cult urbana

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cult ZOMBIE BOY Rick Genest, o modelo canadense que tem quase 100% do corpo tatuado ˚DC˚KING˚OF˚ ˚SAO˚PAULO ˚ Saiba quem foi coroado Rei de São Paulo ˚OFWGKTA ˚˚ Sempre envolvidos em alguma polêmica R$6,50 / JULHO 2012 #1 WWW.CULTURBANAMAG.COM.BR

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Diagramado por Murilo Francisco

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cult

ZOMBIEBOY Rick Genest, o modelo canadense que tem quase 100% do corpo tatuado

 DC KING OF  SAO PAULO 

Saiba quem foi coroado

Rei de São Paulo

 OFWGKTA  

Sempre envolvidos

e m a l g u m a p o l ê m i c a

R$6,50 / JULHO 2012 #1

WWW.CULTURBANAMAG.COM.BR

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A revista Cult Urbana aborda assuntos que estão voltados para pessoas que se inte-ressam ou possuem curiosi-dade sobre o estilo de vida que encontramos nas ruas das cidades. Nessa edição, temas com tatuagens, mu-sicas ofensivas e skatistas ganhando o mundo estarão presentes junto a uma dia-gramação limpa e prazerosa de ler.

É um projeto que visa para construir uma Revista mode-lo para o Curso de Design Gráfi co da FEAN, turma da 4ª fase. Haverá apenas uma edição de teste para a 3ª Avaliação.

Murilo Francisco da SilvaEditor Chefe

Editor: Murilo Francisco

Conselho Editorial: Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presiden-te), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Gian-carlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita

Presidente Executivo Abril Mídia: Jairo Mendes Leal

Diretor de Assinaturas: Fer-nando CostaDiretor Geral Digital: Manoel LemosDiretor Geral de Publicidade: Thais Chede Soares

Presidente Executivo: Murilo Fracisco da Silvawww.culturbanamag.com.br

Page 4: Cult Urbana

SUMÁRIO

A MODADAS RUAS 6

10

OFWGKTA

Rock in rioRock in rioRock

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LUAN OLIVEIRA

PEDRO BARROS

20

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urbana

A MODADAS RUAS

6

Taylor Gang

A moda street ou moda de rua como já diz o próprio termo, é o estilo urbano de se vestir. O conceito começou nos anos 70, com o movimento punk, que surgiu no auge da guerra fria. Nesse momento havia muitos contrastes sociais que propiciavam a formação de movimentos de transformação social. Assim, na Inglaterra,

jovens marginalizados por essa sociedade começaram a apresentar um jeito agressivo de se vestir, que manifestava rebeldia contra a hipocrisia, os privilégios, a sociedade conformista e as desigualda-des sociais. O estilo punk teve grande força podendo ser percebido até os dias de hoje, com as calças rasgadas, os

piercings e as tatuagens. Um grupo ícone desse estilo foi o Sex Pistols.Essa moda de rua é como uma manifestação de segregação em “tribos” e está intimamente ligada aos movimentos jovens associados a algum tipo de música, visto que além dos punks, outras tribos de rua foram surgindo.

Foto

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Kanye West

Lindsey James

Oculos modelo Wayfarer estao em alta

O movimento hip hop que começou nas comunidades afro-americanas é um exem-plo. A cultura street do hip hop abrange basicamente 4 elementos importantes como o rapper, o DJ, o grafi te e breakdan-ce. O skate surge na década de 60 trans-formando-se em mais uma tribo. Assim, uma forma diferente de se vestir demons-trava a qual das 3 tribos se pertencia visto que cada uma delas tinha características particulares aplicadas à vestimenta e eram elas que faziam essa diferenciação.

Na década passada ainda havia essa se-gregação com as características próprias de cada estilo. O punk se vestia com rou-pas rasgadas, o rapper por sua vez com roupas caindo de tão largas, os roqueiros com suas calças justas. Atualmente não há toda essa separação e o principal motivo é a internet. Com a velocidade das informações, as novidades chegam e são absorvidas instantaneamente e inseridas no estilo de se vestir.

