cristina_aula teórico prática 2015

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  • 7/25/2019 Cristina_Aula Terico Prtica 2015

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    Bromatologia e Tecnologia dos Alimentos

    Cristina M. M. Almeida

    1

    Cristina Maria Martins AlmeidaCristina Maria Martins AlmeidaDepartamentode Cincias Bromatolgicas e Toxicolgicas

    Laboratrio de Bromatologia e Qualidade da guaFaculdade de Farmcia da Universidade de Lisboa

    [email protected]@ff.ulisboa.pt

    23 Setembro 201523 Setembro 2015

    TERICOTERICO--PRTICAPRTICApH, resduo seco, cinzas, protenas e vitamina CpH, resduo seco, cinzas, protenas e vitamina C

    2

    Composio dos alimentos

    AnliseQualitativa Quantitativa

    MtodosPropriedades fsicas Propriedades qumicas

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    Bromatologia e Tecnologia dos Alimentos

    Cristina M. M. Almeida

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    O que necessrio para realizar um mtodo potenciomtrico?2 eltrodos: indicador e de refernciaindicador e de referncia.Instrumento de medio

    Medidas diretas ?Medidas diretas ?Existncia de eletrodos indicadores seletivos com sensibilidade

    requerida.Inexistncia de espcies interferentes ou possibilidade de

    mascarar os interferentes.

    Medidas indiretas?Medidas indiretas?

    Curva analtica ?Curva analtica ?

    4

    VantagensVantagensMtodo rpido e barato

    Elevada sensibilidade

    No sofre interferncia da cor e daturvao

    Boa resposta na presena de vrioscompostos orgnicos, de meiosoxidantes e redutores e de amostrasengorduradas e viscosas

    Grande intervalo de linearidade

    Mtodo no destrutivo da amostra

    Mtodo no contaminante da amostraFacilidade de automatizao

    Potenciometria DiretaPotenciometria Direta

    Desvantagens/LimitaoDesvantagens/LimitaoForte interferncia da forainica do meio

    Contaminao dos eltrodos(limpeza e manuteno)

    Preciso 2%

    Fragilidade dos eltrodos

    Prazo de validade (limitada paraalguns tipos de eltrodos)

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    Eltrodos RefernciaEltrodos Referncia

    Eltrodo normal de hidrognio Eltrodo de prata/cloreto de prataEltrodo de prata/cloreto de prata Eltrodo de calomelanos

    Eltrodos IndicadoresEltrodos Indicadores

    Elctrodos metlicos 1, 2 e 3 Classe Redox

    Eltrodos de membrana Eltrodo de vidroEltrodo de vidro Eltrodo de estado slido ou

    precipitado Eltrodo de membrana lquidaEltrodo de membrana lquida Eltrodos sensores de gases Eltrodos enzimticos e

    biomembranas

    Potencial conhecido, constante ecompletamente insensvel composioda soluo em estudo

    EltrodoEltrodo dede refernciareferncia idealideal:: Reversvel e obedece Equao de

    Nernst Exibe potencial constante com o tempo; Retorna ao seu potencial original aps

    submetido a pequenas correntes Potencial constante para pequenas

    variaes de temperatura

    6

    Elctrodos Indicadores de MembranaElctrodos Indicadores de MembranaTambm denominados eltrodos seletivosNo esto envolvidas reaes redox (eltrodos metlicos)Baseiam-se nas propriedades das membranas semi-permeveis.Nos eltrodos de membrana, o potencial tem origem no potencial de junopotencial de junoentre amembrana que separa a soluo do eltrodo da soluo da espcie a ser analisadaDeterminao rpida e seletiva de vrios ies (caties ou anies) atravs depotenciomtrica direta

    1. Membranas cristalinas (mono ou policristalinas)a) Cristal nico: LaF3para F-b) Policristalino ou cristais mistos: Ag2S para S2- e Ag+

    2. Membranas no-cristalinas (vidro, lquido, polmeros, etc.)

    PropriedadesPropriedades

    A solubilidade da membrana na soluo da espcie a ser analisada deve serpraticamente zero A membrana deve apresentar um mnimo de condutividade eltrica A membrana deve ser capaz de ligar-se seletivamente ao io que se pretende

    determinar (troca-inica, complexao, cristalizao)

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    Potenciometria DiretaPotenciometria Direta

    Determinao do pHDeterminao de qualquer espcie inica (ou molecular que possaser ionizada) para a qual exista um eltrodo indicador.

