cromatografia contracorrente na purificação de produtos...
TRANSCRIPT
"Cromatografia Contracorrente na purificação de produtos naturais: porque a vida fica mais fácil assim!"
Gilda Guimarães LeitãoUniversidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais
Animações criadas pela equipe do Institute of Bioengeneeringda Universidade de Brunel, Londres, Inglaterra. Disponível em http://www.brunel.blip.,tv/file/2046686/
PARTIÇÃO DE UM SOLUTO ENTRE DUAS FASES LÍQUIDAS
IMISCÍVEIS• UMA FORMA DE CROMATOGRAFIA DE PARTIÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO, SEM SUPORTE SÓLIDO
• DOIS LÍQUIDOS IMISCÍVEIS
• O SOLUTO SE REPARTE DE ACORDO COM SEU COEFICIENTE DE DISTRIBUIÇÃO, K
ALGUMAS VANTAGENS DA TÉCNICA
✓VERSATILIDADE: SISTEMAS DE SOLVENTES, FASE MÓVEL, QUANTIDADE DE AMOSTRA, TIPO DE AMOSTRA, ETC
✓RAPIDEZ, EFICIÊNCIA, BOA RESOLUÇÃO
✓TÉCNICA PREPARATIVA
✓ECONOMIA: COLUNAS (SISTEMAS DE SOLVENTES X COLUNAS), VOLUME DE SOLVENTES, ETC.
✓ALTA TAXA DE RECUPERAÇÃO
✓RECUPERAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA EM FRACIONAMENTOS GUIADOS POR TESTES BIOLÓGICOS
Cromatografia de Partição Líquido-líquido:
Com suporte sólido Sem suporte sólido
AdsorçãoPartiçãoTroca IônicaFiltração em gel
Cromatografia e Distribuição Contracorrente
Campo centrífugo Campo gravitacional
CCDDCCC, RLCC
Um eixo de rotação, CPC
Dois eixos de rotação, HSCCC
Adaptado de www.everseiko.co.jp
Tipos de CCC:
Que utilizam a força gravitacional:
✓Cromatografia Contracorrente de Gotículas (DCCC)
✓Cromatografia Contracorrente de Rotação Locular (RLCC)
EQUIPAMENTOS FORA DE FABRICAÇÃO
Cromatografia Contracorrente de Gotículas (DCCC)
• Modo Ascendente: Fm menos densa
• Modo Descendente: Fm mais densa
• Sistemas de solventes: ALGUMAS LIMITAÇÕES:
FORMAÇÃO DE GOTÍCULAS DE TAMANHO E MOBILIDADE APROPRIADAS
Hostettmann et al.,1984,Nat.Prod. Rep., 1(5), 409-512
DCCC Eyela no Trinity CollegeDublin
Cromatografia Contracorrente de Rotação Locular (RLCC):
• MODO ASCENDENTE E MODO DESCENDENTE
Figuras: Conway, W.D. (1990) Countercurrent Chromatography: Apparatus. Theory
and Applications, VCH Pub.
Tipos de CCC:Que utilizam força centrífuga:
✓ Cromatografia Contracorrente Centrífuga de Partição
✓ Hidrodinâmica (dois eixos de rotação, centrífugas planetárias - HSCCC)
✓ Hidrostática (um eixo de rotação - CPC)
EQUIPAMENTOS MODERNOS
Figura: Berthod, A. et al. 2009, Pure and Appl. Chem., 81, 355-387.
Equilíbrio hidrostática (um eixo de rotação)
Espiral (Coil)
Equilíbrio hidrodinâmico (dois eixos de rotação)
Figura J. Chromatog. A, 658, 315-341 (1994)Foto: cortesia Kromatron, França
Movimento da Espiral e Distribuição de Líquidos dentro da Coluna
Animações criadas pela equipe do Institute of Bioengeneering da Universidade de Brunel, Londres, Inglaterra. Disponível em
http://www.brunel.blip.,tv/file/2046686/
Trabalhando com CCC
Início do trabalho:
escolha do sistema de solventes ADEQUADO
90% tempo total do trabalho
Y. Ito, J. Chromatogr. A 1065 (2005) 145
Utilização e operação dos equipamentos de CCC:
MODOS DE ELUIÇÃO
cada sistema bifásico = uma “nova” coluna
1. Berthod et al., J. Chromatog. A, 1218, 2011, 6061
2. Berrthod, A. et al., Analytical Chemistry, Vol. 79, No. 9, May 1, 2007
3. Yin, L. et al., Sep. & Purification Reviews, 2010, 33: 39-62
4. Berthod, A., Countercurrent Chromatography: From the Milligram to the Kilogram.
Cap. 9 In: Advances in Chromatography, 47, 209, 322-352.
