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CULTURA, COMUNICAÇÃO E ESPETÁCULO

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CULTURA, COMUNICAÇÃO E ESPETÁCULO

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Page 2: CULTURA, COMUNICAÇÃO E ESPETÁCULO - … conceitos de guy debord sobre a cultura na sociedade do espetÁculo ... fontes espetaculares de investimento financeiro e social ou simulacro

Cláudio Novaes Pinto Coelho Valdir José de Castro (orgs.)

CULTURA, COMUNICAÇÃO E ESPETÁCULO

Coleção ComuniCação

•Caminhos cruzados da comunicação (Os): política, economia e cultura, José Marques de Melo•Comunicação e cultura das minorias, Raquel Paiva; Alexandre Barbalho (orgs.)•Comunicação e democracia: problemas & perspectivas, Wilson Gomes; Rousiley Celi Moreira Maia•Comunicação e identidade: quem você pensa que é?, Luís Mauro Sá Martino•Comunicação e sociedade do espetáculo, Valdir José de Castro; Cláudio Novaes Coelho•Comunicação mediações interações, Lucrécia D’Alessio Ferrara•Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação, Lucia Santaella•Comunicação verbal – Educação vocal: o teatro – fonte e apoio, Terezinha Nackéd Zaratin•Corpo e comunicação: sintoma da cultura, Lucia Santaella•Cultura, comunicação e espetáculo, Cláudio Novaes Pinto Coelho; Valdir José de Castro (orgs.)•Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura, Lucia Santaella•Dromocracia cibercultural (A): lógica da vida humana na civilização mediática avançada, Eugênio Trivinho•É preciso salvar a comunicação, Dominique Wolton•Ecologia pluralista da comunicação (A): conectividade, mobilidade e ubiquidade, Lucia Santaella•Escavador de silêncios (O): formas de construir e de desconstruir sentidos na comunicação, Ciro Marcondes Filho•Ética e comunicação organizacional, Clóvis de Barros Filho (org.)•Explorador de abismos (O): Vilém Flusser e o pós-humanismo, Erick Felinto; Lucia Santaella•Futuro da internet (O): em direção a uma ciberdemocracia, André Lemos; Pierre Lévy•História do jornalismo: itinerário crítico, mosaico contextual, José Marques de Melo•História do pensamento comunicacional: cenários e personagens, José Marques de Melo•Linguagens líquidas na era da mobilidade, Lucia Santaella•Mídia e cultura popular: história, taxionomia e metodologia da Folkcomunicação, José Marques de Melo•Mídia e movimentos sociais: linguagens e coletivos em ação, Jairo Ferreira; Eduardo Vizer (orgs.)•Mídia e poder simbólico: um ensaio sobre comunicação e campo religioso, Luís Mauro Sá Martino•Mídia, religião e sociedade: das palavras às redes digitais, Luís Mauro Sá Martino•Mutações no espaço público contemporâneo, Mauro Wilton; Elizabeth Saad Corrêa (orgs.)•Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo, Lucia Santaella•Pensamento comunicacional brasileiro: o legado das ciências humanas – vol. I

História e sociedade, José Marques de Melo; Guilherme Moreira Fernandes•Pensamento comunicacional brasileiro: o legado das ciências humanas – vol. II

Cultura e poder, José Marques de Melo; Guilherme Moreira Fernandes•Pensamento comunicacional brasileiro: o legado das ciências humanas – vol. III

Mídia e consumo, José Marques de Melo; Guilherme Moreira Fernandes•Princípio da razão durante (O): comunicação para os antigos, a fenomenologia e o bergsonismo – Tomo I

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Princípio da razão durante (O): da Escola de Frankfurt à crítica alemã contemporânea – Tomo II

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Princípio da razão durante (O): o círculo cibernético: o observador e a subjetividade – Tomo III

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Princípio da razão durante (O): diálogo, poder e interfaces sociais da comunicação – Tomo IV

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Princípio da razão durante (O): o conceito de comunicação e a epistemologia metapórica – Tomo V

