cultura dos citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · a tangerineira cleópatra chegou...

104
Cultura dos Citros Universidade Federal do Vale do São Francisco Campus de Ciências Agrárias Curso de Engenharia Agronômica Disciplina: Fruticultura II Docente responsável: Prof. Dr. Ítalo Herbert Lucena Cavalcante [email protected] Petrolina-PE 2018

Upload: others

Post on 30-Jan-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Cultura dos Citros

Universidade Federal do Vale do São Francisco

Campus de Ciências Agrárias

Curso de Engenharia Agronômica

Disciplina: Fruticultura II

Docente responsável: Prof. Dr. Ítalo Herbert Lucena Cavalcante

[email protected]

Petrolina-PE

2018

Page 2: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 3: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

1 - ORIGEM E HISTÓRICO

Dentre as frutíferas, uma das mais conhecidas, cultivadas e estudadas

Como todas as plantas cítricas, a laranjeira é nativa da Ásia

1500 – Introdução das primeiras espécies cítricas no Brasil

1540 – Primeiras citações da presença de cítricos no Brasil no litoral

de São Paulo.

1567 – Citações da presença de cítricos na Bahia

1760 – Iniciaram as primeiras plantações no Rio Grande do Sul

No Brasil no início desse século iniciou-se a utilização da Laranjeira

doce (laranja ´Caipira´).

Page 4: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Na Europa: propagação por sementes até a metade desse século,

surgindo problemas relacionados ao ataque de Phytophthora sp., na

Ilha de Açores (Portugal), determinando o uso de porta-enxertos

tolerantes.

1920 – Substituição da Laranjeira doce ´Caipira` pela Laranjeira

´Azeda`, devido à suscetibilidade da primeira à “Gomose”

1940 – Morreram aproximadamente 10 milhões de árvores das 12

milhões existentes no Brasil acometidas pela “Tristeza”

Década de 60 – limoeiro ´Cravo` liderou com 99% das mudas

produzidas.

Década de 70 – Surge o “Declínio dos citros”, sendo o “Cravo”

susceptível.

1984-1988 – Iniciou a utilização de outros porta-enxertos mais

tolerantes ao “Declínio”.

Page 5: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas

produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%.

Começaram a surgir outros porta-enxertos, como:

Volkameriano, Trifoliata e seus híbridos e a tangerineira Sunki, que

é tolerante ao Declínio.

Situação atual: Há necessidade de diversificação de porta-enxertos

na citricultura brasileira, principalmente considerando ainda a grande

utilização do limoeiro Cravo, expondo nossa citricultura à uma

vulnerabilidade genética. Nos últimos anos a pesquisa brasileira vem

sendo testada quanto aos inúmeros problemas (Declínio, Amarelinho,

Minador, Pinta Preta e mais recentemente a Morte Súbita dos Citros).

Page 6: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

XIX - Europa estudos melhorar variedades

XX – EUA liderança na pesquisa

Objetivos: Melhoramento do aspecto: tamanho e sabor dos

frutos, aprimoramento genético ( resistência às doenças e

variações climáticas)

Pomares mais produtivos: Regiões de clima tropical e

subtropical

Brasil, Estados Unidos, México, China e África do Sul.

Na década de 40 e 50: Américas maior produção

Principais regiões produtoras do mundo: Brasil (São

Paulo) e EUA (Flórida).

Page 7: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Década 80: Brasil maior produtor mundial ( +1 milhão de

ha)

Indústria: Maior produção suco (98% do suco que o Brasil

produz e 70% das laranjas originam-se de São Paulo).

1910: Exportação para Argentina

1939: A laranja tornou-se um dos dez produtos mais

importantes na exportação do país

A evolução técnica e econômica da citricultura ao longo

dos 30 anos foi interrompida pela II Guerra Mundial

1940: Corte de exportação (crise que praticamente destruiu

a citricultura brasileira).

Page 8: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Crise: abandono de pomares, surgimento de doenças

Tristeza: devastou cerca de 80% das árvores cítricas

existentes no Brasil, planta

1955: (I.A e ESALQ), solução para a tristeza laranja

Caipira Renascimento: As exportações de laranja se

recuperaram com o término da segunda guerra

Década de 50: Bactéria Xanthomonas citri agente do

cancro cítrico (mudas clandestinas – Japão)

1977: O setor citrícola paulista criou o Fundecitrus

(Fundo Paulista de Defesa da Citricultura) para

erradicação do Cancro Cítrico

1962: Grande geada nos EUA

Page 9: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

1962: Indústrias brasileiras de suco para abastecer EUA

Conclusão: O Brasil, impulsionado pelo crescimento das

exportações e pelo desenvolvimento da indústria citrícola é hoje o

maior produtor mundial de laranja e o estado de São Paulo é

responsável por 70% da produção nacional, com um volume que

supera 400 milhões de caixas.

