culpabilidade e ilicitude

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Aula Tipo e Tipicidade 1º 2015

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  • Aula Tipo e Tipicidade 1 2015

  • PrembuloO presente resumo no tem o condo de substituir as doutrinas sobre os temas aqui abordados. Destina-se ao auxilio de aula to somente visando economizar o tempo de transcrio na lousa. , portanto, apenas um material de apoio que no torna dispensvel a leitura do Cdigo, nem o estudo da doutrina e jurisprudncia. Proibido sua divulgao sem a devida autorizao, respondendo penal, civil e administrativa por eventual danos e outros.Tem como fonte as doutrinas mencionadas e jurisprudncia sobre os temas- Profa. MSc. Ana Cristina da S. Souza 2015.

  • Tipicidade

  • Conceito: a adequao entre o fato praticado pelo homem e a norma descrita na lei penal como crime. Trata-se de elemento do fato tpico. Se no houver tipicidade, o fato ser atpico e, portanto, no haver crime.

  • Conceito: a descrio da conduta que o legislador deseja ver incriminada, ou seja, a descrio legal do comportamento proibido. atravs do tipo penal que se encontra a frmula ou modelo usado pelo legislador para definir a conduta penalmente punvel. A construo do tipo penal conseqncia do princpio da legalidade, segundo o qual no h crime sem lei anterior que odefina, nem pena sem prvia cominao legal.

  • necessrio, portanto, a descrio ou definio detalhada do que o ordenamento jurdico entende por fato criminoso. Dessa forma, em vez de dizer genericamente proibido matar, ou proibido furtar, a lei descreve, pormenorizadamente, o que crime. O tipo penal do homicdio, por exemplo, est na descrio que o art. 121 do CP d: matar algum, assim como o tipo penal do furto encontrado no art. 155 do CP: subtrair para si ou para outrem coisa alheia mvel.

  • a)incriminadores: so os tipos que descrevem condutas proibidas com imposio de penas. Ex: art. 121 do CP;

    b)permissivosou justificadores: so os tipos que no descrevem condutas proibidas, trazendo em seu contedo, normas que autorizam o agente a praticar certas condutas tpicas. Ex: art. 23 do CP.

  • Espcies quanto aos elementos:

    a)fundamentais: so os que contm os componentes essenciais do crime. Localizam-se nocaputde um artigo. Ex: art. 121 do CP;

    b)derivados: so os que se formam a partir do tipo fundamental, mediante o acrscimo de circunstncias que agravam ou atenuam a pena.Ex: art. 121, 1, do CP, art. 121, 2, do CP, art. 155, 1, do CP.

  • 1)objetivos:2)normativos:3)subjetivos:

  • referem-se ao aspecto material do crime. So descritivos. A frmula do tipo composta de um verbo que expressa a conduta. Ex: art. 121 do CP (matar algum);

  • So aqueles que dependem de um juzo de valor. Referem-se a expresses usadas pela lei, que exigem uma avaliao do seu significado jurdico ou social, como por exemplo, os conceitos dedocumento(art. 297, CP),ato obsceno(art. 233, CP),alheia(art. 155, CP) etc;

  • referem-se a um especial fim de agir do agente quando pratica o fato. Nesse caso, ser necessrio que o sujeito, alm da vontade de realizar o ncleo da conduta (o verbo), tenha tambm a finalidade especial descrita no tipo penal. Ex: no caso do furto (art. 155, CP), no basta a vontade e a conscincia de subtrair coisa alheia mvel, sendo necessrio que o agente pratique a subtrao com a finalidade especial de assenhorar-se do bem com nimo definitivo ou de entreg-lo a terceiro, uma vez que o tipo penal tem esta finalidade especial como um de seus elementos (para si ou para outrem).

  • Se o agente subtraiu sem inteno de ter o bem para si com nimo definitivo, ou seja, apenas para us-lo e depois devolv-lo, no haver crime, por ausncia do elemento subjetivo do tipo. No caso do homicdio, para que ocorra o crime, basta a conscincia e a vontade de tirar a vida de algum, uma vez que o tipo penal no exige nenhuma finalidade especial (no tem o elemento subjetivo). Outros exemplos: art. 131, CP (com o fim de); art. 158, CP (com o intuito de); art. 288 (para o fim de) etc.

