curso completo investimento em ações - análise técnica

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As raízes da análise técnica remontam a 1884, após o surgimento da Teoria de Dow, desenvolvida por Charles Dow. A Análise Técnica é um processo de análise do histórico dos preços e das quantidades da acção, tendo como objectivo a determinação dos preços futuros, tentando assim reduzir o risco do investimento.

TRANSCRIPT

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O que é (ou representa) uma açãoO que é (ou representa) uma ação

Suponha que você e seus amigos pretendam fazer um investimento para criar um site na Internet voltado parao mercado financeiro denominado Aplicar.com e, para tal, desejem criar uma empresa. O valor doinvestimento a ser efetuado será o capital social da empresa.

Mas, como cada um dos amigos deseja investir valores diferentes resolveu-se dividir o capital por um númerodeterminado de unidades iguais. Assim, cada um dos investidores terá um número determinado de unidades,representativas da proporção do seu investimento.

Supondo que o investimento inicial seja de R$100.000,00 dividido em 100 partes iguais, podemos dizer, então,que cada uma das 100 ações desta empresa vale R$1.000,00, ou que o capital social desta empresa estárepresentado por 100 ações* no valor de R$1.000,00 cada uma. Assim, temos:

Capital social: R$100,00

Uma vez criada a empresa, vamos supor que tenham sido atendidos junto aos órgãos competentestodos os requisitos para que a ela possa, a partir de agora, ter as suas ações negociadas em bolsa.

A partir deste momento, deparamo-nos com o problema que todo e qualquer investidor tem, ou seja,avaliar de algum modo se o preço destas ações, agora cotadas em bolsa, está caro ou barato, se vaipermanecer onde está, se vai subir ou se vai cair.

Existem várias maneiras de fazer esta análise, mais duas possuem mais seguidores: a análisetécnica e a análise fundamentalista.

Embora ambas tentem resolver o mesmo problema da direção do preço, elas diferem na sua formade avaliação. A escola fundamentalista estuda as causas do movimento do preço, enquanto a escolatécnica estuda os efeitos. O analista técnico argumenta que os efeitos são tudo que ele quer ounecessita saber e que as razões pelas quais os preços se movimentam são desnecessárias. Oanalista fundamentalista, por outro lado, sempre tem de saber o porquê. A escola fundamentalistatrabalha com dados provenientes do estudo econômico-financeiro da empresa dentro do cenáriomicro e macro econômico, eventualmente, associado ao cenário internacional, enquanto a escolatécnica trabalha com dados disponibilizados pela movimentação dos preços e volumes, bem como,indicadores matemático-estatístico a eles relacionados.

*Maiores esclarecimentos poderão ser obtidos no site do Investshop trilhando o seguinte percurso: página principal/eu

quero acessar a área de aprendizado/curso virtual/introdução ao mercado financeiro/em primeiros passos: acessar o ícone do( $ ) - clicar em 3– ações.

1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1

1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Cada quadrado interno representa 1/100% do capital social, nocaso representado por uma ação no valor de R$1.000,00.

O quadrado externo (o todo, a linha mais espessa), ao lado,representa a 100% do capital social da empresa, dividido em 100partes (ações) no valor de R$1.000,00 cada.

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Introdução

Adepto da análise técnica como instrumento para tomadas de decisões nas operações de compra evenda dos diversos ativos negociados nas bolsas de valores, em 1996 lancei o livro “Análise Técnica:Teorias, Ferramentas e Estratégias”. Minha intenção foi a de preencher uma lacuna no mercadoeditorial brasileiro e colocar, ao alcance do leitor, uma visão abrangente de algumas das várias,teorias da escola técnica, bem como mostrar sua enorme utilidade.

Ao escrevê-lo, procurei fazer uma obra didática acessível a qualquer pessoa disposta a encará-locomo um livro de estudos, imaginando que, para absorver seu conteúdo, seriam necessárias muitashoras de trabalho combinado de leitura, papel, lápis, régua e borracha e releitura. Em vias de lançar asegunda edição, percebi, ao longo destes anos, graças ao advento da Internet como um meio decomunicação rápida e barata, que meu intento foi praticamente atingido. Um ou outro conceito básicoque aos meus olhos parecia fácil de ser assimilados pelo leigo, mostrou-se, na prática, um poucocomplexo. Felizmente, como disse, a Internet gerou o elo de comunicação para que, aqueles poucosque ficaram com algumas dúvidas diante do texto, pudessem esclarecê-las.

Há um ano e meio atrás, com a Internet começando a se disseminar pelo Brasil, organizei umarevista eletrônica (arquivo enviado pelo correio eletrônico) integrada com cursos de análise técnica.De fato, pensei na revista como sendo o complemento dinâmico do curso, uma oportunidade demostrar, num cenário real e quase ao vivo, as aplicações práticas das teorias, ferramentas eestratégias ali apresentadas. Foi uma experiência pioneira que persiste até hoje e que agora, graçasà nossa integração com a Investshop, certamente se ampliará, pois, além do curso e da revista, serãopromovidos chats complementares para esclarecimento de eventuais dúvidas dos cursos, chats deavaliação do mercado, palestras ao vivo, enfim, tudo o que for necessário e estiver ao nosso alcancepara prepará-lo para um confronto vitorioso contra este adversário astuto e enganador: o mercado.

Nossa intenção, nesta experiência inicial, é a de lhe oferecer um curso que começa dos conceitostécnicos elementares e termina com a conquista do conhecimento teórico e prático de umametodologia operacional. Ainda que, no futuro, possa vir a discordar desta metodologia, garanto quesó o fará porque, no decorrer deste curso, terá adquirido conhecimento suficiente para permitir aopção por novos caminhos.

O que é análise técnica?

Análise técnica, de uma maneira simples, é uma abordagem que permite ao seu praticante avaliarqual o melhor momento (timing) para se iniciar e encerrar uma operação de compra ou de venda deum ativo financeiro ou quando ficar fora do mercado. Para tanto, utiliza gráficos e teorias formuladassobre sua dinâmica e, mais recentemente, estudos matemáticos -estatísticos complementares queconhecerão ao longo deste e de outros cursos que aqui serão ministrados.

As primeiras teorias e métodos operacionais surgiram no início do século XX1. Pesquisando,encontrei que, em 1901, durante a fusão da U.S.Steel, um dos seus diretores James R. Keeneutilizava a técnica dos gráficos Ponto-Figura intensamente. Posteriormente, alguns “scalpers”(operadores de pregão) passaram a utilizá-la nas suas operações day-trade (intra dia) e a prática domercado acabou convertendo-a numa teoria de uso comum, não se sabendo ao certo quem foi o seucriador.

1 Cabe registrar, porém, que o método técnico mais antigo que se tem registro para analisar preços data da segunda metadedo século XVIII. Trata-se do Candelabro Japonês. Entretanto, esta técnica só se popularizou no ocidente a partir da décadade 90.

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Na mesma época, Charles H. Dow, proprietário de um serviço de informações voltado para omercado financeiro - Dow-Jones Financial News - e a quem é creditada a invenção dos índices nomercado de ações, em artigos escritos para o Wall Street Journal definiu os conceitos básicos doviria a se tornar uma teoria. Após sua morte em 1902, seu sucessor na editoria do jornal, William P.Hamilton, continuou escrevendo nos 27 anos seguintes novos editoriais e dando forma àquilo quehoje é mundialmente conhecido como “A Teoria de Dow”, na minha opinião a essência da análisetécnica e por onde começaremos. Mas, antes, será preciso que conheça algumas noções básicaspara melhor entendimento de suas regras e conceitos.

Noções básicas

1) A BARRA DE PREÇOS:

Uma barra de preços, simbolizada por uma barra vertical, é oregistro pictográfico (o traçado) de um dia de atividade do preço(um pregão) de um ativo financeiro (podem ser índices, ações oumercadorias agro-pecuárias/financeiras), onde cada preço é umconsenso momentâneo de valor de todos os participantes domercado, expresso em movimento.

Cada barra de preço fornece alguns pedaços de informação sobreo equilíbrio de forças entre compradores e vendedores. Não saberinterpretá-la é como tentar ler desconhecendo o alfabeto. Na

barra vertical, através de um traço (tique) horizontal à sua esquerda está representado o nível depreço do primeiro negócio do dia, a abertura. O último negócio do dia, o fechamento, érepresentado por um tique horizontal à sua direita. As extremidades superior e inferior representamrespectivamente amáxima e a mínima atingidas neste dia.

O preço de abertura de uma barra reflete a opinião de valor dos leigos. Depois de ler o jornal damanhã e dar alguns telefonemas, ligam para seus assessores passando-lhes ordens para seremexecutadas na abertura do pregão.

O preço de fechamento de uma barra tende a refletir a atividade dos investidores profissionais. Elesobservam o mercado durante o dia, respondem às mudanças e tornam-se bastante ativosespecialmente no final do pregão, próximo do fechamento.

A máxima de cada barra representa a força máxima dos compradores naquele dia, isto é, o limite atéonde suas compras empurraram o preço para cima até esbarrarem na resistência oferecida pelosvendedores.

A mínima de cada barra representa a força máxima dos vendedores naquele dia, isto é, o limite atéonde suas vendas empurraram o preço para baixo até esbarrarem no suporte oferecido peloscompradores.

A distância entre a máxima e a mínima de qualquer barra revela a intensidade do conflito entrecompradores e vendedores. Uma barra de tamanho médio define um mercado relativamentetranqüilo. Uma barra que é apenas metade da de tamanho médio revela um mercado sonolento edesinteressado. Uma barra que é o dobro da média mostra um mercado em ebulição, ondecompradores e vendedores batalham em todos os momentos.

Para que possa entender melhor ainda o significado de uma barra, de como se processa a luta entrecompradores e vendedores ao longo de um dia de pregão, vou dissecá-la, criando umdesdobramento hipotético. Imagine, agora, que o pregão fosse dividido em 18 períodos de 15 minutos

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com intervalos de 1 minuto entre eles e que cada barra de 15 minutos fosse construída de maneiraidêntica à barra diária, com o valor da abertura, o valor da máxima, o valor da mínima e o valor dofechamento. No final do dia, utilizando dois eixos perpendiculares (o horizontal representando umaescala de tempo e o vertical de valor), é possível verificar, através da movimentação das barras de 15minutos, como foi o pregão daquele dia.

No exemplo acima, na primeira barra de 15 minutos, a abertura (o primeiro negócio concretizado) foia R$4,20. Depois, o preço cedeu ligeiramente até R$4,00 (registrando a mínima desta barra), subiuaté 9,20 (registrando a máxima desta barra) e cedeu fechando (o último negócio executado destabarra) a 7,40.

Na barra seguinte, o primeiro negócio (abertura) foi feito a 7,40. Em seguida o preço subiuligeiramente atingindo a máxima de 7,50, de onde começou a declinar até chegar a uma mínima de4,50 e fechar com uma ligeira melhora a 5,20.

Na terceira barra, o primeiro negócio (abertura) foi fechado a 6,10. Coincidentemente, em função de oprimeiro negócio ter sido executado no valor máximo desta barra, o preço da máxima ficou sendoigual ao da abertura. No restante do período, o preço foi cedendo gradualmente até o último negóciorealizado a 3,20. Como o valor do último negócio foi feito no preço mais baixo da barra, a mínima e ofechamento ficaram com os mesmos valores.

Com base no que foi visto, proponho um teste de assimilação: Quais são os valores (aproximados) deabertura, máxima, mínima e fechamento das ÚLTIMAS 14 barras? Na próxima página encontraráuma tabela pronta para fazer o exercício.

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B5 B6 B7 B8 B9 B10 B11 B12 B13 B14 B15 B16 B17 B18AbeMáxMínFech

A combinação destas idas e vindas das barras de periodicidade de 15 minutos, que abrangem um diainteiro de negociações (um pregão), forma uma única barra de periodicidade diária. No diagrama dapágina anterior está representada pela barra em negrito, a última e a maior de todas. Ela incorpora opreço do primeiro negócio do dia (abertura), a maior máxima e a menor mínima registradas dentro dodia e o último negócio do dia (fechamento). Você será capaz de fornecer os valores desta barra como que foi exposto até agora?

Abertura ____ Máxima ____ Mínima ____ Fechamento ____

Como pode observar, apesar de não detalhar todas as oscilações do mercado naquele dia, o quevimos através das barras de 15 minutos revela uma boa parte do todo. Neste dia, os compradoresvenceram a batalha.

Ao longo deste curso e das revistas, freqüentemente você lerá textos com referências a gráficosintradia, diários, semanais e mensais. São assim designados em função da periodicidade (freqüência)da barra.

Num gráfico semanal, uma única barra tem o mesmo padrão de combinação do exemplo que vimoscom as barras de 15 minutos formando uma única barra diária. Só que, em vez de reunirmos aabertura, a máxima, a mínima e o fechamento de 18 barras de 15 minutos, combinamos os mesmosvalores das barras diárias que se formaram durante a semana (5 barras numa semana sem feriado.Se tivermos um feriado na semana, a barra semanal assume o valor combinado das quatro restantes.Se a semana tiver apenas 1 dia útil, as barras diária e semanal serão iguais).

Num gráfico mensal, uma única barra representa a combinação dos valores de abertura, máxima,mínima e fechamento das barras diárias que se formaram dentro daquele mês. E, assim por diante.

2) SUPORTES E RESISTÊNCIAS

Agora que já sabe como se constrói e o que representa uma barra de preços, vamos examinar doisconceitos básicos na análise dos gráficos: Suporte e Resistência. Antes, porém, é preciso queconheça o significado de ponto de retorno, topo e fundo

Ponto de retorno é todo local onde ocorre uma inversão na direção prévia de uma seqüência debarras de preços, conforme exemplo abaixo:

Topo é o nível de preço mais alto atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antesda ocorrência de um ponto de inversão, conforme exemplo da figura 1, acima.

TOPO

Fig. 1

PONTO DE RETORNO

Fig. 2

FUNDO

PONTO DE RETORNO

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Fundo é o nível de preço mais baixo atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preçoantes da ocorrência de um ponto de inversão, conforme exemplo da figura 2, da página anterior.

Diante do exposto acima, posso afirmar que:

a) Suportes são níveis de preços onde as compras feitas pelos investidores são fortes osuficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um processo dequeda, gerando um ponto de retorno;

b) Resistências são níveis de preços onde as vendas feitas pelos investidores são fortes osuficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um processo desubida, gerando um ponto de retorno.

Assim, topos são zonas de resistência e fundos são zonas de suporte. Uma vez definida umaregião de suporte ou resistência, seus papéis podem-se alternar, isto é, uma região de resistênciarecente, uma vez rompida para cima pode transformar-se numa área de suporte e um suporterecente, uma vez rompido para baixo, transformar-se numa área de resistência, conforme ilustra odiagrama abaixo:

O que leva à interrupção de uma seqüência de barras ascendentes/descendentes? Existem suporte eresistência porque as pessoas têm memória. Nossa memória nos induz a comprar e a vender acertos níveis. As compras e as vendas, por parte do universo de investidores, criam suporte eresistência. Se os investidores se lembram que recentemente os preços pararam de cair e, a partirdaí subiram até um certo nível, provavelmente uma volta a esses níveis os induzirão a comprarnovamente. Se os investidores se lembram que uma subida recente reverteu, após atingir um certotopo, tenderão a vender quando os preços voltarem a esse nível novamente. Geralmente, este tipo decomportamento acaba criando regiões onde os preços ficam-se alternando do suporte para aresistência e vice-versa, sem assumir uma direção. Nestes casos, os níveis de suporte e resistênciaficam fáceis de serem vistos e a formação recebe o nome de congestão.

3) A FORÇA DOS SUPORTES E RESISTÊNCIAS

A força de cada área de suporte ou resistência está baseada em três fatores: no seu comprimento, nasua altura e no volume negociado durante sua formação. Assim, temos:

1. Quanto mais longa uma área de suporte ou resistência - sua duração no tempo ou o númerode vezes que foi atingida - mais forte ela é.

Uma área de congestão de uma ou duas semanas fornece apenas um mínimo de suporte ouresistência. Já uma área de dois meses dá às pessoas tempo de usá-la criando suportes e

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resistências intermediárias, enquanto uma área de congestão de dois anos é aceita como padrão devalor e oferece os principais suportes e resistências.

A força de um suporte ou resistência aumenta cada vez que a área é atingida. Quanto mais vezesuma área de suporte ou resistência é tocada com o preço voltando a subir ou cair respectivamente,mais confiável ela se torna. Quando os investidores vêem que os preços têm revertido a um certonível, tendem a apostar numa reversão na próxima vez em que o preço atingir aquele nível.

À medida em que os níveis de suporte e resistência vão envelhecendo, gradualmente vão tornando-se mais fracos. Os perdedores se retiraram do mercado e foram substituídos por outros que não têmo mesmo comprometimento emocional com os velhos níveis de preço. Somente pessoas queperderam dinheiro recentemente lembram-se do que aconteceu com eles. Provavelmente ainda estãono mercado, sentindo dor e arrependimento, tentando buscar seu dinheiro de volta. Pessoas queanos atrás tomaram decisões erradas, provavelmente estão fora do mercado e suas memórias nãotêm importância para o corrente desenvolvimento do mercado.

2. Quanto maior a amplitude de uma área de congestão, mais forte ela é.

Assim como numa propriedade, quanto mais alto o muro, mais difícil ultrapassar. Isto se deve àenergia despendida durante a longa caminhada de um extremo ao outro da congestão. Assim,quando o preço se aproxima de um dos limites, já chega sem gás e sem força para o rompimento.Por esse motivo, o rompimento da congestão ocorre porque o impulso que a provocou é muito forte enão vai parar tão cedo, gerando movimentos prolongados na direção do rompimento.

Lembrete: A lembrança de sucesso ou insucesso de compras e vendas feitas em certosníveis de preço é uma das principais razões para que estes se transformem em suporte ouresistência.

Resistência principalResistência intermediária

Suporte principalSuporte intermediário

Amplitude da congestão

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3. Quanto maior o volume das operações numa área de suporte/ resistência, mais forte ela é.

Até agora ainda não falamos sobre o volume. Nas próximas aulas, ele será tratado detalhadamente,dada a sua importância na análise técnica. Por ora, entenda o volume como a medida que expressa ovalor financeiro negociado num dia de pregão (tanto pode ser global – do mercado como um todo,como individual – de apenas um ativo). Também pode ser expresso fisicamente pelo total dos títulosnegociados ou individualmente. Nos gráficos de barra ele é registrado (plotado) na parte inferior dajanela, através de uma barra vertical, onde se encontra uma escala de valor.

Alto volume numa área de congestão mostra o envolvimento ativo dos investidores - um sinal de fortecomprometimento emocional. Baixo volume mostra que os investidores tiveram pouco interesse emtransacionar naqueles níveis - sinalizando que os níveis de suporte ou resistência são fracos.

Apesar da simulação, a idéia deste diagrama é mostra-lhe que, nos limites externos da congestão, ovolume cresce de maneira sensível, fornecendo uma pista importante de que nesses extremosaumenta consideravelmente a transferência de títulos entre os compradores e vendedores, gerandoum suporte ou resistência mais importante do que nos níveis de suporte e resistência intermediários.

Na próxima aula começaremos a ver a Teoria de Dow.

Para que possa fazer uma avaliação da evolução do seu aprendizado estou lhe disponibilizando umasérie de exercícios cujas respostas serão fornecidas no Chat do curso e na próxima aula.

Este curso só atingirá seu objetivo se não ficarem dúvidas. Por isto, fique à vontade e não se sintaacanhado em solicitar ajuda. Este curso é para quem ainda não sabe!

Escala do volume Barras do volume

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Testes de assimilação do conteúdo da aula1Testes de assimilação do conteúdo da aula1

1. Supondo que a barra do diagrama represente um dia de pregão de Petrobrás, no ponto III dabarra o preço é:

a) 150b) 152c) 140d) 143

2. Supondo que estivesse observando a barra do dia anterior, qual o valor do seu fechamento?

a) 150b) 152c) 140d) 143

3. Numere de acordo com a resposta certa:

Fechamento ___ 1. Reflete a opinião dos leigos

Máxima ___ 2. Reflete a força máxima dos vendedores

Abertura ___ 3. Reflete a força máxima dos compradores

Mínima ___ 4. Reflete a opinião dos profissionais

4. Qual destas barras reflete um mercado em ebulição?

5. Defina com apenas uma palavra o motivo principal para formação de suportes e resistências.

___________________

I

I

a b c

II

III

IV

II

III

IV

11

6. Observando o diagrama abaixo, responda:

1) Que linhas pontilhadas representam níveis desuporte?

a) A e B b) B e D c) A e D

2) Que linhas pontilhadas representam níveis deresistência?

a) A e B b) B e D c) A e D

3) Que linhas cheias representam nitidamente orompimento de uma resistência?

a) H e E b) G e F c) G e H d) E e F

7. Selecione a resposta certa:

Num nível de suporte:a) as compras e vendas estão equilibradas;b) a pressão das vendas supera a das compras;c) os preços viram para baixo;d) a pressão das compras supera a das vendas.

8. Selecione qual a afirmação correta sobre resistência:a) não pode ser penetrada;b) a pressão das compras supera a das vendas;c) é um nível de preço acima do mercado;d) é um nível de preço abaixo do mercado.

9. Referindo-me ao gráfico acima, como são chamadas as áreas delimitadas pelas linhas pontilhadas(A e B) e (B e D)?

a) resistência;b) congestão;c) suporte.

10. Das teorias abaixo, qual é a mais antiga?a) Dowb) Candelabro Japonêsc) Ponto-Figura

11. Em qual destas situações um suporte ou uma resistência podem inverter seu papel?a) Quando o volume fica altob) Quando a amplitude de uma congestão é muito grandec) Quando eles são ultrapassados

Na próxima página lanço dois desafios que requerem muita observação e imaginação, visto que exigeque vá um pouco além do que vimos nesta aula. Principalmente, requer bom senso. Se nãoconseguir respondê-los, não se aflija. Tenho certeza que com mais uma aula achará estes desafiosexercícios primários.

F

D

EB

HG

A

12

DESAFIO1. No quadro abaixo, temos, fora de ordem, 4 gráficos de um mesmo ativo em 4 periodicidadesdiferentes (hora, dia, semana e mês). Apenas contando com a observação você seria capaz declassificá-los nesta ordem?

RESPOSTAS

a) B, A, C e Db) B, D, A e Cc) C, B, D e Ad) C, D, A e Be) D, B, C e Af) D, B, A e Cg) A, C, B e Dh) A, C, D e B

Observação:

Se acertar estaquestão de modoconsciente, podeconsiderar que estácomeçando a pegar oespírito da coisa.

2. Baseado nas definições de topos e fundos e no diagrama superior da página 6, que mostra níveis desuporte/resistência principal e intermediário, marque com TP, TI, FP e FI os topos e fundos principais eintermediários no gráfico abaixo.

Treinamento com uso de gráficos e ferramentasTreinamento com uso de gráficos e ferramentas

Em parceria com o Investshop.com, a Apligraf está disponibilizando aos alunos do curso e aos clientes doInvestshop.com em geral, um programa de análise técnica, com banco de dados atualizados diariamente, quepermite acessar alguns gráficos em periodicidade de 15 minutos e diária, bem como algumas ferramentas paraque possa ir se ambientando e acompanhando o curso de análise técnica.

Para usa-lo, siga os seguintes passos:

1) Conectado na Internet acesse: www2.apligraf.com.br/scripts/telaCotacoespObservação: Note que o primeiro “C” de Cotacoesp é maiúsculo.

2) Ao acessar a página, encontrará um layout parecido com este:

Smartrack WEB ProIncluir ativos Remover ativos

ok ok

Tipo de gráfico Indexador Tamanho

Clique aqui para mais gráficos

FastGraphic

Clique sobre o nome do ativo para obter o gráfico correspondente

Ativo Data/hora Abertura Máxima Mínima Última Var% Volume F.AnteriorIBOVESPA

3) Para plotar um gráfico, clique no botão ( ) da janela “Incluir ativos” que ela se abrirá com uma lista deativos que poderão ser selecionados um da cada vez, clicando-se sobre o nome do ativo, seguido deum clique no botão ( ok ).

4) Na janela “Remover ativos”, clicando sobre o nome de um ativo seguido por ( ok ) o excluirá da listaselecionada;

5) Em seguida, se quiser selecionar algum estudo, entre na janela “Tipo de gráfico” e faça sua escolha eclique sobre ele para que fique aparecendo na janela;

6) Se quiser indexar o gráfico ao dólar, ou ao CDI, o procedimento é o mesmo na janela correspondente;7) À medida que for selecionando, notará que a seção “Clique sobre o nome do ativo para obter o gráfico

selecionado” vai crescendo para baixo com os nomes dos gráficos selecionados;8) Clicando sobre o nome de qualquer um deles, se abrirá uma nova janela onde aparecerá o gráfico

escolhido;9) Se quiser trabalhar com ele, na parte superior encontrará vários botões: Se clicar em Grid, aparecerá

um plano de fundo quadriculado. Para remove-lo, clique em Grid novamente. Se quiser ver o gráfico debarras no formato das velas do Candlestick, clique em Candle. Para retornar para barras, clique emcima de Candle novamente. Z+, Z-, 0 e ZH são formas de zoom; O ZH é o zoom histórico que lhepermite ver um longo período de dados. O botão “Cur” é para inserir um cursor de modo a trafegar pelográfico; se clicar duas vezes sobre ele, além do ponteiro abrem-se duas linhas perpendiculares, que lhepermite a leitura de uma barra. Para desfazer clique em cima novamente. O botão “Diário converte ográfico de 15 minutos em diário e vice-versa, se clicar novamente sobre ele. Na janela das ferramentas,poderá traçar retas e apaga-las. Ao clicar em retas, clique com o cursor num ponto selecionado earraste-o até um outro, que a reta se formará. Magnética é um atributo semelhante a um ímã, atraindo areta para as mínimas ou máximas, conforme o caso. O “IFR 9/5” (Índice de Força Relativa calculadosobre as últimas 9 barras com uma média móvel das 5 últimas) pode ter suas variáveis alteradas. Paratanto, clique no botão “IFR9/5” e altere a seu gosto. O percentual de retracement é uma medida dequanto o mercado já corrigiu, partindo de um fundo ou de um topo selecionado.

Respostas dos testes de assimilação da aula1Respostas dos testes de assimilação da aula1

1. O ponto III é a abertura. Conforme pode notar no diagrama, ela é menor do que a máxima e maiordo que o fechamento e a mínima. O fechamento é maior do que a mínima. Portanto, temos:

Ponto III (abertura) = 150Ponto I (máxima) = 152Ponto II (fechamento) = 143Ponto IV (mínima) = 140

2. O fechamento é o ponto II. Ele é menor do que a máxima e a abertura e maior do que a mínima.Portanto, temos:

Fechamento (ponto II) = 143Abertura (ponto III) = 150Máxima (ponto I) = 152Mínima (ponto IV) = 140

3.

Fechamento 1. Reflete a opinião dos leigos

Máxima 2. Reflete a força máxima dos vendedores

Abertura 3. Reflete a força máxima dos compradores

Mínima 4. Reflete a opinião dos profissionais

4. A maior delas: a

5. Memória ou Lembrança

6.1. As linhas pontilhadas que representam níveis de suporte são A e B. A linha D é uma resistência.6.2. As linhas pontilhadas que representam níveis de resistência são B e D. A linha A é um suporte.6.3. As linhas cheias que representam nitidamente o rompimento de uma resistência são E e F.

7. A pressão das compras supera a das vendas ( d ).

8. È um nível de preço acima do mercado ( c ).

9. São chamadas de área de congestão ( b ).

10. A teoria mais antiga utilizada na análise técnica moderna é o Candelabro Japonês.

11. Quando eles são ultrapassados ( c ).

12. Na ordem hora-dia-semana-mês, a seqüência correta é a g: (A, C, B e D).

13. A noção de topos e fundos principais e secundários, de uma certa forma, é subjetiva. Eles serãodefinidos com precisão quando forem classificados de acordo com a sua periodicidade. Por ora,minha intenção era apenas informar que existem topos e fundos mais e menos importantes. Nográfico abaixo, os topos mais importantes (principais) são aqueles cujo ponto de inversão ocorreuapós um movimento mais prolongado numa determinada direção e os menos importantes(secundários) são aqueles que inverteram a direção do preço por um curto período de tempo e quena seqüência formam um movimento mais amplo, cuja inversão no extremo cria um topo ou fundoprincipal.

___________________________________________________________________________

Na aula passada você tomou contato com as noções básicas de barra de preços, topos e fundos,ponto de retorno, suporte, resistência e congestão. Para facilitar seu entendimento antes deentrarmos na Teoria de Dow, ficaram faltando dois conceitos, ziguezagues e tendências, queveremos a seguir.

1. ZIGUEZAGUE

O ziguezague é o padrão básico da direção dos preços. Como podem observar no quadro da páginaanterior, os preços de um ativo negociado nas bolsas, quando se movimentam, geralmente, não ofazem em linha reta, eles serpenteiam.

A observação de uma barra, como vimos, permite que você extraia alguns pedaços de informaçõessobre o equilíbrio das forças entre compradores e vendedores, mas por si só, ela não é suficientepara nos fornecer a direção do mercado.

Para que tenhamos uma sinalização da direção de um preço (ou de um mercado) é preciso que elese movimente até um nível qualquer, formando um extremo (topo ou fundo) e que este movimentoseja seguido por dois pontos de retorno, o primeiro na direção oposta e o segundo na direção inicialrompendo (ou penetrando) o extremo do topo ou fundo prévio. O diagrama abaixo ajudará nacompreensão do texto:

Sinalização de alta Sinalização de baixa Sinalização indefinida

Representação simbólica de umziguezague ascendente

Representação simbólica de umziguezague descendente

Representação simbólica de umziguezague lateral

Para efeito didático, daqui em diante, chamarei de zigue à combinação do movimento inicial com

primeiro retorno [( ) ou ( )] e de zague a perna da penetração [( / ) ou ( \ ). No gráfico abaixo, do

TT

F F

T T

FF

T TT T

FF

F

FF

T

F

T

FF

T T T

T

TT

TT

F

F

F

F

F

TT

TT

T

TT

F

TTTT

FF

F FF

FF

Bovespa diário assinalei alguns exemplos de ziguezagues reais ocorridos durante seudesdobramento. Com o objetivo de ir treinando sua visão, observe e vá se acostumando com o fatode que a amplitude dos ziguezagues é variável, alternando entre pequenos, médios e grandes,indistintamente.

5. AS TENDÊNCIAS

Vimos no estudo do ziguezague que ele é o padrão básico da direção dos preços, podendo serascendente, indefinido e descendente. A permanência de um preço numa determinada direção,durante um período de tempo, nos leva ao conceito de tendência. Assim, temos que:

Tendência de Alta é uma sucessão de topos e fundos ascendentes (uma sucessão de ziguezaguespara cima).

Tendência de Baixa é uma sucessão de topos e fundos descendentes (uma sucessão deziguezagues para baixo).

Tendência Lateral ou em Linha é uma sucessão de topos e fundos horizontalmente irregulares (umasucessão lateral de ziguezagues irregulares). No diagrama abaixo, os conceitos acima ficarão maisevidentes:

Tendência de Alta Tendência de Baixa Tendência Indefinida e em Linha

Aproveite o gráfico utilizado para exemplificar os ziguezagues e veja quantas tendências de alta,baixa e indefinidas consegue identificar.

Examinados estes conceitos básicos, necessários para melhor compreensão do curso, podemoscomeçar a nossa caminhada pela estrada da análise técnica. Apesar das muitas variantes da escolatécnica, neste curso inicial nos concentraremos sobre o desenvolvimento de um método operacionalconstruído através da combinação de algumas das suas principais teorias. Acredito, convictamente,que ao seu término estará capacitado a enfrentar o mercado como nunca esteve antes.

T

FF

F

FF

PPPRRRIIINNNCCCÍÍÍPPPIIIOOOSSS EEE DDDEEEFFFIIINNNIIIÇÇÇÕÕÕEEESSS BBBÁÁÁSSSIIICCCAAASSS DDDAAA TTTEEEOOORRRIIIAAA DDDEEE DDDOOOWWW

A Teoria de Dow é a espinha dorsal da análise gráfica. Acredita-se que Charles Dow foi o primeiro afazer um verdadeiro esforço para expressar a tendência geral (ou, mais corretamente, o nível) domercado de ações em termos de uma média de preços de um grupo selecionado de açõesrepresentativas. São os seus princípios e conceitos que nos permitem observar um gráfico de preçose avaliar a situação corrente, bem como, fazer projeções futuras sobre sua evolução.

Apesar dos seus princípios e definições terem sido formulados com base no comportamento dos doisíndices 2 que ele havia criado, ela pode ser aplicada em qualquer mercado onde os preços se formemlivremente (oferta x procura).

No curso que ministrei na revista Timing, só abordei dois princípios da Teoria porque eram os quemais tinham a ver com o objetivo do curso, o que poderia se repetir aqui. Entretanto, para criar umacultura, neste curso veremos mais alguns.

Referências básicas

1. Os Índices Descontam Tudo (exceto “Atos de Deus”): porque eles refletem a atividadecombinada de milhares de investidores, incluindo aqueles possuidores de melhores previsões einformações sobre tendências e eventos. Os índices, nas suas flutuações do dia-a-dia, descontamtudo que de alguma forma possa afetar a oferta e a procura dos ativos negociados. Mesmocalamidades naturais imprevisíveis, quando ocorrem, são rapidamente avaliadas e, seus possíveisefeitos, descontados.

Comentário: O sentido deste princípio é de que as oscilações diárias dos preços já têm embutidas(descontadas) no seu valor os eventos futuros, desconhecidos pela maioria dos participantes domercado e, que quando ocorre algum evento desconhecido por todos, tais como uma catástrofenatural (um terremoto numa região industrial, por exemplo), num primeiro momento provoca fortesoscilações no mercado, que são logo seguidas de reajuste até ser encontrada uma nova zona denormalidade.

2. As Três Tendências: O “Mercado”, significando o preço das ações em geral, move-se emtendências das quais as mais importantes são as Primárias. Elas são longos movimentos para cimaou para baixo que duram normalmente um ano ou mais e resultam em grandes valorizações oudesvalorizações dos preços. Os movimentos na direção da tendência Primária são, algumas vezes,interrompidos, em intervalos, por oscilações Secundárias na direção oposta reações ou“correções” quando o movimento Primário foi além de si mesmo (exagerou) e precisa, então,recuperar forças para prosseguir. Finalmente, as tendências Secundárias são compostas pelastendências Terciárias que refletem a oscilação do dia-a-dia.

Diante do exposto no parágrafo anterior podemos dizer que uma Tendência Primária de Alta éformada por uma sucessão de subidas e descidas secundárias, onde cada movimento (perna) de altaultrapassa o topo do movimento (perna) de alta precedente e cada movimento (perna) de baixa voltaa subir (reverte) de um nível mais alto que o fundo do movimento (perna) de baixa precedente. Isto éo que definido, pela Teoria de Dow, como Mercado de Alta. Inversamente, Tendência Primária deBaixa é formada por uma sucessão de subidas e descidas secundárias, onde cada movimento(perna) de baixa ultrapassa o fundo do movimento (perna) de baixa precedente e cada movimento

2 Quando Dow estudou as tendências do mercado criou dois índices Dow-Jones. Um era composto por ações de 20empresas ferroviárias (empresas dominantes naquela época) denominado Índice Dow-Jones Ferroviário e o outro,representado inicialmente por 12 empresas industriais, aumentado para 20 empresas em 1916 e finalmente para 30 em 1928,denominado Índice Dow-Jones Industrial.

(perna) de alta volta a cair (reverte) de um nível mais baixo que o topo do movimento (perna) de altaprecedente. Isto é o que definido, pela Teoria de Dow, como Mercado de Baixa.

De maneira idêntica podemos afirmar que uma Tendência Secundária de Alta é formada por umasucessão de subidas e descidas terciárias, onde cada movimento (perna) de alta ultrapassa o topo domovimento (perna) de alta precedente e cada movimento (perna) de baixa volta a subir (reverte) deum nível mais alto que o fundo do movimento (perna) de baixa precedente. Inversamente, TendênciaSecundária de Baixa é formada por uma sucessão de subidas e descidas terciárias, onde cadamovimento (perna) de baixa ultrapassa o fundo do movimento (perna) de baixa precedente e cadamovimento (perna) de alta volta a cair (reverte) de um nível mais baixo que o topo do movimento(perna) de alta precedente.

As Tendências Secundárias geralmente duram de três semanas a alguns meses, raramente mais.Costumam retroceder (corrigir) de um terço a dois terços da Tendência Primária precedente.

As Tendências Terciárias seguem o mesmo padrão das duas anteriores, mas formadas porflutuações que em si mesmas são pouco significativas. Estes movimentos são de curta duração, emgeral menos de seis dias, raramente mais do que três semanas.

Com o intuito de facilitar o entendimento da classificação das tendências, segue-se um diagrama.Esclareço, entretanto, que no mundo real, os ziguezagues raramente desdobram-se de maneira tãocertinha assim. Muitas vezes, terá que lançar mão de recursos complementares para melhoridentificá-las. Alguns desses recursos podem ser: traçar linhas de tendência ou marcar o canal,visualizar o gráfico em linha utilizando apenas os preços de fechamento, subir de periodicidade, o usode indicadores complementares (médias móveis), etc. Tudo isto será visto mais para frente.

Parece um quadro do Volpi, mas não é. É o uso das cores com objetivo didático. A linha pretacontínua é o gráfico de preços computados apenas pelos fechamento. Todo o desdobramento incluso

Tendência Primária de Baixa

Tendência Primária de Alta

Tendência Secundária de Alta

Tendência Secundária de Baixa

Tendência Terciária de BaixaTendência Terciária de Alta

na área azul mais escura até o topo mais alto é o que chamamos de uma tendência primária de alta.Todo desdobramento incluso na área cinza a partir do topo mais alto (à sua direita) é o quechamamos de uma tendência primária de baixa.

Reforçando, ambas são formadas por tendências secundárias de alta (área azul claro) e de baixa(área vermelha). Estas, por sua vez, são formadas por tendências terciárias de alta (área verde) e debaixa (área amarela). Com estes esclarecimentos acredito que não fique nenhuma dúvida sobe aclassificação das tendências. Mas, se ainda restou alguma, entenda deste modo: As tendênciassecundárias são subdivisões das Tendências Primárias (um grau abaixo); as Tendências Terciáriassão subdivisões das Tendências Secundárias (um grau abaixo). As tendências terciárias sãosubdivisões da Tendência primária (um grau abaixo da secundária e dois graus abaixo da primária).

Finalmente, resta comentar que, algumas vezes as pernas das tendências secundárias e terciárias seconfundem, isto é, devido à velocidade do movimento e à sua extensão, podem ser a mesma. Umexemplo pode ser visto na última secundária de baixa da Tendência primária de baixa, onde as setasvermelha e amarela estão superpostas no mesmo movimento.

Dica: Quando for classificar a Tendência Primária de um ativo qualquer terá seu trabalho facilitado seutilizar o gráfico de periodicidade mensal. De modo idêntico, o gráfico semanal facilitará na percepçãoda Tendência Secundária e o diário a da Tendência terciária.

Veja a seguir um gráfico mensal do Bovespa onde pode observar sua evolução nos últimos 12 anos.Poderá constatar que em alguns níveis, a seqüência dos topos e fundos ascendentes passam porperíodos de difícil identificação, interrompendo o padrão anterior (ficando indefinidos). Aproveitando oexemplo abaixo, marque os topos principais e intermediários e, em seguida, verifique quantastendências primárias de alta e de baixa consegue identificar:

3. Deve Ser Assumido Que Uma Tendência Continua Em Andamento Até O Momento Que UmaReversão Tenha Sido Definitivamente Assinalada: Enquanto uma sucessão de topos e fundosascendentes (Tendência de Alta) ou topos e fundos descendentes (Tendência de Baixa) mantiveremo padrão, deve ser assumido que a Tendência continua em andamento, até o momento em que umareversão estiver caracterizada. A reversão de uma Tendência de Alta se caracterizará, quandohouver uma falha na tentativa de ultrapassagem do topo precedente (ou anterior), seguida de umapenetração do fundo precedente (ou anterior). A reversão de uma Tendência de Baixa ocorrerá,quando houver uma falha na tentativa de ultrapassar o fundo precedente (ou anterior), seguida depenetração do fundo precedente (ou anterior). Assim, temos:

Falha na Tendência de Alta Falha na Tendência de Baixa

Freqüentemente, durante a evolução das tendências, o mercado produz uma falha que não é seguidapela penetração do fundo ou do topo anterior, conforme pode ser visto, entre as setas vermelhas, nodiagrama acima.

Algumas vezes estes movimentos são rápidos e outras, mais demorados. Para efeito da classificaçãoda tendência em andamento, apesar da falha, não se caracterizou uma reversão. Deste modo, atendência prévia segue em andamento ( e fica indefinida temporariamente). É como se o mercadotivesse dado uma parada para reagrupar suas forças. Eventualmente, consegue e retoma a tendênciaprévia; outras, não consegue retomá-la e o mercado acaba revertendo sua direção. Estes momentos,denominados de indefinição, são onde o mercado passa a maior parte do seu tempo.Estatisticamente, dois terços.

Falha na penetraçãodo topo precedente

Penetração do fundo precedente:reversão para tendência de baixa

Falha na penetraçãodo fundo anterior

Penetração do topo precedente:reversão para tendência de alta

Ficou faltando: quando expliquei o que eram topos e fundos, como ainda não havia introduzido oconceito de tendência, evitei falar em topos anteriores e fundos anteriores para não complicar.Como notará, ao ler a revista e no andamento do curso, são os termos mais utilizados nasformulações das estratégias operacionais. Por isto, é preciso que fique bem entendido.

T

F

F1

T1

T

F

F1

T1 TT1

T2

T3

FF1

F2

F3

Figura A Figura B Figura C

Assim,

Na figura A (tendência de alta):situando-se em “F”, “T” é o topo anterior;situando-se em “T1”, “T” é o topo anterior e “F” o fundo anterior;situando-se em “F1”, “F” é o fundo anterior e “T1” o topo anterior.

Na figura B (tendência de baixa):situando-se em “T”, “F” é o fundo anterior;situando-se em “F1”, “T” é o topo anterior e “F” o fundo anterior;situando-se em “T1”, “T” é o topo anterior e “F1” o fundo anterior.

Na figura C (tendência indefinida):situando-se em “F”, “T” é o topo anterior;situando-se em “T1”, “T” é o topo anterior e “F” o fundo anterior;situando-se em “F1”, “T1” é o topo anterior e “F” o fundo anterior;situando-se em “T2”, “T1” é o topo anterior e “F1” o fundo anterior;situando-se em “F2”, “T2” é o topo anterior e “F1” o fundo anterior;situando-se em “T3”, “T2” é o topo anterior e “F2” o fundo anterior;situando-se em “F3”, “T3” é o topo anterior e “F2” o fundo anterior;

CURIOSIDADE: ARTIGOS DE DAVID HAMILTON

Testes de assimilação do conteúdo da aula 2Testes de assimilação do conteúdo da aula 2

1. Contorne no gráfico abaixo 4 (quatro) seqüências de: ziguezagues ascendentes, ziguezaguesdescendentes e ziguezagues lateralmente irregulares.

2. Identifique no gráfico acima, dois níveis de resistência que uma vez penetrados reverteramseu papel e funcionaram como suporte.

3. Numere de acordo com a definição correta:

Tendência de Alta ____ 1. É uma sucessão de topos e fundos lateraisTendência de Baixa ____ 2. É uma sucessão de topos e fundos ascendentesTendência Indefinida ____ 3. É uma sucessão de topos e fundos descendentes

4. Observe o GRÁFICO I da próxima página e responda:

De acordo com as definições de tendências, como as classificaria nos seguintes pontos deretorno:

T4 _______________F4 _______________T5 _______________F5 _______________T6 _______________F6 _______________T7 _______________F7 _______________T8 _______________

5. Sabendo que os gráficos do quadro acima se referem à RCTB41 (recibo de Telebrás) e que oI está numa periodicidade mensal, o II na semanal, o III na diária e o IV na intradia (hora),defina as tendências primária, secundária, terciária e intradia corrente.

Primária _____________

Secundária _____________

Terciária _____________

Intradia _____________

6. Observe o GRÁFICO II do quadro acima e responda: quais seriam os topos e fundosanteriores se estivesse nos seguintes pontos de retorno:

T1: ___ e ___

F3: ___ e ___

T4: ___ e ___

F6: ___ e ___

F7: ___ e ___

7. Observe o GRÀFICO IV e responda: qual a tendência do preço em F3 e T4?

F3 _____________

T4 _____________

8. Observe o GRÁFICO II e responda: qual a tendência do preço nos pontos de retorno T6, F6 eT7?

T6 _____________

F6 _____________

T7 _____________

9. Quais são os requisitos mínimos para se detectar uma reversão de tendência?_____________ e _____________________________________________

Palavras cruzadas (mesclada) para fixação de conceitos e definições.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

29 30 31 32 33 34 35 36 37 38

39 40 41 42 43 44 45 46

47 48 49 50 51 52 53

54 55 56 57

58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69

70 71 72 73 74 75

76 77 78 79 80 81 82

83 84 85 86 87 88

89 90 91 92 93 94 95 96

97 98 99 100 101 102 103 104 105

106 107 108 109 110 111 112 113 114

115 116 117 118 119 120 121 122 123

124 125 126 127 128 129 130 131 132

133 134 135 136 137 138 139

140 141 142 143 144 145 146 147

148 149 150 151 152 153 154

155 156 157 158 159 160 161 162

163 164 165 166 167 168 169 170 171 172

173 174 175 176

Horizontais

2. A teoria de análise técnica mais antiga que se tem registro; 8. Meio detransporte; 11. Árvore da família das bignoniáceas que na florada perde asfolhas e fica coberta de flores; 13. Informação de mercado; 17. Constantematemática; a 16a letra do alfabeto grego; 19. Nível de preço mais altoatingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço após aocorrência de um ponto de inversão; 22. América Latina; 23. Haver; 24.Repetição; 27. Local onde os operadores das corretoras se encontram paraexecutar suas ordens de compra e venda; 29. Orelha, em inglês; 30. Primeironome do “pai da análise gráfica”; 33. Índice da Bolsa de Valores de SãoP aulo; 34. Tendência formada por uma sucessão de subidas e descidasSecundárias; 38. Grito, berro; 39. Cantora baiana do movimento tropicália;41. Jogo de Tabuleiro;42. Sigla do Estado de Sergipe; 43. Forma átona dopronome eu, correspondente a: a mim; 44. Ato ou efeito de limar; 47.Designação dada ao gráfico que é atualizado uma vez por dia; 48. A 21a

letra do alfabeto grego; 49. Nome dado ao gráfico cujas barras representama combinação das barras diárias no decorrer de uma semana; 52. São níveisde preços onde as compras feitas pelos investidores são fortes o suficientepara interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter umprocesso de queda, gerando um ponto de retorno; 54. Ocorre quando numasucessão de ziguezagues descendentes ou ascendentes um fundo ou topoanterior não é ultrapassado; 56. O maior Fundo de Pensão brasileiro;57.Sobrenome de um famoso escritor norte-americano autor da obra “O corvo eoutras poesias”; 58. Nome da Bolsa Eletrônica de Nova Iorque; 61. Despido,sem roupa; 62. Departamento de Aeronáutica Civil; 64. Mitra do Pontífice;66. Deus supremo da mitologia grega, filho de Cronus e Réia; 68.Runaround ..... , grande sucesso do cantor Dion na década de 60; 70.

163. O índice mais abrangente da Bolsa de Nova Iorque; 165. Carlos VargasRangel; 166. Símbolo do Mercado de Alta; 169. Neste lugar; 172.EduardoAraújo; 173. Reflete a opinião dos investidores profissionais; 174. Notamusical; 175. Todo local onde ocorre uma inversão na direção prévia; 176.Iniciais do apelido dado a um ex-ministro, senador, escritor, economista,membro da Academia Brasileira de Letras, etc..

Verticais

1. Mulher de físico provocante; 3. Jogo muito praticado nos “Pubs”londrinos; 4. Nome de famosa cantora de Jazz; 5. Empresa telefônicainglesa (iniciais); 6. Sobrenome do presidente da Bolsa de Valores do Riode Janeiro; 7. Esfera, globo, redondeza; 8. Tipo de freio automobilístico;9.Pessoa muito importante; 10. É, em inglês; 12. Código alfabético naBovespa para Paranapanema; 14. Investidor Profissional; 15. Oposto decozido; 16. Aerofagia; 17. Alimento feito de massa de farinha de trigo ououtros cereais; 18. Eu, em italiano; 19. Sucessão de topos e fundosascendentes; 21. Código alfabético na Bovespa para Perdigão;25. Reuniu eorganizou os artigos de Dow dando forma àquilo que hoje é mundialmenteconhecido como “A Teoria de Dow” – Nome; 26. Padrão básico de direçãodos preços; 28. Sobrenome do presidente do Federal Reserve;30. Conjuntode condições meteorológicas; 31. Estado Maior das Forças Armadas; 32.Navegar, em inglês; 34. Diz-se quando uma resistência ou suporte éultrapassada; 35. Nota musical; 36. Dá pé, lugar em que a água é poucoprofunda; 37. Associação das Escolas e Professores; 40. Camada gasosa queenvolve a terra, atmosfera; 43. Grande extensão de água; 45. Pedra de

Universidade de Brasília; 72. Exímio jogador de futebol; 73. Direção;74.Deus grego, filho de Hermes, normalmente representado pela figura de umjovem com aparência metade homem, metade carneiro, sempre tocandoflauta; 75. Programa de Integração Social; 76. Diz-se quando o preço (ou omercado) se encontra numa área de congestão;79. Revólver, em inglês; 80.Feminino de dois; 81. Provedor gratuito da Internet; 82. Código alfabéticona Bovespa para Vidraçaria Santa Marina; 83. Abreviação de índice; 84.Chorou, em inglês; 86. Para onde se espera ir depois da morte; 87. Ser deoutro planeta; 88. Como veio ao mundo (feminino); 89. Nome do índice daBolsa de Nova Iorque; 93. Sistema Operacional do Mercado de Ativos; 94.Menor fração do Capital Social de uma S.A.; 95. Foi chefe de gabinete dosgovernos Geisel e Figueiredo; 96. Código alfabético na Bovespa paraEmpresa Paulista de Transmissão e Energia; 97. Nós, em inglês; 98.Aparelho utilizado na detecção de objetos em águas profundas utilizando aemissão de pulsos de ultra-sons e a recepção e identificação do eco; 100.Código alfabético na Bovespa para Samitri; 102. Capital da Nicarágua; 106.O “Guga” faz uma média de 15 por partida; 109. Fenômeno acústico queconsiste na propagação de ondas sonoras pelo ar; 111. Diz-se das ações deterceira e quarta linhas (pl); 113. Sobrenome do meio de um ex-ditador deUganda; 114. Empresa de difusão de cotações do mercado concorrente daBroadcast e da Meca; 115. Percorrer com a vista o que está escrito;118.Principal motivo da criação dos níveis de suporte e resistência nos gráficos;120 . A parte mais dura da madeira; 122. Denominação dada aos gráficoscom barras de periodicidade inferior a de um dia, em geral de 5 minutos auma hora; 124. Tendências formadas por flutuações que em si mesmas sãopouco significativas. Seus movimentos são de curta duração, em geralmenos de seis dias, raramente mais do que três semanas. 127. Compositor epianista brasileiro da década de 40, intérprete de Choppin; 128. Qualquerelemento que estabelece ligação, contato, comunicação ou transição entrepessoas ou coisas; 129. Pronome pessoal; 130. Dispor ou encaixar peças oupartes de um objeto de determinada maneira; 133. Grêmio Beneficiente deOficiais do Exército; 134. Média de preços de um grupo selecionado deações representativas; 136. Relativo a vetor; 139. General Agreement onTariffs and Trade (Acordo Geral de Tarifas e Comércio); 140. Apelido dadopelo mercado aos analistas ou investidores com muitos seguidores; 141.Imposto sobre Circulação de Mercadorias; 143. Correio Eletrônico;145. NoBrasil, um dos mais valorizados é o da série “Olho de Boi”; 146. Nordeste;147. Símbolo do Mercado de Baixa, de trás para frente; 148. Registropictográfico de um dia de atividade do preço de um ativo financeiro;149.Código alfabético na Bovespa para “Empresa Metropoli tana de Águas eEnergia”; 150. Pacientes, indulgentes; 153. Anno Domini; 155. Unidade;156. Bainha ou faixa que reveste músculos e vários órgãos do corpo;158.Símbolo químico do Nióbio; 160. Local onde são negociados diariamentediferentes ativos financeiros, utensílio feminino (pl); 161. Seqüência detopos e fundos numa determinada direção, por algum período de tempo;

moinho; 46. Nome pelo qual a Bolsa de Valores de São Paulo é conhecidano mercado; 49. A tendência que é formada por uma sucessão de subidas edescidas terciárias; 50. Medida Provisória; 51. Animal artrópode,crustáceo,decápode,macruro,da família dos sergestídeos, de porte diminuto(cerca de 3 cm de comprimento) e corpo muito fino (pl). Ocorre sobretudona foz do rio Tocantins, principalmente nos meses de julho e agosto; 53. Sãoníveis de preços onde as vendas feitas pelos investidores são fortes osuficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverterum processo de subida, gerando um ponto de retorno; 54. É o nível de preçomais baixo atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço apósa ocorrência de um ponto de inversão; 55. Provérbios; diz-se do andamentolento, vagaroso, pausado, entre o largo e o andante; 57. Ferramenta deescavação; 60. Sobrenome do ator principal de “Zorba, o grego”; 63. Dolado de cá; abaixo de; por menos de; 65. Lista; relação;67. Energia Nuclear;69. Grito de dor; 71. Banco de fomento às atividades industriais no Brasil;74. Torta, em inglês; 77. Último sobrenome do pai da análise gráfica; 78.Porção de metal, muito flexível, de seção circular com diâmetro muitoreduzido em relação ao comprimento (pl); 80. Clérigo no segundo grau dasordens maiores, imediatamente inferior ao padre; 82. Proíbe, desaprova;85.Rod Stewart; 86. Trilha; percurso; rota; 90. Direito; ser merecedor de; 91.Pedido de socorro; 92. Período; 95. Reuniu e organizou os artigos de Dowdando forma àquilo que hoje é mundialmente conhecido como “A Teoria deDow” – sobrenome; 99. Em análise técnica, o mesmo que penetração;100.Sociedade Anônima; 101. Rede de comunicação mundial; 103. Sabordesagradável; 104. Símbolo químico de gálio; 105. O primeiro negócio dodia; 107. Comunidade Econômica Européia; 109. Incorreção, inexatidão;110. Símbolo químico do molibdênio; 111. Força máxima dos vendedoresnum dia de pregão; 112. Maior fabricante de eletro-eletrônicos japonesa;116. Imagem, representação, forma; 117. Ave pernalta, da família doscultrirrostros; 121. Mudança de direção; 123. Nome do presidente doFederal Reserve; 125. Sigla da Associação Brasileira das CompanhiasAbertas; 126. Isto é; 128. Coragem (figurado); 131. Porém, todavia,entretanto; 132. Atrás, sem o ás; 135. Aqui; 137. Pronome pessoal femininoda 3a pessoa; 138. Líder, em inglês; 140. Grêmio Recreativo de Francana;142. Símbolo químico do cálcio; 143. Lolita, sem a pedra; 145. Mar, eminglês; 148. Bolsa de Mercadorias & Futuros; 149. Capital da Irlanda; 151.Lulu Santos; 152. Abreviação de Sudeste; 154. Reitor, nas universidadesinglesas e americanas; 155. Nós, em inglês; 157. Comissão de ValoresMobiliários; 159. O primeiro satélite de Júpiter, descoberto por Galileu;160. Pedro ..... , personagem humorístico dos programas do Chico Anísio;162. Instituto de Resseguros do Brasil; 164. Sigla do Estado dePernambuco; 167. Cidade onde nasceu Abraão; 169. Marcha de automóvel;170. A parte mais profunda da psique; 171. Universidade Rural.

Respostas dos testes de assimilação da aula 2Respostas dos testes de assimilação da aula 2

1. As linhas azuis identificam ziguezagues ascendentes, as vermelhas ziguezagues descendentes essetas cinzas ziguezagues lateralmente irregulares. Note que em alguns ziguezagues laterais podemser encontrados ziguezagues ascendentes e descendentes que vão fazer parte de um movimentolateral um grau acima.

2.

3.

Tendência de Alta ____ 2. É uma sucessão de topos e fundos ascendentesTendência de Baixa ____ 3. É uma sucessão de topos e fundos descendentesTendência Indefinida ____ 1. É uma sucessão de topos e fundos laterais

4.

T4 ALTAF4 ALTAT5 ALTAF5 INDEFINIDAT6 INDEFINIDAF6 BAIXAT7 BAIXAF7 BAIXAT8 ALTA

5.

Primária ALTA

Secundária BAIXA

Terciária INDEFINIDA

Intradia BAIXA

6.

T1: T e F

F3: T2 e F2

T4: T3 e F3

F6: T6 e F5

F7: T7 e F6

7.

F3 BAIXA

T4 ALTA

8.

T6 ALTA

F6 INDEFINIDA

T7 ALTA

9. FALHA e PENETRAÇÃO

SOLUÇÃO DAS PALAVRAS CRUZADAS

B C A N D E L A B R O A V I A O I P E D I C A P IT O P O A L T E R B I S W M Z P R E G A OE A R C H A R L E S I B V S P P R I M A R I A U R R ON G A L D A M A S E M E L I M A G E M E BD I A R I O O F I S E M A N A L S U P O R T E OE M F A L H A E P R E V I P O E E N VN A S D A Q N U D A C T I A R A Z E U S S U EC O U B N C R A Q U E R U M O P A N I P I SI N D E F I N I D O G U N D U A S L I G V S M A PA O I N D O C R I E D I Ç C E U E T N U AD O W J O N E S F S O M A A Ç A O H A E P T EE U S S O N A R S R C O S A M I M A N A G U AA C E S S S O M M I C O S A M I N C M A BL E R F G M E M O R I A N O R I N T R A D I A ET E R C I A R I A P E N P O N T E L H E L A R M A RA O G B O E X I N D I C E Y V E T O R I A L G A T T

G U R U I C M E M A I L S E L O N N E O S R UB A R R A E M A E A T O L E R A N T E S A D R

U M F A S C I A N I B O L S A S T E N D E N C I AS & P C V R T O U R O A I U E A R

F E C H A M E N T O R E P O N T O D E R E T O R N O B F

4. O Princípio da Confirmação - A tendência deve ser confirmada pelo menos por dois índicesde composição distintas: Seu significado é que nenhum sinal válido de mudança de tendência podeser gerado apenas por um índice. Na época em que a teoria de Dow foi desenvolvida, existiam doisíndices. O índice das Ferrovias (composto por ações de 20 de empresas Ferroviárias) e o Industrial(composto por ações de 30 indústrias).

Assim, se o índice Dow Jones Industrial tivesse rompido um nível de suporte ou de resistênciasinalizando o início de uma nova tendência ou a retomada da tendência prévia, a sinalização só seriaválida se o índice ferroviário fizesse um movimento idêntico, confirmando um ao outro.

Para facilitar seu entendimento, segue-se abaixo um diagrama de uma situação hipotética, partindoda base de uma congestão:

Suponha que as figuras “X” e “Y” do quadro acima representem o desdobramento de dois índices damesma família. Admita que antes da congestão começar a se formar eles vinham subindo emtendência de alta, confirmando um ao outro. Assuma que todo o ponto de retorno designado pelasletras R, A, B, etc. é equivalente em tempo, isto é, a virada ocorreu no mesmo dia, ou com umapequena defasagem.

De acordo com o que estabelece o princípio da confirmação, somente após a ultrapassagem do topo“R” pelos índices “X” e “Y” a continuação da tendência de alta em andamento estaria confirmada.

No ponto de retorno “B”, o índice “X” não conseguiu superar a resistência proporcionada pelo topoanterior (R). Entretanto, o índice “X” conseguiu suplanta-la, sinalizando continuação da tendência dealta. Se dois investidores estivessem acompanhando apenas cada um deles, o que estivesseacompanhando o índice “X” esperando por um sinal de compra na ultrapassagem do topo “R”, nãoteria iniciado uma compra, pois ela não ocorreu. Já o que estivesse acompanhando o índice “Y”, emcontrapartida, teria iniciado uma compra na ultrapassagem do topo “R”.

Observação: No índice “Y”, devido à penetração não confirmada no ponto “B” pelo índice “X” e oregistro de uma nova máxima, o ponto “B” passa a ser o topo a ser ultrapassado para confirmação daalta, quando o índice “X” ultrapassar o topo principal.

Como deve ter notado, é uma boa técnica acompanhar dois índices da mesma família e esperar queambos ultrapassem o mesmo obstáculo de modo a filtrar, ou diminuir, a probabilidade de operar emcima de um sinal falso e levar um “violino”, ou cair numa armadilha.

No ponto C, os papéis se inverteram. Enquanto o índice “X” rompeu o suporte sinalizando venda, oíndice “Y” não confirmou a ruptura e, conseqüentemente, o sinal de venda.

RESISTÊNCIA

SUPORTEA A

BB

C C

DD

X Y

R R

Observação: No índice “X”, devido à penetração não confirmada no ponto “C” pelo índice ”Y”, o ponto“C” passa a ser o fundo a ser penetrado para confirmação da baixa quando o índice “Y” penetrar ofundo principal.

No ponto D, repete-se o alarme falso novamente. O índice “X” corta a linha de resistência, mas apenetração não foi confirmada, até aquele momento, pelo índice “Y”.

Observação: No índice “X”, devido à penetração não confirmada no ponto “D” pelo índice “Y”, o ponto“D” passa a ser o topo a ser ultrapassado para confirmação da alta quando o índice “Y” ultrapassar otopo principal (topo “B”).

Finalmente, quando o topo “D” do índice “X” e o topo “B” no índice “Y” foram ultrapassados, ficouconfirmada a retomada da tendência de alta, com os índices confirmando um ao outro.

Esta técnica pode ser aplicada para confirmações entre ações on e pn da mesma empresa, tipo aPetrobrás on e pn.

Aqui no Brasil, no caso dos índices, pode-se comparar o BOVESPA e o IBX que são da mesmafamília. Apesar de possuírem um grupo de ações em comum com pesos diferentes, o IBX tem umas50 ações a mais. Veja abaixo, num exemplo real comparando os gráficos do índice Bovespa semanaldolarizado e do IBX semanal dolarizado, algumas não confirmações.

Apesar de discretamente, o topo A do Bovespa foi ultrapassado, mas o IBX não confirmou a ruptura.No ponto C, o fundo foi penetrado no Bovespa, mas o IBX não confirmou a penetração até omomento em que escrevo estas linhas.

A Teoria de Dow não se encerra aqui. Entretanto, para o desenvolvimento da metodologiaoperacional que mostrarei ao longo deste curso, isto é tudo o que precisa conhecer sobre a Teoria deDow para que possa aplicar a metodologia eficientemente. Se quiser ir mais fundo, recomendo a

leitura dos seguintes livros: “The Stock Market Barometer” por William Peter Hamilton e “The DowTheory” por Robert Rhea. Ambos podem ser adquiridos no site da Amazon.com.

Dos quatro princípios que abordamos na Teoria de Dow, três deles de alguma forma versam sobretendências. Dada a sua grande importância dentro da análise técnica, vamos dissecá-las mais umpouco, porque este conceito deve ficar gravado a fogo na sua memória já que, juntamente com ostopos e os fundos, desempenharão um papel predominante na formulação das estratégiasoperacionais.

