curso de formacao liturgica - apostila

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COMPREENSO LITRGICA O QUE LITURGIA? o culto da Igreja, uma vivncia de f uma forma especial de orao. Ela sempre foi considerada como culto oficial da Igreja. A palavra liturgia vem do grego Leiton-rgon: ao do povo, ou melhor, ao em favor do povo. Mais tarde, o culto oficial dos sacerdotes do Antigo Testamento em favor do povo foi chamado de liturgia. Tambm todo servio de uma parte em favor do todo, como por ex. o servio da mo em favor do corpo, pode ser chamado de liturgia. Podemos dizer que o servio prestado por Cristo ao Pai, a servio de Cristo em favor dos homens, toda obra da salvao, constitui uma liturgia. Assim, o culto oficial da Igreja que torna presente esse servio de Cristo em favor dos homens tambm chamado Liturgia. So os ritos da Igreja como os sacramentos. Para aprofundar um pouco o tema: O QUE NO LITURGIA? A liturgia no simplesmente um conjunto de ritos edificantes que levam os cristos a rezarem ou a contemplarem melhor. Se considerssemos a Liturgia apenas isso, estaramos incorrendo um conceito esteticista de liturgia. Haveria, ento, duas coisas paralelas. 1) ritos belos e artsticos de um lado e 2) devoo de outro. Pio XII, na Encclica Mediator Dei, em 1947, j dizia que quem pensa assim tem uma idia errada de liturgia. No quer dizer que a arte e a esttica no tenham importncia na liturgia, mas liturgia no simplesmente isso. Outros tm a seguinte idia sobre liturgia: seria o conjunto de normas, leis e orientaes promulgadas pela hierarquia da Igreja, que regem o culto oficial da Igreja. Pio XII, na mesma Encclica, diz que no erram menos os que pensam desta forma. No quer dizer que no haja necessidade de normas e leis na liturgia, mas liturgia no apenas isso. VEJAMOS AGORA UMA VISO TEOLGICA Segundo Odo Casel, grande liturgista, liturgia definida como sendo o MISTRIO DO CULTO DE CRISTO E DA IGREJA. Temos aqui um conceito teolgico de liturgia. Encontramos, portanto, quatro elementos: MISTRIO, CULTO, CRISTO e IGREJA. 1) MISTRIO, veremos mais adiante. 2) O CULTO, onde expressa o relacionamento profundo entre Deus e os homens. 3) CRISTO, este conceito coloca Jesus Cristo no centro do culto. J vimos que no temos apenas belas cerimnias que despertam a devoo, ou normas que regem o culto, mas a expresso mais profunda do relacionamento do homem com Deus, por Cristo, com Cristo e em Cristo. DEFINIO DE LITURGIA LUZ DO CONCLIO VATICANO II luz da Constituio Litrgica do Vaticano II, podemos dizer que a liturgia uma AO SAGRADA PELA QUAL, ATRAVES DE RITOS SENSVEIS, SE EXERCE, NO

ESPRITO SANTO, O MNUS SACERDOTAL DE CRISTO, NA IGREJA E PELA IGREJA, PARA A SANTIFICAO DO HOMEM E GLORIFICAO DE DEUS. Temos aqui cinco elementos: 1) UMA AO SAGRADA A liturgia no existe em livros, mas na ao de uma comunidade que a Igreja. Nesta ao age Jesus Cristo. A ao sagrada, isto , comunica com Deus. uma ao onde entra f e o amor de Deus. 2) ATRAVS DE RITOS SENSVEIS Nem tudo liturgia e nem liturgia esgota toda comunicao do homem com Deus. Na liturgia a comunicao do homem com Deus, por Cristo e em Cristo se faz atravs de ritos sensveis, isto , de forma sacramental. A salvao de Deus manifesta-se atravs de sinais. 3) SE EXERCE O MNUS SACERDOTAL DE CRISTO Na ao sagrada da liturgia o prprio Cristo quem age, ele quem continua a realizar a obra da salvao, de modo que todos os homens possam viver a sua vocao sacerdotal. 4) NA IGREJA E PELA IGREJA Quando dizemos que na Igreja queremos realar que, quem age Cristo, a ao sagrada de Cristo, ele o sacerdote principal. Quando dizemos pela Igreja, queremos acentuar que Cristo no age sozinho, mas est presente na e pela ao da Igreja. Quando a Igreja pe a ao sagrada evocando o sacerdcio de Cristo, Cristo que est agindo na Igreja. 5) PARA A SANTIFICAO DO HOMEM E A GLORIFICAO DE DEUS So os dois aspectos chamados tambm de duplo movimento de cada ao litrgica. O movimento de Deus para o homem, a santificao e o movimento do homem para Deus, a glorificao. Quando na ao sagrada da comunidade crist encontramos esses cinco elementos, podemos dizer que estamos diante de uma ao litrgica. O MISTRIO LITRGICO Para uma melhor compreenso da liturgia importante que, antes de tudo, refletamos sobre o que vem a ser mistrio. Falamos muitas vezes em mistrio da Santssima Trindade, o mistrio da Encarnao, o mistrio da presena real de Jesus Cristo na Eucaristia, o mistrio Pascal, o mistrio do Homem, os mistrios do Rosrio, o mistrio da Igreja e assim por diante. Vemos logo que usamos a palavra mistrio em diversos sentidos. um conceito muito rico em significado. Segundo o dicionrio, mistrio algo incompreensvel, algo oculto, impenetrvel razo humana, coisa secreta. Significa tambm o culto, ritual secreto de religies pags. Economia provm da palavra grega Oikonimia que significa a norma da casa, a administrao da casa. o plano de Deus em relao aos homens de faz-los participantes de sua vida, de seu amor e de sua felicidade. A Sagrada escritura, os Santos Padres e a liturgia usam a palavra mistrio em sentido diverso, mas est sempre presente a idia fundamental de que no mistrio tem lugar o invisvel e o visvel, o celeste e o terreno, o divino e o humano, a virtude espiritual e a imagem exterior material. A Palavra mistrio, onde duas realidades separadas se unem em uma s, comporta j uma idia de npcias. A comunho de amor entre Deus e o homem. O mistrio em si um s, e abrange toda a realidade. O mistrio. Como entende a liturgia, certamente no uma verdade que se descobre simplesmente, ou uma verdade oculta que se revela somente a inteligncia humana, mistrio antes de tudo uma verdade que se cumpre, um designo ou um plano de Deus que se realiza. Mistrio a ao de Deus na qual

ele entra em comunho com o mundo e os homens. Por um lado Deus se revela e se comunica ao homem e, por outro, o homem entra em comunho com Deus. MISTRIO A GRATUIDADE DO AMOR DE DEUS COMUNICADO AOS HOMENS. Portanto, na liturgia o mistrio se realiza, se cumpre, atravs da celebrao da Palavra e Eucaristia realizada na Igreja e pela Igreja, onde acontece a santificao do homem e a glorificao de Deus. Do livro de: Fr. Alberto Beckhaser. Ofm Ed. Vozes 1984 LITURGIA DA PALAVRA A Liturgia da Palavra vem logo depois dos Ritos Iniciais: canto de entrada, em nome do Pai, saudao, ato penitencial, glria e orao coleta. Essa primeira parte serve para nos preparar para ouvirmos com proveito a Palavra de Deus, para ouvi-la, a assemblia deve ficar assentada ate o canto de aclamao do evangelho. Este gesto significa que devemos nos sentir bem vontade para ouvirmos calmamente a Palavra de Deus. Mesmo antes de Cristo, segundo o Antigo Testamento, havia um grande respeito pela lei e pelos escritos dos profetas. Antes do Conclio Vaticano II podia-se ouvir a missa chegando-se Igreja no momento da preparao das oferendas, perdendo-se as leituras. Aps o Conclio Vaticano II, valorizou-se muito a Liturgia da Palavra, igualando-se em importncia Eucarstica. fundamental a noo de conjunto na celebrao: no domingo os cristos se renem para escutar a Deus e falar com Ele, no cada um no seu canto, isoladamente, mas em comunidade, publicamente e solenemente. O novo lecionrio reparte em trs anos os textos bblicos a serem lidos nas celebraes Eucarsticas. Assim, so colocados ao alcance do povo cristo todos os trechos importantes do Antigo e do Novo Testamento. Aos domingos, l-se: - no primeiro ano o evangelho de Mateus; - no segundo ano, o Evangelho de Marcos; - no terceiro ano, o Evangelho de Lucas; - o Evangelho de Joo lido no Tempo do Natal e da Pscoa. Graas a esses ciclos de leituras a liturgia ps-conciliar proporciona ao povo uma catequese completa, baseada nos eventos e nas intervenes de Deus na histria da salvao. INTRODUO S LEITURAS A f vem pelo ouvido, e para que a Escritura proclamada na Igreja suscite a f, importante a elaborao de comentrios que facilitem a compreenso das leituras. Em todas as leituras, assim como durante toda a missa, Deus quem nos fala atravs do presidente da assemblia e dos leitores. Estes devem estar muito bem preparados para participar da celebrao. Eles no devem apenas fazer uma leitura bem feita, declamada de modo correto e claro. Devem proclamar a vontade de Deus a seu povo, anunciando a Boa Nova e convocando a todos para servir o Pai.

As duas primeiras leituras, bem como o salmo responsorial devem ser feitos por leigos. O Evangelho, ponto culminante da Liturgia da Palavra, proclamado pelo dicono, e, em sua ausncia pelo presidente da celebrao. PRIMEIRA LEITURA Retirada do Antigo Testamento, a 1 leitura salienta o anncio proftico dos acontecimentos que envolvem a pessoa e a misso de Jesus Cristo, a fim de que a comunidade possa perceber a dimenso histrica da salvao. De certa maneira, tudo o que esta no Novo Testamento j se encontrava no Antigo. Atravs da 1 leitura, a Igreja reconhece sua estreita ligao com Israel, o povo da primeira aliana. Ao fim da leitura o leitor afirma, Palavra do Senhor; e a comunidade assente: Graas a Deus. SALMO DE MEDITAO tambm chamado Salmo Responsorial, exatamente por ser uma resposta da Assemblia Palavra de Deus proclamada na 1 leitura. uma resposta positiva, que implica em aceitao e compromisso. Ajuda a interiorizar a Palavra de Deus e facilita a nossa reflexo. Por ser uma composio lrica, o salmo deve ser cantado, ou pelo menos o refro. Dessa maneira enobrece-se o momento privilegiado em que a comunidade medita, reflete, e responde Palavra de Deus. SEGUNDA LEITURA A 2 leitura est mais relacionada com a Palavra-ao, pois nela encontramos uma experincia concreta de vida crist. Esta leitura tirada, em geral, das cartas de So Paulo, So Joo, So Pedro, So Judas, So Tiago ou Atos dos Apstolos ou Apocalipse Ou seja: o restante do Novo Testamento, retirados os Evangelhos. Essas leituras destacam a f que construiu as primeiras comunidades e que nos liga aos apstolos, visando incutir em ns pela f, para que construamos hoje as nossas comunidades. Se tanto naquela poca, como na atual , haviam muitas dificuldades a serem vencidas e os apstolos conseguiram, por que no havemos ns de faz-lo tambm? ACLAMAO AO EVANGELHO A aclamao deve ser feita de p, em sinal de respeito e compromisso, pois a proclamao da Palavra de Deus a prpria presena salvfica e transformante do Ressuscitado no meio de ns. A aclamao ao Evangelho se fez pelo canto alegre do aleluia, entremeado de citaes do Novo Testamento, e implica em compromisso com a pessoa e misso de Jesus. Na quaresma o aleluia omitido em sinal de penitncia. EVANGELHO A Palavra EVANGELHO de origem grega e significa Boa Nova, alegre notcia. Os evangelhos so escritos que nos contam a boa notcia da vinda entre os homens daquele que se fez Filho do Homem a fim de que ns pudssemos nos tornar filhos de Deus. Antes de ser um livro, o Evangelho foi uma palavra pregada. Antes de ser lido, foi ouvido. Antes de ser pregado, foi vivido. Ele foi escrito para deixar registrada a pregao dos

