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Crise revela oportunidades para TRIBUNAIS DE CONTAS TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICíPIO DO RIO DE JANEIRO www.tcm.rj.gov.br N o 69 Março de 2018 Ano XXXIV ISSN 2176-7181

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Crise revela oportunidades para Tribunais de ConTas

tribunal de contas do município do rio de janeiro

www.tcm.rj.gov.br no 69março de 2018

ano XXXiV

issn 2176-7181

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MISSÃOExercer o controle externo da gestão dos recur-sospúblicos, a serviço da sociedade

VISÃOSer referência como órgão de controle, reconheci-do pela sociedade como indispensável à melhoria da gestão pública e à defesa do interesse social com correção e honestidade

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Palavras do Presidente

Durante o XXIX Congresso da ATRICON, re-alizado em novembro de 2017, uma das preocupações presentes nos círculos de

palestras e debates reportava-se à urgência no en-frentamento do descrédito das instituições públi-cas, em todas as esferas de poder, decorrente de desmandos praticados e amplamente divulgados. O sistema nacional de controle externo e suas insti-tuições representativas – ATRICON, ABRACOM, IRB, AUDICON – reafirmaram, naquela oportunidade, seu comprometimento de salvaguardar a imagem da ins-tituição, ainda que haja falhas em seu funcionamen-to, sempre passíveis de superação.

A reunião de todos os TCs foi uma providencial oportunidade de chamamento à consciência e de reconhecimento de que a instituição está em contí-nuo movimento para se aperfeiçoar. Mais que isso, cumpriu a necessária função, em momento de des-gaste institucional, de buscar meios para ultrapassá-lo e recuperar o conceito dos TCs.

A resposta convincente para ressaltar o valor e a importância das instituições públicas está em seus próprios mecanismos de funcionamento. Não há solução fora de sua própria estrutura e de sua atu-ação. No caso dos Tribunais de Contas, o modelo tal qual previsto na Constituição de 1988 é perfeito, concebido de acordo com os princípios democrá-ticos e republicanos. As eventuais incorreções não se encontram no desenho institucional, que há de ser mantido e preservado, mas na ação dos homens. Basta o cumprimento exemplar de sua missão para reafirmar o seu caráter constitucional de órgãos de prevenção e fiscalização da legalidade na aplicação dos recursos públicos. Muito além disso, exercer com rigor o controle de gestão, que prioriza a aná-lise dos atos administrativos em relação tanto aos custos, como aos resultados pretendidos pelas po-líticas públicas.

Vale lembrar que as soluções emergem forçosa-mente dos momentos de crise, porque é preciso su-plantá-las para seguir em frente, acreditando na ne-cessidade do controle externo e na capacidade das instituições, extremamente bem aparelhadas para alcançarem seus propósitos.

Com base no convencimento inabalável de que a instituição exerce imprescindível função republica-na, cuja integridade não pode ser ameaçada pela má conduta de alguns de seus membros, o XXIX Con-gresso foi um momento histórico de reconciliação dos TCs com seus objetivos e finalidades constitu-cionais. Foi uma oportunidade de avaliação de erros e acertos, de correção de rumos, de enfatizar a ação preventiva e de sopesar o rigor estritamente tec-nicista empregado na fiscalização, que, por vezes, engessa a ação governamental impedindo que suas consequências sejam alcançadas, em prejuízo dos interesses da sociedade.

Os Tribunais de Contas são uma instituição cen-tenária e já comprovaram a importância de seu pa-pel no regime democrático e republicano. As dificul-dades momentâneas serão vencidas, e sua imagem, restabelecida. Basta agir, atuar com firmeza, cumprir seus desígnios para atingir sua finalidade social.

THIERS MONTEBELLO

Presidente

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ

sumário

matéria de capa

Crise revela oportunidades para Tribunais de Contas

TCs enfrentam adversidades como oportunidades | 6Carta de Goiânia contra o risco de retrocesso | 8 A Atricon e seu momento | 10Sentinela das contas cariocas – Entrevista com Felipe Puccioni | 11Correção de rumos – Doris Coutinho | 15Hora de reerguer – Entrevista com Rodrigo Nascimento | 17

controle: noVas tendências

Contra fraudes, Lei de Benford | 20Blockchain, a tecnologia por trás do Bitcoin,

pode ser uma poderosa ferramenta de controle | 23

tribunais em ação

STF garante determinação de Tribunal de Contas

TCs discutem índices de efetividade da gestão pública | 25Políticas públicas em tempos de crise: alternativas e experiências | 26Decisão do TCMRJ vai gerar economia de R$ 1 bilhão em 3 anos | 27Diligência do TCMRJ cobra explicações sobre cortes na saúde | 29Relatório do TCMRJ mostra que gastos com saúde podem ser mais eficientes | 30Programa de Visitas às Escolas completa 15 anos | 32TCMRJ confere retomada das obras de escolas na Zona Oeste | 35Transbrasil na mira do TCMRJ | 36TCMRJ verifica obras de clínicas da família, metade delas paralisada | 37TCMRJ “faz escola” e outras boas práticas em Goiânia | 382º Conacon discute projetos que afetam TCs | 39Novos dirigentes | 40Homenagem a Thiers Montebello reeleito como presidente da Abracon | 41

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controle social

Como a gestão social pode auxiliar controle externo – Entrevista com José Renato Torres do Nascimento | 42

rio de janeiro

Uma questão de saúde pública | 50Alerta vermelho – entrevista com Mário Moscatelli | 52Vida que resiste

Bate-papo Carioca com... Helena Severo | 59

artigo

Responsabilidade do Estado: prazo de Prescrição – Flávio de Araújo Willeman | 62

tcmrj em pauta

TCMRJ atinge mais de 80% das metas em 2017 e espera excelência este ano

Com status estratégico, controle social avança no TCMRJ | 73Conselheiro Antonio Carlos será relator das contas de 2018 | 75Comissão da Atricon certifica qualidade no TCMRJ | 76Transparência é a meta | 79Tribunal abre as portas professores e universitários | 80Thiers Montebello é homenageado em Alagoas | 81Vale a pena ler de novo – O risco de ‘infantilizar’ a gestão pública | 82

Visitas | 84Livros – Accountability democrática e o desenho

Institucional dos Tribunais de contas no Brasil | 86

55

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Crise revela oportunidades para Tribunais de Contas

em meio à crise política, institucional e econômica do país, tribunais de

contas enfrentam adversidades com disposição para protagonizar mudanças

e readaptar soluções que criem condições para um crescimento mais forte e

sustentado do sistema de controle externo.

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Após 2015, ano em que os Tribunais de Contas brasileiros foram mais re-

conhecidos como órgãos essen-ciais ao combate à corrupção e à irresponsabilidade nos gastos públicos, especialmente pela atu-ação do Tribunal de Contas da União ao identificar as “pedala-das” fiscais do governo federal, as instituições passaram a sofrer graves reveses. A recente decisão do Supremo Tribunal Federal, no sentido de entender que é exclu-sivamente da Câmara Municipal a palavra final para aprovar ou rejeitar contas dos prefeitos, fra-gilizou o sistema de responsabi-lização dos agentes públicos e a Lei da Ficha Limpa. “A causa mais efetiva da Lei da Ficha Limpa, em

matéria de impugnação de can-didatos, era justamente as con-tas rejeitadas pelos Tribunais de Contas, já que são contas técni-cas”, declarou o conselheiro Val-decir Pascoal (TCE-PE), à época.

A extinção do Tribunal de Con-tas dos Municípios do Ceará pela assembleia legislativa daquele estado foi outra pancada que ir-radiou tensão em todo o Sistema Tribunais de Contas e reacendeu ameaças, na medida em que a destruição de uma instituição pú-blica autônoma e independente pôs em cheque garantias consti-tucionais contra arroubos autori-tários e antidemocráticos.

Por fim, mas não menos im-pactante, o afastamento de con-selheiros acusados de corrupção

pela Operação Lava Jato abalou a imagem institucional das Cortes de Contas perante a sociedade.

Foi nesse cenário de crise po-lítico-institucional, inserida ainda no contexto de um Brasil enfren-tando uma economia combalida, que todos os Tribunais de Contas do País se reuniram em Goiânia para o XXIX Congresso organiza-do pela Atricon, no final de no-vembro último. Mas, ao invés de desânimo e sentimento de derro-ta, o ipê amarelo como símbolo do evento, indicando a disposi-ção de enfrentar as adversidades como ensejo para mudanças.

“A crise traz pelas mãos pro-fundo sofrimento, mas também oportunidades. Somos parte do problema. Mas podemos ser pro-

matéria de capa

TCs enfrentam adversidades como oportunidades

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tagonistas da solução. Como o ipê que floresce no auge da seca, em meio a uma paisagem desolado-ra, estamos desafiados a mostrar todo nosso potencial na adversi-dade”, disse o presidente do TCE de Goiás, Kennedy Trindade, ao recepcionar os mais de 500 parti-cipantes do encontro, que durou três dias.

“Essa adversidade que estamos atravessando é muito salutar para as transformações. Quem acredi-ta no ideal da destruição criativa sabe que é preciso destruirmos o mal para consolidarmos o bem. É um processo natural pelo qual vamos nos adaptando a um ce-nário de mais eficiência para a coisa pública. Charles Darwin nos ensinou que o que sobrevive não é o mais forte, não é o mais inteligente, mas, sim, quem tem o poder de se adaptar”, falou o conselheiro Sebastião Helvécio, do TCE de Minas Gerais, sinto-nizado com o tema central do congresso, que teve como lema “Controle externo: aprimoramen-to na adversidade”.

“Devemos ser protagonistas das mudanças, não meros agen-tes passivos”, conclamou o vice-presidente do TCU, ministro José Múcio, reforçando a urgência de um reposicionamento dos Tribu-nais de Contas para adaptação aos novos tempos.

Em tom de autorreflexão, o discurso inicial do então presi-dente da Atricon, conselheiro Valdecir Pascoal, engatilhou as propostas de ações que de-verão nortear os esforços dos Tribunais de Contas daqui em diante, lembrando que, parado-xalmente, os órgãos de controle

externo do País nunca estiveram em melhor momento institucio-nal. “Olhemos com honestidade para a história dos Tribunais de Contas e digam: quando fomos melhores? Em regra, não fomos”, ressaltou Pascoal, fazendo uma retrospectiva das conquistas e avanços alcançados no ainda curto período de redemocratiza-ção do País. “Podemos melhorar, sim, nosso desempenho como protetores do erário, como guar-diões-mor da responsabilidade fiscal e também no combate à corrupção e à ineficiência”, des-tacando o aprimoramento das instâncias julgadoras dos Tribu-nais de Contas e a criação do Conselho Nacional dos TCs, que pleiteou incansavelmente duran-te seu mandato como presidente da Atricon.

Os discursos proferidos duran-te o congresso também demons-traram um consenso em torno do reforço do papel didático dos Tri-bunais de Contas. “Nós devemos aprender muito mais a orientar do que sancionar. Essa é a grande linha que os Tribunais de Contas devem começar a pensar. Orien-tar, orientar e orientar”, instou

o presidente do TCMRJ, Thiers Montebello.

Acompanhando esse entendi-mento, o conselheiro Sebastião Helvécio afirmou que a evolução da missão dos TCs passa pela capacitação dos gestores públi-cos. “Nós temos que dar utilida-de às nossas instituições fazendo um devotamento à capacitação, tanto a nossa, interna, para me-lhorar a qualidade das nossas auditorias, dos nossos votos e pareceres; mas, sobretudo, da-queles que precisam da nossa colaboração para fazer a admi-nistração pública melhor e mais justa para o cidadão que dela ne-cessita”, declarou Helvécio.

“A contribuição que podemos dar ao País por meio da atuação pedagógica preventiva e conco-mitante é inestimável. Em vez de punir quem desviou milhões, po-demos evitar o dano; no lugar de penalizar o desperdício, podemos contribuir para uma gestão mais eficaz das políticas e recursos pú-blicos”, defendeu o presidente do TCE de Goiás, Kennedy Trindade, apoiado pelo presidente do TCM de Goiás, Joaquim de Castro, que vislumbra, nessa linha de atua-

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ção, oportunidade para sensibi-lizar mais os cidadãos. “Os TCs estão voltando suas ações mais para a prevenção e a orientação. Nessa vertente, procuramos no-vos mecanismos para que seja-mos cada vez mais efetivos e que a sociedade possa sentir a nossa presença e saber que o recurso público está sendo bem aplica-do”, disse o conselheiro.

Autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe a criação do Conselho Nacional

dos Tribunais de Contas, o sena-dor Cassio Cunha Lima participou do congresso em Goiânia e de-fendeu três ideias que, segundo ele, farão o sistema de controle externo mais aprimorado frente ao cenário de crise atual. Uma delas é a implantação do perfor-mance bond, um seguro para obra de valor alto, que garanta preço, prazo e qualidade. Outra, é a exi-gência de projeto executivo em certames públicos para empreen-dimentos de grande vulto. E, por

fim, a revisão dos limites de dis-pensa de licitação para serviços e compras, que estão desatualiza-dos e provocam, segundo o sena-dor, um engessamento da máqui-na pública. “Esse aprimoramento é indispensável à sociedade bra-sileira, que mesmo reconhecendo os avanços institucionais obtidos pelas Cortes de Contas, defen-dem que elas passem por mudan-ças para dar mais efetividade às suas ações, disse o senador. •

Carta de Goiânia contra o risco de retrocesso

A leitura da Carta de Goiânia selou o encer-ramento do XXIX Congresso dos Tribunais de Contas. O documento reúne uma série

de compromissos assumidos pelos TCs brasileiros como resultados dos debates e trabalhos daquele encontro, em torno do aprimoramento do controle externo.

Na carta, os Tribunais afirmam que vão “envidar todos os esforços junto ao Congresso Nacional para a aprovação da PEC no 22/2017, encarada como a principal resposta à crise institucional. A proposta reforma as Cortes de Contas a partir da criação de um Conselho Nacional próprio, de mudanças nas regras de composição dos colegiados e da edição de uma lei nacional de processos de controle externo.

Ainda no campo legislativo, se comprometem a

desenvolver ações de apoio à aprovação da PEC n. 10/2013, que trata do fim do foro privilegiado.

Também manifestam repúdio à extinção do TCM do Ceará e reafirmam a defesa das PECs 02/2017 e 302ª, que garantem segurança institucional aos Tribunais de Contas.

No documento, afirmam, ainda, que vão atuar junto ao Supremo Tribunal Federal para reverter a decisão que comprometeu a eficácia da Lei da Ficha Limpa, ao retirar dos TCs a competência para julgamento das contas de gestão dos ordenadores de despesas.

A fiscalização da educação pública também teve espaço na carta. Na declaração, os Tribunais se comprometem a estimular o controle social das políticas públicas relativas à educação, por meio da divulgação, nos portais dos TCs, dos resultados do monitoramento que fazem do Programa Nacional de Educação.

Veja a seguir, a íntegra da Carta de Goiânia:

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Os Tribunais de Contas do Bra-sil, reunidos no XXIX Congres-so dos Tribunais de Contas do

Brasil, ocorrido em Goiânia/GO no pe-ríodo 22 a 24 de novembro de 2017, após refletirem sobre temas relativos à atual conjuntura do país e ao papel das nossas instituições no processo de aprimoramento da democracia e dos valores republicanos, tornam públicas as seguintes avaliações e propostas:A crise político-institucional, viven-ciada no Brasil, caracteriza-se pelo desprezo aos valores éticos e repu-blicanos, o que deu guarida à prática sistemática de atos de corrupção com relevantes perdas para o país.O enfrentamento desses graves pro-blemas deve ser realizado mediante esforço conjunto de toda a sociedade e dos poderes públicos constituídos, incluindo os atores responsáveis pelo controle institucional da gestão, que devem se aprimorar para alcançar, de maneira mais efetiva, os resultados que a sociedade reclama.

