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SOROCABA • SÁBADO • 25 DE JANEIRO DE 2014 B2 Me passe o cachimbo O pronunciamento da presidente Dilma em Davos (Suíça), onde se realizou o Fórum Econômico Global, foi apenas morno. Deu para pinçar dois elementos positi- vos. A presidente Dilma reafirmou compro- missos com a responsabilidade fiscal. Pode- se argumentar que esse discurso não cons- titui novidade nem foi cercado de ênfase su- ficiente para garantir forte recuperação de confiança do capital estrangeiro, que anda- va abalada. Mas o que ficou dito foi diferen- te do que a presidente disse em outras oca- siões, especialmente em Durban, África do Sul, em março do ano passado. Foi quando ela avisou que não sacrificaria o emprego e o social apenas para embelezar as contas públicas. A outra manifestação pode ser vista até como novidade. A presidente garantiu que seu governo persegue a meta da inflação de 4,5% no final do ano. Isso é substancial- mente diferente do que vinha alardeando. Ainda dia 20, ela afirmou que seu governo vinha cumprindo a meta de inflação e que os 4,5% não passavam de centro da meta e não da meta propriamente dita. Em resumo, o recado da presidente Dil- ma em Davos é o de que não é tão refratária e tão intervencionista no mundo dos negó- cios, como dizem por aí, e que a seriedade orçamentária é um valor do seu governo. Não chegou a beijar a cruz, mas também não a repeliu. O fato relevante é o de que o governo Dil- ma entendeu que está sendo preciso fumar o cachimbo da paz com o setor privado. Se há essa necessidade é porque há (ou havia) no jogo certa beligerância. O governo Dilma passou a maior parte dos primeiros três anos de mandato dando a entender que em- presário tinha de se comportar como uma instituição de benemerência. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, por exemplo, repetia que as receitas com concessões po- deriam ser baixas porque o concessionário não corre riscos. Essa mudança de propósitos em busca de novas parcerias tende a ser sincera, não propriamente por convicção ideológica, mas porque o governo entendeu que o Tesouro é uma teta murcha. Se pretende incrementar o investimento externo, tem de mudar o jei- to de lidar com os donos do capital, que es- nobou nos anos anteriores. É com esse estado de espírito, digamos assim, que o governo também vai anunciar “em breve” - foi o que ela disse - a meta do superávit primário deste ano. Superávit pri- mário é o tanto de arrecadação separado para pagamento da dívida, portanto, para ajudar a controlar as contas públicas, con- ter as despesas e ajudar a segurar a in- flação. É a disposição com que pretende cumprir o compromisso fiscal. Esse anúncio, por si só, pode não signi- ficar muita coisa. Nos últimos três anos, a frustração se repetiu: o governo anunciou no começo do ano um superávit primário acima de 3% do PIB, meses depois o rebai- xou para a casa dos 2% e acabou entregan- do alguma coisa acima de 1% e, ainda as- sim, com mágicas contábeis, como aconte- ceu em 2012, ou com atraso no pagamento de contas, como aconteceu em 2013. E con- vém pontuar que 2014 é um ano eleitoral, em que governo nenhum gosta de dizer não. C C E E L L S S O O M M I I N N G G N N O O T TA A S S Folha de janeiro começa a ser depositada na segunda O pagamento da folha de janeiro dos se- gurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terá início na segunda-feira, dia 27. Os depósitos começam a ser libe- rados nessa data para quem recebe até um salário mínimo e possui cartão com final 1, desconsiderando-se o dígito. Para quem recebe acima do mínimo, o pagamento co- meça a ser depositado no dia 3 de feverei- ro. Os depósitos da folha de janeiro já vêm com os valores reajustados de acordo com o mínimo vigente (R$ 724) e com o reajus- te da inflação para quem recebe acima do salário mínimo. O índice para os benefícios do INSS com valor acima do salário míni- mo será de 5,56%. Os dados foram atuali- zados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2013, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís- tica (IBGE). A folha de pagamento do INSS paga atualmente mais de 31 milhões de benefí- cios e injeta na economia do País mais de R$ 27 bilhões todos os meses. O Extrato de Pagamento de Benefícios já está disponível para consulta dos segu- rados nos terminais de autoatendimento dos bancos pagadores. A consulta ao ex- trato permite ao segurado ver o valor do pagamento dos benefícios. O serviço é de- corrente do contrato firmado entre o INSS e as instituições financeiras que pagam, todos os meses, mais de 30 milhões de be- nefícios. A consulta do extrato pode ser feita também no site da Previdência Social. Basta acessar a Agência Eletrônica Segu- rado. Os segurados conseguem apenas ve- rificar o extrato do mês corrente, caso pre- cisem das