Brasil (São Paulo) maior exportador de suco de laranja concentrado e congelado

Estados Unidos: Florida > Califórnia > Texas > Arizona

Consomem mais da metade da produção e exportam o restante

Page 10: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Espécies mais Plantadas no Mundo

70% Laranjas

15% Tangerinas

9% Limões

5% Pomelos

1% Outros

Variedades mais Exportadas

Laranjas: Pêra, Bahia (Washington Navel) e Valência

Híbrido da tangerina com laranja: Tangor Murcote

Limas: Lima ácida Tahiti, Galêgo

Limões: Siciliano e Eureka

Page 11: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

LARANJAS (ha) TANGERINA (ha) LIMÕES (ha)

SP - 355.487.819 SP - 293.483 SP - 576.301

SE - 17.702.935 RS - 131.626 RJ - 27.503

BA - 13.642.803 PR - 125.787 RS - 18.446

MG - 11.431.515 MG - 35.107 BA - 19.174

RS - 8.071.820 RJ - 28.282 MG - 8.217

BR - ? BR - 665.998 BR - 708.787

Tabela. 1 - Participação na Produção Nacional

AGRIANUAL, 2002

Page 12: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tabela. 2 - Exportação de Suco Concentrado de Laranja

(Balanço Mundial, Toneladas)

BRASIL 1.185.000

EUA 95.000

MÉXICO 33.000

ITÁLIA 30.000

ESPANHA 21.000

AGRIANUAL, 2002

Page 13: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tabela. 3 - Importação de Suco Concentrado de Laranja

(Balanço Mundial, Toneladas)

EUA 195.000

ESPANHA 40.000

AUSTRÁLIA 27.356

ITÁLIA 23.000

ÁFRICA DO SUL 126

AGRIANUAL, 2002

Page 14: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tabela. 4 - Produção de Suco Concentrado de Laranja (Balanço

Mundial, Toneladas)

BRASIL 1.085.00

EUA 987.993

MÉXICO 37.000

ITÁLIA 32.000

ESPANHA 2.300

AGRIANUAL, 2002

Page 15: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tabela. 5- Consumo de Suco Concentrado de Laranja (Balanço

Mundial, Toneladas)

EUA 1.147.818

AUSTRÁLIA 44.942

ITÁLIA 30.000

ESPANHA 21.300

BRASIL 16.000

AGRIANUAL, 2002

Page 16: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tabela. 6 - Exportação de Laranja Fresca (Balanço Mundial,

toneladas)

ESPANHA 1.000.000

EUA 625.000

ÁFRICA DO SUL 600.000

BRASIL 82.000

AGRIANUAL, 2002

Page 17: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tabela. 7 - Importação de Laranja Fresca (Balanço Mundial,

Toneladas)

ESPANHA 150.000

JAPÃO 140.000

ITÁLIA 60.000

EUA 50.000

CHINA 48.000

AGRIANUAL, 2002

Page 18: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tabela. 8 - Produção de Laranja Fresca (Balanço Mundial,

Toneladas)

BRASIL 14.484.000

EUA 11.216.000

MÉXICO 3.500.000

CHINA 2.907.000

ESPANHA 1.850.000

ÁFRICA DO SUL 1.160.000

JAPÃO 21.000

AGRIANUAL, 2002

Page 19: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tabela. 9 - Consumo de Laranja Fresca (Balanço Mundial,

Toneladas)

BRASIL 3.713.000

MÉXICO 3.142.000

CHINA 2.893.000

EUA 1.719.000

ESPANHA 650.000

ÁFRICA DO SUL 280.000

AGRIANUAL, 2002

Page 20: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 21: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

2 - BOTÂNICA

Citrus: Família Rutaceae, Nome científico: Citrus sinensis L.

Osbeck

Gêneros Fortunella (kinkan)

Poncirus (Trifoliata)

Citrus (laranjas, tangerinas, limas, mexericas,

pomelos, limões, toranjas, cidras e

híbridos)

Eremocitrus

Microcitrus

Clymenia

Page 22: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

VARIEDADES

Dentro do gênero citrus:

1) Laranjeiras: Hamlin, Baia, Baianinha, Barão, Westin, Pêra,

Natal, Lima, Valência......

2) Tangerineiras: Cravo, Ponkan, Dancy e Satsuma

3) Limas ácidas: Lima ácida Tahiti, Galego

Limas doces: Lima da Pérsia

4) Limões Verdadeiros: Siciliano, Eureka, Lisbon, Feminello,

Gênova, Fino, Verna

5) Pomelos: Marsh Seedless, Star Ruby e Redblush

Page 23: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

LARANJAS MATURAÇÃO MERCADO

PERA M/T I+MI+E

VALÊNCIA T I+MI+E

NATAL T I+MI+E

HAMLIN P I+E

BAHIA P MI+E

LIMA P MI

LIMA VERDE P MI

TANGERINAS

CRAVO P/M MI

PONCÃ M MI

LIMÕES E LIMA

SICILIANO P I+E

TAHITI ANO TODO MI+E+I

Tabela. 11 - Variedade, Maturação e destino da produção

I= Indústria

MI= Mercado interno

E= exportação

Page 24: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Variedade e Época de maturação dos Frutos em São Paulo

Lima fevereiro a junho

Cravo março a maio

Mexerica abril a junho

Hamlin abril a julho

Ponkan abril a junho

Barão abril a agosto

Westin abril a agosto

Murcote julho a agosto

Pêra julho a setembro (Safra)

dezembro a março (Temporã)

