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Curso de Pós-Graduação em “Polícia e Segurança Pública” Processo Penal Aplicado a Segurança Pública

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Curso de Pós-Graduação em

“Polícia e Segurança Pública”

Processo Penal Aplicado a Segurança Pública

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Corpo Docente:

Anderson Luiz Brasil Silva

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Direito

Processual

Penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

CONCEITO

Segundo Nestor Távora (2011) o Direito Processual

Penal seria o conjunto de princípios e normas

que regulam a aplicação jurisdicional do Direito

Penal, bem como as atividades persecutórias da polícia

judiciária, e a estruturação dos órgãos da função

jurisdicional e respectivos auxiliares.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

CONCEITO

Percebe-se que o Direito Processual Penal objetivaconferir efetividade ao Direito Penal, porém talobjetivo não pode estar divorciado dos PrincípiosConstitucionais.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

FINALIDADE

A finalidade do Direito Processual Penal pode ser

dividida em mediata que implica na pacificação social

obtida com a solução do conflito, e imediata que

implica na efetivação do Direito Penal.

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FONTES

Espécies

• Fontes materiais ou de produção (Fontescriadoras) – aquela que cria o direito.

• Fontes formais ou de cognição (Fontes deexpressão ou de conhecimento) – aquela que revela odireito.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

FONTES

Espécies

• Fontes Materiais: Correspondem às entidades ousujeitos aos quais incumbe a geração de normasjurídicas sobre determinadas matérias.

- UNIÃO (art. 22 ,I , CF/88): compete privativamente.

- ESTADO (art. 22, Parágrafo único, CF/88):excepcionalmente, poderão criar leis que tratem dequestões específicas de processo penal, desde hajaautorização da UNIÃO por meio de Lei Complementar.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

FONTES

Espécies

• Fontes Formais: Traduzem as formas pelas quais odireito se exterioriza. Podem ser classificadas em:

– Imediatas: lei (CF/88, Legislação infraconstitucionale Súmula Vinculante);

– Mediatas: costumes (secundum legem, praeter legem e

contra legem) e princípios gerais do direito (regras que se

encontram na consciência dos povos [brocados] e são

universalmente aceitas, mesmo que não existas).

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

Segundo Antônio Alberto Machado, os princípiosdefinem as diretrizes políticas do processo penal e seconstituem numa espécie de norma, com toda a forçavinculante das normas jurídicas em geral.

Já Robert Alexy, entende que os princípiosconstitucionais seriam direitos prima facie, que devemser efetivados na maior medida possível, qualverdadeiros mandamentos de otimização, portanto,direitos com toda força normativa.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

a) Presunção de Inocência – Art. 5º, inciso LVII(57), da CF (Ninguém será considerado culpado até otrânsito em julgado da sentença penal condenatória).

Consequências:1. O ônus de provar é da acusação;2. O acusado não é obrigado a colaborar com essaprova;3. Não se admite a majoração da pena com base eminquérito ou ação penal não transitados em julgado.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

b) Ampla Defesa – Art. 5º, LV (55), CF. É o direitoconferido ao réu, de oferecer amplos argumentos emseu favor e de demonstrá-los nos termos da legislaçãoprocessual.

- Defesa técnica - feita por advogado.- Autodefesa - feita pelo acusado. O mesmo poderáarguir as teses de defesa que entender cabíveis, asquais deverão obrigatoriamente ser enfrentadas nasentença, sob pena de nulidade.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

c) Contraditório – Deriva do artigo 5º, LV (55), daCF (aos litigantes, em processo judicial ouadministrativo, e aos acusados em geral sãoassegurados o contraditório e ampla defesa, com osmeios e recursos a ela inerentes).

Conceito - é a ciência bilateral dos atos e termosprocessuais e a possibilidade de contrariá-los.(Joaquim Canuto Mendes de Almeida).

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

d) Juiz Natural (Juiz constitucional) – CF artigo5º, XXXVII (37); Não haverá juízo ou tribunal deexceção.

O autor de um delito só pode ser processado e julgadoperante o órgão a que a Constituição Federal atribui acompetência para o julgamento.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

e) Publicidade – Deriva do artigo 5º, LX (60), CF – Alei só poderá restringir a publicidade dos atosprocessuais quando a defesa da intimidade ou ointeresse social o exigirem).

Art. 93, IX (9), CF: “todos os julgamentos dos órgãosdo poder judiciário serão públicos, e fundamentadastodas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei,se o interesse público o exigir, limitar a presença emdeterminados atos, às próprias partes e a seusadvogados, ou somente a estes”.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

e) Publicidade

- Regra: publicidade- Exceção: sigilo. Ex.: 792, §1º do CPP.

Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuaisserão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dosjuízos e tribunais, com assistência dos escrivães, dosecretário, do oficial de justiça que servir de porteiro,em dia e hora certos, ou previamente designados.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

e) Publicidade

- Regra: publicidade- Exceção: sigilo. Ex.: 792, §1º do CPP.

§ 1º Se da publicidade da audiência, da sessão ou doato processual, puder resultar escândalo, inconvenientegrave ou perigo de perturbação da ordem, o juiz, ou otribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou arequerimento da parte ou do Ministério Público,determinar que o ato seja realizado a portas fechadas,limitando o número de pessoas que possam estarpresentes.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

e) Publicidade

• Publicidade Geral – Os atos processuais sãoabertos a toda comunidade. Garante uma forma decontrole externo da atividade judiciária.

• Publicidade restrita – Decorre do contraditório, dodireito das partes de serem informadas acerca dosatos processuais.

• Exceções: Relativização do princípio. Votação dojúri e 234 - B, Código Penal.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

f) Vedação das provas ilícitas – deriva do artigo 5º, LVI (56),

CF (são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por

meios ilícitos)

• No processo penal, a teoria dos frutos da árvoreenvenenada - fruits of the poisonous tree - propugnaque provas lícitas oriundas de meios ilícitos nãopoderão ser aceitas, vez que contaminadas. Portanto,em razão um vício na origem, de ilicitude, serão ilícitasas demais provas que delas se originarem.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

g) Devido Processo Legal – Deriva do artigo 5º, Inciso LIV

(54) (Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem

o devido processo legal).

•É o rigor de obediência ao que está previsto na lei.

•Sentido formal – Significa que o processo penalobservará rigorosamente as formalidades previstas nalei.

•Sentido Material – Os direitos fundamentais da pessoaserão respeitados pelo Estado no processo.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

h) In dúbio pro reo (favor rei, prevalência dointeresse do réu) – Deriva da presunção de inocência.Somente o juízo de certeza pode permitir acondenação. Ex.: 386, VI, CPP.

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causana parte dispositiva, desde que reconheça:[...]VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ouisentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o doart. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houverfundada dúvida sobre sua existência;

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

i) Garantia de não autoincriminação – De acordocom Nucci, trata-se de decorrência natural daconjugação dos princípios constitucionais da presunçãode inocência [art.5º, LVII (57)] e ampla defesa[art.5º, LV (55)], com o direito humano fundamentalque permite ao réu permanecer calado [art.5º, LXIII(63)]. (NUCCI, Guilherme de Souza. Código deProcesso Penal Comentado. 8. ed., São Paulo: RT,2008.).

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

j) Iniciativa das partes - O juiz não poderá começaro processo de ofício.

O princípio da iniciativa das artes é cristalizado nasmáximas nemo judex sine actore (não há juiz semautor) e ne procedat judex ex officio (o juiz nãopode dar início ao processo sem a provocação daparte). A ação penal, seja ela pública ou privada, éinstaurada para examinar a ocorrência de crime oucontravenção. O juiz não pode dar início à açãopenal de ofício.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

k) Fundamentação ou motivação – Art. 5º, LXI(61), CF: “ninguém será preso senão em flagrantedelito ou por ordem escrita e fundamentada daautoridade judiciária competente”.• Antônio Magalhães Gomes Filho estabelece essedireito como garantia política e processual.• Política – Permite certo controle sobre o trabalho dojuiz.• Processual – Favorece a correta interpretação sobreo ato decisório.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

l) Acusatório – Pressupõe uma perfeita divisão entreas funções de acusar, defender e julgar. Respeita-se ocontraditório e a ampla defesa.

• Pode-se dizer que é um dos pilares de um EstadoDemocrático de Direito, o qual garante a efetivaaplicação de um contraditório e uma ampla defesajusta.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

m) Verdade real – O conjunto de provas deve refletira verdade dos fatos, não se limitando o juiz apresunções de veracidade.

• A verdade real é aquela que demonstra em suaíntegra a sua materialidade com o fato, isto é, nãodeixando pairar dúvidas quanto a sua comprovaçãocom o fato em si. Podemos também dizer que averdade real é o mesmo que prova material.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

n) Identidade física do juiz – Art. 399, § 2º, CPP.“o juiz que presidiu a instrução deverá proferir asentença”.

Obs.: Não há no NCPC previsão da regra do Princípioda Identidade Física do Juiz, como constava do art.132 e parágrafo do CPC/73.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

n) Identidade física do juiz – Art. 399, § 2º, CPP.“o juiz que presidiu a instrução deverá proferir asentença”.