Modo convencional ou clássico (incluindo modo normal ou reverso)
Dual-mode CCC - mudança da direção de fluxo e da natureza da fase móvel
Eluição-extrusão (elution-extrusion - EECCC)mudança apenas da natureza da fase móvel
CCC multidimensional e 2D-CCC
✓ Gradiente – linear x não-linear•Variação de pH
•pH-zone-refining CCC•Gradiente de pH
ISO
CR
ÁTI
CO
S
Como escolher o sistema de solventes adequado?
Cálculo de k (cromatograficamente)
ESTIMATIVA VISUAL DE k (POR CCD)
Como escolher o Sistema de solventes adequado?
1. CÁLCULO DE k:• CROMATOGRAFICAMENTE
• OUTRAS TÉCNICAS ANALÍTICAS (UV, RMN, IV, etc.)
K = CS/CM
Exemplo: cálculo de K usando CG/DIC
CÁLCULO DO K DA quinona diterpenica 7a-hIdroxI-roileanona de Tetradenia riparia em 4 SISTEMAS DE SOLVENTES DIFERENTES
Dissertação de Mestrado de Jonatas Vicente Milatio
Sistemas de solventes testados para o cálculo de K
Sistema de solventes(v/v)
A Hexano-AcOEt-MeOH-H2O 3:1:3:1.5
B Hexano-Acetona-MeOH-H2O 3:1:3:1.5
C Hexano-ACN-MeOH 1:1:0.5
D Hexano-EtOH- H2O 4:3:1
Evaporação à secura e dissolução na fase móvel
para CGInjeção das fases superior e inferior de cada sistema de solventes separadamente
Dissertação de Mestrado de Jonatas Vicente Milatio
Sistema de solventes Fase estacionária K (CG/DIC)
A inferior 0.23
K = area fase inferior/area fase
supeior
K = 563236/2491626=0.226
K = CS/CM
EXEMPLO USANDO O SISTEMA A
2. ESTIMATIVA VISUAL DE K POR CCD
Como escolher o sistema de solventes adequado?
amostra Aplicação de iguais volumes das duas fases
superior inferior
Placa de gel de sílica
Ajuste do Sistema de solvents para K=1 para a substância-alvo
Óleo de Copaíba
óleoresina obtida de incisões nas cascas de plantas do genero
Copaifera
Atividades antissética e anti-inflamatória
Administração oral ou tópica in naturaou sob a forma de unguento
Amplamente distribuída nas regiões Amazoniica e Centro-oeste do Brazil
COMPOSIÇÃO DA ÓLEORESINA:MISTURA DE SESQUITERPENOS E DITERPENOS
Ácidos diterpenicos dos tipos kaurano, labdano e clerodano
ATIVIDADES BIOLÓGICAS IMPORTANTES
Análise da óleo-resina por CG/EM
Aproximadamente 30 substâncias
23 identificadas através de seus índices de retenção e espectros de massas
19.73% na óleoresina
0.98% na óleoresina
Ácido PoliálticoÁcido Kaurenóico
Composição dos sistemas de solventes (v/v)
Hexano-ACN 1:1Hexano-metanol 1:1
Hexano-ACN-metanol 1.5:1:0.5
Hexano-ACN-metanol 1.5:0.5:0.5
hexano-ACN-metanol1:1:0.4
hexano-ACN-acetato de etila1:1:0.4
Sistemas de solventes não-aquosos testados para o fracionamento da óleoresina de Copaifera glycycarpa
CCC
Fracionamento isocrático de 600mg da oleoresina de c. glycycarpacom o sistema de solventes hexano-acetonitrila- acetato de etila 1:1:0,4, fase superior como móvel, coluna de 95ml, Quattro CCC HT Prep, 3ml/min
Frações 2-10
mistura de Sesquiterpenos
Frações 11-13
35mg de ácido Kaurenóico
Frações 49-53
150mg de ácido poliáltico
FRAÇÕES 54-56Mistura de ácidos agático, poliáltico e pinifólico
TAXA DE RECUPERAÇÃO ACIMA DE 95%
✓ Nomes populares: cataia, craveiro
✓ Usos na medicinapopular
✓ Flavorizante de cachaça
Nativa do Brasil ocorrendo no cerrado, caatinga, restinga e Floresta Atlântica
Isolamento anterior por CCD preparativa - 39.1% de perda da substância-alvo
Óleo essencial35.3% chavibetol11.3% metileugenol
Sistemas de solventes testdos para a purificação do óleo essencial
Sistema de solventes que apresentou K próximo a 1 para as substancias-alvo e foi escolhido
para otimização
Fracionamento de 600mg do óleo essencial hexano-n-butanol-metanol-água (12:4:4:3, v/v)
fase superior como móvel
98% de pureza (HPLC)94.4% de taxa de recuperação
50mg200mg
Purificação de substâncias de média a alta polaridades
O sistema HEMWat
hexano-acetato de etila-metanol-água
O sistema HEMWathexano-acetato de etila-metanol-água
Hex EtOAc MeOH H2O
-H 6 0 6 0
-G 6 1 6 1
-F 6 2 6 2
-D 6 3 6 3
-C 6 4 6 4
-B 6 5 6 5
A 6 6 6 6
B 5 6 5 6
C 4 6 4 6
D 3 6 3 6
F 2 6 2 6
G 1 6 1 6
H 0 6 0 6
EBuWat
✓ CLAEColuna: Lichrosorb RP-18
(Tamanho da partícula: 5 µm, 250 x 4.6 mm i.d.)
