crítica à moizés montalvão sobre o trabalho de carlos augusto perandrea

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Carlos Augusto Perandrea foi o grafoscopista que periciou grafoscopicamente dezenas de cartas de Chico Xavier, atestando varias com alteração de grafismo e resolveu publicar um artigo científico sobre o fenomeno da psicografia. Segundo ele, alunos do nucleo espirita da universidade, elegeram uma carta, de Ilda Mascaro Saullo, onde ela, através de Chico Xavier, deixa mensagem, no idioma italiano, a seu filho e nora.Moizes Montalvão, um critico teorico, elabora um pseudo-contestação (pois Montalvão não é perito) tentando argumentar contrario ao trabalho do renomado professor.Como hoje, lidero uma pesquisa similar a de Perandrea, ao ler as escritas de Montalvão, percebi inumeros erros, tanto sobre o conceito como também sobre o que é a psicografia. Apresento então, uma crítica a exposição do mesmo, uma vez que tende a confundir os leitores e leigos no assunto.

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Crtica pseudo-contestao de Moizs Montalvo ao artigo cientfico publicado por Carlos Augusto Perandra(Psicografia Luz da Grafoscopia)

Por Sandro Fontana

06 de janeiro de 2012.

INTROUO O presente trabalho tem o objetivo de criticar a pseudo-contestao de Moizs Montalvo ao trabalho do perito em grafoscopia, Carlos Augusto Perandra, autor do livro A PSICOGRAFIA LUZ DA GRAFOSCOPIA, onde ele analisa e pblica uma percia feita em uma carta psicografada por Chico Xavier, supostamente por Ilda Mascaro Saullo, a seu filho em Uberaba. Decidi oficializar e publicar na internet minha crtica ao trabalho de M.M. pois, como lidero uma pesquisa atualmente no mesmo campo, ou seja, expondo assinaturas de cartas psicografadas pericias grafoscpicas, j considero possuir certo conhecimento sobre o tema e pude encontrar inmeros erros que incitam os leitores a enganos srios sobre o grande profissional que o perito Perandra, ou impe a dvida a moral de Chico Xavier. Para no sair do foco da critica, no poderei me aprofundar nos detalhes e fazer citaes extensas, isso porque minha pesquisa ainda est em andamento, e provavelmente, somente finalize a mesma no fim do primeiro semestre de 2012, iniciada em 2010. Nesse link, anexo (http://obraspsicografadas.haaan.com/2010/psicografia-luz-dagrafoscopia-o-que-perandra-no-viu/ ), na ntegra, a pseudo-contestao. Os leitores interessados poderem analisar melhor e tirarem suas prprias concluses sobre cada anlise. Estou usando o termo pseudo-contestao ao que o M.M. chamou de contestao, pois o mesmo no perito em grafoscopia, e a boa tica permitiria apenas uma crtica ao autor da pesquisa e no uma contestao, como M.M. definiu. No precisaria muito para ilustrar o fato, mas basta dizer que seria o mesmo que um tcnico em enfermagem publicasse, na internet, uma contestao formal a um mdico conceituado. Fatalmente ele incorreria em muitos erros, pois desconheceria dos profundos conhecimentos e da base de mdico, foi o mesmo que ocorreu. Para ficar fcil a ilustrao poderei usar de imagens da pagina do publicado de M.M. e farei os comentrios apropriados em separado. Se possvel, sero citadas as partes e criticadas uma-a-uma.

PRIMEIRA FASE DA CRTICA: Objetivo (pg. 1).

Logo no objetivo, M.M. comete seu primeiro equivoco ao usar o termo contestao.

O objetivo principal do trabalho contestar a concluso do estudo contido no livro Psicografia Luz da Grafoscopia, de que Chico Xavier reproduzira o trao de ILDA MASCARO, durante contato medinico com o esprito da falecida; o que foi considerado prova cientfica da comunicao espiritual.

Por essncia, o ato de contestar justo a todos, porem para se contestar, ao invs de criticar, necessrio uma boa base, ou ao menos, compatvel com o conhecimento do autor original do trabalho. Segundo o dicionrio Priberam, contestar :(latim *contesto, -are, testemunhar, do latim contestor, -ari, pr em presena as testemunhas, tomar como testemunha) v. tr.1. 2. 3. 4. 5.

Provar com o testemunho de outrem. Confirmar. Contender. Contradizer. Recusar reconhecer um direito, negar a verdade de um fato..

v. intr.6. 7.

Opor-se. Discutir.

Ento, o direito de contestar inato podendo e devendo ser feito quando existir um desacordo de conhecimentos e concluses, porm, ainda deveria ser feito por outro perito em grafoscopia, que o faria adequadamente. Nesse caso a boa vontade, ou no, de Montalvo se equivoca, pois ele usufrui de conhecimentos prprios adquiridos como bancrio na identificao de assinaturas de cheques para tentar contestar um experiente perito e que detm todo um conhecimento sobre a cincia da grafia. No atoa que nenhum outro perito contestou oficialmente Perandra, e por que ser isso?

SEGUNDA FASE DA CRTICA: Observaes (pg. 2). Para facilitar nesse momento, insiro os comentrios abaixo de cada texto, incluindo entre {}. 1) O autor do presente estudo no tcnico em grafoscopia, tosomente conhece os rudimentos da matria; em decorrncia, deslizes e equvocos no uso de termos tcnicos, ou mesmo a falta desses, deve ser relevada. {Conforme apontado nas observaes preliminares, por ele mesmo, Montalvo no perito e nem especialista, fatalmente no iria cometer apenas erros de termos tcnicos, esses menos importantes para a compreenso. Os verdadeiros problemas esto nos erros ou omisses que induzem o leitor a rumar para uma concluso de interesse no realmente crtico}.

2) Considero importante destacar que o trabalho no intenta avaliar a capacidade tcnica do professor Perandra. Nada temos a objetar relativamente ao fato de Carlos Augusto Perandra ser classificado como perito de qualidade. As crticas que seguem focam exclusivamente a excntrica suposio defendida pelo tcnico de que teria comprovado legtima atuao medinica de um esprito por meio da psicografia de Chico Xavier. {Eis aqui outro equvoco. No momento que se faz uma contestao e se intitula a mesma de O que Perandra no viu, j pressupe uma avaliao do mesmo, tentando apontar os erros do perito. Facilmente irei demonstrar que as omisses de Montalvo levam a tal concluso errnea, uma vez que ele afirma tentar contestar a excntrica suposio.}

3) O material utilizado em nossos cotejamentos e ilustraes o contido no livro do professor Perandra; no tivemos acesso aos espcimes originais. {Infelizmente ningum, seno Perandra e seu perito auxiliar (e familiares, obviamente), tiveram acesso aos originais, os devolvendo aps a percia.}

TERCEIRA FASE DA CRTICA: Prembulo (pg. De 3 5, referente ao link anexo).

