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Page 1: Cronoanalise

Administração de Produção

Cronoanálise Cronoanálise (Estudo de Tempos e Métodos)

Prof. Douglas M. Miranda

Ref. Bibliográfica: Martins, Petrônio G.Administração da Produção, Editora Saraiva, Capítulo 4.

[email protected] FACE-UFMG 1 2010

Page 2: Cronoanalise

CRONOANÁLISE:

•A Cronoanálise existe há mais de 100 anos a partir dos estudos de Taylor e Gilbreth.

•Continua sendo fundamental para defender os custos de fabricação.

•Por ser uma ferramenta criada há muito tempo, muitas empresas acabam banalizando a metodologia, dando uma abordagem muito simplista à sua aplicação.

[email protected] FACE-UFMG 2 2010

Perguntar sobre o conhecimento que eles possuem sobre cronoanalise, e sobre metodologias como o Lean e o 6 Sigma.
Page 3: Cronoanalise

CRONOANÁLISE:•A Cronoanálise analisa os métodos, materiais, ferramentas e instalações utilizadas para a execução de um trabalho, e tem por finalidade:

A)Encontrar uma forma mais econômica de se fazer um A)Encontrar uma forma mais econômica de se fazer um operação necessária.B)Padronizar os métodos, materiais, ferramentas e instalações.C)Determinar exatamente o tempo necessário para um empregado realizar um trabalho em ritmo normal (tempo padrão).

[email protected] FACE-UFMG 3 2010

Perguntar sobre o conhecimento que eles possuem sobre cronoanalise, e sobre metodologias como o Lean e o 6 Sigma.
Page 4: Cronoanalise

CRONOANÁLISE:•Na prática isto significa:

üEliminar operações desnecessárias.üReduzir elementos de fadiga.üAprimorar o layout.üAprimorar o layout.üDeterminar a real capacidade produtiva das operações.üDeterminar carga homem-máquina (saturação do operador).üFerramentas para otimizar balanceamento da linha.üFacilitar administração visual.üMelhorar as condições ergonômicas de trabalho.üReduzir de setup.

[email protected] FACE-UFMG 4 2010

Page 5: Cronoanalise

Métodos de desenvolvimento dos tempos padrões:

o Cronometragem

o Tempos Sintéticos

o Amostragem do trabalho

[email protected] FACE-UFMG 5 2010

Page 6: Cronoanalise

Exemplos clássicos de uso em empresas:

o Atualizar banco de dados do software ERP.

o Entrada de novo produto na linha de produção (comparar tempo planejado e real).produção (comparar tempo planejado e real).

o Melhoria dos métodos p/ aumentar a produtividade.

[email protected] FACE-UFMG 6 2010

Page 7: Cronoanalise

Equipamentos para o Estudo de Tempos

o Cronômetro de hora centesimal

o Filmadora

o Folha de observação

o Prancheta para observações

[email protected] FACE-UFMG 7 2010

Page 8: Cronoanalise

Etapas para a determinação do tempo padrão de uma operação

o Análise prévia da operação.oDivisão da operação em elementoso Determinação do número de ciclos a o Determinação do número de ciclos a serem cronometradoso Avaliação da velocidade do operadoro Determinação das tolerâncias

• Atendimento às necessidades pessoais• Alívio da fadiga

o Determinação do tempo padrão

[email protected] FACE-UFMG 8 2010

Page 9: Cronoanalise

Análise prévia da operação

Fazer anotações preliminares sobre o posto de trabalho: números de desenhos, tipo do material, denominação da peça, número da operação, descrição da operação, nome da seção, nome do empregado, dispositivos e ferramentas. Registrar numa “Folha de Análise da Operação

[email protected] FACE-UFMG 9 2010

e ferramentas. Registrar numa “Folha de Análise da Operação ou na Folha de Cronometragem”.

Há método definido?:Muitas vezes cada operador têm o seu próprio método,

ou ainda, o mesmo operador tem vários métodos.

Page 10: Cronoanalise

Divisão da Operação em ElementosSão as partes em que a operação pode ser dividida.

Tem a finalidade de verificar o método de trabalho e deve ser compatível com a obtenção de uma medida precisa.medida precisa.

Tomar o cuidado de não dividir a operação em um número excessivo de elementos.

[email protected] FACE-UFMG 10 2010

“Um elemento consiste de um ou mais movimentos que formam uma parte significativa de todo o ciclo”.

