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14-05-2015 1 14 de Maio 2015 CIMGF - Lisboa Curso de Avaliação e Melhoria da Qualidade Luís Pisco Luís Martins David Rodrigues OBJECTIVOS GERAIS Motivar para a importância da Qualidade em Saúde. Habilitar com os conhecimentos e os instrumentos que permitam iniciar actividades de avaliação e melhoria da Qualidade, na área da organização e prestação de cuidados de saúde. Tornar capazes de: Serem agentes de mudança nas suas Instituições, motivando e formando outros Profissionais. Pôr em curso projectos de Melhoria Continua da Qualidade, nos seus locais de trabalho.

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14-05-2015

1

14 de Maio 2015

CIMGF - Lisboa

Curso de Avaliação e Melhoria da Qualidade

Luís Pisco Luís Martins

David Rodrigues

OBJECTIVOS GERAIS

Motivar para a importância da Qualidade em Saúde.

Habilitar com os conhecimentos e os instrumentos que

permitam iniciar actividades de avaliação e melhoria da

Qualidade, na área da organização e prestação de

cuidados de saúde.

Tornar capazes de:

Serem agentes de mudança nas suas Instituições,

motivando e formando outros Profissionais.

Pôr em curso projectos de Melhoria Continua da

Qualidade, nos seus locais de trabalho.

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OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Entender a Qualidade como um processo contínuo

de mudança que envolve todos quantos trabalham

na Instituição de Saúde.

Situar os programas de melhoria contínua da

qualidade dentro das actividades correntes.

Ficar a conhecer a sequência de actividades para

iniciar e manter um Programa de Avaliação e

Melhoria Continua da Qualidade.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Definir o conceito de qualidade.

Decompor a definição em dimensões.

Definir um plano de melhoria da qualidade.

Conhecer e aplicar técnicas de identificação e

priorização de problemas de Qualidade.

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3

DESCRIÇÃO DO MÓDULO 1º ano

Dia 14 de Maio - Sessão Teórica – Qualidade em Saúde: aspectos conceptuais e metodológicos. Anfiteatro 3 - Faculdade de Ciências Médicas

Dia 15 de Junho - 9.00 – 13.00 Auditório CS Sete Rios

Apresentação e discussão de 10 protocolos de Avaliação da Qualidade

Dia 16 de Junho - 9.00 – 13.00 Auditório CS Sete Rios

Apresentação e discussão de 10 protocolos de Avaliação da Qualidade

Dia 8 de Setembro - Sessão de apresentação/debate final

Anfiteatro 3 - Faculdade de Ciências Médicas - 14.00 – 18.00

Apresentação e discussão do resultado dos 12 trabalhos de Avaliação e Melhoria da Qualidade seleccionados.

DESCRIÇÃO DO MÓDULO 4ºano

Dia 14 de Maio - Sessão Teórica – Qualidade em Saúde: aspectos conceptuais e metodológicos. Anfiteatro 3 - Faculdade de Ciências Médicas

Dia 17 de Junho - 9.00 – 13.00 Auditório CS Sete Rios

Apresentação e discussão de 10 protocolos de Avaliação da Qualidade

Dia 19 de Junho - 9.00 – 13.00 Auditório CS Sete Rios

Apresentação e discussão de 10 protocolos de Avaliação da Qualidade

Dia 9 de Setembro - Sessão de apresentação/debate final

Anfiteatro 3 - Faculdade de Ciências Médicas - 14.00 – 18.00

Apresentação e discussão do resultado dos 12 trabalhos de Avaliação e Melhoria da Qualidade seleccionados.

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DESCRIÇÃO DO MÓDULO Suplementar

Dia 25 de Maio - Sessão Teórica – Qualidade em Saúde: aspectos conceptuais e metodológicos. Auditório CS Sete Rios

Dia 24 de Junho - Sessão de apresentação/debate 9.00 – 13.00

Apresentação e discussão dos protocolos de Avaliação da Qualidade

Auditório CS Sete Rios

Dia 22 de Setembro - Sessão de apresentação/debate final

Auditório CS Sete Rios - 09.00 – 13.00

Apresentação e discussão do resultado dos trabalhos de Avaliação e Melhoria da Qualidade seleccionados.

DESCRIÇÃO DO MÓDULO

Formar equipas preferencialmente de 4 a 5 elementos

que elaborarão em conjunto um protocolo de avaliação

e melhoria da qualidade.

Vinte serão apresentados e debatidos em duas sessão

de apresentação/debate de molde a poderem ser

melhorados.

Os protocolos serão implementados no terreno e as

equipas elaborarão um relatório com o máximo de

2500 caracteres( incluindo espaços) com a

metodologia e resultados.

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DESCRIÇÃO DO MÓDULO

Todas as equipas elaborarão uma apresentação do seu

projecto e dos seus resultados mas os formadores

seleccionarão por motivos pedagógicos apenas doze

para apresentação na sessão de apresentação /debate

final ( 8, 9 e 22 de Setembro).

O tempo para cada apresentação será de 10 minutos

com mais 10 minutos para discussão.

14 de Maio 2015

CIMGF - Lisboa

QUALIDADE EM SAÚDE aspectos conceptuais e metodológicos

Luís Pisco Médico de Família

Vice Presidente da ARSLVT

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ÉTICA E QUALIDADE

Na prática da Medicina, está

profundamente enraizada a

filosofia de que é um dever ético

do médico, tratar os seus doentes

da melhor maneira possível.

A essência do juramento de

Hipócrates consiste na prestação

de serviços de alta qualidade aos

doentes.

ÉTICA E QUALIDADE

Este código ético, e esta obrigação moral, norteiam

tradicionalmente a postura e o desempenho da vasta

maioria dos médicos.