Valência julho a novembro

Natal agosto a janeiro

Page 25: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 26: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

3 - CLIMA E SOLO

3.1 Clima

HEMISFÉRIO FLORADA COLHEITA

NORTE MARÇO/ABRIL/MAIO OUTUBRO/JUNHO

SUL JULHO/AGOSTO/SETEMBRO MARÇO/NOVEMBRO

3.1.1 Temperatura

ótima: 23 a 32ºC

menor que 12ºC paralisação do crescimento

maior que 39ºC paralisação do crescimento

morte por frio -2ºC (geada)

morte por calor 52ºC

Page 27: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

3.1.2 Balanço Hídrico

900 a 1500mm/ano

Mínimo de 50mm/mês

Florada: não pode faltar água

3.2 Solo

Textura média e profundos: sistema radicular pode chegar a 5m

Evitar solos compactados e mal drenados

Citros são muito exigentes em cálcio e magnésio e sensíveis à

acidez

Page 28: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

4- PROPAGAÇÃO

Sexuada ou reprodutiva 1500 a 1900 Sementes – “pés-

francos” problemas

- Sementes: frutos maduros, plantas sadias e produtivas

Vegetativa ou Assexuada Enxertia

- Borbulhia: (T normal ou invertido) – comercialmente

- Borbulhas (gemas) borbulheiras certificadas

- Diâmetros compatíveis cavalo = porta-enxerto (1 lápis = 8mm)

- Época: setembro/outubro/ porta-enxerto 90dias / enxertia 15 a

20 dias

- Tempo de produção da muda: 12 a 20 meses

Page 29: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

5- REGRAS PARA A PRODUÇÃO DE MUDAS (SÃO

PAULO)

Portaria nº3 de 02/09/1999

Artigo 1 – 01/07/2000 – sementeira para porta-enxerto (telado)

Artigo 2 – 01/01/2001 – só serão registrados viveiros telados

Artigo 3- 01/01/2003 – proibido o comércio e transporte de porta-

enxertos e mudas produzidas em viveiros não telados

SEMENTEIRAS

Sementes tratamento térmico 52ºC/10minutos + hipoclorito de

sódio

Borbulhas registradas

Page 30: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Viveiros

Tela de 1 mm2/ Hoje antiafídica devido a MSC

Cobertas com plástico (150 micras)

Bancadas para apoio de mudas em chão de cimento ou pedra britada a 50 cm

de altura

Exigências

Projeto técnico ( Agrº / CREA)

Local (200m de pomares cítricos)

Antecâmara com pé-dilúvio (Quatermon + cobre)

Irrigação por gotejamento sacola/sacola, água tratada com hipoclorito de

sódio

Altura de enxertia 10cm a partir do colo

Muda fiscalizada = R$ 1,00

Muda certificada = R$ 2,00

Page 31: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

6- PORTA-ENXERTO

6.1 Histórico dos Porta-Enxertos no Brasil

1540 Introdução dos citros no Brasil

1540 a 1900 pés-francos

1900 a 1920 Laranja Caipira (Gomose)

1920 a 1940 Laranja Azeda (+10 milhões de plantas) (Tristeza)

1950 a 1977 Limão Cravo (Declínio)

1978 a 2002 Limão Cravo e outros

2001 a 2002 Limão Cravo (Morte Súbita)

2003 41% Cravo, 24% Citrumelo, outros

Page 32: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

6.2 Porta-Enxerto mais Utilizados no Brasil

1) Limão Cravo 90%, hoje aproximadamente 41%

2) Laranja Caipira

3) Tangerina Sunki

4) Tangerina Cleópatra*

5) Tangelo Orlando

6) Poncirus Trifoliata*

7) Citrumelo Swingle*

8) Limão Volkameriano

9) Laranja Azeda

Page 33: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tangerina 'Sunki

Page 34: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Tangerina 'Cleópatra'

Page 35: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Triofoliata

Page 36: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Limão-cravo

Page 38: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

6.3.1 Porta-Enxertos Nanicantes

Trifoliata

Trifoliata “Flying Dragon” Ananicante

Híbridos de Trifoliata Citranges

Citrangequat

Page 39: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

ENXERTO APTIDÃO PORTA-ENXERTO

Pêra Sim Limão Cravo

Tangerina Cleópatra

Tangerina Sunki

Natal, Valência

e Hamlin

Sim Limão Cravo

Tangerina Cleópatra

Tangerina Sunki

Poncirus Trifoliata

Citromelo Swingle

Limão Volkameriano

Murcote e

Ponkan

Sim Limão Cravo

Murcote Restrições Citromelo e Cleópatra

Pêra Restrições Poncirus Trifoliata

Citromelo Limão

Volkameriano

Page 40: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

6.4 - INSTALAÇÃO DO POMAR

Variedade

Solo/adubos

Clima

Disponibilidade de água

Topografia

Acesso a (estradas)

Destinos das frutas

A escolha das mudas é o ponto vital na formação do pomar

Evitar o plantio de mudas portadoras de moléstias

A seleção da copa e do porta-enxerto (importante)

Page 41: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Plantio de Adubos Verdes

Na reforma de pomares Semeadura de espécies que propiciem boa cobertura do solo, produção de fitomassa e com sistema radicular agressivo. Pomar implantado Considerar o porte e o hábito de crescimento, evitando que esta provoque sombreamento e competição com as plantas de citros. Pode-se optar por plantio rua sim, rua não; intercalando uma rua com espécie de porte alto e outra de porte baixo (guandu ou crotalaria e lab-lab ou feijão-de-porco); plantio somente na metade de cada rua.

