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CRISES ECONÔMICAS Prof. Paulo Vieira

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Page 1: CRISES ECONÔMICAS Prof. Paulo Vieira. Tulipamania – Holanda/Século XVII – 1634-1637 As tulipas eram símbolo de status na Holanda. Por algum motivo, provavelmente

CRISES ECONÔMICAS Prof. Paulo Vieira

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Tulipamania – Holanda/Século XVII – 1634-1637• As tulipas eram símbolo de status na Holanda.• Por algum motivo, provavelmente especulação, houve

uma explosão da demanda de tulipas, o que levou os preços às alturas. Com isso, todos queriam plantar tulipas e ganhar com a comercialização.

• A crise surgiu em janeiro de 1637, quando a demanda excessiva causou maior aumento no preço das tulipas.

• Em fevereiro, houve um surto de pânico, e todos queriam vender as tulipas, para realizar lucros. Houve um colapso de preços.

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A Inconfidência Mineira• Foi uma crise político-econômica.• Além dos aspectos políticos, ligados à independência e

ao poder, havia a questão do “quinto”.• Quinto: imposto que a coroa portuguesa cobrava das

minas de ouro do Brasil, que correspondia a 1/5 (ou seja, 20%) do que era produzido.

• Segundo historiadores, a expressão “quinto dos infernos” vem daí.

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Crise de 1929 – O crack da Bolsa de Nova Iorque• Depois da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos

assumem a hegemonia econômica do mundo.• O aumento da produção, a melhoria do poder aquisitivo

da população e a liberalização do crédito fizeram explodir o consumo.

• Os investidores, atraídos pela expansão e lucratividade as empresas, tomavam dinheiro emprestado para comprar ações, para revendê-las com lucro.

• As empresas investem pesado, mas a capacidade de consumo interno é limitada, e começa a sobrar produtos, com os preços despencando.

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Crise de 1929• Os preços dos produtos agrícolas cai, e muitos

fazendeiros vão à falência. As indústrias reduzem a produção, gerando desemprego (mais de 13 milhões).

• Os acionistas, apavorados, tentam vender suas ações.• As empresas, quebradas, não pagam os bancos. Com

isso, vem uma crise bancária.• Dia 28 de outubro de 1929: a “Segunda-feira Negra”: a

Bolsa de Nova Iorque cai 12,82%.• Veio a “Grande Depressão”, que durou até 1933.

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Os choques do petróleo• Em 1973, o cartel da OPEP (criada em 1960, no Iraque)

cortou parte da produção de petróleo.• O objetivo declarado foram as dificuldades e

instabilidades criadas pela Guerra do Yom Kipur, travada entre Israel e países árabes.

• Na verdade, o objetivo era elevar o preço do barril do petróleo.

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Os choques do petróleo• Também interrompeu o fornecimento aos Estados

Unidos.• O petróleo, até então abundante e barato, disparou de

preço.• O barril, que custava US$ 3 passou para US$ 12.• Foi o primeiro choque do petróleo.

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Os choques do petróleo• Em 1979, veio o segundo choque.• Também pelo corte na produção, o barril foi a US$ 30 (o

preço normal, então, girava em torno de US$ 15).• Os bancos americanos, que financiavam países em

desenvolvimento, viram diminuir suas reservas e sua capacidade de emprestar. Os empréstimos foram dificultados e encareceram.

• O Brasil foi duramente atingido, primeiro pela dependência do petróleo; segundo, pela elevação do custo dos financiamentos.

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O aumento dos juros nos EUA e a crise da dívida• No início dos anos 1980, no governo Reagan, os Estados

Unidos passaram a adotar uma política monetária restritiva ou contracionista.

• Essa política era baseada principalmente no aumento dos juros, e destinava-se a conter um processo inflacionário e a valorizar o dólar norte-americano.

• Os juros passaram para mais de 20% ao ano, em dólar.

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A moratória brasileira• O Brasil também teve a sua moratória.• Moratória é inadimplência, não pagamento das

obrigações financeiras.• Em 1987, durante o governo José Sarney, foi declarada a

moratória unilateral da dívida externa.• As reservas brasileiras em dólar, na época, não

chegavam a US$ 5 bilhões. Hoje, somam cerca de US$ 370 bilhões.

• Até hoje, essa moratória causa traumas.