O risco de retrocesso do controle ex-terno exige a intensificação do prota-gonismo dos Tribunais de Contas no seu processo de aprimoramento ins-titucional.É imperiosa a conveniência de ser im-plementado um modelo de gestão que incentive e promova a participação da população no desenho, execução e controle de políticas públicas.Os Tribunais de Contas devem apri-morar sua capacidade institucional de interagir e se deixar permear pela vontade manifestada pelos diversos atores sociais.O fortalecimento das instituições de controle pressupõe sejam melhor aparelhadas para cumprir suas fun-ções, sendo imprescindível o aper-feiçoamento do seu marco constitu-cional.Nesse sentido, cumpre papel funda-mental a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional n° 22/2017, de autoria do Senador Cássio Cunha Lima, com base em sugestão apre-

sentada pela Atricon, o que exige a congregação de esforços de todo o sistema.A recente decisão do Supremo Tri-bunal Federal, ao comprometer os reflexos eleitorais do julgamento das contas de gestão dos Chefes do Poder Executivo pelos Tribunais de Contas, mitiga fortemente a efetividade da Lei da Ficha Limpa, fragiliza o sistema de responsabilização dos agentes públi-cos e aumenta a impunidade.É absoluta a prioridade assegurada pela Constituição Federal ao direito à educação de crianças, adolescentes e jovens, bem como a relevância e o papel estratégico das políticas públi-cas nessa área para a construção de uma nação democrática, igualitária e justa, condições essenciais para a ci-dadania plena.É imperativo fomentar e aplicar a ati-vidade de inteligência no Controle Ex-terno por parte dos Tribunais de Con-tas, como ferramenta no combate à corrupção.

a) Participar ativamente do processo legislativo que afeta as atividades do controle externo, com ênfase na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional n° 22/2017, que contempla a criação do Conselho Na-cional dos Tribunais de Contas (CNTC), da Câmara de Uniformização de Jurisprudência, a instituição da Lei Nacional do Processo de Controle Externo e propõe um novo modelo de composição dos seus colegiados.b) Desenvolver ações de apoio à aprovação da PEC n° 10/2013, que trata do fim do foro privilegiado como instrumento de combate à corrupção.c) Atuar junto ao Supremo Tribunal Federal para re-verter a decisão que comprometeu os reflexos eleito-rais do julgamento das contas de gestão dos Chefes do Poder Executivo pelos Tribunais de Contas.d) Promover a integração com o Poder Judiciário, o que pode ser feito por meio da divulgação do Progra-ma Qualidade e Agilidade dos Tribunais de Contas e de outras iniciativas.e) Repudiar veementemente a extinção do TCM-CE, reiterando a oposição a novas tentativas de extinção e/ou de criação de Tribunais de Contas.

f) Ratificar as conclusões do Grupo de Trabalho Atri-con-IRB, em especial a realização de monitoramento das metas do PNE, mediante a utilização do software TC educa, com expedição de alertas aos entes federa-tivos que estejam em situação de risco de descumpri-mento. g) Estimular o controle social das políticas públicas relativas à educação, por meio da divulgação, nos por-tais dos Tribunais de Contas, dos resultados do mo-nitoramento do PNE realizado através do software TC educa.h) Estimular a adoção das melhores práticas de comu-nicação, com ênfase no emprego intensivo de mídias digitais por parte dos Tribunais de Contas.i) Realizar e divulgar, por meio da Rede Infocontas, os resultados dos trabalhos conjuntos dos Tribunais de Contas com as demais instituições públicas.j) Cumprir e fiscalizar o cumprimento da legislação de transparência e o registro no SICONV dos ina-dimplentes.

Goiânia, 24 de novembro de 2017.

DECLARAÇÃO DE GOIÂNIA“Controle externo: aprimoramento na adversidade”

resolvem:

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Poucas vezes, na nossa his-tória republicana, fizeram-se tão urgentes e necessários

o olhar vivo, os ouvidos atentos e o estado de absoluta prontidão do sistema brasileiro de controle externo para o enfrentamento dos males que hoje, mais do que nun-ca, infelicitam o País.

São problemas e questões de ordem ética e moral que perpas-sam as décadas, mas que agora assumem proporções gigantescas, alarmantes, não suportadas por um povo atônito e desesperançado.

Tudo isto que nos envergonha, mais e mais, perante o concerto das nações precisa da reação pronta e firme das nossas Cortes de Contas então empenhadas na mais indis-pensável de suas missões e no me-lhor dos seus papéis: o de guardiãs fidelíssimas do patrimônio e dos re-cursos públicos.

A representação, a defesa e a robustez institucional dos TCs for-mam, então, o conjunto de pro-vidências que não podem faltar à consciência nacional.

E não faltarão porquanto o bom senso e o desejo de bem servir pro-verão formas e meios necessários ao ininterrupto fortalecimento da entidade criada em 16 de agosto de 1992 para o abrigo, a integra-ção e a proteção de organismos e personagens vocacionados para o sagrado dever de bem cuidar dos grandes interesses públicos.

É o desejo primordial daqueles que fundaram e, também, o dos que hoje, sob a alvissareira liderança do Presidente Valdecir Pascoal, continuam e aperfeiçoam o trabalho e a missão da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil. Assim nascida e perpetuada, a Atricon requer ações e cuidados capazes de garantir os avanços institucionais dos TCs e seus integrantes: mulheres e ho-mens irmanados pelo bem comum.

De seus próximos dirigentes exija-se o compromisso com uma gestão integrada, descentralizada, compartilhada. Ainda, com a convi-vência harmoniosa e indispensável à consecução de metas, programas e projetos. Inclua-se, entre estes, a defesa jurídica dos Tribunais e seus representantes e a efetivação das atribuições dos ministros, conse-lheiros e seus substitutos.

Uma Atricon mais forte, coesa e disposta aos enormes embates nacionais também não dispensa-rá a participação do Colégio de Presidentes nem descuidará das imprescindíveis parcerias com as mais diversas entidades represen-tativas do sistema de controle ex-terno. Não desprezará a ideia de uma assessoria profissional com atuação no Congresso Nacional (para a anulação de sabidas amea-ças) nem do bom trânsito em to-dos os segmentos do sistema de controle externo.

Tratar, por todos os meios le-gais, de conquistar novas fontes de recursos, notadamente para financiar as importantes ações da entidade que visam ao aprimora-mento do controle externo. Como ainda há de ser o aprimoramento da área de Comunicação tão útil ao contato com a sociedade, a fim de que nela tenham a Atricon e seus membros a parceria capaz de atemorizar os que tentam en-fraquecer o combate à corrupção tão danosa às sucessivas gerações de brasileiros.

Ressalte-se, ademais, a neces-sidade de continuarmos o bom debate e os diálogos com vistas à viabilização de uma reforma cons-titucional dos Tribunais de Contas marcada pelo equilíbrio, a valoriza-ção dos avanços e pela busca de fortalecer o desempenho dos TCs. Diálogo que deve continuar envol-vendo os integrantes do sistema de controle externo, a sociedade e o parlamento.

Por fim, não se pode esquecer da valorização e do dever que te-mos de continuarmos priorizando o Programa QATC, em suas duas dimenções: as Resoluções-Dire-trizes da Atricon e o MMD-TC – Marco de Medição do Desempe-nho dos TCs. Não tenho dúvidas em afirmar que se trata da princi-pal ferramenta na busca pela ex-celência dos nossos Tribunais de Contas.

A Atricon e seu momentoFábio NogueiraConselheiro do TCE da Paraíba e novo presidente eleito da Atricon.

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REVISTA DO TCMRJ: Quais fo-ram as maiores lições que tirou nesse primeiro ano no cargo de conselheiro?

FELIPE PUCCIONI: Os Tribunais de Contas podem prestar gran-des serviços à sociedade. Além dos conselheiros, conselheiros-substitutos e procuradores, as re-feridas Cortes possuem auditores e técnicos de controle externo de alta qualidade, com formação em diversas áreas do conheci-mento humano, o que possibilita uma análise técnica dos diversos campos relacionados à gestão pública, como direito, economia, saúde, educação, contabilidade, administração pública, engenha-ria civil, informática e etc. É um órgão vocacionado ao controle realizado por meio de análises complexas e que envolvam diver-sas áreas do saber humano.

Exercer o cargo de conselhei-ro é muito gratificante e desa-fiador. Saber que sua atuação pode gerar resultados positivos (muitas vezes gerando econo-mia de milhões para o povo ca-rioca) diretos para a sociedade

é realmente muito estimulante. O desafio é enfrentar processos que tratam de assuntos muito variados que vão desde análises econômico-financeiras de edi-

tais ou concessões que chegam a bilhões de reais até discussões jurídicas sobre a recepção de leis ou atos normativos diversos que regiam aposentadorias anteriores

à Constituição de 1988. Tenho muito orgulho de ser conselheiro do Tribunal de Contas da cidade que amo e busco a todo momen-to fazer meu melhor em prol da população do Rio de Janeiro.

Meu primeiro ano como con-selheiro teve um saldo bastante positivo. Meu foco foi enfrentar práticas ilegais enraizadas na administração pública do Rio de Janeiro, que causavam graves da-nos ao erário da cidade, como o caso das aposentadorias que ge-ravam mensalmente milhões em prejuízos ao erário do município. Apenas como exemplo do impac-to das decisões dos Tribunais de Contas, enumero meus três vo-tos mais importantes aprovados pelo Plenário em 2017 porque, para seu cumprimento, depen-dem de reformas estruturais na administração municipal: a) de-terminação para que a Prefeitura cumprisse a ordem cronológica de pagamento segundo a exigi-bilidade do crédito conforme o art. 5º da Lei 8.666/93; b) deter-minação de correção de mais de 6 mil aposentadorias e pensões que vinham sendo pagas de for-

$entinela das contas cariocasO mais novo conselheiro do TCMRJ, Felipe Puccioni, faz um balanço de seu primeiro ano no cargo

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ma ilegal há mais de uma déca-da; e c) determinação para que a Prefeitura escriture e evidencie os reajustes pactuados e devidos vi-sando à apresentação da real si-tuação financeira da cidade. Não posso deixar de destacar que o ano de 2017 foi muito proveitoso no âmbito do controle externo da administração pública da cidade com muitos outros votos de suma importância para a população do Rio proferidos pelos demais cole-gas conselheiros e também pelos conselheiros-substitutos.

As três decisões menciona-das iniciam processos de reforma estrutural porque dependem de ações tomadas em cadeia e que alteram processos estruturantes da administração municipal. En-tretanto, é imprescindível que haja o monitoramento do cumprimen-to das determinações para garantir a efetividade da atuação da Corte de Contas carioca. Assim, estamos monitorando e controlando de for-ma minuciosa os prazos e as ações tomadas pelos responsáveis. Ou-tra etapa importante é a respon-sabilização daqueles que atuaram em desconformidade com a lei e com o princípio da economicida-de. O resultado de uma atuação mais próxima aos gestores é que recursos públicos serão melhor aplicados e desperdícios e desvios serão evitados objetivando que o dinheiro público seja aplicado de forma a maximizar o atendimento aos anseios da população.

REVISTA DO TCMRJ: O que era esperado do senhor, sendo o primeiro conselheiro advindo do quadro técnico na história do TCMRJ?

FELIPE PUCCIONI: Ser o primeiro conselheiro advindo da carreira de conselheiro-substituto me en-che de orgulho. Primeiro, porque para me tornar conselheiro-subs-tituto fui aprovado em primeiro lugar em um concurso público realmente muito difícil que con-tou com 5 etapas: prova objetiva, prova discursiva, investigação so-cial, prova oral e prova de títulos. Em segundo, porque a Constitui-ção da República e a do Estado foram cumpridas.

Gostaria de tecer um comen-tário sobre o debate que ocorre acerca das indicações para as Cortes de Contas do Brasil.

É importante lembrar que foi desejo do constituinte originá-rio que houvesse, nos Tribunais de Contas, membros indicados pelo Legislativo e pelo Executi-vo, e que essas nomeações não recaíssem, obrigatoriamente, apenas sobre carreiras técnicas. Entendo que essa composição heterogênea foi pensada por-que não existem pessoas com notórios conhecimentos, nas áreas de atuação das Cortes de Contas, apenas nas carreiras técnicas. Professores, gestores públicos e privados, parlamen-tares e muitos outros membros da sociedade podem possuir os conhecimentos técnicos exi-gidos pela Constituição para o exercício do cargo de conselhei-ro. Além disso, as nomeações feitas pelos poderes Legislativo e Executivo garantem legitimi-dade às Cortes de Contas para que possam atuar no exercício do controle da administração pública intervindo na atuação dos demais poderes sempre

nos limites definidos pela CF88. Não há uma origem melhor que a outra, há indicações que são condizentes com os desígnios constitucionais e outras não. As não condizentes com a vontade da Carta Mgna deveriam ser im-pedidas.

Sobre minha atuação como conselheiro, havia torcida dos mais próximos, inclusive de con-selheiros e servidores, no sen-tido de que eu pudesse exercer o cargo de forma equilibrada e técnica. Sobre ser diferente dos outros, considero cada membro da Corte carioca totalmente di-ferente dos demais, cada um possui experiências e persona-

o resultado de uma atuação mais próxima

aos gestores é que recursos

públicos serão melhor aplicados

e desperdícios e desvios

serão evitados objetivando que

o dinheiro público seja aplicado

de forma a maximizar o atendimento

aos anseios da população.

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lidades próprias. Minha relação com meus pares é muito boa. Há divergências no Plenário e isso é salutar. Mesmo as discussões mais acaloradas são feitas de forma respeitosa. Todos ali sa-bem os limites de sua atuação. Os conselheiros devem buscar a melhor razão e isso só é possível com a demonstração, por cada membro, de seu ponto de vista acerca do assunto em discussão. A divergência e o debate públicos fazem parte do nosso dia a dia, é nosso trabalho. Magistrados que atuam em Tribunais devem estar preparados tecnicamente e psicologicamente para serem questionados e para defenderem suas visões publicamente nas Sessões de Julgamento.

Minha relação com o corpo técnico também é ótima. Da mes-ma forma que com os conselhei-ros, convergimos muitas vezes, entretanto, algumas vezes tam-bém divergimos. Sempre de for-ma respeitosa.

REVISTA DO TCMRJ: Orientar ou punir? Qual o papel principal dos Tcs e o que a sociedade es-pera deles, na sua opinião?

FELIPE PUCCIONI: O principal papel dos Tribunais de Contas, conforme previsão constitucio-nal, é cuidar do dinheiro do povo. É buscar, junto com os demais órgãos da administração, a me-lhor aplicação para os escassos recursos sob o controle do Esta-do, respeitando sempre as com-petências de cada órgão ou Po-der. Cuidar do dinheiro do povo é também orientar o cumprimento da lei. Entretanto, muitas vezes,

apenas orientar não é o suficiente para que os recursos da popula-ção sejam aplicados corretamen-te. É, nesse momento, então, que se torna imperiosa a punição, que, além do sentido eminen-temente repreensivo por uma conduta indevida, tem caráter de orientação, porque indica ao pu-nido e a todos da sociedade que aquele caminho escolhido, con-trário à lei, não deve ser persegui-do. Outra importante função das Cortes de Contas é enviar cópia de processos envolvendo crimes ou atos de improbidade adminis-trativa ao Ministério Público para que sejam tomadas as ações ca-bíveis nas esferas penal e cível. Na verdade, a orientação, o acompa-nhamento, as determinações, as recomendações, as suspensões, as punições e demais atribuições fazem parte do grande arcabouço de funções de competência das Cortes de Contas.

A sociedade espera que os Tribunais de Contas atuem como “cães de guarda” (a literatura acadêmica internacional tem in-titulado os órgãos de controle de “watchdogs”) fiscalizando a aplicação dos recursos públicos e evitando o mau uso do dinhei-ro da população. E, quando os recursos forem desperdiçados, desviados ou a lei descumprida, deve haver a apuração de res-ponsabilidades e as consequen-tes punições aos responsáveis além do imprescindível ressarci-mento ao erário pelos prejuízos causados quando for o caso.

REVISTA DO TCMRJ: Quais os motivos que o senhor atribui para a crise que as instituições

estão passando atualmente, in-clusive os Tribunais de Contas?

FELIPE PUCCIONI: Penso que a crise perpassa toda a sociedade. Não há uma mesma métrica, com-partilhada pela sociedade brasi-leira para avaliar os fatos da vida nacional. Quero dizer que o enten-dimento do que é justo ou do que é justiça está em crise no País. As pessoas não conseguem discutir os problemas nacionais usando o mesmo pano de fundo, a mesma linguagem. Apesar da confusão de argumentos e desencontros de ideias, é possível verificar que um dos problemas centrais é a atua-ção do Estado, de suas instituições e de seus membros. Apesar de passarmos por um momento com-plexo e turbulento, tenho esperan-ça que vamos conseguir ajustar a nossa ideia de justiça e, com base nela, poderemos construir a ideia de nação que desejamos.

Os Tribunais de Contas, assim como todas as instituições, preci-sam legitimar sua atuação, apro-ximar-se do povo e prestar con-tas dos resultados de suas ações. Precisam atuar realmente como um cão de guarda da sociedade quanto ao uso do dinheiro de to-dos nós sob a tutela do Estado. O povo deposita confiança nos agentes públicos e nos Tribunais de Contas. Devemos dar o exem-plo e sermos também agentes da mudança para um novo patamar na qualidade dos serviços públi-cos prestados.

REVISTA DO TCMRJ: Que ações os TCs devem implementar para reafirmarem sua legitimidade perante a sociedade?

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FELIPE PUCCIONI: Os Tribunais de Contas têm ganhado, a cada nova constituição democrática, maiores e mais complexas atribui-ções. O caminho para cumprirem sua difícil missão de controlar os abusos de poder é atuar com co-ragem e de forma imparcial, afas-tando-se de qualquer posição po-lítica. É importante aos Tribunais de Contas entenderem que suas atribuições têm limites no respeito à separação dos Poderes o que é fundamental para o cumprimento de suas funções da forma deseja-da pelo constituinte originário. Da mesma forma, é preciso ser firme para que outros poderes e insti-tuições entendam e respeitem seu papel constitucional.

Neste momento, é importan-te uniformizar os processos pe-rante os Tribunais de Contas. Hoje, os 34 Tribunais decidem livremente sobre processos e procedimentos de contas. Em

minha opinião, os TCs exercem uma jurisdição constitucional excepcional, logo, não seriam os processos perante as Cortes de Contas simples processos ad-ministrativos. Não são proces-sos internos, pelo contrário, são processos de intervenção em outros Poderes. Por esse racio-cínio, não haveria maiores pro-blemas em criar uma lei nacional sobre processos de contas. Par-te da doutrina entende que seria necessário alterar a Constituição e incluir dentre as competências legislativas da União a de legislar sobre processo de contas.

