curso de musicalizacao

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    Adlia Ucha de LimaGraduada em Pedagogia com habilitao em Educao Infantil

    Especialista em Superviso Escolar, Orientao Educacional e [email protected]

    Campina Grande - PB

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    O trabalho com a msica na escola de importante contribuio cognitiva.O aluno deve ser oportunizado a explorao mais ampla possvel. Os programasmusicais devem proporcionar vivncias graduais a partir da percepo at areflexo cognitiva dos elementos musicais.

    Os conceitos musicais bsicos se desenvolvem por meio da audio decanes, da experimentao dos sons e o movimento. Os primeiros contatos com

    os sons e a msica so um recurso para desenvolver a acuidade auditiva, o ouvircrtico entre outras coisas. Deve ser considerado como um processo de construodo conhecimento e que pode contribuir para o desenvolvimento das estruturas dopensamento.

    Neste material est proposto o desenvolvimento da sensibilidade musical

    atravs doescutar, identificar, reconhecer, manipular, localizar e criar. Caminho quepode ser muito interessante e divertido.

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    A Msica e a Escola

    No dia-a-dia da educao brasileira, ainda nos deparamos com atividadesmusicais como suporte para formao de hbitos e atitudes, disciplina,

    condicionamento da rotina, comemoraes de datas festivas, etc. Os cantos (oumusiquinhas como muitos ainda insistem em dizer) so quase sempreacompanhados de gestos e movimentos que, pela repetio, tornam- semecnicos e estereotipados, automatizando o que poderia ser expressivo.

    Explorar possibilidades de expresso vocal, corporal ou instrumental epesquisar, inventar, escutar e pensar a msica ficam em segundo plano ou, muitas

    vezes, em plano nenhum.

    Muitos educadores se assustam com a possibilidade de um trabalhomusical diferenciado, estimulante. Preferem continuar reproduzindo os mesmosmodelos, estratgias, tcnicas e procedimentos, que, de modo geral, excluem acriao.

    Os educadores continuam apenas cantando canes que j vem prontasexcluindo a interao com a linguagem musical, que se d pela explorao, pelapesquisa e criao, pela integrao de sujeito e objeto, pela elaborao dehipteses, pela ampliao de recursos, respeitando as experincias prvias, amaturidade, a cultura do aluno, seus interesses e sua motivao interna e externa.

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    Segundo Cage A msica no s uma tcnica de compor sons (esilncios), mas um meio de refletir e de abrir a cabea do ouvinte para o mundo{...} Com sua recusa a qualquer predeterminao em msica, prope o

    imprevisvel como lema, um exerccio da liberdade que ele gostaria de verestendido prpria vida, pois tudo o que fazemos (todos os sons, rudos, e no-sons includos) msica. (Campos, in Cage, 1985-prefcio, p. 5)

    Musicalidade e Musicalizao

    MUSICALIDADE a tendncia ou inclinao do indivduo para a msica.Quanto maior a musicalidade, mais rpido ser seu desenvolvimento. Costumarevelar-se na infncia e independe de formao acadmica.

    MUSICALIZAO Processo cognitivo e sensorial que envolve o contato com omundo sonoro e a percepo rtmica, meldica e harmnica. Podendo ocorrerintuitivamente ou por intermdio de orientao. Intuitiva ou formal, a musicalizaono significa necessariamente o ato de compor, cantar ou tocar um instrumento.Tambm no requer conhecimento de teoria musical. , portanto, umconhecimento sensitivo e sensvel que to mais profundo ser quanto maior for aconvivncia experimental com a msica.

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    MINHA CANOEnriquez/Bardotti/Chico Buarque

    Dorme a cidade

    Resta uma canoMisterioso

    Faz-se uma ilusoSoletra um versoLavra a melodia

    SingelamenteDolorosamente

    Doce a msicaSilenciosa

    Larga meu peitoSalta-se no espao

    Faz-se certezaMinha cano

    Rstia de luz ondeDorme o meu irmo

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    Explorando a Intensidade dos Sons

    For tes e Fraco s

    Dar aos alunos a oportunidade de perceberem a relao entre a foraempregada e a intensidade dos sons desafiando-as com perguntas e situaesque orientem descobertas valiosas para seu desenvolvimento perceptivo,estimulando-as a descobrir sons diferentes, usando aes como bater, sacudir,soprar, amassar, raspar, etc.

