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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSO CIVIL.

Aula 26-06-2017 Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres

1-) Ação Rescisória:

a) Finalidade:

Desconstituir coisa julgada decidida na lida.

b) Cabimento:

Atualmente a ação rescisória poderá ser proposta em face de

decisão, ou seja, abrange inclusive decisão interlocutória, o que

diferentemente acontecia no CPC de 1973 no art. 485, o qual mencionava

somente a possibilidade de propor a mencionada ação em face de

sentença.

E mais, agora, caso o Autor da mencionada ação tenha acesso

a documentos novos, posteriormente ao trânsito em julgado da decisão,

poderá propor a referida ação para tentar obter decisão mais favorável.

Previsão está no art. 966 do CPC.

Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;

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II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;

III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;

IV - ofender a coisa julgada;

V - violar manifestamente norma jurídica;

VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;

VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;

VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.

§ 1o Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.

§ 2o Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:

I - nova propositura da demanda; ou

II - admissibilidade do recurso correspondente.

§ 3o A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão.

§ 4o Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei.

§ 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

§ 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

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c) Prazo:

Até dois anos a contar do transito em julgado da decisão.

d) Efeito:

Somente devolutivo.

2-) Revisão:

Jurisdição:

a) Autotutela:

Auto = autonomia, própria pessoa;

Tutela = proteção.

Trata-se de poder da própria pessoa em proteger seus

interesses.

Tal possibilidade adveio da falha do Estado, vez que

antigamente o Estado conduzia somente duas atividades, quais sejam, a

gestão da unidade territorial e a criação de leis.

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Ao Estado faltava a atividade de tutelar os interesses das

pessoas quando da transgressão das leis, desta forma, as próprias

pessoas tutelavam seus direitos, seus interesses.

Ocorre, que a autotutela gerou grande problema que se

evidenciou pelo egocentrismo do próprio ser humano, vez que a ganância

em levar vantagens colocou muitas pessoas em detrimento umas das

outras.

Desta forma e visando acabar com isto Montesquie propôs a

criação de poderes que fossem responsáveis pelo desempenho das

atividades estatais, o que resultou na criação do Poder Executivo, do

poder Legislativo e do poder Judiciário.

Logicamente, que tal mudança na estrutura, ao ser posta à

apreciação da sociedade, enfrentou grande resistência, mas ao ser

demonstrado que o Estado levantava a bandeira da paz social e da

justiça, a coletividade começou a aceitar, pois foi visto que tratava-se de

bem comum.

ATENÇÃO:

Conceito de Atividade Jurisdicional:

A atividade jurisdicional é exercida pelo Estado e consiste na

atribuição de resolver os conflitos sociais, quando provocado, com

finalidade de promover justiça e paz social.

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Leia o art. 2º do NCPC.

Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. (grifo nosso)

ATENÇÃO:

A autotutela existe no direito brasileiro, MAS é a exceção,

podendo ser utilizado para proteção da posse, nos termos do art. 1.210,

§1º do C.C.

Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.

§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.

b) Autocomposição:

Auto = autonomia, própria pessoa;

Composição = acordo de vontades.

A autocomposição é o acordo entre as partes podendo ser

judicial ou extrajudicial.

Em sendo judicial há aplicação da jurisdição, mas a

denominação adotada será jurisdição voluntaria.

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HIPÓTESE:

ATENÇÃO:

O Juiz deve se negar homologar acordo se verificar que

encontra-se fora da legislação.

Ex: acordo de divórcio em que a ex esposa renuncia alimentos

devidos aos filhos, que devem ser pagos pelo ex esposo, pai das

crianças.

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CUIDADO:

O acordo firmado tona-se passível de execução, caso não

seja cumprido voluntariamente, nos termos do art. 784,

inciso IV do NCPC;

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

O advogado, para transacionar em processo, DEVE

possuir claúsula expressa em procuração, a fim de evitar

possível NULIDADE DE ATO, nos termos do art. 105 do

NCPC.

Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.

c) Arbitragem:

Foi criado no Brasil em 1996 revolucionando a sistemática de

contenção e resolução de litigios no sistema brasileiro.

