluminação pública, se o projeto versa sobre o processo eleitoral.

2.º) a emenda não provoque aumento de despesa, nos termos do art. 63 da CF/88. De

acordo com esse artigo da CF, não será admitido aumento de despesa prevista:

a) nos projetos de iniciativa exclusiva do presidente da República, ressalvado o disposto

no art. 166, § 3.º e § 4.º;

Essa exceção se refere às leis orçamentárias e permite que haja emendas

parlamentares que aumentem as despesas na lei orçamentária anual (LOA), desde que

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compatíveis com o plano plurianual (PPA) e com a lei de diretrizes orçamentárias (LDO); ou

na própria LDO, desde que compatíveis com o PPA.

b) nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos

Deputados, do Senado Federal, dos tribunais Federais e do Ministério Público.

Respeitando o princípio da separação entre os poderes, os parlamentares não podem

aumentar as despesas previstas nos projetos que envolvem a organização dos serviços

administrativos do Poder Judiciário ou do MP.

A CF proibiu também que os deputados e senadores aumentem a despesa nos projetos

de resolução que tratem da organização dos serviços administrativos de suas próprias Casas

Legislativas.

4.2.6. Votação: aprovação ou arquivamento do PL

Após a fase de discussão, a proposição legislativa é submetida à votação. Tendo em

vista que um projeto de lei pode ser discutido e votado em caráter conclusivo ou terminativo

nas comissões parlamentares, registramos que a fase decisória pode ter lugar no Plenário ou

na própria comissão.

Com a votação, completa-se o turno regimental de discussão e votação (arts. 180 do

RICD e 271 do RISF). Esta só pode ocorrer depois de encerrada aquela, a partir do “princípio

da separação da discussão e votação”, pelo qual a fase de votar o projeto depende do

encerramento da discussão e, finda esta, não se pode mais discutir a matéria no ato da

votação.

4.2.7. Modalidades de votação A votação pode ocorrer sob duas formas: ostensiva (escrutínio aberto ou público) ou

secreta (escrutínio secreto).

Na votação ostensiva, são adotados:

a) o processo simbólico, pelo qual os parlamentares que aprovarem a matéria devem

permanecer como estão e os contrários devem se manifestar, sendo essa modalidade a

utilizada para a votação das proposições em geral;

b) o processo nominal, pelo qual se utiliza o sistema eletrônico (ex.: painel eletrônico)

ou se realiza a chamada um a um dos parlamentares para enunciar o seu voto. O processo

nominal é utilizado para as proposições que exijam quorum qualificado (ex.: lei

complementar) ou quando houver pedido de verificação de votação ou requerimento para a

utilização do processo nominal (arts. 186 e 187 do RICD e 294 do RISF).

Na votação secreta, por sua vez, utiliza-se o sistema eletrônico ou, ainda, o sistema de

cédulas ou de esferas (arts. 188 do RICD e 295 a 297 do RISF). O texto atual da CF/88

concentra as hipóteses de votação secreta na escolha pelo Senado Federal de determinadas

autoridades públicas (art. 52, incisos III e IV), assim como a escolha e a exoneração do

procurador-geral da República antes do término do seu mandato (art. 52, III, IV e XI).

Não obstante, os regimentos internos da Câmara e do Senado estabelecem outros

casos de votação secreta, tais como a suspensão das imunidades parlamentares durante o

estado de sítio e a eleição dos membros da Mesa Diretora (arts. 188 do RICD e 90 do RISF).

Lembremos que a recente Emenda Constitucional n. 76, de 2013, transformou dois

tradicionais casos de votação secreta em aberta. Portanto, atualmente, submetem-se a voto

aberto no Congresso Nacional:

1) a resolução da Câmara ou do Senado que determina a perda do mandato do

parlamentar, a partir da instauração de um processo de cassação (art. 55, § 2.º);

2) a apreciação congressual, em sessão conjunta, sobre o veto do presidente da

República (art. 66, § 4.º).

4.2.8. Resultado da votação: aprovação ou rejeição Basicamente, são três os resultados possíveis da votação:

1.º) aprovação do PL com emendas parlamentares;

2.º) aprovação integral do PL sem emendas;

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3.º) rejeição do PL.

No âmbito de um Poder Legislativo bicameral, como é o caso do Congresso

Nacional, as aprovações apresentam os seguintes desdobramentos:

a) a Casa Iniciadora que aprova a proposição com ou sem emendas parlamentares

elabora os chamados “autógrafos de revisão”1, a fim de que esse texto seja tomado como

referência para a deliberação da segunda Casa;

b) a Casa Revisora que aprova a proposição sem emendas parlamentares redige os

chamados “autógrafos de sanção (ou de promulgação)”, reproduzindo o texto aprovado pela

Casa Iniciadora e não emendado pela Revisora, a fim de remetê-lo ao presidente da República

para efeito de sanção ou veto (CF, art. 66) ou ao presidente do Congresso Nacional para

promulgação, em se tratando de decreto legislativo, o qual não se submete a sanção;

c) a Casa Revisora que aprova a proposição com emendas parlamentares

(apresentadas na deliberação revisional) encaminha estas emendas, juntamente com os

autógrafos procedentes da Casa Iniciadora, a esta Casa, a fim de que sejam apreciadas as

referidas emendas da Casa Revisora, nos termos do art. 65 da CF/88, adiante estudado.

Entenderemos melhor esta última situação, quando da análise do referido dispositivo

constitucional e dos problemas que o sistema legislativo bicameral oferece.

4.2.9. Rejeição e princípio da irrepetibilidade (CF, art. 67)

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de

novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de

qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Ao invés de ser aprovado com ou sem emendas, a proposição legislativa pode ser

rejeitada por alguma das Casas Legislativas do CN.

Assim, seja na Casa Iniciadora, seja na Revisora, se o projeto não alcança o voto

favorável da maioria simples (no caso de leis ordinárias), da maioria absoluta (no caso das

leis complementares) ou da maioria qualificada (no caso das emendas à CF/88 e de algumas

resoluções e decretos legislativos, a exemplo dos arts. 5.º, § 3.º; 51, I; e 52, parágrafo único,

todos da CF/88), a proposição é considerada rejeitada e será arquivada definitivamente.

Nesse caso, aplica-se o art. 67 da CF/88. Esse dispositivo abriga o princípio da

irrepetibilidade, o qual objetiva evitar que o Poder Legislativo receba, ao menos na mesma

sessão legislativa, projetos que há pouco foram considerados inviáveis pelo Parlamento,

obstaculizando, assim, a repetição inútil da deliberação parlamentar.

De acordo com o art. 57, caput, da CF/88, a sessão legislativa ordinária do CN

compreende os períodos de 02/02 a 17/07 e de 1.º/08 a 22/12. É nesse período que o PL

rejeitado não pode ser reapresentado.

A exceção fica por conta da possibilidade de a maioria absoluta dos membros de

qualquer das Casas do CN reapresentar, na mesma sessão legislativa, projeto idêntico ou com

a mesma matéria do PL rejeitado (na Câmara ou no Senado). A justificativa, conforme alerta

Manoel Gonçalves Ferreira Filho, reside na possibilidade de novos argumentos ou de novas

circunstâncias fáticas ou sociais superarem os obstáculos que justificaram a rejeição do PL,

tudo isso a partir de uma decisão da maioria absoluta dos deputados ou dos senadores.

Jurisprudência 1) Não aplicação do princípio da irrepetibilidade pela simples rejeição do substitutivo: “É de

ver-se, pois, que tendo a Câmara dos Deputados apenas rejeitado o substitutivo, e não o projeto que

veio por mensagem do Poder Executivo, não se cuida de aplicar a norma do art. 60, § 5.º, da

Constituição. Por isso mesmo, afastada a rejeição do substitutivo, nada impede que se prossiga na

votação do projeto originário. O que não pode ser votado na mesma sessão legislativa é a emenda

1 Os autógrafos representam um documento oficial em que se reproduz a redação final do PL definitivamente

aprovado pela Casa Legislativa (em Plenário ou pela Comissão em tramitação terminativa ou conclusiva), a fim de

autenticar, certificar o texto acatado pelo Poder Legislativo (arts. 200 do RICD e 328 a 331 do RISF).

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(constitucional) rejeitada ou havida por prejudicada, e não o substitutivo que é uma subespécie do

projeto originariamente proposto. Mandado de segurança conhecido em parte, e nesta parte indeferido”

(STF, MS 22.503/DF).

4.2.10. A Casa Revisora

Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de

discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado,

se o rejeitar.

Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.

Nos termos do art. 65 da CF/88, o PL aprovado por uma Casa do Congresso, será

revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação.

