curso de análise gráfica do discurso - 2006 (1)

8/15/2019 Curso de Análise Gráfica Do Discurso - 2006 (1)

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ANÁLISE GRÁFICA DO

DISCURSO

LINGUAGEM E

CONSCIÊNCIA



ANÁLISE GRÁFICA DODISCURSO

Deve-se observar que nem todas

as propriedades dos indivíduosainda que ten!am ori"ens so#iaiss$o propriedades estruturais deum #o%etivo&




A%'m do mais (i"ots)* nun#a

ne"ou a e+ist,n#ia do pensamentoindependente da %in"ua"em nemreduiu o interno . uma met/0ora%in"1ísti#a do uso de pronomes na

primeira pessoa - #omo ' aposi2$o de 3itt"enstein4&




Ent$o que se #onsidera a análise da

linguagem ou mais especificamente,dos discursos, uma forma deabordagem das construçõesinteracionais entre o sujeito e a

sociedade.




Mas, devemos lembrar queas comunicações entre os

sujeitos não se referem aum significado já dadointrapessoalmente ou a um

significado dado a priori eque a linguagem transmite.




Ao #ontr/rio da #on#ep2$o#artesiana a #on#ep2$o

vi"ots)iana imp%i#a que odiscurso lingüístico: seria odesdobramento, desenvolvimentocoletivo e p!blico da interação

simb"lica que daria forma ao pensamento&




ASSUMINDO A 5E6S5EC7I(A DA 7EO6IA5SICOL8GICA S8CIO-9IS786ICA :UESU6GIU NA D;CADA DE <=>? DOS

76A@AL9OS DE (IGO7SB LU6IA ELEON7IE(& E :UE SE ES76U7U6OU A 5A67I6 DA

DEMONS76AO :UE A CONEO DAS

O5E6AFES IN7ELEC7UAIS NAS (6IASA7I(IDADES DA CONSCIÊNCIA ; O 5ON7OCEN76AL NO ES7UDO DE :UAL:UE6SIS7EMA 5SICOL8GICO&




6ECON9ECE 7AM@;M :UE ACONSCIÊNCIA DESDE O COMEO ;

ALGO IN7EG6AL :UE DE7E6MINA O DES7INO DO SIS7EMA ASSIM COMO O O6GANISMO O DAS

HUNFES&




5O67AN7O DE(E-SE 7OMA6 AMUDANA DA CONSCIÊNCIA

EM SEU CONUN7O COMO E5LICAO DE :UAL:UE6 MUDANAIN7E6HUNCIONAL

DU6AN7E AS (6IAS E7A5AS DO 56OCESSO DEDESEN(OL(IMEN7O.

A #ons#i,n#ia n$o ' o pensamentonem as representa2Jes ou os#on#eitos&




Os #omponentes da estrutura interna da#ons#i,n#ia !umana s$o os seus #onteKdossensíveis sensa2Jes ima"ens de per#ep2$o e as representa2Jes

que #riam sua base e a tornam possíve% e a re%a2$o entre o sentido e o si"ni0i#ado dassuas representa2Jes&




E%a tem tamb'm suas prprias

#ara#terísti#as psi#o%"i#as& Uma de%as ' di0eren#iar o mundo rea%das impressJes interiores individuaispossibi%itando o desenvo%vimento da

observa2$o de si mesma&




Na #onse#u2$o de representa2Jespsi#o%"i#as individuais a rea%idade #on#retase mostra ao !omem mantendo a estabi%idade

obetiva das suas propriedades e#onservando sua independ,n#ia das re%a2Jese ne#essidades subetivas que o !omemmant'm #om e%a&

Assim permite a tomada de #ons#i,n#ia&




Este pro#esso de #ons#ientia2$o das

propriedades obetivas da rea%idade edas ne#essidades subetivasindividuais se deve .s re%a2Jes que a

atividade !umana estabe%e#e entre oque e+iste rea%mente e o prprio!omem&




5ortanto a representa2$o quepermite a #ons#i,n#ia s se d/

quando o sueito a"e por uma ra$oprpria e #onseq1entemente %eva a que o obeto

sea representado / #om um sentido

que o vin#u%a ao sueito&




5or isso a representa2$o que #onstitui a#ons#i,n#ia se #ara#teriapsi#o%o"i#amente pe%a presen2a dare%a2$o internamente #onstituída entre osentido e o si"ni0i#ado&

