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Curso de Medicina Veterinária ESTRATÉGIA NUTRICIONAL NO CONTROLE DE LAMINITE SUBCLÍNICA EM VACAS LEITEIRAS DA RAÇA GIROLANDO, NO MUNICÍPIO DE LUZIÂNIA-GO NUTRITIONAL STRATEGY IN CONTROL SUBCLINICALLAMINITE IN GIROLANDODAIRY COWS, MUNICIPALITY OFLUZIÂNIA-GO Denner Roriz 1 , Fabiana Fonseca do Carmo 2 1 Aluno do Curso de Medicina Veterinária 2 Professora Mestredo Curso Medicina Veterinária Resumo As enfermidades de casco estão entre os principais problemas enfrentados na bovinocultura leiteira, e a maior consequência desses problemas é a laminite, causada por distúrbio no metabolismo devido a problemas nutricionais. Uma forma de estratégia nutricional visando reduzir a acidez ruminal é a introdução do farelo de algodão na dieta, pois pode diminuir os custos com a alimentação animal, e, ainda no quesito nutricional, a proteína do farelo de algodão apresenta lenta degradabilidade, e o tempo de permanência no rúmen é maior. Esta pesquisateve como objetivo, avaliar a eficiência de utilização do farelo de algodão, juntamente do bicarbonato de sódio e o tratamento do casco, como pratica de manejo para o controle da laminite.O experimento foi realizado na Fazenda Vertente do São Bartolomeu, no município de Luziânia, Goiás, constando de oito vacas da raça Girolanda, entre 2 a 4 anos. As vacas foram separadas em dois lotes, sendo lote 1 controle,recebendo silagem de milho e ração balanceada; e o lote 2, recebendo alimentação alternativa, silagem de milho, ração balanceada, farelo de algodão e bicarbonato de sódio. Os animais foram diagnosticados clinicamente com laminite e realizada a pesagem corporal, produção de leite e coletado o liquido ruminal para analise, antes da introdução do farelo de algodão e após 30 dias de consumo. O manejo alimentar com farelo de algodão associado ao bicarbonato de sódio, e o tratamento do casco foram eficientes no controle da laminite nas vacas de produção de leite da raça Girolando. Palavras-Chave:acidose ruminal; alimentação; metabolismo. Abstract Hull diseases are among the main problems faced in dairy cattle, and the greatest consequence of these problems is laminitis, caused by metabolic disturbance due to nutritional problems. One way of nutritional strategy aiming to reduce ruminal acidity is the introduction of cottonseed in the diet, since it can reduce costs with animal feed, and even in the nutritional aspect, cottonseed protein presents slow degradability, and time of the rumen is greater. The objective of this research was to evaluate the efficiency of using cot- tonseed meal together with sodium bicarbonate and hull treatment as a management practice for the control of laminitis. The experiment was carried out at FazendaVertente do São Bartolomeu, in the municipality of Luziânia, Goiás, Brazil, consisting of eight Girolanda cows, between 2 and 4 years old. The cows were sepa- rated in two lots, being lot 1 control, receiving corn silage and balanced ration; And lot 2, receiving alternative feed, corn silage, balanced feed, cottonseed meal and sodium bicarbonate. The animals were clinically di- agnosed with laminitis and were submitted to body weighing, milk production and ruminal fluid for analysis

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Curso de Medicina Veterinária

ESTRATÉGIA NUTRICIONAL NO CONTROLE DE LAMINITE SUBCLÍNICA EM VACAS

LEITEIRAS DA RAÇA GIROLANDO, NO MUNICÍPIO DE LUZIÂNIA-GO

NUTRITIONAL STRATEGY IN CONTROL SUBCLINICALLAMINITE IN GIROLANDODAIRY COWS, MUNICIPALITY OFLUZIÂNIA-GO

Denner Roriz1, Fabiana Fonseca do Carmo2 1 Aluno do Curso de Medicina Veterinária 2 Professora Mestredo Curso Medicina Veterinária

Resumo

As enfermidades de casco estão entre os principais problemas enfrentados na bovinocultura leiteira, e a

maior consequência desses problemas é a laminite, causada por distúrbio no metabolismo devido a

problemas nutricionais. Uma forma de estratégia nutricional visando reduzir a acidez ruminal é a introdução

do farelo de algodão na dieta, pois pode diminuir os custos com a alimentação animal, e, ainda no quesito

nutricional, a proteína do farelo de algodão apresenta lenta degradabilidade, e o tempo de permanência no

rúmen é maior. Esta pesquisateve como objetivo, avaliar a eficiência de utilização do farelo de algodão,

juntamente do bicarbonato de sódio e o tratamento do casco, como pratica de manejo para o controle da

laminite.O experimento foi realizado na Fazenda Vertente do São Bartolomeu, no município de Luziânia,

