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    SUMRIO

    1. LEGISLAO ESPECFICA..................................................... 2

    1.1 TRANSPORTE RODOVIRIO............................................................ 2

    1.2 TRANSPORTE MARTIMO................................................................ 4

    1.3 TRANSPORTE FERROVIRIO.......................................................... 4

    2. CONCEITOS, CLASSIFICAO E IDENTIFICAO............. 52.1 CONCEITOS......................................................................................... 5

    2.2 CLASSIFICAO DOS PRODUTOS PERIGOSOS............................ 6

    2.3 FORMAS DE IDENTIFICAO DE PRODUTOS PERIGOSOS......... 11

    3. EQUIPAMENTOS DE PROTEO.......................................... 23

    3.1 OBJETIVOS......................................................................................... 233.2 AR RESPIRVEL EM CONDIES NORMAIS.................................. 23

    3.3 CONCENTRAO IPVS................................................................... 23

    3.4 FILTROS QUMICOS........................................................................... 23

    3.5 NVEIS DE PROTEO....................................................................... 24

    4. PROCEDIMENTOS EM EMERGNCIA................................... 274.1 OBJETIVOS......................................................................................... 27

    4.2 ZONAS DE TRABALHO...................................................................... 274.3 EQUIPES DE ATUAO NO CENRIO DA EMERGNCIA............. 29

    5. RESGATE DE VTIMAS............................................................ 395.1 DESCONTAMINAO DE VTIMAS E SOCORRISTAS.................... 40

    6. REFERNCIAS......................................................................... 43

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    1. LEGISLAO ESPECFICA

    Considerando que o objetivo deste curso no abrange uma anlise aprofundada dalegislao que rege a movimentao e manuseio de produtos perigosos citamos a

    legislao abaixo para conhecimento geral dos instruendos, a saber:

    1.1. TRANSPORTE RODOVIRIO

    Decreto n 96.044, de 18 de maio de 1988: Regulamento para TransporteRodovirio de Produtos Perigosos (RTRPP);

    Decreto n 1797, de 25 de janeiro de 1996: Acordo de Alcance Parcial paraFacilitao de Transporte de Produtos Perigosos no MERCOSUL;

    Portaria n 204, de 20 de maio de 1997: Instrues Complementares ao RTTPP.(Revogou a Portaria n 291 de 31.05.88);

    Resoluo ANTT N 420, de 12 de fevereiro de 2004: Aprova as InstruesComplementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de ProdutosPerigosos (Alterou a Portaria n 204/97);

    Normas Tcnicas da ABNT (NBR):

    NBR 7500 - Smbolos de risco e manuseio para o transporte e

    armazenamento de materiais. NBR 7501 - Transporte de produtos perigosos - terminologia. NBR 7503 - Ficha de emergncia para o transporte de produtos perigosos

    - caractersticas e dimenses. NBR 7504 - Envelope para transporte de produtos perigosos -

    caractersticas e dimenses. NBR 8285 - Preenchimento da ficha de emergncia para o transporte de

    produtos perigosos. NBR 8286 - Emprego da sinalizao nas unidades de transporte e de

    rtulos nas embalagens de produtos perigosos.

    NBR 9734 - Conjunto de equipamentos de proteo individual paraavaliao de emergncia e fuga no transporte rodovirio de produtosperigosos.

    NBR 9735 - Conjunto de equipamentos para emergncias no transporterodovirio de produtos perigosos.

    NBR 10271 - Conjunto de equipamentos para emergncias no transporterodovirio de cido fluordrico - procedimento.

    NBR 12710 - Proteo contra incndio por extintores no transporterodovirio de produtos perigosos.

    NBR 12982 - Desgaseificao de tanque rodovirio para transporte de

    produto perigoso - classe de risco 3 - lquidos inflamveis - procedimento.

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    NBR 14064 - Atendimento de emergncia no transporte rodovirio deprodutos perigosos.

    NBR 14095 - rea de estacionamento para veculos rodovirios detransporte de produtos perigosos.

    Legislao Ambiental:

    Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto99.274, de 06 de junho de 1990.

    Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Lei de Crimes Ambientais.

    Regulamentos Tcnicos do INMETRO

    Normas do CNEN (Comisso Nacional de Energia Nuclear):

    CNEN 5.01 Regulamenta o transporte de materiais radioativos; CNEN 2.01 Regulamenta a proteo fsica de Unidades de Operacionais

    de rea nuclear.

    R 105 Regulamento do Ministrio do Exrcito: Regulamenta a fiscalizao deprodutos controlados.

    Alguns Artigos importantes do Decreto n 96.044, de 18 de maio de 1988,[Regulamento para Transporte Rodovirio de Produtos Perigosos (RTRPP)]voltados para a equipe de interveno:

    Art. 1. O transporte, por via pblica, de produto que seja perigoso ourepresente risco para a sade de pessoas, para a segurana pblica oupara o meio ambiente, fica submetido s regras e procedimentosestabelecidos neste Regulamento, sem prejuzo do disposto em legislaoe disciplina peculiar a cada produto.Pargrafo 1. Para os efeitos deste Regulamento produto perigoso orelacionado em Portaria do Ministrio dos Transportes.Pargrafo 2. No transporte de produto explosivo e de substnciaradioativa sero observadas, tambm, as normas especificas do Ministriodo Exrcito e da Comisso Nacional de Energia Nuclear - CNEN,respectivamente. (R-105 e Res 5.01 - CNEN).

    [...]

    Art. 11. As autoridades com jurisdio sobre as vias podero determinarrestries ao seu uso, ao longo de toda a sua extenso ou parte dela,sinalizando os trechos restritos e assegurando percursos alternativos,assim como estabelecer locais e perodos com restrio paraestacionamento, parada, carga e descarga.

    [...]

    Art. 27. Em caso de emergncia, acidente ou avaria, o fabricante, otransportador, o expedidor e o destinatrio do produto perigoso daro apoioe prestaro os esclarecimentos que lhes forem solicitados pelasautoridades pblicas.

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    Art. 28. As operaes de transbordo em condies de emergncia deveroser executadas em conformidade com a orientao do expedidor oufabricante do produto e, se possvel, com a presena de autoridade pblica.

    [...]

    Art. 41. A fiscalizao para a observncia deste Regulamento e de suasinstrues complementares incumbe ao Ministrio dos Transportes, semprejuzo da competncia das autoridades com jurisdio sobre a via poronde transite o veculo transportador.

    1.2. TRANSPORTE MARTIMO

    INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION (IMO): Organismo vinculado Organizao das Naes Unidas (ONU) que regulamenta o transporte martimo.

    SOLAS 1974 - (International Convention for the Safety of the Life at Sea) - aConveno Internacional para a Segurana Martima. Contm as disposiesobrigatrias que regem o transporte de Produtos Perigosos.

    MARPOL 73/78 - Trata dos diversos aspectos da preveno da contaminao domar e seus ecossistemas, contm as disposies obrigatrias para a preveno dacontaminao por substncias prejudiciais transportadas por mar.

    IMDG CODE - International Maritime Dangerous Goods Code - (Cdigo MartimoInternacional sobre Mercadorias Perigosas): Recomenda que as determinaessejam adotadas pelos governos que os tomem como base para as suas

    regulamentaes. Com a observao deste Cdigo se harmonizam as prticas e osprocedimentos adotados para o transporte por mar de mercadorias perigosas e segarantem o cumprimento das disposies obrigatrias do Convnio SOLAS 1974.

    N.R. 29 Ministrio do Trabalho, de 17 de dezembro 1997: Regulamenta aSegurana e Sade no Trabalho Porturio.

    1.3. TRANSPORTE FERROVIRIO

    Decreto 98.973, de 21 de fevereiro de 1990 - Regulamenta o Transporte

    Ferrovirio de produtos controlados.

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    2. CONCEITOS, CLASSIFICAO E IDENTIFICAO

    OBJETIVOS:

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:

    Definir os principais conceitos referentes a produtos perigosos; Reconhecer as diferentes formas de se identificar um produto perigoso; Identificar as diferentes sees do Manual da ABIQUIM; Identificar um produto perigoso a partir do painel de segurana; Escolher a Guia adequada para um determinado produto; Definir distncias adequadas de isolamento e evacuao; Reconhecer as nove classes de risco; Identificar as principais caractersticas e riscos referentes a cada classe.

    2.1. CONCEITOS

    2.1.1. PRODUTO PERIGOSO toda substncia slida, lquida ou gasosa que, quando fora de seu recipiente, podeproduzir danos s pessoas, propriedades ou meio ambiente.

    2.1.2. CARGA PERIGOSA o mau acondicionamento ou a arrumao fsica deficiente de uma carga ouvolume que venha a oferecer riscos de queda ou tombamento, podendo gerar outros

    riscos.

    2.1.3. ACIDENTE COM PRODUTO PERIGOSOEvento repentino e no desejado, onde a liberao de substncias qumicas,biolgicas ou radiolgicas perigosas em forma de incndio, exploso, derrame ouvazamento, causa dano s pessoas, propriedades ou ao meio ambiente.

    Exemplos:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2.1.4. INCIDENTE COM PRODUTO PERIGOSOEvento repentino e no desejado, que foi controlado antes de afetar elementosvulnerveis (causar dano ou exposio s pessoas, bens ou ao meio ambiente).Tambm denominado de quase acidente.

    Exemplos:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    2.1.5. ZONA CONTAMINADA OU REA DE RISCOrea do incidente ou acidente com produtos perigosos onde os contaminantes estoou podero surgir.

    Nesta rea de risco (tambm chamada rea contaminada) s podero adentrar

    pessoal ______________________ e com ____________________________ .

    2.2. CLASSIFICAO DOS PRODUTOS PERIGOSOS

    O SISTEMA DE CLASSIFICAO DA ONU

    Na relao de produtos considerados perigosos foi adotada a classificao daOrganizao das Naes Unidas que agrupa tais produtos em nove Classes deRisco. A incluso de um produto em uma classe leva em conta o seu risco principal.

    2.2.1. CLASSE 1 EXPLOSIVOSSubstncia explosiva uma substncia slida ou lquida, ou a mistura desubstncias, capaz de produzir gs por uma reao qumica, a uma temperatura,presso e velocidade que provoquem danos sua volta. Esto includas nessadefinio as substncias pirotcnicas, mesmo que no desprendam gases.Ex.: Dinamite, Nitrocelulose, Plvora, Cordel, acendedor, cartuchos para arma defestim, TNT (Trinitrotolueno) etc.

    Mas, o que exploso?

    Reao qumica provocada por uma substnciaqualquer que dentro de brevssimo lapso detempo, atinge grande volume, a partir de umvolume muito menor, e provoca reaesviolentas com deslocamento de massa de ar eliberao de gases superaquecidos (ondamecnica e onda trmica).

    A maioria dos produtos explosivos possui em sua composio qumica os elementoscarbono, hidrognio, oxignio e nitrognio.

    A classe 1 uma classe restritiva porque apenas as substncias e artigos listadosna relao de produtos perigosos podem ser aceitos para o transporte. Entretanto, otransporte para fins especiais dos produtos no includos naquela relao pode serrealizado sob licena especial das autoridades competentes.

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    A Classe 1 est subdividida em 6 subclasses:

    Subclasse 1.1 - Substncias e artigos com risco de exploso em massa. Ex.:Nitrobenzotriazol;

    Subclasse 1.2 - Substncias e artigos com risco de projeo, mas sem riscode exploso em massa. Ex.: Artigos Pirofricos;

    Subclasse 1.3 - Substncias e artigos com risco de fogo e com pequeno riscode exploso, de projeo ou ambos, mas sem risco de exploso em massa.Ex: Cartuchos para sinalizao;

    Subclasse 1.4 - Substncia e artigos que no apresentam riscossignificativos. Ex.: Cartuchos para armas;

    Subclasse 1.5 - Substncia muito insensvel com risco de exploso emmassa. Ex.: Explosivo de Demolio Tipo B;

    Subclasse 1.6 - Substncia extremamente insensvel, sem risco de explosoem massa. Ex.: Explosivos usados em minas de escavao.

    2.2.2. CLASSE 2 GASES COMPRIMIDOS, LIQUEFEITOS, DISSOLVIDOS SOBPRESSO OU ALTAMENTE REFRIGERADOS

    Gs uma substncia que a 50C tem a presso de vapor superior a 300 KPa, ou,ainda, completamente gasoso na temperatura de 20C e na presso normal de

    101,3 KPa.

    A Classe 2 est dividida em trs subclasses, com base no risco principal que osgases apresentam durante o transporte:

    Subclasse 2.1 - Gases inflamveis;

    Subclasse 2.2 - Gases no-inflamveis, no-txicos: So gasesasfixiantes ou oxidantes;

    Subclasse 2.3 - Gases txicos.

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    Sempre quando se tratar de gases deve-se analisar o risco principal do produto pelo2 nmero. Por exemplo, os gases venenosos (txicos) poderiam ser includos nasubclasse 6.1, porque seu carter venenoso o risco principal, porm est definidocom o n. de risco 26.

    Quando o gs apresentar outros riscos, tipo inflamabilidade e toxidez, utilizar-se-no rtulo de risco o n. 2 com a inscrio Gs Inflamvele Gs Txico.

    Os gases tm a caracterstica de aumentar de presso quando aquecidos, podendoprovocar exploso. Portanto, devemos evitar a exposio a altas temperaturas. Ofenmeno conhecido como BLEVE o mais perigoso e devemos estar atento ssuas caractersticas.

    2.2.3. CLASSE 3 LQUIDOS INFLAMVEISLquidos inflamveis so lquidos, misturas de lquidos oulquidos contendo slidos em soluo ou suspenso, que

    produzem vapores inflamveis a temperaturas de at 60,5C, emteste de vaso fechado, ou at 65,5C em teste de vaso aberto.

    Um caminho tanque que tenha descarregado um lquidoinflamvel continua com risco de inflamabilidade por ainda conteruma mistura de gases inflamveis.

    Nas manobras de carregamento e descarregamento deve-se utilizar cabo-terra emtodas as partes metlicas envolvidas, para que no ocorram centelhas em virtude daeletricidade esttica.

    2.2.4. CLASSE 4 SLIDOS INFLAMVEIS

    Slidos inflamveis so substncias sujeitas combusto espontnea. Sosubstncias que, em contato com gua, emitem gases inflamveis.

    A classe 4 dividida em trs subclasses:

    Subclasse 4.1 - Slidos Inflamveis - Slidos, exceto os classificados comoexplosivos que, em condies encontradas no transporte, so facilmentecombustveis ou que, por atrito, podem causar ou contribuir para o fogo. Inclui

    produtos autorreagentes que podem sofrer reaes fortemente exotrmicas.

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    Subclasse 4.2 - Substncias sujeitas combusto espontnea Elas sosujeitas a aquecimento espontneo em condies normais de transporte, ouaquecimento em contato com o ar, podendo inflamar-se.

    Subclasse 4.3 - Substncias que em contato com a gua emitem gases

    inflamveis So aquelas que, por interao com a gua, podem tornar-seespontaneamente inflamveis ou liberar gases inflamveis em quantidadesperigosas.

    2.2.5. CLASSE 5 SUBSTNCIAS OXIDANTES; PERXIDOS ORGNICOS

    A Classe 5 dividida em duas subclasses:

    Subclasse 5.1 - Substncias Oxidantes - Substncias que, embora nosendo elas prprias necessariamente combustveis, podem, em geral, porliberao de oxignio, causar a combusto de outros materiais ou contribuirpara isto.Ex.: nitrato de sdio, cido clordrico, cloreto de zinco etc.;

    Subclasse 5.2 - Perxido Orgnico - Substncias tecnicamente instveis,

    podendo decompor-se explosivamente, queimar rapidamente, ser sensveis achoques e atritos e causar danos aos olhos, facilitando tambm a combustode outros produtos.Ex.: cido piractico, hidro perxido de butila etc..

    Cuidados especiais:

    1- Os veculos devem ser adaptados para que vapores do produto no entrem nacabine;

    2- Os produtos devem ser protegidos contra o calor nos nveis de prescrio de cadaum;

    3- Durante o transporte de produtos que se decompem com facilidade temperatura ambiente, as paradas por necessidade de servio devem, sempre quepossvel, ser efetuadas longe de locais habitados.

