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Curso de Massagem Oriental 1 “A constituição básica individual permanece inalterada durante o tempo de vida, conforme ela é geneticamente determinada. A combinação dos elementos presentes ao nascimento permanece constante. Contudo, a combinação de elementos que governa a contínua transformação fisiológica do corpo altera-se em reação às transformações no meio ambiente" (Texto Ayurvédico) Co-Autores: Este livro representa a realização de um projeto de cinco anos, que teve início com a fundação da Associação de Massagem Oriental do Brasil. A.M.O.R., e é o somatório da experiência de profissionais que tenho a honra de apresentar, e que compõem a equipe de professores do curso de Massagem e Sensibilidade, realizado em várias cidades, simultaneamente, nos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, principalmente. São eles: - Salem Hanna - Daniel Vieira da Silva - Edvaldo Oliveira Cruz - Ingrid Kook Weskott - Sidney Donatelli - Mario Figueiredo - Tânia Regina Zanin - Marjorie Evangelista Cada um deles incluiu um capítulo nesta obra, representando uma introdução de seu trabalho individual, já em fase de conclusão de tese, e que brevemente serão publicados em livros. A todos eles minha gratidão e respeito. Armando S. B. Austregésilo Dedicatórias Dedico este livro às minhas filhas: Parvati e Lakshmi. a quem agradeço a força motivadora de minha vida! Também a Eliane, parceira de tantos anos de luta. Mulher, mãe e inspiração! Agradecimentos Há também algumas pessoas que participaram deste trabalho, a quem desejo agradecer: - Dr. José Eduardo Petri, consultor técnico e tradutor da localização anatômica dos pontos chineses; - Carlos Roberto Gomes. autor de muitos pensamentos conclusões e pesquisas aqui expostos; - Nelson Francisco Annunciato. colaborador do início dos trabalhos em São Paulo, orientador do pensamento anatômico que norteia o curso e a Associação; - Carlos Ávila. companheiro novo. entusiasta e amigo-capricórnio; - Rosana Fernandes primeira revisora, companheira e amiga- capricórnio; - Eliana Floriano; colaboradora, divulgadora, incansável companheira, exemplo de determinação e esperança; - Maria Lúcia Figueiredo da Fonseca, datilógrafa. outra amiga capricorniana, que muito auxiliou na administração da A.M.O.R.; - Rita de Cássia Franco. revisão final amiga nova; - Maria Luiza Antunes Gomes da Silva fotógrafa e incentivadora. O Autor

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Curso de Massagem Oriental 1

“A constituição básica individual permanece inalterada durante o tempo de vida, conforme ela é geneticamente determinada. A combinação dos elementos presentes ao nascimento permanece constante. Contudo, a combinação de elementos que governa a contínua transformação fisiológica do corpo altera-se em reação às transformações no meio ambiente"

(Texto Ayurvédico)

Co-Autores:

Este livro representa a realização de um projeto de cinco anos, que teve início com a fundação da Associação de Massagem Oriental do Brasil. A.M.O.R., e é o somatório da experiência de profissionais que tenho a honra de apresentar, e que compõem a equipe de professores do curso de Massagem e Sensibilidade, realizado em várias cidades, simultaneamente, nos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, principalmente. São eles:

- Salem Hanna - Daniel Vieira da Silva - Edvaldo Oliveira Cruz - Ingrid Kook Weskott - Sidney Donatelli - Mario Figueiredo - Tânia Regina Zanin - Marjorie Evangelista Cada um deles incluiu um capítulo nesta obra, representando uma

introdução de seu trabalho individual, já em fase de conclusão de tese, e que brevemente serão publicados em livros.

A todos eles minha gratidão e respeito. Armando S. B. Austregésilo

Dedicatórias

Dedico este livro às minhas filhas: Parvati e Lakshmi. a quem agradeço a força motivadora de minha vida! Também a Eliane, parceira de tantos anos de luta. Mulher, mãe e inspiração!

Agradecimentos

Há também algumas pessoas que participaram deste trabalho, a

quem desejo agradecer: - Dr. José Eduardo Petri, consultor técnico e tradutor da localização

anatômica dos pontos chineses; - Carlos Roberto Gomes. autor de muitos pensamentos conclusões

e pesquisas aqui expostos; - Nelson Francisco Annunciato. colaborador do início dos trabalhos

em São Paulo, orientador do pensamento anatômico que norteia o curso e a Associação;

- Carlos Ávila. companheiro novo. entusiasta e amigo-capricórnio; - Rosana Fernandes primeira revisora, companheira e amiga-capricórnio;

- Eliana Floriano; colaboradora, divulgadora, incansável companheira, exemplo de determinação e esperança;

- Maria Lúcia Figueiredo da Fonseca, datilógrafa. outra amiga capricorniana, que muito auxiliou na administração da A.M.O.R.;

- Rita de Cássia Franco. revisão final amiga nova; - Maria Luiza Antunes Gomes da Silva fotógrafa e incentivadora.

O Autor

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Curso de Massagem Oriental 2

Prefácio

Desde que a linguagem do tato foi assumida em 1979 pelo livro Massagem e Sensibilidade e daí espalhou-se a todo o País na voz e cursos deste Austregésilo Armando, muito se viu e ouviu e tocou em benefício e prol da vida e do bem vivê-la.

Tocamo-nos, e dessa linguagem que absolutamente não tem aspas muitas gírias e expressões surgiram para favorecer o dia-a-dia do nosso relacionamento, que já era rico, e agora se veste e reveste na riqueza da comunicação total, própria de todo recurso de linguagens a nos mostrar e compreender.

É dessa possibilidade de riqueza que trata esse livro, expressa no cotidiano da Associação de Massagem Oriental do Brasil - A.M.OR., criada e dirigida pelo autor.

O trabalho incessante/incansável que Armando desenvolve com a A.M.OR. é algo que estimula qualquer ponto, com um ritmo que contagia e encanta, tal fôlego e força imprimidos em suas realizações, e acaba por fazer-se um convite irrecusável a nossa participação ativa, seja como discípulo, aluno ou colaborador, mas sempre entusiastas e divulgadores gratuitos, confiantes de passar cada vez a mais pessoas uma maneira de ver a vida que exprime muito prazer e saúde.

Toques populi. Que assim seja. Que as pessoas possam se tocar e ler, com mais essa obra, suas

vidas a fluir.

J. Julio Diogo e Arlete R Nogueira Almeidas

A Linguagem do Tato

A massagem vem sendo cada vez mais usada no Brasil a partir dos grandes centros. Temos tido oportunidade de ministrar cursos e vivências em várias cidades, percebendo a atração forte que o uso da massagem exerce sobre as pessoas.

Há todo um mito em relação à massagem, que ora afasta, ora aproxima os leigos de cursos e atendimentos por massagem. No entanto, mesmo as pessoas que não se aproximam diretamente, recebem alguma influência, seja no contato com outras pessoas que já conhecem um mínimo, seja através dos meios de comunicação, que muito discretamente vêm incluindo a massagem em sua programação.

A massagem é uma forma de expressão muito antiga e podemos chamá-la de primitiva, enquanto esta denominação designe a simplicidade e a praticidade de empregá-la.

Todos nós, literalmente, conhecemos a massagem desde a fase intra-uterina, uma vez que ainda naquela fase de desenvolvimento do ser humano já recebemos informações do meio externo (lado de fora do abdômen), via contato físico, através da placenta, tecido uterino. camadas de músculos e outros tecidos até a pele materna. que representam alterações do ambiente externo, ao longo da nossa pele e sistema nervoso periférico. ainda rudimentares, e que criam já neste momento uma pequena memória deste novo ser.

Não é uma pretensão dizermos que a massagem, como uma linguagem, tem sua origem em nossa vida, já nos contatos iniciais, inteligíveis, do pequeno ser intrauterino.

Ao longo do nosso amadurecimento intra-uterino, e até o nascimento, os contatos externos estão, de certa forma, filtrados pelo corpo materno, nos levando a concluir: - Os cuidados que uma gestante e seu parceiro (o pai), devem dispensar ao corpo físico-energético do novo ser são importantes quanto à qualidade de informações de primeira mão que aquele indivíduo, por eles gerados, está recebendo e que será à base de comunicação desta nova pessoa, no momento de relação, após o nascimento, ao longo dos primeiros anos, e por toda a vida.

Os primeiros dias de nascido incluem na vida de uma pessoa o tato direto com o ar, as roupas. os objetos e o corpo de outras pessoas. É nesta fase que experimentamos as primeiras sensações tácteis, e é verdade que os outros sentidos, a visão, a audição, o paladar e o olfato, também estão em franco processo de adaptação à vida.

Mas é verdade também que o tato físico é o sentido com mais recursos que o indivíduo conta. As palavras faladas ainda não são

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conhecidas, os sons ainda não conseguem fazer sentido, as imagens precisam ser vistas várias vezes para formar um código, assim como o olfato é muito restrito, ficando, assim, o paladar com uma importância próxima do tato físico, como função de aprendizado.

Aprendemos muito sobre a nossa sobrevivência, as ameaças e as proteções com que podemos contar nos primeiros dias através do tato protetor ou ameaçador daqueles que nos carregam no colo.

O uso do contato físico entre os adultos e as crianças recém-nascidas, ao longo dos primeiros anos, e até a fase pré-adolescente é amplo. Porém é nesta fase que somos condenados ao afastamento brusco do contato com os adultos, uma vez que nesta nova fase, que se segue à infância, a nossa sexualidade já está perfeitamente perceptível e atuante. É um momento de grande contradição este que desponta, pois os prazeres do contato corporal que tanto conhecemos e desejamos, parte integrante de nossa educação, passam agora a ser censurados ou direcionados, egoisticamente, para umas poucas pessoas, que na verdade se envergonham de sentir prazer. Vemos também a substituição da palavra táctil pelas palavras verbais, tão incentivadoras das disputas e invejas.

Mentir com palavras verbais é mais fácil do que com palavras tácteis! Ao longo da adolescência o nosso corpo se manifesta de forma variante e a compreensão das sensações, principalmente as de ordem sensual-sexual, são debatidas em vários graus, normalmente pela fala, incluindo pesos e medidas em nossas emoções e manifestações. Estamos codificando nessa época o sentido do prazer, da culpa, do engajamento social e finalmente da dor causada pelo Uso X Repressão das demonstrações físicas do nosso corpo.

Sugiro que, neste momento, pais e educadores façam menos discursos verbais e toquem mais os seus adolescentes, se é real o desejo de transmitir algo de valor.

Vejamos uma forma de observação crítica à capacidade de organização e cooperação entre cidadãos de uma urbe brasileira; sem necessitar grande atenção é fácil perceber o grau de competitividade que rege as ações das pessoas de um mesmo conglomerado urbano: o trânsito de autos, a relação motorista-pedestre, o medo de tocar e de ser tocado...

Pois bem, dedicando mais tempo a nós mesmos, aumentando, num primeiro instante, o nosso próprio contacto físico, e conseqüentemente com as pessoas que nos cercam, principalmente os nossos filhos, estaremos aumentando as possibilidades de uma maior compreensão de nossos problemas e alcançando as soluções com menos dor.

A linguagem táctil (menosprezada até aqui) que representa a capacidade de expressão de uma pessoa pode ser reconquistada, com

relativa facilidade, desde que nos proponhamos a reaprender, sem medo, esta comunicação primitiva e tão presente em nossa vida.

Em nossos cursos dispensamos um bom tempo do início com a interpretação dos contatos físicos entre os alunos, consigo mesmo e com os demais, incitando-os a se manifestarem ao máximo com suas mãos e corpos.

Vejamos nos próximos capítulos como isto tem sido feito e a experiência desse trabalho.

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Massagem ocidental Dados Históricos:

Dentre todas as terapias, a massagem é a mais elementar e a mais antiga. Sua História e evolução remontam às mais afastadas épocas da vida humana sobre a terra.

A primeira massagem, realizada pelo homem, aconteceu quando este, instintivamente, esfregou sua pele para aliviar a dor de um traumatismo qualquer. Desde as mais remotas civilizações pré-colombianas temos escritos que falam sobre a massagem.

Os gregos e os romanos foram, sem dúvida, grandes conhecedores e praticantes da massagem, e a indicavam nos esportes e nos tratamentos das doenças. No Ocidente, durante longo período desde a Idade Média até final do século XlX, a massagem esteve esquecida e obscura, tendo sido praticada somente por curiosos e leigos, não merecia a atenção dos médicos que nela não reconheciam valor terapêutico. Foi o Dr. Henry Pahr Ling, no final do século passado, que reintroduziu a massagem como recurso terapêutico nos meios médicos de todo o mundo.

Atualmente o reconhecimento de que a massagem possui grandes virtudes terapêuticas possibilitou a ampliação de seu ensino e criou novos departamentos em todos os hospitais modernos. Definição:

Massagem é a linguagem do tato. Podemos defini-la como sendo um conjunto de toques exercidos sobre o corpo com fins terapêuticos, desportivos estéticos, emocionais, lúdicos ou sexuais. Efeitos da Massagem:

Agindo sobre a pele e órgãos profundos, a massagem tem dois tipos principais de efeitos: um efeito indireto, psicológico, fisiológico, de repercussão geral; e um efeito direto muscular, mecânico, de repercussão local. Efeitos Fisiológicos da Massagem:

Estudaremos os efeitos fisiológicos determinados pela massagem sobre os diversos tecidos. Os tecidos reagem de modo diferente conforme a técnica e a dose de massagem.

Vamos, portanto, estudar aqui estes efeitos sobre os seguintes tecidos: pele, tecido celular subcutâneo, circulação, músculos, tecido adiposo (gorduras), sistema nervoso e metabolismo.

Efeitos sobre a pele: a massagem age sobre a pele removendo sua

camada epitelial superficial, desobstruindo os poros, sobre a circulação

cutânea, e, além de aumentar a temperatura local, tem ainda uma ação calmante, pois atua sobre os filetes sensitivos, diminuindo sua hiperexcitabilidade.

A massagem torna a pele mais fina e elástica. Efeitos sobre o tecido celular subcutâneo: este tecido ocupa o

espaço entre a pele e os músculos e é muito rico em vasos linfáticos. O que determina a espessura do tecido celular subcutâneo é a maior ou menor quantidade de gordura.

A massagem desse tecido tem a probabilidade de aumentar a absorção e a eliminação de gorduras. Isto somente é possível com a massagem de pinçamento que reduz a gordura a pequeníssimos glóbulos e provavelmente absorvíveis.

Efeitos sobre o tecido adiposo (Gordura): é prática comum o uso da massagem para emagrecimento.

O Dr. Roenthal, pesquisador que estudou os efeitos da massagem sobre a gordura, teve a paciência de engordar um certo número de cobaias e depois as submeteu a vigorosas massagens abdominais com o intuito de emagrecê-las. Não conseguiu. Após a massagem ele retirava pedaços de gordura e examinava-os ao microscópio e observava a existência de hemorragia capilar, porém não notava a eliminação da gordura.

Entretanto, é importante ressaltar que a massagem pode emagrecer indiretamente, aumentando a diurese, a sudorese, aumentando o metabolismo e reduzindo a gordura a glóbulos extremamente pequenos que provavelmente possam ser absorvidos e eliminados.

Efeitos sobre os músculos: uma massagem vigorosa não dá lugar a formação de Ácido Lático e conseqüentemente acidosa e evitando a fadiga muscular; desfaz a Aderência Fibrosa das fibras musculares, aumentando indiretamente a força muscular, pois estimula mecanicamente os músculos e melhora muito a circulação e conseqüentemente a nutrição muscular com evidente aumento da sua energia vital.

É um dos fatos mais indiscutíveis da massagem o aumento do volume muscular.

Efeitos sobre a circulação (Sanguínea e Linfática): a massagem pode agir sobre a circulação de dois modos: primeiro através de um efeito mecânico que, feita no sentido centrípeto, auxilia a circulação de retorno. Segundo, determinando a contração reflexa das fibras musculares lisas das paredes dos vasos de tal modo que mantém ou restaura sua tonicidade normal.

A massagem determina um notável aumento das trocas nutritivas entre a corrente sanguínea e os tecidos, melhorando deste modo seu metabolismo.

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Efeitos Sobre o Sistema Nervoso: a massagem pode agir de vários modos sobre o sistema nervoso, dependendo das técnicas empregadas, da dose e da pressão aplicada.

A massagem suave é calmante e sedativa; a massagem vigorosa estimula e excita os nervos.

Não há dúvida de que a massagem exerce efeito tanto sobre o S. N. C. (Sistema Nervoso Central) como sobre as terminações nervosas sensoriais e ainda sobre os nervos motores, tendo assim um efeito local.

Efeitos Sobre o Metabolismo: como agente físico e mecânico que é, a massagem exerce uma certa influência sobre o metabolismo.

A massagem é capaz de aumentar a eliminação de certos elementos constituintes da urina, aumentado à diurese através da massagem abdominal.

Técnicas de Massagem Ocidental

As manobras da massagem produzem efeitos de acordo com o ritmo, intensidade e velocidade, assim sendo; manobras lentas têm efeito calmante, analgésico e antiespasmódico; manobras rápidas têm efeito estimulante, circulatório e desintoxicante.

Deslizamentos: é um movimento introdutório e constitui o

primeiro tempo de qualquer massagem em cada parte do corpo Trabalha-se com a palma da mão aberta que se desloca sobre a pele, sem deprimi-la. É muito relaxante, nutrindo ao mesmo tempo a área que está sendo massageada, e o resto do corpo. Inicia-se com um toque suave e superficial e vai-se aprofundando durante o trabalho. Os deslizamentos atuam sobre as terminações nervosas sensitivas da pele, habituando-a ao contato da mão do massagista e preparando-a para as manobras mais vigorosas:

Fricção: a atenção agora passa para as extremidades dos dedos que

executarão pequenos círculos de penetração média para profunda, em torno das articulações dos ossos para quebrar os depósitos e aderências e para afrouxar as articulações em geral. É também eficiente no tratamento de bloqueios físicos relacionados com problemas emocionais, subluxações e acúmulos de toxinas no corpo.

Amassamento ou Amassadura: a amassadura é uma classificação

geral que inclui diversos tipos diferentes de manobras. Ela tem um efeito estimulador e nutritivo dos músculos, dos vasos sanguíneos, dos linfáticos e do sistema nervoso.

O primeiro tipo de amassadura é o Pinçamento que se executa com

os dedos em forma de pinças. Segurando parte da massa muscular e com ágeis golpes separá-la do osso, soltando-a em seguida e recomeçando, então, com outra parte próxima a ser trabalhada. As mãos podem agir em conjunto ou alternadamente.

Repitante: outro tipo que consiste em separar com as extremidades dos dedos o músculo, formando uma prega. Alternar o movimento retilíneo entre as duas mãos.soltando a primeira prega e tomando outra logo a seguir.

Existe ainda o Rolante. Com as mãos abertas (extensão), paralelas ou transversais ao osso, formar um rolo compressor contra a massa muscular. Geralmente aplicada sobre os membros superiores e inferiores.

Por último vem a Compressão Óssea. usada principalmente para os membros. Constitui-se na tomada do segmento do braço, por exemplo, com as duas mãos em forma cilíndrica e na compressão da massa muscular contra o osso.

Percussão: é um movimento estimulante do sistema nervoso, do fluxo

sanguíneo e do tônus muscular. O efeito e a qualidade desta forma de massagem de pendem muito do ritmo c da freqüência com que é realizada e por isto exige do massagista muita habilidade e experiência. As pancadinhas de leve têm um efeito sedativo. A maior parte da percussão é feita com um movimento alternado das mãos enquanto elas e os braços ficam muito frouxos e relaxados.

O primeiro tipo de percussão é o Ulnar. Isto se faz com a face ulnar do punho fechado. Geralmente é um movimento muito forte para ser feito no sacro. Estimula os nervos do sistema nervoso autônomo e relaxa a tensão da pélvis.

O segundo tipo é o Palmar Formar conchas com as mãos, afastá-las alguns centímetros da superfície da pele e com movimentos alternados martelar, delicadamente e firmemente, a região de trabalho. Indicado para regiões de maior sensibilidade, por exemplo, a região ventral.

Uma outra forma de percussão é o Tamborilamento. Percutir com todos os dedos, mais precisamente com a polpa das extremidades, alternados entre si, com movimentos suaves e relaxados.

As manobras de percussão devem ser feitas o mais rapidamente possível, de modo a criar uma espécie vibratória de sensação. Não empregue qualquer movimento de percussão nas costas. em cima dos rins, pois poderia causar-lhes lesão.

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Vibração: a vibração é um movimento trêmulo que se estende de seu braço para o corpo da pessoa massageada. Seu efeito é calmante, analgésico e antiespasmódico. Pode ser empregada em quase todas as partes do corpo, porém geralmente é feita nos ombros, nas coxas e nas costas.

Manobras: Movimento das Mãos (Ocidental)

1) Deslizamentos

Uso Geral: tranqüilização a) Superficial carícia - início ou complementação b) Médio: observação - as mãos amoldam-se à parte do corpo

trabalhada c) Profundo: terapêutico - influencia a corrente sanguínea (*)

2) Fricções

Uso geral: amolecimento a) Média b) Profunda: de acordo com a Lei da Dor = deve-se massagear os

pontos doloridos (passíveis de toque) até que a do r diminua ou desapareça.

3) Amassamentos **

Uso geral: efeito estimulador e nutritivo dos músculos Abdômen:

a) Pinçamento b) Repitante

Braços e Pernas: a) Rolante b) Compressão óssea*

4) Percussões **

Uso geral: enrijecimento a) Ulnar: indicado para regiões de grandes músculos e ossos. Ex.

Coxas b) Palmar: indicado para regiões mais sensíveis. Ex. Abdômen c) Tamborilamento: ótimo para regiões muito delicadas. Ex. Seios

femininos, rosto.

5) Vibrações ** Uso geral: anestésico a) Anestesia superficial passageira b) Hipnótico

* - seguir a circulação de retorno. ** - Complementar estes movimentos com deslizamentos superficiais.

Estrutura Postural do Corpo

O autor do capítulo: - Sidney Donatelli Formado em artes cênicas, dedica-se há vários anos ao teatro Unindo todas as formas de compreensão e aprimoramento do corpo humano,

pelo movimento, dedica-se ao estudo da massagem e técnicas complementares.

É vice-presidente da Associação de Massagem Oriental do Brasil e dirige a Escola Amor de São Paulo.

Relação do Organismo com o Espaço:

Ao pensarmos em qualquer fenômeno submetido pela lei da gravidade, o primeiro referencial a se observar será a sua base.

As estruturas dos reinos mineral e vegetal têm as suas bases intrínsecas a terra e fazem parte do movimento cíclico da natureza (energia vital). No caso do vegetal, existe um desenvolvimento vertical absolutamente harmônico entre as forças celestiais e telúricas.

As estruturas do reino animal não fazem parte intrinsecamente do ciclo da natureza não estão na terra, são autônomas em vários níveis. Os mamíferos quadrúpedes se mantêm bem próximo da energia telúrica em todos os sentidos: desde o seu corpo ser voltado para baixo, até a sua alimentação vir direto da terra.

Então, apesar de não estar grudado na terra o animal tem uma grande intimidade com ela.

A vida psíquica da qual o homem é dotado é que o diferencia do vegetal e do animal. Ao ponto em que pensar e sentir são condições primordiais, o homem cria um microcosmo no seu corpo equiparando-se ao macrocosmo da natureza; tem a capacidade de se locomover, de classificar alimentos, de se abrigar, de respirar e se relacionar de diferentes formas. Está então numa posição intermediária entre as força: celestiais e telúricas e, para sobreviver bem tem de harmonizar o seu microcosmo (corpo) com o macrocosmo (as leis da natureza).

Assim vemos como é fundamental a compreensão da natureza da

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estrutura postural do corpo para um melhor desenvolvimento psico-orgânico. Mecanismo de Equilíbrio do Corpo:

Ao observarmos o corpo de um homem ou mamífero quadrúpede (em pé) veremos a sustentação em quatro pontos no animal (patas) frente a dois pontos (pés) no homem. Esses pontos determinam a área de sustentação de um corpo; quanto maior for a área maior será o equilíbrio. Vide o fascinante domínio que os animais têm de seu corpo.

O homem, no desenvolvimento histórico do animal, passa de quadrúpede para bípede e desenvolve alguns controles específicos (capacidade motora final), como por exemplo, a grande habilidade das mãos, porém diminui a sua área de sustentação e fica muito vulnerável ao desequilíbrio.

O homem constantemente procura o equilíbrio, ou seja, procura o seu eixo em relação à gravidade, montando a sua estrutura óssea sobre a área de sustentação como um edifício onde não há nenhuma parte desencaixada da outra, e em seguida procura manter essa estrutura devidamente encaixada em pé.

Podemos concluir que a atitude de encontrar esse eixo, somada à atitude de mantê-lo, fundem-se numa só: a de constante movimento em busca da harmonia do corpo no espaço.

Um corpo com os ossos (partes) formando um edifício (todo) encaixado, não terá a propensão de cair. Quem segura essa estrutura (conjunto de ossos) são os músculos. Estes são os responsáveis e mantenedores da forma da estrutura - continuando no exemplo do edifício, os músculos seriam a massa que sustenta os blocos empilhados e determinam a forma da construção.

A essa musculatura de sustentação cabe a função estática, ou seja, manter o corpo em equilíbrio - encaremos o termo estático como denominação, pois diferentemente de uma massa de concreto, que é definitiva na sua forma dura, o corpo, como já concluímos, esta em constante movimento, no mínimo pelo pulsar do coração ou pela respiração. O movimento locomotor, de uma forma geral, cabe à musculatura da dinâmica.

Verificação de um Corpo em Pé:

Encaixe dos segmentos determinados pela musculatura posterior.

Traçando uma linha perpendicular ao solo que passa no centro do corpo, este deve estar totalmente equilibrado entre frente, trás e lados.

O esquema descrito serve como referencial para a estrutura corporal;

a oscilação do corpo, a princípio, se mantém próxima a esse referencial, quando esse corpo não mantém uma irregularidade muscular (já vimos que o músculo é o responsável pelos desencaixes). Usamos o termo próximo lembrando que o corpo jamais pode ser visto como uma coisa estática, pois está sempre em oscilação.

A musculatura, situada na parte posterior do corpo (função estática) é a responsável pela sustentação vertical; esses músculos posteriores são longos e formam uma cadeia interligada dos pés à cabeça.

Sendo assim, uma deformação em qualquer parte dessa cadeia deforma a cadeia como um todo. Observando essa condição, concluímos que o trabalho de reestruturação Postural não deve ser visto fragmentadamente (visando uma parte do corpo), e sim procurando equilibrar o todo, através da soltura da musculatura posterior.

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Curso de Massagem Oriental 8

Vista Anterior

- Cabeça voltada para frente. olhar na linha do horizonte. Cabeça sem inclinações laterais distância da orelha ao ombro igual dos dois lados;

- cintura escapular voltada para frente, linha reta na altura dos ombros e linha reta nas costelas, no fim do osso esterno;

- cintura pélvica voltada para frente, linha reta na altura da crista ilíaca e linha reta na altura do púbis;

- joelhos voltados para frente, sem rotação externa ou interna; - pés paralelos na largura dos quadris e dedos estendidos e voltados

para frente.

Vista Posterior

- Cabeça reta formando uma linha no osso occipital paralela ao

chão; - Escápula lado direito e esquerdo na mesma altura linha reta na

parte superior da escápula; - Coluna vertebral formando uma linha reta vertical. Apófises

espinhosas das vértebras alinhadas formando um caminho reto; - quadris na mesma altura, linha reta na altura dos glúteos; - conjunto Tíbia e Fêmur sem rotação externa ou interna; - tendão do calcâneo (Aquiles) vertical perpendicular ao chão; - pés com o peso distribuído por igual interna e externamente.

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Vista Lateral

- Uma linha vertical perpendicular ao chão na parte posterior do corpo deve tangenciar a cabeça, o ápice da cifose torácica, o ápice da cifose sacrococcígea, o meio da parte inferior da perna e o calcâneo;

- nenhum bloco deve estar projetado para frente ou para trás; - a linha do tórax, da clavícula aos mamilos, é oblíqua para baixo e

para frente e a dos mamilos ao púbis vertical; - o braço está dentro da espessura do corpo a 1/3 da linha tangente

posterior em relação à linha anterior do tórax; - os blocos da cintura escapular e cintura pélvica devem estar

paralelos ao chão; - os joelhos estão esticados porém, não estão hiperestendidos; - o peso dos pés distribuídos igual anteriormente e posteriormente.

Desarranjos:

Anteriormente, o termo o homem procura o seu equilíbrio foi usado no aspecto mecânico do corpo. Se usarmos esse termo num parâmetro emocional a sua veracidade permanece. O homem, um aspirante do equilíbrio, procura-o em todos os sentidos da sua psique, fato que temos que ter em mente quando pensamos no corpo, seja na massagem, na dança ou nos movimentos cotidianos, para que nunca se separe a emoção da postura mecânica nunca se separe o comportamento do corpo do comportamento do indivíduo.

O homem deve ser encarado como um todo, indivisível. Todas as partes se relacionam e se refletem: se o indivíduo convive com a sua estrutura corporal desencaixada, certamente a sua condição emocional não está equilibrada.