  • Geralmente os tipos penais so compostos s por elementos objetivos que so aqueles que se referem ao aspecto material (materialidade) da infrao penal, como, por exemplo, no homicdio (matar algum). Noutras, como no exemplo do tipo do furto, aparecem, alm de elementos objetivos (subtrair coisa mvel), elementos normativos (alheia) e elementos subjetivos (para si ou para outrem).

  • Ocorre quando o tipo penal depende de outras normas para se completar. Na verdade, nem sempre a adequao do fato ao tipo se opera de forma direta, existindo situaes em que necessrio tipicidade, que se complete o tipo penal com outras normas contidas na Parte Geral do Cdigo Penal, como ocorre na tentativa (art. 14, II, CP) e no concurso de agentes (art. 29, CP).

  • Conceito:

    Ocorre erro de tipo, quando o agente erra (por engano, desconhecimento ou falso conhecimento) sobre os elementos do tipo (art. 20, CP).

  • Tipo a descrio legal do comportamento proibido, ou seja, a frmula ou modelo usado pelo legislador para definir a conduta penalmente punvel. A lei deve descrever pormenorizadamente, o que crime. Assim, por exemplo, o tipo do homicdio est na descrio que o art. 121 do CP d: matar algum.

  • Ora, como se sabe, o dolo compreende a vontade e a conscincia de realizar o tipo penal. Assim, se o sujeito pensou matar um animal, mas, na verdade, estava matando um ser humano (algum) porerro, no tinha conscincia de realizar o comportamento punvel, isto , no sabia que estava matando uma pessoa. H erro em relao ao elemento objetivo do tipo (matar algum). para regular tais hipteses e outras semelhantes que o art. 20 do CP dispe que o erro (engano, desconhecimento) sobre elemento constitutivo (seja elemento objetivo, subjetivo ou normativo) do tipo legal do crime (de sua descrio legal)Exclui o dolo,mas permite a punio por crime culposo, se previsto em lei.

  • a) essencial:b) acidental:

  • a) essencial:quandoo errorecai sobre os prprios elementos do crime.Neste caso, h excluso do dolo;b) acidental: quandoo errorecai sobre dados acessrios ou secundrios do crime.No impede o sujeito de saber que est praticando o crime. O sujeito age com conscincia do fato, enganando-se a respeito de um dado no essencial ao delito quanto maneira de sua execuo. O erro, portanto, irrelevante, pois meramente acidental. No h excluso do dolo. Ex: o sujeito pensa estar furtando uma mala com jias, quando ela contm apenas roupas. EX: Do marido traidor

  • Espcies:

    a) erro inevitvel:ocorre quando o agente atuou com erro apesar de ter tomado os cuidados objetivos.H excluso do dolo e da culpae, portanto,no haver crime. Ex: Tcio que encontra-se perdido numa floresta, atira numa pessoa acreditando tratar-se de um animal selvagem e bravio, quando na verdade, era Mvio. Provando-se que qualquer pessoa, nas condies em que se viu envolvido, teria a mesma suposio, haver excluso do dolo e da culpa;

  • b) erro evitvel ou culposo:ocorre quando o agente poderia t-lo evitado com as cautelas exigveis nas condies em que se encontrava. Neste caso, o erro afasta o dolo, mas, havendo culpa, responder por crime culposo,se houver previso legal.

  • Conceito:erro provocado aquele causado por terceira pessoa. De acordo com o art. 20, 2, do CP, responde pelo crime o terceiro que determina, causa, provoca o erro.

  • a)PROVOCAO DOLOSA:Se a terceira pessoa que causou o erro agiu dolosamente, com o propsito de provocar o engano para que o crime ocorresse, houveprovocao dolosae ela responder pelo crime na forma dolosa. Ex.: o mdico, que desejando matar o paciente, entrega enfermeira uma injeo que contm veneno, afirmando que se trata de um anestsico e faz com que ela a aplique. bvio que a enfermeira agiu por erro determinado, provocado por terceiro (o mdico), e no dolosamente (pois no pretendia a matar o paciente). Neste caso, apenas o mdico, responder pelo crime;

  • Se a terceira pessoa tiver causado o erro por culpa, ter havidoprovocao culposae a pessoa que determinou, causou o erro, responde por crime culposo, mas se o fato por punvel a ttulo de culpa.