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    2.2.6. CLASSE 6 SUBSTNCIAS TXICAS E INFECTANTES

    A Classe 6 dividida em duas subclasses:

    Subclasse 6.1 - Substncias Txicas - So substncias capazes de

    provocar a morte, injrias srias ou danos sade humana, caso sejamingeridos, inalados ou que entrem em contato com a pele.Ex. : cido arsnico, pentacloreto de sdio, iodeto de benzila etc.;

    Subclasse 6.2 - Substncias Infectantes - So aquelas que contmmicroorganismos viveis s suas toxinas, os quais provocam, ou h suspeitaque possam provocar doenas em seres humanos ou animais. ProdutosBiolgicos acabados so pertencentes a esta subclasse.

    2.2.7. CLASSE 7 SUBSTNCIAS RADIOATIVASSo substncias que liberam energia atravs da quebra dos ncleos de seustomos. As substncias desta classe devem ser protegidas e isoladas (embalagensespeciais revestidas com chumbo), porque a radioatividade nociva aos tecidoshumanos, podendo causar a morte.Ex.: carbono 14, csio 137, cobalto 56, rdio 226 e 228, urnio 232 etc..

    A Comisso Nacional de Energia Nuclear - CNEN estabelece normas que controlama produo, o comrcio, o transporte e o armazenamento do material radioativo em

    todo territrio nacional.2.2.8. CLASSE 8 SUBSTNCIAS CORROSIVASSo substncias que, por ao qumica, causam srios danos, quando em contatocom tecido vivo ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outrascargas ou o veculo, podendo ainda apresentar outros riscos.Ex. : cido sulfrico, cido actico, cido clordrico etc..

    Podem der divididos em trs grupos de riscos:

    Grupo 1 - Substncias muito perigosas - provocam visvel necrose da pele aps

    um perodo de exposio inferior a trs minutos;

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    Grupo 2 - Substncias que provocam risco mdio - provocam visvel necrose dapele aps um perodo de exposio superior a trs minutos e inferior a sessentaminutos;

    Grupo 3 - Substncias de menor risco, incluindo:

    - aquelas que provocam visvel necrose da pele num perodo de contato inferior a 4horas;- aquelas com uma taxa de corroso em superfcies de ao ou alumnio superior a6,25mm por ano, a uma temperatura de teste de 55C.

    Algumas substncias desta classe se tornam mais corrosivas depois de reagiremcom a gua. Esta reao libera gases corrosivos, irritantes, facilmente visveis pelaformao de fumaa.

    2.2.9. CLASSE 9 SUBSTNCIAS PERIGOSAS DIVERSASSo todas as substncias que, durante o transporte, apresentam um risco no

    coberto pelas outras classes.Ex.: Dixido de carbono, nitrato de amnia, resduos.

    2.3. FORMAS DE IDENTIFICAO DE PRODUTOS PERIGOSOS

    2.3.1. O SISTEMA DE CLASSIFICAO DA ONUA Organizao das Naes Unidas (ONU) preocupada com o crescente nmero deacidentes ambientais envolvendo produtos perigosos e a necessidade de umapadronizao dos mesmos atribuiu a cada um deles um nmero composto de quatroalgarismo conhecido por Nmero da ONU.

    A relao dos principais produtos perigosos em ordem numerica e alfabtica constado Manual de Emergncias da Associao Brasileira da Indstria Qumica e deProdutos Derivados (ABIQUIM), que uma entidade de classe representativa dosetor da indstria qumica no Brasil desde 1964.

    2.3.2. FORMAS DE IDENTIFICAO

    Painel de Segurana

    Rtulo de Risco Ficha de Emergncia

    Nota Fiscal

    Diamante de Hommel

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    X423

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    Nmero de risco

    Nmero ONU

    Proibio de gua

    Este painel de segurana (placa laranja) deve ser afixado nas laterais, traseira edianteira do veculo. constitudo de quatro algarismos (nmero da ONU) e onmero de risco.

    Exemplo:

    NNMMEERROO DDEE RRIISSCCOO

    Este nmero constituido por dois ou trs algarismos e se necessrio a letra X.

    Quando for expressamente proibido o uso de gua no produto perigoso deve sercotada a letra X, no incio, antes do nmero de identificao de risco.

    O nmero de identificao de risco permite determinar de imediato:

    O risco principal do produto = 1 algarismo

    Os riscos subsidirios = 2 e/ou 3 algarismos

    SIGNIFICADO DO PRIMEIRO ALGARISMO (RISCO PRINCIPAL DO PRODUTO)

    AAALLLGGGAAARRRIIISSSMMMOOO SSSIIIGGGNNNIIIFFFIIICCCAAADDDOOO DDDOOO AAALLLGGGAAARRRIIISSSMMMOOO2 Gs3 Lquido inflamvel4 Slido inflamvel5 Substncia oxidante ou perxido orgnico6 Substncia txica7 Substncia radioativa

    8 Substncia corrosiva9 Substncias Perigosas Diversas

    PPAAIINNEELL DDEE SSEEGGUURRAANNAA

    Painel retangular de cor alaranjado, indicativo de transporte rodovirio deprodutos perigosos, que possui inscrito, na parte superior o NMERO DE

    IDENTIFICAO DE RISCO DO PRODUTO e, na parte inferior, o NMEROQUE IDENTIFICA O PRODUTO ONU .

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    SSIIGGNNIIFFIICCAADDOO DDOO SSEEGGUUNNDDOO EE//OOUU TTEERRCCEEIIRROO AALLGGAARRIISSMMOO

    AAALLLGGGAAARRRIIISSSMMMOOO SSSIIIGGGNNNIIIFFFIIICCCAAADDDOOO DDDOOO AAALLLGGGAAARRRIIISSSMMMOOO0 Ausncia de risco subsidirio1 Explosivo2 Emana gs3 Inflamvel4 Fundido5 Oxidante6 Txico7 Radioativo8 Corrosivo9 Perigo de reao violenta

    OBSERVAES: Na ausncia de risco subsidirio deve ser colocado como 2 algarismo o zero. No caso de gs nem sempre o 1 algarismo significa o risco principal. A duplicao ou triplicao dos algarismos significa uma intensificao do risco.

    EXEMPLOS:30 = INFLAMVEL;33 = MUITO INFLAMVEL;333 = ALTAMENTE INFLAMVEL

    As cores de fundo dos rtulos de risco significam:CCCOOORRREEESSS SSSIIIGGGNNNIIIFFFIIICCCAAADDDOOOLaranjaVermelhoVerdeBrancoAzulAmareloPreto/Branco

    Amarelo/BrancoVermelho/Branco Listrado

    RRTTUULLOO DDEE RRIISSCCOO

    Losango que representa simbolos e/ou expresses emolduradas, referentes classe do produto perigoso. Ele fixado nas lateriais e traseira do veculo detransporte. Os rtulos de risco possuem desenhos e nmeros que indicam oproduto perigoso. Quanto natureza geral, a cor de fundo dos rtulos amais visvel fonte de identificao da classe de um produto perigoso.

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    OOBBSSEERRVVAAEESS::

    Os painis de segurana devem ser de cor laranja e os nmeros deidentificao de risco e de produto perigoso (nmero da ONU) devem serindelveis de cor preta.

    O painel de segurana e o rtulo de risco, se destacveis, devem ter seusversos pintado na cor preta, e os nmeros citados no painel no devem serremovveis.

    Os algarismos do painel de segurana devem ter altura de 10 cm e largura de5,5 cm.

    No Brasil, os smbolos convencionais e seu dimensionamento soestabelecidos pela NBR 7500, da Associao Brasileira de Normas Tcnicas,de Mar/2000 Smbolo de risco e manuseio para o transporte earmazenamento de materiais.

    A classificao da Organizao das Naes Unidas reconhece nove CLASSES DERISCOe subclasses, conforme a relao a seguir:

    Os nmeros das CLASSES DE RISCOapresentam o seguinte significado.

    CLASSE 1 = EXPLOSIVOSSubstncias submetidas a transformaes qumicas extremamente rpidas e queproduzem grandes quantidades de gases e calor. Muitas das substncias

    pertencentes a esta classe so sensveis ao calor, ao choque e frico. J outrosprodutos da mesma classe necessitam de um intensificador para explodirem.