Assim chegamos à clareza que o aspecto psicossomático na manifestação humana não deve partir de uma separação entre o psico e o somático para posteriormente chegar a uma unificação, e sim partir de uma globalidade da manifestação para, a partir daí, chegar à verdadeira origem dos nossos desarranjos. Patologias:

Os desarranjos geram as patologias da estrutura do corpo, que se originam no enrijecimento da musculatura posterior. Essas patologias, mais comumente reconhecidas como problemas de coluna, dão-se através de um processo de repetição de um erro. Um pequeno desvio de um segmento só tende a se agravar se a atenção necessária não for voltada a essa região em relação a toda a estrutura. O corpo vai se esquivando e se defendendo, enrijecendo novos grupos musculares, causando - desarranjos numa atitude de compensação, novos desarranjos, numa atitude de compensação. A partir do momento em que a musculatura enrijecida mantém a estrutura óssea (principalmente a coluna vertebral) desencaixada, o como está propenso a se defender apresentando uma patologia, seja a nível ósseo (exemplo: osteófitos - bico-de-papagaio), seja a nível articular (ex.: artrite) ou seja o próprio disco intervertebral (ex.: hérnia de disco). Alongamento:

As fibras musculares, a partir das nossas tensões, vão perdendo o seu potencial de elasticidade, e os músculos se mantêm encurtados, desencaixando e mantendo a estrutura óssea fora da sua condição anatômica natural.

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O alongamento - a partir do toque, de manipulações, posturas e movimentos - permite que os músculos voltem ao seu estado de tônus mais equilibrado, os tendões se descolem a nível de suas inserções nos ossos e as articulações voltem a ter o seu espaço normal, sem pressões erradas dos ossos. Assim podemos reeducar a estrutura de um corpo soltando e alongando a musculatura que mantém os segmentos desencaixados, até chegarmos a um todo harmônico.

O alongamento atua como um desbloqueio de energia cristalizada nos músculos. É um trabalho de expansão (Yin) diante das contrações / tensões (Yang) acumuladas no corpo Pensando no aspecto psicossomático, o alongamento muscular alonga a consciência, a permissibilidade e a atenção do indivíduo com o seu corpo, e o encaminha à aptidão para o movimento, à liberdade de ação. Alongamento Ativo:

São posturas ou movimentos realizados pela pessoa, partindo sempre de um estado de relaxamento de todo o corpo. No caso de movimentos, estes devem ser feitos sempre na expiração, que é quando o músculo diafragma libera as vértebras lombares, é o movimento de expansão do corpo.

- Deitado em Decúbito Dorsal:

A posição do corpo de um homem deitado se faz necessária para o descanso desse corpo. Deitado com as costas no chão, a gravidade atua ao longo de todo o corpo relaxando os músculos posteriores. Ênfase do Alongamento na Região Lombar da Coluna: Partindo do relaxamento, flexione as pernas, pés apoiados no chão. Cruze uma perna sobre a outra e, soltando o peso das pernas na expiração, deixe ocorrer uma rotação do quadril para o lado da perna que está em cima da cruzada; volte ao centro na inspiração. Repita o movimento várias vezes sentindo a musculatura da região lombar se alongando. Não induza o movimento; o trabalho é de soltura! Depois trabalhe o outro lado.

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- Deitado em Decúbito Lateral:

Deitado de lado podemos soltar na gravidade os membros para frente ou para trás do tronco, dando espaço aos músculos que os prendem ao tronco. Ênfase do Alongamento na Região Torácica da Coluna: Deitado de lado, pernas uma sobre a outra, joelhos flexionados, braço de baixo perpendicular ao corpo, soltar a perna que está em cima para frente do tronco e o braço que está em cima para trás. Na expiração acentue a rotação do quadril para frente e a rotação da cintura escapular para trás. Na inspiração relaxe. Depois trabalhe o outro lado.

- Sentado:

Sentado, com uma posição cômoda das pernas, podemos sentir o apoio do osso ísquio no chão (0 cóccix não chega a encostar no chão), e fazer um balanço do quadril para frente, para trás e para os lados, relaxando os músculos glúteos e o ânus. Sinta a coluna alinhada em cima do ísquio, sem estar abandonada para frente ou para trás, e nem estar hiperesticada numa posição falsamente alongada. Ênfase do Alongamento na Região Cervical da Coluna:

Sentado, após o procedimento descrito anteriormente, entrelace as mãos e apóie-se no osso occipital. Na expiração solte o pescoço para frente acentuando esta flexão com as mãos. Na inspiração volte à posição inicial.

Alongamento Passivo:

São movimentos realizados por uma pessoa atuando no corpo de outra, que deverá estar relaxada, passiva para receber a atuação da primeira.

Os movimentos, da mesma forma que os alongamentos ativos, devem ser feitos na expiração e, quem está atuando, deve respirar junto com quem está recebendo, numa atitude de harmonia.

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- Em Decúbito Ventral:

Ênfase do Alongamento na Região lombar da Coluna. Segurar nas pernas do massageado um pouco acima dos maléolos e na expiração esticar os membros inferiores para baixo. Na inspiração volte à posição inicial.

- Em Decúbito Dorsal:

Ênfase do Alongamento na Região Cervical da Coluna. Segurar a cabeça do massageado e fazer pequenos movimentos até senti-la solta em suas mãos. Os joelhos do massageado devem estar flexionados. Na expiração, leve a uma flexão anterior do pescoço; na inspiração, volte à posição inicial. O massageado não deve ajudar no movimento!

- Sentado:

Ênfase do Alongamento da Coluna. Massageado em posição cômoda, braços soltos, Segurar nos braços pelos pulsos; elevar os braços para cima e, com inspiração, esticar os braços para cima; retornar lentamente até a posição inicial, com os braços elevados.

O homem, enquanto bípede, parte do referencial estrutural na posição

em pé. O seu equilíbrio psicossomático verificou-se na sua harmonização

corporal vertical. O trabalho de alongamento dos músculos posteriores, na concepção

em que vimos, encaminhará o corpo a estar preparado para encontrar o seu eixo cm pé; a partir daí, os músculos da função dinâmica atuarão através do seu potencial de contração / relaxamento - possibilitando ao corpo uma ampla movimentação. O trabalho de contração muscular que não parte desse procedimento se fará apenas tonificando músculos específicos, sem a relação desses músculos com o todo do corpo, distanciando assim a possibilidade da pessoa encontrar o seu eixo em pé.

Na posição em pé, sinta o seu corpo relacionando parte por parte (referência na descrição feita em verificação de um corpo em pé). A partir

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daí experimente movimentos de soltura, para todos os lados, de cada dobradiça do corpo.

- a cabeça, - o pescoço, - o tórax, - o tronco na altura da crista ilíaca (acima do quadril), - todo o tronco na altura da articulação coxo-femural, - os joelhos e - os pés.

Depois parta para movimentos de locomoção: andar, correr, saltar, girar e mais o que você tiver vontade!

Perceba que o movimento é à saída do eixo, com a projeção do corpo no espaço, seguido do retorno ao eixo.

Podemos Dançar como um Deus?

A autora: - Marjorie Ribeiro Evangelista Tem curso de formação em Yoga e Massagem, fazendo parte, desde a

fundação, da diretoria da Associação de Massagem Oriental de Guarulhos. Marjorie procura unir o que há de belo e nobre na prática do

Yoga à preparação do profissional do toque. Um Ser Aprendeu a Dançar

Antes observou, depois copiou os movimentos e então começou a exercitar-se.

A partir daí ele pôde criar, brincar, saltar e dançar. Eram posições firmes e agradáveis, posições que brotavam do seu interior.

Essa é uma lenda antiga, que diz que o Yoga surgiu na Terra, quando um peixe assistiu ao Deus Shiva ensinar a sua esposa, Parvati, os exercícios de Yoga. O peixe imitou Parvati, praticou e transformou-se em homem. E Nós Homens?

Atualmente, pode-se constatar que as academias de ginástica ganham cada vez mais adeptos, interessados nas diversas alternativas corporais oferecidas.

O que as pessoas estão procurando é um tipo de exercício físico ativo, do qual elas possam obter não somente o equilíbrio orgânico, mas principalmente adquirir formas ideais, dentro dos padrões de beleza e

estética corporal desta época. Enfim, parece que o interesse maior verifica-se apenas no plano

estético. É possível movimentar o corpo de várias maneiras, porém, o

importante mesmo é interiorizar o movimento, a ação, ou seja, resgatar a consciência corporal, que possibilita o autoconhecimento, o desenvolvimento e a sensibilidade.

Quem vai nessa direção pode chegar à essência da vida, aperfeiçoando-se pelas próprias vivências.

O aperfeiçoamento vem com o desenvolvimento das potencialidades, com a expansão para além dos limites conhecidos e com a busca da criatividade. Através da prática consciente, a transformação instala-se, e o homem deixa de ser peixe e passa a ser homem, capaz de reconhecer-se e manifestar-se espontânea e autenticamente. Saúde e Boa Forma!

Pode-se obter saúde e boa forma alimentando-se bem, dormindo bem, respirando corretamente, ativando, a fim de polarizar as energias que circulam pelos canais mais sutis do nosso corpo, os Meridianos.

Os órgãos e funções do corpo conseguem atingir um equilíbrio orgânico naturalmente, ou seja, através do próprio corpo, pelo trabalho de estimulação ou sedação dos pontos dos Meridianos.

O Preparo Físico

A maioria das pessoas quer preparar o seu físico com finalidades

diversas. Esses objetivos variam desde adquirir-se um corpo escultural, digno do verão carioca, até manter o corpo simplesmente saudável, energizado e sem tensões.

Cada corpo tem uma linguagem e se manifesta de forma diferente de outro.

Há pessoas que se realizam, identificam-se e harmonizam-se com a dança; outras preferem nadar, correr ou jogar tênis. Há também pessoas que fazem uso da massagem, técnica milenar que reequilibra o fluxo energético e ajuda na prevenção de doenças.

A linguagem utilizada pela massagem é o tato. Esse funciona como forma de leitura corporal, pressão sobre pontos, contato sensitivo e troca de energia.

O uso da massagem torna o corpo mais equilibrado e a pessoa mais disposta e saudável. A massagem é uma forma de manter o corpo preparado para o dia-a-dia, sendo também um carinho muito gostoso de se dar e de se receber.

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As Memórias Musculares

Os nossos sentimentos e todas as nossas emoções estão registrados na massa muscular. Os músculos são, na verdade, grandes receptores das vivências, arquivando-as.

Muita gente tem dificuldades de se manifestar, de se comunicar e se relacionar, enfim, dificuldade de viver bem a vida.

Essas barreiras estão registradas por todo o corpo e se localizam em pontos frágeis: na área dos olhos, garganta, boca no peito, na região do estômago e no ventre.

A tensão e o enrijecimento dos feixes musculares dão origem a uma couraça viva. Com isso, a vitalidade, o equilíbrio físico e psíquico ficam afetados.

Os músculos constituem aproximadamente 50% do nosso peso. Quando eles são contraídos amam na circulação sanguínea, nos sistemas digestivos, urinário e afetam os movimentos do tórax, do diafragma e do abdômen durante a respiração.

Os músculos revestem nosso esqueleto e dão forma e movimento ao corpo.

Não é isso que todos buscam: forma e movimento? Para a maioria das pessoas de todo o mundo, o corpo ainda é uma estrutura muita mecânica, que sempre pode ser consertada por alguém, quando quebra.

O grande segredo de ter um corpo belo e saudável, conquistar uma vida mais longa, possuir vitalidade está na cabeça, no coração e no sexo de cada um.

Somos capazes de manter a nossa própria saúde? É claro que não podemos, de uma hora para outra, liberar todas as

tensões, mas podemos respirar mais corretamente, podemos relaxar e adotar posições físicas equilibradas. Série de Exercício: Para Conscientização do Corpo 1. Toque o Seu Corpo Todos os dias

Você pode fazê-lo ao acordar, antes do banho, ao trocar de roupa ou mesmo durante o banho, aproveitando para massagear-se com uma escova de cerdas naturais ou bucha vegetal, que vai remover as impurezas impregnadas na pele, deixando os poros desobstruídos. A intenção é de que o toque seja uma automassagem, um reconhecimento diário do corpo. O massageamento deve ser feito de baixo para cima, ou seja, dos pés

para a cabeça, começando pelos pés, indo pela parte interna das pernas e descendo pela lateral externa. Depois massageie do ventre ao pescoço, as costas e as nádegas, descendo novamente, agora pela parte posterior das pernas até os calcanhares. Faça também movimentos destrógiros (no sentido horário), seja suave nas partes mais sensíveis, massageie a face e o couro cabeludo com a ponta dos dedos, sentindo a musculatura e os ossos.

2. Olhar no Espelho Todos os Dias

Observe-se sem roupas, observe suas formas e sua pele. A pele e a expressão do rosto nunca mentem, são um termômetro para saber se você está bem ou não. Quando a expressão facial for tranqüila, serena e alegre e a pele, não só do rosto, mas do corpo todo, estiver macia, lisa e gostosa, é sinal de que você está cuidando do seu corpo.

3. Respiração Abdominal

Escolha um local confortável e silencioso. Deite-se de costas e relaxe, afastando os braços e as pernas; coloque o dono das mãos no chão, perceba o ar entrando, projetando o ventre e perceba o ar saindo, recolhendo-o.

4. Exercícios de Descontração

Separe os pés na largura dos ombros, deixando os pés paralelos. Os ombros e a cabeça no prolongamento da coluna, braços soltos ao longo do corpo e os olhos fechados. Relaxe! A partir da posição anterior comece a balançar o tronco. Nesse giro, um ombro vai para frente e o outro para trás. Os braços soltos c pendentes acompanham o movimento, que deve ser descontraído.

5. Exercícios Para Liberar Tensões e Toxinas

Mantenha a posição inicial (Adyásana) e inspire elevando os braços para frente e para cima; retenha o ar por alguns segundos e expire abaixando rapidamente os braços e o tronco para frente, expulsando o ar energicamente pela boca, emitindo a sílaba Ha em tom alto e forte. Sente-se sobre os calcanhares, coloque as mãos nos joelhos. Inspire inclinando suavemente a cabeça para trás e expire com vigor pela boca esticando os braços, afastando os dedos das mãos, arregalando

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os olhos e, ao mesmo tempo, colocando a língua para fora. 6. Exercícios de Purificação Visual

Para melhorar os olhos, sente-se com as pernas cruzadas à frente do corpo, estenda o braço esquerdo à frente, fechando a mão e elevando o polegar. Olhe fixamente para o seu dedo e. sem deixar tombar a cabeça, inspire e solte o ar, movimentando o braço para a lateral esquerda, levando o polegar até o ângulo máximo de visão. Volte inspirando e repita igualmente para o lado direito.

7. Relaxamento

Deite-se em local agradável e numa posição confortável. Respire bem profundamente por algumas vezes e a cada expiração, relaxe. Depois respire naturalmente, deixando o corpo bem solto. Entregue-se a esse estado de descontração e sinta-se cada vez mais leve. Para retornar do relaxamento, auto-induzido, basta respirar profundamente. Se desejar desenvolver melhor a técnica, estude e pratique sobre esse tema.

Algumas Dicas e Exercícios de Alongamento

Preparar o corpo para torná-lo solto é tornar-se consciente da energia que possuímos, tornar-se sensível e descontraído ao toque, para que se possa perceber e sentir os diferentes níveis da energia vital e seu percurso.

Assim como a massagem, os alongamentos devem fazer parte da nossa vida diária.

A respiração deve ser lenta, expirando-se ao alongar. O importante é aprender a relaxar para que os músculos possam ser alongados.

O alongamento torna-se um método preventivo a lesões, tais como as distensões musculares, já que um músculo forte e previamente alongado resiste melhor a tensões do que um músculo forte e não alongado. O alongamento prepara o corpo para as atividades físicas para o dia-a-dia e desenvolve a consciência corporal.Alongando-se as várias partes do corpo, entra-se em contato com as mesmas e isso leva ao autoconhecimento.

O alongamento é uma técnica afim com a massagem, pois um corpo equilibrado e saudável torna-se muito mais receptivo ao toque e mais sensível ao fluxo energético dos Meridianos. Um Corpo Flexível

O que é ser flexível? Poderia se dizer que ser flexível é conseguir fazer todos aqueles

exercícios mais difíceis da ginástica, do Yoga, do Ballet, etc. A flexibilidade do corpo depende da movimentação com entrega e consciência. Algumas pessoas têm mais flexibilidade, outras menos. Cada corpo conta uma história e cada história resulta num corpo mais rígido ou mais solto.

Como ninguém gosta de ser rígido, duro e inflexível, o que fazer para mudar?

Começar dedicando-se atenção, ou seja, tomar consciência de que algo não vai bem com o seu corpo e adotar um tipo de trabalho para inicialmente abrir-se caminho e depois partir para um trabalho mais profundo e de efeito mais direto.

A rigidez é a conseqüência das tensões diárias e podemos eliminá-la ou diminuí-la através da prática de alguns exercícios que alongam a nossa musculatura e liberam os nossos movimentos.

Alongar é dar de volta aos músculos a elasticidade que tínhamos quando crianças. Assim podemos retomar, a tempo, a alegria, a energia, o dinamismo e a criatividade.

Devemos realizar todos os alongamentos sem sentir dor ou desconforto, para sentir prazer e descontração.

Pessoas de todas as idades podem executá-los, porém não devemos nunca violentar o nosso corpo.

Observe sempre a respiração adequada e concentre-se em cada movimento. Tenha atenção para as indicações e advertências de cada exercício.

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Série de Exercícios: Alongando as Partes do Todo

• Pés e Tornozelos: Gire o tornozelo no sentido horário e depois anti-horário, faça o movimento mais amplo possível.

• Pescoço: Gire a cabeça fazendo um círculo completo, as costas devem estar eretas. Permaneça, se tiver necessidade de alongar uma área mais rígida e tensa, mas não force. Relaxe, solte-se.

• Região Lombar, Quadris e Tendões: Fique na posição e mantenha-se estável e confortável. Solte a cabeça e deixe penderem os braços.

Não coloque peso no lugar errado. Quando o corpo estiver relaxado, o alongamento estará funcionando com eficiência. Apóie-se nos ombros e utilize as mãos nas costas, se necessário.

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• Cintura, Lateral do Tronco e Tendões: Incline lateralmente o tronco deixando uma das mãos no joelho contrário (mão direita no joelho esquerdo) e a outra mão segurando o ponto mais distante (mão esquerda no pé direito).

• Virilha e Região Lombar da Coluna: Os exercícios de abertura pélvica requerem tempo e regularidade. Realize as aberturas, tanto laterais como as frontais, confortavelmente. Inicie inspirando, expire ao alongar e permaneça com a respiração livre.

• Tórax, Ombros e Braços: Alongue os braços, os ombros e o peito. Mantenha o peito para fora e a cabeça no prolongamento da coluna. Não ultrapasse o seu ponto máximo, respeite os seus limites.

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• Virilha e Quadris: Não desloque os quadris para trás, senão a região lombar sofrerá pressão. Mantenha a coluna ereta. Você deve se sentir bem e não necessariamente flexível.

• Região Cervical da Coluna: Inspire, solte o ar e permaneça respirando normalmente. Somente a cabeça sai do chão para não enrijecer a musculatura do abdômen.

Alongando o Corpo Todo:

Alongue o corpo todo de uma só vez e depois faça um espreguiçamento.

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• Para o Rosto:

Para eliminar a tensão da face, movimente a musculatura fazendo caretas para alongar ao redor do nariz, do queixo e ao redor dos olhos.

Abra a boca, arregale os olhos e erga as sobrancelhas. Depois sorria! Falar do corpo e das várias formas de mantê-lo

saudável e bonito é uma maneira de mostrar às pessoas como viver bem.

Estamos vivos e só vamos aprender a viver vivendo e conhecendo as várias alternativas de manter o equilíbrio físico e mental.

Este livro traz não somente alternativas de como viver com saúde, mas também mostra o lado mágico, sensível e palpável, que é essa forma de descobrir e vivenciar o tato enquanto reequilíbrio e troca energética.

Fazer massagem é muito bom. Receber uma massagem é bom e gostoso; e isso fica ainda melhor, quando há o conhecimento e o domínio de algumas técnicas.

As técnicas orientais e ocidentais de massagem, combinadas e aplicadas com criatividade, trazem-nos o equilíbrio do funcionamento orgânico, aquele que perdemos no decorrer de uma vida sedentária, cheia de imprevistos.

Nenhuma verdade é plena, assim como nada é plenamente Yin nem Yang. ''Para que uma força positiva exista é necessário à existência de uma força de polaridade negativa. Cada uma contém uma pequena porção da outra em si mesma, transpotando parte da outra em seu fluxo. É do equilíbrio dessas duas forças que o universo depende"

E como me disse, certa vez, o autor: Pratique e comprove!

Seqüência de Automassagem Preparativos: - Iniciar sentado, costas eretas,

posição cômoda;

- concentração com olhos

fechados, respiração calma; - afastar pensamentos e voltar à atenção para si mesmo;

- atritar as mãos e voltar a atenção para elas (mãos);

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Curso de Massagem Oriental 20

- colocar as mãos sobre o rosto, (cobrindo-o) e transmitir-lhe carinho e energia.

Rosto: Fricção linear ou circular: - a mandíbula, a gengiva inferior

e as glândulas salivares;

- a articulação da mandíbula; - os maxilares, a gengiva

superior, o zigomático e o arco zigomático;

- o pavilhão da orelha. o lóbulo (beliscando);

- seguindo o desenho interno

das orelhas com as pontas dos indicadores;

- tampando os ouvidos por 10

segundos (pressão sobre o trago);

- deslizando os oito dedos pela testa, 4 para cada lado, fricção circular sobre as têmporas;

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Curso de Massagem Oriental 21

- pressão sobre os pontos: canto interno da órbita ocular (B1), canto externo da órbita ocular (VB1), encontro das sobrancelhas (ponto extra), final das sobrancelhas (TA23);

- massageando com cuidado os

globos oculares, com pressão suave sobre as pâlpebras;

- deslizando pelas vertentes do

nariz e saindo lateralmente sobre o zigomático.

A Cabeça: - Friccionar com a polpa dos

dez de dos o couro cabeludo;

- pressionar com eminências

tênar e hipotênar (lateral e frontalmente) a caixa craniana;

- puxar pequenos maços de

cabelo até a totalidade dos fios, vitalizando assim, as raízes;

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Curso de Massagem Oriental 22

- tamborilando o couro cabeludo

com os nós dos dedos;

- pressionar logo abaixo da caixa craniana, acima dos músculos que ladeiam a coluna cervical, no ponto (VB20).

Nuca e Ombros: - Pinçando os músculos da

nuca, da cabeça para baixo (repetindo);

- pinçando os ombros do centro para as laterais;

- segurar a nuca e girar a cabeça: cima/abaixo/lateral e giro do nariz;

- pinçar com uma das mãos o ombro oposto, enquanto giramos o ombro, 360º; repetir do outro lado da mesma forma.

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Curso de Massagem Oriental 23

As Costas e a Coluna: - Elevar os braços e dobrar para

trás, caminhando com as mãos para baixo (partindo dos ombros) em direção à cintura;

- unir as mãos às costas, uma

por baixo e outra por cima, e flexionar o tronco para frente expirando; repetir trocando os braços (Gomukásana);

- deitar em decúbito dorsal e

iniciar a massagem na coluna

Cóccix e Sacra: com as pernas dobradas girar a base da coluna (como Mata-Borrão), para cima e para baixo, e lateralmente deitando as pernas até tocar com os joelhos no chão.

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Curso de Massagem Oriental 24

Lombar: segurar os joelhos com as mãos e aproximar os joelhos do tronco, soltando o ar, observando a coluna lombar, o toque de cada vértebra no chão.

Torácica: pés no chão, pernas flexionadas, elevar o quadril e abaixá-lo lentamente, soltando o ar quando eleva o quadril, sentindo o contato do chão.

Cervical: para esta parte da coluna há 2 opções dependendo das condições da pessoa: 1.ª opção: apenas elevar a cabeça do chão, girando a cabeça lentamente, soltando o ar, e baixá-la, também lentamente. (Tocando com os dedos nas vértebras cervicais.).

2.ª opção: (para os mais flexíveis): elevar as pernas e o quadril do solo, apoiando com as mãos no quadril, e os cotovelos no chão. Movimentar lentamente as pernas, aumentando e diminuindo a curvatura cervical.

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O Abdome:

Iniciar em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, pés no chão, com a ponta dos dedos massagear o intestino grosso, subindo pela direita, seguindo o cólon ascendente, atravessar para a esquerda, seguindo o cólon transverso e descer pelo cólon descendente. Repetir 3 vezes esta seqüência lentamente e com a musculatura abdominal solta.

- pressionar repetidamente, ponto a ponto, a linha média anterior, desde o púbis até a clavícula. Usar as pontas dos dedos em todo o trajeto, com exceção do plexo solar, que deve ser tocado com as eminências tênar e hipotenar.

- Escolher 8 pontos à volta do umbigo, (traçando duas cruzes) e

pressioná-los com o polegar, no sentido horário para intestinos normais ou presos e no sentido anti-horário para intestinos soltos.

- Com as pontas dos 8 dedos, pressionar por baixo das costelas, visando à massagem dos órgãos profundos, lenta e profundamente.

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O Tórax:

- Massagear com a ponta dos dedos os espaços intercostais.

- As meninas e senhoras, tomem cuidado especial na massagem das mamas, evitando a pressão sobre as glândulas mamárias - movimento circular leve, com tendência a elevar a musculatura da mama.

- Massagear a clavícula, do centro para as laterais.

Os Braços: - Iniciar com percussão de mão

fechada, desde o ombro até a mão, com a palma da mão para a cima.

- Voltar percutindo com a palma

da mão para baixo, na face externa do braço, até o ombro novamente.

- Tocar com atenção as articulações: ombro, cotovelo e pulso.

- Terminar deslizando e friccionando ligeiramente o braço e o antebraço (seguindo a corrente de energia, conforme descrição das percussões acima).

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As Mãos: - Iniciar atritando bem as palmas das mãos, e também o dorso das

mãos. Depois cuidar dos dedos atentamente, desde a articulação com a mão, até a extremidade. Pressionar as extremidades de cada dedo.

- Flexionar os dedos, pressionando as articulações entre as falanges, sem es talar propositadamente (mas se isto ocorrer não há problema), fazendo com que a energia se desprenda.

- Massagear a palma da mão, ponto a ponto, principalmente o ponto mais profundo quando a mão está em concha.

Terminar massageando o dorso da mão, trabalhando entre os metacarpianos, longitudinalmente.

A Pélvis, as Coxas e as Pernas: - Deitado em decúbito dorsal, unir os pés pelas solas e afastar os joelhos.

Levando-as até a pélvis, massagear com atenção toda musculatura, ossos e tendões, observando dores e desconfortos.

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Curso de Massagem Oriental 28

- Sentar e, ainda com os pés unidos e joelhos afastados, massagear a curvatura dos pés, com os polegares.

- Depois, percutir desde o calcâneo até o alto das coxas, com as mãos fechadas e movimento ritmado. Sempre dos pés para o quadril, pela parte interna da perna e da coxa. Repetidamente.

- Unir agora os joelhos elevados, com os pés no chão e percutir pelo lado externo da coxa e da perna, sempre do quadril para o pé. Repetidamente.

- Dar atenção aos joelhos e tornozelos, tocando atentamente nestas articulações.

Os Pés: - Iniciamos com a massagem das solas dos pés, com os polegares

pressionando cada ponto, cobrindo toda a superfície dos pés. Percutir com a mão fechada, sobre o calcâneo, e depois com a mão aberta, por toda a sola do pé.

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- Trabalhar os artelhos com o mesmo cuidado que os dedos da mão e de forma semelhante.

- O dorso do pé é trabalhado seguindo os espaços entre os metatarsianos.

Massagem Oriental Origens

Em primeiro lugar, para esclarecimentos, é preciso dizer que a expressão medicina oriental é na verdade muito ampla para ser significativa. Mas eu a uso de maneira especial, geralmente bem aceito hoje em dia, para indicar a medicina que se originou na China e chegou ao Japão através da Coréia. Medicina Chinesa ou Kampo pode ser dividida em duas, chaves principais de desenvolvimento. Sistemas de terapia que se desenvolveram na área do Rio Amarelo incluem Acupuntura, Moxa e Massagens Anma, todas elas amplamente praticadas no Japão nos dias atuais.

As origens primitivas da Acupuntura e do Moxa estão intimamente relacionadas à natureza da terra banhada pelo Rio Amarelo. Ali o solo é estéril; embora ainda existam rochas e grandes pedras, a vegetação é geralmente constituída de mato rasteiro e de uma planta conhecida como Artemísia (mugwort). Conseqüentemente, quando as pessoas se machucavam de maneira a formar pus, era natural que usassem pequenas lascas de pedra para punctuar a ferida e estagnar a supuração.

Similarmente, quando alguma outra parte do corpo falhasse em sua função, eles aplicavam pequenas quantidades de Artemísia seca à área e punham fogo. O calor localizado produzido pela Artemísia em chamas fornecia-lhes alívio. Nesta época desenvolveram-se a Acupuntura e o Moxa.

A Massagem Anma teve início através do simples hábito de pressionar e esfregar as mãos e pés com as pontas dos dedos ou palmas das mãos. Após séculos de experiência prática com estes tratamentos, os chineses apreenderam os pontos do corpo onde Acupuntura e Moxa produzem efeitos máximos.