Sempre foi preocupação da profissão médica saber se os

cuidados que presta são benéficos para os seus doentes,

e existe uma forte tradição de documentar e verificar os

benefícios dessa actividade clínica.

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7

Em matéria de Qualidade, existe uma forte tradição

e a nossa responsabilidade histórica e cultural é

grande.

O desenvolvimento da Qualidade não é nada de novo

para a nossa profissão, e os médicos de família têm

que assumir um papel central na melhoria da

Qualidade.

PRINCÍPIOS GERAIS DA

MELHORIA DA QUALIDADE

A melhoria da Qualidade tem a ver com a mudança

gradual de comportamento das pessoas em relação

ao seu trabalho e da sua atitude em relação aos

outros.

Claro que nada mudará se estivermos

satisfeitos com o modo como as coisas estão

actualmente.

PRINCÍPIOS GERAIS DA

MELHORIA DA QUALIDADE

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14-05-2015

8

As mudanças mais importantes que acontecem num

processo bem sucedido de melhoria da Qualidade, são

as mudanças de comportamento.

A mudança de cada um de nós é um pré requisito

fundamental para a melhoria da Qualidade da

organização.

PRINCÍPIOS GERAIS DA

MELHORIA DA QUALIDADE

Não há como mudar a Qualidade final dos serviços

sem a cooperação dos profissionais e sem mudanças

de comportamento.

Roberto Passos Nogueira

GESTÃO DA QUALIDADE

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9

A finalidade duma política de melhoria continua da

Qualidade será a de conjugar todos os esforços no

sentido de a tornar uma parte integrante e

permanente de todas as actividades profissionais a

todos os níveis do Serviço de Saúde.

PRINCÍPIOS GERAIS DA

MELHORIA DA QUALIDADE

EIXOS DO SONHO E DA REALIDADE

R E A L I D A D E

Relevância

Custo-efectividade

S O N H O Qualidade Equidade

Aspiração de corresponder ao cumprimento de todas as expectativas, de todos.

OMS -TUFH

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O EQUILÍBRIO NA SAÚDE

MINIMO Qualidade

Máxim

o

Equidade

Máxim

o

Obter o melhor nos

serviços de saúde, não

pode ser privilégio de uns

poucos, mas um direito

de todos.

Relevância Máximo Problemas mais

importantes devem ser

abordados em primeiro

lugar.

Máximo Custo-efectividade

Utilizar da melhor

maneira os recursos

disponíveis.

Muitas decisões médicas parecem ser arbitrárias,

altamente variáveis, sem qualquer explicação

lógica.

A consequência é que tal arbitrariedade

representa, pelo menos para alguns doentes,

cuidados de pior Qualidade ou até prejudiciais.

American College of Medical Quality

VARIABILIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

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MELHOR E PIOR PERFIL

MoniQuOr

0

20

40

60

80

100

%

87

8

74

6

94

33

97

11

92

30

84

29

Organização Direitos Promoção Prestação Ed.Cont. Instalações Gestão Cidadãos Saúde Cuidados Qualidade Equipam.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

11 22 33 44 55

- ORGANIZAÇÃO E GESTÃOORGANIZAÇÃO E GESTÃO

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Custo global das USF

Despesa global das USF por tipologia de modelo organizacional e por utilizador em 2010

309,88 €

USF

Delta

B

USF

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USF

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USF

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USF

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USF

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50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

450,00

Total por Utilizador Média USF

Janeiro de 2012

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

9,0%

10,0%

11,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

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90,0%

100,0%

USF

San

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USF

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USF

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USF

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USF

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USF

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USF

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USF

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USF

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USF

Vill

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nga

B

Prevalência vs Resultado do indicador

Percentagem de diabéticos com pelo menos três HbA1C registadas nos últimos doze meses, desde que abranjam os dois semestres Tx Prevalência Tx Vigilância

Desempenho Diabetes – Detalhe 2010

Janeiro de 2012

Seleção: Todas USF Modelo B ordenadas por Resultado do Indicador

Prevalência Vigiados

Contratualização ≥ 75%

7,9%

9,8%

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13

"Every system is perfectly

designed to achieve the results it

achieves." Donald M. Berwick, BMJ

"We must accept human error

as inevitable, and design

around that fact.“

É sempre possível melhorar

a qualidade dos cuidados

prestados, apesar dos

poucos recursos disponíveis.

O facto de actuarmos num

ambiente pouco favorável à

qualidade, só vai

condicionar a nossa forma

de intervenção.

H. Palmer

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14

If you always do,

What you always did

You always get,

What you always got.

Granny Donaldson

“The definition of insanity

is continuing to do the

same thing over and over

again and expecting a

different result."

Albert Einstein

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15

"Quality is never an accident ...

it is always the result of intelligent effort"

John Ruskin, 1819 – 1900

Carl Drucker

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16

1

4

2

3

Carl Drucker

PENSAR FORA DA “CAIXA”

Carl Drucker

PENSAR FORA DA “CAIXA”

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17

UM PLANO ESTRUTURADO PARA INSTITUCIONALIZAR

A MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE

A questão central é como estabelecer e

manter de forma sustentada, actividades de

Melhoria Contínua da Qualidade como uma

parte integrante de uma Organização.

A framework for institutionalizing Quality Assurance International Journal for Quality in Health Care 2002;

Volume 14, Supplement 1: 67–73

Melhoria Contínua

Qualidade

Definir Qualidade

Def Q

Avaliar a Qualidade Med Q

Melhorar Qualidade Mel Q

Desenvolver padrões de Qual. clínicos e administrativos. Desenhar sistemas de Qualidade

Quantificar o actual nível de desempenho incluindo a satisfação dos utilizadores. Implica a definição de indicadores, desenvolvimento de sistemas de informação, análise e interpretação dos resultados.

