cronologia Árabes e muçulmanos

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Cronologia da história recente dos árabes e muçulmanos do Oriente Médio

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1914-18 - Primeira Guerra Mundial 1917 - Declarao de Balfour 1919 - Conferncia de Paz de Paris (Tratado de Versalhes etc) 1918-22 - Partilha do Imprio Otomano 1920 - Conferncia de Londres 1920 - Conferncia de San Remo 1920 - Tratado de Svres Mandato Britnico da Mesopotamia (Iraque) Mandato Britnico da Palestina (depois dividido em Palestina e a autnoma Transjorda nia) Mandato Francs do Lbano Mandato Francs da Sria Independncia do Yemen Soberania britnica sobre o Chipre 1919-23 - Guerra de Independncia Turca (+ Guerra Franco-Turca); 1921 - Tratado de Ancara 1920 - Reino rabe da Sria (Sria, Lbano e Palestina) rei Faisal (incio do Pan-Arabismo) 1919-21 - Guerra Franco-Sria (Frana exila Faisal, depois os britnicos aceitam decla r-lo rei do Iraque) 1921 - Conferncia do Cairo e Tratado Anglo-Iraquiano 1923 - Tratado de Lausanne 1928 - fundada a Irmandade Muulmana 1936 - Revoltas rabes na Palestina contra vinda de judeus 1945 - fundada a Liga rabe 1952 - Revoluo Egpcia 1958-61 - Repblica rabe Unida (Egito + Sria) 1959 - fundado o Fatah (Israel/Palestina) 1964 - fundada a OLP (Israel/Palestina) 1978 - Acordos de Camp David (Pactum de Contrahendo para o posterior Tratado de Paz entre Israel e Egito, de 1979; alm de compromissos sobre a questo Palestina) 1980-88 - Guerra Ir-Iraque 1982 - Hizbollah (Lbano) 1987 - Hamas (Israel/Palestina) 1987-93 - I Intifada 1990-91 - Guerra do Golfo 1991 - Conferncia de Madrid 1993 - Acordo de Paz de Oslo 2000-05 - II Intifada 2003-2011 - Guerra do Golfo II/ Guerra do Iraque Regies: Oriente Mdio Oriente Prximo Maghreb Mashrek Modelo Turco Modelo Saudita e petromonarquias Modelo Iraniano (a partir da Rev. Islmica) e Crescente Xiita (termo cunhado pelo rei Abdullah da Jordnia em 2004, que significa o arco de influncia que vai do Ir do minado pelos xiitas aos seus aliados no Iraque, Sria e Lbano) Pan-arabismo Zaki al-Arsuzi e Constantin Zureiq Nasserismo (Gamal Abdel Nasser)Partido Baath (Michel Aflaq) Liga rabe Irmandade Muulmana Sria Governo: ditadura alawita/xiita-Baathista de Bashar al-Assad Populao: sunitas, xiitas, alauitas, drusos, curdos, cristos, armnios e circassianos Palestina (OLP - Confederao de partidos; principais: Fatah e Hamas) Governo: Autoridade Nacional Palestina e Conselho Legislativo da PalestinaSayed Abul ala Mawdudi e ideologia deobandi (ndia/Paquisto) jihadistas (ex: Jihad Islmica Egpcia, Jihad Palestina etc) terrorismo Wahhabi (referente a Muhammad ibn Abd al Wahhab) salafistas - muulmanos sunitas ultraconservadores que lutam para definir a nova o rdem de acordo com as tradies religiosas do sculo 7; salafistas so contrrios a uma Con stituio. Acham ela o Alcoro terrorismo Qutbio (referente ao egpcio Sayyid Qutb) Taleban (Afeganisto e Paquisto) Hezbollah (Lbano) Al QaedaTurquia, turcos e Imprio Turco-Otomano Historicamente, turco a denominao de povos originrios do centro asitico. O mais anti go registro do termo turco do sculo 5 e se refere aos gokturcos, nao que cresceu e se unificou como um imprio aps a queda do poder dos hunos na sia Central. At o sculo 7, os turcos mantiveram um intenso intercmbio cultural e comercial com c hineses, persas, coreanos e mongis e ocuparam regies que vo do nordeste da Europa a o leste da China. O declnio do Imprio Turco na sia coincidiu com a expanso da religio muulmana na regio. No incio do sculo 11, uma das tribos turcas muulmanas, a dos seluc idas, comeou a atacar e conquistar territrios bizantinos na Anatlia. No fim do sculo 13, havia tomado quase todas as grandes cidades gregas da regio. Nessa poca, outro cl seminmade turco teria migrado do norte da Prsia (o atual Ir) par a o oeste. Ali, deparou com um conflito entre turcos selucidas e mongis (do lder Ta merlo). O cl aliou-se aos turcos e venceu os mongis. O sulto selucida, em agradecimen to, teria concedido ao cl um pequeno territrio montanhoso no noroeste do imprio, na divisa com o territrio bizantino. A forma como