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Isenção de responsabilidade As informações fornecidas neste site ou nos documentos são baseadas no conhecimento atual e limitado à
experiência de Médicos Sem Fronteiras, portanto, são condicionadas pela situação atual, urgente e excepcional
causada pela epidemia de CoVid-19. Essas informações são soluções imperfeitas, provisórias e excepcionais, considerando a falta de soluções padrão
e aprovadas; portanto, elas devem ser usadas apenas na ausência de informações, protocolos, procedimentos ou
materiais aprovados previstos pelos padrões da Organização Mundial de Saúde ou do Ministério da Saúde. Essas informações são publicadas para dimensionar, ampliar e acelerar a resposta dos profissionais
responsáveis e da saúde e da sociedade civil envolvidos na resposta à epidemia. Essas informações não substituem os cuidados médicos profissionais ou as recomendações da Organização
Mundial da Saúde ou do Ministério da Saúde. Médicos Sem Fronteiras não pode ser responsabilizada pela implementação e resultados corretos das soluções
propostas nessas informações.
Médicos Sem Fronteiras
CUIDADOS PALIATIVOS - INTRODUÇÃO
- Os cuidados em situação de fim de vida é um direito de todos os pacientes de acordo com a OMS e
consagrado na Lei Portuguesa.
- Cada paciente tem direito a receber cuidados paliativos integrais e de qualidade, ao mesmo tempo que se toma
em consideração os seus valores e crenças, e sempre dentro do código deontológico de saúde.
- Para isso, também são estabelecidos os deveres dos profissionais de saúde envolvidos nesse processo, assim
como os deveres das instituições de saúde, tanto públicas como privadas, relativamente à prestação destes
serviços.
- Devido à situação excepcional da pandemia COVID-19, recomendamos prestar especial atenção ao direito a
receber cuidados de qualidade em situação de fim de vida, independentemente do âmbito do cuidado em causa.
- Tratamentos curativos e paliativos devem seguir de mãos dadas, dando-lhe o peso certo à medida que a
doença progride (os mesmos não são exclusivos, são complementares).
- Precisamos considerar que estes cuidados precisam de ser integrados de forma holística, tendo em conta todos
os níveis de sofrimento, incluindo o apoio aos familiares. Por exemplo, acompanhar os familiares em despedida
através da prestação de apoio psicossocial.
- O principal objetivo destes cuidados é melhorar a qualidade de vida dos doentes através do alívio da
sintomatologia, melhorar a qualidade das medidas básicas de conforto e de respeitar a decisão informada e o
direito a uma vida digna.
"Os cuidados paliativos previnem e aliviam o sofrimento através da identificação precoce, da avaliação
adequada e do tratamento dos problemas que surgem nos últimos momentos da vida, sejam eles físicos,
psicossociais ou espirituais." (OMS)
RECURSOS RELACIONADOS COM OS CUIDADOS
PALIATIVOS EM PORTUGAL
Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP)
https://www.apcp.com.pt/
Cuidados Paliativos – Serviço nacional de saúde
https://www.sns.gov.pt/sns/cuidados-paliativos/
Equipas de cuidados paliativos em Portugal
https://www.sns.gov.pt/sns/cuidados-paliativos/unidades-de-cuidados-paliativos/
Observatório Português dos Cuidados Paliativo
https://ics.lisboa.ucp.pt/sobre-overview/observatorio-portugues-dos-cuidados-paliativos
Vamos Cuidar - Cuidados Paliativos Pediátricos
http://cuidandojuntos.org.pt/site/
O objetivo dos cuidados paliativos é de PREVENIR e
ALIVIAR o sofrimento e proporcionar a melhor
qualidade de vida possível aos pacientes que sofrem de
uma doença terminal que comprometa a sua vida, a fim
de contribuir para o seu bem-estar e da sua família.
Esses pacientes necessitam de uma gestão
humanizada e adequada ao prognóstico médico,
paralelamente a cuidados dignos e de qualidade, a fim
de proporcionar tranquilidade, alívio da dor, bem-estar e
conforto para o paciente e sua família.