Há projetos de emenda à Cons-tituição tramitando no Congresso Nacional que alteram a formação das Cortes, discutem a criação do Conselho Nacional dos Tri-bunais de Contas e dão compe-tência à União para legislar sobre processo de contas. Há muito a ser discutido e aprimorado. O

mais importante é que estejamos abertos para debater os diversos modelos e que possamos ter um constante aprimoramento das Cortes de Contas. A sociedade é parte fundamental para fomentar e pressionar mudanças nos ór-gãos públicos. O conhecimento da população sobre as Cortes de Contas vem aumentando muitas vezes pelas ações importantes que vêm implementando desde a Constituição de 1988, algumas vezes por motivos ruins, mas de qualquer forma, o resultado é uma pressão cada vez maior por mudanças que tornem as insti-tuições de controle externo tão importantes e efetivas quanto o desejo do constituinte originário, que dispôs em diversos artigos e incisos da Constituição da Repú-blica competências fundamentais para democracia.

Todos devem prestar contas! O poder é do povo!

A discussão sobre o Brasil que queremos passa,

irremediavelmente, por uma análise profunda de seu aparato estatal

e da necessidade e legitimidade dos órgãos

públicos.

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Se 2015 foi o ano em que o Tribunal de Con-tas veio à luz e foi reconhecido socialmen-te pela atuação técnica na investigação das

indigitadas pedaladas fiscais do governo federal e na análise das contas presidenciais do exercício anterior; em 2017, a instituição foi notada pela sua faceta negativa, associada à ineficiência e à corrupção. Não por acaso, uma vez que neste ano as Cortes de Contas ocuparam com maior frequên-cia as manchetes policiais, com destaque para as derivações da Operação Lava Jato que atingiram em cheio os tribunais do Rio de Janeiro e do Mato Grosso. A exuberância destes e de outros episó-dios Brasil afora apenas reforçaram o descrédito institucional e o apelo negativo dos tribunais jun-to à sociedade para a qual presta seus serviços. A primeira impressão, aquela de 2015, desafortuna-damente, não foi a que ficou. Devemos reconhecer que as disfunções que há tanto afetam o funciona-mento das instituições de controle externo, e que as torna vulneráveis à captura política e práticas clientelistas, foram exibidas com maior vigor em 2017, porém, não podemos deixar de salientar um aspecto positivo nas fraturas expostas. É que iden-tificar fraquezas representa uma oportunidade úni-

ca de encontrar melhorias, abrindo caminhos para o aperfeiçoamento. Cogitar desistir totalmente do modelo ou abrir mão de tão essencial instituição porque ela não funciona perfeitamente seria irra-cional, além de irresponsável. Ao invés disso, é necessário corrigir os rumos e acertar os pontei-ros. Os Tribunais de Contas do Brasil, inobstante sejam instituições centenárias, surgidas ao final do século XIX, dando uma dimensão republicana à incipiente democracia nacional, ainda demons-tram muito pouco do seu potencial no desenvol-vimento de uma governança ética, econômica e eficiente. A atuação técnica promovida em 2015 retrata apenas uma fração do que estes órgãos po-dem oferecer em termos de prevenção, controle e responsabilização na esfera pública. Mesmo com o arranjo inteiramente novo de competências tra-zido pela Constituição de 1988, estes órgãos têm conseguido corresponder à confiança que lhes foi depositada, apresentando resultados condizentes com o aparato avançado de que dispõem. Audi-torias operacionais de performance, controle pari passu das obras de infraestrutura, termos de ajus-tamento de gestão, auditorias éticas e fiscalização da governança pública, são apenas alguns exem-

Correção de rumos

Doris CoutinhoConselheira do TCE do Tocantins, doutoranda em Direito Constitucional na Universidade de Buenos Aires e especialista em Política e Estratégia e em Gestão Pública

“ “Talvez seja este o aspecto crucial para o fortalecimento da legitimidade dos Tribunais de Contas: pensar estratégias para aproximá-los da

população, por meio da transparência e da visibilidade de suas ações, sujeitando-os, eles próprios, à fiscalização, de modo a corrigir a incoerência

histórica brasileira do controle descontrolado

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plos que compõem o arsenal de ferramentas dos quais os tribunais podem se valer para proteger o bem coletivo e aprimorar a administração públi-ca. Diante disso, seria muito melhor que promo-vêssemos a construção conjunta (nós, o povo) de um novo patamar institucional aos Tribunais de Contas, do que esperar, inertes, a destruição de-finitiva de sua credibilidade. Sem instituições de qualidade, a democracia ou é uma fachada ou uma autocracia disfarçada, cabendo à sociedade não enveredar por estes caminhos, pois é ela quem oferece às instituições o combustível necessário para atuar adequadamente, ou seja, a legitimação. No caso das instituições republicanas de controle, a exigência de legitimidade é ainda mais forte, vez que constituem os olhos atentos do povo sobre os seus representantes. Talvez seja este o aspec-to crucial para o fortalecimento da legitimidade dos Tribunais de Contas: pensar estratégias para aproximá-los da população, por meio da transpa-rência e da visibilidade de suas ações, sujeitando- os, eles próprios, à fiscalização, de modo a corrigir a incoerência histórica brasileira do controle des-controlado. O fosso de desconfiança que separa a sociedade do sistema de controle externo deri-va, em boa medida, da sua própria incapacidade

de apresentar resultados, de ser inteligível, e de demonstrar, de forma clara, os benefícios que po-dem advir de uma atuação eficaz e impermeável a influências externas. No mais, apenas a força do povo pode inserir estes problemas na pauta políti-ca próxima, contaminada por interesses paroquiais e pelos grupos corporativos, e alçar os órgãos de controle externo ao nível das altas expectativas que pesam sobre eles. O ritmo desta caminhada rumo à reformulação das Cortes de Contas será, portanto, determinado pelo envolvimento da so-ciedade na causa. O que não podemos – e espero que não seja este o futuro dos Tribunais de Contas – é perceber as falhas como insuperáveis e não dar boas-vindas às propostas de melhoramento, como se estivéssemos na “colmeia ruidosa” de que fala-va a Fábula das Abelhas, de Bernard Mandeville, que não conseguiu sobreviver depois que foram elimi-nados os vícios e a corrupção e substituídos pela virtude.

Artigo publicado

originalmente no jornal

Valor Econômico

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Sua nomeação para o cargo foi bastante conturbada, precedida por manobras

políticas, manifestações e prisões, que alimentaram fartamente o no-ticiário no final do ano passado. No final, deu tudo certo: Rodrigo Melo do Nascimento tornou-se conselheiro, fazendo valer as nor-mas constitucionais que aponta-vam que aquela era a vez de um nome técnico ocupar a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.

Com uma trajetória profissio-nal integralmente dedicada ao controle externo, o mais novo conselheiro do TCE-RJ iniciou sua carreira no Tribunal de Contas do Município do Rio, como auditor concursado, onde permaneceu de 2003 a 2008; foi aprovado para o TCU, onde trabalhou por oito anos, até ingressar como conse-lheiro-substituto do TCE do Rio de Janeiro, em março de 2016.

A escolha do governador, a partir de uma lista tríplice com-posta por seu nome e dois outros conselheiros-substitutos, inau-

gura uma fase de reerguimento daquele Tribunal de Contas, após tanta conturbação.

Menos de um mês após tomar posse no cargoe um dia depois de determinar a liberação das obras da Linha 4 do Metrô (o que representou mudança no posi-cionamento do próprio Tribunal), Rodrigo Melo do Nascimento recebeu em seu gabinete a edi-tora da Revista do TCMRJ, Maria Saldanha, onde conversou sobre seu entendimento a respeito do papel dos Tribunais de Contas e como pretende atuar na fiscaliza-ção dos gastos públicos do com-balido Estado do Rio de Janeiro.

REVISTA DO TCMRJ: Baixada a poeira, como o senhor está se sentindo?

Rodrigo Nascimento: Estamos em fase de estruturação do ga-binete, começando a desenvol-ver um trabalho, pelo qual estou muito otimista e feliz. Fico muito honrado de ter conseguido galgar

Hora de reerguer

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este posto e minha intenção é fa-zer meu trabalho da melhor for-ma, como sempre fiz, mas agora com melhores condições.

REVISTA DO TCMRJ: Desde março do ano passado, quando seis dos sete conselheiros do TCE foram afastados, o senhor vinha substituindo um deles. O que mu-dou com sua efetiva posse como conselheiro titular?

Rodrigo Nascimento: Como con-selheiro titular me sinto mais seguro, pisando em terra firme para tomar as decisões. Mesmo que, como substituto, eu tivesse a mesma autonomia e convicção para decidir – ao contrário do que podem pensar, de que eu teria que seguir a linha de entendimento do conselheiro que estava substituin-do – agora tenho melhores condi-ções de trabalho, com uma asses-soria mais estruturada, escolhida por mim. Como substituto, eu conseguiria tomar a decisão que tomei sobre a Linha 4 do Metrô, mas não me sentiria tão seguro e respaldado como me sinto agora, com uma equipe formada por pes-soas da minha confiança.

REVISTA DO TCMRJ: Como o senhor avalia o momento em que os Tribunais de Contas estão vi-vendo agora e quais os motivos que atribui para as dificuldades que estão enfrentando?

Rodrigo Nascimento: A série de acontecimentos que colocam, hoje, os Tribunais de Contas na berlinda não deve ser atribuída propriamente em razão da forma de composição de seus membros.

Esta não é a questão. Não vejo as dificuldades enfrentadas como um problema exclusivo dos TCs, mas do País, um reflexo da cultura da corrupção. Se determinado con-selheiro é honesto ou não, esta é uma questão de índole, que ganha espaço em consequência da cul-tura da impunidade e uma série de coisas que, na verdade, estão mu-dando. Não vejo problema em ter pessoas oriundas do meio político nos Tribunais de Contas. Inclusive, o dito ‘conselheiro técnico, que é o meu caso, não é tão técnico as-sim, porque ele passa também por

um processo político para alcan-çar o posto (seu nome é indicado pelo chefe do Poder Executivo). Eu costumo dizer o seguinte: todo conselheiro dito ‘político’ deveria se esmerar para ser mais técnico e todo conselheiro ‘técnico’ deveria se esmerar para ser mais político. Político, no sentido de ter bom senso, ponderação e equilíbrio, e saber as consequências de sua decisão. Porque às vezes, na aná-lise puramente técnica, tende-se a seguir uma linha que pode le-var a consequências desastro-

sas. Pode-se manter a correção técnica, mas com um julgamento que traga mais benefícios para a sociedade, que atenda melhor ao interesse público.

REVISTA DO TCMRJ: O senhor quer dizer que é importante o conselheiro, ao invés de se ater à frieza dos números, saber se colocar no papel do gestor?

Rodrigo Nascimento: Exato. Os Tribunais de Contas não podem atuar como obstáculos para o gestor público, devem atuar no sentido de viabilizar as escolhas feitas pelos agentes públicos que foram eleitos democraticamen-te, com base em suas propostas. Quando o Poder Executivo elen-ca determinadas iniciativas, está exercendo uma prerrogativa pró-pria de quem foi designado pela maioria da sociedade. Não com-pete aos conselheiros dos Tribu-nais de Contas discordar dessas iniciativas e, sim, analisar se elas estão de acordo com a lei e qual a melhor forma de executá-las.

REVISTA DO TCMRJ: Qual o li-mite que separa o papel didáti-co dos Tribunais de Contas e o momento em que é necessário sancionar?

Rodrigo Nascimento: Existem dois tipos de gestores, o honesto e o que age de má fé. Este que age assim, deve ser punido. Mas, o gestor muitas vezes erra por desconhecimento. Nesses casos, o papel dos Tribunais de Contas é o de nortear o administrador pú-blico a conseguir acertar. Nesse aspecto, os TCs são instituições

“Não vejo as dificuldades enfrentadas

como um problema

exclusivo dos TCs, mas do

País, um reflexo da cultura da corrupção.”

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fundamentais para o País. Outro dia, por exemplo, recebi a visita de um prefeito de uma pequena cidade, com sua equipe, pergun-tando como fazer uma licitação, com dúvidas que parecem bási-cas para quem trabalha no Tribu-nal de Contas, mas que, para uma cidade que não conta com pro-fissionais qualificados, não são. É diferente de uma capital ou de uma cidade mais desenvolvida, que podem ter em seus quadros pessoas mais capacitadas. En-tão, vou punir um sujeito desses? Primeiro, devo orientar, mas se o gestor insistir em proceder de forma errada, aí sim, devo punir.

REVISTA DO TCMRJ: Falan-do especificamente do TCE-RJ, que ações serão primordiais para a recuperação da imagem institucional?

Rodrigo Nascimento: Na minha cerimônia de posse, no dia 15 de dezembro último, reforcei a ex-pressão utilizada pela presidente interina, Marianna Willeman, di-zendo que precisamos reerguer este Tribunal. O afastamento de conselheiros titulares comprome-teu a imagem do TCE. Devemos, agora, reerguer a instituição e dar-lhe dignidade novamente. Antes de se discutir se os conselheiros

devem ser técnicos ou não, o que não é o ponto, o processo de es-colha deve garantir que os candi-datos à vaga cumpram os requisi-tos constitucionais, que tenham reputação ilibada, notório conhe-cimento e que sejam ficha-limpa, com transparência nos critérios da indicação.

Nesse sentido, a presidente em exercício Marianna Willeman está fazendo uma grande gestão. Aponto duas de suas ações prin-cipais: primeiro, a transparência. Qualquer cidadão, hoje, pela in-ternet, pode saber tudo do TCE- RJ. As sessões plenárias estão sendo transmitidas ao vivo pelo Youtube, qualquer interessado pode ter acesso aos processos, inclusive, fazer sustentação oral sobre eles, além de uma série de informações que antes não es-tavam disponíveis abertamente. Em segundo lugar, a implementa-ção de uma nova forma de exer-cer o controle, um controle mais efetivo. As novas deliberações, aprovadas no meio do ano pas-sado, impulsionaram o Tribunal para um outro patamar. Em vez de analisar processo a processo sobre contratos, o TCE passou a dar primazia à auditoria, que pode abarcar vários contratos. Quando analisa-se somente o contrato, sob o ponto de vista

jurídico formal e detecta-se um sobrepreço, não há como res-ponsabilizar por aquilo, uma vez que o documento não fornece as informações para isto, não se consegue saber se aquele sobre-preço foi efetivamente pago. Isto só se consegue ver numa audito-ria. É a partir dela que detecta-se se houve o pagamento e, então, consegue-se converter a audito-ria em tomada de contas especial para que os responsáveis sejam identificados. Permite uma análi-se mais inteligente.

Essas ações, ao longo do tem-po, farão com que a sociedade perceba que o Tribunal está atu-ando a seu serviço. E, a partir daí, poderemos reconquistar a boa imagem institucional.

REVISTA DO TCMRJ: Que lem-branças carrega dos tempos em que trabalhou no TCMRJ?

Rodrigo Nascimento: Tenho pelo TCMRJ muito carinho, foi onde comecei e foi ali que dei meus primeiros passos no controle ex-terno. Sempre fico muito satis-feito quando volto e revejo meus antigos amigos. É um lugar ótimo para trabalhar, o ambiente é leve, as pessoas são felizes. É um Tri-bunal que vai estar sempre no meu coração. •

“Essas ações, ao longo do tempo, farão com que a

sociedade perceba que o Tribunal está atuando a seu serviço”.

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Contra fraudes, Lei de benford

Por mais estranho que soe, analisando-se a fre-quência dos primeiros dígitos de uma planilha de dados contábeis é possível verificar se hou-

ve fraudes. Segundo a Lei de Benford, existe na na-tureza uma distribuição na qual o número 1 tem 30% de chance de aparecer, enquanto os demais, decres-centemente, têm menos possibilidade de aparecer.

É com base nesta lei que as auditorias de obras públicas podem verificar a ocorrência de manipula-ção de valores e até mesmo de superfaturamentos. A metodologia vem sendo disseminada como uma alternativa mais abrangente e com mais aplicações do que a curva ABC, utilizada pelo TCU atualmente. A Polícia Federal e o Tribunal de Contas do Distrito Federal já vêm empregando a Lei de Benford com resultados positivos. Mundo afora ela vem sendo aplicada amplamente, como, por exemplo, na mani-pulação de dados macroeconômicos, na Grécia; nas

fraudes eleitorais de 2009, no Irã; e na manipulação contábil em sete companhias americanas.

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Auditorias de Obras Públicas – Ibraop publicou uma cartilha que ensina a aplicação da Lei de Benford para audi-torias de obras públicas no Brasil. É sobre isto que conversamos com os autores Flavia Ceccato, Adria-na Portugal e Maurício Soares Bugarin.

REVISTA DO TCMRJ: Qual o objetivo do Ibraop ao publicar esta cartilha?