    CLASSE 2 = GASESEsta classe compreende os gases comprimidos, os liquefeitos, os dissolvidos sobpresso ou, ainda, os altamente refrigerados, ditos criognicos. Em caso devazamentos ou fugas, os gases tendem a ocupar todo o ambiente, mesmo quandopossuem densidade diferente da do ar atmosfrico. Alm do risco inerente ao seuestado fsico, os gases podem apresentar riscos adicionais, como, por exemplo,inflamabilidade, toxidade, poder de oxidao e corrosividade, entre outros.

    CLASSE 3 = LIQUIDOS INFLAMVEISAs substncias pertencentes a esta classe so de origem orgnica e apresentam-secomo matria em estado lquido. Um fator de grande importncia a ser consideradodiante presena de lquidos inflamveis o comparecerimento de possveis fontesde calor, alm dos conceitos de ponto de fulgor e limites de inflamabilidade.

    CLASSE 4 = SLIDOS INFLAMVEIS E COMBUSTO EXPONTNEA QUEEMITEM GASES INFLAMVEIS EM CONTATO COM GUA

    Esta classe abrange todas as substncias slidas que podem inflamar-se napresena de uma fonte de ignio, em contato com o ar ou com a gua, e que noso classificados como explosivos. Em funo da variedade de caractersticas dos

    produtos desta classe, os mesmos so agrupados em subclasses.

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    CLASSE 5 = SUBSTNCIAS OXIDANTES E PERXIDOS ORGNICOSSubstncias oxidantes so aquelas que, embora no sendo combustveis, podem,em geral pela liberao de oxignio, causar a combusto de outros materiais oucontribuir para isso. Os perxidos orgnicos so agentes de alto poder oxidante,sendo que, na grande maioria, produzem irritao nos olhos, pele, mucosas e

    gargante.

    CLASSE 6 = SUBSTNCIAS TXICAS E SUBSTNCIAS INFECTANTESSo substncias capazes de provocar a morte ou danos sade humana, seingeridas, inaladas ou em contato com a pele, mesmo em pequenas quantidades.Os efeitos gerados a partir do contato com substncias txicas esto relacionadoscom o seu grau de toxidade e o tempo de exposio e dose.

    CLASSE 7 = MATERIAIS RADIOATIVOSRadioativo o processo de desintegrao espontnea de um ncleo estvel,acompanhado da emisso de radiao nuclear. Os materiais radioativos sofrem

    diversos tipos de desintegrao, entre eles, os principais so as radiaes alfa, betae gama. A proteo individual para o trabalho com radiaes ionizantes baseia-seem trs fatores principais, tempo, distncia e blindagem.

    CLASSE 8 = CORROSIVOSSo substncias que, por ao qumica, causa severos danos em contato comtecidos vivos. Basicamente, existem dois principais grupos de materiais queapresentem estas propriedades, os cidos e as bases.

    CLASSE 9 = SUBSTNCIAS PERIGOSAS DIVERSASSubstncia que apresenta um risco no coberto por qualquer das outras classes.

    CCCLLLAAASSSSSSEEEDDDEEERRRIIISSSCCCOOOPPPRRRIIIMMMRRRIIIOOO

    CLASSE 1 EXPLOSIVOS

    CLASSE 2 GASES

    CLASSE 3 LQUIDOS INFLAMVEIS

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    CLASSE 4 - SLIDOS INFLAMVEIS

    CLASSE 5 SUBSTNCIAS OXIDANTES E PERXIDOS ORGNICOS

    CLASSE 6 SUBSTNCIAS TXICAS (VENENOSAS E SUBSTNCIASINFECTANTES)

    CLASSE 7 MATERIAIS RADIOATIVOS

    CLASSE 8 - CORROSIVOS

    CLASSE 9 SUBSTNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS

    CCCLLLAAASSSSSSEEEDDDEEERRRIIISSSCCCOOOSSSUUUBBBSSSIIIDDDIIIRRRIIIOOO

    CLASSE 1 EXPLOSIVOS

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    CLASSE 2 GASES

    CLASSE 3 LQUIDOS INFLAMVEIS

    CLASSE 4 - SLIDOS INFLAMVEIS

    CLASSE 5 SUBSTNCIAS OXIDANTES E PERXIDOS ORGNICOS

    CLASSE 6 SUBSTNCIAS TXICAS (VENENOSAS E SUBSTNCIASINFECTANTES)

    CLASSE 8 CORROSIVOS

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    As classes e respectivas subclasses dos produtos perigosos apresentam osseguintes significados:

    CCCLLLAAASSSSSSEEE SSSUUUBBBCCCLLLAAASSSSSSEEE SSSIIIGGGNNNIIIFFFIIICCCAAADDDOOOSSS

    Classe 1 ExplosivosSubclasse 1.1 Substncias e artefatos com risco de exploso em massaSubclasse 1.2 Substncia e artefatos com risco de projeoSubclasse 1.3 Substncia e artefatos com risco predominante de fogoSubclasse 1.4 Substncia e artefatos que no apresentam riscos

    significativosSubclasse 1.5 Substncias pouco sensveisSubclasse 1.6 Substncias extremamente insensveis

    Classe 2 GasesSubclasse 2.1 Gases inflamveis

    Subclasse 2.2 Gases comprimidos no txicos e no inflamveisSubclasse 2.3 Gases txicos por inalao

    Classe 3 Lquido inflamvel

    Classe 4 Slidos inflamveis, substncias passveis decombusto espontnea, substncias que, em contatocom a gua, emitem gases inflamveis

    Subclasse 4.1 Slidos inflamveisSubclasse 4.2 Substncias passveis de combusto espontneaSubclasse 4.3 Substncias que em contato com a gua, emitem gases

    inflamveis

    Classe 5 Substncias oxidantes, perxidos orgnicosSubclasse 5.1 Substncias oxidantesSubclasse 5.2 Perxidos orgnicos

    Classe 6 Substncias txidas, infectantesSubclasse 6.1 Substncias txicasSubclasse 6.2 Substncias infectantes

    Classe 7 Substncias radioativasClasse 8 Substncias corrosivas

    Classe 9 Substncias perigosas diversas

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    DDDIIIAAAMMMAAANNNTTTEEE DDDEEE HHHOOOMMMMMMEEELLL

    VVEERRMMEELLHHOO IINNFFLLAAMMAABBIILLIIDDAADDEE4 Gases inflamveis, lquidos muito volteis, materiais pirotcnicos3 Produtos que entram em ignio a temperatura ambiente

    2 Produtos que entram em ignio quando aquecidos moderadamente1 Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em ignio0 Produtos que no queimam

    AAZZUULL PPEERRIIGGOO PPAARRAA SSAADDEE4 Produto Letal3 Produto severamente perigoso2 Produto moderadamente perigoso1 Produto levemente perigoso0 Produto no perigoso ou de risco mnimo

    AAMMAARREELLOO RREEAATTIIVVIIDDAADDEE4 Capacidade de detonao ou decomposio com exploso temperaturaambiente3 Capacidade de detonao ou decomposio com exploso quando exposto fonte de energia severa2 Reao qumica violenta possvel quando exposto a temperaturas e/ou presseselevadas1 Normalmente estvel, porm pode se tornar instvel quando aquecido0 Normalmente estvel

    BBRRAANNCCOO RRIISSCCOOSS EESSPPEECCIIAAIISSw - Evite o uso de gua

    - Material radioativo

    ALK - Base forte

    OXY - Oxidante forte

    ACID - cido forte

    No informa qual a substncia qumica, mas indicatodos os riscos envolvendo o produto qumico emquesto.

    Diamante de HOMMEL NFPA 704

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    COMO UTILIZAR O MANUAL PARA ATENDIMENTO DE EMERGNCIA COMPRODUTOS PERIGOSOS

    OOBBJJEETTIIVVOODDOOMMAANNUUAALL

    O manual foi desenvolvido pelo departamento de transporte dos Estados Unidos,sendo adaptado pela Associao Brasileira de Indstria Qumica (ABIQUIM) aoBrasil, visando direcionar os atendimentos s caractersticas dos produtos qumicosque so produzidos e transportados em solo brasileiro. O Manual est emobservncia com o ERG 2000 (Emergency Response Guidebook), sendo o mesmoaplicado nos Estados Unidos, Canad e Mxico. O contedo apresentado baseadona 5 edio do manual de emergncia da ABIQUIM, de 2006.

    O Manual de Emergncias da ABIQUIM uma fonte de informao inicial, somentepara os primeiros 30 minutos do acidente. Utilize suas recomendaes para orientaras primeiras medidas na cena de emergncias, at a chegada de tcnicos

    especializados, evitando riscos e a tomada de decises incorretas.

    AASSSSEEEESSDDOOMMAANNUUAALL

    O manual para atendimento a emergncia com produtos perigos possui cincosees:

    BBRRAANNCCAA AAMMAARREELLAA AAZZUULL LLAARRAANNJJAA VVEERRDDEE

    SEO BRANCA: A seo branca aborda informaes gerais acerca do manual,bem como dados referentes aos nmeros de risco e suas caractersticas, alm databela de cdigos de riscos.

    SEO AMARELA: A seo amarela classifica os produto perigosos pelo nmeroda ONU, relacionando o nmero ao nome do mesmo, atribuindo com isso a suaclasse de risco e a respectiva guia de emergncia. Nesta seo esto organizadosos produtos perigosos em ordem numrica crescente, de acordo com a designaoda ONU.

    SEO AZUL: A seo azul identifica o produto pelo seu nome comercial, servindopara se associar o mesmo sua respectiva guia de emergncia e ao nmero daONU.

    SEO LARANJA: A seo laranja composta basicamente de guias, sendo estasdenominadas de guias de emergncia, pois compem todos os procedimentos quedevem ser adotados em um acidente com produtos perigosos.

    A seo laranja possui 62 guias, divididas em funo dos riscos potenciais, como:fogo ou exploso e risco sade; atribuies da segurana pblica, comovestimentas de proteo e evacuaes; e, trs ainda, aes de emergncia em caso

    de vazamento e derramamento, fogo e os primeiros socorros em caso de vtimas.

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    Quando no se conhece o contedo da carga ou h transporte de vrios produtosjuntos carga mista (desde que sejam compatveis e dentro da quantidade exigidapela legislao) usa-se a guia 111.

    SEO VERDE: A seo verde relaciona:

    Tabelas de distncia para isolamento e proteo inicial; Produtos perigosos que reagem com gua; Fatores que podem alterar as distncias de proteo; Prescries relativas tomada de deciso para aes de proteo; Fundamentos para isolamento e evacuao; e Classificao do tamanho de vazamentos.

    OOBBSSEERRVVAAEESS:: A letra P seguida do nmero da guia indica produtos que podem polimerizar

    de forma violenta pelo calor ou por contaminao.

    Polimerizao a denominao dada reao qumica que a partir demolculas simples (monmeros) produzem macromolculas (polmeros),normalmente de forma extremamente exotrmica.

    Os produtos destacados em verde indicam que possuem riscos especiais(txicos por inalao ou em contato com a gua produzem gases txicos).Requerem um tratamento especial quanto ao isolamento e distanciamento.

    AAVVAALLIIAAOO

    1. Qual a guia de emergncia que deve ser aplicada, considerando um acidente

    envolvendo um caminho com produto perigoso no identificado?______________________________________________________________________________________________________________________________________

    2. No manual de emergncia da ABIQUIM, onde so encontrados osprocedimentos a serem seguidos para os casos de emergncia, aps a identificaodo produto perigoso?______________________________________________________________________________________________________________________________________

    3. No manual de emergncia da ABIQUIM, onde so encontradas asinformaes quando o nico meio de identificao o rtulo de risco?______________________________________________________________________________________________________________________________________

    4. No manual de emergncia da ABIQUIM, onde so encontradas asinformaes adicionais especficas relativas rea de isolamento de determinadosprodutos destacados nas sees de identificao?______________________________________________________________________________________________________________________________________

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    5. No caso de vazamento de uma substncia lquida ou slida, deve-seclassificar como pequenos, os vazamentos de um nico recipiente de at _____litros ou a deposio de at _____ metros.

    PEQUENOSDERRAMAMENTOS

    Provenientes deembalagens pequenas

    ou um pequenovazamento de umaembalagem grande

    GRANDESDERRAMAMENTOS

    Provenientes deuma embalagem grande

    ou de diversasembalagens pequenas

    A seguir,PROTEJA aspessoas nosentido do

    vento

    A seguir,PROTEJA aspessoas nosentido do

    ventoONU NOME DO

    PRODUTOC.R GUIA

    Primeiro,ISOLE

    em todasas

    direes DIA NOITE

    Primeiro,ISOLE

    emtodas asdirees DIA NOITE

    101710261036

    XIDONTRICO

    PERXIDO DENITROGNIOPARALDEDO

    1541

    1008AMNIA,ANIDRA,

    LIQUEFEITA

    MONXIDO DECARBONO

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    3. EQUIPAMENTOS DE PROTEO

    3.1. OBJETIVOS

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:

    1. Selecionar corretamente a proteo respiratria;

    2. Identificar os diferentes nveis de proteo;

    3. Selecionar corretamente o EPI.

    3.2. AR RESPIRVEL EM CONDIES NORMAIS:

    1. Conter, no mnimo, 19,5% de oxignio;

    2. Estar livre de substncias estranhas;

    3. Estar com presso e temperatura que no causem leses ao organismohumano.

    3.3. CONCENTRAO IPVS

    IIMMEEDDIIAATTAAMMEENNTTEE PPEERRIIGGOOSSOO VVIIDDAA EE SSAADDEE

    1. Se no for possvel determinar qual contaminante est presente;

    2. Se no for possvel estimar a toxidez;

    3. Se no for possvel estimar a taxa de O2 presente:

    O nico EPR para trabalho em atmosferas com concentrao IPVS :

    _______________________________________________________________

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    3.4. FILTROS QUMICOS

    O USO DE FILTROS DEPENDE DA:

    1. Concentrao do contaminante;

    2. Compatibilidade do filtro;

    3. Concentrao de oxignio.

    Os filtros qumicos no suprem a deficincia de oxignio, portanto, no devemser usados em ambientes fechados e sem ventilao, onde a concentrao deoxignio seja inferior a 19,5%.

    3.5. NVEIS DE PROTEO

    3.5.1. NVEL A MAIOR NVEL

    Quando usar nvel A:

    Aps mensurar e verificar uma alta concentrao de vapores, gases oupartculas suspensas;

    Em trabalhos envolvendo um alto risco para derramamentos, imerso ouexposio a vapores, gases ou partculas que sejam extremamentedanosos pele ou absorvidos por ela;

    No contato com substncias que provoquem um alto grau de leso pele.

    solicitado quando ocorre o grau mximo possvel deexposio do trabalhador a materiais txicos. Assim, necessria a proteo total para a pele, para as viasrespiratrias e para os olhos

    Compem o NIVEL A de proteo:

    Equipamento autnomo com presso positiva; Roupa totalmente encapsulada; Botas com resistncia qumica; Capacetes de uso interno; Outros componentes opcionais.

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    3.5.2. NVEL B NVEL ALTO

    Quando usar nvel B:

    Na presena imediata de concentraes de substncias qumicas quepodem colocar em risco a vida atravs da inalao, mas que norepresentam o mesmo risco quanto ao contato com a pele.

    o mnimo recomendado para uma aproximao rpida e avaliao dasituao.

    3.5.3. NVEL C NVEL MDIO

    Quando usar nvel C:

    No NVEL C de proteo exige-se menor proteo respiratria e menorproteo da pele.

    Somente deve ser utilizado quando for conhecido o contaminante e suatoxidade e quando a sua concentrao puder ser medida.

    O N VEL B de proteo requer o mesmo nvel de proteorespiratria que o Nvel A, porm um menor nvel paraproteo da pele.

    O NVEL B uma proteo contra derramamento e contatocom agentes qumicos na forma lquida.

    Compem o NIVEL B de proteo:

    Equipamento autnomo com presso positiva; Macaces quimicamente resistentes; Botas com resistncia qumica; Capacetes; Outros componentes opcionais.

    No NVEL C de proteo exige-se menor proteorespiratria e menor proteo da pele.