    Regra geral, a amostra no requer tratamento prvio, podendo serturva e at mesmo viscosa.

    Erro inerente s medidas da fem da clula, por causa das incertezasem E e Ej (dependem da fora inica e da composio do meio).

    8

    Eltrodo de vidroEltrodo de vidro

    A membrana permevel, por troca de ies, quase que exclusivamente a catiesquase que exclusivamente a catiesmonovalentes (+1)monovalentes (+1), especialmente ao hidrogenio (H+)

    A troca catinica depende.

    Tamanho do io

    Intensidade das foras eletrostticas aninicas no vidro

    Poder de solvatao dos caties que atravessam a superfcie do vidro

    Em geral, os anies so maiores que os caties alcalinos e alcalino-terrosos e, assim,penetram na rede vtrea com maior dificuldade.

    A repulso eletrosttica por parte dos oxignios envolvendo os interstcios da redecontribui tambm para impedir ainda mais a penetrao dos anies.

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    H+ + Na+Vd- Na+ + H+Vd-

    Sol. Vidro sol. vidro

    Eltrodo de vidroEltrodo de vidro

    10

    Eltrodo combinado de vidro = Elctrodo indicador + Elctrodo de refernciaEltrodo combinado de vidro = Elctrodo indicador + Elctrodo de referncia

    Ag/AgClAg/AgCl

    Soluo HCl 0,1 mol LSoluo HCl 0,1 mol L--11saturada com AgClsaturada com AgCl MembranaMembrana

    de vidrode vidro

    Ag/AgClAg/AgCl

    aberturaabertura

    Ponte SalinaPonte Salina

    KClKCl(sat)(sat) saturada com AgClsaturada com AgCl

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    DefinioDefinio(Srensen)

    pH =pH = -- log [Hlog [H++]]

    Determinao do potencial electroqumico de uma clula que sensvel actividade do io hidrognio. Esta clula constitudapor um elctrodo de vidro e um de referncia ou por um elctrodocombinado (vidro e referncia).

    Logaritmo do inverso da concentrao hidrogeninica, expressaem mole hidrogenies por litro.

    12

    CalibraoCalibrao dede aparelhosaparelhos de pHde pH

    Verificar se o eltrodo est limpo e pronto a ser utilizado.

    Ligar o medidor de pH e deixar estabilizar.

    Mergulhar o eltrodo numa soluo tampo (em geral pH=7),previamente lavado (gua desmineralizada) e seco.

    Aguardar que estabilize e que d indicao de passagem para aoutra soluo tampo.

    Aps lavagem e secagem do elctrodo introduzir a segunda soluotampo que depende da gama de valores de pH das amostras aanalisar.

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    Ateno!Ateno!

    As solues de calibrao (tampes) devem apresentar umadiferena de valores de pH entre 3 e 4 unidades.

    As solues de calibrao devem ser selecionadas de acordocom o pH da amostra.

    A amostra deve apresentar um valor de pH situado entre osvalores das duas solues de calibrao.

    Se possvel, trabalhar com sonda de compensao datemperatura.

    Registar o valor da temperatura.

    Utilizar solues controlo independentes dos das solues decalibrao (cumprir um dos seguintes requisitos):

    Valores de pH diferentes dos da calibrao

    Marcas diferentes

    Lotes diferentes

    14

    Registar o potencial deassimetria.

    Registar o declive.