A publicação desta cartilha tem por objetivo apre-sentar aos agentes responsáveis pela fiscalização de obras públicas e aos pesquisadores interessados um roteiro didático e conciso, ou seja, o passo a passo na aplicação da Lei de Benford, para a seleção efi-ciente da amostra de auditoria nos orçamentos de obras públicas.

controle: noVas tendências

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REVISTA DO TCMRJ: Mas o que é a Lei de Benford e em que se baseia esta teoria?

A Lei de Benford é uma ferra-menta de mineração de dados. Trata-se de uma metodologia de verificação que pode ser aplicada ao orçamento-base da adminis-tração pública, aos orçamentos dos licitantes (na análise de uma licitação), e ao orçamento con-tratado.

A Lei de Benford é uma lei em-pírica, o que significa dizer que não funciona para 100% dos da-dos. Entretanto, testes têm mos-trado que funciona para detecção de fraudes. Para melhor enten-dimento desta metodologia, é necessário explicar como ela foi descoberta. Em 1881, Simon Newcomb, astrônomo e mate-mático canadense, observou que as primeiras páginas das tábuas de logaritmos (amplamente uti-lizadas para cálculos à época) se apresentavam mais desgastadas do que as últimas, indicando que o valor usualmente mais acessa-do era o número 1 (30% dos da-dos aproximadamente), e que a frequência diminuía até o núme-ro 9 (não atinge 5% dos valores), contrariando o entendimento co-mum de uma distribuição unifor-me da frequência desses dígitos. Como Simon não reuniu dados numéricos ou forneceu qualquer outra evidência de sua descober-ta, o fato permaneceu como uma simples curiosidade pouco co-nhecida por mais de meio século, quando o físico Frank Benford, em 1938, encontrou incidental-mente a mesma regularidade. Benford publicou o artigo seminal “The Law of Anomalous Numbers”, em

que comprovou a lei usando da-dos coletados de grande varieda-de de fontes distintas.

Em um contexto mais recente, diversos estudos foram realiza-dos adotando a hipótese de que dados fabricados têm o potencial de serem identificados mediante o desvio dos dígitos em relação à distribuição de Benford.

REVISTA DO TCMRJ: Outros estatísticos e estudiosos de vá-rios países publicaram artigos sugerindo que a Lei poderia ser utilizada em diferentes ocorrên-cias como, por exemplo, na al-teração da contagem de votos numa eleição política. Em que momento a Lei de Benford co-meçou a ser aplicada às audito-rias de obras públicas?

No contexto de obras públi-cas, esta ferramenta começou a ser testada recentemente: fo-ram testadas obras relevantes no contexto da Copa do Mundo de 2014, e as análises efetuadas com base na Lei de Benford fo-ram confrontadas com o sobre-preço, já detectado pelo TCU em auditorias anteriormente realiza-das. Os serviços apontados por esta Lei como tendo sofrido pos-sível manipulação em seus pre-ços corresponderam em média a 80% do sobrepreço identificado pelo Tribunal.

REVISTA DO TCMRJ: Que mé-todo vem sendo adotado na aná-lise de planilhas orçamentárias de obras públicas? Qual seria o diferencial da Lei de Benford?

A ferramenta tradicionalmente utilizada pelos órgãos de controle é a Curva ABC, que seleciona em

torno de 20% dos serviços, em ordem decrescente de relevância financeira, totalizando 80% do va-lor global da obra. De forma dife-rente da Curva ABC, que exige um tratamento anterior dos dados (agrupamento dos serviços idên-ticos), a Lei de Benford é aplica-da ao orçamento da forma como ele é apresentado originalmente, ou seja, não há a necessidade de providenciar os agrupamentos dos serviços semelhantes. Além disso, essa metodologia faz o co-tejamento de duas análises: indí-cios de manipulação dos dados e relevância financeira dos servi-ços. A Curva ABC só considera a relevância financeira dos itens.

a lei de benford é uma ferramenta de mineração de

dados. trata-se de uma metodologia

de verificação que pode ser

aplicada ao orçamento-base

da administração pública, aos orçamentos

dos licitantes (na análise de

uma licitação), e ao orçamento

contratado.

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Outra vantagem é que a Lei de Benford não se aplica exclusiva-mente aos custos/preços totais (custos/preços unitários multipli-cados pela quantidade), como no caso da Curva ABC. A Lei de Ben-ford pode ser aplicada às quan-tidades e aos custos/preços uni-tários separadamente. Ademais, a Lei estabelece um ranking dos serviços por ordem decrescente de criticidade, de modo a viabi-lizar que os itens com maior pro-babilidade de manipulação sejam analisados primeiro, até o limite de tempo do auditor.

A utilização da Lei de Benford permite a seleção de uma amos-tra de itens de uma planilha or-çamentária que possam ter sido manipulados ou representem al-guma fraude, que macule os prin-cípios que regem as licitações e os contratos administrativos.

REVISTA DO TCMRJ: Sabe-se também que a Lei de Benford foi testada em obras no contexto da Copa do Mundo de 2014. Que obras foram estas?

Quando o Brasil foi escolhido para ser o país-sede dos jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e das Olimpíadas de 2016, foram demandadas várias obras envolvendo a construção e a re-forma de estádios, que requeriam vultosos investimentos, em gran-de parte recursos emprestados pelo Banco Nacional do Desen-volvimento Econômico e Social – BNDES. Verificou-se a existência de indícios de sobrepreço e de ir-regularidades graves relacionadas a deficiências no projeto de refor-ma do Maracanã, da construção da Arena da Amazônia e de refor-

ma do aeroporto internacional de Minas Gerais – MG.

Com base nestes achados, o TCU expediu medidas preventi-vas e as esten-deu às demais operações envol-vendo o BNDES, destinadas ao fi-nanciamento de arenas. Dentre as cautelas adota-das, levantou-se a necessidade de o Tribunal anali-sar o projeto exe-cutivo das obras antes da libera-ção de créditos superiores a 20% do total financiado.

Foram utilizaram os resultados das auditorias realizadas pelo TCU nessas obras e comparados com os testes realizados com base na Lei de Benford. Foram desenvolvidos os seguintes tra-

balhos: Revista do TCU (Lei de Benford e Auditoria de Obras Pú-blicas: uma análise de sobrepre-ço na reforma do Maracanã; set/

dez 2014); Revis-ta Economics Bul-letin (Benford’s law for audit of public works: an analy-sis of overpricing in Maracanã soccer arena’s renovation; maio/2015); Re-vista NDJ (Lei de Benford e audito-ria de obras pú-blicas: uma análi-se de sobrepreço

na construção da arena da Ama-zônia; ago/2015); Revista Econo-mia (Yokohama; A didactic note on the use of Benford’s Law in public works auditing, with an application to the construction of Brazilian Amazon Are-na 2014 World Cup soccer stadium; 2015); entre outros. •

Presidente do IRB, Sebastião Helvécio, apresenta a instrutora Flávia Ceccato, que explicou como a Lei de Benford pode incrementar as auditorias de obras públicas, durante Jornada Científica, ocorrida no Instituto Serzedello Corrêa, em Brasília

outra vantagem é que a Lei de benford

não se aplica exclusivamente

aos custos/preços totais (custos/preços

unitários multiplicados pela quantidade), como no caso da

Curva abC

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ 25

Chrys, fundadora do bTCsoul, um por-tal de conteúdo sobre criptomoedas, explica de forma bem didática o que significa blockchain, a tecnologia por trás da moeda virtual bitcoin:

“A rede da blockchain poderia ser como uma teia de aranha em 3D, sendo cada intersecção um nó ativo, que re-cebe e envia informação para os outros nós através de suas ligações, concor-dando ou discordando entre si com os dados recebidos.

Os dados podem ser qualquer coisa: dinheiro, trabalho, propriedade, votos, ações ou qualquer coisa que represen-te algum valor. A rede verifica e concor-da com a transação, cada nó na rede possui uma cópia (nó criptografado) do registro.

Quando alguém tenta alterar um va-lor (o que seria mais fácil em um banco de dados local ou centralizado), a rede simplesmente o rejeitará, por ele não ter consenso.

A tecnologia tem muitas funciona-lidades e grandes bancos, bem como alguns bancos centrais e governos es-tão muito interessados em seus usos e benefícios. A blockchain pode ainda reduzir a corrupção, uma vez que to-das as transações feitas por ela são abertas. Imaginemos, então, se gover-nos adotassem essa tecnologia e, com ela, poderíamos todos saber para onde

realmente vai o dinheiro de nossos im-postos”.

Percebendo o grande potencial do blockchain como ferramenta de con-trole, o TCU iniciou cursos de intro-dução à nova tecnologia, na grade do Instituto Serzedello Corrêa, escola de governo mantida para promover ca-pacitação de profissionais do próprio Tribunal, além de servidores públicos de outras instituições e cidadãos em geral.

O auditor de controle externo José Fernando Garcia Almeida, há 22 anos no TCU, foi um dos participantes do curso e falou para a Revista do TCMRJ sobre as possibilidades que essa tec-nologia inovadora pode trazer para o dia a dia das auditorias:

reVisTa do TCMrJ: Como auditor de controle externo com mais de 20 anos de carreira, como você imagina a apli-cação do blockchain?

Poderia, por exemplo, existir uma rede de blockchain pública. Uma possível prática seria a utilização do blockchain para registro de receitas e despesas do governo. Como suas características próprias são a criptografia e a impos-sibilidade de manipulação, isso daria um nível de transparência e de confia-bilidade muito alto. Com o blockchain, seria impossível manipular e fazer uso

indevido de qualquer recurso. Pedala-das, nunca mais.

reVisTa do TCMrJ: Que outras apli-cações cidadãs podem ser vislumbra-das com o blockchain?

Ele traz princípios que podem repre-sentar uma ruptura com as tecnologias existentes. Em si, ele representa, den-tro de um conceito familiar atual, uma base de dados, só que descentralizada. Isso, por exemplo, traria impactos para uma lei de iniciativa popular, que hoje demanda a verificação de cada assina-tura; num blockchain essas assinaturas estariam criptografadas e sem qualquer possibilidade de adulteração.Poderíamos também ter votações para plebiscito com a garantia de identida-de única, imutável e impossível de ser fraudada. Sistemas eleitorais da Estônia já acontecem assim.

É um mundo novo a ser explorado; é o despertar de uma nova era. Neste primeiro momento estamos, aqui no TCU, entendendo como funciona essa tecnologia, o que ela traz de diferente, entender seus pontos fortes e fracos, em que ela poderia ser aplicada, o que precisaria para instrumentalizá-la, que investimentos são necessários, que mudanças de regras trará, regulamen-tação etc. Tudo muito novo, ainda, mas fascinante!

Blockchain, a tecnologia por trás do Bitcoin, pode ser

uma poderosa ferramenta de controle

ENTREVISTA

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ26

tribunais em ação

O Supremo Tribunal Fede-ral entendeu que blo-queio de bens determi-

nado pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte faz parte da atribuição constitu-cional das Cortes de Contas. Em face disso, a ministra Carmem Lúcia decidiu pelo deferimento de medida liminar impetrada para suspender acórdão do Tribunal de Justiça daquele Estado, que anulou decisão do TCE.

“No exercício do poder geral de cautela, o Tribunal de Contas pode determinar medidas em caráter precário que assegurem o resultado final dos processos administrativos. Isso inclui, dadas as peculiaridades da espécie vertente, a possibilidade de determinação de indisponibilidade temporária de bens titularizados pela interessada”, escreveu a ministra Carmem Lúcia em sua decisão.

O caso iniciou-se em outubro de 2016, quando o TCE/RN de-terminou a indisponibilidade dos bens de 27 empresas e 17 pes-soas físicas envolvidas em paga-mentos irregulares no Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). O en-tão relator do processo, conse-lheiro Gilberto Jales, votou pelo cumprimento das medidas cau-telares sem audiência prévia dos responsáveis, em razão do risco de ocultação de patrimônio. O voto foi aprovado por unanimi-dade pelos demais conselheiros do pleno do TCE.

Em agosto do ano seguinte, a determinação foi anulada por decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, através de mandado de segurança, sob a alegação de que o TCE não teria competência para impor medida cautelar de indisponibilidade de bens de pessoas físicas e jurídi-cas de direito privado.

A decisão do Supremo Tribunal Federal assegura, portanto, o po-der geral de cautela dos Tribunais de Contas. A ministra concluiu ainda:

“A anulação do Acórdão do Tribunal de Contas no 441/2016,

além de representar a negativa da competência constitucional-mente atribuída aos Tribunais de Contas estaduais, a demonstrar possível lesão à ordem pública, pode causar lesão à economia pública por importar em poten-cial inutilidade do processo ad-ministrativo instaurado contra os beneficiários de recursos públi-cos indicados na referida tomada de contas”.

Confira a decisão do Supremo Tribunal Federal no link abaixo:http://www.stf.jus.br/portal/cons-tituicao/artigoBd.asp?item=860

STF garante determinação de Tribunal de ContasCompetência de Tribunal de Contas prevalece e decisão de Tribunal de Justiça é anulada

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O conselheiro Thiers Montebello foi um dos presidentes de 24 Tribunais de Contas bra-sileiros que participaram, no dia 13 de no-

vembro, da Reunião do Colégio de Presidentes dos TCs, na sede do TCE de São Paulo. A pauta do en-contro abordou a aplicação do Índice de Efetividade da Gestão Municipal também para a esfera estadual.

O indicador, idealizado e desenvolvido pelo TCE de São Paulo, a partir de 2015, mede a eficiência das administrações a partir da análise de sete esferas de atuação pública: saúde, educação, gestão fiscal, pla-nejamento, meio ambiente, segurança dos cidadãos e tecnologia da informação. Agora, ele será utilizado por todos os estados brasileiros.

Além de contribuir para o aperfeiçoamento do controle externo, apontando setores que merecem maior vigilância da fiscalização, as informações ge-radas ajudam prefeitos e vereadores na mensuração de políticas, correção de rumos, reavaliação de prio-ridades e consolidação do planejamento.

Inspirado pelos resultados apresentados, o Ins-tituto Rui Barbosa, entidade de aprimoramento li-gada aos Tribunais de Contas, decidiu nacionalizar o IEG-M. O projeto também foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas, como importante ferramenta de controle.

TCs discutem índices de efetividade da gestão pública

TeCnoLogia da inforMação

saúde

eduCação

gesTão fisCaL

pLaneJaMenTo

Meio aMbienTesegurança

dos Cidadãos

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ28

“Essa realização do Ins-tituto Rui Barbosa é especialmente interes-

sante porque ela acontece num momento de crise sem preceden-tes no Brasil, em que precisamos administrar a falta de recursos com o dever de implantar políti-cas públicas para evitar uma crise social ainda mais grave. Os deba-tes, nesse sentido, apresentaram algumas alternativas que pode-mos adotar daqui para frente”, assim comentou o conselheiro do TCMRJ, Antonio Carlos Flores de Moraes, que presidiu mesa de palestras no III Congresso Inter-nacional de Controle e Políticas Públicas, realizado pelo IRB, em parceria com o TCE do Paraná, de 17 a 19 de outubro, em Curitiba.

Na ocasião, mais de 40 pales-trantes multidisciplinares discuti-ram propostas e trouxeram expe-riências inovadoras sobre o tema, para um público de cerca de 700 pessoas. Teve destaque o lança-

mento oficial do Índice de Efetivi-dade da Administração Municipal (IEGM) de 2017. Desenvolvido pelo IRB, o instrumento avalia po-líticas e ações públicas dos prefei-tos com base em sete indicadores: educação, saúde, planejamento, gestão fiscal, meio ambiente, tec-nologia da informação e planeja-mento contra desastres naturais, abrangendo, ao todo, 238 quesi-

tos. Para se ter uma ideia da di-mensão, o Índice de Desenvolvi-mento Humano (IDH) utiliza três indicadores. “O IEGM constitui a maior base de dados da adminis-tração pública do Brasil e é essen-cial para o exercício do controle social”, falou o presidente do IRB, conselheiro Sebastião Helvécio.

No último dia do congresso, também foi anunciada a criação da Organização Americana das Entidades Regiohenais de Con-trole (AMERAI), que reunirá todos os tribunais de contas regionais das Américas, desde o Canadá até a Argentina.

“A ideia é criar uma rede mun-dial dos tribunais de contas regio-nais para que possamos aprimo-rar cada vez mais a nossa técnica de trabalho e a qualidade que en-tregamos aos cidadãos”, disse o presidente do IRB. •

Valte

rci S

anto

sPolíticas públicas em tempos de crise: alternativas e experiências

Fotos: Marcelo Olias e Valterci Santos

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ 29

O Tribunal de Contas do Município decidiu, no dia 3 de outubro último,

por unanimidade, com base no voto do relator, conselheiro Feli-pe Galvão Puccioni, complemen-tado pelo voto do conselheiro Antônio Carlos Flores de Moraes, que as aposentadorias e pensões concedidas ilegalmente fossem corrigidas em 60 dias, sob pena de responsabilização dos gesto-res pelo dano causado ao erário. Além disso, deu prazo de 90 dias para que fosse instaurado pro-cesso de tomada de contas es-pecial com o intuito de se quan-tificar o prejuízo e identificar os responsáveis.