  • Sem verificar se est ou no carregado, Tcio entrega a Mvio um revlver, afirmando, entretanto, que se encontra sem munio e induzindo-o a acionar o gatilho. Mvio dispara o revlver e o projtil atinge Valtiberson, que morre. O provocador (Tco) responder por homicdio culposo, pois existiu provocao culposa, ou seja, o agente provocador, apesar de no agir com dolo, atuou com culpa, ou seja, com falta do dever objetivo de cuidado.

  • Situao do provocado:o provocado, ou seja, a pessoa que executou a ao, provocado por terceiro, no responder pelo crime, se oerroa que foi levado erainevitvel, ouresponder por culpa, se pudesse ter evitado o erro (oerroeraevitvel), caso agisse tomando os cuidados objetivos necessrios. Ex.: responder tambm por homicdio culposo, o agente que recebendo a arma, no exemplo anterior, no verifica se ela est ou no carregada, apesar da afirmao do agente provocador de que se encontra sem balas.

  • Conceito: o erro do agente que recai sobre a pessoa. Trata-se deerro acidental. De acordo com o art. 20, 3, do CP, o erro do agente, atingindo pessoa diversa da pretendida, no excluir o crime doloso. No entanto, de acordo com a lei, no se consideram as condies ou qualidades da vtima real, mas as da pessoa contra quem o sujeito pretendia agir.

  • O sujeito pretende matar o prprio irmo e, percebendo a aproximao de um vulto e acreditando ser o seu irmo, efetua disparos vindo, porm, a matar pessoa estranha. Neste caso, responder pelo crime como se tivesse matado seu irmo. Como consequncia, ter sua pena agravada de acordo com o art. 61, II,e), 3 figura, do CP, apesar de ter matado terceiro e no seu irmo. E no exemplo acima, se o sujeito pretendesse matar uma pessoa estranha e por erro, matasse seu irmo, no haveria a incidncia da agravante.

  • Ocorrem quando o agente, levado a erro pelas circunstncias do caso, supe agir acobertado por uma causa excludente da antijuridicidade. O art. 23 do CP prev as causas de excluso da ilicitude: estado de necessidade, legtima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exerccio regular de direito.

  • possvel que em certas situaes o sujeito suponha por erro, encontrar-se em face de uma dessas causas que excluem a antijuridicidade. Quando isso ocorre, aplica-se o disposto no art. 20, 1, 1 parte, do CP: isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstncias, supe situao de fato que, se existisse, tornaria a ao legtima. Para tanto ser necessrio que o sujeito tenha laborado em erro de tipo essencial e inevitvel, pois haver excluso do dolo e da culpa. Tratando-se de erro evitvel, se o agente poderia t-lo evitado caso tomasse os cuidados objetivos devidos, responde pelo delito culposo, se previsto em lei a modalidade culposa.

  • Vimos que a conduta deve ser considerada um fato tpico para que o primeiro elemento do crime esteja presente. Entretanto, isso no basta. Uma conduta enquadrada como fato tpico pode no ser ilcita perante o direito. Assim, a ilicitude a condio de contrariedade da conduta perante o Direito.

  • Estando presente o primeiro elemento (fato tpico), presume-se presente a ilicitude, devendo o acusado comprovar a existncia de uma causa de excluso da ilicitude. Percebam, assim, que uma das funes do fato tpico gerar uma presuno de ilicitude da conduta, que pode ser desconstituda diante da presena de uma das causas de excluso da ilicitude

  • Genricas So aquelas que se aplicam a todo e qualquer crime. Esto previstas na parte geral do Cdigo Penal, em seu art. 23; Especficas So aquelas que so prprias de determinados crimes, no se aplicando a outros. Por exemplo: Furto de coisas comum, previsto no art. 156, 2. Nesse caso, o fato de a coisa furtada ser comum retira a ilicitude da conduta. Porm, s nesse crime!

  • a) estado de necessidade; b) legtima defesa; c) exerccio regular de um direito; d) estrito cumprimento do dever legal. Entretanto, a Doutrina majoritria e a Jurisprudncia entendem que existem causas supralegais de excluso da ilicitude (no previstas na lei, mas que decorrem da lgica, como o consentimento do ofendido nos crimes contra bens disponveis).

  • Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se.