Page 42: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 43: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 44: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 45: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

7. PRINCIPAIS DOENÇAS E PRAGAS QUE AFETAM A

CITRICULTURA

Cancro Cítrico (4º) Larva minadoura

CVC (5º) Cigarrinhas

Pinta Preta Gomose (1º)

Leprose Rubelose

Bicho Furão Ácaro da ferrugem

Podridão Floral Declínio (3º)

Moscas-das-frutas Ortézia

Morte Súbita dos Citros (penúltima) Tristeza (2º)

Page 46: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

1. CANCRO CÍTRICO

Cancro Cítrico: Agente causal bactéria Xanthomonas

axonopodis pv. Citri.

Disseminação: Homem, material de colheita, veículo, chuvas,

ventos fortes e mudas contaminadas

Ocorrência anatômica: Folhas, ramos e frutos jovens são

preferidos pela bactéria

Tecidos mais velhos há necessidade de

ferimento para penetração da bactéria

Queda dos frutos e folhas e da produção

Page 47: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Sintomas: Lesões salientes

1ºs sintomas aparecem nas folhas, sendo nos dois

lados as lesões são salientes de cor marrom, e

ao seu redor surge um anel amarelado

Nos ramos os sintomas são crostas de cor parda,

também salientes

Nos frutos as lesões rompem a casca, quando em

estágio avançado

OBS: A Larva Minadora dos Citros, facilita a entrada do Cancro

no tecido

A Fundecitrus foi contratada para proteger o maior parque

nacional citrícola contra o Cancro e vem buscando até hoje

soluções para novos e antigos patógenos

Page 48: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle: Erradicação do material contaminado e queima

Todo material como: enxadas, máquinas e implementos

(trator e grade) usados na eliminação das plantas devem

ser pulverizados com bactericida

A solução está na prevenção:

1. Mudas 7. Quebra vento

2. Material de colheita 8. Fiscalização

3. Veículos 9. Vistoria no pomar

4. Pessoal 10. Peça ajuda(Fundecitrus)

5. Bins

6. Larva minadoura

Page 49: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

2. CLOROSE VARIEGADA DOS CITROS (CVC)

CVC: Agente causal bactéria Xylella fastidiosa.

Também conhecida como amarelinho

Disseminação: Vetores (11 tipos de cigarrinhas)

Acrogonia sp, Dilobopterus costalimai, Oncometopia facialis.....

Ocorrência anatômica: Toda planta

Primeiro ataca as folhas: (lado superior

cor amarela, inferior cor palha

frutos miúdos e endurecidos

As cigarrinhas ao se alimentarem do xilema de árvores contaminadas,

adquirem a bactéria e passam a transmiti-la para outras plantas sadias

Page 50: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Sintomas: folhas: (lado superior cor amarela, inferior cor

palha

frutos queimados pelo sol, tamanho reduzido e

endurecidos

Estágio avançado, os ramos secam, desfolham e

apresentam conjunto de frutos miúdos

CVC sintomas parecidos com deficiência de zinco

Page 51: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

CIGARRINHAS

Page 52: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle/ Medidas de Convivência:

1. Utilização de mudas sadias

2. Poda de ramos com sintomas iniciais

e em plantas com mais de 2 anos

3. Erradicação de plantas com menos de 2 anos

4. Controle do vetor (cigarrinhas)

armadilha adesiva amarela

rede entomológica, (puçá)

Page 53: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

3. DECLÍNIO

• Não tem causa (etiologia) conhecida.

• A estimativa é que a doença afete 5% das plantas do parque citrícola por ano.

• Sintomas: murcha parcial ou total das folhas que apresentam coloração verde opaca, sem brilho e com uma leve torção; brotação de primavera retardada; florada atrasada com produção reduzida; queda de folhas em estágio mais avançado; brotação interna na copa; frutos miúdos e sem brilho, impróprios para o comércio; a evolução da doença provoca a morte de radicelas

Page 54: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 55: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Erradicação e uso de porta-

enxerto mais tolerante

(sunki, Cleópatra, limões

verdadeiros etc.) e que

atenda às condições de

clima e solo da

propriedade.

Diagnóstico: teste da seringa, a

velocidade de absorção de

água pelo tronco injetando-se

água por pressão. Nas plantas

sadias normalmente se

consegue injetar 10 mL de

água em 30 segundos num furo

de 1/8 de polegada de diâmetro

no tronco com uma seringa

plástica sem a agulha. Nas

plantas doentes, esta absorção

é muito reduzida ou nula.