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urbana

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John Furk

Colecao de Verao 2012 da Supreme~~~

Sonia Dark

Atualmente as pessoas que aderem à moda street não querem somente se dife-renciar como skatistas, punks, grafi teiros ou DJ’s, além disso, hoje o que se busca é a mistura de estilos e tribos, e por meio dessa mistura, criar um estilo próprio. Atualmente não existe mais um padrão de streetwear visto que as pessoas gostam de diversos estilos musicais e incorporam acessórios às roupas da sua maneira, personalizando-as.

Essa moda é muito dinâmica e se redefi ne constantemente, por esse motivo os modis-mos surgem com a mesma rapidez com que desaparecem. A moda pode começar nas ruas e inspirar estilistas que dão uma nova visão e levam o estilo a um número maior de pessoas tornando-o popular. Isso ocorre com o novo streetwear que agrega peças de alfaiataria ao look, dando “ar” mais formal com sapatos e calças sociais.

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9

A$AP Rocky Juliet Sonnie

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Of Compton

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banda

OFWGKTAÉ o nome do colectivo que está a mudar a face do hip-hop à custa da fúria, da idolatração do acaso e da descoberta do génio maligno que existe em cada um de nós.

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banda

“KILL PEOPLE BURN SHIT F*CK SCHOOL”

Odd Future Wolf Gang Kill Them All (Futuro Estranho Gangue do Lobo Mata Todos Eles) nasceram em 2007, na culturalmente efer-vescente cidade de Los Angeles, o grupo começou a marcar presença na Internet, onde foi colocando disponíveis os trabalhos dos seus artistas. Com uma sonoridade e letras marcadas por imagens obscuras, irreverência niilista, afirmações fortes e uma aura de violência gratuita, o Wolf Gang (um dos nomes pelos quais também pode ser chamado) cedo captou a atenção de algum público, principalmente jovem, muito por culpa da inteligência dos executantes, com destaque para Tyler, the Creator e Earl Sweatshirt.

Foi um início prometedor, mas não o sufi-ciente para a ambição dos seus membros e, principalmente, do seu fundador, Tyler, the Creator, que comprou polémicas com vá-rios sites e blogues sobre a forma como se poderia definir o estilo de OFWGKTA e criticou a falta de apoio e divulgação dos mesmos. Uma atitude que, na altura, foi vis-ta como uma birra de um rapper que estava longe de ser famoso. Hoje é quase uma piada que Tyler usa com astúcia no seu twit-ter sempre que um desses sites ou blogues falam de si ou de OF, algo que agora, cada vez mais frequentemente, é obrigatório.

O colectivo é feito do mesmo material de que é feito o hype, o viral e o mediatismo. A ascensão, apesar de rápida, não foi meteórica e é um fenómeno curioso pelos elementos que tornam este movimento um caso com poucos paralelismos, apesar de utilizar factores já conhecidos da história do espectáculo e da música. O caminho dos Odd Future tem tanto de sociologia da cultura pop, como de mitologia moderna, um autêntico enredo fantasioso que culmina nas actuações ao vivo, nas quais demónios se exorcizam e energia cósmica é libertada.

12 Tyler sempre educado

Foto

por

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Tyler The Creator foi premiado na gala de pré-mios da MTV Video Music Awards 2011, tendo sido distinguido na categoria de “Melhor Novo Artista” com o videoclip para o tema “Yonkers”. O vídeo, realizado pelo próprio Tyler The Cre-ator, rapidamente se tornou viral após ter sido colocado online há seis meses, tendo atingido quase vinte milhões de visualizações entretanto.

Versos furiosos, instrumentais obscuros e pouco ortodoxos, onde as linhas de sintetizador viajam sem qualquer tipo de respeito ou consideração pelas batidas que rastejam a velocidades baixas e desconexas. Mas não só. Soul com letras depressi-vas, rap furstradopela ausência da figura paternal, pop psicadélico, que conta histórias repletas de sexo e drogas, e música de festa despreocupada, com referências pouco honrosas ao sexo feminino. Uma mistura ex-plosiva repleta de contradições, tal como a vida de qualquer adolescente em Los Angeles, que anda à procura de uma razão para viver.

Um refrão agressivo como “Kill People, burn shit, fuck school” convive com letras que falam sobre as saudades da sua mãe e a ausência do pai que nunca conheceu. O lançamento de “Goblin”, o segundo album a solo de Tyler, foi um ponto de vi-ragem na vida do grupo. rappers ou de admitir que quer ser famoso e rico, ao mesmo tempo que olha com escárnio para a indústria que antes o ignora-va e afirma que quer continuar a fazer as coisas à suamaneira.