O que está por trás das tendências - o aspecto psicológico

Tendências de Alta se iniciam quando os compradores são mais fortes que os vendedores e suascompras empurram os preços para cima. Se os vendedores atuam para empurrar os preços parabaixo, os compradores retornam com força, interrompendo o declínio e empurrando os preços paranovas altas. Tendências de Baixa ocorrem quando os vendedores são mais fortes e suas vendasempurram o preço para baixo. Quando um alvoroço de compras suspende os preços, os vendedorescom suas vendas interrompem a subida e empurram os preços para novas baixas.

Quando compradores e vendedores estão equilibrados, os preços permanecem numa Área deIndefinição (congestão – sem tendência definida). E’ como um cabo de guerra com forçasequilibradas, vai pra cá vai pra lá e não chega a lugar nenhum. Já uma tendência é como um cabo deguerra onde de um lado estão o Mike Tyson, o Holyfield, o Rocky Marciano, o Muhamed Ali e dooutro o Nelson Ned, o Rodolfo, o ET e o Marco Maciel. O grupo mais forte puxa o mais fraco e, devez em quando, dá uma paradinha para uma cuspidela na mão e volta a puxar.

Tendências e Áreas de Indefinição aparecem nitidamente no passado dos gráficos. Professoresmostram esses gráficos nos seminários e nos fazem ver como é fácil identificar as tendências. Só quenão é bem assim. O passado está feito e é fácil de analisar. O futuro é fluído e incerto. No momentoem que você consegue identificar a Tendência, um bom pedaço dela já ficou para traz. O mercadonão apita quando uma Tendência deriva para uma Área de Indefinição. No momento em quereconhecer essa mudança terá perdido algum dinheiro tentando operar como se o mercado aindaestivesse em Tendência.

As periodicidades conflitantes das tendências

A maioria dos investidores ignora o fato de que o mercado está simultaneamente em Tendência e emÁrea de Indefinição. Olham para uma periodicidade tal como diária ou horária e procuram poroperações sobre os gráficos diários. Com sua atenção fixa sobre gráficos diários ou horários,Tendências de outras periodicidades, tais como semanal ou de 15 minutos, passam por ele edestroem seus planos.

Uma Tendência pode parecer de alta num gráfico diário e de baixa num gráfico semanal e vice-versa.Os sinais de um mesmo mercado em diferentes periodicidades, freqüentemente se contradizem umao outro. Qual deles você seguirá?

Os sinais conflitantes de diferentes periodicidades de um mesmo mercado são um dos grandesquebra-cabeças da análise do mercado. Quando estiver em dúvida, suba sua análise para umaperiodicidade mais longa. Dê um passo atrás e examine o gráfico de uma periodicidade mais longado que a que está tentando operar. Procure olhar a floresta e, não, as árvores mais próximas.

Observe os gráficos mensal, semanal e diário de Petrobrás preferencial da próxima página, todoscom a mesma data de fechamento, e defina qual sua tendência na época.

Alguém que estivesse apenas observando o gráfico diário, diria que é de baixa. Um outro queestivesse observando o gráfico semanal diria que está indefinida e, finalmente, um terceiro queestivesse observando o gráfico mensal diria que é de alta. Qual delas operar? Se pretender operarutilizando o gráfico diário observe a tendência predominante no semanal e opere o diário priorizandoa direção da semanal. Se pretender operar um gráfico de hora, opere priorizando a direção do gráficodiário e assim sucessivamente.

Linha de Tendência

Embora muitos investidores possam desprezar a importância das linhas de tendência, elas são umasdas ferramentas mais importantes da análise técnica. Na metodologia que estamos desenvolvendo,como disse anteriormente, elas são um dos pilares.

As pessoas marcam as linhas de tendência de muitos modos diferentes, mas de um modo geral, achave para plotar as linhas de forma correta é traça-las conectando dois fundos ou dois topos numaseqüência. Portanto, a condição inicial para se traçar uma linha de tendência num gráfico de barras é aexistência de no mínimo dois fundos ou dois topos num gráfico de barras qualquer (também vale para ográfico de velas – Candelabro, mas no gráfico ponto-figura sua concepção é completamente diferente).

A linha de tendência pode ser de baixa ou de alta: uma linha de tendência de alta é representadagraficamente por uma linha reta conectando as correções (os fundos) numa tendência de alta. A linhade tendência de baixa é o inverso; conecta as correções (os topos) numa tendência de baixa. Sãousadas para identificar a direção das tendências. Quando dois topos ou dois fundos estãohorizontalmente nivelados, também é possível conecta-los com linhas horizontais, mas, ao invés delinha de tendência, a linha é denominada respectivamente de linha de resistência ou linha de suporte.O diagrama da próxima página facilitará a compreensão do texto.

Reforçando, para que se possa traçar uma linha de tendência de alta, será necessário a existênciade, pelo menos, dois fundos (F e F1) intercalando um topo (T1) e que o segundo fundo (F1) estejanum nível mais alto do que o primeiro (F). A linha de tendência de baixa é o inverso. Você precisa terdois topos (T e T1) intercalando um fundo (F) e o segundo topo (T1) tem que estar num nível inferiorao primeiro (T). A confirmação da validade dessas linhas ocorre quando o terceiro toque se confirmar(F2 E T2 respectivamente), isto é, respeitar essa linha e reverter seu movimento na direção oposta. Aprojeção dessas linhas para frente nos ajudará a antecipar futuros pontos de compra e venda. Alémdo diagrama acima, encontrará nos gráficos analisados na revista uma série de exemplos reais delinhas de tendência em andamento.

Entre no site da Apligraf no SmartrackWEB e selecione uns gráficos, conforme as instruçõesfornecidas na aula 2. Depois, clique sobre o gráfico selecionado e vá para a página de trabalho. Lápoderá converter o gráfico de 15 minutos em diário e vice-versa. Dê um zoom histórico (clicando emZH) e comece a traçar suas próprias linhas. Trabalhe nas duas periodicidades. Diminua seu campode trabalho clicando em Z-, enfim, risque a vontade. Só com treinamento alcançará o grau de “olho deáguia”. Brincadeira à parte, treine bastante a colocação das linhas de tendência. Como já disse, seráum elemento essencial na definição das estratégias.

Ângulo de Inclinação

É o aspecto mais importante da linha de tendência se estiver inclinada para cima, mostra que oscompradores são a força dominante nesse momento e procurará operar do lado mais forte; seestiver inclinada para baixo, mostra que os vendedores são a força dominante e operará comeles. Assim, se estivermos acompanhando, por exemplo, uma linha de tendência de alta, toda vezque os preços retrocederem para essa linha, poderemos tentar uma compra, evidentemente com umestope de entrada (estope de entrada ou inicial é o nível definido simultaneamente com o ponto decompra para, se a compra que tiver feito não evoluir favoravelmente, limitar sua perda) um poucoabaixo da linha. Para uma linha de tendência de baixa o raciocínio é o inverso. Veja nos desenhosabaixo alguns exemplos representativos da inclinação das linhas de tendências de alta e de baixa.

LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA LINHA DE TENDÊNCIA DEBAIXA LINHA DE RESISTÊNCIA/SUPORTE

LTA

T

T1

F

F1

T2

F2

F

TT1

F1

T2

F2

LTB T T1

F F1 F2

LR

LS

α=30o

α=30o

α=60o

α=45oα=60o

α=45o

Linha de retorno

É uma linha traçada paralelamente à linha de tendência original, que liga os extremos opostos. Isto é,se tivermos uma linha de tendência de alta (traçada pela conexão dos fundos), a paralela estaráconectando os topos e os preços ficarão contidos dentro dessas paralelas, criando um corredordenominado canal de alta. Se estivermos diante de uma tendência de baixa (traçada pela conexãodos topos), a linha de retorno paralela estará conectando os fundos, formando um corredor conhecidopor canal de baixa. Exemplos reais nos gráficos da revista.

Nem sempre, porém, será possível traçar um canal. Alguns movimentos na direção oposta da linhade tendência têm amplitudes irregulares, dificultando a definição de uma linha de retorno paralela.Porém, sempre que possível, não se esqueça de marcá-la, pois será grande de auxílio nas projeçõesdos próximos níveis de suporte e resistência do movimento, possibilitando operações de compra evenda nos seus limites, na medida em que o canal for se desenvolvendo. De vez em quando,também encontrará um canal menor contido dentro do canal principal. Na revista Timing, encontraráoutros exemplos reais.

Observe, no gráfico acima, como o corte da linha de tendência de alta do canal de alta interno, resultou numa quedaaté o suporte proporcionado pelo canal de alta principal.

CANAL DE ALTA CANAL DE BAIXA

LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA

LINHA DE RETORNO LINHA DE TENDÊNCIA DE BAIXA

LINHA DE RETORNO

Importância da linha de tendência

Avalia-se a importância de uma linha de tendência através da análise de cinco fatores: suaperiodicidade, seu comprimento, o número de vezes em que foi tocada pelos preços, sua inclinação eseu volume.

• Quanto mais longa a periodicidade, mais significativa: uma linha de tendência num gráfico semanalrevela uma tendência mais importante do que uma linha de tendência diária. Uma mensal, mais doque uma semanal; uma diária mais do que uma horária, e assim por diante.

Se estivesseanalisando apenas ográfico diário, poderiapensar que a linha detendência de baixa(LTB1) fosse aresistência principalrumo ao teste do topode 4,17. Entretanto,subindo daperiodicidade diáriapara a semanal,perceberá que a linhade tendência principal,aquela que tem que serrealmente rompida,rumo novas máximas éa LTB.

• Quanto mais longa for (em tempo), mais válida: uma linha de tendência de curta duração reflete ocomportamento da massa durante um curto período de tempo. Uma, de prazo mais longo, reflete ocomportamento da massa durante um longo período de tempo.

A linha de tendência dealta, plotada no gráficode Embraer on, continuaválida desde junho de99.

Observe quantasoportunidades decompra, com estopesiniciais curtíssimos,foram proporcionadasnas vezes em que opreço retornou próximoà linha, a partir doprimeiro toqueassinalado pela manchaamarela.

• Quanto maior o número de contatos (toques) entre os preços e a linha de tendência, mais válida:maior o número de vezes que o preço tocar na linha e, daí, reverter, mais confiável ela se torna,mostrando com isso que a força dominante tem o mercado sobre controle. O exemplo de Embraertambém serve para esta consideração.

• O ângulo de inclinação reflete a intensidade emocional do grupo dominante no mercado: uma linhamuito inclinada mostra que o grupo dominante está se movendo rapidamente. Uma linha poucoinclinada mostra que o grupo dominante está se movendo lentamente.

No gráfico ao lado(Bovespa diário), a linhaazul mais estreita mostraum período em que ogrupo dominante está semovendo lentamente,provavelmente numprocesso de acumulaçãoconforme sugere o OBV.Posteriormente, o gráficomostra um período emque a linha de tendênciaaumenta substancialmentesua inclinação,provavelmente nomomento em que opúblico em geral entra nacompra.

• Volume: se o volume aumenta quando os preços se movimentam na direção da linha de tendência,ele confirma essa linha. Se o volume diminui quando os preços, corrigindo, voltam a essa linha,também confirma essa linha. Se o volume se expande quando os preços voltam a essa linha, é umsinal de advertência de uma possível penetração. Se o volume se retrai quando os preços se afastamda linha de tendência, é uma advertência de que a linha está em perigo.

BARRAS DO VOLUME BARRAS DO VOLUME

FIG. 1 FIG. 2

Na figura 1 do diagrama da página anterior, você pode perceber o comportamento do volume idealdurante o desenvolvimento de uma tendência de alta. Na figura 2, as linhas pontilhadas rosas indicamqual deveria ter sido a evolução correta do volume de acordo com a tendência de alta em andamento.Entretanto, em vez de subir durante a perna de alta, o volume foi secando e voltou a subir durante aformação da perna de queda, advertindo sobre a possibilidade de algo errado com a tendência.

Verifique neste gráfico semanal de Vale pna, o comportamento do volume durante a tendência dealta.

Note, quando os preços se afastam da linha de tendência como o volume cresce e quando seaproxima decresce, tal como seria de esperar numa tendência de alta.

Observação: embora ainda não tenhamos visto o assunto volume, assinalei com uma seta vermelhauma divergência baixista. Ainda que o padrão do volume esteja de acordo com o esperado numatendência de alta, cada novo topo é atingido com menos volume, indicando menor disposição decompra aos preços cada vez mais altos.

Ficou Faltando:

Embora tivesse considerado que tudo o que precisava saber sobre a Teoria de Dow já tinha sidoapresentado, me dei conta, ao preparar os exercícios, que esqueci de um princípio muitoimportante, que afirma o seguinte:

Para efeito de avaliação das condições do mercado são usados apenas Preços deFechamentos. A Teoria de Dow não presta atenção à qualquer máxima ou mínima que possa tersido registrada durante o dia e antes do mercado fechar, considerando apenas os preços defechamento.

Com freqüência, ao tentar definir uma tendência, o posicionamento das barras deixava o cenárioconfuso. Não conseguia identificar claramente a seqüência dos topos e fundos e ficava inseguro aoclassifica-la.

Assim foi durante muito tempo. Um dia, refletindo sobre os princípios da Teoria de Dow, acabeipercebendo que se o fechamento é que importa para avaliar as condições do mercado (no que seinclui as tendências), porque não tentar visualiza-las unindo somente os pontos de fechamento.Nunca mais tive qualquer dúvida para classificar uma tendência, além do que, consegui padroniza-las. Assim, quando determino a evolução das tendências não preciso contemporizar. Tenho umaregra rígida que mostrarei a seguir:

A metade esquerda do quadro acima mostra, de cima para baixo, os gráficos mensal, semanal ediário do Bovespa. Na metade à direita, os mesmos gráficos, mas conectando apenas os preços defechamento.

Vamos pegar para exemplo, a região assinalada pela seta vermelha separada por uma linha verticalverde. Se estivesse observando o gráfico de barras, provavelmente diria que a tendência primária domercado era de alta, pois aparentemente o gráfico evoluía mantendo uma sucessão de topos efundos ascendentes. Entretanto, observando o gráfico que une apenas os fechamentos, percebe-seque a tendência já estava indefinida, visto que o fundo imediatamente anterior já havia sidopenetrado. Este foi um exemplo que escolhi às pressas, pois daqui a pouco estarei enviando o cursopara ser disponibilizado no site. Mas, se tiver que verificar as tendências de muitos gráficoscontinuamente, perceberá as vantagens de classifica-las desta forma.

Mudando de assunto, também me esqueci de comentar que, quando um canal é penetrado para cimaou para baixo, costuma-se dobra-lo para obter novas projeções de suporte e resistência.

Testes de assimilação do conteúdo da aula 3Testes de assimilação do conteúdo da aula 3

1. Utilizando apenas o conceito do Princípio da Confirmação, responda: você venderia Vale 5quando o fundo “X” foi penetrado?

Sim ___ Não ___

Por que? ______________________________________________________________________

2. A condição inicial para se traçar uma linha de tendência:

a) A existência de dois fundos;b) A existência de dois topos intercalando um fundo e o segundo topo tem que estar num

nível inferior ao primeiro.c) A existência de um topo e um fundo;d) A existência de dois topos intercalados por um fundo;e) A existência de dois topos;f) A existência de dois fundos intercalados por um topo;g) A existência de, pelo menos, dois fundos intercalando um topo e que o segundo fundo

esteja num nível mais alto do que o primeiro.

3. Marque com falso ou verdadeiro os conceitos abaixo:

( ) Tendências de alta se iniciam quando os compradores estão mais fortes que os vendedores( ) Tendências de baixa se iniciam quando os compradores e os vendedores estão equilibrados.( ) Tendências de baixa se iniciam quando os compradores estão mais fortes que os vendedores( ) Tendências se iniciam quando ocorre um desequilíbrio entre as forças do mercado.( ) Tendências de alta se iniciam quando os vendedores estão mais fracos que os compradores.( ) Tendências de baixa se iniciam quando os vendedores estão mais fortes que os compradores

4. Utilizando a área quadriculada abaixo, marque sobre as linhas correspondentes aos dias, ospontos de fechamento das duas séries de dados abaixo, correspondente a dois índices da mesma

família (mas com composições distintas) e responda em que níveis ocorreram penetraçõesconfirmadas e não confirmadas de topos e fundos principais.

20

19

18

17

16

15

14

13

12

11

10

09

Gráfico 1* Gráfico 2*Dia 1 = 10 Dia 11 = 13 Dia 1 = 12 Dia 11 = 15Dia 2 = 12 Dia 12 = 18 Dia 2 = 10 Dia 12 = 16Dia 3 = 11 Dia 13 = 12 Dia 3 = 15 Dia 13 = 13Dia 4 = 17 Dia 14 = 14 Dia 4 = 13 Dia 14 = 10Dia 5 = 14 Dia 15 = 16 Dia 5 = 16 Dia 15 = 13Dia 6 = 15 Dia 16 = 13 Dia 6 = 12 Dia 16 = 12Dia 7 = 12 Dia 17 = 11 Dia 7 = 17 Dia 17 = 18Dia 8 = 13 Dia 18 = 19 Dia 8 = 11 Dia 18 = 19Dia 9 = 10 Dia 9 = 13*Os primeiros três dias de cada gráfico já estão plotados.

5.Imagine que um ativo qualquer esteja evoluindo dentro de um canal de alta e um outro dentro deum canal de baixa. Baseado no que leu sobre linhas de tendência e de retorno, assinale nosdiagramas abaixo onde deveriam ser iniciadas operações de compra e de venda, bem como, ondedeveriam ser colocados os estopes de entrada (ou de proteção inicial).

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9101112131415161718192021222324 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9101112131415161718192021222324

1

2

3

4

5

6

7

8

11

2

3

4

5

6

7

8

Para efeito de resposta, gostaria que ela fosse dada da seguinte maneira: se achar que o ponto 6é um ponto de compra a resposta deveria vir acompanhada de C6A ou C6V; se achar que é umponto de venda deverá ser V6A ou V6B. O objetivo é saber se compraria/venderia naaproximação ou no retorno.

6. Utilizando lápis e régua, tente plotar 30 linhas de tendência, valendo de alta e de baixa.

7. Relacione o título com o conceito:

( a ) Linha de retorno ( ) ocorre no terceiro toque

( b ) Linha de tendência ( ) precisa de dois topos e um fundo intercalado

( c ) Confirmação de uma linha de tendência ( ) mostra que os vendedores estão no comando

( d ) Linha de Tendência inclinada para cima ( ) serve como confirmador da direção da tendência

( e ) Linha de tendência ( ) reflete a intensidade emocional do grupo dominante

( f ) Volume ( ) mostra que os compradores estão no comando

( g ) Linha de tendência ( ) precisa de dois fundos e um topo intercalado

( h ) Linha de Tendência inclinada para baixo ( ) paralela que une os extremos opostos

( i ) Inclinação da linha de tendência ( ) pode ser de alta ou de baixa

Respostas dos testes de assimilação da aula 3Respostas dos testes de assimilação da aula 3

1. Não. O IBX não confirmou a penetração.

2. B e G.

3.

(V) Tendências de alta se iniciam quando os compradores estão mais fortes que os vendedores

(F) Tendências de baixa se iniciam quando os compradores e os vendedores estão equilibrados.(F) Tendências de baixa se iniciam quando os compradores estão mais fortes que os vendedores(V) Tendências se iniciam quando ocorre um desequilíbrio entre as forças do mercado.(V) Tendências de alta se iniciam quando os vendedores estão mais fracos que os compradores.(V) Tendências de baixa se iniciam quando os vendedores estão mais fortes que os compradores

4. Utilizando a área quadriculada abaixo, marque sobre as linhas correspondentes aos dias, ospontos de fechamento das duas séries de dados abaixo, correspondente a dois índices da mesmafamília (mas com composições distintas) e responda em que níveis ocorreram penetraçõesconfirmadas e não confirmadas de topos e fundos principais.

20

19

18

17

16

15

14

13

12

11

10

09

No dia 12, o topo A do gráfico 1 foi ultrapassado mas não houve confirmação no gráfico 2; no dia14, o ponto B do gráfico 2 foi penetrado mas não houve confirmação no gráfico 1; no dia 18, apóso topo A do gráfico 2 ter sido ultrapassado no dia 17, o topo C do gráfico 1 foi ultrapassadoconfirmando a penetração.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9101112131415161718192021222324 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9101112131415161718192021222324

A

B

C

D

A

B

C

D

5. CANAL DE ALTA:Compras: C2V - C4A - C6V - C8AVendas: V1V – V3A – V7A

CANAL DE BAIXA:Compras: C1V – C3A – C7AVendas: V2V – V4A – V6V – V8A

6. Utilizando lápis e régua, tente plotar 30 linhas de tendência, valendo de alta e de baixa.

1

2

3

4

5

6

7

8

11

2

3

4

5

6

7

8

7. Relacione o título com o conceito:

( a ) Linha de retorno ( c ) ocorre no terceiro toque

( b ) Linha de tendência ( e ) precisa de dois topos e um fundo intercalado

( c ) Confirmação de uma linha de tendência ( c ) mostra que os vendedores estão no comando

( d ) Linha de Tendência inclinada para cima ( f ) serve como confirmador da direção da tendência

( e ) Linha de tendência ( i ) reflete a intensidade emocional do grupo dominante

( f ) Volume ( d ) mostra que os compradores estão no comando

( g ) Linha de tendência ( g ) precisa de dois fundos e um topo intercalado

( h ) Linha de Tendência inclinada para baixo ( a ) paralela que une os extremos opostos

( i ) Inclinação da linha de tendência ( b ) pode ser de alta ou de baixa

Observação: as conexões para “Linha de tendência” não precisam estar necessariamente na ordemacima, mas “b”, “e” e “g” devem estar conectados aos três conceitos acima.

PPPAAADDDRRRÕÕÕEEESSS DDDOOOSSS GGGRRRÁÁÁFFFIIICCCOOOSSS DDDEEE BBBAAARRRRRRAAASSS

Como vimos, a Teoria formulada por Charles Dow visava criar um instrumento para avaliar a direçãodo mercado. Preocupava-se apenas com os índices, que naquela época não podiam ser operados - anão ser que se construísse uma carteira que reproduzisse fielmente sua composição.

Na medida em que os investidores foram tomando contato com a Teoria de Dow, alguns maisinteressados e estudiosos, perceberam que embora a maioria das ações individuais que formavam oíndice subisse quando ele subia e vice-versa, sua evolução muitas vezes tinha um traçado bastantediferente. Empiricamente, foram descobrindo que muitas vezes durante uma tendência de alta ou debaixa, esta evolução se fazia de acordo com determinados padrões que de tempos em tempos serepetiam. Do mesmo modo, identificaram que quase todas as mudanças de direção passavam porum processo semelhante, que também se repetiam de tempos em tempos, formando padrõesdiferentes daqueles quando o índice se movimentava em tendência.

Consultei vários autores, mas não consegui encontrar um nome que seja considerado como aqueleque classificou os padrões gráficos. Na obra de Hamilton, encontrei uma referência aos topos efundos duplos, onde comenta que os achava de pouca ou nenhuma importância na projeção dospreços. De qualquer modo isto é irrelevante. O importante é conhecer os padrões que ao longo dotempo se consolidaram como referências de continuação da tendência em andamento ou demudanças na sua direção.

Estes padrões ou formações gráficas que surgem em determinados momentos, através dos quais,baseados na sua freqüência de sua ocorrência no passado e do que aconteceu com o mercado emseguida, podem nos ajudar, por analogia, a decidir quando é mais provável que uma Tendênciaprossiga ou reverta. Para efeito da metodologia que estamos desenvolvendo, não são tãoimportantes, podendo-se até prescindir deles. Mas é sempre bom conhece-los, pois poderá encontrarnovos caminhos e um curso de análise técnica não ficaria completo sem o seu conhecimento.

PADRÕES DE CONTINUAÇÃO

Como diz o próprio nome são padrões que se formam durante a movimentação de uma tendência. Detempos em tempos, quando em tendência, o preço de um ativo qualquer dá uma parada pararetomada de fôlego e depois continuar se movimentando na direção em que vinha se movendo.Essas interrupções momentâneas assumem diferentes formas, no geral denominadas de áreas decongestão. As principais são os triângulos, retângulos, cunhas, bandeiras e flâmulas, sendo queapenas os dois últimos aparecem apenas como padrões de continuação. Os demais, também podemaparecer como padrões de reversão.

1. Triângulos: são áreas de congestão cujos limites superior e inferior convergem para a direita. Parapoder traçar um triângulo precisa-se de, pelo menos, quatro pontos de retorno: dois de fundo e doisde topo. Um triângulo pequeno, cuja altura corresponda a 10 ou 15% do movimento precedente,provavelmente será um triângulo de continuação. Na maioria das tendência de alta e de baixa seencontram muitos destes triângulos. Grandes triângulos, cuja altura correspondem a um terço oumais do movimento precedente, provavelmente funcionarão como padrão de reversão. Dependendodo seu ângulo, o triângulo pode ser classificado em três tipos: simétrico, ascendente e descendente.

1.1. Triângulo Simétrico: é aquele cujos limites superior e inferior convergem para a direita nummesmo ângulo de inclinação. Normalmente reflete um equilíbrio de forças entre compradorese vendedores e sua resolução usualmente é de continuação. Durante sua formação, ospreços vão caminhando para a direita através de flutuações cada vez mais estreitas, nadireção do vértice, com sensível redução do volume, até que sem nenhum aviso, rompe o

triângulo com grande impulso com notável aumento do volume. Raramente, durante aformação de um triângulo, se obtém qualquer indício da direção em que será perfurado, atéque finalmente o seja. Algumas vezes, pode-se ter uma boa idéia observando-se o que estáacontecendo nos gráficos de outras ações, mas freqüentemente, só lhe resta operar até quese defina. Tudo, neste padrão, indica vacilação ou dúvida.

Intrigante! Quando fui procurar exemplos de triângulos para ilustrar o tema com gráficos reais,tive que procurar um bocado. Por onde andei, esbarrei com retângulos, mas encontrei poucostriângulos. Veja abaixo, dois triângulos simétricos que funcionaram como padrão decontinuação.

Observe o comportamento do volume durante a formação do triângulo e o súbito aumento na penetração.

comprimento

base

vértice

volume

Existem dois métodos mais populares para seprojetar o objetivo mínimo da evolução dopreço após a penetração do triângulo:

a) transferir a medida da amplitude dabase para o local onde se deu o corte(setas vermelhas);

b) Traçar uma paralela do lado opostoda perfuração tomando comoreferência o ponto mais lato da base(linha pontilhada).

Observação: as melhores perfurações

ocorrem entre a metade e ¾ do comprimentodo triângulo.Observação 2: numa penetração para baixo é

o inverso.

No exemplo ao lado,observando o gráficodiário do Bovespapodemos ver umtriângulo simétricoque funcionou comopadrão decontinuação datendência prévia eoutro, logo a seguir,que serviu comopadrão de reversão.

1.2. Triângulos Ascendente e Descendente:são aqueles em que um dos limites é praticamenteuma linha horizontal e, o outro, uma linha inclinada. Em muitos aspectos, de fato na maioria,são muito semelhantes ao Simétrico, mas com pequenas e generosas diferenças, poisinformam antecipadamente suas intenções. Daí seus nomes, pela suposição de que numtriângulo ascendente os preços romperão para cima e, num descendente, para baixo.Raramente ocorre uma falha neste padrão.

Se a linha de topo for horizontal e alinha de fundo inclinar-se para cima ao encontro dahorizontal, estamos diante de um Triângulo Ascendente. Se a linha de fundo for horizontal e ado topo, inclinada para baixo ao encontro da horizontal, estamos diante de um TriânguloDescendente.

Estas formações são lógicas e fáceis de explicar. O Triângulo Ascendente, por exemplo,mostra de forma simples o que acontece quando uma procura crescente por uma determinadaação encontra uma grande oferta para ser vendida a um preço fixo. Se a procura continuar, aoferta será totalmente absorvida por novos compradores, que acham que os preços atingirãoníveis mais altos. Este tipo de atividade do mercado evidencia um plano de distribuiçãoelaborado por possuidores de grandes lotes, que desejam liquidar sua posição a um preço

pré-determinado. O Triângulo Descendente deve-se a condições de mercado inversas àquelasresponsáveis pelo triângulo ascendente. Suas implicações são igualmente fortes e, suasfalhas, igualmente raras. Tal e qual no triângulo simétrico, as boas perfurações ocorrem entrea metade e ¾ do comprimento.

O comportamento do volume é muito parecido com o do triângulo simétrico, diminuindo namedida em que os preços vão se aproximando do vértice. Nas formações ascendentes, ovolume tende a aumentar ligeiramente durante as subidas dentro do padrão e a diminuir nasquedas dentro do padrão; nas formações descendentes, o oposto é verdade, porém, algumasvezes não tão evidente. Estas flutuações menores dentro do padrão, entretanto, não afetam acaracterística global da diminuição do volume, até que o ponto da perfuração seja atingido.

De modo similar aos triângulos simétricos, as perfurações para cima num triânguloascendente, também exigem um grande aumento do volume, caso contrário, devem ser vistascomo suspeitas. Perfurações para baixo nos triângulos descendentes não necessitam degrande volume.

Uma observação que vale para todos os tipos de triângulos é que normalmente, logo após orompimento da linha, ocorre uma volta rápida em sua direção, seguida de aceleração nadireção do corte. Outro aspecto importante é o tempo de resolução dos triângulos. Os trêstipos, geralmente se definem num prazo que varia de três semanas a três meses, podendo,entretanto, durar um pouco mais.

Seguem-se alguns exemplos reais de triângulos ascendentes como padrão de continuação ede reversão, um triângulo descendente como padrão de reversão e outro triângulo simétricode continuação.

Note, em todos os exemplos, que as projeções de medida após os cortes das linhas dosdiferentes triângulos foram muito além do projetado. Nos padrões de continuação, tenhoobservado que, na maioria das vezes, os triângulos ficam sendo a metade do caminho a serpercorrido. O diagrama da próxima página ajudará a esclarecer o que estou querendo dizer:

Pelos métodos de projeção convencionais,os objetivos mínimos, após o corte da linhado Triângulo seriam: a) a continuação domovimento até a linha pontilhada; b) amedida da altura da base adicionada noponto de corte.

Baseado na observação empírica de quefuncionam como metade do caminho, meçaa altura do movimento precedente àformação do triângulo e transfira estamedida a partir do último ponto de retornoanterior ao corte do triângulo.

Como operar as penetrações de um Triângulo: estratégias

De um ponto de vista tradicional, que é o que nos importa neste momento (mais adiante,daremos um tratamento diferente), existem dois níveis operacionais:a) Comprar/vender na penetração do corte. Neste caso, o estope inicial ou de proteção deve

ser colocado um pouco abaixo da linha oposta;b) Esperar o movimento de volta à linha, após sua penetração e comprar/vender na

ultrapassagem do topo/fundo anterior. Neste caso, o estope deve ser colocado um poucoabaixo/acima do ponto de retorno do movimento de retomada da penetração original.Apesar desta volta não ocorrer 100% das vezes em que uma linha é penetrada, ocorre namaioria das vezes. Acho esta operação mais segura, mas nem sempre poderá ser feita.

PC

ESTOPE INICIAL

ESTOPE INICIAL

PV

PC

ESTOPE INICIAL

PV

ESTOPE INICIAL

ESTRATÉGIAS OPERACIONAIS - MÉTODO A

PC

ESTOPE INICIAL

ESTOPE INICIAL

PV

PC

ESTOPE INICIAL

ESTRATÉGIAS OPERACIONAIS - MÉTODO B

PV

ESTOPE INICIAL

Tudo que foi visto aqui sobre os triângulos, dos padrões às características e estratégias,aplicam-se em qualquer periodicidade. Triângulos podem se formar nos gráficos de 15minutos, semanal, mensal, etc. Seu significado será sempre o mesmo, isto é vacilação oudúvida, na periodicidade em que estiver se desenvolvendo.

Encerro o assunto triângulos chamando sua atenção para dois aspectos:

a) Durante a formação dos triângulos há uma forte propensão dos movimentos internosrespeitarem com muito rigor o limite das linhas externas de definição do padrão;

b) Tive alguma dificuldade para encontrar nos meus gráficos muitos exemplos de triângulos,porque, com bastante freqüência, após uma de suas linhas ter sido penetrada, em vez decontinuar subindo (ou caindo) como seria de se esperar, ao chegar nas proximidades doponto mais alto (ou mais baixo) do padrão, a formação deriva para um retângulo. Destemodo, quando estiver iniciando uma operação de compra ou de venda, vale a penaverificar a distância do ponto de corte até o extremo da base para verificar se, antes deultrapassar a última resistência, a relação risco/recompensa vale a pena. Se não for, serámelhor esperar pela confirmação da penetração do extremo da base para iniciar umaoperação.

2. Retângulos: são formações que consistem de uma séria de flutuações de preços que vão seestendendo para a direita, ora para cima, ora para baixo, contidas entre duas linhas horizontais(de topo e de fundo), raramente paralelas, formando uma área de congestão. Esta formação,diferentemente dos triângulos que indicam vacilação ou dúvida, reflete um grande equilíbrio entreas forças oponentes do mercado.

Costumam surgir com mais freqüência como padrão de continuação, mas também surgem comopadrão de reversão. Tanto podem ocorrer como padrão de continuação de alta ou de baixa,como padrão de reversão de topo e fundo.

De um modo geral, suas características são muito semelhantes às do Triângulo Simétrico. Ovolume tende a diminuir gradualmente durante sua formação, voltando a crescer durante e apóssua perfuração. Nos retângulos altistas, apesar da diminuição do volume, o volume tende acrescer nas subidas internas do retângulo e a diminuir nas quedas dentro do padrão. Numretângulo baixista é o inverso, isto é, tende a aumentar nas quedas e a diminuir nas subidas e

Objetivo mínimo após o corte

Objetivo mínimo após o corte

Padrão do volume Padrão do volume

estas características podem nos auxiliar quando estivermos verificando qual o lado mais provávelde ser perfurado.

Veja no gráfico semanal dePetrobrás preferencial, aolado, um retângulo decontinuação e outro queainda é uma incógnita.

O padrão do volume desteúltimo mostra que ele crescenas quedas e decresce nassubidas, sugerindo que oretângulo em andamentodeve se resolver como umapenetração para baixo.

Mais comum ainda do que nos triângulos, é muito comum logo após o rompimento de umretângulo uma volta à linha penetrada, seguida por uma retomada na direção penetrada. Estavolta ocorre em 40% deles, em geral num período que pode variar de três dias a três semanas,mas nada impede que possa demorar mais.

Quando um retângulo éperfurado numa base defechamento, o objetivomínimo do movimentosubseqüente pode serfacilmente determinado,bastando dobrar a altura doretângulo, como ser visto nodiagrama da página anterior.Existe outra forma deprojeção, feita com o uso datécnica do gráfico ponto-figura que veremos quandoabordarmos esta técnica. Porhora posso dizer que ela tema ver com a extensão doretângulo. No gráfico de

Eletrobrás pnb (diário), ao lado, observe como esta longa base de um ano deu origem a umgrande movimento de alta, após o seu rompimento.

Os retângulos normalmente se resolvem num período de um a três meses, similar aos Triângulose as Cunhas, que será o próximo padrão a ser examinado.

Como todos os padrões de continuação e de reversão que veremos, surgem em qualquerperiodicidade, no geral mantendo sempre as mesmas características durante sua construção.

Na próxima página veremos mais alguns exemplos reais onde os retângulos funcionaram comopadrão de continuação de tendências de alta, bem como, padrões de reversão de topo e fundo:

No chat do dia 21/12 me fizeram a seguinte pergunta:

“Empresario : Caro Marcio, Em relação ao curso e seu livro, quais as diferenças fundamentais dedidática e conteúdo.

Não podendo me alongar, respondi:

Marcio Noronha : No meu livro você tem acesso a uma série de técnicas e teorias, tipo umaenciclopédia. O curso está voltado para criar, com o uso de algumas das técnicas e teorias, umamaneira segura de operar no mercado. Ao final você terá sido apresentado a uma estratégiaoperacional válida para qualquer mercado onde os preços se formem livremente através da oferta eda procura.”

Voltando ao assunto, agora sem a pressão do tempo, gostaria de me estender sobre esta perguntamais um pouco.

A didática será a mesma utilizada no livro, até porque não sei fazer de outra forma: me comunicar deuma forma coloquial, observando uma seqüência racional de teorias e ferramentas técnicaspertinentes à metodologia a que me proponho construir.

A diferença está no conteúdo. Durante o curso, toda vez que for necessário utilizar conceitos edefinições existentes no livro, não as redefinirei e aproveitarei o que já existe. Não pretendoreinventar a roda nem solicitar que comprem o livro para utiliza-lo como livro texto. Entretanto, não sepode dizer que o livro tenha começo, meio e fim. A ordem em que muitas teorias e ferramentas foramapresentadas poderiam ser alteradas e, a rigor, o livro não mudaria muito.

O objetivo do curso é ensina-lo a operar de uma maneira que, comprovadamente (acompanhada pormais de uma centena de assinantes), ao longo dos 112 números da revista Timing, tem se mostrado

consistente e resistido ao teste do tempo. Poderá não ser o melhor método operacional, mascertamente suprirá amplamente as necessidades de quem procura por um.

Não posso, simplesmente, chegar e dizer: O fundo anterior foi penetrado, venda! Ou, compre porquea linha de tendência de baixa foi cortada e coloque um estope de entrada um pouco abaixo damínima da perna de queda anterior da linha. Se você não sabe o que é fundo anterior, linha detendência de baixa, estope de entrada, perna de queda, etc. como poderá entender seus significadose avaliar instruções?

Como todas as teorias e ferramentas que, de algum modo, disserem respeito à metodologia terão deser explicadas e, muitas delas já o foram no meu livro, por que razão, deveria reescreve-las no curso.É muito mais simples transcreve-las, a não ser que tenham sofrido alguma mudança. Então, emmuitos momentos, o curso se parecerá com o livro. Vocês acabaram de ver alguns padrões gráficosde continuação. Todas as características que vimos sobre eles estão aí há quase um século! Porquedeveria mudar sua apresentação uma vez que ao escrever o livro foi como me pareceu a maneiramais didática?

O que distingue o curso do livro, é que aqui faço uma seleção pessoal utilizando o que me pareceumais significativo sobre tudo que aprendi e pratiquei. O curso é a síntese de tudo isto, o melhor queconsegui para mim!

3. Cunhas: são formações gráficas, em que as flutuações dos preços ficam contidas entre duaslinhas convergentes, mas que se diferenciam dos triângulos por serem ambas, simultaneamente,inclinadas para cima ou para baixo. O padrão do volume é similar aos dos triângulos e retângulos,diminuindo substancialmente durante seu desdobramento. Seu tempo de formação e resolução ésimilar ao dos triângulos, de um a três meses, mas pode demorar mais.

Como pode observar no diagrama acima, suas definições têm o sentido oposto às suas designações,isto é, uma cunha descendente é altista e uma cunha ascendente é baixista.

O movimento posterior à perfuração de uma cunha ascendente (baixista) exige uma atitudeoperacional rápida, ao passo que, o da cunha descendente (altista), deixa mais tempo para

Cunha Descendente Cunha Ascendente

Padrão de Continuação de Alta Padrão de Continuação de Baixa

raciocinar. O objetivo mínimo do movimento após a perfuração é a distância medida entre o pontomais alto (cunha descendente) ou a do ponto mais baixo (cunha ascendente) e o vértice, transferidaverticalmente para o local do corte, conforme indicam as setas vermelhas do diagrama da páginaanterior. Seguem-se, abaixo, alguns gráficos que correntemente podem estar se desdobrando numpadrão de Cunha Descendente, com implicações altistas:

Mais alguns exemplos de Cunhas que funcionaram como padrão de reversão e continuação, bemcomo, mais uma possível cunha de alta que pode estar em andamento:

Como operar as penetrações e o interior dos Retângulos e das Cunhas: estratégias

As estratégias operacionais para os Retângulos e Cunhas são basicamente as mesmas utilizadaspara se operar os Triângulos. O que muda é o traçado do desdobramento.

Na próxima aula veremos as Bandeiras, Flâmulas e Similares, os padrões gráficos que nosproporcionam a maior lucratividade com o menor risco.

Testes de assimilação do conteúdo da aula 4Testes de assimilação do conteúdo da aula 4

1. Relacione de acordo com a definição:

(a)Triângulo Simétrico ( ) é aquele em que um dos limites é praticamente uma linha horizontale, o outro, uma linha inclinada para cima.

(b)Triângulo Ascendente ( ) são formações que consistem de uma séria de flutuações de preçosque vão se estendendo para a direita, ora para cima, ora para baixo,contidas entre duas linhas horizontais (de topo e de fundo), raramenteparalelas, formando uma área de congestão

(c) Triângulo Descendente ( ) é aquele cujos limites superior e inferior convergem para a direita nummesmo ângulo de inclinação.

(d) Retângulo ( ) são formações gráficas, em que as flutuações dos preços ficamcontidas entre duas linhas convergentes, mas que se diferenciam dostriângulos por serem ambas, simultaneamente, inclinadas para cima.

(e) Cunha de Alta ( )são formações gráficas, em que as flutuações dos preços ficamcontidas entre duas linhas convergentes, mas que se diferenciam dostriângulos por serem ambas, simultaneamente, inclinadas para cima.

(f) Cunha de Baixa ( ) é aquele em que um dos limites é praticamente uma linha horizontale, o outro, uma linha inclinada para baixo.

2. Durante o processo de formação dos padrões de continuação, o que acontece com o volume nointerior e na penetração?

a) Diminui durante a formação do interior e diminui mais ainda na penetração.b) Aumenta durante sua formação e cede na penetração.c) Diminui durante sua formação e aumenta na penetração.d) Aumenta nos movimentos internos a favor do lado que deverá penetrar e diminui nos

movimentos internos contra ele. Aumenta substancialmente na penetração.

3. Relacione:

( a ) Triângulos ( ) indicam vacilação ou dúvida.( b ) Retângulos ( ) refletem um grande equilíbrio entre as forças oponentes do mercado.

4. Nos triângulos, a que distância medida da base ao vértice ocorrem as melhores perfurações?

a) Na primeira metade;b) Na segunda metade;c) De 1/3 a 2/3;d) Da metade até 2/3;e) Da metade até 3/4.

5. Quanto ao fator tempo, quanto pode levar para a resolução dos triângulos, retângulos e cunhas?

a) de uma a quatro semanas;b) de vinte pregões a sessenta pregões;c) de um a seis meses;d) de um a três meses;e) de três a seis meses.

6. Relacione:

( a ) Uma Cunha Descendente é ( ) Baixo( b ) Uma Cunha Ascendente é ( ) Altista( c ) Uma Cunha de Alta é inclinada para ( ) Cima( d ) Uma Cunha de Baixa é inclinada para ( ) Baixista

7. Suponha que alguns gráficos estivessem se desdobrando conforme abaixo:

Quais seriam seus objetivos mínimos após a penetração?

A) ____B) ____ e ____C) ____D) ____

10

6

8,520

13

62

45

19

1311

A B

C D

14,5

8. Atendo-se apenas ao traçado e desconsiderando o fator tempo, veja se consegue localizar nográfico abaixo dois retângulos, duas cunhas e um triângulo ascendente.

9. Esta vale um doce! Examine com atenção o gráfico abaixo e veja se descobre uma grande falhaocorrida em dos padrões que vimos na aula de hoje.

Respostas dos testes de assimilação da aula 4Respostas dos testes de assimilação da aula 4

1. Relacione de acordo com a definição:

(a)Triângulo Simétrico ( b ) é aquele em que um dos limites é praticamente uma linha horizontale, o outro, uma linha inclinada para cima.

(b)Triângulo Ascendente ( d ) são formações que consistem de uma séria de flutuações de preçosque vão se estendendo para a direita, ora para cima, ora para baixo,contidas entre duas linhas horizontais (de topo e de fundo), raramenteparalelas, formando uma área de congestão

(c) Triângulo Descendente ( a ) é aquele cujos limites superior e inferior convergem para a direitanum mesmo ângulo de inclinação.

(d) Retângulo ( f ) são formações gráficas, em que as flutuações dos preços ficamcontidas entre duas linhas convergentes, mas que se diferenciam dostriângulos por serem ambas, simultaneamente, inclinadas para cima.

(e) Cunha de Alta ( e )são formações gráficas, em que as flutuações dos preços ficamcontidas entre duas linhas convergentes, mas que se diferenciam dostriângulos por serem ambas, simultaneamente, inclinadas para cima.

(f) Cunha de Baixa ( c ) é aquele em que um dos limites é praticamente uma linha horizontale, o outro, uma linha inclinada para baixo.

2. Durante o processo de formação dos padrões de continuação, o que acontece com o volume nointerior e na penetração?

a) Diminui durante a formação do interior e diminui mais ainda na penetração.b) Aumenta durante sua formação e cede na penetração.c) Diminui durante sua formação e aumenta na penetração.d) Aumenta nos movimentos internos a favor do lado que deverá penetrar e diminui nos

movimentos internos contra ele. Aumenta substancialmente na penetração.

3. Relacione:

( a ) Triângulos ( a ) indicam vacilação ou dúvida.( b ) Retângulos ( b ) refletem um grande equilíbrio entre as forças oponentes do mercado.

4. Nos triângulos, a que distância medida da base ao vértice ocorrem as melhores perfurações?

a) Na primeira metade;b) Na segunda metade;c) De 1/3 a 2/3;d) Da metade até 2/3;e) Da metade até 3/4.

5. Quanto ao fator tempo, quanto pode levar para a resolução dos triângulos, retângulos e cunhas?

a) de uma a quatro semanas;b) de vinte pregões a sessenta pregões;c) de um a seis meses;d) de um a três meses;e) de três a seis meses.

6. Relacione:

( a ) Uma Cunha Descendente é ( c ) Baixo( b ) Uma Cunha Ascendente é ( a ) Altista( c ) Uma Cunha de Alta é inclinada para ( d ) Cima( d ) Uma Cunha de Baixa é inclinada para ( b ) Baixista

7. Suponha que alguns gráficos estivessem se desdobrando conforme abaixo:

Quais seriam seus objetivos mínimos após a penetração?

A) 12,5B) 27 e 6C) 28D) 23

10

6

8,520

13

62

45

19

1311

A B

C D

15

8. Atendo-se apenas ao traçado e desconsiderando o fator tempo, veja se consegue localizar nográfico abaixo dois retângulos, duas cunhas e um triângulo ascendente.

9. Um Triângulo Ascendente que foi penetrado para baixo.

4. Bandeiras, Flâmulas e Similares: são pequenas e compactas flutuações de preços, que vãoformar pequenos paralelogramos ou retângulos, ligeiramente inclinados contra a direção da tendênciapredominante. Quando aparecem numa tendência de alta, sua semelhança com uma bandeiratremulando no mastro é muito grande, daí seu nome. Sempre surgem após um avanço vertical rápidoe extenso (que vem a ser o mastro), durante o qual se verifica um aumento crescente do volume.Quando esse movimento encontra resistência, se inicia a construção da bandeira, com o mercadodando uma ligeira recuada e os preços ficando contidos dentro de duas linhas horizontais, mais oumenos paralelas e inclinadas, com redução gradual do volume.

A resolução dessa congestão pode levar de cinco dias a três semanas, sendo que, quando sãorápidas, não chegam a ficar inclinadas, assemelhando-se a pequenos quadrados. Quanto maior adistância entre as linhas, maior o tempo despendido. A penetração do padrão implica em aumento dovolume e pode-se esperar que o movimento que se segue tenha a mesma extensão do movimentoanterior à formação da Bandeira, i,é., o mastro é duplicado, com a bandeira ficando como metade docaminho. Quando surgem em tendências de baixa, suas características são as mesmas, só que nosentido contrário e com tendência a uma definição mais rápida.

As flâmulas diferem das bandeiras apenas pelo seu formato, mantendo todas as demaiscaracterísticas. Seu aspecto está muito mais para um triângulo inclinado ou uma pequena cunha.Elas também se formam após um rápido avanço (ou declínio) dos preços e, durante sua construção,o volume diminui de forma sensível, mais rapidamente ainda do que durante a construção dasbandeiras. As projeções dos objetivos mínimos são idênticas às das bandeiras.

Bandeiras e flâmulas são consideradas, pelos grafistas, como padrões dos mais confiáveis, tanto naindicação da direção do mercado, como nas projeções de medida. Ocasionalmente podem falhar,mas nunca sem antes dar um sinal que o padrão tenha se completado. Para que possa se prevenirdessas falhas, basta que observe atentamente para três aspectos:

1. A figura de consolidação (bandeira ou flâmula) deverá surgir após um movimento quase emlinha reta vertical.

2. A atividade deverá diminuir considerável e constantemente durante a construção do padrão, econtinuar a cair até que os preços saltem para fora dele.

3. Os preços deverão perfurar o padrão na direção esperada, no máximo em quatro semanas.Um padrão desse tipo, que se estenda além de três semanas, deverá ser visto como suspeito.

Veja na próxima página alguns exemplos reais:

h

h’ h

h

Bandeira de Alta Bandeira de Baixa Flâmula de Alta Flâmula de Baixa

h

hh´

Como pode ver nos gráficos acima, estas formações surgem uma atrás da outra somente quando umativo ou um índice entra em tendência. Embora sejam padrões facilmente perceptíveis, são os maisdifíceis de serem seguidos, se não for acompanhado de um sólido critério analítico e operacional.

Para a maioria dos investidores, principalmente aqueles menos experientes que ainda se encontramna fase oral (das dicas), é muito difícil realizar quando um papel já subiu algo substancial, que sedeve comprar mais na medida em que forem surgindo novos pontos de compra. Em geral, apóscomprar e obter algum lucro ele passa a ficar preocupado em proteger aquilo que já ganhou edificilmente resiste comprado após um ou dois dias consecutivos de queda.

Quando o papel volta a subir, após uma breve respirada (a bandeira ou flâmula), ele não tem maiscoragem para recomprar e deixa de obter os benefícios de uma tendência. Acho que é por isto quedizem que o investidor menos experiente não deixa o lucro crescer.

Daqui a diante, quando observar um ativo qualquer rompendo um resistência ou um suporteimportante e começar a subir/cair de forma acelerada, saiba que provavelmente surgirão pela frentevários novos pontos de compra ou de venda, conforme o caso.

Você se sentirá emocional e psicologicamente muito melhor se definir estopes técnicos e deixarcorrer. Ainda que não tenha iniciado uma operação na primeira perna de alta após o rompimento deuma resistência ou suporte significativo, se perceber a formação de uma bandeira, uma flâmula ouqualquer coisa similar (no sentido da rapidez da correção e não da forma), compre (venda) naultrapassagem do topo (do fundo) da primeira bandeira ou flâmula e coloque um estope inicial umpouco abaixo do fundo (do topo) da bandeira ou flâmula e a cada nova correção vá adicionando semprejudicar seu preço de compra (venda) inicial subindo simultaneamente o estope de toda a posiçãopara o fundo (topo) anterior onde adicionou na ultrapassagem. Quando for estopado, muitoprovavelmente a tendência estará se esgotando e, ainda que devolva algum, com certeza terá sidouma operação das mais lucrativas. Diagramando estas estratégias, teríamos:

Coloquei intencionalmente dois níveis de compra e de venda na segunda operação. O motivo é oseguinte: quando a correção evoluir num formato retangular, o estope deverá ficar um pouco abaixodo fundo do retângulo e o ponto de compra ocorrerá na ultrapassagem do topo do retângulo. Porém,quando a correção se dá em forma de cunha ou de um pequeno canal de baixa, muitas vezes, emtermos de preço, ocorre uma forte retração. Nestes casos, dependendo do cenário geral do mercado[muitos papéis subindo de forma generalizada e alternada (ou muitos papéis caindo de formageneralizada e alternada)], pode-se fazer a compra (ou a venda) no corte da linha de tendência debaixa colocando um estope um pouco abaixo da mínima da perna de queda anterior ao corte da linha.

Entretanto, este procedimento não é tão seguro quanto comprar na ultrapassagem do topo dopadrão. Embora exista a possibilidade de falha na estratégia de comprar na ultrapassagem do topo,este risco será sempre menor do que no interior do padrão. Por isto, antes de iniciar uma compra nocorte da linha de tendência de baixa deve-se fazer as contas de quanto custará, caso venha a serestopado, para ver se é melhor do que esperar pela ultrapassagem do topo do padrão, no caso de terde repetir a compra no corte da linha de tendência de baixa retraçada. Algumas vezes, fazer umaoperação num nível de compra mais baixo, ser estopado e repetir o procedimento, custa menos doque esperar pela penetração do topo.

Com isto encerramos nossa viagem pelos padrões de continuação e examinaremos a partir de agoraos padrões de reversão.

PADRÕES DE REVERSÃO

Concentre sua atenção naquilo que o mercado está lhe dizendo em vez de pensar no que ele deveria fazer.Num mercado de alta, a condição sobre-comprado permanece por muito tempo, enquanto a condição sobre-vendido termina muito

rapidamente. O inverso é verdadeiro nos mercados de baixa.Alan Shaw

São padrões que quando aparecem indicam que a tendência em andamento está em vias de mudarde direção. Na maioria dos casos, quando uma tendência de preços entra num processo de reversão,seja de alta para baixa ou de baixa para alta, uma área ou padrão característico toma forma nográfico, tornando-se reconhecido como padrão de reversão. Algumas dessas formações gráficas sãoconstruídas e completadas muito rapidamente, enquanto outras podem necessitar de várias semanas

PRIMEIRO PONTO DE COMPRA

ESTOPE INICIAL

RESISTÊNCIA

SEGUNDO PONTO DE COMPRA

MOVIMENTAR ESTOPE DACOMPRA INICIAL E DA POSIÇÃOADICIONADA

PRIMEIRO PONTO DE VENDA

ESTOPE INICIAL

SEGUNDO PONTO DE VENDA

MOVIMENTAR ESTOPE DAVENDA INICIAL E DAPOSIÇÃO ADICIONADA

para atingir um estágio que alguém possa dizer, com segurança, que uma reversão de tendência estádefinitivamente indicada.

Genericamente falando, quanto maior a área de reversão quanto mais largas as flutuações dentrodela, quanto mais tempo demorar a se formar, quanto mais ações trocarem de mãos durante suaconstrução mais importantes suas implicações. Assim, grosseiramente falando, uma grandeformação de reversão sugere um grande movimento a seguir e um pequeno padrão, um pequenomovimento.

Dentre os padrões de reversão mais comuns, veremos a formação de Cabeça e Ombros, Topos eFundos Arredondados, Topos e Fundos Duplos e Triplos, Formações de Alargamento, Diamantes,Dia de Reversão, Ilha de Reversão e a Pá de Ventilador.

1. Cabeça e Ombros: é o padrão de reversão mais comum e, com toda probabilidade o maisconfiável. Costuma surgir em topos e fundos importantes, embora também possa ocorrereventualmente como padrão de continuação, o que não chega a ser uma raridade. Provavelmente,você já deve ter ouvido alguém falar sobre sua ocorrência, porque existem muitos investidoresfamiliarizados com seu nome, mas não tantos que realmente saibam e possam distingui-lo de algumdesenvolvimento de preço similar, que na verdade não se comportará de acordo com o padrãoverdadeiro. O típico, ou se preferir, o Cabeça e Ombros ideal, está ilustrado no diagrama a seguir:

O padrão ao lado consiste:

A. Uma forte subida, atingindo seu clímax após um avanço, maisou menos extenso, sobre o qual há um grande aumento dovolume, seguido por uma pequena queda sobre a qual ovolume diminui, consideravelmente, em relação à subida aotopo. É o “ombro esquerdo”.

B. Outra subida com alto volume que atinge um nível mais alto doque o do ombro esquerdo, seguida por outra queda com menosvolume, que leva os preços para baixo próximos do nível dofundo da queda precedente, algumas vezes mais para baixo,algumas vezes mais para cima, mas, de qualquer forma, abaixodo topo do ombro esquerdo. É a “cabeça”.

C. Uma terceira subida, mas dessa vez, decididamente, commenos volume do que o que acompanhou as subidas do ombroesquerdo e da cabeça, que falha em atingir a altura da cabeçaantes que se origine outra queda. É o ombro direito.

D. Finalmente, o declínio dos preços nessa terceira queda rompea “linha de pescoço”, traçada através dos fundos formadospelas quedas entre o ombro esquerdo e o ombro direito,respectivamente. Para que a penetração seja válida, énecessário que numa base de fechamento se afaste uns 3%(em relação ao preço negociado) da linha de pescoço. Naverdade, o rompimento de qualquer dos padrões examinadosaté agora requerem essa condição de confirmação.

E. Outro aspecto que merece atenção é de que, na maior partedas C&Os, após a perfuração da linha de pescoço, ocorre umavolta dos preços à linha para testa-la.

No diagrama acima vimos um exemplo clássico. Nem sempre é assim. A linha de pescoço pode serhorizontal, pode estar inclinada para cima ou inclinada para baixo. O comportamento do volume éfator mais importante na confirmação do padrão. Entretanto, nas C&Os de reversão de fundos, ovolume do ombro esquerdo normalmente sem forma sob baixo volume, que crescerá ligeiramentedurante a formação da cabeça, mas atingirá seu nível mais alto durante a subida do ombro direito, noataque à linha de pescoço.

Este padrão nos permite determinar o objetivo mínimo do movimento que se segue à ruptura da linhade pescoço, com facilidade e precisão. Para tanto, basta que você meça verticalmente à distância

A

BC

E

D

LINHA DE PESCOÇO

h

h’

VOLUME

que vai da parte mais alta da cabeça até a linha de pescoço (h, no diagrama acima) e transfira essamedida para o local em que se deu a perfuração (h’, no diagrama acima).

Veja a seguir alguns exemplos reais e note como todos os objetivos mínimos não só foram atingidos,como ultrapassados:

Quanto à sua forma podem surgir com dois ombros de cada lado e uma cabeça; podem surgir comduas cabeças e um ombro de cada lado; podem ter três cabeças e dois ombros simples; podem tertrês ombros de cada lado e uma cabeça, enfim, podem assumir vários aspectos dentro do padrão esão mais conhecidas como formações complexas. O padrão tem uma forte tendência à simetria,principalmente quanto ao número de ombros. Assim, se de um lado ocorrerem dois ombros, pode-seesperar que o mesmo aconteça no lado direito da cabeça.

Tipicamente, um padrão de reversão,ocasionalmente, surge no meio detendências, geralmente invertido comopadrão de continuação. Não existemuito risco de ser confundido com o dereversão, pois, é invertido com respeitoà direção prévia dos preços anterioresao seu surgimento. Assim, se surgir umpadrão deste tipo num mercadoascendente, ele se apresentará com aforma de uma cabeça e ombros defundo e vice-versa, conforme pode vernos gráficos ao lado.

O comportamento do volume durante asua ocorrência também não segue asregras dos padrões de reversão, nemtem muita importância na confirmaçãodo padrão.

Como operar o padrão cabeça e ombros: estratégias

Quando estiver examinando seus gráficos e perceber que, após uma grande subida, os preçoscomeçaram a ratear, perfurando inicialmente a linha de tendência de alta e, no próximo movimento desubida, começarem a cair antes de ultrapassar o topo anterior, com um padrão crescente do volumedurante a formação do ombro esquerdo e da cabeça, independente de qual dos dois tenha sidomaior, a probabilidade de que esteja diante de uma formação de cabeça e ombros é muito grande.Neste caso, existem três pontos relativamente seguros para iniciar uma venda

*:

1) A partir do momento que o ombro esquerdo a cabeça deuma possível formação de C&Os puder ser vista no gráfico ecomeçara a se formar o ombro direito, trace uma linha detendência de alta e quando ela for cortada para baixo, vendae coloque um estope de entrada um pouco acima damáxima da perna de alta anterior ao corte da linha detendência. Se seu estope for atingido, encerre suaoperação, retrace a linha de tendência de baixa e, até que otopo da cabeça tenha sido ultrapassado, venda no corte dalinha de tendência de baixa.

2) Quando o movimento de queda que vai completar oombro direito penetrar a linha de pescoço, venda e coloqueum estope de entrada um pouco acima do topo anterior. Seperceber que a distância do topo do ombro direito implica

num pedágio muito caro, em vez de usar o topo anterior como referência de estope, use a máxima da barra em que se deua penetração. Neste caso, se for estopado, venda novamente quando a mínima atingida antes de ter sido estopado forpenetrada e coloque um estope de entrada um pouco acima do novo topo anterior. Se não entendeu, é exatamente amesma abordagem da próxima estratégia de venda, apenas num nível um pouco mais alto.3) Se após o rompimento da linha de pescoço, os preços voltarem ao seu encontro e dali voltarem a cair, venda quando ofundo anterior for penetrado numa base de fechamento e coloque o seu estope um pouco acima do novo topo anteriorformado pela tentativa de volta à linha de pescoço.

Observações:a) Durante o curso, quando eu mencionar “numa base de fechamento”, estou me referindo ao “preçode fechamento”, o último negócio do dia ou da periodicidade em que estiver trabalhando.b) “Se tiver sido estopado”, tem o sentido de: se o nível previamente definido para interromper suaoperação, caso ela estivesse saindo fora do previsto, tiver sido atingido.

* No caso de uma Cabeça e Ombros de Reversão de Fundo, as estratégias para iniciar as compras são as mesmas, apenasinvertidas.

C

OO C

O O

LP

LP

LTALTA

PV1

PV2PV3

EV3

EV1 e EV2LP

Enquanto escrevia as três estratégias acima, me dei conta que estou fazendo referências a estope deentrada sem nunca ter abordado este tema nas aulas anteriores. Penso que isto aconteceu porqueneste momento do curso não estou preocupado com a parte operacional, transmitindo-lhes apenasestratégias operacionais clássicas, correlacionadas aos padrões que estamos examinando. Mas,sendo o estope a nossa única solução de continuidade no mercado, ainda que um pouco atrasado,pois deveria ter tratado este assunto antes de abordarmos qualquer estratégia - dada a suaimportância - falarei sobre ele agora, interrompendo por algumas linhas o que estamos vendo.

ESTOPES

Apesar deste assunto precisar de poucas linhas para ser explicado, as implicações que carrega consigo mereceriam umcurso ou um livro inteiro.

Estope, da palavra inglesa “stop”, significa parar. Na análise gráfica, um nível de preço ou valor que, quando alcançado,revela que a estratégia operacional utilizada numa operação de compra ou venda está saindo fora do previsto e deve serinterrompida. O objetivo do seu uso, num primeiro momento é resguardar seu capital, com uma pequena perda, paraque possa voltar ao mercado num outro momento que julgue adequado. Num segundo momento, se a sua operaçãoinicial estiver evoluindo favoravelmente, sua função passa a ser a de proteger uma parte dos lucros auferidos até aquelemomento. Estas são as suas aplicações mais comuns.

Algumas vezes também é utilizado para iniciar uma operação. Imagine que tivesse preparado uma estratégia paracomprar/vender um determinado ativo e que a condição de compra/venda implicasse na ultrapassagem/penetração damáxima/mínima da barra do dia anterior. Você pode deixar esta ordem com o seu corretor e ele vai acompanhando omercado diariamente até que a condição seja atingida e a ordem executada, ou você pode cancela-la antes da suaexecução. Nas bolsas americanas, uma ordem de compra deste tipo é chamada de “trailing buy-stop technique” e a devenda “trailing sell-stop technique”.

O que nos importa, entretanto são as duas primeiras. Esta última é apenas uma técnica de entrada no mercado. Acreditoque a maioria de vocês que já operaram, já sentiu na mente e no bolso o que é fazer uma investida no mercado e depoisficar vendo seu capital se evaporar, na maioria das vezes inertes, congelados como se diz na gíria do mercado.Dependendo do mercado que estiver operando, um engano deste tipo pode lhe deixar completamente travado e muitotempo terá que passar para que tenha o seu capital de volta. Em outros casos, mais extremos, pode consumir todo seucapital e ainda deixá-lo endividado – já vi muitos assim, inclusive fui um deles!