    Compem o NIVEL C de proteo:

    Respirador total ou parcial com purificador de ar; Macaces quimicamente resistentes;

    Luvas quimicamente resistentes; Botas quimicamente resistente; Outros componentes opcionais.

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    3.5.4. NVEL D MENOR NVEL

    Quando usar nvel D:

    A atmosfera no contm produtos qumicos;

    O trabalho no implica em nenhum contato com derramamentos, imersesou inalaes com qualquer produto qumico.

    NVEL A VESTIMENTAS TOTALMENTE ENCAPSULADAS, DESTINADAS PROTEO CONTRA GASES.USO DE P. A.

    NVEL BVESTIMENTAS NO ENCAPSULADAS, DESTINADAS PROTEO CONTRA LQUIDOS (ALTO CONTATO).USO DE P. A.

    NVEL CPROTEO CONTRA PARTCULAS SLIDAS E RESPINGOS DEPRODUTOS LQUIDOS.USO DE FILTROS QUMICOS.

    NVEL D PROTEO PARCIAL CONTRA PARTCULAS SLIDAS OURESPINGOS.SEM PROTEO RESPIRATRIA.

    O NVEL D de proteo deve ser usado somente comouniforme ou roupa de trabalho, mas no em locais sujeitos

    a riscos s vias respiratrias ou pele.

    Compem o NIVEL D de proteo:

    Sem proteo respiratria; Capacete; Luvas; Botas.

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    4. PROCEDIMENTOS EM EMERGNCIA

    OPERAES DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS COM

    PRODUTOS PERIGOSOS

    4.1. OBJETIVOS:

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:1. Definir as diversas equipes de trabalho na emergncia;2. Elencar as aes a serem tomadas pelo:

    comandante da operao; chefe da equipe; demais bombeiros presentes na ocorrncia.

    4.2. ZONAS DE TRABALHO

    Toda rea de acidente com produto perigoso dever estar sob rigorosocontrole. O mtodo utilizado para prevenir ou reduzir a migrao doscontaminantes a limitao da cena de emergncia em zonas de trabalho. Oemprego de um sistema de trs zonas, pontos de acesso e procedimentos de

    descontaminao, fornecer uma razovel segurana contra o deslocamentode agentes perigosos para fora da zona contaminada ou rea de risco.

    As zonas de trabalho devem ser delimitadas no local com fitas coloridas e, sepossvel, tambm mapeadas. A dimenso das zonas e os pontos de controlede acesso devem ser do conhecimento de todos os envolvidos na operao.

    A diviso das zonas de trabalho dever ser constituda da forma que segue:

    Zona Quente: Localizada na parte central do acidente, o local onde oscontaminantes esto ou podero surgir. A zona de excluso delimitadapela chamada linha quente.

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    Quem fica na Zona Quente?______________________________________________________________________________________________________________________________

    Zona Morna: a regio que fica posicionada na rea de transio entre as

    reas contaminadas e as reas limpas. Esta zona delimitada pelochamado corredor de reduo da contaminao. Toda sada da zona deexcluso dever ser realizada por esse corredor.

    Quem fica na Zona Morna?______________________________________________________________________________________________________________________________

    Zona Fria: Localizada na parte mais externa da rea considerada nocontaminada. O posto de comando da operao e todo o apoio logsticoficam nessa rea.

    Quem fica na Zona Fria?______________________________________________________________________________________________________________________________

    ZONAS DE TRABALHO

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    Zona 1: Zona de Excluso Quente Zona 2: Zona de Reduo de Contaminao Morna Zona 3: Zona de Suporte Fria

    4.3. EQUIPES DE ATUAO NO CENRIO DA EMERGNCIA

    Para que todas as aes de emergncia sejam tomadas o mais rpido possvele de maneira ordenada e sistematizada necessria uma abordagemintegrada da situao, onde vrias aes pr-determinadas sodesempenhadas simultaneamente por diferentes membros da equipe com umobjetivo comum, minimizar os efeitos danosos do acidente. De maneira geral amisso dos Bombeiros nessas ocorrncias passa por:

    LEVAR ORDEM AO CAOS

    As equipes de atuao so:1. Coordenador do SCO2. Operaes3. Equipe da zona quente4. Equipe de descontaminao5. Equipe de back up e segurana

    4.3.1. COORDENADOR DO SCO

    Esta a funo do Comandante da Operao, deve ser ocupada por quem tema maior responsabilidade sobre a ocorrncia. O COORDENADOR DO SCOdesenvolve as seguintes atividades:

    4.3.1.1. Permanecer no posto de comando:O comandante da Operao deve estabelecer o SCO o mais breve possvel e,seguindo a doutrina do SCO, deve permanecer no posto de comando para del poder gerenciar a ocorrncia mantendo todas as atividades sob seuconhecimento.

    4.3.1.2. Realizar a busca de novas informaes sobre o produto:

    Com o intuito de subsidiar as aes tomadas na emergncia, este deverbuscar novas informaes sobre o produto envolvido, para tal pode lanar moda ficha de emergncia, entrevista com o motorista ou ainda internet e outrosmeios de comunicao.

    4.3.1.3. Realizar contato com demais rgos:Normalmente toda ocorrncia envolvendo Produtos Qumicos Perigososenvolve uma diversidade de agncias, alm de empresas envolvidas direta eindiretamente com a carga. Essas agncias e empresas precisam de um elocomum de comunicao e, normalmente, sua presena extremamentenecessria para um bom desfecho da ocorrncia. Sendo assim, a figura do

    Coordenador do SCO funciona como esse elo. Uma ateno especial imprensa tambm deve ser dada, j que no queremos que eles busquem

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    informaes com pessoas despreparadas e desinformadas, portanto, o prprioCoordenador ou algum por ele designado, deve dar sempre ateno imprensa presente no local.

    4.3.2. OPERAES

    Esta a funo do Chefe de Equipe. O OPERAES deve desenvolver asseguintes atividades:

    4.3.2.1. Identificar o produto:A identificao positiva do produto fundamental para direcionar as aes aserem tomadas. Para tal, o Operaes deve, normalmente com o uso debinculos, proceder essa identificao do produto. Ele pode ainda designar ummembro de sua equipe para faz-lo, contudo, sua a responsabilidade deverificar o Manual da ABIQUIM a fim de decidir sobre qual o EPI mais

    adequado e sobre quais aes sero desenvolvidas.

    Caso no seja possvel identificar o produto deve-se assumir o pior casopossvel e fazer uso da GUIA 111.

    O produto envolvido deve ser identificado antes que qualquer ao sejatomada, pois muito provvel que estejamos frente a um problema muito srioe, muitas vezes, mortal. Se o acidente envolve fogo, a reao natural dosbombeiros tentar apagar este fogo. Todavia, em muitas emergncias comprodutos perigosos, expressamente proibido o emprego de gua, pois estapode reagir com o produto qumico e formar gases combustveis ou explosivos.Como exemplo, citamos o Carbureto de Clcio e o Sdio Metlico.

    Existem vrias maneiras de se identificar o produto perigoso:

    Consultando os documentos de embarque. Na nota fiscal deveconstar o nome do produto como tambm o Nmero da ONU relativo.

    Consultando a ficha de emergncia que tambm deve estar noveculo, dentro do envelope para transporte.

    Observando o que consta nos painis de segurana, de cor laranja,com nmeros pretos que, obrigatoriamente, devem estar afixados na

    frente, na traseira e algumas vezes nas laterais dos veculos. Prestando ateno aos rtulos de risco que esto pintados ou

    colados nas carrocerias, nos tanques e embalagens.

    4.3.2.2. Coordenar as atividades:As atividades da zona quente, morna e fria devem ser coordenadas peloOperaes, somente dele devem emanar as ordens para os bombeiros queesto atuando na ocorrncia. Ele deve fazer valer o Princpio da Unicidade deComando, onde cada bombeiro recebe ordens de apenas um superior. importante que o Operaes permanea em um local de fcil acesso para seuscomandados e onde tenha uma boa viso de tudo o que est acontecendo na

    ocorrncia.