Nessa parte do trabalho, no irei me deter aos erros mnimos, pois alguns so opinies e vises e essas diferem mesmo entre os espiritas, porem irei citar e comentar certas dissertaes de Montalvo:

Motivado pela indagao do treinando, o instrutor decidiu investigar melhor o assunto. Provavelmente, deve ter levado em conta o pronunciamento de Allan Kardec a respeito da letra do mdiuns nas psicografias, conforme exemplos a seguir (destaques negritos e realces de nossa autoria). (pag. 4)

Como conversei com Perandra (por telefone), ele contou-me que na verdade foi um amigo jornalista que o indagou sobre tal possibilidade e ele disse que talvez fosse possvel. Iniciou assim sua pesquisa que durou aproximadamente 10 anos. Quando Montalvo diz provavelmente, ele demonstra que no sabe e nem sequer conversou com Perandra para saber o que houve de fato, mas tudo bem, Perandra ao analisar as cartas e separar as que continham mudana de grafismos, tentou entender o fenmeno e acabou indo no nico rumo possvel: Allan Kardec. Perandra contou-me uma longa historia de como chegou a esse caminho, porem irei omitir aqui pois no faz diferena referente busca. O fato mais importante, a salientar, que levou Perandra a entender o fenmeno foi considerar que, de uma forma ou outra, o esprito estaria conduzindo a mo de Chico Xavier e isso implicaria numa mescla (hibridismo) de letras (gramas) e numa deformao grfica. Perandra no conseguia entender inicialmente como haviam letras iguais dos espritos sem que Chico soubesse como elas eram, ou se formavam-se (gnese grfica). Nos longos anos de pesquisa, Perandra tentou explicaes para compreender esse hibridismo e deformao e, como seria possvel uma pessoa, sem ter visto a letra original, poder mesclar com a sua num estado medinico, a letra de um morto. Para no aprofundar, resumidamente, seria o mesmo que o leitor desse artigo segurasse na mo de outra pessoa que estaria segurando uma caneta ou lpis e se propusesse a escrever. Fatalmente no seria uma letra exatamente como a grafada pelo prprio brao, uma vez que temos uma vivncia com nosso brao desde que nascemos, portanto comandar, macro e micro de si mesmo, mais fcil, j de outrem, no. Um problema observado aqui, como crtico, so os termos usados por Montalvo: Provavelmente, deve ter inferido que se existem mdiuns entre outras ao longo do trabalho, que demonstram muitas suposies pessoais e no embasadas efetivamente numa conversa

com Perandra ou certeza comprovada sobre a verdade. Nos demais, est dentro de um padro aceitvel, ainda mais por ele no se tratar de um espirita. A mais importante questo observada num primeiro momento : concluir que Montalvo se perdeu na essncia da pesquisa de Perandra, isso explicaria muitas das omisses, ou seno, teriam sido equvocos pessoais? Veremos mais adiante.

QUARTA FASE DA CRTICA: 1 Parte (pgs. De 6 a 10 do anexo)

Essa parte, por incluir diversos pontos, irei dividi-la em 4 partes da anlise, sendo: 1234O grafismo de Ortensio; O erro no nome Teresa; Os ts; O grafismo Ortensio rabiscado.

Para posicionar o leitor mais facilmente, aqui esto as pginas fotografadas de M.M.:

1 Grafismo de Ortensio

O que disse Perandra, segundo Montalvo: PERANDRA: No cotejamento dos vocbulos acima, constata-se perfeita igualdade nas letras t, bem como nos gramas de ligao entre os smbolos r para t, t para e, e para n. Ainda nas letras t, confirma-se igualdade nas extenses e aberturas das hastes, com os mesmos quebramentos oriundos de um mesmo sentido gentico e tendncia gentica. Igualdade, tambm, no corte das letras t, que apresentam as barras na mesma altura e na mesma inclinao. As letras e apresentam a mesma concepo gentica, lembrando a forma de um losango. (Psicografia Luz da Grafoscopia) O que disse Montalvo: Ortensio constitudo de 8 letras e 7 gramas (ligaes entre as letras). O tcnico encontrou equivalncias em uma letra (t) e em trs gramas. O que nos leva a supor que no houve semelhana em 7 das 8 letras e em 4 dos 7 gramas. Ou seja, cerca de 75 por cento est diferente. Ainda assim ele considerou o resultado positivo! Meus comentrios: Montalvo comea a deixar claro seu parecer contra, induzindo o leitor nas suas suposies e crenas pessoais. Em destaque amarelo, tal incitao comea a ficar clara, tentando levar o leitor a concluir que a breve exposio da anlise de Perandra tende a levar a supor algo. Perandra no levou nada a supor, exps e deixou claro, mediante anlise pericial tal constatao. Isso ele confirma numa das tcnicas usadas por peritos, omitido por Montalvo em sua pseudo-contestao, veja:

Como facilmente perceptvel acima, Perandra no sups nada, usou de tcnicas que peritos usavam na poca e por isso o nosso pseudo-contestador falhou por desconhecer da profisso do perito, mas isso j comentei anteriormente, fcil um enfermeiro (com todo o respeito profisso) tentar argumentar contra uma deciso mdica sem conhecer o que realmente .

Em adicional, no deixemos passar a parte da frase de Montalvo: ()..O que nos leva a supor que no houve semelhana em 7 das 8 letras e em 4 dos 7 gramas. Ou seja, cerca de 75 por cento est diferente. Por eu no ser um perito, no me arriscarei a contestar Perandra nesse tocante, porem nos laudos ele embasa seu parecer sobre o hibridismo e a gnese grfica (mais a diante retomo isso). A tentativa de Montalvo de tentar confundir a mente do leitor se propaga pelo desconhecimento dele prprio e do leitor leigo ao assunto. Pelo fato de eu estar inserido na atual pesquisa, posso garantir que existe uma infinidade de fatores que podem deformar a letra, sendo o ponto de apoio, o material usado ou, pior ainda, usar a mo de outra pessoa para escrever. Tal fato no pode ser descartado na pesquisa, uma vez que ela foca o fenmeno e qualquer ignorante ao fato no pode desejar ou esperar que o grafismo fosse puro e perfeito. Outro ponto omitido por Montalvo o fato de que nenhuma assinatura que fazemos (ou escritas) jamais idntica ou igual a outra, tendo a letra uma evoluo como ns mesmos. Tal informao amplamente citada em qualquer meio grafoscpico. Montalvo insiste e tenta contra-argumentar Perandra sem embasamento algum, vejam: Analisemos mais detidamente o parecer de Perandra. PERANDRA: constata-se perfeita igualdade nas letras "t" Esta afirmao controversa. Isoladamente a semelhana admissvel, mas no traado por inteiro as divergncias so patentes, inclusive na formao da letra t.