Page 11: Cronoanalise

Movimentos Básicos

ØPegar

ØColocar ou Posicionar

ØProcessarØProcessar

ØDispor

[email protected] FACE-UFMG 11 2010

Page 12: Cronoanalise

Divisão da Operação em Elementos

1. Pegar arruela com a mão direita e a rebite com a mão esquerda e colocar no dispositivo.2. Acionar bimanual.3. Rebitar.4. Pegar conjunto do dispositivo com a mão direita e dispor

Ex: Operação de Rebitagem

[email protected] FACE-UFMG 12 2010

4. Pegar conjunto do dispositivo com a mão direita e dispor na esteira.

É importantíssimo identificar pontos de separação claros entre os elementos.

A divisão em elementos deve ter informações suficientes para reconstruir completamente o ciclo da peça.

Page 13: Cronoanalise

Número de ciclos a serem cronometrados

Onde: n ... Número de ciclos a cronometrarz ... Coeficiente da distribuição Normal PadrãoR ... Amplitude da amostrad2 ... Coeficiente que depende do número de

cronometragens realizadas preliminarmente X .. Média da amostraX .. Média da amostraEr: erro relativo

[email protected] FACE-UFMG 13 2010

Page 14: Cronoanalise

Velocidade do Operador (Ritmo de trabalho)

A velocidade V (também denominada de RÍTMO) do operador é determinada subjetivamente por parte do cronometrista, que a referencia à assim denominada velocidade normal de operação, à qual é atribuído um valor 1,00 (ou 100%).qual é atribuído um valor 1,00 (ou 100%).

Assim, se: V = 100% à Velocidade Normal

V > 100% à Velocidade Acelerada

V < 100% à Velocidade Lenta

[email protected] FACE-UFMG 14 2010

Page 15: Cronoanalise

Velocidade do Operador (Ritmo de trabalho)

O Ritmo é o fator que mede a influência dos componentes“habilidade” e “esforço” na produtividade da operação.

O “esforço” pode ser definido como a quantidade detrabalho que o operador pode ou quer dar. É influenciado pordiversos fatores como: disposição física, entusiasmo do

[email protected] FACE-UFMG 15 2010

diversos fatores como: disposição física, entusiasmo dooperador, cansaço em diferentes momentos do dia e outros. Eesforço varia no dia a dia.

A “habilidade” é o que o operador traz para o trabalho comopotencial próprio. Depende de fatores como: destreza manual,experiência, inteligência, poucas interrupções e hesitaçõesdurante o trabalho. A habilidade não varia no dia a dia.

Page 16: Cronoanalise

Velocidade do Operador (Ritmo de trabalho)

[email protected] FACE-UFMG 16 2010

Percentuais para cálculo da eficiência do operador (apenas uma referência)Adaptado de “Cronoanálise. O&M. 1974.

Page 17: Cronoanalise

Velocidade do Operador (Ritmo de trabalho)

[email protected] FACE-UFMG 17 2010

Conceitos para classificação da habilidade e do esforçoAdaptado de “Cronoanálise. O&M. 1974.

Page 18: Cronoanalise

Determinação das TolerânciasØTemperatura Ambiente

ØPoeira e Fumaça.

ØIluminação.

ØBarulho.

ØAtenção e Concentração: tamanho do campo visula/ objeto

ØIrritabilidade do Material.ØIrritabilidade do Material.

ØMonotonia.

ØFadiga Mental: possibilidade de perda de material ou acidente

ØFadiga Física: tamanho da carga

ØEsforço: complexidade dos movimentos.

ØPostura: sentado, em pé, posição difícil

ØNecessidades pessoais: proximidade de instalações sanit. / [email protected] FACE-UFMG 18 2010

Page 19: Cronoanalise

Determinação das TolerânciasNecessidades Pessoais:

de 10 a 25 min por turno de 8 horas

Alívio da Fadiga:

depende basicamente das condições do trabalho, geralmente variando de 10% (trabalho leve e um bom ambiente) a 50% (trabalho pesado em condições ambiente) a 50% (trabalho pesado em condições inadequadas) da jornada de trabalho.

O fator FT (Fator de Tolerância) é geralmente dado por:

FT = 1/(1-p)

Onde p é a relação entre o total de tempo parado devido às permissões e a jornada de trabalho, ou seja, é tempo de intervalo dado dividido pelo tempo de trabalho (% do tempo ocioso)

[email protected] FACE-UFMG 19 2010

Page 20: Cronoanalise

Determinação do Tempo Padrão

Uma vez obtidas as n cronometragens válidas, deve-se:

o Calcular a média da n cronometragens, obtendo-se

Tempo Cronometrado (TC) ou Tempo Real ;

[email protected] FACE-UFMG 20 2010

o Calcular o Tempo Normal (TN):

TN = TC x V

o Calcular o Tempo Padrão (TP)