informações dos meses anterio- res devem comparecer a uma agência de Previdência Social. O site da Previdência é www.previdencia.gov.br. A A P P O O S S E E N N T TA A D D O O S S Sebrae promove palestra sobre inadimplência Pequenos empresários de Sorocaba podem se inscrever para a palestra “Como lidar com a inadimplência”, que será realizada dia 30 de ja- neiro, às 19h30, no escritório do Sebrae. Os participantes terão a oportunidade de tirar dúvidas sobre concessão de créditos, procedimentos de cobrança em relação ao Códi- go de Defesa do Consumidor e Código Civil, entre outras questões. O escritório do Se- brae fica na avenida General Carneiro, 919, Cerrado. O te- lefone é (15) 3224.4342. Sert detecta problemas no seguro-desemprego A Secretaria de Estado do Emprego e Relações do Tra- balho (Sert) informou ontem, em nota, que as dificuldades encontradas pelos cidadãos para dar entrada no seguro- desemprego são decorrentes do sistema utilizado em todo o País, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Conforme a Sert, não exis- tem números oficiais de pes- soas impossibilitadas de dar entrada no seguro-desem- prego. “Reiteramos que ne- nhum cidadão perderá seus direitos referentes ao benefí- cio em questão. O prazo pa- ra efetivar a solicitação é de até 120 dias, a partir da data seguinte do desligamento (que consta no termo de res- cisão de contrato de traba- lho). Caso o prazo não seja cumprido por algum motivo, inclusive por inconsistência do sistema, o cidadão deve dar entrada no primeiro dia útil subsequente. Em segui- da, ele será encaminhado à Superintendência do MTE, onde entrará com recurso para a liberação do benefí- cio”, informou a Sert. No Es- tado de São Paulo, o pedido do seguro-desemprego é fei- to nos Postos de Atendimen- to ao Trabalhador (PATs), ge- renciados pela Sert. UFScar faz especialização em inovação tecnológica O campus da Universida- de Federal de São Carlos em Sorocaba (UFSCar) e o Flex- tronics Instituto de Tecnolo- gia (FIT) informam que conti- nuam abertas as inscrições para o curso de especiali- zação MBA em Gestão Estra- tégica da Inovação Tecnológi- ca. Há falta de profissionais nessa área no País. O prazo final para candidatar-se a uma vaga termina no dia 31 de janeiro. Os interessados devem se inscrever enviando e-mail para o e-mail ancfe- [email protected] (coordenadoria geral do curso). A seleção ocorrerá através de análise de currículo dos candidatos e entrevista presencial. O iní- cio das aulas está previsto para fevereiro e serão minis- tradas às terças e quintas- feiras à noite. O investimen- to no MBA poderá ser parce- lado em 18 vezes de R$ 693,00. Todas as aulas pre- senciais serão realizadas no auditório do FIT, em Soroca- ba. Informações pelo telefone (15) 4009-0606. Ministério Público de Bauru abre ação contra ALL O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Bauru in- gressou com ação civil públi- ca contra a América Latina Logística (ALL) após denún- cia de violação às normas de proteção e saúde ao traba- lhador na malha ferroviária da região. O MPT pede que a concessionária regularize a jornada dos seus emprega- dos e adote medidas de segu- rança no ambiente de traba- lho. A ação civil estipula mul- ta de R$ 2 milhões por danos morais coletivos, informou o MPT, em nota distribuída à imprensa. A ALL não se pro- nunciou sobre a denúncia. Este ano, até o dia 22 de janeiro, o déficit era de US$ 1,1 bilhão AE INVESTIGAÇÃO Banco incorporou R$ 420 milhões ao l ucro, que era o saldo de contas encerradas em 2012 MP abre inquérito sobre operação da Caixa O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) instaurou inquérito civil para apurar se a Caixa Econômica Federal cometeu alguma irregularidade ao deci- dir encerrar quase 500 mil ca- dernetas de poupança em 2012 e incorporar o saldo des- sas contas - R$ 420 milhões, descontados os impostos - ao lucro do banco. O banco estatal não conse- guiu escapar de investigação do MP, que pretende apurar a conduta do banco e de seus di- rigentes não só na área civil como também na criminal. Por outro lado, o Banco Central, órgão de fiscalização do siste- ma financeiro, deve poupar a Caixa de responder a um pro- cesso administrativo pela ope- ração. O BC, porém, terá que se manifestar sobre o caso no inquérito civil, de acordo com o Ministério Público. A Caixa tem 15 dias para prestar os esclarecimentos pe- didos pelo MP. O inquérito ci- vil, cujo prazo de conclusão é de um ano, prorrogável, vai apurar se o banco estatal des- cumpriu alguma regulamen- tação do BC ou do Conselho Monetário Nacional (CMN). No ofício encaminhado à Caixa ontem, o MP solicita infor- mações detalhadas sobre a forma como o banco agiu para identificar e regularizar as contas com irregularidades ca- dastrais encerradas em 2012. Na versão do banco estatal, foram