A consequência disso é que na, Casa Iniciadora, o projeto de lei ordinária ou

complementar pode passar por um ou por dois turnos de discussão e votação (a título de

exemplo, nos termos do art. 148 do RICD, o projeto de lei complementar, na Câmara dos

Deputados, submete-se a dois turnos de discussão e votação). Já na Casa Revisora, por

expressa determinação do art. 65 da CF/88, o PL será revisto obrigatoriamente em um só

turno de discussão e votação.

Na Casa Revisora, o projeto de lei será novamente analisado pelas Comissões (de

Constituição e Justiça e Temáticas), discutido e votado, nos mesmos termos analisados nos

tópicos anteriores.

Nessa Casa Revisora, podem acontecer três situações:

1.ª) O PL pode ser rejeitado, quando então será arquivado.

Neste caso, como vimos, o PL somente poderá constituir objeto de novo projeto, na

mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer

das Casas do Congresso Nacional (CF, art. 67).

2.ª) O PL pode ser aprovado sem emendas ou, pelo menos, sem nenhuma emenda que

altere substancialmente alguma de suas normas.

Nessas hipóteses, o PL não precisa voltar à Casa Iniciadora e deve ser encaminhado

ao presidente da República para o fim de sanção ou veto presidencial. Exemplificando, o PL

que receba emendas de redação não teve o conteúdo de suas normas alterado, já que essas

emendas apenas melhoram a sua redação ou técnica legislativa2.

3.ª) O PL pode ser aprovado com emenda que altere substancialmente alguma de suas

normas (a exemplo das emendas substitutivas e aditivas).

Nesse caso, o PL deve retornar para a Casa Iniciadora, a qual apreciará

exclusivamente as emendas da Casa Revisora.

É muito importante, caro leitor, que você preste atenção nesse ponto.

Alterado em sua substância na Casa Revisora, o PL retorna à Casa Iniciadora para

apreciação dessas emendas. E, veja bem, de acordo com a doutrina, a Casa Iniciadora aprecia

apenas as emendas da Casa Revisora.

A partir desse entendimento, a Casa Iniciadora poderá:

a) aprovar tais emendas, quando então o PL será enviado ao presidente da República

com as modificações propostas pela Casa Revisora; ou

b) rejeitá-las, sem a possibilidade de apresentação de subemendas às emendas da

Casa Revisora.

Nesse caso, caro aluno, veja que curioso: o PL será encaminhado ao presidente da

República com a redação dada pela Casa Iniciadora, já que as emendas da Casa Revisora

foram rejeitadas!

Observe que isso provoca uma nítida predominância da Casa Iniciadora sobre a

Revisora no âmbito do processo legislativo ordinário, pois, no caso de a Iniciadora rejeitar as

2 Essa é a jurisprudência do STF, a saber: “LC 101/2000. Vício formal. Inexistência. O parágrafo único do art. 65

da CF só determina o retorno do projeto de lei à Casa iniciadora se a emenda parlamentar introduzida acarretar

modificação no sentido da proposição jurídica” (STF, ADI 2.238‑MC).

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emendas apresentadas pela Revisora, aquela encaminhará o “seu texto” ao chefe do

Executivo, para fim de sanção ou veto.

Analisada a deliberação parlamentar, passemos ao exame da deliberação executiva

(sanção ou veto presidencial), para concluir o estudo do processo legislativo ordinário com a

fase complementar (promulgação e publicação da lei).

4.2.11. Deliberação executiva (sanção ou veto presidenciais)

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente

da República, que, aquiescendo, o sancionará.

§ 1.º – Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte,

inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de

quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas,

ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.

§ 2.º – O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou

de alínea.

§ 3.º – Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará

sanção.

§ 4.º – O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu

recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores

(Redação da Emenda à Constituição n. 76, de 2013).

§ 5.º – Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da

República.

§ 6.º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4.º, o veto será colocado na ordem

do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.

§ 7.º – Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da

República, nos casos dos § 3.º e § 5.º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em

igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

Ainda no âmbito da fase constitutiva do processo legislativo ordinário, temos a

deliberação executiva, que ocorre por meio da sanção ou do veto do presidente da República

(chefe do Poder Executivo federal).

Com efeito, após a aprovação em definitivo do PL pelo Congresso Nacional, a Casa

que por último apreciou o projeto o encaminha ao presidente da República (PR) em

“autógrafos” (que é o documento formal que reproduz o texto aprovado pelo Legislativo).

Recebido o PL, o presidente da República poderá, então, vetá-lo ou sancioná-lo, nos termos

do art. 66 da CF/88.

4.2.11.1. Sanção presidencial

A sanção é a concordância do PR com o texto do PL, o que se dá, em regra, pela mera

assinatura do presidente da República no projeto. Com ela, unem-se as duas vontades, a do

Legislativo e a do Executivo, necessárias à formação da lei. Inclusive, é a sanção (ou a

derrubada do veto – art. 66, § 4.º, da CF) que transforma o projeto de lei aprovado pelo Poder

Legislativo em lei, i.e., até a sanção, temos um projeto de lei; após a sanção (ou a derrubada

do veto), termina a fase constitutiva e já temos uma lei pronta para ser promulgada e

publicada. A fórmula consagrada para exprimir a sanção solene é: “O PRESIDENTE DA

REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei”.

Quais as autoridades públicas que podem sancionar uma proposição legislativa?

A sanção, no Brasil, é ato privativo dos chefes do Poder Executivo (PR, governadores

e prefeitos). Se ele a nega, a proposição até pode ser promulgada por outra autoridade (CF,

art. 66, § 7.º), mas não sancionada por quem não chefia o Poder Executivo.

No caso de um PL com vício de iniciativa legislativa ser sancionado pelo presidente

da República, essa sanção supre o vício de iniciativa do PL?

Não. De acordo com a jurisprudência consolidada do STF, a sanção do presidente da

República não supre eventual vício de iniciativa, ainda que o projeto de lei trate de matéria de

iniciativa exclusiva do próprio PR.

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4.2.11.2.Veto presidencial

O veto, por sua vez, é um mecanismo de checks and balances, pelo qual o chefe do

Poder Executivo discorda total ou parcialmente do PL aprovado pelo Legislativo, no prazo de

quinze dias úteis contados do seu recebimento. Para José Afonso da Silva, o veto é a “sanção

negativa”, i.e., a face negativa da sanção.

De acordo com o emérito constitucionalista paulistano, o veto tem origem no

pensamento de Montesquieu, o qual não concordava com a possibilidade de o monarca

participar do processo legislativo pela faculdade de estatuir (o que, inclusive, inspirou a

Constituição dos EUA de 1787 a não conferir ao presidente da República a iniciativa das

leis), mas permitia que ele participasse do processo legislativo pela faculdade de impedir, de

modo absoluto, PLs abusivos.

No Brasil, contudo, não prevaleceu a concepção de Montesquieu de que o veto traria

um impedimento absoluto ao PL, mas a versão norte-americana do veto, pela qual este

assume um caráter relativo e superável que apenas suspende a transformação do PL em lei até

que haja nova deliberação do Poder Legislativo, aceitando-o ou rejeitando-o por maioria

qualificada. Veremos as características do veto, nos termos do art. 66 da CF, em sala de aula.

4.3. Fase complementar: a promulgação e a publicação

A fase complementar do processo legislativo ordinário finaliza o processo de

elaboração das leis ordinárias e é formado por dois atos contínuos: a promulgação e a

publicação. Vejamos cada um deles.

4.3.1. Promulgação

No dicionário Houaiss da língua portuguesa, encontramos que promulgar significa

“tornar publicamente conhecido”, “dar a saber”. Na fase da promulgação, torna-se conhecido

o texto da lei que foi sancionado pelo PR ou que foi vetado e teve o veto derrubado pelo CN.

Em verdade, a promulgação não passa de um atestado de que uma nova lei acaba de

surgir no ordenamento jurídico (atestado de existência) e, portanto, deve ser obedecida por

todos (ordem para que a lei seja executada).

Segundo a melhor doutrina, a promulgação não passa de um comunicado de ordem

administrativa, realizado pelas mais altas autoridades brasileiras e posteriormente publicado

no Diário Oficial, pelo qual se transmite a presunção iuris tantum (até que o Poder Judiciário

declare a inconstitucionalidade da lei) de que o ato legislativo foi feito de modo regular, a

partir das exigências constitucionais e regimentais, e está apto a produzir todos os seus efeitos

jurídicos, evitando, assim, que qualquer pessoa se escuse de sofrer as consequências

normativas contidas na lei.

Na maioria dos casos, a promulgação de uma lei ocorre por meio da seguinte fórmula:

“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu

sanciono a seguinte Lei:”.

Registre-se, por fim, que a promulgação é uma imposição à autoridade por ela

responsável, uma vez finalizado o processo de formação da norma jurídica. Daí não ser este o

momento para verificar a sua regularidade ou sanar eventuais vícios do processo legislativo,

tendo em vista que a promulgação não pode ser negada e deve ser levada a cabo, ainda que

paire qualquer dúvida sobre a constitucionalidade formal ou material da lei.