Page 56: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

4. GOMOSE

• Agentes causais: Phytophthora nicotianae e Phytophthora citrophthora.

• Sintomas: exsudação de goma em lesões de tronco e colo em porta-enxertos suscetíveis e na região do tronco acima do ponto de enxertia, quando a copa é de variedade suscetível; nas folhas: descoloração de nervuras e amarelecimento do limbo, levando a murcha, seca e queda. Os florescimentos e frutificações tornam-se freqüentes e fora da época normal. Os frutos produzidos ficam pequenos, de casca fina e maturação precoce. Também há seca e morte progressiva de ramos ponteiros ("die-back").

Page 57: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 58: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 59: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle

Medidas preventivas: porta-enxertos resistentes

Suscetibilidade muito alta: limões verdadeiros

Alta: laranjas doces, limas ácidas, limões rugosos e pomelos

Moderada: tangerinas Sunki e Cleópatra; limão Cravo; tangelo Orlando; limão Volkameriano, citranges Troyer e Carrizo

Baixa: Macrophylla e laranja azeda

Muito baixa: Citrumelo Swingle e trifoliata

Page 60: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle

• Evitar solos rasos, mal drenados e áreas sujeitas a encharcamento ou com problemas sérios de erosão;

• Adoção de práticas de conservação de solo em terrenos em declive, para evitar o arraste de propágulos do patógeno;

• Utilização de mudas livres de Phytophthora e enxertadas a 15 ou mais centímetros acima do nível do solo; Plantio alto, de modo que as raízes principais fiquem no nível do solo;

• Evitar ferimentos de tronco e raízes principais;

• Evitar a utilização de grades, sulcadores, subsoladores e outros equipamentos pesados no pomar adulto;

• Em pomares irrigados por microaspersores, evitar que o jato d'água atinja a base do tronco das plantas.

Page 61: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Medidas curativas

• Descalçar a planta, retirando toda a terra próxima ao tronco, para expor as raízes; Remover as plantas severamente afetadas do pomar e preparar as covas para o plantio; Uso de controle químico com produtos sistêmicos que apresentem comprovada eficácia no controle preventivo e curativo da doença.

Page 62: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

5. GREENING

• Também chamado de huanglongbing (HBL), o greening, é uma doença de difícil controle. Provavelmente é originário da China, e hoje afeta seriamente a produção de citros na Ásia e na África. O agente causal é uma bactéria com crescimento limitado ao floema, chamada provisoriamente Candidatus spp.

• Sintomas: ramo ou galho, de cor amarela em contraste com a coloração verde das folhas dos ramos não afetados. Com a evolução da doença, há intensa desfolha dos ramos afetados e os sintomas começam a aparecer em outros ramos da planta, tomando toda a copa, inclusive com o surgimento de seca e morte de ponteiros.

• O fruto fica deformado e assimétrico, filetes alaranjados que partem da região de inserção com o pedúnculo (haste que segura o fruto).

Page 63: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 64: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 65: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

6. LEPROSE

• É uma das principais doenças da citricultura e atinge, principalmente, laranjeiras doces. Provocada por um vírus transmitido pelo ácaro Brevipalpus phoenicis, a leprose pode causar perdas de produção e redução da vida útil da árvore debilitada. Sintomas: nas folhas apresentam lesões arredondadas e lisas, tanto na face superior como na face inferior. A coloração varia de verde-pálida a marrom no centro e em volta há um halo amarelo. Em ramos novos e frutos, as lesões são amareladas. Com o tempo assumem a cor marrom avermelhada, se tornam escamadas e adquirem uma casca grossa, podendo ser confundida com lesões de cancro cítrico.

Page 66: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 67: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle • Aquisição de mudas sadias livres de ácaros e de vírus;

• Retirada de frutos temporões, caídos e com sintomas;

• No inverno, deve ser feita a poda de limpeza dos ramos afetados;

• Utilização de quebra-ventos para reduzir a disseminação do ácaro;

• Colheita antecipada e retirada de todos os frutos da planta, não deixando frutos remanescentes.

• Controle da verrugose e do ataque dominador dos citrus, uma vez que as lesões servem de abrigo ao ácaro;

• Controle de plantas daninhas hospedeiras do ácaro;

• A inspeção do ácaro no pomar deve ser feita a cada 7 ou 15 dias, em pelo menos 1% das plantas de cada talhão;

• Pulverização do pomar com acaricida. O uso de acaricidas é indicado quando 5% a 10% dos frutos ou ramos examinados apresentam um ou mais ácaros.

Page 68: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

7. MANCHA DA ALTERNÁRIA

• A mancha de alternária é uma nova doença que afeta algumas tangerinas e seus híbridos: tangores e tangelos. É causada pelo fungo Alternaria alternata f. sp. citri, que produz uma toxina específica para algumas tangerinas e seus híbridos, não afetando laranjas doces, limões e limas ácidas. A doença pode causar desfolha, seca de ramos e queda de frutos.

Page 69: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 70: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle

• Uso de fungicidas.

• Prevenção: evitar adubação nitrogenada

pesada e excesso de irrigação, fazer podas

no inverno, para retirar tecidos doentes e

melhorar a aeração da planta.