Gradiente de MeOH:H2O 40:60 100:0 em 35 min, 1
ml/min✓ CCDEluente: AcOEt-Acetona-H2O
25:10:5
Revelador: H2SO4 20%
2,05
2,32
2,83 3,09 3,55
3,87
6,59
8,53
10,43
11,76
12,16
12,53
13,89
14,91
16,21
18,21
19,76
20,19
21,49
22,45 23,44 24,37
25,17
25,81
27,97
29,23
29,65
30,72
31,79 32,13
33,01
34,53
0 5 10 15 20 25 30 35
Retention Time (min)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
Absorbance (AU)
Pico I Pico II Pico III
Sistema de Solventes Hex-AcOEt-MeOH-H2O (HEMWat)
Proporção 1:1:1:1
S I
Proporção 1 5:9:5:9
Proporção 2 4:10:4:10
Proporção 3 2:12:2:12
1S 1I 2S 2I 3S 3I
Fracionamento da Partição em AcOEt por CCC
Peso da amostra: ~150 mgSistema de Solventes: Hex-AcOEt-MeOH-H2O 4:10:4:10Fase estacionária: aquosa/ inferiorFase móvel: orgânica/ superiorFluxo: 2 ml/min Frações: 4 mlRotação: 850 rpm
2K com rotação + 1K sem rotação
VCOLUNA: 80 ml1,6 mm d.i VCOLUNA: 95 ml
2,1 mm d.i
Partição em AcOEtde S. leucanthum
Fração 1 Fração 2 Fração 3 Fração 4
1,92 2,53
3,12
3,92
4,48 5,09
6,19
6,64
7,97 10,40
10,88 11,65
12,11 13,28
14,05
14,61
16,40
18,27
18,75
20,05
24,48 26,24
26,45
30,29
32,03
33,47
34,61
0 5 10 15 20 25 30 35
Retention Time (min)
-0,1
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6Absorbance (AU)
2,72 2,99 3,20
3,47
3,79 4,37 5,47
5,84 6,29
6,72
7,68 8,19
8,59
9,76 10,53
11,39
12,11
14,56
14,83
15,55
16,27
17,55
18,59
21,81
23,17
24,77
25,57 27,44
33,49
34,69
0 5 10 15 20 25 30 35
Retention Time (min)
-0,1
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
Absorbance (AU)
1,92 2,53
3,12
3,92
4,48 5,09
6,19
6,64
7,97 10,40
10,88 11,65
12,11 13,28
14,05
14,61
16,40
18,27
18,75
20,05
24,48 26,24
26,45
30,29
32,03
33,47
34,61
0 5 10 15 20 25 30 35
Retention Time (min)
-0,1
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Absorbance (AU)
Pico III Pico I + Pico II
Novo Fracionamento
Pinocembrina 7-O (6”-O-acetil)-neoesperidosídeo
CLAE analítica das Frações obtidas por CCC
Purificação da Fração 4 por CCC
Sistema de Solventes AcOEt-BuOH-H2O
1S 1I 2S 2I 3S 3I
Proporção 1 9:1:10
Proporção 2 8:2:10
Proporção 3 7:3:10
Sistema de Solventes K Pico I α K Pico II
AcOEt-BuOH-H2O 9:1:10 1,86 1,8 1,01
AcOEt-BuOH-H2O 8:2:10 1,15 2,1 0,559
AcOEt-BuOH-H2O 7:3:10 0,362 1,2 0,441
CLAE analítica das Frações obtidas por CCC
Partição em AcOEtde S. leucanthum
Fração 1 Fração 2 Fração 3
0,690,91
2,59
2,80 3,33
3,795,01
5,41
7,04
7,39
9,01
10,48
11,79
12,45
13,36
14,11
14,83
16,08
17,36
18,99
19,57
20,13
21,07
21,41
21,87
22,96
23,81 25,63
26,29
27,41
28,21
28,88
29,41 31,65
32,48 33,28
33,97
34,77
0 5 10 15 20 25 30 35
Retention Time (min)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
Absorbance (AU)