TP = TN x FT

Fazer Nivelamento dos tempos cronometrados

Page 21: Cronoanalise

Nivelamento“Outliers” devem ser eliminados, ou seja, tempos bastante

diferentes dos demais valores cronometrados devem serdesprezados para não “contaminar” o Tempo Normal, uma vezque algo diferente ocorreu. Isto pode ser causado por fatorescomo:•Erro humano por parte do Cronoanalista: embora raro numprofissional treinado, isto pode ocorrer e não deve interferir no

[email protected] FACE-UFMG 21 2010

profissional treinado, isto pode ocorrer e não deve interferir noresultado final.•Elementos Estranhos: são elementos desnecessários àoperação, como por exemplo, o operador enxugar o suor datesta.•Elementos Anormais: modificam a seqüência natural demovimentos de forma exagerada, como por exemplo, umarebarba dificultando o encaixe de uma peça ou ferramenta.

Page 22: Cronoanalise

Exemplo: Uma empresa do ramo metalúrgico deseja determinar o tempo padrão necessário, com 90% de confiabilidade e um erro relativo de 5%, para a fabricação de determinado componente que será utilizado na linha de montagem. O analista de processos realizou uma cronometragem preliminar de nove tomadas de tempo, obtendo os dados a seguir.

Pergunta-se:

a. O número de amostragens é suficiente?

[email protected] FACE-UFMG 22 2010

b. Qual o tempo cronometrado (TC) e o tempo normal (TN)?

c. Qual o tempo padrão (TP) se a fabrica definir um índice de tolerânciade 15%?

d. Caso a empresa conceda 12 minutos para necessidades pessoais,15 minutos para lanches e 20 minutos para alívio de fadiga em umdia de 8 horas de trabalho, qual será o novo tempo padrão?

Page 23: Cronoanalise

[email protected] FACE-UFMG 23 2010

Page 24: Cronoanalise

Continuação...

[email protected] FACE-UFMG 24 2010

Page 25: Cronoanalise

Tempo Padrão de Atividades Acíclicas

[email protected] FACE-UFMG 25 2010

Page 26: Cronoanalise

Tempo Padrão de Atividades Acíclicas

Tempo Padrão = + +∑∑∑∑TPiTS

q

TFL

Onde:

o TS à Tempo Padrão do setup

o q à Quantidade de peças para as quais o setup é suficiente

o TPi à Tempo Padrão da operação i

o TF à Tempo Padrão das atividades de finalização

o L à Lote de peças para que ocorra a finalização

[email protected] FACE-UFMG 26 2010

Page 27: Cronoanalise

[email protected] FACE-UFMG 27 2010

Gentileza: CIPI – Centro Integrado de Produtividade Industrial

OBS: Ver 1 exemplo real

Page 28: Cronoanalise

Tempos Predeterminados ou Sintéticos

Os tempos sintéticos permitem calcular o tempo padrão para um trabalho ainda não iniciado.

Existem dois sistemas principais de tempos sintéticos: o work-factor ou fator de trabalho e sintéticos: o work-factor ou fator de trabalho e sistema methods-time measurement (MTM) ou métodos e medidas de tempo.

Unidade de medida àààà TMU1 TMU = 0,0006 min ou 0,00001 h

[email protected] FACE-UFMG 28 2010

Page 29: Cronoanalise

Tempos Predeterminados ou SintéticosExemplo p/ movimento “alcançar”

[email protected] FACE-UFMG 29 2010

Page 30: Cronoanalise

Tempos Predeterminados ou Sintéticos

MICROMOVIMENTOS:o Alcançaro Movimentaro Giraro Agarraro Agarraro Posicionaro Soltaro Desmontaro Tempo para os olhos (esforço de concentração visual)

[email protected] FACE-UFMG 30 2010

Page 31: Cronoanalise

Amostragem do TrabalhoConsiste em fazer observações intermitentes em um período consideravelmente maior que o utilizado pelo método da cronometragem.

oObservações instantâneas

oEspaçadas ao acasooEspaçadas ao acaso

Existem equações estatísticas para calcular o número de amostras a serem realizadas.

Na prática, n=100 é um bom número.

[email protected] FACE-UFMG 31 2010

[(2/precisao)^2]*p*(1-p)
Page 32: Cronoanalise

Amostragem do TrabalhoExemplo Real

[email protected] FACE-UFMG 32 2010

Gentileza: CIPI – Centro Integrado de Produtividade Industrial

Page 33: Cronoanalise

Vantagens Desvantagens

- Operações cuja medição porcronômetro é cara;- Estudos simultâneos de equipes- Custo do cronometrista é alto

- Não é bom para operações de ciclorestrito;- Não pode ser detalhada comoestudo com cronômetro;

Vantagens e desvantagens da Amostragem em relação aos Tempos Cronometrados

- Custo do cronometrista é alto- Observações longas diminueminfluência de variações ocasio-nais

- O operador não se sente obser-vado de perto

estudo com cronômetro;- A configuração do trabalho podemudar no período;- A administração não entende tãobem;- Às vezes se esquece de registrar ométodo de trabalho.