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O Tribunal Arbitral possui natureza particular e não se confunde

com o Poder Judiciário.

A arbitragem pode ser realizada em face de direitos

DISPONÍVEIS.

A arbitragem não pode ser aplicada aos dissídios individuais,

mas aos dissídios coletivos pode ser aplicada.

A arbitragem somente será realizada se houver expressa

menção de vontade, por meio de Claúsula Arbitral ou Compromisso

Arbitral.

Convenção Arbitral:

a) Clausula Arbitral:

É uma espécie de convenção arbitral, a qual os contraentes se

obrigam a submeter litigíos futuros à arbitragem.

b) Compromisso Arbitral:

Compromisso Arbitral é uma espécie de convenção arbitral, o

qual as partes se comprometem a levar litígio já existente à apreciação da

arbitragem.

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ATENÇÃO:

A sentença arbitral deve ser exarada em até no máximo 6

meses, salvo disposição em contrário pelas partes.

Previsão está no art. 23 da lei 9.307.

Art. 23. A sentença arbitral será proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada tendo sido convencionado, o prazo para a apresentação da sentença é de seis meses, contado da instituição da arbitragem ou da substituição do árbitro.

c) Procedimento Arbitral:

Inicialmente deve se ter em mente que cada câmara possui

procedimento próprio. No entanto, todas devem se reportar aos preceitos

constitucionais.

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Ex: contraditório etc.

Diferentemente do que ocorre na mediação e na conciliação, na

arbitragem o arbitro pode condenar.

Ex: condenação de Marcel ao pagamento de R$1.500.000,00 ao

Joaquim dono da empresa multinacional.

ATENÇÃO:

A sentença arbitral é um título executivo judicial, nos

termos do art. 515, inciso VII do NCPC. Caso não seja

cumprida voluntariamente caberá cumprimento de

sentença.

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:

VII - a sentença arbitral;

A sentença arbitral é irrecorrível, salvo por embargos de

declaração para sanar obscuridade, contradição, omissão

ou até mesmo erro material.

Art. 30. No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento da notificação ou da ciência pessoal da sentença arbitral, salvo se outro

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prazo for acordado entre as partes, a parte interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá solicitar ao árbitro ou ao tribunal arbitral que: (Redação dada pela Lei nº 13.129, de 2015) (Vigência)

I - corrija qualquer erro material da sentença arbitral;

II - esclareça alguma obscuridade, dúvida ou contradição da sentença arbitral, ou se pronuncie sobre ponto omitido a respeito do qual devia manifestar-se a decisão.

Nulidade da sentença arbitral somente caberá se houver

algum vício procedimental.

HIPÓTESE:

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2-

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Ação:

a) Conceito:

É o instrumento processual hábil a provocação do poder

judiciário, para que este desenvolva sua função jurisdicional dirimindo

conflito existente.

b) Elementos:

Partes, Causa de Pedir e Pedido.

Vale lembrar, que as partes devem ter capacidade processual.

Partes:

Devem ter capacidade processual. O direito de postular, ou

seja, capacidade processual de fato, em juízo todos tem, mas o exercício

ou também chamado de capacidade processual de exercício, em sendo as

pessoas físicas estas devem ter a plena capacidade de estarem em juízo,

reunindo todos os requisitos necessários. E por fim, no que tange as

pessoas jurídicas estas devem estar devidamente constituídas.

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ATENÇÃO:

Estatuto do Deficiente Lei 13.146/ 15:

O Estatuto alterou profundamente o conceito de incapaz sendo

este absolutamente e relativamente, nos termos do art. 114,

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Art. 114. A Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.

I - (Revogado);

II - (Revogado);

III - (Revogado).” (NR)

“Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

.....................................................................................

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

.............................................................................................

Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.” (NR)

O estatuto tentou trazer dignidade humana e igualdade de

tratamento.

Causa de Pedir:

Trata-se de fato que deu origem ao pedido, ou seja, é o fato que

será relevante.