Aplicar metodologias e ferramentas de melhoria da Q para abordar as deficiências do sistema. Abordagens de melhoria continua, desde a resolução de problemas individuais ao redesenho dos sistemas ou reengenharia /reestruturação organizacional.

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18

Valores Organizacionais • Respeito • Qualidade • Melhoria contínua

Premiar a

Qualidade

DQ

MQ MQ

Qualidade Cuidados

Estrutura

Política Ambiente que reconhece explicitamente a importância da Qualidade para atingir os objectivos da Organização, que providencia orientação e apoio, para a implementação da melhoria da Qualidade.

Recursos adequados atribuídos à melhoria de Qualidade, particularmente tempo que permita o envolvimento dos profissionais.

Liderança

Providencia a Visão (Para onde ir) estratégias para ir da “forma como trabalhamos agora” para “a forma como pretendemos trabalhar no futuro ”, promovendo um ambiente de aprendizagem.

Valores Recursos

A prestação de cuidados de

saúde está em rota de colisão

com aquilo que são as

necessidades dos doentes e a

realidade económica.

Aumento de custos, aumento

dos problemas de qualidade e

um aumento crescente de

cidadãos sem acesso aos

cuidados de saúde necessários,

é inaceitável e insustentável.

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19

REDEFINING HEALTH CARE

MICHAEL PORTER

As evidências acumulam-se acerca da existência de

problemas de qualidade e de que muitos cidadãos

recebem menos cuidados de saúde, do que aqueles que

seriam apropriados.

Por outro lado muitos recebem cuidados desnecessários,

ou sem efectividade comprovada.

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20

Um dos objectivos da Qualidade na Saúde será

assegurar a todos os utilizadores:

acesso a cuidados de Qualidade

em tempo útil

com custos adequados

QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

É legitimo esperar, que os Serviços de

Saúde disponham de mecanismos de

avaliar de uma forma sistemática, os

cuidados prestados e saber se os

recursos são adequadamente utilizados e

se é obtida a melhor Qualidade possível.

PRINCÍPIOS GERAIS DA

MELHORIA DA QUALIDADE

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21

Definir Qualidade

Avaliar a Qualidade

Melhorar Qualidade

Melhoria Contínua da Qualidade

"A produção de saúde e satisfação para uma

população, com as limitações da tecnologia

existente, os recursos disponíveis e as

características dos utentes".

H. Palmer

CONCEITO DE QUALIDADE

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22

“Garantia de Qualidade a nível da Medicina Geral e

Familiar, é um conjunto de actividades planeadas,

baseadas na revisão e melhoria do desempenho

clínico, com o objectivo de continuamente melhorar o

nível de cuidados prestados aos doentes."

WONCA

CONCEITO DE QUALIDADE

COMPONENTES DE CUIDADOS

DE SAÚDE DE QUALIDADE

OMS - Europa

Resultados de Saúde obtidos

Satisfação para os utilizadores

Eficiência na utilização dos recursos

Elevado grau de Excelência Profissional

Riscos mínimos para os doentes

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23

Qualidade e Melhoria da Qualidade significam coisas

diferentes para pessoas diferentes em circunstâncias

diferentes.

Na saúde, não existe uma definição universalmente

aceite de Qualidade.

A definição, do Instituto de Medicina dos EUA, é

frequentemente utilizada: em que medida os serviços

de saúde aumentam a probabilidade de obter os

resultados de saúde desejados para as pessoas e

populações e são consistentes com os actuais

conhecimentos científicos.

CONCEITO DE QUALIDADE

DIMENSÕES DA QUALIDADE

Segurança Evitar que cuidados destinados a ajudar as pessoas as prejudiquem.

Centralidade do cidadão Prestação de cuidados que respondam e respeitem as necessidades e valores das pessoas.

Oportunidade Reduzir esperas e atrasos prejudiciais.

Efectividade Prestação de serviços baseados no conhecimento científico e que produzam um beneficio claro.

Eficiência Evitar o desperdício.

Equidade Prestação de cuidados cuja qualidade não varie em função das características das pessoas.

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24

Grau de sucesso na obtenção de um objectivo

claramente definido.

Quantidade de beneficio que se consegue obter com a

prestação de cuidados em condições usuais.

EFECTIVIDADE

Mc Cormick

Williamson

Obtenção do efeito desejado ao menor custo e

esforço possível, ou com uma quantidade pré-

determinada de recursos obter o mais elevado nível

de Qualidade.

A solução eficiente é aquela que é mais

efectiva ao mais baixo custo.

EFICIÊNCIA

Mc Cormick

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ACESSIBILIDADE

Facilidade com que os cuidados de saúde podem

ser obtidos, em relação com barreiras

organizativas (distâncias, horários, etc.)

económicas, culturais ou emocionais.

ACEITABILIDADE

Medida em que os cuidados de saúde prestados satisfazem

os receptores dos mesmos.

A aceitabilidade/satisfação pode referir-se a pelo menos três

aspectos:

Organizativos (ambiente físico, tempo de espera, etc.)

Efeito dos cuidados sobre o estado de saúde

Tipo de tratamento recebido por parte dos

prestadores

Pedro Saturno

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QUALIDADE TÉCNICO-CIENTÍFICA

Grau de aplicação dos conhecimentos e tecnologia

médicas actuais.

Capacidade de utilizar recursos e conhecimentos para

produzir saúde e satisfação na população atendida.

A nível individual inclui capacidade técnica e

relacionamento interpessoal.

A nível de grupo, instituição ou sistema refere-se ao

modo de funcionamento global.

É a dimensão da Qualidade mais frequentemente

estudada.