[email protected] FACE-UFMG 33 2010

Page 34: Cronoanalise

Processos e Operações

Processo é o percurso realizado por um material(ou informação) desde que entra na empresa até que dela sai com um grau determinado de transformação.transformação.

Quer na empresa manufatureira ou de serviços, um processo é constituído de diferentes operações.

[email protected] FACE-UFMG 34 2010

Page 35: Cronoanalise

Melhoria de Processos IndustriaisA melhoria se compõe de quatro estágios e um preliminar, a saber:

-Preliminar à uma nova maneira de pensar

-Estágio 1 à conceitos básicos para a melhoria

-Observar as máquinas e tentar descobrir problemas

-Reduzir os defeitos a zero-Reduzir os defeitos a zero

-Analisar as operações comuns a produtos diferentes

-Procurar os problemas

-Estágio 2 à como melhorar? (5W1H)

-What? -Who? -Where? -When?

-Why? -How?

[email protected] FACE-UFMG 35 2010

Page 36: Cronoanalise

Melhoria de Processos IndustriaisEstágio 3 à planejamento das melhorias

o Envolvimento no problema;o Geração de idéias para a solução

• Pode ser eliminado?• Pode ser feito inversamente?• Isso é normal?• No processo, o que é sempre fixo e o que é variável?• É possível aumento e redução nas variáveis do processo?processo?• A escala do projeto modifica as variáveis?• Há backup de dispositivos?• Há operações que podem ser realizadas em paralelo?• Pode-se mudar a seqüência das operações?• Há diferenças ou características comuns a peças e operações?• Há movimentos ou deslocamentos em vazio?

[email protected] FACE-UFMG 36 2010

Page 37: Cronoanalise

Melhoria de Processos Industriais

Estágio 4 à implementação das melhorias

o entender o cenário

o tomar diferentes ações para que a implantação dê resultado:

• Ações de prevenção;

• Ações de proteção;

• Ações de correção.

[email protected] FACE-UFMG 37 2010

Page 38: Cronoanalise

Atividade que Agrega Valor (AV)

Define-se como a atividade que o cliente reconhece como válida e está disposto a remunerar a empresa por ela.

[email protected] FACE-UFMG 38 2010

Uma operação de inspeção final é AV ou NAV?

Page 39: Cronoanalise

AGREGAR VALOR?

AVLead Time originalNAV

Companhia típica

AVLead TimeoriginalNAV

Melhoria tradicional

na

Pequena

melhoria

Pequena

melhoria

na manufaturat

AV NAVRedução enxuta de desperdício

Grande

Melhoria

Enxuto olha primeiro nas NAV

[email protected] FACE-UFMG 39 2010

Page 40: Cronoanalise

Mapear p/ reduzir etapas NAV

operação

transporte

[email protected] FACE-UFMG 40 2010

transporte

espera

inspeção

armazenagem

Mapear p/ reduzir etapas NAV
Page 41: Cronoanalise

Princípios de Economia de Movimentos

[email protected] FACE-UFMG 41 2010

Page 42: Cronoanalise

[email protected] FACE-UFMG 42 2010

Page 43: Cronoanalise

[email protected] FACE-UFMG 43 2010

Page 44: Cronoanalise

[email protected] FACE-UFMG 44 2010

http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp

NR17

Page 45: Cronoanalise

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Page 46: Cronoanalise

[email protected] FACE-UFMG 46 2010

Page 47: Cronoanalise

60

70

80

90

100

Tempo Gasto por Unidade com 80% de AprendizagemTempo p/ realizar tarefa

0

10

20

30

40

50

60

0 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 120

[email protected] FACE-UFMG 47 2010

Tempo p/ realizar tarefa

Número de repetições

Page 48: Cronoanalise

Empowerment

Funcionários são treinados p/ desenvolverem conhecimento que lhes capacitem a exercer uma quantidade maior de tarefas.

ØEnvolvimento de Sugestão

[email protected] FACE-UFMG 48 2010

ØEnvolvimento de Sugestão

ØEnvolvimento no trabalho

ØAlto envolvimento.

Page 49: Cronoanalise

Estudo de Caso

“O trabalho machuca o homem”

Martins, Petrônio G.Administração da Produção, Editora Saraiva, Capítulo 4, pag 132

[email protected] FACE-UFMG 49 2010

Administração da Produção, Editora Saraiva, Capítulo 4, pag 132

Entregar na próxima aula.