crônica literária, tempos verbais e tipos de narrador - 7º ano (língua portuguesa)
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Ginásio Experimental Olímpico – Santa Teresa /RJ Humanidades Turma: ________ Ano: 7º Professora: Tânia Almeida Atividade: Crônica Literária e tempos verbais
Nota: _______ Tema da aula: Crônica literária e tempos verbais
Parte 1: O conceito de crônica literária
A crônica de teor crítico surgiu junto com a imprensa periódica (folhetins e jornais), no século XIX.
Começou com um pequeno texto de abertura que falava de maneira bem geral dos acontecimentos do dia. Depois
passou a assumir uma coluna nos folhetins (coluna da primeira página do periódico) e por fim adentrou de vez
ao Jornalismo e à Literatura.
A característica mais relevante de uma crônica é o objetivo com que ela é escrita. Seu eixo temático é
sempre em torno de uma realidade social, política ou cultural. Essa mesma realidade é avaliada pelo autor da
crônica e uma opinião é gerada, quase sempre com um tom de protesto ou de argumentação. Esse tipo de crônica
pode ser simplesmente argumentativa, e dispensar o uso da narração. É possível que percam-se assim, elementos
típicos do gênero como personagens, tempo, espaço.
Sendo assim podemos identificar duas maneiras de se produzir uma crônica: a primeira é a narrativa, que
como já foi dito, conta um fato do cotidiano, utilizando-se de personagens, enredo, espaço, tempo, etc. A outra
maneira é a crônica dos textos jornalísticos, é uma forma mais moderna do gênero, e ao contrário da outra não
narra e sim disserta, defende ou mostra um ponto de vista diferente do que a maioria enxerga.
Fonte: http://www.infoescola.com/redacao/cronica-literaria/
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Parte 2: Tempos verbais característicos
Presente: representa fatos que estamos passando no momento atual, ou seja, no momento em que estamos
falando.
Ex.: Estou muito doente. (Estou, significa algo que está ocorrendo).
Pretérito: significa um ato que ocorreu um tempo antes do presente, ou seja, que passou. Existem alguns tipos de
classificações: Pretérito Perfeito, mais-que-perfeito e Imperfeito.
Exemplos:
Pretérito Perfeito: Eu corri muito para emagrecer, (é uma ação que já passou e que foi concluída).
Quando o professor chegou (perfeito) à sala, todos os alunos já tinham sentado (mais-que-perfeito). (é uma ação
que passou e que se concluiu, antes de uma que passou).
Pretérito Imperfeito: Antigamente eu ia à praia todo o domingo, (mostra uma ação ou um hábito, que acontecia).
Pretérito Mais que perfeito: Ele quisera correr antes, mas o trem já havia passado. (Mostra uma ação anterior à
outra que já passou)
Ginásio Experimental Olímpico – Santa Teresa /RJ Humanidades Turma: ________ Ano: 7º Professora: Tânia Almeida Atividade: Crônica Literária e tempos verbais
Nota: _______
Futuro: representa uma ação que acontecerá (futuro). Está dividido em duas categorias: futuro do presente e
futuro do pretérito.
Exemplos:
Futuro do presente: Eu farei os exercícios depois. (representa um futuro, com uma referência para o presente).
Futuro do pretérito: Eu disse (pretérito perfeito) que acharia (futuro do pretérito) meu celular.
Adaptado de http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/portugues/verbos/tempos-verbais.html
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Parte 3: A diferença entre os verbos olhar, ver e avistar
Olhar – 1. Dirigir os olhos para algum lugar ou alguma coisa; fixar os olhos em algo 2. Expressão dos olhos
Ver – 1. Usar o sentido da vista 2. Entender, dar-se conta de alguma coisa, como: “Finalmente, vi a importância do
assunto”.
Avistar – 1. Alcançar, com a vista, algo que está longe de quem o faz.
Adaptado de: www.lexico.pt
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Parte 4: Os tipos de narrador
Narrador em primeira pessoa
Narrador personagem: além de contar a história em primeira pessoa, faz parte dela, sendo por isso chamado de
personagem.
Narrador em terceira pessoa
Narrador onisciente: É aquele que sabe de tudo.
Narrador observador: é o que presencia a história, mas ao contrário do onisciente não tem a visão de tudo, mas
apenas de um ângulo
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Parte 5: Discurso direto e indireto
Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente em diálogos. Isso
permite que traços da fala e da personalidade das personagens sejam destacados e expostos no texto. O discurso
direto reproduz fielmente as falas das personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para
que as falas das personagens sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral.
Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas.
Exemplos:
Ginásio Experimental Olímpico – Santa Teresa /RJ Humanidades Turma: ________ Ano: 7º Professora: Tânia Almeida Atividade: Crônica Literária e tempos verbais
Nota: _______ “O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele - Chente! que vida dura esta
de guaxinim do banhado!...”
“- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!”
Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É escrito normalmente
em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para reproduzir aquilo que foi dito pela
personagem.
Exemplos
“Elisiário confessou que estava com sono.” (Machado de Assis)
“Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois estava sem relógio
e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava podiam ser onze horas.” (Lima
Barreto)
Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as personagens têm
voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é uma mistura dos outros dois tipos de
discurso e as duas vozes se fundem.
Exemplos:
“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia mais. Estava
desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!”
“Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qualquer urubu... que raiva...” (Ana Maria Machado)
“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram todos
irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos)
FONTE:
Celso Cunha in Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição.