cristal de wigner blindado - usp€¦ · qualitativa williams,3, no modelo teórico por ele...
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INSTITUTO DE FíSICA E QUíMICA DE SÃO CARLOS
"CRISTAL DE WIGNER BLINDADO"
JOÃO MEDEIROS E SILVA
Tese apresentada ao Instituto de Fisicae Quimica de São Carlo8. USP. paraobtenção do Titulo de DOUTOR EMCI~NCIAS (Fisica).
Orientador: Prof. Dr. Bernhard Joachim Mokross
DEPARTAMENTO DE FÍSICA E CIÊNCIA DOS MATERIAIS
SÃO CARLOS - 1980
MEMBROS DA COMISSAO JULGADORA DA TESE DE DOUTORADO DE
JOAO MEDEIROS E SILVA
APRESENTADA AO INSTITUTO DE FrSICA E QUrMICA DE SAO CARLOS, DA
UNIVERSIDADE DE SAO PAULO, EM 17 DE JUNHO
COMISSAO JULGADORA:
DE 1980.
Or. BERNHARD JOACHIM MOKROSS - Orientador
~,;J. /~.'-~Or. MICH~L AN~~r A GERTERv
Dr. GUILHERME FONTES LEAL FERREIRA
,~), ,- ,'----~.."Jt( {:ti (d~) 7-Llt\ {l ( (
Or. RICAROO DE CARVALHO FERREIRA
Dr. HUMBERTO SIQUEIRA BRANDI
AGRADECIMENTOS
A B.J. MOkross, pela eficiente orientação deste
trabalho e dedicação constante;
Aos que chefiaram e coordenaram o Departamento
de Fisica do IFQSC durante a realização desta
tese, pelas excelentes condições de trabalho
oferecidas.
Ao Prof. Jan F.W. Slaets e Valdeci, pela decisi
va ajuda na computação.
Aos colegas e funcionários deste departamento ,
pela amizade e apoio.
Especialmente, à minha esposa, Dizinha de cuja
compreensão e abdicação dependeu a realização
deste trabalho.
RESUMO
No presente trabalho propomos e estudamos um modelo teó
rico que denominamos Cristal de Wigner Blindado. Assumindo para
este sistema uma estrutura ordenada, nos foi possível verificar a
ocorrência de uma transição de fase entre as estruturas bcc e fce,
para este modelo em função da densidade e/ou do parâmetro de blig
dagem. Após esta análise estática nos estendemos aos aspectos di
nâmicos. Determinamos os modos normais para estas estruturas ob
tendo espectros de frequência para diversas blindagem e/ou densi
dade. Levando o parâmetro de blindagem para o limite zero, recup~
ramos diversos resultados conhecidos para o Cristal de Wigner. Is
to era esperado uma vez que este modelo apenas difere do nosso pe
la natureza das interações, que neste caso são puramente coulOmbi
anas, sem blindagem. Além disto nos foi possível efetuar compara-
ção com sistemas reais formados por esferas de poliestireno
suspensão aquosa, permitindo-nos concluir que·o modelo por
proposto é aplicável aos mesmos.
em
~nos
ABSTRACT
We present and develop a theorectical model which we
designate Screened Wigner Lattice (SWL). In the ordered phase of
this system we were able to predict a bcc-fcc transition, by
varying the screening parameter andjor the density. After this
static analysis we calculated the normal modes of such crystals
and got the frequency spectra in function of the screening andjor
density. Taking for the screening parameter the limit zero we
reproduced several results already known for the Wigner Lattice
(WL). This was expected since the only difference between
the SWL and WL models consists on the nature of the interaction,
which for the WL is not screened. It was possible to compare
some of our theoret±cal results with experimental data obtained
for crystals formed by polystyrene spheres in aqueous suspension.
The agreement allows us to conclude that the $WL model applies
for such systems.