    Diariamente (em cada srie de trabalho)Diariamente (em cada srie de trabalho)

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    ErrosErros

    PadresPadrescalibraocalibrao

    Tempo deTempo deequilbrioequilbrio

    PotencialPotencialde Junode Juno

    TempTemp

    HidrataoHidrataodo vidrodo vidro

    Erro deErro de

    sdiosdio

    Erro cidoErro cido

    LimpezaLimpeza

    EltrodoEltrodo

    ref

    refreal

    pH

    pHpH100(%)Erro =

    16

    Podem utilizar-se eltrodos de vidro de formas geomtricas diferentes:

    - Esfricos

    - Cnicos

    - Cilndricos

    - Forma de agulha

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    Escala de pHEscala de pH ouou dede SrensenSrensen, para solues aquosas diludas

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    pHpH

    O pH de uma dada amostradepende de dois fatores:Temperatura da amostraIonizao da amostraConcentrao de eletrlitos

    Solues tampo com vriosvalores de pH:

    pH = 4,00pH=7,02pH=9,00

    pH=6,00Soluo de KCl 3 M

    http://www.truthistreason.net/phhttp://www.truthistreason.net/ph--levelslevels--andand--cancercancer--alkalinealkaline--andand--acidicacidic--foodsfoods

    http://antihttp://anti--cancro.blogspot.com/2011/02/celulascancro.blogspot.com/2011/02/celulas--cancerosascancerosas--ee--oo--processoprocesso--dede--ph.htmlph.html

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    Aparelho do laboratrio Crison

    ElctrodoElctrodo combinadocombinado

    Sonda de temperaturaSonda de temperatura

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    Alimentos: Resduo seco, cinzas e minerais

    Alimento

    Lquido

    Slido

    Condutividade

    Secagem (Resduo seco) eCalcinao (Cinzas)

    Dissoluo

    Anlise

    EAA

    EAM

    Fotometria chama

    ICP

    Teor individual

    (minerais)

    (teor total)

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    Resduo seco e resduo seco isento de matria gorda

    DefinioMassa, expressa em percentagem, obtida aps secagem.Massa, expressa em percentagem, obtida aps secagem excluda a

    matria gorda.

    Princpio do mtodoSecagem de uma determinada massa de alimento em presenade um material dispersante e a uma temperatura constante atobteno de um mnimo de massa que representa o resduoseco e clculo do resduo seco isento de matria gorda.

    Material e equipamentoAparelho homogeneizador

    Balana sensvel ao 0,0001 gBanho-MariaCpsula de porcelana, 50 ou 100 mLEstufaExsicador

    Materialdispersante: areia

    de quartzo ou areiado mar

    22

    Alimentos: resduo seco

    Clculos

    m0 massa da cpsula, vareta, tampa e areia depois de secas e arrefecida em exsicador, g

    m1 massa da cpsula, vareta, tampa, areia e amostra, gm2 massa da cpsula, vareta, tampa, areia e amostra depois de secas e arrefecida emexsicador, g

    G teor de matria gorda do alimento, percentagem

    100m-m

    m-m(%)secoesduo

    01

    02=R

    G-100m-m

    m-m(%)gordamatriadeisentosecoesduo

    01

    02=R

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    Alimentos: cinzas

    DefinioResduo mineral obtido por incinerao do produto alimentar.

    Princpio do mtodoSecagem da toma aps adio de soluo de acetato demagnsio. Destruio da matria orgnica por incinerao auma temperatura entre 400 600 C e determinao da massade resduo, deduzida da massa de xido de magnsio

    Material e equipamentoAparelho homogeneizadorBalana sensvel ao 0,0001 g

    Banho-Maria

    Cpsula de platina ou porcelanaEstufa

    Exsicador

    MuflaPlaca de aquecimento

    Tempo etemperatura de

    incineraovarivel com o

    tipo de alimento

    24

    Preparao da amostra: resduo seco e cinzas

    PreparaoPreparao dada amostraamostra

    No caso das amostras slidas (carne, peixe, fruta) utiliza-seuma amostra triturada, de teor em matria seca conhecido etoma de ensaio de acordo com a respectiva norma.