Desde as publicações da Emen-da Constitucional no 41/2003 e da

Lei federal no 10.887/2004, que acabaram com a integralidade e a paridade para servidores públicos federais, estaduais e municipais, a prefeitura do Rio concedeu cer-ca de 8 mil aposentadorias fora dessas normas legais, com base em decreto municipal. Dentre os poderes de 26 estados, do Distri-to Federal e dos 5.570 municípios existentes no Brasil, o executivo carioca permanece o único re-sistente à aplicação dos novos critérios de cálculo, mesmo após sucessivas determinações ema-nadas por esta Corte de Contas, ao longo de 12 anos.

Antes da Emenda Constitucio-nal no 41, os servidores contri-buintes de regimes próprios de previdência podiam se aposentar

com base em sua última remune-ração em atividade. Era possível, por exemplo, que um servidor que contribuiu a maior parte de sua vida laboral sobre um salário mínimo fosse aposentado com proventos dezenas de vezes su-periores à contribuição, por con-ta de seu último contracheque.

A partir de 2003, diante do crescente déficit nas contas da previdência, ficou estabelecido, no art. 40, §3º, da Constituição Federal, que os proventos de

aposentadoria dos servidores seriam calculados “na forma da lei”. Em 21 de junho de 2004, foi

Decisão do TCMRJ vai gerar economia de R$ 1 bilhão em 3 anos Voto determina correção de oito mil aposentadorias e pensões concedidas ilegalmente no município. Só em 2018, serão R$ 330 milhões a mais nos cofres da prefeitura.

antes da emenda Constitucional

no 41, os servidores contribuintes de

regimes próprios de previdência podiam

se aposentar com base em sua última

remuneração em atividade.

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ30

publicada a Lei federal no 10.887, que determinou que, para o cál-culo das aposentadorias, deveria ser considerada a média aritmé-tica simples de 80% das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições.

As regras da Constituição são de observância obrigatória por todos os entes da federação, não havendo qualquer discussão doutrinária ou jurisprudencial sobre o tema. Mais ainda, as decisões do Tribunal de Contas do Município devem ser cumpridas por expresso mandamento constitucional previsto no art. 71, inciso IX, da Constituição da República Federativa do Brasil.

Frente à conduta de resistên-cia do executivo municipal, nes-ses 12 anos de ações ilegais, o TCMRJ não quedou inerte. Além das determinações feitas e do não registro de mais de 6 mil processos de concessão ilegal de aposentadorias e pensões, a Corte de Contas carioca deter-minou o cumprimento das nor-mas federais vigentes nos três últimos processos de análise das contas do chefe do Poder Execu-tivo, além de ter alertado sobre o grave prejuízo ao erário, privan-do a população carioca de valo-res que poderiam ser investidos em áreas como educação, saúde e segurança.

REVISTA DO TCMRJ

N. 69 – TRIBUNAIS EM AÇÃO

(5)

Diligência do TCMRJ

cobra explicações sobre cortes

na saúde

Relatório técnico do

Tribunal de Contas do Municí-

pio do Rio de Janeiro sobre a

situação da saúde no municí-

pio acendeu o alerta para que

o conselheiro José de Moraes

determinasse diligência co-

brando da prefeitura esclareci-

mentos sobre os motivos pelos

quais fez cortes em pagamen-

tos com fornecedores e organi-

zações sociais. Essas medidas

resultaram, segundo o levan-

tamento do TCMRJ, na inter-

rupção do funcionamento de

grande parte da rede, incluindo

clínicas da família e unidades

de pronto-atendimento. A de-

terminação foi acompanhada

pelo plenário do TCMRJ no dia

14 de novembro.

O levantamento das

informações referentes aos re-

passes financeiros da Secreta-

ria Municipal de Saúde às orga-

nizações sociais foi motivado

pelas denúncias que chegaram

ao tribunal e pelas notícias vei-

culadas na imprensa sobre a

falta de pagamento dos con-

tratos e o risco de paralisação

que isto implicava. Atualmente,

mais de 50% das unidades de

saúde do município do Rio são

geridas por meio de contratos

de gestão celebrados com or-

ganizações sociais.

Legenda foto saúde.

jpg: Em coletiva de imprensa,

conselheiro José de Moraes

detalha relatório sobre a saúde

no município

BOX 1Relatório do TCMRJ

mostra que gastos com saúde

podem ser mais eficientes

Relatório técnico do

Tribunal de Contas carioca

alerta que os atrasos nos pa-

gamentos do município feitos

aos fornecedores podem au-

mentar os custos da Saúde e

mostra a necessidade de maior

eficiência nos gastos públicos

com essa pasta. Em entrevista

à Rede Globo, o Inspetor-Geral

da 4ª IGE do TCMRJ, Ricardo

Levorato, explicou que o traba-

lho técnico sugere que a prefei-

tura evite despesas redundan-

tes e contratação de serviços

que não são pertinentes à saú-

de, como, por exemplo, con-

sultorias jurídica e contábil. “Se

o município gasta melhor, pode

ampliar os serviços e, numa

época de crise, mantê-los”, fa-

lou Levorato.

A transmissão da en-

trevista foi ao ar no dia 1º de

novembro, durante o noticiário

deCisão do TCMrJ reperCuTe na iMprensa naCionaL

Editorial de O Globo e artigo da ex-vereadora

Andrea Gouvêa Vieira, publicado no mesmo jornal,

comentam decisão do Tribunal de Contas carioca,

que determinou a correção de mais de 8 mil aposentadorias

e pensões concedidas ilegalmente pela

prefeitura, desde 2004, quando passou a ignorar

emenda constitucional e lei federal que acabaram

a paridade e a integralidade dos proventos.

No primeiro, publicado em 31 de outubro, o jornal

cita o julgamento do TCMRJ como exemplo dos desvios existentes

nos regimes de previdência dos servidores, que seriam “indutores

de injustiças sociais”. A opinião da jornalista, publicada em 28

de outubro, explica os meandros da decisão e ressalta que “o

município sempre contou com todos os órgãos de controle em

pleno funcionamento: Controladoria, Procuradoria, Tribunalde

Contas, times de excelentes técnicose profissionais”.

prefeiTura aCaTa deTerMinação do TCMrJ

A prefeitura do Rio acatou decisão do TCMRJ e

instaurou tomada de contas especial para apurar

responsabilidades a respeito das mais de 8 mil aposentadorias

a servidores públicos e pensionistas concedidas

ilegalmente a partir de 2003. A Resolução da Casa Civil no 73,

publicada no dia 21 de dezembro, determinou que

o prejuízo seja quantificado e que os responsáveis

sejam identificados. Estima-se que a correção das

aposentadorias trará uma economia de cerca de

1 bilhão em três anos para o município.

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ 31

Relatório técnico do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro sobre a situação da saúde no município acendeu o alerta para

que o conselheiro José de Moraes determinasse diligência cobrando da prefeitura esclarecimentos sobre os motivos pelos quais fez cortes em paga-mentos com fornecedores e organizações sociais. Essas medidas resultaram, segundo o levantamen-to do TCMRJ, na interrupção do funcionamento de grande parte da rede, incluindo clínicas da família e unidades de pronto-atendimento. A determinação

foi acompanhada pelo plenário do TCMRJ no dia 14 de novembro.

O levantamento das informações referentes aos re-passes financeiros da Secretaria Municipal de Saúde às organizações sociais foi motivado pelas denúncias que chegaram ao tribunal e pelas notícias veiculadas na imprensa sobre a falta de pagamento dos contra-tos e o risco de paralisação que isto implicava. Atual-mente, mais de 50% das unidades de saúde do mu-nicípio do Rio são geridas por meio de contratos de gestão celebrados com organizações sociais.

Diligência do TCMRJ cobra explicações sobre cortes na saúde

Em coletiva de

imprensa, conselheiro

José de Moraes detalha

relatório sobre a saúde

no município

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ32

Relatório técnico do Tribunal de Contas carioca alerta que os atrasos nos paga-

mentos do município feitos aos fornecedores podem aumentar os custos da Saúde e mostra a necessidade de maior eficiência nos gastos públicos com essa pasta. Em entrevista à Rede Glo-bo, o Inspetor-Geral da 4ª IGE do TCMRJ, Ricardo Levorato, expli-cou que o trabalho técnico suge-re que a prefeitura evite despesas redundantes e contratação de serviços que não são pertinen-tes à saúde, como, por exemplo, consultorias jurídica e contábil. “Se o município gasta melhor,

pode ampliar os serviços e, numa época de crise, mantê-los”, falou Levorato.

A transmissão da entrevista foi ao ar no dia 1º de novembro, du-rante o noticiário RJTV 2ª edição.

O TCMRJ determinou que a prefeitura do Rio declare nulo o contrato firmado com a organiza-ção social que administra o Hos-pital Rocha Faria e o Centro de Emergência Regional, ambos em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade. Relator do processo, o conselheiro Ivan Moreira aco-lheu o relatório técnico que iden-tificou irregularidade no processo de seleção. Segundo a análise feita pelo Tribunal, não obstante

Relatório do TCMRJ mostra que gastos com saúde podem ser mais eficientes

Tribunal decide pela anulação de contrato com OS do Rocha Faria

a OS Iabas tivesse apresentado documentação incompleta, ela foi escolhida na licitação pública, ocorrida em abril do ano passa-do. O contrato envolve repasses de R$ 233,3 milhões dos cofres do Município.

O relator determinou, ainda, a instauração de tomada de contas especial para apurar eventuais prejuízos ao erário municipal e responsabilização dos agentes públicos envolvidos.

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ 33

A fim de esclarecer infor-mações sobre a situa-ção fiscal da cidade, o

conselheiro Nestor Rocha, re-lator das contas do Prefeito de 2017, convocou reunião, no dia 14 de novembro último, com a secretária municipal de Fazenda, Maria Eduarda Gouvêa Berto, e a controladora-geral do municí-pio, Marcia Andréa Peres. Acom-panhadas de seus assessores, as duas explicaram os números

publicados nos balancetes da prefeitura para o grupo formado pelo presidente Thiers Monte-bello, conselheiros Nestor Ro-cha, Antonio Carlos Flores de Moraes, Luiz Antonio Guaraná

e Felipe Puccioni, procurador José Ricardo Parreira de Castro, secretário-geral da presidência, Sergio Aranha, e diversos au-ditores de controle externo do TCMRJ.

TCMRJ solicita explicações sobre números da prefeitura

Conselheiros e auditores do TCMRJ reúnem-se com representantes da prefeitura do Rio para checar os números analisados na prestação de contas de 2017

O plenário do TCMRJ determinou que 116 proces-sos sobrestados sejam imediatamente analisados, instruídos e enviados aos relatores da Casa para julgamento. Os processos referem-se à contratação direta de serviços de reparação predial e de equipa-mentos em hospitais da cidade e envolvem mais de 100 milhões de reais em dinheiro público.

Os processos estavam aguardando a devolução de outro similar, desde novembro de 2016. Desde então, esgotadas todas as possíveis prorrogações de prazo, a Riourbe e a Secretaria Municipal de Saú-de não responderam à diligência determinando que explicassem o motivo da dispensa de licitação para um serviço, a princípio, previsível. Como não houve comprovação do motivo que caracterizou a alegada emergência, fica o tribunal de contas impossibilitado

de examinar a legalidade da contratação direta, im-pactando, ainda, todos os processos subsequentes que tenham os mesmos objeto e fundamentação.

Entretanto, o conselheiro Felipe Puccioni enten-deu que, mesmo que o objeto e a fundamentação jurídica dos demais processos sejam iguais a esse, tratam, cada um deles, de diferentes hospitais, lo-calizados em localidades díspares. Como são ca-sos concretos distintos, a situação fática de cada um deve ser analisada separadamente. Seu voto foi acolhido pelo plenário do TCMRJ, no último dia 19 de dezembro.

Tribunal determina que 116 processos sigam tramitação

A contratação direta, fora das hipóteses legais, configura conduta criminosa.

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ34

Diversas exigências no processo seletivo da prefeitura para contra-tação de serviços de limpeza de escolas públicas foram conside-radas restritivas, levando o TCMRJ a suspender pregão eletrônico. O conselheiro Felipe Puccioni aco-lheu representação de empresa in-teressada no processo de seleção, cujo contrato envolve o valor de mais de R$ 120 milhões.

Entre as exigências, o edital estabelecia a obrigatoriedade de visita prévia de, no mínimo 92 escolas, sem justificativa que a respaldasse. O Tribunal acom-panhou a alegação da represen-tante de que o requisito acarreta ônus excessivo aos participantes e restringe o caráter competitivo da licitação.

exigências em licitação podem restringir competição

Detentor da maior rede pú-blica de ensino da Amé-rica Latina, com um total

de 1.537 escolas de ensino fun-damental, o Rio de Janeiro tem

como aliado o Tribunal de Contas do Município para aplicar o di-nheiro público da forma mais efi-ciente na área da Educação, uma das mais sensíveis para a socie-

dade. A ferramenta mais útil para isso é o Programa de Visitas às Escolas, que completou 15 anos no dia 22 de janeiro último.

O programa surgiu, em 2003, da necessidade de agir mais di-retamente junto às escolas, bus-cando a proximidade com a po-pulação e verificar de perto a real situação das unidades educacio-nais. O trabalho foca nas escolas do segundo segmento do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano). Elas representam, hoje, 398 uni-dades. Destas, a cada ano, o TCMRJ visita 195, contemplando todas as 11 Coordenadorias Re-gionais de Educação (CREs).

Em cada visita, os auditores do tribunal têm contato direto com alunos, diretores, professores, agentes manipuladores de alimen-tos e outros profissionais da esco-

Programa de Visitas às Escolas completa 15 anos

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ 35

la. Ainda mantêm contato com os pais através de um questionário que é distribuído aos alunos. As equipes visitam toda a estrutura física da unidade escolar, fotogra-

fando os pontos de maior fragili-dade para que possam ser levados ao conhecimento da Secretaria Municipal de Educação. Durante a execução do programa, são utili-

zadas várias técnicas de auditoria operacional e de auditoria de con-formidade. Essas ações promo-vem soluções mais rápidas para as impropriedades detectadas.

nesses 15 anos, muitas inoVações foram implementadas à medida em que o trabalho foi se desenVolVendo. Veja alguns marcos importantes:

A partir do terceiro ano do Programa de Visi-tas, percebeu-se a necessidade de reformulação dos papéis de trabalho e dos procedimentos, bem como de um respaldo técnico-científico para as conclusões estatísticas resultantes da auditoria. Para isso, foi contratada a consultoria da Funda-ção COPPETEC, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo como objetivos a defini-ção de um plano amostral, a avaliação e validação dos procedimentos.

Alguns anos depois, a tecnologia de georrefe-renciamento foi incorporada ao Programa. Atra-vés do Google Earth, qualquer cidadão passou a visualizar os resultados das visitas realizadas pelo TCMRJ, podendo conhecer as condições estruturais da escola, da quadra, da cozinha, es-

colas com carência de tempos sem aula, pelo tipo de merenda servida e muitos outros apon-tamentos.

Em 2015, foi lançado o aplicativo do Programa de Visitas às Escolas para que todos pudessem conhecer a proposta, acompanhar os resultados das auditorias e participar com solicitações e envio de alertas sobre problemas encontrados, fomen-tando a participação cidadã.

Mais recentemente, foi criado o Projeto Aluno-Cidadão, com a entrega de tablets em escolas se-lecionadas, promovendo um diálogo direto entre os jovens representantes e o TCMRJ, incentivando o controle social e reforçando ainda mais o caráter participativo do programa.

reConheCido peLa aTriCon e por Todos os Tribunais de ConTas do país CoMo boa práTiCa eM ConTroLe na área de eduCação, o prograMa de VisiTas às esCoLas é uM orguLho para o TCMrJ.

Em reunião da Comissão

de Educação da Câmara

dos Deputados, realizada

no dia 5 de outubro, em

Brasília, a conselheira

Marisa Serrano (TCE-MS)

destacou o Programa

de Visitas às Escolas do

TCMRJ como exemplo

de ação efetiva na área

de Educação.

Programa ganha destaque na Câmara dos Deputados

Conselheira Marisa Serrano durante palestra na Comissão de Educação

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ36

O Tribunal de Contas dos Municí-pios do Estado de Goiás (TCMGO) passará a adotar o Programa de Visitas às Escolas, desenvolvido pelo TCMRJ. Os servidores que vão executar o trabalho de im-plementação do programa foram capacitados, pelo inspetor-geral da 3ª IGE, Marcus Vinícius Pinto da Silva, e pelos auditores Ketza Cardoso, Ricardo Diniz.e Bruno Volaro, que explicaram a funcio-nalidade do sistema e os avanços que proporcionaram melhorias na qualidade de ensino e na estrutura das unidades escolares na cidade do Rio de Janeiro.

Alunos estreitam laços com TCMRJ

Alunos do 9º ano da Escola Municipal Alencastro Guimarães visitaram o TCMRJ, onde pude-

ram conhecer os detalhes do Programa de Visitas às Escolas. Foi também uma ocasião para que alunos e professores falassem so-bre as melhorias que gos-tariam de ver implementa-das e estreitassem contato com o tribunal de contas carioca. “A escola pública é um patrimônio nosso; falar

sobre os problemas dela, lutar para que ela melhore é um dever

de todos nós”, falou a professo-ra de História Renata Lira, duran-te o encontro. Esse feedback foi recebido com entusiasmo pelos auditores envolvidos no progra-ma. “Ficamos muito felizes em iniciativas como esta porque aproxima ainda mais o órgão com o cidadão, que é o intuito primordial do Programa de Visi-tas às Escolas”, destacou a au-ditora de controle externo do tribunal, Ketza Cardoso.