4.3.2. Publicação

No momento em que o texto da lei é promulgado, ordena-se a sua publicação, que

nada mais é do que a divulgação do texto promulgado no Diário Oficial. Inclusive, quem

promulga o PL é quem ordena a sua publicação.

A publicação é uma comunicação dirigida a todos, com o objetivo de tornar pública a

existência da lei e do seu conteúdo. Ela impede que se alegue a ignorância da lei e marca o

momento em que a legislação começa a vigorar e, consequentemente, obrigar a todos.

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É por isso que toda lei possui, como último artigo, a chamada “cláusula de vigência”,

que geralmente determina: “Esta lei entra em vigor na data de sua publicação”, a evidenciar

que a publicação marca o momento da vigência da lei.

É possível que a lei estabeleça um período de vacância (vacatio legis), ao determinar

que a sua vigência ocorra apenas alguns dias após a sua publicação (ex.: esta lei entra em

vigor após decorridos dez dias de sua publicação oficial).

A vacatio legis, portanto, é o período que medeia entre a publicação e a vigência de

uma lei. Seu objetivo é proporcionar um intervalo de tempo razoável para que as pessoas

tomem efetivo conhecimento da norma, tendo em vista que a população não possui o costume

de ler o diário oficial no seu café da manhã!

QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES

1. (CESPE 2011 AL/CE Analista Legislativo Direito) Lei de criação de autarquia estadual pode ser

proposta e encaminhada por iniciativa de deputado estadual.

2. (CESPE 2011 AL/ES Técnico Legislativo- ADAPTADA) O processo legislativo ordinário destina-

se à elaboração de leis ordinárias, de leis complementares e de leis delegadas.

3. (CESPE.Juiz.TRF1.2009-Adaptada) De acordo com a CF, pelo procedimento legislativo abreviado,

as comissões, em razão da matéria de sua competência, podem discutir e votar projeto de lei que

dispense, na forma regimental, a competência do plenário.

4. (CESPE.Juiz.TRF1.2009-Adaptada) Quando o veto presidencial abarcar todo o projeto de lei, o

Congresso Nacional não poderá promover a rejeição parcial desse veto.

5. (CESPE.Analista.MJ.2013) Se, por iniciativa de um deputado federal, o Congresso Nacional aprovar

lei ordinária que insira dispositivo legal no texto da Lei n.º 8.112/1990, para criar gratificação

destinada a remunerar todos os servidores públicos que exerçam atividade em região de fronteira, o

presidente da República deverá sancionar a referida lei ordinária, tornando-a vigente a partir da sua

publicação, já que ela se encontra em conformidade com a Constituição Federal.

6. (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil) A casa legislativa que concluir a votação

enviará o projeto de lei ao presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. Decorridas 48

horas, o silêncio do presidente importará sanção.

7. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz - Adaptada) A CF veda a iniciativa popular para

desencadear processo legislativo destinado à edição de lei complementar.

8. (CESPE.Juiz.TJCE.2011) A iniciativa de leis em matéria tributária, por ter repercussão direta no

orçamento do ente federado, é privativa do chefe do Poder Executivo.

9. (CESPE.Procurador.AGU.2010) Pelo voto da maioria absoluta dos deputados e senadores, o veto

presidencial a projeto de lei poderá ser rejeitado. Em tal hipótese não haverá mais a participação do

presidente da República no processo legislativo, já que a subsequente promulgação ficará a cargo do

presidente do Senado Federal.

10. (CESPE.AGU.2012) A competência para votar os projetos de lei é, em regra, dos plenários da

Câmara dos Deputados e do Senado Federal, mas as mesas diretoras das respectivas casas podem,

mediante decreto legislativo, outorgar às comissões permanentes, em razão da matéria de sua

competência, a prerrogativa de discutir, votar e decidir as proposições legislativas.

11. (CESPE.Diplomata.IRB.2012) A iniciativa das leis complementares e ordinárias pode ser exercida

tanto por parlamentares quanto por comissões da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do

Congresso Nacional, pelo presidente da República, pelo STF e tribunais superiores, pelo procurador-

geral da República e por cidadãos, na forma e nos casos previstos na CF.

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12. (Cespe.Juiz.TJ.PI.2011) A promulgação é entendida como o atestado de existência da lei; desse

modo, os efeitos da lei somente se produzem depois daquela.

13. (Cespe.Juiz.TJ.PI.2011) A promulgação e a publicação da lei são sempre atos conjuntos e devem

ocorrer de forma simultânea.

14. (CESPE.Juiz.TRF5.2011-Adaptada) Apesar de não admitir o veto presidencial tácito, a CF admite

o denominado veto sem motivação, resguardando ao presidente da República a prerrogativa de

simplesmente vetar, sem explicar os motivos de seu ato.

15. (CESPE.Juiz.TRF3.2011) A matéria constante de projeto de lei rejeitado poderá constituir objeto

de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de

qualquer das Casas do Congresso Nacional.

16. (CESPE.Juiz.TJAC.2011) Como regra, os projetos de lei, assim como as propostas de emenda à

CF, são submetidos a dois turnos de discussão e votação.

17. (CESPE.Juiz.TJAC.2011) Não se admite, nos projetos que versam sobre a criação e extinção de

ministérios e órgãos da administração pública, emenda parlamentar que gere aumento da despesa

prevista.

18. (CESPE.Juiz.TJ.ES.2011-Adaptada) A CF veda, completamente, a apresentação de emendas

parlamentares que representem aumento das despesas a projetos de lei de iniciativa exclusiva do chefe

do Poder Executivo.

19. (CESPE.Juiz.TJ.ES.2011-Adaptada) A criação de cargos e funções na administração direta e

autárquica, assim como o aumento da sua remuneração, somente pode ocorrer mediante lei de

iniciativa do presidente da República ou do Congresso Nacional.

20. (CESPE.Analista.Processual.MPU.2010) Como decorrência do princípio da simetria e do princípio

da separação dos poderes, as hipóteses de iniciativa reservada ao presidente da República, previstas na

Constituição Federal, não podem ser estendidas aos governadores.

21. (CESPE.Analista.MJ.2013) O processo legislativo compreende a elaboração, entre outros atos

normativos, das leis delegadas, das resoluções e das medidas provisórias.

22. (CESPE.Analista.MPU.2013) Promulgação é ato que incide sobre projeto de lei, transformando-o

em lei e certificando a inovação do ordenamento jurídico.

23. (CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia – Civil) Em função do sistema de distribuição de

competências legislativas criado pela CF, há nítida superioridade hierárquica das leis federais sobre as

estaduais.

24. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e Patrimônio) O

processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis

ordinárias, leis delegadas e medidas provisórias. Os decretos legislativos e as resoluções — que tratam

de matérias de competência privativa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados — são

considerados atos internos do Poder Legislativo, que não necessitam de sanção presidencial e, portanto,

não compõem o processo legislativo.

25. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e Patrimônio) São de

iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham sobre normas gerais para a

organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos estados, do Distrito Federal e dos

territórios.

26. (CESPE. Analista.TJDFT.2013) A matéria constante de projeto de lei rejeitado no Congresso

Nacional só pode ser objeto de novo projeto, na mesma legislatura, mediante proposta assinada pela

maioria absoluta dos membros de qualquer uma das Casas.

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27. (CESPE - 2008 – OAB) Havendo veto do presidente da República a um projeto de lei, este será

submetido a votação inicialmente na Câmara dos Deputados, e, se o veto for mantido, será então

enviado ao Senado Federal.

28. (CESPE.Juiz.TRF2.2013) Nos casos em que o presidente da República, transcorrido o prazo de

quinze dias úteis do recebimento de projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, não se

manifestar expressamente no sentido de sancionar ou de vetar o projeto, ocorrerá a sanção tácita, que

terá como fase seguinte a promulgação da lei.

29. (CESPE.Agente.PC.AL.2012) O processo legislativo ordinário ou comum, caracterizado pela sua

maior extensão, é o que se destina à elaboração das leis ordinárias e das leis complementares.

30. (CESPE - 2007 - TJ-TO – Juiz) Com relação ao processo legislativo, na forma da jurisprudência do

STF, assinale a opção correta.

a) A sanção presidencial ao projeto de lei de iniciativa parlamentar sobre matéria que demanda

iniciativa privativa do presidente da República supre a inconstitucionalidade formal inicial desse

projeto.

b) A matéria restrita à iniciativa do Poder Executivo não pode ser regulada por emenda constitucional

de origem parlamentar.

c) Lei estadual que conceda isenção tributária é de iniciativa privativa do governador.

d) Observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, a remuneração dos

servidores públicos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário é matéria reservada à iniciativa

privativa do chefe do Poder Executivo.

31. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) O processo legislativo envolve a elaboração de várias

espécies normativas, entre as quais se incluem as leis delegadas, as medidas provisórias, os decretos e

os regulamentos.

32. (CESPE.Analista.CD.2012) A matéria constante de projeto de lei rejeitado não pode constituir

objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa.

33. (CESPE/Técnico.TCE.TO.2008) Não haverá vício formal em projeto de lei ordinária, de iniciativa

parlamentar, que vise disciplinar a aposentadoria dos servidores públicos.

34. (CESPE/OAB-SP exame n. 135/2008) São de iniciativa privativa do presidente da República as leis

que disponham sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta.

35. (CEPE.TC-DF.Procurador.2013) Os projetos de lei de iniciativa reservada, como os que dispõem

sobre a organização dos serviços administrativos dos tribunais federais e do MP, não admitem a

apresentação de emenda parlamentar.

36. (CESPE/OAB-SP exame no 135/2008) São de iniciativa privativa do presidente da República as

leis que disponham sobre normas gerais para a organização do Ministério Público e do Poder Judiciário

dos estados, do Distrito Federal e dos territórios.

37. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) O veto que o presidente da República apõe a projeto de lei pode ser

total ou parcial, devendo, neste caso, abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de

alínea.

38. (CESPE - 2005 - TRT-16R - Analista Judiciário - Área Judiciária) São de iniciativa privativa do

presidente da República as leis que disponham sobre a organização do Ministério Público e da

Defensoria Pública da União, bem como as normas gerais para a organização do Ministério Público e

da Defensoria Pública dos estados, do DF e dos territórios.

39. (CESPE - 2005 - TRT-16R - Analista Judiciário - Área Judiciária) Terão início no Senado Federal,

por ser considerada a Câmara Alta, as discussões e votações dos projetos de lei de iniciativa do

presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores.

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40. (CESPE.Papiloscopista.PC.TO.2008) Se o veto for apreciado pelo Congresso Nacional no prazo de

quinze dias a contar de seu recebimento, ele só poderá ser rejeitado pelo voto de dois terços dos

deputados e senadores.

41. (CESPE - 2011 - PC-ES – Delegado) A iniciativa para elaboração de leis complementares e

ordinárias constitui exemplo da denominada iniciativa concorrente.

42. (CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público) Considere que o chefe do Poder Executivo tenha

apresentado projeto de lei ordinária que dispõe sobre a remuneração de servidores públicos. Nesse

caso, não se admite emenda parlamentar ao projeto para aumento do valor da remuneração proposto.

(Texto para as questões 43 e 44) Considere-se que o presidente da República tenha vetado

integralmente um projeto de lei, que retornou ao Congresso Nacional, com as razões do veto. Nessa

situação, é correto dizer que,

43. (CESPE.Papiloscopista.PC.TO.2008) Se o veto não for mantido, o projeto de lei será enviado, para

promulgação, ao presidente da República, que, nesse caso, não poderá mais optar por sancioná-lo ou

novamente vetá-lo.

44. (CESPE.Papiloscopista.PC.TO.2008) Se o veto for mantido, o projeto de lei será arquivado, não

havendo possibilidade de esse mesmo veto ser reanalisado por parte do Poder Legislativo.

45. (CESPE - 2010 - AGU – Procurador) Nos projetos orçamentários de iniciativa exclusiva do

presidente da República são admitidas, em caráter excepcional, emendas parlamentares que impliquem

aumento de despesas.

46. (CESPE Analista Jud Área Adm TRE MT 2010) Decorrido o prazo de quinze dias para o exame do

projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, o silêncio do presidente da República importará veto,

em razão da impossibilidade de ocorrer sanção tácita.

47. (CESPE.TCE/PB/2006) O Presidente da República vetou determinado projeto de lei ordinária de

iniciativa do Senado Federal, por entendê-lo contrário ao interesse público. Entretanto, o veto foi

rejeitado e a lei enviada ao Chefe do executivo federal que, se não promulgá-la dentro do prazo de

a) 5 (cinco) dias, o Presidente da Câmara dos Deputados a promulgará e, se este se omitir, caberá ao

Presidente do Senado fazê-lo no mesmo prazo.

b) 15 (quinze) dias, ocorrerá a promulgação tácita e com eficácia imediata.

c) até 30 (trinta) dias, caberá ao Vice-Presidente da República fazê-lo dentro de igual prazo.

d) 48 (quarenta e oito) horas, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual

prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

e) 72 (setenta e duas) horas, será processado, perante o Congresso Nacional, por crime de

responsabilidade.

48. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à

Câmara dos Deputados de projeto de emenda à Constituição subscrito por, no mínimo, 1% do

eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de

cada um deles.

49. (CESPE/AGU/2009) Não há veto ou sanção presidencial na emenda à Constituição, em decretos

legislativos e em resoluções, nas leis delegadas, na lei resultante da conversão, sem alterações, de

medida provisória.

50. (CESPE - 2009 - TCE-AC - Analista de Controle Externo) Segundo a CF, emenda constitucional

disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

51. (TRF2/2007- Adaptada) O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só

turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou

arquivado, se o rejeitar.

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52. (CESPE.Analista.CD.2012) Via de regra, em cada Casa do Congresso Nacional, assim como nas

suas comissões, estando presente a maioria absoluta de seus membros, as deliberações serão tomadas

por maioria dos votos.

53. (FGV.DPE-RJ.Técnico Médio de Defensoria Pública.2014) O processo legislativo é o conjunto de

regras procedimentais tendentes a regulamentar a elaboração das espécies normativas. A soberania

popular é exercida de várias formas, como através da iniciativa popular. Sobre o instituto, a

Constituição Federal prevê

a) que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de

lei subscrito por, no mínimo, um por cento da população nacional.

b) que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de

lei subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado nacional.

c) somente a iniciativa popular em nível federal, razão pela qual não é possível em âmbito estadual e

municipal, pois em matéria de processo legislativo, a competência para legislar é da União, nos limites

previstos na Constituição.

d) somente a iniciativa popular em nível federal, e a omissão sobre a possibilidade de iniciativa popular

em nível estadual e municipal não significa a impossibilidade de tal ocorrer, pois as Constituições

Estaduais e Leis Orgânicas Municipais podem dispor sobre a matéria, pelo princípio do paralelismo ou

simetria.

e) a possibilidade de iniciativa popular em âmbito municipal, através de projetos de lei de interesse

específico do Município, da cidade ou de bairros, com manifestação de, pelo menos, cinco por cento do

eleitorado.

54. (FGV.Fundação Pró-Sangue.Advogado.2013) O Deputado Federal "X" apresenta projeto de lei

regulamentando a doação, alienação e demais atividades relacionadas ao corpo humano, matéria

considerada de Direito Civil. Tal disciplina pode ser veiculada por meio de lei ordinária. Essa espécie

normativa, prevê a Constituição Federal da República Federativa do Brasil, é de iniciativa:

a) exclusiva do Presidente da República.

b) privativa do Presidente do Supremo Tribunal Federal.

c) de qualquer parlamentar do Congresso Nacional.

d) privativa do Procurador-Geral da República.

e) de qualquer parlamentar de Assembleia Legislativa.

55. (FGV.TJ-AM.Juiz.2013-Adaptada) Nos projetos de leis submetidos à iniciativa exclusiva do

Presidente da República, a apresentação de emendas deve guardar pertinência com o objeto do projeto

de lei apresentado, sob pena de usurpação indireta da iniciativa atribuída com exclusividade.

56. (CESPE.TC-DF.Analista Adm.TI.2014) O veto do presidente da República a projeto de lei será

apreciado em sessão unicameral, somente podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos

congressistas.

57. (CESPE.Câmara dos Deputados.Analista Legislativo.2014) Um deputado federal apresentou

projeto que aborda matéria tributária de interesse da União, posteriormente convertido em lei, e, após

alguns meses de vigência, foi ajuizada ação direta de inconstitucionalidade (ADI) por vício formal e

material perante o Supremo Tribunal Federal (STF), por um partido político com representação no

Congresso Nacional. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir à luz do disposto na

CF e da jurisprudência do STF.

Tendo havido sanção expressa, é desnecessário o debate acerca de eventual defeito de iniciativa, já que

este, mesmo existente, restaria convalidado pela anuência presidencial.

58. (CESPE.Câmara dos Deputados.Analista Legislativo.2014) A CF admite que se modifiquem, por

meio de emendas parlamentares, projetos de lei elaborados pelo chefe do Poder Executivo no exercício

de sua iniciativa reservada, mas veda, por inteiro, as emendas que ensejem aumento de despesa

pública.