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HIPÓTESE:

Vale lembrar que a causa de pedir pode ser remota ou próxima.

Em sendo causa de pedir REMOTA trata-se do fato que

ocasionou o pedido.

E já a causa de pedir PRÓXIMA enseja os fundamentos

jurídicos.

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Ressalta-se que os fundamentos jurídicos são todos aqueles

encontrados no ordenamento, nas fontes, nos termos do art. Art. 4 da

LINDB

Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

Pedido:

Toda petição inicial tem pedido. Existem 2 espécies de pedidos

o pedido mediato e o imediato.

Mediato = tem relação ao mérito da questão debatida;

Imediato = é o requerimento de intervenção do Estado

para solucionar a lide.

DICA:

Quando da fnalização da petição, ou seja, “Por todo exposto,

requer à Vossa Excelência”, requeira a procedência dos pedidos e não da

ação, a ação já está em andamento, mas os pedidos ainda padecem de

serem analisados, então o que você deve pleitear é a procedência dos

seus pedidos.

Condições da Ação:

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No CPC de 1973 as condições eram: Possibilidade Jurídica do

Pedido, ou seja, deveria estar previsto dentro do ordenamento,

Legitimidade de Parte e Interesse de Agir, se faltase alguma condição

havia a extinção da ação.

Atualmente, com o NCPC, são consideradas condições da ação

Legitimidade de Parte e Interesse de Agir, nos termos do art. 17.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

Caso falte alguma condição da ação o juiz mandará emendar a

inicial ou completá-la, nos termos do art. 317 no NCPC, mas se não for

tomada a devida providência o juiz extinguirá a ação sem resolução do

mérito, nos termos do art. 485, VI do NCPC.

Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;

CUIDADO:

Legitimidade de Parte:

Somente o titular do direito poderá postular para haver

satisfeito seu interesse. A isto denomina-se legitimidade ordinária.

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No entanto há previsão quanto a possibilidade de pessoa

postular em nome próprio direito alheio, e a isto denomina-se

legitimidade extraordinária, nos termos do art. 18 do NCPC.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.

Ex: Sindicatos, partidos políticos, associações, os pais em

relação aos seus filhos etc.

Interesse de Agir:

É tripartido em 3 elementos:

Necessidade – indispensável a intervenção estatal;

Utilidade – é o requerimento em que aduz a verdade dos

fatos e a seriedade;

Adequação – trata-se, a demanda, de meio necessário e

adequado para satisfação da pretensão.

Litispência:

Litis = lide = litigio

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Pendência = falta de algo

Ocorre quando há 2 ou mais ações com as mesmas partes,

causa de pedir e mesmos pedidos.

Em havendo litispência a ação que foi distribida em primeiro

lugar seguirá e a outra será extinta.

Continência:

Ocorre quando há 2 ou mais ações com as mesmas partes,

causa de pedir e mesmos pedidos, no entanto os pedidos de uma das

ações será mais abrangente do que a outra.

Ex: André processa Sergio para discussão de clausula 2 de

contrato de compra e venda de imóvel.

Sergio processa André para para discussão de clausula 2, 3 e 4

de contrato de compra e venda de imóvel.

Haverá reunião das ações e será competente, para analisar e

julgar o mérito das demandas, o juízo em que foi distribuído em primeiro

lugar a ação.

Conexão:

Há 2 ou mais ações com a mesma causa de pedir ou pedidos,

mas as partes são diferentes.

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Ex: acidente da TAM.

Haverá reunião das ações ao juízo em que primeiro foi

distribuído a ação.

OBS:

Prevenção do juízo:

No NCPC, tendo por critério, torna-se prevento o juízo em que

foi distribuída a ação em primeiro lugar, nos termos do art. 59.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

Petição Inicial:

No CPC de 1973 estava previsto no art. 282, atualmente no novo

CPC está previsto no art. 319.

Art. 319. A petição inicial indicará:

I - o juízo a que é dirigida;

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido com as suas especificações;

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V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.

§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.

§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.