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM COVID-19
Recorda a importância de
usar EPI completo com
doentes COVID-19
positivo ou suspeitos
Recorda a importância do
uso de luvas com todos os
utentes
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM COVID-19
MEDIDAS DE CONFORTO (I)
Mantenha a pele limpa e seca e evite atritos com a
cama durante o movimento.
Não massage nem esfregue a pele para evitar UPPs.
Considere o uso de cremes de barreira protetores para
evitar danos à pele dos pacientes com alto risco de
desenvolver lesões de umidade ou dermatite
associada à incontinência.
Use ácidos gordos hiperoxigenados nas
proeminências ósseas (cotovelos, área sacral,
calcanhares).
Nas zonas de risco especial de UPP, como os
calcanhares, utilizar almofadas que aliviem totalmente
a pressão sobre os mesmos.
As primeiras fases das úlceras são as mais
dolorosas e em pessoas idosas podem aparecer
após apenas 4 horas de pressão numa zona.
Mantenha um ambiente de respeito e tranquilidade.
Evite barulhos desnecessários.
Mantenha a todo o momento os cuidados básicos
de higiene e hidratação da pele (trocas de fralda,
prevenção de lesões por incontinência, temperatura
ambiente adequada, etc.).
Promover a hidratação da pele através da ingestão
oral e aplicação de cremes tópicos.
Mantenha o paciente numa posição confortável
com a ajuda de almofadas e faça pequenas alterações
posturais que aliviem o contato nas zonas de apoio,
tentando movê-lo o mínimo possível.
ÚLCERAS POR PRESSÃO (UPP) CONSIDERAÇÕES PARA O UTENTE
Recorda a importância de
usar EPI completo com
doentes COVID-19
positivo ou suspeitos
Recorda a importância do
uso de luvas com todos os
utentes
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM COVID-19
MEDIDAS DE CONFORTO (II)
O paciente paliativo muitas vezes
apresenta uma diminuição do nível de
consciência (é um paciente sonolento
ou que não responde à voz), por isso
apresenta alto risco da passagem
acidental de fluidos ou alimentos
para os pulmões (vias aéreas) -
broncoaspiração.
SE EXISTEM ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:
NÃO administrar alimentos nem medicamentos por via ORAL.
Administrar suporte endovenoso caso seja apropriado (fluidos via
endovenosa) ou por outros meios conforme o caso.
NÃO administrar líquidos. Usar uma gaze encharcada em água para
hidratar a boca.
SIM manter a cabeça levantada com a ajuda de almofadas (para evitar
broncoaspirar com as próprias secreções). Cabeceira a 30º.
SIM realizar aspiração de secreções se estas são muito abundantes.
Recorda a importância de
usar EPI completo com
doentes COVID-19
positivo ou suspeitos
Recorda a importância do
uso de luvas com todos os
utentes
Dado o aparecimento frequente de boca seca, o
que pode ser muito doloroso:
- Mantenha as mucosas hidratadas e os lábios
hidratados, com a ajuda de gaze embebida em
água e aplique vaselina.
- Mantenha a higiene bucal segundo as
medidas de conforto: use gaze embebida com
clorohexidina a 0,2%.
- Remova as próteses dentárias caso tenha.
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM COVID-19
MEDIDAS DE CONFORTO (III)
CUIDADOS A NÍVEL DA BOCA
Recorda a importância de
usar EPI completo com
doentes COVID-19
positivo ou suspeitos
Recorda a importância do
uso de luvas com todos os
utentes
Caso seja a origem da dor, mover o paciente e aliviar as zonas de pressão com a ajuda de
almofadas
Identifique sinais precoces de dor: queixar, aumento da frequência cardíaca (FC), inquietação
ou agitação.
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM COVID-19
MEDIDAS DE CONFORTO (IV)
GESTÃO DA DOR
Informar a enfermeira ou administrar calmantes ou sedativos de acordo com a prescrição médica
e com as suas competências
Identificar a dor
Tente identificar se a dor está
relacionada com a posição: muito tempo
na mesma posição causa dor na sacro,
calcanhares ou outras áreas com
proeminências ósseas.