Tyler é o criador da imagem gráfica do colectivo e o realizador da maioria dos seus vídeos. A rebeldia e anarquia transmitida pela atitude dos membros de Odd Future é contrastada por uma visão criativa cuidada, onde a imagem é trabalhada com coerên-cia e onde estão presentes elementos da cultura urbana, como é o caso do skate e da fotografia.

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Foto

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Show da OFWGKTA em Miami

OFWGKTA no palco do MTV Video Music Awards 2011

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Rio de Janeiro - Brasil

Z3 Z4 Z5 Z9 30 - Setembro

01 0Z - Outubro

Z0117 700 98

DIAS DE

FESTIVALMILPESSOAS

HORASDE MUSICA

100 mil rock in rio cards vendidos com 10% do line-up anunciado

INGRESSOS ESGOTADOSEM 4 DIAS DE VENDA OFICIALEM 4 DIAS DE VENDA OFICIALEM 4 DIAS DE VENDA OFICIAL

M ex i c opais mais votado

para receber o

f est i val

560 mil votos

560 560 milmil votosvotos

rock

in Rio

brasil

VANS

WARPED

TOUR

835.364

4.307.96Z

5.000.000

Volume de SeguidoresRock in Rio

Lisboa e

Madrid

+279.408

4Z8.9853Z0.428 317.544 31Z.966 Z6Z.575 Z59.060 Z29.Z04 Z19.863

COACHELLA GLASTON-

BURRYLOLLAPA-

LOOZA

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fields

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sensATIOn

festival

rock in

rio

lisboa

oxegen

~180 milhoesde pessoas impactadas em midias sociais

4,5 milhoes de seguidores em redes sociais

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1985 Z0011991 Z004

Rio de JaneiroJacarepaguá

11 a 21 de Janeiro1ª Edição28 Bandas

1.380.000 pessoas

Rio de JaneiroMaracanã

18 e 27 de Janeiro2ªw Edição44 Bandas

700.000 pessoas

Rio de JaneiroJacarepaguá

12 e 21 de Janeiro3ª Edição

160 Bandas1.235.000 pessoas

LisboaPaque da Bela Vista

28 de Maio e 6 de Junho de 20044ª Edição77 Bandas

386.300 pessoas14

Rock in Rio

infografico

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Fique por dentro da Fique por dentro da estrutura daestrutura da

cidade do

rock

Z006 z008 Z010 z011

Lisboa Parque da Bela Vista

26 de Maio e 4 de Junho de 20065ª Edição60 Bandas

350.000 pessoas

MadridArganda Del Rey

27 de Junho e 6 de Julho de 20087ª Edição61 Bandas

291.000 pessoas

Lisboa Parque da Bela Vista21 e 30 de Maio de 2010

8ª Edição82 Bandas

320.000 pessoas

Rio de Janeiro Parque Olímpico Cidade do Rock

23, 24, 25 e 30 de Setembro1 e 2 de Outubro

177 Bandas700.000 pessoas

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capa

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Tatuagens são um grande tabu, ao longo dos anos as pessoas vem aceitando cada vez mais esta arte. Algumas pessoas gostam tanto das tattoos que chegam a extremos como tatuar o corpo inteiro, cobrir o corpo todo com elas. O nosso amigo Rick Genest é um desses extremos. Nasceu em Châteauguay, subúrbio de Montreal. De acordo com sua mãe, ele esperou até os 16 anos (em respeito a ela e seu pai) para fazer sua primeira tatuagem. Ele então saiu de casa para morar sozinho aos 17 anos, após termi-nar o colegial, mas só aos 21 anos procurou o artista Frank Lewis, responsável por criar a maior par-te de suas tatuagens.

O processo durou mais que 6 anos e Rick gastou muito dinheiro no que considera ser uma obra de arte, concebida por ele para retratar “o corpo humano como um corpo em decomposição, a arte de um cadáver apodrecendo”, e tam-bém um “tributo aos filmes de horror”, seu gênero favorito.