2,00 2,40
2,75
6,27
9,81
10,88
11,76
18,24
22,13
23,04
24,72
25,20 32,13
33,15
34,53
0 5 10 15 20 25 30 35
Retention Time (min)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
Absorbance (AU)
Pico II Pico I
Pinocembrina 7-O-neoesperidosídeo2’,4’,6’-trihidroxi-4’-O--b-glucopiranosildihidrochalcona
Purificação de substâncias de alta polaridade
O sistema acetato de etila-butanol-água
EBuWat
uso de gradientes
O sistema EBuWatacetato de etila-butanol-água
EtOAc BuOH H2O
-5 10 0 10
-4 9 1 10
-3 8 2 10
-2 7 3 10
-1 6 4 10
0 5 5 10
1 4 6 10
2 3 7 10
3 2 8 10
4 1 9 10
5 0 10 10
EXCELENTE SISTEMA PARA FAZER GRADIENTE
Purificação de Fenilpropanóides e Iridóides Glicosilados do Gervão-Roxo
Stachytarpheta cayennensis
Dissertação de Mestrado: Pierre A. de Souza
Otimização do Teor de BuOH no Sistema de Solvente
AcOEt-BuOH-H2O
A B C
S I S I S I
A B
S I S I
A: AcOEt:H2O 1:1
B: BuOH:H2O 1:1
A: X= 0,2
B: X=0,5
C: X=1,0
AcOEt-BuOH-H2O 1:X:1
16 32 42 54 70 Tubo
AcOEt:BuOH:H2O 1:X:1, fase orgânica como fase móvel, 2ml/min., 850RPM, SF = 78,7%
0,05
0,5
0,2
1,0 Rotação desligada
6 7 8 9 10 11 12 13 16 1718 19 20 21 22 23 26 27 28
Rotação desligada
5152 53 5455 56 5859 60 6162 63 64 65 66 67 68
Ipolamiida
Verbascosídio
Isoverbascosídio
OO
OHO
O
OH
O
OHO
HO
O
OOH
HO
HO
Martinosídio
OO
OHO
O
OH
OH
HO
O
OOH
HO
HO
O
HO
H
OO
OHO OH
OH
OHO
HO
HOO
OOH
HO
HO
O
OO
OGlu
HO
HO
Isolamento de Alcalóides
refinamento por zona de pH (pH-zone refining CCC)
Erythroxylum subsessile
Triclisia dictyophylla
•Técnica preparativa da CCC, introduzida por Yoichiro Ito, que produz picos característicos retangulares dos analitoscomparáveis àqueles obtidos em cromatografia de deslocamento (displacement chromatography)
A técnica de refinamento por zonas de pH (pH-zone refining CCC)
Ito, Y e Ma, Y. J. Chromatog.A,1996, 753, 1-36
Aplicações da técnica
• Na separação de substâncias ionizáveis: ácidos aminados, pigmentos do tipo hidroxi-xantonas, ALCALÓIDES, ácidos carboxílicos, etc.
• Na separação de enanciômeros e diastereoisômeros
Modos de Operação:
• Deslocamento normal (displacement mode):
o agente de deslocamento (displacer ou eluter), presente nafase orgânica móvel, transfere o analito, retido na faseaquosa estacionária, para a fase orgânica móvel.
• Deslocamento reverso (reverse displacement mode): a fasemóvel aquosa elui o analito, retido na fase orgânica pormeio de um agente de retenção (retainer).
Isolamento de Alcalóides deErythroxylum subsessile O. E. Schulz por
pH-zone refining CCC
Tese de doutorado de Rodrigo A. S. Cruz
Herbário virtual JBRJ
HSCCC – pH x frações
Eluente da CCD: acetato de etila-metanol-trietilamina (9:1:1); Revelação: Dragendorff.