Goiás, constando de oito vacas da raça Girolanda, entre 2 a 4 anos. As vacas foram separadas em dois

lotes, sendo lote 1 controle,recebendo silagem de milho e ração balanceada; e o lote 2, recebendo

alimentação alternativa, silagem de milho, ração balanceada, farelo de algodão e bicarbonato de sódio. Os

animais foram diagnosticados clinicamente com laminite e realizada a pesagem corporal, produção de leite

e coletado o liquido ruminal para analise, antes da introdução do farelo de algodão e após 30 dias de

consumo. O manejo alimentar com farelo de algodão associado ao bicarbonato de sódio, e o tratamento do

casco foram eficientes no controle da laminite nas vacas de produção de leite da raça Girolando.

Palavras-Chave:acidose ruminal; alimentação; metabolismo.

Abstract

Hull diseases are among the main problems faced in dairy cattle, and the greatest consequence of these

problems is laminitis, caused by metabolic disturbance due to nutritional problems. One way of nutritional

strategy aiming to reduce ruminal acidity is the introduction of cottonseed in the diet, since it can reduce

costs with animal feed, and even in the nutritional aspect, cottonseed protein presents slow degradability,

and time of the rumen is greater. The objective of this research was to evaluate the efficiency of using cot-

tonseed meal together with sodium bicarbonate and hull treatment as a management practice for the control

of laminitis. The experiment was carried out at FazendaVertente do São Bartolomeu, in the municipality of

Luziânia, Goiás, Brazil, consisting of eight Girolanda cows, between 2 and 4 years old. The cows were sepa-

rated in two lots, being lot 1 control, receiving corn silage and balanced ration; And lot 2, receiving alternative

feed, corn silage, balanced feed, cottonseed meal and sodium bicarbonate. The animals were clinically di-

agnosed with laminitis and were submitted to body weighing, milk production and ruminal fluid for analysis

before the introduction of cottonseed meal and after 30 days of consumption. Feed management with cot-

tonseed meal associated with sodium bicarbonate and hull treatment were efficient in the control of laminitis

in Girolando cows.

Keywords: Ruminal acidosis; feeding; metabolism.

INTRODUÇÃO

A saúde dos membros locomotores dos bovinos é pré-requisito para que o animal

tenha uma vida saudável e possa expressar sua produção (ALBUQUERQUE, et al.,

2009).

Anatomicamente os pés e membros dos bovinos são adaptados às superfícies

mais macias como terra e pastagens em que o solo, na maioria das vezes, proporciona

uma condição mais suave para caminhadas. Os bovinos possuem reduzida capacidade

de absorção de impactos causados por pisos duros, principalmente considerando-se a

pequena área de apoio no solo, a pouca capacidade de amortecimento especialmente

dos membros pélvicos e o peso excessivo de muitos desses animais (FERREIRA et al.,

2005).

O casco bovino é constituído por um estojo córneo (cápsula do casco), formado por

tecido epidérmico queratinizado e é dividido em partes de acordo com sua localização,

função e constituição. São elas: muralha, talão, sola, bulbo do talão, linha branca e pinça,

conforme a figura 1 (PLAUTZ, 2013).

Figura 1: Anatomia do casco de bovinos.Fonte:Plautz (2013).

A laminite é uma inflamação difusa do córion laminar, região demonstrada na figura

2, e origina-se de distúrbios da microcirculação digital. Estas alterações produzem infla-

mação e degeneração das lâminas dérmicas. Este processo tem como consequência a

produção de substância córnea anormal com zonas amareladas, e por vezes com hemor-

ragias na sola e nos talões (SILVA, 2009).

Figura 2: Anatomia da região interna do casco de ruminantes.Fonte:Fernandeset al. (2013)

As causas são multifatoriais provenientes de uma combinação de fatores, chama-

dos de risco, mais comumente de origem nutricional. É considerada atualmente uma das

mais importantes causa de claudicação na espécie bovina principalmente em vacas leitei-

ras e estima-se que mais de 60% das lesões podais em bovinos podem associadas a la-

minite (PLAUTZ, 2013).

A claudicação faz com que o animal reduza a locomoção interferindo no seu com-

portamento e na ingestão de água e alimentos, fato inaceitável em relação ao bem-estar

animal (RIET-CORREA et al., 2007).