A afirmao controversa somente na mente de Montalvo, ou por ser convicto em sua crena pessoal ou por no possuir conhecimentos de especialista em grafoscopia. Demonstrei a parte omissa de Montalvo onde, na sobreposio, fica bem clara toda a semelhana, mas ainda posso usar outra informao omitida por Montalvo e que demonstra o correto parecer de Perandra, veja: Perandra, no inicio do livro (e artigo cientfico), explica como a anlise pericial foi feita, e esta inclua, como documentos referncia, a carta psicografada, uma fonte com a letra original de Ilda (carto de pscoa) e escritos com a letra original de Chico! Esse ltimo, parecendo serem descartados na anlise simplria de Montalvo. Agora compare os ts de Chico Xavier com os psicografados por ele:

Pg. 41 do livro PSICOGRAFIA LUZ DA GRAFOSCOPIA escritas originais de Chico.

At para leigos no assunto fica clara a diferena tocante entre os ts comuns de Chico Xavier com o escrito na carta, onde coincide com o de Ilda. Coincide ou era mesmo de Ilda? Mas vejamos mais, at onde vo as omisses. Na prxima figura, a pgina seguinte, com mais amostras da escrita original de Chico Xavier. At irei me aventurar a comentar algo gritante e bem caracterstico de Chico:

Em vermelho, com setas, em ambas as figuras, destaquei os dois tipos de ts de Chico Xavier. Brincando agora de grafoscopista, irei me aventurar em comentar os ts de Chico, uma vez que no tenho competncia alguma para criticar um perito. Chico nitidamente possua dois tipos de t, algo que eu mesmo tenho em minha escrita. Num dos tipos de t do Chico, ele isolado, sem ligao com outras letras e com um

trao cortante com uma pendencia para baixo do lado esquerdo, algo mais forte na escrita por ele. O outro um t ao estilo cursivo, como um lao e com o mesmo estilo de corte, curvo levemente na ponta esquerda. Veja ento novamente o t na psicografia e o t de Ilda:

Nem precisa ser perito para identificar tal semelhana (entre Ilda e carta) e diferena total entre o grafismo original de Chico Xavier com o de Ilda. Nem precisa ser um sbio agora para perceber o quanto Montalvo errou em induzir o leitor ou uma gama de interessados a rumar contra evidncias irrefutveis. Portanto, Perandra estava e est certo e Montalvo comprovadamente errado. Encerro aqui essa parte, dispensa o trabalho de criticar as outras intenes de Montalvo sobre o essa palavra.

2 O Erro do nome Teresa

Para entrar nesse detalhe preciso entender um pouco mais sobre a psicografia, algo que Perandra levou uns 10 anos para entender e que o Montalvo demonstrou nada saber. Dentre as citaes que Montalvo fez, embasadas somente em um conhecimento literrio, incorre no erro comum a qualquer aventureiro num campo desconhecido, pecou pelos detalhes. Para no alongar, irei explicar um pouco dos resultados da minha atual pesquisa que, por ser algo bem prtico, tem apontado para resultados semelhantes aos de Perandra, Kardec e uma ampla literatura. Dentre as psicografias citadas, existe a mais comum delas, ou seja, a psicografia intuitiva. Essa psicografia se caracteriza pelo fato do mdium ser intudo com a informao, algo bem similar telepatia, onde a palavra exata nem sempre obtida (depende da capacidade do mdium), mas sim a ideia ou o sentimento (inteno) comunicativa. Hoje j possuo subsdios suficientes para afirmar que uma psicografia, mesmo mais mecnica (mais direta do espirito), no consegue ser plena, isto , o espirito no consegue ter uma influencia ou incorporao 100% sobre o mdium. Isso reflete nos meus dados coletados e se confirmam pela anlise de Perandra, principalmente quando ele afirma haverem a letra do Chico Xavier presente na carta, misturadas ao de Ilda Macaro. Esse hibridismo um efeito que tem um nome conhecido no espiritismo, chama-se de animismo. Esse animismo uma espcie de influncia no intencional do mdium na comunicao (consciente ou inconsciente). Alguns no espiritas consideram isso como uma desculpa, os espiritas como uma verdade, para mim, como pesquisador, um fator presente no fenmeno, portanto no possvel condicionar e dizer no d pra ele existir, ele simplesmente existe e o hibridismo recorrente ao fenmeno, independente de ser Chico Xavier ou o Z da esquina. Bom, compreendendo essa parte, fica mais fcil demonstrar o quanto Montalvo se equivoca em sua contestao ou tentativa de apontar uma inobservncia de Perandra. Vamos comparar as letras de Thereza, escrita por Chico e o Teresa, escrita por Ilda:

Compare os ts novamente. Veja que o T completamente diferente um do outro, inclusive a letra a final, onde aberta (psicografia 2 abaixo) do a parecendo um triangulo, ao estilo o de Ortensio, porem com a perninha. Em resumo, a palavra escrita na psicografia no a letra de Ilda, mas sim de Chico Xavier. Volte nas imagens dos originais de Chico e veja a palavra hoje (fig. 8) e perceba que no s o T, mas o h tambm dele, portanto aqui, mais uma vez aparece o hibridismo, e o nome grafou-se errado pois, no exato momento da psicografia de mecnica, a mesma oscilou para intuitiva, ento nada mais esperar do que um possvel erro. Tal erro demonstra que Chico no sabia exatamente o nome da nora de Ilda, ento imaginem ele saber a letra original dela e o idioma italiano. Isso importante de salientar, pois os cticos mais extremistas procuram explicaes como fraude para tentar explicar alguns fenmenos inexplicveis. O ceticismo fundamental para no se aceitar tudo indiscriminadamente, porem em demasia prejudica a viso dos fatos. Montalvo prossegue: Considerando-se a hiptese de ter havido comunicao medinica, o fato equivale a demonstrao de que a falecida esquecera como se escrevia o nome da nora (por ILDA chamada filha querida)! claro que por essa linha de raciocnio o caso se complica. Outra hiptese, a que nos parece mais plausvel, indica que Chico Xavier, ao criar no seu subconsciente o simulacro do contato espiritual, e no intento de imitar a escrita de ILDA, no percebeu estar grafando erroneamente o nome da moa. Montalvo recai mais uma vez nas hipteses. Aqui, a grafoscopia algo srio, cientfico, no d margens para hipteses. Deixamos as hipteses para o que no conhecemos, ento concluo que Perandra no criou hiptese, ele no possua conhecimento suficiente para supor mesmo depois de 10 anos de estudo. Montalvo no tem conhecimento suficiente para supor corretamente sobre o fenmeno, talvez se ele entendesse mais sobre psicografia, no investiria tempo para falar sobre isso. Por outro lado, se a letra fosse de Ilda (mesmos grafismos) e o nome estivesse errado, ento eu daria o brao a torcer e teria que rever todos os meus conceitos sobre o que sei em relao psicografia. Em seguida, Moizs usa o termo no intento de imitar a escrita de ILDA. O uso da palavra imitar pressupe uma fraude, algo que qualquer perito eliminaria por vestgios nos originais. Em outras palavras, para informar aos leigos sobre a grafoscopia, quando uma pessoa imita uma assinatura, mesmo treinando previamente, ele enganado pelo prprio crebro, deixando marcas no papel, na presso dos traos e nas paradas cerebrais. Nesse tocante, o autor da pseudo-contestao deveria ser mais claro e no hipotetizar sobre uma falsificao, a menos claro, que houvesse provas ou comentrios do referido perito sobre os grafismos. TODOS os peritos investigam traos de falsificao, e eliminam primeiramente tal possibilidade. Depois Montalvo retorna e insiste no nome Ortensio, ento vou me aventurar, mais uma vez, a brincar de grafoscopista e analisar os prs e contras de cada detalhe, s no vou omitir a comparao grafia original de Chico, algo que Moizs fez.

Para fazer isso, vamos fazer o que Perandra fez, pegou a carta, o grafismo original de Ilda e o de Chico e vamos comparar letra a letra. Vamos descartar a parte do te pois j ficou bem demonstrado (anteriormente) que tanto em sobreposio como em semelhana e gnese grfica a tendncia toda de Ilda Mascaro. Veja a figura novamente:

A letra O, infelizmente, no h nas fontes uma letra maiscula da amostra de Chico para comparar, portanto, at por no ser parecida, vamos considerar que ela no de Ilda Mascaro. Essa no sendo de Ilda ento no pode esperar uma possvel ligao entre ela e a prxima letra, o r. O r por sua vez, em nada tem a ver com o r de Chico Xavier, sendo os rs de Chico uma espcie de trao curvilneo ou pontudo, sendo possvel perceber o mais amador dos observadores. Vou recortar algumas amostras e expor na figura a seguir, conclua por si mesmo (esquerda, letra original de Chico Xavier direita, letra original de Ilda Mascaro):

Agora compare os rs e conclua por si mesmo. Observe que os r de Ilda tendem a ter um lado esquerdo mais pronunciado e pontudo, em seguida com uma cada no topo direito da letra. Compare ento com a escrita psicografada. Merece mais comentrios? Desenhando resolve?

Comentrio de Montalvo: Para dar continuidade ao grafismo, Xavier parte de em segundo ataque com a letra r. Essas peculiaridades sugerem gneses de autores diferentes. Sugere? A se comea a observar a diferena entre o verdadeiro perito e uma pessoa que se aventura a contestaes. Depois Montalvo foca-se no i, veja: O pingo no i de Ortensio feito por ILDA realmente um pingo, o de Chico assemelha-se a um acento circunflexo. No corte do t, embora

Perandra tenha destacado que a trajetria de ambos est harmoniosa, bem como a direo do trao (o que correto), h uma diferena a ser registrada: o trao de ILDA est agregado letra, o de Chico est afastado do t. Isoladamente, esses detalhes podem no ter maior significado, pois os autores raramente escrevem com igual exatido em textos diversos. Entretanto, se se perceber a tendncia a repetir o maneirismo, a passa a ter importncia.

O pingo no i de Ilda realmente um pingo? O argumento de Montalvo aqui fraco, pois a verdade s pode existir em fatos recorrentes. Vamos ver alguns pingos nos is de Ilda, omitidos por Montalvo:

Alguns pingos de Ilda so realmente pingos, arredondados, porem outros no so. Usar tal argumento para tentar confundir o leitor a pensar que Perandra no viu menosprezar um profissional, e pior, sem embasamento realmente forte, ou seja, se TODOS os pingos de Ilda fossem realmente pingos, ento Perandra estaria errado ou no teria visto. O que h de notrio em olhar o pingos que todos tendem a serem colocados a direita da letra, tendendo ao sentindo da escrita. Isso se repete no caso do i de Ortensio. Voltando a minha aventura de analisar, vou pular a letra n pois essa eu considero alm dos meus limites. Para mim tal letra complicada e encontrei nos dois, Ilda e Chico, a letra com variaes bem considerveis, podendo ou no ser uma coincidncia ou uma caracterstica que eu no domino, at por no ser um perito. Por outro lado, a letra s j algo bem caracterstico nosso. Os s no so, em geral, com um estilo bem definido, ao menos o meu e das pessoas que conheo. Observando os s de Ilda e Chico, percebi que Ilda possua dois tipos de s que oscilavam entre um pontudo e um arredondado (no topo). Os ss de Chico, por sua vez, so bem caractersticos. Veja a figura com a comparao e conclua por si mesmo, olhe atentamente o s de Ortensio no detalhe e compare com o s de solute:

Por fim, a letra o, tambm est alm dos meus limites. Ilda demonstra uma predominncia para um o final mais completo, ou seja, fazendo um o com a curva puxada. Porem em alguns os, ele aparece como no da imagem, isto , um o puxado e finalizado no ponto do inicio. Aqui reside meu limite, pois Chico, em geral apresenta sempre o mesmo o final, no tendo o mesmo com curvas finais, veja: Letra original de Chico com o final:

Letra original (padro) de Ilda com o no final:

Nesse grama (letra) eu ficaria com a opinio de que era a letra de Chico (ou pelos 50% de chance), uma vez que no se poderia dizer que predominava em Ilda, ao contrrio de Chico, sendo o estilo predominante ou absoluto (no h material original para observar mais modelos da letra original de Chico Xavier). Para concluir ento vou refazer em probabilidades minha logica: O Era de Chico Xavier r Era de Ilda Mascaro t Era de Ilda Mascaro e Era de Ilda Mascaro n So 50% - Letra coincidente s Era de Ilda Mascaro i So 50% - No consegui definir o Era de Chico Xavier, porem ainda h a possibilidade mnima de coincidncia.