NOH
O
O
Sistema de solventes: acetato de etila-água, modo reverso. Agente de retenção: trietilamina, agente de eluição: HCl
Isolamento de Alcalóides deTriclisia dictyophylla
A SELEÇÃO DO SISTEMA DE SOLVENTES:
K x pKb
Sistemas de solventes testados HEMWata)1:1:1:1,b) 4:6:4:6,c) 3:7:3:7,d) 3:7:1:9, e) 1:6:1:6
TEA 5mM na fase orgânica e HCl 5mM na fase aquosa
Sistemas de solventes testados:EBuWat
a) 7:3:10, b) 6:4:10,c) 5:5:10
TEA 5mM na fase orgânica e HCl 5mM na fase aquosa
SEPARAÇÃO DE 1g DE EXTRATO NO HSCCC
Phaeanthine (2)
MeN
OMe
OMe
OMe
NMe
MeO
O
O
Trigilletine (3)
MeN
OMe
NMe
OHO
O
O
MeN
OMe
OH
NMe
MeO
O
O
Obamegine (4)
MeO O
OMe
NMeOH
OMe
MeO
Tridictyophylline (6)
Fracionamento do extrato de T. dictyophyllapor pH-zone refining CCC com o sistema de solventes EBuWat 5:5:10
23 4
6
Estruturas propostas para as frações
FRAÇÕES ANALISADAS POR CLAE-EM
Perfil do extrato por CLAE
SISTEMAS DE SOLVENTES GENÉRICOhexano-etanol-água
Frações de média a alta polaridade
Frações de média polaridade
Frações de alta polaridade
Isocrático x gradiente EBuWat
Isocrático x gradiente HEMWat
ISOCRÁTICO, Hexano-EtOH-H2O (4:2:2), modo reverso
A
8.0726 g
B
111.7 mg
C
33 mgD
111.7 mg
E
85 mg
Ormocarpum kirkii S. Moore
Extrato etanólico bruto
Á
A1
1.4215 gA2
165.9 mg
A3
32.6 mg
A4
200.2 mg
ISOCRATICO
AcOEt-nBuOH-H2O (9:0.5:10)
ISOCRÁTICO AcOEt-H2O (1:1), modo reverso
GRADIENTE, Hexano-AcOEt-MeOH-H2O (1:X:1:1)
X = 1, 2, 2.5, 39-14
A1.a 5 A1.c A1.d.… …A1.g
Menos polar
Mais polar
GRADIENTE AcOEt-BuOH-H2O (X:Y:10)
(X:Y) = (9:1), (8:2), (7:3), (6:4), (5:5), (4:6), (3:7)
1, 2
and15
4, 5 and
mixt. 7-8
by
Sephadex
LH-20
Fracionamento Isocrático do extrato etanólico de O. kirkii
Hexano-etanol-água
Seleção das proporções de solventes
Sistema de solventes genérico hexano-etanol-água
frações de baixa-média-alta polaridades
Evita-se o processo tedioso de partição liquido-liquido do extrato bruto em funil de separação!
Seleção das proporções dos solvents:1. hexano-etanol-água 4:3:12. hexano-etanol-água 4:2:2
U1 L1 U2 L2
Silica gel TLC plate eluted with EtOAc-acetone-water100:20:10, sprayed with vannillin in sulfuric acid
Perfil por CLAE de extrato bruto de Ormocarpum kirkii
Fração polar A
Fração polar B
HSCCC
Fracionamento ISOCRATICO do extrato bruto por HSCCC hexano-etanol-água 4:2:2, 2g, coluna de 224 ml
OKB= O. kirkii extrato bruto das cascas
Isolamento dos metabólitos secundários da fração A por HSCC
Seleção do Sistema de solventes
Testes:AcOEt-H2O (1:1; Ua, La)
e n-BuOH-H2O (1:1; Ub, Lb)
Para um possível gradiente com EBuWat
Placas de gel de Silica, eluente AcOET-MeOH-H2O 100:20:10, revelador vanilina/H2SO4
A
1.807 g
A1
1.4215 g
A2
165.9 mg
A3
32.6 mg
A4
200.2 mg
AcOEt-H2O 1:1, isocrático, modo reverso
A1
A2 A3 A4
FRACIONAMENTO ISOCRÁTICO DA FRAÇÃO A
Purificação Isocrática de A1AcOEt–n-BuOH–H2O (9.5:0.5:10)
Fase superior como móvel
7 sub-frações (A1a-A1g)
A
8.0726 g
B
111.7 mg
C
33 mgD
111.7 mg
E
85 mg
Ormocarpum kirkii S. Moore
Extrato etanólico bruto
A1
1.4215 g
A2
165.9 mgA3
32.6 mgA4
200.2 mg
ESTRATÉGIA DE FRACIONAMENTO
A1.a A1.d.… …A1.gA1.c
Eluição ISOCRÁTICA AcOEt-nBuOH-H2O
(9:0.5:10), modo normal
5
FRAÇÃO MAIS POLAR
A1.a35.5 mg
Subst. 58.6 mg
A1.c20.6 mg
A1.d80.6 mg
A1.e53.3 mg
A1.f35.5 mg
A1.g569.7 mg
HSCCC ISOCRÁTICO AcOEt-nBuOH-H2O (9:0.5:10)
HTPrep 98mL, fase superior móvel, 2ml/min, 4ml
A1804 mg
Fracionamento preparativo por GRADIENTE
AcOEt–n-BuOH–H2O (X:Y:10), (X:Y = 9:1 (I); 8:2 (II); 7:3 (III); 6:4 (IV); 5:5 (V); 4:6 (VI) 3:7 (VII) em 7 etapas.