Vacas claudicantes apresentam perda da condição corporal em decorrência da

menor ingestão de alimento e tem 3,5 vezes mais chance de apresentar diminuição das

funções ovarianas se comparadas com as vacas normais. Dor, desconforto e perda da

condição corporal podem resultar em imunossupressão, com consequente elevação de

problemas de saúde, como mastite e metrite e de problemas reprodutivos. As sequelas de

laminite são, em sua maioria, irreversíveis, o que determina número elevado de descartes

(CANESIN et al., 2008).

As enfermidades podais tem-se constituído em um dos mais prevalentes e dispen-

diosos problemas em rebanhos leiteiros. A maioria dos pesquisadores classifica, junta-

mente com os problemas reprodutivos e mastites, como um dos três mais importantes

problemas da pecuária leiteira (FERREIRA et al., 2005).

Segundo SILVA (2009), a laminite pode ser dividida em três fases:

• Fase 1 – alterações na microcirculação podal, vasodilatação e detenção do fluxo

sanguíneo. As comunicações arteriovenosas se abrem e a circulação sanguínea

não chega aos tecidos o que resulta em hipóxia. Começa a transudação de líquido

provocando edema, hemorragias, trombos e por fim necrose. Estes transtornos de-

terioram a união derme/epiderme;

• Fase 2 – há retração e afundamento da terceira falange que vai comprimir o córion

na sola e nos talões. Isto conduz à evolução dos danos, originando mais hemorra-

gia, isquemia, trombose e consequente necrose. Nesta fase, o clínico apenas con-

segue detectar dor e claudicação;

• Fase 3 – pelas quatro a seis semanas após o início do processo, começam a apa-

recer lesões na cápsula córnea. As hemorragias na sola tornam-se visíveis através

de manchas e quando estas são suficientemente grandes levam a que ocorra uma

dupla sola. Ocorrem úlceras devido ao bloqueio da produção de substância córnea

por necrose num determinado ponto. Com a decorrer das lesões aparecem sulcos

na parede dorsal (anterior) do casco, devido à produção de casco de má qualidade.

A laminite pode ser um problema sério em certas propriedades, atingindo vários a-

nimais de diferentes idades, mas com maior ocorrência no pós-parto. Normalmente, as

propriedades com altos índices de laminite apresentam também altos índices de doenças

digestivas (deslocamento do abomaso, acidose ruminal, indigestões e esteatose hepáti-

ca), doenças uterinas (retenção de placenta e metrite puerperal) e doenças do úbere (e-

dema e mastite puerperal, em especial por coliformes). Conclui-se que a etiologia ou os

fatores predisponentes a essas doenças são semelhantes, estando possivelmente rela-

cionado com dietas altas em carboidratos solúveis e pobres em fibras e o manejo intensi-

vo (RIET-CORREA et al., 2007).

Desta forma, mais comum em animais confinados, animais de exposição e gado

leiteiro. Algumas raças ou linhagens parecem ser mais susceptíveis ao problema, talvez

devido às características de conformação de casco herdadas pelo animal (MARTINS et

al., 2008). Segundo MAUCHLE et al.(2008), em seu estudo foi utilizado animais puro da

raça Holandesa e animais mestiços Holandês/Gir, no qual após um período observou que

quanto maior é o grau sanguíneo Holandês, maior é a incidência de laminite.

Quando o animal ingere uma quantidade excessiva de grãos, com alta porcenta-

gem de amido (Tabela 1), há um aumento da produção de ácido láctico no rú-

men,ocorrendo destruição de um número elevado de bactérias e consequente liberação

de suas toxinas na corrente sanguínea. A acidose ruminal resulta em uma lesão da muco-

sa do rúmen, com consequente aumento de sua permeabilidade, causando uma endoto-

xemia e acidose sistêmica, que leva à vasoconstrição periférica, com diminuição do fluxo

sanguíneo nas lâminas do casco (NETO et al., 2014).

Tabela 1: Porcentual de amido nos grãos.

Fonte: De Oliveira (2011).

Isso é causado pelas mudanças na formação do tecido córneo da sola do casco,

além de alterações vasculares devidos a liberação de mediadores vasoativos durante epi-

sódios de acidose ruminal (BERCHIELLI et al., 2011)

A acidose ruminal pode ser dividida em aguda (lática) ou subaguda de acordo com

o pH ruminal (FILHO, 2011).

A acidose ruminal aguda (lática) consiste na ingestão súbita ou exagerada de car-

boidratos solúveis não estruturais, os quais, fermentados pelas bactérias ruminais, produ-

zem grandes quantidades de ácido láctico, levando inicialmente à acidose ruminal e em

seguida a uma acidose metabólica sistêmica e desidratação que comumente pode levar o

animal à morte (LEAL et al., 2007).