Obs.: Não há no NCPC previsão da regra do Princípioda Identidade Física do Juiz, como constava do art.132 e parágrafo do CPC/73.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

n) Identidade física do juiz

1. O princípio da identidade física do juiz, introduzido no sistemaprocessual penal pátrio pela Lei n° 11.719/08, deve ser analisado,conforme a recente jurisprudência da Quinta Turma deste SuperiorTribunal, à luz das regras específicas do art. 132, do Código deProcesso Civil. 2. O fato de o juiz substituto ter sido designado paraatuar na Vara do Tribunal do Júri, em razão de férias da Juíza titular,realizando o interrogatório do réu e proferindo a decisão depronúncia, não apresenta qualquer vício apto a ensejar a nulidade dofeito. (HC 151.054/AP, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RJ), QUINTA TURMA,julgado em 01/12/2011, DJe 03/02/2012)

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

o) Igualdade das partes – Às partes devem serassegurados os mesmos meios de prova.

• No âmbito do processo penal, às partes devem serasseguradas as mesmas oportunidades de alegação ede prova, cabendo-lhes iguais direitos, ônus,obrigações e faculdades.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

p) Livre convencimento motivado/Livrevaloração da prova – 155 CPP.

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livreapreciação da prova produzida em contraditório judicial,não podendo fundamentar sua decisão exclusivamentenos elementos informativos colhidos na investigação,ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis eantecipadas.

• Não existe taxação das provas, tendo o juiz liberdadepara definir o “peso” de cada elemento probatório.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

q) Duplo grau de jurisdição – as decisões podemser revistas por órgãos jurisdicionais de grau superior.Não se encontra expresso na CF.

• Quando esta organiza o Judiciário em instâncias,consagrou este princípio implicitamente.

• Em casos de competência originária do STF, não háduplo grau de jurisdição.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

r) Justa Causa – o Estado Democrático de Direitonão admite o exercício indiscriminado da persecuçãopenal.

• Para o indiciamento ou o recebimento de umadenúncia, deverá haver um lastro probatório mínimo.395, III, CPP.

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:[...]III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

s) Proporcionalidade – A restrição aos direitosfundamentais deve ser feita no estrito limite da lei edesde que essa restrição seja proporcional àsfinalidades do processo.

• Decorre do devido processo legal.

• A proporcionalidade em sentido estrito temimportância fundamental na aplicação dassanções. Assim, a gravidade da sanção deve serequivalente à gravidade da infração praticada.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

t) Comunhão de provas – Umas vez produzidas, asprovas pertencem ao processo, podendo servir paraformar a convicção do juiz, independente de que parteas produziu.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

u) Vedação de revisão pro sociedade - Impede quealguém possa ser processado novamente por processoem que já tenha sido absolvido, mesmo que isso tenhaocorrido por erro judiciário.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

u) Vedação de revisão pro sociedade

• Polêmicas:1) Decisão homologatória da extinção da punibilidadepela morte do agente com base em certidão de óbitofalsa.- Não se admite revisão criminal pro societate.- Damásio de Jesus – O sujeito ficaria impune.- STF: O que gera a punibilidade é a morte, e não odocumento que a comprova.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

u) Vedação de revisão pro sociedade

• Polêmicas:2) Sequestro e manutenção em cárcere detestemunhas oculares de determinado crime.Absolvição com trânsito em julgado.- Eugenio Pacelli: Não cabe revisão criminal, haja vistaque a causa da absolvição foi ausência de serviçopúblico estatal.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

u) Vedação de revisão pro sociedade

• Polêmicas:3) Arquivamento de inquérito policial fundada emquestões de mérito.- Eugenio Pacelli: Quando o inquérito for arquivadopor atipicidade do fato ou extinção de punibilidade dodelito, tal decisão tem natureza de coisa julgadamaterial, não se admitindo a retomada dasinvestigações.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO

Artigo 1º do CPP

- O CPP rege os processos em todo o territórionacional (Regra: Locus regit actum).

- É com o CPP de 1941 que se encerra a fase pluralistados códigos estaduais (cada Estado possuía um CPP) –Isso justifica a disposição do artigo 1º do CPP vigente.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO

Artigo 1º do CPP

Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o territóriobrasileiro, por este Código, ressalvados:I - os tratados, as convenções e regras de direitointernacional;II - as prerrogativas constitucionais do Presidente daRepública, dos ministros de Estado, nos crimes conexoscom os do Presidente da República, e dos ministros doSupremo Tribunal Federal, nos crimes deresponsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);III - os processos da competência da Justiça Militar;

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO

Artigo 1º do CPP

Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o territóriobrasileiro, por este Código, ressalvados:[...]IV - os processos da competência do tribunal especial(Constituição, art. 122, no 17);V - os processos por crimes de imprensa. Vide ADPF nº130Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Códigoaos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leisespeciais que os regulam não dispuserem de mododiverso.

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LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

Artigo 1º do CPPExtraterritorialidade do CPP

- Esta extraterritorialidade significa a aplicação do CPPfora do Brasil.

• Hipóteses de aplicação:a) Território invadido;b) Território nullius – território sem dono (Ex.:Antártida);c) Consentimento do Estado estrangeiro.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

Artigo 2º do CPP

Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo,sem prejuízo da validade dos atos realizados sob avigência da lei anterior.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

Artigo 2º do CPP

1) Noção: Trata-se do conflito de leis no tempo, ouseja, mudança da lei durante o processo (É o conflitode leis processuais).

2) Sistemas de Solução desses conflitos:2.1) Sistema da Unidade Processual: A lei que inicia oprocesso o rege até o fim (Não é adotado no Brasil).

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

Artigo 2º do CPP

2.2) Sistema das Fases Processuais: A lei que inicioua fase a rege até o fim (Não é adotado no Brasil).• Fases Processuais:- Postulatória;- Instrutória;- Decisória.(O sistema que iniciar uma dessas fases a regerá até ofim.)

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

Artigo 2º do CPP

2.3) Sistema do isolamento dos atos processuais /Princípio do efeito imediato / Princípio do tempus regitactum:É o sistema adotado no Brasil (Art. 2º do CPP) – A leiprocessual penal não retroage, tendo eficáciaimediata.Atenção: Não confundir com o Direito Penal Material.(A lei retroagirá se for mais benéfica ao réu).

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

Artigo 2º do CPP

Resumo:a) A lei processual se aplica imediatamente;b) Os atos anteriores são válidos;- Benéfica ou maléfica, a lei processual será aplicadade imediato.- Lei híbrida/mista – Prevalece o aspecto materialRetroatividade benéfica.(Verbi gratia: Crimes contra a dignidade sexual)

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

Resumo:a) A lei processual se aplica imediatamente;b) Os atos anteriores são válidos;- Benéfica ou maléfica, a lei processual será aplicadade imediato.- Lei híbrida/mista – Prevalece o aspecto materialRetroatividade benéfica.(Verbi gratia: Crimes contra a dignidade sexual)

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e

aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios

gerais de direito.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

Tal artigo aponta que a lei processual penal admiteinterpretação extensiva, aplicação analógica e osuplemento dos princípios gerais do direito.

Atenção: A doutrina e a jurisprudência admiteminterpretação extensiva contra o réu no processopenal. No projeto do CPP há artigo expressoproibindo esta operação.

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

1) Tipos de sistema:- Acusatório; - Inquisitivo; - Misto.

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

2) Características dos sistemas:

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

2) Características dos sistemas:

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INQUISITIVO ACUSATÓRIO

Não há separação de funções Há separação de funções (acusador, defensor e julgador)

O acusado é objeto de processo O acusado é sujeito de direitos

O processo é secreto O processo é público

O processo é escrito O processo é oral

Vale o sistema da prova legal / tarifada Vale o sistema do livre convencimento motivado

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

2) Características dos sistemas:

Sistema Misto: Há características tanto do sistemaacusatório quanto do sistema inquisitivo.

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

3) Para o Brasil:

O STF diz que adotamos o sistema acusatório, isso porconta do Art. 129, I da CF/88.

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

3) Para o Brasil:Consequências do sistema acusatório:a) 1ª consequência: O MP deve formular denúnciaapta (HC 105953 – Rel. Min. Celso de Mello – J.11.11.10).b) 2ª consequência: O juiz é o último a perguntarpara a testemunha (Art. 212 CPP).

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

3) Para o Brasil:Consequências do sistema acusatório:c) 3ª consequência: O juiz não pode decretar medidascautelares pessoais de ofício no inquérito policial (Art.282, §2º CPP).

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

3) Para o Brasil:Consequências do sistema acusatório:Atenção 1: A jurisprudência entende que o Art. 40 doCPP não viola o sistema acusatório (No novo CPP ojuiz não poderá requisitar a instauração do inquéritopolicial).

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Artigo 3º do CPP

SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

3) Para o Brasil:Consequências do sistema acusatório:Atenção 2: A jurisprudência entende que o Art. 156do CPP não viola o sistema acusatório (tal artigo cuidados poderes instrutórios do juiz – juiz podendoproduzir prova de ofício).