  • O Brasil adotou a teoria unitria de estado de necessidade, que estabelece que o bem jurdico protegido deve ser de valor igual ou superior ao sacrificado. Exemplo: Marcos e Joo esto num avio que est caindo. S h uma mochila com pra-quedas. Marcos agride Joo at causar-lhe a morte, a fim de que o pra-quedas seja seu e ele possa salvar-se. Nesse caso, o bem jurdico que Marcos buscou preservar (vida) de igual valor ao bem sacrificado (Vida de Joo). Assim, Marcos no cometeu crime, pois agiu coberto por uma excludente de ilicitude, que o estado de necessidade.

  • No caso de o bem sacrificado ser de valor maior que o bem protegido, o agente responde pelo crime, mas tem sua pena diminuda. Nos termos do art. 24, 2 do CP: 2 - Embora seja razovel exigir-se o sacrifcio do direito ameaado, a pena poder ser reduzida de um a dois teros.

  • Assim, se era razovel entender que o agente deveria sacrificar o bem que na verdade escolheu proteger, ele responde pelo crime, mas em razo das circunstncias ter sua pena diminuda de um a dois teros, conforme o caso.

  • a) a existncia de uma situao de perigo a um bem jurdico prprio ou de terceiro; b) o fato necessitado (conduta do agente na qual ele sacrifica o bem alheio para salvar o prprio ou do terceiro).

  • Entretanto, a situao de perigo deve no ter sido criada voluntariamente pelo agente (ou seja, se foi ele mesmo quem deu causa, no poder sacrificar o direito de um terceiro a pretexto de salvar o seu.Ex: O agente provoca ao naufrgio de um navio e, para se salvar, mata um terceiro, a fim de ficar com o ltimo colete disponvel. Nesse caso, embora os bens sejam de igual valor, a situao de perigo foi criada pelo prprio agente, logo, ele no estar agindo em estado de necessidade (parcela da Doutrina entende que mesmo nesse caso h estado de necessidade, mas minoritria);

  • O perigo deve estar ocorrendo. A lei no permite o estado de necessidade diante de um perigo futuro, ainda que iminente; A situao de perigo deve estar expondo leso um bem jurdico do prprio agente ou de um terceiro; O agente no pode ter o dever jurdico de impedir o resultado

  • Ser inevitvel O bem jurdico protegido s seria salvo daquela maneira. No havia outra forma de salvar o bem jurdico; Proporcional O agente deve sacrificar apenas bens jurdicos de menor ou igual valor ao que pretende proteger.

  • O termo voluntariamente, com relao provocao da situao de perigo, entendido pela Doutrina como dolo ou culpa. Assim, aquele que culposamente deu origem situao de perigo no poder se utilizar do instituto do estado de necessidade.

  • Agressivo Quando para salvar seu bem jurdico o agente sacrifica bem jurdico de um terceiro que no provocou a situao de perigo; Defensivo Quando o agente sacrifica um bem jurdico de quem ocasionou a situao de perigo.

  • Real Quando a situao de perigo efetivamente existe;

  • Quando a situao de perigo no existe de fato, apenas na imaginao do agente. Imaginemos que no caso do colete salva-vidas, ao invs de ser o ltimo, existisse ainda uma sala repleta deles. Assim, a situao de perigo apenas passou pela cabea do agente, no sendo a realidade, pois havia mais coletes. Nesse caso, o agente incorreu em erro, que se for um erro escusvel (o agente no tinha como saber da existncia dos outros coletes), permanece o estado de necessidade, excluindo a ilicitude. J se o erro for inescusvel (o agente era marinheiro h muito tempo, devendo saber que existia mais coletes), o agente responde pelo crime cometido, MAS NA MODALIDADE CULPOSA, se houver previso em lei.

  • ESTADO DE NECESSIDADE RECPROCO possvel, desde que ambos no tenham criado a situao de perigo.COMUNICABILIDADE Existe. Se um dos autores houver praticado o fato em estado de necessidade, o crime fica excludo para todos eles.ERRO NA EXECUO Pode acontecer, e o agente permanece coberto pelo estado de necessidade. Ex.: Paulo atira em Mrio, visando sua morte, para tomar-lhe o ltimo colete do navio. Entretanto, acerta Joo. Nesse caso, Paulo permanece acobertado pelo estado de necessidade, pois se considera praticado o crime contra a vtima pretendida, no a atingida.