    And amento - Rpido /Lento

    importante que o aluno vivencie experincias situando-se em relaoao tempo.E, assim como preciso que ela distinga o antes e o depois, osucessivoe osimultneo, tambm fundamental que diferencie omais lentodomais rpido. importante realizar aes com os alunos nos andamentos rpido,lento e normal.Aps a vivncia de muitas atividades, estes percebero que huma gradao entre os andamentoslentoserpidose que o andamentonormal

    o intermedirio entre os dois.

    Altu ra- Agudo/Grave

    importante o uso de entonaes diferentes da voz ao conversarmoscom os alunos, ao dramatizarmos, contando uma histria. Da mesma forma, importante que estimulemos os mesmos a experimentarem a voz, personificando

    tipos diferentes.Sons gravesso Grossos,sons AgudossoFinos.

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    Du rao dos Sons

    Ao experimentar as possibilidades da voz, o aluno vai percebendo quepode produzir sons longos e curtos. Aos poucos ele vai desenvolvendo

    habilidades para produzi-los e reconhec-los. importante a estimulao de produo livre de sons vocais de longa e

    curta durao: Zzzzzz... Zumm... Chhh... ou outros sons onomatopaicos.Determine por gestos contnuos ou curtos, a durao que as crianas

    devem imprimir os seus sons vocais.

    Rtmo comum as crianas (alunos) se entreterem batendo seus brinquedos

    no cho ou percutindo-os entre si. Esses sons, repetindo-se a intervalosbastante regulares, tendem a ficar cada vez mais ritmados medida que acriana (aluno) se desenvolve.

    Entre as canes preferidas pelas crianas, destacam-se as que tmritmos simples e insistentes, possveis de movimentos corporais: por meio docorpo e dos movimentos que se desenvolvem o senso ritmico da criana.

    O ritmo tem relao com a pulsao. A pulsao a forma demarcao do ritmo pois nela, as batidas se repetem a intervalos sempre iguais.Pode-se vivenciar este ritmo por meio de palmas, estalos, batidas de ps etc.

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    A Chuva

    Pedro vinha andando calmamente pela rua(batidas nas pernascom velocid ade moderada)quando avistou, do outro lado, um cavalo quevinha trotando (batend o palm as, bati das da mo esquerda na pern aesq uerda, batid a da mo di reit a na perna d ireita).Ele se distraiu olhando ocavalo passar e nem percebeu quando um pingo de chuva caiu sobre si(bati da leve do dedo in d icado r na palma da mo).No demorou e caiuuma tempestade(pa lm as com as pon tas dos dedos , batidas dos ps paraos troves) e Pedro saiu correndo(bat idas nas pernas aumentando a

    veloc idade), etc.

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    ESCUTA E SONORIZAO DA

    HISTRIA COM SONS DO CORPO

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    DocumentosEm todas as culturas as crianas brincam com a msica. Jogos e

    brinquedos musicais so transmitidos por tradio oral, persistindo nas sociedadesurbanas, nas quais a fora da cultura de massas muito intensa, pois so fonte de

    vivncias e desenvolvimento expressivo e musical. Envolvendo o gesto, omovimento, o canto, a dana e o faz-de-conta, esses jogos e brincadeiras solegtimas expresses da infncia. Brincar de roda, ciranda, pular corda, amarelinhaetc. so maneiras de estabelecer contato consigo prprio e com o outro, de se sentirnico e, ao mesmo tempo, parte de um grupo, e de trabalhar com as estruturas eformas musicais que se apresentam em cada cano e em cada brinquedo.

    Os jogos e brinquedos musicais da cultura infantil incluem os acalantos; asparlendas ( os brincos, as mnemnicas e as parlendas propriamente ditas); as rondas(canes de roda); as adivinhas; os contos; os romances etc.

    (RCNEI, vol. 3, 1998, p. 71)

    Aconquista de habilidades musicais no uso da voz, do corpo e dos instrumentos

    deve ser observada, acompanhada e estimulada, tendo-se claro que no devem seconstituir em fins em si mesmas e que pouco valem se no estiverem integradas aum contexto em que o valor da msica como forma de comunicao e representaodo mundo no se faa presente.

    (RCNEI, vol. 3,p. 77)

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    Comunicao Expresso em Msica(PCNs- ARTE)

    Interpretao, Improvisao e Composio

    -Interpretao de msicas existentes vivenciando um processo de expressoindividual ou grupal, dentro e fora da escola.-Experimentao, seleo e utilizao de instrumentos, materiais sonoros,equipamentos e tecnologias disponveis em arranjos, composies eimprovisaes.-Brincadeiras,jogos, danas, atividades diversas de movimento e suas articulaescom os elementos da linguagem musical.