apstolos dobre Jesus de Nazar e sua doutrina. A comunidade recebia os ensinamentos pela palavra dos apstolos e dos discpulos. Com o correr dos tempos julgou-se necessrio deixar por escrito o que se tinha proclamado. Isto foi feito por quatro pessoas, cada uma com um estilo, caracterstica e temperamento diferente, porm todos contando a mesma boa-nova; aquela que Jesus Cristo trouxe ao mundo. So eles: - MATEUS: pertencia ao grupo dos 12 apstolos e o mais extenso e abundante em discurso, visto que se preocupava mais em provar que Jesus realizava as profecias das Escrituras (AT). Os acontecimentos so narrados mais lgica que cronologicamente. Ele escreve em aramaico, lngua dos judeus, e olha Jesus com olhos de judeu, destacando sempre a unio dEle com o seu povo. - MARCOS: era apstolo nem conheceu Jesus pessoalmente, mas esteve prximo a Ele e teve um relacionamento profundo com os apstolos. Seu evangelho uma espcie de relatrio narrado de um modo muito simples e popular, quase catequtico, rico em pormenores e dando preferncia s narrativas dos milagres aos discursos. Ele mostra principalmente a ao do homem Jesus e tem por fim mostrar que Jesus o filho de Deus. - LUCAS: era grego, mdico, discpulo e companheiro de So Paulo e, como este e Marcos, no chegou a conhecer Jesus. um historiador claro e gracioso, eloqente e literrio. Observa Jesus com os olhos dos pagos pois a eles que dirige seu Evangelho, pregando a misericrdia divina, pois acreditava que a doutrina de Jesus era para todos, inclusive os pagos. Valorizou muito as mulheres em seu Evangelho, acentuando-lhes a dignidade. - JOO: pertencia ao grupo dos apstolos e o telogo e mstico entre os evangelistas. Seu estilo profundo e dogmtico e o amor o tema central. No escreve para ningum de sua poca, mas para uma segunda gerao, encarando Cristo como o Verbo Encarnado (Palavra feita homem). O Evangelho no apenas histria do passado. a histria nossa. A cada pgina nos reconhecemos nos vrios personagens como se tivessem o nosso rosto. So espelhos para ns. Sua mensagem sempre a mesma: o anuncio da salvao. O Evangelho o prprio Jesus Cristo, a Boa Nova da Salvao que o Pai prope aos homens de todos os tempos. Esta alegre mensagem liberta e faz os homens participarem da vida de Deus. Aps a Leitura do Evangelho, a comunidade chamada a prestar sua homenagem a Cristo: o presidente diz: PALAVRA DA SALVAO, e a assemblia responde GLRIA A VS, SENHOR, dando sua resposta de f ao Evangelho anunciado, mensagem de amor de Deus. HOMILIA Homilia vem do grego e significa prosseguir conversa, conversa familiar. Tambm chamada sermo, a homilia uma explicao do Evangelho e das leituras. De acordo com Puebla a ocasio clssica e privilegiada para expor o mistrio de Cristo no aqui e agora da comunidade, partindo dos textos sagrados e relacionando-os vida moderna. A explicao da Palavra remonta a tempos imemoriais. Jesus mesmo o fez vrias vezes: ele lia as escrituras e depois comentava com a comunidade o que fora lido. A homilia a explicao e adaptao da Palavra do Evangelho s circunstncias atuais. Nela o padre responde s questes dos problemas que ele conhece da sua comunidade, luz da Palavra de Deus. Ele esclarece, traduz e interpreta a mensagem de Deus para as situaes concretas em que vive a sua comunidade, fazendo a ligao de trs realidades: - a Palavra de Deus; - a vida concreta dos fiis; - a celebrao eucarstica.

A finalidade da homilia converter os fiis em um povo santo, mais bem preparado para oferecer a Eucaristia e se oferecer com ela. uma preparao e um convite insistente para uma vivncia maior de caridade exigida pela eucaristia. Todos devem ter muito respeito na hora da homilia, geralmente feita pelo presidente da assemblia, porque o sacerdote est falando em nome do prprio Jesus. E Ele disse: Quem vos ouve, a mim que ouve, quem vos rejeita a mim que rejeita. E quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou. CREIO O creio uma profisso, uma declarao solene e pblica de nossa crena, enumerando o objeto de nossa f. Quando recitamos o Creio, estamos dizendo a Deus: Sim, vou executar, vou por em prtica o que ouvi; vou viver em minha vida tudo o que Deus anunciou; vou testemunhar a Palavra de Deus; estou de acordo com o que Deus falou. O Creio, tambm chamado Smbolo, como um sinal ou marca dos cristos (catlicos) pois manifesta a unidade da Igreja toda na mesma f. O missal romano nos apresenta dois smbolos da F, ou seja, duas profisses de F. A primeira o Smbolo Apostlico, assim chamado por remontar ao tempo dos apstolos e por ser o resumo das verdades vividas e comunicadas pelas comunidades apostlicas. Ele mais curto que o outro o recitamos em todas as missas dominicais ou festivas. A segunda Profisso de F o Smbolo de Nicia ou Niceno-Constantinopolitano. Este era o Creio proclamado antes do Concilio Vaticano II e bem mais comprido que o outro. Isto se deve ao fato de terem aparecido algumas heresias nos anos 325 e 381, fazendo com que fossem realizados os Conclios de Nicia e Constantinopla, que acrescentaram, cada um por sua vez, vrias palavras ao at ento utilizados Smbolo Apostlico, a fim de evitar novas contestaes. Ele no mais completo que o primeiro, porem explicita melhor a presena de cada uma das figuras da Santssima Trindade na historia da Salvao. Basicamente, o smbolo dos Apstolos dividido em 3 partes, cada uma correspondente a uma pessoa divina da Santssima Trindade. No creio, comeamos afirmando que Deus Pai e Criador. Ele a fonte de todo o bem e de toda a graa que pertencem s coisas invisveis e que do sentido e orientao vida humana. Depois afirmamos nossa f em Jesus de Nazar como o Messias e Senhor. Cremos que o Filho nico do Pai nasceu da Virgem Maria pela fora do Esprito Santo e recordamos sua Pscoa libertadora, pois pelo sacrifcio da sua prpria vida ele venceu o pecado e a morte. Finalmente lembramos o Esprito Santo, vnculo de vida e caridade que faz surgir a Comunidade-Igreja e os sacramentos da f. Afirmamos nossa adeso Igreja de Cristo, universal e santa, a nica querida do Senhor e a nossa crena na remisso dos pecados e na ressurreio da carne. Ao recitar o Creio a comunidade toda deve se colocar de p, pois est fazendo a sua declarao pblica, consciente e firme, da f que recebeu dos apstolos. ORAO DOS FIIS Tambm chamada orao comum, orao comunitria, prece dos fiis, intercesso e orao universal. Ela a prece da comunidade, a orao dos irmos, de todos e para todos. feita no final da liturgia da Palavra e nela o povo de Deus se conscientiza de sua responsabilidade pela salvao de todos os homens, e no apenas com a sua prpria salvao.

A orao dos fiis deve ser feita com cuidado para no se cair em nenhum desses perigos: - perigo do egosmo: os fiis no devem pedir s para si mesmos. O cristo vive e reza em primeiro lugar para os outros; - perigo da moralizao: as preces no devem conter admoestao, acusao e exortaes que, no fundo, no se dirige Deus, mas aos homens, queles que no julgamos to santos como ns; - perigo da doutrinao: esta orao uma resposta Palavra, surgindo da realidade concreta em que vivem os que ouvirem a mensagem e o apelo de Deus. Esta no a hora para se doutrinar ningum. - Normalmente, as intenes da orao dos fiis devem ser: 1- pelas necessidades da Igreja; 2- pelos poderes pblicos e pela salvao de todo o mundo, 3- pelos que sofrem qualquer dificuldade; 4- pela comunidade local. A introduo e a concluso da Orao feita pelo presidente da celebrao. A resposta pode ser rezada ou cantada. IMPORTNCIA DE PROCLAMAR A PALAVRA E COMO FAZ-LA BEM Palavra a forma privilegiada, completa e rica de comunicao; tanto que a Revelao Divina se fez Palavra Humana: Cristo Palavra plena do Pai o Verbo de Deus. Existindo desde toda a eternidade, junto do Pai, foi por Ele enviado aos homens: no principio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre ns. (Jo 1,1-14) Na Liturgia, a Palavra constitui aspecto elevado. Tem a forca de esclarecer, aprofundar e destacar, de mostrar as maravilhas operadas por Deus em favor de seu povo. A Palavra, na liturgia, tem uma srie de implicaes; com ela podemos convocar a assemblia, acolher, receber, saudar, cumprimentar, admoestar, convidar, informar, noticiar, avisar, rezar, ler, aclamar, aplaudir, cantar. Praticamente no existe celebrao na Liturgia Crist, onde no se proclame a Palavra de Deus. Antes de se tornar presentes os mistrios de Cristo a Igreja os contempla, os evoca, os medita... E so nas Sagradas Escrituras que estes mistrios so encontrados. O momento da proclamao da Palavra a hora da graa da ao de Deus. A Palavra de Deus proclamada na Liturgia mais do que uma instruo ou informao. a presena salvfica e transformante de Cristo Ressuscitado no meio dos seus. Representa um grande acontecimento: o encontro de Deus com o seu povo. Muitos que hoje so santos da Igreja se converteram ao ouvirem as palavras divinas, pois nesse momento que Deus fala mente e ao corao daqueles que o procuram. O povo do Antigo Testamento devotava um grande respeito pela lei e pelos escritos dos Profetas. Nos momentos mais decisivos de Israel, o povo se reunia para venerar e escutar atentamente a sabedoria de Deus. A Palavra de Deus luz que orienta na caminhada do dia-a-dia; que esclarece e norteia diante dos problemas e das situaes adversas; que tira dvidas e d certezas. Luz que mostra o bem e afasta o erro; que impulsiona para o amor e destri o egosmo; ilumina o entendimento para aceitar os outros. A Palavra de Deus tambm fora que penetra em nosso corao movendo-o para a vivencia do bem. semente poderosa; quantas boas aes, quanto amor e doao, quanta

generosidade, quanta misericrdia, perdo sinceridade, paz e alegria j brotaram graas as sementes lanadas na proclamao da Palavra de Deus... preciso no entanto, que os coraes e as mentes se abram para que a Palavra Divina seja recebida com amor. Pela sua Palavra, Deus continua a nos salvar, a nos transmitir a sua mensagem. A nos reunir ao seu redor, nos propondo sempre uma aliana com Ele. A Palavra de Deus ainda hoje viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes. (Hb 4,12a) Ao se proclamar as Sagradas Escrituras nas celebraes Litrgicas certo que Deus a est, pois foi o prprio Cristo que nos prometeu: Onde dois ou trs, estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles. (Mt 18,20) Em 160, So Justino falando da celebrao da Palavra de Deus, disse: Mediante as leituras preparada para os fiis a mesa da Palavra de Deus e abrem-se para eles os tesouros da Bblia. A proclamao da Palavra tem um grande valor em si mesma, pois exige converso. Na Santa Missa a liturgia da Palavra prepara para a liturgia Eucarstica, despertando os motivos da ao de graas e as disposies para o sacrifcio. Ao escutar a Palavra de Deus, devemos procurar descobrir sua mensagem; contemplar e proclamar sempre mais as suas maravilhas Divinas, operadas em nosso favor, a fim de renovarmos continuamente a Aliana com nosso Deus. S assim nossa f fortificar-se-, nossa esperana aumentar e nosso amor a Deus tornar-se- mais intenso. O QUE PROCLAMAR A PALAVRA? 1 - publicar, isto , tornar conhecido, tornar pblico. A Palavra de Deus deve ser proclamada como se fosse desconhecida, uma novidade que queremos contar a todos. 2 - Proclamar a Palavra aclamar. Aclamar ao Deus vivo que se acha presente no meio de ns. 3 - divulgar, propagar, O que vos digo, proclamai sobre os telhados. OS LEITORES Os leitores ou ministros da Palavra esto a servio de Deus e da comunidade. Sua funo ministrio, ou seja, um servio na Igreja. Devem estar conscientes de que esto emprestando sua voz ao prprio Deus. No se trata de fazer uma leitura bem feita, declamada de modo correto e claro. Trata-se de proclamar ou anunciar a vontade de Deus a seu povo. Os leitores precisam de preparar com cuidado antes de chegar leitura; precisam de uma dupla preparao para proclamar bem a Palavra de Deus na Liturgia: preparao doutrinal, espiritual, moral e uma preparao tcnica. O leitor engajado na Liturgia convidado a dedicar-se mais intensamente leitura e meditao da Palavra de Deus. No consegue ler corretamente nas assemblias litrgicas, quem antes no treinou, no meditou, no penetrou no texto a ser proclamado. Antes de proclamar o texto, o leitor dever como Ezequiel (3,1-4), mastigar a Palavra e, como Maria, guard-la em seu corao. preciso que o leitor saiba com antecedncia o que vai proclamar a fim de familiarizar-se com o texto e aprofundar em sua mensagem para que possa dar vida e calor leitura. importante tambm que ele acredite e viva aquilo que anuncia. Deus pede testemunhas vivas de sua Palavra e o leitor deve ser uma dessas testemunhas. O leitor precisa saber que, atravs dele, Deus est querendo comunicar com seu povo e est pedindo uma resposta. O leitor deve ser uma pessoa com o mnimo de preparo bblico a fim de comunicar e no apenas ler a Palavra de Deus. necessrio que saiba distinguir na