Quando você é um principiante, isto ocorre por ignorância! Quando toma ciência de que pode utiliza-lo e não o faz, éindisciplina!

Em teoria, parece fácil adotar a postura de colocar um estope e cumpri-lo. Na prática, não é tão fácil assim. Relutamosem reconhecer quando estamos errados, principalmente porque quando acontece, já estamos perdendo algum dinheiro efica sempre a esperança de que o mercado possa retomar a direção da nossa operação e recuperarmos o dinheiro queestamos perdendo naquele momento. Não sei por que razão, talvez porque os principiantes geralmente ingressem nomercado próximo do final de um ciclo de alta, motivados pela mídia, as primeiras operações acabam dando certas, istoé, ocorre um prejuízo inicial e alguns dias depois o mercado volta a subir e fica tudo em ordem. Mas, é só uma questãode tempo! Daqui a pouco, já mudou sua posição e, subitamente, quando se dá conta, o lucro da primeira já foi para oespaço, o prejuízo já está enorme e só lhe resta rezar.

Desnecessário dizer, mas este tipo de coisa só acontece devido ao desconhecimento que temos sobre a planta e ofuncionamento do mercado. Se você não tem uma idéia sobre onde está, não sabe para onde ir! É mais ou menos comonavegar tendo como referência às estrelas ou navegar usando uma bússola e um sextante. Um intui e outro tem certeza!

Apesar da importância, também não pretendia me alongar muito. Mais adiante, quando estivermos trabalhando nametodologia operacional, este assunto será visto cuidadosamente. Por ora, fixe o seguinte:

Estope de entrada ou inicial: é um nível de interrupção do prejuízo quando uma estratégia operacional previamentedefinida e concretizada não evolui conforme esperado.

Estope de proteção (dos lucros): depois que tiver iniciado uma operação, se ela seguir evoluindo dentro do esperado, oestope de entrada deve ser deslocado, assim que for possível, para um valor na mesma direção da sua operação, que lhepermita sair com algum lucro, ainda que o mercado comece a se movimentar na direção contrária à sua operação.

2. Topos e Fundos Duplos e Triplos: na concepção clássica da análise gráfica, os padrões duplossão muito raros e, os triplos, ainda mais. Freqüentemente, grafistas com pouca experiência detectamesses padrões, mas quase sempre erroneamente. Para entender o porquê dessa avaliaçãoimprecisa, precisamos entender bem como são formados esses padrões, diante dos conceitos daanálise gráfica.

A construção de um topo duplo se inicia quando, após uma subida, acompanhada de alto volume, omercado se retrai com diminuição do volume, e, então, volta a subir outra vez até atingir o nível dotopo anterior (algumas vezes um pouco aquém e, outras, um pouco além), novamente com volumecrescente, porém sem registrar as mesmas marcas verificadas durante a construção do primeiro topoe, então, volta a cair uma segunda vez, com conseqüências bem mais significativas. Um fundo duploé o inverso.

Tendo visto como se forma um Topo/Fundo duplo, voltemos aos triângulos ascendentes e aosretângulos vistos nas aulas anteriores. Quando esses padrões começam a se desenvolver, seuprimeiro passo é a construção de dois topos no mesmo nível, com uma correção entre eles e commenos volume sobre o segundo topo do que no primeiro, conforme abaixo:

No diagrama acima, omiti o volume. Mas, considere que está de acordo com a descrição doparágrafo anterior. Considere, também, que está observando um gráfico desenvolvendo de forma

F1 F2

V

V’

T1 T2

V

V’

TAR

TD

similar ao diagrama acima. No final da linha preta mais espessa, o gráfico poderá assumir um dostrês padrões assinalados, mas antes que isto aconteça, normalmente a avaliação imediata é quepode estar se formando um topo duplo. Na seqüência dos eventos, um terceiro topo ali sedesenvolverá e os preços romperão o padrão em busca de níveis mais altos. Assim, vemos quenecessitamos ter alguma regra ou critério para distinguir um verdadeiro padrão de reversão TopoDuplo de um topo duplo que não implique em reversão, quando eles aparecem como parte de umaárea de consolidação numa tendência de alta. Observação: Se é raro surgir como reversão de topoou de Fundo, é muito freqüente nos padrões de consolidação, qualquer que seja a tendênciapredominante. No meu livro os denominei de topos e fundos reflexos, devido à simetria. Qualquerindício de falha na continuação da tendência em andamento, normalmente, começa com vestígios deum topo ou fundo duplo. Depois dos ziguezagues, tenho a impressão que é a formação que mais seencontra nos gráficos.

Não existe uma regra para que se possa distinguir quando é um ou quando é outro, mas um aspectopode facilitar bastante quando estiver estudando este tipo de formação. Trata-se do fator tempo e daprofundidade do Vale que separa os dois topos ou fundos. Se ocorrerem dois topos no mesmo nívelmuito próximos no tempo e com apenas uma correção não muito profunda entre eles, as chances sãode que façam parte de uma área de consolidação. Por outro lado, se houver uma correção longa,lenta, profunda e mais ou menos arredondada, após o aparecimento do topo (fundo) inicial sucedidapor uma evidente falta de força, quando os preços subirem (caírem) novamente na direção do topoanterior (fundo anterior), poderemos suspeitar da existência de um Topo (Fundo) Duplo. Veja abaixodois exemplos reais de topo e fundo duplo de reversão:

Nesta altura, você poderia perguntar quanto tempo é necessário decorrer entre os dois topos ou osdois fundos, e quão profundo deve ser o Vale para ser considerado um topo ou fundo duplo dereversão. Diria que não existe uma resposta simples e definitiva. Podemos tentar aproximações.Assim, se dois topos surgirem com mais de um mês de intervalo entre eles, provavelmente nãopertencem à mesma formação de consolidação. Se, adicionando-se a isto, a correção entre oprimeiro e o segundo topo reduzir o preço uns 20% em relação ao seu valor no topo, aumentam as

possibilidades de que possa ser um Topo ou Fundo Duplo. Mas, estes dois critérios são arbitrários enão sem exceção. Existem casos nos quais os dois topos ocorreram com apenas duas ou trêssemanas de intervalo, e outros nos quais o “Vale” entre eles foi de apenas 15%. A maioria dosverdadeiros Topos e Fundos Duplos, entretanto, desenvolvem-se com intervalos de dois a três mesesou ainda maiores entre eles. Genericamente falando, o elemento tempo é mais crítico do que aprofundidade da correção. Quanto maior o tempo entre os dois Topos (ou Fundos), menor anecessidade de uma queda (subida) extensa dos preços durante o intervalo.

Tendo visto as principais características da possível ocorrência de um Topo Duplo, resta dizer que aconfirmação final é dada, quando, após, a construção do segundo topo, o mercado cai e rompe osuporte criado na linha de fundo do ’Vale”, assinalando uma reversão de tendência de alta para baixa.Topos e Fundos totalmente confirmados, raramente aparecem em reversões de tendênciasintermediárias: eles são um fenômeno característico de reversão de tendência primária. Portanto,quando estiver convicto de que está diante de um, não o despreze. Mesmo que os preços já tenhamretrocedido 20%, as chances são de que cairá muito mais antes de atingir o fundo.

Tudo que foi dito aqui sobre Topos Duplos, vale para os Fundos Duplos, só que invertido.

Na próxima aula, continuaremos examinando mais alguns padrões de reversão.

Acredito que todos saibam que durante um chat é possível enviar uma mensagem reservada. Bem,no último, sobre o curso, alguém me enviou uma pergunta sobre uma dúvida aparentemente simples(o que significava comprar ou vender numa base de fechamento?), no entendimento do remetente,encabulado de envia-la abertamente.

Sobre isto quero dizer o seguinte: o chat sobre o curso, no meu entendimento, deveria ser para tirardúvidas do que, através do texto, não ficou claro, independente de lhe parecer bobagem ou não.Como professor, tenho total interesse de que todas as dúvidas sejam esclarecidas. Só assim, podereiconcluir que o curso valeu a pena! Se não souber quais são as dúvidas não poderei melhorar o curso.

A idéia de ter um chat específico sobre o curso foi exatamente a de não deixar para trás, nada quepudesse fazer falta mais adiante. Se vez por outra o chat perde sua objetividade, passando paraperguntas sobre as condições dessa ação ou daquela, é porque quem tem dúvidas sobre o curso seomite por bobagem e entram outras perguntas. O intermediador do chat está dará sempre preferênciaàs perguntas com dúvidas sobre o curso. Ninguém será julgado pelas suas perguntas. Seu juiz será omercado e se não estiver preparado para enfrenta-lo munido de todas as armas possíveis, porqueficou inibido em colocar seu nickname no monitor, será condenado. Aproveitem a possibilidade decolocar todas as suas dúvidas para fora. Além de ser pago para isto, faço o meu trabalho com grandeprazer e, nada me alegra mais do que saber que estou fazendo um trabalho bem feito, ciente de quemeu curso está atingindo o objetivo de ensina-lo sem deixar dúvidas no ar.

Se o seu receio de ser reconhecido publicamente, ainda assim, for maior do que a sua vontade deaprender, mande suas dúvidas para meu e-mail: [email protected]. Elas serãoesclarecidas e posteriormente incluídas em sigilo no texto da aula seguinte, para que todos quepossam estar tendo as mesmas dúvidas tenham a oportunidade de esclarece-las. Tenha em menteque se algo não está claro, a culpa não é sua, é minha! Sou culpado pela presunção de achar que damaneira que expliquei não deveria haver dúvidas. Esteja certo que, ao me colocar a par da suadúvida, estará não apenas me ajudando, como estará ajudando a si próprio e aos demaisparticipantes do curso.

Testes de assimilação do conteúdo da aula 5Testes de assimilação do conteúdo da aula 5

1. Independente da tendência, veja quantas Bandeiras, Flâmulas e Similares consegue descobrir nográfico abaixo.

2. Aproveite o gráfico do exercício anterior e indique alguns locais onde poderia ter comprado/vendidotomando por base os conceitos de Bandeiras, Flâmulas e Similares, bem como, onde teria colocadoseu estope de entrada, onde teria adicionado mais alguns lotes e para onde teria movimentado seuestope na medida em que foi adicionando e, finalmente, onde teria sido estopado nas operaçõesiniciadas.

3. Quais são os três aspectos principais a serem observados para se identificar uma Bandeira,Flâmula ou Similar?

a) ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Por que as Bandeiras e Flâmulas recebem esta denominação? Em geral, de quanto tempoprecisam para sua resolução?

5. Observe o diagrama abaixo e tente descrever com suas próprias palavras do que consiste opadrão, isto é como ela surge num topo. Veja se consegue sem reler o texto. Se não der, leianovamente.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6. Aproveite o espaço abaixo e faça um diagrama de onde ocorreriam os três principais pontos decompra de uma Cabeça e Ombros de Reversão de uma tendência de baixa, definindosimultaneamente seus respectivos estopes. Quando possível, explique ao lado onde recomprarianovamente caso tivesse sido estopado em alguma das tentativas.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________

7. Resuma com apenas uma palavra o aspecto mais importante da sua forma, principalmente comrespeito aos ombros.

________________

8. Uma vez penetrada a linha de pescoço de uma Cabeça e Ombros, como se determina o objetivomínimo do movimento a seguir? E nas Bandeiras, Flâmulas e Similares?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9. Explique com suas próprias palavras o que diferencia um estope de entrada ou inicial de umestope de proteção.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10. Por ordem, quais são os dois aspectos mais importantes para tentar se distinguir um Topo/FundoDuplo de Reversão de um topo ou fundo duplo reflexo?

__________ e ___________________

11. Quando fica confirmada a ocorrência de um Topo/Fundo Duplo e como se projeta seu objetivomínimo?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Respostas dos testes de assimilação da aula 5Respostas dos testes de assimilação da aula 5

1.

2.

3. Quais são os três aspectos principais a serem observados para se identificar uma Bandeira, Flâmula ouSimilar?

a) A figura de consolidação deverá surgir após um movimento vertical quase em linha reta.b) A atividade deverá diminuir considerável e constantemente durante a construção do padrão, e continuar acair até que os preços saltem para fora dele.c) Os preços deverão perfurar o padrão na direção esperada.

4. Devido ao seu aspecto muito parecido com o de uma Bandeira Tremulando no mastro. Seu tempo deresolução varia de 5 dias a 4 semanas.

5.A. Uma forte subida, atingindo seu clímax após um avanço, mais ou menos

extenso, sobre o qual há um grande aumento do volume, seguido por umapequena queda sobre a qual o volume diminui, consideravelmente, emrelação à subida ao topo. É o “ombro esquerdo”.

B. Outra subida com alto volume que atinge um nível mais alto do que o doombro esquerdo, seguida por outra queda com menos volume, que leva ospreços para baixo próximos do nível do fundo da queda precedente,algumas vezes mais para baixo, algumas vezes mais para cima, mas, dequalquer forma, abaixo do topo do ombro esquerdo. É a “cabeça”.

C. Uma terceira subida, mas dessa vez, decididamente, com menos volume doque o que acompanhou as subidas do ombro esquerdo e da cabeça, quefalha em atingir a altura da cabeça antes que se origine outra queda. É o

ombro direito.D. Finalmente, o declínio dos preços nessa terceira queda rompe a “linha de pescoço”, traçada através dos fundos formados

pelas quedas entre o ombro esquerdo e o ombro direito, respectivamente. Para que a penetração seja válida, é necessárioque numa base de fechamento se afaste uns 3% (em relação ao preço negociado) da linha de pescoço. Na verdade, orompimento de qualquer dos padrões examinados até agora requerem essa condição de confirmação.Outro aspecto que merece atenção é de que, na maior parte das C&Os, após a perfuração da linha de pescoço, ocorre umavolta dos preços à linha para testa-la.

6.a) Poderia comprar no PC1, ser estopado em

EC1. Se a cabeça não for penetrada, poderáretraçar a LTB e recomprar no seu cortecolocando um estope de entrada um poucoabaixo da mínima da perna de queda anteriorao corte da linha.

b) Poderia comprar no PC2 com estope em EC2.Se for estopado, recomprar na ultrapassagemdo topo anterior.

c) Comprar em PC3 com estope em EC3. Se forestopado, pode comprar novamente naultrapassagem do topo anterior.

7. Simetria

8. Na C&Os, mede-se a altura entre o nível mais alto da cabeça e a linha de pescoço e projeta-se a mesmadistância no ponto onde a linha de pescoço foi projetada. Nas Bandeiras e similares, mede-se a altura domastro e adiciona-se ao valor do extremo oposto do padrão de continuação.

9. Estope de entrada é um nível pré-definido para após iniciar uma operação interrompe-la caso esteja saindofora do previsto. Estope de proteção, é quando você movimenta, após sua operação evoluir favoravelmente,seu estope de entrada para um novo local, onde, uma vez atingido, ainda sairá da operação com algum lucro.

10. Tempo e Profundidade

11. Na penetração do topo ou do fundo do vale, conforme ocaso. Mede-se a altura do vale e adiciona-se ousubtrai-se, conforme o caso, ao nível do rompimento.

EC1 e EC2

PC1

PC2PC3

EC3

LP

Depois de termos visto os padrões Topos e Fundos Duplos, examinaremos agora uma variante:Topos e Fundos Triplos.

Mais raros, muitos deles caindo na categoria de retângulos, o verdadeiro Topo Triplo contém umaidentificação familiar semelhante ao Topo Duplo. Seus topos são largamente espaçados, profundos e,normalmente com correções arredondadas entre eles. O volume é caracteristicamente menor sobre osegundo avanço do que no primeiro, e ainda menor no terceiro. Os três topos não precisam terintervalos tão longos quanto os dois que constituem um Topo Duplo e, também, não precisam ter amesma distância entre si. Desse modo, o segundo topo pode ocorrer apenas cerca três semanas doprimeiro e, o terceiro, seis semanas ou mais após o segundo. Também os Vales não precisam atingira mesma linha de fundo; o primeiro pode ser mais alto que o segundo e vice-versa. E os três toposnão precisam atingir exatamente o mesmo nível de preço. Todavia, apesar destas variaçõespermissíveis, olhando-se a figura como um todo, deve haver algo familiarmente suspeito, algumacoisa que sugira imediatamente a possibilidade de um Topo Triplo para o grafista.

Fundos Triplos sãosimplesmente Topos Triplosinvertidos, com as mesmasobservações feitas quandovimos os Fundos Duplos.

Não pretendo dissecar osprincipais padrões dereversão. Aqueles que acharque mereçam uma atençãomaior, veremos com maisdetalhes. Só estou levandoeste padrões ao seuconhecimento, para que váse acostumando com a idéiaque as formações serepetem e para que tambémpossam familiarizar-se comos gráficos. Assim, quandochegarmos no jogo, sua vistajá estará acostumada e

também facilitará o entendimento da metodologia operacional.

3. Topos e Fundos Arredondados: são, na verdade, uma extensão dos padrões múltiplos decabeça e ombros em que a batalha dos compradores e vendedores se processa de modo menosviolento, sobre um período de tempo mais longo, em que a mudança progressiva de uma forçapredominante para outra, torna-se claramente aparente. As reversões arredondadas são amanifestação mais simples e lógica desse processo. Elas mostram simples e claramente umamudança simétrica e progressiva na direção da tendência, produzida por mudanças graduais noequilíbrio do poder entre compradores e vendedores.

Topos arredondados aparecem ocasionalmente nos gráficos de ações de preços muito altos, que, emgeral, não interessam ao investidor comum. Fundos arredondados ocorrem com mais freqüência nasações de preço baixo.

Não se conhece uma fórmula de medida que possa ser aplicada sobre as formações arredondadas,mas elas quase nunca decepcionam.

O comportamento do volume nos Topos Arredondados, raramente é tão bem definido como nosfundos. Nos fundos ele tende a acompanhar a curva dos preços. Nos topos, é alto e irregular durantea primeira parte do arredondamento e na segunda parte tende a diminuir para voltar a crescernovamente quando o preço começa a acelerar para baixo.

4. Formações de Alargamento: são muito raras e surgem apenas no fim ou nas fases finais de umlongo mercado de alta. Normalmente, assumem o aspecto de um triângulo simétrico invertido,podendo também parecer com os triângulos ascendentes e descendentes. O tipo simétrico consistede uma série de flutuações de preços, através de um eixo horizontal, com cada topo terciário maisalto que o anterior e cada fundo terciário mais baixo que o seu antecessor. Ao conectarmos os topose fundos com duas retas, veremos que a dos topos é inclinada para cima, e a dos fundos inclinadapara baixo. Diferentemente dos triângulos, cujos limites são respeitados, nas formações dealargamento, as subidas e descidas nem sempre são interrompidas no limite das linhas, dificultandoum pouco o seu traçado.

O tipo mais comum desse padrão pode ser vistono diagrama ao lado. A figura mostra três topossucessivamente mais altos (pontos 1, 3 e 5) e doisfundos (2 e 4), com o segundo fundo (ponto 4)mais baixo que o primeiro. Obviamente é umpadrão muito difícil de operar, porque durante suaformação ocorrem muitas penetrações falsas. Opadrão também contradiz muito que já foi dito, nosentido de que uma penetração de um topoanterior, normalmente indica retomada datendência de alta, enquanto a violação de umfundo anterior, normalmente sinaliza tanto o inícioou a continuação de uma tendência de baixa. Oinvestidor que estiver usando as perfurações paracima e para baixo para iniciar operações, estarásujeito a uma série de maus sinais.

1

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5. Diamante: tanto pode ser descrito como uma cabeça e ombros mais ou menos complexa com umalinha de pescoço em forma de “V”, ou como uma formação de alargamento que, após duas ou trêsoscilações, transforma-se subitamente num triângulo regular, sempre muito próximo da formasimétrica. Embora possa ser facilmente identificado quando aprece nos gráficos, o Diamante não éum padrão comum. Como seu desenvolvimento requer mercados razoavelmente ativos, raramenteocorre como reversão de fundo.

Durante a sua construção, o volume se expande naprimeira metade e se contrai gradualmente na segunda,aumentando sobre a perfuração.

Carrega consigo projeções de medida semelhantes ásfórmulas dos triângulos ou da cabeça e ombros. Ospreços deverão se mover, a partir do ponto daperfuração, pelo menos a maior distância vertical dentrodo diamante. Normalmente, esta projeção mínima éultrapassada.

No gráfico semanal do Dow Jones, por volta de março de 2.000 podia-se supor, como muitosanalistas o fizeram, que após muitos anos de alta, o Dow Jones desdobrava-se numa formação deAlargamento que redundaria na reversão da Tendência de alta. Entretanto, o padrão não seconfirmou e foi derivando para um Diamante, também visto por muitos analistas. Atualmente,encontra-se trabalhando dentro da congestão iniciada pelo padrão de alargamento e, a não ser que omercado volte a cair, sem antes retornar para o interior do Diamante e penetre o fundo de outubro de2.000, a formação terá que ser revista.

6. Dia de reversão: esta formação não carrega consigo as mesmas implicações de reversão que ospadrões vistos até aqui. É bem mais suave, pois seu aparecimento geralmente ocasiona fortescorreções terciárias, que não vão alterar a tendência predominante. Em geral, são correções de curtoprazo.

Pode ser definido como um dia de volumeextremamente alto, excedendo com sobras ovolume de qualquer dia anterior durantemeses. Surge após um avanço longo e firme,sobre o qual o volume foi crescendogradualmente. Num dia qualquer, após aabertura do pregão, os preços sãoempurrados para cima como se nada ospudesse deter. Freqüentemente, o preço deabertura está bem longe do nível defechamento do dia anterior, como se fossedeixar um grande espaço vazio sobre ográfico. Depois de uma ou duas horas depregão, os preços foram empurrados para umnível que equivale a um ou dois dias de altasnormais. Em seguida, o preço estaciona, omercado fica meio devagar e, subitamente, a

tendência reverte e os preços começam a mover-se rapidamente na direção oposta. O pregão termina com umaexplosão final da atividade que leva os preços abaixo da mínima do dia anterior. As características de um dia dereversão de fundo são as mesmas, invertidas.

Você precisa conhecer o que é um GAP antes de passarmos para o próximo padrão

No grafiquês, gap representa um intervalo de preços, onde, no momento de sua ocorrência, nenhumaação mudou de mãos. Este é um conceito útil de se manter em mente, porque ajudará a explicaralgumas de suas conseqüências técnicas.

Nos gráficos diários, os gaps são produzidos quando, emqualquer dia, a menor (a mínima) cotação desse dia é maiordo que a maior cotação (a máxima) do dia anterior ou, oinverso, quando a maior cotação desse dia é inferior à menorcotação do dia anterior.

Nos gráficos semanais, o raciocínio é idêntico. Só que em vezde um dia qualquer e o anterior, passa a ser uma semanaqualquer e a anterior, assim, também para os mensais e intra-dia. Obviamente, quanto maior a periodicidade, menores sãoas chances de sua ocorrência.

Os gaps são classificados em quatro tipos: de área, de fugaou perfuração, de medida ou continuação e de exaustão.

GAP DE ÁREA: é o mais comum e deve seu nome ao fato deocorrer dentro de áreas de congestão e, também por essemotivo, não trazer implicações, sendo normalmente fechadoem poucos dias.

GAP DE FUGA OU PERFURAÇÃO: também aparece emconexão com formações de congestão de preços, mas sedesenvolve na conclusão da formação, no movimento queleva os preços para fora do padrão. Diferentemente do gap deárea, o de fuga ou perfuração carrega consigo implicações designificado importante. Primeiro, serve para chamar a atençãoe enfatizar o fato de que houve uma perfuração. Pode haver

muito pouca dúvida que uma genuína penetração tenha ocorrido, quando os preços saltam para fora do padrão com um gapvisível. Falsos movimentos raramente são iniciados com gap. Segundo, eles carregam consigo a sugestão de que ademanda por compras (ou as pressões de venda, conforme o caso) que produziram o gap é mais forte do que seria indicadopor uma perfuração sem gap. Daqui, pode ser deduzido que o movimento a seguir levará os preços para mais longe ou maisrápido ou ambos. Assim, por exemplo, se simultaneamente, duas ações diferentes saírem para fora de um triângulo

DIA DE REVERSÃO DE TOPO DIA DE REVERSÃO DE FUNDO

GAP DE ÁREA

GAP DE FUGA

GAP DE MEDIDA

GAP DE EXAUSTÃO

ascendente, uma com gap e a outra sem, devemos escolher a que teve o gap. Exceto pelo pressuposto de que algumacoisa maior possa estar por detrás do movimento, o gap de fuga não traz consigo nenhuma implicação de medida emparticular, nem nenhum outro significado de projeção.

GAP DE MEDIDA OU DE CONTINUAÇÃO: surge com menos freqüência do que as duas formas anteriores, mas, de longe,carrega muito mais significado técnico, porque nos permite projetar uma indicação aproximada da provável extensão domovimento a seguir após sua ocorrência. Geralmente, os preços irão tão longe além do gap quanto eles foram entre o iníciodo movimento e o gap, como medido diretamente e verticalmente sobre o gráfico.

GAP DE EXAUSTÃO: caracteriza o fim da tendência. Um gap de exaustão não é seguido por novas altas durante umatendência de alta ou novas baixas durante uma tendência de baixa. Surge normalmente depois de algum tempo detendência, provavelmente após já ter visto, neste movimento os gaps de fuga e de medida, embora isto não seja uma pré-condição. Ele só estará confirmado quando os preços reverterem e fecha-lo (fechar um gap significa: um movimento nosentido contrário que preenche a região de preço onde não houve troca quando da sua formação).

7. Ilha de Reversão: a Ilha de Reversão pode ser descrita como uma pequena e compactacongestão separada do movimento que leva à sua formação (geralmente muito rápido) por um gap deexaustão, e do movimento que se segue na direção oposta (também muito rápido) por um gap defuga. Não é uma formação muito comum e em si mesma de importância fundamental, para seidentificar um topo ou um fundo de longo prazo, mas, como uma regra, envia os preços de volta parauma correção completa do movimento terciário que o antecedeu.

GE GF

GE GF

GE GFGF

GE

A congestão pode consistir de apenas um único dia, o qual normalmente se desenvolve como Dia deReversão, ou pode se desenvolver em até uma semana de pequenas flutuações, dentro de umacompacta zona de preços. É caracterizada por volumes relativamente altos.

8. Pá do Ventilador: algumas vezes, após a perfuração de uma linha de tendência, os preços depoisde declinarem tentam se recuperar e sobem de volta até a linha perdida, agora uma resistência (1).Nesse ponto atingido pela queda após a perfuração, de onde o mercado tentou voltar para a linha detendência de alta, você traçará uma nova linha de tendência, que também será perfurada (2). Apósuma nova tentativa de recuperação, que também falhará, uma nova linha sertã traçada (3). Aperfuração dessa terceira linha é, normalmente, um importante sinal de venda, pois indica reversãode tendência. O inverso é válido para uma linha de tendência de baixa, ocorrendo na perfuração daterceira linha um ponto de compra.

9. Topos e Fundos em Cone: até hoje não havia encontrado um nome que achasse adequado paraeste padrão. Na época em que escrevi o meu livro denominei-os de topos e fundos agudos. Agorapouco, decidi rebatiza-los para topos e fundos em forma de cone. Por não expressarem umamudança gradual na tendência, não estão classificados como padrões clássicos de reversão, o queacho incrível, visto ser o padrão de reversão de topo mais comum.

Devido à velocidade de sua construção, só percebemos que se formaram quando praticamente nãopodemos tirar proveito. Nos topos, quando o movimento está completo, fica parecendo um “V”invertido e, nos fundos, tem a forma de um ”V”. Surge com muito mais freqüência nas ações desegunda linha e se apresenta muito mais nos topos do que nos fundos.

Caracterizam-se por uma subida(queda) vertiginosa, quase numângulo de 90o em que ao atingir otopo (fundo), revertem na mesmavelocidade e inclinação, semnenhuma advertência ou período detransição, dificultando operá-lo.

Quando estivermos estudandoestratégias mais avançadas,veremos que não é tão difícil quantoparece.

1

2

3

12

3

PV

PC

Com esta aula, encerramos a primeira fase do curso. O que aprenderam sobre a Teoria de Dow eanálise dos gráficos de barras, como verão mais adiante, já se constitui num poderoso ferramentalpara enfrentar o mercado.

Entretanto, fica faltando a prática. Embora estas seis primeiras aulas representem apenas 25%do curso, em termos operacionais, elas representarão mais de 50%, quando da aplicação dametodologia operacional que iremos desenvolver. Esta metodologia só fará sentido para você,se estiver afiado na observação dos gráficos. Examinar um gráfico e poder visualizar suasprincipais tendências será determinante na colocação dos estopes. A mecânica das linhas detendências também terá um papel preponderante nas definições dos pontos de entrada, bemcomo, na colocação dos estopes. A procura pelo reconhecimento dos padrões gráficos serviráde treinamento na observação de um gráfico e dos seus detalhes. Enfim, nada do que vimosterá valor se não praticar. Se possível, adquira papel quadriculado e tente fazer algunsgráficos manualmente. É um ótimo treinamento e foi assim que me familiarizei com eles. Foiassim, também, que aprendi a traçar as linhas de tendência. É preciso trabalhar! Se nãohouver dedicação, você não alcançará sua independência. Como apoio, observe os gráficosda revista Timing. Vá tentando imaginar porque a estratégia foi feita desta maneira ou daquela.Associe com o cenário geral do mercado. Reflita porque um estope foi colocado aqui ou ali,porque mudou de lugar, etc. Com o conhecimento adquirido até aqui, já pode perceber muitacoisa.

Entrando no site da Apligraf, você poderá solicitar uma demonstração grátis por 30 dias do seuprograma mais sofisticado em versão windows. Só terá que fazer o download. Vem acompanhado deum guia para se movimentar à vontade pelo programa e com um banco de dados completo. Tambémpoderá recorrer ao suporte que a empresa oferece. É um serviço da melhor qualidade, com jovensextremamente educados e atenciosos, prontos para resolverem qualquer tipo de problema que possavir a enfrentar.

Na semana que vem, não haverá aula. Ela será substituída por uma prova para que possa fazer umaauto-avaliação. As respostas serão enviadas juntamente com a aula 7.

Testes de assimilação do conteúdo da aula 6Testes de assimilação do conteúdo da aula 6

1. Tique na coluna apropriada quais, dos padrões abaixo, são de reversão, continuação ou ambos:

Padrão C R Padrão C R Padrão C RCabeça e Ombros Triângulo Descendente Triângulo AscendenteBandeira Alargamento Topo/Fundo DuploTriângulo Simétrico Cunha Ilha de ReversãoDiamante Topo/ Fundo Arredondado Topo/Fundo TriploTopo/Fundo em Cone Flâmula Pá de Ventilador

2. Combine o padrão com a definição:

(a) Topo/Fundo Triplo

( ) Tanto pode ser descrito como uma cabeça e ombros mais ou menos complexacom uma linha de pescoço em forma de “V”, ou como uma formação de alargamentoque, após duas ou três oscilações, transforma-se subitamente num triângulo regular,sempre muito próximo da forma simétrica.

(b) Topo/fundo Arredondado

( ) Pode ser descrita como uma pequena e compacta congestão separada domovimento que leva à sua formação (geralmente muito rápido) por um gap deexaustão, e do movimento que se segue na direção oposta (também muito rápido)por um gap de fuga.

(c) Formação de Alargamento

( ) Algumas vezes, após a perfuração de uma linha de tendência, os preços depoisde declinarem tentam se recuperar e sobem de volta até a linha perdida, agora umaresistência (1). Nesse ponto atingido pela queda após a perfuração, de onde omercado tentou voltar para a linha de tendência de alta, você traçará uma nova linhade tendência, que também será perfurada (2). Após uma nova tentativa derecuperação, que também falhará, uma nova linha sertã traçada (3). A perfuraçãodessa terceira linha é, normalmente, um importante sinal de venda, pois indicareversão de tendência. O inverso é válido para uma linha de tendência de baixa,ocorrendo na perfuração da terceira linha um ponto de compra.

(d) Diamante

( ) Uma extensão dos padrões múltiplos de cabeça e ombros em que a batalha doscompradores e vendedores se processa de modo menos violento, sobre um períodode tempo mais longo, em que a mudança progressiva de uma força predominantepara outra, torna-se claramente aparente.

(e) Ilha de Reversão ( ) Por não expressarem uma mudança gradual na tendência, não estãoclassificados como padrões clássicos de reversão

(f) Pá de Ventilador

( ) Pode ser definido como um dia de volume extremamente alto, excedendo comsobras o volume de qualquer dia anterior durante meses. Surge após um avançolongo e firme, sobre o qual o volume foi crescendo gradualmente. Num dia qualquer,após a abertura do pregão, os preços são empurrados para cima como se nada ospudesse deter.

(g)Topos/Fundos em Cone( ) Seus topos são largamente espaçados, profundos e, normalmente com correçõesarredondadas entre eles. O volume é caracteristicamente menor sobre o segundoavanço do que no primeiro, e ainda menor no terceiro.

(h) Dia de Reversão( ) São muito raras e surgem apenas no fim ou nas fases finais de um longomercado de alta. Normalmente, assumem o aspecto de um triângulo simétricoinvertido, podendo também parecer com os triângulos ascendentes e descendentes.

3. A definição, abaixo, de Topo Triplo está correta?

Seus topos são largamente espaçados, profundos e, normalmente com correções arredondadasentre eles. O volume é caracteristicamente maior sobre o segundo avanço do que no primeiro, eainda maior no terceiro. Os três topos não precisam ter intervalos tão longos quanto os dois queconstituem um Topo Duplo e, também, não precisam ter a mesma distância entre si.

S N

4. Associe, de acordo com definição:

a) Gap de exaustão ( ) Aparece em conexão com formações de congestão de preços, mas se desenvolve na conclusãoda formação, no movimento que leva os preços para fora do padrão.

b) Gap de medida( ) É o mais comum e deve seu nome ao fato de ocorrer dentro de áreas de congestão e, tambémpor este motivo, não trazer maiores implicações, sendo normalmente fechado em poucos dias.Surge, com maior predominância, dentro dos triângulos e retângulos.

c) Gap de Área( ) Surge com menos freqüência do que os demais, mas de longe carrega muito mais significadotécnico, porque nos permite uma indicação aproximada da provável extensão do movimento aseguir após a sua ocorrência. Por esta razão, algumas vezes é chamado de gap de medida.

d) Gap de Fuga( ) Caracteriza o fim da tendência. Surge normalmente depois de algum tempo de tendência,provavelmente após você já ter visto, neste movimento, outros gaps, embora isso não seja umapré-condição.

5. Topos Arredondados surgem com mais freqüência nas ações de preços ______ e FundosArredondados nas ações de preços _____ .

6. Examine o gráfico abaixo e veja quantos padrões de reversão e continuação consegue identificar:

Respostas dos testes de assimilação da aula 6Respostas dos testes de assimilação da aula 6

1.Padrão C R Padrão C R Padrão C R

Cabeça e Ombros √ √ Triângulo Descendente √ √ Triângulo Ascendente √ √Bandeira √ Alargamento √ Topo/Fundo Duplo √Triângulo Simétrico √ √ Cunha √ √ Ilha de Reversão √Diamante √ Topo/ Fundo Arredondado √ Topo/Fundo Triplo √Topo/Fundo em Cone √ Flâmula √ Pá de Ventilador √

2.

(a) Topo/Fundo Triplo

(d) Tanto pode ser descrito como uma cabeça e ombros mais ou menos complexacom uma linha de pescoço em forma de “V”, ou como uma formação de alargamentoque, após duas ou três oscilações, transforma-se subitamente num triângulo regular,sempre muito próximo da forma simétrica.

(b) Topo/fundo Arredondado

(e) Pode ser descrita como uma pequena e compacta congestão separada domovimento que leva à sua formação (geralmente muito rápido) por um gap deexaustão, e do movimento que se segue na direção oposta (também muito rápido)por um gap de fuga.

(c) Formação de Alargamento

(f) Algumas vezes, após a perfuração de uma linha de tendência, os preços depoisde declinarem tentam se recuperar e sobem de volta até a linha perdida, agora umaresistência (1). Nesse ponto atingido pela queda após a perfuração, de onde omercado tentou voltar para a linha de tendência de alta, você traçará uma nova linhade tendência, que também será perfurada (2). Após uma nova tentativa derecuperação, que também falhará, uma nova linha sertã traçada (3). A perfuraçãodessa terceira linha é, normalmente, um importante sinal de venda, pois indicareversão de tendência. O inverso é válido para uma linha de tendência de baixa,ocorrendo na perfuração da terceira linha um ponto de compra.

(d) Diamante

(b) Uma extensão dos padrões múltiplos de cabeça e ombros em que a batalha doscompradores e vendedores se processa de modo menos violento, sobre um períodode tempo mais longo, em que a mudança progressiva de uma força predominantepara outra, torna-se claramente aparente.

(e) Ilha de Reversão (g) Por não expressarem uma mudança gradual na tendência, não estãoclassificados como padrões clássicos de reversão

(f) Pá de Ventilador

(h) Pode ser definido como um dia de volume extremamente alto, excedendo comsobras o volume de qualquer dia anterior durante meses. Surge após um avançolongo e firme, sobre o qual o volume foi crescendo gradualmente. Num dia qualquer,após a abertura do pregão, os preços são empurrados para cima como se nada ospudesse deter.

(g)Topos/Fundos em Cone(a) Seus topos são largamente espaçados, profundos e, normalmente comcorreções arredondadas entre eles. O volume é caracteristicamente menor sobre osegundo avanço do que no primeiro, e ainda menor no terceiro.

(h) Dia de Reversão(c) São muito raras e surgem apenas no fim ou nas fases finais de um longomercado de alta. Normalmente, assumem o aspecto de um triângulo simétricoinvertido, podendo também parecer com os triângulos ascendentes e descendentes.

3. Não. O correto com respeito ao volume seria: O volume é caracteristicamente menor sobre osegundo avanço do que no primeiro, e ainda menor no terceiro

4. Associe, de acordo com definição:

a) Gap de exaustão (d) Aparece em conexão com formações de congestão de preços, mas se desenvolve naconclusão da formação, no movimento que leva os preços para fora do padrão.

b) Gap de medida(c) É o mais comum e deve seu nome ao fato de ocorrer dentro de áreas de congestão e, tambémpor este motivo, não trazer maiores implicações, sendo normalmente fechado em poucos dias.Surge, com maior predominância, dentro dos triângulos e retângulos.

c) Gap de Área(b) Surge com menos freqüência do que os demais, mas de longe carrega muito mais significadotécnico, porque nos permite uma indicação aproximada da provável extensão do movimento aseguir após a sua ocorrência. Por esta razão, algumas vezes é chamado de gap de medida.

d) Gap de Fuga(a) Caracteriza o fim da tendência. Surge normalmente depois de algum tempo de tendência,provavelmente após você já ter visto, neste movimento, outros gaps, embora isso não seja umapré-condição.

5. Topos Arredondados surgem com mais freqüência nas ações de preços altos e FundosArredondados nas ações de preços baixos .

6.

Teste de avaliação das primeiras 6 aulasTeste de avaliação das primeiras 6 aulas

Parte A– Questões teóricas

1. Dos conceitos abaixo, quais se encaixam com os conceitos de suporte e resistência:

a) as compras e vendas estão equilibradas;b) não pode ser penetrado(a);c) é um nível de preço abaixo do mercado;d) é um nível de preço acima do mercado;e) a pressão das compras supera a das vendas;f) se não for ultrapassada, os preços viram para baixo;g) se não forem ultrapassados, os preços viram para cima;h) a pressão das vendas supera a das compras;

Respostas para suporte Respostas para resistência:1. C, E e G 1. B, D e G2. B, E e G 2. D, E e H3. A, B e H 3. D, F e H4. B, E e F 4. A, F e G5, C, E e F 5. E, F e G

2. Assinale com falso ou verdadeiro os conceitos e definições abaixo:

a) O preço de fechamento de uma barra tende a refletir a opinião dos leigos.b) A distância entre a máxima e a mínima de qualquer barra revela a intensidade do conflitoentre compradores e vendedores.c) Ponto de retorno é o nível mais alto alcançado por uma perna de alta ou de baixa.d) Fundos são zonas de suporte e topos são zonas de resistência.e) Quanto menor o volume numa área de suporte/resistência, mais forte ela é.f) Estope de entrada ou inicial e de proteção são níveis de preços que uma vez atingidos deve-se encerrar a operação que estiver em andamento.g) O ziguezague é o menor padrão da direção de um preço.h) A teoria de Dow é a mais antiga da análise técnica.i) Um nível de suporte uma vez ultrapassado converte-se num nível de resistência e vice-versa.j) Quanto maior a amplitude de uma área de congestão, mais forte ela é.

3. Relacione de acordo com o tempo de duração:

a) Tendência primária a) Menos de seis dias a três semanasb) Tendência secundária b) De três semanas a alguns mesesc) Tendência terciária c) De seis meses ou mais

4. De acordo com a teoria de Dow, para efeito de avaliação das condições do mercado são usadosapenas os preços:

a) médiosb) máximosc) fechamentosd) mínimose) nenhum deles

5. Durante sua construção, quais dos padrões de continuação, abaixo, dão uma pista antecipadasobre o lado que ocorrerá a penetração:

a) retângulo; b) triângulo simétrico; c) cunha de alta; d) triângulo ascendente; e) cunha de baixa; f)triângulo descendente.

6. O que são periodicidades conflitantes das tendências?

a) Situações em que diferentes sinais sobre um mesmo mercado divergem;b) Situações em que os sinais de um mesmo mercado divergem em função da periodicidade;c) Situações em que os sinais de mercados diferentes divergem entre si;

7. Que aspectos devem ser considerados para se identificar fundos ou topos duplos de fundos outopos reflexos?

a) Comportamento do volume;b) o tempo entre a formação dos dois topos;c) o segundo topo precisa ter exatamente a mesma altura do primeiro;d) o profundidade da correção entre os topos.

8. Conecte de acordo com as conceituações:

(a) Gaps ( ) Uma extensão dos padrões múltiplos de cabeça e ombros emque a batalha dos compradores e vendedores se processa de ummodo menos violento.

(b) Topos Fundos Arredondados ( ) Intervalo de preços, onde, no momento de sua ocorrência,nenhuma ação mudou de mãos.

(c) Dia de Reversão ( ) Dia de volume extremamente alto, excedendo com sobras ovolume de qualquer dia anterior durante meses. Surge após longosmovimentos.

9. Defina com suas palavras o que é análise técnica.R._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10. Defina: a) tendência de alta; b) tendência de baixa; c) tendência indefinida ou lateral.

TA_______________________________________________________________________________TB_______________________________________________________________________________TL_______________________________________________________________________________

11. Como entende o significado de um dos princípios da teoria de Dow que afirma: os índicesdescontam tudo – (exceto “Atos de Deus?R.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12. Complete as frases abaixo:a) A tendência primária de alta é formada por uma ....................... de ...................... e

...................... secundárias, onde cada movimento de alta ultrapassa o ............. anterior e cadamovimento de baixa volta a ............... de um nível mais alto do que o ............... anterior.

b) A tendência secundária de baixa é formada por uma sucessão de ................ e ............terciárias, onde cada perna de baixa ...................... o fundo do movimento anterior e cadaperna de ....... volta a cair de um nível mais ........... do que o topo ...............

13. Quando fica caracterizada a reversão de uma tendência de alta?R._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14. O que é uma congestão de preços do ponto de vista da análise gráfica?R.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

15. Qual o significado do “Princípio da Confirmação” da teoria de Dow?R.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

16. Qual a primeira condição para se traçar uma linha de tendência?R. _______________________________________________________________________________

17. Quais são os cinco fatores a serem avaliados para se definir a importância de uma linha detendência?

R1.___________________________________R2.___________________________________R3.___________________________________R4.___________________________________R5.___________________________________

18. O que você entende por estope de entrada e de proteção?R.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

19. Quais as principais características dos Topos e Fundos Triplos?R._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

20. O que é um gap de medida e quais são as suas implicações?R.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Parte B – Questões práticas:

1. Baseado no que aprendeu sobre objetivos mínimos e como operar o padrão cabeça e ombros,observe as informações contidas no gráfico abaixo e responda:

a) Qual o objetivo mínimo do movimento após a penetração da linha de pescoço de 31,50?b) Em que nível poderia ter feito sua primeira compra e qual teria sido seu estope de entrada?c) Em que nível teria feito sua segunda compra e para onde teria movimentado o estope para

proteger as duas compras?d) Onde se dará a próxima compra e para onde deverá ser movimentado seu estope para

proteger toda a sua posição?

2. Baseado nos dois métodos convencionais para objetivos mínimos do movimento após apenetração de um triângulo simétrico, calcule duas projeções para a penetração abaixo:

3. Admitindo que o padrão do gráfico abaixo é um Fundo Duplo, determine onde ocorreria o ponto decompra e qual o objetivo mínimo projetado para o movimento a seguir:

4. Observe atentamente o padrão Cabeça e ombros de reversão de topo abaixo e responda:a) Quantas vendas poderiam ter sido feitas e onde;b) Quantas delas teriam sido estopadas;c) Quais as duas projeções de objetivos mínimos obtidas para o movimento após o corte das

linhas de pescoço.

5. Respondendo a uma dúvida levantada no último chat, pergunto:observando a Cabeça e Ombrosdo gráfico acima, que outro padrão poderia ser atribuído ao mesmo desdobramento e onde teriaocorrido a venda? Para resposta do ponto de venda basta dizer se teria sido acima ou abaixo da LP1.

6. Observe a região do fundo do gráfico abaixo e responda:a) Que padrões de reversão podem estar se desenvolvendo;b) Projete os objetivos mínimos de alta dos padrões encontrados.

7. Observe atentamente o gráfico abaixo e tente antecipar que padrões de reversão poderão seformar a partir do estágio corrente do gráfico.

Observações:A) Cada questão teórica vale 0,25 pontos;B) A questão prática “4” vale 2 pontos;C) As demais questões práticas valem 0,5 pontos cada;D) Você mesmo poderá corrigir a sua prova. Aqueles que quiserem me enviar sua prova antes da publicação

dos resultados para que eu a corrija, estarão concorrendo a três prêmios: primeiro prêmio: um dos últimosexemplares da primeira edição do meu livro de análise técnica; segundo prêmio: “Timing” do Granville;terceiro prêmio: “A Sabedoria dos Tempos” de Welles Wilder.

E) Se houver empate na nota mais alta, os prêmios serão sorteados entre elas de acordo com critério ainda aser definido, no dia seguinte ao conhecimento dos resultados.

Teste de avaliação das primeiras 6 aulasTeste de avaliação das primeiras 6 aulas

Parte A – Questões teóricas

1. Suporte: 1 – Resistência: 3

2. Assinale com falso ou verdadeiro os conceitos e definições abaixo:

F a) O preço de fechamento de uma barra tende a refletir a opinião dos leigos.V b) A distância entre a máxima e a mínima de qualquer barra revela a intensidade do conflito

entre compradores e vendedores.F c) Ponto de retorno é o nível mais alto alcançado por uma perna de alta ou de baixa.V d) Fundos são zonas de suporte e topos são zonas de resistência.F e) Quanto menor o volume numa área de suporte/resistência, mais forte ela é.V f) Estope de entrada ou inicial e de proteção são níveis de preços que uma vez atingidos deve-

se encerrar a operação que estiver em andamento.V g) O ziguezague é o menor padrão da direção de um preço.F h) A teoria de Dow é a mais antiga da análise técnica.V i) Um nível de suporte uma vez ultrapassado converte-se num nível de resistência e vice-versa.V j) Quanto maior a amplitude de uma área de congestão, mais forte ela é.

3. Relacione de acordo com o tempo de duração:

a) Tendência primária a) Menos de seis dias a três semanasb) Tendência secundária b) De três semanas a alguns mesesc) Tendência terciária c) De seis meses ou mais

4. Fechamentos

5. Cunha de alta; triângulo ascendente; cunha de baixa; triângulo descendente.

6. Situações em que os sinais de um mesmo mercado divergem em função da periodicidade;

7. O tempo entre a formação dos dois topos e a profundidade da correção entre os topos.

8. Conecte de acordo com as conceituações:

(a) Gaps ( b ) Uma extensão dos padrões múltiplos de cabeça e ombros emque a batalha dos compradores e vendedores se processa de ummodo menos violento.

(b) Topos Fundos Arredondados ( a ) Intervalo de preços, onde, no momento de sua ocorrência,nenhuma ação mudou de mãos.

(c) Dia de Reversão ( c ) Dia de volume extremamente alto, excedendo com sobras ovolume de qualquer dia anterior durante meses. Surge após longosmovimentos.

9. É a ciência que busca encontrar através de padrões gráficos que se repetem de tempos emtempos, associado a indicadores matemáticos-estatísticos incidentes sobre os preços, volumes econtratos em aberto, um caminho para se projetar o futuro desenvolvimento dos preços.

10. Tendência de Alta: Uma sucessão de topos e fundos ascendentes;Tendência de Baixa: Uma sucessão de topos e fundos descendentes;Tendência Indefinida ou Lateral: Uma sucessão de topos fundos lateralmente irregulares.

11. Refletindo aatividade combinada de milhares de investidores, os índices nas suas flutuações dodia-a-dia, descontam tudo que é conhecido, tudo que é previsível e tudo que de alguma forma possaafetar a oferta e procura dos ativos negociados.

12.a) A tendência primária de alta é formada por uma sucessão de subidas e descidas secundárias,

onde cada movimento de alta ultrapassa o topo anterior e cada movimento de baixa volta asubir de um nível mais alto do que o fundo anterior.

b) A tendência secundária de baixa é formada por uma sucessão de descidas e subidasterciárias, onde cada perna de baixa ultrapassa o fundo do movimento anterior e cada pernade alta volta a cair de um nível mais baixo do que o topo anterior.

13. Quando após uma falha na tentativa de ultrapassar o topo anterior numa tendência de alta, ospreços se desdobram num ziguezague descendente.

14. È uma região delimitada por um nível de resistência e outro de suporte onde os preçospermanecem oscilando no seu interior durante um período de tempo.

15. Uma tendência só é válida quando pode ser confirmada através de dois índices de composiçõesdistintas.

16. a existência de dois fundos e um topo entre eles ou o inverso, a existência de dois topos e umfundo entre eles.

17. Periodicidade, comprimento, o número de toques, sua inclinação e seu volume.

18. São níveis de preço onde uma operação deve ser interrompida.

19. Seus topos são largamente espaçados, profundos e, normalmente com correções arredondadasentre eles. O volume é caracteristicamente menor sobre o segundo avanço do que no primeiro, eainda menor no terceiro.

20. O que é um gap de medida e quais são as suas implicações?R. O gap de medida, diferentemente dos demais, nos permite projetar a extensão do próximomoviemento na direção em que ele ocorreu. Geralmente, o movimento anterior é duplicado.

Parte B – Questões práticas:

1.a) 39,50.b) No corte da LTB que sai do segundo topo de 31,5 e o estope teria sido o fundo de 28,50.Em

que nível poderia ter feito sua primeira compra e qual teria sido seu estope de entrada?c) A segunda compra teria sido feita no corte da LP e o estope ainda seria o da compra inicial.d) A próxima compra se dará na ultrapassagem do topo de 33,90 e o estope deverá subir para

30,70, um pouco abaixo do novo fundo anterior.

2. Dobrando a altura da base = -4,00. Traçando uma paralela da linha superior do triângulo =aproximadamente 1,30.

3. O ponto de compra seria na ultrapassagem de de 3,63 e a projeção do objetivo mínimo seria até5,60.

4. Observe atentamente o padrão Cabeça e ombros de reversão de topo abaixo e responda:a) Cinco. Nos locais assinalados no gráfico abaixo;b) Nenhuma;c) Pela LP = 12,68; pela LP1 = 11,34.

5. Pá de Ventilador e o ponto de venda teria ocorrido antes do corte da LP1.

6. Entre outros: triângulo simétrico, triângulo ascendente e cabeça e ombros.

7. Formação de Alargamento, Topo Duplo - seguindo o traçado da linha azul, Cabeça e ombros deReversão – seguindo o traçado da linha vermelha, Diamante, etc.

Observações:A) Cada questão teórica vale 0,25 pontos;B) A questão prática “4” vale 2 pontos;C) As demais questões práticas valem 0,5 pontos cada;D) Você mesmo poderá corrigir a sua prova. Aqueles que quiserem me enviar sua prova antes da publicação

dos resultados para que eu a corrija, estarão concorrendo a três prêmios: primeiro prêmio: um dos últimosexemplares da primeira edição do meu livro de análise técnica; segundo prêmio: “Timing” do Granville;terceiro prêmio: “A Sabedoria dos Tempos” de Welles Wilder.

E) Se houver empate na nota mais alta, os prêmios serão sorteados entre elas de acordo com critério ainda aser definido, no dia seguinte ao conhecimento dos resultados.

IIINNNDDDIIICCCAAADDDOOORRREEESSS DDDEEE TTTIIIMMMIIINNNGGG::: OOOSSSCCCIIILLLAAADDDOOORRREEESSS EEE RRRAAASSSTTTRRREEEAAADDDOOORRREEESSS

Indicadores de Timing são ferramentas que nos permitem avaliar a saúde geral do mercadoconfirmando ou não as tendências em andamento, bem como, o estágio sobre-comprado ou sobre-vendido em que ele se encontra.

Dizem as pessoas mais antigas de Wall Street que seu aparecimento ocorreu na década de 40,quando alguns artilheiros anti-aéreos que haviam retornado da Segunda-Guerra mundial foramtrabalhar no mercado e passaram a utilizar as média móveis para se posicionar diante dele conformeposicionavam seus canhões sobre os aviões inimigos. As décadas de 60 e 70 registram sua grandeexpansão e a de 80, com o advento dos computadores de uso pessoal, sua popularização.

Acredito que alguns de vocês já tenham ouvido falar no Moving Average Convergence-Divergence(MACD), ou no Movimento Direcional (MDI), ou no Parabólico, ou no Índice de Força Relativa, ou noEstocástico, etc. São alguns dos rastreadores e osciladores mais conhecidos. Entretanto, não serásobre eles que focalizaremos nossos estudos. Por uma questão de simplicidade e facilidade na sualeitura ou interpretação, aqui trabalharemos apenas com as médias móveis, a Linha de Avanços eDeclínios (LAD) e o Saldo do Volume (On Balance Volume – OBV). No final desta seção, veremos umpouco de cada um deles, mas apenas com o objetivo de criação de cultura. Àqueles que desejaremse aprofundar fornecerei bibliografia especializada.

Médias Móveis: a espinha dorsal

As médias móveis são um dos indicadores mais populares e a base de quase todos os outros, poistodos eles são a média móvel de alguma coisa. Por exemplo, o MACD é um indicador composto por 3médias móveis exponenciais de periodicidades diferentes dos preços de fechamento; o MovimentoDirecional é uma média móvel das diferenças do que a barra de um dia foi além ou aquém da barrado dia anterior; o Estocástico é uma média móvel da relação entre cada preço de fechamento e asmáximas e mínimas recentes. Enfim, o alicerce da grande maioria dos indicadores é a média móvel.Na análise técnica, as mais utilizadas são as médias móveis aritméticas ou simples, geométricas ouponderadas e exponenciais. Para efeito didático trabalharemos apenas com as médias simplescalculadas sobre os preços de fechamento de cada dia (ou barra), como elas são mais comumenteutilizadas. Cabe ressaltar, entretanto, que alguns estudos utilizam as máximas, as mínimas ou asmédias. Tudo depende do fim a que se destina.

O que é uma média móvel? Seja ela aritmética, geométrica ou exponencial, é uma média extraída deum corpo de dados seqüenciais numa janela de tempo. Assim, uma média móvel de 10 períodos (oubarras), mostra o preço médio do fechamento dos últimos 10 períodos (ou barras). No décimoprimeiro dia, substitui-se o preço de fechamento do primeiro dia (ou barra) pelo preço de fechamentodo décimo-primeiro e calcula-se uma nova média, e assim sucessivamente. Ao conectar os pontosdas médias móveis de cada dia, você cria a linha da média móvel. O primeiro ponto de uma médiamóvel surge de acordo com a periodicidade em que está sendo calculada. Numa média móvel de 10dias, por exemplo, o primeiro ponto aparece no décimo dia.

O principal objetivo de uma média móvel é o de nos informar se começou ou terminou umatendência dos preços. Por ser uma média calculada sobre dados passados, ela não prediz, apenasreage com uma pequena defasagem de tempo em relação aos movimentos dos preços. Portanto, elasegue, mas não lidera ou antecipa os preços. Sua característica principal é fazer com que omovimento do gráfico de preço fique mais suave, tornando mais fácil à visualização da tendênciabásica.

Tomemos como exemplo, odiagrama ao lado.

No quadro superior, observamos ospreços de fechamento de umaseqüência de 14 dias (ou períodos)de um ativo qualquer. Sobre eles,iremos calcular uma média móvel de10 períodos.

O primeiro ponto da média só podeser calculado no décimo dia. Seucálculo é simples e a fórmula é a

seguinte:

M.M.A. = P1+P2+P3 ....... + PnN

Onde, P é o preço de fechamento no período de 1 a n e N, o número de períodos da média móvel.

No quadro inferior do diagrama acima, podemos ver de uma forma simples sua mobilidade e os cincoprimeiros pontos calculados com a fórmula acima. Foram somados todos os preços sob as linhashorizontais coloridas e divididos por 10 obtendo-se os pontos correspondentes que, conectados,formarão a linha da média móvel. No exemplo abaixo, utilizando os dados ali apresentados, podemosver o gráfico dos preços e sob ele a linha da média móvel aritmética plotada a partir do décimo dia.

Ao observar-se uma média móvel, o que nos interessa é a sua inclinação. Quando ela sobe, mostraque o mercado está ficando mais otimista (altista). Quando ela cai, mostra que o mercado estáficando pessimista (baixista). Quando o mercado está mais altista do que antes, os preços sobemacima da média móvel e, quando está mais baixista do que antes, os preços caem abaixo da médiamóvel.

Quanto menor aperiodicidade utilizada para o cálculo da média, mais próxima ela se movimenta dospreços e, inversamente, quanto maior a periodicidade mais afastada ela fica dos preços.

18

17

16

15

14

13

12

11

10

1D 2D 3D 4D 5D 6D 7D 8D 9D 10D 11D 12D 13D 14D 15D

..

.. .

..

..

..

..

.

. . . . .

1D 2D 3D 4D 5D 6D 7D 8D 9D 10D 11D 12D 13D 14D

10 11 13 12 12 13 14 15 13 15 16 17 18 17

1D 2D 3D 4D 5D 6D 7D 8D 9D 10D 11D 12D 13D 14D

12,8 13,4 14 14,5 15

Introduzi no gráfico doIBX, ao lado, duasmédias móveis simples:uma de 3 períodos eoutra de 21 períodos.Como vê, a linha damédia mais curta(vermelha) andapraticamente junto comos preços e a de 21(azul) mais afastada.

Enquanto os preçoscortam a média maiscurta para cima e parabaixo a todo instante,na mais longa afreqüência dos cortes émuito menor. Qual a

vantagem de se utilizar uma ou outra? Ou, em outras palavras, qual é o tamanho ou a periodicidadeideal de uma média móvel? Depende do objetivo!

Se for para servir como ponto de suporte ou resistência, terá uma medida; se for para capturar pontosde retorno numa congestão, terá outra; se for para rastrear uma tendência, outra e ainda; para servirde estope, terá outra.

Observando o gráfico acima, você pode notar, por exemplo, que a média de 3 períodos não se prestacomo indicador de tendência, pois os preços movem-se praticamente o tempo todo costurando sobreela. Já a de 21 períodos, consegue capturar boa parte das tendências, podendo ser utilizada comoum indicador de tendência.

Agradecimento :

Há pouco senti uma sensação inexplicável, de enorme satisfação! Por uma casualidade, há alguns minutos atrás,precisei entrar na sala do fórum, onde raramente entrei, até agora! Dei de cara com a seguinte mensagem:

“A linha de resistência é o "local" onde existem mais vendedores do que compradores, logo há uma pressão paraqueda dos preços. Sendo assim, é um ponto de venda, ou seja, aliado a outros indicadores, a venda é indicada nestemomento. Caso a linha de resistência seja rompida, significa que agora o que era caro ficou barato, logo o preço doativo irá buscar a próxima resistência, mais alta. Para projetar qual a próxima resistência são usadas estratégias comoa simetria, onde acredita-se que a história se repete, ou seja, observa-se o histórico do gráfico e repete-se os últimosmovimentos, por exemplo: Se houve um aumento de 20% antes de romper a resistência, projeta-se um aumento de20% - claro que não é tão simples assim, mas é um meio bem simplificado de explicar. No próprio Investshop existeum curso virtual de análise técnica, feito pelo Marcio Noronha. É bem legal e ainda está no começo, sexta aula (as 4primeiras são grátis). É um bom jeito de começar.

Bel_Marques (19/01/01 18:27)

Num curso virtual, a sensação mais desagradável é a falta de retorno. Você está do lado de cá, passa uma mensageme não consegue ouvir o baque. Ao ler as linhas acima, senti que meu esforço de tentar mostrar um caminho está sendocorrespondido e assimilado. Me senti recompensado. Obrigado, Bel!

Observação: após ter lido o texto da Bel, resolvi ler mais alguns comentários para ter uma idéia da dinâmica do fórum.Qual não foi a minha surpresa ao me deparar com um texto que não me lembrava de tê-lo escrito. Depois ter lido umastrês linhas, tive que reler para perceber que não fora eu que o escrevera. Tive a minha segunda alegria do dia:descobri que já tenho um discípulo que ass imilou tão bem a minha concepção de simetria que chegou a me confundir.Era a prova que precisava! Se consegui deixar tão claro para um no primeiro curso da revista Timing, há dois anosatrás, poderei deixar para muitos, no decorrer deste!

A média móvel de 200 dias é ótima para confirmar a mudança da tendência primária domercado. Coloquem-na sobre seus gráficos e notem como quando ela inverte sua direção, otopo/fundo principal já ficou para trás há algum tempo.

As médias móveis podem ser posicionadas de três maneiras diferentes em relação ao gráfico depreço. A posição normal é se colocar o último valor da média alinhado com a última barra do gráficode preço. Alguns analistas, objetivando diminuir o número de sinais falsos, a deslocam para a direita,para que haja necessidade de mais tempo para uma perfuração e outros, estudiosos de ciclos,preferem antecipa-la, centralizando-a para melhor percepção do ciclo.

No gráfico acima, introduzi uma média móvel de 21 períodos ocupando as três posições em que elapode ser visualizada. A linha vermelha está posicionada da forma normal; na posição da linha azul,ela foi atrasada de modo que seus pontos de retorno fiquem alinhados com os pontos de retorno dográfico; na linha verde ela está postecipada, visando diminuir o número de penetrações falsas.

Disse, há pouco, que amédia móvel de 3 períodos,não se presta comosinalizador da tendência.Entretanto, deslocada paraa direita, funciona commuita precisão como nívelde estope de entrada e deproteção da operação emandamento. Observe, nográfico ao lado, como ela sepresta na captura depossíveis reversões datendência em andamento ecomo pode ser utilizadacomo estope de entrada ede saída.

Sistemas operacionais:

Além de serem utilizadas para as funções a que me referi nos parágrafos anteriores, outra maneirade utilizar uma ou mais médias móveis, é na construção de sistemas operacionais manuais oucomputadorizados.

Na sua forma mais simples, estes sistemas consistem apenas do cruzamento dos preços através dalinha da média. Para utiliza-los, inicialmente deve-se selecionar uma média móvel que comprove tertido um desdobramento confiável durante os momentos em que o ativo se manteve em tendência,bem como, na captura dos pontos de reversão das tendências anteriores.