Ele tornou-se uma fi gura popular no cenário underground de Mon-treal, mas passou por difi culdades fi nanceiras e acabou se tornando um sem-teto. Em 5 de março de 2010, uma página do Facebook foi criada sobre a escolha inusita-da de Rick por suas tatuagens. A página chegou a ter mais de 1,5 milhões de membros, e culmi-nou com a descoberta de Rick por Nicola Formichetti, diretor de moda de Lady Gaga. Em 19 de janeiro de 2011, Rick apareceu na coleção outono/inverno masculina da Mugler como modelo principal. O desfi le não havia sido original-mente planejado e foi, de fato, resultado da descoberta de Rick por Formichetti e subsequente promoção por Lady Gaga.

A descoberta de Rick também provocou um desfi le do próprio Formichetti. A apresentação foi acompanhada de um vídeo de Rick produzido pelo fotógrafo de moda Mariano Vivanco. Rick ainda apareceu ao lado de Lady Gaga no desfi le da coleção outono/in-verno feminina do mesmo ano.

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capa

Nicola Formichetti, estilista da Lady Gaga e diretor criativo do lendário Paris baseado na casa de moda Theirry Mugler, estava navegando na internet, quando se deparou com uma foto do Genest na revista Dressed to Kill. Formichetti fi cou fascinado por Genest e entrou em contato através de sua conta no Face-book.

No início de Janeiro de 2011, Formichetti voou para Montreal para se reunir com Genest para fotografar para a campanha do Outono 2011 da Thierry Mugler. Em seguida, Formichetti convi-dou Genest para ir à Paris como

modelo para o desfi le daMugler. Foi a primeira vez que Rick tinha viajado para fora do Canadá, e aliás a sua primeira vez em um avião.

Atuando como seu “trevo de quatro folhas”, Formichetti en-tão levou Genest ao que seria o auge de sua carreira até entao de, uma participação especial no clipe da nova música da Lady Gaga, “Born This Way” fi lmado em Nova York. Logo após seu lançamento, a musica ja havia alcançado mais de 1.000.000 de dólares em vendas.No vídeo, Gaga está comple-tamente maquiada como o

Zombie Boy, como se fossem mãe e fi lho fi lho, onde Genest literalmente nasce de Gaga.

Após as gravações, Rick diz, “Gaga era muito acessível e tem um grande senso de humor e uma ética de trabalho fi rme. Foi fácil trabalhar com ela e ela sabe como colocar todo mundo à vontade. Ela é uma performer altamente qualifi cada, inteligen-te e dedicada“.

Recentemente, Rick foi para Los Angeles participar de um ensaio fotografi co com o famo-so fotógrafo Terry Richardson para a Born This Way Tour.

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Zombie Boy e Lady Gaga,Foto tirada durante a gravação de “Born This Way”

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Recentemente ele foi protagonista de uma enorme polêmica estampada em milhares de sites, o cara apareceu sem um pingo de tinta na pele, ou seja, irreconhecível, na campanha publicitá-ria para os produtos de maquiagem da Dermablend.No comercial, que tem a assinatura “Go Beyond The Cover” - “Vá além da capa” - Zombie Boy aparece tirando a camisa e encarando a câmera. Em se-guida, usa uma esponja e o removedor da marca para esfregar o peito, deixan-do à mostra as tatuagens que tem por baixo da maquiagem. O modelo faz o mesmo processo no rosto.O fi lme mostra ainda toda a produção pela qual o modelo passou para en-cobrir as tatuagens para a campanha. O site da marca na internet também mostra o depoimento de Rick ao ver seu corpo sem tinta.

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Making Of do comercial que Rick Genest participou.Dermablend “Go Beyond The Cover”

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LUAN OLIVEIRA

Luan Oliveira é um dos expoentes brasileiro da atualidade, famoso e respeitado em todo o mun-do pelo seu skate e humildade. Por mais próxi-mo que eu seja dele, é sempre difícil encontrá--lo, até mesmo na internet e cada oportunidade deve ser aproveitada.

Recebi uma mensagem do Luan no chat do Facebook e já o intimei a responder algumas perguntas antes que evaporasse mais uma vez. Difícil conversarmos sem falar muita besteira e dar boas risadas, mas com uma apurada edição consegui separar algumas perguntas para que vocês saibamv quais são os próximos passos desse moleque gente boa. Aproveitem!