Bblia os vrios estilos ali existentes. Assim, ao proclamar um salmo por exemplo, o leitor que sabe que se trata de lrico, o proclamar calmamente levando a assemblia meditao, interiorizao. FORMAO TCNICA A formao tcnica do leitor coisa tambm bastante sria. O leitor deve proclamar a Palavra de Deus de tal forma que todos os presentes na assemblia a ouam e entendam. Ao se formar tecnicamente bom que o leitor se lembre: 1 De que no aluno de teatro ou candidato a locutor de rdio ou televiso; 2 De ter o cuidado para no assumir atitude de pose; 3 De acatar, com humildade, as observaes de ser coordenador e procurar melhorar sempre mais. Se tudo no for bem pronunciado, bem articulado, se pausas e ponto (final, exclamao, interrogao) no tiverem o destaque devido, se a entonao no for precisa, o texto muda de carter e fica incompreensvel. Nas pausas mais longas o leitor pode e deve olhar por uns instantes para a assemblia, a fim de aproximar-se dela. A voz deve ser clara e firme, acompanhar e expressar o momento vivido assim como a fisionomia (um semblante fechado por exemplo no prprio para anunciar a Ressurreio). A voz de pedir perdo diferente da voz que proclama ou anuncia um glria. A voz de Pscoa alegre. A voz do perdo sbria; a voz do glria, animada. A voz de meditao, carinhosa. Quanto ao tom, de acordo com o Livro Pastoral da Comunicao da Diocese de Jaboticabal SP., podemos classificar a voz em quatro espcies: a) Voz Ouro entusiasma, empolga, alta, clara leva o ouvinte a sentir amor pela causa (glria, Pscoa, aleluia). b) Voz Prata normal, descritiva, calma, carinhosa. Encaminha a meditao. c) Voz Bronze misteriosa, slida, sinistra; a voz do perdo, da represso ]. d) Voz Veludo misto de ouro e prata; voz do amor, do entendimento, do carinho. O leitor deve ainda se ater com cuidado nas palavras: cantantes, nervosas, meigas, severas para lhes dar a cadncia necessria a fim de no mudar a essncia da mensagem. A dico fundamental: o leitor deve se auto-policiar e ser corrigido para no incorrer em erros graves ou em falhas comuns como dos erres ou esses finais; ou pausa fora das vrgulas; acentuao trocada; pronncia viciada, apressada, embolada, voz que se abaixa no fim da palavra, voz muito cantante. Nas celebraes litrgicas, no final de uma proclamao o leitor deve olhar para a assemblia e solenemente dizer: Palavra do Senhor. As leituras, assim como o Evangelho, podem e devem ser s vezes dialogadas (em se tratando do Evangelho, o presidente da celebrao que faz o papel de Jesus). Para uma proclamao boa, correta, preciso muito treino, um aprofundamento da mensagem e uma vivncia da Palavra de Deus. A proclamao da Palavra deve ser iniciada com a assemblia em silncio, preparada para ouvir. Deve-se evitar falar o desnecessrio, como os ttulos, numa celebrao Eucarstica. Por exemplo: ato penitencial, 1 leitura... POSTURA O leitor deve ter o cuidado com a sua postura junto ao ambo (mesa da Palavra). A posio mais correta a de p, com as mos sobre a mesa da Palavra. Nunca apoiar os braos ou cotovelos na estante da Palavra. Nunca ler com as mos nos bolsos, para trs ou na cintura.

O leitor deve usar de maneira sbria e simples toda a autenticidade do seu ser para comunicarse. TRAJES Os trajes devem ser decentes, discretos; roupas muito curtas, decotadas, apertadas, espalhafatosas no podem ser usadas. Tambm deve-se evitar o excesso de jias a fim de no prejudicar a ateno da assemblia. OS COMENTARISTAS E A PARTICIPAO DO POVO A funo de comentarista surgiu na poca em que a Liturgia era ainda celebrada em latim. O comentarista fazia as leituras na linguagem do povo, comentando, explicando e introduzindo os vrios ritos e momentos da celebrao. Esta funo se oficializou pela Instruo de Msica Sacra e Sagrada Liturgia e foi assumida no documento conciliar: Tambm os ajudantes, leitores, comentaristas e componentes do grupo de cantores desempenham um verdadeiro ministrio litrgico (SC, 29). A Introduo Geral do Missal Romano N 68 diz o que deve fazer o comentador: - propor aos fiis explicao e monies; - introduzi-los na celebrao e - disp-los melhor a entend-la. por isso que o termo animador talvez ser mais adequado do que comentarista. No h regra que fixe a interveno do comentarista. Cada celebrao, cada comunidade, cada parquia diferente. Contudo na celebrao Eucarstica o comentarista de modo geral pode intervir nos seguintes momentos: no incio da celebrao (antes ou depois do canto de entrada); antes da Liturgia da Palavra; antes da cada leitura; antes da aclamao ao Evangelho; antes da beno final ligando a celebrao com a vida. O papel do animador criar um lao entre a assemblia e tudo o que acontece na celebrao, mas deve faz-lo de modo discreto, porm animado, convidativo, num estilo simples de conversao. O animador deve, sempre que possvel, evitar ler um texto, deve sim conversar, dialogar, falando e olhando para a assemblia. Pode ter um texto preparado, mas no pode enfiar o nariz no papel e ficar apenas lendo. O contedo deve ser bem preparado e depois se possvel falar usando as prprias palavras. s vezes se torna necessrio a improvisao. Quando sentir que a assemblia dispersou, est inquieta, distrada, o comentarista pode e deve, num momento oportuno, intervir, para criar de novo o clima de orao e participao. Deve o comentarista ou animador aprender a falar com poucas palavras, mas com palavras cheias de significado. Quanto menor for a comunidade reunida e quanto mais preparada, tanto menor a atuao do animador. USO DO MICROFONE O animador assim como o leitor devem saber manejar e usar bem o microfone: - Falar sempre em sua direo mas, mantendo-se uma certa distncia; - No balanar a cabea a fim de que o som no dance: - Falar de maneira natural; - Flexionar a voz de acordo com o texto; - Ler como no se estivesse lendo, olhando sempre para a assemblia; - Ter cuidado com a respirao, tornando-a natural e evitando solver o ar;

- Abafar o rudo da tosse ou do pigarro, colocando uma das mos no microfone e a outra na boca; - Ao testar o funcionamento do microfone, bater levemente com a ponta dos dedos; - Ao puxar o fio do microfone, segur-lo junto com o mesmo, para no prejudicar seu contato; - Ao transportar ou movimentar o microfone, faz-lo com cuidado para evitar batida; - Desligar o microfone ao regul-lo. Um mal leitor pe a perder toda a Liturgia. Ao proclamar a Palavra de Deus, tenhamos sempre em mente esta preocupao: Como vou comunicar mente e ao corao da minha comunidade esta Palavra de Deus, a fim de que ela se torne comunicao viva do Pai com seus Filhos? ANO LITRGICO O Ano litrgico independente do ano civil. A Igreja tem, tambm, o seu calendrio independente e a esse chamamos: ANO LITRGICO. Atravs do Ano Litrgico a Igreja procura aperfeioar a formao dos fiis, exortando-os a piedosos exerccios de alma e corpo, pela catequese, pela orao e pelas Obras de Penitncia e Misericrdia. ORGANIZAO Nos primeiros tempos a Igreja no tinha o Ano Litrgico organizado. Tinha s os domingos. A liturgia do domingo tem sua origem no dia da Ressurreio. A Igreja celebra em cada oitavo dia: O MISTRIO PASCAL domingo ou dia do Senhor. A Pscoa nos tempos primitivos era celebrada no apenas 7 dias, mas durante 7 vezes, 7 dias: com o PENTECOSTES. A Ascenso e o Pentecostes eram frutos da Pscoa. Mais tarde passou-se a celebrar a ltima ceia e a Paixo e morte na sexta-feira Santa. No sculo IV comeou a organizar o Natal. Com isso a estrutura do Ano Litrgico j estava determinado. Em cada ciclo teve sua preparao, celebrao e prolongamento. Durante o ano os Mistrios da Salvao so celebrados de modo que, o que for prprio de cada poca ou de cada tempo, tenha preferncia incondicional acima das festas dos Santos, a fim de que todo ciclo dos Mistrios da Salvao sejam bem recordados.

NATUREZA E FINALIDADE DO ANO LITRGICO A liturgia celebra a obra redentora de Cristo e torna presente o Mistrio Pascal, para que possamos participar da vida de Cristo, doando nossa vida a Deus e aos irmos. A obra de Cristo to rica e ampla que no cabe numa s celebrao. O Ano Litrgico tem, por isso, a finalidade de desdobrar os vrios acontecimentos da vida de Cristo. Visa revelar todo mistrio de Cristo, desde a Encarnao e Natividade ate a Ascenso e o dia de Pentecostes , a expectao da feliz esperana e vinda do Senhor. Lembrando destarte os Mistrios da Redeno, franqueia aos fiis as riquezas do poder santificador e dos mistrios de seu Senhor, de tal sorte que, de alguma forma, os torna presentes em todo o tempo, para que os fiis entrem em contato com eles e sejam, repletos da graa da Salvao. ( SC 102)