    As amostras congeladas (gelado) ou pastosas (manteiga) soliquefeitas e homogeneizadas antas da toma de ensaio.

    Nas amostra liquidas ter ateno se o material em suspenso

    est bem disperso na amostra (sumos, nctares).

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    Alimentos: cinzas

    s1

    432

    m

    100

    m

    )m-m-(m(%) =totalcinza

    Clculos

    m1 massa da toma para anlise, expressa em gramas

    m2 massa de cinza total, expressa em gramas

    m3 massa da cinza da cpsula, expressa em gramas

    m4 massa da cinza do ensaio em branco, expressa em gramas

    ms teor em matria seca da amostra triturada, expressa empercentagem

    100m

    m(%)totalinza

    1

    2=C

    m4 S existe quando se utiliza acetato de magnsio

    26

    ProtenasDefinio Polmero de alto peso molecular

    Unidade bsica: aminocidos

    Vinte tipos de aminocidos ocorrem naturalmente nas protenas.

    Diferem com o tipo, nmero e sequncia de aminocidos na cadeia

    polimrica, conformao molecular tridimensional.

    Substncias orgnicas complexas (C, H, O, N, S, P, Fe, Cu, Zn).

    Apresentam 50-55% de C, 20-23 % de O, 1414--1818 %% dede NN,

    6-8% de H, 0-4 % de S.

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    Estrutura primria da protena

    Ligao peptdica (ligao amdica)

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    Mtodos de determinaoMtodos de determinao

    A. Mtodos que utilizam a determinao de azoto KjeldahlKjeldahlDumasDestilao directaMtodos que utilizam tcnicas nucleares: activao por

    neutres; activao por protes

    B.Mtodos qumicos e fsicosReao do Biureto (Cu2+ e N)Interao protena-corante (Dye-binding)Mtodo do Reagente de Folin-Ciocalteau ou Mtodo do fenatoTitulao com formolEspectroscopia no IV ou no UVRefractometriaTurbidimetriaPolarografia

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    a determinao mais utilizada.

    Desenvolvido em 1883 por Johann Kjeldahl.

    No doseia as protenas directamente. A quantidade deprotenas presentes calculada a partir da concentrao de Nno alimento.

    Considera que as protenas tm, em mdia,16% de azoto.

    Necessita de um factor de converso (F)para converter amedida de N em protenas.

    Factor geral, F =6,25(equivalente a 0,16gN/ g protena)

    usado para muitas aplicaes, existem outros factores deconverso.

    %% ProteinasProteinas = F x %N= F x %N

    Anlise de azoto: Mtodo Kjeldahl

    29

    30

    Alimento Factor

    Origem animal

    Ovos 6,25Carne e peixe 6,25

    Leite e derivados 6,38

    Origem Vegetal

    Cevada 5,83

    Milho (milho) 6,25

    Millets 5,83

    Aveia 5,83

    Arroz 5,95

    Coco 5,30

    Centeio 5,83

    Sorgos 6,25

    Trigo: gro inteiro 5,83

    Farelo 6,31

    Endosperma 5,31

    Feijo: Castor 5,30

    Jack, Lima, marinha, mung 6,31

    Soja 5,71

    Mucuna 6,25

    Amendoins 5,46

    % Protenas = F x %N% Protenas = F x %N

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    Haricot or Navy Bean

    Castor Bean

    Mucuna

    Mung

    Lima Bean Jack Bean

    Millets

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    Azoto KjeldahlO Azoto Kjeldahl representa o azoto orgnico e

    amoniacal contidos na amostra e determinados apsmineralizao.

    No inclui o azoto dos nitratos e nitritos, nemnecessariamente todo o azoto orgnico.

    Apenas determinado o azoto trivalente negativo.

    O azoto orgnico do tipo azida, azina, azico,hidrazona, nitrito, nitro, nitroso, oxima ou

    semicarbazona no determinado quantitativamente.O azoto de compostos heterocclicos pode no ser

    recuperado completamente.