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INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL

Resumo:Art. 3o , CPP: “A lei processual penal admitiráinterpretação extensiva e aplicação analógica, bemcomo o suplemento dos princípios gerais de direito.”

a) Interpretação extensiva – A lei disse menos doque deveria. O intérprete amplia seu conteúdo. Ex.:Causas de suspeição do juiz, também se aplicam aosjurados.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PERSECUÇÃO PENAL

De acordo com Tourinho Filho a persecução penal“apresenta dois momentos distintos: o da investigaçãoe o da ação penal.” Esta consiste no pedido dejulgamento da pretensão punitiva, conquanto aquelaexprime-se na atividade preparatória da ação penal,de caráter preliminar e informativo.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PERSECUÇÃO PENAL

A persecução penal se divide em 02 (duas) fases: ainvestigação criminal e o processo penal. Vejamos:

A investigação criminal é o procedimentoadministrativo preliminar realizado pela PolíciaJudiciária que tem a finalidade de se apurar fatoscriminosos, colhendo elementos sobre a materialidadedo crime e indícios de sua autoria. A esteprocedimento se dá o nome de inquérito policial.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PERSECUÇÃO PENAL

A persecução penal se divide em 02 (duas) fases: ainvestigação criminal e o processo penal. Vejamos:

A segunda fase se dá perante um órgão judicial e temcaráter jurisdicional. É iniciado, via de regra,pelo Ministério Público, com o oferecimento dadenúncia, tem seu desdobramento (em apertadoresumo: defesa, instrução e alegações finais) e adecisão (condenando ou absolvendo o réu).

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PERSECUÇÃO PENAL

• Lide e o Processo PenalDesde que o homem passou a viver em sociedade deforma organizada visando à obtenção de fins comuns,fez-se necessário um controle social, o qual se deuatravés do Direito (ubi societas ibi jus) que passou aexercer uma função ordenadora, dirimindo os conflitosderivados das ilimitadas necessidades do ser humanofrente à limitação dos bens existentes.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PERSECUÇÃO PENAL

• Lide e o Processo PenalA lide, portanto, pode ser definida como sendo umapretensão resistida (Carnelutti), onde o autor dainfração resiste à pretensão do acusador, pois,enquanto o primeiro pretende garantir o seu juslibertatis; o segundo pretende vê-lo punido, com adiminuição de um bem jurídico (patrimônio ouliberdade).

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PERSECUÇÃO PENAL

• Jus Puniendi e Jus PersequendiEntende-se por jus puniendi o direito-dever doEstado em punir o autor da infração penal,manifestado através do poder de império estatal, demodo a salvaguardar a sociedade contra o crime,sendo esse direito limitado através do Direito PenalObjetivo (Código Penal).

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PERSECUÇÃO PENAL

• Jus Puniendi e Jus PersequendiQuanto ao jus persequendi ou persecutio criminisé o direito do Estado e perseguir o autor da açãocriminosa, sendo tal direito consubstanciado noconjunto de atividades exercidas pelos órgãos estataisque visam à aplicação da sanção penal ao culpado.

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Inquérito

Policial

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INQUÉRITO POLICIAL

CONCEITO E FINALIDADE

Podemos defini-lo como:

Inquérito policial é, pois, o conjunto de diligênciasrealizadas pela Policia Judiciária para apuração de umainfração penal e sua autoria, a fim de que o titular daação penal possa ingressar em juízo. (TOURINHOFILHO, 2016)

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INQUÉRITO POLICIAL

CONCEITO E FINALIDADE

Novo conceito trazido pelo § 1º do art. 2º da Lei nº

12.830/13:

Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridadepolicial, cabe a condução da investigação criminal pormeio de inquérito policial ou outro procedimentoprevisto em lei, que tem como objetivo a apuração dascircunstâncias, da materialidade e da autoria dasinfrações penais. (BRASIL, 2013)

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INQUÉRITO POLICIAL

CONCEITO E FINALIDADE

• A Polícia Judiciária é responsável por apurar porfatos criminosos e coligir (reunir) elementos queapontem se, de fato, houve o crime e quem o praticou(materialidade e autoria).

• No Brasil, a Policia Judiciária é representada pelaPolícia Civil e pela Polícia Federal.

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INQUÉRITO POLICIAL

CONCEITO E FINALIDADE

Nos termos do art. 4° do CPP:

A policia judiciaria será exercida pelas autoridadespoliciais no território de suas respectivascircunscrições e terá por fim a apuração das infraçõespenais e da sua autoria. (BRASIL, 1941)

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

• O Inquérito Policial (IP) tem natureza deprocedimento administrativo, e não de processojudicial.

• Por ser o Inquérito Policial (IP) instaurado econduzido por uma autoridade policial, possui nítidocaráter administrativa. Inquérito Policial não é fasedo processo! É pré-processual.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

Obs.: Eventual irregularidade ocorrida durante ainvestigação não gera nulidade do processo. Isto é,eventuais nulidades ocorridas durante a investigaçãonão contaminam a ação penal, notadamente quandonão há prejuízo algum para a defesa (STJ - AgRg noHC 235840/SP).

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

O IP possui algumas características, atreladas a suanatureza. São elas:

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

Obrigatoriedade e Dispensabilidade:- O inquérito policial é obrigatório para autoridadepolicial, e dispensável para a ação penal (Art. 39, §5ºCPP).

Atenção: Uma vez oferecida a notitia criminis,

estará a autoridade policial obrigada a instaurar oinquérito.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

• O IP é escrito: Todos os atos produzidos no bojo do IP

deverão ser escritos, e reduzidos a termo aqueles que forem

orais (como depoimento de testemunhas, interrogatório do

indiciado, etc.). Essa regra encerra outra característica do IP,

citada por alguns autores, que e a da FORMALIDADE.

Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão,num só processado, reduzidas a escrito oudatilografadas e, neste caso, rubricadas pelaautoridade. (BRASIL, 1941)

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

• O IP é sigiloso:

Modalidades de Sigilo:

- Sigilo externo: É o sigilo para a sociedade em geral (É a

regra para o IP – Art. 20 do CPP).

- Sigilo interno: É o sigilo para os que atuam no inquérito

policial.Pós-graduação em “Polícia e Segurança Pública”

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

Sigilo interno:

- Art. 5º, incisos XXXIII e LX e Art. 93, inciso IX daCF/88;- Art. 8, 5 do Pacto de San José da Costa Rica;- Art. 792 do CPP;- Art. 7º, XIII, XIV, XV, XVI e XXI do Estatuto da OAB;

- Súmula Vinculante nº. 14.

A regra é a não existência do sigilo interno.Pós-graduação em “Polícia e Segurança Pública”

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

Súmula Vinculante nº. 14 :

“É direito do defensor no interesse do representado,ter acesso amplo aos elementos de prova que, jádocumentados em procedimento investigatóriorealizado por órgão com competência de políciajudiciária, digam respeito ao exercício do direito dedefesa.”Data de Aprovação: Sessão Plenária de 02/02/2009.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

Descumprimento da SV 14:

Medidas cabíveis:

- Reclamação para o STF; - Mandado de Segurança para o juiz criminal; - HC para o juiz criminal (A doutrina rejeita o uso do HC, que tem sido admitido pela jurisprudência).

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

• O IP é inquisitivo (inquisitorialidade) - Ainquisitorialidade do Inquérito decorre de sua naturezapré-processual. No Processo temos autor (MP ouvítima), acusado e Juiz. No Inquérito não há acusação,logo, não há nem autor, nem acusado. O Juiz existe,mas ele não conduz o IP, quem conduz o IP é aautoridade policial (Delegado).

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

Obs.: No Inquérito Policial, por ser inquisitivo, não hádireito ao contraditório nem a ampla defesa.- Isso não significa que o indiciado não possua

direitos, como o de ser acompanhado por advogado,etc.

- O indiciado pode requerer sejam realizadas algumasdiligencias. Entretanto, a realização destas não éobrigatória pela autoridade policial.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

- O STJ possui decisões concedendo Habeas Corpuspara determinar a autoridade policial que atenda adeterminados pedidos de diligências;

- O exame de corpo de delito não pode ser negado,nos termos do art. 184 do CPP:

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, ojuiz ou a autoridade policial negará a pericia requeridapelas partes, quando não for necessária aoesclarecimento da verdade. (BRASIL, 1941)

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

Atenção: É comum dizer que o único inquérito que

possui contraditório é o inquérito para a expulsão do

estrangeiro: Estatuto do Estrangeiro (Arts. 65 a 75) e

Decreto nº 86.715/1981 (Arts. 100 a 109).

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

OBS.: Em razão desta ausência de contraditório, o

valor probatório das provas obtidas no IP é muito

pequeno, servindo apenas para angariar elementos de

convicção ao titular da ação penal (o MP ou o

ofendido, a depender do tipo de crime) para que este

ofereça a denúncia ou queixa.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

ATENÇÃO! O Juiz pode usar as provas obtidas no

Inquérito para fundamentar sua decisão. O que o Juiz

NÃO PODE é fundamentar sua decisão somente com

elementos obtidos durante o IP, SALVO provas

cautelares1, não repetíveis2 e antecipadas3, nos termos

do art. 155 do CPP.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

1 Provas Cautelares:

Envolve a ideia do desaparecimento dos objetos da

prova, por isso se fala no periculum in mora.