Para tal, necessita-se de um programa (o programa de análise metastock permite construir macros)que possa, utilizando um banco de dados com histórico que abranja diferentes tendências, testardiferentes periodicidades de uma média móvel associada aos cruzamentos dos preços sobre ela.Será necessário que o programa esteja projetado para testar uma variedade de médias e osrespectivos comandos de compra e venda gerados pelos cruzamentos para cima e para baixo. Nofinal, deverá lhe apresentar um relatório informando quais as combinações mais lucrativas (a melhormédia), qual a maior seqüência de operações lucrativas, qual a maior seqüência de operaçõesdeficitárias, qual a operação que forneceu o maior lucro isolada, o maior prejuízo, etc. Veja umexemplo manual, abaixo:

No exemplo acima, introduzi uma média móvel de 5 períodos e outra de 21 períodos.Desconsiderarei a de 5 porque, como pode verificar, os sinais de compra e venda se confundem atodo o tempo e, com certeza, o desempenho do sistema será desastroso.Supondo que o seuprograma estivesse testando a média móvel de 21 períodos e os cruzamentos dos preços sobre ela,para efeito de avaliação, ele pegaria o primeiro cruzamento para baixo (PV) e assumiria como umavenda. No primeiro cruzamento que ocorresse para cima ele assumiria como uma compra (PC) eguardaria na memória o resultado obtido. Terminada a varredura sobre o banco de dados utilizado,arquivaria o somatório dos resultados positivos e negativos. No final, lhe apresenta um relatório das

periodicidades testadas. Embora simples, é muita provável que o seu desempenho tenha sido piordo que o do sistema no período analisado.

Não me lembro exatamente quem, embora ache que tenha sido Richard Donchian, começou adesenvolver métodos operacionais utilizando médias móveis. Nas suas pesquisas, acaboupercebendo que existe uma alternância entre os melhores momentos das médias. Existem momentosque ora é melhor usar uma curta, ora uma longa. Por que, então, não usá-las combinada? Por quenão usar uma mais longa, portanto menos sensível às pequenas correções, para definir a tendência euma mais curta, com propósitos de timing. Compare o gráfico da página anterior com este visto sobeste novo prisma:

Veja que diferença! Os pontos de compra e de venda foram minimizados e, se fizer os cálculos,embora tenha operado um menor número de vezes, lucrou muito mais. Note como muitos sinaisfalsos foram eliminados.

Partindo do mesmo princípio, isto é, que o cruzamento de duas médias é melhor do que ocruzamento de uma média, o cruzamento de três médias deveria ser melhor ainda. Bem, o que possodizer a respeito é que durante um longo período em que fiz pesquisas para encontrar um sistemaótimo, nunca encontrei nenhum combinando três médias que pudesse se enquadrar entre osmelhores sistemas. Mas, existem muitos analistas que seguem este modelo.

A linha de avanços e declínios: a ferramenta mais simples e a mais importante deste curso:

Em 1984 adquiri o livro “GRANVILLE”S New Strategy of Daily Stock Market Timing for MaximumProfit”. Na medida em que fui lendo seu conteúdo, minha visão sobre o mercado foi mudando paramelhor. Seu autor (Joseph Granville), na minha modesta opinião, um dos grandes gênios domercado, dotado de enorme capacidade perceptiva e criativa, entre outras descobertas, criou duasferramentas extraordinárias: A linha de avanços e declínios (LAD) e o Saldo do Volume (OBV).

Ambas de construção muito simples, não me permitem que hoje olhe para o mercado sem antessaber o que elas e as suas variantes estão dizendo.

O que pode ser mais simples para se conhecer a saúde interna do mercado do que o saldo diárioentre as ações que subiram e caíram. O que poderá refletir melhor do que isto a força predominantedo mercado? A LAD de avanços e declínios é um indicador técnico puro, baseado inteiramente naestatística diária do mercado.

Sua construção é bastante simples. Ela pode ser construída a qualquer tempo, e depois de algunsdias seu curso será exatamente igual a todas as outras LADs construídas por outras pessoas.

Diariamente você tem acesso através da mídia às cotações do pregão do dia anterior. Basta queentre na página de cotações na coluna de fechamentos e verifique quantas ações estão com o sinal(+) e quantas estão com o sinal ( - ). Identifique o saldo e abra no Excel ou no Word uma planilha como seguinte aspecto:

DATA AVANÇOS DECLÍNIOSAVANÇOS

ACUMULADOSDECLÍNÍOS

ACUMULADOSDIFERENÇACUMULATIVA BOVESPA

Suponha que hoje estará começando a sua LAD. Pegue o jornal do pregão anterior e some quantasações subiram e quantas caíram. Verificará que 121 ações subiram e 75 caíram e as demais nãoforam negociadas ou o preço de fechamento permaneceu inalterado.

DATA AVANÇOS DECLÍNIOSAVANÇOS

ACUMULADOSDECLÍNÍOS

ACUMULADOSDIFERENÇACUMULATIVA BOVESPA

12/01/01 121 75 121 75 46 17530

Se na próxima segunda-feira, após o pregão ter sido encerrado, tiver como calcular o saldo entre asações que subiram e caíram, já poderá entrar com os novos dados. Do contrário, terá que esperar atéo dia seguinte para apanha-los num jornal. Suponha, então, que ao se encerrar o pregão de segunda-feira próxima, encontre que 80 ações subiram e 113 caíram, o que dá um saldo de 33 ações caindo amais do que subindo. Transferindo estes dados para a planilha, teríamos:

DATA AVANÇOS DECLÍNIOSAVANÇOS

ACUMULADOSDECLÍNÍOS

ACUMULADOSDIFERENÇACUMULATIVA BOVESPA

12/01/01 121 75 121 75 46 1753015/01/01 80 113 201 188 13 17320

Na terça-feira o mercado caiu, apresentando os seguintes números: 57 ações subiram e 131 açõescaíram. Nossa tabela, então, ficaria assim:

DATA AVANÇOS DECLÍNIOSAVANÇOS

ACUMULADOSDECLÍNÍOS

ACUMULADOSDIFERENÇACUMULATIVA BOVESPA

12/01/01 121 75 121 75 46 1753015/01/01 80 113 201 188 13 1732016/01/01 57 131 258 319 (61) 17125

Depois de algum tempo e alguns fundos e topos terciários, a LAD irá tomando sua forma geralmentemuito parecida com a do índice) e poderá começar a fazer sua leitura. Para efeito de avaliação, sótrabalharemos com três colunas: Data, Diferença Cumulativa e a do índice Bovespa. Com o tempo,poderá, utilizando os dados da planilha, montar um gráfico da evolução do índice e da linha deavanços e declínios, conforme pode observar na próxima página.

Como pode ver, a LAD é um indicador que deve (sem falha) ser computado diariamente. Ë umindicador cumulativo. A diferença líquida (saldo) das ações que subiram e caíram é adicionada ousubtraída de um número cumulativo contínuo. Pode-se iniciar sua construção em qualquer dia.Depois de algum tempo, estará emitindo os mesmos sinais que uma outra que tenha sido iniciadamuito tempo antes. Para calculá-la, você precisa apenas de um jornal diário de onde possa extrair onúmero de ações que subiram e caíram em relação à véspera. A maioria dos jornais informa sobre avariação positiva ou negativa. Ë só contá-las, apurar o saldo e começar!

A teoria por trás da LAD é mais bem descrita nos termos do que Granville chamou de analogia da“banheira”. Imagine o mercado como uma banheira. Ações subindo elevam o nível da água e açõescaindo abaixam o nível da água. A força real do mercado é determinada pelo nível da água. Quandoo índice Bovespa está subindo e o nível da água do mercado como um todo baixando, temos umproblema se desenvolvendo nas nossas mãos. Inversamente, quando o Bovespa parece fraco, mas onível da água do mercado está virtualmente estagnado ou ligeiramente mais baixo, podemos dizerque o cenário real do mercado está relativamente mais forte do que o quadro de fraqueza proclamadopela maioria dos seguidores de todos os índices do mercado.

Num mercado de alta convencional, os primeiros meses da subida mostram a LAD e o Bovespaengrenados para cima num casamento feliz. A banheira do mercado está enchendo. Entretanto, estáfeliz combinação eventualmente desengrena, e a lua de mel acaba. O índice continua subindoalegremente, mas a LAD, há algum tempo, não está mais no mesmo passo, caminhando lateralmenteou para baixo. Temos agora um casamento rompido nas nossas mãos. Enquanto o público estáhipnotizado com o índice subindo, o nível da água está baixando. O que eram dois fatores subindo demãos dadas são agora dois fatores seriamente desengrenados. O ciclo sempre mostra uma ordemestrita neste fenômeno técnico: (1) engrenados, (2) desengrenados, e novamente (3) engrenados.Quando ocorre uma divergência entre o índice e a LAD, a ordem usual dos eventos prediz que oíndice engrenará com a direção da LAD. No exemplo abaixo, veja como as disparidades entre a LAD(linha vermelha) e o índice Bovespa (linha preta) sempre se equacionaram a favor da direção da LAD,com a linha não confirmando nenhuma vez os movimentos de subida do índice.

Comentei que o Granville faz uma analogia da LAD com uma banheira. No livro, a comparação é feitalevando em conta uma avaliação de que o mercado continuamente se movimenta em ciclos deduração de 4 a 4 anos e meio, durante os quais passa por três fase de alta seguidas por três fases debaixa, e todas as comparações da movimentação do dinheiro são feitas em cima delas. Comoimportante é a idéia que está por trás da movimentação, vou omitir a comparação com os ciclos epassar uma visão de curto prazo dissociada dos ciclos do mercado. Ao invés da banheira, imagineuma pia que enche e esvazia da mesma maneira que a banheira, isto é, saldo positivo eleva nível daágua e saldo negativo reduz o nível da água. Como se movimenta o dinheiro esperto dentro dadinâmica do enche e esvazia?

No final de uma tendência de alta, quando a água encontra-se próxima do nível de transbordamento,é extraída a rolha da pia e o primeiro dinheiro a escoar pelo ralo é o “dinheiro esperto”. Este gruponão tem nome e qualquer um de nós pode fazer parte dele. Basta que estejamos na ponta certa. Àmedida que o nível da água vai baixando (tendência de baixa), os últimos a permanecerem dentro dapia vão constituir o grupo do “dinheiro burro”. Do mesmo modo, qualquer um de nós pode fazer partedele. Basta que tenhamos permanecido dentro da pia. Quando não há mais água dentro da pia, arolha é colocada e a primeira água a entrar na pia é o “dinheiro esperto”. Gradualmente (tendência dealta),o nível da água volta a subir e o ciclo fica se alternando. Deste modo, a linha de avanços edeclínios é uma ferramenta, que embora trabalhe apenas com a variável preço, nos fornece umaidéia de acumulação ou distribuição.

Existem apenas dois fatores que podem mudar o preço de uma ação. Estes fatores são a oferta e aprocura. No mercado, oferta e procura só podem ser medidos em termos de volume. Como a técnicade medição da linha de avanços e declínios determina quando o mercado está sob acumulação oudistribuição, então a técnica da linha de avanços e declínios usando volume ao invés de preço deveráser infinitamente mais efetiva em determinar quando uma ação está sendo acumulada ou distribuídae o somatório de várias, a situação de acumulação ou distribuição geral do mercado. Este é oconceito do OBV (saldo do volume): uma linha de avanços e declínios medida pelo volume, queveremos na próxima aula, após trabalharmos mais um pouco com os sinais da LAD.

O BOVESPA E A LAD DOS SEUS COMPONENTES

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

03/07/ 9

7

22/07/ 97

0 7/08/ 9

7

25/08/ 9

7

10/09/ 9

7

26/09/ 9

7

14/ 10/ 9

7

30/10/ 9

7

17/11/ 9

7

03/12/ 9

7

19/12/ 97

1 2/01/ 9

8

28/01/ 9

8

13/02/ 9

8

05/03/ 9

8

23/ 03/ 9

8

08/04/ 9

8

29/04/ 9

8

18/05/ 9

8

03/06/ 98

2 2/06/ 9

8

08/07/ 9

8

27/07/ 9

8

12/08/ 9

8

28/ 08/ 9

7

16/09/ 9

8

02/10/ 9

8

21/10/ 9

8

09/11/ 98

2 5/11/ 9

8

11/12/ 9

8

04/01/ 9

9

-2500

-2000

-1500

-1000

-500

0

500

BOV

LAD

Estive muito ocupado durante a semana passada e me sobrou pouco tempo para dedicar ao curso.Somente hoje, após ter enviado as revistas é que consegui terminar a aula. Mas, como ainda ficoufaltando a parte referente ao OBV, e já está tarde e estou muito cansado, os exercícios deassimilação referente a esta aula e à próxima serão enviados juntos com a aula 8.

No exemplo da página anterior, comparamos o índice Bovespa, numa base de fechamento, com aLAD das ações que compõem o seu universo. Entretanto, se desejar, poderá fazer a LAD das açõesmais ativas, do mercado como um todo, do IBX, etc. Basta que o cálculo seja feito sobre as açõesque compõem o universo desejado. Deste modo, poderá notar, por exemplo, num determinadomomento, que a LAD do mercado está caindo enquanto a de um grupo de ações mais ativas,digamos as 15 ações mais ativas do Bovespa estão subindo. Poderá, então, avaliar que apesar doíndice Bovespa estar subindo, a LAD do mercado como um todo mostra um cenário geral domercado, muito pior do que aquele visto sob a ótica da evolução do índice ou da LAD das ações maisativas. Ou o contrário, conforme pode ver ilustrado no quadro abaixo:

Aqui, você pode notar que o Bovespa teve o fundo,onde começa a linha preta, penetrado. Repare que aLAD das 16 ações mais ativas confirmou a penetraçãodo fundo do Bovespa, também penetrando seu fundoequivalente. O mesmo aconteceu com a LAD doBovespa. Entretanto, em nenhum momento, a LAD domercado como um todo confirmou a penetração,mostrando uma disparidade altista entre ela e o índiceBovespa, sugerindo que a penetração foi falsa e que achance do Bovespa se alinhar na mesma direção eraenorme. O cenário geral do mercado se apresentavabem melhor do que o índice estava sugerindo.

Creio que já viu o suficiente para perceber que tipo de sinal a LAD do mercado pode emitir quandocolocada frente a frente com a evolução do índice Bovespa. E acredite, dificilmente, para nãoexagerar, verá o índice subir ou cair com a LAD se movendo no sentido oposto. Quando isto ocorrer,pode apostar a favor da direção da LAD. Eu a considero, o melhor rastreador, numa base diária, doíndice Bovespa. Quando ela fica descompassada do índice Bovespa, 99% das vezes o índice sealinha a favor da sua direção!

Saldo do Volume (OBV)

O nome da teoria é uma descrição real dos seus mecanismos, significando simplesmente que quandoassociamos preço e volume usando a técnica da linha de avanço e declínio surge um resto que,numa olhada superficial, não se percebe e que este resto, quando preço e volume são equacionadosé um indicador técnico líder. Ou colocando do modo mais simples possível – o volume precede opreço .

Comecemos com um exemplo bem simples. Suponha que uma ação “Beta” tenha fechado hoje aR$10,00 com um volume de 50.000 ações negociadas. A partir daí, vamos organizar uma tabela comas seguintes colunas:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 -

Agora, suponha que no dia seguinte tenha fechado a R$10,01 com um volume de 80.000 açõesnegociadas. Nossa tabela ficou assim:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 - -

No terceiro dia fechou novamente a R$10,00 com um volume de 60.000 ações negociadas e a nossatabela ficou assim:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 - -04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 - -

Para um observador casual, em três dias, o preço da ação permaneceu estável em R$10,00 e não foia lugar nenhum. Mas, aplicando-se a técnica da linha de avanços e declínios, somamos o volume nosdias em que o preço subiu e subtraímos o volume nos dias em que o preço caiu. Apesar do preçoestável, você pode ver que sobrou alguma coisa, um incremento de 20.000 ações quando a açãovoltou a cair para R$10,00 no dia 04/03. Deste modo, o saldo que vemos aqui é uma partícula daacumulação da ação. Olhando o preço da ação, nada mudou. Mas, observando a atividade dovolume nestes três dias, nota-se que alguma coisa mudou. O saldo foi o que Granville denominou deSaldo do Volume (On Balance Volume).

No quarto dia, o preço da Beta voltou a subir, fechando novamente a R$10,01 com um volume de50.000 ações negociadas. No quinto dia, voltou a subir, fechando a R$10,02 com um volumenegociado de 60.000 ações e a planilha ficou assim:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 (AP) -04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 (BP) -05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.00006/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta

Como a ação subiu nos dois últimos dias, adicionei osrespectivos volumes na coluna do “saldo acumulado”. No dia05/03, o saldo do volume subiu para 120.000. Sua leitura,comparada ao nível mais alto do saldo acumulado anterior(03/03) revela que aquele nível não foi ultrapassado. Mas,com a subida do dia seguinte, o saldo do volume subiu para180.000 superando o topo anterior de 130.000, registrandouma alta. Cabe ressaltar, entretanto, que não é necessárioum ziguezague ascendente como o da figura ao lado para oOBV receber uma designação de alta. O que é necessário,mesmo, é ultrapassar o nível da alta ou da baixa prévia.Algumas vezes, redunda num ziguezague

ascendente/descendente, outras não!

Figura 1

200

150

100

50

02 03 04 05 06

No sexto dia, o preço permaneceu estável, fechando a R$10,02 com volume registrado de 80.000ações negociadas. Nos dias sem variação de preço, o saldo do volume cumulativo permaneceinalterado, bem como, a designação do OBV.

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 - -04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 - -05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000 - -06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta -09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 alta -

No sétimo dia, o preço caiu para R$10,00 negociando 60.000 ações. Como o preço caiu, devemossubtrair o volume do dia, do saldo acumulado. Enquanto o preço vem subindo, o saldo acumuladoanterior utilizado como referência para uma designação de baixa é o saldo do dia 04/03, último nívelde queda prévia.

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 - -04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 - -05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000 - -06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta -09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 (AP) alta -10/03/93 Beta 10,00 60.000 120.000 -

No oitavo dia, o preço caiu para R$10,00 interrompendo o fluxo de designação de alta. Se, naseqüência, o preço seguir caindo com volumes que, subtraídos do saldo acumulado, o empurremabaixo de 70.000, veremos a ocorrência de uma designação de baixa. Todavia, se antes disso, opreço voltar a subir, o menor saldo acumulado, anterior à nova subida, passará a ser a novareferência para uma designação de alta.

No dia 11 o preço subiu para R$10,01 com um volume 60.000 ações negociadas, retornando ao nívelda alta prévia do saldo acumulado, porém sem ultrapassá-la, não registrando continuação da alta.

No dia 12 o preço cai para R$10,00 com um volume de 40.000 ações negociadas e, no dia seguintecai para R$9,99 com 50.000 ações negociadas, gerando no segundo dia de queda (13/03) uma baixa[tomando como referência para a designação a baixa prévia do saldo acumulado (10/03)], com nossatabela ficando assim:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 -04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 -05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.00006/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 (AP) alta10/03/93 Beta 10,00 60.000 120.000 (BP)11/03/03 Beta 10,01 60.000 180.00012/03/93 Beta 10,00 40.000 140.00013/03/93 Beta 9,99 50.000 90.000 baixa

Na sua atividade diária, você pode fazer a leitura dos OBVs das ações individuais organizandoplanilhas do tipo aqui apresentado ou, se tiver um programa que calcule o OBV, visualiza-lograficamente, tal como o exemplo do OBV do índice Bovespa, a seguir:

Como o índice Bovespa é composto por um grupo de ações de pesos diferentes, utilizo um artifício que expressa melhor odestino do volume financeiro de cada dia. Em vez de somar ou subtrair este volume diariamente em função da oscilaçãopositiva ou negativa do índice, somo ou subtraio o volume financeiro do dia ao saldo acumulado em função docomportamento da LAD do mercado. Deste modo, mesmo que o índice tenha tido uma variação negativa em relação ao seufechamento do dia anterior, se o saldo da LAD do mercado foi positivo, somo ao saldo acumulado e vice-versa, se o índicetiver subido em relação ao fechamento do dia anterior, mas o saldo da LAD do mercado tiver sido negativo, isto é, maisbaixas do que alta, subtraio do saldo acumulado o volume financeiro deste dia.

Os dias, 16, 17 e 18 foram de altas consecutivas. Os preços e volumes respectivos foram:16/03 R$10,00 30.00017/03 R$10,01 50.00018/03 R$10,02 100.000

Transferindo para nossa tabela, temos:

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 - -04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 - -05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000 - -06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta -09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 (AP) alta -10/03/93 Beta 10,00 60.000 120.000 -11/03/03 Beta 10,01 60.000 180.000 -12/03/93 Beta 10,00 40.000 140.000 -13/03/93 Beta 9,99 50.000 90.000 (BP) baixa -16/03/93 Beta 10,00 30.000 120.000 -17/03/93 Beta 10.01 50.000 170.000 -18/03/93 Beta 10.02 100.000 270.000 alta ASCENDENTE

No dia 19/03 o preço caiu para 10,01 com um volume de 40.000 ações negociadas, interrompendo ofluxo de alta, deixando para trás o nível do dia 18/03 como a alta prévia.

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 - -04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 - -05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000 -06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta -09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 alta -10/03/93 Beta 10,00 60.000 120.000 -11/03/03 Beta 10,01 60.000 180.000 -12/03/93 Beta 10,00 40.000 140.000 -13/03/93 Beta 9,99 50.000 90.000 (BP) baixa -16/03/93 Beta 10,00 30.000 120.000 -17/03/93 Beta 10.01 50.000 170.000 -18/03/93 Beta 10.02 100.000 270.000 (AP) alta ASCENDENTE19/03/98 Beta 10,01 40.000 230.000 ASCENDENTE

Enquanto os grupos das altas e baixas permanecerem ascendentes, diz-se que o campo detendência é ascendente. Se os grupos de altas e baixas não estiverem engrenados para cima nempara baixo, diz-se que o campo de tendência é duvidoso. Enquanto os grupos das altas e baixaspermanecerem descendentes, diz-se que o campo de tendência é descendente.

Na figura I, você viu como se formam as penetrações que vão gerar os microníveis de acumulação edistribuição. O Campo de tendência, por sua vez, é definido pelos ziguezagues dos microníveis.Assim, temos:

A partir daqui, acrescentarei novos dados sem comentá-los um a um, apenas para que veja como seprocessa a passagem de um campo de tendência para outro. Note, que num mercado real,dificilmente o preço ficará oscilando num intervalo de três centavos e o OBV transitando pordiferentes campos de tendência. Mas, achei melhor exemplificar desta forma para que pudesse notara pouca importância do preço dentro do cenário de acumulação e distribuição. Num mercado real émuito comum (para não dizer quase sempre) o OBV sinalizar na frente, mas, normalmente, quandoisto acontece, o preço tende a acelerar na direção do campo de tendência predominante.

Uma ou mais penetrações num grupo constituem um agrupamento.Estes agrupamentos revelam a verdadeira tendência do volume daação. Procuramos por tais agrupamentos descendentes ouascendentes. Quando uma alta prévia nas leituras do saldoacumulado é quebrada, sem constituir uma formação deziguezagues nos agrupamentos, o campo de tendência éconsiderado duvidoso. Um ziguezague descendente nosagrupamentos constitui um campo de tendência descendente e umziguezague ascendente nos agrupamentos constitui um campo detendência ascendente, conforme a figura II, ao lado. A transiçãousual de crescimento de força mostra uma ação passando de umcampo de tendência descendente para um duvidoso, e depois paraum campo de tendência ascendente.

300

200

100

09/03 13/03 18/03

Figura II

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência18/03/93 Beta 10.02 100.000 270.000 (AP) alta ASCENDENTE19/03/93 Beta 10,01 40.000 230.000 ASCENDENTE20/03/93 Beta 10,00 50.000 180.000 (BP) ASCENDENTE23/03/93 Beta 10,01 60.000 240.000 ASCENDENTE24/03/98 Beta 10,02 70.000 310.000 (AP) alta ASCENDENTE25/03/93 Beta 10,01 50.000 260.000 ASCENDENTE26/03/93 Beta 10,00 100.000 160.000 baixa ASCENDENTE27/03/93 Beta 9,99 40.000 120.000 (BP) baixa ASCENDENTE30/03/93 Beta 10,00 70.000 190.000 ASCENDENTE31/03/93 Beta 10,01 100.000 290.000 ASCENDENTE01/04/93 Beta 10,02 60.000 350.000 (AP) alta ASCENDENTE02/04/93 Beta 10,01 80.000 270.000 ASCENDENTE03/04/98 Beta 10,00 90.000 180.000 ASCENDENTE06/04/93 Beta 9,99 100.000 80.000 (BP) baixa DUVIDOSO07/04/93 Beta 10,00 60.000 140.000 DUVIDOSO08/04/93 Beta 10,01 50.0000 190.000 (AP) DUVIDOSO09/04/93 Beta 10,00 40.000 150.000 (BP) DUVIDOSO10/04/93 Beta 10,01 60.000 210.000 alta DUVIDOSO13/04/93 Beta 10,01 100.000 210.000 (AP) alta DUVIDOSO14/04/93 Beta 10,00 70.000 140.000 (BP) baixa DUVIDOSO15/04/93 Beta 10,01 50.000 190.000 (AP) DUVIDOSO16/04/93 Beta 10,00 80.000 110.000 baixa DUVIDOSO17/04/93 Beta 9,99 40.000 70.000 (BP) baixa DESCENDENTE20/04/93 10,00 50.000 120.000 (AP) DESCENDENTE21/04/93 9,99 60.000 60.000 (BP) baixa DESCENDENTE22/04/93 10,00 70.000 130.000 alta DESCENDENTE23/04/93 10,01 40.000 170.000 alta DESCENDENTE24/04/93 10,02 30.000 200.000 (AP) alta DESCENDENTE27/04/93 10,01 60.000 140.000 DESCENDENTE28/04/93 9,99 70.000 70.000 (BP) DESCENDENTE29/04/93 10,00 130.000 200.000 DESCENDENTE30/04/93 10,01 50.000 250.000 (AP) alta DUVIDOSO02/05/93 10,00 70.000 180.000 DUVIDOSO03/05/93 9,99 60.000 120.000 (BP) DUVIDOSO04/04/93 10,00 80.000 200.000 (AP) DUVIDOSO05/04/93 9,99 50.000 150.000 (BP) DUVIDOSO06/04/93 10,00 60.000 210.000 alta DUVIDOSO

A tabela acima pode lhe dar uma idéia de como uma ação ou índice de movimenta dentro dos campos detendência. Não sei se ficou bem claro, mas voltarei ao assunto.

O importante é saber que enquanto um ativo estiver formando ziguezagues ascendentes nos grupamentos dealta e baixa, seu campo de tendência é ascendente; quando os grupamentos de alta e baixa estiveremformando grupamentos laterais das designações de altas e baixas do OBV estará se movimentando numcampo de tendência duvidoso; quando estiver formando ziguezagues descendentes das designações de altas ebaixas do OBV, estará se movimentando num campo de tendência descendente.

Estou achando que a explicação que dei no início desta aula para determinar as designações dasaltas e baixas do OBV não ficaram boas. Assim, darei uma reforçada porque é fundamental que fiquebem entendido, pois, mais adiante, quando formos examinar uma versão mais avançada daclassificação das perfurações do OBV, evitará uma grande confusão.

DATA ATIVO PREÇO DEFECHAMENTO

VOLUME SALDO DOVOLUME (OBV)

DESIGNAÇÂO

01/01/91 BETA 10,00 100.000 100.00002/01/91 10,01 50.000 150.00003/01/91 10,02 70.000 220.00004/01/91 10,01 80.000 140.00005/01/91 10,02 100.000 240.000 ALTA

Quando calculamos o OBV de um ativo qualquer, o que queremos saber é se este ativo está sendoacumulado ou distribuído. Esta informação é obtida comparando-se o nível atual do OBV com asaltas e baixas prévias. O que são as altas e baixas prévias?

Na tabela acima, por exemplo, nos dias 02 e 03, o mercado subiu e adicionamos os respectivosvolumes ao saldo acumulado do volume. No dia 04, o preço caiu e subtraímos o volume do saldoacumulado do volume (OBV). Para efeito de perfuração, quando houver uma seqüência de leiturasascendentes, a que vale como referência para comparação é o saldo mais alto da última vez que opreço subiu (03/01/91). Pode ter sido apenas um dia de alta ou, no caso de uma sucessão, o saldomais alto. O inverso é válido para uma perfuração para baixo. No exemplo acima, o saldo do volumecresceu até o dia 03/01, e no dia 04/01 o preço caiu. Neste caso, o saldo do dia 03/01 passa a ser onível da alta prévia que servirá de parâmetro para uma penetração ascendente.

Como no dia 04/01 o preço caiu e voltou a subir no dia seguinte, gerando uma penetraçãoascendente, o dia 04/01 ficou sendo, até que ocorra uma nova queda, o nível da baixa prévia parareferência de uma penetração descendente. É importante que saiba que se o mercado voltar a cair e,neste processo interromper sua queda num nível superior (de saldo acumulado) à baixa prévia do dia04/01, este novo saldo acumulado será a nova referência da baixa prévia.

Toda vez que o preço fechar igual ao do dia anterior, ou a ação não for negociada, o volumenão é subtraído nem adicionado ao saldo, e as demais condições se repetem.

Não sei se fui claro no exemplo dos campos de tendência. Mas, se raciocinar em termos deziguezagues ficará mais fácil. No primeiro caso, utiliza as altas e baixas prévias para definir asperfurações. Nos campos de tendência suas referências são os ziguezagues das penetrações. Seformarem um ziguezague ascendente, o mercado estará num campo de tendência ascendente eassim por diante. Esta condição prevalece até prova em contrário, isto é, até que o grupamento dasaltas e baixas quebre o padrão do ziguezague do campo de tendência predominante naquelemomento.

Com estes esclarecimentos adicionais, espero que não tenha ficado nenhuma dúvida a respeito daspenetrações e dos campos de tendência. Se ainda existir alguma, contate-me por e-mail dizendo oque ficou mal explicado e tentarei esclarecer ou leia o livro do Granville, onde encontrará tudo bemmais detalhado e exemplificado.

O Indicador de Clímax

Se o OBV de uma ação permite detectar se ela está sendo acumulada ou distribuída, o conjunto dosOBVs de um grupo de ações pode nos fornecer uma amostragem do mercado. Reunidos, nosinformam se o mercado está acumulando ou distribuindo, mas principalmente quando está ficandosobre-comprado ou sobre-vendido.

Suponha, por exemplo, que num dado momento 56 ações compunham o índice Bovespa.

Observação: o nível diário do indicador de Clímax é calculado com base na diferença entre asações que estão fazendo altas e as que estão fazendo baixas. Se não estiver fazendo umacoisa nem outra, está fora da contagem.

Diariamente, podemos determinar o OBV de cada uma das ações e confrontar o saldo com aevolução do índice. Isto nos permitirá, com base no volume, apurar se o mercado está sobre-comprado ou sobre-vendido. Como estamos trabalhando com um universo de 56 ações, se todas asações estiverem ziguezagueando para cima, o limite máximo de sua leitura será +56; se todasestiverem ziguezagueando para baixo o limite mínimo de sua leitura será –56.

Note, no exemplo acima, que durante todo o período em que o indicador foi calculado (a partir julhode 97), nunca o Clímax atingiu seus limites extremos. Repare, também, no Bovespa, como na maioriadas vezes que o indicador chegou nos seus níveis extremos históricos, a reação foi imediata.Todavia, também notará, (principalmente abaixo do nível zero do Clímax - linha roxa pontilhada), queexiste outro nível onde a concentração dos pontos de retorno é muito maior, e que muitos sinaisforam falsos (na faixa de –20). Sem dúvida, isto se deve ao fato de que durante todo este período oBovespa trabalhou numa primária de baixa, com o indicador passando mais tempo sob o nível zero.Para que esta ferramenta funcione na plenitude, deve ser usado um filtro. Este filtro é o campo detendência. Você pode ter muitas ações fazendo penetrações ascendentes sem necessariamente,uma maioria de campos de tendência ascendentes. Repare como os sinais de venda foram muitomelhores do que os sinais de compra.

Apesar da confiança que Granville deposita nesta ferramenta, acho que a quantidade de sinaisgerados acaba se tornando um complicador. Prefiro trabalhar com ele suavizado por uma médiamóvel de 21 períodos. Como verá na figura da próxima página, seus sinais se tornam mais confiáveise eficientes:

Como pode notar, a suavização transforma o indicador numa poderosa ferramenta de reversão detendência. Assim, além de servir como rastreador de tendência, é um excepcional oscilador de médioprazo. Para tornar mais fácil a identificação dos pontos de retorno a serem considerados, o própriohistórico revela que todos aqueles iguais ou acima da banda de +5 e iguais ou abaixo da banda de –5devem ser seguidos. Note, também, que as disparidades acionam novas compras ou vendas,conforme o caso.

Tudo que vimos até agora, exceto a média móvel suavizada do clímax, uma adaptação pessoal, foium pequeno resumo de um ou dois capítulos da obra “Timing - A Nova Estratégia Diária deMaximização dos Lucros no Mercado de Ações”, de Joseph Granville. Não só para mais detalhessobre o assunto volume, mas, também, pela qualidade de outras ferramentas, bem como, pela maisprofunda abordagem psicológica feita, até hoje, sobre o mercado e seus participantes, recomendosua leitura. Depois de ler seu livro tive que rever todos os meus conceitos sobre o mercado e, a cadadia que passa, aumenta o meu respeito por sua lucidez e pela simplicidade dos seus conceitos.Juntamente com Charles H. Dow, Ralph N. Elliott, Wellles Wilder Jr. e Jim Slomam, Granville compõea linha de frente da Análise Técnica.

Se desejar produzir um oscilador de curto prazo, em vez de calcular a média móvel do clímax numaperiodicidade tão longa, projetada para capturar os estágios de mercado sobre-comprado/vendido nomédio prazo, pode baixar a periodicidade da média para 5 ou 7, e obterá um poderoso oscilador decurto prazo para as flutuações de curto prazo do índice Bovespa, conforme pode verificar através doemprego de uma média móvel de 5 períodos do clímax no gráfico a seguir:

Empiricamente, criei duas bandas que funcionam como referência para definição dos pontos deretorno mais confiáveis. A superior está plotada na área positiva de +15 e a inferior na área negativade –10. Perceba que, com raras exceções, todas as vezes que ocorreram pontos de retorno acima ouabaixo das faixas de mercado sobre-comprado (linha azul horizontal)/sobre-vendido (linha vermelhahorizontal) como o índice caiu ou subiu. Embora ainda não tenhamos visto nenhuma ferramenta,quando confrontado com outros osciladores na mesma periodicidade (no caso presente, oEstocástico de periodicidade 5, percebe-se que gera uma quantidade bem menor de sinais falsos.

Testes de assimilação do conteúdo das aulas 7Testes de assimilação do conteúdo das aulas 7e 8e 8

1. Qual é o principal objetivo de uma média móvel?

a) Sinalizar pontos de compra e de venda.b) Ferramenta para ser utilizada para e ncerrar uma operação.c) Informar se começou ou terminou uma tendência dos preços.d) Servir como nível de suporte e resistência.

2. Se estivesse tentando construir um sistema mecânico independente, cujos sinais de compra evenda fosse gerados pelo cruzamento de duas médias móveis de periodicidades diferentes, qual dascombinações baixo seria mais sensível, isto é, reagiria mais rapidamente a uma mudança na direçãodo mercado?

a) 5 e 21b) 11 e 13c) 13 e 21

3. Supondo que a coluna SALDO, da tabela abaixo, seja o resultado da diferença entre as ações quesubiram e caíram nas datas respectivas, quais seriam os pontos correspondentes da linha deavanços e declínios no período analisado?

DATA BOV SALDO LAD22/02/99 9074 023/02/99 8942 -2524/02/99 8953 025/02/99 8653 b -3326/02/99 8910 2501/03/99 9197 a 2002/03/99 9070 -303/03/99 9154 404/03/99 9508 a 3805/03/99 9465 808/03/99 9785 a 2509/03/99 9484 -1910/03/99 9778 3311/03/99 9697 -412/03/00 9574 -1415/03/00 10413 a 3816/03/99 10658 a 2717/03/99 10634 -1118/03/99 10894 a 28

4. A LAD que encontrou no quadro do exercício 3, confirma a evolução do índice bovespa ouapresenta sinais de disparidade baixista?

a) Confirma.b) Apresenta sinais de disparidade baixista.

5. Marque os pontos dos gráficos do quadro abaixo (índice qualquer e LAD do mercado) utilizando osdados fornecidos na planilha ao lado. Em seguida, compare-os e dê sua opinião sobre o estado geraldo mercado.

11400

11300

11200

1110011000

10900

1080010700

106001050010400

1030010200

10100

10000

01/01 08/01 15/01 22/01 29/01

807570

656055

504540

35302520151005

6. Utilizando os dados da coluna do Saldo Acumulado, marque o gráfico abaixo colocando os níveisde altas e baixas prévias e indique os campos de tendência. Todos os dados se encontramdisponíveis. É só para saber se entenderam como se definem os campos de tendência.

Data Ativo Pço. fechamento Volume Saldo Acumulado Designação Campo de Tendência02/03/93 Beta 10,00 50.000 50.000 - -03/03/93 Beta 10,01 80.000 130.000 - -04/03/93 Beta 10,00 60.000 70.000 - -05/03/93 Beta 10,01 50.000 120.000 -06/03/93 Beta 10,02 60.000 180.000 alta -09/03/93 Beta 10,02 80.000 180.000 alta -10/03/93 Beta 10,00 60.000 120.000 -11/03/03 Beta 10,01 60.000 180.000 -12/03/93 Beta 10,00 40.000 140.000 -13/03/93 Beta 9,99 50.000 90.000 baixa -16/03/93 Beta 10,00 30.000 120.000 -17/03/93 Beta 10.01 50.000 170.000 -18/03/93 Beta 10.02 100.000 270.000 alta ASCENDENTE19/03/98 Beta 10,01 40.000 230.000 ASCENDENTE20/03/93 Beta 10,00 50.000 180.000 ASCENDENTE23/03/93 Beta 10,01 60.000 240.000 ASCENDENTE24/03/98 Beta 10,02 70.000 310.000 alta ASCENDENTE25/03/93 Beta 10,01 50.000 260.000 ASCENDENTE

DATA ÍNDICE SALDO LAD01/01/55 10001 5 502/01/55 10215 15 2003/01/55 10193 -5 1504/01/55 10300 17 3205/01/55 10418 13 4508/01/55 10617 21 6609/01/55 10423 -13 5310/01/55 10393 -20 3311/01/55 10411 18 5112/01/55 10299 -9 4215/01/55 10379 5 4716/01/55 10567 8 5517/01/5 5 10724 12 6718/01/55 10680 -23 4419/01/55 10701 11 5522/01/55 10576 -13 4223/01/55 10601 2 4424/01/55 10872 12 5625/01/55 11013 11 6726/01/55 11321 13 8029/01/55 11102 -19 6130/01/55 10994 -21 4031/01/55 11111 7 4701/02/55 11300 8 5502/02/55 11100 19 36

Resposta:

26/03/93 Beta 10,00 100.000 160.000 baixa ASCENDENTE27/03/93 Beta 9,99 40.000 120.000 baixa ASCENDENTE30/03/93 Beta 10,00 70.000 190.000 ASCENDENTE31/03/93 Beta 10,01 100.000 290.000 ASCENDENTE01/04/93 Beta 10,02 60.000 350.000 alta ASCENDENTE02/04/93 Beta 10,01 80.000 270.000 ASCENDENTE03/04/98 Beta 10,00 90.000 180.000 ASCENDENTE06/04/93 Beta 9,99 100.000 80.000 baixa DUVIDOSO07/04/93 Beta 10,00 60.000 140.000 DUVIDOSO08/04/93 Beta 10,01 50.0000 190.000 DUVIDOSO09/04/93 Beta 10,00 40.000 150.000 DUVIDOSO10/04/93 Beta 10,01 60.000 210.000 alta DUVIDOSO13/04/93 Beta 10,01 100.000 210.000 alta DUVIDOSO14/04/93 Beta 10,00 70.000 140.000 baixa DUVIDOSO15/04/93 Beta 10,01 50.000 190.000 DUVIDOSO16/04/93 Beta 10,00 80.000 110.000 baixa DUVIDOSO17/04/93 Beta 9,99 40.000 70.000 baixa DESCENDENTE20/04/93 Beta 10,00 50.000 120.000 DESCENDENTE21/04/93 Beta 9,99 60.000 60.000 baixa DESCENDENTE22/04/93 Beta 10,00 70.000 130.000 alta DESCENDENTE23/04/93 Beta 10,01 40.000 170.000 alta DESCENDENTE24/04/93 Beta 10,02 30.000 200.000 alta DESCENDENTE27/04/93 Beta 10,01 60.000 140.000 DESCENDENTE28/04/93 Beta 9,99 70.000 70.000 DESCENDENTE29/04/93 Beta 10,00 130.000 200.000 DESCENDENTE30/04/93 Beta 10,01 50.000 250.000 alta DUVIDOSO02/05/93 Beta 10,00 70.000 180.000 DUVIDOSO03/05/93 Beta 9,99 60.000 120.000 DUVIDOSO04/04/93 Beta 10,00 80.000 200.000 DUVIDOSO05/04/93 Beta 9,99 50.000 150.000 DUVIDOSO06/04/93 Beta 10,00 60.000 210.000 alta DUVIDOSO

400

300

200

100

7. Na tabela abaixo estou fornecendo os seguintes dados: data, o valor do fechamento do índicebovespa na data correspondente , o número das ações que compõem o índice bovespa que estãofazendo altas no OBV (P+) e das que estão fazendo baixas (P-) e o saldo entre as ações que subiramou caíram de preço em relação ao fechamento do dia anterior. Complete a tabela fornecendo a linhade avanços e declínios, o indicador de clímax e as médias móveis de 3 e 5 períodos do clímax.

DATA BOVP + P - SALDO

A/DLAD CLÍMAX MM3 CLX MM5 CLX

21/12/00 14505 b 9 26 -21

22/12/00 14562 8 14 1226/12/00 14794 12 4 23

27/12/00 15186 24 4 4428/12/00 15259 22 4 -4

02/01/01 15425 A 12 9 -1103/01/01 16599 A 42 0 5304/01/01 16675 A 28 5 -3

05/01/01 16410 8 9 -2208/01/01 16562 A 19 6 22

09/01/01 16974 A 40 1 4710/01/01 16918 21 2 -10

11/01/01 17023 A 17 9 512/01/01 16850 b 12 14 -1815/01/01 16953 12 2 2116/01/01 16720 b 7 20 -2617/01/01 17191 A 29 2 4918/01/01 17521 A 40 3 30

19/01/01 17530 A 26 2 922/01/01 17391 16 6 -21

23/01/01 17828 A 37 1 1224/01/01 17771 20 10 23

26/01/00 17885 A 24 12 44

8. Qual a diferença básica entre a linha de avanços e declínios e o saldo do volume (OBV).

R._______________________________________________________________________________

9. Como entende o que deveriam ser disparidades negativas e positivas entre um índice e a suarespectiva linha de avanços e declínios.

R.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10. Explique em poucas palavras o que vem a ser a analogia da banheira ou da pia.

R_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Observação: Na próxima aula veremos alguns exemplos de conclusões extraídas através daevolução do saldo do volume, bem como, as versões avançadas da linha de avanços e declínios e dosaldo do volume (OBV). Embora suspeito, na medida em que sou o vendedor na língua portuguesa,recomendo a leitura do livro “Timing .....” de Joseph Granville. O livro é maravilhoso e não pode deixarde ser lido por qualquer pessoa que queira criar um cultura em análise técnica.

Respostas dos testes de assimilação das aulasRespostas dos testes de assimilação das aulas7 e 87 e 8

1. Embora se enquadre em todas as alternativas apresentadas, a resposta mais precisa é aalternativa “C”.

2. (a) - Quanto menor a diferença entre duas médias móveis, mais rápida sua resposta (seuscruzamentos) às mudanças do mercado.

3.DATA BOV SALDO LAD

22/02/99 9074 0 023/02/99 8942 -25 -2524/02/99 8953 0 025/02/99 8653 b -33 -5826/02/99 8910 25 -3301/03/99 9197 a 20 -1302/03/99 9070 -3 -1603/03/99 9154 4 -1204/03/99 9508 a 38 2605/03/99 9465 8 3408/03/99 9785 a 25 5909/03/99 9484 -19 4010/03/99 9778 33 7311/03/99 9697 -4 6912/03/00 9574 -14 5515/03/00 10413 a 38 9316/03/99 10658 a 27 12017/03/99 10634 -11 10918/03/99 10894 a 28 137

4. Confirma, pois ambas evoluem na mesma direção e ultrapassaram seus topos anteriores.

5.

11400

11300

11200

1110011000

10900

1080010700

10600

1050010400

10300

1020010100

10000

01/01 08/01 15/01 22/01 29/01

807570

65605550454035302520151005

DATA ÍNDICE SALDO LAD01/01/55 10001 5 502/01/55 10215 15 2003/01/55 10193 -5 1504/01/55 10300 17 3205/01/55 10418 13 4508/01/55 10617 21 6609/01/55 10423 -13 5310/01/55 10393 -20 3311/01/55 10411 18 5112/01/55 10299 -9 4215/01/55 10379 5 4716/01/55 10567 8 5517/01/55 10724 12 6718/01/55 10680 -23 4419/01/55 10701 11 5522/01/55 10576 -13 4223/01/55 10601 2 4424/01/5 5 10872 12 5625/01/55 11013 11 6726/01/55 11321 13 8029/01/55 11102 -19 6130/01/55 10994 -21 4031/01/55 11111 7 4701/02/55 11400 8 5502/02/55 11200 19 36

Resposta: Doente. A LAD apresentadisparidade baixista e não confirma apenetração do topo principal.

7.

400

a

a300 a

a

a aa a

200

b

100 bb b

b b

8. A LAD só trabalha com os preços enquanto o OBV os associa ao volume. Ambas medem o graude acumulação/distribuição.

9. Deveriam ser movimentos do índice não confirmados pela sua respectiva linha de avanços edeclínios. As duas ocorrências mais comuns são: o índice movimentando-se numa direção e a LADnuma direção contrária ou, o índice perfurando um nível de suporte/resistência e a LAD nãoconfirmando a perfuração.

10. Analogia da banheira ou da pia foi um recurso utilizado por Granville para mostrar ocomportamento do dinheiro esperto. Sua função é determinar quando o dinheiro está entrando ousaindo do mercado.

Partindo da premissa que o volume precede o preço, o OBV é um indicador que, em ocasiões decisivas,quando os preços encontram-se próximos de um nível de suporte/resistência, sob fogo cerrado,freqüentemente antecipa os seus movimentos.

No gráfico acima, após uma tendência de alta que durou cerca de 10 anos, o DJ deixou para trás um topo em 9.367,6 pontose partiu para uma correção que durou até 01/09/98, quando, após ter corrigido 21%, volta a subir rumo ao teste do topoprincipal. Em 5 de novembro desse ano, embora o índice es tivesse longe de romper seu topo principal e retomar a tendênciade alta prévia, o OBV, com dois meses de antecipação, num processo de acumulação já sinalizava que isto deveriaacontecer.

No gráfico acima, podemos ver um outro tipo de leitura proporcionada pelo OBV. Enquanto Petrobrás entrava numa detendência de baixa que durou cerca de dois anos, de 07/97 a 01/99, o OBV permaneceu dando sinais de acumulação e, 8meses antes que o preço retomasse a tendência de alta, o OBV já sinalizava que isto deveria ocorrer no preço mais adiante.

O uso combinado da LAD e do OBV do mercado, juntamente com algumas médias móveis permitedetectar a saúde interna do mercado, se ele está respirando bem, enfim, com eles é possível tiraruma radiografia do estado geral do mercado de uma forma fácil de ser compreendida.

Pessoalmente, prefiro saber que o mercado, por exemplo, está em tendência de alta avaliando seusziguezagues associados a um número crescente de ações subindo de preço e gerando uma linha deavanço e declín io ascendente, confirmada por um OBV do mercado indicando que ele se encontranum processo de acumulação, do que obter esta confirmação através de outros indicadores, queprovavelmente enviem mensagens semelhantes, mas através de fórmulas matemático-estatísticas,para mim, mais difíceis de assimilar. Gosto destas ferramentas porque elas são simples e meinformam tudo que preciso saber sobre o estado geral do mercado no momento de elaborar minhasestratégias operacionais.

Após trabalhar alguns anos com a linha de avanço e declínio e o OBV, Granville percebeu que asmensagens desses indicadores poderiam ser melhoradas. Desta forma, pós alguns anos de trabalhoe das observações feitas neste período, criou versões mais avançadas da LAD e do OBV.

A Nova Linha de Avanço e Declínio

Para criar sua nova linha de avanço e declínio, Granville partiu da premissa que a linha de avanço edeclínio do mercado tem um significado técnico muito maior do que o Dow Jones porque diariamenteela mede a direção do preço de todas as ações enquanto o índice reflete apenas as 30 ações quedelem fazem parte. Deste modo, nós realmente não sabemos quão forte ou fraco está o índice amenos que seu movimento esteja relacionado com a linha de avanço e declínio.

Para criar esta relação, Granville dividiu a variação da LAD pela variação do índice. O resultado diáriodesta divisão produziria uma nova leitura da força da LAD por cada ponto de oscilação no Dow. Aforça dessa leitura sempre assumiria a direção da LAD independente do índice ter subido ou caídoneste dia. Por exemplo, suponha que o índice Dow tenha caído 2 pontos enquanto a LAD deste diaapresentou uma leitura positiva de +200 (saldo entre as ações que subiram e caíram). Uma vez que adireção da LAD determina se a força da leitura é positiva ou negativa, dividindo-se 200 por –2, nos dáuma leitura de força de +100. Esta leitura de +100 é adicionada ao acumulado anterior da força porponto. Você verá que uma grande oscilação no Dow produzirá menos fôlego por ponto na medida emque o divisor será muito maior. Por outro lado, uma variação muito menor no Dow produziráamplitudes maiores neste fôlego nas leituras por ponto porque o divisor será um número bem menor.Por exemplo, suponha que o Dow Jones encerre o dia com uma variação da 0,50 para cima ou de0,50 para baixo e que o saldo da LAD neste dia tenha sido +125. Não importa se o Dow subiu ou caiu0,50. Nos dois casos o fôlego por ponto seria uma leitura positiva de +250 para ser adicionada aoacumulado da linha de força por ponto.

Se a premissa de que a LAD do mercado temum significado técnico muito maior do que ocomportamento do DJ é válida para o mercadoamericano, também deverá ser válida emrelação a outros índices que medem umuniverso bem menor do que o todo. Destaforma, após conhecer esta nova versão daLAD, decidi testa-la usando como divisor avariação do índice bovespa.

Inicialmente, não percebi grandes vantagensem relação à sua concepção original. Não seise foi porque já estava acostumado com avelha, ou porque realmente não notei grandes

, ou porque realmente não notei grandes

mudanças. Acompanhando-a, descobri, quede tempos em tempos, ela envia um sinalinteressante de mudança de tendência,representados por movimentos verticais tãobruscos que chegam a confundir. Passei aobserva-la diariamente, pois, inegavelmente,ela sinaliza a verdadeira tendência domercado melhor do que a versão original. Noquadro da página anterior você pode ver oíndice bovespa e a evolução da LAD domercado na sua versão original. No quadro aolado, o bovespa e a LAD do mercado porpontos de oscilação do bovespa. Reparecomo os movimentos verticais de quase 90o

são seguidos por movimentos na mesmadireção pelo índice.

Uma nova visão do significado das perfurações do Saldo do Volume (OBV)

Muitas coisas são aprendidas através da observação. Tendo desenvolvido a teoria do saldo dovolume (OBV), Granville percebeu ao longo do tempo que, sendo o ziguezague ascendente aessência de um mercado de alta e o descendente, de baixa, os furos designados por alta e baixa nãotinham todos o mesmo significado.

Na sua versão original, todas as perfurações de uma alta ou baixa prévia, eram designadasrespectivamente por ALTA ou BAIXA, conforme pode ver na parte superior do quadro abaixo:

A A

B

A

AA

B BB

BB

A AA A

B

BA

A

B

B

AA

B

NANANA

NB

NBNBNB

NBNB

AAA NA NANA

BB

Examinado os desdobramentos do OBV da página anterior, poderemos ver como eram classificadasas perfurações na sua versão original e como elas passaram a ser classificadas na versão avançada(parte inferior do quadro). Suponha, para efeito didático, que tivéssemos um desenvolvimento deacordo com as planilhas abaixo:

Um ziguezague ascendente simples, nas duas versões recebe a designação de ALTA a partirdo momento que a alta prévia é ultrapassada.

Um ziguezague ascendente com duas altas prévias em níveis diferentes, nas duas versõesrecebe a designação de ALTA a partir do momento que a alta prévia inferior é ultrapassada.

Um ziguezague ascendente com duas altas prévias em níveis diferentes, nas duas versõesrecebe a designação de ALTA a partir do momento que a alta prévia inferior é ultrapassada eassim continua quando a alta prévia superior for ultrapassada.

DATA OBV ANTIGO NOVO01/01/00 100002/02/00 110003/01/00 101004/01/00 1120 ALTA ALTA

DATA OBV ANTIGO NOVO01/01/00 100002/01/00 110003/01/00 101004/01/00 107005/01/00 103008/01/01 1080 ALTA ALTA

DATA OBV ANTIGO NOVO01/01/00 100002/01/00 110003/01/00 101004/01/00 107005/01/00 103008/01/01 1080 ALTA ALTA09/01/00 1130 ALTA ALTA

DATA OBV ANTIGO NOVO01/01/00 100002/01/00 110003/01/00 101004/01/00 1120 ALTA ALTA05/01/01 1180 ALTA ALTA08/01/01 107009/01/01 113010/01/01 1050 BAIXA BAIXA11/01/01 980 BAIXA BAIXA

ALTA

ALTA

ALTA

ALTABAIXA

Um ziguezague descendente com duas baixas prévias em níveis diferentes, nas duas versõesrecebe a designação de BAIXA a partir do momento que a baixa prévia superior é ultrapassadae assim continua quando a baixa prévia inferior for ultrapassada.

Se existir um ziguezague ascendente seguido por um ziguezague descendente, quando a altaprévia inferior for ultrapassada, nas duas versões o furo recebe a designação de ALTA. Porém,quanto a alta prévia que representa o topo do ziguezague ascendente for ultrapassada, naversão original continua recebendo a designação de ALTA. Na nova versão, ela é designadapor NOVA ALTA. Mais adiante veremos a razão.

Observação: todos os casos que examinamos até agora, no sentidoinverso, onde se lê ALTA, leia-se BAIXA, onde se lê BAIXA, leia-se ALTA eonde se lê NOVA ALTA, leia-se NOVA BAIXA.

A penetração de uma baixa anterior recebe a designação de BAIXA nas duas versões.

DATA OBV ANTIGO NOVO01/01/00 100002/01/00 110003/01/00 101004/01/00 1120 ALTA ALTA05/01/01 1180 ALTA ALTA08/01/01 107009/01/01 113010/01/01 1050 BAIXA BAIXA11/01/01 980 BAIXA BAIXA12/01/01 1150 ALTA ALTA15/01/01 1250 ALTA N. ALTA

DATA OBV ANTIGO NOVO01/01/00 100002/01/00 110003/01/00 101004/01/00 1120 ALTA ALTA05/01/01 1180 ALTA ALTA08/01/01 107009/01/01 113010/01/01 1050 BAIXA BAIXA11/01/01 980 BAIXA BAIXA12/01/01 1150 ALTA ALTA15/01/01 1250 ALTA N. ALTA16/01/01 107017/01/01 114018/01/01 1020 BAIXA BAIXA

ALTABAIXA

NOVA ALTA

ALTABAIXA

NOVA ALTA

A penetração de uma baixa prévia, intercalada por uma ALTA ou NOVA ALTA recebe adesignação de BAIXA na versão antiga e de NOVA BAIXA na nova.

A penetração de uma baixa prévia, intercalada por uma NOVA ALTA, com ou sem ziguezaguedescendente, recebe a designação de BAIXA na versão antiga e de NOVA BAIXA na nova.

DATA OBV ANTIGO NOVO01/01/00 100002/01/00 110003/01/00 101004/01/00 1120 ALTA ALTA05/01/01 1180 ALTA ALTA08/01/01 107009/01/01 113010/01/01 1050 BAIXA BAIXA11/01/01 980 BAIXA BAIXA12/01/01 1150 ALTA ALTA15/01/01 1250 ALTA N. ALTA16/01/01 107017/01/01 114018/01/01 1020 BAIXA BAIXA19/01/01 960 BAIXA N. BAIXA

DATA OBV ANTIGO NOVO01/01/00 100002/01/00 110003/01/00 101004/01/00 1120 ALTA ALTA05/01/01 1180 ALTA ALTA08/01/01 107009/01/01 113010/01/01 1050 BAIXA BAIXA11/01/01 980 BAIXA BAIXA12/01/01 1150 ALTA ALTA15/01/01 1250 ALTA N. ALTA16/01/01 107017/01/01 960 BAIXA N. BAIXA

ALTABAIXA

NOVA ALTA

NOVA BAIXA

ALTABAIXA

NOVA ALTA

NOVA BAIXA

A penetração de uma baixa prévia, intercalada por uma ALTA, com ou sem ziguezaguedescendente, recebe a designação de BAIXA na versão antiga e de NOVA BAIXA na nova.

É possível que eu não tenha dissecado todas as formas de desdobramentos. Entretanto, com asvariações vistas, qualquer nova situação se encaixará dentro de algum dos desdobramentos queexaminamos. Basicamente, a diferença das designações das versões antiga e nova encontra-se naclassificação dos furos quando existe um ziguezague entre eles.

Na próxima aula veremos como interpretar os furos da versão avançada encaixando-os dentro docenário geral do mercado e como utlizá-los, construindo ferramentas auxiliares neles baseadas.

Devido ao adiantado da hora, terminarei esta aula na próxima revista, onde incluirei os exercíciospertinentes. Pretendia ter encerrado o assunto da LAD e do OBV nesta aula. Acontece que assumium compromisso com o pessoal que participa do Fórum do Investshop.com em preparar um textosobre Fibonacci. Acabei me descontrolando e ficou faltando tempo. Em compensação, você estarárecebendo junto com esta aula uma matéria sobre Fibonacci que não estava prevista fazer parte docurso.

DATA OBV ANTIGO NOVO01/01/00 100002/01/00 110003/01/00 101004/01/00 1120 ALTA ALTA05/01/01 1180 ALTA ALTA08/01/01 107009/01/01 113010/01/01 1050 BAIXA BAIXA11/01/01 980 BAIXA BAIXA12/01/01 1150 ALTA ALTA15/01/01 96016/01/01 112017/01/01 920 BAIXA N. BAIXA

ALTABAIXA

NOVA BAIXA

Leonardo FibonacciPara aqueles que procuram,

a vida revela os seus mistérios.

Nascido entre 1170 e 1180, Leonardo Fibonacci era filho de um mercador proeminente, também funcionáriopúblico, vivendo provavelmente numa das muitas torres de Pisa. Uma torre servia como lugar de trabalho,fortaleza e residência da família e eram assim construídas para permitir que as flechas pudessem ser atiradasdas pequenas janelas e atingissem estrangeiros ou quem quer que não fosse bem vindo. Durante a vida deLeonardo, a torre inclinada de Pisa estava sendo construída. Ela foi a última das três grandes edificaçõesconstruídas em Pisa, já que a catedral e o batistério ficaram prontos alguns anos antes.

Recebendo educação esmerada Leonardo falava Francês, Grego e Latim, no qual era fluente. Quando seu pai foitransferido para o norte da África, foi instruído a completar sua educação, período durante o qual Leonardo fezmuitas viagens de negócios em torno do Mediterrâneo. Então, voltando de uma das suas viagens do Egito,publicou um livro de cálculos denominado “Líber Abaci” que introduziu na Europa uma das maiores descobertasmatemáticas de todos os tempos, o sistema decimal.

Fibonacci, após expressar o princípio básico do ábaco em “Líber Abaci” começou a usar o novo sistema durantesuas viagens e, através dos seus escritos transmitiu para a Europa não só o novo sistema, bem como seu fácilmétodo de cálculo. Gradualmente o antigo uso dos Algarismos Romanos foi sendo substituído pelo sistema dosAlgarismos Arábicos. A introdução do novo sistema na Europa foi a primeira façanha importante no campo damatemática após a queda de Roma, sete séculos antes. Fibonacci não apenas manteve a matemática vivadurante a Idade Média, como assentou as bases para grandes desenvolvimentos no campo da alta matemática enos campos afins da física, astronomia e engenharia.

Embora a posteridade o tenha perdido de vista, inquestionavelmente, Fibonacci foi um homem do seu tempo.Sua fama era tanta que Frederico II, cientista e Imperador do Sacro Império Romano, Rei da Sicília e Jerusalém,herdeiro de duas das mais nobres famílias na Europa e Sicília, e o mais poderoso príncipe daqueles dias foiconhece-lo, pois necessitava de solução para alguns problemas que envolviam a matemática. As idéias deFrederico eram as de um monarca e se rodeava com toda a pompa de um imperador Romano.

O encontro entre Fibonacci e Frederico II ocorreu em 1225 e foi um evento de grande importância para a cidadede Pisa. O imperador a cavalo liderava uma longa procissão de trombeteiros, cortesões, cavaleiros, oficiais euma coleção de animais selvagens. Alguns dos problemas apresentados pelo imperador a Fibonacci estãodetalhados no seu livro “Líber Abaci”. Aparentemente os problemas apresentados pelo imperador foramsolucionados e por este motivo Fibonacci tornou-se bem vindo para sempre em sua corte. Quando revisou o“Líber Abaci” em 1228 dedicou a edição revisada a Frederico II. Não seria exagerar dizer que Leonardo Fibonaccifoi um dos grandes matemáticos da Idade Média. Ao todo, escreveu três trabalhos matemáticos importantes: o“Líber Abaci”, publicado em 1202 e revisto em 1228, o “Pratica Geometriae”, publicado em 1220, e o “LíberQuadratorum”. Para aqueles interessados em se aprofundar na obra de Fibonacci, o livro intitulado “Leonardo dePisa e a Nova Matemática da Idade Média” por Joseph e Francês Gies, é um excelente trabalho sobre o períodode Fibonacci e seus trabalhos.

Embora tenha sido um dos grandes matemáticos dos tempos medievais, os únicos monumentos em suahomenagem são uma pequena estátua no cruzamento do rio Arno com a Torre Inclinada e duas ruas, uma emPisa e outra em Florença que receberam seu nome. Parece estranho que tão poucos visitantes dos 179 degrausde mármore da Torre de Pisa, tenham ouvido falar de Fibonacci ou viram sua estátua. Fibonacci era

contemporâneo de Bonanna, o arquiteto da Torre, cuja construção iniciou-se em 1174. Os dois homens fizeramgrandes contribuições para o mundo, mas aquele cuja influência de longe excedeu a do outro é quase umdesconhecido.

Fibonacci chegou ao mercado financeiro, mais especificamente na análise técnica, pelas mãos de Ralph NelsonElliott. Quando este último, após ter sido apresentado por seu amigo Charles J. Collins aos editores do “FinancialWord Magazine” publicou sua teoria através de uma série de 12 artigos em 1939. Em 1946, dois anos antes desua morte, Elliott escreveu sua obra definitiva sobre o Princípio das Ondas, “Nature’s Law – The Secret of theUniverse”.

A base de todo o seu trabalho foram as relações matemáticas definidas pela seqüência de Fibonacci (osnúmeros de Fibonacci).