H. Vuori

Pedro Saturno

Quatro preocupações fundamentais:

Se estão igualmente acessíveis a todos,

independentemente da idade, sexo, raça ou estatuto

sócio-económico.

Se os cuidados não são efectivos os restantes

aspectos são irrelevantes. David Metcalf

QUALIDADE NA SAÚDE

Efectivos

Eficientes

Aceitáveis

Equitativos

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14-05-2015

27

Source: Czabanowska K, Klemenc-Ketis Z, Potter A,

Rochfort A, Tomasik T, Csiszar J, Vanden Bussche P.

Development of a competency framework for

quality improvement in Family Medicine: a

qualitative study. Journal of Continuing

Education in the Health Professions, 32(3):174–

180, 2012.

Competency Framework in Quality Improvement for Family Doctors in Europe

Definir Qualidade

Melhorar Qualidade

Avaliar a Qualidade

Melhoria Contínua da Qualidade

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28

OS AVALIADORES DA QUALIDADE

Para Donabedian os avaliadores da qualidade são os

cidadãos, os profissionais e os gestores dos

serviços de saúde e cada grupo utiliza diferentes

perspectivas quando avalia essa qualidade.

Qualquer avaliação (julgamento) envolve sempre

mais do que apenas uma medição, pois envolve

valores, expectativas, convicções, preconceitos e

preferências dos indivíduos e dos grupos que estão a

fazer a avaliação dessa qualidade.

DIFERENTES PERSPECTIVAS SOBRE A

QUALIDADE

Efectividade e Qualidade do desempenho

Qualidade Profissional

Ir ao encontro das expectativas, necessidades e carências

Qualidade dos doentes

Acessibilidade eficiência e controle dos custos

Qualidade da Gestão

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29

CICLO DA AVALIAÇÃO

O que deveria estar a acontecer?

O que está a acontecer?

Introdução de medidas correctoras

CICLO DA GARANTIA DA QUALIDADE

Informação de retorno

Introdução de Mudanças

Reavaliação

Identificação de Problemas

Estabelecimento de Prioridades

Estabelecimento de Critérios e Standards

Recolha de Dados Avaliação

da Qualidade

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30

Procura de soluções

Estabelecer prioridades

Avaliação se o problema de facto

ficou resolvido

Identificação de problemas

Processo estruturado de identificação e solução de problemas.

PRINCÍPIOS GERAIS DA MELHORIA DA

QUALIDADE

Existe um Problema de Qualidade e uma

oportunidade de melhorar quando há uma

divergência entre a situação actual e a que

queremos que exista.

IDENTIFICAÇÃO E PRIORIZAÇÃO

DE PROBLEMAS DE QUALIDADE

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31

Quando existe uma diferença entre aquilo que é

razoável

que exista (estrutura)

que se faça (processo)

e que aconteça (resultado)

com o que existe, se faz e acontece na prática

clínica diária.

PROBLEMAS DE QUALIDADE

PROBLEMAS DE QUALIDADE

Qualquer Problema de Qualidade é válido para

iniciar um Ciclo de Melhoria da Qualidade, desde

que se possa:

Quantificar

Analisar

Resolver

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32

SELECÇÃO DE PROBLEMAS

Algo que queremos fazer especialmente bem, que

seja inadmissível que se faça mal e que suspeitamos

existir uma diferença entre os cuidados prestados e

aquilo que seria razoável prestar.

O que é que queremos melhorar?

IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS

POTENCIALMENTE MELHORÁVEIS

Problema Genérico (Perspectiva parcial)

Cuidados aos doentes Hipertensos

Cuidados aos doentes Diabéticos tipo II

Cuidados aos doentes com Dislipidémias

Seguimento da Mulher Grávida

Diagnóstico precoce do Cancro do colo

Diagnóstico precoce do Cancro da mama

Problema Específico (Perspectiva integral)

Áreas identificadas como potencialmente melhoráveis.

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33

AVALIAÇÕES EFECTUADAS NO ÂMBITO DO PROGRAMA

LUSO-ESPANHOL DE GARANTIA DA QUALIDADE

Avaliação dos cuidados a doentes acamados

Avaliação dos cuidados domiciliários programados

Avaliação da utilização de antibióticos no resfriado comum

Avaliação do diagnóstico e terapêutica das infecções urinárias

Avaliação dos cuidados prestados a hipertensos e diabéticos

Avaliação do grau de informação e de auto cuidados em insulinodependentes

Avaliação dos cuidados básicos ao alcoólico crónico

Avaliação do grau de informação dos doentes acerca do seu tratamento

Avaliação dos cuidados ao doente oncológico terminal

Avaliação das actividades de rastreio de cancro ginecológico

Avaliação da organização e funcionamento das equipas cuidados saúde primários

AVALIAÇÕES EFECTUADAS NO ÂMBITO DO PROGRAMA

LUSO-ESPANHOL DE GARANTIA DA QUALIDADE

Avaliação do circuito de informação das equipas de cuidados de saúde primários

Avaliação dos cuidados prestados ao lactente são

Avaliação dos cuidados prestados à criança de 6 - 7 anos

Avaliação do estado da profilaxia antitetânica em adultos

Avaliação do cumprimento do calendário vacinal em pediatria ( 0 a 20 meses)