Exemplo: Perícia antecipada denominada “vistoria ad

perpetuam rei memoriam”.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

2 Prova Irrepetível:

É a prova que posteriormente não poderá ser feita

novamente, não no sentido de desaparecimento, mas

de perda de oportunidade. Isto é, depende de sua

realização no específico momento da investigação.

Exemplo: Interceptação telefônica.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

3 Prova Antecipada:

Ela é antecipada em relação ao seu momento original

de produção.

Exemplo: A testemunha gravemente enferma.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

• Oficialidade - O IP é conduzido por um órgão oficial do

Estado.

• Oficiosidade - Em se tratando de crime de açãopenal publica incondicionada (regra), a autoridadepolicial deve instaurar o Inquérito Policial sempre quetiver noticia da pratica de um delito desta natureza.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

• Indisponibilidade - Uma vez instaurado o IP, não

pode a autoridade policial arquivá-lo (Art. 17 do CPP),

pois esta atribuição e exclusiva do Judiciário, quando o

titular da ação penal assim o requerer.

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

• Dispensabilidade - O IP é dispensável, ou seja, não

é obrigatório. Dado seu caráter informativo (busca

reunir informações), caso o promotor de justiça já

possua todos os elementos necessários ao

oferecimento da denúncia, o IP será dispensado e

aquela oferecida em 15 dias (Art. 39, § 5° do CPP).

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INQUÉRITO POLICIAL

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

• Discricionariedade na sua condução - A

autoridade policial pode conduzir a investigação da

maneira que entender mais frutífera, sem necessidade

de seguir um padrão pré-estabelecido.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAa) De ofício:

O inquérito pode ser iniciado de ofício pelaautoridade policial, por meio de portaria.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAb) Requisição do Juiz ou Promotor:

A requisição é a ordem do Juiz ou do Promotorpara a instauração do inquérito policial.

Em regra, a Autoridade Policial tem o deverfuncional de instaurar o inquérito policial. Porém, se aordem for manifestamente ilegal, a AutoridadePolicial recusará a instauração, fundamentando osmotivos da recusa.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAb) Requisição do Juiz ou Promotor:

Eventualmente em provas orais, apontar os fatosanteriormente citados, ressalvando que, tendo emvista não haver hierarquia entre o Delegado e oJuiz / MP, deve o Delegado avaliar a conveniência dainstauração do inquérito policial quando da requisição.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAb) Requisição do Juiz ou Promotor:

No que se refere ao art. 40 do CPP, parcela dadoutrina diz que ele não foi recepcionado pela CF/88no que se refere ao juiz, isto porque, o juiz, aorequisitar o IP, iria ferir o sistema acusatório.

A jurisprudência, contudo, tem sido avessa a estaargumentação, permitindo que o juiz requisite ainstauração de inquérito policial.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAb) Requisição do Juiz ou Promotor:

Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem,os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime deação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e osdocumentos necessários ao oferecimento da denúncia.

Para Guilherme Madeira, o juiz deve poderrequisitar a instauração, mas deve ser afastado deeventual processo que nasça desse IP, e mesmo nesteinquérito não poderá tomar qualquer ato decisório.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAc) Requerimento do ofendido:

O Delegado pode indeferir o requerimento doofendido e deste indeferimento cabe recurso aochefe de polícia (Art. 5º, § 2º do CPP).

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAd) Auto de prisão em flagrante

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAe) Delatio Criminis: É a notícia da ocorrência doconduta criminosa por qualquer do povo.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADAObs. 1: No Jecrim não existe inquérito policial. O IP ésubstituído pelo Termo Circunstanciado.Obs. 2: Denúncia anônima não autoriza a instauraçãode IP, mas o delegado pode realizar procedimentospreliminares de investigação, e caso conclua pelaexistência de indícios, com base nestes indíciosinstaurará o inquérito policial (STJ - HC 204778/SP -Rel. Min. Og Fernandes - J. 04.10.12).

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NA AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA OUAÇÃO PENAL PRIVADAA instauração de inquérito policial depende da vontadedo ofendido ou de seu representante legal.

Atenção: Pode haver requisição (Juiz/MP) parainstauração do IP em crimes de Ação PúblicaCondicionada ou Ação Privada, desde queacompanhada da manifestação do ofendido ou de seurepresentante legal.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NOTITIA CRIMINISNoção:

Trata-se do conhecimento espontâneo ou provocadodo fato criminoso pela Autoridade Policial.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NOTITIA CRIMINISClassificação:a) Notitia Criminis de Cognição Imediata ouEspontânea: Trata-se do conhecimento do fatocriminoso pela Autoridade Policial por meio de suasatividades rotineiras.

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NOTITIA CRIMINISClassificação:b) Notitia Criminis de Cognição Mediata ouProvocada: A Autoridade Policial toma conhecimentodo fato criminoso por meio de expediente escrito(Requerimento do ofendido, por exemplo).

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INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NOTITIA CRIMINISClassificação:c) Notitia Criminis de Cognição Forçada ouCoercitiva: Ocorre quando da apresentação do presoem flagrante a Autoridade Policial.

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INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

NOTITIA CRIMINISDelatio Criminis:

É uma espécie de notitia criminis feita por terceirapessoa.a) Delatio Criminis Inqualificada: É a denúnciaanônima.b) Delatio Criminis Postulatória: É a representaçãonos crimes de ação penal pública condicionada.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

Não há sequência obrigatória e pré-determinada deatos a serem observados pela Autoridade Policial.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

PRAZOS DO INQUÉRITO POLICIAL

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TIPO PRESO SOLTO

Regra Geral (Art. 10 do CPP) 10 dias 30 dias

Justiça Federal (Art. 66 da Lei nº

5.010/66)15 dias (+15) 30 dias

Lei de Drogas (Art. 51 e parágrafo único

da Lei nº 11.343/06)30 dias (+30) 90 dias (+90)

Crimes Contra a Economia Popular

(Art. 10, § 1º, da Lei nº 1.521/51)10 dias 10 dias

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

DILIGÊNCIAS DA AUTORIDADE POLICIAL- Preservar o local de crime;- Apreender os objetos que tenham relação com o fatocriminoso, após liberados pelos peritos;- Colher todas as provas;- Ouvir o ofendido;- Ouvir o indiciado;- Reconhecimento e acareação;

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DESENVOLVIMENTO DO IP

DILIGÊNCIAS DA AUTORIDADE POLICIAL- Determinar o exame de corpo de delito;

- Determinar a identificação datiloscópica;

- Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista

individual, familiar, social, condição econômica, atitude e

estado de ânimo antes e depois do crime.

(Art. 6º do CPP)

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOSÉ possível a reprodução simulada dos fatos, salvo se

violar a moralidade ou se violar a ordem pública (Art.7º do CPP).a) O indiciado não é obrigado a colaborarativamente com a reprodução simulada dosfatos, mas a Autoridade Policial poderá determinar asua condução coercitiva até o local (STF - HC96219/Mc-SP - Rel. Min. Celso de Mello).

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DESENVOLVIMENTO DO IP

REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOSÉ possível a reprodução simulada dos fatos, salvo se

violar a moralidade ou se violar a ordem pública (Art.7º do CPP).b) É possível realizar a reprodução simulada dosfatos após a conclusão do inquérito, de ofício, eentão encaminhar ao fórum (STF - HC 98660/SP - Rel.Min. Gilmar Mendes - J. 29.11.11).

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOSÉ possível a reprodução simulada dos fatos, salvo se

violar a moralidade ou se violar a ordem pública (Art.7º do CPP).c) Pode o juiz indeferir a realização dareprodução simulada dos fatos requerida pelavítima/ofendido, desde que de maneirafundamentada. [...]

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DESENVOLVIMENTO DO IP

REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOSÉ possível a reprodução simulada dos fatos, salvo se

violar a moralidade ou se violar a ordem pública (Art.7º do CPP).c) [...] A única prova que o juiz não pode indeferir é oexame de corpo de delito, nos termos do Art. 184 doCPP (STJ - RHC 28286 - Rel. Min. Marco AurélioBellizze - J. 17.04.12).

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INDICIAMENTOa) Noção:

É o ato pelo qual a Autoridade Policial reconheceformalmente que os indícios de autoria e amaterialidade recaem sobre o suspeito.

b) Momento do indiciamento:O CPP não prevê momento específico para o

indiciamento.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INDICIAMENTOc) Condutas a serem tomadas com oindiciamento:

O Delegado ao indiciar fará a identificação dosuspeito, o pregressamento, o interrogatório e acomunicação aos bancos de dados oficiais.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INDICIAMENTOd) Julgados importantes:d.1) Indiciamento após o recebimento da denúncia -Não é possível, segundo o STJ (HC 206925 SP - Rel.Min. Vasco Della Giustina - J. 15.09.11).

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INDICIAMENTOd) Julgados importantes:d.1) Indiciamento após o recebimento da denúncia -Não é possível, segundo o STJ (HC 206925 SP - Rel.Min. Vasco Della Giustina - J. 15.09.11).- O STJ firmou o entendimento de que o indiciamento,após o recebimento da denúncia, configuraconstrangimento ilegal, pois esse ato é próprio da faseinquisitorial.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INDICIAMENTOd) Julgados importantes:d.2) Manutenção do indiciamento, apesar doarquivamento do inquérito policial - Possibilidade,segundo o STJ (HC 190507 SP - Rel. Min. Gilson Dipp- J. 20.10.11).

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INDICIAMENTOd) Julgados importantes:OBS.: Inexistência de elementos para início daação penal. Assim, não fazendo coisa julgadamaterial tal decisão, pode o procedimento vir a serdesarquivado, antes da ocorrência da prescrição, sefatos novos surgirem, em obediência a Súmula524/STF, não impedindo a manutenção doindiciamento dos pacientes.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INDICIAMENTOd) Julgados importantes:

SÚMULA Nº 524/STFARQUIVADO O INQUÉRITO POLICIAL, POR DESPACHODO JUIZ, A REQUERIMENTO DO PROMOTOR DEJUSTIÇA, NÃO PODE A AÇÃO PENAL SER INICIADA,SEM NOVAS PROVAS.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INDICIAMENTOe) Modalidades de indiciamento:I - Indiciamento direto: É aquele feito na presençado suspeito, ora indiciado.II - Indiciamento indireto: É o feito quando ausenteo suspeito, ora indiciado.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INCOMUNICABILIDADE (Art. 21 do CPP):- Depende de decisão do juiz;- Quando o interesse da sociedade ou a conveniênciada investigação exigir;- O prazo máximo é de 03 dias;- Não abrange o advogado.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INCOMUNICABILIDADE (Art. 21 do CPP):Quanto à recepção pela CF/88:

1ª posição (Mirabete) - Não foi recepcionada pelaCF/88 uma vez que é vedada durante o Estado deDefesa: Ora, se nem mesmo no Estado de Defesacabe, não caberá em outra situação. (Art. 136, § 3º,IV, CF)

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

INCOMUNICABILIDADE (Art. 21 do CPP):Quanto à recepção pela CF/88:

2ª posição (Vicente Greco Filho) - A proibição sóse refere ao Estado de Defesa, logo é cabível foradele.

Não há posição jurisprudencial a respeito.

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DESENVOLVIMENTO DO IP

IDENTIFICAÇÃO CRIMINALPrevisão legal:a) Art. 5º, LVIII da CF/88;b) Art. 109 da Lei nº 8.090/90 (ECA);c) Art. 5º da Lei nº 9.034/95;d) Art. 3º da Lei nº 10.054/00;e) Art. 3º da Lei nº 12.037/09.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

IDENTIFICAÇÃO CRIMINALAtenção: Para o STJ, a Lei nº 9.034/95 nesse aspectofoi revogada pela Lei nº 10.54/00 (RHC 12965 DF -Rel. Feliz Fisher - J. 10.11.03).

Como o STJ pacificou que a Lei nº 10.054/00revogou a disposição da Lei nº 9.034/95, e como a Leinº 12.037/09 expressamente revogou a Lei nº10.054/00, hoje, regulamentando o tema, só temos asnormas das letras a, b, e.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

IDENTIFICAÇÃO CRIMINALCabimento da identificação criminal (Art. 3º da L12.037/09):- Documento rasurado ou indício de falsificação (I);- Quando o documento for insuficiente para aidentificação cabal do indiciado (II);- Quando o indiciado portar documentos conflitantes(III);- Quando a identificação for essencial para asinvestigações (VI);

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

IDENTIFICAÇÃO CRIMINALCabimento da identificação criminal (Art. 3º da Lei12.037/09):[...]- Quando constar nos registros policiais o uso deoutros nomes (V);- Quando o estado de conservação ou a distânciatemporal ou ainda a distância da localidade deexpedição não permitirem a identificação (VI).

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

IDENTIFICAÇÃO CRIMINALCabimento da identificação criminal (Art. 3º da Lei12.037/09):OBS.: Quem determina que seja feita a identificaçãocriminal é a autoridade policial, SALVO na hipótesedo inciso IV - neste caso só o juiz pode determinar.Nessa hipótese o juiz pode determinar de ofício oumediante requerimento da autoridade policial, do MPou da defesa.

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INQUÉRITO POLICIAL

DESENVOLVIMENTO DO IP

IDENTIFICAÇÃO CRIMINALAbrangência da identificação criminal:a) Regra:

Como regra abrange a identificação datiloscópica(digitais) e tirada de fotografias.b) Exceção (Art. 5º, parágrafo único):

Pode haver coleta de material para a identificaçãodo perfil genético.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

AÇÃO PENAL PRIVADAA autoridade policial elabora relatório e envia para o

fórum, local em que aguardará a manifestação doofendido.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

AÇÃO PENAL PÚBLICAA autoridade policial elabora relatório final e manda

para o fórum, oportunidade em que os autos sãoenviados ao MP.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

AÇÃO PENAL PÚBLICAO MP poderá:- Oferecer denúncia;- Solicitar remessa dos autos ao juiz competente;- Redistribuir para outro MP;- Propor arquivamento;- Requerer diligência imprescindível para o

oferecimento da denúncia.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

AÇÃO PENAL PÚBLICAAtenção! O juiz não pode indeferir as diligênciasrequeridas pelo promotor, ainda que as entendainúteis. Se o juiz indeferir, a medida cabível dependede cada Estado e de sua lei de organização judiciária.Se a lei de organização judiciária tiver previsão derecurso caberá recurso (Exemplo: SP com correiçãoparcial). Se não tiver previsão de recurso caberámandado de segurança.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALa) Fundamentos do arquivamento:O que pode levar ao arquivamento:- Causa excludente da ilicitude;- Causa excludente da culpabilidade (salvo

inimputabilidade);- Atipicidade da conduta;- Falta de elementos informativos sobre a autoria

e/ou materialidade.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALa) Fundamentos do arquivamento:

OBS. 1: Quando está extinta a punibilidade, o juizdeclara essa extinção, e por força dela ocorrerá oarquivamento.

OBS. 2: A inimputabilidade é a única causa excludenteda culpabilidade em que se deve oferecer denúncia.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALb) Procedimento do arquivamento:

O MP propõe o arquivamento ao juiz. Se o juizconcordar, o IP será arquivado. Caso o juiz discorde,aplica-se o art. 28 do CPP e os autos serãoencaminhados ao Procurador Geral de Justiça (PGJ). OPGJ pode requerer diligências, insistir noarquivamento, ele próprio oferecer denúncia oudesignar outro promotor para denunciar.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALb) Procedimento do arquivamento:

DiscordaMP propõe Juiz PGJ Ele próprio ofereceo arquivamento Art. 28 a denúncia

ConcordaPode Requerer

Arquiva Insiste no diligênciasarquivamento Designa outro

Promotor de Justiça

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TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALb) Procedimento do arquivamento:

Atenção! Precisa designar outro promotor por contada independência funcional. Este outro promotortem o dever funcional de denunciar, pois é apenasum representante do procurador geral.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALc) Modalidades de arquivamento:c.1) Arquivamento implícito:

Ocorre quando o promotor deixa de incluir um oumais corréus na denúncia. Para esta posição haveriaarquivamento implícito em relação a estes. Não éadmitido em nosso sistema.

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TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALc) Modalidades de arquivamento:c.2) Arquivamento indireto:

Ocorre quando o promotor declina de sua atribuiçãoe o juiz discorda. Nesta hipótese o juiz aplica o Art. 28do CPP.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALd) Recursos da decisão que determina oarquivamento:d.1) Regra Geral: Tal decisão é irrecorrível.

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TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALd) Recursos da decisão que determina oarquivamento:d.2) Exceções:- Crimes contra a economia popular: Cabe recursode ofício (Reexame necessário é o termo maistécnico), conforme Art. 7º da Lei nº 1.521/51.

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TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALd) Recursos da decisão que determina oarquivamento:d.2) Exceções:- Contravenção de jogo do bicho e contravençãode aposta em corrida de cavalos fora dohipódromo: Cabe RESE (Recurso em Sentido estrito –Art. 581 CPP).

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALd) Recursos da decisão que determina oarquivamento:d.2) Exceções:- Quando a decisão pelo arquivamento forteratológica (absurda), então poderá a vítimaimpetrar mandado de segurança (HC 123365 SP - Rel.Min. Og Fernandes - J. 22.06.10).

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALa) Regra geral:

Pode desarquivar se houver novas provas - Art. 18do CPP e Súmula 524 do STF. A súmula e o artigotêm incidência, desde que também não esteja extintaa punibilidade.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALa) Regra geral:

Para desarquivar a prova deve ser substancialmentenova, ou seja, deve trazer um dado novo. Se aprova não traz um dado novo e ela não existia antesnos autos, trata-se de prova formalmente nova, quenão admite desarquivamento.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALb) Exceção:b.1) Faz coisa julgada material o arquivamento quese fundamenta em atipicidade da conduta.Há entendimento PACÍFICO no sentido de que não émais possível reativar, futuramente, as investigações.Afinal, já houve manifestação do MP e chancela do Juizatestando a ATIPICIDADE da conduta (irrelevânciapenal do fato) (STF – Inq 3114/PR)

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALb) Exceção:b.2) Causas excludentes da ilicitude ouculpabilidade:Doutrina e a jurisprudência MAJORITÁRIAS entendemque também não é possível reabrir futuramente ainvestigação. Embora haja divergência jurisprudenciala respeito, o STJ até pouco tempo atrás tinhaentendimento pacífico neste sentido.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALb) Exceção:b.2) Causas excludentes da ilicitude ouculpabilidade:Entretanto, o STJ recentemente decidiu no sentido deque faz coisa julgada MATERIAL:

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALb) Exceção:b.2) Causas excludentes da ilicitude ouculpabilidade:

( ... ) A par da atipicidade da conduta e da presença decausa extintiva da punibilidade, o arquivamento deinquérito policial lastreado em circunstancia excludente deilicitude também produz coisa julgada material. (RHC46.666/MS, Rel. Ministro SEBASTIAO REIS JUNIOR, SEXTATURMA, julgado em 05/02/2015, Dle 28/04/2015)

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALb) Exceção:b.3) Arquivamento pelo reconhecimento daextinção da punibilidade:Tanto Doutrina quanto Jurisprudência entendem quese trata de decisão que faz coisa julgada material, ouseja, não admite a reabertura do IP.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIALb) Exceção:b.3) Arquivamento pelo reconhecimento daextinção da punibilidade:Todavia, entende-se que se o reconhecimento daextinção da punibilidade se deu pela morte do agente(art. 107, I do CP) mediante apresentação de certidãode óbito falsa (o agente não estava morto) é possívelreabrir as investigações.

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INQUÉRITO POLICIAL

TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL

Resumidamente, o STJ entende atualmente quetoda decisão de arquivamento que enfrente omérito fará coisa julgada material, ou seja,somente poderá ser reaberta a investigação no casode arquivamento por ausência de provas para adenúncia.

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INQUÉRITO POLICIAL

TRANCAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL

É possível o trancamento do inquérito policial pelavia do HC: Trata-se de medida excepcionalíssima,somente cabível:- Quando não houver indícios de autoria;- Quando não comprovada a materialidade;- Quando o fato for atípico.(HC 106314 SP - Min. Rel. Carmem Lúcia - J.21.06.11)

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Prisões

Provisórias

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PRISÕES PROVISÓRIAS

CONCEITO

• Prisão consiste na privação da liberdade delocomoção mediante clausura decretada por ordemescrita e fundamentada da autoridade judiciáriacompetente ou decorrente de flagrante delito.

• Conforme o art. 5, LXI, da CF, ninguém será presosenão em flagrante delito ou por ordem escrita efundamentada de autoridade judiciária competente,salvo nos casos de transgressão militar ou crimepropriamente militar, definidos em lei.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

CONCEITO

• A prisão será efetuada sem o respectivo mandadosomente nos casos de prisão em flagrante,transgressão militar, durante o estado de sítio e nocaso de recaptura do evadido.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

CONCEITO

• O Código Eleitoral prevê que cinco dias antes e 48horas depois do dia da eleição não podem sercumpridos mandados judiciais de prisão processual.Tal disposição visa a assegurar o exercício do direitopolítico. Podem, entretanto, ser efetuadas prisões emflagrante e as decorrentes de sentença penalcondenatória com trânsito em julgado.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

ESPÉCIES DE PRISÕES

a) Prisão pena (penal) – ocorre após o trânsito emjulgado da sentença penal condenatória na qual foiimposta pena privativa de liberdade. Tem caráterrepressivo.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

ESPÉCIES DE PRISÕES

b) Prisão processual (provisória) – é decretadaantes do trânsito em julgado de sentençacondenatória, nos casos previstos em lei. Tem carátercautelar.

• Pode ser de 5 (cinco) espécies: 1) prisão emflagrante; 2) prisão preventiva; 3) prisão temporária;4) prisão por pronúncia; e 5) prisão em razão desentença condenatória recorrível.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

ESPÉCIES DE PRISÕES

c) Prisão civil – decretada na hipóteseconstitucionalmente prevista: de alimentos (art. 528,§ 3º, do novo CPC) e de depositário infiel (art. 5,LXVII, da CF). Note que, em que pese haver previsãoconstitucional, a Súmula Vinculante nº 25 veda apossibilidade de prisão do depositário infiel.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

ESPÉCIES DE PRISÕES

d) Prisão administrativa – Atualmente, entende-seque não existe mais a prisão administrativa, uma vezque a CF (art. 5, LXI e LXVII) não recepcionou referidoartigo. Para alguns doutrinadores, a prisãoadministrativa continua a existir, desde que decretadapor autoridade judicial.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

ESPÉCIES DE PRISÕES

e) Prisão disciplinar – permitida para os casos detransgressão militar e crime militar, conforme autorizaa Constituição Federal (arts. 5, LXI, e 142, § 2, daCF).

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PRISÕES PROVISÓRIAS

ESPÉCIES DE PRISÕES

f) Prisão domiciliar - Os arts. 317 e 318 do CPP,apontam que a prisão domiciliar consiste norecolhimento do indiciado ou acusado em suaresidência, só Podendo dela ausentar-se comautorização judicial.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

ESPÉCIES DE PRISÕES

f) Prisão domiciliar

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventivapela domiciliar quando o agente for:I - maior de 80 (oitenta) anos;II - extremamente debilitado por motivo de doençagrave;III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoamenor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;IV - gestante;V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idadeincompletos;

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PRISÕES PROVISÓRIAS

ESPÉCIES DE PRISÕES

f) Prisão domiciliar

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventivapela domiciliar quando o agente for:[...]VI - homem, caso seja o único responsável peloscuidados do filho de até 12 (doze) anos de idadeincompletos.Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigiráprova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PROCESSUAL

• De acordo com o CPP:

Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrantedelito ou por ordem escrita e fundamentada daautoridade Judiciária competente, em decorrência desentença condenatória transitada em julgado ou, nocurso da investigação ou do processo, em virtude deprisão temporária ou prisão preventiva.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PROCESSUAL

• Segundo o art. 300 do CPP, “As pessoas presasprovisoriamente ficarão separadas das que jáestiverem definitivamente condenadas, nos termos daLei de Execução Penal”. Antes da inovação trazida pelaLei nº 12.403, de 2011, era “sempre que possível”, agora

“ficarão separados”.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Conceito

É a prisão, efetuada sem a necessidade de mandadojudicial, da pessoa que é surpreendida cometendo odelito, ou que acabou de cometê-lo. Está prevista noart. 5º, LXI, da CF.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

a) Flagrante próprio (ou real) – considera-se emflagrante delito quem está cometendo a infraçãopenal, ou seja, está praticando os atos de execução(inc. I) ou quem acaba de cometê-la, ou seja, jápraticou os atos de execução (inc. II).

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

b) Flagrante impróprio (ou quase flagrante) –considera-se em flagrante delito quem é perseguido,logo após, pela autoridade, ofendido ou por qualquerpessoa, em situação em que faça presumir ser o autorda infração (inc. III).

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

b) Flagrante impróprio (ou quase flagrante)

- Logo após: tempo necessário para que a polícia sejachamada. A perseguição deve ser ininterrupta. Osperseguidos não precisam estar na esfera visual dosper seguidores, mas estes devem estar no seuencalço.

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PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

c) Flagrante presumido (ficto) – considera-se emflagrante delito quem é encontrado, logo depois, cominstrumentos, armas, objetos ou papéis que façampresumir ser ele o autor da infração (inc. IV). Nestecaso não há perseguição, mas sim encontro (por acasoou não).

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PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

c) Flagrante presumido (ficto)

- Logo depois: deve ser analisada no caso concreto, de

acordo com a gravidade do crime, a critério do juiz.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

ATENÇÃO!

1. Flagrante esperado: é aquele em que a polícia,

recebendo a informação anônima, toma conhecimento de que

um ilícito será praticado em determinado local e fica de

campana, aguardando o momento da execução para efetivar

a prisão em flagrante. É válido.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

ATENÇÃO!

2. Flagrante forjado: ocorre quando se criam provasde um crime inexistente para se prender alguém emflagrante. Neste caso o flagrante é nulo e o autor dafarsa deve responder por crime de denunciaçãocaluniosa e também por abuso de autoridade (casoseja também funcionário público).

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

ATENÇÃO!

3. Flagrante preparado ou provocado: é aquele emque alguém é induzido por outro a cometer umainfração penal e este, concomitantemente, tomaprovidências para que o suposto culpado seja preso,de forma que se perceba que tais providênciastornaram absolutamente impossível a consumação dodelito.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

ATENÇÃO!

3. Flagrante preparado ou provocado:Neste caso o flagrante é nulo.• Súmula no 145 do STF:

“Não há crime, quando a preparação do flagrante pelapolícia torna impossível a sua consumação”

É Crime impossível por obra do agente provocador.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

ATENÇÃO!

4. Flagrante em caso de crime de ação penalpública condicionada: é possível desde que hajarequerimento (escrito ou oral, reduzido a termo) davítima ou seu representante legal.

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PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

ATENÇÃO!

5. Flagrante em caso de crime de ação penalprivada: é possível desde que a vítima ou seurepresentante legal manifeste desejo de oferecerqueixa oportunamente.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Hipóteses de flagrante – art. 302 do CPP

ATENÇÃO!

6. Flagrante em caso de crime permanente: art.303 do CPP. A consumação prolonga-se no tempo.Enquanto não cessar a permanência, o agente estaráem situação de flagrância.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Sujeitos do flagrante: art. 301 do CPP

a) Ativo (quem pode prender em flagrante):

- É dever das autoridades policiais e seus agentes(ainda que fora de sua circunscrição territorial):flagrante compulsório.

- É faculdade de qualquer pessoa (caracteriza exercíciode função pública transitória): flagrante facultativo.

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PRISÃO EM FLAGRANTE

• Sujeitos do flagrante: art. 301 do CPP

b) Passivo (quem pode ser preso em flagrante):

- Como regra, toda pessoa pode ser presa emflagrante.

- Exceções: menores de 18 anos (inimputáveis);diplomatas estrangeiros (Convenção de Viena);Presidente da República (art. 86, § 3º, da CF);membros do Congresso Nacional (art. 53, caput, daCF); [...]

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Sujeitos do flagrante: art. 301 do CPP

b) Passivo (quem pode ser preso em flagrante):

- Exceções: .... deputados estaduais (art. 27, § 1oc/c o art. 53, caput, da CF); magistrados (art. 33, II,da LOMN); membros do MP (art. 20, VIII, da LONMP).Contudo, os membros do Congresso Nacional,deputados estaduais, magistrados e membros do MPpoderão ser presos em flagrante no caso de crimesinafiançáveis.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Sujeitos do flagrante: art. 301 do CPP

b) Passivo (quem pode ser preso em flagrante):

- Também não serão presos em flagrante (emrazão do crime cometido): autor de fato consideradode menor potencial ofensivo (após a lavratura dotermo circunstanciado) – art. 69, parágrafo único, daLei nº 9.099/95; autor de delito de trânsito que prestapronto e integral socorro à vítima (art. 301 da Lei no9.503/1997); ...

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Sujeitos do flagrante: art. 301 do CPP

b) Passivo (quem pode ser preso em flagrante):

- Também não serão presos em flagrante (emrazão do crime cometido): ... quem, após o crime deautoria ignorada, apresenta-se espontaneamente àautoridade (segundo entendimento do STF). Nestecaso, pode, porém, ser preso preventivamente.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Apresentação Espontânea

A apresentação espontânea consiste nocomparecimento voluntário de alguém após praticarconduta criminosa, afim de noticiar os fatos para aautoridade policial, o que impede a sua prisão emflagrante delito.

Obs.: Apresentação espontânea não impede adecretação da prisão preventiva, desde que presentesos requisitos legais.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Audiência de Custódia

É o instrumento processual que determina quetodo preso em flagrante deve ser levado à presençada autoridade judicial, no prazo de 24 horas, paraque esta avalie a legalidade e necessidade demanutenção da prisão.

- Decorre da aplicação dos Tratados de DireitosHumanos ratificados pelo Brasil.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Audiência de Custódia

Resultados possíveis da Audiência de Custódia:– O relaxamento de eventual prisão ilegal (art. 310, I,do CPP);– A concessão de liberdade provisória, com ou semfiança (art. 310, III, do CPP);– A substituição da prisão em flagrante por medidascautelares diversas (arts. 310, II, parte final e 319 doCPP); ...

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Audiência de Custódia

Resultados possíveis da Audiência de Custódia:

– A conversão da prisão em flagrante em prisãopreventiva (art. 310, II, parte inicial, do CPP);– A análise do cabimento da mediação penal, evitandoa judicialização do conflito, corroborando para ainstituição de práticas restaurativas;– Outros encaminhamentos de natureza assistencial.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO EM FLAGRANTE

• Audiência de Custódia

Resultados possíveis da Audiência de Custódia:

– A Audiência de Custódia foi regulamentada no Brasil por

intermédio da Resolução nº. 213, de 15 de dezembro de 2015,

do Conselho Nacional de Justiça, que entrou em vigor em 1º

de fevereiro de 2016.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO TEMPORÁRIA

• Conceito

É medida restritiva da liberdade de locomoção,decretada pelo juiz, durante o inquérito policial, portempo determinado, destinada a possibilitar asinvestigações de crimes graves. Está prevista na Leino 7.960/1989. As hipóteses legais estão previstas noart. 1º da Lei nº 7.960/89.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO TEMPORÁRIA

• Características:

- Somente pode ser decretada pelo juiz (art. 2º daLei nº 7.960/1989).- Quem pode requerê-la (art. 2º):a) Autoridade policial (mediante representação).b) Ministério Público (mediante requerimento).

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO TEMPORÁRIA

• Características:

ATENÇÃO!

- O juiz não pode decretar a Prisão Temporária deofício. Quando formulada por representação daautoridade policial, o juiz, antes de decidir, ouvirá oMinistério Público (art. 2º, § 1º);

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO TEMPORÁRIA

• Características:

ATENÇÃO!

- Prazo para decisão do juiz: 24 h, contadas dadata do requerimento ou da representação. A decisãodeverá ser fundamentada (art. 2º, § 2º).

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO TEMPORÁRIA

• Características:

ATENÇÃO!

- Prazo de duração da prisão temporária: 05(cinco dias), prorrogável por mais cinco dias, em casode extrema e comprovada necessidade (art. 2º).

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO TEMPORÁRIA

• Características:

ATENÇÃO!

- Crimes hediondos e assemelhados – art. 2º, §4º, da Lei nº 8.072/90 – permite a Prisão Temporáriadecretada pelo prazo de 30 dias, prorrogável por igualperíodo, nos crimes hediondos, no tráfico deentorpecentes, bem como nos casos de terrorismo etortura.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO TEMPORÁRIA

• Características:

ATENÇÃO!

- Encerrado o prazo: o preso deve ser liberado,exceto se for decretada a Prisão Preventiva (art. 2º, §7º, da Lei nº 7.960/1989). A não liberação constituicrime de abuso de autoridade (Lei nº 4.898/65).

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO TEMPORÁRIA

• Características:

ATENÇÃO!

- Os presos temporários deverão permanecer,obrigatoriamente, separados dos demais privados deliberdade (provisórios ou condenados) - art. 3º da Leino 7.960/89.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• Conceito

É medida privativa de liberdade de caráter cautelar,decretada pelo juiz, de ofício (se no curso da açãopenal), ou a requerimento do Ministério Público,do querelante, do assistente, ou por representaçãoda autoridade policial, em decorrência da presença depressupostos legais. É ação que visa resguardar osinteresses sociais de segurança.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• Pressupostos da Prisão Preventiva:

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretadacomo garantia da ordem pública, da ordem econômica,por conveniência da instrução criminal, ou para assegurara aplicação da lei penal, quando houver prova daexistência do crime e indício suficiente de autoria.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• Pressupostos da Prisão Preventiva:

[...]Parágrafo único. A prisão preventiva também poderáser decretada em caso de descumprimento de qualquerdas obrigações impostas por força de outras medidascautelares (art. 282, § 4o).

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• Condições de admissibilidade

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, seráadmitida a decretação da prisão preventiva:I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa deliberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, emsentença transitada em julgado, ressalvado o disposto noinciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7de dezembro de 1940 - Código Penal;

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• Condições de admissibilidade

III - se o crime envolver violência doméstica e familiarcontra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo oupessoa com deficiência, para garantir a execução dasmedidas protetivas de urgência;

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• Condições de admissibilidade

Parágrafo único. Também será admitida a prisãopreventiva quando houver dúvida sobre a identidade civilda pessoa ou quando esta não fornecer elementossuficientes para esclarecê-la, devendo o preso sercolocado imediatamente em liberdade após aidentificação, salvo se outra hipótese recomendar amanutenção da medida.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• A prisão preventiva em nenhum caso serádecretada se o juiz verificar:

- as excludentes de ilicitude dos incisos. I, II e III docaput do art. 23 do CP;

- não é cabível em caso de contravenção, porqueo CPP refere-se a “crime”;

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• A prisão preventiva em nenhum caso serádecretada se o juiz verificar:

- não comporta para crime culposo, porque o art. 313só se refere a “crime doloso”;

- nos crimes cujas penas sejam iguais ou inferior a 4anos;

- se ausentes os requisitos autorizadores da prisãopreventiva.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• A prisão preventiva em nenhum caso serádecretada se o juiz verificar:

Neste casos, o juiz concederá a liberdade provisóriaimpondo, se for o caso, as medidas cautelaresprevistas no art. 319 do CPP.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• Revogação

- O juiz poderá, a todo tempo, revogar a prisãopreventiva, caso desapareçam os motivos que aensejaram (art. 316 do CPP). Se tais motivosreaparecerem ou surgirem outros, poderá serdecretada novamente.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• Revogação

- Da decisão que revoga a prisão preventiva caberecurso em sentido estrito (art. 581, V), sendotambém possível a impetração de mandado desegurança com o fim de dar efeito suspensivo aoprocessamento do recurso, a fim de que o acusadopermaneça preso até a decisão de mérito.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

PRISÃO PREVENTIVA

• Revogação

- A decisão que indefere pedido de revogação deprisão preventiva é irrecorrível.Todavia pode-se ingressar com habeas corpus.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

LIBERDADE PROVISÓRIA

• Conceito

- É a situação que substitui a prisão processual, noscasos em que a lei considera esta desnecessária.