FIGURAS
FIGURA Ia - Espectro de frequência do CW, determinado por
Fo1dy para a estrutura bcc •••.•••••••••.•...... 11
FIGURA 1b - Espectro de frequência do CW, determinado por
Foldy para estrutura fcc •...•..............•.. 12
FIGURA 2 - Diferença fracional de energia livre, obtida3
por Pollock-Hansen, para o CW para (36) veto
res K Cl •••••••••••••••• 18
FIGURA 3 - Diferença fracional de energia estática do
CWB nas estruturas bcc e fcc versos À ••••••••• 34s
FIGURA 4 - Espectros de frequênciado CWB na estrutura
bcc, para diversos valores de À ••••••••••••••• 60s
FIGURA 5 - Espectro de frequência do CWB na estrutura
fcc, para diversos valores de À ••••••••••••••• 61s
FIGURA 6 - Espectro de frequência do CWB nas estruturas
bcc e fce, para À =0 63s
FIGURA 7 - Espectros de frequência de CWB nas estruturas
bcc e fcc, para À = 0,25 ••••••••••••.••.••••.•• 64's
FIGURA 8 - Espectros de frequência do CWB nas estruturas
bcc e fce, para À =1,05 65s
FIGURA 9 - Espectro de frequência do CWB nas estruturas
bcc e fcc, para À = 1,20 ••..••••.••.•.••••••.• 66s
FIGURA 10 - Espectros de frequência do CWB na estrutura
bcc, para À = O; 0,25, 1,05; 1,20 ••..•..•••••••. 67s
FIGURA 11 - Espectros de frequência do CWB na estrutura
fcc, para À =0; 0,25; 1,05;1,20 ••..•••..••••• 68s
2
sante nestes trabalhos experimentais é a sua extrema simplicida
de. Devido ao fato do espaçamento entre as particulas ser da or
dem de 104 A, os estudos estruturais podem ser efetuados com o
auxilio de luz visivel.
Williams3, também estudou a transição ordem-desordem.
Para isto, mediu o ponto de fusão da fase ordenada para diversas
concentrações. Para interpretar seus resultados desenvolveu um
modelo teórico extremamente simplificado. ° material das esferas
contém radicais -HS03 que se dissociam quando em contato com a
água segundo a reação
-HS03+
H + -5°3 (I.I)
onde os grupos -5°3 ficam ligados à esfera, os íons H+ ficam dis
persos na água sob a ação das agitações térmicas e da atração el~
trica exercida pelas esferas carregadas negativamente pelos gru
pos -HSO;. Sob estas condições os H+ formariam uma nuvem difusa
em torno das partículas de poliestireno. Baseado nesta imagem
qualitativa Williams,3, no modelo teórico por ele desenvolvido,as
sumiu a interação entre as partículas como sendo do tipo
U (l exp{-Àr)r , (I.2)
onde À é o inverso do comprimento de Debye e r a distância entre
as partículas. O modelo contendo este pressuposto foi extremameg
te satisfatório para interpretar seus resultados experimentais.
A simplicidade dos experimentos e das interações, nos
dispertaram o interesse teórico para estas suspensões. O primei-
7
(11.2)
onde observamos que a divergência foi eliminada.
Os termos y(j) correspondem aos módulos dos vetores cor
respondentes a rede reciproca do cristal. erfc(x) é a usual fun
çao erro complementar e E é o parâmetro de Ewald.
Os resultados numéricos computados a partir da equaçao
(II.2) para a energia por elétron do CW nas estruturas bcc e fcc
sao respectivamente:
Uo (bcc) = -1,79187 a3/2o -3/2 Rrs y (II.3)
Uo(fcc) = -1,79175 a3/2o -3/2 Rrs y , (lI. 4)
e R é a unidade de energiaydo volume esférico da célula
1'i.2(a = -)o 2me
. r é o raios
raio de Bohr4
(IR = ~)Y 2tí2
unitária.
onde a é oo
de Rydberg
II.3 - MODOS DE VIBRACÃO DO CW.Os espectros de vibração do CW bcc e fcc foram estuda
dos por L.L. Foldyl0 • Seus resultados serão apresentados nesta se
çao, servirão de base para comparar nossos resultados.
As frequências normais de vibração, que constituem o es
pectro de vibração de um cristal são determinadas a partir das
raizes de uma equação secular, cujos pormenores serão dados no Ca
8
pitulo IV e Apêndice A. A equação secular para o cw é escrita na
forma
, (II.S)
onde DaS(K) são os elementos da matrizD(K), conhecida por matriz
dinâmica. a,S=x,y,z e Q,=l,2,3 definem as três raizes para cada
vetor de onda R. OS elementos de matriz D (K) do cw são definiaS
dos por (veja Apêndice A, equação (lSA):
-+- 1 \'D Q (K) = M .L.aI-) J-~
rlvauna) duliS)
(II.6)
Aqui M é a massa do elétron e u(ja) é a componenente a do vetor
deslocamento li(j). R (j-i) = R (j) - R (i) e V é a energia potencial
total do sistema.
