curso de extensão - aula 1 - fundamentos da gestão ambiental e a evolução histórica
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Fundamentos da Gestão Ambiental e a Evolução
Histórica
Profa. Leila R. Sanches
Gestão Ambiental
A antiga lição do chefe Seattle repercute constantemente durantea formação profissional e ao longo
do seu exercício pelos gestoresambientais: �a riqueza que
alimenta este povo também devealimentar sete futuras gerações,
se não, não é riqueza�.(...)
(...) �A qualidade de vida é a maiordádiva e a maior herança que se pode obter � e isso é inalienável
para o gestor ambiental. A vida dos filhos dos meus filhos e a dos filhosdos seus filhos devem, de algumaforma, estar asseguradas, se não,
não haverá vida�.
(SILVA, Daniel Nascimento e)
O que é Gestão Ambiental
De acordo com a Constituição Federal, Art. 225: �Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, (...)
(...) impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.�
Gestão Ambientale a Evolução Histórica
Não é um conceito novo nem mesmo uma necessidade nova
O homem sempre teve que interagir responsavelmente com o meio ambiente
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A acumulação indiscriminada de resíduos que se verificou na Idade Média, com a consequente poluição da água e do ar, resultou em gravíssimos problemas de saúde pública
A industrialização agravou esse problema, contribuindo de forma bastante acentuada para a poluição do meio ambiente
Gestão Ambiental
Tem preocupações que vão além daquelas com que se ocupa a tradição: a racionalidade no uso dos recursos naturais e a garantia da qualidade de vida das gerações presentes e futuras
A Gestão Ambiental com uma nova modalidade de gerência: uma transformação paradigmática de mentalidades
Ações ambientais em determinados espaços geográficos, como: gestão ambiental de bacias hidrográficas, gestão ambiental de parques e reservas florestais, (...)
(...) gestão de áreas de proteção ambiental, gestão ambiental de reservas de biosfera e outras modalidades de gestão que incluam aspectos ambientais
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Fundamentos da Gestão Ambiental (GA)
Não são exclusivamente econômicos
Não é a economia o princípio essencial, a razão de ser da gestão ambiental é a sustentabilidade, a capacidade que os sistemas têm de garantir a qualidade de vida; é a vida o que interessa, é a finalidade essencial desses novos gestores
A vida como objeto de estudo e preocupação gerencial não é apenas uma inovação gerencial, mas uma necessidade diante dos desafios atuais
A vida depende de todos e de todas as ciências � e por isso não pode ser fundamentada por visões singulares e unívocas
Gerenciar a perenidade da vida no planeta Terra não é um dos desafios esporádicos, efêmeros e localizados, tal qual aprende e pratica a gestão tradicional
A gestão da vida é um inusitado e, muitas vezes, desesperado desafio da sobrevivência humana no planeta
Gestão Ambiental
É uma prática muito recente, que vem ganhando espaço nas instituições públicas e privadas
É possível a mobilização das organizações para se adequar à promoção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado
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A organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros
Saber manejar as ferramentas existentes da melhor forma possível e não necessariamente desenvolver a técnica ou a pesquisa ambiental em si
É a administração do exercício de atividades econômicas e sociais para se utilizar de maneira racional os recursos naturais, renováveis ou não
Deve visar o uso de práticas que garantam a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas e a redução do impacto ambiental das atividades humanas sobre os recursos naturais
Técnicas para a recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento
Métodos para a exploração sustentável de recursos naturais
Estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas
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Objetivo da GA
Possui caráter multidisciplinar, profissionais dos mais diversos campos podem atuar na área, desde que devidamente habilitados
É a busca de melhoria constante dos produtos, dos serviços e do ambiente de trabalho, em toda organização, levando-se em conta o fator ambiental
Motivou o surgimento de cursos superiores voltados para a formação desses profissionais, tais como os de:
� Tecnólogo em gestão ambiental,
� Engenharia ambiental,
� Bacharelado em gestão ambiental
� Tecnologia do meio ambiente
� Além de Especializações em gestão ambiental
Características da GA
O governo tem papel fundamental na consolidação do desenvolvimento sustentável, porque ele é o responsável pelo estabelecimento das leis e normas que estabelecem os critérios ambientais que devem ser seguidos por todos, (...)