Das oito letras, 2 eu diria que seriam 100% de Chico Xavier (f 200), 4 seriam 100% de Ilda Mascaro (f 400) e 2 ficariam em 50% de probabilidade para cada um, ou seja, poderamos caracteriza-la como nula. Pelo fato de eu no ser perito, no irei nem hipotetizar alguma concluso final, apenas deixo trs perguntas: Como algum poderia, sem ter visto a letra de um morto, reescrever a mesma com tamanha preciso em gnese grfica? Como algum que desconhecia o idioma italiano poderia escrever em tal lngua? Os familiares, garantindo que o mdium no possua modelos originais do grafismo de Ilda, passaram a acreditar na comunicao. Seria necessrio provar isso para o mundo? E quantos mais possuem o mesmo tipo de carta e preferem guardarem para si? Em poucas palavras, o desafio a que Perandra investiu no de respostas fceis, mas pela experincia dele e, considerando todo o seu conhecimento, tanto da grafoscopia como sobre as pesquisas de A. Kardec, o fizeram a concluir em algo: Autoria do texto.

3

- Os ts

Montalvo disserta sobre sua observao de ex-examinador de cheques:

ILDA tende a economizar traos: em palavras com mais de um t (como tutto) ela, em vrias passagens, corta todos com risco nico. Assim, no texto produzido por ILDA viva encontramos 4 palavras com ts cortados com um trao, e quatro com dois traos; em Chico Xavier tal no se repete, somente em palavras que os ts esto juntos, como tutti, os tt, por tendncia natural da maioria dos escreventes, recebem um corte..() inegvel que Montalvo esteja errado nessa questo (Moizs est correto nisso), algo bem notrio que Ilda tendia a fazer cortes nicos, porem ao analisar a carta novamente, comparei os ts cortados com a letra de Ilda e Chico e bingo! Os ts que no foram cortados so bem diferentes dos ts de Ilda, e adivinha de quem so? Infelizmente, o fenmeno do hibridismo notrio e inegvel. Como relatei anteriormente, no se fez presente somente a Chico Xavier, mas tambm aos mdiuns que estudo hoje. A resposta para isso no temos ao certo, porem o nico rumo real, uma vez que temos certeza que o mdium no tem acesso aos originais do morto, que o animismo seja o fator presente constantemente, como uma interferncia esttica, perturbando a comunicao aleatoriamente. Por outro lado, Montalvo omite aqui a semelhana na perfeio do grafismo dos primeiros ts, onde esses diferem totalmente dos de Chico. A Ilda tinha um t bem caracterstico, sendo ele aberto na sua lanada. Melhor que falar mais, bom ver com os prprios olhos, estarei expondo na sequencia os ts de Chico, novamente. Escrita original de Ilda (estilo do t):

Carta psicografada por Chico Xavier, detalhes dos ts:

Agora veja os ts originais de Chico Xavier:

Numa breve anlise, possvel dizer que houve alguma transio entre algo mais mecnico (psicografia mecnica) e algo mais intuitivo. Realmente no h cortes completos, mas tambm no h a mesma letra de Ilda em toda a palavra. Repetidamente, afirmo, se fosse a mesma letra de Ilda em toda a palavra e no houvesse algum corte completo, ento eu daria o brao a torcer e iria rever todo meu conhecimento sobre a psicografia. Porem, de fato no h e, como domino informaes sobre o fenmeno, ento para mim est explicado a nvel de fenmeno. O que eu gostaria que os contestadores de Chico Xavier conseguissem explicar como ele faria tais letras sem ter visto os originais, isso at hoje nenhum fez, seno hipnotizar ou supor. Uma informao de suma importncia se d no fato da famlia de Ilda, no caso o filho e nora, fornecerem uma nica amostra dos grafismos originais de Ilda, demonstrando que possuam poucas amostras ou somente uma, e se ainda isso foi difcil de conseguir seria muitssimo pouco provvel que levassem para Chico Xavier ver ou ento, se tivessem levado, no poriam a prova tal carta. Eu compreendo o ceticismo de muitos, porem algumas hipteses ofendem as mais simplrias da inteligncia humana.

4 O grafismo Ortensio rabiscado Na sequncia, Moizs Montalvo tece comentrios sobre rasuras que podem indicar falsificao e induzem a pensar que Perandra errou ou deixou passar intencionalmente. Veja o que ele diz: No texto psicografado h um segundo Ortensio, que se apresenta semirrasurado. Perandra deveria ter analisado tambm este grafismo, porm dele no faz apreciao. Rasuras podem ser simples rasuras, mas, dependendo da circunstncia significam indcio de falsificao. No Ortensio recoberto, a similaridade do corte do t, que Perandra destacou como ponto importante, no se repete, tampouco quaisquer das equivalncias que detectou na comparao precedente.

Um enfermeiro A ao lado do mdico o observa com um paciente, ento comenta com o colega auxiliar B: - O Dr. deveria ter anestesiado primeiro com o remdio X, e somente depois aplicar uma anestesia mais forte. O auxiliar B responde baixinho: - Ser que ele sendo o mdico, e com uma viso mais ampla e profunda est errado? Ou voc como enfermeiro teria a melhor soluo para o uso de anestsicos? Bom, aqui foi uma breve alegoria de uma situao hipottica, mas demonstra de forma bem simples o que ocorre em tal contestao. Montalvo no possuindo conhecimentos suficientes, nem em grafoscopia e nem em mediunidade se aventurou a publicar na internet uma verso mais superficial que deixou feliz inmeros descrentes ao fato, porm as omisses, ou intencionais (algo que no acredito) ou por falta de conhecimento suficientes, fez com que ele entrasse num beco sem sadas, vou explicar melhor: O leitor desse trabalho lembra dos ts de Chico? Isolados e com traos meio curvos e com uma curvatura no inicio? Pois bem, olhe ento a reescrita de Chico sobre o grafismo psicografado, tentando numa breve retomada de conscincia corrigir algo que ele pessoalmente entendeu como erro. Agora pense numas de minhas repetidas palavras nas pginas anteriores e pense porque Chico no psicografou Ortensio com c em vez de s, afinal, no meu humilde portugus eu tenderia a escrever com c (de hortncia). A resposta para isso se deu pelo fato do s ser de Ilda e no de Chico, algo que se confirma com o grafismo de Thereza (letra de Chico) ao invs do correto Teresa. Ento Chico no possua uma queda no trao esquerdo do t? Um dos ts tpicos de Chico no era como um lao?