Avaliação da utilização da vacinação anti-gripal na população atendida

Avaliação dos cuidados prestados a doentes com úlceras cutâneas

Avaliação do grau de informação dos pais sobre cuidados ao lactente febril

Avaliação da utilização de controle analítico nas dislipidémias

Avaliação da utilização do Rx de tórax em doentes crónicos

Avaliação da utilização de injectáveis em cuidados primários

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34

1 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

1.1 - PLANEAMENTO DE ACTIVIDADES

1.2 - TRABALHO DE EQUIPA

1.3 - GESTÃO DE RECURSOS

2 - DIREITOS DOS CIDADÃOS

2.1 - DIREITOS DOS CIDADÃOS NO SERVIÇO DE SAÚDE

2.2 - ATENDIMENTO COM DIGNIDADE E PRIVACIDADE

3 - PROMOÇÃO DA SAÚDE

3.1 - POLÍTICA FAVORÁVEL À SAÚDE

3.2 - DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS LOCAIS

4 - PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

4.1 - ACESSIBILIDADE

4.2 - CUIDADOS DOMICILIÁRIOS

4.3 - CONTINUIDADE E INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS

4.4 - COMUNICAÇÃO C/ PROFISSIONAIS E UTENTES

4.5 - LINHAS DE ORIENTAÇÃO OU PROTOCOLOS

4.6 - POLÍTICA DE PRESCRIÇÃO

4.7 - REGISTOS CLÍNICOS

5 - EDUCAÇÃO CONTÍNUA E DESENV. DA QUALIDADE

5.1 - AVALIAÇÃO E MONITORIZAÇÃO QUALIDADE

5.2 - AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTENTES

5.3 - AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

5.4 - FORMAÇÃO CONTÍNUA MULTIPROFISSIONAL

5.5 - INCENTIVOS À INVESTIGAÇÃO

6 - INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

6.1 - IDENTIFICAÇÃO INSTALAÇÕES, E PROFISSIONAIS.

6.2 - INSTALAÇÕES

6.3 - EQUIPAMENTO

6.4 - SAÚDE, HIGIENE E SEGURANÇA

11. Resultados chaves da organização

I - O Cidadão, Centro do Sistema de Saúde

1. Utentes: satisfação, participação e direitos 2. Acessibilidade e continuidade assistencial 3. Documentação clínica

II – Organização da actividade centrada no utente

4. Gestão por processos 5. Actividades de promoção da saúde 6. Direcção

III – Profissionais

7. Os profissionais: desenvolvimento e formação

IV – Áreas de Suporte

8. Estrutura, equipamentos e fornecedores 9. Sistemas e tecnologias de informação e comunicação 10. Sistema da qualidade

V – Resultados

ÁREAS DE QUALIDADE

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35

CLASSIFICAÇÃO DOS

PROBLEMAS DE QUALIDADE

Problema Tipo I

(Seguimento de doentes com dislipidemia)

Problema Tipo II

(Organização da Equipa no seguimento de doentes com

dislipidemia)

Problema Tipo III

(Controle de doentes com doença crónica)

Problema Tipo IV

(Organização da Consulta Programada)

Processo/ Resultado

Estrutura (Organizacional)

Específico

Global

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36

PROBLEMAS DE QUALIDADE

A Facilidade de Análise e a Capacidade de

Resolução, é em geral maior nos Problemas

Específicos de Processo e de Resultado do que

nos Problemas Genéricos e de Estrutura.

MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO E

PRIORIZAÇÃO DE PROBLEMAS

Brainstorming

Técnica de Grupo Nominal

Comparação por pares

Matriz decisional

Notificação de incidentes.

Métodos que não necessitam de dados.

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37

MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO E

PRIORIZAÇÃO DE PROBLEMAS

Micro amostragem

Monitorização de Indicadores

Análise de Perfis estatísticos

Participação dos Utilizadores

Métodos que requerem dados.

BRAINSTORMING

O Moderador expõe o objectivo da reunião.

Recordar a regra de nunca criticar as ideias

propostas.

Criar um ambiente distendido e gerador de ideias.

Exposição pelos participantes, de uma ideia de cada

vez, sem limitação de número.

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38

BRAINSTORMING

O Brainstorming favorece a criatividade e a

identificação de uma grande quantidade de

ideias e de oportunidades de mudança, mas por

si só é difícil que consiga seleccionar uma.

TÉCNICA DE GRUPO NOMINAL

Criação de ideias de forma individual.

Registo da lista individual de ideias.

Clarificação das ideias.

Priorização individual.

Discussão da votação preliminar.

Votação final.

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14-05-2015

39

TÉCNICA DE GRUPO NOMINAL

A Técnica de Grupo Nominal é muito

estruturada segue uma série de passos

determinados, mas favorece a participação de

todo o Grupo na identificação e priorização

das oportunidades de melhorar.

CRITÉRIOS DE DECISÃO

(máximo = 5; mínimo = 1)

Uso inadequado de antibióticos

Qualidade do registo clínico

Controle Doentes com Dislipidemia

Tratamento Infecção Respiratória

Afecta muitos

doentes ?

Implica um risco grave

para a saúde? Problema

A solução é

económica ?

A solução depende de nós?

++

++

++

+++++

++

+

+++++

+

+++

+++

+++

+++

++++

++++

++++

++++

11

10

14

13

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40

Melhorar a Qualidade

Definir Qualidade

Avaliar a Qualidade

Melhoria Contínua da Qualidade

USING MEASURES

TO IMPROVE QUALITY

Measuring quality isn’t the problem

Changing it is.

Davies, 2000

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41

MELHORIA DA QUALIDADE

É importante estabelecer:

objectivos claros

como serão atingidos

com que métodos

como se medirão os resultados.

As pessoas afectadas pelas mudanças, deverão ser

informadas dos motivos dessas mudanças, e dos

benefícios que se pretendem atingir.

GESTÃO DA QUALIDADE

O Contexto e o Modelo Organizativo têm maior

importância no Desempenho Organizacional do que

as actividades e características dos indivíduos dentro

da Organização.

H. Palmer & A. Donabedian

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42

REGRA DOS 85/15

85% dos erros em qualquer desempenho, são

erros de processo (ou de causa comum) e

somente cerca de 15% são atribuídos a causas

especificas incluindo erro do trabalhador.