Se a dor é de origem sistémica (devido á
própria doença):
Recorda a importância de
usar EPI completo com
doentes COVID-19
positivo ou suspeitos
Recorda a importância do
uso de luvas com todos os
utentes
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM COVID-19
MEDIDAS DE CONFORTO (V)
APOIO PERANTE DIFICULDADE RESPIRATORIA
Identificação precoce de
dificuldade respiratória
(dispneia):
- Diminuição da saturação de O2
<90%.
- Aumento da frequência
respiratória >24x’’.
- Inquietude e agitação.
- Respiração abdominal.
- Uso dos músculos intercostais
(tiragem intercostal).
- Cor azulada dos lábios e da
pele (cianose).
Medidas posturais:
- Posicionar o paciente com a
ajuda de almofadas se a cama
não for articulada.
- Colocar a cabeceira a 45º
(posição Fowler).
Administrar oxigénio de acordo
com prescrição médica ou
protocolo, através de máscara ou
óculos nasais.
Recorda a importância de
usar EPI completo com
doentes COVID-19
positivo ou suspeitos
Recorda a importância do
uso de luvas com todos os
utentes
ESTADO CONFUSIONAL, ALTERAÇÃO DO NIVEL DE CONCIÊNCIA
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM COVID-19
MEDIDAS DE CONFORTO (VI)
- Identificar precocemente alterações do nivel de consciência: o paciente mostra-se nervoso, desorientado
ou tem um discurso incongruente (de inicio súbito), e às vezes pode estar agressivo.
- Descartar os factores que podem causar alterações de consciência, como febre, dispneia, dor ... Se estes
sintomas forem identificados, devem ser tratados de acordo com o protocolo local.
- Manter um discurso tranquilo com o paciente, falar de forma pausada, sem tentar corrigir o seu discurso nem
o contradizer, uma vez que pode provocar mais agitação. Demonstrar paciencia e calma.
- Se a agitação permanecer, ponderar a gestão farmacológica do sintoma.
- Assegurar que o paciente não se magoa a si próprio durante este periodo de agitação (que não caia da
cama, ou se magoe com algum objeto).
Recorda a importância de
usar EPI completo com
doentes COVID-19
positivo ou suspeitos
Recorda a importância do
uso de luvas com todos os
utentes
NOÇÕES BÁSICAS DE APOIO E COMUNICAÇÃO
CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM COVID-19
MEDIDAS DE CONFORTO (VII)
- Manter um ambiente de calma e respeito.
Evitar ruídos externos.
- Mantenha a família informada e ofereça apoio
emocional.
- Responda com sinceridade às perguntas do
paciente ou da família.
- Mostre uma atitude de empatia: tente colocar-
se na situação e pense no que faria sentido
eles ouvirem para que ajude a sentirem-se
melhor.
- Mostre apoio e ouça ativamente.
- Respeite os momentos de silêncio.
- Dedique tempo para comunicar com o paciente
e a família.
- Promova a comunicação paciente-família
(mensagens de áudio, chamadas, ...) mesmo
que o paciente esteja inconsciente
Recorda a importância de
usar EPI completo com
doentes COVID-19
positivo ou suspeitos
Recorda a importância do
uso de luvas com todos os
utentes
O LUTO
A PERDA DE UM ENTE QUERIDO
- Quando se perde alguém um ente querido as reações
emocionais são muito fortes e sempre dolorosas.
- Na atual situação epidémica que estamos
vivenciando, muitas pessoas não têm a possibilidade
de se despedir dos doentes, o que pode dificultar
esse processo.
- O processo de luto é a elaboração que leva à
reabilitação progressiva das mudanças que
ocorreram e à aceitação progressiva das mesmas.
- Um luto pode ser expresso por reações de sofrimento
psicológico, físico, social e relacional.