§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.

a) Requisitos da Petição Inicial:

Endereçamento ao juízo competente;

Qualificação completa das partes, com inclusão de CPF,

CNPJ e e-mail;

Fatos e fundamentos jurídicos;

Pedido com suas especificações;

Provas;

Informação da opção ou não pela audiência de

conciliação;

Valor da causa;

Para haver melhor entendimento, será estudado cada requisito

separadamente.

Endereçamento da Petição Inicial:

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Houve alteração do código de processo civil de 1973 para o

NCPC, anteriormente cabia ao autor direcionar a peça ao juiz ou Tribunal

competente, atualmente deve direcionar a petição inicial ao juízo

competente para apreciar a causa, nos termos do art. 319, inciso I do

NCPC.

Art. 319. A petição inicial indicará:

I - o juízo a que é dirigida;

Aqui, há aferição de competência do juízo, para que assim seja

possível a respectiva distribuição da ação.

A maioria da doutrina processualista aponta que a competência

é a medida da jurisdição, no entanto pode-se dizer que a competência é o

instituto que cuida da distribuição da jurisdição.

Para tanto, menciona-se haver a distribuição da competência

relativa e absoluta.

Quando estamos diante da competência relativa, há nítido

interesse das partes envolvido. No entanto, se estivermos diante da

competência absoluta o interesse que está em questão é o Estado.

Para entender quando será caso de competência ABSOLUTA ou

RELATIVA, segue tabela abaixo.

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Competência ABSOLUTA Competência RELATIVA

Diz respeito à MATÉRIA,

salvo quando houver

cumulação de competência;

Ex: varas do interior que

abarcam processos criminais,

civis, federais etc.

Diz respeito ao TERRITÓRIO,

EXCEÇÕES: Serão de competência

absoluta as seguintes demandas:

- ações fundadas em direito real

sobre bens imóveis;

- ações fundadas em direito de

propriedade, vizinhança, servidão,

divisão e demarcação de terras e

nunciação de obra nova;

- ações fundadas em direito

possessório.

Quando diz respeito à

HIERARQUIA e FUNÇÃO;

Quando diz respeito ao

VALOR DA CAUSA.

Quando diz respeito à

PESSOA.

ATENÇÃO:

Quanto a HIERARQUIA e FUNÇÃO:

HIERARQUIA FUNÇÃO

Instância Superior Ministros

2ª Instância Desembargadores

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1ª Instância Juízes

ATENÇÃO:

A regra de competência para distribuição da ação é o foro do

domicílio do réu, mas deve ser analisado dos os critérios que foram

dispostos acima.

OBS:

Em se tratando de incompetência relativa, a mesma deve ser

suscitada pelas partes na primeira oportunidade. Caso haja inércia

haverá convalidação dos atos e prorrogação de competência;

Agora, em se tratando de incompetência ABSOLUTA, esta deve ser

analisada de ofício pelo magistrado ou na primeira oportunidade

deve ser arguido pelas partes, sob pena de imposição sanções,

bem como nulidade dos atos realizados pelo juízo incompetente.

ATENÇÃO:

Quanto ao valor da causa:

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ORGÃO LEI VALOR DA

CAUSA LIMITE

COMPETÊNCIA

Juizado Especial

Civil - JEC

Lei 9.099/95 Até 40 salários

mínimos

RELATIVA

Juizado Especial

Civil e Criminal

no âmbito da

Justiça Federal

– JEF

Lei 10.259/01 Até 60 salários

mínimos

ABSOLUTA

Juizado Especial

da Fazenda

Pública - JEFA

Lei 12.153/ 09 Até 60 salários

mínimos

ABSOLUTA

ATENÇÃO:

Há na cidade de São Paulo a chamada Lei de Organização

Judiciária, que dispõem sobre a competência das comarcas, leia o

Decreto lei 158/ 69.

Partes e Qualificação:

Atualmente com o NCPC a qualificação deve ser minuciosa.

Previsão está no art. 319, inciso II do NCPC.

Art. 319. A petição inicial indicará:

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

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Devem ser preenchidos, além dos requisitos normais, o CPF,

CNPJ e o e-mail.