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    Azoto Kjeldahl: Fundamento terico

    Mineralizao da amostra para formar sulfato deamnio, libertao e destilao do amonaco, seguidade determinao por titulao.

    Transformao dos compostos de azoto,determinveis pelo mtodo, em sulfato de amnio pormineralizao da amostra com cido sulfrico,contendo uma concentrao elevada de sulfato depotssio destinado a elevar o ponto de ebulio damistura, e na presena de cobre (CuSO4) que actuacomo catalizador.

    Libertao do amonaco do sulfato de amnio, por

    adio de uma base seguida de destilao e recolhanuma soluo de cido brico/indicador.

    34

    Azoto Kjeldahl: Interferncias

    Nitratos

    Durante a digesto Kjeldahl, os nitratos em concentraes superiores a 10 mg/L podemoxidar a amnia libertada da digesto da matria orgnica azotada, produzindo N 2O edeste modo originar uma interferncia negativa.

    Quando existe uma concentrao significativa de matria orgnica num estado baixo deoxidao, os nitratos podem ser reduzidos a amnia, originando uma interfernciapositiva.

    As condies em que estas interferncias so significativas no esto bem definidas e noesto estabelecidas as condies necessrias para eliminar estas interferncias.

    Sais inorgnicos e slidos

    A concentrao em cido e sal nos reagentes para a digesto Kjeldahl so os necessriospara atingir a temperatura de 380C necessrias para a digesto.

    Se a amostra contm uma concentrao elevada de sais ou slidos inorgnicos que sedissolvem durante a digesto, a temperatura pode atingir os 400 C, a qual pode conduzir

    perda de azoto por pirlise. Para evitar uma temperatura de digesto excessiva, adicionar mais cido sulfrico para

    manter o balano cido-sal. Nem todos os sais originam o mesmo aumento detemperatura, mas a adio de 1 mL H2SO4/g sal amostra origina resultadossatisfatrios. Esta adio de cido tambm deve ser realizada no branco.

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    Azoto Kjeldahl: Interferncias

    cido em excesso

    Pode baixar a temperatura de digesto abaixo dos 380 C e originardigestes incompletas e baixas recuperaes.

    Matria orgnica

    Durante a digesto Kjeldahl, o cido oxida a matria orgnica a CO2eH2O. Se estiver presente uma concentrao elevada de matriaorgnica, o consumo de cido ser elevado, aumentando a razosal/cido, aumentando a temperatura de digesto, a qual podeconduzir perda de azoto por pirlise. Para evitar esta situao,adicionar 10 mL H2SO4/3 g COD (Carbono Orgnico Dissolvido) amostra.

    36

    Azoto Kjeldahl: Amnia + Azoto Orgnico

    Pr-tratamento da amostra Digesto

    Meio cidoSais de prataCatalisadores: Hg, Se, CuCu, Ti

    Destilao

    AnliseVolumetria ([elevadas])EAM

    NesslerFenato

    NHNH44

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    Mtodo KjeldahlMtodo Kjeldahl

    O mtodo Kjeldahl dividido em trs etapas:digesto,digesto, destilaodestilaoee titulaotitulao..

    37

    1 Etapa: Digesto

    O alimento colocado no frasco de digesto e ento digerido peloaquecimento na presena de cido sulfrico (um agente oxidante quedigere alimentos), e um catalisador (cobre, selnio, titnio ou mercrio).

    A digesto converte o N do alimento em azoto amoniacal, e a matriaorgnica em C02e H20. O azoto amoniacal gasoso reage com o cidosulfrico e permanece em soluo:

    CHONCHON (alimento)(alimento) (NH(NH44))22SOSO44 + C0+ C02(g)2(g) + H+ H2200 (g)(g) (1)(1)

    38

    Mtodo KjeldahlMtodo Kjeldahl

    38

    2 Etapa: Destilao

    Depois da digesto, o frasco de digesto ligado ao destilador de azoto.Adiciona-se hidrxido de sdio, que converte o sulfato de amnio emazoto gasoso (NH3):

    (NH(NH44))22SOSO44 + 2 NaOH+ 2 NaOH 2NH2NH33 + 2H+ 2H22O + NaO + Na22SOSO44 (2)

    A amnia formada libertada da soluo. Na destilao por arrastamentocom vapor de gua, o vapor de NH3 transferido do frasco de digesto

    para um matraz contendo cido brico em excesso.