E. Deming

MELHORIAS ORGANIZATIVAS

Uma vez conseguidas podem ser permanentes,

enquanto que as melhorias individuais dos

profissionais podem diminuir com o tempo e com a

mudança de pessoal.

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43

Quais são as causas do problema? Quais as mais importantes para resolver de imediato?

PLANEAR AS SOLUÇÕES

Que problema escolher? Se existem

vários, como escolho o mais importante?

Que soluções alternativas existem para resolver o problema?

Como é que garanto que as soluções são aplicadas de forma adequada e efectiva?

Como é que as soluções funcionaram? O que é que necessita de ser modificado?

Ciclo de Resolução de Problemas

Como descrevo o problema de

forma precisa e completa?

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

AVALIAR E MONITORIZAR

DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

ANÁLISE DO PROBLEMA

APLICAR AS SOLUÇÕES

PROGRAMA

EXTERNO

PROGRAMA

INTERNO

ESCOLHA CRITÉRIOS

DESENHO AVALIAÇÃO

ANALISE E RECOLHA DE DADOS

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

INTERVENÇÃO

REAVALIAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

ANALISE DO PROBLEMA

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44

De uma boa prática clínica.

Auditorias Clínicas

Monitorização de Indicadores Clínicos

Desenvolvimento Profissional Contínuo

Do modo como estão organizados e são prestados os serviços.

Acreditação e Certificação de Serviços

Processos de Melhoria Contínua

Níveis de Excelência da EFQM

A QUALIDADE DOS CUIDADOS DE SAÚDE

DEPENDE DE DOIS FACTORES:

RESULTADOS

Satisfação dos

Profissionais

Satisfação dos

Utilizadores

Impacto na

Comunidade

Meios Resultados

European Foundation for Quality Management

PROCESSOS

Gestão de

Pessoas

Política e

Estratégia

Recursos e

Parcerias

LIDERANÇA

Inovação e Apredizagem

www.apq.pt

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45

MODELO PARA A MELHORIA DA

QUALIDADE

Medir (Rapidamente)

Intervir e mudar alguma

coisa

Escolher tema para trabalhar

Se estiver satisfeito

Medir novamente

Se são necessárias

novas melhorias

Escolher novo tema para trabalhar

Reintervir e fazer mudanças

adicionais

MODELO PARA A

MELHORIA DA QUALIDADE

Melhorar os Serviços requer mudanças. Mudanças podem parecer ameaçadoras para profissionais de saúde

muito ocupados com o seu trabalho clínico diário.

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46

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14-05-2015

47

MODELO PARA A MELHORIA DA

QUALIDADE

MODELO PARA A MELHORIA DA

QUALIDADE

Plan

Do

Act

Study

O que é que estamos a tentar conseguir?

Como é que poderemos saber que uma mudança

vai constituir uma melhoria?

Que mudança poderemos fazer que vá resultar

na melhoria que pretendemos?

Langley, Nolan

Testar ideias antes de

introduzir mudanças

Estabelecer Objectivos Melhorar exige estabelecer objectivos. Devem ser

temporalmente específicos, quantificáveis e devem

definir a população que será afectada.

Seleccionar Mudanças

Todas as melhorias exigem mudanças, mas nem

todas as mudanças resultam em melhoria. As

organizações, devem identificar as mudanças que

são mais susceptíveis de resultar em melhoria.

Sistema de Medição

Usar medidas quantitativas para avaliar se

determinada mudança resulta em melhoria.

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48

O método PDCA é uma maneira de: repartir as mudanças em pequenas partes,

testar cada pequena parte para assegurar que as

coisas estão a melhorar

e que não é desperdiçado nenhum esforço.

MODELO PARA A MELHORIA DA

QUALIDADE

É um modelo para testar ideias que se pensa podem

resultar em melhorias.

Pode ser utilizado para testar ideias de melhoria de uma

forma rápida e fácil, ideias já existentes ou que tenham

dado resultado noutros locais.

Utiliza medições simples para monitorizar o efeito das

mudanças ao longo do tempo.

Encoraja o início de pequenas mudanças, que podem ser

o início de melhorias em mais larga escala, utilizando

sucessivos pequenos ciclos de mudança e melhoria.

MODELO PARA A MELHORIA DA

QUALIDADE

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49

Planear - (Plan)

Planificar as actividades a empreender. Definir objectivos

(1ª fase) e modo de alcançar esses objectivos (2ª fase).

Identificar que mudança se pensa que poderá criar uma

melhoria, e o plano para testar essa mudança.

Qual é o objectivo ao introduzir essa mudança?

O que é que esperamos obter como resultado desta

mudança?

Que dados necessitamos colher para avaliar os

resultados da mudança?

Como é que saberemos se a mudança resultou ou não?

MODELO PARA A MELHORIA DA

QUALIDADE

Estruturar com a ferramenta de gestão dos 5W 2H What - O quê acções a ser realizadas para alcançar cada meta Who – Quem responsável por cada acção e que irá mobilizar

as restantes pessoas Where – Onde local onde será executada a acção When – Quando calendarização da execução da acção Why – Porquê razão pela qual cada acção será desenvolvida e

o seu contributo para o alcance das metas How – Como estratégia e metodologia utilizada para cada

acção How much – Quanto recursos financeiros, materiais e de

conhecimento necessários para executar a acção

PLANO DE MELHORIA DA QUALIDADE

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50

Executar – (Do) Esta fase envolve a realização das acções acordadas

anteriormente.

É importante que esta fase seja o mais breve possível,

embora haja mudanças cujos resultados só possam ser

medidos após longos períodos.