A Seqüência de Fibonacci:A resposta a uma questão apresentada no livro “Líber Abaci” deu origem à seqüência dos números 1, 1, 2, 3, 5,8, 13, 21, 34, 55, 89, 144 ... ∞, hoje conhecida como a seqüência de Fibonacci. O problema foi:

Partindo-se de um casal de coelhos colocados dentro de uma área fechada, pergunta-se: quantos paresde coelhos teremos em um ano, sabendo-se que cada par gera um novo par a cada mês, a partir dosegundo mês?

Para chegar à solução, sabemos que cada par, incluindo-se o primeiro casal, necessita de um mês dematuração, mas uma vez em produção, gera um novo para a cada mês. O número de pares é o mesmo nocomeço dos dois primeiros meses. De modo que os dois primeiros números da seqüência são: 1, 1.

O primeiro par finalmente dobra seu número durante o segundo mês, de modo que no início do terceiro mêstemos dois pares. Desses, o par mais velho gera um terceiro par no mês seguinte de modo que no início doquarto mês, a seqüência se expande para 1, 1, 2, 3. Desses três, os dois pares mais velhos reproduzem, e omais jovem ainda não, de modo que o número de pares cresce para cinco. No próximo mês, três paresreproduzem de modo que a seqüência se expande para 1, 1, 2, 3, 5, 8 e assim por diante. Se continuarmos aseqüência veremos que cresce com rapidez logarítmica e em poucos anos o número se tornará astronômico. Em100 meses, por exemplo, teríamos 354.224.848.179.261.915.075 pares de coelhos.

A seqüência de Fibonacci resultante do problema dos coelhos tem propriedades muito interessantes e refleteuma relação quase constante entre os seus componentes. Eis algumas delas:

Na seqüência a soma de dois números adjacentes forma o próximo número mais alto, i.é.,1 mais 1 igual a dois, 1mais 2 igual a 3, 2 mais 3 igual a 5, 3 mais 5 igual a 8 e assim por diante até infinito.

Após os quatro primeiros números, a razão entre dois números consecutivos na seqüência aproxima-se de 1,618ou o seu inverso, 0,618. Assim a razão de qualquer número para o próximo número mais alto, chamado phi, éaproximadamente 0,618 para 1 e para o próximo número mais baixo é aproximadamente 1,618 para 1. Quantomais alto os números, mais próximos de 0,618 e 1,618 serão as razões entre eles. Na seqüência a razão entrenúmeros alternados é de 2,618 ou o seu inverso 0,382. Algumas afirmações da inter relação das propriedadesdessas quatro razões principais podem ser listadas a seguir:

1) 2,618 - 1,618 = 12) 1,618 - 0,618 = 13) 1 - 0,618 = 0,3824) 2,618 x 0,382 = 15) 2,618 x 0,618 = 1,6186) 1,618 x 0,618 = 17) 0,618 x 0,618 = 0,3828) 1,618 x 1,618 = 2,618

À exceção de 1 e 2, qualquer número da seqüência de Fibonacci multiplicado por 4, quando somado a umnúmero selecionado da série de Fibonacci, dá outro número de Fibonacci, de modo que:

3 x 4 = 12 + 1 = 135 x 4 = 20 + 1 = 218 x 4 = 32 + 2 = 34

13 x 4 = 52 + 3 = 5521 x 4 = 84 + 5 = 89

e assim por diante

Assim que a nova seqüência avança, uma terceira seqüência começa naqueles números que são adicionados àmultiplicação por 4. Esta relação é possível porque a razão entre o segundo número alternado de Fibonacci, é4, 236, onde 0,236 é tanto o seu inverso como sua diferença do número 4.

A soma de quaisquer dez números consecutivos da seqüência é sempre divisível por 11.

A lista de fenômenos relacionados com a seqüência de Fibonacci é enorme e poderíamos continuar citando umainfinidade deles, mas não vem ao nosso propósito.

As razões 1,618 para 1 e 0,618 para 1 são conhecidas como as razões douradas (a razão perfeita), que dãoorigem à espiral dourada. Elas são encontradas em tal extensão no universo que muitas vezes referem-se a elascomo uma “Lei da Natureza”. Elliott teorizava que o progresso da humanidade através da história seguiu uma leinatural de crescimento e decadência baseada na seqüência de Fibonacci. Acredita-se que este padrão decrescimento segue a espiral logarítmica definida pela seqüência de fibonacci. Acredita-se que esta espiral nãoapenas descreve os padrões de crescimento vistos através da expansão espiralada das galáxias do universo,mas também mantém uma forma de diminuição constante na direção dos menores elementos da natureza.

A Seção Dourada

Fonte: “Elliott Wave Principle” de Frost and Pretcher

Qualquer extensão pode ser dividida de uma forma tal que a razão entre a parte menor e a parte maior éequivalente à razão entre a parte maior e o todo. Esta razão é sempre 0,618.

O Retângulo Dourado

Os lados de um Retângulo Dourado estão numa proporção de 1,618 para 1. A construção do Retângulo Douradocomeça com um quadrado de 2 x 2 onde se traça uma linha partindo do meio de um dos lados até o vértice dolado oposto, conforme pode se ver na figura abaixo:

O Triângulo EDB é um Triângulo Retângulo. Aplicando-se o Teorema de Pitágoras(a hipotenusa ao quadrado é igual a soma dos quadrados dos catetos), temos:

X2 = 22 + 12

X2 = 5X = √√ 5

O próximo passo na construção do Retângulo Dourado é estender a linha CD,fazendo EG igual à raiz quadrada ou 2,236 unidades de extensão, como mostrado

2

A B

C D

2

2

F1 1

X = √√5

na figura abaixo:

Quando completos, os dois retângulos AFCG e BFDG são RetângulosDourados. As provas são as seguintes:

CG = √5 + 1 e DG = √5 - 1FG = 2 FG = 2

CG = √5 + 1 DG = √5 - 1FG 2 FG 2

= 2,236 + 1 = 2,236 - 12 2

= 3,236 = 1,2362 2

= 1,618 = 0,618

Desde que os lados dos retângulos estão na proporção da Razão Dourada, então, os retângulos são, pordefinição, Retângulos Dourados.

Obras de arte têm sido muito realçadas com o conhecimento do Retângulo Dourado. Leonardo da Vinci, queachava a razão agradável nas suas proporções, disse. “Se uma coisa não tem o aspecto correto ela nãofunciona”. Muitas das suas pinturas têm uma forma correta devido à utilização dos Retângulos Dourados.Salvador Dali também usava nas suas obras muitos Retângulos dourados.

Enquanto possa ter sido usado conscientemente e deliberadamente por muitos artistas por razões próprias, aproporção phi aparentemente tem um efeito sobre o observador da arte. Experiências têm demonstrado que aspessoas acham a proporção 0,618 esteticamente favorável.

Enquanto a Seção Dourada e o Retângulo dourado representam porções estáticas, uma idéia de crescimentoordenado, pode ser feita apenas através de uma das mais notáveis formas do universo, a Espiral Dourada.

A Espiral Dourada (Logarítmica):

Se começarmos com o Retângulo Dourado, poderemos dar o próximo passo, a construção da espiral logarítmica.Desenhando um grande retângulo, como o anterior, e então dividi-lo num quadrado e num retângulo menor,

como em A e B. Depois pegamos o retângulo B, traçamos um quadradoe o retângulo C. Depois dividimos o retângulo C no quadrado C e noretângulo D e assim sucessivamente. O cruzamento das bissetrizespontilhadas, que são proporções douradas em relação a cada uma delas,assinalam o centro teórico dos quadrado à sua volta. Desse ponto centralnós podemos desenhar a espiral conectando os pontos de interseçãopara cada quadrado a sua volta.

A espiral logarítmica não tem limites e tem uma forma constante. Ocentro nunca é alcançado e a expansão é ilimitada. O núcleo de uma

espiral logarítmica visto através de um microscópio tem o mesmo aspecto de uma galáxia espiralada vistaatravés de um Telescópio. Ela é a únicaespiral que nunca muda o seu formato.

2

A B

C D

2

2

E1 1

X = √√5

√√ 5

F

G

A

B

C

D

Saindo fora da matemática, vamos ao que interessa. Os números de Fibonacci são usados pelos observadoresdo mercado de muitas maneiras para chegar às decisões de timing.

Alguns usam os próprios números para projetar pontos de virada do mercado numa base anual, mensal,semanal, diária, horária, ou outra periodicidade de dados.

Outros usam as razões dos números como uma referência para monitorar o mercado e projetar áreas de suportee resistência.

Outros, ainda, usam as razões como guias para determinar níveis de retração durante as correções do mercadoou para projetar os pontos de virada do mercado.

Estas técnicas serão examinadas na próxima revista.

A Teoria de Elliott é composta de três partes – formato da onda (padrão), razão e tempo.

Alguns investidores baseiam muitas das suas decisões utilizando as projeções dos períodos de tempos duranteos quais uma mudança na tendência em andamento é esperada acontecer. Existem dois métodos para seprojetar estas mudanças baseados na seqüência de Fibonacci. O primeiro é a contagem dos ciclos e o segundoa projeção das razões de tempo de Fibonacci.

Os Ciclos de Fibonacci

As contagens dos ciclos de Fibonacci são feitas partindo-se de topos ou fundos importantes na expectativa deque futuros topos ou fundos ocorram nas proximidades dos períodos projetados, isto é, que o mercado mude dedireção sobre o terceiro, quinto, oitavo, décimo-terceiro, vigésimo-primeiro dia, etc., a partir do fundo ou topoinicial selecionado. Esta técnica é muito simples e pode ser utilizada em gráficos de qualquer periodicidade, istoé, de minutos a mensal, ou qualquer outro período de tempo. Veja um exemplo no gráfico do índice Futuroabaixo:

Tomando por base o fundo P (pivot primário), repare como o mercado, próximo ou precisamente em cima dospontos da seqüência projetados, movimentou-se pelo menos um ou dois dias na direção oposta e como noquinto, no décimo-oitavo e no trigésimo-quarto ocorreram de fato mudanças na direção da tendência. A próximamudança na direção da tendência, de acordo com a projeção do ciclo, deverá ser próxima de 23/02/01.

As Razões de Fibonacci

A segunda maneira de fazer projeções de mudança nas tendências usando a seqüência de Fibonacci envolve ouso das razões listadas na aula anterior. Basicamente, a distância como medida pelo número de períodos detempo determinado entre dois pontos. E então multiplicado por uma das razões de Finbonacci. As três razõesmais comumente usadas são: 0,618:1 1: 1 1,618: 1. O produto resultante é então adicionado ao período detempo original para refletir a ordem natural do processo crescimento da seqüência de Fibonacci.

Por exemplo, se a distância entre dois fundos sucessivos é de 20 dias, então multiplicando-se esta diferença pelarazão 0,618 teríamos 12 dias, multiplicando-se pela razão 1, teríamos 20 dias e pela razão 1,618 teríamos 32dias. Estes números são adicionados ao intervalo de tempo original (20 dias no nosso exemplo). Desta forma, no32o (20+12) dia, no 40o (20+20) dia e no 52o (20+32) dia a partir do início do movimento original, poder-se-iaantecipar para estas datas uma mudança na tendência.

Estas projeções podem ser feitas de fundo para fundo, topo para topo, ou fundo para topo (os mais puristasusam apenas topo para topo ou fundo para fundo). Veja dois exemplos no gráfico Futuro abaixo. Continuo com omesmo gráfico apenas para facilitar a comparação. Não deve haver nenhuma preferência. È aplicável emqualquer gráfico.

No exemplo acima, considerei inicialmente os dois pivots primários de topo separados por 72 pregões e suasprojeções estão definidas pelas linhas verticais azuis. Em seguida, utilizei os dois fundos primários separados por134 pregões e suas projeções estão definidas pelas linhas vermelhas. Como pode verificar existem muitascoincidências.

Fibonacci: Projeções de preços

As razões de Fibonacci são usadas para estabelecer objetivos de preços na direção da tendência e definir pontosde entrada durante as correções do mercado. As projeções de preços são feitas determinando-se a diferença dedois preços e multiplicando-se o resultado por uma das razões [1,618 - 2,000 – 2,618 – ou 3,326 (que é2X1,618)].

As projeções de preços não devem ser confundidas com as razões de Fibonacci (0,382 – 0,5 – 0,618) aplicadaspara determinar o percentual de retração durante movimentos contra a tendência predominante.

As projeções de preços são especialmente úteis quando combinadas com as análises das Ondas de Elliott. Nateoria de Elliott a primeira onda da seqüência, a onda 1, é utilizada para se encontrar a razão das outras ondas(as projeções). Estas razões não são regras, mas diretrizes na estimativa do comprimento das diferentes ondas.Assim, temos:

A onda 3 se relaciona com a onda 1, nas seguintes proporções:

1,618 x comprimento da onda 12,618 x comprimento da onda 14,236 x comprimento da onda 1

Os múltiplos mais comuns são os dois primeiros. Entretanto, se a terceira onda for uma onda estendida, então asrazões 2,618 e 4,236 são as mais comuns.

A onda 5 tem duas relações diferentes, a saber:

a) Se a onda 3 foi maior do que 1,618 da onda 1anterior ou se foi estendida, então as projeções mais prováveispara a onda 5 são as seguintes:

Igual a onda 11,618 da onda 12,618 da onda 1

b) Quando a onda 3 é menor do que 1,618 da onda 1, a onda 5 se estenderá. Deste modo, a razão da onda sebaseará no comprimento total do início da onda 1 até o topo da onda 3.

Então a onda 5 estendida teria as seguintes projeções:

0,618 x o comprimento do início da onda 1 até o topo da onda 3, ou1,618 x o comprimento do início da onda 1 até o topo da onda 3.

Fibonacci: Correções de preços

Conforme já foi dito no início desta página, utilizam-se as razões de 0,382 - 0,500 - 0,618 para projetar possíveispontos de compra/venda durante as correções do mercado. Isto é feito, medindo-se a diferença da alta/baixaprévia medida da mínima à máxima da perna de alta, ou da máxima à mínima da perna de baixa, aplica-se arazão sobre a diferença e deduz-se este valor do extremo do movimento a favor da tendência. Assim porexemplo, se uma onda 3 de alta começou em 10 e subiu até 13, pode-se esperar correções até:

11,86 = correção de 0, 38211,50 = correção de 0,5011,14 = correção de 0,618

Numa amostragem estatística, a maioria das correções terminam próximas de um desses níveis. Entretanto,podem ser excedidos.

Numa tendência de alta como a do gráfico do Bovespa acima, após o mercado ter corrigido uns 38% da perna de alta anterior, pode-setraçar uma linha de tendência de baixa partindo do topo anterior e usar seu corte para iniciar uma compra com estope inicial um poucoabaixo da mínima da perna de queda anterior ao corte da linha. Se vier a ser estopado, retraço a LTB e recompro novamente no seu cortecom a mesma técnica de estope. O inverso é verdadeiro para uma tendência de baixa.

Bibliografia:

“The Elliot Wave Principles”, por Frost and Prechter“Understanding Fibonacci Numbers”, por Edward D. Dobson“Commodity Trading Systems and Methods”, por P. J. Kaufman

Devido ao acúmulo de serviço que tive na semana passada, ao converter o texto do curso do formatoDOC para o formato PDF não percebi que desapareceram das planilhas do OBV as designações deALTAS, BAIXAS, NOVAS ALTAS e NOVAS BAIXAS, ficando impossível entender o texto. Só percebio erro quando fui prosseguir com a aula desta semana. Tentei fazer a conversão novamente, masnão consegui resolver o problema. Desta forma, estou enviando em anexo as planilhas no formatoDOC para substituírem as que estão incompletas. Denominei o arquivo de aula9corrigida.

Durante o último chat da semana passada percebi, através da pergunta de um dos participantes, queo conceito do Indicador de Clímax não ficou bem explicado. Então, antes de continuar, retornarei aotema para tentar dirimir quaisquer dúvidas.

O Indicador de Clímax é uma ferramenta utilizada para detectar se o mercado se encontra sobre-comprado ou sobre-vendido como qualquer outro oscilador. A diferença básica é que diferentementedos demais, ele associa preço e volume para fazer esta aferição. Partindo da premissa que o volumese movimenta antes do preço, este indicador sempre lhe informará mais sobre o verdadeiro estadotécnico das ações que compõem o índice que está acompanhando do que o próprio índice, vinculadoapenas às variações dos preços dos seus componentes.

Tomemos por exemplo o índice Bovespa. Consideremos que seja composto por cerca de 50 ativosativos.

Para se calculador o nível diário do Indicador do Clímax é preciso computar diariamente os furos doOBV de todas as ações que fazem parte do índice. Por exemplo, se 20 ações tiveram furosascendentes fazendo ALTA e 7 sofreram furos descendentes fazendo BAIXA, a leitura do Clímaxpara este dia será de 13. Uma única leitura não significa nada. O Clímax adquire significado quandoé colocado diariamente ao lado do índice. Podemos ver se os avanços ou descidas do índice sãotecnicamente justificados pelo Clímax. Assim, se o índice sobe 100 pontos e o Clímax vai de +13 para+9, há uma perda definida de força técnica na subida do índice, e uma queda pode ser esperada.Quanto de queda dependerá de onde se encontra o mercado no ciclo normal.

O Clímax é especialmente útil quando o índice está fazendo novas altas ou novas baixas, porqueessas altas e baixas poderão ser pontos críticos de virada do mercado, e a natureza crítica poderáapontar se o Clímax confirmou a nova alta ou baixa.

Este indicador foi criado em 1961 por Granville. Não tendo tipo desempenho anterior para avaliar, seuconceito original de Clímax era simplesmente o de um indicador que medisse a condição de sobre-comprado ou sobre-vendido do mercado. Com apenas 30 ações constituindo o índice Dow Jones, éóbvio que o máximo de leituras positivas possíveis seria de –30 para baixo e +30 para cima. Masdesde que todas as ações nunca se movimentam totalmente em conjunto, a experiência real mostrouque os movimentos para baixo terminam logo abaixo de –20, e os movimentos para cima apósleituras de +20 ou mais serem vistas.

No meu histórico com o Bovespa, estes valores mudam para –20 e +30, e as melhores leituras, maisraras, quando estes níveis são ultrapassados. Entretanto, como a flutuação era muito rápida,Granville achoui melhor introduzir um filtro utilizando uma média de 5 períodos do indicador parapotencializar seus sinais. Na próxima página verá um gráfico do Clímax do Bovespa e outro com amédia móvel de 5 períodos. Veja como os sinais da média são mais contundentes nos gráficos dapróxima página, principalmente os sobre-vendidos já que o período analisado passa mais temponuma tendência de alta:

Sem dúvida, a melhor explicação do que consiste o indicador de Clímax foi dada pelo seudescobridor: “necessita-se de uma certa quantidade de força de Clímax para suportar o peso do Dow.Suponha que o Dow faça uma série de altas para 950, 960, 980, e 985, e estes homens foram pesosmortos para serem carregados pelo número de homens representados pela leitura do Clímax. Noprimeiro caso tivemos 20 homens carregando 950 libras/peso, o que não era um problema. Nasegunda alta, tivemos 18 homens carregando 960 libras/peso, um pouco mais de esforço, mas aindasem representar um problema. Na terceira alta tivemos 11 homens carregando 980 libras/peso, muitomais esforço, porém ainda sem problemas sérios. Na quarta alta, entretanto, tivemos 5 homens seesforçando para levantar 985 libras/peso, um verdadeiro quebra-costas. Entrou em colapso sob oesforço, e o Dow desmoronou.”

Se com este complemento, a função do indicador ainda não ficou esclarecida, só me restarecomendar a aquisição do livro “Timing-A Nova Estratégia Diária de Maximização dos Lucros noMercado de Ações”.

Aula 10: CONCEITOS AVANÇADOS DO OBV

Durante muitos anos os seguidores da técnica do OBV baseavam sua leitura diária contando os furosascendentes e descendentes e dando-lhes o mesmo tratamento. Granville, sempre ciente de que asdesignações de NOVAS ALTAS e NOVAS BAIXAS eram, respectivamente, potencialmente maisaltistas ou mais baixistas do que as ALTAS e BAIXAS, sentiu a necessidade de formalizar estaobservação. Automaticamente criou dois novos indicadores. Esta contribuição foi apresentada no seupenúltimo livro “The Stock Market Teacher” publicado em outubro de 1988.

O que diferencia uma ALTA de uma NOVA ALTA e uma BAIXA de uma NOVA BAIXA, e quais osseus significados?

Observando-se o desdobramento de um ativo Beta, fica mais fácil entender as classificações dosfuros:

Preço de Fechamento Volume Diário Saldo do Volume (OBV Designação40 040 1/8 100.000 100.00040 60.000 40.00040 1/8 75.000 115.000 ALTA40 ½ 85.000 200.000 ALTA40 ½ 75.000 200.000 ALTA39 7/8 90.000 110.00040 75.000 185.00039 ½ 80.000 105.000 BAIXA39 ¾ 100.000 205.000 N.ALTA41 115.000 320.000 N.ALTA40 7/8 90.000 230.00041 ¼ 80.000 310.00041 90.000 220.000 BAIXA42 150.000 370.000 N.ALTA

Transformando a planilha da página anterior num gráfico, ficará mais fácil entender o porque dadiferença na classificação dos furos:

Na versão original, todos os furos representados pelasultrapassagens das altas prévias e pelas penetrações dasbaixas prévias recebiam, respectivamente, as designaçõesde ALTAS e BAIXAS. Neste caso, tanto as ultrapassagensdas linhas pontilhadas verdes como as azuis recebiam aclassificação de ALTAS. Note, entretanto, que ao ultrapassara alta prévia representada pelo topo anterior (a linha verdepontilhada) ainda não havia ocorrido um ziguezagueascendente antecedido por um ziguezague descendente. Apartir do momento que o topo principal da alta prévia éultrapassado antecedido por ziguezague descendente,ocorreu uma mudança na classificação do furo. Em vez de

ALTA passa a ser designado por NOVA ALTA.

Aqui vimos um padrão ascendentes nos números do OBV e que o ponto principal de um padrãoaltista do OBV é um ziguezague ascendente. Nós precisamos ter ALTAS mais altas e Baixas maisaltas. Agora note cuidadosamente que as designações de BAIXA no exemplo acima estão dentro deuma elipse. Isto mostra que elas não são baixas verdadeiras. Elas são baixas mais altas .

Observe o diagrama de uma ziguezague ascendente, um padrão altista:

ALTA MAIS ALTA

ALTA

BAIXA MAIS ALTA

BAIXA

Nenhuma ação pode se manter em tendência de alta sem o necessário padrão de baixas mais altas .Desde que se requer preços mais baixos no sentido de produzir baixas mais altas, e desde que amaioria das pessoas opera preços em vez de operar volume, elas ficam baixistas nas imediações deuma grande subida do mercado.

Agora vamos observar nossa ação beta hipotética num padrão de baixa. O ponto principal de umpadrão de OBV descendente é o ziguezague descendente. Precisamos ver ALTAS mais baixas eBAIXAS mais baixas. O exemplo abaixo continua de onde terminou o anterior:

Preço de Fechamento Volume Diário Saldo do Volume (OBV Designação42 ¼ 120.000 490.000 N.ALTA43 160.000 650.000 N.ALTA42 ½ 150.000 500.00042 ¼ 175.000 325.00042 3/8 100.000 425.00041 7/8 180.000 245.000 BAIXA42 130.000 375.00042 1/8 120.000 495.000 ALTA41 ½ 150.000 345.00040 3/8 200.000 145.000 N.BAIXA

100

200

300

400

Transformando a planilha da página anterior num gráfico, ficará mais fácil entender o porque dadiferença na classificação dos furos descendentes:

Na seqüência do OBV, note que após atingir um topo de NOVASALTAS em 650.000, o OBV começa a ceder. No trajeto da queda,ocorre um ziguezague descendente que recebe a classificação deBAIXA, pois não existe um ziguezague ascendente entre eles. Emseguida o OBV volta a melhorar e ultrapassa a alta prévia anterior erecebe a classificação de ALTA por ter apenas ultrapassado uma altaprévia, mas sem ter ultrapassado o topo do ziguezague ascendenteanterior (será uma NOVA ALTA quando ultrapassar o nível dos650.000). Em seguida, o OBV volta a ceder e penetra o fundo doziguezague anterior, mas entre a primeira penetração (BAIXA) e asegunda, ocorreu uma designação de ALTA. Assim, para ocorrer umaNOVA BAIXA é preciso que antes tenha ocorrido uma baixa seguida deuma ALTA e, para a ocorrência de uma NOVA ALTA é necessário queantes tenha ocorrido uma ALTA seguida de uma BAIXA.

Observe o diagrama de um ziguezague descendente, um padrão baixista:

NOVA ALTA

ALTA MAIS BAIXA

BAIXA

BAIXA MAIS BAIXA

Na essência, o que caracteriza um mercado de alta são ziguezagues ascendentes, as Baixas maisaltas e, de maneira idêntica, a essência dos ziguezagues descendentes são as ALTAS mais baixas.Para que não haja muita confusão, daqui em diante chamarei as ALTAS mais altas de NOVASALTAS, as ALTAS mais baixas de ALTA, as BAIXAS mais baixas de NOVAS BAIXAS e as BAIXASmais altas de BAIXAS.

Segue-se que se cada ziguezague ascendente é altista e desde que cada ziguezague altista precisaconter BAIXAS mais altas, então, é claro, que BAIXAS mais altas têm de ser consideradas umasinalização altista. Mas, como todas as BAIXAS mais altas ocorrem nos dias em que o preço da açãocai, ela revela uma das mais efetivas demonstrações de quando se ignorar qualquer implicaçãobaixista numa queda do preço.

De modo idêntico, o que caracteriza um mercado de baixa são os ziguezagues descendentes, isto é,cada ziguezague descendente precisa ter ALTAS mais baixas. Portanto, ALTAS mais baixas devemser consideradas baixistas. Mas, como todas as ALTAS mais baixas ocorrem nos dias em que opreço da ação sobe, ela revela uma das mais efetivas demonstrações de quando se ignorar qualquerimplicação altista numa subida de preço.

700

6 00

5 00

4 00

3 00

2 00

1 00

Quando não há um ziguezague ascendente nas designações para cima e para baixo do OBV e nemziguezagues descendentes nas designações para cima e para baixo no padrão do OBV temos umasituação duvidosa.

Estas situações são importantes porque sinalizam um potencial de mudança na tendência. Umpadrão duvidoso ocorre quando uma BAIXA mais baixa (NOVA BAIXA) é seguida por uma ALTAmais alta (NOVA ALTA) ou quando uma ALTA mais ALTA (NOVA ALTA) é seguida por uma BAIXAmais baixa (NOVA BAIXA). Estas situações estão ilustradas nos exemplos abaixo:

NOVA ALTA

ALTA

ALTA

BAIXA

NOVA BAIXA

NOVA ALTA

ALTA

BAIXA

BAIXA

NOVA BAIXA

A passagem direta de uma NOVA BAIXA para uma NOVA ALTA é potencialmente altista porquequebra o padrão baixista do ziguezague descendente e quando isto ocorre pode-se esperar que omovimento seja seguido por BAIXAS mais altas, o que deixa a ação posicionada para formar umpadrão de ziguezague ascendente. Inversamente, a passagem direta de uma NOVA ALTA para umaNOVA BAIXA é potencialmente baixista porque quebra o padrão altista do ziguezague ascendente equando isto acontece deve-se esperar que o movimento seja seguido por ALTAS mais baixas quedeixam a ação posicionada para entrar num padrão de ziguezagues descendentes.

O Novo Indicador de Clímax

Classificações dos furos como BAIXAS mais altas (BAIXAS) são necessárias no sentido de manterum campo de tendência altista ou posicionar uma ação para entrar num campo de tendênciaascendente. Classificações como ALTAS mais baixas (ALTAS) são necessárias no sentido de manterum campo de tendência baixista ou posicionar uma ação para entrar num campo de tendênciadescendente.

O Indicador de Clímax convencional não enfatizava o potencial altista das BAIXAS mais altas(BAIXAS) ou o potencial baixista das ALTAS mais baixas (ALTAS). Simplesmente, somava todas asdesignações de ALTA e subtraia todas as designações de BAIXA. Independente se as ALTAS eramaltas mais baixas ou altas mais altas ou se as BAIXAS eram baixas mais baixas ou baixas mais altas .Era um levantamento rápido das ALTAS e BAIXAS sem identificar seu potencial. É claro que existeuma grande diferença entre as designações de Baixa mais alta e BAIXA mais baixa. Uma designaçãode BAIXA mais alta obviamente é vista como uma queda no preço de uma ação, mas o OBV estámais alto do que a designação da baixa prévia e isto é potencialmente altista. Designações deBAIXAS mais baixas simplesmente estendem a fraqueza prévia e não possuem nenhum potencialaltista. Uma designação de ALTA mais baixa é vista como uma subida no preço de uma ação, mas oOBV está mais baixo do que a prévia designação de ALTA e isto se torna potencialmente baixista.Designações de ALTAS mais baixas simplesmente estendem a força prévia e carregam um enormepotencial baixista. Designações de ALTAS mais altas simplesmente estendem a força prévia domercado e não possuem nenhum potencial baixista. Segue-se, portanto, que devemos dedicar muitomais atenção a um indicador de Clímax muito mais sofisticado, um que mede o potencial da forçaassim com a própria força e o potencial de enfraquecimento bem como o próprio enfraquecimento.

Deste modo, ao fazer o seu levantamento diário dos OBVs, é importante distinguir uma ALTA de umaNOVA ALTA, bem como uma BAIXA de uma NOVA BAIXA. Agora você irá contar todas as ALTAS eBaixas como positivas e todas as NOVAS BAIXAS e ALTAS como negativas. Então você subtrairá ocontingente negativo do contingente positivo e isto resultará num novo e sofisticado Indicador deClímax, que Granville denominou de Aviso Antecipado do Indicador de Clímax.

Infelizmente, mais uma vez não conseguirei acabar com o assunto do OBV. Na semana passada,viajei na segunda-feira de manhã para fazer uma palestra em Curitiba e perdi um dia e meio detrabalho. Na quarta-feira, passei das 10 da manhã até às 3 da tarde sentado na cadeira do dentistafazendo uma cirurgia dentária e só pude trabalhar nos cursos no sábado e domingo, nos espaços detempo que a revista permitiu.

Realmente, sinto muito que esta parte do curso esteja sendo fornecida tão fragmentada. Pretendiaataca-la mais intensamente, ainda mais que acho a parte mais complexa do curso. Mas não temoutro jeito. São 9 horas da noite de domingo e ainda preciso gravar 50 disquetes promocionais para apalestra que farei amanhã em Florianópolis. Terei que estar no Galeão às 10 horas, o que implica emsair de casa às 9 da manhã. Não dá para gravar os disquetes antes de sair de casa. Farei o possívelpara terminar esta parte do curso e os exercícios a ele pertinente na próxima semana.

Existe muito mais a ser visto trabalhando-se com estas quatro classificações. Elas possibilitam a criação denovos indicadores.

A primeira observação é verificar se a tendência das NOVAS ALTAS está aumentando ou diminuindo.Obviamente, leituras elevadas são extremamente altistas. Uma diminuição na tendência de NOVAS ALTASdeverá ser preocupante, especialmente se o número cair para zero.

A segunda é verificar se a tendência das BAIXAS está aumentando ou diminuindo. È muito altista verificar umaleitura elevada nesta classificação porque revela um aumento das probabilidades na direção da tendência de alta.Num mercado fraco, as BAIXAS seriam abortadas, transformando-se em NOVAS BAIXAS. Neste caso, veja sea diminuição das baixas está se refletindo num aumento das NOVAS BAIXAS.

A terceira é verificar o que está acontecendo com as designações das NOVAS BAIXAS. Obviamente, nummercado fraco veríamos um aumento constante dos números desta coluna. Num mercado forte veríamos umnúmero muito baixo destas classificações, preferencialmente zero, ou algo muito próximo de zero.

Finalmente, devemos verificar o registro das designações de ALTAS. Vocês não verão muitas dessas quando oíndice estiver subindo. Mas, quando se vê uma tendência crescente nestas leituras, elas servem como umaadvertência técnica muito importante de que uma tendência de baixa do mercado possa estar começando, amenos que estas ALTAS sejam rapidamente abortadas transformando-se em NOVAS ALTAS.

Quando examinar um OBV e observar a seqüência NOVA BAIXA – ALTA– BAIXA – NOVA ALTA vocêestá olhando para um campo de tendência ascendente. Quando observar a seqüência NOVA ALTA–BAIXA–ALTA– NOVA BAIXA está olhando para um campo de tendência descendente. Qualquer coisa diferente destesdois padrões mostrará um campo de tendência duvidoso.

Se, na versão original, o Clímax era determinado pela diferença entre as ações que estavam fazendo ALTAS e asque estavam fazendo BAIXA, sem distinguir se era ALTA ou NOVA ALTA, BAIXA ou NOVA BAIXA, naversão mais avançada o Clímax mudou de nome para Clímax Verdadeiro. Seu cálculo passou a ser a diferençaentre as NOVAS ALTAS e as NOVAS BAIXAS. Novas máximas ou novas mínimas no Clímax Verdadeiro e noAviso Antecipado são extremamente significativas e indicações técnicas muito confiáveis da futura evolução doíndice.

Se o Clímax é um indicador que mostra a força interna de um grupo de ações (índice), uma média móvel desteindicador mostra sua evolução num período a ser observado. Assim, em 1987 crieium indicador de médio prazopara determinar os possíveis pontos de virada do mercado baseado na acumulação e distribuição: a Média Móvelde 21 períodos do Clímax.

Algum tempo depois, baseado nos padrões dos campos de tendência, criei mais um indicador demédio prazo: oIndicador de Transição. Consistindo, também, de médias móveis de 21 períodos das NOVAS ALTAS, BAIXAS,ALTAS e NOVAS BAIXAS, me permite verificar a transição dos ziguezagues de um índice.

Aqueles que acompanharam meus primeiros relatórios e posteriormente vêm acompanhando a revista Timingsabem que não estou mentido ao afirmar que de 1987 até os dias de hoje, todos os pontos de reversão domercado foram claramente identificados pelos dois indicadores.

Os estudos do volume que dizem respeito à metodologia que estamos desenvolvendo se encerram por aqui. OIndicador de Transição e a Média Móvel de 21 períodos do Clímax, a Linha de Avanço e Declínio, bem comomeus estudos sobre a evolução das tendências, são as minhas referências fundamentais para avaliar o cenáriogeral do mercado. Realmente, não preciso, nem sinto falta de mais nada. Eles contêm tudo que preciso saber paraesboçar um cenário do estado geral do mercado.

Testes de assimilação do conteúdo das aulas 9Testes de assimilação do conteúdo das aulas 9e 10e 10

1. Utilizando a classificação original dos furos do OBV, veja quantas ALTAS e BAIXAS consegue identificarnos gráficos abaixo:

2. Complete a tabela abaixo calculando o saldo diário das perfurações, o saldo acumulado (OBV) e classifique osfuros baseado nas designações da versão original da teoria. Em seguida, faça o gráfico da coluna do OBV evisualize suas designações.

3. Durante seus estudos diários, ao fazer o levantamento dos OBVs das 15 ações mais ativas do índice Bovespapara calcular o valor do indicador de Clímax, deparou-se com os seguintesdesdobramentos para cada uma delas:

1 2 3 4 5 6 7 8

DATA BOV A B S OBV DESIG22/02/99 9074 13 1423/02/99 8942 11 2524/02/99 8953 13 1825/02/99 8653 6 2426/02/99 8910 15 601/03/99 9197 17 502/03/99 9070 18 603/03/99 9154 22 404/03/99 9508 35 205/03/99 9465 27 708/03/99 9785 25 409/03/99 9484 14 1010/03/99 9778 24 411/03/99 9697 19 1012/03/99 9574 8 1415/03/99 10413 21 416/03/99 10658 33 217/03/99 10634 20 318/03/99 10894 32 319/03/99 10835 16 522/03/99 10527 5 1323/03/99 10416 8 1124/03/99 10428 8 1325/03/99 10937 18 726/03/99 10865 18 629/03/99 10868 18 330/03/99 11027 29 531/03/99 10696 24 1205/04/99 11021 26 9

50

250

150

100

200

9 10 11 12 13 14 15

Considerando-se apenas as classificações de acordo com a versão original da teoria do OBV, diga qual foi ovalor do Clímax neste dia.

4. Agora, calcule o Clímax usando apenas as planilhas individuais abaixo, dos OBVs individuais.

1 2 3DATA OBV DESIG09/02/99 1010/02/99 1511/02/99 1212/02/99 1613/2/99 1816/02/99 1517/02/99 17

DATA OBV DESIG09/02/99 2310/02/99 1711/02/99 2012/02/99 1513/2/99 1816/02/99 1917/02/99 13

DATA OBV DESIG09/02/99 1210/02/99 1711/02/99 1412/02/99 1913/2/99 1616/02/99 1517/02/99 19

4 5 6DATA OBV DESIG09/02/99 2310/02/99 1411/02/99 1712/02/99 1513/2/99 1916/02/99 1317/02/99 22

DATA OBV DESIG09/02/99 2510/02/99 1411/02/99 1812/02/99 1213/2/99 1516/02/99 1317/02/99 12

DATA OBV DESIG09/02/99 2510/02/99 1511/02/99 2312/02/99 1613/2/99 2116/02/99 1917/02/99 20

7 8 9

DATA OBV DESIG09/02/99 3310/02/99 2611/02/99 1912/02/99 2113/2/99 1816/02/99 1717/02/99 16

DATA OBV DESIG09/02/99 1110/02/99 1511/02/99 1712/02/99 2513/2/99 1916/02/99 2117/02/99 25

DATA OBV DESIG09/02/99 1110/02/99 1511/02/99 1712/02/99 1413/2/99 2116/02/99 2217/02/99 27

10 11 12DATA OBV DESIG09/02/99 1910/02/99 1311/02/99 2012/02/99 1513/2/99 1216/02/99 1517/02/99 21

DATA OBV DESIG09/02/99 2710/02/99 2111/02/99 1512/02/99 1713/2/99 1416/02/99 1917/02/99 16

DATA OBV DESIG09/02/99 2310/02/99 1911/02/99 2712/02/99 2913/2/99 2316/02/99 3017/02/99 35

13 14 15DATA OBV DESIG09/02/99 1310/02/99 1811/02/99 2112/02/99 3413/2/99 3616/02/99 3917/02/99 41

DATA OBV DESIG09/02/99 1510/02/99 1311/02/99 1712/02/99 1113/2/99 -516/02/99 -717/02/99 -9

DATA OBV DESIG09/02/99 3510/02/99 2811/02/99 2312/02/99 2913/2/99 3116/02/99 3517/02/99 30

5. Durante seus estudos diários, para fazer o levantamento dos OBVs das 15 ações mais ativas do índice Bovespasegundo os critérios da versão avançada do OBV, deparou-se com os seguintes desdobramentos individuais:

1 2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

Pede-se:

a) O valor do Clímax convencional;

b) O valor do Clímax verdadeiro e,c) O valor do aviso antecipado do Clímax.

6. Qual o fator predominante na definição dos campos de tendência ascendente e descendente do OBV?

R.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. Das designações abaixo, quais são as positivas e quais são as negativas?

ALTA (A)(B) - NOVA ALTA (A)(B) - BAIXA (A)(B) - NOVA BAIXA (A)(B)

8. Examine os OBVs do quadro abaixo, atualizadosaté o fechamento da semana passada,e classifique seus furosbaseado na versão avançada da teoria do OBV:

Testes de assimilação do conteúdo das aulas 9Testes de assimilação do conteúdo das aulas 9e 10e 10

1. 8 Altas e 7 Baixas.

2.

DATA BOV A B S OBV DESIG22/02/99 9074 13 14 -1 -123/02/99 8942 11 25 -14 -15

24/02/99 8953 13 18 -5 -2025/02/99 8653 6 24 -18 -38

26/02/99 8910 15 6 9 -2701/03/99 9197 17 5 12 -1502/03/99 9070 18 6 12 -303/03/99 9154 22 4 18 1504/03/99 9508 35 2 33 4805/03/99 9465 27 7 20 68

08/03/99 9785 25 4 21 8909/03/99 9484 14 10 4 9310/03/99 9778 24 4 20 113

11/03/99 9697 19 10 9 12212/03/99 9574 8 14 -6 116

15/03/99 10413 21 4 17 133 ALTA16/03/99 10658 33 2 31 164 ALTA17/03/99 10634 20 3 17 181 ALTA18/03/99 10894 32 3 29 210 ALTA19/03/99 10835 16 5 11 221 ALTA22/03/99 10527 5 13 -8 213

23/03/99 10416 8 11 -3 21024/03/99 10428 8 13 -5 20525/03/99 10937 18 7 11 21626/03/99 10865 18 6 12 228 ALTA29/03/99 10868 18 3 15 243 ALTA30/03/99 11027 29 5 24 267 ALTA31/03/99 10696 24 12 12 279 ALTA05/04/99 11021 26 9 17 296 ALTA

50

250

150

100

200

3. R: ¨Altas e 4 Baixas – O Clímax para este dia foi +2

1 2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

4. R: 4 Altas e 3 Baixas – O Clímax para o dia 17 foi +11 2 3

DATA OBV DESIG09/02/99 1010/02/99 1511/02/99 1212/02/99 16 ALTA13/2/99 18 ALTA16/02/99 1517/02/99 17

DATA OBV DESIG09/02/99 2310/02/99 1711/02/99 2012/02/99 15 BAIXA13/2/99 1816/02/99 1917/02/99 13 BAIXA

DATA OBV DESIG09/02/99 1210/02/99 1711/02/99 1412/02/99 19 ALTA13/2/99 1616/02/99 1517/02/99 19

4 5 6DATA OBV DESIG09/02/99 2310/02/99 1411/02/99 1712/02/99 1513/2/99 19 ALTA16/02/99 13 BAIXA17/02/99 22 ALTA

DATA OBV DESIG09/02/99 2510/02/99 1411/02/99 1812/02/99 12 BAIXA13/2/99 1516/02/99 1317/02/99 12

DATA OBV DESIG09/02/99 2510/02/99 1511/02/99 2312/02/99 1613/2/99 2116/02/99 1917/02/99 20

7 8 9DATA OBV DESIG09/02/99 3310/02/99 2611/02/99 1912/02/99 2113/2/99 18 BAIXA16/02/99 17 BAIXA17/02/99 16 BAIXA

DATA OBV DESIG09/02/99 1110/02/99 1511/02/99 1712/02/99 2513/2/99 1916/02/99 2117/02/99 25

DATA OBV DESIG09/02/99 1110/02/99 1511/02/99 1712/02/99 14 BAIXA13/2/99 21 ALTA16/02/99 22 ALTA17/02/99 27 ALTA

10 11 12DATA OBV DESIG09/02/99 1910/02/99 1311/02/99 20 ALTA12/02/99 1513/2/99 12 BAIXA16/02/99 1517/02/99 21 ALTA

DATA OBV DESIG09/02/99 2710/02/99 2111/02/99 1512/02/99 1713/2/99 14 BAIXA16/02/99 19 ALTA17/02/99 16

DATA OBV DESIG09/02/99 2310/02/99 1911/02/99 27 ALTA12/02/99 29 ALTA13/2/99 2316/02/99 30 ALTA17/02/99 35 ALTA

13 14 15DATA OBV DESIG09/02/99 1310/02/99 1811/02/99 2112/02/99 3413/2/99 3616/02/99 3917/02/99 41

DATA OBV DESIG09/02/99 1510/02/99 1311/02/99 17 ALTA12/02/99 11 BAIXA13/2/99 -5 BAIXA16/02/99 -7 BAIXA17/02/99 -9 BAIXA

DATA OBV DESIG09/02/99 3510/02/99 2811/02/99 2312/02/99 2913/2/99 3116/02/99 3517/02/99 30

5. Designações: alta nova alta baixa nova baixa

R. 6 altas, 5 novas altas, 2 baixas e 2 novas baixas.

1 2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

Pede-se:

a) O valor do Clímax convencional: (altas + novas altas) – (baixas + novas baixas) = 7b) O valor do Clímax verdadeiro: novas altas – novas baixas = 3c) O valor do aviso antecipado do Clímax: (baixas + novas altas) – (altas + novas baixas) = -1

6. Qual o fator predominante na definição dos campos de tendência ascendente e descendente doOBV?

R. Nos ascendentes, a presença de Baixas mais altas e nos descendentes, a presença de ALTASmais baixas.

7. Positivas: BAIXA e NOVA ALTA; Negativas: ALTA e NOVA BAIXA

8. PLI4: NOVA BAIXA; VALE5: BAIXA; PETR4: BAIXA; ELET6: NEUTRO; TNLP4: NOVA BAIXA;BBDC4: NOVA BAIXA; EBTP4: NOVA BAIXA; TSPP4: NEUTRO; BBAS4: NEUTRO; TLPP4: BAIXA;EMBR3: NEUTRO; EMAE4: NOVA ALTA.

ERRATA DAS RESPOSTAS DOS TESTES DE ASSIMILAÇÃO DAS AULAS 7 e 8

A resposta que aparece como sendo da questão 7 é a resposta da questão 6. As linhas coloridasrepresentam os campos de tendência: azul para ascendente, cinza para duvidoso e vermelho paradescendente.

A resposta da questão 7 é a seguinte:

DATA BOVP + P - SALDO

A/DLAD CLÍMAX MM3 CLX MM5 CLX

21/12/00 14505 b 9 26 -21 -21 -1722/12/00 14562 8 14 12 -9 -626/12/00 14794 12 4 23 14 8 5,0027/12/00 15186 24 4 44 58 20 7,3328/12/00 15259 22 4 -4 54 18 15,33 4,6002/01/01 15425 A 12 9 -11 43 3 13,66 8,6003/01/01 16599 A 42 0 53 96 42 21,00 18,2004/01/01 16675 A 28 5 -3 93 23 22,66 21,2005/01/01 16410 8 9 -22 71 -1 21,33 17,0008/01/01 16562 A 19 6 22 93 13 11,66 16,0009/01/01 16974 A 40 1 47 140 39 17,00 23,2010/01/01 16918 21 2 -10 130 19 23,66 18,6011/01/01 17023 A 17 9 5 135 8 22,00 15,6012/01/01 16850 b 12 14 -18 117 -2 8,33 15,4015/01/01 16953 12 2 21 138 10 5,33 14,8016/01/01 16720 b 7 20 -26 112 -13 -1,66 4,4017/01/01 17191 A 29 2 49 161 27 8,00 6,0018/01/01 17521 A 40 3 30 191 37 17,00 11,8019/01/01 17530 A 26 2 9 200 24 29,33 17,0022/01/01 17391 16 6 -21 179 10 23,66 17,0023/01/01 17828 A 37 1 12 191 36 23,33 26,8024/01/01 17771 20 10 23 214 10 18,66 23,4026/01/00 17885 A 24 12 44 258 12 19,33 18,40

Osciladores e RastreadoresQuando uma mulher entra numa maré de azar,

compra um vestido novo.Quando um investidor entra numa maré de azar,

compra um sistema novo.

O objetivo principal deste curso é mostrar que para ser bem-sucedido nos mercados, é preciso ter ummétodo. No final deste, terão conhecido o meu. Mas, é o meu, totalmente adaptado às minhasemoções e condicionamentos, não necessariamente, o melhor para você! Certamente, depois deconhece-lo, adaptações, ou inovações, serão feitas por cada um de vocês e, para tanto, acho quevale a pena incluir neste curso algumas ferramentas complementares que desempenham funçõessemelhantes aos indicadores de timing que vimos nas duas aulas anteriores, para que tenham outrasopções. Tudo começa com o uso das médias móveis, que já abordamos.

O emprego das médias móveis como subsídio operacional, logo após a segunda grande guerra, deuorigem a uma indústria de indicadores de formulação matemático-estatística que objetivam capturaros momentos em que os preços se estenderam em demasia e para detectar as tendências domercado.

O grande surto de crescimento desses indicadores ocorreu na década de setenta, com o acesso aoscomputadores de uso pessoal. Atualmente, existem mais de uma centena, redundantes, compequenas variações. Aqui, nos fixaremos nos mais tradicionais.

Osciladores:

Estocástico: desenvolvido e popularizado por George Lane na década de 1950, está baseado naobservação de que, na medida em os preços sobem, os preços de fechamento tendem a estar maispróximos das máximas. Inversamente, nas tendências de baixa, os preços de fechamento tendem aestar mais próximos das mínimas. Ou seja, rastreia a relação entre cada preço de fechamento e asmáximas e mínimas recentes. Duas linhas são utilizadas no processo de cálculo do Estocástico.

A primeira delas, denominada Estocástico Bruto ou %K, é obtida usando-se a seguinte fórmula:

K% = 100xMIMA

MIF

nn

nh

−−

Onde, Fh = fechamento de hojen = número de dias selecionados para o estocástioc, escolhido por vocêMAn = a máxima atingida no período de tempo selecionadoMIn = a mínima atingida no período de tempo selecionado

O tamanho padrão (default) da periodicidade do Estocástico é de cinco dias, embora alguns analistasusem valores mais altos. Uma periodicidade pequena ajuda a capturar mais pontos de retorno, mas,uma maior, ajuda a identificar pontos de retorno mais expressivos.

A segunda linha denominada %D é obtida suavizando-se %K, através de uma média móvel de 3períodos (dias), ou seja:

%D =3

%%% 321 KKK ++

Onde, %K1 refere-se a anteontem, %k2 a ontem e %K3 a hoje.

Existem duas maneiras de trabalhar com o Estocástico: a rápida e a lenta. O Estocástico rápidoconsiste das duas linhas %K e %D plotadas sob o mesmo gráfico. É muito sensível às viradas domercado, mas nos leva a muitos sinais falsos. A maioria dos analistas prefere a versão mais lenta.Nesta versão, o %D da versão rápida torna-se o %K da mais lenta e uma média móvel de 3 períodosdeste novo %K, passa a ser o novo %D. A versão mais lenta do Estocástico se comporta melhor,diminuindo sensivelmente o número de sinais falsos, filtrando melhor os movimentos do mercado.

Foi desenvolvido para flutuar numa escala de 0 a 100. Nesta escala são traçadas duas linhashorizontais, que representam os níveis de preço onde o ativo se encontra sobre-comprado ou sobre-vendido. Normalmente, elas são traçadas nos níveis de 30 e 70, embora muitos analistas prefiram 20e 80. Quando as duas linhas do indicador alcançam estes níveis, estão nos informando que o preçoficou sobre-comprado ou sobre-vendido, dependendo do caso.

No quadro acima podemos ver dois exemplos do Estocástico (versão lenta) em funcionamento. Umestá calculado em cima dos preços semanais e outro sobre os preços diários. Neles, também podeobservar as duas linhas horizontais (pretas), colocadas nos níveis de 20 e 80 e as linhas %K e %D dooscilador.

Sendo um indicador construído para determinar o nível de excesso de uma subida ou descida dospreços, muitos o utilizam para iniciar operações de compra ou venda, o que não recomendo.

Basicamente, fornece três tipos de sinais:

a) Divergências: os mais fortes sinais de compra e de venda gerados pelo oscilador. Elasocorrem quando os preços ultrapassam para cima ou para baixo um topo ou fundo anterior e ooscilador não confirma a ultrapassagem, ficando aquém do topo (disparidade baixista) oufundo (disparidade baixista) precedente do indicador.

Exemplo de uma disparidade baixista. Note que cada novo topo no gráfico de preços não é confirmadoPelo indicador. Geralmente, os preços não resistem ao terceiro sinal de disparidade.

b) Nível das Linhas do Estocástico: quando elas sobem ou caem acima ou abaixo da linhahorizontal de referência (80 e 20 ou 70 e 30), mostram que o mercado está sobre-compradoou sobre-vendido, conforme o caso.

c) Direção das linhas: quando as duas linhas do Estocástico (%K e %D) estão emparelhadas namesma direção, confirmam a tendência em andamento. Quando os preços sobem e as duaslinhas do oscilador também, é provável que a tendência de alta continue. Quando os preçoscaem e as duas linhas do indicador também, provavelmente a tendência de baixa continue.

Estas são as principais nuances do indicador. Pode ser utilizado em qualquer periodicidade, semperder nenhuma das suas características. Mais detalhes sobre ele poderá ser encontrado no meulivro.

Sendo um indicador que faz parte do meu arsenal diário de observação, pois conheço bem seufuncionamento, graças ao longo período em que desenvolvi minhas pesquisas em busca de umsistema mecânico computadorizado, não o utilizo para iniciar nenhum tipo de operação. Entretanto, éatravés das suas flutuações que sinto a pulsação do mercado. Nesse sentido, acho-o campeão! Valedizer que trabalho apenas com a versão mais lenta no padrão original (cinco períodos). Na minhaopinião, o importante neste indicador, não é achar a melhor periodicidade, mas sim, se acostumar àsoscilações de uma periodicidade, seja ela qual for, desde que se sinta confortável trabalhandosempre com a mesma.

Embora não o utilize para iniciar nenhuma operação, existem momentos, como no gráfico semanal daPetrobrás da página anterior, em que seus sinais são altamente confiáveis. É quando um ativo seencontra numa congestão claramente definida, no caso um retângulo. Note como todas as vezes queo oscilador ultrapassou a linha paralela do nível 80, seguido pela inflexão que gerou um ponto deretorno, o que aconteceu com o preço e, o inverso, quando veio abaixo da linha paralela do nível 20 eretornou.

Nestes momentos, apesar de não utilizar a virada do indicador como ponto de compra ou venda(utilizo apenas os rompimentos gráficos), faz crescer substancialmente minha confiança numaoperação de compra ou venda gerada pelo sinal gráfico.

O aspecto negativo desta sinalização é que ela só pode ser utilizada desta forma, a partir domomento que o terceiro ponto de retorno comece a se formar muito próximo do topo ou fundo anteriordo gráfico de barras ou similar (quando começa a ficar perceptível a possibilidade do preço estarentrando numa congestão). Antes disso, poderá ser muito perigoso, pois quando o mercado entra emtendência de alta ou de baixa, o indicador permanece se movendo lateralmente emitindo sinaisfalsos, um após o outro.

Voltando aos gráficos da página anterior, observe agora o gráfico diário da mesma Petrobrás. Reparequantas disparidades altistas e baixistas ocorreram nos períodos assinalados nas faixas amarelas. Setivesse seguido estes sinais, provavelmente, os prejuízos teriam sido enormes. A diferença, é queagora estamos vendo duas tendências em andamento, uma de baixa e outra de alta. Nestes casos,existem alternativas operacionais diferentes, que abordaremos quando estivermos examinando osrastreadores de tendência.

Índice de Força Relativa: desenvolvido por J. Welles Wilder Jr. em 1978, transformou-se naferramenta mais popular da análise técnica. Não existe softerware de análise técnica do qual ele nãofaça parte do arsenal de indicadores disponíveis. O IFR mede a força de qualquer ativo monitorandoas mudanças nos seus preços de fechamento.

Sua fórmula é a seguinte:

IFR = 100 -

+ FR1100

Onde FR = média dos incrementos dos dias que subiram durante n diasmédia dos incrementos dos dias que caíram durante n dias

Suponha que o estejamos calculando o IFR para uma periodicidade de 14 períodos (barras).

O “n” será igual a 14 e os passos do cálculo são:

1) Obtenha a soma dos incrementos dos dias que fecharam para cima e para baixo. O incrementocorresponde, nos dias em que o preço subiu, à diferença entre a máxima do dia que o preço subiusubtraído da máxima do dia anterior. Assim, se no dia anterior a máxima do dia foi 10, independentedo preço ter caído ou subido neste dia, e no dia seguinte, a máxima foi de 12, o incremento é igual a2. No caso de um dia de queda, o incremento é obtido subtraindo-se a mínima do dia menos amínima do dia anterior.

Considerando as últimas 14 barras, some os incrementos dos dias em que o preço subiu nesteperíodo e divida por 14. Isto nos fornece a média dos incrementos dos dias que fecharam para cima.Repita o procedimento com os incrementos dos dias que caíram neste período e obterá a média dosincrementos dos dias que fecharam para baixo.

2) Dividindo-se a média dos incrementos dos dias que fecharam para cima pela média dosincrementos dos dias que fecharam para baixo obtém-se a Força Relativa (FR).

3) Adicione 1 ao FR

4) Divida 100 pelo resultado obtido em (3).

5) Subtraia o resultado obtido em (4) de 100. Este será o primeiro IFR.

Observação: mais detalhes sobre sua construção podem ser encontrados no meu livro.

Assim como o Estocástico, o IFR flutua numa escala de 0 a 100 e contém duas linhas paralelashorizontais nos níveis de mercado sobre-comprado e sobre-vendido (em geral 70 e 30, mas sepreferir pode usar 80 e 20 ou alguma outra que ache melhor).

Os principais sinais que ele emite são:

1) Topos e Fundos: eles são indicados quando o índice ultrapassa as linhas horizontais.Normalmente, atingirá o topo ou o fundo antes que o preço o faça, dando uma indicação deque a reversão ou, ao menos, uma reação significativa, está prestes a ocorrer.

2) Padrões Gráficos: o IFR mostrará formações que podem estar ocultas nos gráficos de preçoscorrespondentes. Por exemplo, Topos e Fundos em Formato de Cabeça e Ombros, Cunhas eTriângulos freqüentemente surgem no IFR, indicando a perfuração e pontos de compra evenda.

3) Oscilações Incompletas: oscilações incompletas que ocorrem entre as linhas paralelashorizontais são indicações muito fortes de reversão do mercado.

4) Suporte e Resistência: áreas de suporte e resistênc ia, freqüentemente aparecem no IFR,antes de se tornarem aparentes sobre o gráfico. De fato, linhas de suporte e resistênciatraçadas através dos topos e fundos do IFR são, normalmente, análogas às linhas detendência traçadas nos gráficos.

No gráfico acima pode ver alguns exemplos de conexões de fundos e topos do IFR funcionandocomo suporte e resistência. Quando ocorre o corte de um suporte (ou de uma resistência)simultaneamente com a presença de uma divergência baixista (ou altista) como pode se ver em ae b, cresce a probabilidade do sinal emitido. Na região amarela, pode-se ver a força de umasubida após uma oscilação incompleta para baixo.

5) Divergências: quando ocorrem entre a atividade dos preços e o IFR é uma indicação muitoforte da proximidade de um ponto de retorno do mercado. A divergência ocorre quando opreço está subindo e o IFR está andando de lado ou caindo. Inversamente, quando o preçoestá caindo e o IFR está andando de lado ou subindo, conforme ilustrado no gráfico dos topose fundos acima.

Acho o IFR o indicador muito eficiente, embora não o utilize com muita freqüência. As mensagensque mais utilizo são os cortes das suas linhas de suporte e resistência. São excelentes confirmadoresdos rompimentos de linhas de tendência nos gráficos.

Pode ser utilizado em qualquer periodicidade de tempo. Quanto maior o período utilizado, menossujeito a sinais falsos. As periodicidades mais comuns utilizadas pelos técnicos são 7, 9 e 14, mas seencontrar uma mais confortável, siga em frente.

Rastreador

Moving Average Convergence -Divergence (MACD): criado em 1979, por Gerald Appel. Consistede três médias móveis exponenciais, mas aparece sob os gráficos como duas linhas cujoscruzamentos revelam a reversão da tendência em andamento e geram sinais de compra e venda.

Sua versão original consiste de duas linhas: uma denominada Linha do MACD e outra denominadaLinha do Sinal. A Linha do MACD é formada por duas médias móveis exponenciais. Ela responde àsmudanças de preços com relativa rapidez. A Linha do Sinal é formada pela Linha do MACD,suavizada por outra média móvel exponencial. Ela responde às mudanças de preços maislentamente.

Os sinais de compra e venda são fornecidos quando a Linha mais rápida do MACD cruza, para cimaou para baixo, a linha mais lenta do Sinal, conforme pode ver no gráfico abaixo. Este indicadortambém está incluído na maioria dos programas de análise técnica.

Quando a linha mais rápida (roxa) corta a mais lenta (azul) para cima é gerado um sinal de comprae para baixo um sinal de venda.

Para calcula-lo, siga os seguintes passos:

1. Calcule uma M.M.E. de 13 dias (barras) dos preços de fechamento.

Fórmula da média móvel exponencial:

M.M.E. = )1( KMMEKP ontemhoje −•+•

Onde K =1

2+N

N = número de dias da MME (escolhida por você)

P hoje = preço de hoje

M.M.E. ontem = M.M.E. de ontem

2. Calcule uma M.M.E. de 26 dias dos preços de fechamento.3. Subtraia a M.M.E. de 26 dias da M.M.E. de 13 dias e plote sua diferença como uma linha

sólida.4. Calcule uma M.M.E. de 9 dias da linha rápida e plote o resultado como uma linha pontilhada.

Esta será a Linha do Sinal, a mais lenta.

O MACD é um excelente indicador da tendência predominante. Como os demais, pode ser utilizadoem qualquer periodicidade. Gosto de utiliza-lo numa periodicidade acima da que pretendo operar paraIniciar operações nos movimentos contra a tendência predominante. Esta técnica, desenvolvida porAlexander Elder, ficou conhecida como Enfoque Triplo.

Assim, se o MACD calculado sobre o gráfico semanal de um ativo que pretendo operar, estiversinalizando alta, aplico um oscilador (Estocástico, IFR, ou outro de sua preferência) para verificarquando ficará sobre-vendido. A partir deste momento, através de um gráfico intradia do mesmo ativo(barras horárias), compro quando a máxima do dia anterior for ultrapassada. No caso de uma venda éo inverso, isto é, MACD do gráfico semanal sinalizando baixa e o oscilador aplicado no gráfico diáriosobre-comprado.

Se pretender utiliza-lo nas operações intradia, procure trabalhar com múltiplos de 4 ou 5, isto é, se foroperar baseado no gráfico de hora, veja o sinal do MACD do gráfico diário. Se quiser operar umgráfico de 15 minutos, verifique o MACD do gráfico de hora e assim por diante. Cabe destacar, que acombinação MACD sinalizando alta e oscilador sobre-vendido (ou o inverso) só ocorre quando o ativorealmente se encontra numa forte tendência de alta (baixa) na periodicidade do MACD. Casocontrário, na medida em que o preço for caindo na periodicidade em que está querendo operar atéficar sobre-vendido, provocará uma mudança no sinal do MACD de compra para venda, inviabilizandoa operação.

Enquanto o MACD do gráfico semanal permaneceu na venda, todas as vezes que o estocástico virou na região de mercadosobre-comprado, ocorreu uma oportunidade de venda.

Depois de algum tempo trabalhando com a versão original, Appel percebeu que os sinais de comprae venda poderiam ser antecipados através de um histograma da diferença das médias, pois aindaque as médias caminhassem na mesma direção, a partir de um determinado momento, a tendênciacomeçava a perder força e as médias começavam a se aproximar até o cruzamento. Para tornar oindicador mais dinâmico, passou, então, a adotar o histograma como sinalizador da tendência emandamento, bem como, na geração de sinais de compra e venda.

Para efeito comparativo, utilizando o mesmo gráfico do exemplo anterior, alterando apenas aorientação do MACD, observe as mudanças para melhor. Quando trabalhamos com a diferença dasmedias o indicador fica mais dinâmico e eficiente. Enquanto no exemplo em que trabalhamos com aslinhas tivemos apenas sinais de venda no período (alguns deles de má qualidade), utilizando-se ossinais do histograma, todos os sinais de venda foram de boa qualidade. Durante um período detransição, assinalado pelas linhas verticais roxas, teríamos ficado fora do mercado, pois quandoocorreu o sinal de compra o oscilador estava sobre-comprado. Em seguida quando o oscilador voltoupara venda, não surgiu mais nenhuma coincidência na combinação MACD na venda e estocásticosobre-comprado. Quando volta a coincidir, já é numa situação oposta, isto é, o MACD na compra eestocástico sobre-vendido, gerando sinais de compra.