Conforme previsão expressa no art. 5º, LXVI, da CF:

“Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quandoa lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

LIBERDADE PROVISÓRIA

• Conceito

- Segundo o novo art. 321 do CPP, ausentes osrequisitos que autorizam a decretação da prisãopreventiva, o juiz deverá conceder liberdadeprovisória, impondo, se for o caso, as medidascautelares previstas no art. 319 deste Código eobservados os critérios constantes do art. 282 desteCódigo.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

LIBERDADE PROVISÓRIA

• Fiança / Situação Econômica

- Quanto à situação econômica do preso, a fiançapoderá ser:I – dispensada, na forma do art. 350 deste Código;II – reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ouIII – aumentada em até 1.000 (mil) vezes.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

LIBERDADE PROVISÓRIA

• Impossibilidade de aplicação de fiança (arts. 323e 324 do CPP):a) nos crimes de racismo;b) nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentese drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimeshediondos;c) nos crimes cometidos por grupos armados, civisou militares, contra a ordem constitucional e o EstadoDemocrático;

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PRISÕES PROVISÓRIAS

LIBERDADE PROVISÓRIA

• Impossibilidade de aplicação de fiança (arts. 323e 324 do CPP):d) aos que, no mesmo processo, tiverem quebradofiança anteriormente concedida ou infringido, semmotivo justo, qualquer das obrigações a que sereferem os arts. 327 e 328 do CPP;e) em caso de prisão civil ou militar;f) quando presentes os motivos que autorizam adecretação da prisão preventiva.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

LIBERDADE PROVISÓRIA

• Impossibilidade de aplicação de fiança (arts. 323e 324 do CPP):

ATENÇÃO!- Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando asituação econômica do preso, poderá conceder-lheliberdade provisória, sujeitando-o às obrigaçõesconstantes dos arts. 327 e 328 deste Código e aoutras medidas cautelares, se for o caso.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

LIBERDADE PROVISÓRIA

• Reforço da fiança – nos termos do art. 340 doCPP, poderá ser exigido o reforço da fiançaquando:a) por engano, a autoridade fixar valor abaixo dospatamares legais;b) houver depreciação material ou perecimento dosobjetos entregues em fiança;c) houver alteração na classificação jurídica paracrime mais grave, no qual o patamar da fiança sejaoutro.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

INOVAÇÕES TRAZIDAS PELA LEI Nº12.403/2011

• Após uma década de tramitação de seu projeto de leino Congresso Nacional, foi editada a Lei nº 12.403, de04 de maio de 2011, e início de sua vigência em 04 dejulho de 2011, trazendo relevantes modificações aoCódigo de Processo Penal no tocante às prisõespreventiva e em flagrante, destacando-se, ainda,diversas alternativas ao encarceramento, através dapositivação de outras modalidades de medidascautelares pessoais.

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PRISÕES PROVISÓRIAS

INOVAÇÕES TRAZIDAS PELA LEI Nº12.403/2011

• O objetivo do legislador foi tornar ainda maisexcepcional o encarceramento dos acusados,restringindo as hipóteses de cabimento da prisãopreventiva e outorgando aos magistrados um leque demedidas cautelares diversas da prisão a seremaplicadas, conforme as circunstâncias do casoconcreto, todas com a função de acautelamento deinteresses da jurisdição criminal.

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Juizado

Especial

Criminal

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

O art. 394, III, do CPP estabeleceu o rito sumaríssimopara as infrações penais de menor potencial ofensivo,na forma da Lei nº 9.099/95.

• Lei nº 9.099/95:

- A lei previu as hipóteses para adoção do ritosumaríssimo, estabeleceu regras para a transaçãopenal, entre outras providências.

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JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

O art. 394, III, do CPP estabeleceu o rito sumaríssimopara as infrações penais de menor potencial ofensivo,na forma da Lei nº 9.099/95.

• Lei nº 9.099/95:

- No art. 61, definiu como infração penal de menorpotencial ofensivo:a) as contravenções penais;b) os crimes com pena máxima não superior a doisanos (Lei nº 11.313/2006).

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JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

O art. 394, III, do CPP estabeleceu o rito sumaríssimopara as infrações penais de menor potencial ofensivo,na forma da Lei nº 9.099/95.

• Lei nº 10.259/01:

- Instituiu os juizados especiais na esfera federal,definindo, naquele âmbito, infração penal de menorpotencial ofensivo como aquela cuja pena máxima nãoseja superior a dois anos, prevendo para elas o rito daLei nº 9.099/95.

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• Princípios

O procedimento sumaríssimo deve obedecer aosprincípios da oralidade, informalidade, simplicidade,celeridade e economia processual.

• Objetivo

Reparação dos danos causados, aplicando-se pena nãoprivativa de liberdade, por meio da composição e datransação.

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• Competência

A competência é determinada pelo lugar onde foipraticada a infração.

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• Fase preliminar

Prevista nos arts. 66 a 70 da Lei nº 9.099/95. Nessafase não há ação penal.

- Termo Circunstanciado (TC) – art. 69 da Leinº 9.099/95

Visa a dar maior celeridade ao procedimentoinvestigatório, dispensando a instauração do inquéritopolicial.

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• Fase preliminar

- Audiência preliminar de conciliação

Será designada audiência preliminar. Nessaaudiência devem estar presentes: o juiz (ouconciliador); o representante do MP, o autor do fato,seu defensor (constituído ou nomeado pelo juiz) e avítima. Será tentada, em primeiro lugar, a composiçãocivil dos danos.

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• Fase preliminar

- Audiência preliminar de conciliação

Após, nos crimes sujeitos à representação, será dadaao ofendido a possibilidade e apresentá-la. Depois,poderá o MP propor a transação penal, que, aceita,encerra o procedimento.

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• Ação penal (arts. 77 a 81 da Lei nº 9.099/95)

Não havendo conciliação, passa-se, na mesmaaudiência, se possível, ao oferecimento da denúnciapelo Ministério Público ou queixa pelo ofendido ou seurepresentante legal. É oferecida oralmente na própriaaudiência preliminar (exceto se depender de algumadiligência – neste caso os autos serão enviados aoJuízo comum).

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• Citação

A citação será pessoal, não havendo citação por editalno rito do juizado. Ficam também cientes o MinistérioPúblico, o ofendido e os defensores das partes.

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• Audiência de instrução e julgamento

- No dia e hora designados proceder-se-á à novatentativa de composição civil dos danos e detransação. Não havendo conciliação, o defensorresponderá à acusação e o juiz decidirá acerca dorecebimento ou não da denúncia ou queixa.

- Rejeitada, cabe apelação em dez dias (art. 82, § 1,da Lei nº 9.099/95).

- Recebida, caberá habeas corpus.

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• ATENÇÃO!

- Na audiência:1) o juiz ouve a vítima;2) o juiz ouve as testemunhas de acusação (arroladasna denúncia ou queixa);3) o juiz ouve as testemunhas de defesa (que o réutraz à audiência ou que apresenta em rol com cincodias de antecedência, para intimação);4) o juiz interroga o réu;

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO

• ATENÇÃO!

- Na audiência:5) Debates orais: a acusação e a defesa têm, cadaqual, o prazo de 20 minutos, prorrogáveis por maisdez;6) Sentença: nela o juiz mencionará os elementos desua convicção, sendo dispensável o relatório. Éproferida na própria audiência (constando da Ata) eas partes já saem intimadas.

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Bibliografia

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 24 de jul. 2017.______. Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de Outubro de 1941. Código de Processo Penal. Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm>. Acesso em: 24 de jul. 2017______. Lei nº 1.521, de 26 de dezembro de 1951. Altera dispositivos da

legislação vigente sobre crimes contra a economia popular. Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L1521.htm>. Acesso em: 24 de jul. 2017.______. Lei nº 5.010, de 30 de maio de 1966. Organiza a Justiça Federal

de primeira instância, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5010.htm>. Acesso em: 24 de jul. 2017.

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DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.

DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.

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Bibliografia

______. Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980. Define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração.Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6815.htm>. Acesso em: 24 de jul. 2017.______. Decreto nº 86.715, de 10 de dezembro de 1981. Regulamenta a Lei

nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d86715.htm>. Acesso em: 24 de jul. 2017.______. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da

Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 24 de jul. 2017.

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______. Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994. Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8906.htm>. Acesso em: 24 de jul. 2017.______. Decreto nº 678, de 6 de novembro de 1992. Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969. Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d0678.htm>. Acesso em: 24 de jul. 2017.______. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema

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Pós-graduação em “Polícia e Segurança Pública”

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