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As crises mundiais dos anos 1990• Crise do México: 1994• Crise Asiática: 1997• Crise Russa: 1998• Crise Brasileira: 1999• Crise Argentina: 1999 em diante

• Cada uma dessas crises teve um motivo diferente, mas todas provocaram, obviamente, fuga de capitais.

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A crise americana 2007/2008• A origem das turbulências atuais está nas operações de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos.

• Essas hipotecas, conhecidas como subprime, são concedidas a clientes que não têm bom histórico de crédito.

• Como os juros estavam baixos há muitos anos, a economia crescia com força, os bancos emprestavam a esses clientes, com taxas mais altas, visando lucros maiores.

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A crise americana• Mas a crise não foi somente do segmento subprime.

• Na verdade, foi uma combinação de 3 crises: a crise do subprime, a crise das hipotecas e a crise da securitização de recebíveis.

• No caso do subprime, como os juros subiram mais do que a renda dos tomadores, eles passaram a não ter condições de honrar suas dívidas.

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A crise americana• Famílias tomavam dinheiro para comprar outros imóveis e

também para o consumo, hipotecando suas residências. • Como havia uma bolha nos valores, elas se endividavam

cada vez mais.• Só que a crise do subprime e o aumento da oferta de

imóveis fez os preços caírem, e as famílias tiveram que pagar muito dinheiro.

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A crise americana• Como não tinham esse dinheiro, devolveram seus imóveis. A oferta maior ainda fez os preços despencarem.

• Os bancos “empacotavam” seus créditos e os vendiam para entidades especializadas em créditos hipotecários.

• Como as pessoas deixaram de pagar seus compromissos, essas entidades tiveram prejuízos e não tiveram como pagar aos bancos.

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A crise europeia – 2008 até hoje• A crise americana teve um efeito dominó, pois os EUA,

maiores compradores e maiores investidores do mundo, reduziram o fluxo de dinheiro..

• Os países que mais sofrem são os chamados “PIIGS”, iniciais, em inglês, de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha.

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A crise europeia• Todos esses países já apresentavam desequilíbrios

financeiros, desde antes da implantação do euro.• O caso da Grécia é exemplar: para entrar na zona do

euro, os países deveriam apresentar um déficit público de, no máximo, 3% do PIB. O da Grécia nunca foi inferior a 10%.

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A crise europeia• Os demais também apresentavam déficits e tiveram que recorrer a países como a França e principalmente a Alemanha, em programas de ajuda.

• Portugal, Irlanda e Itália mostraram seus desequilíbrios. Mas a Itália, por ter maior potencial econômico, está conseguindo contornar a crise. Mas o caso mais sério, hoje, é o da Espanha,

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A crise europeia• 27,5% dos espanhois economicamente ativos estão desempregados.

• 57% dos jovens entre 18 e 24 anos estão sem trabalho.

• A Espanha tem um seríssimo caso de endividamento privado, no setor hipotecário.

• Os bancos espanhois são sólidos, mas há as “caja de ahorro”, regionais, que estão fragilizadas pela inadimplência.

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A crise europeia• A Espanha sofreu, sobremaneira, os impactos da crise americana, principalmente no turismo.

• A dívida atinge mais de 1 trilhão de euros.• De uma população de 46 milhões de pessoas, 8 milhões estão abaixo da linha de pobreza.

• Por dia, 500 famílias espanholas são despejadas por falta de pagamento.

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Frases• “Nas crises, existem os que choram e os que vendem

lenços (autor desconhecido).• “Não existe almoço grátis.” (Milton Friedman)• “No longo prazo, estaremos todos mortos.” (John

Maynard Keynes)• “Este é o nosso mundo, em que o demais nunca é o

bastante e a primeira vez é sempre a última chance” (Renato Manfredini Júnior, ou seja, Renato Russo)

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Bibliografia• MERCADO DE CAPITAIS – Fundamentos e Técnicas –

Autor: Juliano Lima Pinheiro – Editora Atlas – São Paulo – 7ª. Edição – 2014

• MERCADO FINANCEIRO – Produtos e Serviços – Autor: Eduardo Fortuna – Editora Qualitymark – 20ª. Edição – 2015

• DICIONÁRIO DE ECONOMIA DO SÉCULO XXI – Autor: Paulo Sandroni – Editora Record – 2005

• Revista Exame – www.exame.com.br• Revista Isto é Dinheiro – www.istoedinheiro.com.br• Jornal Valor Econômico – www.valoronline.com.br