O r no era meio q uma curva no definida? Chico j havia escrito o nome Ortensio algumas linhas antes. Veja a rasura:

Chico rabiscou essa escrita, e no Ilda. Talvez por Montalvo no entender de psicografia, ele teria se equivocado em comentar sobre o fenmeno.

QUINTA FASE DA CRTICA: 2 Parte (pg. 11 em anexo)

Nessa parte, Montalvo chama a ateno para os estilos, e ele tem razo! So sim completamente diferentes, superficialmente aos olhos, e creio que se Perandra fosse periciar tal carta como uma carta normal, no levando em considerao toda sua pesquisa e considerando o fator mo conduzida, mo guiada e mo forada, ele provavelmente no teria considerado como algo autntico. Mas por que as coisas no foram interpretadas dessa forma? A resposta simples: Montalvo omitiu a base primordial do estudo de Perandra, ou o fez por desateno ou quem sabe teria sido por sua convico pessoal. Vamos ver o que Perandra disse no inicio de pesquisa: Iniciadas as pesquisas, verificou-se tratar-se de trabalho indito, com ausncia de bibliografia e publicaes de trabalhos de autoria grfica nessa rea... () Consoante se ver no desenvolver deste trabalho, no poucas foram as dificuldades que se apresentaram nos exames iniciais, pois se tratava de grafismos, que em sua maior parte combinavam com a gnese grfica do mdium escrevente e em algumas passagens apresentavam modificaes radicais, sendo algumas mais voltadas para as caractersticas grficas da pessoa quando em vida...() Esses resultados iniciais pareciam no fazer sentido dentro dos princpios bsicos da Grafoscopia. Procurou-se saber as causas...() Em decorrncia desse novo estudo, constatou-se a ineficcia da aplicabilidade do mtodo convencional de exames para a determinao da autoria grfica. Sabe-se que nos exames de escritas cursivas normais, dentro de uma tcnica largamente aconselhada, o examinador inicialmente levanta os dados da Cultura Grfica e do Grau de firmeza, ao tempo em que a Dinmica e a prpria Gnese Grfica vo como que emergindo aos olhos experimentados do especialista. Comprovou-se que a tcnica de conferncia mais adequada a aplicada para os exames das escritas em alfabetos ideogrficos e em escritas numricas, ou seja, partindo-se dos exames da Gnese Grfica sendo reforada pelos demais exames. Confirmou-se a necessidade de uma maior valorizao de alguns pontos de grafoscopia, tais como Cultura Grfica, Causas Modificadoras do Grafismo, Mo Amparada, Mo Guiada e principalmente o Piv da Escrita, todos analisados a partir da Gnese Grfica... ()Revista Cientfica Semina, 10 (Ed. Especial): 59-71, 1991, pg 59. Grifos meus.

Como se pode compreender, Perandra iniciou sua pesquisa sem muitas fontes e ao longo dos anos foi investigando e buscando solues para poder compreender o fenmeno ligado ao surgimento dos grafismos de Ilda junto aos de Chico Xavier. Talvez alguns que nunca tiveram a oportunidade de ler o artigo ou o livro de Perandra, poderiam ter sido induzidos a pensar que ele foi um grafoscopista que tentou usar de sua profisso para provar algo em que ele acreditava. Isso no foi bem assim. Perandra quando aceitou investir na empreitada no entendia nada sobre espiritismo e nem acreditava nisso, comentou ele comigo. Foi somente depois que examinou os originais, fez os testes para ter certeza que no eram falsificao, que foi buscar compreender o processo. Chegou ele a codificao de Kardec, ento pode compreender que seria algo como se o espirito movesse a mo do mdium e isso implicaria em modificaes do grafismo. Perandra dissertou longamente sobre as variaes e fatores que mudam o grafismo, porem, para eu no alongar aqui, resolvi mostrar algo que preparei para meu futuro livro, onde narro toda a minha pesquisa (esta em andamento), dessa forma a imagem dir mais que muitas explicaes, veja: Seguindo a lgica da base da pesquisa de Perandra, eu convidei uma pessoa a participar comigo de um teste. Nesse experimento eu segurei a caneta e ela segurou na minha mo, ento escreveu uma frase simples. Aps isso eu escrevi a frase e ela tambm, para confrontarmos as letras. Como o objetivo aqui no entrar nesses detalhes, vou me limitar a somente uma pequena poro de meus testes e abaixo temos ento dois textos escritos por ela. Montalvo ficaria intrigado com isso, afinal os estilos no parecem muito, alias, parece mais uma pessoa com dificuldades para escrever e mesmo assim, posso assegurar, que somente segurei a caneta. Grafia de prprio punho da jovem:

Grafia feita segurando em minha mo:

Se perceberem, ela passa a ter uma tendncia de inclinao para a esquerda e s vezes para a direita. Outra caracterstica que ocorre, conforme Perandra comenta, o aumento dos grafismos e uma no formao precisa deles, porem a gnese grfica (modo como o escritor desenha cada letra) se mantem a mesma, podendo surgir letras de quem cede a mo, inconscientemente, claro. Isso eu possuo em outras amostras, mas para no alongar, me limitarei aqui a demonstrar que Montalvo errou sobre isso, incluindo quando ele afirma

tal tendncia de Chico de cair no final do texto. Isso se deu pela velocidade e troca de papeis, algo tambm detectado por Perandra. Veja o que disse Montalvo: 1. a escrita de Chico Xavier nitidamente tende a decair na palavra final. No texto exemplificativo, essa caracterstica se nota nos dois pargrafos da psicografia (aqui s apresentado o 1). No ltimo h um tendncia ao equilbrio em relao pauta (imaginria) ou em relao base do suporte grfico (no caso, papel)... ()

Tende a decair? Vamos ver os grafismos originais de Chico novamente:

Olhem que interessante! Alm de Chico Xavier no ter essas tendncias, se as tem, em determinados casos, hora para cima e hora para baixo. Infelizmente Montalvo falhou aqui, assim como em induzir a falar sobre estilos de letras, ao menos para o fenmeno, algo que o tema aqui e a pesquisa de Perandra. Em seguida, Moizs insiste em seu apelo pessoal, da imitao, veja:

2. outro aspecto tpico das cartas psicografadas por Xavier, reside no esticamento das palavras. Mesmo observando-se, nessa tentativa de imitar a letra de ILDA, a diminuio dessa caracterstica..()

No precisa ser perito ou ter feito curso para saber que toda a vez que escrevemos muito rpido, temos tendncia a esticar as palavras. Se as psicografias ocorrem em altssima velocidade, ento esperar o que? O maior problema, aos meus olhos, quando eu leio repetidamente a palavra imitar, como se Montalvo tivesse certeza de que Chico Xavier imitava a letra de Ilda Mascaro. Isso iria pressupor um compl, incluindo a famlia de Ilda, o perito, o amigo que ajudou em obter as cartas. Ao menos, se ele, para contestar, tivesse procurado a famlia de Ilda, buscado originais, demonstrado que houve indcios tcnicos de fraude ou paradas na carta, ento eu poderia me convencer, mas isso no ocorreu, ao invs, limitou-se a hipotetizar com uma anlise distorcida e omissa a muitos detalhes importantes.

SEXTA FASE DA CRTICA: 3 Parte (pgs. 12 e 13 em anexo)

Nessa parte, Montalvo foca-se na assinatura de Ilda, com alguns comentrios aps uma citao de Perandra e ento prossegue com detalhes: PERANDRA: Para os exames da autenticidade grfica de uma assinatura, necessrio que se disponha de vrios padres, para os levantamentos das variveis e constantes grficas. No caso em questo, existe apenas um padro, o que prejudica o exame. No entanto, constatam-se semelhanas nos gramas curvilneos e retilneos, com as mesmas tendncias genticas na formao do smbolo "I". Por outro lado, chama a ateno o fato de que, tanto na escrita padro, como na escrita questionada, a assinatura representada simplesmente pelo vocbulo Ilda.

Para no se estender e tentar justificar detalhes, no irei focar-me na avaliao de Moizs, mas vou retomar ao princpio: Montalvo ainda insiste em ignorar uma verdade, a de que Chico Xavier no havia visto a grafia de Ilda previamente. Primeiramente pense em qual probabilidade Chico ou voc mesmo teria de saber como Ilda fazia o i. O i de Chico, infelizmente em uma nica mostra nos modelos originais, demonstra ser bem diferente, por sinal, igual ao meu i, veja na figura:

Depois, quando Perandra comenta sobre a assinatura ser coincidente, limitado a somente Ilda, j condiz com o fato de ser outro ponto positivo, pois como Chico poderia saber que ela no assinava Ilda Mascaro? Ou Ilda Saullo? Ou ento Ilda Mascaro Saullo? Pessoalmente, creio que somente condizem as letras i e l, ento no irei me aventurar numa de perito agora, mas eu diria q somente 50% da assinatura de Ilda, por outro lado, Perandra olhou os originais, e analisou a presso que a caneta/lpis fazem no papel, comparando no dorso e analisando detalhes que no posso ousar em opinar, admiro a coragem de Montalvo em faze-lo sem investigar a fundo realmente. Agora alguns comentrios meus(entre chaves) aos de Moizs: Se algum quiser fazer um teste, mostre os dois padres a um caixa de banco, ou a oficial de cartrio, e indague se se trata de autgrafo da mesma pessoa. Duvido que o conferente admita que as assinaturas provm de igual fonte... {Se for para testar, pea a um perito e infelizmente no daria para ser a assinatura de Ilda, pois Perandra no afirma que ela completamente igual. Ele tecnicamente informa as semelhanas e as diferenas, a concluso final se d por uma srie de fatores, a mo guiada um deles e, nesse caso, podem haver surgimento de letras do guiado, no caso o Chico.}

PERANDRA: chama a ateno o fato de que, tanto na escrita padro, como na escrita questionada, a assinatura representada simplesmente pelo vocbulo ILDA.

MONTALVO: Seria o caso de se perguntar: chama a ateno de quem, e para o qu? Sim, porque se ILDA assinava apenas o primeiro nome e Chico fez exatamente dessa forma, isso pode significar, dentre outras suposies, que o homem de Uberaba visualizara a escrita de ILDA antes de

psicograf-la. Portanto, essa declarao no tem valor tcnico, tampouco serviria de reforo hiptese de que a psicografia seja verdadeira comunicao.

{No tocante, a no ter valor tcnico, no posso concordar ou discordar porque no disponho de tal conhecimento sobre as leis do grafismo, peritos saberiam dizer isso. Porem dentre as outras suposies de Moizs, creio que ele no aceita a mais obvia, de que Chico no havia visto a assinatura de Ilda. Isso longo, mas oportuno, pois a famlia cederia a assinatura previamente a Chico para depois enviar e confrontar com pericia grafoscpica? E ainda acreditar que Ilda se comunicou e em italiano? Acho que foge a ideia de Navalha de Occam, onde a resposta est no mais obvio e simples. Acrescento, na minha pesquisa, os mdiuns no tiveram acesso a letra das pessoas e elas surgem da mesma forma, hibrida, no papel. }

STIMA FASE DA CRTICA: 4 Parte (pgs. 14 e 18 em anexo)

Por se tratar de longa explanao, e essa j se tornar cansativa, irei resumir e manter a linha bsica do pensamento e principio de anlise do Perandra. Irei focar-me apenas nos fs e desconsiderar os ts, esses para mim j esto mais do que explicados. Se possvel, irei expor onde Montalvo se perde na linha base, citando algumas concluses pessoais dele. Montalvo inicia comentando sobre os fs de inicio de palavras, vejamos o que ele citou:

Imagem parcial da pg. 14

Montalvo continua e justifica (ver detalhado em anexo, se desejar), porem mais uma vez omite o f verdadeiro de Chico Xavier, vamos comparar novamente agora, s que sem omisses?

Qual dessas diria que so de Chico Xavier? Resposta, da esquerda para a direita: 1 e 2, originais de Ilda, 3, carta psicografada, 4,5, e 6, originais de Chico Xavier. Preciso dizer mais?