    Escuta, Envolvimento e Compreenso

    -Percepoe identificao dos elementos da linguagem musical (motivos, formas,

    estilos, gneros, sonoridades, dinmica, textura, etc.) em atividades de apreciao,explicitando-os por meio da voz, do corpo, de materiais sonoros disponveis, denotaes ou de representaes diversas.

    Msica- Produto Cultural e Histrico-Movimentosmusicais e obras de diferentes pocas e culturas, associados a outras

    linguagens artsticas no contexto histrico, social e geogrfico, observados na suadiversidade.

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    A Voz comum dizer que a voz o nosso primeiro instrumento. Instrumento

    natural que meio de expresso e comunicao desde o nascimento.

    Para desenvolver um trabalho vocal com bebs e crianas preciso

    cantar, brincar com a voz, explorando possibilidades sonoras diversas: imitar vozesde animais, rudos, o som de caracteres do alfabeto (com a preocupao deenfatizar a formao labial), entoar movimentos sonoros (do grave para o agudo evice-versa), pequenos desenhos meldicos etc.

    Utilizando apenas sons vocais, possvel sonorizar histrias, contos de

    fadas, livros com imagens de paisagens sonoras etc. Tambm podemos inventarcom as crianas, composies que utilizem diferentes sons vocais.

    importante que o trabalho vocal acontea em um ambiente motivador edescontrado, livre de tenes exageradas, que podem comprometer a qualidadeda voz infantil. O educador deve contribuir para a formao de hbitos, como: nogritar, no forar a voz, inteirar-se da regio (tessitura) mais adequada para que ascrianas cantem, respirem com tranqilidade, mantenham-se relaxadas e com boapostura.

    Brincar e cantar com as crianas contribui para estabelecer vnculosafetivos e prazerosos. Dessa forma, desenvolve-se tambm aspectos como:ateno, concentrao, cooperao e esprito de coletividade.

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    As Histrias e o Mundo Sonoro

    As histrias na vida das crianas de fundamental importncia. Ouvindoe criando histrias, elas desenvolvem a capacidade inventiva, o contato e a

    vivncia com a linguagem oral e ampliam recursos como o vocabulrio, asentonaes expressivas, as articulaes, a musicalidade inerente a fala.As histrias podem tornar-se um grande recurso no processo da

    educao musical. O faz-de-conta deve fazer-se presente, e vivenciar a msica ,essencialmente, ouvir, inventar e contar histrias.

    Narrando histrias com voz clara e limpa, valorizando cada parte pormeio de mudanas de entonao: usando a voz em seu registro mais grave oumais agudo, dependendo da situao, com maior ou menor intensidade, variandoa velocidade da narrativa ou das palavras etc. Esses aspectos enriquecem ainterpretao e chamam a ateno dos bebs e crianas para a diversidadesonora e expressiva, assim como para a riqueza de possibilidades de explorao

    vocal.

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    Sabemos que a leitura e a escrita musical tradicional no contedo da etapa da educao infantil. Mesmo assim, o conceito deregistro de um som ou grupos de sons pode comear a ser trabalhado comcrianas a partir dos trs anos em situaes significativas de interao eapropriao dos sons.

    A criana de trs anos realiza com o corpo os movimentos quesugerem as msicas que ouve (sons curtos, longos, em movimento,repetidos, muito fortes, muito suaves, graves, agudos). Podemos atribuir a

    esses movimentos uma primeira representao de registro. Esses mesmosmovimentos sonoros podem ser transformados em desenhos. Desenharossons, trazer para o gesto grfico o que a percepo auditiva identificou.

    Desenhar o som tambm perceber a impresso subjetiva, sensao, percepo do gesto sonoro. uma forma de conscientizar

    qualidades do som como altura, durao, intensidade, timbre.Aobservao e a anlise dos registros grficos revelam o modo

    como as crianas percebem e se relacionam com os sons em cada estgio.

    Teca Alencar de Brito

    importante fazer com que as crianas registrem o somproduzido e no a fonte sonora produtora do som.

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    Bibliografia

    BRASIL, Ministrio da educao e do desporto. Coordenadoria Geral deEducao Infantil; Referencial Curricular Nacional para a EducaoInfantil. V 3. Braslia, 2002.

    BRASIL, Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros curriculares

    nacionais: arte / Braslia: MEC / SEF, 1997.

    BRASIL, Programa de desenvolvimento profissional continuado /Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Fundamental.(Parmetros em ao) contedo: educao infantil, Braslia: ASecretaria, 1999.

    BRITO, Teca Alencar de. Msica na educao infantil Propostas Para AFormao Integral da Criana; So Paulo: Peirpolis, 2003