1ª fase – treino e formação do pessoal para a execução do

que foi planeado.

2ª fase - Pôr o plano em acção. ( deve haver um

responsável pela implementação.)

• Testar a mudança recolhendo dados.

• Registar todos os acontecimentos inesperados, problemas

e outras observações. Iniciar a análise da informação.

MODELO PARA A MELHORIA DA

QUALIDADE

Analisar – (Study) Verificação do trabalho executado e saber se o que

aconteceu correspondeu ás expectativas.

Análise e reflexão. Houve melhorias?

Completar a análise da informação.

O que poderia ser feito de forma diferente?

Agir – (Act) Fazer mudanças adicionais, correcções ou emendas e

recolher mais informação, depois de ter decidido o que

correu bem e o que correu mal.

Pode significar recomeçar o ciclo em condições diferentes,

reajustar os objectivos e identificar novas melhorias.

MODELO PARA A MELHORIA DA

QUALIDADE

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51

MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE

Onde estamos

Onde queremos

estar

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52

Analisar e Documentar o Problema

Não

Formar equipa para resolução do problema

Identificar a Solução

mais aplicável

Aplicar a Solução

Não

Identificar problemas ou ideias

Inicio

É realizável?

Parar

Não

Discutir o problema com o Grupo

Sim

Existem os recursos?

Sim

Sim

O Problema está resolvido?

Arquivar os Documentos do Projecto

Projecto de Melhoria da Qualidade

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53

• Context

• Outline of problem

• Key measures for improvement

• Process of gathering information

• Analysis and interpretation

• Strategy for change

• Effects of change

• Lessons learnt and next steps

Richard Smith editor BMJ 2000;321:1428

Breve descrição do contexto: aspectos relevantes

dos recursos humanos e das funções da unidade de

saúde (equipa e grupo de doentes).

Descrição do problema: o que é que se está a

tentar conseguir?

Principais medidas de melhoria: o que é que

constituiria uma melhoria na perspectiva dos

doentes?

Processo de recolha de informação: métodos

utilizados na avaliação dos problemas

ESTRUTURA DE UM RELATÓRIO DE MELHORIA DA QUALIDADE

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14-05-2015

54

Análise e interpretação: como é que esta

informação mudou o seu conhecimento do problema?

Estratégia para a mudança: que mudanças

aconteceram, como foram implementadas, e quem

esteve envolvido no processo de mudança?

Resultados da mudança: quais foram as melhorias

para os doentes e como é que o sabemos?

Próximos passos: o que é que se aprendeu ou

conseguiu, e como é que se vai prosseguir?

ESTRUTURA DE UM RELATÓRIO DE MELHORIA DA QUALIDADE

Richard Smith editor BMJ 2000;321:1428

SAÚDE DA MULHER

1. - Avaliação da Qualidade

A - Áreas identificadas como necessitando de melhoria:

Problemas da menopausa

Cancro da mama

Cancro do colo do útero

Doenças sexualmente

transmitidas

Serviços preventivos para a Mulher

Obesidade

Cancro do pulmão

Gravidez não desejada

Doença coronária

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55

B - Área seleccionada para intervenção:

Cancro do colo do útero

SAÚDE DA MULHER

C - Identificação e Definição do problema:

É particularmente importante avaliar a qualidade dos

serviços preventivos prestados ás mulheres.

Existe evidência de beneficio para as mulheres (redução até

50% na mortalidade por cancro do colo do útero) de se

efectuar rastreio sistemático deste, através da citologia do

colo uterino.

SAÚDE DA MULHER

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56

C - Identificação e Definição do problema:

Para se obter bons resultados é necessário ter um sistema

efectivo de fazer os exames ás pessoas apropriadas e não

fazer por exemplo citologias repetidas a mulheres de baixo

risco.

SAÚDE DA MULHER

SAÚDE DA MULHER

D - Critérios para avaliação:

Mulheres com útero intacto, com idades compreendidas

entre os 25 e os 64 devem efectuar uma citologia cervical

de 3 em 3 anos.

A citologia tem uma execução técnica correcta

Um resultado anormal deve ser adequadamente seguido

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57

SAÚDE DA MULHER

E - Níveis de desempenho (standards) a atingir:

80% das mulheres entre os 25 e os 64 anos não

histerectomizadas devem ter efectuado uma citologia

cervical nos últimos 3 anos.

Devem existir no máximo 5% de citologias devolvidas por

execução técnica incorrecta.

Todas as doentes com anomalias graves, e 90% das

anomalias ligeiras e moderadas devem ter um seguimento

adequado.

SAÚDE DA MULHER

F - Estrutura e Metodologia de recolha da Informação:

N.º de mulheres identificadas: 1232

Amostra escolhida: feito por censo

Dados obtidos: 650 com citologia feita.

166 histerectomizadas.

Análise dos dados: 650X100 / (1232-166) = 61%

Comparação com os standards pré-estabelecidos:

menor que os 80% pré-estabelecidos

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SAÚDE DA MULHER

G - Avaliação do nível de desempenho

Vários tipos de problemas podem ser encontrados:

Registos clínicos insuficientes.

Pouca adesão por parte das mulheres.

Pouca adesão por parte dos profissionais.

Método de convocação não efectivo.

Demasiadas citologias devolvidas por execução técnica

incorrecta.

SAÚDE DA MULHER

2. - Melhoria da Qualidade

No caso de objectivos não atingidos devem existir

recomendações para as mudanças a introduzir e deve

ser descrita a estratégia adoptada para a resolução

desses problemas que deve constar do novo plano de

acção, com novos objectivos e com o modo como

serão atingidos.

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SAÚDE DA MULHER

Exemplos:

Melhorar a execução técnica das citologias.