encerradas 496.776 contas cujos CPF tinham sido cancelados, suspensos ou pendentes de regularização com a Receita Federal. No con- junto, as cadernetas encerra- das detinham R$ 719 milhões, que, descontados os impostos, aumentaram o lucro líquido da instituição em R$ 420 milhões, o que representa em torno de 7% do lucro apresen- tado naquele ano. O MP ainda vai avaliar o impacto da incorporação do saldo dessas cadernetas no re- sultado do banco e, conse- quentemente, nos repasses de dividendos ao Tesouro Nacio- nal e na participação de lucros e resultados aos empregados. A operação foi descoberta em uma auditoria da Controlado- ria-Geral da União (CGU). Depois de vir a público, por determinação do BC, a Caixa disse ter expurgado do lucro de 2012 o saldo dessas contas. Na única manifestação sobre a operação, o Banco Central dis- se que, como não houve qual- quer prejuízo para correntis- tas e poupadores do banco es- tatal, não se pode falar em confisco. Para comparar o que a Cai- xa fez, o MP requisitou aos 17 maiores bancos comerciais do País informações sobre como cumprem as regras do CMN e do BC ao encerrarem contas com problemas cadastrais. Em nota, a Caixa informou que está à disposição do MP para prestar os esclarecimen- tos necessários à investigação. “A Caixa confia que ao final da investigação estará comprova- da a regularidade dos procedi- mentos adotados pelo banco”. De acordo com o comuni- cado, o banco promoveu uma varredura de 2005 a 2011 pa- ra identificar contas de titula- res com irregularidades no CPF ou no CNPJ. Segundo o banco, 346 mil contas foram regularizadas depois que os clientes foram contatados por correspondência ou por telefo- ne, mas os correntistas que não se manifestaram tiveram a conta encerrada em 2012. O encerramento, destacou a no- ta da Caixa, ocorreu conforme as regras determinadas pelo BC e pelo CMN, sem nenhuma ilegalidade. (Agência Estado e Agência Brasil) ARQUIVO JCS/ERICK PINHEIRO De acordo com a versão da Caixa, foram seguidas regras determinadas pelo Banco Central US$ 47,5 BILHÕES Gastos em viagens para o exterior batem recorde A atração dos brasileiros por conhecer outros países foi outro fator que ajudou a ex- plicar a piora do resultado ex- terno em 2013. Os gastos fei- tos no exterior, já desconta- das as despesas de estrangei- ros no Brasil, somaram US$ 47,5 bilhões no ano passado. O recorde não deixou de ser uma surpresa, inclusive para o Banco Central, que aposta- va num esfriamento no se- gundo semestre depois que o dólar engatou na trajetória de alta em relação ao real. No ano, o avanço foi de 14,6%. Para 2014, a expectativa do BC é de continuidade do crescimento das viagens in- ternacionais, mas em menor ritmo, em torno de 2%, com a aposta de gastos em US$ 19 bilhões. Vale lembrar que pe- sa contra os planos dos via- jantes este ano o aumento do imposto sobre o uso de cartões pré-pago de 0,38% para 6,38%, como já é no caso do cartão de crédito. O chefe-adjunto do Depar- tamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, lembrou que o País deverá re- ceber a contribuição de mega- eventos internacionais. “Nas receitas, por exemplo, proje- tamos crescimento, entre ou- tras razões, por conta da Co- pa do Mundo”, citou. Rocha. Apesar desse cenário, este mês, até o dia 22, o BC já con- tabiliza um déficit com via- gens internacionais de US$ 1,1 bilhão, diferença entre despesas de US$ 1,6 bilhão e receitas de US$ 436 milhões. (AE) 2013 Movimento no Porto de Santos aumentou 9% O movimento no Porto de Santos no ano passado foi de 114 milhões de toneladas, um crescimento de 9% em relação a 2012, segundo a Companhia Docas do Estado de São Pau- lo. No acumulado do ano as exportações cresceram 10,5% e as importações, 6,2%. Os principais embarques foram de açúcar, com mais de 19 milhões de toneladas (alta de 15% em relação ao ano an- terior); soja, com 15,8 milhões de toneladas (alta de 16%); e milho, com mais de 11 milhões de toneladas (aumen- to de 11%). O porto fechou o ano com participação de 25,4% da ba- lança comercial brasileira, o equivalente a US$ 122,5 bilhões. As exportações, que somaram US$ 61,3 bilhões, superam as importações, cujo valor foi de US$ 61,1 bilhões. Os principais destinos das exportações em valores foram a China (US$ 8,7 bilhões), Es- tados Unidos (US$ 5,9 bi) e Ar- gentina (US$ 4,1 bi). As três principais cargas de expor- tação foram a soja (China, Tai- lândia e Holanda); açúcar (China, Bangladesh e Indoné- sia) e café (Alemanha, Estados Unidos e Japão). As importações tiveram co- mo principais origens a China (US$ 10,5 bilhões), Estados Unidos (US$ 9 bi) e Alemanha (US$ 5,9 bi). Nesse fluxo des- tacaram-se inseticidas (Esta- dos Unidos, Bélgica e França) e acessórios de carrocerias para veículos automóveis (Co- réia do Sul, Japão e Tailân- dia). (Agência Brasil)