59. (CESPE.Câmara dos Deputados.Analista Legislativo.2014) Caso um deputado federal apresente

projeto de lei versando sobre matéria tributária, ela será incompatível com a CF, pois a referida

iniciativa, independentemente de seu conteúdo, é privativa do chefe do Poder Executivo.

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60. (CESPE.Câmara dos Deputados.Analista Legislativo.2014) O fato de um projeto de lei ser

aprovado e, após seu encaminhamento para sanção do presidente da República, sofrer veto presidencial

com fundamento na inconstitucionalidade do ato objeto de deliberação comprova a existência, no

ordenamento legislativo brasileiro, de controle preventivo de constitucionalidade, ao lado do

consagrado sistema jurisdicional, normalmente de caráter repressivo.

61. (CESPE.IRB.Diplomata.2014) Pertence privativamente ao presidente da República a iniciativa das

leis que disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos, bem como sobre o

aumento de remuneração, na administração direta e nas autarquias.

62. (CESPE.TCE-PB.Procurador.2014) O TJ/PB encaminhou à AL/PB projeto de lei complementar

dispondo sobre a divisão judiciária do estado, com a alteração das comarcas e a criação dos cargos

necessários. Ao deliberar sobre essa proposição, o Poder Legislativo introduziu emendas à proposta

que aumentaram o número de comarcas e de cargos em relação ao projeto original. Com base nessa

situação hipotética, assinale a opção correta de acordo com as normas constitucionais e a

jurisprudência do STF.

a) As referidas emendas somente poderiam ser aprovadas se indicassem os recursos necessários,

admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas.

b) As emendas em questão somente poderiam ser aprovadas se estivessem compatíveis com o plano

plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias

c) As referidas emendas parlamentares são inconstitucionais, haja vista que, por simetria às normas da

CF, é vedado o aumento de despesa nos projetos de lei que versam sobre organização judiciária

d) A CF veda a apresentação de emendas parlamentares nos projetos de lei de iniciativa privativa.

e) As emendas apresentadas são constitucionais, haja vista que só são vedadas emendas que impliquem

aumento de despesa em projetos de lei sobre a organização dos serviços administrativos dos tribunais,

não naqueles sobre organização judiciária.

63. (CESPE.PC-DF.Agente de Polícia.2013) Terá sempre início na Câmara dos Deputados a votação

dos projetos de lei de iniciativa popular, das medidas provisórias e dos projetos de lei de iniciativa do

presidente da República, do STF e dos tribunais superiores.

64. (CESPE.PC-DF.Agente de Polícia.2013) A iniciativa popular de lei pode ser exercida tanto no que

tange às leis complementares como às leis ordinárias.

65. (CESPE.SEGESP-AL.Papiloscopista.2013) Ainda que um veto tenha sido rejeitado pelo

Congresso Nacional, o presidente da República deverá promulgar a lei.

66. (CESPE.PC-DF.Escrivão.2013) Como regra, as deliberações de cada casa do Congresso Nacional e

de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

67. (CESPE.MJ.Todos os cargos.2013) Se, por iniciativa de um deputado federal, o Congresso

Nacional aprovar lei ordinária que insira dispositivo legal no texto da Lei n.º 8.112/1990, para criar

gratificação destinada a remunerar todos os servidores públicos que exerçam atividade em região de

fronteira, o presidente da República deverá sancionar a referida lei ordinária, tornando-a vigente a

partir da sua publicação, já que ela se encontra em conformidade com a Constituição Federal.

68. (CESPE.PF.Delegado.2013) A iniciativa das leis ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão

da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, bem como ao presidente da

República, ao STF, aos tribunais superiores, ao procurador - geral da República e aos cidadãos. No que

tange às leis complementares, a CF não autoriza a iniciativa popular de lei.

69. (CESPE.DPE-DF.Defensor Público.2013) Como regra, compete ao Congresso Nacional dispor

sobre a criação, transformação ou extinção de cargos, empregos ou funções públicas, mesmo que a

iniciativa para sua proposição seja do Poder Judiciário ou do chefe do Poder Executivo.

70. (CESPE.DPE-DF.Defensor Público.2013) O projeto de lei aprovado nas comissões para as quais

tenha sido enviado, na forma e prazo regimentalmente estabelecidos, deve, necessariamente, seguir

para votação no plenário da respectiva Casa legislativa, pois o modelo constitucional brasileiro não

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admite a aprovação de leis por meio de órgãos fracionários da Câmara dos Deputados ou do Senado

Federal.

71. (CESPE.SERPRO.Analista-Advocacia.2013) Segundo entendimento do STF, se uma comissão da

Câmara dos Deputados obtiver a aprovação de projeto de lei no Congresso Nacional que seria de

iniciativa privativa do presidente da República, a sanção presidencial do referido projeto não sanará o

vício de iniciativa.

72. (CESPE.TRT5.Juiz do Trabalho.2013) Em relação ao Poder Legislativo, assinale a opção correta.

a) Os parlamentares integrantes da Câmara dos Deputados são eleitos pelo sistema majoritário.

b) As propostas de emenda à Constituição devem ser sancionadas pelo presidente da República,

ressalvados os casos de sua iniciativa exclusiva.

c) Decreto do presidente da República que viole os limites legais pode ser objeto do controle político

repressivo de constitucionalidade pelo Congresso Nacional.

d) Ao Tribunal de Contas da União, órgão auxiliar e integrante do Poder Legislativo, compete julgar as

contas prestadas anualmente pelo presidente da República.

e) O presidente da República detém competência para vetar, por razões de inconstitucionalidade,

determinada palavra contida em projeto de lei.

73. (CESPE.TRT10.Analista Jud. Área Jud.2013) Considerando, por mera hipótese, que um deputado

federal apresentasse projeto de lei ordinária dispondo sobre a organização da Defensoria Pública da

União (DPU) e que tal proposição, depois de aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal,

fosse encaminhada à sanção do presidente da República, julgue os itens que se seguem.

As leis que disponham sobre a organização da DPU são de iniciativa privativa do presidente da

República, de modo que o projeto de lei em questão seria inconstitucional por vício formal subjetivo.

Gabarito: 1-E 21-C 41-C 61-C

2-E 22-E 42-C 62-C

3-C 23-E 43-C 63-C

4-E 24-E 44-C 64-C

5-E 25-C 45-C 65-C

6-E 26-E 46-E 66-C

7-E 27-E 47-D 67-E

8-E 28-C 48-E 68-E

9-E 29-E 49-C 69-C

10-E 30-B 50-E 70-E

11-C 31-E 51-C 71-C

12-C 32-E 52-C 72-C

13-E 33-E 53-E 73-C

14-E 34-C 54-C

15-C 35-E 55-C

16-E 36-E 56-E

17-C 37-C 57-E

18-E 38-C 58-E

19-E 39-E 59-E

20-E 40-E 60-C

QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS – PARTE II

1. (FGV.Analista Legislativo.Processo Legislativo.Senado.2008) Não constitui princípio básico do

processo legislativo:

(A) a nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental.

(B) a preservação dos direitos das minorias.

(C) a impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quorum regimental estabelecido.

(D) a análise valorativa do conteúdo das leis e do procedimento de sua elaboração.

(E) a publicidade das decisões tomadas, com exceção dos casos específicos previstos no Regimento.

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2. (FGV Técnico Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008) Analise as afirmativas a seguir,

no que diz respeito aos princípios do processo legislativo no Senado:

I. Constitui princípio a decisão colegiada, ressalvadas as competências específicas fixadas no

Regimento do Senado.

II. Entre os princípios, destaca-se aquele segundo o qual a norma geral prevalece sobre a especial.

III. Deve observar-se o princípio da ampla negociação política por meio dos procedimentos regimentais

previstos.

Assinale:

(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

(C) se apenas a afirmativa I estiver correta.

(D) se apenas a afirmativa III estiver correta.

(E) se apenas a afirmativa II estiver correta.

3. (FGV Técnico Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008) Consoante os termos do art. 59

da Constituição brasileira, as seguintes normas estão compreendidas no regular processo legislativo:

(A) resoluções e decretos.

(B) medidas provisórias e estatutos.

(C) leis programáticas e leis delegadas.

(D) decretos legislativos e resoluções.

(E) leis complementares e leis suplementares.

4. (CESGRANRIO.Analista Administrativo.Gestão Institucional.DNPM.2006) Conforme a

Constituição, o processo legislativo NÃO compreende a elaboração de:

(A) emendas à Constituição.

(B) medidas provisórias.

(C) decretos legislativos.

(D) resoluções.

(E) portarias.

5. (CESPE.Téc Jud.Área Adm.TRT 5a Região.2008) É constitucional lei de iniciativa de deputado

estadual criadora de gratificação na secretaria de saúde do estado.