Infelizmente, nas amostras h somente um f minsculo de Chico, porem esse difere totalmente do grama exposto. H outros casos, citados por Montalvo, nas paginas seguintes, demonstrando outros fs. Para mim alguns ficaram muito mesclados e na escrita corrida me dificultam a anlise. Porem, isso ainda no fugiria do hibridismo e o que Perandra encontrou no f em especfico, ficou postulado por ele, declarando a semelhana. Nos demais, no. Montalvo se detm a comentar as diferenas entre esses casos, porem investe tempo, de certa forma intil, pois Perandra foca-se no fenmeno e na grafoscopia a esse. Aps isso, Montalvo se foca nos ts novamente, mas insiste nas diferenas. Essas diferenas ficaram claramente demonstradas que se tratam da letra original de Chico, mas deixa de lado as semelhanas, essas impossveis de contradizer Perandra, principalmente na entrada aberta do t, os cortes, inclinaes etc. Moizs Montalvo encerra com sua concluso em duas partes simplrias, vamos a elas: Baseado no que se apresentou, dispomos de elementos suficientes para extrair outra concluso, que assim pode ser resumida: muito pouco de ILDA MASCARO se encontra na mensagem psicografada por Chico Xavier. ( Pg. 18)

Perandra deixou claro, na introduo, que havia muita escrita de Chico Xavier junto de Ilda, isso j implica que Perandra viu o que Montalvo afirma que ele no tenha visto, portanto a pseudo-contestao se demonstrou ineficiente at aqui. Infelizmente, muitos no viram o livro e nem o artigo cientifico de Perandra, mas h outras grandes semelhanas, tambm omitidas por Montalvo, que reforam a concluso positiva do grafoscopista, veja uma delas:

Figura do artigo cientfico, onde demonstra mesmo estilo de puxada do c.

Na sequencia, Montalvo conclui: Ao que, podemos acrescentar: a mensagem vertida por Chico Xavier demonstra clara inteno de simular a letra de ILDA MASCARO, sendo fora de dvida que no foi a referida ILDA a autora da missiva. Pg. 18. Grifos meus.

Mesmo sendo um leigo parcial no assunto, onde h alguma prova ou evidncia clara de que Chico Xavier, no texto, tenha simulado a letra de Ilda? No vi um argumento sequer de Montalvo que demonstrasse tal afirmao. No incluiu provas oriundas de originais, no incluiu depoimento de familiares ou qualquer outra evidncia que seno a opinio pessoal e hipottica, provavelmente atribuda a f pessoal. Por outro lado, omitiu a parte fundamental de pesquisa, onde Perandra afirma que observou o hibridismo entre as grafias, e demonstrou que para analisar teve de recorrer a um uso incomum das leis do grafismo, uma vez que o fenmeno se d por uma conduo na mo e brao do mdium escrevente, deformando assim as letras e podendo haver mesclagem de letras. Em grifos azuis, Montalvo se promove a grafoscopista, concluindo (na prpria mente) que no h dvida de que Ilda no foi a autora da carta. De uma pseudo-contestao, onde, no inicio, se propunha em apenas demonstrar o que Perandra no teria visto, o autor criticado, agora constesta a concluso pericial, sem ter conhecimento e competncia para tal, afirmando que Perandra concluiu erroneamente. Infelizmente, o excesso de omisses me incentivou a escrever essa crtica, pois tais informaes na internet se propagam e assim como h falsos mdiuns e falsas informaes que tendem elevar o espiritismo, h tambm os falsos contestadores, onde omitem fatos determinantes para um verdadeiro conhecimento dos fatos. No pretendo concluir formalmente, pois deixo o mesmo para cada leitor atento e curioso. Posso acrescentar algumas informaes que vem se repetindo (nos resultados) em minha pesquisa, onde testa a grafia entre cartas psicografadas e a escrita original dos falecidos, so elas: Hibridismo Todas as cartas psicografas analisadas ate o momento, possuem o mesmo hibridismo, em maior ou menor nmero, de causa ainda desconhecida; Predominncia de letras (gramas) Ainda sem explicao de causa tambm, h fortes evidncias de que letras do mdium tendem a se repetir em maioria, como nos textos vistos aqui, onde Chico se caracteriza pela letra a. Em outras palavras, na psicografia, sem explicao ainda, o Chico Xavier sempre usava um a pessoal dele. Em outros mdiuns se observou o mesmo efeito, porem com outras letras;

Erro nos grafismos de nomes At o presente momento, apenas um caso apareceu erro nos grafismos de nome, sendo que a letra divergia conforme ocorre na carta psicografada por Chico, no nome Teresa; Assinaturas condizentes ao uso At o momento, nos casos analisados, as assinaturas condizem com o mesmo uso dos nomes assinados, coincidindo tambm com o caso de Ilda Mascaro Saullo, onde ela somente assina Ilda e no o nome todo. Nos casos, na atual pesquisa, quando a assinatura se faz presente na psicografia, ela condiz com os mesmos nomes usados em assinaturas formais, alguns nomes em completo; Deformaes no grafismo Em todos os casos observados, at o momento, h deformao de grafismo, em alguns casos menos e outros mais, conferindo com as concluses na pesquisa de Perandra; Autoria x Autenticidade Autenticidade se limita a concluir somente pela assinatura, enquanto que para dar um parecer de autoria, necessria fundamentao de grafismos no texto todo. At o presente momento, no h nenhum caso de tendncia para autoria, tendo os mdiuns analisados, demonstrado apenas psicografia intuitiva, com grafismo prprio no texto, diferenciando assim da carta e mediunidade de Chico Xavier, porem assinando com gramas padres no final das cartas psicografadas; Idioma At o presente momento no h amostras de cartas onde o idioma seja outro que no o portugus. H relatos de cartas assim psicografadas pelos mdiuns, porem no tendo acesso as mesmas no se incluem como similares a de Chico Xavier.

Sobre o autor da critica: Sandro Fontana, lidera, hoje, um grupo na pesquisa de cartas psicografadas, onde familiares reconhecem como assinaturas muito similares (ou igual) ao dos entes j falecidos. Essas assinaturas esto sendo expostas vrios grafoscopistas, sob rgida metodologia, que esto analisando a autenticidade das mesmas. A pesquisa iniciou em 2010 e estima estar concluda em 2012. Tal trabalho pretende publicar um artigo cientfico, conclusivo ou no, e dele est se originando um livro, onde o autor narra toda a pesquisa, investigao e os relatos dos textos e os compara com as informaes dos familiares.

Dedico essa humilde crtica a todos aqueles que verdadeiramente investigam e buscam por respostas, e no para aqueles que sentam-se e investem seu precioso tempo em hipotetizar...