crônica zerista -a branca de neve

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A Branca de Neve – Crônica ZERISTA Por ZERA, 9 de maio de 2013, em Crônicas de um Sedutor9 comentários Ainda me lembro de quando eu a traia com prostitutas e esposas infiéis. E de como se suicidou em meio a bebidas e cigarros de depressão 200 anos atrás. Lembro-me do sangue quente em minhas mãos quando a matei com um punhal 300 anos atrás… Lembro-me de ter sussurrado ao seu ouvido 8 vezes “eu te amo” deitado em sua cama 2 semanas atrás. Os romances que aqui escrevo já morreram, mas as musas continuam vivas. Porém hoje escrevo o primeiro romance cujo amor não morreu, mas cuja musa já matei. Não uma, nem só duas, mas talvez 4 vezes. Branca de Neve, sou consciente das vidas que lhe tirei e por isso te digo: mate-me quando quiser e não reclamarei, pois sei que te devo muito. Muito pelo que já lhe tirei, mas muito mais ainda pelo que você já me deu. De novo. Tinha me esquecido do quanto você falava. Quantos palavrões. Eu tinha encontrado minha versão feminina. Belíssima! A maior de todas as sedutoras que já testemunhei. Caçadora de caçadores. Tão sofisticada em seu método, que por vezes pensei estar seduzindo, sem perceber que na verdade estava sendo seduzido. Sentado naquele banco, pensava eu ter trazido minha presa para a toca do lobo, quando na verdade eu tinha sido trazido para o ninho da águia. Faixa Vermelha merecida. Hoje está na Roxa. Eu já não raciocinava as palavras que me dizia. Apenas olhava atento a sua boca vermelha a se mexer. Era a sua isca. A maçã do pecado que me fazia salivar de desejo.

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  • A Branca de Neve Crnica ZERISTA Por ZERA, 9 de maio de 2013, em Crnicas de um Sedutor9 comentrios

    Ainda me lembro de quando eu a traia com prostitutas e esposas infiis.

    E de como se suicidou em meio a bebidas e cigarros de depresso 200 anos atrs.

    Lembro-me do sangue quente em minhas mos quando a matei com um punhal 300 anos

    atrs

    Lembro-me de ter sussurrado ao seu ouvido 8 vezes eu te amo deitado em sua

    cama 2 semanas atrs.

    Os romances que aqui escrevo j morreram, mas as musas continuam vivas.

    Porm hoje escrevo o primeiro romance cujo amor no morreu, mas cuja musa j

    matei. No uma, nem s duas, mas talvez 4 vezes.

    Branca de Neve, sou consciente das vidas que lhe tirei e por isso te digo:

    mate-me quando quiser e no reclamarei, pois sei que te devo muito.

    Muito pelo que j lhe tirei, mas muito mais ainda pelo que voc j me deu. De

    novo.

    Tinha me esquecido do quanto voc falava. Quantos palavres. Eu tinha

    encontrado minha verso feminina.

    Belssima! A maior de todas as sedutoras que j testemunhei. Caadora de caadores.

    To sofisticada em seu mtodo, que por vezes pensei estar seduzindo, sem

    perceber que na verdade estava sendo seduzido.

    Sentado naquele banco, pensava eu ter trazido minha presa para a toca do lobo,

    quando na verdade eu tinha sido trazido para o ninho da guia.

    Faixa Vermelha merecida. Hoje est na Roxa.

    Eu j no raciocinava as palavras que me dizia. Apenas olhava atento a sua

    boca vermelha a se mexer. Era a sua isca. A ma do pecado que me fazia salivar

    de desejo.

  • Quis provar do fruto proibido e prontamente ca em tentao. Fui devorado vivo.

    Carinhoso e voraz. Um beijo e uma luta. Tanta fome e sede que batemos os molares.

    Seu aroma e sabor me doparam. Um poderoso anestsico que foi capaz de transformar

    suas mordidas profundas em puro prazer, por mais que a derme de minha boca

    sangrasse.

    A msica cigana nos punha a bailar sob as estrelas, que naquela noite pareciam cair do

    cu. Sob os olhares sorridentes do Tranca Rua, da Dama da Noite e dos pedestres

    boquiabertos.

    Deliciosa ma, porm enfeitiada.

    Na noite que se seguiu, pensei estar alucinado ao ver seu rosto na fumaa de meu

    cachimbo enquanto danava com meus cachorros perto da fogueira. Ela j estava em sua

    casa, mas o transe ainda continuava em minha mente.

    No outro dia as alucinaes continuaram. Bebia gua para ver se passava, tentava dormir,

    mas no adiantava. Somente da cobra picadora se pode extrair o antdoto para a picada. E

    ento a trouxe para minha cabana, afim de que pudesse me curar.

    Aps deitar-me no sof, trouxe minha boca seu remdio.

    E ali deitado conheci o mais poderoso de todos os entegenos. Hayahuaska,

    Datura, Huachuma, Amanita Muscaria De todos se pode voltar, mas desse no

    voltei at hoje.

    O ritual daquela noite era a continuao daquele que tnhamos interrompido

    entre nossas mortes. E depois desse reincio, jamais se encerrou.

    Vivo em meio s mais belas miraes. A beleza, a maciez, o calor. A sensao do

    amor que vaza pelo chacra cardaco e me banha os inferiores com o mais pleno

    xtase de ser amado.

    Shiva e Shakti.

    Krishna e Radha.

    Muitos foram os casais que interpretamos milnios atras celebrando a unio do

    masculino e feminino.

    Mas agora, como ZERA e Branca de Neve, j no somos um casal. Sequer nos

    atrevemos a nomear o que vivemos juntos. Qualquer palavra, por mais majestosa e

    gigante, no passaria de um insulto a tamanho amor. Que talvez nem seja amor, por

    parecer algo ainda mais belo.

    Sem contratos, garantias ou promessas, pois no h medo de se perder nada. Amor

    sem futuro. Assim o verdadeiro. Vivido apenas no presente.

    Sem algemas, grades ou cobranas de compromisso. s bela porque s livre.

    Os pedidos de meu cachimbo foram atendidos. Hoje quando o pito, ela j no me

    mais uma alucinao. uma companhia, que no se projeta na fumaa, mas que se

    senta alm dela fitando-me os olhos profundamente.

    Estou seguro de que nada mais na vida posso pedir enquanto estiver do meu lado.

    Gratido por caminhar comigo.

    Beijos

    ZERA

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    A Branca de Neve - Crnica ZERISTA, 4.5 out of 5 based on 23 ratings

    9 comentrios

    1. Roniery Barbosa

    9 de maio de 2013 s 14:04

    tava demorando postar algo em zera.

    Responder

    2. Joao Paulo

    9 de maio de 2013 s 13:57

    Zera, excelente Parabns!

    No tem palavras pra descrever o quo profundo foi esta crnica.

    Aprendi que o amor livre, no tem correntes e nem sofrimentos. Apenas o desejo de

    viver aquele momento intensamente como se fosse o ltimo.

    Obrigado!

    Responder

    3. Lucas Eduardo Brose

    9 de maio de 2013 s 18:48

    perdemos o zera pra ela!

    Responder

    4. rafael

    9 de maio de 2013 s 15:58

  • Grande Zera, plantando amor e recebendo carinhos, coisa boa !

    Responder

    5. Adson Almeida

    15 de maio de 2013 s 22:32

    ta "xonadinho", hein? Ah!

    O amor

    Responder

    6. Triggie Silva

    19 de maio de 2013 s 15:17

    Muito bom! Ela linda e vocs so lindos! =)

    Responder

    7. Jonata Souza

    9 de junho de 2013 s 15:34

    Para alguns isso pode soar at estranho, pois todos imaginam vc como um cara que est,

    livre de relacionamentos, que no se deixa levar por esse sentimento..Mais um caminho

    complicado para alguns, eu particularmente prefiro no sentir mais esse sentimento..s

    curtir as esmeraldas e as rubis ;).. parabns zera, Vc um alfa concerteza.

    Responder

    8. Marcelo dos Santos

    23 de junho de 2013 s 7:00

    Excelente zera.

    Responder

    9. Hitch jr.

    28 de julho de 2013 s 12:00

    eita Zeraa esse brow dos loko kkkkk.(viajei lendo)gostei do seu blog de mtos q eu vi,o

    seu um dos melhores .falow

    A Branca de Neve Crnica ZERISTA9 comentrios