Fatos e Fundamentos Jurídicos:

Os fatos devem ser aqueles juridicamente relevantes para o

deslinde da demanda, contar fatos que não conduzem ao seu interesse é

mera fofoca.

Já os fundamentos jurídicos abarcam fundamentos legais,

jurisprudenciais, doutrinários etc.

Previsão está no art. 319, inciso III do NCPC.

Art. 319. A petição inicial indicará:

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

Pedidos:

Podem existir duas espécies de pedidos:

a) Pedido Singular = é o pedido simples;

Ex: Requer a condenação do Réu ao pagamento de pensão

alimentícia o valor X.

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b) Pedido Cumulado = trata-se de junção/ cumulação de vários

pedidos, dentro da cumulação há 3 espécies:

Simples:

É a aposição de pedidos.

Ex: Requer à Vossa Excelência a condenação do Réu ao

pagamento de R$1.000.000,00 à título de descumprimento contratual + a

condenação no valor de R$ 500.000,00 à título de danos morais.

Alternativo:

Aqui poderá haver escolha pelo magistrado em conceder um ou

outro pedido.

Ex: Requer à Vossa Excelência a condenação do Réu ao

pagamento de R$ 500.000,00 à título de indenização pelo trabalho não

realizado OU caso não seja o entendimento de Vossa Excelência requer

seja condenado, o Réu, ao cumprimento da obrigação por ele não

cumprida.

Sucessiva:

Quando há pedidos sucessivos, há relação de dependência

entre os mesmos.

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Ex: Requer à Vossa Excelência o reconhecimento da

paternidade do Réu perante o Autor, assim como Requer a condenação

do Réu ao pagamento de alimentos ao peticionante.

Provas:

a) Finalidade = visa trazer a certeza sobre os fatos lançados à

demanda;

b) Modalidades = existem 2 modalidades:

1. Provas Orais – depoimento pessoal e oitiva de testemunhas;

2. Provas Documentais – documentos em sentido estrito (objetos

juntados à demanda), pericia, inspeção judicial, ata notarial e todas

as provas LÍCITAS.

ATENÇÃO:

É cabível haver a concessão de justiça gratuita para

determinados atos.

Ex: conceder justiça gratuita para perícia.

Previsão está no art. 98, §5º do NCPC.

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Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

§ 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.

c) Valoração = é livre pelo juiz.

d) Destinatário = juiz.

Informação sobre a vontade de realizar audiência de conciliação:

Lembre-se que em algumas comarca há certa demora quanto a

marcação para realização da audiência de conciliação.

Assim, tenha em mente que para haver satisfação do direito, as

vezes, pode não carecer de acordo, assim deixando-se de lado o caráter

conciliatório, pois, inclusive, vemos a necessidade de duração razoável

do processo e com prolação de decisão de mérito justa e efetiva nos

próprios princípios atinentes ao novo CPC, conforme segue no art. 6º.

Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Audiência de Conciliação e Mediação no NCPC:

Está prevista no art. 334 do NCPC.

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Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.

§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.

§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.

§ 4o A audiência não será realizada:

I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;

II - quando não se admitir a autocomposição.

§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.

§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.

§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.

§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.

§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.

§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.

§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.

§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.

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Quando da petição inicial o autor já deve indicar sua preferência

ou não pela audiência de conciliação.

A audiência somente não irá acontecer caso a matéria debatida

não verse pela possiblidade de autocomposição ou quando ambas partes

solicitarem.

Vale ressaltar, que caso o autor não opte pela audiência em

questão a mesma será designada mesmo assim.

Se as partes não comparecerem na audiência de conciliação

será considerado ato atentatório a dignidade da justiça e será passível de

multa de até 2% do proveito econômico da ação ou do valor da causa

atualizado que será revertido à União ou Estado.

a) Valor da Causa:

Inicia-se no art. 291 e seguintes do NCPC.

Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.

Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:

I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;

II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;

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III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;

IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;

V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;

VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;

VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;

VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.