Appel continuou testando o indicador e depois de alguns anos trouxe a público sua versão avançada.Concluiu que os melhores sinais do MACD são obtidos dos cortes das linhas de tendências traçadasnas linhas do MACD. Veja, no gráfico da próxima página, um exemplo de como trabalhar com aversão avançada do MACD. Note, como diminui acentuadamente a quantidade de sinais ao mesmotempo em que aumenta a qualidade.

Estes são os indicadores que veremos neste curso. Quem quiser mais, poderá encontra-los no meulivro, ou em vários outros. Como estou desenvolvendo uma metodologia própria, sei que para o queestou me propondo, o conhecimento destes indicadores é mais do que suficiente.

Não sou favorável ao uso de vários indicadores por duas razões: a primeira, é que na sua grandemaioria são redundantes, com pequenas variações; em segundo, porque estas pequenas variaçõesacabarão levando a uma grande confusão. Indicadores funcionam apenas como um complementoanalítico, mas nunca a ponto de começar uma operação porque assim foi determinado pelo indicador.Prefiro tomar esta decisão através dos sinais dos gráficos.

Acredito que o que foi visto ao longo destas 12 aulas deu para formar uma base para seguirmos emfrente. Com esta aula considero encerrada a primeira parte do meu curso. A partir da próxima aulacomeçaremos a aprender sobre simetria e, na seqüência, entraremos em campo para o jogopropriamente dito.

Concentre sua atenção no que omercado está lhe dizendo e nãono que acha que deveria ser!

Eu

SIMETRIA

Durante muito tempo, quando olhava para um gráfico, notava, com freqüência, que o desdobramentoque estava visualizando era muito semelhante ao inverso da evolução do passado recente. Isto é, seo passado era uma perna de baixa, e, correntemente, o mercado estivesse subindo, percebiaclaramente que o ângulo da subida era praticamente o mesmo da descida. Ficava admirado, mas nãotinha a menor idéia, nem nunca pensei que aquela observação pudesse ter alguma utilidadeoperacional.

Naquela época, início dos anos 90, tomava o meu primeiro contato com um programa de análisetécnica chamado “Computrac”. Na época, era o mais avançado.

Um dia, visitando o escritório de seu representante no Brasil, vi, numa estante, um livro com o título“The Adam Theory of Markets”, de autoria de Jim Sloman, de quem, até então, nunca ouvira falar.Curioso, perguntei-lhe sobre o livro e me respondeu que era uma besteirada. Perguntei se podia daruma folheada. Autorizado, tomei um susto ao abri-lo! Subitamente, percebi que alguém tinha dadoforma, no sentido operacional, àquilo que me deixava intrigado há algum tempo. Perguntei-lhe ondehavia adquirido, pois queria comprar um. Disse-me que havia ganhado de alguém numa viagem aosEUA e que não sabia onde poderia ser encontrado. Perguntei se poderia me emprestar por umasduas horas para tirar um xerox, e foi o que fiz. Muita coisa mudou, a partir daí, com respeito à minhavisão dos gráficos. A combinação das simetrias ali esclarecida, com alguns princípios da Teoria deDow constituiu-se numa nova maneira de analisar e operar os gráficos. Apesar de sem sentido paraele, fazia muito sentido para mim, na medida em que, há muito tempo, já havia abandonado a idéiade que para subir ou cair fosse necessário um motivo. Simplesmente, os gráficos sobem ou caem porpressão das forças do mercado, e nada mais!

Por mais que tentasse explicar-lhes os conceitos básicos de simetria com minhas próprias palavras,não conseguiria faze-lo tão claramente como está colocado no livro do Jim Sloman. Sendo assim,achei melhor fazer uma tradução resumida de algumas páginas do seu livro para que assimile obásico. Depois, seguiremos com minhas observações. O conceito foi batizado como segundareflexão.

Segunda Reflexão:

“O QUE É UMA TENDÊNCIA?

Alguma coisa que se repete.

Ë simples assim. Alguma coisa que se repete. Podemos ter uma definição mais básica do queesta?

Não.Agora que estamos na escala zero, faço a próxima pergunta lógica.

Qual é a forma mais básica de repetição?

Suponha que tenhamos dois pontos no espaço bi-dimensional.

Temos o ponto (A) e o ponto (B), dois pedaços da informação. Usando esta informação e todas asdemais informações disponíveis, onde é o ponto (C)? Qual o lugar mais lógico para estar localizado oponto (C)?

A solução para este problema responde à pergunta, “Qual é a forma mais básica de repetição?”.

QUAL É A FORMA MAIS BÁSICA DE REPETIÇÃO?

Repetição exata.

O ponto (C) tem de ser em 3. É o único lugar que fornece repetição exata. É o único lugar que utilizatodas as informações disponíveis.

Vamos colocar de outro modo. Suponha que estejamos num avião rastreando um submarino. Asúnicas informações disponíveis eram que o submarino foi avistado inicialmente no ponto (A) enovamente no ponto (B). Estas são todas as informações que possuímos. Qual a rota mais provávelpara se avistá-lo novamente? A resposta é o ponto (C).

O ponto (C) responde à tendência em progresso melhor do que qualquer outro ponto no espaço bi-dimensional. Ele é a projeção resultante dos pontos (A) e (B).

1

2

3

4

5

(A)(B)

(C)

Cavida,Ltd.•

1

2

3

4(A)

(B)

(C) Cavida,Ltd.

••

Agora, a próxima questão lógica é, O que exatamente este processo repetitivo nos leva apensar?Suponha que estejamos no ponto (B) e então pesquisemos os outros dois pontos em relação a ele. Oque podemos dizer sobre os pontos (A) e (C). O que exatamente esta repetição nos leva apensar?

Simetria.

Repetição exata leva à simetria.

Vamos olhar nossos pontos novamente. Digamos que o ponto (B) seja o momento AGORA. Qualquercoisa à esquerda de (B) está no passado. Qualquer coisa à direita de (B) está no futuro.

Se sabemos onde estão os pontos (A) e (B), então, sabemos onde será o local mais provável doponto (C). Agora colocarei uma nova questão. Onde é o segundo local mais provável para aocorrência do ponto (C)? Qual número do diagrama abaixo é o próximo local mais provável para oponto (C)?

A resposta é 2. O segundo lugar mais provável para o ponto (C) deve ser em dois, que é umareflexão simples de (A).

Cavida,Ltd.

Passado AGORA Futuro

(A)

(B)(C)

••

Cavida,Ltd.

Passado AGORA Futuro

(A)

(B)••

3

1

2

Agora a pergunta de 65 dólares. (acho que se refere ao preço do livro, no sentido de que aprender aresposta, vale o livro).

QUAL É A SIMETRIA MAIS PROFUNDA? A simetria mais profunda é o local mais provável de seencontrar o ponto (C). A simetria mais profunda é a segunda reflexão.

Se introduzirmos, agora, o ponto (D) no diagrama, o lugar mais provável para o ponto (E) será asegunda reflexão, conforme acima.

Antes de continuarmos, vamos definir o que eu quero dizer com reflexão simples e dupla (ousegunda) reflexão. Comecemos designando cada quadrante por um número. Os quadrantes I e II sãoo passado. Os quadrantes III e IV são o futuro. Se formos do quadrante I para o quadrante III,chamamos de reflexão simples. Também, se nos movimentarmos do quadrante II para o quadranteIV, temos uma reflexão simples porque atravessamos um eixo ... o eixo vertical.

Passado AGORA Futuro

(A)

(B)••

••(C)

Cavida,Ltd.

Cavida,Ltd.

Passado AGORA Futuro

(A)

(B)••

••

(C)• •

(D)

(E)

Entretanto, se formos do quadrante I para o quadrante IV temos uma reflexão dupla porque cruzamosdois eixos ... o eixo vertical e o eixo horizontal.

A simetria mais profunda é a mais provável reflexão futura do passado, Colocando de outro modo, asegunda reflexão é a melhor predição do que acontecerá baseado no que aconteceu.

Agora que sabe qual é a simetria mais profunda, faço uma nova pergunta.

O que leva à maior simetria? A resposta são duas:

O QUE LEVA Á MAIOR SIMETRIA?

(1) A proximidade do momento agora. Quanto mais próximo um ponto estiver do momentoAGORA mais simetria ele terá. Outra maneira de dizer é quanto mais próximo um pontoestiver do momento AGORA mais acurada a predição futura do local de sua ocorrência.

(2) A velocidade do ponto. Para compreender este conceito precisamos definir o espaço bi-dimensional que estamos descrevendo. Desde que aqui estamos realmente falando sobremercados, chamaremos o eixo horizontal de TEMPO e o vertical de PREÇO. Velocidade,então, é o PREÇO dividido pelo TEMPO. A velocidade aumenta quando o PREÇOaumenta mais rápido do que o TEMPO. A velocidade diminui quando o TEMPO aumentamais rápido que o PREÇO.

Pensemos numa linha construída por muitos pontos de preços na medida em que eles vão ocorrendono tempo. Quanto mais ângulo de inclinação ela tiver, mais rápido o mercado está se movendo,portanto, numa velocidade crescente. A velocidade de um mercado é definida como a tendência.Portanto, quanto mais inclinada a tendência maior a simetria. Outra maneira de dizer isto é, quantomais inclinada a tendência mais acurada a predição na segunda reflexão.

Tudo bem, então aonde nos leva tudo isto? Apenas isto:

A segunda reflexão é a própria previsão do mercado da maior probabilidade de onde ele irá nofuturo ... continuamente atualizada.

Passado AGORA Futuro

(A)

(B)••

••

(C)• •

(D)

(E)

I

IV

III

II

Cavida,Ltd.

Quanto mais próximo o mercado se encontra do momento AGORA e mais rápido está semovendo, mais precisa é a própria predição do mercado sobre onde ele irá no futuro.

Vale a pena dar uma parada e ponderar sobre as duas afirmações acima. Elas são tão simples elógicas que rapidamente pensará que já as conhecia. Entretanto, Jim Sloman necessitou de muitotempo para descobrir o que está coberto nestas duas afirmações.

Agora vamos olhar para estes conceitos em termos de um mercado ... um mercado livrementenegociado. Não faz diferença se chamamos de mercado as ações, commodities, moedas ou qualqueroutro. Esta teoria (A Teoria de Adam) é uma teoria geral e aplica-se a todo e qualquer mercado.

PROJETANDO A SEGUNDA REFLEXÃO

Eu disse que a segunda reflexão é a própria predição do mercado da mais alta probabilidadepara onde irá no futuro ... continuamente atualizado. Vamos dar uma olhada num mercado etentar projetar a segunda reflexão.

Desde que estamos falando sobre mercados, digamos que os pontos de “a” a “e” sejam fechamentosdo mercado. Cada ponto do passado tem um correspondente no futuro. O fechamento histórico é, porexemplo, (b). O ponto correspondente no futuro é (b’). O ponto do fechamento mais recente é (a) eestá sobre o momento AGORA.

Cada um dos fechamentos futuros é projetado do seu correspondente fechamento histórico. Isto éfeito duplicando-se a distância e o ângulo de cada ponto do passado através do fechamento maisrecente. Por exemplo, para projetar o ponto (e ) no futuro, traça-se uma linha reta do ponto (e) nopassado, até o ponto de fechamento AGORA. Esta distância é então acrescentada na continuação dalinha reta, obtendo-se o ponto futuro (e’).

Na medida em que novos fechamentos vão ocorrendo, o ponto AGORA deve ser movimentado parao último fechamento e todos os pontos do passado precisam ser novamente projetados para o futuro.

Na ilustração da próxima página, iremos projetar apenas dois dias usando a máxima, a mínima e ofechamento de cada dia.

Passado AGORA Futuro

a

b’

•• ••

c

••e

d

I

IV

III

II•

b

e’

d’c’

Cavida,Ltd.

Note que o dia mais recente, designado (a), está centralizado sobre o eixo horizontal e o pontoAGORA. Note que na projeção do dia (b) que sua a máxima torna-se a mínima do dia (b’) projetado.A mínima do dia histórico transforma-se na máxima do dia (b’) projetado. Veja, também, a inversãodo fechamento.

Acima você viu uma projeção para dois dias apenas. Você pode imaginar se tivesse que projetar 20ou 30 barras passadas ... a cada dia ... sobre 20 ou 30 diferentes mercados? Felizmente existe umamaneira fácil de fazer isto.

Suponha que o desenvolvimento abaixo corresponda ao gráfico de um ativo qualquer:

Passado AGORA Futuro

a

b’

c

I

IV

III

IIb

c’

Cavida,Ltd.

Passado AGORA

De acordo com o que vimos até agora, a última barra (vermelha) representaria o momento AGORA e tudo à suaesquerda o Passado. Imagine o trabalho que daria para rebatê-las todas. Para simplificar este trabalho, JimSloman desenvolveu um método muito simples.Pegue um papel transparente (de seda ou acetato) e coloque sobre o gráfico. Depois, partindo da última barra(vermelha), copie quantas barras desejar mantendo a transparência presa de modo a não sair do lugar. Emgeral, 25 barras são suficientes. Voltando ao gráfico, vamos supor que o diagrama abaixo seja a cópia numpapel transparente das últimas 20 barras. O próximo passo é virar a folha transparente para o avesso.

O que acabamos de fazer foi projetar a primeira reflexão. Rebatemos as barras do quadrante II para oquadrante IV atravessando um eixo (vertical). Para projetar a segunda reflexão, precisamos rebater a s barrasdo quadrante IV para o quadrante III. Ela é feita, virando-se de cabeça para baixo a transparência invertida.

Feita a segunda reflexão, voltamos ao gráfico original e colocamos as barras vermelhas uma sobre aoutra (superpostas) obtendo-se a projeção futura do mercado feita por ele mesmo:

O pessoal da área de informática da equipe do Wilder criou um programa denominado “One Day at a Time”que, entre outras ferramentas, possui um mecanismo automático para fazer a segunda reflexão. Não sei qual oseu preço atualmente, mas, alguém me disse há pouco tempo atrás, que anda em torno de U$300,00. Achodesnecessário gastar este dinheiro, pois estou lhes mostrando esta teoria com o objetivo de esclarecer algunsconceitos referentes à simetria. Na minha metodologia, não será necessária a segunda reflexão.

Regras Operacionais do sistema

A previsão do gráfico de reflexão dupla contém todas as informações que são conhecidas pelo mercado até omomento AGORA (última barra plotada). Esta previsão é feita pelo próprio mercado. Nada pode ser melhoradoem cima dela. Isto é o mercado falando, puro e simples. Não existe nenhum fator arbitrário entrando dentrodesta análise. O mercado por si mesmo está nos dizendo o que fazer sem nossa ajuda.

Assim, para operar o sistema, basta que você simplesmente olhe o que o gráfico da reflexão duplaestá projetando e faça a você mesmo a pergunta; eu quero esta operação?

Quando você construir um gráfico de reflexão dupla, o mercado estará lhe dizendo como semovimentará em seguida. Se mostrar que vai subir e você desejar participar do movimento, compre;se mostrar que vai cair e você quiser participar do movimento, venda; se mostrar que vai andar de

Passado FuturoAGORA

lado, opere nos extremos ou fique fora e aguarde até o momento em que, através do gráfico de duplareflexão, o mercado esteja lhe mostrando algo que valha a pena seguir.

Na verdade, existem situações mais favoráveis e vale a pena esperar por elas. Sabemos quequeremos operar quando temos uma tendência. Quando o mercado estiver se movendo maisrapidamente é mais provável que assim continue, porque o momento e a simetria são fortes emmercados rápidos.

O próprio mercado nos fornece alguns indícios de quando devemos aplicar a reflexão dupla. Cada umdestes sinais, obviamente, encontra-se no seu gráfico de barras. Cada um é uma indicação de que omercado está fazendo alguma coisa ... alguma coisa que indicaria que está se movendo numadireção definida e que há alguma força por trás do movimento. Estes sinais são:

1) Uma perfuração: aplique o gráfico da segunda reflexão para uma decisão de entradaquando:

O mercado se moveu acima de muitos ou de todos os topos anteriores, que podem ser vistossobre o seu gráfico. Ou, inversamente, para uma operação de venda, o mercado caiu abaixode muitos ou de todos os fundos anteriores, que possam ser vistos sobre o seu gráfico. Asduas situações mostram que existe força suficiente por trás do movimento para empurrar ospreços para um novo terreno. Quanto mais longa a periodicidade da perfuração, maissignificante o movimento. Em outras palavras, uma perfuração de todos os topos dos últimosseis meses tem mais significado do que uma perfuração dos últimos dois meses.

2) Uma mudança de tendência: aplique o gráfico da segunda reflexão para uma decisão deentrada quando:

O mercado rompeu para cima uma bem definida linha de tendência de baixa e já ultrapassoualguns topos anteriores da nova tendência. É necessário muita força para virar um mercadoque vem numa longa e bem definida tendência de baixa. Quando a nova tendência de altaestá confirmada por movimentos, que se repetem acima dos topos recentementeestabelecidos da nova tendência de alta, isto é significante. O inverso do acima se aplica auma bem estabelecida tendência de baixa.

3) Gaps e/ou dias de grandes barras: aplique o gráfico da segunda reflexão para uma decisãode entrada, quando:

O mercado se encontra relativamente entorpecido e, subitamente, forma-se um gap e/ou abarra diária aumenta significativamente, mostrando que o mercado despertou e alguma coisaestá acontecendo. Esta situação é especialmente significante, se acontece combinada com ossinais 1 e 2 acima. O inverso se aplica numa situação de gap para baixo e operações devenda.

Na próxima página veremos alguns exemplos da aplicação da segunda reflexão como gatilho decompra:

No gráfico do Dow Jones, acima, podemos ver simultaneamente o corte de uma linha de tendência, apenetração de topos anteriores da nova tendência de alta e a ocorrência de uma grande barra.

Aplicando a segunda reflexão poderá notar que ela mostra que se comprarmos no dia seguinte (primeira barravermelha) ainda veremos o preço retroceder para níveis inferiores ao da compra. Neste caso, a operação aindanão interessa.

Depois do pregão do dia seguinte, aplicando-se novamente a segunda reflexão, temos:

Note que agora a operação interessa, já que a reflexão mostra que apesar da correção prevista pela simetria, opreço não voltará ao nível atual. Assim, compramos na abertura no dia seguinte.

No exemplo abaixo, o Dow Jones quebrou a linha de tendência de baixa, deixando para trás alguns topos datendência de baixa prévia e alguns da nova tendência de alta. Depois de permanecer alguns diascongestionado, surge uma barra de maior amplitude e resolvemos aplicar o gráfico da Segunda reflexão paradecidirmos ou não pela compra:

A fim de avaliar se quero comprar ou não, aplicarei a Segunda reflexão nas últimas 25 barras (área delimitadapelas setas vermelhas). A utilização de 25 barras não é uma condição obrigatória. Funciona como um “default”.Dependendo do seu objetivo, poderá usar tantas barras quanto queira voltar no tempo. Aplicando-se a Segundareflexão, temos:

A Segunda reflexão insinua que o DJ deverá subir. Porém, antes, haverá uma pequena correção que o traráabaixo da barra projetada para amanhã (a primeira barra vermelha, a partir da linha pontilhada). Neste caso,não vale a pena tomar uma decisão de compra e é melhor aguardar um pouco mais de desenvolvimento naesperança de uma oportunidade mais favorável.

Decorridos alguns dias, pode-se perceber no gráfico abaixo, que o DJ cumpriu o movimento insinuado pelaprojeção, voltando a subir. Se tivesse aplicado a projeção da Segunda reflexão a partir da barra de maioramplitude que penetrou o topo anterior depararia com um cenário muito parecido com o da primeira vez que autilizamos: o DJ retornaria abaixo do preço que gostaríamos de comprar no dia seguinte. Alguns dias após apequena congestão ter se formado, ela é penetrada pelo segundo dia consecutivo. Aplicando-se a Segundareflexão temos:

No dia 14/02/95 a Segunda reflexão mostra uma subida seguida por outra correção adiante. Mas, desta vez, elanão retorna abaixo do preço que gostaríamos de comprar no dia seguinte. Sendo assim, compraremos naabertura do dia seguinte. Hipoteticamente, compramos a 3960 e, como toda operação precisa de um estope deentrada, colocamos o nosso em 3.900, um pouco abaixo da última correção.

Depois de subir alguns dias, com pequenas correções, no dia 31 de março o DJ sofreu uma queda maior eaplicamos, novamente, o gráfico da Segunda reflexão:

Antes, entretanto, faça uma comparação com a primeira projeção feita e note a semelhando entre odesenvolvimento real e o projetado naquele momento.

A Segunda reflexão indica que a correção pode levar o DJ de volta para 4.080. Assim, subiremos nosso estopepara 4.030, um pouco abaixo do fundo anterior (seta vermelha do gráfico acima).

Na continuação, temos:

A Segunda reflexão (o mercado se auto-expressando) revela que o DJ continuará subindo, mas, antes, sofreránova correção que deverá impulsioná-lo de volta para uns 4.300 pontos. Aproveitamos e subimos nosso estopepara um pouco abaixo do fundo anterior (seta vermelha do gráfico acima).

A projeção indica que a tendência ainda é de alta, mas, antes, o DJ enfrentará nova correção que deverá levá-lo a testar o fundo anterior de 4.311. Decidimos, então, movimentar nosso estope para 4.300, um pouco abaixodo fundo anterior (seta vermelha do gráfico acima).

Não fomos estopados e o mercado prosseguiu subindo até cerca de 4.800 entra numa nova congestão.Aplicamos novamente a segunda refl exão e ela nos mostrou que o mercado deveria continuar subindo emseguida. Subimos nosso estope para 4.599 pontos.

No dia 11 de agosto de 95, o DJ caiu para 4.597 e fomos estopados. Depois o mercado continuou caindo. Oque acabamos de ver for o mercado falando por si mesmo.

Não farei nenhum exercício sobre este assunto. Meu objetivo foi apenas mostrar o conceito de simetria daTeoria de Adam. Na próxima aula, verão as adaptações pessoais realizadas por mim e partiremos para o jogo esuas regras. Entretanto, por se tratar de matéria que exigirá muito do meu tempo e da minha concentração, elanão será enviada na próxima semana.

A próxima aula terá que ser bem preparada, pois a considero chave para nossas estratégias. Nesta semana,darei uma palestra no próximo dia 14 e ainda não terminei de prepara-la. Precisarei dos próximos três dias úteispara liquidar o assunto. Sobrarão-me apenas a quinta e sexta-feira para preparar a próxima aula. Como é muitopouco tempo, não haverá aula na próxima semana.

Peço desculpas, mas estou muito mais preocupado em lhes fornecer um bom material do que em cumprirprazos. Agradeço a compreensão de todos.

Errata

Graças ao auxílio de um dos alunos do curso, fui alertado para três erros que, por falta de atenção, mepassaram desapercebido, a saber:

1) No exercício 1 do teste das aulas 9 e 10, o primeiro gráfico tem mais duas baixas naspenetrações do primeiro e do segundo fundo que não foram contadas. Portanto, o númerocorreto de baixas é 9.

2) No exercício 2, do OBV, ao subtrair o saldo do dia 25 do dia 26 cometi um engano. Em vez de-29, que seria o correto, coloquei –27 e a partir daí os cálculos seguiram corretos. Para corrigir,diminua o número de baixas para 4.

3) No texto da última página da aula 10, no ante penúltimo parágrafo, onde se lê “Agora você irácontar todas as ALTAS e baixas como positivas ...”, leia-se “Agora você irá contar todas asNOVAS ALTAS e baixas como positivas ...”.

Peço desculpas, mas sei que não estarei livre de erros deste tipo até o final deste curso, embora,daqui a diante, tentarei evitar que se repitam. Mas, não posso negar que me deixou feliz sercorrigido; foi uma demonstração que o curso está atingindo seu objetivo de ensinar para quemrealmente estiver interessado em aprender.

A SIMETRIA SANFONADA ( reflexão simples)

Assumindo a premissa de que o mercado é um jogo, a Simetria Sanfonada será o tabuleirosobre o qual ele será jogado.

A idéia da Simetria Sanfonada me ocorreu após as primeiras experiências com a Reflexão Dupla.Comentei, no inicio da aula passada, que ao tomar contato com a teoria de Adam, já havia notadoa semelhança existente - falando em termos de Adam, entre o Futuro e o Passado, após umponto de retorno no momento AGORA.

Até então, via a simetria de uma forma diferente: o Futuro como um reflexo (espelho) do Passado.Nunca me ocorrera que poderia transformar aquela visão num componente de uma estratégiaoperacional. Depois de praticar algum tempo com as estratégias operacionais da reflexão dupla,decidi fazer alguns testes aplicando-as em diferentes cenários do mercado utilizando apenas umareflexão e depois compara-las. Se conseguisse demonstrar para mim mesmo que com umareflexão, em vez de duas, poderia operar no mercado com a mesma eficiência do que com duas,ficaria mais fácil.

Assim, num desdobramento como o que se segue, as projeções eram as seguintes:

Reflexão Dupla:

Passado FuturoAGORA

Reflexão Simples:

Comparando-as, percebi que enquanto a Reflexão Dupla insinuava que no futuro o mercadopermaneceria um tempo congestionado e depois cairia, na Reflexão Simples ocorria o inverso,isto é, no futuro o mercado permaneceria um tempo congestionado e depois subiria. Em seguida,comparei-as numa tendência de alta, conforme abaixo:

Passado FuturoAGORA

AGORA AGORA

Reflexão Dupla Reflexão Simples

Novamente, simetrias opostas e não poderia ser de outra forma. Eu é que ainda não tinha metocado!

A partir daí, passei bastante tempo examinando vários gráficos e constatei que quando umacongestão começava a ficar aparente, tanto a reflexão dupla como a simples projetavam acontinuação da projeção, alternando apenas o lado da perfuração, mas ambas projetavam acongestão com a mesma eficiência e, quando o mercado encontrava-se em tendência, a reflexãodupla demorava muito tempo para sinalizar sua reversão, ao passo que a reflexão simples, faziaesta revelação no primeiro ponto de retorno que surgisse no gráfico.

Mas, havia um problema. Como saber se um dia contra a tendência predominante não era apenasuma pequena correção dentro dela, sem implicações de mudança? Num primeiro momento, nãoencontrei nenhuma resposta. Depois me ocorreu o seguinte: quando é que posso saber que umatendência de alta, por exemplo, deixa de ser de alta? Segundo a teoria de Dow, quando ocorreruma falha na sucessão de topos e fundos ascendentes. Visto desta maneira, até a segundareflexão sinalizar reversão, poderia demorar muito!

Então, imaginei o seguinte: se estiver buscando o reflexo (o espelho) de uma tendência de alta,estou buscando uma projeção com o ângulo de inclinação inverso ao da tendência emandamento. Quem pode me fornecer esta informação? Encontrei a resposta na linha detendência, ou seja, a quebra de uma linha de tendência de alta me envia, pelo menos em tese,para um movimento na direção oposta mantendo o ângulo inverso de inclinação.

Com esta idéia em mente, retornei aos gráficos para novas verificações. Notei, então, que namaioria das vezes que uma linha de tendência de alta (ou de baixa) é perfurada, 70% dosmovimentos posteriores à penetração, se transformam em congestões ou são verdadeirasreversões.

Verifiquei, também, que quando o mercado começava a se movimentar fazendo o movimentosimétrico de volta, os níveis onde ocorreram trocas durante o desenvolvimento da referênciasimétrica à esquerda, correspondiam aproximadamente aos níveis onde se poderia esperar queocorresse na reflexão simples desmembramento similar.

A partir daí, tudo ficou mais fácil! Havia encontrado uma variante da reflexão dupla, bem mais fácilde se trabalhar e, na falta de um nome, a denominei Simetria Sanfonada. Mais adiante saberáporque assim a denominei.

Em todo mercado onde o preço é determinado pela oferta e procura, sua evolução só pode se darem três direções: o preço sobe, o preço cai ou o preço permanece estável. Trazendo estecomportamento para dentro da análise gráfica, podemos afirmar que o preço de um ativo ora estáem tendência de alta, ora em tendência de baixa e na maior parte do tempo em tendênciaindefinida. Não existe um quarto caminho.

Vejamos, agora, como projetar as simetrias para estas situações e o que podemos esperar delas.

1) Preço Indefinido – Congestão

Cenário I: congestão num fundo com referência simétrica de alta

Quando um gráfico vem em tendência de baixa, ocorreum repique, volta a cair até o fundo anterior, e antesque o fundo tenha sua penetração confirmada, ocorreum ponto de retorno.

Projetando-se as alternativas simétricas mais prováveistemos:

Alternativa 1: o preço volta a cair confirmando apenetração do fundo anterior e entra no espaço vazio.

Alternativa 2: O preço sobe até o topo anterior, bate naresistência e volta a cair na direção do suporteproporcionado pelo fundo da congestão.

Alternativa 3: Após cumprir o percurso da Alternativa 2,em vez de voltar a subir do suporte, penetra-o e entra no espaço vazio.

Alternativa 4: O preço rompe a congestão para cima e descreve o percurso simétrico da altacom resistências aproximadamente nos níveis onde se formaram suportes durante atendência de queda.

Exemplo de um rompimento para cima de uma congestão de fundo (Dow Jones): Alternativa 4

A1

A2

A4

A3

MNORONHA

Cenário II: congestão num topo com referência simétrica de baixa

Alternativa 1: o preço volta a subir confirmando a penetraçãodo topo anterior e entra no espaço vazio.

Alternativa 2: O preço cai até o fundo anterior, bate nosuporte e volta a subir na direção da resistência proporcionadapelo topo da congestão.

Alternativa 3: Após cumprir o percurso da Alternativa 2, emvez de voltar a cair da resistência, penetra-a e entra noespaço vazio.

Alternativa 4: O preço rompe a congestão para baixo edescreve o percurso simétrico da queda com suportesaproximadamente nos níveis onde se formaram resistênciasdurante a tendência de alta.

Exemplo de um rompimento para baixo de uma congestão de topo (Bombril pn): Alternativa 4

A1

A2

A4

A3

MNORONHA

Cenário III: congestão no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preçopermanece oscilando entreos limites superior e inferiorda congestão.

Alternativa 2: o preço cortaa congestão para cima.

Alternativa 3: o preço cortaa congestão para baixo.

Exemplo de um rompimento para cima de uma congestão no meio do caminho com alternativassimétricas para baixo e para cima (Confab pn): Alternativa 2

A2

A1

A3MNORONHA

Cenário IV: congestão no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preçopermanece oscilando entreos limites superior e inferiorda congestão.

Alternativa 2: o preço cortaa congestão para baixo.

Alternativa 3: o preço cortaa congestão para cima.

Exemplo de um rompimento para cima de uma congestão no meio do caminho com alternativassimétricas para baixo e para cima (Dow Jones): Alternativa 2

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MNORONHA

Cenário V: topo em “ /\ “ (ve invertido) no espaço vazio com simetria para baixo

Alternativa 1: o preço corta a linha detendência de alta e segue caindo,entrando em tendência de baixa, fazendouma simetria espelhada da tendência dealta prévia.

Alternativa 2: o preço, depois de cortar alinha de tendência de alta e atingir osuporte proporcionado pelo fundo anteriorda tendência de alta prévia, corta a linhade tendência de baixa para cima, faz umpequeno repique simétrico e volta a cairenquadrando-se no desdobramento daalternativa 1.

Alternativa 3: o preço, depois de cortar alinha de tendência de alta, segue caindoaté cortar a linha de tendência de baixapara cima e prossegue subindo rumo aoteste da resistência oferecida pelo topoprincipal e volta a cair formando um toporeflexo.

Alternativa 4: o preço, depois de cortar a linha de tendência de alta, segue caindo até cortar alinha de tendência de baixa, volta a subir e rompe a resistência oferecida pelo topo principalretornando ao espaço vazio.

Exemplo de um topo em “ /\ “ (ve invertido) no espaço vazio com simetria para baixo (Banco doBrasil pn): Alternativa 1

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Cenário VI: fundo em” V “ no espaço vazio com simetria para alta

Alternativa 1: o preço corta a linha detendência de baixa e segue subindo,entrando em tendência de alta, fazendouma simetria espelhada da tendência debaixa prévia.

Alternativa 2: o preço, depois de cortar alinha de tendência de baixa, seguesubindo até cortar a linha de tendência dealta, e rompe o suporte oferecido pelofundo principal retornando ao espaçovazio.

Alternativa 3: o preço, depois de cortar alinha de tendência de baixa, seguesubindo até cortar para baixo a linha detendência de alta e prossegue caindorumo ao teste do suporte oferecido pelofundo principal e volta a subir formandoum fundo reflexo.

Alternativa 4: o preço, depois de cortar alinha de tendência de alta e atingir a

resistência proporcionada pelo topo anterior da tendência de baixa prévia, corta a linha detendência de alta para baixo, faz um pequeno repique simétrico e volta a subir enquadrando-se nodesdobramento da alternativa 1.

Exemplo de um fundo em “ V “no espaço vazio com simetria para cima (Copene an): Alternativa 1

Observação: nas alternativas 2 e 4 dos cenários V e VI, respectivamente, o repique simétrico até o suporte ou resistência da tendênciaprévia, pode ir além ou aquém dos mesmos. O fato de, no diagrama, serem interrompidos no nível do topo ou fundo anterior foi apenaspara ilustrar, mas não é uma condição obrigatória.

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Cenário VII: topo em “ V “ no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preço volta a subir de onde seencontra e executa um novo ziguezagueascendente, desdobrando-se de acordo com asimetria de alta.

Alternativa 2: o preço cede até a linha detendência de alta, podendo ir um pouco alémou um pouco aquém, e volta a subirexecutando um novo ziguezague ascendente.

Alternativa 3: o preço corta a linha detendência de alta e se desdobra de acordocom a simetria de baixa.

Exemplo de um topo em “ /\ “no meio do caminho com simetria para cima e para baixo (Bco. doBrasil pn – semanal): Alternativa 3

A1A2

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Cenário VIII: fundo em “ V “ no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preço corta a linha de tendênciade baixa e se desdobra de acordo com a simetriade alta.

Alternativa 2: o preço sobe até a linha detendência de baixa, podendo ir um pouco alémou ficar um pouco aquém, e volta a cairexecutando um novo ziguezague descendente.

Alternativa 3: o preço volta a cair de onde seencontra e executa um novo ziguezaguedescendente, desdobrando-se de acordo com asimetria de baixa.

Exemplo de um fundo em “ V “no meio do caminho com simetria para cima e para baixo (Copelon): Alternativa 1

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Cenário IX: fundo arredondado com referência simétrica para cima ou continuação para o espaçovazio

Alternativa 1: após construir aprimeira metade do que poderávir a ser um fundo arredondado,os preços invertem a direção doseu desdobramento e começama fazer simetria para cima como passado à esquerda do eixocentral.

Alternativa 2: num pontoqualquer á direita do eixocentral, o preço aborta asimetria de alta, perde o fundo eentra no espaço vazio, dandoprosseguimento à tendência debaixa prévia.

Este padrão é muito raro ecostuma aparecer em ações deterceira ou quarta linha, mas éextremamente confiável.Algumas vezes, costuma

assumir o formato de uma bunda, formando dois fundos duplos arredondados e o eixo central setransferindo para o topo entre elas. Raramente, ocorrem nos topos.

Já passei uns 100 gráficos de cabo a rabo e ainda não encontrei um bom exemplo de fundoarredondado. Vou ficar devendo.

Na próxima aula, entraremos no Jogo e veremos como aplicar as diferentes estratégias sobre oscenários simétricos apresentados nesta aula, bem como uma série de exercícios para quepossam ir praticando.

Também saberá porque batizei esta variante simétrica de Simetria Sanfonada.

A1

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MNORONHA

Eixo virtual central

UM CONTO DE FADAS MODERNOJim Sloman

Era uma vez uma terra encantada chamada Terradomercado onde um jogo fascinante chamado OMercado era jogado na maioria dos dias. O que havia de interessante sobre este jogo era que eletanto poderia subir como cair a cada dia e os jogadores fariam suas apostas sobre o que iriaacontecer.

Mas existiam complicações, que tinha há ver com o fato de que todos os jogadores naTerradomercado tinham opiniões sobre como o mercado se comportaria.

E não apenas opiniões. Os jogadores tinham sistemas, métodos, evidências e análises paracorroborar suas opiniões. Eles tinham os números de Dactyl e as ondas de Pdontiff, as linhas deXandon e as proporções de Zigdar. Tinham a herança dos velhos mestres, Oerbot e Caljean. Elestinham estoques e ganhos, estudos de fluxo de caixa, mapas astrológicos e os benefícios da análiseespectral da quarta ordem, todos eles extremamente fascinantes. Na verdade, os jogadores tinhammuitas coisas maravilhosas.

O problema, porém, era que algumas vezes os métodos indicavam que o mercado se moveria numadireção e ele se movia em outra. Este fato deixava a todos atônitos e havia longas discussões sobrecomo ou porquê o mercado podia ser tão perverso. Entretanto, sempre acabavam concordando queaquilo tinha sido uma aberração temporária do mercado e que as análises e os métodos eram tãobons como sempre foram.

Mas uma tarde aconteceu algo com um dos jogadores chamado Sr. Estoucerto. E ele nunca foi maiso mesmo novamente. O Sr. Estoucerto havia feito um estudo detalhado dos números de Azerhof,tornando-se uma das autoridades mais conhecidas da Terradomercado no assunto. E os números deAzerhof neste exato momento diziam que o mercado deveria subir, o que levou o Sr. Estou certo acomprar uma grande posição.

Desafortunadamente, logo após o Sr. Estoucerto acabar de montar sua grande posição, o mercadocomeçou a cair. Isto não preocupou o Sr. Estoucerto excessivamente, desde que tinha concluído queo mercado deveria subir. Ainda que o mercado (estranha criatura que ele é) não tenha lhe dadonenhuma atenção. Ele continuou caindo. E caindo. E caindo. E o Sr. Estoucerto(compreensivelmente, desde que todos nós já vivemos este momento) começou a ficar bastanteansioso e deprimido. Mas ele sabia que tudo poderia melhorar rapidamente, tão logo o mercadovirasse e se movimentasse na maneira que supôs que iria se mover.

Como em todos os bons contos de fadas existe uma criança, este não é exceção. O Sr. Estoucerto,tinha uma filha, uma menina bonita com cinco anos de idade chamada Aquiagora, e justamentequando ele estava pensando sobre sua operação, Aquiagora entrou no seu escritório. Sentindo quehavia algo errado, perguntou o que estava acontecendo.

“Oh nada, querida, você não poderia compreender. Apenas supuz que o mercadodeveria subir e isto ainda não aconteceu”.

“Aquilo é o mercado, papai? Aquela linha sobre a tela?”.

“Sim”.

A pequena Aquiagora aproximou-se e observou intencionalmente a linha dentadasobre a tela do monitor.

“Bem, papai, eu não sei nada sobre o mercado. Mas certamente parece que estácaindo”.

“Bem querida, é por isto que você não entende. Veja você, os números de Azerhofdizem que absolutamente, positivamente o mercado aqui tem que subir”.

“Eu sei, papai, mas neste momento parece estar caindo”.

“Você não entende, querida. Quando os números de Azerhof e a freqüência deMelinxar concordam, o mercado de ir naquela direção”.

A pequena Aquiagora olhou embaraçada. Caminhou e se aproximou da telanovamente.

“Eu não entendo de nada destas coisas que você está falando a respeito, papai, e nãocompreendo o mercado, mas neste instante parece estar caindo. Não está?”.

O Sr. Estoucerto parou e olhou cuidadosamente para sua filha de cinco anos.“Aquiagora, você poderia dizer isto novamente?”.

“Apenas que neste instante, papai, o mercado parece estar caindo. É tudo. Eu dissealguma coisa errada?”.

“Não, querida não . . . não de todo”.

E neste preciso momento deu um estalo no Sr. Estoucerto. Todos aqueles anosestudando os números de Azerhof e as freqüências de Melinxar e tudo o mais que passou sob seusolhos. Então, olhou para sua pequena filha novamente, apanhou o telefone e vendeu sua posiçãocomprada. E, mais ainda, vendeu muito a descoberto.

Agora o Sr. Estoucerto é um homem mudado. Todo aquele tempo que despendiaestudando os números de Azerhof e tudo o mais que conhecia, atualmente gasta jogando golfe ecurtindo a sua família. Seus amigos acham que ele ficou muito estranho, porque ele não está maisinteressado naqueles sistemas fascinantes e métodos e estatísticas sobre o mercado.

Mas o Sr. Estoucerto não se importa. Porque ele está ganhando dinheiro. Lotes e lotesdele”.

Nota do tradutor:

Moral: Para ser bem sucedido no mercado você precisa render-se a ele.Para vence-lo precisa observá-lo com a visão de uma criança de cincoanos.

Observação: a fábula acima foi extraída do livro “The Adam Theory” de Welles Wilder Jr.

Antes de entrarmos no jogo propriamente dito, fiz questão de que conhecessem esta pequena fábulaescrita por Jim Sloman, porque ela nada mais é do que a espinha dorsal das estratégias que iremosexaminar para os diferentes cenários do mercado apresentados na aula anterior.

De fato, durante um longo período da minha vida de investidor, como a maioria das pessoas, procureiter acesso ao maior número possível de teorias e técnicas operacionais visando vencer o mercado deforma sistemática. Embora não tivesse vivido na Terradomercado, certamente, se lá estivesse, teriasido mais um participante das longas discussões sobre como ou porquê o mercado era tão perverso.

Até que tivesse tido a chance de ler esta fábula, agia exatamente como o Sr. Estoucerto e, apesardas minhas três filhas e trabalhar em casa, nunca me aconteceu um acidente tão gratificante quantoo que lhe ocorreu.

Mas, graças a Deus, casualmente o livro sobre a Teoria de Adam caiu na minha frente e, assim comoaconteceu ao Sr. Estoucerto, minha vida operacional mudou. Tornei-me uma pessoa rendida, rendidaà minha ignorância quanto a prever a direção do mercado.

A partir daí, deixei de tentar antecipar a direção do mercado, mudei minha filosofia operacional deantecipar a direção do mercado para deixar o mercado mostrar onde deveria iniciar umaoperação. Em vez de vou comprar/vender por que meus estudos estão sugerindo que o mercado irásubir ou cair, seleciono os locais onde gostaria de operar e se acontecer do preço chegar lá, entãoopero.

Desenvolvi esta variante da Simetria há alguns anos e, há cerca de dois anos e meio atrás, publiquei-a na revista Timing. Embora existam por aí uns “caras de pau” que não se dignam a citar sua fonte deaprendizado, afirmando que aprenderam no Caribe, Nova Iorque e outras plagas, a variante étotalmente original e não pode ser encontrada em nenhum livro ou curso.

Basicamente, o cenário onde o jogo será jogado, será visto através das alternativas simétricas. Asjogadas serão definidas por duas regras, tendo como objetivo deixar o lucro crescer e cortar oprejuízo o mais rapidamente possível.

Creio que vendo o mercado como um jogo, ficará muito mais fácil alcançar a disciplina e manter umrígido controle de risco.

O JOGO DO MERCADO

1. Premissas:

a) Para que seja jogado de maneira eficiente, todas as informações não originárias do mercadodevem ser descartadas. Assim, informações provenientes dos balanços das empresas, bemcomo, provenientes da mídia escrita e falada não devem ser levadas em consideração. Defato, o ideal seria o desconhecimento total destas informações, pois, para efeito do jogo, elasatrapalham muito mais do que ajudam.

b) Você não tem a menor idéia da evolução do mercado, apenas cenários traçados pela simetria.

Você possui apenas algumas regras e sabe como aplicá-las. Quem determinará qual delasdeverá ser utilizada é o próprio mercado, através do seu desdobramento.

c) Quanto mais próximo estivermos do momento agora, mais forte a simetria.

A referência simétrica à sua esquerda é sempre a simetria mais importante.

d) Você não enfrentará o mercado.

Você só jogará de acordo com as regras e será inflexível na aplicação dos seus estopes.

e) Um gráfico só se movimenta em três direções definidas pela seqüência dos topos e fundos.

Um gráfico obrigatoriamente terá de estar em tendência de alta, de baixa ou lateral.

2. Objetivo

Deixar o lucro crescer e cortar as perdas o mais rápido possível.

3. Regras

a) Quando identificar uma congestão, só poderá operar nos seus extremos.

b) Quando identificar uma tendência, se não tiver iniciado uma operação na saída da congestão,só poderá faze-lo na penetração do início do zigue (topo ou fundo anterior, conforme o caso),ou no corte da linha de tendência na direção oposta à tendência prévia, desde que já tenharetraçado pelos menos 1/3 da perna de alta prévia.

Para que fique nenhuma dúvida sobre as regras operacionais, farei abaixo um diagrama dassituações acima:

Regra operacional “a”: Padrão Retangular

Quando um preço estiver se movendo dentro de uma congestão retangular a região central (faixaamarela) é a terra de ninguém. Nenhuma operação de compra ou venda deve ser iniciada dentrodesta área, a não ser que esteja enquadrada na alternativa 3.

Alternativa 1: o preço toca num dos extremos da congestão e retorna na direção oposta. Neste caso,na caraterização de um ponto de retorno, isto é, na resistência, quando a mínima da barra do dia

30%

30%

40% PV

PC

EE

EE

EE

EE

PV

PV

PC

EE

EE

321

anterior for penetrada, é ponto de venda com estope de entrada um pouco acima da linha deresistência da congestão; no suporte, quando a máxima do dia anterior for penetrada é ponto decompra com estope de entrada um pouco abaixo da linha de suporte da congestão.

Alternativa 2: o preço penetra um dos extremos da congestão, não confirma a perfuração e ocorreum ponto de retorno. As estratégias são as mesmas da alternativa 1, mudando-se apenas o estopede entrada para um pouco acima ou um pouco abaixo do topo ou fundo anterior, conforme o caso.

Alternativa 3: o preço se aproxima de um dos extremos da congestão e faz um ponto de retornoantes de que um dos extremos seja alcançado. Nestes casos, inicialmente terá que calcular adiferença entre o topo e o fundo da congestão. Em seguida, determine 30% deste valor. Depoissubtraia este valor do valor da resistência e some ao valor do suporte. Trace uma linha horizontalsobre os novos valores obtidos. Só iniciará uma venda se a penetração da mínima do dia anteriorocorrer até o limite dos 30%. No caso de uma compra é o inverso: só iniciará uma compra se apenetração da máxima do dia anterior ocorrer até o limite dos 30%. Nos dois casos, o estope deveser colocado um ou dois tiques abaixo ou acima do fundo ou topo anterior. Mas, se o topo ou o fundoa serem utilizados como referência de estope estiverem a menos de 1% da linha de suporte ou deresistência, use as linhas como referência de estope.

A Técnica do Envelope de Joe Ross: foi criada para minimizar a possibilidade de se comprar ouvender sobre uma perfuração falsa de uma congestão. A técnica consiste de:

1) Medir a amplitude da congestão (a distância entre a linha de resistência e a linha de suporte);2) Se a congestão tiver de 10 a 25 barras, multiplica-se o valor da diferença obtida em (1) pela

razão 0,146 (alternativa 4); se a congestão tiver 25 barras ou mais, multiplica-se o valor dadiferença obtida em (1) pela razão 0,237 (alternativa 5). A idéia por trás do aumento da razãoquando a congestão tem mais do que 25 barras é a de que o preço precisará de mais forçapara escapar para fora de uma congestão mais demorada.

Operacionalmente, as estratégias de compra e venda funcionam do seguinte modo: numa compra,depois de definidido o envelope, comprar num fechamento igual ou maior que o seu limite superior.Sendo um comando para ser executado no fechamento, a certeza que está fechando igual ou maior édifícil de ser obtida. Desta forma, ou corre o risco de comprar alguns minutos antes supondo que váfechar igual ou maior e correr o risco de um imprevisto, ou deixar para comprar na abertura do dia

EEEE

EE

EE

Valor do topo + 0,146 da diferença

Valor do fundo - 0,237 da diferençaValor do fundo - 0,146 da diferença

Valor do topo + 0,237 da diferença

Pontos de compra: fechamento ≥

Pontos de venda: fechamento ≤

4 5

seguinte (no início do pregão) a qualquer preço. O estope, na versão original é o fundo da congestão.Acho isto válido para uma faixa de congestão de pequena amplitude. Mas, no caso de umacongestão de grande amplitude, se já temos que esperar por um fechamento que acaba ficando de 3a 5% acima do nível de rompimento, e o que se espera a partir daí é uma continuação domovimento, pessoalmente, prefiro colocá-lo um pouco abaixo da mínima da barra onde onde se deu apenetração da congestão. Sai mais barato estopar aí e voltar a comprar, caso a máxima, após tercomprado, volte a ser ultrapassada do que esperar pela penetração do fundo da congestão.

Numa venda, a estratégia é a mesma, só que invertida.

Regra operacional “a”: Padrão Triangular

Alternativa 6: o preço fica congestionado dentro dos limites de um Triângulo Simétrico e a perfuraçãopara cima se dá relativamente próxima do topo do Triângulo. Neste caso, determine a altura da basedo triângulo e depois aplique a razão adequada (0,146 ou 0,237). Comprar num fechamento igual oumaior do que o limite do envelope com estope de entrada um pouco abaixo da linha superior dotriângulo. No caso de uma perfuração para baixo, é o inverso.

Alternativa 7: o preço fica congestionado dentro dos limites de um Triângulo Simétrico e a perfuraçãopara cima se dá num nível razoavelmente inferior ao topo do Triângulo. Neste caso, comprar numfechamento acima da linha de resistência com estope de entrada um pouco abaixo da linha inferior dotriângulo. O razoavelmente fico por conta de um nível de preço cuja relação risco/benefício, atéchegar ao topo/fundo, conforme o caso, do triângulo mostra um potencial de ganho satisfatório. Nocaso de uma perfuração para baixo é o inverso.

EE

PC

PV

EE

PC

EE

EE

PV

PC

EE

PC

8

7 9

6

MNORONHA

PC

PVEE

EE

PV

PV

EE EE 13

12

11

10

MNORONHA

Alternativas 8, 9, 10 e 11: é o caso de uma Cunha e o princípio é o mesmo que rege os TriângulosSimétricos.

Alternativa 12: o preço se desdobra num Triângulo Ascendente. Calcular o envelope pela diferençaentre o topo e o fundo do triângulo acrescido de 0,146 ou 0,237, conforme o número de barras ecomprar num fechamento igual ou maior do que o limite do envelope colocando um estope de entradaum pouco abaixo do corte da linha de tendência de alta do triângulo. No caso de um TriânguloDescendente (Alternativa 13) é o inverso.

Regra operacional “b”: Tendência de Alta

Sem dúvida, estas são as mais fáceis e as melhores operações de compra. Toda vez que olhar paraum gráfico e perceber visualmente que está subindo, ele encontra-se em tendência de alta. Se nãoconseguiu, por qualquer razão, capturar o ponto de compra gerado na saída da congestão, emqualquer tempo poderá iniciar uma nova operação de compra cada vez que o topo anterior forultrapassado. Enquanto o preço permanecer em tendência de alta, cada novo ziguezagueascendente é um local para adicionar mais lotes na compra, se já estiver comprado, ou para iniciarnovas operações, se ainda não estiver.

No caso de novas adições, procure piramidar, isto é, aumente seus lotes de forma parcimoniosa, demodo que a média do seu preço de compra fique sempre bastante afastada do nível do estope.

Duas dicas importantes:a) Quando iniciar uma operação de compra, nunca olhe para trás, isto é, não importa quanto o

preço já tenha subido. Lembre-se que nenhum preço é tão alto que não possa subir mais,nem tão baixo que não possa cair mais. O que importa, realmente, é a estratégia e a relaçãorisco/recompensa.

Em outras palavras, se o risco de sua perda será compensado pelo potencialdo seu ganho. Uma maneira de verificar o potencial de ganho, quando omercado se movimenta numa tendência de alta, é medir a amplitude da pernade alta que antecedeu o novo ziguezague ascendente e adicionar este valorao fundo da correção prévia para obter uma projeção. Não é uma regra, masem geral, as amplitudes tendem a se repetir.

20

10

17

27

PONTO DE COMPRA 3

PONTO DE COMPRA 2

PONTO DE COMPRA 1

ESTOPE DA COMPRA 1

ESTOPE DAS COMPRAS 1 e 2

ESTOPE DAS COMPRAS 1, 2 e 3

MNORONHA

b) Após ter iniciado uma operação, se ela estiver evoluindo favoravelmente, nunca faça a contado lucro através do preço corrente do mercado, mas sim pelo valor em que será estopado.Acho que aí reside o grande truque para que possa permanecer durante toda um tendência edeixar seu lucro crescer. Muitas vezes, poderá achar que se tivesse estopado no nível dopreço máximo atingido antes de ter sido estopado, teria feito melhor negócio. Mas, lhe garantoque a partir daí, não terá mais coragem para recomprar quando o preço tiver ultrapassado amáxima anterior, ou vice-versa numa tendência de baixa. Você só usufruirá a maior parte doganho de uma tendência se conseguir gravar a ferro e fogo, se conscientizar de fato, de quequem vai lhe estopar é o mercado, quando a definição de uma tendência em andamento forviolada.

Regra operacional “b”: Tendência de Baixa

Como pode ver, é exatamente o inverso. Não faz sentido me alongar por aqui, pois as regras, ospontos de venda e os estopes são aplicados da mensma forma, só que no sentido contrário.

Finalizando esta aula, vou lhes mostrar um recurso que pode ser utilizado para antecipar asoperações de compra e venda quando uma tendência se encontra em andamento.

Numa visão clássica, os pontos de compra e venda quando o mercado se encontra em tendência sãogerados pelas penetrações dos topos ou fundos anteriores, conforme o caso. Mas, sabendo-se queos preços não se movimentam em linha reta, descrevendo ziguezagues na direção da tendênciapredominante, podemos, algumas vezes antecipar nossas compras ou vendas.

Em geral, quando os preços evoluem numa determinada direção, os movimentos contra a tendênciacostumam corrigir de 1/3 a 2/3 da perna de impulso prévia, formando Bandeiras ou Flâmulas.Podemos tirar partido operacional deste fato da seguinte maneira:

Até que a correção do preço tenha retraçado 1/3 da perna de impulso prévia, o sinal decompra/venda permanece na ultrapassagem do topo ou fundo anterior, conforme o caso.

Porém, a partir do momento que a correção tiver alcançado a marca de 1/3, poderemos dar umtratamento de Bandeira de Alta ou de Baixa. Isto é feito, traçando-se a linha de tendência da correção

PONTO DE VENDA 3

PONTO DE VENDA 2

PONTO DE VENDA 1

ESTOPE DA VENDA 1

ESTOPE DAS VENDAS 1 e 2

ESTOPE DAS VENDAS 1, 2 e 3

MNORONHA

e no seu corte iniciar uma operação de compra/venda, conforme o caso. O diagrama abaixoesclarecerá melhor minha observação:

Como não podemos ter certeza se o corte da linha de tendência da correção poderá ser abortado,muitas vezes somos estopados. Estes casos são um pouco mais complicados, porque a ocorrênciade um ziguezague contra a tendência predominante, na realidade está revertendo a tendênciapredominante. Mas, por outro lado, a nova linha de tendência retraçada se torna mais confiável e suapenetração mais significativa.

Não tenho uma regra especial para este caso. Geralmente, observo o comportamento geral domercado. Se perceber que é um caso isolado, não titubeio e opero novamente no corte, colocando oestope um pouco abaixo da mínima/máxima da perna de correção contra a tendência predominante.Se não, aguardo a penetração e opero no rompimento do topo ou do fundo, conforme o caso.

Na próxima aula, veremos a combinação do procedimento operacional associado aos 9 cenários maisprováveis do desdobramento de um gráfico e, se der, alguns exercícios. Do contrário, a aula 16 serásó de exercicios sobre as três últimas aulas.

PONTO DE COMPRA

ESTOPE DA COMPRA

CORREÇÃO DE 33%

CORREÇÃO DE 50%

CORREÇÃO DE 66%

AMPLITUDE DA PERNA DE IMPULSOPARA MEDIDA DA CORREÇÃO

MNORONHA

Combinando os Cenários Simétricos com as Premissas e as RegrasOperacionais

Antes de prosseguir com o curso, gostaria de esclarecer mais alguns pontos sobre a colocação doestope de entrada, inicial ou catastrófico (sinônimos).

Toda noite, após o encerramento do pregão, me condicionei a fazer o meu dever de casa. Sãotarefas simples, mas que me tomam umas duas horas diariamente. Criei uma pequena tabelacomposta por todas as ações que fazem parte do índice IBX - grupo I (portanto, estão incluídas asque fazem parte do Índice Bovespa - grupo II, de onde também seleciono as 16 ações mais ativas -grupo III - as de mais peso na composição do Bovespa) e determino quantas delas estão fazendonovas alta, altas, baixas e novas baixas no OBV, bem como, se o preço subiu ou caiu em relação aofechamento do pregão anterior, para poder gerar o ponto diário da linha de avanço e declínio dos trêsgrupos.

De posse destes elementos, criei algumas médias móveis (Indicador de Clímax e de Transição) queme fornecem elementos para avaliar a tendência de médio prazo, bem como se os três grupos estãosobre-comprados ou sobre-vendidos, numa visão de médio prazo.

Uma vez por semana (às sextas-feiras), num grupo de 183 ações representativas dos principaissetores da Bovespa (as de mais liquidez) verifico como estão a tendência primária, secundária eterciária de cada uma e depois extraio o saldo, para ter uma noção do conjunto. Também costumousar as médias móveis de 200 e de 21 dias para confirmar, através de suas direções, as tendênciasprimária e secundária dos principais índices.

Além de fornecerem um cenário geral do mercado, estes estudos servem para melhor definir acolocação dos meus estopes. Como a metodologia operacional que utilizo, de uma certa forma,prende-se estritamente a certos cenários (padrões) gráficos, não deveria importar se uma compra viera ser gerada num momento em que o cenário geral do mercado não recomendaria que se executasseuma operação de compra.

Mas, como priorizo os sinais gráficos - na medida em que estou jogando - quando me deparo com umsinal de compra num contexto desaconselhável, como não sei de antemão quando uma operaçãoevoluirá favoravelmente ou não, procuro não dar muita chance ao azar, colocando meu estope deentrada muito próximo do ponto de compra. Assim, em vez de deixa-lo um pouco abaixo do fundoanterior, como seria o normal num cenário favorável, procuro um local mais próximo, do tipo corte dalinha de tendência de alta.

Entretanto, se tiver que pagar um pedágio muito grande, movimento-o para um pouco abaixo damínima da barra que gerou o sinal de compra. Se for estopado, o risco é pequeno. Por outro lado, seo preço, logo após ter sido estopado, voltar a subir e ultrapassar a máxima atingida após minhacompra inicial, retorno na ponta de compra e, desta vez, coloco o estope um pouco abaixo do novofundo anterior. A razão deste comportamento se deve ao fato de que, embora num cenáriodesfavorável, a ultrapassagem da máxima atingida após o sinal de compra inicial, tem para mim umsignificado de confirmação e, geralmente, quando isto acontece, a probabilidade de seguir adianteaumenta muito, ainda que num cenário geral desfavorável.

Desnecessário dizer, mas é evidente que tudo que foi dito aqui sobre a colocação do estope numaoperação de compra num cenário desaconselhável, vale para a colocação do estope numa vendacom um cenário geral do mercado adverso. Isto posto, vamos em frente!

1) Preço Indefinido – Congestão

Cenário I: congestão num fundo com referência simétrica de alta

a) num cenário baixista

Quando um gráfico vem em tendência de baixa, ocorre um repique,volta a cair até o fundo anterior, e antes que o fundo tenha suapenetração confirmada, ocorre um ponto de retorno.

Projetando-se as alternativas simétricas mais prováveis temos:

Alternativa 1: o preço volta a cair confirmando a penetração dofundo anterior e entra no espaço vazio.

Alternativa 2: O preço sobe até o topo anterior, bate na resistênciae volta a cair na direção do suporte proporcionado pelo fundo dacongestão.

Alternativa 3: Após cumprir o percurso da Alternativa 2, em vez devoltar a subir do suporte, penetra-o e entra no espaço vazio.

Alternativa 4: O preço rompe a congestão para cima e descreve opercurso simétrico da alta com resistências aproximadamente nosníveis onde se formaram suportes durante a tendência de queda.

Individualizando as alternativas, temos:

Na alternativa 1, apostou-se na definição do terceiro ponto de retorno de uma provável congestão. Apartir do momento em que o sinal de compra foi apenas parte de um ziguezague descendente, apenetração deve ser tratada como mais um ziguezague descendente numa tendência de baixa e avenda deve ser feita na penetração do fundo da ex-provável congestão e o estope pode ser colocadoum pouco acima do topo anterior, já que a probabilidade de que ele venha ser atingido no curto prazotorna-se muito pequena.

Na alternativa 2, apostou-se na definição do terceiro ponto de retorno de uma provável congestão ea compra evoluiu favoravelmente. Porém, se depois que o preço tiver ultrapassado 50% da amplitudeda congestão, o cenário ainda permanecer baixista, trace uma linha de tendência de alta e use seucorte para baixo como estope para encerrar sua compra.

A1

A2

A4

A3

MNORONHA

PC

EV

EC C/RV

EP

PV

PC

50%PV

EV

EV

30%

EC

A1 A2 A3 A4

PC

Na alternativa 3, o preço sobe até a resistência da congestão e volta a cair, penetrando a mínima dabarra do dia anterior e provocando um ponto de venda. Como o cenário continua baixista, o estope deentrada deve ser colocado um pouco acima do topo da congestão. Considere, também, apossibilidade do preço se aproximar da resistência, sem atingi-la e surgir um ponto de retorno. Se amínima da barra do dia anterior estiver dentro da faixa dos 30% da amplitude da congestão, a vendapoderá ser feita e o estope poderá ficar um pouco acima do topo da congestão.

Na alternativa 4, o preço fecha igual ou acima do nível de envelope e emite um sinal de compra. Oestope deve ser colocado um pouco abaixo do topo da congestão. Se a operação evoluirfavoravelmente, os próximos ziguezagues ascendentes proporcionarão novas oportunidades decompra ou adição e a operação deve ser tratada, ao menos individualmente, como numa tendênciade alta e seguir as suas regras. Por uma questão de segurança, as novas adições devem ser feitasna ultrapassagem do topo anterior.

b) num cenário altista

Na alternativa 1, apostou-se na definição do terceiro ponto de retorno de uma provável congestão. Apartir do momento em que o sinal de compra foi apenas parte de um ziguezague descendente, contraum predominante cenário de alta, se for estopado apenas encerre a operação.

Na alternativa 2, apostou-se na definição do terceiro ponto de retorno de uma provável congestão ea compra evoluiu favoravelmente. Devido ao cenário geral altista do mercado, espere até que o preçose aproxime do topo da congestão e, então, trace uma linha de tendência de alta partindo do fundoda perna última perna de alta e mova seu estope para um pouco abaixo do corte da linha detendência de alta. Se for estopado, reverta simultaneamente para venda (alternativa 3) e coloque umestope de entrada um pouco acima do corte da linha de tendência de alta que terá traçado partindodo topo da última perna de alta. Se a venda evoluir favoravelmente e penetrar o fundo da congestão,adicione mais alguns lotes na venda num fechamento igual ou menor do que o limite inferior doenvelope. Neste caso, coloque um estope de proteção para sua venda inicial e de entrada para o queadicionou, um pouco acima do corte da linha de tendência de baixa.

Na alternativa 4, o preço fecha igual ou maiorr que o nível de envelope e emite um sinal de compra.O estope deve ser colocado um pouco abaixo do topo da congestão. Se a operação evoluirfavoravelmente, os próximos ziguezagues ascendentes proporcionarão novas oportunidades decompra ou adição e a operação deve ser tratada, ao menos individualmente, como numa tendênciade alta e seguir as suas regras. Por uma questão de segurança, as novas adições devem ser feitasna ultrapassagem do topo anterior.