Em contraste com esta facção nortista da medicina chinesa, a região sulista em volta do Rio Yangtze produziu seu próprio sistema, este também baseado na natureza da terra. Na região sul da China, a terra é rica, e plantas de todos os tipos crescem em profusão.

Quando os habitantes desta área adoeciam, misturavam preparados medicinais de raízes secas, plantas e cascas de árvores. Por algum tempo ambos os sistemas coexistiram sem qualquer interpretação significativa. Mas, quando a Dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.) unificou as nações, as duas se juntaram para formar o que hoje é conhecido como Medicina Chinesa ou Kampo (a primeira sílaba Kam é uma variação fonética de Kan, a leitura japonesa do caráter usado para escrever o nome da Dinastia Han).

A medicina chinesa deste tipo composto chegou ao Japão no Século

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VI (Período Asuka) e foi o principal meio medicinal até o fim do período Edo (1615 a 1868).

Após o início do período Meiji (1868 a 1912) a influência ocidental invadiu a nação e, com ela, a medicina ocidental que tomou lugar da medicina chinesa como campo primordial de tratamento e pesquisa. Apesar disso, a medicina chinesa continua a ser popular e amplamente praticada nos dias atuais. Definição

A Massagem Oriental é um método terapêutico manual que se baseia na aplicação, em pontos específicos do corpo humano, de pressões, de forma a eliminar a fadiga, de criar sensações agradáveis e a estimular as defesas naturais do organismo. As Regras Principais da Massagem Chinesa

Estas massagens, extremamente numerosas na medicina chinesa, nem sempre levam em conta o sentido da circulação de energia, elas se fazem geralmente com o polegar e compreendem um determinado número de características.

Elas se fazem, antes de mais nada, seguindo um procedimento imutável que consiste em efetuar passagens sobre o trajeto a ser seguido, com pressão crescente, de forma que a primeira passada represente uma simples carícia, enquanto que na última passagem - em geral a vigésima - a massagem constitua-se numa forte pressão sobre o trajeto.

A pressão do polegar sobre o ponto de partida deve ser a mesma até o fim do percurso, e esta pressão deve permanecer a mesma durante todo o trajeto da massagem.

O trajeto deve ser respeitado de um modo bastante preciso para não se invadir territórios vizinhos, cujos meridianos não tenham necessidade de serem tocados.

Ocorre que, desde que a massagem se faça ao longo de um meridiano conheci do, deve-se proceder à massagem de um ou vários pontos específicos, pressionando-os, o que não é habitual na massagem clássica.

Pode-se, por fim, ter de massagear-se longitudinalmente várias linhas de cada vez, ou seja, mais de um meridiano em cada trajeto, e procurar cuidadosamente em determinados níveis aquilo que os chineses chamam de "o barbante", que parece ser uma contratura muscular localizada que deve-se fazer desaparecer pela massagem.

As Formas da Massagem Chinesa no Adulto

A Medicina Tradicional distingue oito formas de massagem no adulto.

(I) O Tui (Deslizamento): se pratica com o polegar ou a eminência tenar. Compreende: 1) O Ping Tui (Deslizamento em Linha): é praticado sem interrupção

no sentido longitudinal; por exemplo, sobre um meridiano. É indicado na massagem da caixa torácica, das regiões lombares e dos membros.

2) O Tse Tui (Deslizamento Lateral): pratica-se igualmente sem interrupção, porém no sentido transversal; por exemplo, sobre os trajetos horizontais dos meridianos da cabeça ou dos ramos horizontais dos Vasos Maravilhosos como TaeMo ou vaso cintura. Indicação: cabeça e cintura, vasos maravilhosos.

3) O Pae Tui (Deslizamento Vaivém): pratica-se de trás para frente ou da frente para trás, como uma plaina. Pode-se utilizá-la sobre a caixa torácica, costas e nos membros.

4) O Chanta Tui (Deslizamento Semicircular): é praticado com o bordo distal do polegar, sobre o bordo da unha; quanto mais rápido o movimento, melhor o efeito. Ele é sobretudo recomendado na massagem ao longo das costelas e sobre o abdômen.

(II) O Na (Pinçamento Vibratório): pratica-se um pinçamento no qual

sacode-se ou faz-se vibrar a porção da pele pinçada - a princípio ligeiramente e depois mais energicamente. Esse método lembra os pinçamentos terapêuticos vietnamitas que consistem em pinçar a região onde se acha um ponto conhecido na acupuntura chinesa para agir sobre um sintoma particular. Para melhor condicionar os músculos e as articulações distinguem-se as quatro técnicas seguintes: 1) Chan Chuan Na (Rolar os Músculos): prendem-se as massas

musculares com as pontas dos dedos (polegar, indicador e médio) e faz-se um movimento de vaivém em linha reta ou em movimento circular. Utiliza-se bastante esta técnica no tratamento das algias das extremidades dos membros e costas.

2) Chin Si Na (Pinçar Dobrando-Pregueando a Pele): indicado na massagem do pescoço e da espádua-ombro. É praticado de uma forma análoga à da massagem por rolamento, apenas neste caso pregueando-se para frente e para trás sem se fazer rolamento sobre a pele.

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3) Yo Na (Vibração): prende-se a massa muscular entre os dedos e efetua-se movimento de vaivém fazendo vibrar energeticamente a região mantida entre os dedos. Esta técnica é sobretudo utilizada para os membros e tórax.

4) Tou Na (Vibração Apoiada): coloca-se o polegar sobre a região a ser massageada e faz-se vibrar esta mão. Este método é o mesmo da massagem ocidental. Uso geral, nas costas.

(III) O An (Pressão): pressiona-se a região a ser massageada, seja

com a mão, seja com a extremidade do dedo. A pressão pode ser superficial, média ou profunda, e distinguem-se em duas técnicas: 1) O Chin An: pressão com a ponta dos dedos. Trata-se de uma

pressão suave, média ou forte, praticada com a polpa de um ou vários dedos sobre um ou vários pontos. Esta técnica é empregada para a cabeça, pescoço, costas e membros inferiores.

2) O Tienn An: pressão com a extremidade do polegar em diversos lugares do corpo. Pode ser acrescentada uma pressão com o índex ou o dedo médio, porém estando eles bem afastados dos outros. Esta técnica é utilizada em massagens em quaisquer partes do corpo.

(lV) O Mo Fa (Fricção): trata-se de uma fricção rápida em vaivém e

que se pratica em cada região, seja com a palma da mão ou com a eminência tenar. Indicação: costas/flancos. Deve-se tomar cuidado nas áreas com pêlos.

(V) O Kim Fa (Vaivém com Pressão): nesta massagem a fricção é mais calcada (pressão forte) e mais lenta.

(Vl) O Nieh Fa (Amassamento): esta técnica é diferente do amassamento clássico conhecido no Ocidente. Prende-se uma massa muscular entre o polegar e o indicador em forma de pinça e a manobra consiste em preguear primeiramente, depois pinçar e soltar a massa muscular, em várias seqüências ao longo do trajeto do músculo passando-se do tendão da inserção inferior em direção ao tendão da inserção superior. Indicação: grandes massas musculares.

(V1I) O Chá Fa (Amassamento-Fricção): esta massagem é efetuada entre as duas palmas com as mãos e dedos entrelaçados, que, depois de pegar a massa muscular com pressão, executam uma fricção sobre a mesma. Ela é utilizada para os membros e a região lombar. (VIII) O Po Fa (Percussão): percute-se uma região com apenas um ou com vários dedos, a palma da mão, os bordos da mão, as costas da mão,

ou ainda a mão fechada. Quadro Simplificado dos Movimentos Chineses TUI (deslizamentos - polegares e eminências tenar e

hipotenar). Ping Tui (em linha - polegares) lndicação: Tórax/lombar/membros. Tse Tui (lateral) Indicação: Cabeça/cintura. Pae Tui (vaivém-plaina) Indicação: Tórax/costas/membros. Chanta Tui (semicircular) Indicação: Costelas/abdome. NA (pinçamento vibratório) - polegar-indicador-médio ou

polegar. Chan Chuan Na (pinçamento rolante) Indicação:

Extremidades/costas/algias. Chin Si Na (preguear e dobrar) Indicação: Abdome, Pescoço e

espádua-ombro. Yo Na (pinçamento vibratório) lndicação: Membro/tórax Tou Na (vibração apoiada) Indicação: Geral/costas (polegares). AN (pressão) Chin An (pontas dos quatro dedos) Indicação:

Cabeça/nuca/costas/membros. Tienn An (ponta do polegar) Indicação: Uso geral. MO FA (fricção rápida) Indicação: Costas/francos. KIM FA (vaivém com pressão) Indicação: Regiões muito tensas. NIEH FA (amassamento) Indicação: Grandes massas musculares. CHA FA (amassamento-fricção) - Ambas as mãos - dedos

entrelaçados. Indicação: Membros/lombar. PO FA (percussão) lndicação: Todo o corpo. Um dedo, vários dedos, mão aberta, mão fechada.

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A Sensibilidade de Quem Toca Retirando os Bloqueios

Tocar e ser tocado voltemos ao mesmo pretexto deste livro. Há um sem-número de bloqueios no tocar e ser tocado, que muitas vezes não nos damos conta. Estes bloqueios podem ser percebidos e trabalhados por diversos exercícios: - Reconhecimento de formas inanimadas, pelo tato (objetos).

- Percepção do contato com material especial (areia, grãos, água, massa).

- Sentindo o próprio corpo. - Contato de mãos com mãos. - Toque simultâneo do corpo de duas pessoas, com as mãos. - Toque simultâneo corpo com corpo, duas pessoas. - Exercícios de grupo:

a) o círculo ou o trem; b) o ônibus ou o corredor; c) o caracol ou círculos concêntricos; d) pequenos grupos e o abraço e e) o neuro-táctil.

COMO SÃO ESTES EXERCÍCIOS: - Reconhecimento de Formas Inanimadas, Pelo Tato

Este exercício tem grande valor no desenvolvimento do tato como um sentido forte. Deve ser praticado com os olhos fechados enquanto tomamos um pequeno objeto nas mãos e observamos todos os detalhes de sua forma. É feito em pequeno grupo, onde cada um dos participantes coloca em um saco um pequeno objeto pessoal, sem que os demais vejam. Sentados em círculo, o orientador coloca à frente de cada participante um objeto tirado do saco (os participantes já estão com os olhos fechados) e durante uns trinta segundos cada pessoa pega o objeto à sua frente e observa detalhadamente a sua forma, procurando vários usos para aquela forma.

Sendo que o orientador deve instruir o grupo de que não tem a menor importância descobrir o real uso do objeto, mesmo que este seja de fácil identificação. É interessante também imaginar o dono do objeto, ou a cor deste objeto sem o ver. Troca-se o objeto com a pessoa do lado, sempre de olhos fechados e desta forma cada objeto passa pela mão de todos os participantes. No final é interessante colocar todos os objetos no centro do círculo e de olhos abertos às pessoas identificam cada objeto e confirmam suas expectativas.

- Percepção do Contato com Material Especial

Este exercício muitas vezes é difícil para uma sala de aulas, no entanto é ótimo para ser praticado em casa ou ao ar livre. Consiste no manuseio de um material especial como: areia, cereais, água ou massa de modelagem, com os olhos fechados e a atenção aguçada. Por exemplo: coloca-se as duas mãos dentro de uma vasilha cheia de feijão e as mãos vão se movendo livremente no recipiente percebendo o tato e a forma dos grãos em contato com as suas mãos. O mesmo se pode fazer com areia ou ainda com as mãos mergulhadas na água. A modelagem de massa, sem a preocupação de produzir alguma forma conhecida, desde que com os olhos fechados, também é de grande valia para o aumento de nossa percepção táctil! - Sentindo o Próprio Corpo

Após um relaxamento onde tenhamos estado por alguns minutos completamente imóveis e descansados, podemos identificar pelo deslizamento suave de nossas mãos por todo o corpo, ainda com os olhos fechados, e sem evitar qualquer parte, mesmo os pontos do corpo menos tocados, como: as axilas, a pélvis, as costas e os pés, devem ser tocados com atenção, e achamos mesmo que o mínimo de roupas deve ser usado nesta ocasião, de tal forma que possamos sentir o contato direto de nossa pele. (Foto 1 e 2)

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Foto 1

Foto 2

Procure manter toda a sua atenção neste reconhecimento de seu próprio corpo e sinta prazer no que está fazendo. Observar se alguma região de seu corpo apresenta qualquer reclamação ou dor, e em caso positivo, detenha-se naquela região por mais algum tempo. Saboreie a sua pele.

- Contato de Mãos com Mãos (Duas Pessoas)

Sentados frente a frente (de preferência no chão), concentre-se por alguns instantes e atrite as suas mãos. Façam ambos da mesma forma. Após o atrito unam as suas mãos e, ainda sem movimento das mãos, procurem sentir o contato, o calor, a forma, a sensação de ter mãos

tocando as suas. Perceba que estas mãos são únicas, incomparáveis com quaisquer outras mãos, pois que representam seres humanos

ímpares. (Foto 3)

Foto 3

Depois comecem a dialogar, movendo lentamente as suas mãos num diálogo. Portanto, fale e ouça com as suas mãos, sinta e deixe sentir. Entregue-se e receba o parceiro. Comande e seja comandado. Acarinhe e sinta-se acarinhado. - Toque Simultâneo no Corpo de Duas Pessoas, com as Mãos

Este exercício também é feito sentado, muito embora vocês possam fazê-lo em posição. Inicia da mesma forma que o anterior, com a concentração ainda sem tocar, aquecimento de suas próprias mãos por atrito, e depois a união das mãos de ambos. Façam os primeiros

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contatos, somente mãos com mãos, e então num momento propício para ambos, iniciem o toque ao longo dos antebraços, dos braços e dos ombros, e dos ombros em diante cada um escolhe o seu caminho. Procure manter toda a atenção ao que está acontecendo, sem imitar as mãos que tocam no seu corpo, sentindo as sensações de tocar, de sentir o corpo do outro, ao mesmo tempo em que permite o toque no seu corpo, e saborei o ato de ser tocado, e permita a fusão destas sensações, sem pensar, sentindo, apenas sentindo(Foto 4 e 5)

Foto 4

Foto 5 - Toque Simultâneo Corpo a Corpo, Duas Pessoas

De pé, frente a frente, ou costas com costas, permanecemos imóveis a princípio nos concentrando. Depois vamos nos encostando no corpo do outro e iniciando movimentos lentos, gostosos, de tocar no outro com o próprio corpo, dançando, (será conveniente o som de música suave), contatando cada parte do corpo do outro que seja encaixável no seu. (Foto 6 e 7)

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Foto 6

Foto 7

Procure tocar livre, e mesmo que você precise se autocensurar, faça-o

com o uso de roupas, mas não deixe de tocar inteiramente o corpo com o corpo. Mova suas articulações ao máximo, todas elas, desde os dedos, mãos, punhos, cotovelos, ombros, coluna cervical, torácica, lombar, articulação coxo-femural, joelhos, tornozelos e articulações dos artelhos, movendo as articulações de tal forma que os movimentos de cada parte do corpo encaixem no outro. Permita-se brincar de sentir, de provocar, de recuar, de insistir, de fugir, de ficar, de gostar... de amar. - Os Exercícios de Grupo O Círculo: (Foto 8 e 9)

Este exercício deve ser feito por grupo mínimo de seis a oito pessoas, não tem limite máximo de pessoas, sempre observando a capacidade do local. Inicia com os participantes de pé, de mãos dadas, em círculo, e passa por uma fase prévia onde estão todos com os olhos fechados. O contato nesta fase é apenas com as duas mãos, havendo a constatação emocionante de estar contactando duas pessoas ao mesmo tempo. Depois de algum tempo, abrimos os olhos e giramos para o lado direito, ao mesmo tempo, de forma que estamos agora com as mãos no ombro de quem estava à nossa direita, enquanto que a pessoa antes à esquerda está agora às nossas costas, com as mãos em nossos ombros. Começamos a mover as mãos massageando os ombros, a nuca e o pescoço, a cabeça, as orelhas, enfim, até o rosto pode e deve ser tocado. Entretanto, por se tratar de exercício simultâneo, você estará também observando a pessoa de trás que toca no seu corpo, nas mesmas partes já citadas. Sinta as duas emoções: tocar e ser tocado, e perceba que agora a pessoa que toca não é a mesma tocada por você, e mais, em termos de circulação de energia, está havendo uma troca geral entre todos os participantes que somam os seus potenciais energéticos num processo de estabilização grupal, que figuradamente pasteuriza o exercício. Não pense que esta homogeneização que ocorre naturalmente no exercício tira qualquer mérito ou capacidade de produzir prazer; ao contrário, a estabilização das emoções, pelo equilíbrio da energia circulante, que é a soma de cada participante, permite que a maioria, ou até todos os componentes do grupo, melhor aprecie as sensações.

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Foto 8

Foto 9

Depois de algum tempo os participantes fazem um giro de 180º sobre

os seus próprios pés e ficam agora de frente para a pessoa que estava atrás. É que vamos retribuir os toques recebidos, tocando neste momento a pessoa que antes nos massageou. Repetem-se os toques como antes. (Foto 10)

Foto 10

Este mesmo exercício pode ser feito também com os participantes sentados uns entre as pernas dos outros, formando um círculo bem encaixado, onde como complemento podemos nos deitar todos no colo da pessoa de trás. O Ônibus ou o Corredor:

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Exercício que também deve ser feito com número grande de pessoas, consiste em formar uma coluna de pares de costas, ou de frente, formando um túnel. Vamos simular a trajetória de uma pessoa em um ônibus cheio. Cada um dos participantes deverá passar pelo corredor formado de pessoas bem agrupadas, que dificultam ao máximo a sua passagem, sem impedi-la, exercitando um toque mais intenso e revelador da nossa capacidade de deslocamento entre um número grande de pessoas conglomeradas. (Foto 11 Foto 11)

Foto 11

Foto 12 O Caracol ou Círculos Concêntricos

Este exercício, como o nome indica, é feito por um grupo de pessoas que se unem em círculo: concêntricos, de forma que o círculo do centro é pequeno e o círculo imediato tem número de participantes pouco maior e os demais círculos também aumentam de tamanho. O exercício consiste em ir aproximando todos os participantes com o fechamento de todos os círculos, formando uma massa compacta de pessoas. Inicialmente ficam somente abraçadas sentindo o calor dos corpos unidos, depois se liberam os braços e mãos e procuramos fazer contacto com todas as pessoas que estiverem ao nosso alcance. Podemos também girar 360º fazendo contacto com pessoas de todos os lados. (Foto 13 e 14)

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Foto 13

Foto 14

Pequenos Grupos e o Abraço:

O tamanho ideal de cada grupo é de cinco participantes. Inicia de pé, com uma das pessoas no centro e as demais formando um círculo de mãos dadas. É então que os participantes do pequeno círculo se abraçam, comprimindo a pessoa do meio com seus corpos abraçados. Fazemos contacto com as pessoas da volta, despreocupado com quem está no meio (que a esta altura já se sente bem abraçada). Depois de alguns instantes, soltamo-nos e nos encostamos todos na pessoa do centro e lentamente fazemos um giro de 360º em torno do nosso eixo, sempre em contacto da pessoa do meio. Quando todos voltam a ficar de frente para a pessoa do meio, levam-se as mãos à cabeça dela, e bem lentamente todos acarinham o corpo daquela pessoa, desde a cabeça até os pés e voltam à cabeça. O exercício se completa com um grande abraço das cinco pessoas. (Fotos 15 e 16)

Foto 15

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Foto 16 Repete-se o exercício alternando a pessoa do meio.

O Neuro-Táctil:

Em grupo com tamanho ideal de nove participantes, este exercício consiste em um dos participantes deitar-se e os demais se sentarem a sua volta para acarinhar o seu corpo com muitas mãos ao mesmo tempo. (Foto 17 e 18)

Foto 17

Foto 18

Cada participante, após breve concentração, deverá deslizar as suas

mãos pelo corpo da pessoa deitada numa busca de identificação de cada parte daquele corpo (os olhos devem estar fechados), com um misto de curiosidade e demonstração de afeto. As mãos devem cobrir toda a pele da pessoa deitada, devagar e com a máxima atenção. Depois de tocar por algum tempo de um lado, vira-se a pessoa e repete-se os deslizamentos do outro lado. Pode-se ainda elevar o corpo da pessoa com o esforço de todos.

Reveza-se a pessoa do meio, sempre repetindo todas as fases do exercício. ATENÇÃO: Estes exercícios têm como propósito o aumento da percepção do tocar e ser tocado e podem ser discutidos ou comentados no final, desde que por todos os participantes.

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A Energia Corporal Conceito

O conceito de energia circulante corporal está ligado a uma linguagem antiga da compreensão da vida, através da comparação do ser humano com o meio ambiente que habita. Os povos orientais guiavam-se pela observação do universo, e introduziram a interpretação das reações humanas em relação aos ciclos celestes e terrestres, que de alguma forma mantinham uma afinidade entre si.

- Se existe uma força cósmica capaz de produzir o movimento nos corpos celestes, todos eles se movem.

- Se existe uma força terrestre capaz de fecundar o solo com uma semente,

- que germina e brota e cresce e floresce e fecunda novamente - o solo e envelhece e murcha e morre e se perpetua na planta

seguinte – a filha. - Se também eu nasci dos meus pais e fui criança e fui rapaz e sou

homem e serei velho e morrerei deixado nos filhos e no trabalho a semente que fecunda a terra e me perpetua - TEREMOS ALGO EM COMUM NESTAS TRÊS FORMAS?!!

A energia corporal, que é uma extensão, uma continuação, uma representação, uma energia cósmica, pode ser medida, interpretada, localizada, modificada e reequilibrada pelo ser humano. Ela tem fontes onde podemos reelaborar a energia que colocamos em contato com a nossa própria energia e que transforma o momento, a ponto de produzir reações que reequilibrem o organismo. São elas, as fontes: Macrocósmica - A primeira fonte, que nos induz a tomar o próprio universo como causador e maior interlocutor de nossas vidas. Representa a força universal que deu origem à vida e que, no caso, permitiu toda a evolução da espécie humana até aqui e permite prosseguir nas crianças de hoje o que serão os pais de amanhã. Esta é a fonte que contém todas as demais, que reúne toda a energia mais pura. Fonte Ancestral (Pai + Mãe) A segunda fonte que já se mostra mais individual é a representação da soma da energia contida pelo meu pai e pela minha mãe, capaz de gerar um novo ser que sou eu. No momento da concepção há libertação de uma centelha energética que produz o fenômeno da vida. Enquanto houver a realimentação desta centelha com energia constante haverá vida.

A vida será mais forte se a preservação do equilíbrio da energia for à meta, ou será enfraquecida se não houver este equilíbrio biológico. OBSERVAÇÂO: Estas duas fontes primeiras são chamadas primordiais por estarem presentes já nos primórdios de nossa vida. Fonte Respiratória - esta fonte de energia é na realidade a primeira utilizada, pois é a primeira inspiração de ar que determina o nascimento de uma pessoa. Naturalmente mantemos o fluxo respiratório ativo durante toda a nossa existência, e esta função que na maior parte de nossa vida é involuntária (ou seja, não é necessário pesar na respiração para mantê-la), pode também ser voluntária, ou bem cuidada, de tal forma que possamos contar com esta fonte para estabelecermos o equilíbrio energético do fluxo corporal. Temos hoje, facilmente comprovável, um grande número de pessoas que vivem em cidades e que mantém um tipo de vida que as faz utilizar pouco a pouco a fonte respiratória, fazendo com que várias anomalias de ordem respiratória/circulatória se estabeleçam no organismo. Além dos problemas específicos que a má utilização da respiração pode nos causar, temos que chamar a atenção para o fato de que o equilíbrio geral depende da utilização harmoniosa das três fontes de manutenção (respiratória-alimentar-interpeessoal). Com isto, concluímos que uma utilização precária desta fonte respiratória estará relacionada com o desequilíbrio eventual de nossa energia. Fonte Alimentar - Quanto a esta fonte também há muitos conceitos falsos ou incompletos. A qualidade do alimento é mais importante do que a quantidade, e aqui não estamos julgando qualidade pelo preço do alimento; nem mesmo pelo valor específico de cada componente do prato a comer. O que há de mais notável em uma alimentação saudável é a sua capacidade de nos deixar bem, ativos e bem-humorados. Não coma porque esta na hora do almoço, ao contrário, almoce somente quando estiver com fome. Aliás, coma somente quando estiver com muita fome. Mastigue muito, apreendendo a energia dos alimentos. O excesso de alimentos, a combinação indevida, o comer apressado, emocionado ou sem atenção também dificulta a absorção desta energia. Coma de forma a sair da mesa ainda com fome e só volte a ela quando já estiver com muita fome. Fonte Interpessoal - Todas as trocas humanas envolvem a fonte interpessoal. Falar com uma pessoa a quem admiramos geralmente nos torna felizes, e esta felicidade é a melhor representação de uma forma nutritiva de relação. Se acarinhamos alguém querido e sentimos prazer

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neste toque, então estamos trocando energia de forma plena e saudável. No entanto há inúmeras formas de relação humana. Ler o livro de alguém, ouvir música agradável ou pensar em pessoa distante. Há porém certas ocasiões em que trocamos energias negativas, por exemplo quando dirigimos maus pensamentos a pessoas com as quais nos aborrecemos. Assim, podemos concluir que a troca de energia interpessoal pode ser pobre e destrutiva. O importante entretanto é manter alto o nível desta troca de energia interpessoal e purificá-la sempre que possível.

As Cinco Grandes Leis da Massagem Oriental

A. Circulação de uma energia cíclica no corpo. B. A Bipolarização desta energia em YIN/YANG. C. Projeção cutânea dos órgãos profundos sobre a pele. D. Circulação da energia ao nível da pele sobre trajetos precisos

(Meridianos). E. A existência sobre esses trajetos, de pontos nos quais a

massagem suaviza a dor em local particular.

Polaridade Yin e Yang

A palavra Yang significa para os chineses a claridade do sol e a palavra Yin ausência de claridade.

Lei Única: "O Universo é a oscilação das duas atividades Yin e Yang, e suas manifestações".

Todo fenômeno, ser vivo, objeto, etc., ocorre a partir da inter-relação constante de Yin e Yang. Esses dois aspectos antagônicos e complementares de KI formam um número infinito de combinações que constituem o Universo; a diversificação da Unidade.

Os chineses deram grande importância a esta oposição e regulam a sua filosofia e medicina nesta polaridade. O que permite a vida desenrolar-se em boa saúde é o perfeito acordo com as leis da Natureza e o equilíbrio com a polaridade Yin e Yang. Exemplos da Polaridade na Natureza:

- O céu se forma pela acumulação de Yang A terra por acumulação de Yin.

- Yin está sempre calmo. Yang está sempre agitado. - Yang se transforma em energia. Yin para criar a vida natural. - O Sol e as estrelas são Yang. A Lua e os planetas Yin.

Alguns Princípios e Teoremas Sobre Yin e Yang:

1. Todas as coisas são diferentes manifestações da Unidade Infinita.

2. Nada é estático, tudo muda. 3. Todos os antagonismos são complementares. 4. Não há dois entes iguais. 5. Tudo que tem verso, tem reverso. 6. Tudo que tem começo, tem fim. 7. Quanto maior o verso, maior o reverso. 8. Yin e Yang são os dois pólos da pura expansão infinita. 9. Yin e Yang surgem continuamente da pura expansão infinita. 10. Yin é centrífugo, Yang é centrípeto. Yin e Yang produzem

energia. 11. Yin atrai Yang. Yang atrai Yin. 12. Yin repele Yin. Yang repele Yang. 13. A força de atração e repulsão entre as coisas é diretamente

proporcional à diferença de seu componente Yin e Yang. 14. Todo fenômeno é produzido por Yin e Yang em combinações, em

variadas proporções.

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15. Todos os fenômenos são efêmeros devido às constantes alterações das agregações dos componentes Yin e Yang.

16. Nada é exclusivamente Yin ou Yang. Tudo encerra polaridade. 17. Não existe nada neutro. Yin e Yang estão em excesso em

qualquer concorrência. 18. Grande Yin atrai pequeno Yin; grande Yang atrai pequeno Yang. 19. No extremo, Yin produz Yang e Yang produz Yin. 20. Todas as concreções físicas são Yang no centro e Yin na

periferia.

Classificação de Yin e Yang

YIN YANG Tendência Expansão Contração Posição Fora Dentro Estrutura Espaço Tempo Direção Ascendente Descendente Cor Violeta Vermelho Temperatura Frio Quente Peso Leve Pesado Catalisador Água Fogo Partícula Atômica Elétron Próton Elementos K, O, P Ca, N, Si, Mn He. H, As, C1, Na, C Luz Escuro Claro Construção Periferia Interior Vibração Onda Curta Onda Longa Atividade Mental Física Classificação Biológica Vegetal Animal Sexo Fêmea Macho Nervos Simpático Parassimpático Sabor Picante, Azedo, Doce Salgado, Amargo

Os Pontos de Comando Os Pontos

Os pontos Chineses, também chamados pontos ativos, constituem uma realidade clínica facilmente constatável. Distribuídos ao longo das linhas de energia chamadas Meridianos, localizados em lugares conhecidos desde a mais remota antiguidade, sua existência não pode passar inadvertida para aqueles que examinam cuidadosamente o

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paciente. Muitas vezes, o paciente nos chama a atenção sobre certas dores localizadas em lugares que se repetem com freqüência.