TCM de Goiás adota experiência nas escolas

A apresentação do Programa de Visitas às Escolas ganhou desta-que no site do TCE da Bahia. A equipe do TCMRJ, coordenada

pelo inspetor-geral da 3ª IGE, Marcus Vinícius Pinto da Silva contou para membros e servi-dores da corte de contas baia-

na, no dia 28 de novembro, a sua experiência sobre o trabalho realizado em escolas do Rio de Janeiro.

Tribunal de Contas da Bahia destaca trabalho do TCMRJ

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ 37

Suspensas desde dezembro de 2016 por falta de recursos, as obras das escolas municipais do Programa Fábrica de Escolas do Amanhã da

10ª CRE (Zona Oeste da cidade), foram retomadas. Através da sua 2ª Inspetoria, o TCMRJ foi ao local, no dia 21 de dezembro último, conferir a execução do contrato emergencial para o restabelecimento da construção. O complexo atenderá, ao todo 1.560 alunos do ensino fundamental e 600 crianças em idade pré-escolar. O investimento da Prefeitura é de quase R$ 500 milhões.

– Nas visitas técnicas como esta, simultâneas à execução das obras, buscamos verificar se aquilo que foi medido e pago às empreiteiras é exatamen-te o que foi executado. Se nós observamos algum problema, notificamos imediatamente a Prefeitura para que ela possa providenciar os reparos e, assim, a obra seguir seu curso normal até o fim do prazo contratual, evitando que haja aditivos de valor e de prazo – afirmou, durante a visita, o auditor de con-trole externo do Tribunal, William Arantes da Rocha (na foto ao lado).

Ampliar a oferta de tempo integral nas unidades escolares da rede municipal de ensino é o objetivo do Programa Escolas do Amanhã, da Prefeitura do Rio. As unidades da Fábrica estão instaladas em pon-tos estratégicos da Zona Norte e Oeste da cidade.

TCMRJ confere retomada das obras de escolas na Zona Oeste

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ38

As obras da Transbrasil re-ceberam mais uma visita técnica dos auditores do

TCMRJ, no dia 20 de dezembro último. O tribunal aproveita es-sas idas para verificar de perto o andamento da construção e se o que a prefeitura está pagando às empreiteiras é compatível com a evolução da obra.

“Esse acompanhamento

permite que se sane

algumas inconsistências

que possam ser

observadas, de maneira

mais tempestiva”, explica

a auditora de controle

externo do TCMRJ,

Renata Baptista.

As visitas in loco são percebi-das como positivas também para os fiscais de obras da prefeitura. “Eles (auditores do TCMRJ) tra-zem uma outra visão da obra. Esse convívio facilita adequar o melhor possível para fazer uma obra de qualidade para a popula-ção”, ressalta o fiscal Jaime Diniz Figueiredo.

A via expressa de BRT ligará Deodoro ao Centro do Rio por um trecho de quase 30 km da Avenida Brasil. A Transbrasil irá custar, ao todo, mais de 1 bilhão e meio de reais, com término pre-visto para junho deste ano.

Transbrasil na mira do TCMRJ

A via expressa de BRT ligará Deodoro ao Centro do Rio por um trecho de quase 30 km da Avenida Brasil

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ 39

A Clínica da Família Helena Besserman Vianna, locali-zada na comunidade Rio

das Pedras, na Zona Oeste, foi inaugurada em março de 2016 e é a maior da cidade. Com 24 consultórios, realiza uma média de 10 mil atendimentos médicos por mês, segundo a gerente téc-nica Renata Dias, que recebeu a equipe de auditores do TCMRJ para uma visita in loco, no dia 31 de janeiro.

Luizimar de Araújo Junior e Sheila de Carvalho Neves, da 2ª IGE, inspetoria do Tribunal de Contas carioca especializada na fiscalização de obras do muni-cípio, nesse dia completaram a verificação das condições físicas das 28 clinicas da família que a Prefeitura do Rio deveria ter en-tregue em maio de 2017, como resultado do contrato celebrado com a construtora Engetécnica,

no valor de mais de 136 milhões de reais.

O que eles encontraram foram situações completamente díspa-res. Se a comunidade de Rio das Pedras pode contar com uma in-fraestrutura de saúde de qualida-de como aquela, a favela da Mu-zema, a menos de 3 quilômetros dali, convive todos os dias com a frustração de ver o terreno de mil metros quadrados, onde seria construída também uma clínica da família, vazio.

A situação reflete a paralisa-ção das obras causada pela sus-pensão dos pagamentos do con-trato, pela Prefeitura, em março do ano passado. Por isso, 15 clínicas não foram concluídas, algumas com mais de 50% dos serviços realizados, outras ainda na fase de fundação.

“Eu vejo como positiva a visita do TCM aos canteiros de obras,

que está constatando que, em al-guns deles, os serviços tiveram de ser paralisados. Acredito que, ha-vendo uma sensibilidade da alta administração (no sentido) de dar continuidade aos empenhos, nós concluiremos todas as 28 clínicas a serem entregues”, argumentou Rony Caminiti Ron Ren” fiscal da Riourbe, empresa municipal ges-tora da obra.

Essa também é a esperança de pessoas como Eliana Barreto, moradora da Muzema. “Metade dos moradores daqui é de idosos e crianças e não temos nem um posto de saúde. Faz falta”, disse ela, ao aproximar-se dos audito-res do TCMRJ, que constataram de perto o canteiro que já con-sumiu mais de 800 mil reais em serviços de projetos, fundação, mão-de-obra, nivelamento de terreno e construção de muro de contenção.

TCMRJ verifica obras de clínicas da família, metade delas paralisada

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Reconhecido como boa prática em controle na área de Educação, o Programa de Visitas às Escolas do TCMRJ não pára de inovar. Na 29ª

edição do Congresso de Tribunais de Contas do Bra-sil, realizado entre os dias 22 e 24 de novembro, em Goiânia, a corte de contas carioca trouxe novidades, como o Projeto Aluno-Cidadão, que envolve o incen-tivo ao controle social entre jovens representantes de escolas da rede municipal de ensino selecionadas.

Além do TCMRJ, outros 11 Tribunais de Contas apresentaram experiências de trabalhos bem suce-didos no espaço dedicado à Feira do Conhecimento, durante o congresso. Promovida pelo Instituto Rui Barbosa, a mostra permitiu conhecer novas ferra-mentas e ações criadas para aprimorar o trabalho de controle externo.

Entre elas se destacou o Laboratório Móvel para Fiscalização de Obras, do TCE de Goiás, um caminhão que dá suporte às visitas in loco para verificação das misturas asfálticas utilizadas nas construções de ro-dovias. Equipado com bancadas e equipamentos es-pecíficos, possibilita extrair uma amostra do asfalto e realizar ensaios para aferir espessura, composição e

resistência do material empregado, de forma instan-tânea, como demonstrou o auditor Daniel Menezes Brandão, na ocasião. Outro equipamento que com-põe essa fiscalização móvel, recentemente adquirido pelo TCE-GO, é uma estação robótica importada que escaneia e mostra com alta precisão os trabalhos de terraplenagem do solo onde será construída a rodovia.

Entre outras boas práticas a destacar, o TCE de Pernambuco apresentou seu Índice de Convergência e Consistência dos Municípios, ferramenta que utili-za para verificar o atendimento às normas e padrões contábeis entre seus jurisdicionados. Já o TCE da Bahia expôs seu sistema de observação das contas públicas (Mirante), que tem como objetivo disponi-bilizar informações úteis para a tomada de decisões no planejamento e execução de auditoria. Para reu-nir várias bases de dados com foco nas informações da prefeitura da cidade de São Paulo, o TCMSP, apre-sentou o sistema Átomo, que disponibiliza desde os editais de licitação até o pagamento dos contratos, além de demonstrar a composição societária dos fornecedores entre outras informações a respeito das contratações públicas. Por fim, o TCE do Mato Grosso do Sul trouxe para o congresso o e-Extrator, sistema que conjuga a extração de dados dos juris-dicionados com a inteligência e o gerenciamento de riscos para alcançar efetividade em suas ações.

TCMrJ “faz escola” e outras boas práticas em goiânia

O auditor Daniel Menezes Brandão e o Laboratório Móvel para Fiscalização de Obras, do TCE de Goiás

Ricardo Dinis, Ketza Cardoso e Bruno Volaro, auditores do TCMRJ, apresen-taram o Programa de Visitas às Escolas durante a Feira do Conhecimento

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Os projetos de emendas à Constituição que propõem mudanças na estrutura e compo-sição dos Tribunais de Contas foram am-

plamente discutidos durante o 2º Congresso Na-cional de Auditores de Controle Externo dos TCs do Brasil (Conacon). O evento aconteceu em Cuia-bá, entre os dias 8 e 10 de novembro, tendo como debatedores o ministro-substituto do TCU, Marcos Bemquerer, o procurador do Ministério Público de Contas junto ao TCU, Julio Marcelo de Oliveira; do conselheiro do TCE do Espírito Santo, Carlos Ran-na, e do secretário-geral do Contas Abertas, Gil

Castello Branco, entre outros especialistas. A pa-lestra magna foi proferida pelo subprocurador-geral da República, Rodrigo Janot.

“Foi uma grande oportunidade para se discutir o fortalecimento da carreira de auditor e do siste-ma de controle como um todo, e também sobre as PECs relacionadas aos Tribunais de Contas, desta-cando-se a proposta que cria a uniformização dos procedimentos de auditoria em todo o País”, resu-miu o coordenador de planejamento estratégico do TCMRJ, Carlos Augusto Werneck, que representou o TCMRJ no encontro.

2º Conacon discute projetos que afetam TCsCarlos Werneck, coordenador de planejamento estratégico do TCMRJ, participou do 2o Conacon

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Com o fim do mandato dos atuais presidentes, a As-sociação dos Membros

dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e o Instituto Rui Barbo-sa (IRB), passam a ser dirigidos, ao longo do próximo biênio, res-pectivame nte, pelos conselheiros Fábio Nogueira (TCE da Paraíba) e Ivan Bonilha (TCE do Paraná). As eleições foram definidas por oca-sião do XXIX Congresso dos TCs do Brasil, em Goiânia. O conselhei-ro do TCMRJ, Felipe Puccioni, foi eleito membro-titular do conselho fiscal da Atricon e o conselheiro Antonio Carlos Flores de Moraes, também do tribunal carioca, com-põe o quadro de suplentes do IRB.

No dia 6 de fevereiro, em sole-nidade no TCU, em Brasília, foram empossados os 25 membros do

corpo diretivo da Atricon. O novo presidente, Fabio Nogueira, ao falar à plateia, comprometeu-se

em reforçar os avanços alcança-dos em prol do crescimento do Sistema Tribunais de Contas.

Novos dirigentes

Conselheiro do TCMRJ Felipe Puccioni faz parte da nova diretoria da Atricon

O novo corpo diretivo da Atricon tomou posse no dia 6 de fevereiro

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O conselheiro do TCMRJ, Thiers Montebello, foi reeleito por aclamação, pela assembleia-geral composta por conselheiros de todo o

país, reunida no dia 23 de novembro, em Goiânia, como presidente da Associação Brasileira de Tribu-nais de Contas dos Municípios do Brasil (Abracom).

No mesmo dia, Montebello foi homenageado pelo então presidente da Atricon, Valdecir Pascoal, por sua contribuição para o aperfeiçoamento do siste-ma de controle externo, ao lado de Bruno Quick, gerente de políticas públicas do Sebrae, e do conse-lheiro Sebastião Helvécio, do TCE de Minas Gerais.

Homenagem do Presidente da Atricon, Valdecir Pascoal ao Conselheiro do TCMRJ, Thiers Montebello reeleito por aclamação

como presidente da Abracon

DESTAQUE

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O chefe de Segurança Institucional do TCMRJ, José Renato Torres do Nascimento, defendeu sua disserta-ção para obtenção do grau de mestre em Administra-ção Pública pela Fundação Getúlio Vargas com o tema “Gestão social como mecanismo auxiliar da atividade do controle externo do Tribunal de Contas do Muni-cípio do Rio de Janeiro”. O trabalho, busca rediscutir o princípio da eficiência e do interesse público, com base na participação cidadã; verificar quais os meca-nismos de participação que permitem a implantação de uma gestão social; e por fim analisar os efeitos da implantação da gestão social nas decisões plenárias do TCMRJ.

Por Carolina AndradeTécnica de controle externo do TCMRJ

Como a gestão social pode auxiliar controle externo

controle social

REVISTA DO TCMRJ – O que é a gestão social?

Gestão social é um processo gerencial participativo em que a autoridade decisória é compar-tilhada entre os envolvidos pela ação. A gestão social é distinta da gestão estratégica. Enquan-to a última atua conforme as forças do mercado sendo, por-tanto, um processo de gestão que privilegia a competição; a primeira é determinada pela so-lidariedade em busca da justiça social, logo é um processo que

prima pela concordância e no qual se sobressai o diálogo da coletividade.

Nessa perspectiva invertem-se os pares de palavras “Estado-so-ciedade e capital-trabalho” para “sociedade-Estado e trabalho-capital”. Tal alteração visa enfati-zar o papel da sociedade civil (da cidadania organizada) e do traba-lho (cidadão trabalhador) nessa interação. A definição de gestão social está apoiada nesses pares de palavras, bem como no con-ceito de cidadania deliberativa,

segundo o qual a legitimidade das decisões deve ter origem em processos de discussão orienta-dos pelo princípio da inclusão, do pluralismo, da igualdade parti-cipativa, da autonomia e do bem comum. A perspectiva é que uma cidadania deliberativa contribua, por intermédio da esfera pública, para que se escape dos interes-ses particulares e se liberte das relações de discriminação e ex-ploração social.

A gestão social é um gênero cujas espécies são participação

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social e controle social. O con-trole é um ato realizado de forma individual ou coletiva a fim de fiscalizar, vigiar, velar, examinar, inquirir e colher informações a respeito de algo. Sendo assim, ocorreria ex post, enquanto a par-ticipação popular pode ocorrer ex ante ou durante os atos da ad-ministração pública.

Na atual crise política enfren-tada pelo país, em que a confian-ça nas instituições democráticas está abalada, fica difícil a aceita-ção da decisão política pelo cida-dão comum. Daí a necessidade de os destinatários das decisões participarem do processo da sua construção, sob o risco da perda da segurança jurídica das institui-ções democráticas ou mesmo de uma guerra civil.

Exemplo de aplicação do con-ceito de gestão social é o orça-mento participativo (OP), o qual foi criado no Brasil e passou a ser adotado por diversos paí-ses europeus. Basicamente o OP consiste em rodadas de as-sembleias, nas quais se decidem as prioridades orçamentárias, o que permite gastos públicos mais condizentes com a vontade popular. Os membros são esco-lhidos entre os representantes dos idosos, dos adolescentes e dos empresários de cada bairro. Todavia muitos governos alegam ser inviável submeter todo o or-çamento à essa metodologia, pois alguns assuntos exigem um conhecimento técnico profundo, o que prejudicaria a margem de deliberação. Outro exemplo de gestão social são os conselhos municipais. Os conselhos são

órgãos paritários, compostos por representantes dos setores público e privado. Deliberam so-bre a implementação da gestão de políticas públicas e a elabora-ção do orçamento. Embora a im-portância dos conselhos para a cidadania participativa seja ine-gável, não é possível dizer que eles têm uma participação signi-ficativa na formulação de políti-cas públicas, o que pode levar à conclusão de que o método de construção dessas políticas leva apenas à ratificação do interesse do gestor público. Portanto, não se pode conceber uma participa-ção social sem o esclarecimento da própria população.

REVISTA DO TCMRJ – Quais os mecanismos de participação so-cial capazes de contribuir com o modelo de democracia delibera-tiva no Brasil?

Os mecanismos de partici-pação social são divididos em formais e informais. Formais são aqueles previstos na legislação, enquanto os informais foram criados após a promulgação da Constituição através de pesqui-sadores ou de reivindicações da própria sociedade. São exem-plos de mecanismos formais de participação popular: plebisci-to, referendo, iniciativa popular, ação popular, colegiados de ór-gãos públicos e conselhos mu-nicipais. É importante ressaltar que todos esses mecanismos são executados com maior fre-quência em âmbito municipal, o que representa uma grande oportunidade para a participa-ção da sociedade na gestão,

pois é o poder mais próximo e presente na vida dos cidadãos. Da idêntica forma, as perspecti-vas de melhores resultados para a implementação e o controle de políticas públicas que possam trazer desenvolvimento econô-mico e social também ocorrem regularmente no âmbito local, o que pode proporcionar mudan-ças consideráveis na vida das pessoas.