DIVISO DO ANO LITRGICO O Ano litrgico tem , fundamentalmente, dois ciclos: o da PSCOA, o mais importante e o do NATAL. Cada ciclo tem uma preparao, celebrao e o prolongamento. So chamados tempos fortes de converso. Os demais tempos esto em funo destes: o tempo comum. O Ano litrgico comea com o Advento e termina com a Festa de Cristo Rei do Universo. O Ano Litrgico, segundo os Evangelhos dominicais, divide-se em: ANO A Evangelho de Mateus ANO B Evangelho de Marcos, mais captulo 6 de Joo (Dom 17 21) ANO C Evangelho de Lucas O evangelho de Joo l-se no tempo de Natal, Pscoa e nos segundos domingos dos anos A, B e C. CICLO DO NATAL a) ADVENTO 4 semanas antes do Natal (Preparao) b) NATAL 25 de dezembro celebrao c) FESTA DA SAGRADA FAMLIA 1 domingo depois do Natal d) FESTA DA ME DE DEUS 1 de Janeiro Dia da Paz Mundial e) EPIFANIA 1 domingo depois da Festa da Sagrada Famlia Prolongamento. ADVENTO Significa chegada e presena. Tem duplo sentido: preparamos para o Natal e recordamos com maior vigilncia a vinda final de Cristo. Por esse duplo sentido se apresenta um tempo de piedosa e alegre expectativa. Distingue duas partes: 1 Do 1 domingo do Advento at 16 de dezembro, a Liturgia exprime o aspecto exato e lgico do Advento, impelindo os nimos espera da 2 vinda; 2 Os dias entre 17 e 24, ordenam-se diretamente a preparao do nascimento do Senhor. O 4 domingo aparece como o domingo dos Patriarcas do Antigo Testamento e da Bem-Aventurada Virgem Maria. Ultimamente h um grande esforo para uma intensa evangelizao do Natal. Em todo o Brasil fazem-se as Novenas de preparao ao Natal. DESVIOS NO ADVENTO E NATAL Fundamentalmente, so trs os desvios nesse tempo: a comercializao, o materialismo e o tradicionalismo familiar e social. Muitos ficam num mero tradicionalismo: montar prespios, ir missa do galo, e a nada mais. Tudo dosado com vaidade e ostentao , quando Cristo quis nascer numa gruta pobre, para nos dar o exemplo. FESTA DO NATAL A festa do Natal em 25 de dezembro tem seu comeo ligado a festa pag do sol. O sol era festejado como princpio da vida celebrada nos ltimos dias de dezembro. Os cristos fizeram um paralelo: o sol e o principio da vida natural e Cristo, da vida sobrenatural. Por isso a partir de 235 mais ou menos, trocaram a festa do sol pelo Natal. Por isso o Natal mais do que o aniversrio natalcio de Jesus: celebra-se neste dia o fato de que Deus se fez homem, que o Filho de Deus tornou-se filho de Maria e nosso irmo. No tempo do Natal celebramos o nascimento e a manifestao de Jesus Cristo, luz do mundo, que vem para iluminar as nossas trevas. Na solenidade do Natal, o nascimento do Filho de

Deus no meio de ns, na humanidade de natureza humana, e na pobreza da gruta de Belm, nos traz o dom de uma vida nova e divina. 1 DOMINGO DEPOIS DO NATAL FESTA DA SAGRADA FAMLIA Nos lembra que o amor, com que Deus amou o mundo at mandar o prprio Filho para salv-lo, manifesta-se e se reflete no amor que deve reinar em toda famlia crist. FESTA DA SANTA ME DE DEUS A oitava do Natal celebra-se Maria, Me de Deus, e ao mesmo tempo glorifica o nome de Jesus, neste nome, que quer dizer Deus Salva se resume todo significado do mistrio da Encarnao. EPIFANIA 1 domingo depois da Festa da Sagrada Famlia. A luz de Cristo brilha e se manifesta aos olhos de todos. Os magos que seguem a estrela representam a humanidade inteira, chamada a reunir-se em torno de Jesus, na f. SMBOLOS DE NATAL Prespio, Estrela, Coroa, rvore, Sinos, Presentes, Velas, Ceia, Cartes e Papai Noel. CICLO DA PSCOA a) Quaresma Incio 4 feira de cinzas + 5 domingos preparao b) Pscoa (Semana Santa) Trduo Pascal 5 feira Santa Ceia do Senhor Celebrao 6 feira Santa Paixo do Senhor Celebrao Sbado Viglia de Pscoa Celebrao Domingo Ressurreio c) Ascenso do Senhor 40 dia de Pscoa d) Pentecostes 50 dia depois da Pscoa. QUARESMA Tempo penitencial de preparao para a Pscoa. Data do ano 384 em Roma. No incio era o jejum pascal, na sexta-feira e no sbado santo. Depois se estendeu para toda semana. A prtica do jejum o elemento que, historicamente, inspirou a organizao deste tempo. Este jejum preparava os fiis celebrao do mistrio redentor, os catecmenos ao Batismo, os penitentes reconciliao. So 40 dias. Tempo de sobriedade. Tempo que devemos exigir mais de ns. A quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa dias de abstinncia e jejum.

IMPOSIO DAS CINZAS O significado original est na sua origem bblica (Mt 11,21). As cinzas so sinais de reconhecimento do pecado e da misria humana diante de Deus. Mais tarde passou a ser tambm sinal de mortalidade, da vida transitria de todos ns nesta terra. CAMPANHA DA FRATERNIDADE Visando promover o esprito da quaresma, realiza-se no Brasil, desde 1963 a Campanha da Fraternidade. Ela deve ser: a) uma campanha evangelizadora, macia e extraordinria; b) uma campanha de objetivo claro e definido. Despertar e fomentar o esprito comunitrio e cristo no povo de Deus. c) uma campanha quaresmal e Pascal. d) uma campanha de todos, para todos e com todos. e) tem efeito concreto e gestos concretos. A Campanha da Fraternidade no prejudica a Liturgia da Quaresma e da Pscoa, mas lhe d uma dimenso mais autntica e fecunda. PSCOA a celebrao central de toda liturgia. A sua origem est ligada aos povos primitivos. Era festa prpria de vrios povos. O povo Hebreu, a partir de sua libertao do Egito, passou a dar novo significado a esta festa. Passou a celebrar a passagem do Egito para a liberdade na terra prometida. Cristo deu o sentido pleno e definitivo Pscoa. Ele passou da morte para a ressurreio gloriosa. Vivendo a Pscoa de Cristo, ns realizamos nossa Pscoa. DOMINGO DE RAMOS Acentua dois aspectos: o triunfo de Cristo e sua paixo. Estas idias aparecem ao longo de toda a Semana Santa. A procisso recorda o que Cristo fez, mas tambm a recepo triunfal que a Igreja faz ao Cristo. Os ramos verdes nas mos simbolizam a alegria do povo que acolhe o seu Salvador. TRDUO PASCAL Inicia-se com a Missa de Quinta Feira Santa. QUINTA FEIRA SANTA - Tem duas celebraes: a) Missa do Crisma que o Bispo benze os leos. Os leos abenoados serviro para a celebrao dos sacramentos em todas as comunidades da Igreja particular; b) Missa da Ceia Acentua particularmente a entrega do Cristo, por ns, de modo especial na Eucaristia e o mandamento do amor. SEXTA-FEIRA SANTA A liturgia deste dia proclama a Morte de Cristo que traz em si o germe da Ressurreio. Ele se desdobra em trs partes: Proclamao da Palavra, Adorao da Cruz e Comunho dos fiis. SBADO SANTO No tem eucarstica. dia de reconhecimento, silncio, penitncia e orao. Nos faz viver a descida do Cristo manso dos mortos, conforme rezamos no Creio.

VIGLIA PASCAL a primeira e grande celebrao litrgica da Igreja. considerada o cume do Ano litrgico. A Igreja guarda vigilante a Ressurreio de Cristo e celebra sacramentalmente. Inicia com a liturgia Eucarstica. Prope 9 leituras: 7 do AT e 2 NT. DOMINGO DA RESSURREIO a alegria da vitria da vida sobre a morte e a Igreja festeja que Cristo trouxe para todos ns a vida nova. A F crist na ressurreio a coroa da nossa f. Ressuscitados com Jesus, da morte do pecado, por obra do Esprito vivificador derramado em ns, no Batismo, alimentamos e aperfeioamos com os sacramentos nossa unio a Jesus, e com Ele vamos para o Pai, animados pelo sopro do Esprito Santo. ASCENSO DO SENHOR Celebrada no 40 dia depois da Pscoa. Jesus volta ao Pai, porque sua misso est cumprida, realizada. Seus discpulos esto prontos e conhecem a vontade do Pai. PENTECOSTES Celebra-se no 50 dia da Pscoa. O Esprito Santo oferecido aos Apstolos como fonte que jorra para a eternidade. Cristo volta ao Pai, mas continua presente entre os seus, atravs do Esprito Santo. O Esprito Santo realiza a plenitude da Pscoa de Cristo, por meio da Igreja. Impelidos pela fora de Jesus ressuscitado e pela f, os apstolos partem para sua misso no mundo. SMBOLOS DE PSCOA Votos e presentes de Pscoa, Crio Pascal, Cordeiro, Ovos, Girassol, Coelho. TEMPO COMUM Tem 33 ou 34 semanas, e dividido em duas partes: 1 parte: do Batismo do Senhor at vsperas de 4 feira de cinzas. A interrupo da 1 parte feita entre as semanas 6 e 11. A Igreja no tem nenhuma comemorao especial, mas nem por isso deixa de comemorar a obra salvfica de Jesus. A liturgia nos leva a meditao e ao aprofundamento do amor ao Pai, que envia seu Filho para reconciliar o homem com Deus. tempo de reafirmar nossa esperana no Cristo que voltar no juzo final. 2 parte: Recomea na segunda-feira aps Pentecostes, e encerra-se com a Festa de Cristo Rei do Universo, ou vsperas do 1 domingo do advento. Neste tempo a Igreja rica em festa. 1 domingo depois de Pentecostes Santssima Trindade, Deus a origem de tudo que existe. Jesus procede do Pai e do Esprito Santo. Curvemos ante o insondvel mistrio da Santssima Trindade; Ssmo Corpo de Cristo, uma das riquezas da nossa f. A Eucaristia celebrada na 5 feira, depois da Santssima Trindade. Sagrado Corao de Jesus 3 sexta-feira depois de Pentecostes; Visitao de Nossa Senhora; Natividade de So Joo Batista; So Pedro e So Paulo; Transfigurao do Senhor; Assuno de Nossa Senhora; So Mateus; Nossa Sra Aparecida; So Lucas; So Simo e So Judas. CADA TEMPO LITRGICO TEM A SUA COR PRPRIA As diferentes cores das vestes litrgicas visam manifestar externamente o carter dos mistrios celebrados, e tambm a conscincia de uma vida crist que progride com o desenrolar do ano litrgico. BRANCO usado nos ofcios e Missas do Tempo pascal e do Natal do Senhor, bem como nas suas festas e memrias, exceto as da Paixo; nas festas e memrias da Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos no Mrtires, na festa de todos os Santos (1 de novembro), So

Joo Batista (24 de junho), de So Joo Evangelista (27 de dezembro), Ctedra de So Pedro (22 de fevereiro) e da converso de So Paulo (25 de janeiro). VERMELHO usado no domingo da Paixo e na sexta-feira Santa; no domingo de Pentecostes, nas celebraes da Paixo e na Sexta-feira Santa; nas festas dos Apstolos e Evangelistas e nas celebraes dos Santos Mrtires. VERDE se usa nos Ofcios do Tempo Comum. ROXO usado no Tempo do Advento e Quaresma. Pode tambm ser usado nos Ofcios e Missas pelos mortos. PRETO pode ser usado na missa pelos mortos. ROSA pode ser usado nos domingos Gaudete (3 do Advento) e Laerte (4da quaresma) Em dias de maior solenidade podem ser usadas vestes litrgicas mais nobres, mesmo que no sejam da cor da dia. Nas missas votivas usa-se a cor correspondente Missa celebrada ou a cor prpria do dia ou do tempo. Nas Missas para diversas circunstancias usa-se a cor apropriada, ou a cor do dia ou do tempo. (n 308-310) EQUIPES DE CELEBRAO E OS VRIOS SERVIOS NA ASSEMBLIA LITRGICA FUNCO DE UMA EQUIPE LITRGICA 1.1 PREPARAR AS CELEBRAES: cuidar da animao de toda a assemblia durante a celebrao e a execuo dos vrios servios na celebrao: acolhimento, presidncia, leituras, procisses, cantos e musicas, servio de mesa, cuidado com as crianas, preparao do altar e das oferendas, distribuio da comunho. 1.2 CUIDAR DA VIDA LITRGICA DA COMUNIDADE, PARQUIA OU DIOCESE: a Missa ou o Culto nos sbados ou domingos, a celebrao do sacramentos, a liturgia dos mortos, liturgia com os doentes, ano litrgico e a liturgia das horas, a liturgia em radio e televiso, a liturgia nos pequenos grupos, nos movimentos, casas religiosas e comunidades, nas famlias, as festas dos Santos, principalmente o padroeiro, as vias sacras, procisses e outras formas de piedade, as celebraes da Palavra em diversas ocasies, etc. evidente que precisa envolver mais pessoas para tanto a ser realizado. s vezes mais funcional vrias equipes que se encarregam, cada uma de um tipo de celebrao e uma equipe geral que coordena as demais e se preocupa com as coisas que so mais importantes. 1.3 DA FORMAO LITRGICA: a S.C. insiste na formao litrgica do povo, dos agentes de pastoral e de todos os ministros litrgicos. A S.C. insiste na formao bblica, j que todos os ritos, cantos, preces e oraes tm como fonte inspiradora a Bblia. A formao litrgica do povo se far dentro das celebraes, atravs de uma catequese litrgica, ou atravs de Semanas de Liturgia ou Encontros, ou Celebraes Catequticas. A formao dos agentes de pastoral, em geral, feita atravs de dias ou semanas de estudo, e principalmente nas reunies das equipes, preparando e avaliando a sua atuao, ou atravs de cursos mais sistemticos. 1.4 AS EQUIPES: podero pensar na preparao de material para facilitar a participao da assemblia (livros de canto, apostilas, cartazes, slides, etc).