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Page 1: Cruzeirodosul pagb2 25012014

SOROCABA • SÁBADO • 25 DE JANEIRO DE 2014 B2

Me passe o cachimboO pronunciamento da presidente Dilma

em Davos (Suíça), onde se realizou o FórumEconômico Global, foi apenas morno.

Deu para pinçar dois elementos positi-vos. A presidente Dilma reafirmou compro-missos com a responsabilidade fiscal. Pode-se argumentar que esse discurso não cons-titui novidade nem foi cercado de ênfase su-ficiente para garantir forte recuperação deconfiança do capital estrangeiro, que anda-va abalada. Mas o que ficou dito foi diferen-te do que a presidente disse em outras oca-siões, especialmente em Durban, África doSul, em março do ano passado. Foi quandoela avisou que não sacrificaria o emprego eo social apenas para embelezar as contaspúblicas.

A outra manifestação pode ser vista atécomo novidade. A presidente garantiu queseu governo persegue a meta da inflação de4,5% no final do ano. Isso é substancial-mente diferente do que vinha alardeando.Ainda dia 20, ela afirmou que seu governovinha cumprindo a meta de inflação e queos 4,5% não passavam de centro da meta enão da meta propriamente dita.

Em resumo, o recado da presidente Dil-ma em Davos é o de que não é tão refratáriae tão intervencionista no mundo dos negó-cios, como dizem por aí, e que a seriedadeorçamentária é um valor do seu governo.Não chegou a beijar a cruz, mas tambémnão a repeliu.

O fato relevante é o de que o governo Dil-ma entendeu que está sendo preciso fumaro cachimbo da paz com o setor privado. Sehá essa necessidade é porque há (ou havia)no jogo certa beligerância. O governo Dilma

passou a maior parte dos primeiros trêsanos de mandato dando a entender que em-presário tinha de se comportar como umainstituição de benemerência. O secretáriodo Tesouro, Arno Augustin, por exemplo,repetia que as receitas com concessões po-deriam ser baixas porque o concessionárionão corre riscos.

Essa mudança de propósitos em buscade novas parcerias tende a ser sincera, nãopropriamente por convicção ideológica, masporque o governo entendeu que o Tesouro éuma teta murcha. Se pretende incrementaro investimento externo, tem de mudar o jei-to de lidar com os donos do capital, que es-nobou nos anos anteriores.

É com esse estado de espírito, digamosassim, que o governo também vai anunciar“em breve” - foi o que ela disse - a meta dosuperávit primário deste ano. Superávit pri-mário é o tanto de arrecadação separadopara pagamento da dívida, portanto, paraajudar a controlar as contas públicas, con-ter as despesas e ajudar a segurar a in-flação. É a disposição com que pretendecumprir o compromisso fiscal.