Para a energia potencial total V do sistema Foldy util~
zou os resultados de Carrll • Neste parágrafo apenas apresentamos
o resultado final e no capítulo IV, já no contexto do nosso pro-
blema, daremos uma demonstração do mesmo. Portanto, na
ção harmônica a energia potencial total do CW é:
aproxima
2e+4
1R(j-iT .
(lI.?)
V (j-i) é tal Que, formalmente, 'iJ (ja-ia) = aR(' d. ) , onde- Ja-~aR(ja-icx)= R(ja) - R(ia). V é a energia estática total do CW nao
configuração de equilíbrio {R(j)}.
A partir da equação (lI.?), podemos construir a matriz
18
0,8
0,2
oo 4 e 12 16 20 24
r' •
FIGURA 2 - Diferença fracional de energia livre,
obtida por Pollock-Hansen" , para o
CW para (36)3 vetores K
qualquer que seja a temperatura. Esta verificação é importante urna
vez que evidencia a impossibilidade da energia de vibração in-
fluir numa transição de fase bcc~fcc, como havia pensado Foldy. Ig
felizmente, não nos é possível aceitar esta conclusão como defini-
tiva, uma vez que não conhecemos o espectro de frequência utiliza
do por estes autores.
23
, (111.7)
onde ~(1) é o potencial na origem escolhida, devido a todas as ou
tras partículas. Este têrmo, a partir da equação (111.2), será
~(l);; ·0 IIiexp -ÀR(i)
••
R (i)(III.8)
onde a linha no somatório significa a exclusão do ponto R(i) =0.
~(2) é o potencial na origem criado pelo fundo compensa
dor. Este fundo compensador, como foi definido, é constituido de
uma distribuição de carga continua cuja densidade é dada pela equ~
çao (III.3). Então, ~(2)~
sera
~(2)
00
J exp (-Àr) r2 dro
, (III.9)
que integrando, fornece
(III.IO)
A primeira vista parece que o problema de determinar a
energia estática do CWB está resolvida; basta substituir as equa-
ções (III.a) e (III.IO) na equação (III.7). Entretanto, teros dois
problemas inerentes a esta solução simplista: Primeiro é imediato
que para À=O o potencial ~(2) diverge. E segundo, devido à lenta
convergência de ~(l), principalmente para À pequeno, a comparação
entre as energias do CWB em suas formas estruturais é prejudicad~
tendo em vista a pequena diferença entre elas. Por exemplo, a di
ferença fracional entre as estruturas bcc e fcc é da ordem de
25
onde a integral se extende sobre todo o volume do cristal.
A expressão (111.13) pode ser escrita na forma
~ 1 2' F[y(j)J = V ~ fIexP H R(i) - r['p' - 21fiy(i) •[r-R(i)] } d2r
(111.14)
onde utilizamos o fato de que exp [27Tiy(j) .R(i)] = 1.
I "'''" 1A 1ntegraçao e sobre toao espaço do crista e a soma so
bre todas N células. Então, a equação (III.14) pode ser reescrita
na forma
[-+ . ] N 2 J r 2 2 • -+. -+]F y( J ) = v - exp L-r p - 2TI ~ Y (J) •r{TI
que integrando fornece
[TI 2 2 "exp - p-z- y (j )J
p3
, (III.15)
onde n = ~ é o volume da célula unitária.
Substituindo a equação (III.15) na (III.12) e com o au
xilio da equação (III.ll), temos
[ TI2 2 .. -+. -+]exp - PT Y (J) + 2TI~Y(J) .rp3
(III.16)
Esta expressão é conhecida na literatura como transformação teta~.
O método de Ewald consiste basicamente em utilizar a
transformação teta para separar uma soma na rede direta, lentameg
te convergente, em duas outras, uma na rede direta e outra na re-
de reciproca, ambas com rápida convergência.
1,00
W??:0o
-1,00
bccIfccI0,62·- -
• OM
I-oo~ --
o (j
°1 l,O:~1,5::> o
0,5 ÀsI 8- o
o ::>o.•..-o::>
FIGURA 3 - Diferença fracional de energia estâti ca do CWBnas estruturas bcc e fcc versos À •s
3.6
êeHê@f}.f;.;'f~.çª~g..ePªF!:~~!1±~spªFa a 9:\lal981?~re a transição de fase.