1.5 A LITURGIA cume e fonte (SC 10), centro e raiz de toda a vida e de todas as atividades da Igreja, a equipe dever ficar atenta a ver como pode ajudar a comunidade a expressar os momentos mais importantes de sua caminhada em orao e louvor, pedido de perdo e petio. Para isso a equipe litrgica dever ficar ligada a todos os setores de Pastoral: seja atravs de reunies com o setor, seja integrando representantes dos vrios setores e movimentos dentro da equipe de liturgia. 1.6 EXIGNCIAS: planejamento; previso de datas e festas; eficiente diviso do trabalho a ser realizado; uma boa coordenao (escolhida pelo grupo e para um tempo determinado); uma constante avaliao do trabalho realizado na sua relao com a misso da Igreja. 2 EQUIPES DE CELEBRAO OS VRIOS SERVIOS NA ASSEMBLIA LITRGICA 2.1 TODO UM POVO QUE CELEBRA a idia antes do Conclio estava na figura do padre. Quem deve celebrar a missa e os outros sacramentos o POVO DE DEUS. toda a assemblia de cristos reunida. o povo que deve cantar, rezar, aclamar, louvar, pedir... o corpo todo que deve oferecer o sacrifcio de Cristo esse oferecer juntamente com ele. Isto vale dizer que o celebrante, o leitor, o cantor... devem agir como parte do povo, como membro dentro do corpo, sentindo junto com o corpo. preciso celebrar com o povo e no diante dele. AFINAL A FUNO DA EQUIPE FAZER O POVO TODO PARTICIPAR. (S.C. att. 14; 26; 40; 48 IGRM 3; 62 / Doc. 2 CNBB n 2.1.) 2.2 CADA UM NA SUA FUNO no corpo humano cada membro tem a sua funo, assim tambm no corpo que a Igreja. H vrias funes e cada um deve exercer bem a sua funo e somente sua. Um p no pode fazer as vozes da mo e a mo no pode substituir a cabea. Da mesma maneira o padre no deve fazer as leituras ou preces que cabem ao povo, e o coral no deve substituir o povo nas partes que lhe competem. No deve a mesma pessoa acumular o servio de vrios: ministro da eucaristia ser leitor, aclito, cantos, animador. Cada um tem sua funo prpria. (S.C. 21, Doc. 2 CNBB n 5.2; IGMR 10-17 e 58). 2.3 - O PRESIDENTE DA CELEBRAO animador de um povo em festa. A presidncia sempre do bispo ou do padre, que seu cooperador. Ele representa, na assemblia reunida, o Cristo, a cabea da Igreja. Ele deve sugerir aos fiis uma presena viva de Jesus Cristo. Ele o ponto de unio de toda a comunidade, o coordenador dos outros ministrios. Ele responsvel para que a comunidade se sinta unida e celebre o mistrio de Jesus Cristo. Ele deve cuidar para que haja um clima de orao na assemblia. Ele deve se comunicar e no ficar preso a regras. Ele deve repartir o Po da Palavra de Deus. Ele deve ser criativo e capaz de adaptar cada celebrao ao nvel de f e de cultura do povo reunido. Ele deve exprimir, na celebrao, a vida vivida no dia-a-dia. Tudo isto vale tambm para diconos ou outros ministros quando presidem celebraes da Palavra, do Batismo, da Comunho, do Culto Dominical. (IGRM 60; Doc. 2 CNBB n 2.1; 2.2 e 5.1). 2.4 O DICONO intimamente ligado aos bispos e aos presbteros, ministro da Palavra e tambm aquele que prepara as oferendas para o sacrifcio, ajuda na distribuio do

sacramentos purifica os vasos sagrados aps o uso. Administra o Batismo e em alguns casos preside a celebrao do sacramento do matrimnio. Em alguns dioceses esta funo foi confiada a outros ministros. (IGMR 61; Doc. 2 CNBB n 5.2.2 e L.G.art.29). 2.5 O AINIMADOR E A PARTICIPAO DO POVO comentador ou comentarista: esta funo parte do servio do dicono, e deve ser feita em estreita ligao como celebrante para que o primeiro no venha tomar o lugar do segundo. A atuao do animador deve ser discreta, oportuna, sem querer substituir o presidente da assemblia ou repartir o que foi dito. uma funo que se tornou oficial a 3 de setembro de 1968 como sendo verdadeiro ministrio litrgico e que est prevista no missal romano. O papel do animador consiste em dirigir assemblia explicaes de algum rito novo ou desconhecido... e exortaes, visando a participao sempre mais consciente e ativa da assemblia. Servem mais para CONVIDAR orao, a participao, ao canto. Devem ser breves, claras e preparadas. O animador no deve ficar preso ao papel e ao texto e sim olhar e comunicar com a assemblia. Ele deve preocupar com a ateno e a participao do povo. (S.C. 29; IGMR 68a). 2.6 OS RECEPCIONISTAS E O ACOLHIMENTO DOS IRMOS a liturgia a celebrao de um povo reunido em nome do Senhor, que fez de ns irmos e filhos do mesmo Pai. No ter, pois, sentido celebrar a liturgia se no houver um real esforo de transformar a assemblia em encontro de irmos. Um dos meios para criar um clima de irmos a acolhida por parte de uma equipe, que recebe os irmos na porta da Igreja, ajuda a achar os lugares, entrega o folheto ou livro para acompanhar a liturgia, convida para participar de uma procisso dentro da liturgia. Aos participantes / visitantes, conforme as circunstncias poder apresent-los ao celebrante e comunidade em momento oportuno. Tambm durante a celebrao, ficar atentos ao bem estar dos presentes: cuidar da ventilao e da luz; avisar discretamente aos ministros da Palavra que sua voz no est chegando ao fundo da Igreja (o aparelho apresenta defeito); ajudar se algum est passando mal; convidar delicadamente a sair, quem estiver atrapalhando a celebrao. Eles devem fazer as vezes dos donos da casa recebendo Deus hspedes. Esta Equipe deve estar atenta, pois este acolhimento em nome de Jesus Cristo, o Bom-Pastor, que conhece casa ovelha pelo nome. Tambm devem por em pratica o que diz So Tiago em sua carta (2,1-4) recebendo pobres e ricos com a mesma ateno e considerao. (IGMR 68b; Doc. 2 CNBB n 4.2.1 e 2.2). 2.7 O SALMISTA, OS CANTORES E INSTRUMENTISTAS E O LOUVOR DE TODO O POVO o canto ajuda a gente a rezar melhor e mais unido aos outros. Mas somente se o canto for bem escolhido, de acordo com a ao litrgica, e se forem bem ensaiados. Para isso preciso gente preparada para orientar o canto litrgico. bom ter um instrumentista para sustentar o canto e tambm para, com sua musica, criar um clima de orao e meditao (por ex. antes da celebrao, aps as leituras, durante a procisso das oferendas). Nunca o coro ou coral poder cantar sozinho as msicas destinadas, pela lei litrgica, a toda a assemblia, como o caso do santo, do salmo responsorial; das respostas e aclamaes, do canto de entrada e da comunho; o gloria, o cordeiro de Deus e o Pai-nosso.

Os cantores e instrumentistas no devem, pois se preocupar somente com a msica, e sim tambm com a participao de todo o povo. (S.C. c.VI; IGMR 63,64,67; Doc. 2 CNBB n 5.2.1 e 5.2.4.5.) 2.8 OS LEITORES E A PROCLAMAO DA PALAVRA DE DEUS a Bblia contem a Palavra da Salvao. Ela acende uma luz para a nossa vida. No entanto, to pouca ateno prestamos s leituras bblicas; to pouco nos dedicamos formao e preparao dos leitores; to pouco ouviu e entendeu esta palavra de salvao. O leitor deve ser uma pessoa com um mnimo de preparo bblico para poder comunicar (e ao ler) a palavra de Deus. Ele deve ter um mnimo de preparo para a leitura em pblico. preciso pronunciar bem todas as palavras, sem pressa, deixando as pausas necessrias para uma palavra no cobrir a outra. Treinar a entoao da voz, exprimindo no somente as idias, mas tambm os sentimentos contidos no texto. preciso que o leitor acredite naquilo que esta lendo... e que saiba que, atravs dele Jesus Cristo est querendo se comunicar como seu povo, pedindo em resposta. No se trata apenas de uma leitura simples, mas do anncio da Palavra da salvao. No deve o leitor ler para si, mas para o povo: comunicar-se, olhar para o povo, ver se o povo est prestando ateno, se est ouvindo... preocupar-se com uma verdadeira comunicao orante do povo com a pessoa de Jesus Cristo. No devemos, pois indicar qualquer pessoa para fazer leitura, nem pegar um leitor de improviso, a no ser nos pequenos grupos, onde possvel repetir a leitura. Antes de ler o texto, o leitor deve, como Ezequiel (3,1-4), mastigar, meditar a palavra, guard-la em seu corao, como Maria, receb-la em boa terra como na parbola do semeador. Um leitor para cada leitura. Onde no houver salmista o leitor ler tambm o salmo responsorial. Numa Igreja com servio de som, necessrio que os leitores aprendam a us-los de maneira correta: no falando alto, mas como se estivesse conversando com o microfone, pois o servio de som tem a vantagem de criar uma comunicao pessoal e intima: como se os leitores estivessem ali perto de cada pessoa. O lugar para o leitor proclamar a Palavra de Deus a estante, onde so lidos ou cantados os evangelhos, deve ser um lugar to importante quanto o altar. Onde houver necessidade de uma estante para o animador ou cantor, que no seja em evidncia como a estante da palavra. (S.C. 7; IGMR 66; Doc. CNBB 2.3 e 5.2.4). 2.9 O ACLITO E O SERVIO DA MESA; OS MINISTROS EXTRAORDINRIOS DA EUCARISTIA E OS IRMOS AUSENTES ate pouco tempo no se falava em aclitos. que eles tinham sido substitudos pelos coroinhas; respondendo o latim no lugar no lugar do povo. Hoje, o povo que responde; no preciso mais o toque mais de campainha e o resto do servio confiado a homens (e at mulheres). A Igreja volta a instituir aclitos no sentido da Igreja antiga. Ministros que assumem certos servios junto com o dicono, por exemplo: preparar o altar, os vasos sagrados, distribuir a comunho e lev-lo aos irmos ausentes, s comunidades afastadas, aos doentes e hospitalizados, aos presos. Os atuais ministros extraordinrios da Eucaristia, aos poucos iro passando a sua funo para esses novos aclitos. (IGMR 65; Doc. 2 CNBB 5.2.3.1 e 5.2.3.2).