Estes aspe#tos da #onstitui2$o da

#ons#i,n#ia des#revem o seudesenvo%vimento 0un#iona% e a 0orma2$ode sua estrutura&




As #ara#terísti#as estruturais dependemdos #onteKdos tornados #ons#ientes eda 0un2$o que desempen!ar$o&

Ou sea sob o aspe#to 0un#iona% edes#ritivo a #ons#i,n#ia se #ara#teriapor interpe%a2Jes determinadas

estrutura de0inida e !istori#amente0ormada&




Hundamenta%mente a prin#ipa%

propriedade estrutura% da#ons#i,n#ia ' a re%a2$o que %i"a osseus prin#ipais #omponentes o

sentido e o si"ni0i#ado&




A si"ni0i#a2$oA si"ni0i#a2$o ' aqui%o que

num obeto ou 0enPmeno apare#eobetivamente no sistema de suas

%i"a2Jes intera2Jes e re%a2Jes#om o sueito&




Portanto, a significação é a generalização da realidade

representada e fixada em um vetor sensível, geralmente uma palavra ou uma alocução

lingüística onde ganha constância epermanência.

orna!se a forma ideal de o"#etivação daa forma ideal de o"#etivação daexperiência e da pr$tica social da humanidade.experiência e da pr$tica social da humanidade.




; #omo si"ni0i#a2$o %in"1ísti#a que asre%a2Jes e intera2Jes do obeto #om area%idade #onstituem o #onteKdo da#ons#i,n#ia so#ia% e a partir de ent$o setorna Q#ons#i,n#ia rea%4 dos indivíduos&

A #i,n#ia a %ín"ua e demais

representa2Jes de uma so#iedadee+istem #omo sistemas de si"ni0i#a2Jes&




Como 0ato da #ons#i,n#ia assi"ni0i#a2Jes s$o per#ep2Jes e pensamentos do

indivíduo a#er#a da sua rea%idades#io-!istri#a que se #ara#teriape%as poten#ia%idades e %imita2Jes darepresenta2$o e #on!e#imento da sua'po#a e da sua so#iedade&




; um 0ato psi#o%"i#o quedepende

de #ada um se apropriar eassimi%ar ou n$o uma dadasi"ni0i#a2$o

do "rau da assimi%a2$o e do quee%a se torna para #ada um&




Ou sea o sentido subetivo e pessoa% 'dependente da intera2$o entre o sueitoe o seu meio&

A re%a2$o espe#í0i#a entre si"ni0i#adoso#ia% e sentido individua% estabe%e#e-sena atividade quando o sueito apreendeestas re%a2Jes #omo suas parti#u%arese as torna #ons#ientes&




Este sentido #ons#iente se mani0esta naapreens$o da re%a2$o entre o motivo e o 0im&

O motivo ' aqui%o em que a ne#essidadeindividua% se #on#retia de 0orma obetiva nas#ondi2Jes #onsideradas e para as quais aatividade se orienta R o que a estimu%a&

O sentido pessoa%O sentido pessoa% tradu a re%a2$o do sueito#om os 0enPmenos obetivos #ons#ientiados&




; este o me#anismo "era% da#ons#i,n#ia que e+p%i#apsi#o%o"i#amente #omo novas

ne#essidades se #riam e setrans0ormam em novos tipos ao %on"odo desenvo%vimento& Determina tamb'ma 0orma2$o de pro#esso psíqui#os

internos baseados no desenvo%vimentoda %in"ua"em e da pa%avra&




No mesmo pro#esso s#io-

#u%tura% o desenvo%vimento da#omuni#a2$o verba% 0eapare#er as a2Jes em pa%avras&




S$o pro#esso verbais interiores queem #on0ormidade #om a %ei "era% dodes%o#amento dos motivos setrans0ormam em atividadesopera#ionais %in"1ísti#asmani0estando-se #omo puramente