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Produção social da loucura (A), Ciro Marcondes Filho•Realidade dos meios de comunicação (A), Niklas Luhmann•Redes sociais digitais: a cognição conectiva do twitter, Lucia Santaella; Renata Lemos•Regulação das comunicações: história, poder e direitos, Venício Artur de Lima•Revolucionários, mártires e terroristas: a utopia e suas consequências, Jacques A. Wainberg•Rosto e a máquina (O): o fenômeno da comunicação visto dos ângulos humano, medial e tecnológico. Nova teoria da comunicação,

vol. I, Ciro Marcondes Filho•Ser jornalista: a língua como barbárie e a notícia como mercadoria, Ciro Marcondes Filho•Ser jornalista: o desafio das tecnologias e o fim das ilusões, Ciro Marcondes Filho•Sociedade tecida pela comunicação (A): técnicas da informação e da comunicação entre inovação e enraizamento social, Bernard Miège•Temas e dilemas do pós-digital: a voz da política, Lucia Santaella•Teoria do jornalismo: identidades brasileiras, José Marques de Melo•Teoria e metodologia da comunicação: tendências para o século XXI, José Marques de Melo•Vestígios da travessia: da imprensa à internet – 50 anos de jornalismo, José Marques de Melo

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Cláudio Novaes Pinto Coelho Valdir José de Castro (orgs.)

comunicação

CULTURA, COMUNICAÇÃO E ESPETÁCULO

Coleção ComuniCação

•Caminhos cruzados da comunicação (Os): política, economia e cultura, José Marques de Melo•Comunicação e cultura das minorias, Raquel Paiva; Alexandre Barbalho (orgs.)•Comunicação e democracia: problemas & perspectivas, Wilson Gomes; Rousiley Celi Moreira Maia•Comunicação e identidade: quem você pensa que é?, Luís Mauro Sá Martino•Comunicação e sociedade do espetáculo, Valdir José de Castro; Cláudio Novaes Coelho•Comunicação mediações interações, Lucrécia D’Alessio Ferrara•Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação, Lucia Santaella•Comunicação verbal – Educação vocal: o teatro – fonte e apoio, Terezinha Nackéd Zaratin•Corpo e comunicação: sintoma da cultura, Lucia Santaella•Cultura, comunicação e espetáculo, Cláudio Novaes Pinto Coelho; Valdir José de Castro (orgs.)•Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura, Lucia Santaella•Dromocracia cibercultural (A): lógica da vida humana na civilização mediática avançada, Eugênio Trivinho•É preciso salvar a comunicação, Dominique Wolton•Ecologia pluralista da comunicação (A): conectividade, mobilidade e ubiquidade, Lucia Santaella•Escavador de silêncios (O): formas de construir e de desconstruir sentidos na comunicação, Ciro Marcondes Filho•Ética e comunicação organizacional, Clóvis de Barros Filho (org.)•Explorador de abismos (O): Vilém Flusser e o pós-humanismo, Erick Felinto; Lucia Santaella•Futuro da internet (O): em direção a uma ciberdemocracia, André Lemos; Pierre Lévy•História do jornalismo: itinerário crítico, mosaico contextual, José Marques de Melo•História do pensamento comunicacional: cenários e personagens, José Marques de Melo•Linguagens líquidas na era da mobilidade, Lucia Santaella•Mídia e cultura popular: história, taxionomia e metodologia da Folkcomunicação, José Marques de Melo•Mídia e movimentos sociais: linguagens e coletivos em ação, Jairo Ferreira; Eduardo Vizer (orgs.)•Mídia e poder simbólico: um ensaio sobre comunicação e campo religioso, Luís Mauro Sá Martino•Mídia, religião e sociedade: das palavras às redes digitais, Luís Mauro Sá Martino•Mutações no espaço público contemporâneo, Mauro Wilton; Elizabeth Saad Corrêa (orgs.)•Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo, Lucia Santaella•Pensamento comunicacional brasileiro: o legado das ciências humanas – vol. I

História e sociedade, José Marques de Melo; Guilherme Moreira Fernandes•Pensamento comunicacional brasileiro: o legado das ciências humanas – vol. II