PRINCIPIOS GERAIS PARA ACOMPANHAR NO LUTO
- O sofrimento depois de uma perda é normal.
- Não há um luto igual a outro.
- Falar sobre a pessoa falecida geralmente ajuda.
- O processo de luto não tem uma duração exacta.
- O processo de luto tem diferentes etapas.
- Durante o luto há dor e cada pessoa a expressa de
forma diferente.
- O luto pode ser antecipado ou adiado.
- O luto é um processo individual e social, no qual o
acompanhamento e o apoio são essenciais.
- Não há morte que seja fácil de aceitar.
- Não existe uma forma única de ajudar no processo de
luto.
O PROCESSO DE LUTO: MANIFESTAÇÕES
- A nível emocional: tristeza, solidão, saudade,
raiva, culpa, autocensura, alívio.
- A nível físico: estômago vazio, dor na região do
estômago ou garganta, hipersensibilidade ao
ruído, sensação de asfixia, boca seca.
- A nível cognitivo (pensamentos): descrença,
confusão, preocupação, dificuldade de
atenção, alucinações visuais e auditivas.
- A nível comportamental: distúrbio do sono,
sonho com o falecido, transtornos de apetite
(excesso ou defeito), comportamentos
irracionais, isolamento social, suspiros,
hiperreatividade, choro descontrolado...
SINTOMAS DE ALERTA: TRANSFERIR PARA SAÚDE MENTAL
Quando uma pessoa tem: ideação suicida, sofrimento muito intenso difícil de tolerar ou uma incapacidade de
realizar as suas tarefas diárias (mantidas ao longo do tempo) é sugerido que procure apoio de saúde mental na sua
área.
CONTACTOS DE CUIDADOS PSICOSSOCIAIS
Destinada a Profissionais de Saúde e População
em Geral:
Ministério da Saúde e Ordem dos Psicólogos
Portugueses
808 24 24 24 (24hrs)
Sociedade Portuguesa de Psicanálise
300 051 920 (todos os dias das 8h00 às 24h00)
Exclusiva para Profissionais de Saúde:
Ordem dos Enfermeiros 213 815 556 (dias úteis das
9 ás 18 hrs)
ATITUDES A PROMOVER E A EVITAR
PERANTE UMA PESSOA EM LUTO
ATITUDES A PROMOVER ATITUDES A EVITAR
✓ Ouvir, ser empático.
✓ Oferecer um espaço de alívio.
✓ Estimular e normalizar a expressão de
sentimentos.
✓ Dar tempo.
✓ Estabelecer contato visual e/ou físico adequado
(sempre tendo em conta as medidas de
prevenção e controlo de infecções)
✓ Estimular o apoio familiar.
✓ Evitar o isolamento da pessoa.
✓ Se não souber o que dizer, diga-o.
✓ Facilitar a despedida da pessoa querida.
✓ Ajudar a estabelecer tarefas diárias.
X Alimentar a culpa.
X Dificultar a pessoa a expressar a sua dor ou
emoções.
X Minimizar a situação "não sofre mais".
X Estabelecer prazos para terminar o processo de
luto.
X Forçar a pessoa a distrair-se propondo atividades
que não quer.
COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS
Em situações de crise, acompanhar a comunicação, em muitas ocasiões, por telefone, é um desafio que devemos
assumir todos os profissionais que atendem os doentes e suas famílias. Aqui estão algumas dicas para apoiar o
processo de comunicação, tanto presencialmente com o paciente, quanto com as famílias.
PORQUE É DIFICIL DAR MÁS NOTICIAS? QUE DIFERENÇA PODE EXISTIR NA FORMA DE
DAR NOTICIAS AOS DESTINATARIOS?
- É stressante e pode causar ansiedade.
- A forma como as notícias são dadas têm um
impacto nos destinatários.
- A incerteza sobre as reações emocionais dos
destinatários.
- Dar más notícias pode causar sentimentos de
desamparo e culpa
- Evitar que os destinatarios se sintam oprimidos
- Melhorar a sua funcionalidade (organização,
questões legais, sociais...)