Gel de Sephadex LH-20MeOH/H2O (3:7; 5:5)
substancias 4, 5 e a mistura de 7 e 8
8
O
OH
OOH
O
O
OH
OH
HOHO
OO
OH
OHOH
HO
7 e 8
SUBSTANCIA MAJORITÁRIA: ORMOCARPINA, ISOLADA POR DISTRIBUIÇÃO CONTRACORRENTECOM O APARELHO CRAIG E
POST EM 1990 (GALEFFI et al.)
Purificação de A1g por gradiente preparativo
AcOEt–n-BuOH–H2O (X:Y:10) em sete etapas
(X:Y = 9:1 (I); 8:2 (II); 7:3 (III); 6:4 (IV); 5:5 (V); 4:6 (VI) 3:7 (VII)
A
8.0726 g
B
111.7 mg
C
33 mgD
111.7 mg
E
85 mg
Ormocarpum kirkii S. Moore
EXTRATO BRUTO
ETANÓLICO
A2
165.9 mg
A3
32.6 mg
A4
200.2 mg
A1
1.4215 g
A1.a 5 A1.c A1.d.… A1.g
570mg
GRADIENTE Acoet-BuOH-H2O (X:Y:10)
(X:Y) = (9:1), (8:2), (7:3), (6:4), (5:5), (4:6), (3:7)
A1g1
48.2 mgCpd2
15.2 mg
A1g3
14.7 mg
Cpd15
11.2 mg
A1g5
7.1 mgCpd 1
12.4 mg
A1g7
94.4 mg
A1g8
206.8 mg
ESTRATÉGIA DE FRACIONAMENTO
OHO
OH O
O
O
OH
OH
HOHO
2
45
78
10
1
4
12
3
4
5
6
O
OHHO
O1
23
45
O
OH
OHOH
HO1 2
3
4
5
6
1
DOIS FLAVONOIDES INÉDITOS
A
8.0726 g
B
111.7 mg
C
33 mgD
111.7 mg
E
85 mg
Ormocarpum kirkii S. Moore
Extrato etanolico bruto
A2
165.9 mg
A3
32.6 mg
A4
200.2 mg
A1
1.4215 g
GRADIENTE, Hexano-AcOEt-MeOH-H2O (1:X:1:1)
X = 1, 2, 2.5, 3
Escolha do gradiente de eluição para a fração A4
Sistema HEMWat 1:X:1:1, X=1; 2; 2,5; 3
Gradiente HSCCC
Sephadex LH-20MeOH-H2O (8:2)
Substancias 9 e 10
9
O
OH
HO
OO
OH
OH
O
OH
OH
10
O
OH
OH
HO
O
OH
O
HO
O
O
O
OH
OHOH
HO
11
O
O
HO
OO
OH
OH
O
OH
OH
12
O
O
HO
OO
O
OH
O
OH
OH
13
O
OH
OH
HO
O
OH
OH
HO
O
O
14
O
OH
OH
HO
O
OH
OH
HO
O
O
Um total de 15 substancias (incluindo as minoritárias) do extrato etanólico de cascas de O.
kirkii foram isoladas alternado-se eluições isocráticase por gradiente, sendo utilizadas diversas famílias de
sistemas de solventes de acordo com a polaridade das substancias em cada fração
As duas primeiras purificações isocráticas com sistemas de solventes genéricos possibilitaram o “clean-up” do extrato bruto etanólico em frações
que foram purificadas através de eluiçõesisocráticas ou por gradiente
Benzoquinona diterpênica com esqueleto do tipo abietano
• Antimicrobiana• Antibacteriana
A SUBSTÂNCIA DE INTERESSE
7a-hIdroxiroileanona
A SUBSTÂNCIA DE INTERESSE
81
Extrato diclorometânico das folhas de
Tetradenia riparia
FIGUEIREDO, F. S. . Isolamento de metabólitos secundários das folhas de tetradenia riparia (hochst.) Codd por cromatografia contracorrente Dissertação de Mestrado. IPPN/UFRJ. Rio de Janeiro, 2012.