Fala Luan, por onde se encontra no momento?R: Agora to em casa em Long Beach, Califor-nia. Essa semana estou sozinho por aqui mas semana que vem o David Gonzales chega da Austrália.

Você está direto aí nos EUA ou as férias foram curtas mesmo?As ferias foram curtas mesmo.O pessoal da Flip achou melhor eu voltar antes para poder fazer umas Tours com eles.

Quais o planos e projetos para esse inicio de temporada?

Esse ano quero fazer duas entrevistas para as revistas gringas e fazer duas capas também. Correr alguns campeonatos e fazer as coisas certas. E, é claro, andar de skate e se divertir.

Em 2010 você fugiu um pouco dos eventos e compromissos para viajar com amigos e andar de skate para se divertir. Então 2011 é uma nova etapa?

2011 vai ser trabalho duro, pois quero que saia meu model de tênis pela Globe e de roupa pela Volcom, então para isso vou trabalhar certinho para que tudo de certo!

Então veremos pouco você aqui pelo Brasil?

Pretendo que me vejam mais do que antes, pois vou trampar muito em toda parte, tanto aqui quanto no Brasil. Quero conhecer umas partes do Brasil que ainda não conheci e aproveitar para fi lmar e fotografar “unos trucos”.

Skatista gaúcho da capital Porto Alegre, vem se destacando nos quatro cantos do mundo.

entrevista

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E o Maloof Money Cup, esse ano vai? Ano passado você surpreendeu a muitos com sua ausência!

Pois é né, é sempre bom não aparecer em alguns eventos, porque daí o pessoal comenta mais de você que não foi do que do cara que estava lá. Esse ano acho que vou sim, não sei ao certo, mas vamos ver.

Você gosta de fazer isso né?

Pô, é da hora fazer isso (risos), ainda mais quan-do é para fi car no Brasil.

Talvez seja isso um motivo de os brasileiros formarem comunidades por aí e andarem qua-se sempre juntos?

Sim, exatamente. É por isso que a maioria dos brasileiros moram perto ou até mesmo juntos. Mas tem muito brasileiro aqui parecido com os gringos, não vou citar nomes, mas não está nem aí para os outros, não ajuda o próximo, sabe?

Já você sei que é o contrário, sempre pen-sando nos amigos e nas pessoas que estão ao seu redor, alguns até o julgam de não dar valor as coisas, pelo seu hábito de comparti-lhar, de onde vem isso?

Tem muita gente que julga porque não sabe pelo que já passei na infância e, é por isso que sempre ajudo os outros, pois não quero que passem pelo mesmo. Eu sou muito mão aberta com minhas coisas, é claro que não sou trouxa também, mas sempre tento aju-dar de alguma forma. Meu pai e minha avó sempre me ensinaram isso, a ajudar o próximo.

E já conseguiu concluir seus planos aqui no Bra-sil de ajudar sua família?

Ainda não, só vou sossegar quando conseguir comprar uma casa própria para meu pai e abrir um negócio para ele.

Esse é meu guri!

Tem que suar os “cambitinhos” (risos)

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BS Noseblunt / Foto por Pablo Vaz

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Pra fi nalizar, sei que além de um bom skatis-ta, você é um ótimo caçador de som no you-tube, quais são as novidades do seu ipod?

(risos) Essa foi boa. Na real tu que sempre vem com uns sons da hora pra mim, né safado? Cadê os meus? Tenho escutado muito Waka Flocka, Three Six Mafi a, Birdman e Lil Wayne nunca falta.

Maravilha Luan, sei que seu tempo aí nos EUA é corrido, mas obrigado pela atenção e boa sorte nessa temporada, tenho muito orgulho de ser seu amigo e poder ser tes-temunha de seus feitos e suas conquistas.. Valeu “lesk”!

Obrigado à você Pablito pela paciência em fazer essa entrevista. Muito orgulho de ser seu “friend” também, valeu coisa feia!

entrevista

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“Ande de skate por amor!”

BS Flip / Foto por Pablo Vaz

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E aí, Pedrinho, ta felizão com os últimos eventos?

Tem que estar feliz!! Ganhar um campeonato é sempre motivo pra muita felicidade.

Você correu em mais de uma modalidade nos X Games L.A. É cansativo ou dá pra agüentar de boa?