Objectivo: Menos de 5% de citologias com execução

técnica incorrecta

Acção: formação especifica nessa área.

utilização de material de colheita adequado.

SAÚDE DA MULHER

Melhorar os registos clínicos

Objectivo: obter informação em 100% dos casos

Acção: Criar e utilizar um registo clínico informatizado

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SAÚDE DA MULHER

Melhorar o sistema de convocação das mulheres.

Objectivo: obter a aderência de 80% das mulheres

Acção: Criar sistema de convocação e re-convocação com

controle informatizado.

SAÚDE DA MULHER

3. - Garantia da Qualidade

Reavaliação da Qualidade para verificar se as

modificações introduzidas produziram os resultados

desejados.

No caso do nível de desempenho desejado ter sido

atingido fazer Monitorização para verificar se a Qualidade

se mantêm.

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SAÚDE DA MULHER

3. - Garantia da Qualidade

Se o número de mulheres com citologias feitas é superior

a 80%, se o n.º de citologias com execução técnica

incorrecta se mantêm inferior a 5% e se o seguimento dos

casos com resultados anormais é feito adequadamente e

em todos os casos.

Eventualmente melhorar os standards anteriormente

propostos, e procurar alcançar um nível de Qualidade

superior.

COMPONENTES NA "AVALIAÇÃO DA QUALIDADE“

DE SERVIÇOS DE SAÚDE

1. Dimensão estudada

Efectividade

Eficiência

Acessibilidade

Aceitabilidade ou satisfação

Qualidade técnico-cientifica

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2 . Unidade de Estudo

Utentes que entram na avaliação

Profissionais que serão avaliados

Período de tempo que se avalia

3 . Tipo de dados

Estrutura

Processo

Resultados

COMPONENTES NA "AVALIAÇÃO DA QUALIDADE“

DE SERVIÇOS DE SAÚDE

4 . Fonte dos dados

Historia clínica

Entrevistas

Receitas, etc.

5 . Tipo de avaliação

Interna

Externa

COMPONENTES NA "AVALIAÇÃO DA QUALIDADE“ DE SERVIÇOS DE SAÚDE

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6 . Como se avalia (Métodos)

Critérios implícitos

Critérios explícitos

empíricos

normativos

COMPONENTES NA "AVALIAÇÃO DA QUALIDADE“ DE SERVIÇOS DE SAÚDE

DEFINIÇÃO DE PADRÃO DE QUALIDADE

HTA

HTA diastólica

Elaborar Critérios

Estabelecer / Medir

Níveis de Desempenho

HTA diastólica

< 85 mmHg

55 % hipertensos

Escolher Tema para avaliação

Seleccionar Indicadores de Desempenho

Elaborar Normas de Orientação Clínicas

Estabelecer Metas / Resultados Obtidos

Padrão Para cada Critério

Ideal Médio Mínimo Inaceitável

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CONSEQUÊNCIAS DE FAZER AS COISAS 99,9% BEM

1 hora de fornecimento de água não potável por mês

2 aterragens inseguras no aeroporto de Heathrow por dia

10 bebés deixados cair pelos médicos por dia

100 operações cirúrgicas mal feitas por semana

1 000 bebés entregues a pais trocados por ano

3 000 cartas perdidas por hora

25 000 pares de sapatos trocados vendidos por ano

30 000 batimentos cardíacos perdidos por pessoa cada ano

40 000 prescrições médicas incorrectas por ano

J. Guilbert

7 . Quem colhe os dados e como (Periodicidade)

Médicos,

Enfermeiros,

Auxiliares,

Pessoal especial/adicional

COMPONENTES NA "AVALIAÇÃO DA QUALIDADE“ DE SERVIÇOS DE SAÚDE

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8 . Relação temporal avaliação/acção avaliada

Avaliação retrospectiva

Avaliação concorrente

Avaliação prospectiva

9 . Método de identificação e amostra das

unidades de estudo

Base institucional/Base populacional

Amostra aleatória/Amostra selectiva

COMPONENTES NA "AVALIAÇÃO DA QUALIDADE“ DE SERVIÇOS DE SAÚDE

10 . Tipo de intervenção prevista

Disciplinar

Educacional

Mudanças Estruturais

Modificado de Heather Palmer, por Pedro Saturno

Em : Evaluación de la Asistencia Ambulatória: principios e práctica.

Ministério de Sanidade y Consumo. Madrid.

COMPONENTES NA "AVALIAÇÃO DA QUALIDADE“ DE SERVIÇOS DE SAÚDE

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PARA OBTER MAIS INFORMAÇÃO SOBRE QUALIDADE EM SAÚDE

Health Foundation - www.health.org.uk

An independent charity working to improve the quality of healthcare in the UK. The Health Foundation conducts research and evaluation, puts ideas into practice through a range of improvement programmes, supports and develops leaders and shares evidence to drive wider change.

The King’s Fund - www.kingsfund.org.uk

A UK charity that seeks to understand how the health system can be improved, and works with individuals and organisations to shape policy, transform services, and bring about behavioural change.

Institute for Healthcare Improvement - www.ihi.org

A US-based independent not-for-profit organisation that seeks to improve healthcare worldwide through building the will for change, cultivating promising concepts for improving care, and helping healthcare systems to put them into action.

National Institute for Health and Care Excellence (NICE) Evidence Services - www.evidence.nhs.uk

A suite of services that provide online access to authoritative evidence and best practice. The services cover health, social care and public health evidence.

NHS Improving Quality (NHS IQ) - www.england.nhs.uk/ourwork/qual-clin-lead/nhsiq

Part of NHS England, NHS Improving Quality (NHS IQ) brings together quality improvement knowledge, expertise and experience from across the NHS.

Obrigado pela vossa atenção

[email protected]