Page 71: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

8. MORTE SÚBITA DOS

CITRUS - MSC

• Sem causa ainda confirmada, a MSC, ataca a região de enxertia

• afeta todas as variedades comerciais de laranja doce e tangerinas Cravo e Ponkan enxertadas sobre o limão Cravo (cerca de 85% dos pomares paulistas e mineiros estão em cima de cavalos de limão Cravo). Combinações de laranja doce sobre limão Volkameriano, apresentaram sintomas de MSC na copa, nas raízes e na parte interna da copa.

• sintoma: perda generalizada do brilho das folhas, desfolha total, raízes e radicelas apodrecem; cor amarela, tendendo para o alaranjado, na parte interna da casca do porta-enxerto, abaixo da zona de enxertia. Outros sintomas podem ou não ocorrer, como seca de ponteiros, falta de brotações e morte repentina da planta com os frutos ainda aderidos.

Page 72: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle

• A medida mais importante, é não transportar mudas, borbulhas e cavalinhos das regiões contaminadas para aquelas onde a doença ainda não foi constatada. Este é um esforço para retardar a disseminação e já é lei no Estado de São Paulo;

• Nas áreas afetadas, recomenda-se a subenxertia com porta-enxertos tolerantes - de tangerina Cleópatra, Sunki ou citrumelo Swingle - em árvores sobre limão Cravo. O subenxerto deve ser feito o mais cedo possível;

• Notificar a Fundecitrus sobre qualquer sintoma suspeito dentro da propriedade e ficar atento às inspeções do pomar.

Page 73: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Sub-enxertia

Passos: limpeza da área sob a copa da árvore,

● O cavalinho deve ter idade entre 5 e 8 meses, e já estar com

altura em torno de 45cm,

● Retirar a casca da parte do cavalinho que vai ser introduzida no

tronco para a enxertia,

● O cavalinho de ser introduzido cuidadosamente no tronco,

● Coloque fita plástica para enxertia, para proteger o local da água

● A proteção fica por volta de 30 dias, até o pegamento.

● Em plantas com menos de 2 anos, a sub-enxertia será feita com 1

cavalinho.

Page 74: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

9. TRISTEZA

• 100 milhões de árvores foram mortas ou tornaram-se improdutivas pela tristeza.

• No Brasil, praticamente dizimou os pomares paulistas na década de 40, quando 9 milhões de plantas cítricas sobre porta-enxerto de laranja Azeda foram perdidas. Na época, existiam 11 milhões de pés de laranja.

• Agente causal gênero Closterovirus, infecta praticamente todas as espécies, cultivares, híbridos e muitos afins de citros.

• O pulgão preto dos citros, Toxoptera citricida, é o vetor mais eficiente do vírus da tristeza, mas outros pulgões também podem transmitir o agente causal da doença.

• Controle: igual a MSC e controle do pulgão

Page 75: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Sintoma

• Em pé franco, os sintomas de tristeza só se

manifestam quando ele é suscetível e intolerante,

como o limão Galego e alguns pomelos. Em

plantas enxertadas, os sintomas são expressos

quando o porta-enxerto for intolerante e a copa

suscetível, como laranjas doces e tangerinas

enxertadas sobre laranja Azeda, ou quando a copa

for suscetível e intolerante, como a laranja Pêra e

certos pomelos.

Page 76: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 77: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

PRAGAS

• O ácaro da ferrugem ataca todas as variedades cítricas (laranjeiras, limoeiros, tangerineiras etc.) e é encontrado em todas as regiões citrícolas do mundo. Biologia Ácaro da Ferrugem O ácaro mede cerca de 0,15 mm de comprimento e apresenta o corpo em fórmula de vírgula ou cunha, com dois pares de pernas na parte anterior do corpo e um par de falsas pernas na extremidade posterior do corpo, que serve para fixação. Machos e fêmeas adultos tem coloração amarela, tendendo a pardo ou marrom à medida que envelhecem. A fêmea coloca ovos, aproximadamente por 20 ou 30 dias, que são esféricos, lisos, branco-hialinos ou amarelo-pálido. Após a fase de ovo, seguem-se dois estágios ninfais e adulto.

Page 78: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Sintomas

• O ácaro ataca ramos, folhas e frutos. Os frutos verdes oferecem boas condições para o desenvolvimento populacional da praga. Frutos - os sintomas mais acentuados são lesões escuras, que podem tomar todo o fruto. O fruto danificado é comumente chamado de "mulata". Folhas - apresentam manchas escuras, principalmente na parte inferior (adaxial).

Page 79: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 80: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

• Quando se deve usar medidas de controle O controle com inseticidas recomendados para o bicho furão deve ser feito somente se forem coletados, em cada armadilha, seis ou mais machos por semana. Após a contagem, os machos devem ser retirados (com um graveto, por exemplo) para evitar confusões nas contagens seguintes. O modelo de tabela apresentado abaixo deve ser usado para se registrar o número de machos adultos coletados nas armadilhas a cada semana. Lembre-se: uma armadilha é eficiente por quatro semanas.