~~±~àg mª;~,P~F~ @t@~H~F 89mBªFªç9êª S9ID os dados experimentais
~ n~9~§§ªF}9ªn?!;§?F 9@F~~~ª~~p~e9 pªF~~tro de blindagem À uti
!!~ª~o ~~ ~g~~o ~9~10~ A ~~g~~~ ~e p~~ye=H6ckel é insuficiente ,
uma vez que ~sta teoria é válida pªra .~ eletrodo binário, onde
~ - . -os 10ns sao ªpr~~1mª9am~nte ~o mesmo tamanho e mesma concentraçao.
~~~e p~~b~~ma ~~i abordado por Mokross e Caliri6• Estes autores
e~etua~arn~ ~ª~c~lo rigo~oso para o potencial repulsivo entre
pa~~~c~!ªs ~e po~iestireno com diâmetro de 1090R e foram capazes
de ~bter para cada concentração o potencial correspondente. Conhe
~i40~ po~~ncia~ P?ra cada concentração, lhes foi possivel avaliar
a ~!!~ªag~m À que oc~rre na expressão pªra a interação.
Udo e Souza4 observaram que a ~~ansição de fase bcc~fcc
À interpolado por Mo
4de 2,67 x 10 • Portan-
para este ~!po de part~culas de poliestireno ocorre entre
- d 1 13 3 13 • 1 / 3cent~açoes_ e _,91 x 10 e 2,5 x 10 part1cu as cm . Para- -5
concentraçoes rs = 2,3 x 10 em e o valor de
kross ~ Cal!ri, dentro de certo critério, é
as con-
estas
to, o valor de À por eles aferido é de Àr = 1,99, o qual está em~ s - - ~ sboa concordância com o valor de À por nós previsto, que é de-~ - ~ - ~ s -.:L'OS p03.raa trªnsição de fase bcc ~ fcc.
Afim de comparªr o nosso resul~ado com aquele obtido
por Fuchs8 para a energia estática do CW e que apresentamos na e-
quaçao (II.2), vamos considerar a energia estáti~a do CWB (Uo) no
limite de À ~ O. Para isto tornamoso limite de À ~ O (que pelas de-
finições b e Às é o mesmo b~O) da equação (III.34). Lembramos que
ao obter ~s~ª ~g~ªç~o ~~ªmos E e rl !~~!stintamente. Então, das
38
corretamente se anular~a com outro termo igual, que ele omitiu
quando determinou a contribuição da distribuição dos elétrons pa
ra o potencial na célula. Apesar disto, esta passagem em sua de
dução permanece um tanto quanto obscura.
41
v=v + 12 Q H [ii(j) -Ú(i)]'V(j-i) v R(j-i)o jri
- Q Iav [il (j) J
('u) 1Q I a2vfu(j)] I (') (' )dU(ja}
U J - "2 , auUa} au(i~) li Ja li 18J~
JaO
I'O
18
, 11111
,{IV. G}
onde os indices zero nas duas últimas derivadas significam que
elas são tomadas na configuração de equilibrio. Como anteriormen
te a,8 = x,y, z e R(j-i} é o módulo do vetor R(j-i} = R(j) - R(i) .
u{ja} é a componente a do vetor deslocamento U(j). O
vtj-i}, significa formalmente:
operador
ªa [R (j a) - R (i B) ]
(IV.7)
Para escrever a expansão da energia na forma da equação (IV.6)uti
lizamos a fórmula de Taylor
1n: ,
no primeiro têrmo da equação {IV.l}.
~ fácil verificar que o primeiro termo linear em U, na
equaçao (IV.6), se anula por simetria. Podemos mostrar que o se
gundo termo linear em U, também, é zero. Para isto, obtemos a paE
tir da equação (IV.5), a expressao
43
definição da equação (IV.?), temos
([~(j) -ti(iIJ -V(j-11}2 VI!l(j-ilJ!O=
= - Q u2 (j -i) [ 3 1 + 2 J exp [- À R ( j -i) ]R (j-i) R (j-i)
(IV. 9)
De maneira similar, da equação (IV.S), obtemos
+ [_ 6u(ja)u(jS) + jL ôaS _ ~ u(ja)u(jS)À3u5(j) À3 u3(j) À2 u4(j)
u(ja)u(jS)+ ôaS ]exp[-Àu(j)]Àu3(j) Àu(j)
..:[2u(ja)U(jS)+ 2u(ja)~(jS)+ u(ja~u(jS)]exp[-ÀU(j)J} ejiÀ2U4(j) ÀU (j) u (j) o
Expandindo o fator exponencial em série, desenvolvendo os produ-
tos e simplificando os termos simétricos, obtemos o resultado
a2v[u(j)]au(ja) au(iS)
o4rrQ ~ e ]= Q li~ o u (j) _.:il.ê. e ..