Cultura e poder, José Marques de Melo; Guilherme Moreira Fernandes•Pensamento comunicacional brasileiro: o legado das ciências humanas – vol. III

Mídia e consumo, José Marques de Melo; Guilherme Moreira Fernandes•Princípio da razão durante (O): comunicação para os antigos, a fenomenologia e o bergsonismo – Tomo I

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Princípio da razão durante (O): da Escola de Frankfurt à crítica alemã contemporânea – Tomo II

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Princípio da razão durante (O): o círculo cibernético: o observador e a subjetividade – Tomo III

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Princípio da razão durante (O): diálogo, poder e interfaces sociais da comunicação – Tomo IV

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Princípio da razão durante (O): o conceito de comunicação e a epistemologia metapórica – Tomo V

Nova teoria da comunicação III, Ciro Marcondes Filho•Produção social da loucura (A), Ciro Marcondes Filho•Realidade dos meios de comunicação (A), Niklas Luhmann•Redes sociais digitais: a cognição conectiva do twitter, Lucia Santaella; Renata Lemos•Regulação das comunicações: história, poder e direitos, Venício Artur de Lima•Revolucionários, mártires e terroristas: a utopia e suas consequências, Jacques A. Wainberg•Rosto e a máquina (O): o fenômeno da comunicação visto dos ângulos humano, medial e tecnológico. Nova teoria da comunicação,

vol. I, Ciro Marcondes Filho•Ser jornalista: a língua como barbárie e a notícia como mercadoria, Ciro Marcondes Filho•Ser jornalista: o desafio das tecnologias e o fim das ilusões, Ciro Marcondes Filho•Sociedade tecida pela comunicação (A): técnicas da informação e da comunicação entre inovação e enraizamento social, Bernard Miège•Temas e dilemas do pós-digital: a voz da política, Lucia Santaella•Teoria do jornalismo: identidades brasileiras, José Marques de Melo•Teoria e metodologia da comunicação: tendências para o século XXI, José Marques de Melo•Vestígios da travessia: da imprensa à internet – 50 anos de jornalismo, José Marques de Melo

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Direção editorial: Claudiano Avelino dos SantosCoordenação editorial: Valdir José de CastroProdução editorial: AGWM Artes GráficasImpressão e acabamento: PAULUS

Cultura, comunicação e espetáculo/Cláudio Novaes Pinto Coelho, Valdir José de Castro (orgs.). – São Paulo: Paulus, 2016. – Coleção Comunicação

Vários autores. Bibliografia. ISBN 978-85-349-4277-5

1. Comunicação – Aspectos psicológicos 2. Comunicação de massa 3. Comunicação e cultura 4. Publicidade 5. Sensacionalismo no jornalismo I. Coelho, Cláudio Novaes Pinto. II. Castro, Valdir José de. III. Série.

15-10556 CDD-302.23

Índice para catálogo sistemático:

1. Sociedade do espetáculo: Cultura de massa e comunicação: Sociologia 302.23

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

© PAULUS – 2016

Rua Francisco Cruz, 229 • 04117-091 • São Paulo (Brasil)Tel.: (11) 5087-3700 • Fax: (11) 5579-3627paulus.com.br • [email protected]

ISBN 978-85-349-4277-5

1ª- edição, 2016

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Índice para catálogo sistemático:

1. Sociedade do espetáculo: Cultura de massa e comunicação: Sociologia 302.23

Sumário

APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

COMUNICAÇÃO E CULTURA NA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO A PRODUÇÃO/DESTRUIÇÃO DA CIDADE-ESPETÁCULO

Cláudio Novaes Pinto Coelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Tecnologia da sensualidade e urbanismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

A luta entre a cidade-espetáculo e a cidade-história . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Cultura e sociedade do espetáculo: autossupressão versus mercantilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

A construção de situações e a comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Cidade-espetáculo e sociedade contemporânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

Dialética da cultura e contemporaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

PARTE I COMUNICAÇÃO E CULTURA: O VIRTUAL E O REAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Capítulo I O ESPETÁCULO EM BITS NA CIBERCULTURA

Valdir José de Castro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

A cibercultura como “ambiência” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

A era do tecnocapitalismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

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A sociedade do espetáculo de Guy Debord . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

O fetichismo da mercadoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

O ritmo do espetáculo no ciberespaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

Relações mediadas pela imagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

A era da iconofagia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

Capítulo II OS CONCEITOS DE GUY DEBORD SOBRE A CULTURA

NA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO Jaime Carlos Patias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

A sociedade do espetáculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

A cultura como elemento de unificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

A cultura popular como alternativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

Voz das periferias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

Capítulo III COOPERIFA: UM EVENTO CULTURAL À MARGEM

DO ESPETÁCULO? Márcia Eliane Rosa e Juliana Andrea Vieira dos Santos . . . . . . . . . . . . . 71

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

Poesia e cotidiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

A produção cultural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

Estrutura e mídia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

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A sociedade do espetáculo de Guy Debord . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

O fetichismo da mercadoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

O ritmo do espetáculo no ciberespaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

Relações mediadas pela imagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

A era da iconofagia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

Capítulo II OS CONCEITOS DE GUY DEBORD SOBRE A CULTURA

NA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO Jaime Carlos Patias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

A sociedade do espetáculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

A cultura como elemento de unificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

A cultura popular como alternativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

Voz das periferias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

Capítulo III COOPERIFA: UM EVENTO CULTURAL À MARGEM

DO ESPETÁCULO? Márcia Eliane Rosa e Juliana Andrea Vieira dos Santos . . . . . . . . . . . . . 71

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

Poesia e cotidiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

A produção cultural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

Estrutura e mídia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

PARTE II TEATRO E SOCIEDADE DO ESPETÁCULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

Capítulo IV PROJETOS EDUCACIONAIS E CULTURAIS

NA CIDADE DE SÃO PAULO: FONTES ESPETACULARES DE INVESTIMENTO FINANCEIRO E SOCIAL OU SIMULACRO

DE CONTRIBUIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO CULTURAL PAULISTANO? Adriana Sá Moreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92

Projeto Educacional Sesi-SP em Teatro Musical: como ele é definido e o que representa como projeto cultural e educacional . . . . . . . . . . . . . . . . . 93

O teatro popular do Sesi: o que era realizado antes do Projeto Educacional Sesi-SP em Teatro Musical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

O teatro musical em São Paulo e o Projeto Educacional Sesi-SP em Teatro Musical: o valor do produto no segmento cultural . . . . . . . . . . . 99

A expansão da associação corporativa nos projetos culturais e educacionais e o raciocínio das “indústrias criativas” e da economia criativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

Os simulacros da “inclusão social” e da “formação da plateia” na realização de projetos educacionais e culturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

A espetacularização: causa e efeito da produção de simulacros nos projetos de educação e cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106

Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108

Capítulo V A BROADWAY NÃO É AQUI

TEATRO MUSICAL NO BRASIL E DO BRASIL: UMA DIFERENÇA A SE ESTUDAR Gerson da Silva Esteves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

O teatro musical brasileiro e a colonização imposta pelo musical norte-americano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112

Da ópera ao musical, passando pela revista e o vaudeville . . . . . . . . . . . . . . . 113

Um teatro para a elite versus a tentativa de um teatro nacionalista . . . . . 115

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Arena canta Zumbi e Arena canta Tiradentes: os embriões de um teatro musical brasileiro fora do entretenimento . . . . . . . . . . . . . . . . . 119

A era Collor e o renascimento do teatro musical no Brasil, nos moldes da Broadway . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

Musical: mercadoria exposta nas vitrines espetaculares da indústria cultural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

Considerações finais: o futuro do teatro musical brasileiro . . . . . . . . . . . . . . 131

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

Capítulo VI O TEATRO CONTRA O ESPETÁCULO?

UMA ANÁLISE DO ESPETÁCULO BOM RETIRO 958 METROS, REALIZADO PELO TEATRO DA VERTIGEM

Antonio Luiz Gonçalves Junior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137

Incisões na realidade espetacular? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140

Uma teatralidade crítica? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145

Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146

Anexo I – Fotos (a) e (b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146

Anexo I – Fotos (c) e (d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147

Anexo I – Fotos (e) e (f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148

Anexo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

Anexo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

Anexo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152

PARTE III MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS E CULTURA DO ESPETÁCULO ...... 153

Capítulo VII MÍDIA NINJA NA GRANDE MÍDIA

Eliana Natividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

Visibilidade na rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157

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Arena canta Zumbi e Arena canta Tiradentes: os embriões de um teatro musical brasileiro fora do entretenimento . . . . . . . . . . . . . . . . . 119

A era Collor e o renascimento do teatro musical no Brasil, nos moldes da Broadway . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

Musical: mercadoria exposta nas vitrines espetaculares da indústria cultural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

Considerações finais: o futuro do teatro musical brasileiro . . . . . . . . . . . . . . 131

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

Capítulo VI O TEATRO CONTRA O ESPETÁCULO?

UMA ANÁLISE DO ESPETÁCULO BOM RETIRO 958 METROS, REALIZADO PELO TEATRO DA VERTIGEM

Antonio Luiz Gonçalves Junior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137

Incisões na realidade espetacular? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140

Uma teatralidade crítica? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145

Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146

Anexo I – Fotos (a) e (b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146

Anexo I – Fotos (c) e (d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147

Anexo I – Fotos (e) e (f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148

Anexo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

Anexo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

Anexo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152

PARTE III MOVIMENTOS SOCIAIS URBANOS E CULTURA DO ESPETÁCULO ...... 153

Capítulo VII MÍDIA NINJA NA GRANDE MÍDIA

Eliana Natividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

Visibilidade na rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157

Sociedade espetacularizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158

A flexibilidade do Quarto Poder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158

Manifestação: a cobertura na internet e na TV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163

Velocidade da informação versus perda de análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164

Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168

Capítulo VIII PARA ALÉM DO ESPETÁCULO E DO “POVO NA RUA”:

A ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS PROFISSIONAIS DURANTE AS MANIFESTAÇÕES BRASILEIRAS DE JUNHO DE 2013

Mara Ferreira Rovida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169

O espetáculo do “povo na rua”.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171

Advocacia pro bono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172

Tática de “guerrilha” para atendimento médico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176

Participação, identidade e solidariedade social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178

Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183

Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184

Capítulo IX SITUAÇÕES, INTERVENÇÕES, MOBILIZAÇÕES:

DA PARTICIPAÇÃO EFETIVA AO CONSUMO DE SENSAÇÕES Ethel Shiraishi Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188

Primeiro momento – Anos 1960 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188

Segundo momento – Anos 1990 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190

Terceiro momento – Anos 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193

Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198

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comunicação

APRESENTAÇÃO

Quando, nos ambientes acadêmicos ou na mídia, o nome de Guy Debord é mencionado, normalmente ele é asso-ciado à expressão “sociedade do espetáculo”, geralmente

entendida como o “inevitável domínio da mídia” na contempo-raneidade ou o desejo, pretensamente natural, que as pessoas têm de “aparecer”. Escapa a essa visão superficial, a articulação feita por Debord entre a crítica da sociedade do espetáculo e a crítica do processo de mercantilização das relações sociais pro-movido pelo capitalismo. Além disso, a importância atribuída à cultura para a crítica do espetáculo e da mercantilização quase sempre não é reconhecida.

Guy Debord, no livro A sociedade do espetáculo, argumenta que a cultura possui uma dimensão dialética, contraditória, pois é o fruto de uma sociedade dividida internamente, marcada pela sepa-ração entre o trabalho manual e o trabalho intelectual, que dá origem à cultura enquanto uma esfera separada das outras ativi-dades sociais e, ao mesmo tempo, um possível ponto de partida para a crítica dessa separação, pois a cultura procura representar a realidade como um todo. Pensar sobre a possibilidade de supe-ração da sociedade do espetáculo, é pensar sobre a possibilidade de a produção cultural criticar o espetáculo, servindo como ponto

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CULTURA, COMUNICAÇÃO E ESPETÁCULO

de partida para um questionamento do processo de fragmenta-ção da realidade e de esvaziamento, particularmente no que diz res-peito aos trabalhadores, na condição de produtores da realidade.