#o"nitivas s$o pro#essos depensamento verba% e de memoria2$oativa&




Assim a consci#ncia se constituiem $um conjunto particular de

processos internos intelectuais,que s" são verbais na medida emque o são as significaçõeslingüísticas aptas para se

deslocarem da ação direta dosignificado% & Leontiev <=T<<VW&




A #ons#i,n#ia depende portanto daatividade&

Esta pode se dar por diversas a2Jes e #ada

uma de%as se #ara#teriar por um obetivoespe#í0i#o

%evando a que a tomada de #ons#i,n#ia se d,pe%a apreens$o do sentido individua% da

atividade que imp%i#a a a0etividade mas#omportando o si"ni0i#ado so#ia% de #adaa2$o




ASSIM O EN7ENDIMEN7O DA CONSCIÊNCIA OU DESEUS 56OCESSOS E CON7EXDOS SE D COMO AIN(ES7IGAO DE UM HENYMENO 5A67ICULA6ES7A@ELECIDA SO@ AS CONDIFES DOMA7E6IALISMO 9IS786ICO-DIAL;7ICO EIGE:UE NOS A5OIEMOS EM M;7ODOS E 7;CNICAS:UE 5A67INDO DA SUA MANIHES7AOEM5Z6ICA NOS CONDU[A AO DES(ELAMEN7O

DAS IN7E6-6ELAFES IM5LZCI7AS :UE ODE7E6MINAM&




%& '()'*+&%&, ' -')% &/01'+%& 2' %30)20 30 %30(*'(+4(3+% 20&'()'*+&%20& ', P0)%(0,&/0 &0+3+%2%& 30

%('3'24(3+% ' %-'(2%2%&

3010)' % 2+&P0(+5++2%2'20& '()'*+&%20&.




(ALE 6ESSAL7A6 :UE ; CONHO6ME OO@E7O A SE6 IN(ES7IGADO 56OCESSODE 5ENSAMEN7O 5A67ICI5AO DA

EMOO CA6AC7E6IS7ICA DECON7EXDOS AM5LI7UDE DODESEN(OL(IMEN7O DA CONSCIÊNCIAW :UESE ANUNCIA O MO7I(O DA SOLICI7AO R

5ODE OU NO SE6 56E5A6ADA 5ELOEN76E(IS7ADO&




IS7O HA[ COM :UE A5ESA6 DO 6O7EI6OALGUNS AS5EC7OS SEAM MAIS

E5LO6ADOS COM OS EN76E(IS7ADOS5A6A :UEM ELES SE A56ESEN7AM COMOMAIS SIGNIHICA7I(OS E OU76OS AS5EC7OSSEAM NEGLIGENCIADOS OU MESMOSU@S7I7UZDOS 5O6 OU76OS :UE ELES

IN76ODU[EM OU :UE SE \5E6CE@E] COMOIM5O67AN7ES&




ASSIM 7ODAS AS EN76E(IS7AS DE(EM SE6@AS7AN7E LONGAS& 5OIS SO 5ON7UADAS

5O6 ID;IAS E (I(ÊNCIAS DE CADA UMSO@6E OS AS5EC7OS INS7I7UCIONAIS E5ESSOAIS O :UE L9ES CONHE6E A:UALIDADE DE 56ODUFES XNICAS :UEMESMO :UE SE 7EN7E O@7Ê-LAS

NO(AMEN7E COM AS MESMAS 5ESSOAS ESO@6E OS MESMOS ASSUN7OS NO SE6EA56ESEN7A6O&




As trans#ri2Jes das 0itas devem ser 0eitaspor quem ten!a domínio da %ín"ua em seusaspe#tos sint/ti#os e sem^nti#os

E quando as di0i#u%dades e+i"irem oentrevistador deve rea%iar novo #ontato#om os entrevistados em "era% paraes#%are#imento da "ra0ia de nomes ououtros e%ementos men#ionados e queapresentarem di0i#u%dades de entendimentonas "rava2Jes&




5or estes 0undamentos as investi"a2Jesem psi#o%o"ia s a%#an2am resu%tados0i/veis quando mant,m-se na

perspe#tiva dia%'ti#a e se #onsideram#omo pontos 0undamentais - o materia%ismo monista - que entende que a

psique os #omportamentos Qinternos e

e+ternos4 as rea2Jes 0enom,ni#as e#orporais n$o #onstituem duas es0erasdistintas e de naturea di0erente




- o prin#ípio dia%'ti#o da transi2$o daquantidade em qua%idade que e+p%i#a adiversidade qua%itativa das viv,n#ias