(...) em especial, o setor privado que, em seus processos de produção de bens e serviços, se utiliza dos recursos naturais e produz resíduos poluentes
O importante é promover a Gestão ambiental em todos os seus aspectos
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É consequência natural da evolução do pensamento da humanidade em relação à utilização dos recursos naturais de um modo mais sábio, onde se deve retirar apenas o que pode ser reposto ou caso isto não seja possível, deve-se, no mínimo, recuperar a degradação ambiental causada
Consciência ambiental
GA na Prática
A prática da Gestão ambiental introduz a variável ambiental no planejamento empresarial, e quando bem aplicada, permite:
� a redução de custos diretos:
pela diminuição do desperdício de matérias-primas
recursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como água e energia
� a redução de custos indiretos:
representados por sanções e indenizações relacionadas aos danos ao meio ambiente ou à saúde de funcionários e da população de comunidades que tenham proximidade geográfica com as unidades de produção da empresa
Um exemplo prático de políticas para a inserção da Gestão ambiental em empresas tem sido a criação de leis que obrigam a prática da responsabilidade pós-consumo
�Usou tem responsabilidade com o meio ambiente�
Linha do Tempo
1972: realização da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia
1975: criação da Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), no âmbito do Ministério do Interior, no Brasil
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1986: formulação da Política Nacional de Meio Ambiente e a exigência da realização de estudos e relatórios de impacto ambiental no Brasil
1987: o termo desenvolvimento sustentável é citado pela primeira vez no Relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas
1992: divulgação do conceito de ecoeficiência pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD)
1992: realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), chamada também de ECO-92, no Rio de Janeiro
1993: criação da ISO 14001
1997: criação do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Cebds)
1997: assinatura do protocolo de Quioto, que estabeleceu metas para redução das emissões de gases causadores do efeito estufa
2002: realização da Rio +10 ou Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em Johannesburgo, na África do Sul
2006: relatório do IPCC alerta que 90% das mudanças climáticas são causadas pelo homem
Gestores Ambientais
Se preocupar com o alcance dos objetivos tradicionais, primam pela garantia de dois outros agrupamentos estranhos à tradição:
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� a racionalidade no uso e aproveitamento dos recursos naturais
� a elevação da qualidade de vida das gerações atuais e futuras
� resolver crises
� administrar interesses, muitas vezes, divergentes
� ter o conhecimento do problema, em sua dimensão histórica, geográfica e técnica
� saber avaliar o risco e como aquela questão o afeta, seja na empresa ou na vida pessoal
Consciência Ambiental
O gestor ambiental não se preocupa apenas com a árvore, mas, essencialmente, na floresta e no papel que cada árvore desempenha na formação florestal. (...)
(...) Afinal, da mesma forma que não há floresta sem árvores, as árvores, isoladamente, não formam a floresta e o que esta é capaz de proporcionar
A ideia de totalidade é dependente da ideia de interconexão, de interdependência
Ou se aceita o todo ou as partes serão danosas, como muitas experiências têm comprovado
A sociedade vai se conscientizando da necessidade de se preservar o meio ambiente, a opinião pública começa a pressionar o meio empresarial a buscar meios de desenvolver suas atividades econômicas de maneira mais racional
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O próprio mercado consumidor passa a selecionar os produtos que consome, em função da responsabilidade social das empresas que os produzem. Dessa forma, surgiram várias certificações, tais como as da família ISO14000
Na perspectiva da sustentabilidade, a estratégia da empresa deve estar baseada no tripé econômico, ambiental e social
Descentrar parece ser o verbo que todos devem aprender a conjugar, que pode ser traduzido em ver, no outro, um campo infinito de possibilidades, se os esforços forem conjugados
O futuro que todos almejam não depende de pessoas extraordinárias, de grandes gênios, de utopias, mas do que se pode fazer, de acordo com as suas possibilidades e vontade
É essa vontade, este desejo reprimido ao longo da história que o gestor ambiental se esforça em concretizar: fazer do planeta Terra, de cada rua, de cada bairro, de cada cidade, de cada porção de terra um espaço de felicidade
Se isso não for possível agora, que seja um espaço de esperança concreta de que há profissionais se empenhando para isso, investindo partes de sua vida neste objetivo, enfrentando inúmeros desafios
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Mensagem Final
�Você deve ser a mudança que
gostaria de ver no mundo.�
(GANDHI, Mahatma)
Felicidades e Sucesso!
Referências de Apoio
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano � compaixão pela terra. 12 ed. São Paulo: Vozes, 1999.
DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 2. ed. São Paulo: Gaia, 1993.
DIAS, G. F. Iniciação a temática ambiental. São Paulo: Gaia, 2002.
GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. 2 ed. São Paulo: Petrópolis, 2000.
IBAMA. Educação para um futuro sustentável: uma visão transdisciplinar para ações compartilhadas /Unesco. Brasília: IBAMA, 1999.
LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Tradução: Lúcia Mathilde Endleich Orth. 4 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
MATURANA, H. R. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana/Humberto R. Maturana e Francisco J. Varela; 6. ed. São Paulo: Palas Athena, 2007.
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MORIN, E. Jornadas temáticas. A Religação dos saberes: o desafio do século XXI/idealizadas e dirigidas por Edgar Morin; tradução e notas: Flávia Nascimento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
SEIFFERT, M. E. B. Gestão ambiental: Instrumentos, esferas de ação e educação ambiental. São Paulo: 2009.
Sites para Consultas
<http://pga.pgr.mpf.gov.br/>
<http://ecoviagem.uol.com.br/>
<http://www.fiesp.com.br/ambiente/>
<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/gestao/>
<http://www.viaseg.com.br/>
<http://mundogeo.com/>
<http://www.ecodebate.com.br/ >
<http://www.pnbe.org.br/>
Agência Nacional de Águas: <http://www2.ana.gov.br/>.
Ibama: <http://www.ibama.gov.br/>
Ministério da Saúde: <http://portal.saude.gov.br/saude/>
Ministério das Relações Exteriores-<http://www.itamaraty.gov.br/>
Ministério do Meio Ambiente: <http://www.mma.gov.br/sitio/>
Ministério da Ciência e Tecnologia: <http://www.mct.gov.br/>