    NHNH33 + H+ H33BOBO33 NHNH44++ + H+ H22BOBO33-- (on borato)(on borato) (3)

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    Mtodo KjeldahlMtodo Kjeldahl

    40

    3 Etapa: Titulao

    O contedo de N estimado por titulao do borato de amnio com cido

    sulfrico ou clordrico.

    NHNH44HH22BOBO33-- ++ HH22SOSO44 HH33BOBO33 + (NH+ (NH44))22SOSO44(4)

    A concentrao dos ies H+ gastos na titulao equivalem concentraodo azoto.

    O contedo de N ento convertido em protenas usando um fatorapropriado:

    %Protein = F x %N%Protein = F x %N

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    Bromatologia e Tecnologia dos Alimentos

    Cristina M. M. Almeida

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    Azoto Kjeldahl: Equipamento e Material

    Aparelho de digesto:

    Cujas especificaes permitam trabalhar a temperaturas no mnimo entre375 385C

    Equipado com tubos Kjeldahl de 250 mL.

    Aparelho de destilao, composto por uma cabea de destilao comproteco e por um condensador vertical, cuja extremidade possa sermergulhada na soluo absorvente.

    Bureta de 25 mL com preciso de 0,05 mL

    Matraz de 250 mL

    Pipetas graduadas de 10 mL

    Proveta de 25 mL

    42

    Azoto Kjeldahl: Descrio do mtodo analtico

    DigestoAteno:A mineralizao da amostra pode libertar dixido de enxofre gasoso

    txico. Das amostras podem igualmente ser libertados sulfureto de hidrognio.A mineralizao dever pois ser efectuada numa hotte com uma extracoeficaz.

    a) Introduzir em balo de Kjeldahl o regularizador de ebulio, 5 g da misturacatalizadora (ou um comprimido) e 5 g de leite, pesados com a preciso de 0,001 g.

    b) Adicionar, cuidadosamente, 25 mL de cido sulfrico concentrado ou 30 mL nocaso de leites com teor de matria gorda maior que 5% (m/m). Misturarsuavemente e colocar o balo em posio inclinada sobre o dispositivo deaquecimento.

    c) De incio aquecer moderadamente de modo que os fumos negros no atinjam ocolo do balo.

    d) Aps o aparecimento de abundantes fumos brancos, aquecer fortemente,agitar de vez em quando, at que o lquido esteja completamente lmpido.

    e) Prolongar a ebulio, mas moderada, durante pelo menos 1h 30 min..Nota : O aquecimento deve ser suficiente para refluir a mistura cida at metade

    do tubo. Isto indica que a temperatura de mineralizao suficientementeelevada.

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    Azoto Kjeldahl: Descrio do mtodo analtico

    Destilao

    a)Deixar arrefecer o contedo do balo temperatura ambiente e adicionar 300mL de gua, lavando cuidadosamente o colo do balo. Misturar o contedo,cuidadosamente, assegurando a dissoluo total dos cristais formados.

    b) Deixar arrefecer. Medir para um matraz 50 mL de soluo de cido brico,juntar 4 gotas de soluo do indicador, misturar e colocar o o balo Kjeldahlsob o refrigerante do aparelho de destilao e a extremidade do tubo derecolha mergulhada na soluo de cido brico.

    c) Adicionar 80 mL de soluo de hidrxido de sdio a 40%. Iniciar a destilao.O volume total de gua e de soluo de hidrxido de sdio deve ser de 370mL, de modo a permitir a recolha de aproximadamente 150 mL do destiladoantes do incio da fervura irregular. O volume total no deve exceder 2/3 dacapacidade do balo Kjeldahl.

    d) A destilao do amonaco terminar quando o papel vermelho de tornesolhumedecido com gua mudar de cor com o lquido proveniente do tubo de

    recolha. Parar ento imediatamente o aquecimento.e) Lavar a extremidade do tubo de recolha com gua de alta qualidade e adicionar

    a gua de lavagem ao matraz.