É, corri a Mega e o Park. É difícil para o corpo, cansa muito. E as pancadas da Mega destroem.

A gritaria do público e do locutor dos even-tos atrapalha ou dá um gás a mais?

Normalmente, eu estou com fone de ouvido. Mas o público agitado dá um gás.

A gente já sabe que o seu pai tá sempre viajando junto com você. Mas qual a impor-tância que você vê no seu pai estar sempre junto? Ele fi ca no seu pé, faz você dormir cedo pra acordar bem no outro dia?

Ele faz a parte chata. Eu fi co com a boa. Isso me ajuda muito.dirigir.

PEDRO BARROSCom apenas 17 anos, o manezinho nativo de Florianópolis, é ídolo no universo dos skatistas.

Sabe aquele quarto de moleque de 15 anos, cheio de troféus? O quarto de Pedro Barros não é assim. “Calaboca, Fel, como não?” - você deve estar pensando. Bom, vai ter que ler. Mesmo ganhando competição atrás de competição e vivendo o skate 24 horas por dia, ele mantém a cabeça no mundo real, como você vai ver nas próximas linhas.

De algum lugar do mundo, Pedrinho me respondeu as perguntas, falou da sua casa, suas viagens e pra onde vão seus troféus e medalhas. Além de me surpreender, mostrou uma mentalidade de gente grande, preparada e consciente de tudo o que está acontecendo. Esse vai longe!

23

BS Tailgrab / Foto por Helga

“Ande de skate por amor!”

Page 24: Cult Urbana

entrevista

O que os grandes nomes do skate falam pra você, nos eventos? Tipo o Rune, Hosoi, Has-sam... Eles têm medo quando te vêem che-gando?? Como é a relação com esses caras?

Eu sei que eu sou mais um que eles têm que competir contra mas, no skate, quem anda tá ligado: o importante é a session ser legal. É legal quando eu pego uma bateria com esses caras, porque todos se elevam. Posso dizer que tenho uma boa relação com todos.

Algum deles já fez cara feia pra você, depois de perder o 1º lugar?

Não reparo isso, nem quero saber também. Problema de quem fi car. Eu também fi co em se-gundo, em terceiro. Às vezes, nem vou pra fi nal. Fazer o quê?

O Maloof é um campeonato que envolve muita grana. Você consegue sentir que o dinheiro muda o clima, ou nem muda tanto?

Claro, U$75.000 em cash, na mão, todo mundo quer. Ali, o que fala é o dinheiro mesmo. Tem o esquadrão daqueles que sabem que não vão ganhar um evento como esse, como eu, por exemplo. Então, só de estar ali na lista de convi-

dados e com tanta mídia, já é animal.

E a Mega? Ta fi cando mais fácil?

Para todo mundo, mas não pode amolecer. O perigo está ali.

Você já tem alguma historia boa de aeroporto pra contar?

Na verdade, aeroporto é a pior parte da viagem. Não tenho nada de legal pra contar, então nem vale falar.

Você está tendo tempo pra conhecer os paí-ses, ou a correria tá tão grande que você só conhece as pistas?

Meu pai sempre programa algo legal pra fazer. Sempre fi camos de rolê. A gente fi ca uns dias de bobeira, e outros concentrado no evento. Em 90% das viagens, a gente fi ca um ou dois dias a mais, no mínimo, para passear.

Qual o país com o pior clima pelo qual você já passou?

Na verdade, não estive em nenhum lugar ruim até agora.

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FS Indy Air / Foto por Helga

“O skate te proporciona sensações que só ele pode propor.”

Page 25: Cult Urbana

Você já é mundialmente conhecido nas transi-ções... E a rua, as bordinhas, gaps e tal, você curte também? Faz um street quando dá?

Eu adoro street. Só que onde eu moro não tem tanto asfalto, então fi co limitado. Transição, eu tenho na porta de casa.

O que você achou da sua capa na Concrete Wave? Já pegou uns vinte exemplares pra guardar?

Não, não tenho muito apego a essas coisas. Até minha medalha de ouro dos X Games eu já dei para um amigo. O que vale são os momentos mesmo.

O Jake Phelps já te deu algum conselho?