0enPmenosW - o re#on!e#imento de que os pro#essos

#ons#ientes n$o s$o os Kni#os obetosde investi"a2$o mas s$o interpretados

#omo partes de pro#essospsi#o0isio%"i#os inte"rais de maiorenver"adura&




A #ons#i,n#ia ' #onsiderada #omo umaspecto fenom#nico docomportamento

! uma metodo%o"ia sint'ti#a e 0un#iona% deinvesti"a2$o& Na qua% por re#on!e#ermos aunidade por'm n$o a identidade do interno edo e+terno no #omportamento des#artamos aintrospe#2$o #omo meio de an/%ise bem#omo o obetivismo puro ta% #omo 0oiproposto no be!aviorismo de 3atson&




o m'todo instrumenta% permitea apreens$o de dois tipos de

re%a2$o entre o #omportamentoe o 0enPmeno e+terno




5ara atender estes pressupostos(i"ots)* propPs uma novametodo%o"ia denominada deM0todo 1nstrumental & Neste0undamentou um m'todo subetivo-obetivo 0un#iona% que abar#a os

pontos de vista des#ritivo e0un#iona%&




5arte da unidade dos pro#essospsíqui#os e 0isio%"i#os& E por meioda abstra2$o o pro#esso psíqui#o 'separado ou retirado dopsi#o0isio%"i#o por'm #onsiderandoque uni#amente inte"rados ' que e%esadquirem si"ni0i#ado e sentido&




Considerou que em todos os #asos emque se 0a%a da in0%u,n#ia dospro#essos psíqui#os #omo o terror a

a0%i2$o a a%e"ria et#&W nos #orporais os0atos se transmitem em sua maiorparte 0ie%mente uma ve que opro#esso 0isio%"i#o #orrespondente a

essa impress$o #onstitui #om e%a umtodo&




(este método "usca!seapreender a relação entre o

comportamento e o fen6menoexterno. antendo!se dentro darelação geral de causalidade7estímulo!resposta, excitante!reflexo8, 9ue prop:e os métodoscientífico!naturais em psicologia,




- quando o 0enPmeno e+terno o estímu%odesempen!a o pape% de obeto para o qua%se diri"e o ato de #omportamento para

reso%ver as tare0as que se propJe aoindivíduo - quando o 0enPmeno e+terno tem o pape% de

meio #om #ua auda diri"imos ee+e#utamos as opera2Jes psíqui#as

ne#ess/rias para reso%ver essas tare0asre#orda2$o #ompara2$o e%ei2$o et#&W&




A naturea psi#o%"i#a da re%a2$o entre o ato do#omportamento e o estímu%o e+terno 'essen#ia%mente di0erente em ambos os #asos

porque o estímu%o determina #ondi#iona e or"ania o

#omportamento de 0orma di0eren#iada e mediantepro#edimentos tota%mente sin"u%ares no primeiro #aso o #orreto seria denomin/-%o de

estímu%o e no se"undo de instrumento psi#o%"i#o do ato

instrumenta%&




5or sua prpria ess,n#ia o m'todo

instrumenta% ' um m'todo !istri#o-"en'ti#o que a#res#enta .investi"a2$o do #omportamento umponto de vista !istri#o& O

#omportamento s pode serentendido #omo !istria do#omportamento&




(i"ots)* demonstrou que ainterna%ia2$o ' ustamente o pro#essode 0orma2$o do p%ano interno& Estepro#esso se rea%ia passando por0ormas de intera2$o e+p%í#itasor"aniadas !ierarqui#amente pe%am$e em re%a2$o #om a #rian2a&




A 0a%a ' um dos pro#essos mediante osquais se #riam e se usam símbolos, querdi2er, sinais artificiais que cumprem um

papel de representação que surgem sempreimbricadas em um uso social e que sãoinstrumentos já preparados para a criança.

' internali2ação 0 o processo de controle

dos signos e3ternos - este ' o ter#eiromomento da interna%ia2$o a trans0er,n#iapara o dis#urso interno da representa2$o deuma situa2$o ou a2$o&




N$o se trata de uma #pia darea%idade e+terior em um p%anointerior / pree+istente mas dopro#esso de desenvo%vimento dessep%ano interno que e+i"e o maneo das0ormas simb%i#as e+ternas& Essep%ano interno devido a sua ori"em 'de #ar/ter \quase-so#ia%]&




A An/%ise Gr/0i#a do

Dis#ursoA An/%ise do Dis#urso traba%!a #omunidades %in"1ísti#as superiores .