isso ocorreu est repleta de mitos e se perdeu no folclore. O que se sabe que, sob o comando de um lder chamado Osman I, ou Othman, esses tur cos ficaram conhecidos como otomanos . Foram eles que mais tarde derrotariam os biz antinos em Constantinopla, em 1453, e, sob a liderana de Maom II, conquistariam territrios na Europa (nas atuais Grcia, Hungria, Bulgria e Srvia). Criariam, assim, o Imprio Turco-Otomano, que s desapareceria aps a Primeira Guerra, quase 500 anos dep ois.Oriente Mdio A19 - Conflitos no Oriente Mdio (HG 352) GRINBERG, Keila. O mundo rabe e as guerras rabe-israelenses. In: REIS FIL HO, Daniel Aaro. O Sculo XX. Vol. 3. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2001. pp. 97-131 O Oriente Mdio abrange os pases Afeganisto, Arbia Saudita, Barein, Catar, Egito, Emi rados rabes Unidos, Imem, Ir, Iraque, Israel, Jordnica, Kuwait, Lbano, Om, Sria, Turqu a e Territrios da Autoridade Nacional Palestina. Depois da morte de Maom, tropas rabes dispuseram-se a propagar a religio atravs da e xpanso militar e, em relativamente pouco tempo, constituram um imprio que acabou se estendendo por 6 mil quilometros, do oceano ndico ao Atlntico, dominando a pennsul a Ibrica, o Norte da frica e parte dos imprios Bizantino, Sassnida e Persa, indo at a s fronteiras com a ndia e a China, e tendo como sucessivas capitais as cidades de Meca, Damasco, Bagd e Cairo. Nesse imprio, o islamismo era a religio oficial e a lngua rabe tornou-se rapidamente o principal meio de comunicao. Assim, os povos conquistados pelos rabes muulmanos f oram arabizados e islamizados. Com exceo dos territrios europeus, da sia Menor e do Imprio Persa, todos os povos conquistados adotaram o rabe como primeira lngua; alm d isso, fora os cristos e judeus que tinham o direito de administrar suas comunidad es e beneficiar-se da liberdade de culto mediante o pagamento de um imposto espe cial todos tambm passaram a professar a religio muulmana. Tempos mais tarde, alguns destes mesmos grupos conquistados expandiram ainda mais a f islmica, como os berb eres do Norte da frica, que a propagaram ao sul doo Saara. por isso que, hoje em dia, mesmo no fazendo parte do Oriente Mdio, habitantes de pases como a Arglia e o M arrocos adotam a religio muulmana e so considerados rabes (GRANDE ORIENTE). So rabes aqueles que se identificam com a lngua, a cultura e os valores dos rabes e so muulmanos aqueles que seguem a religio do isl, fundada por Maom. Sionismo o movimento que preconiza a volta a Sion, colina de Jerusalm que simboli za a Terra Prometida, na dcada de 1890, foi profundamente marcado pelo anti-semit ismo europeu (ex. pogroms na Russia e caso Dreyfus na Frana). Jornalista vienense Theodor Herzl, organizou o primeiro congresso sionista e escreveu o livro o Esta do Judeu em 1896. Lana a verso poltica do sionismo que pregava a criao de um estado la ico (no necessariamente na Palestina) que solucionasse os problemas de segurana do s judeus. Muito influenciados pelo socialismo europeu, a maioria de seus militan tes preconizava uma dimenso socializante do sionismo, que, atravs de comunidades c oletivistas os kibutzim permitisse a criao de uma nova sociedade. O FIM DO IMPERIO OTOMANO E A NOVA CONFIGURAO POLTICA DO ORIENTE MDIO 1854 GUERRA DA CRIMIA Inglaterra e Frana apoiam o Imprio Otomano na vitria contra a Rssia e por isso consollidam definitivamente seu poder na regio, fixando as tarifa s aduaneiras e controlando todas as trocas comerciais dos endividados otomanos. Movimentos nacionalistas rabes a exemplo dos servios e gregos nos Balcs buscavam a utonomia e independncia. Contando com ajuda externa esses movimentos cresceram e ajudaram a minar ainda mais o imprio, que, aps uma nesga de modernizao com a Revoluo d os Jovens Turcos, teve seu golpe final depois da Primeira Guerra Mundial, a ltima travada pelo Imprio Otomano como grande potncia. O mais importante desses movimentos nacionalistas foi o liderado por Hussein que pretendia contituir um grande REINO RABE que incluia alm da Arbia, a Sria, o Iraque e a Palestina. O gov ingles d aval a revolta rabe contra os otomanos iniciada em 1916 com o auxilio do