Já a Acidose subaguda não possui sinais clínicos muito evidentes e é mais bem ca-

racterizada por suas complicações e quedas de desempenho produtivo. Vem acompa-

nhada de alta incidência de laminite subclínica e suas complicações (úlcera de sola, úlce-

ra de pinça, doença da linha branca), episódios esporádicos de inapetência, diarreia ou

redução na consistência das fezes, redução de condição corporal, queda na produção de

leite, perca de peso e, em gado leiteiro, redução nos teores de gordura no leite (FILHO,

2011).

A modernização da pecuária de leite e corte tem aumentado a ocorrência da lamini-

te, sendo que pesquisa na região sudeste já demonstrava a úlcera de sola, que é uma

sequela da laminite, como a principal doença de vacas de leite confinadas .Trabalho reali-

zado em Minas Gerais observou 78,3% (112/143) de casos de laminite em vacas leiteiras,

da raça frísia holandesa, em produção intensiva, predominado o abscesso de sola, doen-

ça da linha branca e a úlcera de sola. No Estado de Goiás foram observados 8% de casos

de laminite e suas sequelas em 234 vacas leiteiras mestiças semiestabuladas(RIET-

CORREA et al., 2007).

Segundo CUNHA (2010), para evitarà laminite pode-se adotar as seguintes medi-

das de profilaxia:

• Evitar elevadas quantidades de alimento concentrado no pré-parto (não deve exce-

der 2kg diários) e assegurar a correta dieta de transição nas últimas duas sema-

nas;

• Assegurar o acesso a forragem imediatamente antes ou a seguir à ingestão de

concentrado, ou considerar mudar para o sistema alimentar completo (TMR - Total

MixedRation). Caso o problema persistir, deve-se também incorporar pedras de sal,

no concentrado de forma a aumentar a produção de saliva, que tamponiza o fluido

ruminal, evitando-se assim acidose láctica ou acidose ruminal subaguda;

• Adição (suplementar) de 1% de bicarbonato de sódio àdieta;

• Acostumar as novilhas gradualmente aos pisos de cimento e cubículos duas sema-

nas antes do parto, mas assegurar exercício físico nas semanas pré e pós-parto;

• Evitar o excessivo desgaste da sola devido à exposição do animal a caminhos pe-

dregosos ou cimento áspero;

• Assegurar exame e aparo regular dos cascos.

A fibra é fonte de carboidratos usados como fonte de energia pelos microrganismos

do rúmen e tem sido usada para caracterizar alimentos e para estabelecer limites máxi-

mos de ingredientes nas rações. No entanto, os nutricionistas não chegaram a um con-

senso sobre uma definição uniforme de fibra, bem como sobre a concentração de fibra

ideal para a otimização do consumo de energia por bovinos, pois a fibra é essencial, já

que os ácidos graxos voláteis produzidos pela fibra durante a fermentação ruminal são as

principais fontes de energia para o animal (BIANCHINI, 2007).

Na tentativa de diminuir custos com alimentação, têm-se elaborado dietas com ali-

mentos alternativos, como é o caso do caroço de algodão, e seus subprodutos, pois as-

socia alto teor de proteína, fibra e energia (COSTA et al., 2011)

O resíduo do processamento do caroço de algodão é um subproduto encontrado

com facilidade, especialmente em região onde se localizam indústrias têxteis, observan-

do-se grande disponibilidade do produto. O resíduo assemelha-se a uma espuma de colo-

ração marrom, e é obtido após o processamento de extração das fibras (longa, média e

curta) da pluma, da penugem e de alguns fragmentos do caroço de algodão (DUARTE et

al., 2006).

Quando comparado à sua matéria-prima (caroço), o farelo de algodão apresenta

menores teores de óleo (extrato etéreo – EE), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em

detergente ácido (FDA), porém maior conteúdo proteico, podendo este ser duas vezes o

valor apresentado pelo caroço, conforme é apresentada na Tabela 2 (TEIXEIRA et al.,

2009).

Tabela 2: Porcentagem dos nutrientes dos subprodutos do algodao: MS (Materia Seca); PB (Proteína

Bruta); NDT (Nutrientes Digestíveis Totais); FDN ( Fibra em Detergente Neutro); FDA (Fibra em Detergente

Àcido); EE ( Extrato Etério); Cinzas; Ca (Cálcio); P (Fósforo).