§ 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.

§ 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.

§ 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.

Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.

Critérios estão no art. 292 do NCPC.

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ATENÇÃO:

O valor da causa em ação de cobrança de prestações vincendas

será o valor da prestação anual.

Se a obrigação for por tempo indeterminado ou até mesmo por

tempo superior a 1 ano, o valor da causa será igual a soma das

prestações.

Leia o §1º + o §2º e o §3º do art. 292 do NCPC.

§ 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.

§ 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.

§ 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.

DICA:

Para as ações que não há valor da causa ou para ações em que

o quanto discutido está em patamar inferior ao valor mínimo das custas.

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O mínimo que deve ser recolhido à título de custas para

propositura da demanda é 5 UFESPS o que atualmente perfaz o valor de

R$ 125,35.

Se você quantificar uma ação em R$ 1.000,00, somente à título

de alçada, os honorários de sucumbência serão arbitrados entre 10 à

20%.

Agora, levando em conta a lei de custas, lei 11.608/ 03, você

deve quantificar sua ação com o mínimo valor tributável, ou seja, R$

12.535,00 e logicamente os honorários serão arbitrados entre 10 à 20%

deste valor.

Intervenção de Terceiros:

CPC/ 1973 CPC/ 2015

Oposição; Denunciação da Lide;

Nomeação à autoria; Chamamento ao processo;

Denunciação da Lide; Incidente de

Desconsideração da

Personalidade Jurídica;

Chamamento ao processo; Amicus Curiae;

Assistência. Assistência.

41

ATENÇÃO:

A oposição deixar de ser intervenção de terceiros e passa ser

procedimento especial.

Nomeação à autoria, com o NCPC, passou a ser tese de

preliminar de contestação ao aduzir ilegitimidade passiva, podendo, ainda

o réu indicar quem é o legítimo.

A assistência no CPC/1973 era mera alusão doutrinária a lei não

trazia previsão, no entanto, com o NCPC há expressa menção sobre esta

modalidade de intervenção de terceiros.

a) Denunciação da Lide:

No CPC de 1973 estava previsto no art. 70 e já no NCPC está

previsto no art. 125.

Antigamente fazia-se alusão quanto a sua obrigatoriedade, já no

novo texto processual civil há possibilidade das partes denunciarem à

lide à outra pessoa.

ATENÇÃO:

Evicção é a perda do bem por meio de decisão judicial, em favor

de 3º que não faz parte da relação jurídica.

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1-) Tutelas Provisórias:

Antecipada

T. Urgência

Cautelar

Tutelas

Provisórias

T. Evidência

ATENÇÃO:

A intenção da Tutela de Urgência Antecipada é a concessão do

MÉRITO do processo de forma adiantada.

Já a intenção da Tutela de Urgência Cautelar é a concessão de

garantia à utilidade do processo.

Tanto a Tutela de Urgência Antecipada quanto Tutela de

Urgência Cautelar podem ser antecedentes, podem, ainda, ser requeridas

na própria petição inicial ou podem ser pleiteadas incidentalmente.

Requisitos

Probabilidade do

direito material;

Risco e

Necessidade de

reversão da decisão.

Requisitos

Probabilidade do direito e

Risco de dano irreparável

ou de difícil reparação.

Requisito

Evidência do direito.

43

a) Procedimento da Tutela de Urgência Antecipada:

Petição Inicial Juiz Recurso

_______________________________________________________________

b) Procedimento da Tutela de Urgência Cautelar:

Para haver melhor entendimento, segue esquema abaixo.

Petição Inicial Juiz Recurso

_______________________________________________________________

Restrinja a

sua peça às

questões de

urgência.

Esta peça já

deve ter o

pedido de

concessão de

tutela de

forma

antecedente.

.

DEFERIDA a tutela

pretendida.

Sendo deferida a tutela,

o juiz fixará prazo de no

mínimo 15 dias para o

Autor protocolar o

aditamento da inicial

definitiva (se protocola

como petição

intermediária, pode,

ainda, colocar outros

fatos e documentos que

não foram alegados e

juntados anteriormente).