O que são e o que significam estes pontos doloridos? Todo transtorno de um órgão profundo trás como conseqüência à aparição de uma sensibilidade dolorosa espontânea ou provocada, sensibilidade que desaparece uma vez desaparecido o transtorno profundo que a originou. E quando se exerce uma ação sobre as zonas dolorosas logra-se uma transformação do órgão afetado, transformação esta favorável. Localização dos Pontos

A exata localização dos pontos é indispensável para uma terapêutica correta. Devemos levar em conta que o ponto tem uma superfície aproximada de 1 a 2 milímetros quadrados e é necessário desenvolver uma técnica correta para localizá-lo.

Quando o ponto é sensível, coisa que nem sempre acontece, a localização é facilitada. Basta apalpar suavemente o trajeto do Meridiano até encontrar o ponto.

Devemos lembrar que os pontos estão localizados sempre em depressões ou elevações ósseas, e/ou disposições musculares ou tendinosas.

Conhecendo o trajeto do Meridiano descobriremos os pontos através das referências ósseas e musculares, usando a unidade de medida Tsun (distância).

É necessária uma prática constante para o desenvolvimento da sensibilidade do tato.

Pontos de Comando

Todos os pontos correspondentes a um Meridiano exercem uma maior ou menor ação sobre o órgão ou função correspondente. Mas cada Meridiano possui sete pontos importantes cuja ação é específica com respeito ao funcionamento do órgão com o qual está relacionado. São os seguintes: Pontos de Alarme São utilizados para verificar a intensidade de energia no Meridiano.

Estão localizados sobre os órgãos com os quais estão relacionados. Se na observação do ponto o sentirmos duro, quente e dolorido superficialmente, isto indica excesso de energia (Yang). Se for mole, frio e dolorido em profundidade há falta de energia (Yin). Abreviatura: PA.

Os pontos de alarme são os seguintes:

Pulmão P1 Bexiga VC3 Intestino Grosso E25 Rim VB25 Estômago VC12 Circulação / Sexo R11 (sexualidade) CS1 (circulação) Baço-Pâncreas F13 Triplo Aquecedor VC5 (geral) VC7 (urogenital) VC12 (digestivo) VC17 (respiratório) Coração VC14 Vesícula Biliar VB23 Intestino Delgado VC4 Fígado F14 (à direita Pâncreas e à esquerda Baço)

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Pontos de Tonificação

Usados para aumentar a quantidade de energia no Meridiano. A excitação deste ponto provoca a excitação do órgão ou a função relacionada com o Meridiano.

Mas deve-se entender que esse efeito estimulativo só pode ser exercido se o órgão se encontrar em nível energético inferior ao normal. Deve-se entender que pelo simples fato de excitar o ponto não criamos energia. A tonificação é feita quando trazemos energia de outro Meridiano. Portanto, a condição indispensável para uma tonificação de energia é que haja energia a mais em outros Meridianos. Vemos então que, ao tonificarmos um Meridiano com pouca energia, trazemos a energia de um outro que estava com excesso e conseguimos o equilíbrio energético.

O melhor momento para tonificar um Meridiano é o final de seu horário

de maior atividade (horário do Meridiano seguinte). A punção dos pontos de tonificação deve ser feita de forma bilateral,

com pressão alternada. Abreviatura: PT Os doze pontos de tonificação são:

Pulmão P9 Bexiga B67 Intestino Grosso IG11 Rim R7 Estômago E41 Circulação / Sexo CS9 Baço-Pâncreas BP2 Triplo Aquecedor TA3 Coração C9 Vesícula Biliar VB43 Intestino Delgado ID3 Fígado F8

Pontos de Sedação

Usados para diminuir a quantidade de energia do Meridiano. A energia dispersada pelo ato de sedar não se perde, simplesmente se desloca, indo incorporar com a energia de um Meridiano em falta. Sedar um determinado Meridiano pode ser uma boa técnica para tonificar outros.

O melhor momento para sedar um Meridiano corresponde às horas de sua máxima atividade. Abreviatura: PS.

Os pontos de sedação são: Pulmão P5 Bexiga B65 Intestino Grosso IG2 Rim R1 Estômago E45 Circulação / Sexo CS7 Baço-Pâncreas BP5 Triplo Aquecedor TA10 Coração C7 Vesícula Biliar VB38 Intestino Delgado ID8 Fígado F2 Ponto Fonte

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Ponto ambivalente, usado como complemento de uma tonificação ou de uma sedação da energia do Meridiano. Portanto, este ponto deve ser usado em conexão com o Meridiano acoplado (Pulmão-lntestino Grosso, Fígado-Vesícula Biliar, etc.).

Muitos autores aconselham utilizar o ponto fonte de maneira sistemática quando se tonifica ou se seda; em ambos os casos se reforçam o ato. Abreviatura: PF.

Os pontos fontes são os seguintes:

Pulmão P9 Bexiga B64 Intestino Grosso IG4 Rim R3 Estômago E42 Circulação / Sexo CS7 Baço-Pâncreas BP3 Triplo Aquecedor TA4 Coração C7 Vesícula Biliar VB40 Intestino Delgado ID4 Fígado F3

Ponto de Assentamento

O ponto de assentamento se encontra fora do trajeto do Meridiano.

Está localizado sobre o Meridiano da Bexiga. A utilização deste ponto pode ser feita em tonificação ou sedação, é de grande utilidade em sintomas crônicos. Efeito geral: tonificante. Abreviatura: PAs.

Os pontos de assentamento são:

Pulmão B13 Bexiga B28 Intestino Grosso B25 Rim VB23 Estômago B21 Circulação / Sexo B14 Baço-Pâncreas B20 Triplo Aquecedor B22 Coração B15 Vesícula Biliar B19 Intestino Delgado B27 Fígado B18

OBSERÇÃO: Nas crises usar o PAs em sedação. Fora das crises, usar o PAs em tonificação. Ponto Geki

Ponto japonês usado para sintomas agudos. Efeito geral: sedante. Abreviatura: PG.

Os pontos Geki são:

Pulmão P6 Bexiga B63 Intestino Grosso IG7 Rim R5 Estômago E34 Circulação / Sexo CS4 Baço-Pâncreas BP8 Triplo Aquecedor TA7 Coração C6 Vesícula Biliar VB36 Intestino Delgado ID6 Fígado F6

Ponto Horário

Ponto a ser usado no intervalo de tempo correspondente à maior energia do Meridiano. Ponto de tratamento. Abreviatura: PH.

Os pontos horários são:

Pulmão P8 Bexiga B66 Intestino Grosso IG1 Rim R10 Estômago E36 Circulação / Sexo CS8 Baço-Pâncreas BP3 Triplo Aquecedor TA6 Coração C8 Vesícula Biliar VB41 Intestino Delgado ID5 Fígado F1

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Fluxograma dos Pontos de Equilíbrio

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Imagem Figurada das Funções dos Meridianos

O primeiro livro sobre Acupuntura de que se tem notícia - S0 QUENN NEI TCHING - foi escrito na China cerca de 300 anos antes de Cristo.

Dentre as várias curiosidades documentadas neste livro destaca-se um diálogo entre o Imperador Huang II e seu médico Chi Po, que mostra uma extraordinária comparação entre as funções vitais do corpo e a política.

O Fígado equipara-se ao ministro da defesa, que tem a atribuição

de elaborar os planos estratégicos; a Vesícula Biliar, ao ministro do planejamento que, a fim de suprir as necessidades, planeja mediante o processo de julgar e tomar decisões; o Coração, ao supremo chefe do poder soberano, que, por avantajar-se a seus subordinados em conhecimentos e íntima compreensão da organização como conjunto, a dirige; o Intestino Delgado, ao ministro das finanças, que, como dirigente das despesas, envia através do corpo a matéria nutritiva transformada; a Circulação-Sexualidade, ao ministro das relações exteriores, que pelas ações diplomáticas e diferentes negociações, propicia felicidade e alegria a seu país; o Triplo Aquecedor, ao ministro dos transportes e do interior, que coordena os planos de todos os transportes, além da construção de represas canalizações e outras obras de proteção, em benefício do equilíbrio geral; o Estômago, ao ministro da fazenda, que, como coordenador da receita pública, atende às iniciativas econômicas; o Baço-Pâncreas, ao ministro dos recursos econômicos (agricultura. indústria e comércio, minas e energia), que coordena o desenvolvimento e a expansão da vida; os Pulmões, ao ministro da justiça, que controla a atividade dos agentes públicos na estabilidade da ordem e segurança; o Intestino Grosso, ao ministro da área social (educação, saúde e assistência social), que controla o bem-estar e a evolução coletiva: os Rins ao ministro do trabalho, que controla a força de trabalho dos artesãos, produtores, e outros operários; a Bexiga, ao ministro das comunicações, que exercita o controle regulador de todas as demais funções.

A Grande Circulação de Energia

A simples explicação do relógio cósmico no seu ciclo diário nos faz entender uma série de pequenos fatos cotidianos, que nos passam desapercebidos. Observando o quadro 1 podemos perceber: - Ao longo das vinte e quatro horas que compõem o dia temos três

ciclos ou três voltas completas da energia ao longo do corpo. Cada ciclo está composto por dois pares de meridianos. Cada meridiano recebe energia e torna-se o dono do horário durante duas horas por dia.

- O primeiro ciclo, ou ciclo da captação de energia se inicia por volta das três horas da manhã, aumentando a disponibilidade de energia para o meridiano dos pulmões, numa alusão a ser este o melhor horário de despertar. Ao iniciar os primeiros movimentos do dia (movimentos instintivos como mover mãos e pés, inspirar mais profundo, abrir e fechar os olhos, esfregar partes do corpo, espreguiçar e por fim sentar e levantar), no horário que antecede o nascimento do Sol, quando a força Yang representada pela luz solar já se aproxima do horizonte, o ser humano, como muitos animais, realiza a natural função de captar energia (que os hindus chamam de PRANA) através da inspiração e expiração nasal. Seu horário de maior função se expande até próximo das cinco horas. É neste momento que a carga maior de energia se desloca para o Meridiano do intestino grosso. Seria este o momento propício para a excreção dos resíduos sólidos da alimentação da véspera. O meridiano do intestino grosso comanda também a absorção de líquidos, tendo ação sobre tensões emocionais. Às sete horas a energia principal é transferida para o trajeto do meridiano do estômago, sugerindo que este é um horário próprio para a alimentação. Este meridiano também dá lugar à elaboração da energia. Comanda a concentração e a retidão das idéias. Às nove horas entra em plenitude o meridiano do Baço-Pâncreas, um

meridiano que representa a digestão através da função combinada do baço (hematopoiese = formação de sangue); e a do pâncreas endócrino (regulador das reservas de glicogênio no sangue). O horário deste meridiano finaliza-se às onze horas. Este meridiano e os três precedentes pulmão, intestino grosso e estômago, compõem o ciclo da manhã, ou da captação de energia, ou seja, realiza uma volta completa pelo corpo.

Às onze horas temos o início do horário do meridiano do coração, responsável pelo funcionamento cardíaco e dos vasos de circulação sanguínea. Liga-se com a energia psíquica, com a consciência e

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inteligência. Às treze horas entra em cena o meridiano do intestino delgado, que

comanda a absorção, o anabolismo (assimilação) e a síntese das proteínas. Produtor de energia vital lança toxinas sólidas ao intestino grosso e líquido aos rins e bexiga. Comanda a produção.

Às quinze horas temos o meridiano da bexiga, como o mais abastecido de energia. Este meridiano comanda a excreção dos líquidos, além de atuar sobre o sistema simpático. Comunica-se com todos os demais meridianos através dos Pontos de Assentamento.

Às dezessete horas passa a reinar o meridiano dos rins que comanda as ações filtro-excretórias dos rins além das glândulas| supra-renais, donde se deduz a ação sobre a sexualidade.

Às dezenove horas temos o início do terceiro ciclo, ou da utilização da energia. O meridiano da circulação-sexualidade entra em maior carga. Este meridiano comanda a circulação da massa humoral e a sexualidade. Representa a totalidade da massa circulante com seu conteúdo humoral, hormonal e imunológico.

As vinte e uma horas, seu companheiro, o meridiano do triplo aquecedor, é o mais importante, com sua função tríplice: - Função cárdio-respiratória - correspondendo ao aquecedor superior.

Regula a circulação do sangue, rico em oxigênio. - Função digestiva - captação e transformação dos alimentos -

aquecedor médio. - Função genito-urinária - eliminação e sexualidade propriamente dita.

As vinte e três horas temos o apogeu do meridiano da vesícula biliar que comanda a função biliar total, intra e extra-hepática, incluídas as vias biliares.

E finalmente à uma hora da manhã temos a maior carga do meridiano do fígado, que comanda o metabolismo, a sexualidade, os músculos e a acuidade visual.

Quadro I

A grande circulação de energia ao longo do ciclo diário

3-5 Pulmões: (yin) (11) X 15-17 Bexiga

(yang) (67) 1º Ciclo Manhã 5-7

Intestino Grosso (yang) (20)

X 17-19 Rins (yin) (27)

2º Ciclo Tarde Assimilação

7-9 Estômago (yang) (45) X 19-21

Circulação-Sexualidade (yin) (9) Captação

9-11 Baço-Pâncreas (yin) (21)

X 21-23 Triplo Aquecedor (yang) (23)

11-13 Coração (yin) (9) X 23-1

Vesícula Biliar (yang) (44) 2.º Ciclo

Tarde Assimilação 13-15

Intestino Delgado (yang) (19)

X 1-3 Fígado (yin) (14)

3º Ciclo Noite Utilização

Quadro II

1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

Tronco Mão P CS C Yin do braço

Mão Cabeça IG ID TA Yang do braço

Cabeça Pé E B VB Yang da perna

Pé Tronco BP R F Yin da perna

Frente Costas Meio

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Meridiano dos Pulmões (Fei-Ching) Número de Pontos: 11 pontos. Polaridade: Yin (-) negativa Sentido da Energia: Tronco - Mão = centrífugo Horário:

Das 3 às 5 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

Este Meridiano comanda o aparelho respiratório incluindo as vias aéreas (laringe, fossas nasais, brônquios) e a pele. Sua expressão emocional é o pranto e a tristeza. Relações:

O Meridiano dos pulmões está relacionado com os seguintes Meridianos:

• Intestino grosso, seu acoplado. • Fígado e intestino grosso, na seqüência da Grande Circulação de

energia. • Bexiga pela via meio-dia - meia-noite (opostas doze horas). • Baço-Pâncreas (terra) e rim (água) na seqüência generativa dos

5 elementos. • Coração e circulação-sexo (fogo) e fígado (madeira) de acordo

com a Lei da Dominância dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através dos vasos secundários o Meridiano do pulmão faz conexão com os seguintes Meridianos:

• No ponto P1 com F14 (com o fígado). • O ponto IG4 e P9 com IG6, estes pontos fazem conexão com

VC9, VC12, VC17. Sintomas de Insuficiência de Energia:

Dor e frio no dorso e espádua, temor ao frio, tosse, insônia, alteração da cor da pele, língua vermelha, dor subclavicular, perda das forças,

tristeza, angústia, desassossego. Sintomas de Excesso de Energia:

Transtornos congestivos, dor no ombro e escápula, sudorese e poliúria; tosse seca, espirros, bocejos, agitação, excesso de auto-estima. Trajeto:

Nasce no ponto P1 Tchong-Fou, situado no 2.º espaço intercostal, sobre a linha para-axilar, a duas distâncias da linha mamilar. Daí sobe até debaixo da clavícula onde está o ponto P2 Iunn-Menn, de onde sobe para a face interna do braço, correndo sobre o músculo bíceps braquial, passando pelos pontos P3 Tienn-Fou e P4 Sie-Po, cruza a articulação do cotovelo por fora do tendão do bíceps onde se encontra o ponto P5 Tchre-Tsre e se dirige em linha reta, pela borda do rádio para a mão, passando pelo ponto P6 Krong-Tsoe. Ao chegar a três distâncias (distância = largura - da articulação superior do polegar) da articulação do punho, desvia-se para fora da artéria radial alcançando aí o ponto P7 Lie-Tsiue, voltando para continuar sobre a artéria onde à altura do pulso encontramos os pontos P8 Tsing-Tsui e P9 Trae-Iuann. Percorre o bordo externo da eminência tenar, passando pelo ponto P10 Iu-Tsi, terminando no ângulo ungueal externo do polegar no ponto P11 Chao-Chang. Localização Anatômica dos Pontos P1 Sobœ o tórax, no 2º espaço intercostal, na margem lateral superior

da 3ª costela. P2 Sobre a margem inferior da clavícula, sobre o ápex da depressão

formada pelo triângulo do músculo grande peitoral e do músculo deltóide.

P3 Na face ântero-lateral do braço, lado radial do bíceps braquial, a 12 cm (6 cun) da prega do cotovelo.

P4 Sobre a face ântero-lateral do braço, lado radial do bíceps braquial, a 10 cm (5 cun) da prega do cotovelo.

P5 (PS) Sobre a prega do cotovelo, margem lateral do tendão do músculo bíceps braquial.

P6 (PG) Sobre a face ântero-lateral do antebraço, com a mão em supinação, a 14 cm (7 cun) da flexão do punho.

P7 Na margem ântero-lateral do rádio, na mesma linha da ponta do processo estilóide, a 1 cm (0,5 cun), proximal.

P8 (PH) Sobre o processo estilóide do rádio. P9 (PT) Sobre a linha do processo estilóide do rádio, a 2 cm (1 cun)

do ponto P8.

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P10 Sobre a eminência tenar, por sobre o 1º osso metacarpiano, na depressão óssea do lado distal do mesmo, na margem ântero-externa.

P11 Sobre o ângulo ungueal medial do polegar.

Meridiano dos pulmões

Meridiano do Intestino Grosso (Ta-Tchrang-Ching) Número de Pontos:

20 pontos bilaterais Polaridade:

Yang (+) Positiva Sentido da Energia:

Mão - Cabeça = centrípeto Horário:

Das 5 às 7 h, este Meridiano se encontra com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Funções:

Este Meridiano comanda o intestino grosso e as suas funções de absorção dos líquidos e eliminação dos resíduos. E relaciona-se com a tensão emocional. Relações:

O Meridiano do intestino grosso relaciona-se com os seguintes Meridianos:

• Pulmão, seu acoplado. • Pulmão e estômago na seqüência da grande circulação. • Rim pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas). • Estômago (terra) e bexiga (água) na seqüência generativa dos 5

elementos. • Intestino delgado e triplo aquecedor (fogo) e vesícula biliar

(madeira) de acordo com a Lei da Dominância dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através de vasos secundários o Meridiano do intestino grosso faz conexão com os seguintes Meridianos:

• O ponto IG6 com P9 e o lG4 com P7. • O ponto IG9 faz conexão com o estômago. • Outros vasos secundários ligam este Meridiano aos seguintes

pontos: ID12, VB3, VB4, VB5 e VB14, VC24, e SN26,

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Curso de Massagem Oriental 51

Sintomas de Insuficiência de Energia: Temor ao frio, difícil aquecimento, prolapso do recto, constipação

hipotônica, diarréia, aerocolia, erupções. Sintomas de Excesso de Energia:

Calor e inchação ao longo do meridiano, constipação hipotônica, abdome doloroso, sede, palavras incorretas, odontalgia, acnes, prurido. Localização Anatômica dos Pontos IG1 Sobre o ângulo ungueal medial do dedo indicador. IG2 Na face medial da articulação metacarpofalangeana do dedo

indicador, na depressão distal. IG3 Na face medial da articulação metacarpofalangeana do dedo

indicador, na depressão medial. IG4 Junto à face medial do 2.º metacarpiano no nível da metapófise. IG5 Sobre o metacarpo do polegar no centro da depressão formada

pelo tendão extensor longo e curto do polegar. IG6 Sobre o rádio, a 6 cm (3 cun) proximamente ao IG5. IG7 Sobre o rádio, a 10 cm (5 cun) proximamente ao lG5. IG8 Sobre o rádio, a 16 cm (8 cun) proximamente ao IG5. IG9 Sobre o rádio, a 18 cm (9 cun) proximamente ao lG5. IG10 Sobre o rádio, a 20 cm (10 cun) proximamente ao IG5. IG11 Em uma depressão na face lateral do cotovelo, junto à linha de

flexão: quando o braço é flexionado, anteriormente ao epicôndilo umeral.

IG12 Junto do epicôndilo umeral, no seu bordo lateral interno. IG13 Junto à borda ântero-lateral do número, a 6 cm (3 cun) da prega do

cotovelo. IG14 Sobre a face lateral do braço, na inserção do músculo deltóide. IG15 Com o braço em adução, na borda ântero-inferior da articulação

acromioclavicular. IG16 Em uma depressão formada pela angulação da extremidade

acromioclavicular com a espinha da escápula. IG17 Sobre a borda posterior do músculo esternocleidomastoídeo, no

nível do 1º anel cricóide. IG18 Ao nível da cartilagem tireóidea, a 6 cm (3 cun) lateralmente sobre

o pescoço. IG19 A 1 cm (0,5 cun) lateralmente ao sulco nasal, partindo da sua

metade horizontal e vertical. IG20 Um ponto que se encontra imediatamente por fora da asa do nariz,

em um sulco.

Meridiano do intestino grosso

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Curso de Massagem Oriental 52

Meridiano do Estômago (Oe-Ching) Número de pontos:

45 pontos bilaterais Polaridade:

Yang (+) positiva Sentido da energia:

Cabeça - pés = centrífugo Horário:

Das 7 às 9 h este Meridiano encontra-se com a máxima energia. É adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

Este Meridiano comanda o estômago e o duodeno, e suas funções digestivas e transformadoras de alimentos. Nele tem lugar a elaboração de energia, o que o torna um dos mais importantes Meridianos.

Sua expressão emocional é a obsessão, além de controlar a concentração e a retidão das idéias. Relações:

O Meridiano do estômago está relacionado com os seguintes Meridianos:

• Baço-Pâncreas, seu acoplado. • Intestino grosso e baço-pâncreas na seqüência da Grande

Circulação de energia. • Circulação-sexualidade pela via meio-dia - meia-noite (opostos

12 horas). • Intestino delgado, triplo-aquecedor (fogo) e intestino grosso

(metal) na seqüência generativa dos 5 elementos. • Vesícula biliar (madeira) e bexiga (água) de acordo com a Lei da

Dominância dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através de vasos secundários o Meridiano do estômago faz conexão com os seguintes Meridianos:

• No ponto E7 recebe vasos secundários do intestino grosso, do fígado, do vaso da concepção e do sistema nervoso.

• O ponto E4O está conectado com o ponto BP3 e o ponto E42

com o ponto BP4. • Na região cefálica estabelece relação com os pontos VB1, VB3,

VB4, VB5, VB6, VB14 e B1. • O ponto E12 conecta-se com o ponto VC12.

Sintomas de Insuficiência de Energia:

Tórax e abdome frios, gases, dor no tórax e abdome, anorexia, digestão lenta, diarréia. Sintomas de Excesso de Energia:

Calor no tórax e abdome, digestão rápida, fome e sede, abdome dolorido, urina amarela escura, língua amarela e constipação. Trajeto

Inicia na cabeça, mais precisamente na face, borda inferior da órbita ocular - ponto E1 - Tchreng-Tsri, desce verticalmente passando por E2 - Se-Pae; E3 - Tsiu-Tsiao; E4 - Ti-Tsrang até encontrar p ponto E5 - Ta-Ing junto da inserção do Masseter, no centro do corpo mandibular, onde se bifurca: a primeira parte sobe obliquamente, passando pelo ângulo da mandíbula E6 - Tsia-Tchre, e dirige-se à região temporal passando por E7 - Sia-Koann, até alcançar E8 - Treou-Oe; a segunda e principal parte desce verticalmente pela parte anterior do maxilar, cruza a mandíbula e desce pelo esternocleidomastoídeo, ou melhor, entre este e a faringe, onde encontramos os pontos E9 Jenn-Ing, E10 Choe-Trou, até alcançar a clavícula no ponto E11 - Tsri-Che percorrendo o bordo superior dessa por duas distâncias, ponto E12 - Tsiue-Prenn. Desce ao tórax pela linha mamilar passando pelos pontos E13 - Tsri-Rou, E14 Krou-Fang, E15 - Ou-I, E16 - Ing-Tchroang, E17 - Jou-Tchong, até a horizontal da parte inferior da apófise xifóide onde está o ponto E18 Jou-Kenn, depois desce verticalmente a duas distâncias da linha média passando pelos pontos E19 Pou-Jong, E20 - Tchreng-Mann, E21 Leang-Menn, E22 Koan-Menn, E23 Trae-I, E24 Roa-Jeou, E25 Tienn-Tchrou, E26 Oae-Ling, E27 Ta-Tsiu, E28 Choe-Tao, E29 Koe-Lae, E30 Tsri-Tchrong, de onde passa à face ântero-exterior da coxa que percorre verticalmente, passando pelos pontos E31 Pi-Koann, E32 Fou-Trou, E33 Inn-Che, E34 Leang-Tsiou, dirigindo-se à região ântero-lateral da patela ponto E35 Tou-Pi, continua pela perna, face externa do músculo tibial anterior onde vamos encontrar os pontos E38 Tiao-Kreou, E39 Sia-Lienn, E40 Fong-Long, chega ao pé pela face anterior, ponto E41 Tsie-Tsri, seguindo pela face dorsal do pé passando pelos pontos E42 Tchrong-Yang, E43 Sienn-Kou, E44 Nei-Ting e, termina no ângulo ungueal externo do segundo artelho no ponto E45 Li-Toe.

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Curso de Massagem Oriental 53

Localização Anatômica dos Pontos E1 No forame orbitário. E2 No forame supraorbitário. E3 Perpendicularmente ao E2 e horizontalmente à base da asa do

nariz. E4 A 8 mm (0,4 cun) lateralmente ao ângulo da boca. E5 Sobre a borda anterior do masseter, no centro do corpo

mandibular. E6 No ângulo da mandíbula, ponto ântero-superior, em pleno corpo

muscular do masseter. E7 Em uma depressão na borda inferior do arco zigomático,

anteriormente ao côndilo da mandíbula. E8 - No alto e posteriormente à bossa frontal.

E9 Na borda anterior do músculo esternocleidomastoídeo, na altura da artéria carótida. Evitar o vaso.

E10 Na borda anterior do músculo esternocleidomastoídeo, na altura do primeiro anel cricóide.

E11 Na borda superior da clavícula, entre as inserções do feixe esternal do músculo esternocleidomastoídeo.

E12 Em meio à fossa supraclavicular, sobre a linha mamilar. Do ponto E13 ao ponto E18, os pontos são distribuídos ao longo da linha mamilar. E13 - Sob a clavícula.

E14 No 1º espaço intercostal. E15 No 2º espaço intercostal. E16 No 3º espaço intercostal. E17 No 4º espaço intercostal, sobre o mamilo. E18 No 5º espaço intercostal. E19 A 4 cm (2 cun) para fora da linha mediana do corpo e a 12 cm (6

cun) do umbigo. Do ponto E20 ao ponto E30, os pontos são distribuídos ao longo da linha vertical que corre paralelamente, a 4 cm da linha mediana (línea alba).

E20 A 10 cm (5 cun) acima do umbigo. E21 A 8 cm (4 cun) acima do umbigo. E22 A 6 cm (3 cun) acima do umbigo. E23 A 4 cm (2 cun) acima do umbigo. E24 A 2 cm (1 cun) acima do umbigo. E25 No nível do umbigo. E26 A 2 cm (1 cun) abaixo do umbigo. E27 A 4 cm (2 cun) abaixo do umbigo. E28 A 6 cm (3 cun) abaixo do umbigo. E29 A 8 cm (4 cun) abaixo do umbigo. E30 A 10 cm (5 cun) abaixo do umbigo. E31 Ao cruzamento de uma linha vertical que passa pela espinha ilíaca

ântero-superior e de uma linha horizontal suprapúbica. E32 Entre o músculo reto do fêmur e o músculo vasto lateral, a 12 cm

(6 cun) do bordo superior da rótula. E33 Em uma depressão entre o tendão do músculo reto femural e o

músculo vasto lateral, a 6 cm (3 cun) da borda superior da rótula. E34 Em uma depressão entre o tendão do músculo reto femural e o

músculo vasto lateral, a 4 cm (2 cun) da borda superior da rótula. E35 Em uma depressão lateralmente ao ápice da rótula, evitando-se o

seu ligamento. E36 Junto à crista da tíbia, sob um platô a 6 cm (3 cun) abaixo do ápice

da rótula. E37 Junto à crista da tíbia, a 12 cm (6 cun) abaixo do ápice da rótula. E38 Junto à crista da tíbia, a 16 cm (8 cun) abaixo do ápice da rótula. E39 Junto à crista da tíbia, a 18 cm (9 cun) abaixo do ápice da rótula. E40 Junto à margem lateral da fíbula, a 16 cm (8 cun) abaixo da rótula. E41 Sobre o dorso do pé, entre os tendões dos músculos extensor

longo dos dedos e longo do hálux, na borda do ligamento cruzado. E42 A 3 cm (1,5 cun) distalmente do ponto E41. E43 Em uma depressão junto à junção do 2º e 3º ossos metatarsais. E44 Entre o 2º e o 3º dedos do pé, a 1 cm (0,5 cun) da prega

interdigital. E45 Sobre o ângulo ungueal lateral do 2º artelho.