Esse anúncio, por si só, pode não signi-ficar muita coisa. Nos últimos três anos, afrustração se repetiu: o governo anunciouno começo do ano um superávit primárioacima de 3% do PIB, meses depois o rebai-xou para a casa dos 2% e acabou entregan-do alguma coisa acima de 1% e, ainda as-sim, com mágicas contábeis, como aconte-ceu em 2012, ou com atraso no pagamentode contas, como aconteceu em 2013. E con-vém pontuar que 2014 é um ano eleitoral,em que governo nenhum gosta de dizer não.

CCEELLSSOO MMIINNGG

NNOOTTAASS

Folha de janeiro começa a ser depositada na segundaO pagamento da folha de janeiro dos se-

gurados do Instituto Nacional do SeguroSocial (INSS) terá início na segunda-feira,dia 27. Os depósitos começam a ser libe-rados nessa data para quem recebe até umsalário mínimo e possui cartão com final1, desconsiderando-se o dígito. Para quemrecebe acima do mínimo, o pagamento co-meça a ser depositado no dia 3 de feverei-ro.

Os depósitos da folha de janeiro já vêmcom os valores reajustados de acordo como mínimo vigente (R$ 724) e com o reajus-te da inflação para quem recebe acima dosalário mínimo. O índice para os benefíciosdo INSS com valor acima do salário míni-mo será de 5,56%. Os dados foram atuali-zados pelo Índice Nacional de Preços aoConsumidor (INPC) de 2013, medido peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE).

A folha de pagamento do INSS pagaatualmente mais de 31 milhões de benefí-

cios e injeta na economia do País mais deR$ 27 bilhões todos os meses.

O Extrato de Pagamento de Benefíciosjá está disponível para consulta dos segu-rados nos terminais de autoatendimentodos bancos pagadores. A consulta ao ex-trato permite ao segurado ver o valor dopagamento dos benefícios. O serviço é de-corrente do contrato firmado entre o INSSe as instituições financeiras que pagam,todos os meses, mais de 30 milhões de be-nefícios.

A consulta do extrato pode ser feitatambém no site da Previdência Social.Basta acessar a Agência Eletrônica Segu-rado. Os segurados conseguem apenas ve-rificar o extrato do mês corrente, caso pre-cisem das informações dos meses anterio-res devem comparecer a uma agência dePrevidência Social. O site da Previdência éwww.previdencia.gov.br.

AAPPOOSSEENNTTAADDOOSS

Sebrae promove palestrasobre inadimplência

Pequenos empresários deSorocaba podem se inscreverpara a palestra “Como lidarcom a inadimplência”, queserá realizada dia 30 de ja-neiro, às 19h30, no escritóriodo Sebrae. Os participantesterão a oportunidade de tirardúvidas sobre concessão decréditos, procedimentos decobrança em relação ao Códi-go de Defesa do Consumidore Código Civil, entre outrasquestões. O escritório do Se-brae fica na avenida GeneralCarneiro, 919, Cerrado. O te-lefone é (15) 3224.4342.

Sert detecta problemas no seguro-desemprego

A Secretaria de Estado doEmprego e Relações do Tra-balho (Sert) informou ontem,em nota, que as dificuldadesencontradas pelos cidadãospara dar entrada no seguro-desemprego são decorrentesdo sistema utilizado em todoo País, pelo Ministério doTrabalho e Emprego (MTE).Conforme a Sert, não exis-tem números oficiais de pes-soas impossibilitadas de darentrada no seguro-desem-prego. “Reiteramos que ne-nhum cidadão perderá seusdireitos referentes ao benefí-cio em questão. O prazo pa-ra efetivar a solicitação é deaté 120 dias, a partir da dataseguinte do desligamento(que consta no termo de res-cisão de contrato de traba-lho). Caso o prazo não sejacumprido por algum motivo,inclusive por inconsistênciado sistema, o cidadão devedar entrada no primeiro diaútil subsequente. Em segui-da, ele será encaminhado àSuperintendência do MTE,onde entrará com recursopara a liberação do benefí-cio”, informou a Sert. No Es-tado de São Paulo, o pedidodo seguro-desemprego é fei-to nos Postos de Atendimen-to ao Trabalhador (PATs), ge-renciados pela Sert.