2.10 O CUIDADO COM AS CRIANAS nas nossas assemblias o numero de crianas grande. Algumas seguem atentas, muitas ficam inquietas, correm por todo lado, gritam ou choram; outras esto quietas no banco, mas parecem no ter condies para participar. O que fazer com elas? Como a equipe pode resolver o problema? Como possibilitar ou facilitar a participao das crianas, de acordo com seu nvel de f e de compreenso? 1 Crianas muito pequenas podem ficar num local adequado, onde algumas pessoas (catequistas) tomam conta ou brincam com elas, contam histrias, ou passam filmes, ou deixem desenhar ou fazer teatro, etc... 2 Na medida da compreenso pode-se fazer com elas um tipo de celebrao ou catequese: contando, explicando o evangelho do dia, dramatizando-o, deixando que as crianas faam oraes espontneas, desenhem ou cantem msicas relacionadas com o evangelho. Pode-se fazer uma verdadeira liturgia da Palavra, adequada s crianas, poder ser presidida por um casal ou catequista que tenha jeito e pedagogia para lidar com as crianas. 3 As crianas que ficam na assemblia, devem ser, normalmente, as que foram admitidas primeira comunho. Seja-lhes dada uma ateno especial, para que se sintam entrosadas e interessadas. Pode ser til confiar s crianas alguns servios, como levar as oferendas, executar algum canto, ou distribuir os folhetos litrgicos. 4 bom que haja uma missa por semana Missa da Criana. Uma liturgia viva e adequada sua idade e sua psicologia. 2.11 O SACRISTO, O ZELADOR, A EQUIPE DE LIMPEZA E PREPARAO DO AMBIENTE muito importante para uma boa celebrao a disposio e a ornamentao do ambiente,a limpeza do prdio e a preparao das vestes e dos objetos litrgicos. Quem se responsabilizar por isso? Pode ser uma equipe ou vrias equipes em rodzio. Para desempenhar bem a sua funo, e necessrio que estas pessoas recebam uma formao e estejam imbudos do esprito litrgico. Devem exprimir, na ornamentao da Igreja, o esprito da festa do dia. Nos dias comuns, colocar em destaque o altar, a estante da Palavra e a cadeira do celebrante . preciso cuidar para que no haja duas imagens do mesmo santo ou santa, ou duas ou trs cruzes no presbitrio. Todos os enfeites devem ser feitos com muita simplicidade e com material verdadeiros, por exemplo: flores de verdade e no de plstico; nada de imitao. (IGMR 7081 e c. V. Doc. 2 CNBB n 7.3.5). 2.12 SERVIOS ISOLADOS OU TRABALHO DE EQUIPE no basta ter bons leitores, bons animadores, cantores, recepcionistas, um bom celebrante... preciso que juntos formem uma equipe de celebrao. Uma equipe como um tem de futebol: cada jogador tem uma tarefa e uma posio. Mas o time que joga, o time que perde, o time que ganha, e no cada jogador isolado. Assim tambm numa equipe de celebrao. No o leitor o nico responsvel pela leitura, mas sim toda a equipe. No o coro o nico responsvel por um canto vibrante, mas sim toda a equipe. No o celebrante o nico responsvel por uma boa homilia, por um clima de orao de participao: toda a equipe responsvel. A equipe de celebrao no existe apenas para exercer estas funes durante a celebrao: ela , junto com o vigrio, responsvel pela formao da vida litrgica de toda a comunidade. (IGMR 73-313; Doc. 2 CNBB n 1.3.2.1. e 1.4.7.5).

2.13 EQUIPES DE CELEBRAO E EQUIPES DE LITURGIA - em algumas parquias, principalmente nas maiores, esta responsabilidade pela vida litrgica da parquia confiada a uma equipe de liturgia que coordena as vrias equipes de celebrao de cada Missa, do Batismo, de Crisma, do Casamento, do Culto Dominical, etc. Nesta caso bom que, pelo menos um elemento de cada equipe de celebrao, faa parte da equipe de liturgia para no haver um trabalho isolado, ou para as equipes de celebrao no se transformarem em simples executores das decises tomadas pela equipe de liturgia. 2.14 ENTROSAMENTO COM AS OUTRAS EQUIPES DA COMUNIDADE a liturgia o centro e a raiz de toda a vida da Igreja. Tudo o que se faz na parquia ou comunidade, dever, pois, ter uma ligao com a celebrao litrgica: a catequese, a promoo humana, os encontros de preparao do Batismo, Crisma, Casamento... , o dizimo, o grupo de jovens, as equipes de casas, o clube de garotos, e todos os acontecimentos da vida diria do povo. A equipe de liturgia deve se entrosar com todos estes grupos, para que a vivncia seja expressa na celebrao comum. 2.15 REUNIO DE EQUIPE sem reunio impossvel um trabalho de equipe! bom que de vez em quando haja tambm uma noite de formao e estudo. 3 COMO FORMAR UMA EQUIPE DE LITURGIA? O importante que o pensar acompanhe o agir e vice-versa. Uns preferem dar um curso ou semana de liturgia, ou uma srie de encontros, entusiasmando um grupo de pessoas na prtica Outros preferem ir dando alguma responsabilidade e fazendo com que a pessoa pouco a pouco se entrose com a equipe e v recebendo formao e ao. sempre melhor se as pessoas da equipe so escolhidos pela comunidade para um tempo determinado. Depois pode haver troca ou rodzio. Elementos dos setores de pastoral e movimento da comunidade. 4 INGREDIENTES PARA UMA REUNIO DA EQUIPE 1 Muita animao. 2 partilha do que acontece no bairro ou cidade. 3 Leitura da Bblia esta nunca pode faltar e deve ser bem mastigada. Fazer um confronto: a em que situao histrica aconteceu ou foi escrito o fato da Bblia? b como Jesus, os profetas, o povo de Deus reagiram dentro desta situao? c em que situao vivemos ns? d como vamos reagir dentro dessa situao? 4 a partir deste confronto que vamos: - escolher os cantos e oraes. - pensar a homilia e os comentrios e introdues. - preparar um cartaz, pintura, enfeite, etc., que chame a ateno da assemblia para o assunto mais importante da liturgia da Palavra. 5 Agora o momento de repetir o trabalho, dividir as funes. 6 Nunca deve faltar um momento de orao. 7 bom que se faa uma reviso de cada perodo para uma verificao do trabalho e evirtar tambm a rotina; avaliar os objetos, os mtodos, os frutos colhidos. SINAIS, GESTOS E SMBOLOS

OBJETIVOS: Este trabalho foi preparado pela Equipe Diocesana de Liturgia e se destina aos Encontros de Liturgia realizados nas parquias com a participao das Equipes Paroquiais. Seu objetivo a introduo ao assunto: Smbolos, sinais e gestos e dar incentivo ao estudo, discusso, tendo como resultado final a melhora de nossas celebraes litrgicas. TEMAS ABORDADOS: I - Conceito de Smbolo II - Consideraes Antropolgicas III - Funes dos Smbolos IV - Necessidades dos Smbolos V - Teologia do Smbolo VI - Sacramentos ou Sinais VII - Alguns Smbolos Litrgicos VIII - Gestos e Posies do Corpo IX - Concluses X - Proposta de Trabalho XI - Bibliografia: - BECKHAUSER, Frei Alberto Celebrar a vida crist. Ed. Vozes - BECKHAUSER, Frei Alberto Smbolos Litrgicos. Ed. Vozes - CAMPOS, Pe. Jos Freitas Liturgia servio do povo e para o povo. Ed. Paulinas - AGUILAR, Miguel, OAR A descoberta da graa. Vol. 3 Ed. Vozes - BUYST, Ione Celebrao do Domingo. Vol. 5 Ed. Vozes - Revista A vida em Cristo e na Igreja n 48 Nov/Dez de 1981 I CONCEITO DE SMBOLOS Smbolos uma palavra de origem grega. O substantivo Symbolos e symballein significa colocar junto, confronto. Originalmente significava pedao de taboinha ou de um anel quebrado, que exigia a complementao da outra parte, para formar o todo original, servindo de sinal para reconhecer um compromisso. Mais tarde, smbolos passou a significar simplesmente sinal e da sacramento. Smbolo um elemento sensvel que tem seu valor prprio, mas remete a outra realidade. A outra realidade transcendente em relao ao smbolo e nele encontram-se seu iltimo e verdadeiro significado. Na liturgia essa transcendncia significa uma realidade espiritual, uma comunho de vida entre Deus e os homens e dos homens entre si. CARACTERSTICA DOS SMBOLOS: - um elemento sensvel (objetos, elementos da natureza, pessoas, espaos, cor, som) - Corresponde a uma realidade significada (espiritual, transcendental, de vida eterna) - No so arbitrrios (no podemos criar smbolos). Podemos sim descobri-los, utiliz-los. II CONSIDERAES ANTROPOLGICAS O smbolo tem sentido s para o homem. Sendo o homem um ser inteligente e capaz de ao transcendental, ele pode conhecer atravs dos smbolos. Todos os povos, todas as culturas tm os seus smbolos: bandeiras, objetos vrios, animais, pessoas, cores, etc. O homem usa constantemente gestos simblicos na sua comunicao: erguer dois dedos, o v da

vitria, tocar dois copos, brinde, (sade, alegria(, soprar a velinha do bolo de aniversrio (vitria por estar vivo). Professor Edgard Vasconcelos conta que visitando uma tribo de Israel observou o seguinte gesto simblico: ao entrar na tenda do cacique lhe foi servido caf sem acar, mas acompanhado de um aucareiro. O professor Edgard estendeu a mo em direo ao acar e foi barrado. O cacique explicou-lhe que tomasse o primeiro gole de caf sem acar. Este era um costume da tribo. S depois ento poderia usar o acar. Este gesto simblico significa que para apreciar as coisas doces da vida necessrio primeiro suportar as coisas amargas. III FUNES DOS SMBOLOS Os smbolos ajudam o homem a entender melhor o mundo, sobretudo o mundo espiritual. Os smbolos tm uma funo mediadora entre o consciente e o inconsciente, entre o esprito e a matria, entre a natureza e a cultura, entre o sonho e a realidade, entre a terra e o cu. O smbolo une. Conduz da disperso para o reconhecimento, do vazio a plenitude, do superficial para a profundidade. O smbolo orienta para o transcendente. O smbolo pode transformar o homem que vive com ele e no mundo dele. IV A NECESSIDADE DOS SMBOLOS A civilizao industrializada dificulta ao homem a convivncia com os smbolos. Na cidade o homem no tem a oportunidade de conviver com a gua nascente e corrente das fontes naturais, com as plantas e animais. Muitas pessoas no conhecem o trigo com o qual fabrica o po. No experimentaram o cultivo da semente e a sua transformao em po. A liturgia ao que envolve todas as faculdades humanas e todos os sentidos: ouvimos a Palavra de Deus, vemos a hstia consagrada, cheiramos o incenso, sentimos o paladar da hstia e do vinho, abraamos as pessoas, caminhamos). Os smbolos nos conduzem para alm daquilo que fazemos. Na Liturgia nossa ao ao de Deus. A Igreja a imagem de Deus. O tempo nos lembra a eternidade. A Liturgia uma ao eminentemente simblica. O homem precisa de smbolos porque s atravs deles ele pode captar o numinoso, o divino, que uma realidade de outra ordem. V TEOLOGIA DO SMBOLO Apesar do homem ser uma realidade material e viver no mundo material ele transcende. O homem transmite comunicao de contedo espiritual atravs de seu corpo e recebe comunicao pelos sentidos. Ora, o homem comunica tambm com Deus atravs dos smbolos. Deus sempre comunicou com o homem atravs da criao, dos patriarcas, pelo profetas e especialmente de maneira completa e perfeita atravs de Jesus Cristo. Deus continua comunicando com o homem atravs dos smbolos: (Bblia, os Sacramentos, as Pessoas e a Natureza). VI SACRAMENTOS OU SINAIS 1 Jesus Cristo o sinal perfeito, autntico e completo de Deus e veio ao mundo para nos manifestar ao Pai. Quem me v, v o Pai (J). Jesus Cristo portanto o Sacramento do Pai. Voltando para o Pai, aps a ascenso, Jesus no nos deixa rfos e abandonados. Os apstolos continuam sua obra. A Igreja por Ele instituda entra em ao e Ele est presente nesta Igreja. 2 A Igreja sinal de Jesus Cristo no mundo, portanto uma realidade simblica. Ela continua e atualiza a obra de salvao de Jesus Cristo. A Igreja na apenas anuncia o