Um deputado estadual de Sergipe, insatisfeito com os recursos que o estado vinha recebendo da União,

resolveu apresentar um projeto de lei estadual criando um novo imposto, incidente sobre a exploração

da atividade de lavra de petróleo nesse estado por empresas privadas e estatais. Com base nessa

situação hipotética, julgue os itens seguintes.

6. (CESPE ACE TCU 08) O projeto de lei proposto pelo mencionado deputado estadual apresenta

inconstitucionalidade formal de iniciativa, pois a matéria tributária é de competência privativa do

governador do estado.

7. (FGV Analista Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008) No sistema bicameral atuam

ambas as Casas Legislativas no processo de formação da lei, cabendo a iniciativa a parlamentares,

órgãos legislativos, cidadãos, órgãos do executivo, do Judiciário e do Ministério Público. Assim, sendo

a lei de conteúdo estruturador da organização judiciária dos Territórios, tal iniciativa é conferida ao

Presidente:

(A) do Supremo Tribunal Federal.

(B) da República.

(C) do Senado Federal.

(D) da Câmara dos Deputados.

(E) do Congresso Nacional.

8. (FGV Técnico Legislativo – Administração Senado 2008) A respeito do processo legislativo na

Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir:

I. O Presidente vetará projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, se considerá-lo, no todo ou em

parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público. O veto parcial somente abrangerá texto

integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

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II. O veto presidencial pode ser derrubado pelo voto da maioria absoluta dos deputados e senadores, em

votação conjunta e escrutínio secreto. Rejeitado o veto, o Presidente do Congresso Nacional, na mesma

sessão, promulgará a lei.

III. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,

com força de lei. As medidas provisórias vigoram imediatamente, mas perderão sua eficácia desde sua

edição, se não forem convertidas em lei pelo Congresso Nacional, no prazo previsto na Constituição.

IV. É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria pertinente à organização do Poder

Judiciário e do Ministério Público, à carreira e à garantia de seus membros. Sobre tal matéria, o

Presidente deve requerer previamente delegação ao Congresso Nacional. A delegação terá a forma de

resolução, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

V. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares,

leis

ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.

Assinale:

(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

(B) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

(C) se apenas as afirmativas III, IV e V estiverem corretas.

(D) se apenas as afirmativas I, III e V estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

9. (FGV.Analista Legislativo.Processo Legislativo.Senado.2008) Analise as afirmativas a seguir:

I. A iniciativa popular em matéria de lei federal está condicionada à manifestação de pelo menos um

por cento do eleitorado nacional, que deverá estar distribuído em no mínimo cinco Estados, exigida em

cada um deles a manifestação de três décimos por cento de seus eleitores (Constituição, art. 61, § 2º).

II. Os Tribunais detêm competência privativa para propor a criação de novas varas judiciárias.

Compete privativamente ao Supremo Tribunal Federal e aos Tribunais Superiores propor a criação ou

extinção dos tribunais inferiores, bem como a alteração do número de membros destes, a criação e a

extinção de cargos e a fixação de vencimentos de seus membros, dos juízes, inclusive dos tribunais

inferiores, dos serviços auxiliares dos juízos que lhes forem vinculados, e a alteração da organização e

da divisão judiciária (Constituição. arts. 96, I, “d”, e 96, II e alíneas).

III. A disciplina sobre a discussão e instrução do projeto de lei é confiada, fundamentalmente, aos

Regimentos das Casas Legislativas. O projeto de lei aprovado por uma casa será revisto pela outra em

um só turno de discussão e votação. Não há tempo prefixado para deliberação das Câmaras, salvo

quando o projeto for de iniciativa do Presidente e este formular pedido de apreciação sob regime de

urgência (Constituição, art. 64, § 1º).

Assinale:

(A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

(D) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(E) se nenhuma afirmativa estiver correta.

10. (FGV Técnico Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008) O processo legislativo confere

aos cidadãos poder de iniciar o processo legislativo. Trata-se da lei de iniciativa popular. Consoante o

texto constitucional, tal projeto deve preencher os seguintes requisitos:

(A) subscrição de um por cento do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos cinco estados e com

pelo menos três décimos por cento dos eleitores em cada um deles.

(B) subscrição de, no mínimo, de um milhão de eleitores, divididos por dez estados da federação,

proporcionalmente.

(C) subscrição de dez por cento do número total de eleitores do país, divididos por, no mínimo, vinte

estados da federação, em proporcionalidade.

(D) subscrição de cinco por cento do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, quinze estados, e

cinco décimos de eleitores por estado.

(E) subscrição de vinte por cento do eleitorado nacional, distribuído por dez estados sem limite por

cada estado.

11. (FGV Técnico Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008) A Constituição Federal possui

um regime em que organiza a iniciativa das leis, significando que confere legitimidade concorrente ou

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exclusiva a pessoas, comissões ou órgãos para determinados assuntos. Nessa linha, quando o tema é

atinente ao Estatuto da Magistratura, pode-se afirmar que:

(A) há iniciativa concorrente entre o Presidente da República, o Presidente do STF e o Presidente do

Congresso Nacional.

(B) ocorre a iniciativa exclusiva do STF e dos Tribunais Superiores.

(C) o Presidente da República e o Presidente do STF possuem iniciativas concorrentes.

(D) o Presidente do STF e o Presidente do Congresso Nacional podem propor projeto sobre o assunto,

conjunta ou separadamente.

(E) somente o Presidente do STF pode propor projeto de lei nesse tema.

12. (FGV Técnico Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008) No sistema bicameral

brasileiro, tendo iniciado projeto de lei ordinária no Senado Federal, remetido à Câmara dos Deputados

e sofrido emendas, retornando à Casa iniciadora poderá o projeto:

(A) sofrer rejeição total das emendas e ser remetido para sanção presidencial.

(B) passar por novas emendas e ser devolvido à Câmara dos Deputados.

(C) ser emendado, aprovado e remetido à sanção presidencial.

(D) não sofrer emendas porque a Câmara dos Deputados é soberana em tema de lei ordinária.

(E) tramitar por procedimento sumário, sem ir a plenário.

13. (CESGRANRIO.Advogado.SEAD/AM.2005) O processo legislativo consiste em um conjunto de

atos pré-ordenados visando à criação de normas de Direito, sendo INCORRETO afirmar que:

(A) o veto parcial do Presidente da República somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo,

de inciso ou de alínea.

(B) a Constituição poderá ser emendada se obtiver, em cada Casa do Congresso Nacional e em dois

turnos, votação correspondente a três quintos dos votos de seus respectivos membros.

(C) a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um quinto, no mínimo, dos membros da

Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

(D) não se admite proposta de emenda à Constituição que objetive abolir a separação dos Poderes.

(E) não se admite proposta de emenda à Constituição que objetive abolir a forma federativa de Estado.

14. (CESGRANRIO.Advogado.SEMSA/AM.2005) O veto presidencial de artigo de projeto de lei

poderá ser rejeitado pelo voto de(a):

(A) 3/5 (três quintos) dos membros do Senado Federal.

(B) 3/5 (três quintos) dos Deputados e Senadores, em votação conjunta.

(C) maioria absoluta dos membros do Senado Federal.

(D) maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em votação conjunta.

(E) maioria simples dos Deputados e Senadores, em votações sucessivas na Câmara e no Senado.

15. (CESPE Analista Jud Área Adm TRE MT 2010) Decorrido o prazo de quinze dias para o exame

do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, o silêncio do presidente da República importará

veto, em razão da impossibilidade de ocorrer sanção tácita.

16. (CESPE ACE TCU 08) A república e a forma federativa de Estado foram arroladas expressamente

como cláusulas pétreas pelo constituinte originário.

17. (FGV.Analista Legislativo.Processo Legislativo.Senado.2008) Senador da República apresenta

projeto de emenda constitucional, aduzindo ser necessário restringir a utilização do habeas corpus

tendo em vista a necessidade de combater o crime organizado, notadamente aquele do colarinho

branco, bem como os grupos armados que, pelo tráfico de drogas, aguçam a violência urbana. À luz

das regras constitucionais em vigor, pode-se afirmar que:

(A) o sistema constitucional proíbe a apresentação da emenda por ferir direitos individuais.

(B) situações de calamidade pública, aí incluída a social, permitem limitar quaisquer direitos, sendo

completamente livre o constituinte derivado.

(C) desde que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, no exercício de suas atribuições

regimentais, aprove o projeto, estará sanado qualquer eventual vício de inconstitucionalidade.

(D) a emenda colide com a perspectiva republicana.

(E) somente o plenário do Senado poderá aferir a constitucionalidade e oportunidade da medida, que

será submetida, necessariamente, a referendo popular.

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18. (FGV Técnico Legislativo – Administração Senado 2008)

Não será objeto de deliberação a proposta de emenda constitucional tendente a abolir:

(A) o sistema educacional público e gratuito.