UFScar faz especializaçãoem inovação tecnológica

O campus da Universida-de Federal de São Carlos emSorocaba (UFSCar) e o Flex-tronics Instituto de Tecnolo-gia (FIT) informam que conti-nuam abertas as inscriçõespara o curso de especiali-zação MBA em Gestão Estra-tégica da Inovação Tecnológi-ca. Há falta de profissionaisnessa área no País. O prazofinal para candidatar-se auma vaga termina no dia 31de janeiro. Os interessadosdevem se inscrever enviandoe-mail para o e-mail [email protected] (coordenadoriageral do curso). A seleçãoocorrerá através de análisede currículo dos candidatos eentrevista presencial. O iní-cio das aulas está previstopara fevereiro e serão minis-tradas às terças e quintas-feiras à noite. O investimen-to no MBA poderá ser parce-lado em 18 vezes de R$693,00. Todas as aulas pre-senciais serão realizadas noauditório do FIT, em Soroca-ba. Informações pelo telefone(15) 4009-0606.

Ministério Público de Bauru abre ação contra ALL

O Ministério Público doTrabalho (MPT) em Bauru in-gressou com ação civil públi-ca contra a América LatinaLogística (ALL) após denún-cia de violação às normas deproteção e saúde ao traba-lhador na malha ferroviáriada região. O MPT pede que aconcessionária regularize ajornada dos seus emprega-dos e adote medidas de segu-rança no ambiente de traba-lho. A ação civil estipula mul-ta de R$ 2 milhões por danosmorais coletivos, informou oMPT, em nota distribuída àimprensa. A ALL não se pro-nunciou sobre a denúncia.

Este ano, até o dia 22 de janeiro, o déficit era de US$ 1,1 bilhão

AE

INVESTIGAÇÃO

Banco incorporou R$ 420 milhões ao lucro, que era o saldo de contas encerradas em 2012

MP abre inquérito sobre operação da Caixa

OMinistério PúblicoFederal no DistritoFederal (MPF/DF)instaurou inquérito

civil para apurar se a CaixaEconômica Federal cometeualguma irregularidade ao deci-dir encerrar quase 500 mil ca-dernetas de poupança em2012 e incorporar o saldo des-sas contas - R$ 420 milhões,descontados os impostos - aolucro do banco.

O banco estatal não conse-guiu escapar de investigaçãodo MP, que pretende apurar aconduta do banco e de seus di-rigentes não só na área civilcomo também na criminal. Poroutro lado, o Banco Central,órgão de fiscalização do siste-ma financeiro, deve poupar aCaixa de responder a um pro-cesso administrativo pela ope-ração. O BC, porém, terá quese manifestar sobre o caso noinquérito civil, de acordo como Ministério Público.

A Caixa tem 15 dias paraprestar os esclarecimentos pe-didos pelo MP. O inquérito ci-vil, cujo prazo de conclusão éde um ano, prorrogável, vaiapurar se o banco estatal des-cumpriu alguma regulamen-tação do BC ou do ConselhoMonetário Nacional (CMN). Noofício encaminhado à Caixaontem, o MP solicita infor-mações detalhadas sobre aforma como o banco agiu paraidentificar e regularizar as

contas com irregularidades ca-dastrais encerradas em 2012.

Na versão do banco estatal,foram encerradas 496.776contas cujos CPF tinham sidocancelados, suspensos oupendentes de regularizaçãocom a Receita Federal. No con-junto, as cadernetas encerra-das detinham R$ 719 milhões,

que, descontados os impostos,aumentaram o lucro líquidoda instituição em R$ 420milhões, o que representa emtorno de 7% do lucro apresen-tado naquele ano.

O MP ainda vai avaliar oimpacto da incorporação dosaldo dessas cadernetas no re-sultado do banco e, conse-

quentemente, nos repasses dedividendos ao Tesouro Nacio-nal e na participação de lucrose resultados aos empregados.A operação foi descoberta emuma auditoria da Controlado-ria-Geral da União (CGU).

Depois de vir a público, pordeterminação do BC, a Caixadisse ter expurgado do lucro

de 2012 o saldo dessas contas.Na única manifestação sobre aoperação, o Banco Central dis-se que, como não houve qual-quer prejuízo para correntis-tas e poupadores do banco es-tatal, não se pode falar emconfisco.