PC

EC EC/EPPV

PC

PV

EV

EV

30%

EC

A1 A2 A3 A4

PC

Cenário II: congestão num topo com referência simétrica de baixa

a) num cenário baixista

Alternativa 1: o preço volta a subir confirmando a penetraçãodo topo anterior e entra no espaço vazio.

Alternativa 2: O preço cai até o fundo anterior, bate nosuporte e volta a subir na direção da resistência proporcionadapelo topo da congestão.

Alternativa 3: Após cumprir o percurso da Alternativa 2, emvez de voltar a cair da resistência, penetra-a e entra noespaço vazio.

Alternativa 4: O preço rompe a congestão para baixo edescreve o percurso simétrico da queda com suportesaproximadamente nos níveis onde se formaram resistênciasdurante a tendência de alta.

Individualizando as alternativas, temos:

Na alternativa 1, apostou-se na definição do terceiro ponto de retorno de uma provável congestão. Apartir do momento em que o sinal de venda foi apenas parte de um ziguezague ascendente, contraum predominante cenário de baixa, se for estopado apenas encerre a operação.

Na alternativa 2, apostou-se na definição do terceiro ponto de retorno de uma provável congestão ea venda evoluiu favoravelmente. Devido ao cenário geral baixista do mercado, espere até que o preçose aproxime do fundo da congestão e, então, trace uma linha de tendência de baixa partindo do topoda perna última perna de baixa e mova seu estope para um pouco acima do corte da linha detendência de baixa. Se for estopado, reverta simultaneamente para compra (alternativa 3) e coloqueum estope de entrada um pouco abaixo do corte da linha de tendência de alta que terá traçadopartindo do topo da última perna de alta. Se a compra evoluir favoravelmente e penetrar o topo dacongestão, adicione mais alguns lotes na compra num fechamento igual ou maior do que o limitesuperior do envelope. Neste caso, coloque um estope de proteção para sua compra inicial e, deentrada, para o que adicionou, um pouco abaixo do corte da linha de tendência de alta.

A1

A2

A4

A3

MNORONHA

PC

EC

EV

ECPV

PV

PV

EV

EVEP

A1 A2 A3 A4

PC

MNORONHA

Na alternativa 4, o preço fecha igual ou menor que o nível de envelope e emite um sinal de venda. Oestope deve ser colocado um pouco acima do fundo da congestão. Se a operação evoluirfavoravelmente, os próximos ziguezagues descendentes proporcionarão novas oportunidades devenda ou adição e a operação deve ser tratada, ao menos individualmente, como numa tendência debaixa e seguir as suas regras. Por uma questão de segurança, as novas adições devem ser feitas napenetração do fundo anterior.

b) num cenário altista

Na alternativa 1, apostou-se na definição do terceiro ponto de retorno de uma provável congestão. Apartir do momento em que o sinal de venda foi apenas parte de um ziguezague ascendente, aultrapassagem deve ser tratada como mais um ziguezague ascendente numa tendência de alta e acompra deve ser feita na ultrapassagem do topo da ex-provável congestão e o estope pode sercolocado um pouco abaixo do fundo anterior, já que a probabilidade de que ele venha ser atingido nocurto prazo torna-se muito pequena.

Na alternativa 2, apostou-se na definição do terceiro ponto de retorno de uma provável congestão ea venda evoluiu favoravelmente. Porém, se depois que o preço tiver ultrapassado 50% da amplitudeda congestão, o cenário ainda permanecer altista, trace uma linha de tendência de baixa e use seucorte para cima como estope para encerrar sua venda.

Na alternativa 3, o preço cai até o suporte da congestão e volta a subir, ultrapassando a máxima dabarra do dia anterior e provocando um ponto de compra. Como o cenário continua altista, o estope deentrada deve ser colocado um pouco abaixo do fundo da congestão. Considere, também, apossibilidade do preço se aproximar do suporte, sem atingi-lo e surgir um ponto de retorno. Se amáxima da barra do dia anterior estiver dentro da faixa dos 30% da amplitude da congestão, acompra poderá ser feita e o estope poderá ficar um pouco abaixo do fundo da congestão.

Na alternativa 4, o preço fecha igual ou acima do nível de envelope e emite um sinal de compra. Oestope deve ser colocado um pouco abaixo do topo da congestão. Se a operação evoluirfavoravelmente, os próximos ziguezagues ascendentes proporcionarão novas oportunidades decompra ou adição e a operação deve ser tratada, ao menos individualmente, como numa tendênciade alta e seguir as suas regras. Por uma questão de segurança, as novas adições devem ser feitasna penetração do fundo anterior.

PV

EV C/RC

ECPV

PC

50%

PV

EV EV

30%

ECA1 A2 A3 A4

PC

MNORONHA

Cenário III: congestões no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

As estratégias operacionaisutilizadas em congestõesno meio do caminho comreferências simétricas paracima e para baixo sãoexatamente as mesmasutilizadas nos cenários I eII.

O que vai definir acolocação dos estopes é ocenário geral do mercado.Assim, em qualquer dosdois casos ao lado, se ocenário geral for altista, asoperações de compra nointerior da congestãodeverão ter um estope maisflexível e os de venda omais curto possível. Adiferença mais significativareside no fato de quepossui referências para osdois lados, o quepossibilitará, após orompimento de um doslados da congestão,desprezar o cenário epriorizar a simetria. Destaforma, operações a favorda tendência emandamento, mesmo comum cenário geral domercado adverso,permitirão adições noscortes das linhas detendência de alta e debaixa das bandeiras decorreções.

A2

A1

A3MNORONHA

A2

A1

A3

MNORONHA

2) Preço definido – Tendência

Cenário V: topo em “ /\ “ (ve invertido) no espaço vazio com simetria para baixo

a) tendência de alta

Alternativa 1: o preço corta a linha de tendência dealta e segue caindo, entrando em tendência debaixa, fazendo uma simetria espelhada datendência de alta prévia.

Alternativa 2: o preço, depois de cortar a linha detendência de alta e atingir o suporte proporcionadopelo fundo anterior da tendência de alta prévia,corta a linha de tendência de baixa para cima, fazum pequeno repique simétrico e volta a cairenquadrando-se no desdobramento da alternativa1.

Alternativa 3: o preço, depois de cortar a linha detendência de alta, segue caindo até cortar a linhade tendência de baixa para cima e prosseguesubindo rumo ao teste da resistência oferecida pelotopo principal e volta a cair formando um toporeflexo.

Alternativa 4: o preço, depois de cortar a linha detendência de alta, segue caindo até cortar a linhade tendência de baixa, volta a subir e rompe aresistência oferecida pelo topo principal retornandoao espaço vazio.

O corte da linha de tendência de alta:

Na variante 1, do cenário V de uma tendência de alta, presume-se que já se está comprado há algumtempo. Neste caso, em vez de colocar o estope de proteção na penetração do fundo anterior, prefiroajusta-lo ao corte da linha de tendência de alta. Assim, se a LTA for penetrada, liquida-se a posiçãocomprada. Se, logo após ter sido estopado, o preço voltar a subir de um nível distante do fundoanterior (linha pontilhada horizontal), provavelmente, no corte da LTA, ele já terá corrigido 1/3 daperna de alta anterior. Como, apesar da advertência negativa gerada pelo corte da LTA, a tendênciade alta em andamento ainda não ficou comprometida, pois o fundo anterior permanece inviolado,

A1

A3

A4

A2

MNORONHA

PC

MNORONHA

ERV

EE/ RV

ESTOPE DE PROTEÇÃO

PC

EE/ RV

ERV

PC

EE/ RV

V1 V2 V3 V4

PV

EE/ RC

E/RC

traço uma linha de tendência de baixa passando pelas máximas das barras de mais uma possívelbandeira de alta e recompro no seu corte, com estope de entrada e reversão simultânea para vendana penetração da mínima da bandeira, colocando um estope de entrada um pouco acima do topoanterior.

A variante 2 é uma continuação da variante 1. O que muda, é que após ter comprado no corte daLTB, a operação volta a ser estopada, desta vez, na penetração da mínima da bandeira da supostabandeira de alta. Como o fundo anterior ainda permanece inviolado, traço uma nova LTB unindo otopo principal e o novo topo anterior mais baixo que se formou após a compra do corte da LTB e, seapós ter revertido para venda, o preço seguir caindo até as proximidades do fundo anterior e voltar asubir antes que o fundo tenha anterior tenha sido penetrado, reverto a venda no corte para cima danova LTB e coloco um estope de entrada um pouco abaixo do fundo anterior original.

A variante 3, pressupõe o corte da LTA, onde estopará sua posição comprada, seguido por umaqueda direta, sem nenhum ziguezague ascendente intermediário, até a confirmação da penetraçãodo fundo anterior. Neste caso, a tendência de alta em andamento fica indefinida. Desta forma, apesarda violência da queda, ainda acho que vale o risco de uma compra, mas desta vez com um maiorgrau de especulação, no corte da LTB com estope de entrada e reversão simultânea para venda, napenetração da mínima da perna de queda anterior ao corte da linha. Este ziguezague abaixo do fundoanterior abrirá uma forte simetria de baixa e a venda deverá ser muito boa.

A variante 4, diferencia-se da variante 2, pelo fato da queda penetrar o fundo anterior, sem aconfirmação da penetração. Neste caso, a compra, também com alto grau especulativo, deverá serfeita no corte da nova LTB, se quiser minimizar o risco, juntamente com a ultrapassagem da máximada barra do dia anterior, com estope de entrada no corte da LTA que terá traçado partindo da mínimada perna de baixa anterior ao corte da LTB retraçada.

As alternativas A3 e A4, pressupõem uma volta rumo ao topo principal, e deverão ser tratadas comoum possível terceiro ponto de retorno de uma provável, ou retomada da tendência de alta.

Cenário VI: fundo em” V “ no espaço vazio com simetria para alta

b) tendência de baixa

Minha pretensão era a de colocar o diagrama das estratégias, mas esta aula já está tão atrasada eestes desenhos me tomam tanto tempo que se prosseguir, ela não ficará pronta para esta semana.Na verdade, é só inverter as estratégias do cenário anterior com a mesma lógica.

Cenário VII: topo em “ V “ no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preço volta a subir de onde seencontra e executa um novo ziguezagueascendente, desdobrando-se de acordo com asimetria de alta.

Alternativa 2: o preço cede até a linha detendência de alta, podendo ir um pouco alémou um pouco aquém, e volta a subirexecutando um novo ziguezague ascendente.

Alternativa 3: o preço corta a linha detendência de alta e se desdobra de acordocom a simetria de baixa.

A1A2

A3

MNORONHA

a) Tendência de alta num cenário onde as tendências primária e secundáriaprovavelmente estarão indefinidas.

Devido ao cenário duvidoso do mercado na variante 1, apesar do fundo anterior não ter sidopenetrado no corte para baixo da linha de tendência de alta, a perfuração serve como advertência deque a tendência de alta de curto prazo possa estar se esgotando e as compras devem ser zeradas.Entretanto, é possível que o corte da LTB tenha sido apenas um ajuste na inclinação da linha detendência, que será seguido pela retomada da tendência de alta. Neste caso, mesmo tendo sidoestopado no corte da linha, poderá reentrar na ponta de compra na ultrapassagem do topo anterior.Porém, diante da possibilidade de vir a se formar um topo reflexo (ou uma congestão), o estope deproteção e de reversão simultânea para venda deve ser colocado um pouco abaixo da mínima dabarra da ultrapassagem do topo. Se depois de recomprar, a operação evoluir favoravelmente, retracea nova linha de tendência de alta conectando o fundo principal com o que se formou após ter sidoestopado no corte da LTB original e use seu corte como estope de proteção para sua recompra.

A variante 2 é uma prolongação da variante 1. Após comprar e ser estopado com reversãosimultânea para venda, logo em seguida o preço volta a subir e ultrapassa o topo anterior, estopandosua reversão para venda e gerando simultaneamente um novo ponto de compra. Neste caso,recompre na ultrapassagem e coloque um estope de entrada no corte da nova LTB que terá traçado,conforme diagrama acima.

Na variante 3, o preço corta a LTB e cai direto até penetrar o fundo anterior. Como nas variantesanteriores, o corte da linha implica no encerramento da compra, mas ainda não abre venda, pois omercado ainda se encontra indefinido. Embora com um grau de risco maior, é muito comum estaocorrência, seguida de retomada da tendência de alta. Neste caso, até que se forme um ziguezaguedescendente, recompre no corte da LTB da correção com estope de entrada e reversão simultâneapara venda na penetração da mínima da perna de queda anterior ao corte da linha. A expectativa éde que esta venda seja muito boa, em virtude do ziguezague descendente caracterizando a reversãoda tendência de curto prazo de alta para baixa, bem como, da abertura da janela da simetria debaixa.

MNORONHA

EE/RV

V2

PV

PC

ESTOPE DE PROTEÇÃO

V1

PC1

EE/ RV

PC2

EP

PC

V3

EE/ RV

EP

V4

EE

A variante 4, pressupõe o corte da LTA, onde as compras em andamento deverão ser encerradas,seguido de mais alguns dias de queda onde, antes de penetrar o fundo anterior, os preços fazem umziguezague descendente, entrando em tendência de baixa de curto prazo antes que o fundo anteriortenha sido penetrado. Neste caso, na formação do ziguezague descendente, isto é, no momento queo zigue é penetrado, é ponto de venda com estope de entrada um pouco acima do topo da inflexãodo ziguezague descendente.

Cenário VIII: fundo em “ V “ no meio do caminho com referência simétrica para baixo e para cima

Alternativa 1: o preço corta a linha de tendênciade baixa e se desdobra de acordo com a simetriade alta.

Alternativa 2: o preço sobe até a linha detendência de baixa, podendo ir um pouco alémou ficar um pouco aquém, e volta a cairexecutando um novo ziguezague descendente.

Alternativa 3: o preço volta a cair de onde seencontra e executa um novo ziguezaguedescendente, desdobrando-se de acordo com asimetria de baixa.

b) Tendência de baixa num cenário onde as tendências primária e secundáriaprovavelmente estarão indefinidas.

A1

A2A3

MNORONHA

MNORONHA

EE/RC

V2

PV

PC

ESTOPE DE PROTEÇÃO

V1

PV1

EE/ RC

PV2

EP

PV

V3

EE/ RC

EP

V4

EE

Observação: as variantes são as mesmas do cenário VII invertidas.

Para terminar o assunto simetria, faltou esclarecer porque denominei esta variante de SimetriaSanfonada. Você aprendeu durante a apresentação deste tema que a simetria mais próxima domomento AGORA é sempre a mais forte (a mais provável de ocorrer). Entretanto, o cenário pode serampliado para um passado mais distante que muitas vezes se confirma. Para tanto, terá que ir semovendo para o passado. Na falta de um outro nome, por achar esta movimentação parecida com ade uma sanfona, batizei-a desta forma. Utilizando o gráfico do Bovespa abaixo, ficará mais clara estaidéia:

A barra ao lado do asterisco representa o momento AGORA. A simetria mais próxima é o percurso A.Montando as alternativas simétricas para o futuro, sempre projeto a simetria mais próxima, que é otraçado roxo à esquerda do eixo vertical, e, voltando mais para o passado, também considero apossibilidade de que o traçado verde, o percurso B, à esquerda do eixo vertical também possa serepetir.

Ao considerar a hipótese da simetria mais distante, projeto como se fosse o movimento de aspiraçãodos foles de uma sanfona, aquele movimento que se faz quando se estica a sanfona para depoisfechá-la.

Veja o que aconteceu em seguida:

Acabou prevalecendo a simetria mais afastada.

Padrões de reversão e continuação à luz da simetria

Não me lembro exatamente em que aula, mas quando estávamos examinando os padrões dereversão e continuação dos gráficos, mencionei que seu conhecimento e aplicações não seriam tãoimportantes no futuro.

De fato, agora que tomou contato com a simetria, poderá notar que qualquer um deles se enquadrana categoria de congestão ou tendência. Mencionei, também, que o que seria de mais utilidade nofuturo seriam as projeções que os padrões possibilitavam fazer, mas ainda assim, mais como umconfirmador da projeção simétrica. A título de exercício, volte a eles e veja se conseguiria operá-losfazendo de conta desconhecer suas características e propriedades.

A próxima aula será toda de exercícios cobrindo o assunto simetrias e estratégias.

A Simetria Sanfonada e as Estratégias Operacionais – Exercícios

1) Observe os desdobramentos dos gráficos abaixo e trace as diferentes alternativas simétricas,considerando a ordem de proximidade do momento AGORA, quando as simetrias atingirem os níveisdos suportes e resistências.

2) Baseado na simetria, responda: quanto tempo seria necessário decorrer para que o preço de 0,50do momento AGORA atingisse a projeção altista de 2,065?

3) Desenhe no quadro abaixo as alternativas simétricas mais prováveis e indique em que locais, apartir do momento AGORA, gostaria de apostar em operações de compra e venda.

4) Selecionando gráficos em busca de desdobramentos favoráveis para aplicação das estratégiasoperacionais, encontrei estes dois abaixo:

Se tivesse que optar por um deles para operar no dia seguinte, qual seria sua escolha e o porquê?

5) Utilizando a técnica do envelope para congestões, determine qual seriam os níveis de compra evenda se ocorresse a penetração de um dos limites da congestão abaixo?

6) Cenário: o mercado encontra-se numa tendência de baixa. Baseado na simetria, indique asalternativas mais prováveis de desdobramento do gráfico abaixo e as estratégias de compra e vendacom seus respectivos estopes de entrada.

7) O cenário geral do mercado é baixista. O preço vem caindo e surge a possibilidade de se formarum fundo reflexo. Que estratégias utilizaria para comprar ou vender, conforme a continuação domercado?

8) O cenário geral do mercado é baixista. Após a ocorrência do terceiro ponto de retorno, começa ase consolidar uma provável congestão. Que estratégias adotaria para comprar ou vender, conforme acontinuação do mercado?

9) O cenário geral do mercado é altista. Examinando o desdobramento abaixo, em que locais iniciariaoperações de compra e venda, quais seriam seus estopes e que projeções poderia obter para o curtoe médio prazo?

10) O cenário geral do mercado é altista. Trace as alternativas simétricas mais prováveis e, baseadonelas, defina os pontos de compra e venda com seus respectivos estope de entrada.

11) No quadro abaixo, estamos vendo o gráfico mensal (sup. esquerda), o gráfico semanal (inf.esquerda) acompanhado do MACD e da média móvel de 40 semanas e o gráfico diário (sup. Direita)acompanhado das médias móveis de 5 e 21 períodos, do estocástico e do OBV do ativo X.

O Indicador de Transição e a média móvel de 21 períodos do Indicador de Clímax do Bovespasugerem alta. Supondo que estivesse fora do mercado, que operação faria, quando e onde colocariao estope de entrada?

12) O cenário geral do mercado encontra-se indefinido. Trace as alternativas simétricas maisprováveis e indique, caso o mercado suba, onde fará a primeira compra e, caso caia, onde fará aprimeira venda.

13) O cenário geral do mercado encontra-se indefinido. Trace as alternativas simétricas para o gráficoabaixo e defina os pontos de compra e venda com seus respectivos estopes de entrada.

14) Faça um diagrama das alternativas simétricas mais prováveis do gráfico abaixo:

15) O cenário geral do mercado é de baixa. Trace as alternativas simétricas mais prováveis etrabalhando apenas com os fundos e topos anteriores e linhas de tendência defina os pontos decompra e venda.

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cvcvc

Candlestick: A Teoria do Candelabro Japonês

A técnica de análise gráfica denominada Candelabro Japonês surgiu no início do século XVIII, criadapor Munehisa Homma, filho de uma próspera família de comerciantes de arroz, na cidade portuáriade Sakata. Ao falecer em 1803, deixou dois livros sobre sua técnica operacional: Sakata Senho eSoba Sani No Dem, que se converteram na base da teoria.

O candelabro é uma forma válida de análise técnica e deve ser tratado como tal. Usadoisoladamente, deixa muito a desejar1, mas quando combinado com outras técnicas, pode ser degrande valor, principalmente na captura dos pontos de retorno.

Muito parecida com a barra da análise gráfica convencional, a barra do Candelabro, de agora emdiante denominada vela, contém as mesmas informações da barra clássica. Também incorpora umpreço de abertura, um preço de fechamento, a máxima e a mínima. Entretanto sua construção édiferente. Aqui toda ênfase é dada aos preços de abertura e fechamento, à batalha entre os leigosque fazem a abertura e aos profissionais que fazem o fechamento. Comparando com o formato dabarra tradicional, a vela apresenta as seguintes diferenças:

1. A área entre a abertura e o fechamento é interligada, criando um corpo (jittai), tambémchamado vela.

2. Se no final de um dia de pregão, o valor do fechamento for maior do que o da abertura, ocorpo é de cor branca. Se o fechamento ficar abaixo da abertura, o corpo é simplesmenteescurecido. Assim, uma vela branca mostra uma ação de mercado positiva e é altista. Umavela preta ilustra uma sessão de mercado negativo e é baixista. A máxima e a mínima, acimae abaixo do corpo, são denominadas pavios ou sombras (kage).

Observe no diagrama abaixo a diferença entre a barra tradicional e a vela, para os mesmos valoresde abertura, máxima, mínima e fechamento.

Estas são algumas das velas mais comuns do candelabro. Vamos examina-las e ver o querepresentam.

As velas dos dias 1, 4 e 9 são denominadas DOJI e são muito importantes, como verá mais adiante.Ocorrem quando a abertura e o preço de fechamento de um mesmo pregão são idênticos ou muitopróximos.

1 Na minha opinião.

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01 02 03 04 05 08 09

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Gráfico de Barras Gráfico de Velas

No dia 2, vemos uma longa vela branca refletindo um dia de alta em que o mercado abriu perto damínima e fechou quase na máxima, com o oposto acontecendo no dia 5: uma longa vela preta,caracterizando um pregão de baixa.

Nos dias 3 e 8, vemos duas velas, cuja característica principal é o pequeno corpo real. Sãodenominadas SPINNING TOPS (Topos Espinhados). Podem ser brancas ou pretas e tornam-seimportantes quando parte de outras formações.

Tendo visto como os dados de abertura, máxima, mínima e fechamento alteram o aspecto individualde uma vela, vamos ver agora, como essas velas, sozinhas ou combinadas, nos fornecem indíciossobre a direção do mercado.

Ao longo deste curso, a periodicidade assumida de cada vela será um dia de pregão (diária). Entendaque uma barra ou vela pode representar qualquer periodicidade, não apenas a de um dia. Podemoster velas de 5 minutos, horárias, semanais, mensais, enfim na periodicidade em que quiseracompanhar um gráfico, desde que disponha dos valores da abertura, da máxima, da mínima e dofechamento do período a ser analisado.

Cada tipo de vela tem seu próprio nome e representa um possível cenário operacional para aqueledia. Algumas velas têm nomes japoneses e outras, nomes ingleses.

Muita informação pode ser obtida através de uma única vela. Isto ajudará a compreender a psicologiapor trás dos muitos padrões do candelabro que veremos aqui. Existem poucos padrões queconsistem de apenas uma vela e que também se qualificam como padrão de reversão.

Como na análise gráfica clássica, no candelabro as velas, isoladas ou combinadas, também semovimentam formando padrões de reversão e de continuação.

Padrões de Reversão

Antes de começarmos a ver os principais padrões de reversão, alerto que o surgimento de qualquerum desses padrões não implica numa reversão imediata. Funcionam mais como um alerta de que areversão está próxima, embora, muitas vezes, ocorra logo em seguida.

Um padrão do candelabro pode ser uma vela simples ou múltiplas velas, raramente mais do quecinco ou seis. Na literatura japonesa, existem referencias ocasionais a padrões que usam mais velas,e algumas serão vistas mais adiante.

A maioria dos padrões do candelabro têm o seu inverso. Isto é, para cada padrão altista, existe umpadrão baixista similar. A diferença primária é sua posição relativa à tendência de curto prazo domercado. Os nomes dos padrões altistas e baixistas podem ou não ser diferentes. Na medida dopossível, indicarei a tendência prévia. A ordem de apresentação dos padrões não reflete a suaimportância ou habilidade preditiva, apenas a ocorrência de sua freqüência.

1. Padrão Martelo (hammer/tonkashi) e Homem Enforcado (hanging-man/kubitsuri)

Hammer HammerHanging-man Hanging-man

O Hammer e o Hanging-man são velas com pequenos corpos e pavios longos, porém com umacaracterística importante: o corpo, seja ele branco ou preto, situa-se sempre no ou muito próximo dotopo da oscilação diária. Outro aspecto interessante desta vela, é que pode ser tanto altista quantobaixista, dependendo de onde aparecem numa tendência. Se qualquer uma destas velas surgirdurante uma tendência de baixa, é sinal de que a tendência deve estar terminando. Neste cenário, avela será classificada como um Hammer. Se qualquer uma delas surgir após uma subida, estará lhedizendo que o movimento anterior deve estar se esgotando, e a vela será classificada como Hanging-man.

Regras de reconhecimento:

1. O corpo se encontra no limite superior da oscilação. A cor do corpo não é importante.2. O pavio deve ter pelo menos o dobro da altura do corpo.3. Não deveria haver pavio superior, porém admire-se que haja, desde que pequenininho.

Quanto mais longo o pavio inferior, quanto mais curto o pavio superior e quanto menor o corpo, maissignificado altista ou baixista terão o Hammer e o Hanging-man. Embora não faça diferença a cor docorpo destas velas, se o corpo do Hammer for branco, ele é ligeiramente mais altista e se o corpo doHanging-man for preto, é ligeiramente mais baixista.

Outro detalhe especialmente importante é que quando surgir um Hanging-man, você tem que esperaruma confirmação de baixa. A lógica que está por trás tem a ver com o modo que se formou oHanging-man. Normalmente, neste tipo de cenário, o mercado está cheio de energia altista. Então,aparece o Hanging-man. Neste dia, o mercado abre na ou próximo da máxima e, depois, cairapidamente e torna a subir para fechar na ou próximo da máxima. Este tipo de atividade no preçomostra que o mercado, uma vez iniciada esta exaustão, tornou-se vulnerável a uma rápidapenetração. Entretanto, isto não é suficiente para que você possa pensar que este Hanging-manpossa ter sido uma reversão de topo.

Contudo, se o mercado abre mais baixo no dia seguinte, aqueles que compraram na abertura ou nofechamento do dia do Hanging-man, agora estão “enforcados”, com uma posição perdedora. Daí,podemos extrair uma regra geral para o Hanging-man: quanto maior o gap de abertura entre o corpodo dia do Hanging-man e a abertura do dia seguinte, maior a probabilidade de que o Hanging-manseja um topo. Outra verificação baixista poderia ser a ocorrência de uma vela preta no dia seguinte àocorrência do Hanging-man, com o fechamento abaixo do anterior. Veja alguns exemplos:

O Hanging-man que aparece no topo reflexo, foi o terceiro sinal de reversão. No primeiro topo pode-se ver um padrão deengolfamento, e no segundo, um DOJI que o antecede.

2. Padrão de Engolfamento (engulfing patterns/tsutsumi)

O Hammer e o Hanging-man são velas individuais que podem enviar mensagens importantes sobre asaúde do mercado. Porém, a maioria dos sinais do candelabro estão baseados em combinações develas individuais. O Engulfing é um dos mais importantes padrões combinados do candelabro. Comopadrão de reversão é dos mais confiáveis. São comumente vistos em topos e fundos principais. Duasvelas com corpo e de cores opostas compõem este padrão.

Regras de reconhecimento:

1. O mercado tem de estar numa tendência de alta ou de baixa nítida e bem definida, mesmoque seja uma tendência de curto prazo.

2. Duas velas compõem o padrão engolfamento. O corpo da segunda vela deve envolver o corpoda primeira (não precisando envolver os pavios).

3. O corpo da segunda vela tem que ser de cor oposta ao corpo da primeira (a exceção destaregra é se o corpo da primeira vela for muito pequeno, quase um DOJI). Assim, após uma

EngolfamentoAltista

EngolfamentoBaixista

queda prolongada, um corpo branco minúsculo, envolvido por uma longa vela branca, poderiaser uma sinalização de reversão de fundo. Numa tendência de alta, um corpo preto minúsculoengolfado por outro corpo preto muito grande poderia ser um padrão de reversão de topo.

Observações: Existem ainda alguns outros aspectos que podem aumentar a probabilidade doEngulfing estar sinalizando uma reversão, a saber:

a. O primeiro dia do padrão Engulfing tem um corpo muito pequeno e, o segundo, um corpomuito longo. A explicação é que estaria refletindo uma dissipação da força do movimentoanterior e mostrando um aumento de força do novo movimento.

b. Se o padrão surge após um movimento prolongado ou após um movimento rápido.c. Se a vela do segundo dia do padrão engolfar mais de um corpo.

Buscando uma analogia com o gráfico de barras, pode-se dizer que o padrão Engulfing correspondea uma variação do dia de reversão, visto que o Engulfing se processa em dois dias. Vejamos algunsexemplos:

No gráfico acima, pode-se ver um topo duplo formado por dois Engulfings. No primeiro, o corpo da segunda vela envolve umcorpo ligeiramente menor, mas no segundo, além de envolver uma primeira vela de corpo minúsculo, envolve mais de umcorpo.

Observe, no exemplo da próxima página, como este padrão surge com muita freqüência:

3. Padrão Teto de Nuvem Negra (dark cloud cover/kabuse)

Outro padrão combinado do candelabro. Aparece normalmente nos topos das tendências de alta,sinalizando reversão. Algumas vezes surge no topo de uma área de congestão. Constituído por duasvelas de cores opostas, sendo a do primeiro dia sempre uma vela com um longo corpo branco. Nosegundo dia, o preço da abertura é maior do que a máxima do dia anterior (i.é., acima do pavio do diaanterior). Entretanto, no final deste dia, o mercado fecha próximo da mínima do dia e bem dentro docorpo branco do dia anterior. Quanto maior a intensidade da penetração dentro do corpo branco, maisprovável a ocorrência de um topo. Alguns experts japoneses exigem que o corpo branco sejapenetrado pelo preto em mais de 50%. Se a vela preta não fechar abaixo da metade da vela branca,o melhor será esperar por mais alguma confirmação baixista.

A lógica que está por trás deste padrão baixista é a seguinte: o mercado está numa tendência de alta.Num dia qualquer, forma-se uma longa vela branca, seguida no pregão do dia seguinte por um gapna abertura. Nesta altura, os comprados estão no controle do mercado.Mas, então, a subida nãoprossegue! De fato, o mercado fecha na ou próximo da mínima do dia movendo-se bem para dentrodo corpo branco do dia anterior. Neste cenário, os comprados ficarão incomodados com sua posição.

Dark Cloud Cover

Aqueles que estão esperando para vender a descoberto têm, agora, uma boa referência para colocarum estope – a máxima do segundo dia do padrão.

Regras de reconhecimento:

1. A vela do primeiro dia aparece com um longo corpo branco dando continuação a umatendência de alta.

2. A vela do segundo dia tem o corpo preto com a abertura acima da máxima do dia anterior (amáxima, não o fechamento).

3. A vela do segundo dia fecha no interior e baixo do meio da vela branca do dia anterior.

Alguns fatores intensificam a importância do padrão, a saber:

a) Maior o grau de penetração do fechamento do corpo preto para dentro do corpobranco do primeiro dia, maior a chance de um topo. Se o corpo preto cobrir totalmenteo corpo branco se transforma no padrão Engulfing.O corpo preto do padrão Dark CloudCover cobre, apenas parcialmente, o corpo branco. É como se o Dark Cloud fosse umeclipse solar parcial e, o Engulfing, um eclipse total. Daí, pode-se concluir que oEngulfing baixista é mais significativo como padrão de topo do que o dark Cloud. Sesurgir um longo corpo branco, fechando acima das máximas de um Dark Cloud ou deum Engulfing baixista, poderia pressagiar outra subida.

b) Se durante uma prolongada tendência de alta surgir uma longa vela branca sempavios, i.é., abertura na mínima e fechamento na máxima e o dia seguinte revelar umalonga vela preta sem pavios, i.é., abertura na máxima e fechamento na mínima.

c) Se o segundo corpo (i.é., o corpo preto) do padrão Dark Cloud abrir acima do nível daresistência e, então, abortar, mostra que os comprados foram incapazes de controlar omercado.

d) Se sobre a abertura do segundo dia houver grande volume, poderia ter ocorrido umaexaustão de compra. Por exemplo, pesado volume numa abertura com novas máximaspoderia significar que muitos novos compradores tenham decidido entrar no barco.Então, o mercado desarma. Para quem gosta de operar futuros, um crescimentoacelerado de contratos em aberto pode ser uma advertência.

4. Padrão Penetrante (piercing pattern/kirikomi)

O padrão Piercing é o oposto do padrão Dark Cloud cover. Enquanto o dark cloud caracteriza umareversão num topo, o Piercing caracteriza uma reversão no fundo. É formado por duas velas de coresopostas num mercado descendente.

No primeiro dia, surge uma longa vela preta e, no segundo, uma longa vela branca. No segundo dia,o mercado abre acentuadamente para baixo, abaixo da mínima do dia anterior. Em seguida, ospreços sobem, criando uma vela branca e relativamente longa, que fecha acima da metade da velapreta do dia anterior. Neste padrão, quanto mais o interior do corpo preto é penetrado, maior aprobabilidade de que seja uma reversão de fundo.

A psicologia por trás deste padrão é a seguinte: o mercado está numa tendência de baixa. A velapreta baixista reforça esta visão. No dia seguinte, o mercado começa com um gap para baixo. Osvendidos estão vendo o mercado com satisfação. Então, o mercado começa a subir e assim vai até ofinal do pregão, fechando mais alto que no dia anterior. Os vendidos começam a se sentir mal comsuas posições vendidas e entram na compra, imaginando que o mercado não fará novas mínimas.

Regras de reconhecimento:

1. O primeiro dia é uma cela com um longo corpo preto numa continuada tendência de baixa.2. O segundo dia é uma vela com um longo corpo branco que abre abaixo da mínima do dia

anterior (abaixo da mínima, não do fechamento).3. O segundo dia fecha no interior da vela preta, mas acima dos 50% do corpo preto.

O padrão Piercing cresce de importância baseado nos mesmos quatro fatores do Dark Cloud,obviamente invertidos. No padrão anterior foi dito que os técnicos japoneses gostam de ver o corpopreto fechar abaixo da metade do corpo branco anterior, mas existe alguma flexibilidade nesta regra.Com o padrão Piercing não há nenhuma flexibilidade. A vela branca tem que penetrar e fechar acimade mais de 50% do corpo preto anterior e isso se explica em função dos japoneses terem três outrospadrões, que veremos quando estivermos examinado os padrões de continuação, que têm a mesmaformação básica do padrão Piercing, mas que são vistos como sinais baixistas, desde que o corpopreto penetre menos de 50% do corpo preto anterior.

Veja, na próxima página, um exemplo de real de reversão de fundo após o surgimento de um padrãoPiercing.

Padrão Piercing

5. Padrão Doji

Isoladamente, é o mais importante padrão de reversão e combinado com outras velas também vaicompor poderosos padrões de reversão. O DOJI surge quando, num pregão, o preço de abertura éigual ao de fechamento.

Os pregões que formam um DOJI são importantes apenas nos mercados onde não costumam surgircom freqüência, isto é, se começarem a surgir muitos DOJIS, próximos uns dos outros, eles perdemum pouco o seu significado. Eles funcionam melhor como sinais de reversão do topo, principalmentese ocorrerem após uma longa vela branca, do que de fundo.

Seu formato pode variar. Quando os pavios do DOJI são muito longos, ele é classificado com Doji dePernas Longas e suas implicações de reversão são maiores, principalmente se surge no topo. Seuslongos pavios denotam claramente o clima de incerteza durante o pregão em que se formou, já que omercado foi empurrado fortemente para cima e, depois, acentuadamente para baixo ou vice-versa, efechou no preço da abertura.

O Dóji Lápide ou Túmulo é outra variação. Desenvolvem-se quando os preços de abertura efechamento são a mínima do dia. Embora possa ser encontrado nos fundos, seu forte é na

abertura fechamento

Doji

Doji Perna Longa(Homem do Riquixá)

(Juji)

Doji Lápide(Tohba)

Doji Dragão Voador(Dragon-fly)

(Tonbo)

identificação dos topos. Quanto maior o pavio, mais baixista suas implicações. O Dóji Dragão-voadorocorre quando a abertura e o fechamento são a máxima do dia. Quando aparece com um pavio muitolongo também é chamado Takuri. Quando surge no final de uma tendência de baixa é extremamentealtista.

No gráfico acima podemos ver DOJIS que funcionaram como padrões de reversão de médio prazo (amarelos), decurtíssimo prazo (verdes) e aglomerados, cujos sinais foram de pouco valor (roxos).

6. Padrão Estrelas

As Estrelas (hoshi) constituem uma família de padrões de reversão extremamente interessante.Entenda-se por Estrela uma vela de corpo bem pequeno, gerado por um gap em relação ao corpoprecedente. No diagrama acima, elas são o vértice de cada uma dessas figuras. Ainda será umaEstrela enquanto seu corpo não penetrar o corpo da vela anterior. A cor da Estrela não é importante.Em todos esses padrões de Estrela, tal e qual o Hammer e o Hanging-man, o corpo pode ser brancoou preto, que não altera o significado. Devem surgir nos topos e nos fundos. Se a Estrela é um DOJIao invés de um pequeno corpo. É denoinada de uma Estrela Doji (Doji Star).

A estrela, principalmente a Doji, é uma advertência de que a tendência pode estar terminando. Opequeno corpo da Estrela representa um empate no cabo de guerra entre os compradores e osvendedores. Numa forte tendência de alta, os compradores estão em plena carga. O aparecimento deuma Estrela, após uma longa vela branca numa tendência de alta, é um sinal de mudança nocomando do mercado. A Estrela nos informa que a força da tendência de alta anterior se dissipou eque o mercado está vulnerável a um reajuste. O mesmo acontece, inversamente, para uma Estrelanum mercado de baixa. Isto é, se surgir uma Estrela após uma longa vela preta durante umatendência de baixa, estará refletindo uma mudança no desenvolvimento do mercado. Vamosexamina-las individualmente.

A Estrela Matinal (Morning Star)

Assim chamada, porque, do mesmo modo que o aparecimento do planeta Mercúrio, no céu no inícioda manhã pressagia o nascimento do sol, sua ocorrência prenuncia preços mais altos. A EstrelaMatinal (sankawa ake no myojyo) é um padrão de reversão de fundo. O padrão é composto por umalonga vela de corpo preto, seguida no pregão subseqüente por uma gap de abertura e a ocorrênciade um corpo reduzido (estas duas velas compõem o padrão básico da Estrela). O terceiro dia é umalonga vela branca que se movimenta bem para dentro do corpo preto do primeiro dia. Este padrão éum sinal de que os compradores assumiram o controle. A lógica por trás deste padrão é a seguinte: omercado está numa tendência de baixa quando vemos um corpo preto. Nesta altura os vendedoresestão comandando. Então surge um pequeno corpo. Isto significa que os vendedores estão perdendoa capacidade de empurrar o mercado mais para baixo. No dia seguinte, uma forte vela branca provaque os compradores assumiram o controle. Uma Estrela da Manhã ideal deve ter um gap antes eoutro depois da vela do vértice, que é a Estrela. O segundo gap é raro, mas sua ausência não podeser vista como prejudicial ao poder desta formação.

Morning Star

(Estrela Matinal)

Evening Star

(Estrela Noturna)

Evening Doji Star

(Estrela Doji Noturna)

Morning Doji Star

(Estrela Doji Matinal)

A Estrela Noturna (Evening Star)

Assim chamada porque, do mesmo modo que o planeta Vênus pressagia a escuridão, seuaparecimento prenuncia queda nos preços. Seu significado é a antítese da Estrela da Manhã. AEstrela Noturna (sankawa yoi no myojyo) é um padrão de reversão de topo. O padrão é composto portrês velas. As duas primeiras velas são uma longa vela de corpo branco seguida por uma Estrela. AEstrela é a primeira insinuação de um topo. A terceira vela corrobora o topo e completa o padrão detrês velas da Estrela Noturna. A terceira vela é um longo corpo preto que se movimentaacentuadamente para dentro do corpo branco do primeiro dia.

Em princípio, uma Estrela Noturna deveria ter um gap entre a primeira e a segunda vela e, depois,um outro entre a segunda e a terceira. Entretanto, o segundo gap raramente é visto e não énecessário para o sucesso deste padrão. O importante deverá ser a extensão da penetração docorpo preto do terceiro dia para dentro do corpo branco do primeiro dia.

Embora a Estrela Noturna seja mais importante após uma tendência de alta, ela pode ser importanteno topo de uma área de congestão, se ela confirma outro sinal de baixa.

Regras de Reconhecimento para as Estrelas Matinal e Noturna

1. No primeiro dia a vela é sempre da cor da tendência em andamento. Isto é, numa tendênciade alta a primeira vela é sempre uma longa vela branca para a Estrela Noturna e numatendência de baixa é sempre uma longa vela preta para a Estrela da Manhã.

2. O segundo dia, a Estrela, tem sempre um gap em relação à vela do primeiro dia. Sua cor nãoé importante.

3. a vela do terceiro dia é sempre da cor oposta a do primeiro dia.4. A vela do primeiro dia, e mais provavelmente a do terceiro, devem ser longas.

Alguns fatores que podem aumentar a probabilidade de que a Estrela Matinal e a Noturna possam seruma reversão incluem:

a) Se houver um gap entre a primeira vela e a Estrela, e outro entre a Estrela e a terceiravela;

b) Se a terceira vela fechar bem funda dentro do corpo da primeira vela;c) Se o volume for pequeno no pregão da primeira vela e grande no da terceira, pois

estaria mostrando uma redução de força da tendência anterior e um aumento de forçana direção da nova tendência.

As Estrelas Doji Matinal e Noturna (Morning and Evening Doji Stars)

Quando um DOJI salta acima de uma vela com corpo num mercado ascendente, ou salta abaixo deuma vela com corpo num mercado descendente, este DOJI é denominado Estrela Doji. As EstrelasDoji são uma forte advertência de que o mercado está para mudar. O pregão após o aparecimento doDOJI deveria confirmar a reversão de tendência. Portanto, uma Estrela Doji, numa tendência de alta,seguida por uma longa vela de corpo preto, que fechasse bem para dentro do corpo branco, deveriaconfirmar uma reversão de topo. Tal padrão é denominado Estrela Doji Noturna. A Estrela DojiNoturna (yoi no myojyo doji bike minami jyuji sei) é uma forma distinta da Estrela Noturna normal. Opadrão Estrela Noturna normal tem um pequeno corpo como sua estrela (i.é., a segunda vela), mas aEstrela Doji Noturna tem um DOJI como sua estrela. A Estrela Doji Noturna é mais importante,porque ela contém um DOJI.

Uma Estrela Doji durante uma tendência de alta é freqüentemente, o sinal de um topo iminente. Éimportante notar que se a vela do pregão, após o da Estrela Doji, for uma vela branca com gap paracima, a natureza baixista do DOJI deixa de existir.

Numa tendência de baixa, se há uma vela com corpo preto, seguida por uma Estrela Doji, aconfirmação de reversão de fundo deveria ocorrer, se o próximo pregão tivesse uma longa velabranca que fechasse bem para dentro do corpo preto. Estas três velas do candelabro formam o

padrão denominado Estrela Doji Matinal (ake no myojyo doji bike). Este tipo de estrela Matinal podeser um fundo significante. Se, durante uma tendência de baixa, uma vela preta deixar um gap abaixoda Estrela doji, as potencias implicações baixistas da estrela estão canceladas. Por isso, é importanteesperar pela confirmação, um ou dois pregões após o aparecimento da Estrela Doji.

Sendo um padrão de ocorrência muita rara, após mais de 10 horas de consulta nos meus gráficos,não encontrei nenhum exemplo real.

A Estrela Cadente e o Martelo Invertido (Shooting Star e Inverted Hammer)

A Estrela Cadente (nagare boshi) é um padrão que envia uma advertência de um topo iminente.Normalmente, não é um sinal de reversão principal como o da Estrela Noturna. Como pode ser vistono diagrama acima, ela é formada por um pequeno corpo na parte inferior da sua faixa de oscilação epor um longo pavio na parte superior. Como todas as estrelas, a cor do corpo não tem importância. Oformato da Estrela Cadente nos diz que o mercado abriu próximo da mínima, subiu fortemente edepois caiu de volta para fechar próximo da abertura. Em outras palavras, o movimento intra-dia desubida não teve sustentação. Uma Estrela cadente ideal tem um corpo que deixa um gap em relaçãoao corpo da vela anterior. Não obstante, este gap não é sempre necessário.

O Martelo Invertido (tohba), embora não seja uma estrela, devido à sua semelhança com a EstrelaCadente, deve ser examinado. Diferente da Estrela Cadente que é o prenúncio de um topo, o MarteloInvertido é um padrão de reversão de fundo.. do mesmo modo que o Martelo normal, o MarteloInvertido é um padrão altista depois de uma tendência de baixa. É importante que se espere por umaconfirmação no dia seguinte ao seu surgimento. A verificação pode ser um gap no dia seguinte,acima do corpo do Martelo Invertido. Quanto maior o gap, mais forte a confirmação. Uma vela brancacom preços altos pode ser outra forma de confirmação.

Regras de reconhecimento

Estrela Cadente:

1. Os preços abrem com um gap após um tendência de alta.2. Forma-se um corpo diminuto próximo da parte inferior da oscilação diária.3. A extensão do pavio é pelo menos três vezes maior do que o tamanho do corpo.4. O pavio inferior é praticamente inexistente.

Martelo Invertido:

1. Forma-se um corpo diminuto próximo da parte inferior da oscilação diária.2. Não é necessária a ocorrência de um gap para baixo.3. A extensão do pavio usualmente não é mais do que duas vezes o tamanho do corpo.4. O pavio inferior é praticamente inexistente.

brancoou

preto

Estrela Cadente

brancoou

preto

Martelo Invertido

Veja alguns exemplos reais nos gráficos abaixo:

7. Padrão Harami

Harami é uma velha palavra japonesa para gravidez. O padrão é constituído por duas velas, sendo aprimeira uma vela de corpo longo e, a segunda, um pequeno corpo que fica embutido dentro doprimeiro. A vela longa é a mãe e, a pequena, o feto. Na análise gráfica clássica, trata-se de um diainterno (barra abrangida) sem movimento direcional, i.é., a barra de hoje está embutida no interior dabarra de ontem.

É o reverso do padrão de Engolfamento (engulfing). No engolfamento, a extensão do corpo do diaembute o corpo menor da vela precedente. No Harami, a vela de corpo longo surge no primeiro dia,seguida por uma vela de corpo pequeno no segundo dia. Diferentemente do padrão engolfamento,não há necessidade de velas de cores opostas, embora na maioria dos casos os corpos sejam decores opostas.

Este padrão não carrega consigo o mesmo significado de reversão que tem o Martelo (hammer), oHomem-enforcado (hanging-man) ou o engolfamento (engulfing). Representa mais uma parada domercado para retomada de fôlego. Em alguns momentos, especialmente nos topos, pode advertirsobre uma possível mudança de tendência. Após o surgimento do Harami, normalmente o mercadocongestiona.

Regras de reconhecimento

1. Uma longa vela precedida por uma tendência.2. A cor da grande vela do primeiro dia não é tão importante, mas será melhor se estiver

refletindo a tendência do mercado.3. Um dia de vela diminuta segue o dia da vela longa. Seu corpo deve ficar totalmente no interior

do corpo da vela longa. Assim como no dia do engolfamento, os topos ou fundos do corpopequeno podem ser iguais, mas os dois não podem ser iguais simultaneamente.

4. A vela embutida deverá ter a cor oposta à da vela longa.

Quando definimos o padrão, dissemos que o corpo da vela do segundo dia é um corpo pequeno. Estaafirmação, como muitas outras na análise técnica, é subjetiva. Como uma regra geral, devemosentender que, quanto menor o corpo do segundo dia, mais forte o padrão. Normalmente, é verdade,porque quanto menor o corpo, maior a ambivalência e mais provável uma reversão de tendência. Noextremo, à medida que o corpo diminui em função da diferença entre a abertura e o fechamento, seforma um DOJI.

Como você pode ver no diagrama inicial, um DOJI precedido por um longo corpo é denominadoHarami Cross (harami yose sem), também conhecido por Padrão Petrificado. O Harami Cross é maisimportante como sinalizador de reversão do que o Harami normal. Enquanto o Harami não é umpadrão de reversão principal, o Harami Cross o é. Ocorrem também nos fundos, mas são maisefetivos nos topos.

Veja dois exemplos reais na próxima página.

brancoou

preto brancoou

preto

Harami Harami Harami Cross Harami Cross

Discorrendo sobre as velas do candelabro, freqüentemente venho me referindo a velas longas, masfaltou esclarecer o que são velas longas. Longas referem-se à extensão do corpo da vela, a diferençaentre o preço de abertura e o preço de fechamento. Uma vela longa represente um amplo movimentode preço num determinado dia. Em outras palavras, o preço de abertura e o de fechamento foramconsideravelmente diferentes.

Quanto o preço de abertura e o de fechamento precisam ser diferentes para qualificar como um dialongo. Longo comparado ao que? É melhor considerar apenas a atividade dos preços mais recentespara determinar quão longa uma vela é. A análise através do candelabro japonês está baseadaapenas nos movimentos de curto prazo, de modo que a determinação dos dias longos tambémdeveria ser feita comparando as velas num período de tempo semelhante. Qualquer coisa entre 5 e10 dias seria mais adequado para esta definição.

Na nomenclatura do candelabro, as velas longas, sem pavio, são denominadas MAROBUZU. Assim,se o preço abre na mínima do dia e fecha na máxima, a vela é denominada marobuzo branca e, seabre na máxima e fecha na mínima, denominada marobuzo preta, conforme diagrama abaixo:

Na próxima aula continuaremos com os principais padrões de reversão.

Candlestick: A Teoria do Candelabro Japonês

(Continuação) Padrões de Reversão

Encerrando os padrões Estrela, vejamos um último, de ocorrência muita rara, mas que faz parte dafamília:

As Três Estrelas (Tri Star)

O padrão Três Estrelas (santen boshi) é muito raro, mas um padrão de reversão extremamentesignificativo. Ele é formado por três DOJIs com o do meio sendo a Estrela Doji.

O mercado encontra-se numa longa tendência de alta ou de baixa. Com a tendência começando amostrar fraqueza, os corpos provavelmente vão se tornando menores. O primeiro DOJI provocaráuma preocupação considerável. O segundo, indicaria que o mercado está ficando sem tendência. E,finalmente, o terceiro DOJI coloca o último prego no caixão. Devido a este poderoso sinal deindecisão, todo mundo sem nenhuma convicção estará revertendo suas posições.

Tenha cuidado com esta formação. Graças à sua raridade, suspeite dos dados usados quando doseu surgimento. Verifique se o não há nenhum erro. Se o gap do DOJI do meio incluir o pavio, seráainda mais significante.

Regras de reconhecimento

1. Os três dias são DOJI.2. O gap do segundo dia fica acima ou abaixo do primeiro e do segundo dia.

8. Padrão Topos e Fundos em Pinça (Tweezer Tops e Bottons)

Pinças são duas ou mais velas com máximas ou mínimas iguais. São assim denominadas, porquesão comparadas aos dois braços de uma pinça. Num mercado ascendente, um topo em pinça

Três Estrelas

Topo Tweezers

e Harami Cross

Topo Tweezers

e Hanging Man

Topo Tweezers

e Shooting StarFundo Tweezers

e Hammer

Fundo Tweezers

e Piercing

Topo Tweezers

e Dark Cloud

(kenukitenjo) se forma, quando as duas máximas são iguais. Num mercado descendente, um fundoem pinça (kenukizoko) se forma, quando as duas mínimas são iguais.

As Pinças podem ser formadas por combinações de diferentes velas; o que importa é que, num casode topo, as máximas sejam iguais ou, no caso de um fundo, as mínimas. Podem ocorrer em pregõessubseqüentes ou alternados e normalmente são um sinal vital de reversão. Carregam maioresimplicações quando ocorrem após um longo movimento ou quando contém outros sinais baixistas(para uma reversão de topo) ou altistas (para uma reversão de fundo). O diagrama da página anteriormostra algumas combinações de prováveis reversões.

9. Padrão Yorikiri (Belt-Hold Lines)

Yorikiri é uma palavra japonesa extraída do Judô. Tem o significado de empurrar seu adversário parafora do rinque, enquanto segura o seu cinto. O padrão é constituído por apenas uma única vela quetanto pode ser altista comobaixista.

Quando altista, vê-se uma longa vela de corpo branco formada por uma abertura na ou muito próximoda mínima do dia, seguida por um movimento ascendente pelo resto do dia. Quando baixista, vê-se

Yorikiri Altista Yorikiri Baixista

uma longa vela de corpo preto que abriu na ou muito próxima da máxima do dia para depois seguircaindo até o final do pregão. O Yorikiri é um padrão é um padrão muito poderoso, mas umfechamento abaixo da vela branca ou acima da vela preta deverão significar retomada da tendênciaprévia, quebrando o padrão de reversão.

Regras de reconhecimento

1. O Yorikiri é identificado pela ausência do pavio no seu final.2. O Yorikiri Altista abre na sua mínima e não tem pavio para baixo.3. O Yorikiri Baixista abre na sua máxima e não tem pavio para cima.

10. Padrão Três Corvos Pretos (Three Black Crows)

Em japonês “Sanba Garasu”, este padrão, é caracterizado por três velas pretas descendentessucessivas. Pressagiam preços mais baixos, especialmente se surgem após uma boa subida. Cadauma das aberturas deverá também estar dentro do corpo da vela precedente. Também seria bom que

Três Corvos

se pudesse ver o corpo da primeira vela dos três corvos, abaixo da vela branca do pregão onde severificou a máxima. A expressão japonesa, “más notícias têm asas”, se aplica facilmente a estepadrão. Vendo-os como um grupo de corvos pousados num galho, os Três Corvos têm implicaçõesbaixistas. Uma versão mais rígida deste padrão seria três velas pretas idênticas.

Regras de reconhecimento

1. A ocorrência de três dias consecutivos com longas velas pretas.2. Cada dia fecha numa nova mínima.3. Cada dia a abertura ocorre dentro do corpo do dia anterior.4. Cada dia fecha na ou próximo da mínima.

11. Gap Para Cima Com Dois Corvos (Upside Gap Two Crows)

Upside Gap Two Crows

O gap para cima refere-se ao gap entre o pequeno corpo negro do segundo dia e o longo corpobranco do dia precedente. As duas velas pretas representam dois corvos numa árvore olhando parabaixo. Baseado nesta descrição pitoresca, obviamente trata-se de um padrão baixista.

O padrão ideal apresenta o segundo corpo negro abrindo acima do corpo da primeira vela negra.Então, fecha sob o corpo da primeira vela negra, mas acima do fechamento da vela branca doprimeiro dia. Em outras palavras, o segundo corpo negro engolfa o primeiro corpo negro.

Regras de reconhecimento

1. Numa continuada tendência de alta surge uma vela com um longo corpo branco.2. No dia seguinte, após um gap para cima, forma-se um uma vela com um pequeno corpo

negro.3. Surge uma segunda vela de corpo negro que abre acima do corpo da pequena e fecha abaixo

dele.4. O fechamento da segunda vela de corpo preto permanece acima do fechamento da vela de

corpo branco.

Estes padrões mais raros, nem sempre terão exemplos reais. Acontece que para localiza-los, muitasvezes gasto horas para encontrar um. Dado à totalidade dos meus compromissos, torna-seimpraticável essa busca apenas para exemplificar. Sugiro, até como treinamento, que tentem localiza-los por conta própria. Está tudo tão claramente explicado, que a única dificuldade será a de identifica-los. Quem encontrar, até solicitaria que me enviassem, para incluí-lo no curso.

12. Velas de Contra-ataque Altista e Baixista (Counterattack Lines)

O padrão velas de Contra-ataque (deai sem or gyakushu sen) ocorre quando duas velas de coresopostas têm o mesmo fechamento. O padrão altista ocorre durante uma queda. A primeira vela dopadrão é longa e preta. O pregão seguinte abre acentuadamente mais baixo. Nesta altura osvendedores estão confiantes. Os compradores iniciam, então seu contra-ataque, empurrando ospreços de volta para o fechamento do dia anterior. A tendência de baixa foi freiada.

O Contra-ataque altista é semelhante ao padrão Penetrante Altista (Piercing). Se você se lembra, opadrão penetrante tem a mesma configuração de duas velas do contra-ataque. A principal diferença éque o contra-ataque não se movimenta para dentro do corpo preto anterior. Volta apenas até ofechamento do pregão anterior. Pelo fato de que no padrão penetrante a vela branca se movimentabem para dentro do corpo preto anterior, ele é um padrão de reversão de fundo mais expressivo doque a linha de contra-ataque. Apesar disso, o contra-ataque altista deve ser respeitado. Ele tambémse assemelha ao padrão baixista In-neck, que veremos mais adiante. A diferença é que a vela brancado Contra-ataque Altista é mais longa do que a vela branca do In-neck, ou seja, a diferença reside nonível de abertura.

Velas de Contra-ataque

Altista Baixista

O Contra-ataque Baixista está relacionado com o padrão Teto de Nvem Negra (Dark Cloud). Abreacima da máxima do dia anterior e, depois, vem caindo. A diferença é que não penetra o corpo davela branca anterior, fechando no mesmo nível. Conclue-se, portanto, que o Teto de Nuvem Negraenvia um sinal mais forte de reversão de topo do que o Contra-ataque Baixista.

Regras de reconhecimento

1. As duas velas têm corpos que estendem a tendência em andamento.2. A cor do corpo da primeira vela será sempre igual à tendência em andamento: preta para

tendência de baixa e branca para tendência de alta.3. O segundo corpo terá sempre a cor oposta.4. O fechamento dos dois dias é o mesmo.5. Os dois dias deverão ter velas de corpo longo.

13. Três Soldados Brancos (Three White Soldiers)

Três Soldados Brancos Padrão AmadurecidoBloco de Avanço

Este padrão (aka sanpei) também é conhecido como avanço de três soldados brancos ou, maiscomumente, três soldados brancos. Consiste de uma séria de três velas brancas com fechamentosconsecutivamente mais altos. Se este padrão surgir numa área de preços baixos, após um período deestabilidade dos preços, é sinal de força à frente.

Regras de reconhecimento

1. Ocorrem três longas velas brancas consecutivas, cada uma com fechamento mais alto.2. Cada uma das velas deve abrir no interior do corpo da anterior.3. Cada uma delas deveria fechar na ou próximo da máxima.

Existem, ainda, outros dois padrões relacionados com os três soldados, só que, ao invés desinalizarem um avanço, indicam fraqueza no movimento de subida, surgindo sempre durante omovimento e nunca no início.

O Bloco de Avanço (saki zumari), como é conhecido, caracteriza-se pela perda de força da segunda eda terceira vela branca. Sinais de fraqueza podem ser vistos através dos longos pavios destes doisdias, demonstrando que a subida corre perigo, já que provavelmente os comprados estão realizandoseus lucros. Tenha um cuidado especial com este padrão durante um movimento de alta muitoextenso.

O Padrão Amadurecido (aka sansei shian boshi) apresenta as duas primeiras velas longas fazendonovas altas, seguidas por uma pequena vela branca ou uma Estrela. Esta última vela, tanto podedeixar um gap em relação ao corpo da vela branca anterior ou, como dizem os japoneses, montar noombro da longa vela branca anterior. O pequeno corpo revela a deterioração do avanço. Veja, napróxima página, um exemplo real:

14. Sanduíche (stick sandwich)

No padrão sanduíche dois corpos pretos tem um corpo branco entre eles. O preço de fechamento dosdois corpos pretos precisam ser iguais. Um suporte de preço foi encontrado e a oportunidade paraeles reverterem é muito boa.

Regras de reconhecimento

1. Numa tendência de baixa um corpo preto é seguido por um corpo branco que se desdobraacima do fechamento do corpo preto.

2. O terceiro dia é uma vela preta com o fechamento igual a do primeiro dia.

Na próxima aula examinaremos os padrões de continuação.

Sanduíche

sss

Candlestick: A Teoria do Candelabro Japonês

Padrões de Continuação

A maioria dos padrões do candelabro são de reversão de tendência. Existem, entretanto, um grupode padrões que sinalizam a continuação da tendência prévia. A maioria destes padrões indicamtempo de descanso, uma respirada antes do mercado reassumir a tendência prévia.

1. Tasuki Gap

O padrão Tasuki para cima (uwa banare tasuki)ocorre quando o mercado está numa tendênciade alta. Surge uma vela branca pra cima que éseguida por outra vela branca deixando um gapentre ela e a do dia anterior. No dia seguinte,forma-se uma vela preta cuja abertura se dádentro do corpo da vela branca do dia anterior eo fechamento abaixo do corpo. O fechamento dodia da vela preta é o ponto de compra.Entretanto, se a vela preta tiver fechado o gap ea pressão de venda ficar evidente, o aspectoaltista do padrão fica invalidado. Os mesmosaspectos, são válidos, no sentido inverso para opadrão Tasuki para baixo (shita banare tasuki).

Regras de reconhecimento

1. Uma tendência encontra-se em movimento, com um gap entre duas velas da mesma cor.2. A cor da primeira das duas velas representa a tendência predominante.3. No do terceiro dia, uma vela de cor oposta abre dentro do corpo da vela do segundo dia.4. A vela do terceiro dia fecha dentro do gap mas não o preenche totalmente.

Tasuki Gappara cima

Tasuki Gappara baixo

Gap

2. Gap com Velas Brancas Lado-a-Lado (side-by-side white lines / narabi aka)

Se, durante uma tendência de alta, ocorre umgap seguido por uma vela branca e, no diaseguinte, ocorre um outro pregão semelhantecom ou quase a mesma abertura do dia anterior,temos o padrão altista, embora de ocorrênciamuito rara.

O padrão altista não precisa de confirmação, maso baixista sim e são ainda mais raros. Aconfirmação é necessária porque durante umatendência de baixa as duas velas brancas sãovistas como cobertura de vendas a descoberto.Uma vez que ela termine os preços deverãovoltar a cair.

Regras de reconhecimento

1. Após uma vela forma-se um gap na direção da tendência em andamento.2. A vela do segundo dia é branca.3. A vela do terceiro dia também é branca, aproximadamente do mesmo tamanho da anterior e

com a abertura igual ou próxima da anterior.

Gap com velas brancas lado-a-lado numa tendência de alta enuma tendência de baixa.

Gap

3. Rising Three Methods and Falling Three Methods

Não encontrei uma boa tradução para oportuguês e mantive o nome em inglês. Osdois padrões ao lado são de continuação erepresentam interrupções na tendência dospreços sem causar uma reversão. São diasde descanso na atividade do mercado epodem ser usados para adicionar novasposições, se já estiver no mercado.

O Ascendente (uwa banare sanpooohdatekomi) é formado por uma longa velabranca numa tendência de alta. Ela éseguida por um grupo de pequenas velas

que caem consecutivamente. O número ideal destas pequenas velas é três. Todas elas ficamembutidas dentro da máxima e da mínima da longa vela branca. As velas pequenas podem ser dequalquer cor, mas a preta é preferida. A vela final do padrão ( a da retomada da tendência prévia)deve abrir acima do fechamento do dia anterior e fechar numa nova máxima. A descendente (shitabanare sanpoo ohdatekomi) é o inverso.