(B) a ordem econômica fundada na soberania nacional, na propriedade privada e no princípio da

dignidade da pessoa humana.

(C) a forma federativa do Estado.

(D) a proteção da família e dos direitos da criança e do adolescente.

(E) a proteção ao meio ambiente ecologicamente equilibrado para as futuras gerações.

19. (FGV Fiscal da Receita Municipal Angra dos Reis-RJ 2010) O poder de reformar a Constituição

está sujeito, conforme a Constituição Federal de 1988

(A) a restrições temporais, sendo vedadas emendas durante o período de quatro anos de promulgação

do texto constitucional.

(B) à iniciativa popular de proposta de emenda, composta de, no mínimo, dois terços do coeficiente

eleitoral.

(C) ao voto favorável de três quintos dos membros de cada Casa do Congresso Nacional, e em dois

turnos de votação em cada uma.

(D) à reapresentação, na mesma sessão legislativa, de proposta de emenda nela rejeitada ou tida por

prejudicada.

(E) a restrições de ordem material que se exaurem no respeito ao direito adquirido, à coisa julgada e ao

ato jurídico perfeito.

20. (NCE.Agente de Promotoria.Assessoria.MP/ES.2007) Uma Emenda Constitucional, em tese,

poderia abolir:

(A) a rigidez para criação de norma constitucional;

(B) o voto direto, secreto, universal e periódico;

(C) o sistema presidencialista de governo;

(D) a temporariedade dos mandatos eletivos;

(E) as competências residuais dos Estados federados.

21. (CESPE Agente PC TO 08) A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada

ou havida por prejudicada só pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa mediante

iniciativa da maioria absoluta dos membros de qualquer das casas do Congresso Nacional.

Considere a situação hipotética em que o Congresso Nacional tenha aprovado emenda à CF,

apresentada pelo presidente da República, determinando a revogação do parágrafo único do art. 7.º do

texto constitucional, que exclui dos empregados domésticos vários dos direitos assegurados aos demais

trabalhadores. Considere, ainda, que, após a promulgação da emenda, um partido político tenha

ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI),

postulando a invalidação da emenda por motivo de violação de cláusula pétrea. Com relação a essa

situação, julgue os itens a seguir.

22. (CESPE.Analista Jud.Área Adm.TST.2008) Para ter sido aprovada, a referida emenda à CF

precisou obter, em cada casa do Congresso Nacional, a aprovação de, no mínimo, 60% dos membros

que a compõem.

23. (CESPE.Analista Jud.Área Adm.TST.2008) O referido partido político está correto ao sustentar

que a emenda constitucional acima mencionada viola cláusula pétrea.

24. (CESPE.Analista Jud.Área Adm.TST.2008) O STF não pode apreciar a referida ADI porque a

CF exclui expressamente da sua competência a declaração de inconstitucionalidade de emendas à CF.

25. (CESPE.Analista Jud.Área Adm.TST.2008) Considere que, em uma sessão do Senado Federal,

que é composto por 81 membros, estivessem presentes 71 senadores e tenha havido exatos 36 votos

pela aprovação de determinado projeto de lei complementar. Nessa situação, é correto concluir que o

referido projeto foi rejeitado.

26. (CESPE.Analista Administrativo e Financeiro.Direito.SEGER/ES.2007) Lei complementar

pode ser revogada por lei ordinária quando tratar de matéria específica desse tipo de lei.

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27. (FGV Técnico Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008) O art. 163 da Constituição

brasileira determina a edição de lei para regulamentar os gastos públicos, denominada de lei de

responsabilidade fiscal que alguns autores indicam como influência de países unitários, como a Nova

Zelândia. A lei em

foco tem natureza de lei:

(A) regulamentar.

(B) complementar.

(C) delegada.

(D) reforçada.

(E) provisória.

28. (CESPE Analista Com Ext MDIC) Um tratado anterior pode prevalecer sobre uma lei ordinária

posterior em razão de ser mais especial que ela.

29. (FGV Advogado SENADO 2008) A respeito do processo legislativo, analise as afirmativas a

seguir:

I. Podem apresentar proposta de emenda à Constituição Federal: o Presidente da República; um terço,

no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; e mais da metade das

Assembléias Legislativas das unidades de federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria

relativa de seus membros. A proposta de emenda à Constituição será submetida à discussão e votação

em cada casa legislativa, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver três quintos de votos

favoráveis dos membros de cada casa.

II. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,

com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. As medidas provisórias

perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de trinta dias. O Presidente

da República poderá reeditar medida provisória que não tenha sido apreciada pelo Congresso Nacional,

desde que ainda estejam presentes os requisitos da relevância e urgência, Após a quinta reedição, a

medida provisória não apreciada será havida como rejeitada, cabendo ao Presidente da República, por

decreto, regular as relações jurídicas dela decorrentes.

III. Os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República com pedido de urgência na tramitação

devem ser apreciados, inicialmente pela Câmara dos Deputados, e depois pelo Senado Federal, no

prazo sucessivo de quarenta e cinco dias. Ultrapassado tal prazo, ficam sobrestadas as demais

deliberações legislativas da respectiva casa, com exceção das que tenham prazo constitucional

determinado, até que se ultime a votação. Os prazos de quarenta e cinco dias não correm nos períodos

de recesso do Congresso Nacional.

IV. O projeto de lei que tenha sido aprovado nas duas casas legislativas será encaminhado ao

Presidente da República para sanção. Se o chefe do Poder Executivo considerar o projeto

inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, no prazo de quinze dias úteis, contados da

data do recebimento. A Constituição proíbe o veto parcial do projeto, em razão do risco de

desvirtuamento decorrente da supressão de apenas alguns artigos da lei aprovada. O veto poderá ser

derrubado em sessão conjunta das casas legislativas, pelo voto secreto da maioria absoluta dos

Deputados e Senadores.

Assinale:

(A) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

(B) se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.

(C) se apenas as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.

(D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

(E) se apenas a afirmativa I estiver correta.

30. (FGV Analista Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008) O processo legislativo prevê

uma variedade de atos normativos que devem ser elaborados segundo os seus ditames, dentre os quais

figura o Decreto Legislativo. Sobre o referido instrumento normativo, avalie as afirmativas abaixo:

I. A iniciativa é exclusiva do Senado Federal.

II. O projeto deve ser votado nas duas Casas Parlamentares e apresentado à sanção do Presidente da

República.

III. Cabe ao Presidente do Senado Federal a promulgação e a publicação.

IV. O quorum de votação para aprovar o Decreto Legislativo é de maioria simples.

V. Inexistem limites de matéria para inclusão no corpo do Decreto Legislativo.

Estão corretas apenas as afirmativas:

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(A) III e IV. (B) I e IV.

(C) II e V. (D) II e IV.

(E) I e III.

31. (CESPE Analista Jud Área Adm TRE MT 2010) No que se refere a leis delegadas, se a

resolução determinar a apreciação do projeto de lei pelo Congresso Nacional, este a fará em votação

única, sendo vedada qualquer emenda.

32. (CESPE.Analista Jud.Área Adm.TRT.RJ.2008) No que concerne ao processo legislativo,

assinale a opção correta.

A As medidas provisórias não podem ser objeto de deliberação em convocação extraordinária do

Congresso Nacional proposta pelo presidente da República.

B O Congresso Nacional pode delegar ao presidente da República a edição de lei acerca da organização

do Poder Judiciário, desde que o Poder Executivo tenha uma comissão de reforma do Poder Judiciário.

C Em regra, a tramitação de processo legislativo de proposta encaminhada pelo presidente da

República inicia-se no Senado Federal.

D As medidas provisórias não podem veicular matéria relativa a direito processual civil.

E Lei complementar não é hierarquicamente superior às resoluções do Senado Federal.

33. (FGV.Analista Legislativo.Processo Legislativo.Senado.2008) O Presidente da República, no

uso de suas atribuições constitucionais, aduzindo relevância e urgência, remeteu ao Congresso

Nacional Medida Provisória para reajustar vencimentos de servidores públicos, diante da ameaça de

greve, com prejuízos à continuidade da prestação do serviço público. Nos termos da Constituição,

existe prazo para o Congresso realizar a votação da Medida Provisória, convertendo-a em lei. Após

determinado período ocorre o denominado trancamento da pauta de votações. Nesse sentido, analise as

afirmativas a seguir:

I. Após a publicação, a Medida Provisória deve ser apreciada em até quarenta e cindo dias.

II. Nenhuma das Casas pode analisar os pressupostos constitucionais de relevância e urgência.

III. Não sendo votada em sessenta dias, perderá a eficácia, incabível a prorrogação do prazo.

IV. Câmara e Senado indicarão membros para compor comissão mista, responsável por examinar e dar

parecer sobre Medidas Provisórias.