Esse foi um. Ele entrou no meu quarto, viu um monte de troféus e falou: “Isso só serve pra fazer inveja pras pessoas, não tem serventia.” Pensei bem sobre isso e, no outro dia, tirei tudo e dei. Hoje, todo evento que eu ganho alguma coisa, eu dou para quem eu sinto a vibe. O de Bondi eu dei para o pai do meu amigo de infância, e ele quase chorou. Pra mim foi bem melhor, porque deixei na mão de alguém que, realmente, poderá lembrar de mim para sempre.

Como foi na Nova Zelândia? Tem muito skate por lá?

Eu fi quei com meu pai, minha mãe e o marido dela. Ficamos andando pelo país. Vimos algumas pistas, mas o melhor mesmo é o street. É aluci-nante em Auckland, muito bom para andar de madrugada na rua.

Você comeu carne de cachorro na China?

Não. Comi bem pra caramba. Hoje a China é diferente de 3, 4 anos atrás. Tem de tudo, come-mos até em churrascaria.

E as australianas?

São gostosas também! Hahahaha!

Mesmo viajando muito, você acha importante ter um lugar pra chamar de casa? Qual é a sensação quando você chega no RTMF e sabe que vai fi car pelo menos algum tempo por lá?

Nossa, isso faz toda a diferença na minha vida. Eu amo minha casa e meus amigos. Ainda bem que eu posso viajar muito e voltar sempre para um lugar melhor ainda.

Quais os próximos destinos? Já tem algum?

Tudo por aqui nos Estados Unidos até o fi nal do Ano. Alguns bate e volta, só preencher calendá-rio. O melhor desse ano eu já fi z.

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FS Ollie / Foto por Helga

Page 26: Cult Urbana

evento

Competição amadora re-alizada nos dias 3 e 4 de março, que reuniu cerca de 50 dos melhores skatistas amadores de street do País, além de profissionais que prestigiaram o evento. A competição foi realizada em duas locações, e ao contrário de outros campeonatos ama-dores, não foi cobrada taxa de inscrição. Além dos atle-

tas convidados, participaram também oito nomes que foram pré-qualifi cados durante o DC Skate Tour 2011 – Interior Paulista. A premiação foi paga em dinheiro, totalizando quinze mil reais, que foram divididos entre os oito fi nalistas – sendo seis mil reais para o vencedor.Profissionais presentes: Alex Carolino, Felipe Gusta-vo, Augusto Fumaça, Rafael

Finha, Fabio Castilho, Denis Silva, Jaílson Siqueira, Die-go Korn, Marcelo Formigui-nha, Binho Sakamoto, Lucas Xaparra, Rogerio Mancha, Guilherme Rocha, Klaus Bohms, e os juízes Diego Chavero, Rodrigo Maizena e Bruno Aguero.

O melhor e mais atual do street skate brasileiro pode ser visto mais uma vez no DC King of São Paulo

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27

Tiago Lemos / SS FS BluntFoto por Atila Chopa

Jhonatan Mentex / FS BluntFoto por Atila Chopa

Felipe Nery / FS FlipFoto por Atila Chopa

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28

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Público presente no eventoFoto por Atila Chopa

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Page 30: Cult Urbana

evento

R e s u l t a d o s F i n a i s :

1 º F e l i p e N e r y2 º Y u r i F a c c h i n i

3 º V i n i c i u s d o s S a n t o s4 º D o u g l a s M o l o c o p e5 º J o n a t h a n M e n t e x6 º J o ã o P e d r o A r a b e

7 º M a r i o R o m a r i o8 º L e h i L e i t e

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Medalhas da premiaçãoFoto por Atila Chopa

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Princesa do skate, Leticia Bufoni viaja o mundo e coleciona medelhasSó em 2010, Leticia Bufoni, 17, esteve em Londres, Roma e Pra-ga. Tudo antes de conquistar o vice-campeonato do X-Games, as olimpíadas dos esportes radicais, na semana passada. O brasileiro Pedro Barros, 15, foi o campeão na modalidade park. Como ela, ele perdeu a conta dos países que já conheceu por conta do skate.

“Quando eu comecei, foi uma brincadeira. Nunca imaginei que levaria o skate tão a sério. Sabe quando tem a modinha da vez? Era isso”, explica Letícia. Também por conta do esporte, ela mora em Los Angeles desde 2007.

Leticia Bufoni / Ollie TransferFoto por Heverton Ribeiro

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