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    Azoto Kjeldahl: Descrio do mtodo analtico

    Titulaoa) Titular o destilado com cido sulfrico H2SO40,1 N ( caso necessrio, utilizar

    um cido mais diludo ou mais concentrado), o ponto final dado pelapassagem da colorao verde para a colorao violeta.

    b) Anotar o volume (mL) de H2SO4 gasto e fazer os clculos.

    Nota: Quando o balo incompatvel com o aparelho de destilao, o seucontedo deve ser transferido quantitativamente para um tubo de destilao

    adequado. Isto deve ser realizado no momento em que se adiciona a gua.

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    Azoto Kjeldahl: Clculos

    V1 volume H2SO4gastos na titulao da amostra, mL

    V0 volume H2SO4gastos na titulao do branco, mL

    m massa de amostra, g

    m

    )(V0,14% 01

    VN

    =

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    Vitamina C

    A vitamina C, ou cido L-ascrbico, uma vitamina solvel emgua, sensvel em pH alcalino e facilmente oxidada, principalmente pories metlicos (cobre e ferro) e outros catalizadores (luz, radiao,temperatura elevada).

    A vitamina C encontra-se em equilbrio entre as formas reduzida eoxidada (cido L-ascrbico e cido L-dehidroascrbico,respectivamente).

    Os mtodos clssicos para a determinao de vitamina C baseiam-seno seu forte poder redutor.

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    Vitamina C

    DefinioNo contexto desta metodologia analtica, entende-se por cidoascrbico o conjunto das substncias redutoras do diclorofenol-indofenol, nas condies descritas no mtodo.

    Princpio do mtodoExtraco do cido ascrbico por uma soluo de cido oxlico ou poruma soluo de cido metafosfrico e cido actico. Titulao comuma soluo de 2,6-diclorofenol-indofenol at obteno de uma corrosa.Este mtodo s pode ser utilizado na ausncia de substnciasinterferentes.

    Vitamina C

    Reduo do 2-6 - diclorofenol-indofenol (DCFI) pelo cido ascrbico

    Reduo do 2,6-diclorofenol-indofenol (DCFI) pelo cido ascrbico. O DCFI em

    meio bsico ou neutro azul, em meio cido rosaem meio cido rosa e a sua forma reduzida incolor.

    O ponto final da titulao detetado pela viragem da soluo de incolor pararosa, quando a primeira gota de soluo de DCFI introduzida no sistema, com

    todo o cido ascrbico j consumido.

    FORMA OXIDADA (azul) FORMA REDUZIDA (incolor)

    +

    Meio bsico ou neutroMeio bsico ou neutro

    (Azul)(Azul)

    Meio cido (Rosa)Meio cido (Rosa)

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    Vitamina C

    InterfernciasExiste um grande nmero de substncias interferentes como oferro, cobre, estanho, substncias redutoras, sulfitos e dixidode enxofre.As substncias redutoras, em particular, esto presentes nosprodutos aquecidos excessivamente ou conservados durantemuito tempo. Efectua-se a pesquisa das substnciasinterferentes no caso de haver suspeita da sua presena.

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    Vitamina C: Clculos

    V1 massa, de cido ascrbico equivalente a 1,0 mL da soluo de 2,6-diclorofenol-indofenol, mg

    m1 massa, contida na alquota da amostra utilizada na titulao, g

    V volume da soluo de 2,6-diclorofenol-indofenol gasto na titulao da amostra, mL

    100produtog100/ascrbicocido1

    0

    =

    m

    mVmg

    O valor em cido ascrbico vem expresso em mg de cido ascrbico por cada100 g de produto ou em mg de cido ascrbico por cada 100 mL de produto.