Fonte:TEIXEIRA et al. (2009)

O farelo de algodão é o produto resultante da extração do óleo do caroço pela

conjugação de métodos físicos e químicos, conforme figura 3 (LIMA JUNIOR, 2009).

O processo para obtenção do farelo de algodão faz com que o gossipol se ligue à

lisina, formando um complexo inerte e insolúvel. A formação deste complexo neutraliza a

toxicidade do gossipol. O conteúdo total de gossipol no farelo de algodão pode variar de

0,8 a 1,4% (TEIXEIRA et al., 2009).

Portanto, a utilização do farelo de algodão de alta energia surge como uma alterna-

tiva promissora na alimentação de bovinos leiteiros, por apresentar equilíbrio entre teor

energético e protéico, por possuir proteína de baixa degradabilidade ruminal que contribui

para a melhoria do perfil aminoácidico absorvido no intestino e por conter níveis seguros

de gossipol que permitem desempenho zootécnico satisfatório (GIROLANDO, 2010).

Figura 3: Processamento da extração do óleo do caroço de algodão: desde a colheita até o farelo.Fonte:

TEIXEIRA et al. (2009)

Materiais e Métodos

O presente estudo foi realizado na Fazenda Vertente do São Bartolomeu,

localizada a 15 km do município de Luziânia-GO. A propriedade possui 90 vacas

lactantes, todas da raça Girolanda, e produtividade de aproximadamente 1000 litros de

leite diários. O experimento foi baseado na alimentação alternativa, utilizando farelo de

algodão. Foram utilizados 8 (oito) animais, vacas leiteiras da raça Girolando com idade de

2 à 4 anos. As vacas foram separadas em dois lotes adotando-se o seguinte manejo

alimentar: lote 1 (figura 4a)controle, sendo ofertada a dieta a base de silagem de milho e

ração balanceada à 24% de proteína bruta na dieta, 3 vezes ao dia, manhã, meio dia e a

tarde; e o lote 2 (figura 4b) recebendo alimentação/dieta alternativa, sendo ofertada

silagem de milho, farelo de algodão, ração balanceada á 24% de proteína bruta e

bicarbonato de sódio, 2 vezes ao dia, manhã e tarde, conforme tabela 3. Todos os animais

receberamágua à vontade e sal mineral, em torno de 60 gramas por vaca/dia.

Tabela 3: Quantidade alimento fornecido para os lotes 1 e 2 por animal, por dia.

Figura 4:Novilhas da raça Girolando, diagnosticadas com laminite subclínica. a) Animais do Lote 1, b) Ani-

mais do Lote 2. Fonte: Arquivo Pessoal.

Em campo, os animais formam avaliados clinicamente, observando os sinais

clínicos e sintomas, chegando ao diagnóstico de laminite. Foi realizada a pesagem das

vacas, com uso da fita métrica de pesagem, onde se mediu o perímetro torácico do

bovino (ABREU et al., 2015), e também aferiu-se a produção diária de leite (tabela 4).

LOTE 1 Alimento Fornecido Quantidade por Animal (kg/dia)

Silagem de Milho 30 kg

Ração Balanceada 4,875 kg

LOTE 2 Alimento Fornecido Quantidade por Animal (kg/dia)

Silagem de Milho 30 kg

Ração Balanceada 2 kg

Farelo de Algodão 4 kg

Bicarbonato de Sódio 0,125 kg

a) b)

Tabela 4: identificação, peso vivo (Kg) e produção de leite por dia (Kg) das vacas lote 1 e 2 do estudo no período inicial.

Identificação Peso Vivo (kg)

Produção Leite/Dia (kg)

LOTE 1

229 450 kg 04,0 kg 226 426 kg 10,5 kg 074 540 kg 09,0 kg 126 415 kg 10,0 kg

Média 457,75 kg 8,375 kg Desvio Padrão 56,75 kg 2,98 kg

LOTE 2

129 410 kg 07,0 kg 111 447 kg 04,0 kg 027 520 kg 06,0 kg 107 476 kg 06,5 kg

Média 463,25 kg 5,875 kg Desvio Padrão 46,48 kg 1,31 kg

Em seguida foi coletado o líquido ruminal, com uso de bomba e sonda esofagiana,

representado na figura 5.

Figura 5: Sondagem esofagiana para coleta do líquido ruminal.Fonte: Arquivo Pessoal.