0rase os enun#iados&




%o aceitar!se a com"inação dacompreensão clínica com a

contri"uição da estatística,tornou!se consciente o fato de9ue a inferência se constitui

em o"#etivo e função dasan$lises.




Esta in0er,n#ia tem por base

indi#adores de 0req1,n#ia oudiversos indi#adores #ombinados ea partir dos resu%tados das an/%isesse pode re"ressar .s #ausas ou at'

des#er aos e0eitos das#ara#terísti#as das #omuni#a2Jes&




In0%uen#iada por estes e%ementosLane desenvo%ve pesquisas que#u%minam na e%abora2$o daAn/%ise Gr/0i#a do Dis#urso& Este' um m'todo que tem se mostradoe0i#iente para a investi"a2$o da

#ons#i,n#ia pois #on0orme e%aa0irma




os Qre%atos de !istrias de vida onde odis#urso %ivre re0%ete as representa2Jes#ons#ientes que o indivíduo 0a de si e

do mundo que o #er#a #onstituem odado empíri#o a partir do qua%podemos dete#tar os #omponentesideo%"i#os emo#ionais as

#ontradi2Jes e o prprio movimento dopensamento que en"endra o dis#urso4&<==TW




5ois ao e3plicitar a organi2ação dodiscurso permitenos $locali2argraficamente os n!cleos do

pensamento, atrav0s das palavras quese repetem 4ou dos sin5nimos6, masseguindo a continuidade do discurso,utili2ando a seqü#ncia dos n!meros

para cada unidade de significação4sujeito e predicado6% & Lane <==<W




A partir desta an/%ise podemosre#onstituir o obeto psi#osso#ia% pe%ainvesti"a2$o das atitudes e+pressas

nas opiniJes nas es#o%!as ou naspre0er,n#ias nas representações mani0estadas nas opiniJesin0orma2Jes e+peri,n#ias e

#omportamentos e nas redes decomunicações a partir das re%a2Jesinterindividuais&




5ara tanto partindo dosdados empíri#os e0etuamos

opera2Jes dere%a#ionamentore%a2Jes de equiva%,n#ia

#omo #%assi0i#a2Jes e re%a2Jes de imp%i#a2$o&




Entretanto #omo a naturea dosobetos visados s$o as media2Jesentre o individua% e o so#ia% asanálises devem favorecer asrelações de interação e a busca deestruturas como modelos latentes

de organi2ação dos elementos deum sistema&




5ois a inte%i"ibi%idade s pode serintroduida em termos dere#onstitui2$o de sistemas re%a#ionais

e si"ni0i#antes devendo tais sistemasserem pensados em termos de#onstitui2$o e de trans0orma2$o&

A%"uns espe#ia%istas em 'nálise de

7iscurso, distinguem tr#s grandestipos de processos analíticos




- A an/%ise em pa%avras-#!avesnK#%eosW e+p%i#itando os seussi"ni0i#ados #on0orme o movimento no

dis#urso& Aqui a%#an2a-se asa%tera2Jes que so0rem e promovem na#ons#i,n#ia e nos #omportamentos&@em #omo os determinantes

individuais e so#iais que as #ompJem&




- A an/%ise tem/ti#a oure0eren#ia2$o de#onuntos si"ni0i#antes

#omp%e+os#orrespondendo a temas&

Á Á




- A arti#u%a2$o entre as pa%avras-nK#%eos e os temas dos diversosdis#ursos para reunir sob um s tema

v/rias unidades de si"ni0i#ado #uaor"ania2$o permane#e indeterminadano #aso da an/%ise tem/ti#a ou aindaen"%obar unidades de si"ni0i#ado

or"aniadas se"undo uma sinta+e& ; o#aso da an/%ise representativa&

Á Á




A an/%ise se re0ere ao #onteKdoe+p%í#ito nos dados e supJe que oana%ista e o %o#utor se baseiam no

mesmo #di"o %in"1ísti#o e que umadup%a #orrespond,n#ia biunívo#a sea#!a estabe%e#ida - de um %ado entre omateria% #odi0i#ado e as #ate"orias do