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    4.3.3. EQUIPE DA ZONA QUENTE

    4.3.3.1. Realizar o Crculo Interno:

    O dimensionamento da cena um processo permanente em qualqueroperao, inicia no momento do acionamento e s se conclui aps afinalizao. Portanto, a primeira ao que a Equipe de Zona Quente devetomar ao se aproximar do ncleo da ocorrncia, realizar essedimensionamento. Para tanto, os dois bombeiros que estiverem na zonaquente devem, juntos todo o tempo, realizar um crculo ao redor do veculoprocurando por vtimas, ficha de emergncia no interior do veculo, identificarvazamentos e os meios necessrios para cont-lo. Quo logo possvel estasinformaes devem ser repassadas para o Operaes.

    4.3.3.2. Salvar vtimas:

    O salvamento de vtimas uma atividade prioritria e deve ser realizado assimque houver segurana para faz-lo.Devido ser este um assunto de importncia demasiada, trataremos osalvamento de vtimas em separado no prximo captulo.

    4.3.3.3. Conter o vazamento:

    Aps o atendimento (s) vtima(s) a equipe de zona quente dever concentraresforos na operao de controle do vazamento / derramamento do produtoperigoso. Os casos em que o grau de avaria da embalagem ou meio detransporte seja elevado e impossibilite o controle, a equipe deve manter oproduto confinado, restringindo seus efeitos ao menor espao possvel no meioambiente.

    Este passo da atividade emergencial pode necessitar ou no de equipamentosespecficos, pois, em diversas situaes, a embalagem que contm o produtosofre avarias graves que no permitem o ajuste adequado de equipamentos deuso comum.

    Em alguns casos, para que um vazamento seja eliminado, pode ser necessrio

    apenas o rolamento de um tambor, o fechamento de uma vlvula ou odesligamento de uma bomba.

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    Em algumas situaes, ser necessrio o emprego de artifcios maissofisticados ou at mesmo de equipamentos altamente especializados.

    Entre os equipamentos utilizados, destacam-se os seguintes:

    Batoques: Madeira, Bronze ou Neoprene:

    Resinas Epxi de Secagem Rpida:

    Bolsas Inflveis: Ideais para tanques rodovirios e estticos:

    O objetivo de dar ateno a acidentes que impliquem em vazamento ouderrame potencial de produtos perigosos o de prevenir ou reduzir os efeitosadversos que tal vazamento ou derrame possa causar para a sade pblica, aspropriedades e o meio ambiente. Com o objetivo de mitigar (controlar aliberao do produto) o impacto de um acidente, deve-se controlar a liberaode produtos perigosos.

    As medidas para controlar um vazamento ou derrame incluem os processos,mtodos, procedimentos e tcnicas que se usa para prevenir ou reduzir a

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    disperso do material ou seus subprodutos no ambiente. Estas medidas decontrole podem incluir a extino de incndios, a combusto controlada, aneutralizao, a construo de represas temporrias, canaletas ou diques,colocar tampes em embalagens de lquidos, molhar ou nebulizar vapores ougases, materiais absorventes e de outros tipos.

    4.3.4. EQUIPE DE DESCONTAMINAO

    O trabalho dessa equipe existe para dar suporte equipe da zona quente. Ele dividido conforme o tipo de produto envolvido na ocorrncia, a saber:

    PRODUTOS PERIGOSOS SADE;

    POLUENTES (POLUIO AMBIENTAL);

    LQUIDOS INFLAMVEIS.

    Para os PRODUTOS PERIGOSOS SADE seguem as aes:

    1. Realizar crculo externo:No momento em que chegar ao local da ocorrncia, os integrantes dessaequipe devem contornar todo o permetro da ocorrncia numa distncia mnimade 50 metros, identificando:

    Dinmica do acidente Riscos na cena Nmero de vtimas e estado aparente das mesmas Dificuldades de resgate Recursos adicionais a solicitar

    2. Fazer o isolamento e isolar a rea:O isolamento a primeira tarefa necessria para se manter o controle da reade trabalho. No se deve permitir a presena de pessoas desprotegidas, almdisso, qualquer operao de resgate deve ser conduzida rapidamente e, aoadentrar-se ao local, deve-se ter o vento pelas costas.

    Fatores que influem na determinao da rea a ser isolada em umaemergncia envolvendo produtos perigosos:

    Produto qumico (nvel de toxicidade) Estado fsico (slido, lquido, vapor) Ambiente do acidente (aberto ou fechado) Existncia de correntes de gua (rios, lagos etc.) Substncia carregada por agente meteorolgico (ventos, chuvas)

    Utilize como recursos para o isolamento da rea: cordas, fitas, cones e

    viaturas.

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    Determine as distncias adequadas: Caso o produto esteja pegando fogo, siga as instrues no guia

    correspondente ao produto acidentado no Manual do ABIQUIM. Caso o produto no esteja pegando fogo, consulte a tabela na seo

    verde do ABIQUIM e, caso o produto no conste na mesma, isole a rea

    num raio de 50 metros, no mnimo.

    Se o produto constar na tabela (seo verde) do Manual, determineprimeiramente a distncia de isolamento inicial. Dirija todas as pessoas nestarea para longe do vazamento, seguindo a direo contrria a do vento.

    Verifique qual a distncia inicial constante nas pginas verdes do ABIQUIM.

    Para um determinado produto e dimenso do vazamento, a tabela fornece adistncia, a favor do vento, dentro das quais as aes de proteo devem serlevadas em conta.

    3. Montar o Corredor de Descontaminao:Tambm esse assunto ser tratado no prximo captulo quando abordado oresgate de vtimas.

    4. Providenciar o confinamento do material derramado:Confinamento so as aes que visam impedir que o produto j derramado seespalhe contaminando outras reas.

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    5. Realizar a descontaminao do ambiente

    Mantas:So de fcil aplicao prtica eapresentam excelente velocidadede absoro. Utilizados emconjuntos com almofadas ebarreiras.

    Tapetes Microfibras:So de fcil aplicao prtica e apresentam excelentevelocidade de absoro. Utilizados em conjuntos comalmofadas e barreiras.

    Almofadas:Apresentam as mesmas vantagens dos tapetesabsorventes, no entanto, por possurem maior quantidadede material, so empregadas em reas onde h oacmulo de lquidos (poas).

    Areia: material extremamente barato. pobre comomaterial absorvente, pois realiza apenas uma absorosuperficial em seus gros. Devido ao peso e a dificuldadede manipulao e de descarte posterior no recomendada, devendo ser utilizada quando no h outroabsorvente disponvel.

    A Descontaminao do Ambiente, tambm conhecidacomo limpeza , sem dvida, a etapa mais longa e

    cansativa de uma emergncia envolvendo produtosperigosos.

    Na grande maioria dos casos a limpeza de resduosslidos poder ser realizada com auxlio de vassouras,ps e enxadas. Devemos sempre atentar pararestries ao uso de materiais metlicos e de madeira.

    J a limpeza de resduos lquidos normalmente exige aaplicao de outros materiais:

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    Serragem: a serragem utilizada como absorvente emmuitas fabricas at hoje, pois extremamente barata eleve. No entanto, no apresenta boa capacidade deabsoro e no pode ser empregada em produtosqumicos perigosos, devendo ser utilizada em situaes

    que envolvam leos e derivados de petrleo mais pesados(nunca em produtos volteis). A serragem pode serincinerada, fato este que diminui os resduos e, por sermuito mais leve que a areia, seu emprego mais rpido eprtico. Somente em casos muito especficos poderemosutilizar a serragem como absorvente em emergncias.

    Vermiculita: um absorvente mineral. mais pesada quea serragem, contudo, apresenta maior capacidade deabsoro e indicada para petrleo e seus derivados. Avermiculita utilizada para fabricao de absorventes na

    forma de barreiras (meias). A vermiculita no pode serincinerada, fato este que acarreta o aumento dos resduosindustriais.

    Turfa (Peat): a turfa (canadense) um produto de origemvegetal que apresenta tima absoro. leve e de fcilmanuseio. Pode ser incinerada. No recomendada paraprodutos qumicos muito reativos, pois pode entrar emdecomposio trmica. Normalmente comercializada emsacos com 25 Kg ou em sacos menores (mais prticos).

    Cinzas Vulcnicas: material pesado e no incinervel.Deve ser utilizados em casos especficos para reter leo ederivados de petrleo em ambientes controlados. No utilizado comumente.