- Incentivar mecanismos de enfrentamento
Em situações de crise como a que estamos a viver, precisamos garantir uma comunicação telefónica de qualidade,
promovendo a proximidade com o interlocutor para criar relações de confiança e aliviar o stress associado a más
notícias.
ETAPAS A TER EM CONTA
QUANDO DAMOS MÁS NOTICIAS
Inicio do telefonema: descobrir o que sabe o
receptor
Preparação
Comunicar a informação
Reconhecer o que o receptor quer saber
Responder às reações
Desenhar um plano terapêutico a seguir
Diferença entre comunicação cara a cara e
comunicação telefónica
O uso de comunicação NÃO verbal
A comunicação não verbal torna a comunicação
mais fluida, mais próxima e mais calorosa.
Na comunicação telefónica, não podemos fazer
uso dessas habilidades, e isso pode levar a uma
comunicação mais fria e mais difícil, pois estamos
mais longe do interlocutor e não podemos mostrar
ou reforçar sentimentos e emoções através de
gestos.
TRATAMENTO DAS REAÇÕES DOS RECETORES
As pessoas reagem de formas muito diferentes quando
recebem más notícias.
É importante dar a todos o espaço necessário para se
expressarem e responder a essas reações.
- Se a pessoa ficar muito emotiva, mantenha a calma e
respire lentamente.
- Pedir para respirar e dar espaço às suas emoções (é
normal sentir-se triste ou zangado, não lhes diga para
se acalmarem).
- Em casos de descompensação grave, ajude-os e
encoraje-os a respirar profundamente, fazendo
inalações profundas e exalações para ajudar a
acalmá-lo.
- Lembre-se que o melhor apoio é o apoio social de
entes queridos e confiáveis.
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE - CARA A CARA
O uso da máscara e do EPI pode dificultar esse tipo de
comunicação.
É por isso que é importante reforçá-la usando outros
gestos corporais e manter estas orientações em mente:
- Apresentar-se e dirigir-se com o seu nome
- Manter contato visual com o paciente quando falar
com ele.
- Usar sinais de forma a ser caloroso, expressar
simpatia e dar paz de espírito ao paciente.
- Falar com um tom calmo de voz.
- Sentar ao lado do paciente em vez de estar
directamente à sua frente.
- Posicione-se a uma distância corporal apropriada que
garanta o conforto de ambos.
- Não interrompa o paciente quando ele estiver a falar.
- Realizar intervenções curtas e pausadas.
- Deixar espaços de silêncio para que o paciente reaja
e assimile o que se está a comunicar.
- Partilhe as suas próprias emoções com o paciente, o
autocontrole pode dar uma sensação de distância.
-
COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS A FAMILIARES (I)
Inicio de la llamada: descubrir qué sabe el receptor
Preparación
Comunicar la información
Reconocer qué quiere saber el receptor
Responder a las reacciones
Diseñar plan terapéutico a seguir.
Inicio do telefonema: descobrir o que sabe o
receptor
Preparación
Comunicar a informação
Reconhecer o que o receptor quer saber
Responder às reações
Desenhar um plano terapêutico a seguir
.
Preparação PREPARAR A COMUNICAÇÃO
DESCOBRIR O QUE SABE O RECEPTOR
- Identificar-se com o primeiro nome, apelido, serviço e
hospital.
- Certifique-se com quem estamos falando.
- Indique o motivo da comunicação/chamada
- Pergunte quais as informações que já foram dadas
até ao momento.
- Reunir todas as informações disponíveis antes de
fazer a da chamada.
- Plano de tratamento: pense no que vai dizer e como.
- Certifique-se de que as mensagens são positivas, há
sempre coisas que vamos fazer pelo doente.
- Prepare-se para a comunicação: tenha em conta as
suas próprias emoções.
- Encontre um espaço tranquilo, encontre a hora certa,
tenha tempo, tenha água ao lado, passe mensagens
positivas lembrando-se da importância da chamada e
do trabalho que vamos fazer.