#di"o e de outro entre o sentidoatribuído ao e%emento #odi0i#ado e area%idade que e%e tradu&

Á Á




Esses pressupostos%in"1ísti#os 0aem do

sistema de re0er,n#ia doana%ista o instrumentoprin#ipa% da an/%ise

operando sobre o #onteKdomani0esto da %in"ua"em&

Á Á




Os #on#eitos s$o re#onstituídos apartir das pa%avras do #orpo dote+to que apresentam umapro+imidade sem^nti#a asre%a2Jes entre vo#/bu%os de uma#ate"oria sem^nti#a e as re%a2Jes

da %"i#a 0orma% e #onstituem umasinta+e&

Á Á




Isso quer dier que a análise implicanecessariamente uma escol8a entre as

modalidades de leitura e de estruturação possíveis, segundo o que 0 visado peloanalista e as 8ip"teses que ele arquiteta,tanto sobre a e3pressão lingüística dosfen5menos psicossociol"gicos estudados,

como sobre a generalidade dos mecanismosque comandam a organi2ação dessa

produção lingüística&

Á Á




5or isso #om a An/%ise Gr/0i#a dosdis#ursos podemos apreender ose%ementos que nos permitem a

#onse#u2$o dos se"uintes obetivos aW Lo#a%iar atrav's dos dis#ursos os

nK#%eos de #ons#i,n#ia que 0oram#onstruídos e_ou desenvo%vidos pe%os

sueitos durante as atividadesespe#í0i#as de seu traba%!o&

Á Á




bW A#ompan!ar e ana%isar ain0%u,n#ia do aspe#to

emo#iona% e+presso nosentido das pa%avras para aor"ania2$o das #ons#i,n#iase das atividades desenvo%vidasnas intera2Jes&

Á Á




#W Ana%isar #omo espe#i0i#amente ossentidos emo#ionais in0%uen#iam naor"ania2$o da media2$o entre as

atividades ne#ess/rias . #onse#u2$odo traba%!o e as atividades quepromovem espe#i0i#amente oatendimento das ne#essidades e

deseos individuais&

Á Á




dW Demonstrar o movimento dea%tera2$o dos #on#eitos espont^neos e#ientí0i#os re%a#ionando suas

e+pressJes si"ni0i#a2Jes e sentidosquando s$o apenas instrumentos detraba%!o e quando s$o instrumentos deordenamento do #omportamento em

"era%&

Á Á




eW Apreender se e #omo todas estasatividades da #ons#i,n#iain0%uen#iaram nos #omportamentos

#onstruindo pro#essos que por seremseme%!antes e #omuns podem serdiretamente atribuídos aos 5rin#ípiosSo#iais Institu#iona%iados&

Á Á




5ara tanto parte-se de entrevistas"ravadas& E #omo %!e ' prprio asentrevistas ao serem trans#ritas perdem as

#ara#terísti#as #omuni#ativas dadas pe%asentona2Jes e pe%a mími#a& 5ortanto osaspe#tos emo#ionais 0i#am subsumidos naspa%avras e seus #on#eitos e na estrutura2$odas 0rases que transmitem as varia2Jes dos

sentidos re0erentes aos e%ementosen0o#ados ao %on"o dos di/%o"os&

Á Á




Na rea%ia2$o das entrevistas bus#amos#onsiderar os e%ementos que norma%menteintervenientes nestas situa2Jes& Como e%asn$o s$o estabe%e#idas por si mesmas mass$o um meio para se obter uma in0orma2$oe+trínse#a ao #onte+to imediato que s osueito possui entendemos que aque%emomento ' #onstitutivo da produ2$o dessa

in0orma2$o e da 0orma #omo ' apresentada&

A Á S G Á CA O




; isto que d/ . entrevista um#ar/ter parado+a% e%a '

provo#a2$o e produ2$o de uma%in"ua"em que se desea quesea inteiramente desta#ada doato de #omuni#a2$o em si parao qua% n$o se orienta ainvesti"a2$o&




; raro !aver #orrespond,n#ia entre ossistemas de re0er,n#ia dos doisinter%o#utores na #omuni#a2$o verba%&

O parado+o da situa2$o de entrevistado ponto de vista metodo%"i#o ' queo obetivo ' atin"ir o sistema dere0er,n#ia do sueito por meio de uma