V. A votação ocorrerá em sessão conjunta do Congresso Nacional.

Assinale:

(A) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.

(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

(C) se apenas as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.

(D) se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.

(E) se apenas as afirmativas II, III e V estiverem corretas.

34. (FGV Analista de Informática Legislativa - Análise de Sistemas Senado 2008) É vedada a

edição de medidas provisórias sobre as matérias relacionadas nas alternativas a seguir, à exceção de

uma.

Assinale-a.

(A) nacionalidade, cidadania, direitos políticos e direito eleitoral

(B) direito penal, processual penal e processual civil

(C) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia dos seus membros

(D) que vise à detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro

(E) que institua ou majore tributos.

35. (FGV Auditor TCMRJ 2008) A abertura de crédito extraordinário, para atender a despesas, como

comoção interna, será realizada, especialmente, mediante:

(A) lei delegada.

(B) decreto legislativo.

(C) medida provisória.

(D) decreto executivo.

(E) resolução.

36. (FGV.Juiz.TJPA.2009) A respeito do regramento constitucional das medidas provisórias, assinale

a afirmativa incorreta.

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(A) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado

pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

(B) A edição de medida provisória para instituição de tributos só será admitida para atender despesas

imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

(C) Apenas excepcionalmente o Poder Judiciário poderá, no controle de constitucionalidade da medida

provisória, examinar a adequação dos requisitos de relevância e urgência, por força da regra de

separação de poderes.

(D) A medida provisória não apreciada pelo Congresso Nacional podia, até a Emenda Constitucional

32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a

primeira edição.

(E) É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou

que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

37. (CESGRANRIO.Advogado.CASA DA MOEDA DO BRASIL.2005) A Constituição Federal

permite a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a:

(A) nacionalidade.

(B) direitos políticos.

(C) direito eleitoral.

(D) direito tributário.

(E) organização do Poder Judiciário.

38. (CESPE Analista TCE AC 08) A medida provisória:

A) pode tratar de matéria reservada a lei complementar.

B) pode tratar de matéria penal e processual.

C) deve ser votada primeiramente na Câmara dos Deputados.

D) tem eficácia por 45 dias, sendo prorrogável uma única vez.

E) depende de maioria absoluta para ser aprovada.

39. (IPAD Analista Juridico Pref Recife 08) As medidas provisórias não podem dispor sobre direito

penal, processual penal e processual civil, assim como direito do trabalho e processo trabalhista.

40. (FGV Fiscal da Receita Estadual AP 2010) Com relação ao tema “Poder Constituinte e Emenda à

Constituição”, analise as afirmativas a seguir.

I. A proposta de emenda constitucional exige um quorum qualificado para sua aprovação. A emenda

constitucional será considerada aprovada após discussão e votação em dois turnos pelo Senado Federal,

devendo obter três quintos dos votos dos seus membros em cada turno de votação.

II. São temas que não podem ser objeto de proposta de emenda constitucional que os pretenda abolir:

(i) a forma federativa de Estado; (ii) os direitos e garantias individuais; (iii) a separação dos Poderes;

(iv) o voto direto, secreto, universal e periódico; e (v) as regras constitucionais relativas ao controle de

constitucionalidade.

III. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto

de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

41. (FGV Consultor de Orçamento Senado 2008) De acordo com a Constituição Federal, para que as

emendas ao projeto de lei orçamentária apresentadas à Comissão Mista de Planos, Orçamentos

Públicos e Fiscalização – CMO sejam aprovadas, é necessário:

(A) que sejam indicados os recursos necessários sendo admitidos os provenientes de anulação de

despesas, inclusive as que incidam sobre serviço da dívida.

(B) que sejam compatíveis com o plano plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com a Lei

de

Responsabilidades Fiscal.

(C) que sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com dispositivos do texto do

projeto de lei.

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(D) que sejam relacionadas a despesas sujeitas a cumprimento de limites mínimos obrigatórios

estabelecidos na Constituição.

(E) que sejam compensadas com recursos provenientes de anulação de despesas com pessoal e seus

encargos.

42. (FGV Consultor de Orçamento Senado 2008) A respeito da disciplina constitucional da

elaboração do orçamento público, assinale a alternativa incorreta.

(A) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de

despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e

contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação da receita, nos termos da lei.

(B) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública

federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração

da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política

de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

(C) Cabe a lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a

organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.

(D) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, será

obrigatoriamente incluído na lei orçamentária anual.

(E) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos Poderes da União,

excluídas as entidades de administração indireta que possuam autonomia econômica e financeira.

43. (FGV Consultor de Orçamento Senado 2008) A respeito do projeto de lei orçamentária anual,

assinale a afirmativa correta.

(A) Por ser de iniciativa exclusiva do Presidente da República, não pode receber emendas

parlamentares.

(B) Somente poderá receber emendas subscritas pela maioria das comissões permanentes do Senado

Federal e da Câmara dos Deputados, bem como emendas das bancadas estaduais no Congresso

Nacional, não sendo admitida a apresentação de emendas individuais.

(C) Somente será submetida à aprovação do Congresso Nacional depois de regular tramitação,

apreciação de emendas e elaboração de parecer pela Comissão Mista Permanente de que trata o art.

166, § 1o, da Constituição federal.

(D) Poderá receber proposta de alteração por parte do Presidente da República, enquanto não iniciada a

votação, no plenário do Congresso Nacional, da parte cuja alteração é proposta.

(E) Não pode receber emendas parlamentares cujos recursos necessários sejam provenientes de

anulação de despesas ou ainda emendas que consignem créditos com finalidade imprecisa ou dotação

ilimitada.

44. (FGV Analista Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008) QUESTÕES DISCURSIVAS

O Presidente da República, no exercício de suas atribuições constitucionais, remete ao Congresso

Nacional projeto de lei em regime de urgência, em tema educacional, tendo sido aprovado, no prazo

legal, na Câmara dos Deputados. Ingressou o projeto, no Senado Federal, aos 7 de agosto de 2008,

tendo sido despachado pelo Presidente do Senado Federal e remetido à Comissão de Constituição,

Cidadania e Justiça, onde recebeu inúmeras emendas. A seguir foi remetido às demais Comissões

competentes, tendo sido lido em plenário no dia 22 de agosto do corrente ano, submetido a discussão e

votação, também sofrendo inúmeras emendas. Na votação em turno único, foram aprovadas emendas

ao projeto, inclusive com aumentos de despesa não previstos no projeto original e também não

incluídas na proposta orçamentária em vigor. Pela proposta governamental, o projeto transformado em

lei passaria a vigorar imediatamente. Observadas tais premissas, indique se o andamento do projeto

obedeceu às regras constitucionais e regimentais, bem como se os órgãos competentes que integraram

o processo legislativo estão corretamente identificados ou há algum eventualmente ausente do

processo. Justifique sua resposta.

45. (FGV Técnico Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008)

DISCURSIVA

O Presidente da República remete ao Congresso Nacional Medida Provisória, pertinente à criação de

nova Contribuição Social, destinada a custear despesas com Saúde, Educação e projetos sociais. No

Senado, o projeto sofre diversas emendas, que são submetidas às comissões permanentes e, após, com

o devido parecer, apresentadas em plenário. Na votação em plenário, algumas emendas são rejeitadas, e

outras, submetidas a requerimento de destaque, em separado. O prazo regimental é excedido pela

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atuação do bloco oposicionista. Observadas tais circunstâncias, discorra, à luz da Constituição e das

regras regimentais, a respeito dos pontos relevantes para o processo legislativo.

46. (FGV Técnico Legislativo – Processo Legislativo SENADO 2008)

REDAÇÃO

Leia com atenção o trecho a seguir:

“Tal é o poder da lei que a sua elaboração reclama precauções severíssimas. Quem faz a lei é como se

estivesse acondicionando materiais explosivos. As conseqüências da imprevisão e da imperícia não

serão tão espetaculares, e quase sempre só de modo indireto atingirão o manipulador, mas podem

causar danos irreparáveis.”

(Victor Nunes Leal. Técnica Legislativa. In: Estudos de direito público. Rio de Janeiro, 1960.)

Com base no trecho acima, elabore um texto dissertativo-argumentativo, entre 25 e 30 linhas,

discutindo a questão por ele levantada.

GABARITO:

1-D 11-E 21-E 31-C 41-C

2-B 12-A 22-C 32-E 42-E

3-D 13-C 23-E 33-A 43-C

4-E 14-D 24-E 34-E 44-X

5-E 15-E 25-C 35-C 45-X

6-E 16-E 26-C 36-B 46-X

7-B 17-A 27-B 37-D

8-D 18-C 28-C 38-C

9-D 19-C 29-D 39-E

10-A 20-C 30-A 40-C