  • MISERABILIDADE O STJ entende que a simples alegao de miserabilidade no gera o estado de necessidade para que seja excluda a ilicitude do fato. Entretanto, em determinados casos, poder excluir a culpabilidade, em razo da inexigibilidade de conduta diversa

  • PREVISO LEGAL- art. 25, CP.CONCEITO- (legal) entende-se em legtima defesa que, usando moderadamente dos meios necessrios, repele injusta agresso, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

  • no se confunde com mera perturbao, provocao;entende-se por agresso injusta a conduta humana que ataca ou coloca em perigo bens jurdicos de algum;a agresso pode ser ativa ou passiva, portanto, possvel legtima defesa de conduta omissiva, desde que seja uma omisso injusta;ataque de um animal: se espontneo, configura perigo atual. Resolve-se com o estado de necessidade; se provocado pelo dono, configura agresso injusta. instrumento utilizado pelo dono. Configura legtima defesa;

  • conscincia da ilicitude da agresso a agresso deve ser injusta, independentemente da conscincia da ilicitude por parte do agressor. Assim, quem se defende de agresso atual e injusta praticada por inimputvel, age em legtima defesa;

  • observao para Roxin, no se concede a ningum um direito ilimitado de legtima defesa face a agresso de um inimputvel, de modo que a excludente em estudo no se aplica a todas as situaes (como, por exemplo, agresso praticada por criana de 5 anos contra um adulto). Por conta desse impasse, alguns autores preferem aplicar no caso de agresso de inimputvel, os requisitos do estado de necessidade, em especial a inevitabilidade do comportamento lesivo;

  • nem sempre a agresso injusta corresponde a um fato tpico;- se a agresso for imaginria, tem-se legtima defesa putativa, no se excluindo a ilicitude.

  • agresso atual agresso presente;agresso iminente est preste a ocorrer;

    observaes:a) agresso passada reao configura vingana, no configurando legtima defesa;b) agresso futura e incerta configura mera suposio no configura legtima defesa.

  • direito seu a legtima defesa prpria;de outrem a legtima defesa de terceiro;ateno o direito protegido pode ser a vida, sade corporal, honra, patrimnio deve existir sempre proporcionalidade.

  • meios menos lesivo disposio, porm capaz de repelir a injusta agresso;por meio necessrio entende-se o menos lesivo dentre os meios disposio do agredido, porm capaz de repelir a injusta agresso;como lembrava Nelson Hungria, no se trata de pesagem em balana de farmcia, mas de uma aferio ajustada s condies de fato do caso concreto;o meio, ainda, deve ser moderado;reao contra injusta agresso com aberractio ictus (erro na execuo) h duas correntes. Para a primeira corrente, o caso ser de estado de necessidade e no de legtima defesa, pois falta violao o carter de reao contra agresso injusta. J para a segunda corrente, o fato, conforme a regra do art. 73, do CP, deve ser considerado como se praticado contra o agressor, caracterizando legtima defesa a corrente que prevalece.

  • a cincia de que est agindo diante de agresso injusta;vide tabela:No existelegtima defesa real x legtima defesa real (se simultneos).Existe- legtima defesa real x legtima defesa putativa;- legtima defesa putativa x legtima defesa putativa.- legtima defesa sucessiva ocorre legtima defesa sucessiva na repulsa contra o excesso abusivo do agente (temos duas legtimas defesas uma depois da outra). perfeitamente possvel.

  • Estado de necessidadeLegtima defesaH conflitos entre vrios bens jurdicos diante de uma situao de perigo.O perigo decorre de conduta humana, comportamento animal ou fato da naturezaO perigo no tem destinatrio certo.Os interesses em conflito so legtimos ( possvel estado de necessidade real x estado de necessidade real).

    Existe ameaa ou ataque a um bem jurdico.Trata-se de agresso humana.Agresso dirigida, tem destinatrio certo.O interesse do agressor ilegtimo (no possvel legtima defesa real x legtima defesa real, de forma simultnea. Contudo, ser possvel de forma sucessiva. Admite-se tambm a legtima defesa real x legtima defesa putativa que injusta. Admite-se ainda a legtima defesa putativa de legtima defesa putativa.

  • Cdigo Penal BrasileiroTipificao

    PREVISO LEGAL

    art. 23, inciso III, 1 parte, CP