#omuni#a2$o em que a intera2$o #om osistema de re0er,n#ia do entrevistadorn$o pode ser evitada&





Aps as trans#ri2Jes das entrevistas aAn/%ise Gr/0i#a e+i"e a identi0i#a2$o eenumera2$o das unidades de

si"ni0i#a2$o estas se apresentamenquanto 0rases na seq1,n#ia do re%ato& Em se"uida s$o assina%adas as

pa%avras que se repetem ou seus

sinPnimos #om as quais ' e%aboradoum "r/0i#o&





Neste as pa%avras s$o %i"adas porsetas numeradas atrav's das quaisse mant'm os ordenamentos dassuas emissJes e tamb'm see+p%i#ita os seus movimentos nopensamento pe%o retorno que as

setas 0aem .s pa%avras i"uais ouaos seus sinPnimos&





Assim o "r/0i#o e+pressa os di0erentessentidos atribuídos . pa%avra

o que permite visua%iar o movimento do

pensamento pois #onserva-se suas re%a2Jes#om o restante do dis#urso& A partir desta identi0i#a2$o nos dis#ursos

dos entrevistados obt'm-se o primeiroentendimento do que ' e+posto pe%os

"r/0i#os bus#ando quais 0oram os #onteKdosque se mani0estaram a #ada momento dopro#esso de intera2$o



Compara-se os "r/0i#os de #ada dis#urso%o#a%iando os prin#ipais nK#%eos derepresenta2$o e a#ompan!ando asa%tera2Jes dos sentidos atribuídos .ssitua2Jes si"ni0i#ativas&

Ana%isa-se as representa2Jes e asmudan2as que e%as so0rem ao %on"o dodis#urso atrav's das #ontradi2Jes dos

aspe#tos ideo%"i#os e das re%a2Jesestabe%e#idas #om a rea%idade&



ANÁLISE GRÁFICA DO DISCURSO

No apro0undamento da an/%ise tenta-seen#ontrar as re%a2Jes entre o dis#urso e as

a%tera2Jes das #ara#terísti#as dos sueitos doseu "rupo so#ia% e das suas atividades& 5aratanto nos detemo-nos nas #ara#terísti#asespe#í0i#as das pa%avras e das 0rases tanto#omo e%ementos da #omuni#a2$o #omo

pro#essos de pensamento que s$o inte"radospor #omponentes emo#ionais&





A Leitura dos ConteKdos 5ara a e+p%i#a2$o dos pro#essos e

#onteKdos reve%ados pe%a An/%ise Gr/0i#a

pro#uramos uti%iar um #onunto det'#ni#as de an/%ise das #omuni#a2Jes&A%"umas s$o baseadas nas propostas daAn/%ise de ConteKdo e ainda que a sua

#ondi2$o sea a in0er,n#ia enquantodedu2$o baseada na %"i#a





e%amos para que estas opera2Jes%"i#as #a%quem-se nas proposi2Jesque em virtude de suas %i"a2Jes #om

outras proposi2Jes / a#eitas #omoverdadeiras #onstituem#on!e#imentos re%ativos .s #ondi2Jesde produ2$o ou de re#ep2$oW&




Partimos das explicitaç:esoferecidas pela organização da

%n$lise -r$fica e "uscamos, então,colocar em evidência as avaliações 7opini:es, #ulgamentos, tomadas deposição conscientes ou não8 e as

associações subjacentes dossujeitos, a partir de seus enunciados.





'stes fatos, permitem asdeduç:es l;gicas a partir dos

n<cleos e outros índicesfornecidos e selecionados na faseanterior, 9ue são de naturezamuito diversa. %lguns autoreschama!os de condiç:es deprodução.





'ste termo tem a"arcado aspossi"ilidades de inferência de

vari$veis psicol;gicas doindivíduo emissor, as vari$veissociol;gicas e culturais, vari$veisrelativas = situação decomunicação ou do contexto deprodução da mensagem.




3a"e destacar ainda 9ue a leitura da %n$lise -r$fica pode ser facilitada9uando nos mantemos atentos aalgumas especificaç:es te;ricas.2estas consideramos fundamentaisas determinadas por *igotsFG para o

entendimento das funções das palavras.

curso de análise gráfica do discurso - 2006 (1)

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