Foi coletado 400 ml do liquido ruminal de cada animal, e feitas as análises dos

seguintes parâmetros: cor, odor, consistência, tempo de atividade redutiva bacteriana e de

pH, conforme ZILIO et al. (2008). Para avaliação da atividade redutiva bacteriana,

adicionou-se 0,5 ml de azul de metileno solução 0,03% em uma amostra de 10 ml do

líquido ruminal, como ilustrado na figura 6, e mediu-se o tempo transcorrido desde a

adição do colorante até a degradação do mesmo dentro da amostra, sendo interpretado

da seguinte forma: microflora normal (3 a 6 minutos), indigestão simples (mais de 8

minutos), e acidose aguda (mais de 30 minutos) (ZILIO et al., 2008).

Figura 6:Avaliação da Atividade Redutiva Bacteriana.Fonte:Arquivo Pessoal.

Uma amostra de cada animal, aproximadamente, 50 ml do líquido ruminal, foi

acondicionada em pote de coleta (coletor universal), e as amostras foramconservadas em

geladeira. Após 48 horas foram levadas para o Laboratório da Universidade de Brasíliae

realizada as leituras de pH por meio de potenciômetro digital (pH-metro). As analises

foram realizadas antes e depois de 30 dias do fornecimento da alimentação com farelo de

algodão para o lote 2 para posterior comparação com o lote 1, controle. Foi realizada a

analise bromatológica da ração balanceada no laboratório Solocria Laboratório

Agropecuário Ltda., e o farelo de algodão foi cedido pela Icofort Agroindustrial Ltda.,

conforme análises em anexo.

Durante o experimento, para correção dos problemas causados pela laminite foi

realizada cirurgia nos cascos de todos os animais, pelo médico veterinário da fazenda, em

todas as oito vacas do experimento, que consistiu na remoção dos tecidos necróticos e

infeccionados da lesão, com uso da anestesia de bier.Em seguida foi feito o curativo com

oxitetraciclina em pó em uso tópico, depois coberto com atadura, e por cima da atadura

uso de produto agropecuário, que se define em uma massa frio asfaltojuntamente com

unguento, a fim de forma uma camada protetora. Foi usadoantibiótico princípio

ativoceftiofur (durante 5 dias)juntamente doanti-inflamatório principio ativodiclofenaco

sódico (durante 3 dias). O curativo foi feito em intervalos de cinco dias até sua completa

cicatrização.

Resultados

Apósanálise da primeira coleta, chegou-se aos seguintes resultados conforme

tabela 5, referente ao lote 1 e, tabela 6, referente ao lote 2.

Tabela 5:Resultado da análise do líquido ruminal, 1ª coleta, no lote 1. LR¹: Líquido Ruminal; Ativ. Red.²: Atividade Redutiva.

Cor LR¹

Odor LR

Consistência LR

Ativ. Red.²

LR

pH LR

229

Amarronzado

Normal

Normal

40 min

7,7

226

Marrom acin-

zentado

Normal

Normal

28 min

7,4

074

Acinzentado

Ácido

Espumosa

18 min

7,5

126

Amarronzado

Normal

Normal

12 min

6,9

Tabela 6: Resultado da análise do líquido ruminal, 1ª coleta, no lote 2. LR¹: Líquido Ruminal; Ativ. Red.²: Atividade Redutiva.

Cor LR¹

Odor LR

Consistência LR

Ativ. Red.²

LR

pH LR

129

Amarronzado

Normal

Espumosa

68 min

7,7

111

Marrom acin-

zentado

Normal

Viscosa

66 min

7,4

027

Marrom acin-

zentado

Normal

Normal

32 min

7,5

107

Amarronzado

Normal

Normal

09 min

6,9

Clinicamente a vaca número 107 (figura 7) e 111 estavam em piores condições, de-

vido a sua intensa claudicação, não apoiando o membro pélvico esquerdo no chão e com

os sinais de inflamação, sendo eles: dor, rubor, calor, tumor.

Figura 7: Vaca número 107, com laminite, sem apoio do membro pélvico esquerdo no chão.Fonte:Arquivo

Pessoal.

Durante o período experimental observou-se uma progressiva melhora nos sinais

clínicos, na produção leiteira (Tabela 7) e no ganho de peso (Tabela 8), sendo os maiores

valores para os animais que receberam a alimentação alternativa (lote 2).

Tabela 7: Produção leiteira (kg) das vacas durante o experimento. Pesagem a cada 7 dias.