coronel ingles Lawrence, da Arbia. Na palestina tanto franceses como ingleses tinham interesse, assim, para garanti r o apoio sionista para salvaguardas seus interesses na regio LORDE BALFOUR em 19 17 declara que o Imprio Britnico encara favoravelmente, com estima, o estabelecimen to na Palestina de um lar nacional para o povo judeu. Os ingleses conseguiram secomprometer tanto com Hussein como com os sionistas, apoiando as pretenses nacio nais dos dois sem, no entanto, entrar em detalhes sobre os limites geogrficos das futuras naes. Acordo Sykes-Picot tracava os limites dos paises e regies sob mandato ingles ou f rances, desmembrados do Imperio Otomano, depois da 1GM ARABES E SIONISTAS NA PALESTINA O INICIO DA CONVIVENCIA Entre 1922 e 1946 100 mil rabes entraram na rea controlada por mandato britnico, bu scando as oportunidades econmicas criadas com a colonizao judaica. At o crescimento da imigrao judaica na regio, portanto, os palestinos no possuiam qualquer reivindicao territorial de cunho nacionalista. Pode-se dizer que o sionismo motivou a formao d o nacionalismo palestino. Revolta palestina de Iaffo 1921. Massacres de judeus e m Hebron 1929. Milicia Haganah e Irgun. Arabes compensavam a falta de organizao co m exesso de contingente, tinham como interlocutor o mufti de Jerusalm. Em 1937, retatrio da Comisso Peel, grupo ingles responsvel por investigar os confli tos da Palestina, pela primeira vez proposta a partilha da regio, veementemente r ecusada pelos rabes reunidos na Sria no Congresso Pan-Arabe de 1938 (A palestina ra be, e preserv-la como tal dever de todos os rabes). Revendo sua posio os britnicos op taram por restringir radicalmente a entrada de judeus na Palestina em 1939, just amente o ano em que Hitler d incio guerra que acabaria por exterminar 6 milhes de j udeus POLITICA DO LIVRO BRANCO. Exploso do hotel King David em Jerusalm, sede do g overno ingls pelo Irgun. ONU em 1947 decide pela partilha da Palestina em dois Estados e pelo fim do Mand ato Britnico. Logo que o plano de partilha foi tornado pblico e a data para o fim do mandato marcada inicio choques intensificaram. proclamacao oficial da criao do Estado de Israel feita por David Ben Gurion em Tel-Aviv, correspondeu o ataque d os pases rabes ao redor. Guerra de independncia. Liga rabe nada coesa e menos armada leva a pior, no armistcio de 1949, Israel ocupava territrio 21% maior, o rei Abda llah consegue anexar a Cisjordnica a seu territrio (que, a partir de ento, passa a ser o Reino da Jordnia), o Egito toma conta da faixa de Gaza e Jesursalm dividida. Em 1950, metade da populao palestina viviam em campos de refugiados criados pela U NRWA, sem poder retornar s suas casas, nemde, exceo da Jordnia, estabelecer residncia nos pases rabes vizinhos. Ao mesmo tempo a LEI DE RETORNO, aprovada em 1950 pelo parlamento de Israel concede cidadania israelense a todos os judeus que desejare m imigrar para o novo pas, assim como aos 160 rabes palestinhso que permaneceram e m seus locais de origem. Gamal Abdel Nasser ideologia vagamente constituda como socialismo rabe, oscilava e ntre a simpatia Irmandade Muulmana e a adeso ao Partido Comunista o nasserismo foi amplamente aceito nos outros pases rabes. Apoiando-se nos princpios de reencontro da dignidade rabe e da necessidade de progresso econmico, Nasser se constituiu num smbolo popular da unidade e do no-alinhamento que se materializou na contruo da bar ragem de Assu e na nacionalizao da Companhia do Canal de Suez em 1956. Com apoio br itnico e francs Israel realiza pequenos ataques no Egito. Em retaliao o Egito fecha o canal de Suez e o acesso ao golfo de caba aos navios israelenses. Invaso israele nse. Interveno da ONU. Ficou claro que a era dos Imprios estava sepultada, sem apoi o Americano as potncias europias no conseguiram administrar o conflito. Entendendo que a internacionalizao do golfo de caba e a presena de tropas da ONU na pennsula do Sinai eram uma afronta a sua soberania Nasser fecha novamente o golfo navegao isra elense. GUERRA DOS SEIS DIAS. A partir de ento ficou claro que Israel era o pas mi litarmente meis poderoso da regio. Resoluo 242 da ONU previa a retirada progressiva das tropas israelenses dos territrios ocupados. Os dois lados se negavam a negoc iar. CONFERENCIA DE CARTUN = 3 NOS= 1967 no paz com Israel, No a qualquer negociao co m Israel e Nao ao reconhecimento de Israel. 