Evangelho, ele comunica as graas da salvao atravs dos sacramentos, institudos por Jesus Cristo. 3 Tudo sacramental quando visto sob a tica da f. A criao um sinal de Deus. Assim como Deus fala ao homem atravs da Igreja e dos sacramentos, fala tambm atravs dos astros da terra e de todos seres vivos, de tudo que existe e acontece de bom no mundo. A pessoa humana, criada semelhana e imagem de Deus um sacramento. Os sacramentos so uma realidade simblica que nos falam de Deus leva a efeito sua obra salvadora. Por eles Deus santifica o homem e o homem glorifica a Deus. 4 Os sete sacramentos institudos por Jesus e administrados pela Igreja; vistos como ao de Jesus no mundo: - BATISMO torna presente e recorda o Ministrio Pascal de Cristo. A gua no Batismo significa morte e ressurreio com Cristo. tambm um sinal de renovao no Esprito Santo. O Batismo caracteriza o Cristo. - CRISMA o novo Pentecostes. Pela uno do leo recebemos a uno do Esprito Santo que nos concede a graa para vivermos os compromissos do Batismo. - PENITNCIA nos lembra o Cristo que veio perdoar. Pela sua Paixo, morte e Ressurreio ele nos reconciliou como Pai e mereceu a misericrdia de Deus para todos os homens arrependidos. - UNO DOIS ENFERMOS recorda o Cristo que veio curar os enfermos, confortar os que sofrem, restituir a sade e dar vida eterna. - ORDEM o sacramento que nos lembra o Cristo que veio nos servir. O Padre doa a dua vida a servio da salvao dos homens. - MATRIMNIO o sacramento que nos lembra o amor de Cristo por sua Igreja e por toda a humanidade. VII ALGUNS SMBOLOS LITRGICOS 1 gua o nosso povo d uma grande importncia gua benta. Nos santurios,, quase sempre possuem uma gruta, onde o povo faz questo de beber da sua gua, banhar-se e levar a sua gua para a casa. Smbolo de riqussimo sentido, a gua poderia ser mais usada na nossa liturgia. Conhecemos o uso da gua no Batismo, no lavabo, e para misturar-se ao vinho na Celebrao da Eucaristia, esporadicamente usada no ato penitencial, no lava-ps e em certas bnos. Em todas as culturas a gua tida como principio de vida, meio de purificao e centro de regenerao. De imediato, o uso da gua toma um sentido religioso. Mergulhar-se na gua e dela servir significa voltar s origens, purificar-se e revestir-se de uma vida nova. a A gua na Bblia o esprito de Deus pairava sobre as guas e dela fez surgir a criao (Gn 1,112). O homem no correspondeu ao plano de Deus e se tornou mpio. Mas as guas do dilvio o purifica e regenera (Gn 7 e 8). O povo de Deus quando perseguido pelos egpcios salvo pelas guas do Mar Vermelho (Ex 14,21-29). No deserto o povo do Deus sente sede e Moises tira gua da rocha (Ex 17,1-7). Jesus disse Samaritana que ele a fonte de gua viva que jorra para a vida eterna (J 4,7-14). b O smbolo da gua no Batismo no inicio do mundo, a vida surgiu das guas, tambm pela guas do batismo surge uma vida nova. Mas gua pode tambm significar morte, destruio do mal, do pecado. O povo mpio morre nas guas do dilvio, mas No e sua famlia, porque era justo, salvo pelas guas. Na travessia do Mar Vermelho, o exrcito do Fara que perseguia os israelitas morre afogado nas guas. Na Pia Batismal, a gua que toca a cabea da criana significa morrer com Cristo crucificado para o mal e sair da gua significa ressuscitar com Cristo para uma vida nova. c O smbolo da gua no lavabo a higiene das mos do sacerdote que prepara as ofertas importante, mas o lavar as mos naquele momento tem um sentido de purificao

interior. Somente de mos limpas e de corao puro podemos aproximar do altar. Por isso ao lavar as mos o sacerdote reza: lava-me Senhor das minhas faltas e purifica-me do meu pecado. d As gotas de gua no vinho na preparao das ofertas conhecido que os hebreus usavam vinho misturado com gua na ltima ceia. So Cipriano diz do significado do vinho: ele simboliza Jesus Cristo e a gua simboliza os cristos. Assim como a gua se mistura ao vinho, os cristos devero estar unidos a Cristo. Conclui-se que a Eucaristia o Sacrifcio do corpo mstico de Cristo e da Igreja. e O Lava-ps o memorial do grande mandamento de Jesus realizado na Quintafeira Santa o significado deste ato simblico o servio. O cristo aquele que doa sua vida a servio do irmo. f gua Benta Para entender o sentido da gua benta, temos que conhecer a orao pronunciada no rito da bno: que esta gua nos lembre nosso Batismo e o Cristo que nos salvou com sua morte e ressurreio. 2 O po e o vinho ao instituir a eucaristia, Jesus Cristo escolhe smbolos universais eloqentes, que contm em si prprio um significado prprio e profundo. Quem pode viver sem beber e sem comer? O Po e o Vinho comida e bebida universal. Frei Alberto Bechauser, no seu livro Celebrar a vida crist, sistematiza assim a explicao do sentido do po e do vinho na celebrao eucarstica: a Po e Vinho smbolos de nossa vida e de toda criao po e vinho simbolizam, significam nossa existncia conservada por Deus. Representam a nossa vida enquanto criao de Deus, dom de Deus. a comida e a bebida que garantem a nossa sade e a vida do nosso povo. Para viver o homem necessitada naturalmente de outros fatores: ar, meio fsico adequado, casa, etc. ao criar o mundo, Deus primeiro criou as condies necessrias vida do homem (terra, gua, plantas, animais, ar); depois do habitat carinhosamente preparado, Deus criou o homem para viver com sade e ser feliz. Tudo isso completa a simbologia do Po e Vinho. b Po e Vinho smbolo do que o homem cria o Po e Vinho no simbolizam apenas o que Deus cria, isto , a obra criadora de Deus. Simbolizam a criao do homem, enquanto ele continua a obra criadora de Deus. O tornar-se Po, envolve todo um trabalho de criao e tecnologia do homem. Desde o semear o gro, transform-lo em farinha e fabricar o po vai uma grande diversificao de atividades e esforos do homem. A mesma coisa acontece com o vinho que teve origem na videira que foi plantada, irrigada, adubada, produziu uvas que foram trituradas, fermentadas e transformadas em vinho. O homem o rei da natureza criada por Deus, faz a terra produzir o alimento e toda a matria prima necessria vida, por isso participa da ao criadora de Deus. c O Po e o Vinho simbolizam Jesus Cristo. Desde a ltima ceia, Po e Vinho adquiriram uma nova dimenso de significado. Na ltima ceia Jesus relacionou o Po com o seu Corpo dado com sua morte salvadora; e o Vinho com seu Sangue que derramado; com seu Sangue da eterna e Nova Aliana. Cristo relacionou portanto, o Po e o Vinho com o Mistrio de sua Pscoa, de sua Paixo, Morte e Ressurreio. Concluindo durante a preparao das ofertas e da consagrao o Po e o Vinho exprimem a nossa vida, o nosso trabalho, a nossa caridade, a nossa alegria e o nosso sofrimento. d O sentido da preparao das ofertas Se Po e Vinho significam a nossa vida, ela tambm est sendo consagrada e transformada em Cristo e por Cristo, ser apresentada ao Pai. Passamos portanto a participar do Ministrio Pascal de Cristo, que nos santifica e nos salva. 3 leo usado no Batismo, na Confirmao, na Uno dos Enfermos, na Ordenao Sacerdotal e na consagrao de altares, clice e objetos do culto. Na Babilnia, o leo era usado como remdio. O medico era o versado no leo. Entre os povos antigos os governantes eram ungidos com o leo no momento de sua consagrao. Na Bblia, no Antigo

Testamento, a uno com o leo significava bno, consagrao, reconhecimento da parte de Deus e especial distino diante dos homens. Encontramos em Sm 10,1 : O Senhor te ungiu prncipe sobre a sua herana. Os reis, sacerdotes e os profetas eram ungidos para o cumprimento de uma misso. O Messias o ungido de Deus por excelncia. Ao iniciar sua misso anuncia: O Esprito do Senhor est sobre mim pelo que me ungiu (Lc 4,11). a O leo no Batismo No Batismo somos ungidos para recebermos a fora do Esprito Santo, para renunciarmos e aderimos ao bem. Pelo Batismo e pela uno do Esprito Santo, os batizados so consagrados para formarem em templo espiritual. Pelo Batismo o cristo investido na misso do rei, sacerdote e profeta. b O leo na Confirmao ou Crisma na confirmao somos ungidos pelo Bispo. Por esta uno recebemos a virtude do Esprito Santo para vivermos a plenitude da vocao batismal de rei, sacerdote e profeta. c O smbolo do leo no sacramento da Ordem as mos do sacerdote so ungidas para significar que por ela age o Esprito Santo. So mos que consagram o Po e o Vinho, que perdoam, abenoam e trabalham no Reino de Deus. d O smbolo na Uno dos Enfermos pela uno com leo o doente recebe a fora do esprito Santo que cura, alivia, conforta e reanima o cristo para voltar a exercer na sua comunidade sua misso batismal. O leo significa tambm a cura dos pecados, libertao do mal e fraquezas. e Uno de objetos consagrados- significa que por eles e neles h uma presena especial de Deus. 4 - O smbolo Aliana (Anel) a forma circular do anel significa eternidade, permanncia e fidelidade. O anel tem uma funo tambm social o anel do profissional (doutores, professores, etc). Neste caso um smbolo de distino e de saber. a O costume do anel no casamento veio de Roma, significa mtua aliana. Hoje no casamento cristo ele o smbolo da fidelidade do amor de Jesus Cristo pela sua Igreja, representado na pessoa dos cnjuges. b Anel dos religiosos o smbolo das npcias da alma consagrada a Deus. Smbolo de um compromisso de unio e dedicao total a Deus, e a sua Igreja. O anel do Bispo o smbolo de fidelidade Deus e a Igreja. Ao receber o anel durante a sagrao do Bispo pronunciado: Recebe este anel, smbolo da fidelidade; e com fidelidade invencvel guarda sem mancha a Igreja, Esposa de Deus. VIII GESTOS E POSIES DO CORPO A Liturgia no s palavras, mas tambm gestos e sinais. Sendo celebrada pelos homens todo o seu ser entra em jogo. Os gestos e os smbolos contribuem para que a Liturgia seja mais participativa, seja mais ativa e chame ateno para a prtica da fraternidade. a Inclinaes- Da cabea simboliza (durante a consagrao) reverncia, respeito. Do corpo (antes de subir no altar sobre as oferendas j colocadas no altar, durante a orao eucarstica) significa humildade, reverncia, devoo e saudao. b Gestos com as mos As mos ajudam ao homem a se comunicar. Podemos com fidelidade fazer-nos compreendidos atravs de gestos com as mos. - Mos unidas Atitude de orao. - Mos entrelaadas Celebrante) Significa que est pronunciando oraes no estritamente presidenciais, durante a comunho (e do aclito) quando esta a servio do altar, simboliza recolhimento, devoo, orao. - Impor as mos- um gesto usado em todos os sacramentos, um sinal de bno, reconciliao e transmisso de misso ou funo.