    Fibra de celulose reciclada: a celulose reciclada, quandopreparada para ser utilizada como material absorventeapresenta excelente absoro, com baixo peso, facilidadede aplicao e custo acessvel. O fator limitante que amesma no pode ser empregada para absorver produtosreativos, pois entra em decomposio trmica. incinervel, produzindo bastante energia (co-gerao) edeixa baixa quantidade de cinzas.

    As mantas hidrorepelentes possuem a caractersticaprincipal de repelir a gua e absorver as outrassubstncias lquidas perigosas do local contaminado.

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    Para os POLUENTES e para os LQUIDOS INFLAMVEIS seguem asseguintes aes:

    1. Realizar crculo externo;

    2. Sinalizar a via e isolar a rea;

    3. Providenciar o confinamento do material derramado;

    4. Realizar a descontaminao do ambiente.

    4.3.5. EQUIPE DE BACK UP E SEGURANAEssa equipe responsvel pela segurana da operao.Seus trabalhos tambm so divididos conforme o tipo de produto envolvido naocorrncia, a saber:

    4.3.5.1. Produtos Perigosos Sade

    a) A equipe permanece de prontido equipado para uma rpida interveno.

    b) Seus componentes devem estar igualmente equipados com o nvel deproteo usado pela Equipe da Zona Quente.

    c) Deve manter contato visual constante com a zona quente.

    4.3.5.2. Lquidos Inflamveis:

    a) Seus componentes devem armar uma linha de espuma e mant-lapressurizada para uma rpida interveno em caso de ignio. No se develanar espuma sobre um combustvel apenas porque um lquidoinflamvel. A principal medida nessa situao eliminar as fontes deignio. Deve-se sempre tentar no aumentar o volume de resduoscontaminados numa ocorrncia de produtos perigosos.

    b) Tambm deve ser mantido um contato visual constante com a zona quente.

    4.3.5.3. Poluentes (Poluio Ambiental):Caso no existam outros riscos a serem gerenciados, os membros dessaequipe integram a equipe de descontaminao.

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    5. RESGATE DE VTIMAS

    Havendo vtima(s) devemos fazer a abordagem com rapidez e eficincia,avaliando se haver necessidade de uso de equipamento dedesencarceramento. Caso seja possvel, este procedimento deve ser feito

    antes da entrada da equipe de interveno na zona quente, de forma aproporcionar atendimento mais eficaz j de posse dos materiais de primeirossocorros, tais como, prancha rgida e oxignio.

    A equipe de interveno deve conduzir a vtima at o limite da zona quentecom a zona morna, deixando os demais procedimentos de primeiros socorrospara a equipe do corredor de descontaminao e, posteriormente, a equipe deatendimento pr-hospitalar.

    Tratando-se de ocorrncias com produtos perigosos, este item deve ser tratadode forma diferenciado das demais situaes que exigem o salvamento devtimas, pois na nsia de socorrer pessoas que tiveram contato com o produto,direta ou indiretamente, devem ser considerados contaminados. Portanto, no aconselhvel fazer entradas hericas para resgate de vtimas semEquipamentos de Proteo Individual compatveis.

    Observe sempre esses cuidados para com a vtima e adote os seguintesprocedimentos:

    Usar sempre equipamentos de proteo. Remova roupas, jias, sapatos. Contaminantes slidos ou particulados devem ser escovados o quanto

    possvel antes de lavar, para evitar a possibilidade de reao qumicacom gua. Lquidos visveis devem ser absorvidos antes de lavar. Nocause leses na pele.

    Enxge com grande quantidade de gua morna. srio o perigo dehipotermia com gua fria. Nunca use gua quente ou sob alta presso.

    Evite gua sempre que o produto reagir com ela. O produto deve sercoberto com um leo mineral ou de cozinha e o paciente transferido paradebridamento.

    rea de Tratamento:montada prxima asada do CRC. Deveter fcil acesso deVTRs.

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    Se o produto no estiver embebido, escove levemente e lave comgrande quantidade de gua. Se partculas de fsforo estiveremembebidas na pele, irrigao contnua, imerso em gua, cobertura companos embebidos em gua devem ser aplicados durante o transporte aohospital para debridamento cirrgico. No use leo para exposies com

    fsforo, pois pode provocar absoro pela pele. Na descontaminao dos olhos, lave sempre do meio para as laterais.

    Retire lentes de contato, caso seja possvel. Lave com sabo neutro. Ateno especial para cabelos, unhas, dobras

    da pele. No cause mais leses em reas j maceradas. Evitecontaminar a rea ao redor. A descontaminao no deve ser retardadapara se achar um tanque ou local apropriado.

    Remover a vtima para o ar fresco e solicitar assistncia mdica deemergncia; se no estiver respirando, fazer respirao artificial; se arespirao difcil, administrar oxignio.

    Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou osolhos com gua corrente, de preferncia morna, durante pelo menos 15minutos.

    Manter a vtima quieta e agasalh-la para manter a temperatura normaldo corpo.

    Os efeitos do produto qumico podem ser retardados havendonecessidade de manter a vtima em observao.

    5.1. DESCONTAMINAO DE VTIMAS E SOCORRISTAS

    A descontaminao o processo que consiste na retirada fsica doscontaminantes ou na alterao de sua natureza qumica perigosa por outra depropriedades incuas.

    Este procedimento realizado desde a montagem do Corredor de Reduo deContaminao (CRC) e, ao final da operao, todos os equipamentos,

    materiais e pessoas que tiveram contato com o produto devem serdescontaminados.

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    As equipes responsveis pelo atendimento de emergncia envolvendoprodutos perigosos podero contaminar-se de vrias formas:

    Por contato (incluindo o corpo ou equipamentos de proteo individual)

    com o contaminante no ar, contato com gases, vapores eaerodispersides;

    Por derramamento ou respingos do produto durante qualquer atividadena Zona de Excluso;

    Por uso de EPI ou instrumentos contaminados;

    Contato direto com o produto;

    Atravs do contato com o solo contaminado.

    Ser designada uma rea dentro da Zona de Reduo de Contaminao paraa montagem do Corredor de Reduo da Contaminao (CRC).

    O CRC tem a funo de controlar o acesso de ida e vinda Zona de Exclusoe confinar as atividades de descontaminao a uma rea especfica. Asdimenses do CRC dependem do nmero de estaes utilizadas, tamanho daszonas de trabalho e espao disponvel na rea. Sempre que possvel, eledever ser em linha reta.

    Toda a extenso do CRC dever ser bem sinalizada, com restries paraentrada e sada de pessoal, sendo a chamada linha quente obrigatoriamenteo seu incio.

    Temos empregado com sucesso apenas trs bases no CRC, esse nmero debases se deve em parte quantidade limitada de bombeiros envolvidos naocorrncia.

    1 BASE / ESTAO:

    DEPSITO DE MATERIAIS

    SACOS PLSTICOS

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    2 BASE / ESTAO:

    Reserva de gua;

    Lona;

    Piscina;

    Soluo qumica ou detergente;

    2 ou 3 escovas de plos suaves;

    1 balde;

    2 Cavaletes;

    Oxignio.

    3 BASE / ESTAO:

    Cilindros de ar;

    Bancos;

    Lona.

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    6. REFERNCIAS

    ABIQUIM, Departamento Tcnico, Comisso de Transportes. Manual paraatendimento de emergncias com produtos perigosos. 5 ed. So Paulo,2006.

    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Servio de atendimento aprodutos perigosos. Curso de primeira resposta para emergncias comprodutos perigosos. Braslia, DF. CBMDF.

    Corpo de Bombeiros Militar do Esprito Santo, 1 Batalho de Bombeiro Militar.Estgio de Produtos Perigosos. Vitria, ES: CBMES, publicao interna,2009.

    Federal Emergency Management Agency Hazardous Materials ResponseTechnology Assessment. Washinton, DC: FEMA, 2008.

    Federal Emergency Management Agency. Guidelines for Haz Mat/ WMDResponse, Planning and Prevention Training. Washington, DC: FEMA, 2003National Fire Protection Association NFPA. Fundaments of Fire FighterSkills. ISBN 0-7637-3454-3. Sudbury, Massachussets: Jones and BartlettPublishers, 2004.

    SENASP/ ANP. Curso Interveno em Emergncia com ProdutosPerigosos. Braslia, DF: Fbrica de Cursos, 2008.

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