Pode-se citar como exemplos de mecanismos de controle in-formais: conferência de políticas públicas, audiências públicas e orçamento participativo. A con-

ferência de políticas públicas trata-se de um processo parti-cipativo que reúne, com certa periodicidade, representantes do Estado e da sociedade civil para a formulação de determina-das políticas. Após a divulgação do tema, os interessados enviam propostas que serão escolhidas pela comunidade mediante vo-tação. Já a audiência pública é uma consulta pública à socieda-de. Critica-se que na prática esse instrumento vem sendo utilizado apenas para ratificar o interesse dos gestores públicos, uma vez que não há procedimento dis-

Exemplo de

aplicação do

conceito de

gestão social

é o orçamento

participativo.

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cursivo objetivo para orientar o debate dos assuntos, que são inclusive colocados em pauta de forma arbitrária pelo gestor. O orçamento participativo (OP), já mencionado anteriormente, é um processo de participação dos cidadãos na tomada de decisão sobre investimentos públicos municipais. Através dele, a defi-nição das prioridades de investi-mento público é processada de acordo com critérios técnicos, financeiros e que se prendem, sobretudo, às necessidades sen-tidas pelas pessoas.

Há também outras práticas que impulsionam a democracia deliberativa no Brasil. É o caso do microcrédito, o qual repre-senta disponibilidade de crédi-to para os empreendedores de baixa renda. Os Bancos Sociais operam o microcrédito com foco no índice qualitativo da partici-pação social, são os próprios pares dos tomadores que avali-zam a tomada de empréstimo. A economia solidária, na qual está inserida o microcrédito, surge como modelo de gestão social em desafio à ordem capitalista vigente, demonstrando que há propostas factíveis de superação do modelo atual, dentro da pró-pria lógica do capitalismo. São alternativas econômicas con-cretas, ao mesmo tempo eman-cipatórias e viáveis, e que, por isso, dão conteúdo específico às propostas por uma contraglo-balização hegemônica. O Banco Palmas, por exemplo, é um dos primeiros bancos comunitários do Brasil, no qual o circuito eco-nômico local do crédito produzi-

do (em reais) é repassado e cada membro da comunidade ou coo-perativa de produtores avaliza o crédito do outro. Logo a própria comunidade fiscaliza o emprésti-mo tomado para compra de ma-quinário ou propriedade. A lógi-ca é simples, se um não pagar, todos perdem a credibilidade. Se uma família paga seu finan-ciamento, pode avalizar a outra, e assim sucessivamente. Quem avaliza um membro da comuni-dade tem credibilidade, pois já quitou suas dívidas, com isso acumula moedas sociais, poden-do trocá-las por produtos e ser-viços na comunidade.

É importante lembrar que, no caso do Banco Palmas, assim como outros bancos, a organiza-ção lida com recursos públicos, que precisam ser devolvidos. O TCU fiscaliza recursos repassa-dos a bancos sociais. A expe-riência demonstra que a gestão social na economia solidária e no sistema de microcrédito am-pliou o controle externo do TCU, principalmente sobre as entida-des do terceiro setor e as prefei-turas que passaram a implantar o sistema. Esse modelo de ges-tão social desenvolvido em tor-no do microcrédito justifica as despesas do BNDES e demais órgãos públicos pelo pressupos-to da defesa do interesse públi-co primário, ou seja, o interesse do povo.

Outro mecanismo de partici-pação social são os aplicativos de celular para monitoramento de obras públicas. Em novem-bro de 2013, a Transparência Brasil criou uma base de dados

que permite o acompanhamento da construção de creches e es-colas. A ONG também disponi-bilizou um aplicativo de celular que permite que o usuário regis-tre com fotos o andamento das obras. As fotografias são analisa-das por engenheiros voluntários da Transparência Brasil. Após essas avaliações, as prefeituras são cobradas pelo atraso ou in-terrupções e têm que fixar nova data para a execução do servi-ço. Se não houver resposta, são acionados o Legislativo Munici-pal e a Ouvidoria-geral da União. Desse forma, proporciona-se a participação direta da população sem qualquer forma de coerção, favorecendo a educação cidadã e permitindo que a informação institucional possa ser formada com a participação popular. Tais pressupostos ampliam o con-trole externo e interno sobre o gestor, gerando a consciência de que cada indivíduo possui o di-reito fundamental de participar e, portanto, de fiscalizar, abrin-do as portas para uma socieda-de cada vez mais multicêntrica e plural. Esse arcabouço legitima as instituições e resgata a con-fiança da população, bem como a crença de que é possível cons-truir uma sociedade melhor. Em agosto de 2017, o TCM-RJ tam-bém criou um aplicativo seme-lhante, o qual amplia o controle externo da Corte de Contas.

REVISTA DO TCMRJ – Quais os desafios para se implantar a gestão social no Brasil?

Nem todos os cidadãos es-tão preparados para viver numa

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democracia participativa e isso seria um dos principais impe-dimentos para a implantação da gestão social. Os meios de comunicação de massa têm a capacidade de interferir no en-tendimento preliminar entre os cidadãos e ocasionar uma reo-rientação da opinião pública me-diante uma representação dra-mática de fatos e estereótipos calculados. Por essas razões, os mecanismos de controle social são pouco eficazes. Os indiví-duos, muitas vezes alienados ou manipulados, não sabem nem compreendem a profundidade de alguns assuntos. A socieda-de brasileira precisa discutir a reconstrução da sua identida-de coletiva à luz do patriotismo constitucional. Esse funciona-ria para os brasileiros como um processo educativo capaz de induzir aos participantes a re-flexão sobre as preferências de

maneira não coercitiva e envol-ver a comunicação de modo que todos compartilhem do mesmo ponto de vista e entendam que aquela decisão é a mais razoável e aceitável. Todos são cidadãos de uma mesma nação e isso bas-ta para que a participação social seja legítima frente à Constitui-ção. Uma sociedade totalmente individualizada, em que o indi-víduo é orientado apenas pelo próprio sucesso, danifica a ca-pacidade de integração coletiva. Os políticos não são exceção à regra, pois são orientados pelos próprios interesses e pelos dos seus financiadores. Para supe-rar os interesses privados que penetram na esfera pública, é necessário um processo educati-vo contínuo, ou seja, até que os indivíduos possam entender o conteúdo das decisões estatais, bem como os papeis institucio-nais, como válidos e razoáveis.

O sucesso de uma gestão social passa pela necessidade de garantir o processo dialógico esclarecido entre os cidadãos. Para tanto, o governo deve propiciar ao cidadão a possibilidade de entender os mecanismos de gestão, para que ele possa influenciar no processo de tomada de decisões. É neces-sário que a administração crie me-canismos informando à população acerca do conteúdo técnico posto em deliberação e não só tenha o compromisso com a transparência e a credibilidade das informações, mas que também garanta a ética do procedimento dialógico. Esse modelo de gestão, se implantado, pode ampliar o controle externo dos tribunais de contas, dentre eles o TCM-RJ.

REVISTA DO TCMRJ – Qual é a importância da aplicação da gestão social na atividade do controle externo do TCM-RJ?

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Quais ações o Tribunal tem ado-tado nesse sentido?

O Tribunal de Contas (TC) tem a missão de auxiliar o Legislati-vo no controle externo. Ele tem a função de julgar as contas dos administradores e dos demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos e as contas de qualquer pessoa, física ou jurídi-ca, que ocasionarem perda, ex-travio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. A partir de 2012, com a intensifi-cação das discussões pelo CGU e pelo TCU sobre o controle so-cial, o TCM-RJ se engajou nesses estudos. Em vista da necessi-dade de oferecer uma resposta para a sociedade e por conta das complexas estruturas políticas e sociais que se formaram nos úl-timos anos, com rotineiros even-tos de corrupção, concluiu-se que o controle da administração não deveria se restringir somen-te ao controle das instituições constituídas. Era fundamental a participação do cidadão nesse processo, monitorando perma-nentemente as ações governa-mentais. O controle social pode ser entendido como a participa-ção do cidadão na gestão públi-ca, na fiscalização, no monitora-mento e no controle das ações da administração pública. Esse mecanismo é imprescindível para legitimar o sistema de controle dos tribunais de contas como um todo, visto que somente com seu exercício é que a sociedade passa a ser a destinatária e tam-bém participante da fiscalização do agir estatal. A gestão social, uma vez implantada na adminis-

tração pública, pode ajudar nas decisões do TCM-RJ, escoran-do-as na vontade popular e evi-tando controvérsias no seio da comunidade. A grande questão é que, se ao julgar as contas le-vassem em conta a participação da população nas tomadas das decisões, os conselheiros esta-riam blindados pelo interesse público. Para isso, deve-se tomar por base um consenso sobre os casos que dividam a opinião pú-blica. Cabe ao TCM-RJ a tarefa

de zelar para que não se perca o mínimo indispensável da fun-ção integrativa da opinião pú-blica em sua decisão. Ademais, o TCM-RJ deve controlar a par-ticipação dos diferentes grupos na interpretação da Constitui-ção e normas, de forma que, na sua decisão, se levem em conta os interesses daqueles que não participam do processo.

No intuito de aproximar-se do cidadão, o tribunal oferece ser-viço de atendimento pela Ouvi-doria ou por e-mail. Esses canais têm o objetivo de esclarecer dúvidas e prestar informações gerais sobre assuntos relaciona-dos às funções e competências constitucionais e legais do Tribu-

nal, além de permitir a apresen-tação de denúncias contra atos de gestão ilegais ou irregulares. Para ampliar o controle social, o TCM-RJ tem investido em estu-dos que permitam maior margem de deliberação na participação ativa do cidadão, entretanto, para isso, é necessária a trans-parência das ações governa-mentais. Daí a justificativa para criar o Portal da Transparência do Município, através do site da Controladoria do Município do Rio de Janeiro. Esse portal reú-ne informações sobre o uso do dinheiro público arrecadado dos contribuintes e as disponibiliza para a ciência de todo o cida-dão, privilegiando uma relação entre sociedade e governo fun-dada na transparência e na res-ponsabilidade social.

O TCM-RJ inseriu dentre as metas do Plano Estratégico a ampliação da transparência da gestão pública de todas as suas ações. Além disso foi estabeleci-da a meta de melhorar a integra-ção da sociedade com a Corte de Contas carioca. Um das etapas da meta é a capacitação dos Conse-lhos de Escolas e Comunidades. A transparência de todos os atos, processos e decisões do Tribunal também é uma das etapas e si-naliza uma mudança de paradig-ma. Permitir que todas as suas decisões tenham transparência é reconhecer que através de uma cidadania ativa é possível ampliar o controle externo da administra-ção pública, e compreender que o direito de participação do cidadão se estende ao controle e fiscaliza-ção das instituições em todos os

Cada indivíduo

possui o direito fundamental de

participar

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seus níveis, princípio basilar con-sagrado também na Carta Magna.

REVISTA DO TCMRJ – Como as edições recentes da Lei da Ficha Limpa, Lei Anticorrupção e Lei da Transparência impactaram no trabalho desenvolvido pelos Tribunais de Contas?

Em função dos eventos de corrupção amplamente noticia-dos pela mídia no período de 2013 a 2017, a sociedade pas-sou a exigir uma atuação maior e mais efetiva dos órgãos públicos no combate a corrupção. Tal fato gerou a rediscussão do papel do controle externo e principalmen-te questionamentos relaciona-dos a participação popular, a qual não pode se limitar apenas a denúncias e interposição de ações populares.

A Lei Complementar nº 135/2013, conhecida como Lei da Ficha Limpa, foi proposta com mais de 1,6 milhão de as-sinaturas. Ela permitiu que, com a rejeição das contas pelos Tri-bunais de Contas, bem como a condenação pela prática de ato de improbidade, pelo enriqueci-mento ilícito e pela lesão ao pa-trimônio, resultem na suspensão de direitos políticos e com isso, na inelegibilidade. Em 2013, foi publicada a Lei nº 12.846/2013, Lei Anticorrupção (LAC). Esse diploma legal, dentre outras no-vidades, positivou a responsa-bilização objetiva, nos âmbitos administrativo e civil, de pes-soas jurídicas por atos lesivos que atentem contra o patrimô-nio público, contra princípios da administração pública ou contra

os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. Para o subsídio das investigações e dos processos administrativos que vierem a ser constituído, esse normativo possibilita a adoção de acordos de leniência. Esses acordos tornam possível a con-cessão de benefício à pessoa ju-rídica, envolvida nos atos dano-sos, que colaborar efetivamente com as investigações e com o processo administrativo na iden-tificação dos demais envolvidos na infração e na obtenção de informações e documentos que comprovem o ilícito. Esse diplo-ma legal permite que os tribunais de contas possam corrigir con-dutas e ao mesmo tempo apro-fundar as investigações contra as empresas e gestores que pra-ticaram atos lesivos à adminis-tração pública. Em fevereiro de 2015, o TCU editou a Instrução Normativa – TCU nº 74/2015 es-tabelecendo rito próprio para a organização do processo de le-niência, como requisito de efi-cácia do instrumento, no qual elenca cinco etapas constituin-tes dos acordos, nas quais o

TCU, para cada uma delas, se pronunciará sobre a legalidade, a legitimidade e a economici-dade dos termos produzidos. É recomendada a adoção dessa prática para todos os tribunais de contas do país.

Para corroborar com a inces-sante busca pelo interesse pú-blico, foi criada a Lei da Transpa-rência (nº 12.521/2011), a qual tornou obrigatória a existência de sites na internet para publi-cação de dados acerca da ges-tão pública, com espaço para a manifestação dos indivíduos, de modo a fomentar a participação social. A partir desse normativo surge o dever de a gestão pú-blica transformar em informa-ção a opinião dos usuários da internet, o que poderá orien-tar as decisões tomadas pelos órgãos públicos. Importante destacar que os Tribunais de Contas, desde 2007, passaram a ter a atribuição especializada da fiscalização de tecnologia da informação e agora também é atribuição das Cortes de Contas fiscalizarem a aplicação dessa norma. •

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Principal porta de entrada de turistas estrangeiros no país, o rio é conhecido como cidade do samba, da alegria e de visual deslumbrante. olhando um pouco mais de perto, porém, constata-se que ela vem sofrendo graves problemas

ambientais gerados pela intervenção humana, especialmente em suas lagoas, praias e rios. segundo a agência nacional de águas, no estado do rio de Janeiro mais de 500 toneladas de dejetos são lançados em rios e no oceano todos os dias, quase 70% deles sem qualquer tipo de tratamento. discutir o assunto, portanto, tornou-se imperativo e não pode ser mais adiado, como confirmam ambientalistas e autoridades.para saber mais sobre como a questão está sendo enfrentada na cidade, a jornalista denise Cook, da revista do TCMrJ, entrevistou o presidente da Comissão especial de saneamento da Câmara Municipal, vereador Carlo Caiado; o presidente da fundação rio-águas, Claudio barcelos dutra; e os biólogos Mario Moscatelli e ricardo gomes.

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Águas turvas| Rio de Janeiro |

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Por ser uma das áreas mais carentes de saneamento na cidade, a Zona Oeste tem

uma comissão específica na Câ-mara Municipal, presidida pelo vereador Carlos Caiado, há quase 13 anos. Ele cita os baixos inves-timentos e a falta de consciência ambiental por parte da popula-ção como os principais fatores para a situação preocupante e defende uma participação maior do Município na questão, que considera intimamente ligada à saúde pública

“A questão do saneamento é um problema grave a ser solucionado, requerendo, desta forma, uma atenção cuidadosa do poder público.”

REVISTA DO TCMRJ: Quando a comissão especial de saneamen-to da Zona Oeste foi criada e com que finalidade?

Carlo Caiado: A comissão de saneamento da Zona Oeste exis-te desde 2005, quando assumi meu primeiro mandato como ve-reador, aos 23 anos. A Zona Oes-te é uma das áreas mais carentes

de saneamento na Cidade. Exis-tem localidades na região que não possuem saneamento bási-co e o esgoto corre a céu aber-to. Em pleno século XXI, ainda temos esgoto sendo despejado em corpos hídricos, o que é mui-to grave. Desde então, a comis-são acompanha a execução de obras de saneamento na região. Além da fiscalização, há também a promoção de audiências pú-blicas para discutir os diversos temas, que vão de encanamento de água potável ao processo de despoluição das lagoas e rios. Sempre vamos a campo, suge-rindo, promovendo reuniões, chamando a população e os ór-gãos públicos para discutirmos sobre os mais variados temas de saneamento.

REVISTA DO TCMRJ: Que as-suntos são tratados nas reuniões da comissão?

Carlo Caiado: A convocação para as reuniões da comissão é feita à medida em que as deman-das vão chegando, ou seja, quase sempre. Os últimos temas trata-dos foram em relação à prolifera-ção de gigogas nos canais do Re-creio dos Bandeirantes; o reinício das obras de macrodrenagem na bacia de Jacarepaguá; e a audi-ência pública para discutir as in-tervenções da prefeitura na Praia da Macumba, especificamente no

Canal do Rio Morto, que recebe todo o esgoto não tratado da re-gião e ainda enfrenta o problema de assoreamento provocado pelo mar na foz do canal.

REVISTA DO TCMRJ: Qual a opinião formada pela comissão a respeito dos serviços de sane-amento na cidade do Rio de Ja-neiro?