- Sinal da Cruz costume iniciar as celebraes litrgicas com o sinal da cruz, dizendo: Em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo. Ao tocar (a fronte) estamos desejando que o nosso pensamento, (o peito) a nossa vontade, (os ombros) as nossas aes se desenvolvem em nome da Santssima Trindade. - Persignar-se Antes do Evangelho o celebrante e a assemblia traam com o polegar direito trs cruzes: na fronte, na boca e no peito. O significado deste gesto pedir a Deus que a mensagem do Evangelho penetra a nossa mente, a nossa palavra e a nossa vida. c Elevar os olhos ao cu Este gesto feito na primeira orao Eucarstica e simboliza a intima comunho com o Pai. O homem chamado a contemplar Deus, face a face. A liturgia de certo modo uma antecipao desta felicidade de contemplar Deus. A Bblia nos conta que Jesus erguia os olhos os olhos ao cu, expressando sua ntima comunho com o Pai. d A Genuflexo Deve ser feita somente diante do Santssimo Sacramento. Na sexta-feira santa, somos convidados a adorar Jesus crucificado, fazendo genuflexo e beijando a cruz. A genuflexo pode ser feita com apenas um joelho. Estamos dispensados de ajoelhar com os dois joelhos. e A Prostrao Ocorre nas ordenaes, presbteros e diconos e na profisso perpetua de religiosas e na sexta-feira da paixo no inicio da celebrao da Paixo. A prostrao significa o reconhecimento de uma fraqueza, pequeneza e incapacidade de corresponder as vocao por suas prprias foras. Mas ao mesmo tempo levanta-se consciente de que a fora de Deus no faltar. f O andar Somos um povo a caminho da salvao. Somos peregrinos na terra, em busca do cu. A converso uma caminhada em direo a Deus. g As posies do corpo Seria muito bom que houvesse uma harmonia de gestos na Assemblia Litrgica. Hora de assentar, que todos se assentem. Na celebrao da Missa, ficamos de p para ouvirmos a proclamao do Evangelho e durante a profisso de f at o final da Missa. S ajoelhamos durante a consagrao. Ficamos assentados durante as leituras, homilia e aps a comunho. Ficar de p simboliza prontido, disposio de ao, respeito. Ajoelhar significa respeito e humildade. Estar assentado expressa acolhimento e meditao. Existem muitos outros smbolos e gestos na liturgia. Sugerimos equipe que complete esta pesquisa. IX CONCLUSES Os smbolos so muito importantes na liturgia, porque comunicam de maneira concreta os mistrios de Cristo. Eles transmitem a mensagem de forma mais rpida. Conduzem-nos a outra realidade espiritual, transcendental. Facilita a participao da assemblia no culto. Facilita a ligao entre f e vida. X QUESTES PARA TRABALHO DA EQUIPE: 1 Pesquisar sobre: 1.1 Assemblia litrgica O sinal pessoa e assemblia litrgica. 1.2 Os smbolos Luz, trevas, velas, fogo, o Cordeiro, o canto, o templo, o altar, as vestes, a coroa ou grinalda, incenso, cinzas e sino. 1.3 Pesquisar sobre gestos Abrao da paz ou saudao da paz, dar as mos, a partcula de hstia no clice, a frao do po, o silncio. 2 Para discutir (em pequenos grupos) 2.1 Nas nossas celebraes litrgicas, os sinais, smbolos e gestos, so bem apresentados, de maneira a cumprir sua misso de comunicar o mistrio de Cristo? 2.2 Que outros sinais, smbolos e gestos poderiam ser apresentados nas nossas celebraes litrgicas? A MSICA NA LITURGIA

O canto, como parte necessria e integrante da liturgia, deve ser a expresso do mistrio de nossa f e da vida de cada comunidade. Pela unio das vozes, pelo fato de juntos seguirmos o mesmo ritmo, de no abafar a voz de quem est do lado, de no correr nem atrasar..., conseguimos a unio dos coraes. O canto capaz de derreter dentro de ns as atitudes negativas: a raiva, o rancor, o desespero, a tristeza... Ele faz brotar em ns a alegria, a confiana, o perdo, o bem querer... O canto capaz de quebrar o nosso orgulho diante de Deus, nossa resistncia e nosso fechamento; ele pode abrir como que o fundo de nossa alma, para que possamos pressentir algo do insondvel mistrio do amor de Deus. No s o canto, tambm o toque dos instrumentos em alguns momentos da celebrao podem criar um clima de orao: no incio da celebrao, aps a homilia, aps a comunho... os instrumentos devero escolher cuidadosamente o tipo de musica que combina nestes momentos. Quem deve cantar? O povo todo, principalmente os refres. De vez em quando, o grupo de canto, ou um solista, pode alternar com o povo, cantando versos ou as estrofes. O que cantar? Convm que sejam msicas que nos ajudem a celebrar e rezar. O canto parte integrante da liturgia. ao, acontecimento. Deve levar a pessoa a realizar algo: crer, louvar, comprometer-se como Senhor e a comunidade. Os cantos, quanto mais ligados a Bblia e com a vida da comunidade, tanto melhores. Tanto o texto como a msica devem falar a linguagem daquela comunidade. O CANTO DE ENTRADA tem a finalidade de dar incio celebrao, criando um clima que v promover a unio orante da comunidade e introduzir no mistrio do Tempo Litrgico ou da Festa. Por isso, pode ser til prolongar o tempo Litrgico ou da Festa. Por isso, pode ser til prolongar o tempo deste primeiro, para que atinja a sua finalidade. KYRIE ELEISON (Senhor, tende piedade) De vez em quando convm valorizar o Senhor, tende piedade em si, sem ser integrado no rito penitencial, como canto em que os fiis aclamam o Senhor e imploram a sua misericrdia, a sua ateno. uma aclamao pela qual podemos louvar o Senhor Jesus pelo perdo, por olhar por ns na sua misericrdia. (CNBB n 43). GLRIA muito antigo. cantado pela assemblia ou pelo coral podendo se alternar com ele (o coral), pode ser rezado. uma espcie de salmo e era usado como hino de natal, depois na pscoa. Hoje cantado ou recitado, exceto no Advento e Quaresma, nas solenidades e festas e em celebraes espcies mais solenes. O texto deve se integral. SALMO Aps a 1 leitura se possvel canta-se um salmo. O salmo completa a 1 leitura. Pode-se recorrer a outro salmo adequado com refres de carter popular. Constitui uma resposta meditativa e orante palavra que precedeu. ACLAMAO DO EVANGELHO Proclamada de p, um canto de exultao diante da Palavra de Jesus Cristo. composto do Aleluia e mais um versculo normalmente tirado do Evangelho que vai ser proclamado. expressamente proibido substitu-lo por outro canto por causa do carter da Palavra de Deus. CREIO Pode ser cantado pelo povo ou alternado, mas com o texto completo.

OFERTRIO facultativo. Se houver, acompanha a procisso das ofertas e se prolonga pelo menos at que os dons tenham sido colocados sobre o altar. No se deve falar necessariamente de ofertas, mas o canto deve recordar a vida do povo de modo condizente com o ato litrgico. No deve se prolongar, deixando o padre esperar para Orai Irmos. SANTO A grande aclamao, que proclama a transcendncia e a majestade de Deus e a sua imanncia Bendito o que vem em nome do Senhor. Deve ser de texto completo e convm ser cantado. DOXOLOGIA No aclamao, e no pronunciada pelo povo. O Amm, sim, pode ser cantado e desdobrado de forma solene e expressiva pela assemblia. CANTO DA PAZ devido a curta durao do rito no h lugar para o canto, porque dispersa-se diante do que vai seguir. Cria-se um tumulto, devendo se reservar para circunstncias especiais e de pequenos grupos. CORDEIRO DE DEUS Convm que seja cantado pelo responsvel pelo canto e no pelo sacerdote. Deve ser integral e entoado na hora da frao do po. Se for curta a frao do po basta cantar uma vez o tende piedade de ns e depois dai-nos a paz. Se a frao se prolongar, o canto prolonga-se. COMUNHO Comea quando o sacerdote comunga. Prolongando-se enquanto durar a comunho dos fiis. um canto diferente do canto de entrada ou ofertrio. Ele quer expressar a unio espiritual dos comungantes. LITURGIA E COMUNICAO I COMUNICAO HUMANA: A comunicao algo prprio do homem; est no SER. A prpria NATUREZA de Deus ser comunicao. Sua essncia ser um SER RELACIONAL. O nosso Deus um Deus comunicao; um DEUS TRINO. As pessoas divinas se relacionam numa perfeita intercomunicao. A comunho o mximo da relao, por isso Deus se comunica dando VIDA. Chamados a ser imagem e semelhana de Deus ns devemos fazer sempre a opo pelo SER HUMANO. Alma e corpo so a expresso dessa unidade na diversidade em Deus. Neste sentido, a Comunicao Humana leva em conta o SER nesta sua totalidade, na unidade de seu equilbrio. A relao sempre aberta ao outro: envolve a simpatia,a empatia,a identificao (que no confuso). O mximo da empatia de Deus a sua ENCARNAO. Jesus assumiu nossas fragilidades, nossa fraqueza em tudo semelhante a ns, exceto no pecado (S. Paulo). Jesus a comunicao viva do Pai, o Verbo, a Palavra, a Comunicao. II COMUNICAO LITRGICA a) Equipe Litrgica no deve ser dominao de um grupo (elite); transmitem lem com a vida. como se os profetas do passado voltassem para doutrinar, e transmitir ao vivo suas mensagens. - Sinceridade e f impressionam e convencem. b) Assemblia Litrgica depende do presidente + APATIA;

- Respeito s diferenas da assemblia; - Folhetos a criatividade; - Populao flutuante / massa; classe sociais; - O coral / a animador - Linguagem acessvel = EMPATIA; - Orao corrida orao perdida; - As virgulas, o final das linhas; - Dar oportunidade para orao em silncio; - O silncio que vcio; preencher o tempo; iniciar. c) Elementos Materiais - simbolizar + representar (teatro); - espao fsico; o Altar; luzes; flores; - favorecem, mas NO determinam a BOA celebrao; - Religiosidade Popular e seus elementos; - O som; microfonia; profuso de alto-falantes; o eco (paredes); - Dico; - Slides; fotos; cartazes. d) Presidente - parte da realidade da assemblia; - Linguagem simples; - Preparao / criao improvisao; - Criar supe preparao - cultura - conhecimento - Postura gesto: - expresso corporal - rtmo - O gesto pode ser: - espontneo interior - artificial falso.

BIBLIOGRAFIA 1. CNBB, A Sagrada Liturgia Edio Didtica popular comemorativa dos 40 anos do 1 Documento do Conclio Vaticano II 2003 2. , Catecismo da Igreja Catlica 1993 3. Beckauser, Frei Alberto, ofm Celebrar a Vida Crist Ed. Vozes 4. Smbolos Litrgicos Ed. Vozes 5. A Liturgia da Missa Ed. Vozes 6. Comunicao Litrgica Ed. Vozes 7. CNBB, doc 43 Animao da Vida Litrgica no Brasil 8. , doc 52 Orientaes para a Celebrao da Palavra de Deus 9. , Estudo da CNBB n 79 A msica litrgica no Brasil 10. , Liturgia em Mutiro 11. Mota, Susana Alves da Pequeno Vocabulrio prtico de liturgia Paulus 12. Emard, Jeanne A arte floral a servio da liturgia Paulinas 13. Buyst, Ione Equipe de Liturgia Vozes 14. Celebrando o Domingo ao redor da Palavra de Deus n 5 Vozes 15. Celebrar com Smbolos Paulinas 16. Preparando Advento e Natal Paulinas 17. Preparando a Pscoa Paulinas 18. A Palavra de Deus na Liturgia Paulinas 19. - O ministrio de leitores e salmista Paulinas 20. Homilia, partilha da Palavra Paulinas 21. Machado, Regina Cli de Albuquerque O Espao da Celebrao Paulinas 22. Goedert, Valter Maurcio Culto Eucarstico fora da Missa Paulinas 23. Lutz, Gregrio Vamos celebrar Paulus 24. Celebrar em Esprito e Verdade Paulus 25. Baronto, Luiz Eduardo P Preparando passo a passo a celebrao Paulus 26. Instruo Geral do Missa Romano 27. Diretrio Litrgico ( anual) 28. Aldazbal, J, comentrios, A Mesa da Palavra I p elenco das Leituras da Missa 29. Farns, Pedro A Mesa da Palavra II, Leitura da Bblia no ano Litrgico 30. CNBB, Liturgia em Mutiro, Vol. I Subsdios para Formao.