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Meridiano do estômago

Meridiano do estômago (cont.)

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Meridiano do Baço-Pâncreas (Pi-Ching) Número de Pontos:

21 pontos bilaterais Polaridade:

Yin (-) negativa Sentido da Energia:

Pés-Tronco = centrípeto Horário:

Das 9 às 11 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

Este Meridiano comanda as funções combinadas dos órgãos: baço (em suas funções reguladoras da hematopoiese) e pâncreas endócrino (em suas funções reguladoras sobre as reservas de glicoógeno). Apresenta também importante função sobre o psiquismo (concentração) e sobre o aparelho urogenital. Sua expressão emocional é a ansiedade. Relações:

O Meridiano do baço-pâncreas está relacionado com os seguintes Meridianos:

• Estômago, seu acoplado. • Estômago e coração na seqüência da Grande Circulação. • Triplo-aquecedor pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas). • Coração e circulação-sexualidade (fogo) e pulmão (metal) na

seqüência generativa dos 5 elementos. • Fígado (madeira) e rim (água) de acordo com a Lei da dominância

dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através de vasos secundários o Meridiano do baço-pâncreas faz conexão com os seguintes Meridianos:

• No ponto BP4 faz conexão com E42 e no BP3 com E40. • No ponto BP6 se reúne com os Meridianos do fígado e rim. • Este Meridiano faz conexão com os pontos VC3 e VC4 de onde

decorre suas funções nos processos ginecológicos. • N0 ponto BP21 inúmeros vasos se ramificam por todo tórax,

distribuindo a energia gerada no estômago.

• Há ainda ligações com os pontos P1, VB24, F14, VC10 e VC17. Sintomas de Insuficiência de Energia:

Tensão abdominal, aerocolia, anorexia (falta de apetite), falta de sede, digestão lenta, vômitos, diarréia, dores abdominais, falta de concentração. Sintomas de Excesso de Energia:

Abdome doloroso, constipação, sensação de tensão no tórax e abdome, angústia. Trajeto:

Inicia na borda interna do hálux, ângulo ungueal, no ponto BP1 Yin-Po, segue pela borda superior interna do pé, onde se encontram os pontos BP2 Ta-Tou, BP3 Trae-Po, BP4 Kong-Soun, BP5 Chang-Tsiou, sobe pela borda posterior da tíbia passando pelos pontos BP6 Sann-Yin-Tsiao, BP7 Leou-kou e BP8 Ti-Tsi, até alcançar a face medial do joelho onde está o ponto BP9 Yin-Ling-Tsiuann. Continua subindo pela face medial da coxa onde se localizam os pontos BP10 Siue-Rae e BP11 Tsi-Menn, ocupando a posição mais anterior entre os 3 Meridianos Yin do membro inferior. Sobe ao abdome por fora do Meridiano do estômago, onde se encontram os pontos BP12 Tchrong-Menn, BP13 Fou-Che, BP14 Fou-Tsie, BP15 Ta-Rong e sobe ao tórax por fora da linha mamilar passando pelos pontos BP16 Fou-Ngae, BP17 Che-Teou, BP18 Tienn-Tsri, BP19 Siong-Siang, até o segundo espaço intercostal onde está o ponto BP20 Tcheou-Iong, de onde desce para terminar no ponto BP21 Ta-Pao, localizado no sétimo espaço intercostal sobre a linha axilar. Localização Anatômica dos Pontos BP1 Sobre o ângulo ungueal medial do hálux. BP2 Sobre a face medial do hálux, anteriormente à articulação

metatarsofalangeana. BP3 Sobre a face medial do pé, proximamente à articulação do 1º

metatarso. BP4 Sobre a face medial do pé, em uma depressão que se encontra

acima do bordo proximal da articulação entre o 1º metatarso e o 1º osso cuneiforme.

BP5 Em uma depressão que se encontra sobre a borda ântero-inferior do maléolo médio.

BP6 A 6 cm (3 cun) acima da ponta do maléolo médio, junto à margem posterior da tíbia.

BP7 A 12 cm (6 cun) acima da ponta do maléolo médio, junto à margem posterior da tíbia.

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Curso de Massagem Oriental 56

BP8 A 6 cm (3 cun) abaixo da depressão do côndilo medial da tíbia, junto à sua margem posterior.

B19 Na depressão do côndilo medial da tíbia, abaixo da sua tuberosidade.

BP10 A 4 cm (2 cun) acima da borda superior da rótula, entre o músculo vasto interno e o músculo sartório.

BP11 A 16 cm (8 cun) proximamente à borda superior da rótula, na margem anterior do músculo sartório.

BP12 Lateralmente à artéria femural na altura da borda superior do púbis.

BP13 A 1,4 cm (0,7 cun) verticalmente ao E12, a 8 cm (4 cun) lateralmente à línea alba.

BP14 A 2,6 cm (1,3 cun) abaixo da linha horizontal do umbigo, a 8 cm (4 cun) lateralmente à línea alba.

BP15 A 8 cm (4 cun) lateralmente sob a horizontal do umbigo. BP16 A 6 cm (3 cun) da horizontal do umbigo, a 8 cm (4 cun)

lateralmente à línea alba. BP17 No 5º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média. BP18 No 4º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média. BP19 No 3º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média. BR20 No 2º espaço intercostal, a 12 cm lateralmente à linha média. BR21 No 6º espaço intercostal, na linha axilar anterior.

Meridiano Baço-Pâncreas

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Meridiano Baço-Pâncreas (cont.)

Meridiano do Coração (Sinn-Ching) Número de Pontos:

9 pontos bilaterais Polaridade:

Yin (-) negativa Sentido da Energia:

Tronco - Mão = centrífugo Horário:

Das 11 às 13 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

O Meridiano do coração comanda o órgão cardíaco e os vasos sanguíneos.

Relaciona-se com a energia psíquica, com a consciência e a inteligência.

Sua expressão emocional é a alegria e a afetividade. Relações:

O Meridiano do coração está relacionado com os seguintes Meridianos:

• Intestino delgado, seu acoplado. • Baço-Pâncreas e intestino delgado na seqüência da Grande

Circulação. • Vesícula biliar, pela via meio-dia - meia-noite. • Fígado (madeira) e baço-pâncreas (terra) na seqüência

generativa dos 5 elementos. • Rim (água) e pulmão (metal) de acordo com a lei da dominância

dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através de vasos secundários o Meridiano do coração faz conexão com os seguintes Meridianos:

• No ponto C5 faz conexão com ID4 e C7 com ID7. • Através do ponto VC17 faz ligação com ID, R, CS, TA, F, IG, e

BP.

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Curso de Massagem Oriental 58

Sintomas de Insuficiência de Energia: Pulso fraco, memória fraca, língua pálida, insônia, palpitação,

respiração acelerada, dor na ponta do coração, rosto pálido, medo, timidez, medo sem razão (fobia), lipotimia (movimento do corpo suspenso sem sensibilidade), menstruação insuficiente, micção freqüente com urina incolor, angústia, má memória. Sintomas de Excesso de Energia:

Rosto vermelho, língua seca, pulso acelerado, palpitações fortes, coragem, audácia, voz sonora, olhos brilhantes, menstruação abundante, riso fácil, soluços, superexcitação. Trajeto:

Parte do ponto C1 Tsi-Tsiuann no oco axilar, de onde passa à face interna do braço, lado ulnar onde encontramos C2 Tsring-Ling, cruzando a articulação do cotovelo em sua extremidade interna, C3 Chao-Rae, cruza a articulação do punho sobre a artéria ulnar C4 Ling-Tao, C5 Trong-Li, C6 Inn-Tsri, C7 Chenn-Menn, ganha a palma da mão cruzando a eminência hipotênar, C8 Chao-Fou, para terminar no ângulo ungueal interno do dedo mínimo C9 Chao-Tchrong. Localização Anatômica dos Pontos C1 No centro do oco axilar, medianamente à artéria axilar. Controlar a pulsação arterial para evitá-la. C2 Sobre a borda medial do músculo bíceps, a 6 cm (3 cun) acima

do ápice da articulação do cotovelo (epitróclea). C3 Na prega de flexão do cotovelo, próximo à margem medial da

epitróclea. C4 Sobre a face ulnar, sede distal do antebraço, medialmente ao

tendão do músculo flexor do carpo, a 3 cm (1,5 cun) da borda posterior do osso do punho (psiforme).

C5 Na face ulnar, sede distal do antebraço, medialmente ao tendão do músculo flexor do carpo, a 2 cm (1 cun) da borda posterior do osso psiforme.

C6 Na face ulnar, sede distal do antebraço, medialmente ao tendão do músculo flexor do carpo, a 1 cm (0,5 cun) da borda posterior do osso psiforme.

C7 Na face ulnar, sede distal do antebraço, sobre a borda posterior do osso psiforme, medialmente ao tendão do músculo flexor do carpo.

C8 Na face palmar, entre o 4º e o 5º ossos metacarpianos, na sede distal.

C9 No ângulo ungueal medial do 5º dedo.

Meridiano do coração

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Curso de Massagem Oriental 59

Meridiano do Intestino Delgado

(Siao-Tchrang-Ching) Número de Pontos:

9 pontos bilaterais

Polaridade: Yang (+) positivo

Sentido da Energia:

Mãos - cabeça = centrípeto Horário:

Das 13 às 15 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

Comanda o intestino delgado, a função de absorção, o anabolismo e a síntese das proteínas. Lançam as toxinas e dejetos sólidos ao intestino grosso, os líquidos à bexiga e rins. Produtor de energia vital (comanda a produção).

Ação sobre as grandes depressões. Relações: O Meridiano do intestino delgado está relacionado com os seguintes Meridianos:

• Coração, seu acoplado. • Coração e bexiga, na seqüência da Grande Circulação. • Fígado pela via meio-dia - meia-noite. • Vesícula biliar (madeira) e estômago (terra) na seqüência

generativa dos 5 elementos. • Bexiga (água) e intestino grosso (metal) de acordo com a lei da

dominância dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através de Vasos Secundários o Meridiano do intestino delgado faz conexão com os seguintes Meridianos:

• No ponto ID13 há um vaso secundário que o liga ao Meridiano do sistema nervoso.

• No ponto ID12 recebe vasos secundários dos Meridianos do intestino grosso, triplo aquecedor e vesícula biliar.

• Nos pontos ID17 e ID18 faz conexão com a vesícula biliar e triplo aquecedor.

• No ponto ID7 faz conexão com C7 e no ID4 com o C5. • Há ainda vasos secundários que o ligam a B1, B11, B36 e VC12,

VC13 e VC17. Sintomas de Insuficiência de Energia:

Poliúria, urina muito clara, dores no ventre (região baixa), diarréia, debilidade, inclinação para frente, friorento, diminuição da resistência física, caráter fraco, choro fácil. Sintomas de Excesso de Energia:

Cotovelo contraído, abdome dilatado com dores (melhora com a expulsão de gases), recuperação física fácil, disúria (dificuldades ao urinar), excitação fácil, caloroso. Trajeto:

Inicia no bordo externo do dedo mínimo, ângulo ungueal ID1 Chao-Tsre, percorre o bordo externo do dedo mínimo ID2 Tsienn Kou, ID3 Reou-Tsri, cruzando a borda externa do punho ID4 Oann-Kou, ID5 Iang-Kou, e percorre o antebraço seguindo o bordo externo da ulna ID6 Iang-Lao, ID7 Tche-Tcheng, cruza o cotovelo ao nível da goteira cubital ID8 Siao-Rae. Continua pela face póstero-interna do braço ID9 Tsienn-Tchenn, passa pela região da escápula ao nível da escápula ID10 Nao-Iu, sobre a qual descreve um zigue-zague, ID11 Tienn-Tsong, ID12 Tchreng-Fong, sobre a nuca ID13 Tsiou-Iuann, ID14 Tsienn-Oa-E-Iu, ID15, Tsienn-Tchong-Iu, ganha a região lateral do pescoço, ID16 Tienn-Tchroang, ID17 Tienn-Jong e passa à face ID18 - Tsiuann-Tsiao, para terminar no ID19 Ting-Kong, diante do pavilhão auricular. Localização Anatômica dos Pontos ID1 No ângulo ungueal lateral, lado ulnar do 5º dedo. ID2 Na face ulnar, em uma depressão distalmente à articulação

metacarpofalangeana do 5º dedo. ID3 Na face ulnar, em uma depressão proximamente à articulação

metacarpofalangeana do 5º dedo. ID4 Na face ulnar, em uma depressão formada pela articulação do 5º

metacarpo com o osso uncinado. ID5 Na face ulnar em uma depressão formada pelo processo estilóide

da ulna com o osso pisiforme. ID6 Em uma depressão a montante da crista ulnar, na margem radial. ID7 A 10 cm (5 cun) do ponto IG6, na face ulnar do antebraço, sobre o

corpo do músculo ulnar do carpo.

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Curso de Massagem Oriental 60

ID8 Na face posterior da articulação-cubital proximal, em uma depressão entre o olécrano e o epicôndilo medial do úmero. Evidencia-se bem com o braço flexionado.

ID9 Com o braço estendido, o ponto se encontra a 2 cm (1 cun) acima de uma linha que sobe verticalmente da prega axilar.

ID10 Sobre uma linha que sobe verticalmente da prega axilar, na borda superior da articulação escápulo-umeral.

ID11 No centro da asa escapular relativamente à fossa subespinal. ID12 Na metade da fossa supraespinal da escápula. ID13 Na fossa supraespinal da escápula, proximamente, a meia

distância entre a borda superior da articulação escápulo-umeral (ID10) e o processo espinhoso da D2 (2ª vértebra dorsal).

ID14 A 6 cm (3 cun) lateralmente ao processo espinhoso da D1 (1ª vértebra dorsal).

ID15 A 4 cm (2 cun) lateralmente ao processo espinhoso da C7 (7ª vértebra cervical).

ID16 A 1 cm posteriormente à borda posterior do músculo esternocleidomastoídeo, ao nível da cartilagem tireóidea.

ID17 Posteriormente ao ângulo mandibular, na borda anterior do músculo esternocleidomastoídeo.

ID18 Em uma depressão que se encontra na borda inferior do osso zigomático.

ID19 Em uma depressão que se forma diante do ouvido ao nível da articulação têmporo-mandibular quando o indivíduo abre a boca.

Meridiano do intestino delgado

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Curso de Massagem Oriental 61

Meridiano da Bexiga (Prang-Koang-Ching)

Número de Pontos:

67 pontos bilaterais Polaridade:

Yang (+) positiva Sentido da energia:

Cabeça - pés = centrípeto Horário:

Das 15 às 17 h este Meridiano se encontra com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

Este Meridiano comanda a bexiga além de atuar decisivamente na função equilibradora dos rins, na qual representa o pólo Yang. Este Meridiano atua sobre o sistema simpático.

Através de seus pontos de assentamento é possível agir sobre as disfunções de praticamente todos os órgãos e vísceras. Relações: O Meridiano da bexiga está relacionado com os seguintes Meridianos:

• Rim, seu acoplado. • Intestino delgado e rim, na seqüência da grande circulação. • Pulmão pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas). • Intestino grosso (metal) e vesícula biliar na seqüência generativa

dos 5 elementos. • Estômago (terra), intestino delgado e triplo aquecedor (fogo) de

acordo com a Lei da Dominância dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através dos vasos secundários o Meridiano da bexiga faz conexão com os seguintes Meridianos:

• No ponto B1 recebe vasos secundários dos Meridianos: ID, E, TA, CS, BP.

• No ponto B11 conecta os Meridianos do sistema nervoso, intestino delgado e triplo aquecedor.

• No ponto B32 faz conexão com o fígado e com a vesícula biliar.

• No ponto B62 conecta R4 e o B58 com o R3. Sintomas de Insuficiência de Energia:

Polaquiuria com urina clara, hipoacusia (diminuição da audição). Sintomas de Excesso de Energia:

Obstrução nasal, anesmia (perda do olfato), dores na coluna vertebral, urina muito colorida, disúria (dificuldade ao urinar), ardor ao urinar, insônia, cálculos, furunculose crônica. Trajeto:

O Meridiano da bexiga começa no ângulo interno da órbita ocular, no ponto B1 Tsing-Ming, segue verticalmente em direção à cabeça, passando por B2 Tsroann-Tchou, percorre a calota craniana, paralelamente à linha média onde se encontram B3 Mei-Tchrong, B4 Tsiou-Tchrae, B5 Ou-Tchrou, B6 Tchreng-Koang, B7 Trong-Tienn e B8 Lo-Tsri, continua pela região occipital, passando por B9 Iu-Tchenn e B10 Tienn-Tchou (limite inferior dos cabelos), segue pela nuca e ganha a espádua, mantendo-se sempre paralelo à linha média (coluna) formando a 1ª ramificação das costas, a mais próxima da coluna, passando pelos pontos: B11 Ta-Tchrou, B12 Fong-Menn, B13 Fei-Iu, B14 Tsiue-Inn-Iu, B15 Sinn-Iu, B16 Tou-Iu, B17 Ko-Iu, B18 Kann-Iu, B19 Tann-In, B20 Pi-Iu, B21 Oe-Iu, B22 Sann-Tsiao-Iu, B23 Chenn-Iu, B24 Tsri-Rae-Iu, B25 Ta-Tchrang-Iu, B26 Koann-Iuann-Iu, B27 Siao-Tchrang-Iu, B28 Prang-Koang-In, B29 Tchong-Liu-Iu, B30 Pae-Roann-Iu, B31 Chang-Tsiao, B32 Tsre-Tsiao, B33 Tchong-Tsiao, B34 Siao-Tsiao, B35 Roe-Iang, ascendente até a altura da primeira costela, para percorrer novamente, paralelo à coluna, um segundo trajeto mais afastado da linha média, onde se encontram os pontos: B36 Fou-Fenn, B37 Pro-Rou, B38 Kao-Roang, B39 Chenn-Trang, B40 I-Si, B41 Ko-Koann, B42 Roun-Menn, B43 Iang-Kang, B44 I-Che, B45 Oe-Tsrang, B46 Roang-Menn, B47 Tche-Che, B48 Pao-Roang, B49 Tche-Pienn, passa depois à face posterior do músculo cruzando o glúteo em sua parte média onde se situa o B50 Tchreng-Fou, segue em direção à fossa poplítea, passando a nove distâncias deste, pelo ponto B51 Inn-Menn, e a uma distância pelo ponto B52 Feou-Tsri, na fossa poplítea encontramos o B53 Oe-Iang e o B54 Oe-Tchong; descendo pela perna, em direção ao oco externo do maléolo, passando por B55 Ro-Iang, B56 Tchreng-Tsinn, B57 Tchreng-Chann, B58 Fei-Iang, B59 Fou-Iang, chega ao oco externo do maléolo, encontra aí sobre o calcâneo o ponto B60 Kroun-Loun, e segue o bordo externo do pé, onde se situam os pontos B61 Prou-Chenn, B62 Chenn-Mo, B63 Tsinn-Menn, B64 Tsing-Kou, B65 Chou-Kou, B66, Trong-Kou, indo terminar no ângulo ungueal externo do 5º artelho, no ponto B67 Tche-Inn.

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Curso de Massagem Oriental 62

Localização Anatômica dos Pontos B1 A 2 mm (0,1 cun) lateralmente e superiormente à carúncula

lacrimal, no ângulo interno do olho. Evitar o saco lacrimal. B2 Em uma depressão no início do supercílio, ligeiramente abaixo da

bossa frontal. B3 Sobre a vertical que sobe do ponto B2 no nível da linha que indica

a implantação dos cabelos. B4 A 3 cm (1,5 cun) da linha mediana sobre a horizontal do ponto B3.

Do ponto B4 ao ponto B10, todos os pontos se encontram a 3 cm

da linha média.

B5 A 3 cm da linha média e a 1 cm do ponto B4. B6 A 3 cm da linha média e a 4 cm do ponto B4. B7 A 3 cm da linha média e a 7 cm do ponto B4. B8 A 3 cm da linha média e a 10 cm do ponto B4. B9 A 3 cm da linha média e no nível da protuberância occipital

externa. B10 A 3 cm da linha média sobre a linha occipital na inserção cranial do

músculo trapézio. B11 A 3 cm lateralmente à apófise espinhosa da primeira vértebra

dorsal (D1). Do ponto B11 ao ponto B30, ao longo das paravertebrais, todos

os pontos encontram-se a 3 cm da apófise espinhosa. As referências quanto à altura são relativas ao processo

transverso da vértebra indicada.

B12 À altura da D2. B13 À altura da D3. B14 À altura da D4. B15 À altura da D6. B16 À altura da D7. B17 À altura da D8. B18 À altura da D9. B19 À altura da D10. B20 À altura da D11. B21 À altura da D12. B22 À altura da L1. B23 À altura da L2. B24 À altura da L3. B25 À altura da L4.

B26 À altura da L5. B27 No nível do 1º foramen sacral. B28 No nível do 2º foramen sacral. B29 No nível do 3º foramen sacral. B30 No nível do 4º foramen sacral. B31 Sobre o foramen sacral. B32 Sobre o 2º foramen sacral. B33 Sobre o 3º foramen sacral. B34 Sobre o 4º foramen sacral. B35 Ao lado do processo transverso (rudimentar) da 1ª vértebra

coccígea. B36 Na metade da prega glútea, sob a borda inferior do músculo

grande glúteo. B37 Sobre a linha que une o ponto que se encontra na metade da

prega glútea (B36) com o ponto que se encontra na metade da prega poplítea (B40 ou B54) a 12 cm do B36.

B38 Em um ponto a 2 cm da linha média na face posterior do cóccix e a 2 cm acima da prega do cavo poplíteo.

B39 A 2 cm (1 cun) lateralmente ao centro da prega do cavo poplíteo. medialmente ao tendão do músculo bíceps femural.

B40 Exatamente no ponto central do cavo poplíteo. B41 A 6 cm (3 cun) da borda lateral do processo espinhoso da D2.

Do ponto B41 ao ponto B54 todos os pontos são distribuídos ao longo das paravertebrais a 6 cm da borda lateral do processo espinhoso.

B42 À altura do processo espinhoso da D3. B43 À altura do processo espinhoso da D4. B44 À altura do processo espinhoso da D5. B45 À altura do processo espinhoso da D6. B46 À altura do processo espinhoso da D7. B47 À altura do processo espinhoso da D9. B48 À altura do processo espinhoso da D10. B49 À altura do processo espinhoso da D11. B50 À altura do processo espinhoso da D12. B51 À altura do processo espinhoso da L1. B52 À altura do processo espinhoso da L2. B53 À altura do 2º foramen sacral. B54 À altura do 4º foramen sacral. B55 Sobre uma linha vertical que desce do centro do cavo poplíteo

(B40) a 4 cm (2 cun) de distância.

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Curso de Massagem Oriental 63

B56 No centro do músculo gastrocnêmio sobre a vertical que desce do centro do cavo poplíteo (B40) a 10 cm (5 cun) de distância.

B57 Na angulatura do músculo gastrocnêmio sobre a vertical que desce do ponto B40 a 16 cm (8 cun) de distância.

B58 Em um ponto que se encontra a 1 cm (0,5 cun) lateralmente e a 1 cm distalmente do ponto B57.

B59 A 8 cm (4 cun) sobre a linha que une o B58 ao bordo posterior do maléolo interno.

B60 Sobre a borda do osso calcâneo, à meia distância entre a margem posterior do maléolo externo e do tendão de Aquiles.

B61 A 3 cm (1,5 cun) posteriormente e a 3 cm inferiormente à ponta do maléolo externo B62 - A 1 cm (0,5 cun) anteriormente e a 3 cm inferiormente à ponta do maléolo externo.

B63 A 3 cm (1,5 cun) anteriormente e a 3 cm inferiormente à ponta do maléolo externo.

B64 Sobre a face lateral do pé, a 2 cm (1 cun) atrás da articulação metatarsofalângica do 5º dedo.

B65 Sobre a face lateral do pé, imediatamente proximal da articulação metatarsofalângica do 5º dedo.

B66 Sobre a face lateral do pé em uma depressão adiante da articulação metatarsofalangeana do 5º dedo.

B67 Sobre o ângulo ungueal lateral do 5º dedo do pé.

Meridiano da bexiga

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Curso de Massagem Oriental 64

Meridiano da bexiga (Cont.)

Meridiano dos Rins (Chenn-Ching)

Número de pontos:

27 pontos bilaterais Polaridade:

Yin (-) negativa Sentido da energia:

Pés - tronco = centrípeto Horário:

Das 17 às 19 h este Meridiano encontra-se com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

O Meridiano do rim comanda a ação filtro-excretora e secretora dos rins, além de comandar as glândulas supra-renais. Assim se deduz a sua ação sobre a sexualidade. Age sobre a assimilação renal, fornecendo energia para a audição SNC e todo sistema endócrino. Relaciona-se com a audição, ossos e cabelos. Sua expressão emocional é o medo. Relações:

O Meridiano do rim está relacionado com os seguintes Meridianos: • Bexiga, seu acoplado. • Bexiga e circulação-sexualidade, na seqüência da grande

circulação. • Intestino grosso, pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas)

Pulmão (metal) e fígado (madeira) na seqüência generativa dos 5 elementos.

• Baço-Pâncreas (terra) coração e circulação-sexualidade (fogo), de acordo com a lei da dominância dos 5 elementos.

Vasos secundários:

Através de vasos secundários o Meridiano do rim faz conexão com os seguintes Meridianos:

• O ponto R4 faz conexão com B64 e o R3 com o B58. • Outros vasos secundários conectam o Meridiano do rim nos

seguintes pontos: BP6; SN1; VC3; VC4; VC7; VC17. Sintomas de Insuficiência de Energia:

Lombalgia, ciática, espermatorréia, odontalgia, fraqueza e dores nas

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Curso de Massagem Oriental 65

pernas, vertigem, indecisão, complexo de inferioridade, falta de autoridade, irritação antes da menstruação. Sintomas de Excesso de Energia:

Oliguria, urina carregada, constipação.

Trajeto: O Meridiano dos rins nasce na região plantar dos pés, no ponto R1

Iong-Tsiuann, logo atrás dos músculos que protegem as articulações metatarsofalângica, contorna o bordo interno do pé passando por R2 Jenn-Kou, passa pelo maléolo interno medial em cuja proximidade forma um círculo, com os pontos: R3 Trae-Tsri, R4 Ta-Tchong, R5 Choe-Tsiuann e R6 Tchao-Rae, ascende pela face interna da perna, passando pelos pontos R7 Fou-Leou, R8 Tsiao-Sinn, R9 Tso-Pinn. Cruza o joelho por sua parte mais interna da articulação, onde se situa o R10 Inn-Kou, ganha a coxa, seguindo posterior aos outros Meridianos Yin de Baixo, segue para o púbis, onde se localiza o R11 Rong-Kou (1/2 distância da linha média, bordo do púbis). Sobe o abdome e o tórax entre a linha média e o Meridiano do estômago, passando pelos pontos R12 Ta-Ro, R13 Tsri-Tsiue, R14 Se-Mann, R15 Tchong-Tchou, R16 Roang-Iu, R17 Chang-Tsiou, R18 Che-Koann, R19 Inn-Tou, R20 Trong-Kou, R21 Iou-Menn, nesta altura, afasta-se da linha média e sobe paralelo a esta na caixa torácica, passando por R22 Pou-Lang, R23 Chenn-Fong, R24 Ling-Siu, R25 Chenn-Tsrang, R26 Rouo-Tchong, para terminar debaixo da clavícula no ponto R27 Iu-Fou. Localização Anatômica dos Pontos R1 Em uma depressão que se encontra na planta do pé, entre o 2º e o

3º dedos do pé, no nível da articulação metatarsofalangeana. R2 Em uma depressão formada pela borda ântero-inferior dos ossos

naviculares. R3 Na borda superior do osso calcâneo, à meia distância entre a

ponta do maléolo interno e o tendão de Aquiles. R4 Ligeiramente abaixo e posteriormente ao maléolo externo, no limite

da inserção do tendão de Aquiles. R5 Em uma depressão sobre o osso calcâneo, a 2 cm (1 cun) abaixo

do ponto R3. R6 Em uma depressão a 2 cm (1 cun) acima da borda do maléolo

interno. R7 Sobre a face medial da perna, anteriormente à borda do tendão de

Aquiles, a 4 cm (2 cun) acima do ponto R3. R8 Sobre a face medial da perna, a 4 cm (2 cun) acima do ponto R3,

junto da borda posterior da tíbia (ao mesmo nível do ponto R7).

R9 Sobre a face medial da perna, a 10 cm (5 cun) acima do ponto R3, na borda posterior da tíbia.

R10 Sobre a face medial da perna, no ponto medial da linha que atravessa o cavo poplíteo, entre o tendão do músculo semitendinoso e o tendão do músculo semimembranoso.

R11 Sobre a face abdominal, na borda superior do púbis, a 1 cm (0,5 cun) ao lado da linha mediana (línea alba).