Inicio do telefonema: descobrir o que sabe o
receptor
Preparação
Comunicar a informação
Reconhecer o que o receptor quer saber
Responder às reações
Desenhar um plano terapêutico a seguir
COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS A FAMILIARES (II)
PERCEBER QUANTO QUER SABER O RECEPTOR
COMUNICAR A INFORMAÇÃO
- Usar linguagem simples, evite linguagem técnica.
- Usar uma frase introdutória para que o receptor se
prepare.
- Transmitir informações em pequenas porções e
gradualmente.
- Deixar pausas entre frases, falar devagar para
permitir silêncios.
- Ser o mais realista possível, transmita a gravidade da
mensagem.
- Verificar o grau de compressão.
RESPONDER ÀS REAÇÕES
- Tentar identificar a emoção que envolve o membro da
família.
- Perguntar como se sente
- Fazer uma escuta ativa e empática. Ser caloroso.
- Permitir tempo para expressar sentimentos e
emoções.
- Identificar medos e preocupações.
Inicio do telefonema: descobrir o que sabe o
receptor
Preparação
Comunicar a informação
Reconhecer o que o receptor quer saber
Responder às reações
Desenhar um plano terapêutico a seguir
.
COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS A FAMILIARES (III)
DESENHAR UM PLANO TERAPÊUTICO A SEGUIR
FIM DA CHAMADA
- Transmitir esperanças realistas em relação ao
prognóstico. Certifique-se que as medidas de conforto
serão fornecidas e que os cuidados não serão
abandonados.
- Ter sempre em conta as opiniões e pontos de vista
da família
- Propor uma "visita de despedida".
- Dar espaço para esclarecer dúvidas.
- Organizar a data do próximo contato.
- Oferecer apoio psicológico e/ou assistência social.
- Ter em consideração as crenças religiosas.
- Reforço positivo do trabalho feito.
- Avalie a qualidade da chamada. Pontos fortes e
pontos que podemos melhorar.
- Comente com a equipa e, se necessário, procurar
recursos.
CONSELHOS DE COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE (I)
EVITAR SENTENÇAS
Não se apresente formalmente
“Boa noite, sou o médico do turno da noite...”
Não se refira nunca ao paciente, dizendo::
“ Paciente em fase avançada da doença…”
Não diga que o paciente está pior de uma forma
demasiado directa ou confusa usande frases como:
“ Não podemos fazer mais nada… etc.”
“ Não se preocupe, vai falecer em paz com esta
medicação …”
“ Esta medicação irá ajudá-lo a morrer sem sofrimento”.
“ Tem de ser forte, valente…”
CONSELHOS DE COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE (II)
EXPRESSÕES ACONSELHADAS
- Apresente-se:
“Bom dia Senhor/a… (usar o nome da pessoa) sou o médico…(dizer o seu nome)
“…Hacemos todo lo posible para cuidarlo…”
- Acolha:
“ Entendo que está num momento emocional dificil, em que é possivel ter medo ou sentir angústia, é normal estar
preocupado e ter medo”.
“Estamos a fazer o possivel para ajudá-lo e para que não sofra”
“É frustrante, que devido à situação em que nos encontramos, não possa encontrar-se pessoalmente para
conversar com o seu pai/mãe/esposa, etc!”
CONSELHOS DE COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE (III)
EXPRESSÕES ACONSELHADAS
- Tentar proporcionar informaçao de forma, se possivel utilizando uma linguagem simples.
“ Estamos a fazer o possivel para melhorar o seu
estado de saúde…”
“ Infelizmente a medicina tem os seus limites e agora
com o (nome do paciente) estamos a chegar a esse
limite”
“ Neste momento estamos a fazer tudo o que é
possivel para que esteja confortável e tranquilo”
“Se quiser transmitira alguma mensagem nós
podemos fazê-lo com delicadeza”
“…O seu estado deteriora-se… fico triste … deve ser
muito dificil para você… podemos ajudar de alguma
forma? …”
“ Vamos assegurar-nos que não tenha nenhuma dor
ou desconforto nos momentos finais da sua vida ...”