Mas, como é impossível pensar a produção cultural sem uma abordagem dos processos comunicacionais, em especial do domí-nio exercido pela construção de imagens no interior desses pro-cessos, o objetivo deste livro Cultura, comunicação e espetáculo, que reúne textos apresentados nos seminários do Grupo de Pesquisa Comunicação e Sociedade do Espetáculo da Faculdade Cásper Líbero, é analisar as relações entre a cultura e a comunicação den-tro do contexto da sociedade do espetáculo. Os capítulos dialo-gam com os conceitos desenvolvidos por Guy Debord, além de outros autores vinculados à teoria crítica da sociedade e da comu-nicação. Os textos procuram compreender a articulação entre a produção cultural, os processos comunicacionais e os mecanis-mos da dominação social, mas também expõem a possibilidade de a cultura questionar a sociedade do espetáculo, promovendo for-mas alternativas de comunicação, seja no espaço virtual, seja no espaço real, em especial no espaço urbano.

“Comunicação e cultura na sociedade do espetáculo: a pro-dução/destruição da cidade-espetáculo” é uma introdução ao livro, aqui o pensamento de Guy Debord, em especial o seu conceito de cultura, é utilizado como ponto de partida para uma reflexão que argumenta que o tema da produção e da destruição da cidade--espetáculo é fundamental para uma compreensão das relações entre cultura e comunicação na sociedade contemporânea. A pos-sibilidade de questionamento cultural da sociedade do espetá-culo é investigada mediante o contraponto entre cidade-espe -táculo e cidade-história. Se a comunicação dialógica é a principal característica da cidade-história, espaço do exercício político da liberdade, a mercantilização é a principal característica da cidade-espetáculo. De diferentes maneiras, com diferentes graus de intensidade, o conceito de cultura de Guy Debord, e o con-traponto cidade-espetáculo/cidade-história percorrem o livro como um todo.

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comunicação

apresentação

13de partida para um questionamento do processo de fragmenta-ção da realidade e de esvaziamento, particularmente no que diz res-peito aos trabalhadores, na condição de produtores da realidade.

Mas, como é impossível pensar a produção cultural sem uma abordagem dos processos comunicacionais, em especial do domí-nio exercido pela construção de imagens no interior desses pro-cessos, o objetivo deste livro Cultura, comunicação e espetáculo, que reúne textos apresentados nos seminários do Grupo de Pesquisa Comunicação e Sociedade do Espetáculo da Faculdade Cásper Líbero, é analisar as relações entre a cultura e a comunicação den-tro do contexto da sociedade do espetáculo. Os capítulos dialo-gam com os conceitos desenvolvidos por Guy Debord, além de outros autores vinculados à teoria crítica da sociedade e da comu-nicação. Os textos procuram compreender a articulação entre a produção cultural, os processos comunicacionais e os mecanis-mos da dominação social, mas também expõem a possibilidade de a cultura questionar a sociedade do espetáculo, promovendo for-mas alternativas de comunicação, seja no espaço virtual, seja no espaço real, em especial no espaço urbano.

“Comunicação e cultura na sociedade do espetáculo: a pro-dução/destruição da cidade-espetáculo” é uma introdução ao livro, aqui o pensamento de Guy Debord, em especial o seu conceito de cultura, é utilizado como ponto de partida para uma reflexão que argumenta que o tema da produção e da destruição da cidade--espetáculo é fundamental para uma compreensão das relações entre cultura e comunicação na sociedade contemporânea. A pos-sibilidade de questionamento cultural da sociedade do espetá-culo é investigada mediante o contraponto entre cidade-espe -táculo e cidade-história. Se a comunicação dialógica é a principal característica da cidade-história, espaço do exercício político da liberdade, a mercantilização é a principal característica da cidade-espetáculo. De diferentes maneiras, com diferentes graus de intensidade, o conceito de cultura de Guy Debord, e o con-traponto cidade-espetáculo/cidade-história percorrem o livro como um todo.