R12 A 2 cm (1 cun) da borda superior do púbis. R13 A 4 cm (2 cun) da borda superior do púbis. R14 A 6 cm (3 cun) da borda superior do púbis. R15 A 8 cm (4 cun) da borda superior do púbis. R16 No nível do umbigo. R17 A 4 cm (2 cun) do nível umbilical. R18 A 6 cm (3 cun) do nível umbilical. R19 A 8 cm (4 cun) do nível umbilical. R20 A 10 cm (5 cun) do nível umbilical. R21 A 12 cm (6 cun) do nível umbilical. R22 A 4 cm (2 cun) lateralmente à linha média, ao nível do 5º espaço

intercostal. Do ponto R22 ao ponto R27, todos os pontos são escalonados ao lado de

uma vertical ascendente a 4 cm (2 cun) paralela à linha mediana. R23 No 4º espaço intercostal. R24 No 3º espaço intercostal. R25 No 2º espaço intercostal. R26 No 1º espaço intercostal. R27 Em uma depressão entre a face da 1º costela e a borda proximal

da clavícula.

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Curso de Massagem Oriental 66

Meridiano dos rins

Meridiano da circulação-sexualidade (Sinn-Pao-Ching)

Número de Pontos:

9 pontos bilaterais Polaridade:

Yin (-) negativa Sentido da Energia:

Tronco - mãos = centrífugo Horário:

Das 19 às 21 horas, este Meridiano encontra-se com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

O Meridiano da circulação-sexualidade é chamado pelos franceses de Mestre do Coração, embora sua denominação chinesa signifique algo como Porto da Vida, já que representa duas funções (a circulação da massa humoral e a sexualidade) que constituem a essência da própria vida. Ele controla uma série de funções que guardam estreita relação com a função cardíaca.

Fisiopatologicamente este Meridiano representa a totalidade da massa circulante com seu conteúdo humoral, hormonal, imunológico. Relações:

O Meridiano da circulação-sexualidade está relacionado com os seguintes Meridianos:

• 6.1 Triplo aquecedor, seu acoplado. • 6.2 Rim e triplo aquecedor, na seqüência da grande circulação. • 6.3 Estômago, pela via meio-dia - meia-noite (oposto: 12 horas). • 6.4. Fígado (madeira) e baço-pâncreas (terra) na seqüência

generativa dos 5 elementos. • 6.5 Rim (água) e pulmão (metal) de acordo com a lei da

dominância dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através dos vasos secundários o Meridiano da circulação-sexualidade faz conexão com os seguintes Meridianos:

• CS1 faz conexão com os Meridianos do fígado, vesícula biliar e com os pontos: VC7, VC12, VC13 e VC17.

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Curso de Massagem Oriental 67

• CS8 conecta-se com o ponto TA1. • O ponto CS6 conecta-se com o ponto TA4 e o ponto CS7 com o

TA5.

Sintomas de Insuficiência de Energia: Rigidez da cabeça e nuca, fadiga, falta de vigor sexual, depressão.

Sintomas de Excesso de Energia:

Dor cardíaca, opressão, coração agitado, cefaléia congestiva, halitose, cólera. Trajeto:

Parte do ponto CS1 Tienn-Tchre, no quarto espaço intercostal, por fora do mamilo, ascende pelo tórax, entre os Meridianos do estômago e baço-pâncreas, passa pela face interna do braço onde encontramos o ponto CS2 Tienn-Tsiuann, cruza a articulação do cotovelo por dentro do tendão do músculo bíceps braquial, onde está o CS3 Tsiou-Tsre, percorre o antebraço por sua linha média, em direção à articulação do punho, onde estão os pontos: CS4 Tsri-Menn, CS5 Tsienn-Tche, CS6 Nei-Koann e CS7 Ta-Ling; este último na metade da articulação do punho ganha a palma da mão, onde está o CS8 Lao-Kong, segue pela borda interna do dedo médio, terminando no ângulo ungueal interno do mesmo dedo, no ponto CS9 Tchong-Tchrong. Localização Anatômica dos Pontos CS1 Sobre a linha axilar anterior, no 4º espaço intercostal. CS2 Sobre a face anterior do braço, na borda medial do músculo

bíceps, a 4 cm (2 cun) abaixo da extremidade da prega axilar. CS3 Sobre a prega de flexão do cotovelo, na borda lateral do ponto de

inserção do tendão do músculo bíceps braquial. CS4 A 10 cm (5 cun) da prega de flexão do punho, entre o tendão do

músculo longo palmar e o tendão do músculo flexor radial do ca1po.

CS5 A 6 cm (3 cun) da prega de flexão do punho entre o tendão do músculo longo palmar e o tendão do músculo flexor radial do carpo.

CS6 A 4 cm (2 cun) da prega de flexão do punho, entre o tendão do músculo longo palmar e o tendão do músculo flexor radial do carpo.

É necessário lembrar que na flexão da mão sobre o antebraço formam-se duas linhas. Referimos sempre à linha proximal que começa nas apófises do rádio e da ulna.

CS7 Sobre a metade da prega de flexão do punho, entre o tendão do músculo longo palmar e o tendão do músculo radial do carpo.

CS8 Sobre a palma da mão, no centro da mesma, junto à borda (lado polegar) do 3º osso metacarpiano.

CS9 Sobre o ângulo ungueal medial (lado polegar) do 3º dedo (médio). Meridiano da circulação-sexualidade

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Curso de Massagem Oriental 68

Meridiano do Triplo Aquecedor (Sann-Tsiao-Ching)

Número de Pontos:

23 pontos bilaterais Polaridade:

Yang (+) positiva Sentido da Energia:

Mão - cabeça = centrípeto Horário:

Das 21 às 23 horas este Meridiano se encontra com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

Do ponto de vista da fisiopatologia, são três as funções atribuídas ao Meridiano do triplo aquecedor.

1ª Uma função digestiva, de captação e transformação dos alimentos que corresponde ao aquecedor médio.

2ª Uma função cárdio-respiratória, que regula a circulação do sangue rico em oxigênio (energia Yang), que corresponde ao aquecedor superior.

3ª Uma função gênito-urinária e que embora tenha a função de eliminação, encarrega-se da função sexual propriamente dita.

Relações:

O Meridiano do triplo aquecedor está relacionado com os seguintes Meridianos:

• Circulação-scxualidade, seu acoplado. • Circulação-sexualidade e vesícula biliar, na seqüência da grande

circulação de energia, Baço-pâncreas, pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas).

• Vesícula biliar (madeira) e estômago (terra) na seqüência generativa dos 5 elementos.

• Bexiga (água) e intestino grosso (metal) de acordo com a Lei de Dominância dos 5 elementos.

Vasos Secundários:

Através dos vasos secundários o Meridiano do triplo aquecedor faz conexão com os seguintes Meridianos:

• O ponto TA17 recebe o vaso secundário da vesícula biliar.

• O ponto TA20 faz conexão com a vesícula biliar e o intestino grosso, o TA23 com a vesícula biliar, intestino delgado e o vaso da concepção.

• O ponto TA5 faz conexão com o ponto CS7 e o TA4 com o ponto CS6.

Sintomas de Insuficiência de Energia:

Atonia da articulação do cotovelo, neurastenia. Sintomas de Excesso de Energia:

Contratura do cotovelo, excitação do SNC. Trajeto:

O Meridiano do triplo aquecedor começa no ângulo ungueal externo do dedo anular, ponto TA1 Koann-Tchrong, seguindo pela borda externa deste dedo. onde estão os pontos TA2 Ie-Menn e TA3 Tchong-Tchou, ganha o dorso da mão para cruzar a articulação do punho no centro da prega de extensão, TA4 Iang-Tchre. Continua pela face posterior do antebraço. onde se encontram: TA5 Oae-Koann, TA6 Tche-Keou, TA7 Roe-Tsong, TA8 Sann-Iang-Lo e TA9 Se-Tou. Segue pela face posterior do braço, onde estão os pontos TA10 Tienn-Tsing, TA11 Tsring-Leng-Iuann, TA12 Siao-Lo e TA13 Nao-Roe, alcança a borda posterior inferior do acrômio onde se encontra o ponto TA14 Tsienn-Tsiao, percorre o músculo trapézio. passando por TA15 Tienn-Tsiao, sobe pela borda da nuca, cruzando a apófise mastóide, ponto TA16 Tienn-Iou. Contorna o pavilhão auricular onde se localizam os pontos TA17 I-Fong, TM18 Tchre-Mo, TA19 Lou-Si, TA20 Tsio-Soun e TA21 El-Menn, cruza a têmpora, TA22 Ro-Tsiao, terminando na extremidade dos supercílios no ponto TA23 Se-Tchou-Kong.

Localização Anatômica dos Pontos TA1 Sobre o ângulo ungueal lateral do 4º dedo (anular). TA2 Sobre a prega entre o 4º e 5º dedos, na própria articulação

metacarpofalangeana. TA3 Sobre o dorso da mão, entre o 4º e 5º ossos metacarpianos, em

uma depressão que se encontra posteriormente a nível diafisário. TA4 Sobre o dorso da mão, ao nível da prega de extensão do punho,

entre o músculo extensor comum dos dedos e o músculo próprio do 5º dedo, entre a ulna, o semilunar e o piramidal.

Na extensão da mão formam-se sobre o punho, lado dorsal, duas linhas. Referimo-nos à linha proximal. TA5 - Sobre o dorso do antebraço, entre a ulna e o rádio, a 4 cm (2 cun)

da prega dorsal do punho.

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Curso de Massagem Oriental 69

TA6 Sobre o dorso do antebraço, junto da borda interna do rádio, a 6 cm (3 cun) da prega dorsal do punho.

TA7 Sobre o dorso do antebraço, junto à borda interna da ulna, a 6 cm (3 cun) da prega dorsal do punho, à altura do TA6.

TA8 Sobre o dorso do antebraço, entre o rádio e a ulna, a 8 cm (4 cun) da prega dorsal do punho.

TA9 Sobre o dorso do antebraço, entre o rádio e a ulna, a 10 cm (5 cun) da prega dorsal do punho.

TA10 A 2 cm (1 cun) posteriormente e medialmente à ponta do olécrano, em uma depressão que se evidencia à flexão do braço.

TA11 A 2 cm do ponto TA10. TA12 Da porção súpero-posterior da articulação escapolo-umeral desce

uma vertical até o TA10; a 10 cm (5 cun) encontra-se o TA12. TA13 A 6 cm (3 cun) da articulação escapolo-umeral. TA14 Sobre a porção súpero-posterior da articulação escapolo-umeral. TA15 À meia distância da extremidade distal da clavícula, na base do

pescoço, - sobre a borda súpero-posterior do trapézio. TA16 Sobre o bordo posterior do esternocleidomastoídeo, ao nível do

ângulo da mandíbula. TA17 À meia distância entre o ângulo da mandíbula e o processo

mastóideo. TA18 No centro do processo do osso mastóideo, em uma depressão. TA19 Sobre uma linha que ascende verticalmente, a 2 cm (1 cun) do

ponto TA18. TA20 Sobre a escama do temporal, em um ponto ao nível do ápice da

hélix. TA21 Superiormente e posteriormente ao côndilo da mandíbula, adiante

da porção ascendente da hélix. TA22 A 1 cm (0,5 cun) anteriormente e superiormente a ponto TA21. TA23 Sobre a borda lateral da órbita, ao nível da corda do supercílio.

Meridiano tríplice aquecedor

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Curso de Massagem Oriental 70

Meridiano da Vesícula Biliar (Tann-Ching)

Número de Pontos:

44 pontos bilaterais Polaridade:

Yang (+) positiva Sentido da Energia:

Cabeça - pés = centrífugo Horário:

Das 23 a 1 hora este Meridiano se encontra com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

O Meridiano da vesícula biliar comanda a função biliar total, intra e extra-hepática, incluídas as vias biliares. Relações:

O Meridiano da vesícula biliar está relacionado com os seguintes Meridianos:

• Fígado, seu acoplado. • Triplo aquecedor e fígado, na seqüência da grande circulação de

energia. • Coração pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas). • Bexiga (água) e intestino delgado (fogo) na seqüência generativa

dos 5 elementos. • Intestino grosso (metal) e estômago (terra) de acordo com a Lei da

Dominância dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através dos vasos secundários o Meridiano da vesícula biliar faz conexão com os seguintes Meridianos: Os vasos secundários deste Meridiano são excepcionalmente numerosos, estudaremos só os mais importantes.

• O ponto VB1 recebe vasos secundários do Meridiano do intestino delgado e triplo aquecedor.

• Os pontos VB3, VB4, VB5, VB14 fazem conexão com os Meridianos: TA, IG e E.

• Os pontos VB7 e VB15 fazem conexão com os Meridianos: TA, ID

e B. • O ponto VB24 faz conexão com o Meridiano do baço-pâncreas. • O ponto VB37 faz conexão com o ponto F3 e o ponto VB40 com o

ponto F5. Sintomas de Insuficiência de Energia:

Debilidade nas pernas (dificuldade para andar), visão turva, insônia, timidez, suspiros. Sintomas de Excesso de Energia:

Dores abaixo das costelas, plenitude torácica, sonolência, pele seca, cefaléia frontal, dor nos olhos. Trajeto:

O Meridiano da vesícula biliar começa no ângulo externo da órbita ocular, ponto VB1 Trong-Tse-Tsiao, seguindo até em frente ao lóbulo da orelha no ponto VB2 Ting-Roe, contornando pela frente e ascendendo até a região temporal, passando por VB3 Kro-Tchou-Jenn, alcançando o VB4 Rann-Ia, descendo até a orelha onde se encontram: VB5 Siuann-Lou, VB6 Siuann-Li, VB7 Tsiou-Ping, VB8 Choae-Kou. Descreve uma curva posterior ao pavilhão auricular, onde encontramos: VB9 Tienn-Tchrong, VB10 Feou-Pae, VB11 Tsiao-Inn, VB12 Oann-Kou, de onde ascende em curva posterior ao pavilhão auricular dirigindo-se ao supercílio onde se localizam os pontos: VB13 Penn-Chenn e VB14 Iang-Pae, retornando em curva, novamente posterior, ao pavilhão auricular, em direção ao osso occipital, passando pelos pontos VB15 Linn-Tsri, VB16 Mou-Tchroang, VB17 Tcheng-Ing, VBl8 Tchreng-Ling, VB19 Nao-Krong e VB20 Fong-Tchre, desce em direção ao músculo trapézio cruzando o VB21 Tsienn-Tsing, continuando pela região lateral do tórax e do abdome, passando pelos pontos VB22 Iuann-Ie, VB23 Tchre-Tsinn. VB24 Je-Iue, VB25 Tsing-Menn, Vb26 Tae-Mo, VB27 Ou-Tchrou e VB28 Oe-Tao. Daí descendo verticalmente pela face externa do membro inferior, entre os Meridianos do estômago e da bexiga, onde se localizam os pontos: VB29 Tsiu-Tsiao, VB30 Roann-Tiao, VB31 Fong-Che, VB32 Sia-Tou, VB33 Iang-Koann, VB34 Iang-Ling-Tsiuann, VB35 Iang-Tsiao, VB36 Oae-Tsiou, VB37 Koang-Ming, VB38 Iang-Fou, VB39 Siuann-Tchong, alcançando o maléolo externo no ponto VB40 Tsiou-Siu. Dirigindo-se ao quarto artelho, pela borda externa do 4º metatarsiano, onde encontramos VB41 Linn-Tsri, VB42 Ti-Ou-Roe, para terminar no 4º artelho, VB43 Sie-Tsri, ângulo ungueal externo, VB44 Tsiao-Inn. Localização Anatômica dos Pontos VB1 A 1 cm (0,5 cun) lateralmente à margem orbitária externa.

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Curso de Massagem Oriental 71

VB2 Anteriormente à incisura intertrágica inferior. VB3 Sob a borda do arco zigomático e a borda anterior do primeiro arco

branquial da mandíbula. VB4 Na região temporal, no ápice de um triângulo formado pela borda

da órbita e o arco branquial do hélix (TA21). VB5 A 1 cm (0,5 cun) abaixo e ligeiramente posterior ao VB4. VB6 A 1 cm (0.5 cun) abaixo e ligeiramente posterior ao VB5. VB7 - A 1 cm (0,5 cun) abaixo e ligeiramente posterior ao VB6. VB8 A 3 cm (1.5 cun) acima do ápice do hélix, em uma depressão. VB9 A 1 cm (0,5 cun) posteriormente ao VB8. ligeiramente mais ao alto. VB10 A 2 cm abaixo do ponto VB9, ligeiramente para trás, com uma

distância - de 2 cm do hélix. VB11 A 2 cm (1 cun) abaixo do ponto VB10. VB12 Em uma depressão que se encontra posteriormente à ponta da

mastóide. VB13 Em uma depressão frontoparietal. VB14 Abaixo de uma linha que sai verticalmente da pupila, em direção à

fronte, - a 2 cm (1 cun) do supercílio. VB15 Abaixo de uma linha que sai verticalmente da pupila, em direção à

fronte, - a 6 cm (3 cun) do supercílio. VB16 A 2 cm (1 cun) posteriormente, acima do ponto VB15. VB17 A 4 cm (2 cun) posteriormente, sobre o crânio, ao ponto VB15. VB18 A 6 cm (3 cun) posteriormente, sobre o crânio. ao ponto VB15. VB19 À altura da protuberância occipital externa, a 3 cm (1,5 cun) da

linha - mediana. VB20 - Em uma depressão entre as porções proximais do músculo

esternocleidomastoídeo e do músculo trapézio, a 3 cm (1,5 cun) da linha mediana.

Meridiano da vesícula biliar

VB21 No meio de uma linha que une a apófise da vértebra C7 com o

acrômio. VB22 Sobre a axilar anterior. no 4º espaço intercostal. VB23 No 4º espaço intercostal, a 2 cm (1 cun) anteriormente à linha

axilar anterior. VB24 Sobre a linha mamilar, ao 7º espaço intercostal. VB25 Sobre a axilar, no ápice da 12º costela. VB26 Sobre a axilar anterior, a nível umbilical. VB27 Em um ponto situado superiormente e anteriormente à espinha

ilíaca superior. VB28 Em um ponto situado superiormente e anteriormente ao segundo

promontório que está embaixo da espinha ilíaca superior. VB29 Em meio a uma reta que une a espinha ilíaca anterior/posterior e a

cabeça do trocânter maior, com o indivíduo deitado.

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Curso de Massagem Oriental 72

VB30 Posteriormente à cabeça do fêmur, sobre a linha que une o grande trocânter ao hiatus sacral.

VB31 Sobre a face lateral da coxa, a 14 cm (7 cun) sobre o cavo poplíteo, em um ponto que se encontra entre o músculo vasto-lateral e o músculo bíceps sural.

VB32 Sobre a face lateral da coxa a 10 cm (5 cun) sobre o cavo poplíteo. sobre a fascia lata (sob o VB31).

VB33 Em uma depressão que se encontra na parte superior da face do epicôndilo lateral do fêmur.

VB34 Em uma depressão que se encontra no lado anterior e inferior da cabeça da fíbula.

Os pontos VB35, VB36, VB37, VB38, VB39 são colocados em zonas anatômicas diversas, conforme os autores:

• Nguyen Van Nghi coloca o VB35 na margem anterior e os outros sobre a margem posterior da fíbula.

• Kinoshita coloca o VB36 e o VB38 na margem posterior e o VB35, VB37 e o VB39 sobre a margem anterior.

• Soulié de Morant coloca o VB36 posteriormente e o VB35, VB37, VB38 e o VB39 todos anteriormente.

• Niboyet coloca o VB35 posteriormente e os demais todos anteriormente.

• Nós seguiremos a descrição anatômica da Academia de Medicina Tradicional Chinesa (1975) .

VB35 A 14 cm (7 cnn) na vertical que sobe da ponta do maléolo externo, na borda anterior da fíbula.

VB36 A 14 cm (7 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo externo, na borda posterior da fíbula, ao nível do ponto VB35.

VB37 A 10 cm (5 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo externo, na borda anterior da fíbula. VB38 - A 8 cm (4 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo externo, na borda anterior da fíbula.

Meridiano da vesícula biliar (cont.)

VB39 A 6 cm (3 cun) sobre a vertical que sobe da ponta do maléolo

externo, na borda posterior da fíbula entre o tendão do músculo

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Curso de Massagem Oriental 73

fíbula curto e o tendão do músculo fíbula longo. VB40 Anteriormente e inferiormente ao maléolo externo, em uma

depressão que se encontra no lado externo do tendão do músculo extensor comum dos dedos.

VB41 Em uma depressão que se encontra anteriormente à articulação do 4º e 5º ossos metatarsianos, lado medial do tendão do 5º dedo.

VB42 A 1 cm (0,5 cun) anteriormente à articulação do 4º e 5º ossos metatarsais = ao ponto VB41.

VB43 A 2 cm (1 cun) anteriormente à articulação do 4º e 5º ossos metatarsais = ao ponto VB41.

VB44 Sobre o ângulo ungueal lateral do 4º dedo.

Meridiano da vesícula biliar (cont.)

Meridiano do Fígado

(Kann-Ching) Número de Pontos:

14 pontos bilaterais Polaridade:

Yin (-) negativa Sentido da Energia:

Pés - Tronco = centrípeto Horário:

Da 1 às 3 horas este Meridiano se encontra com a máxima energia e é adequado para sedação. O horário seguinte é bom para tonificá-lo. Função:

Este Meridiano comanda as múltiplas funções do fígado, em especial as relacionadas com o metabolismo, a sexualidade, os músculos e a acuidade visual.

Sua expressão emocional é a irritação e a cólera. Está relacionado com o sentido da visão.

Relações:

O Meridiano do fígado está relacionado com os seguintes Meridianos: Vesícula - biliar, seu acoplado. Vesícula - biliar e pulmão na seqüência da Grande Circulação. Intestino Delgado pela via meio-dia - meia-noite (opostos 12 horas). Rim (água) e coração (fogo) na seqüência generativa dos 5

elementos. Pulmão (metal) e baço-pâncreas (terra) de acordo com a Lei da

dominância dos 5 elementos. Vasos Secundários:

Através dos vasos secundários o Meridiano do fígado faz conexão com os seguintes Meridianos:

No ponto F13 conecta-se com o Meridiano da vesícula biliar e com o baço-pâncreas.

O ponto F5 faz conexão com o ponto VB40 e o ponto F3 com o ponto VB37.

Existem ainda vasos secundários que ligam este Meridiano com os seguintes pontos: BP6, B33, CS1, VC2 e VC3. Sintomas de Insuficiência de Energia:

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Prurido, acúfenos, olhos secos, visão diminuída, espasmo, convulsão, paralisia, unhas secas, angústia. Sintonias de Excesso de Energia:

Inchação das pernas, tensão e dores torácicas e no abdome, vômito, diarréia, tosse, câimbra nos braços e pernas, rigidez, dor na escápula. Trajeto:

O Meridiano do fígado nasce no ângulo ungueal externo do hálux, F1 Ta-Toun, ganha a face dorsal do pé, seguindo pela borda externa do 1º metatarsiano, onde se localizam os pontos F2 Sing-Tsienn e F3 Trae-Tchrong, cruza a face anterior do tornozelo, sobre a linha que liga os extremos do maléolo, entre dois tendões, onde se localiza o F4 Tchong-Fong, subindo a perna pela borda posterior da fíbula (face interna), onde encontramos os pontos F5 Li-Keou, F6 Tchong-Tou e F7 Si-Koann, cruza o joelho por sua face interna, F8 Tsiou-Tsiuann. Sobe a coxa pela face interna, entre os Meridianos dos rins e baço-pâncreas, onde se encontram F9 Inn-Pao, F10 Ou-Li, F11 Inn-Lienn. Cruza a pélvis no ponto F12 Iang-Che, dirigindo-se às costelas falsas, passando por F13 Tchang-Menn, indo terminar ao sexto espaço intercostal, linha mamilar do ponto Fl4 Tsri-Menn. Localização Anatômica dos Pontos F1 Sobre o ângulo ungueal lateral do hálux.

- Outros autores (coreanos) e alguns mapas chineses citam o ponto como sendo no dorso distal do hálux, a poucos milímetros da margem ungueal posterior.

- Pessoalmente, coloco o ponto F1 sobre a face lateral do hálux proximamente à articulação falanginha-falangeta: para estimular nas ciatalgias VB.

F2 Entre o hálux e o 2º dedo, adiante da articulação falange-falanginha.

F3 Entre o hálux e 0 2º dedo adiante da própria articulação. F4 Sobre a articulação tíbio-tarsal, adiante, em uma depressão que se

encontra medialmente ao tendão do músculo tibial. F5 A 10 cm (5 cun) sobre a ponta do maléolo interno na borda

posterior da tíbia. F6 A 14 cm (7 cun) sobre a ponta do maléolo interno, na borda

posterior da tíbia. F7 A 2 cm (1 cun) posteriormente ao ponto posterior do côndilo medial

da tíbia. F8 No nível da linha articular medial do joelho, anteriormente à borda

dos músculos semimembranoso e semitendinoso.

F9 Face medial da coxa a 4 cun acima do epicôndilo medial do fêmur. F10 Da prega inguinal, distalmente, a 2 cm (1 cun) sobre a face ântero-

medial da coxa medialmente à borda do sartório. Evitar a artéria femural.

F11 Na prega inguinal lateralmente à artéria femural. Evitar a artéria femural.

F12 Ao longo da reta que corre sobre a borda inferior do púbis, a 5 cm (2,5 cun) lateralmente à sínfise púbica.

F13 Sobre a linha axilar, no ápice da 11ª costela. F14 Sobre a linha mamilar, no espaço entre as 6ª e 7ª costelas.

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Curso de Massagem Oriental 75

Meridiano do fígado

Meridiano do Vaso da Concepção (Jenn-Mo)

O vaso da concepção está associado com a energia Yin Supremo, sendo chamado o Meridiano das mulheres. Relaciona-se com o sistema nervoso autônomo simpático.

Possui 24 pontos situados na linha média anterior, não possuindo pontos de comando e não tendo também horário de máxima energia.

Iniciando seu trajeto no períneo, sobe verticalmente pela linha média anterior sobre o abdômen, depois sobre o tórax, garganta, finalizando no ponto médio inferior do lábio. Localização dos Pontos: VC1 No centro do períneo, na metade da linha sagital, que une o ânus e

o escroto no homem; na mulher fica entre o ânus e a comissura vaginal posterior.

VC2 Na borda superior do púbis. VC3 A 1 distância acima do ponto VC2, a 4 distâncias abaixo do

umbigo, sobre a margem superior do púbis. VC4 A 3 distâncias abaixo da borda do umbigo, ou 2 distâncias sobre a

margem superior do púbis. VC5 A 2 distâncias abaixo da borda do umbigo ou 3 distâncias sobre a

margem superior do púbis. VC6 A 1 1/2 distância abaixo da borda do umbigo. VC7 A 1 distância abaixo da borda do umbigo. VC8 Bem no centro do umbigo. VC9 A 1 distância acima da borda do umbigo. VC10 A 2 distâncias acima da borda do umbigo. VC11 A 3 distâncias acima da borda do umbigo. VC12 A metade da linha que une o umbigo à articulação do osso xifóide-

esternal. VC13 A 2 distâncias abaixo do apêndice xifóide ou a 5 distâncias do

umbigo. VC14 A 6 distâncias do umbigo. VC15 Bem na ponta do apêndice xifóide, a 1 distância abaixo do esterno. VC16 Sobre a articulação do esterno-xifóide, a 1 distância acima do

ponto VC15. VC17 Ao nível do 4º espaço intercostal. VC18 Ao nível do 3º espaço intercostal. VC19 Ao nível do 2º espaço intercostal. VC20 No nível da articulação do manúbrio com o corpo do esterno. VC21 A 1 1/2 distância abaixo da fossa supra-esternal. Sobre o manúbrio

do esterno a 1 distância abaixo da incisura.

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Curso de Massagem Oriental 76

VC22 A 1/2 distância sobre a incisura do esterno. FC23 No nível do osso hióide. VC24 Num oco situado entre o lábio inferior e o queixo.

Meridiano do vaso da concepção

Meridiano do Sistema Nervoso (Tou-Mo)

Pelo Meridiano do sistema nervoso ou vaso do governo transita a

energia Yang Suprema, sendo o Meridiano dos homens. Relaciona-se com o sistema nervoso autônomo parassimpático.

Possui 28 pontos situados na linha média posterior, não possuindo pontos de comando ou horário de máxima energia.

Entre o Vaso da Concepção do sistema nervoso ocorre a pequena circulação de energia, sendo que a complementação no trajeto que une as extremidades dos dois Meridianos é feita pela profundidade. Em ambos os vasos o sentido da circulação é ascendente pela pele e descendente no trajeto profundo.

Este Meridiano inicia o seu trajeto na extremidade do cóccix, subindo pela linha média posterior unindo as apófises espinhosas de todas as vértebras. Passa pelo crânio, testa, dorso do nariz, terminando na gengiva, entre dois incisivos anteriores superiores. Localização dos Pontos SN1 Na metade da linha que une o ânus c a ponta do cóccix. SN2 No nível do 4º sacral por cima da articulação sacro-cóccix, onde se

abre o hiato sacral. SN3 Entre o processo espinhoso da 4ª e 5ª vértebras lombares. SN4 Entre o processo espinhoso da 2ª e 3ª vértebras lombares. SN5 Debaixo da apófise espinhosa da 1ª vértebra lombar. SN6 Debaixo da apófise espinhosa da 11ª vértebra torácica. SN7 Debaixo da apófise espinhosa da 10ª vértebra torácica. SN8 Debaixo da apófise espinhosa da 9ª vértebra torácica. SN9 Debaixo da apófise espinhosa da 7ª vértebra torácica. SN10 Debaixo da apófise espinhosa da 6ª vértebra torácica. SN11 Debaixo da apófise espinhosa da 5ª vértebra torácica. SN12 Debaixo da apófise espinhosa da 3ª vértebra torácica. SN13 Debaixo da apófise espinhosa da 1ª vértebra torácica. SN14 Debaixo da apófise espinhosa da 7ª vértebra cervical. SN15 Debaixo da apófise espinhosa da 1ª vértebra cervical (debaixo do

Atlas). SN16 Debaixo da margem do osso occipital. SN17 Região occipital, a 1 1/2 distância da margem do osso occipital,

sobre uma linha mediana em direção ao ápice do crânio. SN18 A 3 distâncias da margem do osso occipital sobre uma linha sagital

em direção ao ápice do crânio. SN19 A 4 e 1/2 distâncias do osso occipital sobre uma linha sagital em

direção ao ápice do crânio.