“ Fizemos o que estava ao nosso alcance pelo seu
(pai/mãe/irmão...), apesar de tudo, ele acoubou de
falecer”
EXPRESSÕES ACONSELHADAS
CONSELHOS DE COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE (IV)
- Validar
“Compreendo que seja difícil não poder ter os seus entes
queridos ao seu lado. Como pode ver estamos aqui e
iremos cuidar dele, nós vamos estar consigo.”
"Mesmo que a sua família não possa estar no hospital,
eles são muito próximos. Eles ligam todos os dias para
saber como está."
“Entendemos a sua ansiedade/medo/desespero, é
completamente razoável. "
O AUTOCUIDADO EM SITUAÇÕES DE STRESS
- Lembre-se que o seu trabalho é essencial.
- Cuide-se, para cuidar melhor dos outros.
- Sentir-se stressado, com medo, sobrecarregado,
frustrado ou triste, nestas situações é normal.
Não significa que não seja capaz de fazer o seu
trabalho.
- Reconheça os seus limites.
- Peça ajuda.
A TUA SAÚDE NÃO É UM
LUXO, É UMA NECESSIDADE
O QUE NOS AFECTA PSICOLÓGICAMENTE NO
NOSSO AMBIENTE DE TRABALHO?
- Testemunhar e ouvir experiências traumáticas tem
um impacto psicológico.
- Estar perante o risco de contágio
- Estar perto da morte
- Dilemas éticos, etc.
A regulação emocional e redução do stress são
estratégias que não precisa separar do seu dia a dia.
A falta de descanso aumenta o risco de esgotamento
físico e mental.
O AUTOCUIDADO EM SITUAÇÕES DE STRESS
ATITUDES A PROMOVER ATITUDES A EVITAR
- A nível físico: cuide da sua dieta, faça exercícios,
descanse. Evite hábitos tóxicos.
- A nível emocional e relacional: mantenha-se
conectado e partilhe. Seja compreensivo consigo
mesmo. Faça atividades de lazer.
- A nível espiritual: pratique de acordo com as suas
crenças.
- A nível profissional: saiba como se proteger,
procure informações verdadeiras, mantenha atitudes
positivas, coopere (impulsionar o trabalho em equipa)
conquistas.
- Aumentar o consumo de álcool uma vez que
pode provocar depressão, dependencia de
substâncias e problemas familiares.
- Fumar mais ou consumir outras substâncias,
uma vez que povocam efeitos negativos na tua
saúde, e em certos casos podem aumentar o nivel
de ansiedade.
- Falar constantemente sobre COVID-19.
SER CONSCIENTE das suas vulnerabilidades e de factores
desencadeantes, e CONSIDERAR A POSSIBILIDADE DE PEDIR
AJUDA PROFESSIONAL
O AUTOCUIDADO EM SITUAÇÕES DE STRESS
CIRCUITOS DE EXERCÍCIOS PARA GERIR O STRESS
Reaçize durante durante 5 minutos os seguintes movimentos de forma consciente.
Sequência de posturas
Rotações do pescoço Rotações dos ombros
O AUTOCUIDADO EM SITUAÇÕES DE STRESS
CIRCUITOS DE EXERCÍCIOS PARA GERIR O STRESS
RESPIRE:
- Tome consciência da sua respiração, ajuda-o a
relaxar.
- Pratique exercícios de respiração profunda, pois
ajudarão a acalmar-se de forma quase
instantânea.
- Quando faz esse tipo de respiração, a quantidade
de oxigénio que chega ao seu cérebro aumenta e
promove um estado de paz que tanto precisa.
VEJAMOS COMO PODE FAZER:
1. Comece a respirar pelo abdómen e suba
lentamente pelas costelas até o peito.
2. Solte o ar o mais devagar que conseguir,
começando pelo abdómen também.
3. Faça várias repetições, e solte o ar cada vez
mais lentamente.