A primeira parte – “Comunicação e cultura: o virtual e o real” – discute o conceito de cultura no contexto da sociedade do espetáculo, seja no espaço virtual da cibercultura, seja no espaço real das cidades. O capítulo inicial, escrito por Valdir José de Castro, reflete sobre a cibercultura, o tecnocapitalismo e a comunicação espetacularizada, marcada pelo infoentretenimento e pela iconofagia. Ainda que a temática das cidades não esteja diretamente presente, ele aborda a comunicação virtual, cada vez mais presente nos espaços urbanos, com a utilização de aparelhos celulares conectados à internet. O segundo, redigido por Jaime Carlos Patias, toma como referencial o conceito de cultura como lugar de busca da unidade perdida na sociedade capitalista, e pre-tende refletir sobre a possibilidade de a cultura popular ser uma alternativa. O terceiro, de Márcia Eliane Rosa e Juliana Andrea Vieira dos Santos, também discute a possibilidade de a cultura popular ser uma alternativa à cultura do espetáculo, analisando uma manifestação cultural da periferia da cidade de São Paulo.

A segunda parte – “Teatro e sociedade do espetáculo” – reflete sobre a produção teatral dentro do contexto da sociedade do espe-táculo, analisando tanto a subordinação do teatro à cultura-espetá-culo quanto a possibilidade de ele questionar essa cultura. O quarto capítulo, escrito por Adriana Sá Moreira, analisa projetos culturais com cunho educacional, na área do teatro, e reflete sobre seus vínculos com a sociedade do espetáculo. O tema do capítulo seguinte, de Gerson da Silva Esteves, é o crescimento do teatro musical, analisado sob o prisma do colonialismo cultural promo-vido pela sociedade do espetáculo no Brasil. O capítulo que encerra a segunda parte, redigido por Antonio Luiz Gonçalves Junior, reflete sobre a possibilidade de a arte resistir aos processos hege-mônicos da cultura do espetáculo, com a valorização da cidade--história, examinando alguns aspectos do espetáculo Bom Retiro 958 metros realizado pelo Teatro da Vertigem em São Paulo.

A terceira parte – “Movimentos sociais urbanos e cultura do espetáculo” – analisa movimentos sociais que ocorrem nos espaços urbanos, seus processos comunicacionais e suas relações com a

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CULTURA, COMUNICAÇÃO E ESPETÁCULO

cultura do espetáculo. No sétimo capítulo, de Eliana Natividade, há uma análise da cobertura das manifestações de rua de junho de 2013, feita pela Mídia Ninja, voltada para uma reflexão sobre a possibilidade de ela ser uma alternativa à cobertura da grande mídia, marcada pela cultura do espetáculo. O capítulo seguinte, redigido por Mara Ferreira Rovida, tem como foco uma reflexão sobre a presença nas manifestações de 2013 de grupos profissionais como médicos e advogados, que colocaram em prática princípios de solidariedade social que contrariam a lógica da cultura do espe-táculo. O último capítulo, redigido por Ethel Shiraishi Pereira, pode ser considerado um texto que “fecha” a obra, pois retoma o conceito de cultura de Debord, em especial a crítica ao urbanismo e à vida cotidiana, estabelecendo um confronto entre essa postura e a ocupação dos espaços públicos a partir dos anos 2000 por movi-mentos como as “flashmobs”, que se articulam pela internet, e pos-suem vínculos com a dimensão mercantil da cidade-espetáculo.

Embora, desde 2008, a sociedade capitalista esteja passando por um período de crise, com diferentes desdobramentos em escala mundial, o debate sobre alternativas à ideologia neoliberal, de defesa da mercantilização de todas as dimensões da vida social, é praticamente inexistente, em especial no contexto brasileiro. Cul-tura, comunicação e espetáculo chama a atenção para a possibilidade de a produção cultural servir de crítica à sociedade do espetáculo, que é o alicerce do neoliberalismo e, ao mesmo tempo, expõe as dificuldades para a concretização dessa crítica, e tem a intenção de contribuir para o fortalecimento do debate sobre as alterna-tivas a uma forma de vida social que, a cada dia, demonstra ser mais desumana.

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