1970 Nasser morre e substitudo por An uar Sadat. Avioes israelenses sequestrados, atletas israelenses massacrados na O limpada de Munique de 1972. Terroristas palestinos autonomia no terririo jordanian o, rei Hussein decide reprim-los, SETEMBRO NEGRO. 1973 GUERRA DO YOM KIPPUR Egito e Sria invadem Irael. Primeira guerra em que os pases rabes usam o petrleo como arm a poltica,a meaando reduzir a produo enquanto Israel continuasse ocupando terras rabe s. A poltica de usar o petrleo teve como consequencia a interveno americana como med iadores do conflito, Jimmy Carter, ACORDOS DE CAMP DAVID em 1978. Sadat foi assa ssinado mas poltica mantida por sucessos Hosni Mubarak, a partir de ento mundo rabedivide-se entre pases pr-ocidente que aceitavam negociar com Israel (como o Egito ) e outros que tentavam manter uma poltica independente (como Sria Iraque e Lbia). Revoluo islmica no Ir 1979 aiatol Khomeini restaurou a autoridade do isl, derrubando o governo da dinastia Pahlevi modernizada e ocidentalizada. Governo laico de Sadd am Hussein invade Ir em 1980, guerra dura 8 anos e acaba com o cessar-fogo procla mado pela ONU. Os objetivos de ambos foram alcanados: o regime islmico no caiu, nem a revoluo iraniana se espalhou pelo Golfo Prsico. A grave crise econmica do Iraque, que, devendo 70 bilhes de dlares ao fim da guerra com o Ir, justifica a invaso do Kuwait em 1990. Liderada pelos EUA e com autorizao da ONU, uma grande coalizo internacional ataca o Iraque em 1991. O nico a apoiar H ussein Iasser Arafat. O poder americano, no entanto, no suficiente para derrubar o regime de Saddam Hussein, que mesmo sofrendo embargo econmico imposto pelas gra ndes potncias continua se sustentando no Iraque. Massacres de Sabra e Chatila, refugiados palestinos no Lbano so mortos por faco cris tos maronistas treinada e mantida por Israel. MOVIMENTO PAZ AGORA. Guerra conside rada o Vietn de Israel. Pela primeira vez soldados recusavam-se a ir para os camp os de batalha, alegando razes de conscincia. Pouco depois cai o ministro de defesa de Israel Ariel Sharon. OLP deixa o Lbano e se instala na Tunsia. Amargando mais uma derrota, a OLP entra em crise, suas tticas de negociao no so mais sedutoras, prin cipalmente aos habitantes da Cisjordnia e Faixa de Gaza. O desespero da populao foi o que levou INTIFADA 1987. Grupos extremistas como o Hamas que pregam a destruio de Israel comeam a paticipar dos Ataques. Arafat usa a intifada como instrumento de propaganda angariando a simpatia mundial aos revoltosos. Na reunio do Conselho Nacional Palestino 1988 renuncia de vez ao terrorismo, ao mesmo tempo proclama o reconheciemnto do direito de Israel existncia e enfatiza a necessidade de criao d o Estado Palestino. Israel por conta do guerra Ir Iraque deixou sua posio de isolam ento aproximando-se da Jordnia e da Arbia Saudita. ACORDOS DE PAZ DE OSLO 1993 (Ra bin, Arafat e Bill Clinton). Em 1995 Rabin assassinado por judeu. Benjamim Netan yahu assumiu em 1996 com promessa de frear negociaes. Mas por presso americana faz algumas concesses como os acordos de Wye, em 1998. Que por sua vez levaram a cris e de seu governo teve eleies gerais antecipadas em um ano. Anos 90 agravamento das condies socio-econmicas da maioria da populao rabe. O crescime nto econmico propiciado pela produo petrolfera nao correspondeu a uma elevao no padro e vida geral, fortalecimento dos fundamentalistas. Nascidos sob o signo da moder nizao ocidentalizante, os Estados nacionais do Oriente Mdio se deparam cada vez mai s, com movimentos que unem poltica religio, criando fundamentos histricos em aconte cimentos ocorridos h sculos para as opes que defendem,quase nunca pela via da negoci ao e do direito. Isso muda completamente a situao com a qual israelenses e rabes esta vam acostumados a lidar h quese um sculo, quando o inimigo era o vizinho. Agora, o perigo est do lado de dentro.