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Curso de Massagem Oriental 77

SN20 Sobre a linha média que cruza sobre o ápice do couro cabeludo, uma linha que une os extremos da hélice das duas orelhas.

SN21 Sobre a linha sagital a 1 1/2 distância em frente ao ponto SN20. SN22 Sobre a linha sagital, a 3 cm do SN20. SN23 Sobre a linha sagital, a 4 distâncias do SN20. SN24 Sobre a linha sagital, a 1/2 distância do limite posterior dos

cabelos, a 4 e 1/2 distâncias do SN20. SN25 Na ponta do nariz. SN26 Num oco, no meio do lábio superior, bem abaixo do nariz. SN27 No meio do sulco do lábio superior, à sua margem distal. SN28 No meio do frênulo do lábio superior.

Meridiano do sistema nervoso

Os Cinco Elementos

Este capítulo tem como autor: - Mario Figueiredo Membro diretor da Associação de Massagem Oriental de Campinas, Mario é um estudioso dedicado das filosofias orientais. É meditante e iniciou-se na massagem pelo Do-ln. Tem cursos de especialização em técnicas de massagem e leciona no curso de Massagem e Sensibilidade. Teoria

A teoria dos cinco elementos ocupa lugar preponderante na Medicina Oriental, pela sua íntima correlação com a natureza humana. Segundo a concepção chinesa, todos os seres e todas as coisas, conforme suas características, podem ser agrupados em cinco categorias. Os elementos de cada categoria estão ligados àqueles que são primordiais: Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água. A Tabela I apresenta alguns exemplos:

Tabela I Elemento Madeira Fogo Terra Metal Água Pontos Cardeais

Este Sul Centro Oeste Norte

Estações Primavera Verão 5ª Estação Outono Inverno Energia Vento Calor Umidade Seco Frio Órgãos Fígado Coração Baço-

pâncreas Pulmão Rins

Vísceras V. Biliar I. Delgado Estômago I. Grosso

Bexiga

Orifícios Olhos Ouvidos Boca Nariz Orif. Genitais

Tecidos Músculos Vasos Tec. Conjuntivo

Pele Ossos

Sentimentos Cólera Alegria Obsessão Tristeza Medo Cores Verde Vermelho Amarelo Branco Preto Sabores Ácido Amargo Doce Picante Salgado Cereais Trigo Milho Centeio Arroz Feijão Animais Frango Carneiro Boi Cavalo Porco Planetas Júpiter Marte Saturno Vênus MercúrioVoz Grito Fala Canto Lamento Gemido Odores Rançoso Queimado Perfumado Carnoso Pútrido

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Curso de Massagem Oriental 78

Passando para outro aspecto da questão, os chineses, usando o gnomon (uma haste vertical), determinaram pelas suas sombras os solstícios e equinócios e, por conseguinte, as 4 estações: primavera, verão, outono e inverno.

Considerando que a terra é um ponto central de observação dos fenômenos celestes, ela foi acrescentada ao grupo, inicialmente no centro e depois deslocada para a periferia, formando a 5ª estação (último mês do verão).

As estações se correlacionam com as energias do céu. Correlatamente foi criada, a doutrina dos 5 elementos ou movimento, correspondente à energia da terra, da seguinte maneira: a Madeira dá origem ao fogo; o Fogo origina a Terra; esta dá origem ao Metal porque o contém; o Metal dá origem à água porque se liquefez; a água dá origem à Madeira porque nutre o vegetal. Essa seqüência forma a Lei da Criação. Os elementos na doutrina chinesa são forças ou tendências e não matérias. Eles formam as 5 energias da Terra.

Correspondência Entre as Energias: Energia da Terra Energia do Céu

Madeira Vento (Primavera) Fogo Calor (Verão) Terra Umidade (5ª Estação) Metal Seca (Outono) Água Frio (inverno)

As 5 energias da terra estão dispostas em uma seqüência para expressar as mútuas influências geradoras que têm uma sobre a outra. Como se depreende, se não existisse um controle, esse engendramento não teria limite. Por isso surge uma força de inibição ou de destruição que é expressa da seguinte forma: a Madeira domina a Terra, pela penetração das raízes das plantas, que chegam a destruir até as rochas; a Terra domina a água (a absorve); a Água domina o Fogo; o Fogo domina o Metal (pela fusão); o Metal domina a Madeira pelo corte.

Os chineses chamam o ciclo da criação de Cheng e o da destruição de Ko (ver fig. A e B).

No ciclo Cheng, considerando-se um elemento como referencial, o que antecede é a mãe e o que sucede é o filho. Exemplo: sendo o coração o elemento referencial, a sua mãe é o fígado e seu filho o baço-pâncreas.

Regra Mãe-Filho: para tonificar um elemento, tonifica-se a mãe. Para sedar esse elemento, seda-se o filho. Exemplo: para tonificar o rim, tonifica-se o pulmão, para sedar o rim, seda-se o fígado.

Figura A

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Curso de Massagem Oriental 79

Figura B

No ciclo KO Dominante Dominado

Água Fogo Fogo Metal Metal Madeira Madeira Terra Terra Água

Regra dominante-dominado: para tonificar o dominado, seda-se o

dominante. Para sedar o dominado, tonifica-se o dominante. Pontos SU antigos (antigos pontos chineses) aplicados nos 5

elementos: Ting - Iong - Iu - King - Ho. Os pontos Ting se localizam nas extremidades dos dedos ou artelhos,

com exceção no Meridiano do rim e os pontos Ho próximos ao cotovelo ou joelho.

Tabela II Pontos SU

Meridiano Ting Iong Iu King Ho P P11 P10 P9 P8 P5 IG IG1 IG2 IG3 IG5 IG11 E E45 E44 E43 E41 E36 BP BP1 BP2 BP3 BP5 BP9 C C9 C8 C7 C4 C3 ID ID1 ID2 ID3 ID5 ID8 B B67 B66 B65 B60 B54 R R1 R2 R3 R7 R10 CS CS9 CS8 CS7 CS5 CS3 TA TA1 TA2 TA3 TA6 TA10 VB VB44 VB43 VB41 VB38 VB34 F F1 F2 F3 F4 F8

Tabela III Aplicação dos pontos SU Para Tonificar Para Sedar Meridiano Cheng Tonifica Ko seda Cheng seda Ko Tonifica

P P9 BP3 P10 C8 P5 R10 P10 C8 IG IG11 E36 IG5 ID5 IG2 B66 IG5 ID5 E E41 ID5 E43 VB4l E45 IG1 E43 VB41 BP BF2 C8 BP2 F1 BP5 P8 BP1 F1 C C9 F1 C3 R10 C7 BP3 C3 R10 ID ID3 VB41 ID2 B66 ID8 E36 ID2 B66 B B67 IG1 B54 E36 B65 VB41 B54 E36 R R7 P8 R3 BP3 R1 F1 R3 BP3 CS CS9 F1 CS3 R10 CS7 BP3 CS3 R10 TA TA3 VB41 TA2 B66 TA10 E36 TA2 B66 VB VB43 B66 VB44 IG1 VB38 ID5 VB44 IG1 F F8 R10 F4 P8 F2 C8 F4 P8

A tabela III é resultante da aplicação das figuras A, B e tabela II.

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Curso de Massagem Oriental 80

Exemplo: tonificar o Meridiano do coração. Na fig. A - Coração é Iong. Então no ciclo Cheng, para tonificar o Iong, tonifica-se sua mãe - Ting: • F1 (fig. A) • C9 (tabela II)

No ciclo Ko - na fig. A - para tonificar Iong (dominado), seda-se o dominante Ho:

• R10 (fig. A) • C3 (tabela II)

Com este exemplo acima, fica encerrado o presente capítulo.

A Fórmula do Óleo de Massagem Ingredientes:

1. álcool de cereais (3 colheres) 2. vaselina líquida ou óleo de gergelim refinado (3/4 de um litro) 3.

3.a frutas: morango (1 dúzia) maçã (3 unidades), etc. 3.b mel (12 colheres) 3.c rosa (120 gramas de pétalas)

Modo de Preparar:

Amassar num pilão (não bater no liquidificador) a fruta escolhida (ou mel ou rosa).

Juntar à massa obtida três colheres de álcool de cereais c misturar bem. Deixar descansando durante 30 minutos.

Acrescentar posteriormente a vaselina líquida (ou óleo de gergelim refinado), Conservar em recipiente fechado durante uma lua (28 dias).

Esta fórmula é de autoria da Professora Eliane Austregésilo.

Cuidados com a Coluna Vertebral

A autoria deste capítulo é de: - EDVALDO OLIVEIRA CRUZ Membro diretor da Associação de Massagem Oriental do Brasil, é especializado em manipulações de coluna, Shiatsu e Do-ln. É um dos instrutores do curso de SEITAI em nosso país. Massagista formado em 1982 fez sua

entrada no corpo docente do curso de Massagem e Sensibilidade, como supervisor de ambulatório, hoje é responsável por esta parte do curso,

além de professor regular. A Coluna Vertebral

A coluna vertebral é formada por 33 ossos superpostos, denominadas vértebras, onde se distinguem 5 regiões com características próprias. A saber, temos: região cervical (7 vértebras); região torácica (12 vértebras); região lombar (5); região sacra (5); região coccígena (4). Entre uma vértebra e outra se encontra um disco fibroso e gelatinoso, responsável pelo amortecimento dos movimentos e pela mobilidade que a coluna apresenta.

Vista lateralmente a coluna apresenta curvaturas em forma de S. Quando para frente são chamadas Lordoses ou Secundárias - surgem a partir do 7º ou 8º mês de vida, quando se começa a sentar (lordose lombar) e no 1º ano, quando se começa a andar (lordose cervical). Já quando as curvaturas são para trás, são chamadas Cifoses ou Primárias - de origem fetal (torácica e sacro-coccígena). Outra curvatura muito comum em nossos dias é a Escoliose, que seria um desvio na coluna para a direita ou esquerda (quando vista de frente). Todas estas curvaturas podem apresentar patologias quando acentuadas, mas a pior delas é, sem dúvida, a Escoliose.

Na parte posterior a coluna abriga várias terminações musculares; já em sua região média, a coluna abriga a Medula Espinal, que por sua vez é a origem dos Nervos Radiais (que passam em uma saliência lateral entre uma vértebra e outra), ou seja, toda a comunicação cérebro-organismo passa pela coluna.

Além do citado, todo o sistema vascular inferior e parte do superior têm passagens muito próximas à coluna, sendo também afetados quando ocorre algo a ela.

Como se vê, não é só do ponto de vista energético que se deve observar a coluna; o aspecto físico é também muito importante.

Dor e Tratamento Toda a massagem tem como alvo à dor, mas ela é o efeito e não a

causa. Quase sempre a coluna tem participação nas dores que sentimos, portanto um tratamento rápido e adequado pode nos livrar de tantos

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Curso de Massagem Oriental 81

males. Quando a coluna é exposta a um esforço exagerado, pode ocorrer um

deslocamento do disco intervertebral - a Hérnia de Disco - feito isto, o disco pode pinçar o nervo radial, surgindo um processo de dor. Então, o órgão que estiver afeto a este nervo sofrerá todas as conseqüências. Vale lembrar que as calcificações (Bicos-de-Papagaio) são um resultado da demora do paciente no tratamento das hérnias de disco.

A Seguir o Tratamento:

Fig. A - O massagista posicionará suas mãos de tal forma a encontrar a máxima articulação da região cervical do paciente. Na expiração do paciente, o massagista executará a tosão do pescoço do mesmo de forma rápida e num só movimento. Estará sendo trabalhada a região das vértebras C1 a C7. Sempre verificar que o paciente esteja relaxado. Nunca realizar o movimento em caso deste estar tenso.

Fig. A

Fig. B - O massagista une seus joelhos e os posiciona na altura da D12 Ele deve centralizar a coluna do paciente de tal forma a pressionar as laterais da mesma. O sentido do movimento será sempre de baixo para cima, até atingir a D1. É importante salientar que o massagista, à medida que vai subindo com os joelhos, também suba a posição dos braços do paciente, permitindo assim que a pressão seja aplicada num ângulo de noventa (90) graus.

Fig. B

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Curso de Massagem Oriental 82

Fig. C - O massagista se posiciona de tal forma que o paciente tenha sua coluna totalmente torcida, sem que este saia da posição inicial. O movimento terá melhor desempenho se executado na expiração do paciente.

Fig. C

Fig. D - O massagista deverá travar a perna dobrada do paciente e realizar a torção da região lombar (altura da D12 até L5). Importante frisar que este movimento pode ser executado mais de uma vez, pois se trata de uma região muito resistente, empurrando o ombro e puxando a bacia do mesmo...

Fig. D

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Curso de Massagem Oriental 83

Fig. E - O massagista executará a torção da região lombar agora para o outro lado. Para tanto, deverá puxar o ombro do mesmo enquanto empurra a bacia. Este movimento também pode ser executado mais de uma vez.

Fig. E

Poucas são as técnicas que trabalham no intuito de corrigir as distorções da coluna vertebral. A Quiroprática é uma delas e a mais difundida. Desenvolvida nos EUA, adaptou os bruscos movimentos

orientais ao gosto ocidental. Um exemplo de tratamento oriental da coluna é o Seitai, que trabalha

com a máxima articulação do corpo humano. Neste capítulo sobre a coluna vertebral destacamos alguns movimentos específicos para cada região:

Cervical Fig. A Dorsal Fig. B Lombar Fig. C Sacro-coccígena Figs. D e E

Recomendações Gerais

A) Sempre antes de qualquer manipulação, observar se o paciente está relaxado.

B) Procure sempre a máxima articulação permissível antes de articular o movimento.

C) As manipulações devem ser feitas de uma única vez, transmitindo assim ao paciente uma certeza e segurança sua.

D) Antes de articular o movimento, diga sempre ao paciente que expire profundamente. As manipulações são feitas sempre quando o paciente esta sem ar nos pulmões. Desta forma ele não oferecerá resistência à manipulação.

E) Observe sempre os limites físicos do paciente e respeite-os. F) Nas manipulações é comum se escutar o famoso barulhinho ou

estalo, mas lembre-se, isto é decorrência do movimento. Em alguns casos isto não ocorrerá, o que não significa ineficiência do movimento.

G) A seqüência dos movimentos não é regra. O massagista tem toda liberdade de ação.

H) Evite fazer as manipulações com pessoas que estão com a pressão arterial irregular. Existe o risco de desmaio.

I) Após a seqüência dos movimentos, algumas pessoas podem sentir leves tonturas.

J) Normalmente a pressão sobe após as manipulações. K) Não se trabalha com pessoas que sofrem de osteoporose.

Recomendações Pós-Massagem

A) Nos dias que se seguem após a massagem, recomende ao paciente fazer barra. Se pendurar, mesmo que seja em uma porta. Este exercício deve ser feito por tempo limitado: 20 segundos no máximo. Ou no caso de mulheres e crianças, 10 segundos. Esta pratica proporcionará à pessoa um relaxamento, pois se

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Curso de Massagem Oriental 84

fará uma tração natural, com o próprio peso. EXERCÍCIO: Levante os braços, deixando sempre um espaço entre as mãos, o equivalente à largura dos ombros, segure firme na barra ou porta, deixando o corpo solto sem forçar.

B) Recomende ao paciente que se deite sempre em decúbito dorsal, com um travesseiro baixo. Normalmente as pessoas dormem em decúbito ventral, o que acaba dificultando em muito não só a respiração, mas também comprime o abdômen. No caso de dores, exemplo, dores ciáticas, diga ao paciente para dormir sempre de lado. Isto no caso dele não conseguir dormir em decúbito dorsal, dormir com o lado mais afetado para cima, ficando a perna de baixo esticada e a perna de cima flexionada para frente, evitando deixá-la dobrada sobre a de baixo.

C) A pessoa deve evitar logo após as manipulações, por um período de no mínimo 15 dias, qualquer atividade esportiva ou exercício físico muito acentuado, como colocar o tronco para trás, ou mesmo carregar pesos, lavar roupas em tanque, etc.

D) Não se recomenda o uso de bebidas destiladas muito fortes: como conhaque, vodka, etc. Evita-se também comidas muito condimentadas, mais especificamente o emprego da pimenta.

E) Sempre que sentar, o paciente deve reparar se está em uma posição que sua coluna forme um ângulo de 90º com o assento do móvel. Isto é muito importante.

F) Em alguns casos, após as manipulações, geralmente no dia seguinte, a pessoa amanhece com fortes dores no corpo, o que é absolutamente aceitável, pois foi trabalhada toda a sua estrutura física. Então o corpo está se readaptando a uma nova posição. No caso das dores, recomende à pessoa que tome um banho quente, assim a musculatura ficará relaxada.

Casos Especiais Crianças

Recomenda-se trabalhar com crianças somente a partir dos 2 (dois) anos de idade, assim ela já apresentará uma formação óssea mais resistente.

Os movimentos devem ser mais leves, pois os ossos são mais fracos. Tome sempre muito cuidado com elas. O que é muito importante nesse caso é o massagista adquirir a total confiança e cumplicidade da criança, procurar trabalhar sempre com a ajuda dos pais ou fazer com que eles fiquem sempre próximos.

Lembre-se: uma queda mais séria na infância mais tarde pode trazer sérias complicações. Idosos

Uma queda séria na infância pode mais tarde se manifestar, e normalmente isto ocorre com a pessoa em idade avançada. Porque durante a juventude e a fase adulta o corpo está sempre em movimento. Mas com a idade, os movimentos vão ficando cada vez menores e as pessoas deixam de exercitar o corpo.

Os idosos também apresentam vícios posturais, ocasionados, na sua maioria, pela profissão que exercem há anos.

Em pessoas com idade avançada os movimentos são feitos de uma forma mais branda, não forçando muito, porque os discos intervertebrais já estão mais gastos. Gestantes

As gestantes tendem a ter fortes dores na região lombar, devido ao excesso de peso que carregam durante os últimos três (3) meses, mas o massagista só pode trabalhar no nível de manipulação na região lombar quarenta e cinco (45) dias após o parto.

Mesmo no início da gravidez também não se trabalha esta região, mas as regiões dorsais e cervicais podem ser trabalhadas normalmente. Defeitos Físicos:

Corcundas acentuadas, cifoses e lordoses salientes devem ser evitadas nas massagens com seitai, pois elas são um processo decorrente de muitos anos de má formação. Fraturas

No caso de fraturas (fissuras ou quebras de ossos), verificar a quanto tempo elas aconteceram.

Dependendo da gravidade, recomenda-se respeitar por um mínimo de um (1) ano.

No caso de um traumatismo recente recomendar ao acidentado que, antes de uma massagem, ele procure assistência médica.

Nunca trabalhe em cima de uma dúvida.

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Curso de Massagem Oriental 85

Reflexologia dos Pés

Este capítulo é de autoria de: - Ingrid Kook Weskott Presidente da Associação de Massagem Oriental de Campinas, é meditante

transcendental, instrutora de Yoga e massagista formada em 1982. Por méritos próprios foi convidada a participar da equipe de professores do

curso de Massagem e Sensibilidade, sendo hoje coordenadora das turmas de Campinas. Tem vários cursos de especialização nas

disciplinas citadas, no Brasil e no exterior. O que São Zonas de Reflexo?

Zonas de reflexo são pontos nervosos relacionados com os órgãos internos. Tais áreas existem em todo o corpo. Na reflexologia, dá-se muita atenção aos pés, já que nenhuma outra parte do corpo é tão negligenciada. A natureza previu o homem andando descalço em qualquer terreno, estimulando naturalmente a planta dos pés.

Em nosso ambiente cultural, o uso de sapato fechado e com a sola rígida evita a ativação de muitas dessas zonas e dificulta o equilíbrio físico e psíquico.

É através da massagem dos pontos específicos de reflexo que se melhora a sua circulação sanguínea e energética e a dos órgãos correspondentes. Os bloqueios do fluxo energético muitas vezes se apresentam com áreas de reflexo endurecidas mostrando cristalização de toxinas. Pressionando esses pontos ajuda-se na dissolução destas toxinas e na regularização das funções orgânicas. Como Trabalhar os Pontos de Reflexo?

Uma boa massagem começa com a postura confortável do terapeuta e da pessoa a ser massageada. Uma fricção vigorosa com ambas, as mãos no pé do massageado inicie a massagem geral. Para melhor deslizamento das mãos convém usar creme ou óleo. Massageando-se as áreas específicas, o ângulo usual do polegar em relação ao pé é de aproximadamente 60º, começando com uma pressão suave e aumentando-a aos poucos, sempre observando a reação do paciente.

Para fortalecer o organismo, todos os pontos devem ser tratados. Em casos agudos, a massagem deve iniciar-se nas áreas correspondentes aos órgãos afetados.

Uma seqüência possível é a seguinte: 1. Área dos rins, ureteres, bexiga - a massagem contribui para

soltar substâncias tóxicas. Para que elas sejam eliminadas e não simplesmente congestionem o sistema circulatório, dedica-se mais tempo a essas áreas.

2. Área da cabeça - por ser a central de comando de todos os

órgãos. 3. Área do estômago, intestinos, fígado e pâncreas - a massagem

visa levar nutrientes a estes órgãos, tão importantes para o equilíbrio energético do corpo.

4. Áreas da drenagem linfática - aumentando assim a capacidade de resistência própria do corpo.

5. Todas as demais áreas detectadas como sensíveis. A massagem pode durar; para cada área, até 5 minutos, com ênfase

nos pontos sensíveis. Uma sensibilidade maior nos órgãos depois da massagem indica que o corpo está reagindo ao tratamento. Como todas as técnicas, a reflexologia requer experiência e prática. Convém evitar massagear os pontos do útero e ovários durante a menstruação, e as gestantes no 1º mês de gravidez.

Sempre se deve ter presente a meta, que é o aumento do bem-estar da pessoa. A reflexologia é especialmente indicada para tratamentos preventivos, desfazendo desequilíbrios energéticos em seus primeiros sinais. É um sistema que complementa os métodos terapêuticos milenares da massagem oriental.

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Curso de Massagem Oriental 86

Pé Direito

1 cabeça (cérebro), lado esquerdo (os 2 dedos grandes dos pés correspondem à cabeça, o lado direito está relacionado no pé esquerdo, o lado esquerdo no pé direito) 2 seios da face, lado esquerdo 3 cerebelo, tronco encefálico 4 hipófise 5 região temporal, nervo trigêmeo 6 nariz 7 nuca 8 olho esquerdo 9 ouvido esquerdo 10 ombro direito 11 trapézio direito 12 tireóide 13 paratireóide 14 pulmões e brônquios, lado direito 15 estômago 16 duodeno 17 pâncreas 18 fígado 19 vesícula biliar 20 plexo solar 21 supra-renal, direito 22 rim direito 23 ureter direito 24 bexiga 25 intestino delgado 26 apêndice vermiforme 27 jejuno-íleo 28 cólon ascendente 29 cólon transversal 35 joelho direito 36 gônadas, lado direito 57 área ciática

Pé Esquerdo

1 cabeça (cérebro), lado direito 2 seios da face, lado direito 3 cerebelo, tronco encefálico 4 hipófise 5 região temporal, nervo trigêmeo 6 nariz 7 nuca 8 olho direito 9 ouvido direito 10 ombro esquerdo 11 trapézio esquerdo 12 tireóide 13 paratireóide 14 pulmões e brônquios, lado esquerdo 15 estômago 16 duodeno 17 pâncreas 20 plexo solar 21 supra-renal, esquerdo 22 rim esquerdo 23 ureter esquerdo 24 bexiga 25 intestino delgado 29 cólon transversal 30 cólon descendente 31 cólon sigmóide 32 reto 33 coração 34 baço 35 joelho esquerdo 36 gônadas, lado esquerdo 57 área ciática

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Curso de Massagem Oriental 87

Pé - Parte Interna

6 nariz 13 paratireóide 24 bexiga 38 área quadril 40 área linfática inferior 49 virilha 50 útero ou próstata 51 pênis, vagina, uretra 52 reto 53 região cervical 54 região torácica 55 região lombar 56 região sacra e cóccix

Pé - Parte Externa

5 região temporal, nervo trigêmeo 10 ombro 35 joelho 36 ovário ou testículos 37 útero 38 área quadril 39 área linfática superior 42 labirinto 43 tórax 44 diafragma

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Pé – Dorso

39 área linfática superior 40 área linfática inferior 41 drenagem linfática 42 labirinto 43 tórax 44-45 amígdalas 46 maxilar inferior 47 maxilar superior 48 laringe, traquéia

A Energia da Vida Este capítulo foi escrito pelo amigo: - Salem Hanna Diretor e fundador da Associação de Massagem Oriental do Brasil, amigo de todas as horas, é

um incansável pesquisador das teorias de preservação da saúde e restabelecimentos de distúrbios energéticos.

Salem é massagista formado em 1980, tendo deixado a profissão antiga - o comércio, para se dedicar ao atendimento em gabinete próprio de

massagem e acupuntura, com o emprego das mais eficientes técnicas da atualidade.

Encontra ainda tempo e disposição para ministrar aulas que vêm completar o seu propósito maior de aprender e ensinar as técnicas

orientais de saúde, visando um ser humano mais feliz. Yin e Yang

Todo organismo, para se manter vivo, necessita de energia da vida. Esta energia tem dois aspectos opostos e complementares conhecidos como energia positiva (YABG) e energia negativa (YIN) .

O YIN e o YANG são duas polaridades surgidas da grande expansão infinita, tendo características peculiares: YANG é centrípeto, YIN é centrífugo, não existindo a neutralidade absoluta. Dentro do YANG existe a essência YIN e dentro do YIN existe a essência YANG.

As energias YIN e YANG circulam sem cessar no organismo através dos Meridianos. Diagnosticando-se o estado desta energia nos Meridianos, podemos determinar a origem das enfermidades e se há excesso ou falta da mesma. Através deste diagnóstico o desequilíbrio é localizado, ocorrendo então a troca de energia entre os Meridianos, levando ao equilíbrio entre o YIN e o YANG.

A fadiga, a preocupação e o medo que nos atingem no dia a dia vêm alterando o nosso sistema nervoso. Surgem cada vez mais problemas psíquicos e orgânicos.

Em geral essas tensões bloqueiam o fluxo energético nos Meridianos ocasionando, então, disfunções orgânicas. Os primeiros sintomas começam na região cervical com rigidez nos músculos e tendões e em seguida o enrijecimento nos trapézios. Os primeiros órgãos e vísceras a serem atingidos são o aparelho digestivo, a vesícula biliar, o fígado, o aparelho respiratório, dores de cabeça e o desinteresse total pelo sexo.

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Enfermidades e Terapias Estômago:

O bloqueio de energia em alguns Meridianos torna a circulação no Meridiano do estômago estagnada. A digestão fica lenta, muitas vezes com inchaço na região digestiva c só após longas horas a digestão é completada. Este bloqueio e a alteração do sistema nervoso levam à gastrite, cujos sintomas são: queimação no esôfago e dores abdominais por excesso de fermentação. Terapia: 1ª 1º - Usar massagem bem relaxante, sendo a dorsal a mais indicada. 2ª 2º - Tonificar os pontos abaixo com qualquer técnica de seu

conhecimento, das quais as mais eficientes são o uso do martelinho na região abdominal e a moxabustão: VC 15, VC 12, VC 9, VC 4, E 25, (bil) E 36, E 45, BP 6 (todos bilaterais).

Sessões 2 vezes por semana. Pulmões:

Os problemas respiratórios são vários. Falaremos sobre o mais freqüente: a BRONQUITE. Em geral começa na infância; existe a catarral e a asmática, as duas são de fundo alérgico: a catarral a frio (umidade) e a asmática a secura. A bronquite é sempre acompanhada por uma rinite.