7α-hidroxiroileanona
Foto
: Fab
ian
a Fi
guei
red
o
Folhas de T. riparia
LEITÃO, G.G; FIGUEIREDO, F. S.; DANTAS, S.W.R.M.; VON GROLL, A.; SILVA, R.S.F.; ALMEIDA da SILVA, P.E. Isolation of bioactive diterpenes from Tetradenia riparia by HSCCC. Planta Medica, 11:78, 2012
ATIVIDADE BIOLÓGICA DO EXTRATO EM DICLOROMETANO
E DE SUBSTANCIAS ISOLADAS POR CCC
Figueiredo, F.S. Dissertação de Mestrado, NPPN. 2012.
Extração com CO2
supercrítico+
CCC
Hexano-CHCl3-PrOH-H2O
LIU DONGFENG. Extraction method of horminone. NANJING ZELANG MEDICAL TECHNOLOGY CO., LTD. 2012.
Citotóxica: inibição de células de leucemia (camundongos)Anti-tripanossoma in vitro
Patente Chinesa
CN102826988A
Horminumpyrenaicum(Lamiaceae)
A SUBSTÂNCIA DE INTERESSE
material de partida
para modificações estruturais
(derivados heterocíclicos)
Derivados fenazínicos –atividade anti-TB
Derivados imidazólicos e oxazólicos – atividade contra T. cruzi (doença de Chagas)
lapachol
é necessário:- obter a 7α-hidroxiroileanona do extrato diclorometânico das
folhas de Tetradenia riparia através de processo seletivo buscandootimizar a duração do processo, grau de pureza do material obtido etaxa de recuperação
Para poder realizar as transformações
químicas....
Para essa otimização é necessário:- quantificar a quinona no extrato e avaliar sua taxa de
recuperação
Validação de método (CG-DIC)
QUANTIFICAÇÃO da quinona no extrato em diclorometano de T. riparia
Técnica:
Cromatografia com fase gasosa
Guias de Validação
Padrão InternoLapachol
Padrão7α-hidroxiroileanona
Laboratório de Química Heterocíclica Antônio Ventura
Pinto (IPPN / UFRJ)
Método: Padronização Interna
A quantificação permitiu verificar que o extrato bruto emdiclorometano das folhas de T. riparia, continha 24.7%do diterpeno 7α-hidroxiroileanona.
7α-HIDROXIROILEANONA x LAPACHOL
Ferreira, L. G. (1975). Lapachol - Processo extrativo. Revista Brasileira de Farmácia, 153-156.
Lapachol
Processo Extrativo: Solução de Na2CO3
= Sal característico
Ipês branco e roxo
Prof. Antônio Ventura PintoEstudo da Reatividade Química de Quinonas Naturais
e Sintéticas
Investigar a extração fazendo uso de
Na2CO3(aq)
Processo extrativo: adaptado para extrato
diclorometânico das folhasde Tetradenia riparia
Extrato em CH2Cl2 Maceração72/24 Horas
Neutralização com HCl concentrado
Recuperação com AcOEt
EXTRAÇÃO COM Na2CO3(aq)
Neutralização com HCl concentrado
Recuperação com AcOEt
[Na2CO3(aq)] RECUPERAÇÃOPUREZA CG-
DIC
EXT-5 5% 1,46% 76,60%
EXT-10 10% 1,54% 59,15%
EXT-20 20% 1,58% 22,45%
Baixo rendimento e taxa de recuperação
Provavelmente efeito da matriz: extrato em diclorometano –rico em diterpenos
VERSÁTIL
RÁPIDA
ECONÔMICA
REPRODUTIBILIDADE E PREVISIBILIDADE
RECUPERAÇÃO TOTAL DA AMOSTRA
CCC
ALTERNATIVA
ISOLAMENTO POR CCC
SELEÇÃO DE SISTEMAS DE SOLVENETS PARA CCC
taxa de recuperação
duração do processo
grau de pureza
ESCOLHA DO SISTEMA DE SOLVENTE
Sistemas de solventes selecionados e suas relações de volume
Sistema de solventeProporção
(v/v)A Hexano-AcOEt-MeOH-H2O 3:1:3:1.5B Hexano-Acetona-MeOH-H2O 3:1:3:1.5C Hexano-ACN-MeOH 1:1:0.5D Hexano-EtOH- H2O 4:3:1
FS FI FS FI FS FI FS FI
A B C D
A B C D
FS FI FS FI FS FI FS FI
solubilizar toda a amostra
Distribuição da substância de
interesse entre as fases
DETERMINAÇÃO DE K (CG-DIC)
Determinação do coeficiente de partição por CG-FID
Sistema de Solvente Proporção
FEdo Sistema
de Solvente
K
A Hexano-EtOAc-MeOH-H2O
3:1:3:1.5 FI 0.23
B Hexano-Acetona-MeOH-H2O
3:1:3:1.5 FI 0.54
C Hexano-ACN-MeOH 1:1:0.5 FS 0.36D Hexane-EtOH- H2O 4:3:1 FI 1.23
FE – Fase Estacionária, FM – Fase Móvel, FI – Fase Inferior, FS – Fase Superior
K = área do analito FE
área do analito FM
96
Perfil HSCCC - ELSD dos extratos em cada sistema de solvente
RESULTADOS DOS FRACIONAMENTOS MONITORADOS POR CCD. REVELADOR VANILINA E ÁCIDO SULFÚRICO
Coluna: 26 mlAmostra: 50,0 mg
Fluxo: 0,75 ml/minAlça de Injeção: 2,0 ml
2 min./tubo, sendo coletadas 20 frações com rotação ligada + 20 frações com rotação desligada (total de 80 min.)