Page 81: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

• Inspeção Deve ser feita, semanalmente ou quinzenalmente, em talhões de 2 mil plantas, onde o pragueiro inspeciona 1% das plantas. Inspeção Para efeito de amostragem dos ácaros, ela deve ser feita de forma espiralada ou em zigue-zague, percorrendo de 40 a 50 passos entre um ponto e outro. Em cada planta inspeciona-se 3 frutos verdes. Se o pomar é novo ou está sem frutos, verifica-se as folhas. A inspeção é realizada na lateral dos frutos com o auxílio de uma lupa de bolso (10 vezes), evitando-se o local que o sol incide diretamente e o lado oposto. Na folha, a preferência é para a pagina inferior. É preciso anotar o número de ácaros de 1 cm2 do campo da lupa.

Page 82: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

controle

• Os danos ocorrem quando há uma densidade de 70-80 ácaros/cm2 de fruto. Entretanto, o controle deve ser iniciado quando frutos/folhas atacados apresentam:

• Indústria de suco10% ou 20 ácaros/cm2

• Consumo in natura30% ou 5 ácaros/cm2

• A pulverização pode ser feita com acaricidas. Deve-se evitar a aplicação demasiada de enxofre e fungicidas, pois podem causar a morte do fungo Hirsutella thompsonii, importante inimigo natural do ácaro da ferrugem.

Page 83: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Bicho furão

• O Bicho furão - Ecdytolopha aurantiana - é uma mariposa que deposita ovos em frutos, provando o seu apodrecimento e queda. Fruto atacado pelo bicho furão Quando a infestação é precoce, os frutos verdes também podem ser atacados. A praga ganhou o nome de bicho furão porque na sua fase de lagarta fura o fruto, penetra e ali se desenvolve, só saindo para se transformar em pupa, na qual emerge o adulto, a pequena mariposa de coloração negra.

Page 84: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Sintomas

• Os frutos atacados pelo bicho furão tornam-se mais amarelos que os demais e, na sua maioria, caem. O orifício de penetração da lagarta fica evidente. Muitos citricultores confundem as lesões provocadas pelo bicho furão com aquelas decorrentes da ação da mosca da fruta. Saber qual a diferença entre eles ajudará no combate aos dois insetos. Frutos atacados - a principal diferença entre o ataque do bicho furão é que, após penetrar no fruto, ele lança excrementos e restos de alimentos para fora da casca. Esse excremento endurece e fica bem visível, grudado à abertura da casca. Além disso, o bicho furão consegue se desenvolver em frutos verdes, ao contrário da mosca da fruta.

Page 85: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 86: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

• Monitoramento Antes, o monitoramento do bicho furão era baseado em frutos atacados. A decisão de controle considerava uma porcentagem de frutos atacados ou, em casos extremos, que estavam caídos no solo. Entretanto, é melhor monitorar a população de adultos, antes de causarem danos aos frutos. É característica dessa praga ter aumentos populacionais muito rápidos, que impedem o sucesso do controle quando baseado em número de frutos atacados. Para maior eficiência, foi desenvolvido um método de monitoramento de mariposas do bicho furão por meio de feromônio sexual sintetizado, em pastilhas. O feromônio - uma substância química produzida pelas fêmeas - atrai os machos para acasalamento.

Page 87: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 88: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle

• Controle biológico - A pulverização deve ser por cobertura, na planta toda. Deve-se espalhar de sete a deoito dias após a contagem da armadilha atingir o nível de controle. O objetivo é esperar a postura e fazer o controle antes que a lagarta penetre no fruto. Os inseticidas biológicos, à base de Bacillus thuringiensis, são eficientes no controle do bicho furão por até 60 dias. A primeira aplicação deve ser feita logo que constatada a existência de mais de seis machos por armadilha. A segunda aplicação é feita 20 a 30 dias mais tarde. Esses inseticidas agem por mais tempo quando misturados com óleo vegetal ou mineral. Controle fisiológico - Os produtos fisiológicos interferem na troca e formação quitina ("pele") dos insetos, inibindo ou acelerando seu crescimento. A aceleração faz com que haja mal formação da "pele" do inseto, o que mata a lagarta. Os inseticidas fisiológicos têm efeito por até 30 dias. A vantagem destes produtos é que eles são mais seletivos em relação aos inimigos naturais do bicho furão, preservando aranhas, formigas, ácaros e outros predadores. Controle químico - Inseticidas químicos de largo espectro de ação, podem ser usados nos focos iniciais da praga. Durante dois a três dias após a pulverização, as lagartas podem se contaminar ao contato com o defensivo. catação e destruição dos frutos atacados, realizar a colheita o mais rápido possível

Page 89: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Larva Minadora

• O minador dos citros, Phyllocnistis citrella, ataca brotações novas de todas as variedades cítricas. Os ovos são depositados nas folhas novas, de onde emerge a larva, que se alimenta da folha, formando galerias. Minador e galerias formadas pelo mesmo e contaminadas pelo cancro Normalmente ataca folhas, no entanto, em alta população, pode ser observada nos ramos das vegetações novas e em frutos. No final da sua fase de lagarta, o minador migra para a borda das folhas onde constrói um casulo que a abrigará durante a fase de pupa, até se tornar adulta. A sua presença nos pomares favorece a contaminação pela bactéria do cancro cítrico.

Page 90: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Sintoma

• As lagartas provocam a formação de galerias nos tecidos das folhas. Detalhe da lagarta e galeria Essas galerias aparecem inicialmente como um pequeno risco de coloração branca e posteriormente formam um zigue-zague mais largo. Elas atacam as duas faces da folha e pode-se observar a presença de mais de uma larva em cada folha.

Page 91: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 92: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle

• Devido à sua preferência por vegetações novas, o controle deve ser iniciado na primavera, quando é observado o estágio inicial das brotações, período de desenvolvimento da lagarta. O controle da praga é importante pois diminui as chances do pomar ser contaminado pelo cancro cítrico e evita que as plantas fiquem debilitadas pela ação do próprio minador. No entanto, antes de se iniciar o controle é preciso conhecer a incidência da praga nos talhões: Divida a propriedade em talhões de aproximadamente 2 mil plantas. Em cada talhão escolha aleatoriamente 1% delas (20 árvores) para fazer o levantamento das plantas em formação ou em produção que estejam na fase de vegetação. Examine em cada planta alguns ponteiros de ramos recém brotados e anote se há ou não a presença da praga. A presença é positiva quando há na folha pelo menos uma lagarta que esteja no primeiro ou segundo estágio. - 1o estágio: lagarta cuja cabeça é maior que o corpo (ver imagem acima); - 2o estágio: lagarta que se encontra em galerias ainda pouco desenvolvidas, ainda estão distantes da lateral da folha (ver imagem acima). O controle deve ser adotado em pomares novos quando o talhão apresentar 10% de ramos com lagarta vivas no primeiro e segundo estágio e no caso de pomares adultos, quando 30% de ramos apresentarem lagarta no primeiro e segundo estágio. No entanto, se a propriedade estiver em uma área crítica com relação ao cancro cítrico ou se o pomar teve registro de contaminação pela doença, o controle deve ser feito mesmo que haja apenas uma única lagarta no talhão.

Page 93: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

• Pesquisadores do Fundecitrus, Embrapa, ESALQ/USP e Gravena Manejo Ecológico trouxeram da Flórida (EUA), em agosto de 1998, a microvespa Ageniaspis citricola, inimigo natural do minador dos citros. O inseto parasita o ovo e o primeiro estágio da larva. A presença deste inseto nos pomares baixa a população do minador dos citros, o que leva à queda das contaminações pela bactéria do cancro cítrico. Na fase de desenvolvimento em que quando a larva já fez todo o caminho, a vespa não consegue parasitá-la. Os ovos depositados pela vespa se multiplicam dentro do minador e vão dar origem a várias vespas.

Page 94: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 95: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Ortézia

• A praga ataca as variedades de citros e outras plantas, como café, ervas daninhas e cerca de 30 espécies de plantas ornamentais. Colônias com fêmeas adultas de Ortézia e fruto coberto por fumagina Ocorrência Esta espécie de cochonilha está presente em todos os estados brasileiros. O nome científico é Orthezia praelonga e o primeiro registro no Brasil foi em 1938, em Pernambuco. Em 1947, sua presença foi constatada no Rio de Janeiro, chegando ao Estado de São Paulo somente em 1978, no município de Severínia.

Page 96: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 97: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Controle

• ortézia, como outras espécies de cochonilhas, tem uma característica que dificulta tanto o controle químico quanto o biológico. Ela possui o ovissaco, câmara onde os ovos são depositados, que não é atingido pelos inseticidas e nem atacado pelo seu inimigo natural, preservando os ovos. Para um controle eficiente recomenda-se as seguintes medidas: Encontrar todos os focos de ortézia no talhão e/ou propriedade; Controlar as plantas invasoras nos focos de ocorrência da praga e num raio de pelo menos 20 m de distância. Essa medida serve também para localização dos focos e checagem da eficiência do controle; Aplicar inseticida de contato para eliminar as ninfas e adultos e/ou aplicar inseticida sistêmico para controle das ninfas que estão protegidas no ovissaco e que irão emergir após o término do resíduo do inseticida de contato. Deve-se adicionar óleo mineral ou vegetal para melhorar a eficiência do controle; Reaplicar inseticida após 20 dias para eliminar as reinfestações, no caso da não utilização de inseticidas sistêmicos; Caso a incidência seja muito grande, fazer uma terceira aplicação. Mesmo após este controle, é necessário continuar o monitoramento do inseto.

Page 98: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Colheita

Page 99: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 100: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 101: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 102: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 103: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram
Page 104: Cultura dos Citrosfrutvasf.univasf.edu.br/images/aulacitros.pdf · A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%. Começaram

Índice tecnológico (IT), equivalente à quantidade de sólidos solúveis totais no suco

(kg), em uma caixa de colheita de frutos de 40,8 kg, obtido pela seguinte fórmula:

IT = (RS.SS.40,8)/104

Ponto de colheita

RS (%) = rendimento do suco