PRODUÇÃO LEITEIRA (Kg) – LOTE 1

DATA 07/10 20/10 27/10 03/11

229 4,0 kg 6,0 kg 5,0 kg 5,0 kg

226 10,5 kg 15,0 kg 13,0 kg 16,0 kg

074 9,0 kg 13,0 kg 11,0 kg 11,0 kg

126 10,0 kg 14,0 kg 10,0 kg 13,0 kg

Média 8,375 kg 12 kg 9,75 kg 11,25 kg Desvio Padrão 2,98 kg 4,08 kg 3,40 kg 4,65 kg

PRODUÇÃO LEITEIRA (Kg) – LOTE 2

DATA 07/10 20/10 27/10 03/11 129 7,0 kg 7,0 kg 7,0 kg 8,0 kg

111 4,0 kg 6,0 kg 11,0 kg 13,0 kg

027 6,0 kg 10,0 kg 11,0 kg 10,0 kg

107 6,5 kg 10,0 kg 11,0 kg 13,0 kg

Média 5,875 kg 8,25 kg 10 kg 11 kg Desvio Padrão 1,31 kg 2,06 kg 2 kg 2,45 kg

Tabela 8: Pesagem corporal (kg) dos animais no início e no término do experimento.

Após 30 dias do experimento, foi repetida a análise do líquido ruminal dos animais

do lote 1 e 2 conforme demostrado nas tabela 9 e 10.

PESAGEM - PESO VIVO (KG)

INÍCIO

TÉRMINO

LOTE 1

229

450 kg

455 kg

226

426 kg

550 kg

074

540 kg

543 kg

126

415 kg

428 kg

LOTE 2

129

410 kg

410 kg

111

447 kg

410 kg

027

520 kg

540 kg

107

476 kg

449 kg

Tabela 9: Resultado da análise do líquido ruminal, lote 1, após 30 dias, 2ª coleta. LR¹: Líquido Ruminal; Ativ. Red.²: Atividade Redutiva.

Cor LR¹

Odor LR

Consistência LR

Ativ. Red.²

LR

pH LR

229

Normal

Normal

Normal

12 min

7,1

226

Acinzenta-

do

Normal

Normal

09 min

7,2

074

Acinzenta-

do

Normal

Normal

07 min

7,1

126

Normal

Normal

Normal

09 min

7,0

Tabela 10: Resultado da análise do líquido ruminal, lote 2, após 30 dias, 2ª coleta. LR¹: Líquido Ruminal; Ativ. Red.²: Atividade Redutiva.

Cor LR¹

Odor LR

Consistência LR

Ativ. Red.²

LR

pH LR

129

Normal

Normal

Normal

03 min

7,1

111

Verde Oliva

Normal

Normal

04 min

7,2

027

Acinzenta-

do

Normal

Normal

05 min

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Discussão

Em relação às análises do líquido ruminal, observou-se que os animais que

receberam o farelo de algodão mantiveram o valor do pHruminal na média de 7,1

enquanto que no trabalho de DOMINGUES et al. (2010),com novilhos, alimentados com

farelo de algodão e torta de girassol, o valor obtido do pH ruminal no lote de farelo de

algodão foi de 6,17. Segundo BERCHIELLIet al. (2011), os valores normais do pH ruminal

normal está entre 6,0 a 7,4, pH neutro.

Neste estudo o líquido ruminal dos animais do lote 2 apresentou coloração normal,

tom esverdeado, com exceção da vaca numero 027, que apresentou coloração

acinzentado, fugindo do padrão. Cores acinzentadas são indicativas de elevado consumo

de concentrado. No estudo de RODRIGUES et al. (2013), em que foi avaliado as

características do líquido ruminal, hemogasometria, atividade pedométrica e ocorrência

laminite subclínica em vacas leiteiras de alta produção, as colorações de líquido ruminal

encontradas foram esverdeado e amarelado que estão dentro da normalidade para

animais que se alimentam com ração e silagem de milho nas proporções ideais. É

notável, de acordo com a representação na figura 8, que as vacas do lote 2 apresentou

líquido ruminal com coloração normal, esverdeada, após 30 dias do fornecimento do

farelo de algodão, comparada aos animais do lote 1 com coloração acinzentada, que

receberam durante o experimento alimentação a base de concentrado.

Figura 8:Líquido ruminal, coletortampa vermelha representado por um animal do lote 1, coletor tampa

branca representado por um animal do lote 2, com coloraçao normal.Fonte: Arquivo Pessal.

O odor do liquido ruminal de todos os animais foi normal, sem indícios de

putrefação. No estudo de RODRIGUES et al. (2013), com 200 vacas holandesas de alta

produção, teve em96,5% dos animais odor também normal.

A consistência do liquido ruminal dos animais, apresentou-se normal, viscosa. Os

animais 074 e 111, na primeira coleta, apresentaram a consistência espumosa.