FRACIONAMENTOSPOR CCC
Fracionamento por CCC
Frações coletadas do HSCCC (coluna de 26 ml) com suas respectivas purezas determinadas
por CG-DIC e rendimento a partir do extrato injetado.
Sistema de
SolventeRetenção da FE Frações
Pureza
(CG-DIC)Recuperação
A 76,92% 3 – 6 (4.7 mg) 79% 35,9%
B 73,08% 4 – 8 (3.3 mg) 86% 25,1 %
C 57,69% 4 – 6 (7.8 mg) 87% 61,1%
D 84,61% 18 – 28 (1,7 mg) 96% 13,4%
Recuperação ainda baixaescala analítica x escala preparativa NOVO SISTEMA DE SOLVENTES
CCC – NOVO SISTEMA DE SOLVENTE
Sistema de Solvente ProporçãoFE
do Sistema de Solvente
E Hexano – Na2CO3(aq) 5% 1 : 1 FS
Recuperação: 1,46%Pureza: 76,60%
EXTRAÇÃO DIRETA DO EXTRATO EM
DICLOROMETANO
CCC – NOVO SISTEMA DE SOLVENTE
Sistema de Solvente ProporçãoFE
do Sistema de Solvente
K
E Hexano – Na2CO3(aq) 5% 1 : 1 FS 0,12
ELUIÇÃO RÁPIDA E
SELETIVA
Neutralizada com HCl(conc.)
Recuperação em AcOEt
CCC – ELSD: comparação dos tempos de eluição
Amostra: 30mgFrações coletadas: 7-10
(2.7mg)Pureza: 80%
Recuperação: 35,9%
Amostra: 30mgFrações coletadas: 12-15
(1.9mg)Pureza: 83%
Recuperação: 25,1%
Hexano-EtOAc-MeOH-H2O
Hexano-Acetona-MeOH-H2O
20 min
30 min
CCC + ELSD
Amostra: 30mgFrações coletadas: 8-11
(4.5mg)Pureza: 86%
Recuperação: 61,1%
Amostra: 30mgFrações coletadas: 26-30
(1.0mg)Pureza : 92%
Recuperação: 13,4%
Hexano-ACN-MeOH
Hexano-EtOH- H2O
23 min
60 min
CCC - ELSD
Amostra: 30.mgFrações coletadas: 3-5
(6.1mg)Pureza: 97%
Recuperação: 81,8%
Hexano-Na2CO3 5% (aq)
10 min
TAXA DE RECUPERAÇÃO REAL
104
SISTEMA DE SOLVENTES ERecuperação: 81,8%
(Uso do divisor de fluxo 1:3)
Fracionamento de 1g de extratoFrações neutralizadas tubo-a-tubo Frações reunidas e neutralizadas
Retenção da Fase Estacionária
92.3% 92.3%
Frações com coloração avermelhada
3 - 28 3 - 28
Massa obtida após neutralização com HCl(conc.)
235,8 mg 237,9 mg
Recuperação
92,54% 93,48%
Pureza (%) - CG/DIC
97,8 97,4
O sistema desenvolvido permitiu a obtenção dabenzoquinona através de um processo com temporeduzido, alto grau de pureza e excelente taxa derecuperação
Devido a semelhança de nossa benzoquininacom o lapachol foi possível desenvolver um sistema de solvente inédito para CCC:
hexano- Na2CO3(aq) 5%
A CCC COMO UM EXTRATOR SELETIVO
Conclusão
A cromatografia contracorrente quando explorada em seu potencial máximo é sem dúvida a melhor técnica preparativa de isolamento e purificação de produtos naturais!