Regras de reconhecimento

1. Forma-se uma longa vela representando a tendência corrente do mercado.2. Esta vela é seguida por um grupo de velas com pequenos corpos. Será melhor se elas

tiverem corpos da cor oposta à da primeira vela do padrão.3. As velas pequenas movimentam-se na direção oposta à tendência corrente e ficam contidas

no interior dos limites da vela longa.4. O último dia do padrão deverá ser um dia forte, com o fechamento penetrando o da vela do

primeiro dia e na direção da tendência original.

Mais um padrão que passei algumas horas procurando um exemplo real e não encontrei nenhum.

4. Linha Divisória (Separating Lines)

No padrão Linha divisória (iki chigai sem) duas velas têm amesma abertura e cores opostas. Ele é parecido, mas ooposto do padrão de Reversão Contra-ataque.

No formato ideal, cada vela deveria ser longa, mas não éuma condição imprescindível. O padrão mais forte érepresentado por duas velas longas sem pavio emnenhuma delas (marobuzo).

Regras de reconhecimento

1. A vela do primeiro dia tem a cor oposta à tendência predominante.2. A vela do segundo dia tem a cor oposta a do primeiro dia.3. Os dois corpos se encontram no meio, no preço da abertura.

Outro padrão que não consegui encontrar um exemplo real.

Rising Falling

5. Mat Hold (uwa banare sante oshi)

O padrão Mat Hold é uma versão modificada do Rising Three Methods. Osegundo dia se inicia com um gap para cima (entre os corpos) seguido porduas velas descendentes, onde a segunda vela entra no corpo da primeiravela branca. Este movimento é seguido por outra vela preta que fecha maisbaixo ainda, mas ainda dentro do corpo da primeira vela branca. O quintodia começa com um gap de abertura, seguido por uma forte subida parafechar acima da máxima da dos três corpos pretos. Isto sugere que atendência continuará para cima e que novas posições devem seradicionadas.

Regras de reconhecimento

1. Forma-se uma longa vela branca numa tendência de alta do mercado.2. Um gap para cima no segundo dia forma quase uma estrela.3. Os dois dias seguintes são dias de correção similar ao Rising Three Method.4. O quinto dia é uma longa vela branca fechando acima da máxima dos dias anteriores.

Outro padrão que não consegui identificar nos meus gráficos.

5. Penetração de Três Velas (Three-Line-Strike)

Este é um padrão de quatro velas que se forma emtendências definidas. Pode ser visto como um versãoestendida do padrão Três Corvos Pretos (baixista) ou dopadrão Três Soldados Brancos (altista). Este é umpadrão de descanso ou de pausa na tendência, a pausaé completada em apenas um dia. Interrupções natendência são quase sempre saudáveis para atendência.

O padrão altista é formado por três velas brancassucessivas cada uma delas atingindo nova alta,seguidas por uma longa vela preta. Esta longa vela preta

abre fazendo uma nova alta e então mergulha para uma mínima inferior do que a da primeira velabranca do padrão. Este tipo de movimento anula completamente a subida dos três dias anteriores. Sea tendência de alta prévia for forte, isto será apenas uma correção provocada pela realização delucros. Este último dia é considerado o dia da liquidação, que fornecerá á tendência prévia um novovigor.

O padrão baixista é o inverso do altista.

Regras de reconhecimento

Padrão Altista:1. Três dias semelhantes aos Três Soldados Brancos numa tendência de alta em andamento.2. Um abertura mais alta no quarto dia seguida de um mergulho que fecha abaixo da abertura da

vela branca do primeiro dia.Padrão Baixista:

1. Três dias semelhantes aos Três corvos Pretos numa tendência de baixa em andamento.2. Umas abertura mais baixa no quarto dia seguida por uma forte subida que fecha acima da

abertura da vela preta do primeiro dia.

6. Padrão On Neck (ate kube), In Neck (iri kubi) e Thrusting (sashikomi)

Semelhantes ao padrão Penetrante (Piercing), mas de formação ligeiramente diferente na medida emque a vela branca no padrão penetrante precisa retroceder pelo 50% no interior do corpo da velapreta, os três padrões acima surgem em tendência de baixa e sinalizam continuação da queda.

Regras de reconhecimento

Padrão On Neck:1. Numa tendência de baixa forma-se uma longa vela preta.2. O segundo dia é uma vela branca que abre que abre abaixo da mínima do dia anterior. Esta

vela não precisa ser longa.3. O segundo dia fecha próximo da mínima do primeiro dia.

On Neck In Neck Thrusting

Padrão In Neck:1. Numa tendência de baixa forma-se uma longa vela preta.2. O segundo dia é uma vela branca que abre abaixo da mínima do dia anterior. Esta vela não

precisa ser longa.3. O fechamento do segundo dia ocorre muito próximo do corpo do primeiro dia, com pouca ou

nenhuma penetração.

Padrão Thrusting:1. Numa tendência de baixa forma-se uma longa vela preta.2. O segundo dia é uma vela branca que abre consideravelmente mais baixa do que a mínima

do primeiro dia.3. O segundo dia fecha bem para dentro do corpo do primeiro dia, mas não acima do meio.

A variedade dos padrões de reversão e de continuação é vai muito além do que examinamos nestasaulas. Mas, creio ter coberto os padrões mais comuns.

Para efeito de análise, os padrões o mesmo significado os mesmos em todas as periodicidades. Vocêpoderá reforçar os sinais do candelabro trabalhando com todo o ferramental utilizado como suportepara o gráfico de barras comum. Os osciladores e rastreadores são utilizados de maneira idêntica aoseu uso no gráfico de barras convencional, bem como Elliott e outras teorias. As linhas de tendênciastambém são traçadas conectando mínimas e máximas, enfim, o que muda é apenas a interpretaçãodo significado das barras.

Para que não tenha que ficar percorrendo as folhas para localizar os padrões quando estiverem seformando, preparei uma tabela onde poderá identifica-los rapidamente.

Padrões de Reversão:

Hammer

Reversão p/alta

Necessita de confirmação no dia seguinteatravés de uma abertura bem alta comfechamento ainda mais alto.

Hanging Man

Reversão p/baixa

Necessita de confirmação no dia seguinteatravés de um corpo preto e/ou uma aberturacom gap para baixo e com fechamento bemmais baixo.

Engulfing

Reversão: alta e baixa

Seria bom uma confirmação no dia seguinteatravés de uma vela da cor do sentido dareversão ou da penetração da mínima do diaanterior.

Dark Cloud Cover

Reversão p/baixa

Não precisa de confirmação.

Piercing

Reversão p/alta

Não precisa de confirmação

Doji

Reversão p/alta oup/baixa

Sugere-se confirmação através do surgimentode um ponto de retorno.

Morning/Evening Star

Reversão p/alta ep/baixa

Confirmação é sugerida através da penetraçãoda máxima (rever. p/alta) ou da mínima (rever.p/baixa) da terceira vela.

Morning/Evening Doji Star

Reversão p/alta ep/baixa

Confirmação é sugerida através da penetraçãoda máxima (rever. p/alta) ou da mínima (rever.p/baixa) da terceira vela.

Shooting Star

Reversão p/baixa

Sugere-se confirmação através do surgimentode um ponto de retorno.

Inverted Hammer

Reversão p/alta

Sugere-se confirmação através do surgimentode um ponto de retorno.

Harami

Reversão p/alta ep/baixa

Confirmação é fortemente sugerida através deum fechamento acima (rever. p/alta) ou abaixo(rever. p/baixa) do corpo pequeno.

Harami Cross

Reversão p/alta ep/baixa

Confirmação não é imprescindível, mas érecomendável, similar às do Harami.

Tri Star

Reversão p/alta ep/baixa

Confirmação é sugerida através de um corpocom a cor da nova tendência.

brancoou

preto

brancoou

preto

Topos/fundos em Pinça

Reversão p/alta ep/baixa

Uma boa confirmação se obtém através dopadrão combinado das velas.

Yorikiri

Reversão p/alta ep/baixa

Confirmação é necessária através da formaçãode um ponto de retorno

Three Black Crows

Reversão p/baixa

Confirmação não é necessária

Upside Gap Two Crows

Reversão p/baixa

A confirmação não é imprescindível, mas seriarecomendável através de uma abertura parabaixo do terceiro corpo preto.

Counterattack Lines

Reversão p/alta ep/baixa

Sugere-se uma confirmação através de umaabertura mais alta (rever. p/alta) ou umaabertura mais baixa (rever. p/baixa) no terceirodia

Three White Soldiers

Reversão p/alta

Não é necessário confirmação.

Stick Sandwich

Reversão p/alta

Sugere-se confirmação através daultrapassagem da máxima da segunda velapreta.

Padrões de Continuação:

Tasuki Gap

Continuação de alta oude baixa

Sugere-se confirmação através daultrapassagem do topo anterior (cont. de alta) oupenetração do fundo anterior (cont. de baixa)sem fechamento do gap.

Gap c/velas brancaslado-a-ladoContinuação de alta e debaixa

Para cima a confirmação não é tão importante,mas para baixo é recomendável, através dapenetração do fundo anterio.

Rising/Falling ThreeMethodsContinuação de alta e debaixa

Não necessitam de confirmação.

Linha Divisória

Continuação de alta e debaixa

A confirmação é necessária, especialmente paraa situação altista.

Mat Hold

Continuação de alta

Não necessita de confirmação.

Three Line Strike

Continuação de altas ede baixa

A confirmação é importante através dacontinuação da tendência prévia antes da barralonga.

On Neck

Continuação de baixa

Sugere-se confirmação através da continuaçãoda queda.

In Neck

Continuação de baixa

Sugere-se confirmação através da continuaçãoda queda.

Thrusting

Continuação de baixa

Sugere-se confirmação através da continuaçãoda queda.

A Teoria das Ondas de Elliott

A teoria das ondas foi criada e desenvolvida por Ralph Nelson Elliott (1871-1948) por volta de 1930.Dispunha que o aparente fluxo aleatório dos preços se enquadrava num padrão repetitivo, portantoprevisível, de cinco ondas de impulso e três ondas de correção, baseado no comportamentopsicológico da massa.

Em 1938 publica uma monografia denominada “O Princípio da Onda”, primeira referência pública aoque mais tarde seria conhecido, como os Princípios das Ondas de Elliott. Em 1946, dois anos antesdo seu falecimento, escreve seu trabalho definitivo sobre o princípio das ondas, “Natures Law – TheSecret of the Universe”.

Base Filosófica

Elliott acreditava que sua teoria sobre o mercado de ações era parte de uma lei natural muito maiorque governava todas as atividades humanas. Na introdução de “Natures Law” intitulada “Ritmo naNatureza”, dizia:

Nenhuma verdade encontra mais aceitação geral do que a de que o universo é regido por leis. Semleis haveria o caos, eonde existe o caos, nada existe. Navegação, química, aeronáutica, arquitetura,rádio transmissão, cirurgia, música – a variedade de arte e ciência – tudo funciona, em consonânciacom as coisas animadas e inanimadas, sob a lei porque a própria natureza funciona deste modo.Desde que o próprio caráter da lei é ordem, ou constância, segue-se que tudo o que aconteceu serepetirá e pode ser previsto se conhecemos a lei.

Intensa pesquisa ligada ao que pode ser denominado atividades humanas indica que praticamentetodos os desenvolvimentos que resultaram do nosso processo sócio-econômico seguem uma lei queos leva a se repetirem de forma constante e similar através de uma série de ondas ou impulsos denúmero e padrão definido. Também é indicado que na sua intensidade, essas ondas ou impulsosmantém uma consistente relação entre si e com a passagem do tempo. Com o objetivo de melhorilustrar e esclarecer esse fenômeno é necessário tomar, no campo das atividades humanas, algumexemplo que forneça uma abundância de dados confiáveis e para tal propósito não existe nadamelhor do que o mercado de ações.

Tem sido dada ao mercado de ações uma atenção particular por duas razões. Em primeiro lugar, nãoexiste nenhum outro campo sobre o qual a previsão tenha sido experimentada com tamanhaintensidade e tão pouco resultado. Economistas, estatísticos, técnicos , empresários, e banqueiros,todos tem tentado prognosticar o futuro nas Bolsas de Valores. Na verdade, desenvolveu-se umanova profissão para estudar os prognósticos eos objetivos do mercado. Mas o ano de 1929 começoue terminou, e a mudança do maior mercado de alta registrado para o maior mercado de baixaregistrado pegou quase todo mundo desarmado. As principais instituições de investimentos, gastandocentenas de milhares de dólares anuais em pesquisa de mercado, foram apanhadas de surpresa esofreram perdas de milhões de dólares provocadas pela diminuição dos preços das ações quemantiveram encarteiradas por muito tempo.

Uma segunda razão para escolher o mercado de ações para ilustrar o impulso das ondas relacionadocom a atividade sócio-econômica é a grande recompensa presente para as previsões bem sucedidas.Mesmo sucesso acidental no prognóstico de um único mercado tem produzido riquezas fabulosas. Nasubida do mercado de julho de 1932 até março de 1937, por exemplo, a média da alta das 30 açõesprincipais atingiu 373%. Durante o curso dessa alta de cinco anos, entretanto, algumas açõesvalorizaram muito mais do que isso. Finalmente, esta grande subida não foi em linha reta, mas numaseqüência de movimentos para cima e para baixo, ou movimentos em ziguezague que duraramalguns meses. Essas flutuações para cima e para baixo possibilitaram grandes oportunidades delucros.

A despeito da atenção dada ao mercado de ações, o sucesso, tanto na precisão da previsão como narecompensa presente tem sido necessariamente um puro acaso porque aqueles que tem tentadotrabalhar com os movimentos do mercado tem falhado em reconhecer até que ponto o mercado é umfenômeno psicológico. Eles não compreenderam o fato de que existe regularidade sobre asflutuações do mercado, ou colocado de outro modo, que os movimentos dos preços das ações estãosujeitos a ritmos, ou a uma seqüência ordenada. Assim, previsões de mercado, como aqueles quetem alguma experiência sobre o assunto bem sabem, tem falhado.

Mas o mercado tem suas leis, como também é verdade para as outras coisas do universo. Aonde nãoexiste lei, não poderia haver um centro em torno do qual os preços revolveriam e, portanto, nãohaveria mercado. Ao invés, haveriam séries diárias de desorganizadas e confusas flutuações depreços sem nenhuma ordem aparente. Um estudo mais próximo do mercado, entretanto, como maisadiante será revelado, prova que este não é o caso. Ritmo, ou extensões regulares, e movimentosharmônicos, é para ser percebido. Esta lei atrás do mercado pode ser descoberta apenas quando omercado é visto na sua própria luz, e então é analisado desse ponto de vista. Colocando de formamais simples, o mercado de ações é uma criação do homem e portanto reflete a idiossincrasiahumana. Nas páginas seguintes, a lei, o ritmo, ao qual o homem responde serão reveladas comoregistradas pelos movimentos do mercado, que flutuam de acordo co o definitivo princípio das ondas.

As Leis da Natureza tem funcionado sempre em cada atividade humana. Ocorrem ondas dediferentes graus quer exista ou não mecanismos de registro. Quando esses mecanismos descritosmais adiante estão presentes, o padrão das ondas são perfeitos e tornam-se visíveis aos olhosexperientes. Estes mecanismos são:

A. Extensa atividade comercial representada por empresas cuja propriedade se encontralargamente pulverizada.

B. Um mercado onde compradores e vendedores podem contactar rapidamente seusrepresentantes.

C. Registro confiável e publicação das transações.D. Estatística adequada disponível sobre todos os assuntos relativos às empresas.E. Gráficos das oscilações diárias traçados de tal modo que permitam revelar as ondas nos seus

diferentes graus quando ocorrem. O registro diário das transações foi inaugurado em 1928 e oregistro horário em 1932. Eles são necessários no sentido de observar as ondas menores e asminúsculas, especialmente em mercados rápidos.

Ao contrário dos ensinamentos da Teoria de Dow, as Leis da Natureza não necessitam deconfirmação de dois índices. Cada índice, grupo, ação ou qualquer atividade humana é interpretadapor suas próprias ondas.

Como dá para perceber através da tradução desses conceitos da introdução da obra “Natures Law –The Secret of the Universe”, o ritmo, o tempo, a repetição e o comportamento das pessoas são ospilares filosóficos da teoria.

A Base Matemática

A base matemática da Teoria de Elliott é a seqüência de Fibonacci. A resposta a uma questãoapresentada no livro “Líber Abaci” do matemático Leonardo Fibonacci, no início do século XIII, deuorigem à seqüência dos números 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144 . . . ∞, hoje conhecida comoa seqüência de Fibonacci.

A seqüência de Fibonacci resultante do problema dos coelhos tem propriedades muito interessantese reflete uma relação quase constante entre os seus componentes. Algumas delas são:

Na seqüência a soma de dois números adjacentes forma o próximo número mais alto, i.é., 1 mais 1igual a 2, 1 mais 2 igual a 3, 2 mais 3 igual a 5, 3 mais 5 igual a 8 e assim por diante até o infinito.

Após os quatro primeiros números, a razão entre dois números consecutivos na seqüência aproxima-se 1,618, ou seu inverso, 0,618. Assim a razão de qualquer número para o próximo número mais alto,chamada phi, é aproximadamente 0,618 para 1 e para o próximo número mais baixo éaproximadamente 1,618 para 1. Quanto mais altos os números, mais próximas de 0,618 e 1,618serão as razões entre eles. Na seqüência a razão entre os números alternados é de 2,618 ou seuinverso 0,382. Algumas afirmações da inter-relação das propriedades dessas quatro razões principaispodem ser listadas a seguir:

1) 2,618 - 1,618 = 12) 1,618 - 0,618 = 13) 1 - 0,618 = 0,3824) 2,618 x 0,382 = 15) 2,618 x 0,618 = 1,6186) 1,618 x 0,618 = 17) 0,618 x 0,618 = 0,3828) 1,618 x 1,618 = 2,618

À exceção de 1 e 2, qualquer número da seqüência de Fibonacci multiplicado por 4, quando somadoa um número selecionado da série de Fibonacci, dá outro número de fibonacci, de modo que:

3 x 4 = 12 + 1 = 135 x 4 = 20 + 1 = 218 x 4 = 32 + 2 = 3413 x 4 = 52 + 3 = 5521 x 4 = 84 + 5 = 89

Assim que a nova seqüência avança, uma terceira seqüência começa naqueles números que sãoadicionados à multiplicação por 4. Esta relação é possível porque a razão entre o segundo númeroalternado de Fibonacci, é 4,236, onde 0,236 é tanto o seu inverso como sua diferença do número 4.

A soma de quaisquer dez números consecutivos da seqüência é sempre divisível por 11.

A lista de fenômenos relacionados com a seqüência de Fibonacci é enorme e poderíamos continuarcitando uma infinidade deles, mas como o objetivo é de apenas dar uma idéia do que se trata facesua importância na Teoria das Ondas, fico por aqui.

A Teoria

Segundo Elliott, todas as atividades humanas têm três aspectos distinitos: Padrão, Tempo e Razão,todos os quais observam a série de Fibonacci e são expressos através de ondas. Uma vez que essasondas possam ser interpretadas, o conhecimento pode ser aplicado a qualquer movimento na medidaem que as mesmas regras aplicam-se aos preços das ações, dos futuros ou de qualquer outraatividade anteriormente mencionada.

Padrão:

O padrão é o mais importante dos três fatores. Um padrão é sempre um processo de formação.Usualmente, mas não invariavelmente, você será capaz de rapidamente visualizar o tipo do padrão.Esta facilidade é proporcionada pelo tipo do padrão que o precedeu. Um diagrama perfeito do ciclo domercado de ações, segundo Elliott desdobra-se da seguinte forma:

CICLO DO MERCADO DE AÇÕESMercado de Alta Mercado de baixa

IV

B

A

I

V

II

I

III

C

II

1

2

4

3

a

5b

1

2

3

4

5

5

5

5

1

1

1

2

2

2

3

3

3

44

4

c

b

a c

a

b

c

C

III

V

IV

B

A

1

i

ii

iii

iv

v

ααχχ

ββ

i

ii

i

ii

ii

ii

ii

iii

iii

iii

iii

iv

iviv

iv

v

v

v

v

αα

αα

ββ

ββ

χχ

χχ

2

No diagrama da página anterior o Ciclo do Mercado é dividido em “Mercado de Alta” e “Mercado deBaixa”. No desenho superior o Mercado de Alta é dividido em 5 ondas Principais designadas pelanumeração I, II, III, IV e V e o Mercado de Baixa é dividido em 3 ondas Principais designadas pelasletras A, B e C. As ondas I, III e V são denominadas ondas de impulso e as ondas II e IV comoondas de correção. Assim, a onda II corrige os excessos da onda I, a onda IV os excessos da ondaIII e o Mercado de Baixa A, B e C nada mais é do que a correção das cinco ondas I, II, III, IV e V quecompõem o Mercado de Alta. As ondas A e C do Mercado de Baixa são definidas como ondas deimpulso e a onda B como onda de correção.

No desenho do meio observa-se o desdobramento das ondas Principais I, II, III, IV e V e A, B e C, emondas de grau imediatamente inferior denominado Intermediário. Desse modo, as ondas de impulsode alta I, III e V são desdobradas em 1, 2, 3, 4 e 5 e as ondas de correção da alta II e IV subdividasem a, b e c. As ondas de impulso de baixa A e C desdobram-se em 1, 2, 3, 4 e 5 e a onda dacorreção da baixa B divide-se em a, b e c.

No desenho inferior, desenhei apenas o desdobramento das duas primeiras ondas Intermediárias 1 e2 um grau abaixo, sabendo-se que as demais mantém o mesmo padrão e que este grau édenominado Menor. Como pode observar, a onda 1 desdobra-se em i, ii, iii, iv e v. A onda 2 decorreção desdobra-se em α, β e χ.

Poderíamos continuar desdobrando infinitamente, pois cada onda pode ser desdobrada em outra degrau inferior ou o inverso, i.é., cada onda de grau inferior é parte de de uma onda de grau superior, ouseja, as ondas menores i, ii, iii, iv e v formam a onda Intermediária 1, por exemplo, que por sua vez éparte da onda principal I, e assim sucessivamente. Naquela época, Elliott conseguiu classificarprecisamente nove categorias de magnitudes, variando desde a menor correspondente ao gráficoplotado de hora em hora até o Grande superciclo. A classificação completa é a seguinte:

Grande SupercicloSupercicloPrimário

IntermediárioMenorMinutoMinuete

Sub-minute

A maior parte do tempo estaremos examinando ondas do grau Primário para baixo. Assim, daclassificação anterior pode-se extrair o seguinte:

Um ciclo completo do mercado é formado por 2 ondas, uma de alta e outra de baixa. A onda de altado ciclo é formada por 5 ondas Primárias e a de baixa por 3 ondas Primárias, portanto, um ciclocompleto do mercado é composto por 8 ondas primárias.

Por sua vez, as 5 ondas Primárias de alta são constituídas por 21 ondas Intermediárias e as 3 ondasPrimárias de baixa são constituídas por 13 ondas Intermediárias (secundárias), portanto, um ciclocompleto do mercado é composto por 34 ondas de grau Intermediário.

Continuando, as 21 ondas de alta Intermediária são formadas por 89 ondas Menores (terciárias) e as13 ondas Intermediárias de baixa são formadas por 55 ondas Menores, daí concluindo-se que umciclo do mercado é composto por 144 ondas Menores, 89 de alta e 55 de baixa. Na visão de Elliott,Mercado de Baixa é o inverso de Mercado de Alta, com a diferença que um tem 3 ondas e o outrotem 5, e talvez esteja aí a explicação para o fato de que todos os gráficos de longo prazo sejamascendentes e de onde se pode concluir que não existe Mercado de Baixa, mas sim que chamamosde Mercado de Baixa à correção dos excessos do Mercado de Alta.

Deu para reparar que todos os números surgidos desde o início da explicação do ciclo fazem parte daseqüência de Fibonacci? Relacione os números 3 e 5 da seqüência de Fibonacci no corpo humano.Nosso dorso tem cinco extensões: uma cabeça, dois braços e duas pernas. Vada perna e cada braçoé subdividido em três seções. Os braços e as pernas terminam em cinco dedos. Os dedos da mão edo pé, exceto o dedão, são divididos em 3 seções. Nós temos 5 sentidos.

Princípios Básicos de Formação das Ondas

1. Toda ação é seguida de reação.2. As ondas de impulso (quer sejam de alta ou de baixa), ou movimentos na direção da

tendência predominante, desdobram-se em cinco ondas de grau inferior e as ondas decorreção, que são movimentos contra a tendência predominante (quer sejam de alta ou debaixa), geralmente subdividem-se em três ondas de grau inferior.

3. Findo um movimento de 8 ondas do mesmo grau (cinco para cima e três para baixo), temosum ciclo completo naquele grau que automaticamente torna-se duas subdivisões da onda degrau imediatamente superior.

4. A periodicidade não muda o padrão, já que o mercado permanece com sua forma básica. Asondas podem ser esticadas ou comprimidas, mas o padrão intrínseco é constante.

Terminologia das Ondas

No diagrama que fiz do desdobramento das ondas mudei as cores e tamanhos dos números e dasletras para poder diferenciar o grau das ondas, todavia isto é impraticável. Fiz assim apenas parafacilitar o entendimento, mas devemos ter uma outra forma de distinguir o grau das ondas. Elliottadotou a seguinte nomenclatura, que não precisará ser necessariamente a sua:

Grau da Onda As 5 a Favor da Tendência As 3 contra a Tendência

Grande Superciclo Nenhum significado práticoSuperciclo (I) (II) (III) (IV) (V) (A) (B) (C)Ciclo I II III IV V A B CPrimário 1 2 3 4 5 a b cIntermediário (1) (2) (3) (4) (5) (a) (b) (c)Menor 1 2 3 4 5 a b cMinuto i ii iii iv v - - -MinueteSub-Minuete

Se desejássemos, a partir deste momento, pegar um gráfico real e sair contando as ondas nãoconseguiríamos. Isto porque os padrões apresentados no diagrama reproduzem o movimento de umciclo de mercado perfeito, que não será o que encontraremos np nosso dia-a-dia. Na verdade omercado está sempre dissimulando, sempre tentando nos enganar, e os movimentos algumas vezessão confusos, principalmente durante as correções, impossibilitando que a contagem das ondas sejauma tarefa de fácil execução. Muitas vezes será necessário recontar, refazer as contagens de modoque fiquem em harmonia com uma série de regras que não podem ser violadas.

Padrões das Ondas de Impulso

Em geral as formações de cinco ondas são muito mais fáceis de serem percebidas do que as de três.As formações de cinco ondas costuma manter suas características básicas inalteradas, a não ser,quando ocorrem extensões. Como o nome indica são movimentos exagerados que aparecemnormalmente em uma das cinco ondas de impulso (1, 3 ou 5). Algumas vezes as subdivisões de umaonda estendida apresentam as mesmas amplitudes e duração das outras quatro ondas,proporcionando uma contagem total de nove ondas de tamanhos similares, ao invés das cinco ondasusuais da seqüência. Ocasionalmente numa contagem de nove ondas é difícil se dizer que onda seestendeu, embora de qualquer modo isto seja irrelevante, desde que sob o sistema de Elliott uma

Invente um símbolo

contagem de nove e uma contagem de cinco tem o mesmo significado técnico. O diagrama abaixo,ilustrando extensões ajudará a esclarecer este ponto.

MERCADO DE ALTA MERCADO DE BAIXA

EXTENSÃO DA ONDA 1

EXTENSÃO DA ONDA 3

EXTENSÃO DA ONDA 5

EXTENSÃO NÃO IDENTIFICADA

A ocorrência dessas extensões, aparentemente um complicador, acabam se tornando um excelenteparâmetro para definir o comprimento das ondas seguintes, desde que a maioria das ondas temextensão em uma e apenas uma das suas três ondas de impulso. Assim, se a primeira e a terceiraonda tem aproximadamente o mesmo tamanho, a quinta provavelmente se estenderá, principalmentese o volume sobre essa quinta onda for maior do que o volume sobre a terceira. Inversamente, se aonda três se estendeu, a quinta deverá ser construída de forma simples e semelhante à onda um.

Extensões também podem ocorrer dentro das extensões. A figura da próxima página ilustra umaseqüência de ondas de magnitude descendente mostrando a extensão de uma quinta onda daextensão de uma quinta onda. Enquanto extensões de quintas ondas não são incomuns, extensões

2

1

3

3 2

14

5

4

5

1

2

3

4

5

4

3

4

5

2

1

2

13

5

1

5

23

4

64

2

13

57

9

8

61

2

75

4

3

9

8

das extensões ocorrem com mais freqüência dentro de ondas três. No diagrama a seguir podemosver um exemplo dos dois tipos.

Quando ocorre uma extensão numa quinta onda para cima, a correção a seguir se processará emtrês ondas e retornará até o nível do início da extensão, e será seguido por um segundo retorno quelevará para dentro do terreno de novas altas para o ciclo. Isto é, extensões de quintas ondas sempreserão retraçadas duas vezes, conforme diagrama da próxima página.

3

5

2

41

1

32

3

4

2

1

3

4

5

5

EXTENSÃO DA QUINTA ONDADA

EXTENSÃO DA QUINTA ONDA

1

2

1

2

1

2

3

5

4

53

4

5

EXTENSÃO DA TERCEIRA ONDADA

EXTENSÃO DA TERCEIRA ONDA

A segunda retraçada sempre marca o iníc io da próxima onda de impulso de grau superior, ou, se aonda anterior de grau, superior tiver sido ela própria uma quinta, deve-se esperar uma reversãoprincipal, onde a primeira e a segunda retraçada se transformarão nas ondas “A” e “B” de umacorreção irregular, formando um topo irregular, assim chamado pelo fato do movimento de correçãoter excedido o topo da quinta onda (topo ortodoxo).

c

Quando Elliott afirma que a extensão é retraçada duas vezes, quer dizer que a correção passará pelomesmo terreno duas vezes, uma para baixo e outra para cima. Quando a extensão ocorre na primeiraou terceira onda, não é necessário qualquer consideração. Se a extensão ocorre na primeira onda, oduplo retraçado será feito automaticamente pelas ondas dois e três. Se a extensão ocorre na terceiraonda, o duplo retraçado é feito pelas ondas quatro e cinco. Ainda de acordo com Elliott, extensões sópodem ocorrer em novo território do ciclo atual.

(Continua na próxima aula)

DUPLO RETRAÇADO NUM MERCADO DE ALTA

b

3

2

1

4

5

aPonto ondecomeçou aextensão

PrimeiraRetraçada

SegundaRetraçada

(5)

DUPLO RETRAÇADO NUM MERCADO DE ALTA

3

2

1

4

5

(2) ou (4)Ponto ondecomeçou aextensão

PrimeiraRetraçada

SegundaRetraçada

Para (3) ou (5)(1) ou (3)

A Teoria das Ondas de Elliott

As três ondas de impulso, 1, 3 e 5 raramente tem a mesma extensão. Uma das três é consideradamaior do que as outras duas. É importante saber que a onda 3 nunca poderá ser a menor das ondas,sendo normalmente a maior. Para nossos propósitos acredito que esta regra seja a mais importante,na medida em que, por exclusão, torna bem mais fácil a visualização da onda 3, facilitando assim acontagem das demais. Quando a onda 3 for menor do que a 1 e a 5, como no diagrama abaixo, ométodo correto da contagem é o seguinte:

Antes de comentar as contagens do diagrama anterior, será necessário introduzirmos outra regra deimportância capital para a contagem das ondas. Num movimento de impulso de alta, o fundo da onda4 não poderá ultrapassar o topo da onda 1, numa base de fechamento, e num movimento de impulsode baixa o topo da onda 4 não poderá ultrapassar o fundo da onda 1, numa base de fechamento. Odiagrama abaixo esclarecerá melhor.

No exemplo 1, o fundo da onda 4 respeitou a regra permanecendo acima do topo da onda 1. Noexemplo 2, apesar dos preços da onda 4 terem vindo abaixo do topo da onda 1, nunca fecharamabaixo do preço de fechamento da onda 1, portanto respeitando a regra. No exemplo 3, a contagemestá incorreta porque os preços de fechamento da onda 4 vieram abaixo do preço de fechamento dotopo da onda 1, violando a regra e a contagem terá de ser refeita. Esta regra é inflexível, nãopermitindo tolerância. Para um movimento de impulso de baixa, vale o inverso.

Agora podemos voltar e examinar o diagrama superior desta página. No exemplo 1, a contagem estáincorreta por violar duas regras: a onda 3 não pode ser a menor e o fundo da onda 4 veio abaixo dotopo da onda 1. Os exemplos 2 e 3 tem exatamente o mesmo traçado com a onda 3 menor do queas ondas 1 e 5, respeitando porém a regra de que o fundo da onda 4 não pode penetrar o topo daonda 1. Como a onda 3 não pode ser a menor a contagem terá que ser refeita, mas se abrem duasalternativas: na primeira alternativa, exemplo 2, as ondas 2, 3 e 4 se transformam numa correção abc,

Exemplo1 3

ContagemIncorreta

ContagemCorreta

1

2

3

4

5

1 b

c

3

a

1

3

4

5

2

1

a

c

b

22

1

3

4

5

(1)

2 (2)

1

2

3

ContagemIncorreta

ContagemIncorreta

ContagemCorreta

ContagemCorreta

Exemplo2 Exemplo3

1

2

3

4

5

1

2

3

4

5

2

1

3

4

5

ContagemCorreta

ContagemCorreta

ContagemIncorreta

Exemplo1 Exemplo2 Exemplo3

denominada correção corrida (running correction) que veremos mais adiante quando examinarmos asCorreções. Na segunda, exemplo 3, pode ser classificado como uma onda 3 estendida, subindo-se ograu das ondas 1 e 2 para (1) e (2) e aonde poderia ter sido 3, 4 e 5, passa a ser 1, 2 e 3 da onda (3)estendida. Somente a continuação poderá confirmar qual das duas alternativas está correta, mas éassim que se faz a contagem, e na medida que os preços se movimentam vão se apresentandodiversas possibilidades de contagens. Caberá a você, com base nas regras e princípios, encontrar acontagem correta. Não será muito difícil se as regras forem rigorosamente observadas . Veja noexemplo abaixo um caso real onde, devido à regra de que “num movimento de impulso de alta, ofundo da onda 4 não poderá ultrapassar o topo da onda 1”, a contagem teve que ser refeita:

Examinemos agora duas particularidades referentes à onda 5, o Triângulo e a Falha. Usualmente,após a onda 4 ter sido muito extensa e rápida, surgem triângulos que Elliott denominou de TriângulosDiagonais. São um tipo especial de quinta onda que indicam exaustão de todo o movimento.Triângulos Diagonais são basicamente Cunhas formadas por duas linhas convergentes, onde cadasubonda, incluindo as ondas de impulso, subdividem-se em três como ilustra o diagrama abaixo.

Uma Cunha Ascendente (figura 1) é baixista e normalmente é seguida por uma queda rápida queleva o mercado de volta até pelo menos até o nível onde começou o triângulo diagonal. Uma cunhaDescendente é altista, usualmente dando origem a um impulso para cima. Os triângulos diagonaissão as únicas formações de cinco ondas na direção da tendência predominante dentro do qual ofundo da onda 4 pode vir abaixo do topo da onda 1, diga-se de passagem, freqüentemente, emboraeste padrão não seja corriqueiro. Precisamos tomar cuidado para não confundir este padrão com ostriângulos que se desenvolvem nas ondas 4 das seqüências de impulso e nas ondas B de correçãoque examinaremos adiante.

Elliott usou a palavra “Falha” para descrever o movimento do padrão de cinco ondas no qual a quintaonda de impulso falha em mover-se acima do topo da onda 3. ela pode ser facilmente observadaporque no seu desenvolvimento a partir da onda 4, as cinco subondas presumíveis se completamantes que ultrapasse o topo da onda 3. O inverso vale para uma onda de impulso para baixo, comopode ser visto no diagrama abaixo.

(1) (4)

(3)

(2)

2

3

4

15

(1)

(2)

(3)

(4)

1

2

3

4

5(5)

(5)

Figura 1

Figura 2

1

2

3

4

5

1

2

4

53

Falha num mercado de alta

Falha num mercado de baixa

As falhas não são comuns, especialmente em ondas de menor grau. Elas nos advertem da força oufraqueza intrínseca do mercado e nos dizem mais sobre o mercado do que qualquer um de nós sepreocupa em ouvir. Tão logo a gente pense que está tudo nos conforme, a contagem na ponta dolápis, ocorre uma falha para abortar o alvo esperado.

Padrões das Ondas de Correção

No mercado de ações os movimentos numa determinada periodicidade tendem a se mover maisfacilmente com a tendência de uma periodicidade maior do que contra ela. Desde que as ondas decorreção são mais subdivididas e menos perceptíveis do que as ondas de impulso, que fluem nadireção da tendência predominante, às vezes torna-se difícil enquadrar as ondas de correção dentrode padrões reconhecíveis até que estejam completos e tenham ficado para trás. Como o término dasondas de correção são menos previsíveis do que os das ondas de impulso, deve-se ter muito maiscautela em sua análise quando o mercado se encontra ziguezagueando do que quando os preçosestão numa tendência. Como verá, os desdobramentos das ondas de correção são bem maisvariados do que os das ondas de impulso. Freqüentemente aumentam ou diminuem o grau de suacomplexidade na medida que se desenvolvem de modo que o que são ondas tecnicamente domesmo grau podem por seus tamanhos parecerem ondas de grau maior ou menor.

A regra mais importante que se pode extrair do estudo dos vários padrões de correção é quecorreções nunca podem ser cinco. Apenas ondas de impulso podem ser cinco. Em outras palavras,um movimento inicial de cinco ondas contra a tendência predominante, nunca é o final de umacorreção, mas apenas parte dela.

Os padrões das correções são os mesmos, independente de sua direção ou tamanho. Nummovimento de alta, as correções são para baixo ou laterais. Num movimento de baixa, as correçõessão para cima ou laterais.

Os padrões de correção são classificados em quatro categorias principais: ziguezagues,movimentos horizontais, triângulos e estruturas combinadas.

Ziguezague – é um padrão de correção formado por três ondas que se desenvolvem contra atendência predominante formando um padrão 5 – 3 – 5 (cinco ondas de impulso, três ondas decorreção e cinco ondas de impulso).

Num mercado de alta, o topo da onda B é visivelmente mais baixo que o início da onda A e a onda Cse estende bem além do fundo da onda A, como pode ser visto no diagrama abaixo.

Num mercado de baixa, o fundo da onda B é visivelmente mais alto do que o início da onda A e aonda C se estende bem além do topo da onda A. Devido à posição invertida em relação aoziguezague do mercado de alta, freqüentemente se refere a esse tipo como ziguezague invertido.

A

B

C

1

1

2

3

4

5

ac

b

2

3

4

5

A

B

C

Algumas vezes, em formações mais demoradas pode ocorrer uma sucessão de dois ziguezaguesseguidos com um ABC intermediário, denominado ziguezague duplo. Embora não seja freqüente,você deve estar ciente de sua existência. Os diagramas a seguir mostram as duas possibilidades.

Ziguezague Duplo de Baixa:

A

B

C

1

1

2

3

4

5

ac

b

2

3

4

5

A

B

C

1

3

2

5

4

a

b

c

1

2

3

4

5

A

a

c

b

B

C

1

2

4

3

5b

a

3

c

1

2

4

5

Ziguezague Duplo de Baixa:

Movimento Horizontal – é um padrão de correção formado por três ondas que se movimentamcontra a tendência predominante formando um padrão 3 – 3 – 5 (três ondas de impulso, três ondasde correção e cinco ondas de impulso). Você deve estar estranhando a presença de de uma onda deimpulso formada por apenas três subondas e não cinco como ficou definido no início deste capítulo.Esta é a exceção. As ondas A das correções podem se desenvolver de uma forma ou de outra. Nosmercados de alta o padrão básico dos movimentos horizontais assume o aspecto delineado nodiagrama abaixo.

1

3

5 4

ab

c

12

3

4

5

A

a

c

b

B

C

1

2

43

5

b

a

3

c1 2

4

5

2

A C

B

a

c

ba

c

b 3

4

5

2

1

B

CA

Nos mercados de baixa o padrão é o mesmo, mas invertido como podemos ver a seguir:

Em geral, os movimentos horizontais são mais um padrão de consolidação do que de correção e sãoconsiderados sinais de força à favor da direção predominante, antes da sua ocorrência. Nessepadrão parece faltar força para que a onda de impulso A se desenvolva em cinco ondas como serianormal. Em conseqüência, a onda B parece compreender a falta desse movimento contra atendência, e não surpreendentemente, muitas vezes termina no ou logo abaixo do final da onda A,em contraste com o Ziguezague que se estende bem abaixo. Desse modo, este tipo de correção, noseu conjunto, provoca menos danos à tendência predominante. Mais ainda, indicam muita forçainterna na tendência predominante e freqüentemente precedem ou são seguidas por extensões.Quanto maior o movimento horizontal, mais dinâmica será a próxima onda de impulso. Nesse tipo depadrão também ocorrem movimentos duplos. Elliott enquadrou essas categorias como “duplo três”,um termo que examinaremos mais adiante.

A expressão “movimento horizontal” é utilizada para todo tipo de correção ABC que se desenvolvenuma seqüência 3 – 3 – 5. Nos textos de Elliott, entretanto, foram definidos quatro tipos de correção 3– 3 – 5, classificadas de acordo com as diferenças dos seus formatos, que podem ser atribuídos àforça ou fraqueza intrínseca do mercado. Num movimento horizontal normal, a onda B terminapróxima do início da onda onda A, como já vimos. Entretanto, Elliott percebeu mais dois tipos aosquais se refere como correção “irregular”. No primeiro,, a onda B do padrão 3 – 3 – 5, termina alémdo início da onda Ae a onda C além do final da onda A, como pode ser visto no diagrama abaixopara os mercados de alta e de baixa.

A C

B

a

c

ba

c

b 3

4

5

2

1

B

CA

MERCADO DE BAIXAB

B

MERCADO DE ALTA

C

B

AA

a

b

c

a

b

a

3

2

4

5

1

C

C

B

A

b

c

1a

c

a

b

2

3

4

5A

C

No segundo tipo, a onda B retorna ao início da onda A como num movimento horizontal normal, masa onda C falha em se estender até onde deveria, terminando antes de alcançar o final da onda A,como pode ser visto no diagrama abaixo, para os mercados de alta e de baixa.

O quarto e último padrão de variação 3 – 3 – 5 é uma estrutura muito rara denominada “correçãocorrida” (running correction), que tem o aspecto de um ziguezague invertido. Aparentemente asforças de direção da tendência predominante são tão poderosas que fazem com que numa tendênciade alta o fundo da onda C fique no nível ou acima do topo da onda A de impulso anterior, e no casode uma tendência de baixa, que o topo da onda C fique no nível ou abaixo do fundo da onda deimpulso anterior, como ilustra o diagrama abaixo.

Enquanto as “correções corridas” que ocorrem nos mercados de alta indicam uma grande forçaintrínseca, no mercado de baixa indicam uma grande fraqueza.

Quando se defrontar com algum padrão que possa lhe sugerir esse tipo de correção, é muitoimportante que as subdivisões das ondas “a, b e c” estejam de acordo com as regras de Elliott. Sepor exemplo, a suposta onda b estiver parecendo mais uma contagem de cinco ondas do que umacontagem de três, é mais provável que seja a primeira subdivisão de uma nova onda de impulso paracima. Nesse caso, a contagem teria que ser refeita, de modo que a subonda “a” se transformassenuma correção em ziguezague abc e a subonda “b” se transformaria na subonda 1 de uma novatendência de alta de grau superior. O diagrama da próxima página ilustra a nova contagem.

MERCADO DE BAIXA

B

C

B

A

b

c

1

a

c

a

b

2

3

4

5

AC

BMERCADO DE ALTA

C

B

AA

a

b

c

a

b

a

3

2

4

5

1

C

2

1

a

c

b

1

a

b

c

2

MERCADO DE ALTA

MERCADO DE BAIXA

MERCADO DE ALTA:

MERCADO DE BAIXA:

A Correção Corrida tende a ocorrer apenas em mercados muito fortes e rápidos, aonde o mercado semovimenta tão rapidamente que os padrões de correção não tem tempo para se formaremadequadamente. Nesses momentos os fatores emocionais parecem dominar o desenvolvimentonormal da onda.

Triângulos – são padrões que como regra geral tendem a ocorrer apenas na posição de onda 4precedendo o movimento final na direção da tendência predominante. Na sua maioria, são ondasalongadas e refletem um equilíbrio de forças que criam movimentos laterais normalmente associadoscom baixo volume e volatilidade. Triângulos são padrões de cinco ondas que se subdividem numaseqüência 3 – 3 – 3 – 3 – 3. São classificados, em função do seu formato, em quatro tipos principais:ascendente, descendente, simétrico e assimétrico, conforme pode ser visto no diagrama da próximapágina.

1

a

b

c

2

CORREÇÃO CORRIDA

(1)

a

b

c

1

(2)

2

3

4

5

1

1

2

3

4

5

a

CONTAGEM ALTERNATIVA

1

a

b

c2

CORREÇÃO CORRIDA

(1)

a

b

c

1

(2)

2

3

4

5

1

1

2

3

4

5

a

CONTAGEM ALTERNATIVA

MERCADO DE ALTA MERCADO DE BAIXA

ASCENDENTE (Topo Horizontal e Fundo Ascendente)

DESCENDENTE (Fundo Horizontal e Topo Descendente)

SIMÉTRICO (Topo Descendente e Fundo Ascendente)

ASSIMÉTRICO (Topo Descendente e Fundo Ascendente)

c1

2c

4c

c3

c5

1c 3

c

c2

c4

a

a

a

a

ab

b

b

bb

a

a

a

a

a

a

b

b

b

b

b

b

b

3c

5c

c2

c4

1c

a

a

a

a

a

bb

b

b

2c

b

4c

c1

c3

a

a

a

a

a

bb

b

b

c5

a

aa

a a

a

aa

a

b

b

b

b

bb

b

b

b

c1

c3

c5 c

2

c4

2c 4

c

3c 5

c

5c

c1 c

3 c5

c2 c

4

1c

3c

5c

2c

4c

1c

Em geral, as linhas de tendência que contém o triângulo são respeitadas e os toques são precisos.Pode-se esperar que apenas a quinta onda fique aquém ou ultrapasse os limites do triângulo,fornecendo um sinal falso antes de arremeter, e de fato, a experiência nos diz que isso tende aacontecer com uma certa freqüência, especialmente nos triângulos simétricos e assimétricos.

De acordo com os estudos de Frost e Pretcher, dois especialistas nas ondas de Elliott, após umtriângulo ter sido perfurado, o movimento que se segue permanecerá em tendência até que as duaslinhas que formam o triângulo se encontrem no vértice, momento que coincidirá exatamente com otérmino da onda 5. Talvez a freqüência dessa ocorrência justificasse sua inclusão entre as regrasassociadas com o Princípio das Ondas.

Estruturas Combinadas – são padrões complexos menos comuns, formados por dois ou trêspadrões simples combinados. Assim, qualquer ziguezague ou movimento horizontal é um padrãosimples constituído por três ondas. Um padrão “três duplicado” ou “três triplicado” é um tipo decorreção menos comum que é essencialmente uma combinação dos tipos de correções simples,incluindo-se ziguezagues, movimentos horizontais e triângulos. Um “três duplicado” é composto porsete pernas e um “três triplicado” de onze. Você poderá perceber pelo diagrama abaixo, como essespadrões se assemelham à congestão clássica ou retângulo de consolidação.

TRÊS DUPLICADO

TRÊS TRIPLICADO

(3)

1

2

3

4

5

(4)

(5)Projeção da onda 5 peloencontro das linhas

a

b

c

x

a

b

c 1

2

3

6

5 7

4

aaa

bbb xx

ccc

4 6 8

3 5

2

7

10

9 111

ou

ou

Dentro dessas estruturas combinadas, as ondas na direção da tendência anterior (os números paresno diagrama da página anterior sempre se subdividem em três ou (triângulos), enquanto aquelas nadireção da onda de correção podem se subdividir em três ou cinco, dependendo do tipo de correçãosimples que está se formando dentro da estrutura. Em outras palavras, um ziguezague seguido porum movimento horizontal, com um três (o abc que forma a onda x) intermediário, é um tipo de “trêsduplicado”, como ilustrado abaixo).

Em todos esses casos de estruturas combinadas o mercado está hesitando e age como se um “três”não fosse o suficiente, como se fosse necessário mais tempo para horizontalizar qualquer razão queo mercado tenha tido para uma pausa. Algumas vezes, parece que os preços das ações estãoesperando por algum fundamento econômico para se enquadrar com a expectativa do mercado. Nasua maioria, três duplicados e triplicados, são horizontais por natureza, embora Elliott tenha indicadoque formações inteiras possam se inclinar contra a tendência predominante. Estas formaçõesfreqüentemente dão origem a fortes movimentos subseqüentes.

(continua na próxima aula)

A

B

C

X

A

B

C

1

1

1

2

2

2

3

33

44

4

5

55

c

b

a

a

a

b

b

c

c

Ziguezague Qualquer três Movimento Horizontal

A Teoria das Ondas de Elliott

A REGRA DA ALTERNAÇÃO

A regra da alternação é uma regra muito útil para se ter em mente na análise de formação das ondase na contagem das futuras possibilidades. A regra diz para esperarmos padrões alternados emvirtualmente todos os movimentos das ondas. Assim, um mercado de alta é composto por cincoondas e um mercado de baixa por três ondas. Portanto cinco e três se alternam. A mesma regracomanda todos os demais graus.

Um movimento de alta é composto por cinco ondas. As ondas 1, 3 e 5 são para cima. As ondas 2 e 4são para baixo ou laterais. Assim os números ímpares se alternam com os números pares. As ondas2 e 4 são correções. Estas duas ondas se alternam no padrão. Se a onda 2 é “simples” a onda 4 será“complexa”, ou vice-versa. No seu menor grau uma correção simples é composta de uma onda parabaixo. A complexa é composta por três ondas para baixo ou laterais.

Normalmente os padrões de correções simples são os ziguezagues ou movimentos lateraisconstruídos simplesmente, enquanto os padrões complexos se enquadram na categoria detriângulos, três duplicados ou triplicados, movimentos horizontais complicados ou qualquer outropadrão complexo.

Como outra aplicação dessa regra, se uma grande onda de correção começa com a construção deum movimento horizontal “abc” para a onda A, espere uma formação em ziguezague para a onda B, evice-versa, conforme o diagrama da próxima página.

Impulso de Alta Impulso de Baixa

Simples

ComplexaSimples

Simples

Simples

Complexa Complexa

Complexa

Frequentemente se uma grande correção começa com um simples e indivísivel “abc” para a onda A,a onda B se desdobrará num “abc” complexo para satisfazer a regra da alternação conformediagrama abaixo:

Assim, a regra é muito ampla na sua aplicação e lhe adverte para sempre esperar algo diferente napróxima vez. Algumas vezes ela se aplica para a inclinação, extensão, força e profundidade dasondas tão bem quanto o faz no esclarecimento do desdobramento das ondas.

Esta regralhe diz o que não esperar, mas usualmente não lhe diz precisamente o que vai acontecer.Sua grande utilidade reisde em lhe instruir para não assumir que, porque o último ciclo do mercado secomportou de uma certa maneira, o próximo vai se comportar do mesmo modo. Como os “contrários”

a

b

c

A

a

b

cB

C

MovimentoHorizontal

Ziguezague

a

a

b

b

c

c

A

B

C

Ziguezague MovimentoHorizontal

Simples Complexo

A

B

C

Simples Complexo Mais Complexo

A

B

C

nunca cessam de assinalar, o dia em que a maioria dos investidores compreender um certo hábito domercado é o dia que ele mudará para algo completamente novo.

Força das Correções

A força intrínseca da tendência subseqüente freqüentemente pode ser detectada na estrutura dopadrão das ondas, particularmente nos padrões de correção, e especialmente nos padrões decorreções nos mercados de baixa, que usualmente são mais nítidos do que aqueles nos mercados dealta. Ziguezagues, por exemplo, são indicadores de força normal, enquanto correções complexasindicam um movimento subseqüente com muita força. Eles normalmente ocorrem um pouco antes oulogo após uma extensão. O diagrama abaixo ilustrará graficamente o grau de força dos movimentossubseqüentes para cada um dos cinco tipos de correções num mercado de alta. As correções nosmercados de baixa tem as mesmas implicações daquelas no mercado de alta mas na direção oposta.

FORÇA DAS CORREÇÕES

Ziguezague e Ziguezague Duplo

Força Normal

Movimento Horizontal e Irregular

Forte

Correção Corrida

Extraordinariamente Forte

Três Duplicado e Triplicado

Forte

Triângulo

Acelerada. Rápida e curta

A

B

C

AA

BB

CC

B

CA

1

2 4

3

6

5 7

a

d

c e

b

Razões

O estudo das razões nos permite selecionar em tempo e amplitude as relações de uma onda com aoutra de modo que possamos determinar o tamanho das próximas ondas. Todo esse estudo estábaseado na seqüência de Fibonacci e nas suas propriedades. Antes, porém, vamos ver como sãomedidas as ondas.

Medição das ondas

A extensão de cada onda é medida como uma distância vertical do início da onda ao final da onda,conforme o diagrama abaixo. O comprimento é medido em unidades de pontos ou de preços.

1

2

Comprimento da onda 1Comprimento da onda 2

1

2

3

Comprimento da onda 3

4

3

2

1 Comprimento da onda 4

2

3

4

5

1Comprimento da onda 5

As razões de Fibonacci para projeções da ondas

Na teoria de Elliott a primeira onda da seqüência é a onda 1. A medida da onda 1 é usada paraencontrar as projeções das outras ondas. Estas razões não são regras, mas diretrizes na estimativado comprimento das diferentes ondas. Assim temos:

Razões para a onda 2

A onda 2 está sempre relacionada com a onda 1 e as razões de Fibonacci mais comuns para a onda2 são as seguintes:

a) A onda 2 pode ser igual a 50% da onda 1;b) A onda 2 é igual a 62% da onda 1;c) Se a onda 2 corrige mais de 62% da onda 1, tende a corrigí-la integralmente.

Pesquisas estatísticas desenvolvidas pelo especialista Tom Joseph da “Trading TechniquesIncorporated”, empresa que se deidca ao estudo de Elliott e do program Advanced GET, chegou àsseguintes conclusões no que diz respeito às razões das ondas 2:

a) Apenas 12% das ondas 2 corrigem 38% da onda 1;b) 73% das ondas 2 corrigem de 50 a 62% da onda 1;c) Apenas 15% das ondas 2 corrigem mais do que 62% da onda 1.

A pesquisa fala por si mesma. Toda vez que se defrontar com uma onda 2, trace imediatamente seussuportes nesses três níveis, sabendo que a maior probabilidade de interrupção do movimento estarána faixa de 50 a 62% da onda 1 que a precedeu.

Razões para a onda 3

A onda 3 se relaciona com a onda 1, baseada nas razões de Fibonacci nas seguintes proporções:

a) A onda 3 pode ser igual a 1,618 vezes o comprimento da onda 1;b) A onda 3 pode ser igual a 2,618 vezes o comprimento da onda 1;c) A onda 3 pode ser igual a 4,236 vezes o comprimento da onda 1.

Os múltiplos mais comuns são 1,618 e 2,618. Entretanto, se a terceira onda for uma onda estendida,então as razões 2,618 e 4,236 são mais comuns.

1

50%62%

da onda 1

2

Comprimento da onda 1

Para as ondas 3, a pesquisa de Tom, chegou às seguintes conclusões:

a) Apenas 25 das ondas 3 são iguais em ( comprimento) à onda 1;b) 45% das ondas 3 alcançam de 1,618 a 1,75 do comprimento da onda 1 prévia;c) Apenas 8% das ondas 3 são maiores do que 2,618 do comprimento da onda 1 prévia;d) 15% das ondas 3 terminam entre 1 e 1,618 da onda 1 prévia;e) 30% das ondas 3 terminam entre 1,75 e 2,618 da onda 1 prévia.

Razões para a onda 4

A onda 4 diferentemente da 2 e da 3 não se relaciona diretamente com a onda 1. Sua relação é como comprimento da onda 3 anterior. Essa relação se processa nas seguintes proporções:

a) A onda 4 pode ser igual a 24% da onda 3;b) A onda 4 pode ser igual a 38% da onda 3;c) A onda 4 pode ser 50% da onda 3.

As razões de 24 e 38% da onda 3 anterior, são as mais comuns para o comprimento da onda 4.

Comprimento da onda 1

1,618

2,618

4,236

3

2

1

3

3X vezes oComprimentoda onda 1

Comprimento da onda 3

50%

38%

24%

4

2

1

4

3

X vezes oComprimentoda onda 3

4

A pesquisa revelou que nas ondas 4 ocorrem as seguintes retrações em relação às ondas 3:

a) Em 15% das vezes, as ondas 4 se retraem de 24 a 30% da onda 3 precedente;b) 60% das vezes, as ondas 4 se retraem de 30 a 50% da onda 3 precedente;c) Em 15% das vezes, as ondas 4 se retraem de 50 a 62% da onda 3 precedente;d) Apenas 10% das vezes, as ondas 4 se retraem mais do que 62% da onda 3 precedente.

Razões para a onda 5

As ondas 5 tem duas relações diferentes, a saber:

a) Se a onda 3 foi maior do que 1,618 da onda 1 ou se foi estendida, as razões da onda 5 são asseguintes:

A onda 5 pode ser igual à onda 1;A onda 5 pode ser igual a 1,618 da onda 1;A onda 5 pode ser igual a 2,618 da onda 1.

b) Quando a onda 3 é menor do que 1,618 da onda 1, a onda 5 se estenderá. Desse modo, arazão da onda se baseará no comprimento total do início da onda 1 até o topo da onda 3.

1. A onda 5 estendida é igual a 0,618 vezes a distância entre o início da onda 1 e o topoda onda 3;

2. A onda 3 estendida é igual a 1,618 vezes a distância entre o início da onda 1 e o topoda onda 3.

Comprimento da onda 1

5 = 1,618 da 1

5 = 2,618 da 1

5 = 15

2

1

3

4

5

5

Existe ainda um outro método de projeção para o topo da onda 5, denominado Técnica do Canal deElliott que funciona da seguinte maneira:

Uma vez iniciada a onda 5, trace uma linha reta conectando os extremos das ondas 2 e 4, conforme afigura abaixo.

Em seguida, desenhe duas linhas paralelas à linha de suporte do canal passando pelos topos dasondas 1 e 3. Espere o final da onda 5 em uma das duas linhas de resistência do canal. Normalmente,se a onda 3 foi normal, o topo da onda 5 tende a ser feito na linha paralela traçada a partir do topo daonda 3. Se a onda 3 foi estendida, a onda 5 tende a fazer seu topo na linha de resistência do canaltraçada a partir do topo da onda 1.

1,618 da 1/3

Distância do início daonda 1 até o topo da 3

2

1

3

4

5

0,618 da 1/3 5

1 1

2

3

4

2

3

4

5

5

Linha suporte do canal Linha suporte do canal

TEMPO:

Há muito pouco a ser dito sobre o fator tempo na contagem das ondas. Não há dúvida que existeuma relação de tempo em Fibonacci. O que ocorre é que elas são muito difíceis de serem previstas esão consideradas pelos estudiosos de Elliott como o menos importante dos três aspectos da teoria.Infelizmente, concebeu o ciclo como flutuações muito longas de mudanças de preços que variavamde 4 a 40 anos. Fenômenos tão extensos são de muito pouco valor para o investidor comum queprocura orientar suas operações para conclusões dentro de algumas semanas ou no máximo meses.

Considerações FinaisConsiderações Finais

Em 1986, após vender a minha participação societária na ultima corretora em que trabalhei,decidi me dedicar totalmente ao aprendizado da análise técnica como uma forma desobrevivência independente.

Porém, na medida em que ia absorvendo novos conhecimentos e colocando-os em prática,meu patrimônio diminuía. Era frustrante! Esta frustração atingiu seu clímax por volta de 1990,quando concluí que, por diversas razões, não sabia operar e decidi criar um sistemamecânico que fizesse isto por mim. Mas, decorridos um ano meio, verifiquei que foi mais umatentativa inútil.

Não possuía uma estrutura emocional que se sujeitasse aos caprichos do sistema e, comoem outras experiências, acabei abandonando, sentindo-me novamente derrotado. Emborativesse convicção de que poderia viver do mercado, não conseguia ver a luz no fim do túnel.

Embora em 1986 já tivesse traduzido, estudado e editado o livro “Timing ...” do Granville,cuja frase de abertura é “O mercado de ações é um jogo”, não estava convencido disso. Naverdade, todos os meus estudos estavam orientados para tentar antecipar os movimentosfuturos do mercado. Apenas quando li a Teoria de Adam, pude me dar conta da verdadeembutida na afirmação do Granville. Ali, ao perceber que para se projetar o futuro, bastavarebater o passado, e como aquilo funcionava, me dei conta do quanto ele tinha razão.

A partir de então, comecei a ver o mercado de um modo diferente. A palavra chave foirendição. Render-me à minha ignorância em tentar antecipar seus movimentos para deixar-me levar por eles.

No início não foi fácil aceitar plenamente que a maior parte do que havia aprendido duranteanos fosse de pouca ou quase nenhuma utilidade. É difícil abandonara uma crença! Mas,nada como o tempo para trazer a realidade à tona. Pouco a pouco, comecei a acertar maisdo que errar e a confiança de que estava no caminho certo foi crescendo.

Dos erros e acertos, fui desenvolvendo uma metodologia operacional própria, ajustada aomeu temperamento e às minhas necessidades. Esta metodologia lhes foi apresentada aquiaté a aula 16. Nas aulas restantes, conforme o programa do curso, procurei aumentar suacultura técnica, mas para a metodologia, seu significado não representa nada.

O que pretendi mostrar ao longo das primeiras 16 aulas foi que, deixando de fora as notíciase outras fontes de informações e encarando o mercado como um jogo, fica bem mais fácilconcentrar sua atenção naquilo que interessa e desviar sua atenção de fatos que nada têm aver com a direção do mercado.

Este enfoque facilita tremendamente a aplicação dos estopes de entrada e protetores, desdeque tenha realmente se convencido que o mercado é um jogo, pois é preciso que estejaconsciente de que ao iniciar uma operação não sabe o que acontecerá com ela.

Também desejei lhes mostrar que com um bom método, o mercado pode ser vencido deforma sistemática. Não tenho a pretensão de achar que o método vimos nestas aulas seja omelhor.

Recentemente li um livro denominado “Market Wizards”, cujo conteúdo é uma série deentrevistas com traders extremamente bem-sucedidos do mercado americano, onde cada umdeles revela sua metodologia operacional. Percebe-se, então, que não existe um métodomelhor ou pior do que outro, pois todos os entrevistados são profissionais que atingiram umenorme sucesso nas suas carreiras e cada um deles chegou lá por caminhos totalmentediferentes.

Qualquer que tenha sido o caminho de cada um, todos tinham duas coisas em comum: o usodisciplinado de uma metodologia operacional acompanhado de um rígido controle de risco.

Comparando com um jogo de pôquer, embora estivessem sentados na mesa, nãoapostavam em todas as mãos. Só o faziam quando a mão se adequava à sua metodologiade jogo. Foi mais ou menos isto o que pretendi fazer ao realizar este curso pioneiro onde atécnica da Simetria Sanfonada foi colocada no papel e tomou forma operacional.

Espero que o objetivo inicial deste curso tenha sido alcançado e que possam, daqui a diante,enfrentar o mercado com segurança. Segurança no sentido de saber onde iniciar e ondeencerrar uma operação, esteja ela evoluindo a seu favor ou contra.

Finalizando, agradeço a todos aqueles que investiram neste curso e me ajudaram a fazerdele uma realidade. Espero que tenha valido a pena esta convivência de 24 semanas e queseu dinheiro não tenha sido jogado fora.

Um abraço para todos e até breve, quem sabe num curso ao vivo.

Marcio Noronha