u(J)~O 3 1J
4 Q e Se ..= _ -L a 1JQ 3 (IV.IO)
+ 4a(j)h
54
a(ja)a(jS)
a5 (j)
-q {200sh[2a(jlb] - 4a(j)b senh[2a(j)b]
- exp [2a(j)bJ 1- 2a{j)b <P[a{j)+ b]
- exp[-2a(j)b][l+2a(j)bJ <p[a(j)-bJ
+ 4a(j)
/TI(IV. 37)
onde foi usada a definição de ~ (j) :::ER (j) = ~ ~ (j) da equaçao
(111.22).
+ +Os significados de n(j), n' (j), f e À foram dados nos
capitulo 111.
IV.4 - ESPECTRO DE FREQU~NCIA DO CWB
Neste parágrafo apresentamos as expressoes que nos con-
duzirão ao espectro de frequência do CWB.
A equação de movimento do CWB na aproximação harmônica
é dada por
M ü(ia) = - L vejaS) ü(jS) ,j(IV.38)
onde M é a massa da carga pontual, e ü(ia)é a derivada temporal+
da componente a do deslocamento u(i). Os coeficientes vejaS) sao
definidos por
V (jaS)
{R(j)}
55
conforme as condições apresentadas após a equação (IOA) do AP~NDI-
CE A.
v é o potencial total do CWB dado pela equação (IV.II).
O Indice {R(i}} na equação (IV.39) significa que as derivadas são
tomadas na configuração de equilíbrio.
Assumiremos a solução da equação (111.38) como sendo
u(ja) = u(a) exp[2niK.R(j) - iwt]1M
(IV. 40)
onde u(a) é a componente a do vetor amplitude de vibração, e que
para um sistema monodisperso é independente do índice da célula.
~ - --K e o vetor de onda e w e uma frequencia angular, que pode ter
+três valores diferentes para cada K, conforme veremos a seguir.
Substituindo a solução (IV.40) na equação (IV.38), te-
mos:
l V (jaS) exp [27T iK .R ( j)] u (S) ,j(IV AI)
+onde o termo dentro da chave define a matriz dinâmica D(K). Então,
a equaçao (IV.41) pode ser escrita na forma
, (IV. 4 2)
onde D (K) são os elementos de matriz dinâmica do CWB. Na aproxiaS -
maçao harmônica são dados pela equação (IV.14).
Para que a equação (IV.42) tenha solução não trivial e
necessário que o determinante formado por seus coeficientes se
anule, ou seja:
56
(IV. 43)
Claramente, R(K) é uma matriz 3x3, donde a solução da
equaçao determinantal (IV.43) nos fornecerá três valores de w2
-+ --Consequentemente para cada vetor de onda K teremos tres frequen -
cias w • Então, indexando w com (!{.Q,), .Q,= 1,2,3, a equação determi
nantal fica
-+
Introduzindo a frequência adimensional x (K.Q,), definida
na equação (11.9) por W(K.Q,)/Wp'a equação (IV.44) fica
I CaB (K) - x2 (i<.Q,) 0aB I = O(IV. 45)
-+ -
onde CaB(K) sao os elementos de matriz definidos pela equaçao- -+
(IV.17). Com a definiçao de x(K.Q,)ficamos livres do inconveniente
das unidades, da quantidade de carga em cada ponto e da massa.
Para ~m sistema com N partículas, que e o -nosso caso
temos 3N graus de liberdade, donde o número de frequências a ser
obtido é 3N. Portanto, para obtermos o espectro total do sistema
devemos escolher N vetores K, a qual evidentementenão pode ser compl~
tamente arbitrária.
~ -A escolha dos vetores de onda K depende das condiçoes
de contorno impostos à solução da equação de movimento do sistem~
dada pela expressão (IV.40). Para esta situação é conveniente ut!
lizar as condições de contorno cíclicas de Born-von Karman (veja
pago 21 da referência 7). Segundo estas condições, o problema fi-
glal
•
4
60 .'
•
iqll\
••
.2
Bcc .).s •• t5
FIGURA 4 - Espectros
de frequência do CWB
na es~rutura bcc, p~ra diversos valores
de À s
x = 0,01; ...,0,03; ..