No presente estudo todas as vacas do lote 2 apresentaram atividade redutiva

bacteriana no líquido ruminal variando entre 3 a 5 minutos, considerada atividade

microbiana média. Se comparada ao período inicial do experimento, todos os tempos de

atividade bacteriana do liquido ruminal ultrapassou 6 minutos, o que se considerapara

dietas de difícil digestão, anorexia prolongada e acidose ruminal. No estudo de

RODRIGUES et al. (2013), trabalhando com 200 vacas holandesas de alta produção, a

Lote 1 Lote 2

prova de redução do azul de metileno em todos os lotes apresentaram maior número de

animais normais, sendo 78,6 % dos animais com microbiota altamente ativa, a redução do

azul de metileno ocorre em até três minutos ou menos.

Em relação ao ganho de peso, as vacas do lote 2 não obtiveram considerável

aumento no ganho de peso, diferente das vacas que se alimentaram com o manejo

alimentar no lote 1, lote controle, todas tiveram ganho de peso. Uma possível explicação

seria devido os animais estarem em período de recuperação pós-parto. Vale observar que

as vacas do lote 2 eram as que estavam com laminite em grau mais acentuado, e que as

vacas número 107 e 111 não apoiavam o membro lesionado no chão, e em outros casos

observados na mesma propriedade houve grande perda de peso quando ocorreu esta

enfermidade, podendo concluir desta forma, que o farelo de algodão auxiliou para quea

perda de peso não fosse tão elevada. No trabalho de SEIXAS et al., (1999), utilizando

farelo de algodão em novilhos para medir o ganho de peso, também não observou

diferenças no ganho de peso.

ALVES (2008) avaliou o efeito da inclusão de níveis crescentes de farelo de

algodão de alta energia para vacas mestiças Holandês-Gire não foram observadas

diferenças em relação aprodução de leite, e no início do experimento a produção média

foi de 15 kg/dia, e ao término 14,73 kg/dia. No presente estudo, as vacas do lote 2 tiveram

melhora na produção de leite, em que apresentaram no início média de 5,875 kg/dia e

após 30 dias 11 kg/dia, conforme especificado na tabela 7.

Nas avaliações dos dígitos, as principais afecções encontradas neste estudo foram

doenças secundárias a laminite, como úlcera de pinça, úlcera de sola, hemorragia de

sola, doença da linha branca e erosão de talão, conforme se observou nos animais

avaliados, em que a laminite subclínica é o principal fator. Estes achados ocorrem

principalmente devido ao modo de criação dos animais confinados, que permanecem a

maioria do tempo todo sobre piso de concreto, sendo submetidos a caminhadas diárias

nesta superfície até o galpão de ordenha, estando em contato também com fezes e

umidade (RODRIGUES et al., 2013)

A laminite pode não ser associada apenas a fatores nutricionais, mas

multifatoriais.Na propriedadeas instalações inadequadas, como piso,rampas e degraus

demasiadamente abrasivos, umidade, fezes e as caminhadas forçadas até a sala de

ordenha foram determinantes no desenvolvimento das afecções podais,

reconhecidamente interferiram negativamente no conforto dos animais e implicou em

dificuldades para o alojamento e deslocamento das vacas. Apesar de ter causado

desconforto, as condições de higiene não representaram um fator de risco relevante para

as vacas do rebanho avaliado.

CONCLUSÃO

O manejo alimentar com farelo de algodão associado ao bicarbonato de sódio, e o

tratamento do casco forameficientes no controle da laminite nas vacas, pois corrigiu a

função ruminal, e criou uma estratégia de controle para poder tratar principalmente vacas

com enfermidades podais, reduzindo assim a incidência de laminite.

Indica-se a realização de experimentos com maior tempo de fornecimento do

manejo alimentar com farelo de algodão para a raça Girolando, já que é escasso o

número de pesquisa com esta raça.

AGRADECIMENTOS

Á Dercílio Gomes Roriz, Meu Tio, Padrinho e Proprietário da Fazenda Vertente do

São Bartolomeu; à Fabiana Fonseca do Carmo, Orientadora do meu Trabalho de

Conclusão de Curso; à Delmar Gomes Roriz e Walma de Fátima Roriz, Meus Pais; à Júlia

Guedes Santos, Minha Namorada; à Wilmar Roriz (in memoriam), Maria Borges Roriz,

Dário Flores Roriz, Elisa Gomes Roriz, Meus Avós;À meus Irmãos, Tios, Primos,

Parentes, Amigos e todos que me ajudaram e me apoiaram durante toda minha vida.

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Anexo

Imagem: Análise Farelo de Algodão

Imagem: Análise Ração Leite