Para comparar o que a Cai-xa fez, o MP requisitou aos 17maiores bancos comerciais doPaís informações sobre comocumprem as regras do CMN edo BC ao encerrarem contascom problemas cadastrais.

Em nota, a Caixa informouque está à disposição do MPpara prestar os esclarecimen-tos necessários à investigação.“A Caixa confia que ao final dainvestigação estará comprova-da a regularidade dos procedi-mentos adotados pelo banco”.

De acordo com o comuni-cado, o banco promoveu umavarredura de 2005 a 2011 pa-ra identificar contas de titula-res com irregularidades noCPF ou no CNPJ. Segundo obanco, 346 mil contas foramregularizadas depois que osclientes foram contatados porcorrespondência ou por telefo-ne, mas os correntistas quenão se manifestaram tiverama conta encerrada em 2012. Oencerramento, destacou a no-ta da Caixa, ocorreu conformeas regras determinadas peloBC e pelo CMN, sem nenhumailegalidade. (Agência Estado eAgência Brasil)

ARQUIVO JCS/ERICK PINHEIRO

De acordo com a versão da Caixa, foram seguidas regras determinadas pelo Banco Central

US$ 47,5 BILHÕES

Gastos em viagens parao exterior batem recorde

A atração dos brasileirospor conhecer outros países foioutro fator que ajudou a ex-plicar a piora do resultado ex-terno em 2013. Os gastos fei-tos no exterior, já desconta-das as despesas de estrangei-ros no Brasil, somaram US$47,5 bilhões no ano passado.O recorde não deixou de seruma surpresa, inclusive parao Banco Central, que aposta-va num esfriamento no se-gundo semestre depois que odólar engatou na trajetória dealta em relação ao real. Noano, o avanço foi de 14,6%.

Para 2014, a expectativado BC é de continuidade docrescimento das viagens in-ternacionais, mas em menorritmo, em torno de 2%, com aaposta de gastos em US$ 19bilhões. Vale lembrar que pe-

sa contra os planos dos via-jantes este ano o aumento doimposto sobre o uso decartões pré-pago de 0,38%para 6,38%, como já é no casodo cartão de crédito.

O chefe-adjunto do Depar-tamento Econômico do BancoCentral, Fernando Rocha,lembrou que o País deverá re-ceber a contribuição de mega-eventos internacionais. “Nasreceitas, por exemplo, proje-tamos crescimento, entre ou-tras razões, por conta da Co-pa do Mundo”, citou. Rocha.

Apesar desse cenário, estemês, até o dia 22, o BC já con-tabiliza um déficit com via-gens internacionais de US$1,1 bilhão, diferença entredespesas de US$ 1,6 bilhão ereceitas de US$ 436 milhões.(AE)

2013

Movimento no Porto deSantos aumentou 9%

O movimento no Porto deSantos no ano passado foi de114 milhões de toneladas, umcrescimento de 9% em relaçãoa 2012, segundo a CompanhiaDocas do Estado de São Pau-lo. No acumulado do ano asexportações cresceram 10,5%e as importações, 6,2%.

Os principais embarquesforam de açúcar, com mais de19 milhões de toneladas (altade 15% em relação ao ano an-terior); soja, com 15,8 milhõesde toneladas (alta de 16%); emilho, com mais de 11milhões de toneladas (aumen-to de 11%).

O porto fechou o ano comparticipação de 25,4% da ba-lança comercial brasileira, oequivalente a US$ 122,5bilhões. As exportações, quesomaram US$ 61,3 bilhões,

superam as importações, cujovalor foi de US$ 61,1 bilhões.

Os principais destinos dasexportações em valores forama China (US$ 8,7 bilhões), Es-tados Unidos (US$ 5,9 bi) e Ar-gentina (US$ 4,1 bi). As trêsprincipais cargas de expor-tação foram a soja (China, Tai-lândia e Holanda); açúcar(China, Bangladesh e Indoné-sia) e café (Alemanha, EstadosUnidos e Japão).

As importações tiveram co-mo principais origens a China(US$ 10,5 bilhões), EstadosUnidos (US$ 9 bi) e Alemanha(US$ 5,9 bi). Nesse fluxo des-tacaram-se inseticidas (Esta-dos Unidos, Bélgica e França)e acessórios de carroceriaspara veículos automóveis (Co-réia do Sul, Japão e Tailân-dia). (Agência Brasil)