0,99, correspondendo
aos pontos 2,4 •...50
2
12
l.--130 3S 410
gCal
8
••
II)
Bcc ).s =QO
glll
•
4
2
8
••
rcc ).s z l~
z
(al
" . Fcc '-s=.25
FIGURA 5 - Espectros
de frequência do CWB
na estrutura fcc, p~
ra diversos valores
de À s
x = 0,01; ... ,0,03, •••,
0,99, corres~ndendo
aos pontos 2,4, ..•,50.
z
gúl
,Fcc )os-ao
1x-(j)
12
8
4
°O 10 20
--
30
x ·
~ ~ = 0,0bcc
fcc
~o
f(1
50
C\W
FIGURA 6 - Espectt'os de frequência do <\\TB nas e :=:; tru turas bcc e
fcc para À = Os
I)(-G)
12
8
4
oO 10 20
~s = 0,25bcc
-- - -- -Icc
30
x ..-
4- O
I
111\
,,\
\
\
50
C'\.J:o.
FIGURA 7 - Espectros de frequência do
fcc para À = 0,25s
c: WB naS ~s tr"uturas b cc e
12 ).. 5 = I _ 05
bc:c
8
--- fe c
1x
c;)
4
,
I,f,III
~..••..
I~
\\ I.I
I - .
10
2030 4050
x -
0'\U"I
FIGURA 8 - Espectros de frequência ele:=:> C\VB naS
fccparaÀ =1,05s
es truturas bcc e
Ix-G)
12
8
~s = 1,20
~ ---- bcc
1\ ---- fcc
0\0'\
4
oO 10 20 30 4-C> 50
x •.
FIGURA 9 - Espectros de frequência do C WB na. 5fccparaÀ =1,20s
est ruturas bcc e
~-.J
50
r··1I·I•
II·,·,
I
I.I
I.I.,/.--
~
:250520
4- c:::::>
bcc
30
~s = 0_-.-.- ~s= o:- .. - .. - ~s= I.
20
~
11
I \
~:I \: I \
! \i \ - - - - >'$ ~ I.~ ~. \
i 1\ \
I 1\\: I : \! I \ \. I .~ I \ \ :1
I I i \ f~i:,:\ IA:
" I I \ / :, \. \ / .'.; I \ /~/ \ \
x. I \\-=.~./ \ \10
~..
8
oO
4
12
f-x-G)
x -...
FIGURA 10 - Espec tros de frequência do CWB n. G:a- es t ru tura b cc,
para À = O; 0,25; 1,05; 1,20.s
~ ~= 0.0_____ ~ ~ = o, 2 5_. __ .. _ ~s;. = I ,05____ ~~=lt2C)
0\O>
50
11..I ,.., I••
I Ii i·r·,·,·,I
J-'- ./4-0
f c c
302010
nI \I \
r: I ,! \ I \; \' \
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~ I: I! I\ Ii I \ \I I \ I
/\ : , : \. \.. l\ I'· \ ~~".J.: · \ I \. ::
! \ I' \ \ J:( ,I \ :, : I /\ :i \1/ 1\ /', .., \ \... ,: \ / /-' \ \I ~ \ ~.'
~I "~?'
8
4
oO
12
t
G)
x--
x-FIGURA 11 _ Espectro do CWB na estrutut::'a f ~c par a
Às =0; 0,25; 1,05; 1,20.
78
29. J. Ihm and Marvin L. Cohen, Phys. Rev. Abst. vol. 11, n9 6,
15 March (1980).
30. G.L. Hall and T.R. Rice, Physe Rev. B21, 3757 (1980).
IA
APE:NDICE A
MATRIZ DINÂMICA
Este apêndice foi desenvolvido conforme o sup. 3 de "Solid
State Physics", editado por Sei tZ-David-Henry 13 •
Consideremos uma rede perfeita e infinita, com infinitas
células unitárias, cada uma definida pelos vetores não coplanares
aI' a2 e a3 chamados vetores primitivos de translação da rede. Ca
da célula tem r pontos de carga b = O ,I,2, ... ,r-I.
A posição de equilíbrio da célula j, relativa a
ponto de carga escolhido como origem será dada pelo vetor
algum
, (IA)
onde n(jl), n(j2), n(j3) são três inteiros quaisquer, positivos
negativos ou zero.
A posição de equilíbrio do ponto de carga b na célula j
é dado por
( 2A)
onde x(b) é o vetor de posição do ponto de carga b em relação a ce
lula j, tal que x (b = O) = O.
Devido às flutuações térmicas cada ponto de carga b na~
célula j sofre um deslocamento definido pelo vetor u(jb). A ener -
gia cinética total da rede será
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( 3A)
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