INDEFERIDA a tutela

pretendida.

A parte tem somente 5 dias

para protocolar o aditamento

da petição inicial definitiva

Caberá Agravo de Instrumento à

decisão do juiz (deferindo ou

indeferindo), nos termos do art.

1.015, inciso I do NCPC.

Petição Inicial

deve conter o

pedido de

tutela cautelar

antecedente.

DEFERIDA a tutela pretendida

liminarmente, o juiz mandará

citar o réu.

O Autor terá prazo de 30 dias

para protocolar a petição

inicial aditada definitivamente.

Caso não haja o aditamento da

inicial, no prazo, a tutela

concedida será considerada

ineficaz.

INDEFERIDA a tutela cautelar, o

juiz mandará citar o réu para

contestar no prazo de 5 dias.

O AUTOR terá o prazo legal de 5

dias para aditar a petição inicial,

nos termos do art. 218, §3º do

NCPC

Caberá Agravo de Instrumento

contra a decisão do juiz que deferiu

ou indeferiu a tutela pretendida,

nos termos do art. 1.015, inciso I do

NCPC.

44

c) Tutela Provisória de Evidência:

Não precisa haver a urgência, basta haver a evidência do

direito.

Previsão está no art. 311, inciso II do NCPC.

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

Caberá a tutela em questão nas seguintes hipóteses:

1. Abuso no direito de defesa ou manifesto proposito protelatório;

2. Quando o direito do autor só puder ser comprovado

documentalmente e sobre o caso houver súmula vinculante ou

julgamento repetitivo;

3. Pleito de restituição de bem entregue ao réu com natureza de

depósito;

4. Quando o autor comprovar seu direito documentalmente e o réu

apresentar defesa frágil.

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ATENÇÃO:

Quanto as hipóteses 1 e 4 deve haver apresentação

de defesa pelo réu.

Agora quanto as hipóteses 2 e 3 o juiz poderá decidir

liminarmente.

Respostas do Réu:

Para melhor entender as evolução com o novo CPC.

CPC/ 1973 CPC/ 2015 – Aplicação do Princípio

da Concentração dos Atos na

Defesa

Contestação; Contestação é a peça

chave.

NOVIDADE NO NCPC:

Dentro da CONTESTAÇÃO, poderá,

em tese preliminar, arguir:

- Exceção de Incompetência

Relativa;

- Impugnação ao Valor da Causa;

- Impugnação à concessão dos

Benefícios da Justiça Gratuita;

Em capítulo próprio, mas dentro da

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Contestação:

- RECONVENÇÃO.

Reconvenção; Exceção de impedimento

e Suspeição do Juiz.

Impugnação à Justiça

Gratuita;

Impugnação ao valor da

causa;

Exceções:

- Incompetência relativa;

- Impedimento e

- Suspeição.

TODAS ERA PEÇAS APARTADAS.

ATENÇÃO:

Quando da arguição de impedimento e suspeição do juiz, esta

deve ser realizada em petição específica nos termos do art. 146 do NCPC.

Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.

47

CUIDADO:

Prescrição e Decadência são consideradas matérias de

MÉRITO, desta forma, devem ser elencadas em capítulo destinado ao

mérito da demanda e jamais nas preliminares de mérito.

ATENÇÃO:

A Reconvenção deve ser elaborada na Contestação, mas em

capítulo próprio, nos termos do art. 343 do NCPC.

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.

§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.

§ 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.

§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual.

§ 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

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ATENÇÃO:

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo editou um

provimento em que consta a necessidade da contestação com

reconvenção ser distribuída (ou seja novo processo) por dependência.

No entanto, a fim de evitar qualquer possível equívoco da

serventia, conferindo perda do prazo por não ver a peça nos autos

originários, distribua conforme foi mencionado acima e protocole a sua

contestação com a reconvenção no próprio processo, o muito que poderá

acarretar será duplicidade, mas evita possível erro cartorário.

BONS ESTUDOS!!!

Profa. Cristina Anita Schumann Lereno