O tratamento logo no início levará à cura mais rápida, na fase crônica torna-se mais demorada. Mesmo que não se consiga a cura total, sempre se conseguirá o equilíbrio, ficando o paciente livre das crises. Terapia:

Praticar sempre antes de cada sessão uma massagem relaxante. Os Meridianos a serem tratados são: P, IG, B, R e SN. Os pontos que

usamos são: sedar P-11, 7, 5 - tonificar IG 1, 4, 10, 11 - tonificar P 1, 2 - tonificar R1, 2, 3, 25 - tonificar E 13, 19 - sedar B 13, 37, 45 - sedar SN 14 e 23. Usar as técnicas de seu conhecimento, o uso da LUZ LASER tem dado bons resultados. Pode-se estimular os pontos auriculares: pulmões, coração, rins, shen-men e supra-renal. Dores de Cabeça:

Em geral o sistema nervoso alterado com freqüência causa disfunções digestivas, hepáticas ou biliares. Isto sempre resulta em dores de cabeça: dor FRONTAL por resfriado, sinusite ou disfunções digestivas: ENXAQUECA (dor que abrange desde a nuca à têmpora e chega até as sobrancelhas), é uma das mais difíceis de ser curada: dor no VÉRTICE, com peso ou pressão, ligada mais à fadiga e muita agitação. Terapia:

Praticar, sempre, antes de cada sessão uma massagem relaxante. Na dor FRONTAL, se for ligada à disfunção digestiva, deveremos tratar dos

Meridianos do E, IG, BP e P. Por motivo de gripe ou resfriado, usar os pontos dos Meridianos dos P, IG, SN e B. Para se obter melhores resultados costumamos sangrar o ponto extra 1 que fica entre as sobrancelhas. Na dor de ENXAQUECA: estimular bem os seguintes pontos: F 3 e B 66 por 5 minutos, depois sedar VB 20, 12, 21, IG 4, 11 e todos os pontos que estiverem próximos à região da dor. Se a dor for intensa e não se conseguir muito sucesso, tentar escaldar os pés com água quente e alecrim por 10 minutos. Depois mergulhar rapidamente os pés em água gelada por um segundo e retornar à água quente por mais 10 minutos. Enxaguar os pés e agasalhar-se bem.

Dor no VÉRTICE: basta estimular bem os seguintes pontos: P7, IG4 e massagear bem o couro cabeludo (local da dor). Sexo:

Em geral o stress, a preocupação pelos problemas diários, o afastamento da prática do sexo, além da rotina, são os maiores causadores do total desinteresse pelo sexo. Isto atinge tanto a mulher como o homem. O equilíbrio na mulher é muito mais rápido do que no homem. Terapia:

Usar massagem bem relaxante e estimulante com toques bem suaves.

Estimular bem os seguintes pontos: auriculares-diafragma, hormônio e estimular bem a raiz da hélice no encontro com o trago. Estimular bem os pontos E 36, BP 6, CS 6, 7 e TA 8. Teremos melhores resultados com o uso da acupuntura.

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Relaxamento e Respiração

A autora do capítulo é: - Tânia Regina Zanin Instrutora de Yoga desde 1980, é entusiasta da massagem há alguns anos. Dedica-se ao

aprimoramento das técnicas de massagem no aprendizado do Yoga e no emprego de exercícios de Yoga como complemento da massagem. Massagista convicta, entre as demais profissões que exerce Tânia é membro-diretor da Associação de Massagem Oriental de Guarulhos.

Massagem/Relaxamento

É muito importante o relaxamento na massagem: - ao massageado - permitir-se descontrair e soltar-se para que possa sentir o toque. A permissibilidade deste ao toque do massagista está diretamente ligada ao prazer da massagem que o massageado irá sentir; - ao massagista - sentir-se descontraído e relaxado, durante a aplicação de uma massagem, gera na mesma uma troca de energia e sensações, assim como aguça a própria leitura tátil. Sendo que se torna difícil e até mesmo impossível essa vivência, se o massagista estiver tencionado.

A posição do massagista, entre outros fatores, contribui bastante para mantê-lo descontraído durante toda uma sessão de massagem.

É no relaxamento que se fixa toda a energia dinamizada no corpo através dos exercícios respiratórios e durante o toque, daí a sua importância na massagem. Como Preparar o Local Para um Relaxamento

Para se conduzir um relaxamento é importante: - usar um timbre de voz suave; - para facilitar a indução, falar pausadamente; - temperatura ambiente agradável, pois é impossível para iniciantes

relaxar sentindo frio ou calor demasiado; - acomodar a pessoa sobre carpete ou tatame para suavizar a

rigidez do solo; - local arejado; - luz suave. É facultado à pessoa que induz o uso de: - música ambiente, recomendada para ocultar ruídos externos ao

local do relaxamento; - incenso para perfumar o ambiente, entre outras finalidades.

Relaxamento Induzido por Outra Pessoa Usando os requisitos do item Como preparar o local para um relaxamento, a pessoa que o induz inicia dizendo:

"Deitado de forma confortável... de costas ao solo... pernas afastadas... braços ao longo do corpo... ou ainda, se preferir... deitado em decúbito ventral. Às pernas afastadas e braços ao longo do corpo... rosto ao solo... inspire profundamente... feche os olhos... relaxe... mentalize seus artelhos, e descontraia-os..., deixe que o peso de seus pés faça-os cair naturalmente para os lados... relaxe o dorso dos pés... e a sola dos pés... mentalize suas pernas... o seu contorno e descontraia-as... pélvis e nádegas relaxadas... órgão internos do abdômen... mentalize-os todos... um por um agora, em relaxamento, descontraídos, desempenhando suas funções harmoniosamente... mentalize o tórax descontraído... ombros inteiramente relaxados... linha das costas descontraída... vértebra por vértebra... a sensação de descontração chega à região sacra e você sente que a cada expiração maior parte do seu corpo toca o solo.. descontraído... relaxe o pescoço, relaxe intensamente a nuca... couro cabeludo... fios de cabelo... a testa sem nenhuma ruga precoce, olhos suavemente fechados... linha do nariz descontraída... os lábios entreabertos... a mandíbula solta... a língua solta no fundo da boca... orelhas descontraídas..., e todo um semblante de muita paz... descontração e relaxamento interior... perceba que todo o seu corpo está pousado pesadamente sobre o solo, em inércia... sinta como se o solo estivesse sugando seu corpo... como se você estivesse derretendo sobre o solo... abandonadamente, entregue-se às delícias do relaxamento.

E, agora que todo o seu corpo está em receptividade e quietude,

sinta-o leve, solto e livre como uma gaivota, que sobre os mares corta o céu azul. E como a própria gaivota, sinta o vento batendo em toda a pele de seu corpo... sinta o sol aquecendo-o... e... sinta o prazer de ser parte integrante desta natureza, contribuindo para o equilíbrio cósmico

... Sem pressa... pense em voltar do seu relaxamento, aguçando os

seus sentidos físicos... retornando mais vivo... inspire profundamente e sinta o perfume do ambiente... ouça melhor a minha voz e os sons em torno... passe a língua pela boca e sinta o seu próprio sabor... esfregue os dedos das mãos sentindo o tato e... sinta o seu próprio peso sobre o solo... passe as mãos pelo rosto... e faça um carinho em todo o seu corpo, sentindo-se por inteiro... abra os olhos e faça um estiramento com o seu corpo, espreguiçando gostosamente, como você faz todas as manhãs ao acordar e desperte para uma nova vida, mais feliz, mais saudável e sorria, porque você é uma pessoa feliz.

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Curso de Massagem Oriental 91

Ao terminar o relaxamento, normalmente a pessoa permanece alguns

momentos ainda deitado, se deliciando da prática. Auto-Relaxamento

Essa prática torna-se muito agradável à medida que a pessoa se permita desligar do mundo exterior e mergulhar no seu ser, desenvolvendo a capacidade de mentalização detalhada, segundo a sua própria orientação.

Com a familiarização do auto-relaxamento, é também permitido um diálogo mental durante a prática, onde existe uma reprogramação de parte por parte, de órgão por órgão, célula-comando de um perfeito funcionamento, bem-estar e saúde fisiológica.

Esse diálogo mental com seu corpo ocorre da seguinte forma: Deitado de costas, com os braços ao longo do corpo, pernas

afastadas e com o seu autocomando de relaxamento, todo o corpo sente-se sugado pelo solo, como se neste instante a força da gravidade imprimisse sobre ele maior pressão.

Faça uma inspiração profunda e ao expirar sinta-se ainda mais relaxado, mente serena e consciência atenta, inicie o seu auto-relaxamento mentalizando vividamente.

“Meus pés estrutura básica de sustentação de todo o corpo, estão agora relaxados, descontraídos. suas articulações, artelhos e tornozelos em perfeito estado e minhas pernas, membros fundamentais de locomoção, relaxadas, em descanso, músculos, tendões e articulações em equilíbrio e plena função... quadril, pélvis e nádegas, centro de tamanha energia e vitalidade, desempenhando harmoniosamente suas atividades e, a cada vez, com maior prazer de viver... órgãos internos do abdômen... do tórax... suas células sempre regeneradas e desempenhando funções com real competência... braços, antebraços, palma e dorso das mãos, membros de doação e de tamanha expressão, agora em relaxamento... sua pele, músculos e nervos mais profundos, até os ossos relaxam... pescoço e cabeça, arquivo de toda a nossa psique, consciente e inconsciente, nossa inteligência, agora com maior nitidez, maior clareza de raciocínio e pensamentos, suas glândulas e células prontas a se regenerar e manter suas importantes funções.

Às células, um comando de rejuvenescimento e longevidade; e a todos os meus órgãos, harmonia e equilíbrio em suas funções.

Ao meu corpo, que é o meu universo, saúde psicofísica e a mais

ampla longevidade.”

Respiração Introdução

A respiração é uma das fontes de assimilação de energia, tanto para o corpo físico denso, com a assimilação do oxigênio, como para o corpo físico energético, com a assimilação do prana.

O oxigênio é vital para o ser, assim como o prana. Prana é o princípio de todas as forças e energias ativas do Universo e

a condição primeira de que procede toda a vida, todo o movimento e toda a atividade.

Aos que convivem com a prática de exercícios respiratórios, aconselha-se desenvolver alguns deles antes do auto-relaxamento. E o auto-relaxamento antes da massagem, seja para massagista como para massageado.

É bom lembrar que possuímos um órgão específico para a respiração - o nariz - que tem, entre outras funções, a de filtrar e aquecer o ar assimilado. Alguns Exercícios Respiratórios

O ideal é que os exercícios respiratórios sejam executados em lugar arejado.

A posição adequada para a prática é sentado de forma confortável, e devemos expirar antes de iniciar um exercício respiratório.

Respiração Polarizada - equilibra a entrada de energia positiva e negativa no corpo físico energético.

Modo de fazer: obstrua a narina direita com o dedo indicador da mão direita e inspire profundamente com a narina esquerda, retenha o ar nos pulmões pelo máximo de tempo possível e troque o dedo de narina, expirando suavemente pela narina direita. Agora, mantendo o dedo na narina esquerda, inspire pela direita e, quando for necessário soltar o ar, troque o dedo de narina, expirando com a narina esquerda, completando assim uma volta deste exercício.

Relembrando, troque o dedo de narina sempre com os pulmões cheios de ar e nunca vazios.

Respiração do Sopro Rápido - Fole - combate à asma e a bronquite,

limpa e aumenta a capacidade pulmonar. Modo de fazer: inspire e expire rápida e energicamente várias vezes,

obedecendo a seguinte regra: ar para dentro, abdômen para fora; ar para fora, abdômen para dentro.

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Curso de Massagem Oriental 92

Neste exercício não devemos balançar os ombros nem contrair a fisionomia.

Respiratório Para Relaxar - modo de fazer: deitar de costas, inspirar

lenta e profundamente contraindo todos os músculos do corpo (nádegas, olhos, mãos, pés, dentes, fisionomia); permanecer com ar nos pulmões por alguns segundos e em seguida expirar, descontraindo-se e relaxando todo o corpo. Permaneça com uma respiração lenta e profunda, lembrando-se daquela regra: ar para dentro, abdômen para fora; ar para fora, abdômen para dentro.

As Compressas

O autor deste capítulo: - Daniel Vieira da Silva Consultor técnico da Associação de Massagem Oriental do Paraná, tem formação em

Psicomotricidade, e é estudioso das filosofias orientais e da Fitoterapia. É massagista e professor do curso de Massagem e Sensibilidade, coordena

as turmas de Curitiba. As Compressas

Neste capítulo vamos rever uma das formas mais populares de tratamento: As Compressas.

O histórico das compressas acaba se fundindo com a história do homem das cavernas. É sabido que esses nossos longínquos parentes já se utilizavam de algumas práticas dessa natureza para tratamento de machucaduras, batidas, etc. Compressa e Massagem:

Um capítulo de compressas num livro de massagem vem a fazer um ótimo casamento.

Ambas as terapias têm o seu aspecto preventivo e curativo. Cada qual à sua maneira, têm uma grande carga de afetividade e cuidado, o que é muito importante para o bom efeito do tratamento. Além disso, a relação do paciente com o seu próprio corpo é enfatizada pelo tato, tanto numa como na outra forma de tratamento.

Esse aspecto do cuidado e da relação terapeuta-paciente-corpo-paciente é importantíssimo. Se o corpo pede atenção é porque logicamente está precisando, e atenção, carinho, cuidadas são coisas que nenhuma máquina poderá dar com tanta habilidade como uma relação entre membros de uma mesma espécie poderá proporcionar.

É claro que o tratamento por massagem ou compressas não é só o aspecto relacional; cada uma destas técnicas encerra sua forma de tratamento, onde a técnica propriamente dita (parte que iremos colocar a

vocês logo mais adiante) é significativa dentro do processo, o que não invalida a importância do afetivo. Ignorar técnicas como essas aqui apresentadas - sem essa carga de atenção e afetividade - é mais ou menos como viver sem ter amor à vida, pois tudo vira uma sucessão de dias, sem maiores conseqüências reais. Não podemos esquecer que para qualquer situação de aprendizado tornar-se eficaz - e o incômodo corporal é uma situação de aprendizado - precisará ser vivenciada em todos os passos de seu desenrolar. Compressas Funcionamento e Aplicações Práticas

A saber, existem 3 (três) tipos de compressas. São elas: FRIAS, NEUTRAS e QUENTES.

Desses tipos, os mais conhecidos são as FRIAS, que agem no organismo como constrictor dos poros e vias de irrigação; as QUENTES com ação contrária às frias, dilatando os poros e vias de irrigação linfática e sanguínea, e as NEUI'RAS onde o efeito é de manter o corpo nas suas condições ideais de temperatura.

Vejamos, então, mais detalhadamente o funcionamento e a aplicação prática dessas técnicas terapêuticas.

Cabe aqui uma ressalva, de que a nossa intenção não é esgotar todas as possibilidades de atuação das compressas, mas estimulá-lo, a partir do conhecimento básico do funcionamento, a resgatar o que lhe pertence: a capacidade de promover a saúde em si próprio e nos outros. Compressas Frias

Com ou sem aditivo medicamentoso, esse tipo de compressa é mais comumente usado na assepsia de locais, na prevenção de inflamações e inchaços de traumatismos por batidas, torções, etc.

O frio contrai a pele, as vias de irrigação sanguínea e linfática, evitando assim um congestionamento de energia no local de aplicação. Modo de Preparo:

1. Faça um chá bem forte da planta que pretende utilizar, ou uma diluição de tintura mãe (homeopatia) em água fervente, na proporção de 1 (um) para 10 (dez), ou ainda se preferir use somente água fervida na temperatura natural.

2. Embeba um pano de fibra natural, retire o excesso de líquidos e aplique sobre a área desejada.

3. Troque a compressa de 30 em 30 minutos, ou sempre que esta perder sua característica fria.

Aplicações Práticas

Traumatismo (entorses, batidas, etc.).

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Curso de Massagem Oriental 93

Compressa de gelo (nas primeiras 24 horas): envolva alguns pedaços de gelo em pano limpo, de fibra natural, e aplique sobre o local desejado. Isto evitará que o local fique inchado e febril.

Compressa de arnica: em casos de hematomas, aplicar essa compressa na proporção de arnica para água fervida, citada no item 1 no modo de preparo. Lactantes

Compressas de chá de malva: usada na assepsia das mamas e prevenção contra o leite empedrado.

Para higiene das mamas, utilize um algodão embebido em chá de malva. No caso de tratamento preventivo contra o leite empedrado fazer compressas da mesma solução 3 (três) vezes ao dia. Varizes

Compressas de hamamelis: solução de hamamelis, tintura mãe, em água fervida (1:10), é utilizada na prevenção de varizes e no tratamento de úlceras varicosas. Aplique a solução citada em pano limpo e de fibras naturais e delicadas sobre a área desejada. Febre

Compressa de água natural ou resfriada: molhe um pano de fibra natural, retire o excesso de água e aplique na testa e sola dos pés. Troque o pano assim que a água adquirir uma leve temperatura.

Compressa de clorofila: bata algumas folhas verdes no liquidificador, adicionando água até liquefazê-las. Coe e no suco embeba um pano aplicando-o como na compressa anterior.

Observação: essas compressas aliviam o sintoma da febre mas não removem a causa. Em caso de febre alta ou agravamento dos sintomas, procure ajuda médica. Compressas Neutras

Levam este nome pois seu princípio terapêutico está justamente em manter a temperatura do local a ser tratado à temperatura de 36ºC, ou seja, à temperatura normal do corpo. Isto garante a condição ideal dos poros e vias de irrigação por onde o corpo eliminará suas impurezas e receberá nutrientes necessários ao seu bom funcionamento. Sua atuação é restabelecer a temperatura normal e desintoxicar o organismo. Preparo:

Na verdade o seu preparo é muito simples. Você necessitará apenas de um pano, que, dobrado ao meio, ou em quadro, possa cobrir toda a área a ser tratada. Este pano, de preferência deverá ser de algodão; e

um outro pano, de 1ã, ou material isolador térmico, que também envolverá toda a região desejada, como uma capa protetora; e água pura à temperatura ambiente.

O procedimento é o seguinte: 1) Molhe o pano de algodão na água, torcendo tire o excesso. 2) Envolva a parte do corpo desejada. 3) Com o pano de lã, cubra o de algodão, formando assim uma

camada térmica que manterá a temperatura do corpo.

Ilustrando:

4) Troque as compressas conforme orientação do próximo item (aplicações práticas).

Tipos e Aplicações Práticas

Compressa Abdominal: conforme preparo, envolvemos a região do abdômen com as duas camadas de panos.

Este tipo é muito útil no auxílio da digestão dos alimentos, desintoxicação dos órgãos internos, daquela região do fígado, estômago, intestino, vesícula, etc., bem como é de grande valia no auxílio de tratamento das anomalias daqueles órgãos, também nas gripes e resfriados, com ou sem febre.

Presta valioso auxílio terapêutico. Das trocas - nos casos de desintoxicação pode-se trocar de 1 em 1

hora ou até dormir de um dia para o outro com ela. - nos casos de febre, troque de 15 em 15 minutos.

Compressa de Corpo Inteiro: Envolva o corpo do paciente desde a

região das axilas até os pés. Esta compressa, além de ser desintoxicante, é extremamente

calmante, atuando quase como uma sauna, sem dar aquela sensação de prostração comum do calor.

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Esta compressa deve ser aplicada somente por 1 hora e no horário do dia de maior incidência solar.

Compressa de Coluna: Aplicamos os panos na região das costas desde os ombros até o sacro. O paciente deve ficar deitado sobre a compressa durante 1 hora ou 2 (duas) fazendo do material de 30 em 30 minutos.

Efeito relaxante e desintoxicante do sistema nervoso. Compressas Quentes

Atua dilatando a região desejada, possibilitando um melhor escoamento dos elementos tóxicos ao corpo, facilitando a recuperação e renovação sanguínea e tecidual daquele local.

Divide-se em 2 tipos: a) Úmidas b) Secas

Compressas Úmidas

Largamente usadas para relaxar tensões musculares. Nos traumatismos, é complemento das compressas frias, usada após 24 horas ajuda a descongestionar a área ferida. Em inflamações localizadas, também é de grande valia.

Esse tipo de compressa pode valer-se de aditivos medicamentosos onde o calor, ao dilatar os poros, permite a penetração de tais substâncias, enfatizando ainda mais o efeito do tratamento. Pode ser também utilizada com água pura como veremos em aplicações práticas. Preparo:

No caso de optarmos por utilizar algum aditivo medicamentoso, seria interessante que esses fossem os mais naturais possíveis, tais como: as plantas em sua forma natural, ou tinturas-mãe homeopáticas.

Para que possamos usar as plantas in natura, cada parte dela terá um prévio preparo antes de ser misturada à água.

As raízes e cascas deverão ser raladas, as sementes e folhas maceradas, enfim, isto servirá para aumentar a área de ação da água, permitindo que ela possa extrair o máximo de substância medicamentosa dessa planta.

No caso de tintura-mãe, a proporção de diluição fica de 1:10 - 1 de tintura-mãe para 10 partes de água. O preparo propriamente dito fica assim:

1) Ferve-se água numa quantidade tal a obter-se material suficiente para a área a ser aplicada, em média de 3 a 5 litros.

2) Faça uma boneca (saquinho de pano), onde será colocada a planta, já previamente preparada, em quantidade suficiente para obter-se um chá forte.

3) Mergulhe a boneca no recipiente com água fervida e deixe corar por uns 10 (dez) minutos ou dilua a tintura-mãe escolhida.

Obs: essa água deverá ser mantida sempre quente, mas sem ferver novamente, durante todo processo de aplicação. Aplicação

1. Toalha de Segurança - Coloque uma toalha ou pano de fibra natural entre a pele do paciente e a compressa a ser aplicada, evitando assim que o contato seja direto, com possibilidade de não haver uma graduação do calor e conseqüentemente queima da pele.

2. Embeba um outro pano, que nós chamaremos de pano de aplicação, na substância ou simplesmente água fervida. Não atire o pano dentro da água pois será difícil resgatá-lo, tendo em vista que a água ou chá estará bem quente.

3. Torça o pano, retire o excesso de água e aplique sobre a área desejada, já previamente coberta pela toalha de segurança.

4. Troque o pano de aplicação sempre que este perder seu potencial calórico.

Obs: Para prolongar mais o efeito do calor é interessante cobrir o pano de aplicação com um outro pano ou cobertor. Cuidados:

Cuidado para não queimar o paciente - caso esquente demais é só levantar a compressa por alguns segundos e recolocá-la.

Cuidado com correntes de ar durante e após as aplicações. Aplicações Práticas

Compressa de Gengibre: é recomendada no alívio de qualquer tipo de dor como em nevralgia, dores abdominais, cólicas, dor menstrual, cálculos renais, e da vesícula. Ativa a circulação.

É proibido seu uso nos casos de hemorragia. Compressas de Eucalipto: ativa a circulação, dinamiza o sistema

respiratório. Aplica-se nas costas à altura dos pulmões, podendo também ser uma ótima compressa para relaxamento muscular.

Compressas de Artemísia: alivia as cólicas menstruais e ativas sobre toda genitália, dinamizando a circulação e purificando o sangue naquela região.

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Compressas Calmantes: podem ser de: erva-doce, camomila, ou outra erva que tenha esse efeito. Aplica-se sobre a coluna, em cima do sistema nervoso. Compressas Secas

Utilizadas principalmente no alívio de dores que tendem a se agravar com umidade e frio.

As compressas secas ou de calor, como são chamadas, têm como fundamento à utilização do calor para o descongestionamento de regiões afetadas pelo frio e umidade.

As mais usadas são compressas de sal, areia, bolsas de água quente, por vezes até tijolos e pedras. Preparo

1. Aqueça bem o material a ser usado. 2. Envolva-o em um pano dobrado por 2 (duas) ou 3 (três) vezes. 3. Use uma toalha de segurança. 4. Aplique a compressa sobre o local desejado. 5. Troque sempre que o calor ficar tênue.

Aplicações Práticas

Esse tipo de compressa é utilizado no alívio de qualquer dor. É principalmente utilizado naqueles lugares aonde o frio e a umidade vêm a agravá-las como: dores reumáticas, algias nervosas, etc.

Bibliografia Massagem: Austregésilo, A. S. B. - Massagem e Sensibilidade - Do-ln. Cançado, Juracy - Do-ln, Primeiros Socorros - Vol. I e II, Cançado, Juracy - Do-ln Para Crianças. Cham, P. - Guia para el Masaje en Puntos de Acupuntura Czechorowski, H. - La Practica de los Masajes Dolto, B. - O Corpo Sobre a Ação das Mãos. Downing - O Livro da Massagem Downing - Massage and Meditation Gordon, R. - A Cura Pelas Mãos. Gunther, B. - Sensibilidade e Relaxamento. Gunther, B. - Energy, Extasy and Yovor Seven Vital Chakras Hauschka, M. - Massagem Rítmica. Inayaf Kahn, S. H. - Mensagem Sufi. Katsusuke Serizanaa, M. D. - The Oriental Method ln Kushi, M. - Le Livre du Do-ln Laban, R. - Domínio do Movimento. Langre, J. - Do-ln. Leboyer, E. - El Masaje de los Niños Manicoshi - Sliatsu (2 volumes) Massin, C. - La Medecine Tibetaine Mensato Filho. L. - Acupuntura Eletrônica. Michio Kuchi - Do-ln Michio Kuchi - Massagem Chinesa Michio Kuchi - Zen Shiatsu Miller, R. O. - Massagem Psíquica. Niboyet, J. E. H. - Le Traitement des Algies par I´Acupuncture Sambucy, Dr. A. - Traité Pratique de Massage Vertebral Taubin, P. - Acupuntologia Thie, J. F. - Touch of Health (with many marks) Tohei, K. - Le Livre du Ki Yoga De Rose - Prontuário de Yoga Antigo Homem, Dr. F. V. - Manual de Massagem. Leboyer, F. - Yoga for Pregnant Woman Liedbeater - Os Chakras Lobato, Eliane - Yoga e Parto.

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Alimentação Lobato, Eliane - Receitas da Cozinha Vegetariana. Lobato, Eliane - Receitas de Alimentação Natural. Lobato, Eliane - Alimentação Infantil Vegetariana. Corpo Alexander, G. - Eutonia. Andrews, B. - Alongue-se. Bertherat, T. - O Correio do Corpo. Bertherat, T. & Bersustem - O Corpo Tem Suas Razões. Berustein, D. & Borkavec, T. - Relaxamento Progressivo. Garandy, R. - Danças à Vida. Lowen, A. - O Corpo em Terapia. Lowen, A. - O Corpo Traído. Souchard - Ginástica Postural Global Anatomia e Fisiologia Hanson & Clark - Neuroanatomia Leitão, A. - Elementos da Fisioterapia. Anatomia P/Colorir Psicologia Lowen, A. - A Manuel of Bioenergetic Exercises Lowen, A. - Bioenergetic. Reich, I. A. - A Avise do Caráter. Reich, I. A. - Wilhelm Reich, una Biografia Personal. Reich, I. A. - Função do Orgasmo. Rolf, I. - Strutural Integration Gravit, an Unexplored factor in More Human Use of Human Beings Rosenberg, J. L. - Orgasmo Total Stevens, B. - Não Apresse o Rio. Watts, A. - Psicoterapia Oriental X Ocidental. Outros Correlatos Lobato, Eliane - Como Interpretar seu Mapa Astrológico.

Armando Sergio Bezamat Austregésilo • Presidente da A. M. O. R. - Associação de Massagem Oriental do

Brasil. • Idealizador e fundador do Curso de Massagem Oriental e Ocidental

promovido pela Associação de Massagem Oriental do Brasil • Membro fundador da UNIYOGA - União Nacional de Yoga • Autor do Livro "Massagem e Sensibilidade" - Ed. Tecnoprint. • Massagista profissional desde dezembro de 1975 • Economista com experiência de 5 anos em Processamento de Dados • Especializado em Do-In, Shiatsu, Quiroprática, Yoga e

Vegetarianismo. • Colaborador nos fascículos "Medicina Natural" - Ed. Três. • Autor do Mapa dos Meridianos Chineses - Ed. Três - A. M. O. R. • Introdutor do Curso Profissionalizante de Massagem em:

- UniYoga: Mogi das Cruzes - SP - São Paulo: C. O. R. P. O. (Pinheiros). - Shambala (Ipiranga) - M. OR. (Alto da Lapa). - UniYoga (Itaim) - UniYoga (sede central - SP) - SESC - Serviço Social do Comércio: - Campinas. - Piracicaba - SP - SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial: - Campinas - SP - Universidade Federal da Bahia - Faculdade de Educação: - Salvador

• Palestrante convidado dos: I e II Encontros de Téc. Reabilitação e profissionais de Massagem, realizados, respectivamente: - I Encontro - S. J. Rio Preto - SP (SENAC) - 12, 13 e 14 de

outubro de 1984. - Tema: "Massagem e Sensibilidade" (Vivência) - II Encontro - S. José dos Campos - SP (SENAC) - 25 e 26 de

janeiro de 1985. - Tema: "A Massagem Oriental e o dia a dia" (vivência)

• Realizador do III Encontro de Massagem e Reabilitação (SESC-Campinas) que teve lugar nos dias 19, 20 e 21 de julho de 1985.

• Representante da A. M. OR do Brasil no I Congresso Brasileiro de Massagem – Curitiba - 1986

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A. M. OR.

A Associação de Massagem Oriental do Brasil - A. M. OR. foi criada pelos formandos da primeira turma do curso de Massagem Oriental e Ocidental, realizado pelo Centro de Orientação e Reprogramação Psico-Orgânica - C. O. R. P. O., em 1980.

Seu objetivo principal é a difusão da massagem como terapia do bem-viver, e incentivar todas as formas de massagem, praticada como uma linguagem - a linguagem do tato.

Inicialmente funcionando apenas em São Paulo, capital, a A. M. OR. vem se difundindo e criando representação nos Estados e em outras unidades da Federação.

Atualmente, temos já em funcionamento:

A. M. OR. do Brasil - tels: (011) 883-2142 211-4915 260-7062

A. M. OR. do Paraná - tels: (041) 244-2750 252-0098

A. M. OR. de Guarulhos - tel: (011) 940-4571 A. M. OR, de Campinas - tel: (192) 51-4292 A. A. M. OR. do Rio de Janeiro - tel: (021) 246-4967