Carlo Caiado: Os investimen-tos para esta área vão muito aquém do que realmente são ne-cessários. Estamos muito atra-sados em políticas públicas de saneamento. Esta questão deve ser tratada com prioridade, pois a nossa geração sofre e a pró-xima também sofrerá as conse-

Uma questão de saúde pública

rio de janeiro

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quências das ações ou falta de ações efetivas em saneamento. É preciso investir em educação ambiental nas escolas, forman-do uma sociedade mais cons-ciente dos cuidados com o meio ambiente.

REVISTA DO TCMRJ: Segundo ambientalistas e biólogos estu-diosos, a questão do saneamen-to na cidade está caótica. O que a comissão aponta como cau-

sas e quais seriam as possíveis soluções?

Carlo Caiado: Sim, é uma si-tuação real. Falta o olhar respon-sável de todos os lados, tanto do governo, como da popula-ção. Cada um deve fazer a sua parte, tendo consciência da sua responsabilidade. O poder Exe-cutivo tem o dever de encontrar mecanismos para minimizar os problemas da falta de saneamen-to, tratando como uma questão

de saúde pública. Além de ações efetivas, é preciso campanhas educativas rotineiras.

Sou crítico desse modelo adotado no País; acho que os municípios deveriam ter maior participação na questão do sa-neamento. A prefeitura tem con-dições e deve de assumir impor-tantes obras de saneamento no município, mas não o faz devido à legislação, que dá essa atribui-ção ao estado.

A universalização do sane-amento básico da cidade está nos planos da Fun-

dação Rio-Águas, como explica seu presidente, Claudio Dutra. Entre as principais ações para atingir o objetivo, ele ressalta a implantação de cerca de 200 km de rede coletora de esgoto na Zona Oeste.

“É importante que o usuário faça também a sua parte, evitando

jogar lixo na rede coletora e fazendo

o tratamento prévio antes do descarte”

REVISTA DO TCMRJ: Qual é a finalidade da Fundação Rio- Águas?

Claudio Dutra: A Fundação Instituto das Águas do Município do Rio de Janeiro – Rio-Águas foi

criada por lei em 1998, para aten-der ao Plano Diretor da Cidade e se encarregar da gestão do siste-ma de esgotamento sanitário e pluvial e da elaboração do plano diretor de drenagem urbana. Na ocasião, tinha como finalidade, basicamente, planejar, organizar, executar e coordenar os traba-lhos de prevenção e controle de enchentes, mas a fundação avan-çou em projetos significativos como o Programa de Esgotamen-to Sanitário na Baixada de Jacare-paguá, e, ainda, na construção do cadastro de subsolo da cidade.

Em 2007, em decorrência de convênio entre estado e municí-pio do Rio, absorveu competên-cias de serviço de esgotamento sanitário que anteriormente eram delegadas à Cedae, na área que compreende os bairros de Bangu, Realengo, Campo Grande, Guara-tiba e Santa Cruz, na Zona Oeste. Além disso, passou a cuidar da gestão dos corpos hídricos do território municipal; da opera-ção de estações de tratamento

de rios, do Lago Salgado de Ra-mos; e da manutenção do espe-lho d’água da Lagoa Rodrigo de Freitas.

A Fundação Rio-Águas é um órgão da administração indireta, pessoa jurídica de direito público e de natureza autárquica, hoje vin-culada à Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente.

REVISTA DO TCMRJ: Que ativi-dades a fundação executa, efeti-vamente?

Claudio Dutra: Atuamos na conservação dos sistemas de drenagem: conservamos rios, ca-nais, lagoas e espelhos d’água. Operamos os sistemas de quali-dade das águas nas estações de tratamento de rios, do Lago Sal-gado de Ramos, fiscalizamos a integridade dos corpos hídricos e analisamos as redes subterrâneas de concessionárias.

Além disso, atuamos em sanea-mento, manejo de águas pluviais e no funcionamento de três bacias hidrográficas. Oceânica (Zona Sul

Por um saneamento universal

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e Jacarepaguá; da Baía da Guana-bara; e da Baía de Sepetiba.

REVISTA DO TCMRJ: O plano de saneamento da cidade, criado em 2011, vem sendo cumprido?

Claudio Dutra: A premissa bá-sica do plano é a universalização do saneamento e a prestação adequada dos serviços de água e esgoto no município. Para tanto, em 2012, município fez a conces-são dos serviços de esgotamento sanitário da região que cobre a Zona Oeste, que possui o maior déficit em estruturas de sanea-mento básico. No primeiro quin-quênio, de 2012 a 2017, foram implantados aproximadamente 200km de rede coletora de esgo-tamento sanitário.

REVISTA DO TCMRJ: Quais são, hoje, os programas de despolui-ção e controle das lagoas, praias e rios da cidade do Rio de Janeiro?

Claudio Dutra: Um convênio firmado entre a prefeitura e o governo do Estado do Rio possi-bilitou um programa de controle da qualidade das águas urbanas, na qual estão incluídas, prin-cipalmente, as operações das Unidades de Tratamento de Rio, em Arroio Fundo, Flamengo, São Conrado e Guaratiba, dos esgo-tos provenientes de ligações e despejos clandestinos, a opera-ção do Piscinão de Ramos, com a utilização da água da Baía de Guanabara, que é tratada, clora-da e lançada no lago artificial; e, ainda, a operação do sistema de

comportas da Lagoa Rodrigo de Freitas.

REVISTA DO TCMRJ: Mesmo assim, especialistas em meio ambiente vêm apontando que o saneamento na cidade está num nível bem preocupante. O que o senhor aponta como cau-sas e quais seriam as possíveis soluções?

Claudio Dutra: Estamos, da nossa parte, fazendo a expansão do saneamento, a começar pela Zona Oeste, em busca da uni-versalização. Mas, é importante que o usuário faça também a sua parte, evitando jogar lixo na rede coletora e fazendo o tratamento prévio (fossa / filtro), antes do descarte.

ALERTA VERMELHOAtivista ambiental incansável, o biólogo Mário Moscatelli alerta que “não vai sobrar muita coisa para contar se continuarmos com esta mentalidade sobre gestão ambiental, dentro e fora do poder público”.

REVISTA DO TCMRJ: Como o senhor vê, hoje, a situação dos rios, das praias e das lagoas do Rio de Janeiro?

Mário Moscatelli: Rios, em es-tado de óbito; praticamente to-dos, transformados em valões de esgoto e lixo, principalmente, nos trechos que passam por áreas ur-banizadas. Lagoas – o sistema la-gunar de Jacarepaguá, constituído por cinco lagunas, apresenta-se, em quatro delas, em estado termi-nal, pois, o que eram antes lagoas costeiras, foram transformadas em

imensas latrinas e depósitos de lixo. Das cinco, a única que apre-senta condições um pouco melho-res é a Laguna de Marapendi. No caso da Lagoa Rodrigo de Freitas, a situação é exceção, visto que, devido a mobilização da socieda-de no início deste século, a Cedae se viu obrigada a recuperar todo o sistema de elevatórias e trocar boa parte dos troncos coletores de es-goto, melhorando suas condições ambientais. Mas, repito, é uma exceção no mar de degradação que destrói os ecossistemas ainda

“Em termos ambientais, vivemos

ainda no Brasil-Colônia, onde o que interessa é ganhar o máximo possível no menor prazo de tempo; onde quem paga a conta é o

ambiente”

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existentes de nossa cidade. Praias – dependendo da praia, temos as permanentemente ou quase sem-pre poluídas, geralmente situadas na Baía de Guanabara, ou aquelas que, situadas próximas à saída de canais, rios e lagoas, sofrem com o escoamento do esgoto e demais contaminantes lançados nos rios e lagoas. Apenas as praias distantes desse tipo de associação geográ-

fica é que apresentam condições de balneabilidade adequadas o ano inteiro.

Infelizmente, no Rio de Janeiro, em termos ambientais, vivemos ainda no Brasil-Colônia, onde o que interessa é ganhar o máximo possível no menor prazo de tem-po; onde quem paga a conta des-sa cultura é o ambiente. A me-trópole do século XXI continua

pensando e agindo, em termos ambientais, com a mentalidade de exploração. Sem dúvida, cami-nhamos para a exaustão. REVISTA DO TCMRJ: O senhor considera o brasileiro, em es-pecial o carioca, consciente da necessidade de preservação do meio ambiente?

Mário Moscatelli: No Brasil, em especial no Rio de Janeiro, ainda vivemos na fase primária do am-bientalismo, onde muito se fala sobre ambiente sem que, de fato, modifiquemos nossas práticas de degradação individual e coletiva. Vivemos do marketing da “Cidade Maravilhosa” sem qualquer cuida-do com aquilo que a tornou co-nhecida como maravilhosa.

REVISTA DO TCMRJ: São no-tórias suas tentativas de chamar a atenção para as condições das águas cariocas. Como avalia o re-sultado do seu ativismo?

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Mário Moscatelli: Tenho feito de tudo: representações ao Mi-nistério Público, manifestações públicas, denúncias por meio da imprensa local e internacional, denúncias por meio de artigos em jornais e revistas e, ultima-mente, levando, para visitas às lagoas, formadores de opinião do meio artístico. Em resumo, muito se denuncia, se produzem provas técnicas, mas, de concreto, em relação às baías da Guanabara e Sepetiba, às bacias hidrográfi-cas e lagoas, praticamente nada tem sido revertido em termos de degradação ambiental. Algumas vitórias aqui e acolá no varejo, como no caso da Lagoa Rodrigo de Freitas no início deste século, mas, no atacado, tem sido uma goleada total por parte dos de-gradadores.

REVISTA DO TCMRJ: Que pos-síveis soluções o senhor sugere para a despoluição das águas cariocas?

Mário Moscatelli: Francamen-te, as causas da degradação das águas são duas: o crescimento urbano desordenado e a falta de saneamento universalizado. Por-tanto, a degradação dos corpos d’água não é gratuita, mas faz parte de uma forma de gerir os interesses políticos e econômi-cos de nossa cidade, onde quem paga a conta, mais uma vez, é o ambiente. Sugestões técnicas existem aos montes, mas esbar-ram em interesses pouco preo-cupados com o meio ambiente. Convenhamos que, para uma cidade que recebeu, nos últimos anos, R$ 40 bilhões em investi-mentos públicos e privados, con-

tinuar do jeito que está, do ponto de vista ambiental, demonstra claramente a pouca importância que o assunto gera na classe po-lítica e na sociedade.

REVISTA DO TCMRJ: De que for-ma o senhor acredita que possa ser feito o controle da poluição?

Mário Moscatelli: Selecionan-do melhor os gestores públicos e exigindo maior eficiência nos serviços públicos de saneamen-to. Infelizmente, o Brasil vive no século XVIII em termos de gestão ambiental e, como tal, continua-mos acabando com os recursos naturais numa velocidade do sé-culo XXI. Não vai sobrar muita coisa para contar a história se continuarmos com esse tipo de mentalidade, dentro e fora do poder público.

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O biólogo, fotógrafo e cineasta Ricardo Go-mes mergulhou na Baía de Guanabara e ao longo do emissário submarino de Ipanema

para mostrar toda a rica fauna que resiste abaixo da linha de águas tão poluídas. Como resultado, lançou dois documentários reunindo imagens que

mostram que vida e beleza ainda são possíveis em ambientes supostamente tão improváveis. “É possível reverter a situação da Baía de Guanaba-ra, uma das baías com maior diversidade do mun-do”, afirma Gomes, em conversa com a Revista do TCMRJ.

VIDA qUE RESISTE

“O carioca tem tradição de praia, conhecida mun-dialmente. Mas essa relação do carioca com o mar termina na faixa de areia. A maioria não sabe dos organismos que vivem abaixo da linha da água. Nós precisamos operar a transformação do ‘povo com tradição de praia’ para ‘povo com cultura de mar’. Enquanto as pessoas não saberem que existe uma verdadeira floresta amazônica submersa, de beleza incrível, não conseguiremos transformar a nossa realidade.”

CULTURA DE MAR

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“A cidade não trata o esgoto como deveria. Vemos o emissário submarino de Ipanema despejar esgoto no mar, sem qualquer tratamento, a toda hora. Na década de 70, quando ele foi construído, a legisla-ção ambiental permitia que o esgoto fosse lançado no mar sem tratamento. Hoje, em razão da nova le-gislação de proteção ao meio ambiente, isso já não seria mais possível: teria de ser construída uma nova estação de tratamento de esgoto. O único sistema

de filtragem do emissário é um gradeamento, que impede a passagem de todas as partículas maiores do que uma bola de tênis. Imagina quanto lixo não fica retido neste sistema de grades; existe muita coi-sa menor do que uma bola de tênis, como absor-ventes e cotonetes por exemplo, que acabam sendo lançados a 3 km da praia. Na Baía de Guanabara a situação não é diferente, lá despeja-se esgoto prati-camente in natura.”

ESGOTO AO MAR

CONHECER E PRESERVAR

“Parece que o povo brasileiro ainda acha que a na-tureza é infinita, e que podemos usar e abusar dela. Nos últimos 50 anos, pescamos mais de 90% dos grandes peixes existentes no oceano. Com a pesca desordenada, estamos colocando a vida do mar em risco. Também já destruímos metade de todos os recifes de corais. O carioca se diz amante da natu-reza, amante do mar; mas será que é mesmo? Será que o carioca reveria alguns comportamentos, se soubesse que o oceano está em risco, que a gente vem consumindo espécies de peixes ameaçadas de

extinção? Atualmente, você pode ver em cardápios de muitos restaurantes espécies de peixes amea-çados de extinção. Não raro, come-se camarão em período de defeso, pegos no mar com rede de arras-to. Em geral, as restrições de pesca, especialmente no período de reprodução, não são conhecidas Por isso, é importante investir em fiscalização e em co-nhecimento e difundir essas informações para que haja interesse em fazer algo para proteger a nature-za. Como Jacques Cousteau já falava 60 anos atrás, o homem só preserva aquilo que conhece.”

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“As lagoas do Rio de Janeiro estão em situação ainda pior do que o mar. Aqui, viraram sinônimo de valão de esgoto. Dezenas de municípios que não possuem saneamento básico despejam esgoto in natura nos nossos rios, que desembocam na Baía de Guanaba-ra, já sobrecarregada. O complexo lagunar de Jacare-paguá virou depósito de lixo; diversos condomínios de luxo jogam dejetos nas lagoas da Ladeira e de

Jacarepaguá, que estão praticamente mortas. Este é um problema ‘simples’ de resolução complexa, por-que não se resume a um problema ambiental; é, an-tes de mais nada, um problema social. Resolver este problema depende do enfrentamento da questão social. No entorno da Baía de Guanabara, há mais de oito milhões de pessoas sem rede de coleta ou estações de tratamento de esgoto.”

qUESTÃO SOCIAL

“A Baia de Guanabara é uma das baías com maior biodiversidade do mundo: temos tubarões e raias, por exemplo. Na Indonésia, as raias são o maior atrativo de mergulho; turistas do mundo inteiro pa-gam para mergulhar com as raias. Estima-se que uma única raia na Indonésia possa gerar mais de um milhão de dólares durante toda sua vida quando agregada ao turismo. Aqui, embora ameaçadas de

extinção, as pessoas continuam comendo raias. Po-deríamos explorar esse potencial também para gerar renda e emprego. Ou seja, precisamos investir em cultura para que a proteção ao meio ambiente seja elevada a item primordial nas decisões políticas do governo. E mais: talvez, a biodiversidade não resista por mais cinco, dez anos. Portanto, a hora de se fa-zer alguma coisa é agora.”

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Mar Urbano: Há 15 anos, o biólogo e cineasta Ricardo Gomes reúne imagens do fundo do mar das praias de Ipanema e Copacabana, filmadas, na maioria, ao longo do emissário submarino de Ipanema, construído na década de 70, para solucionar o problema de saneamento da Zona Sul. Todo este trabalho deu origem ao documentário Mar Urbano, lançado em 2014. O filme revela que, em volta deste tubo que leva esgoto para o meio do mar, existe uma fauna marinha rica, de grande representatividade para o litoral carioca.

Baía Urbana: O documentário Baía Urbana, lançado, inicialmente, em junho de 2017, durante a conferência da ONU sobre os oceanos, em Nova York, só chegou ao Brasil em setembro. A produção é fruto da parceria entre o biólogo Ricardo Gomes e o Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. A ideia de produzir o documentário surgiu em 2015, quando a Baía de Guanabara foi alvo de duras críticas da imprensa internacional, à época dos jogos olímpicos, e, a intenção de Ricardo foi mostrar que, debaixo daquelas águas poluídas, há verdadeiros santuários marinhos: raias, botos, caranguejos, polvos, tartarugas, e, até, corais. Por meio do filme, o biólogo espera chamar a atenção para as maravilhas da vida marinha na Baía e levar sociedade civil e governos à ação.

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À frente da Fundação Bi-blioteca Nacional desde agosto de 2016, Helena

Severo já contabiliza muitas rea-lizações, que comprovam sua desenvoltura e capacidade de fazer acontecer. Frutos de sua ampla experiência como ges-tora pública e empreendedora, esses seus atributos convence-ram Brasília a finalizar as obras da fachada da Biblioteca, que se arrastavam havia mais de cinco anos quando assumiu a presi-dência. Dos cerca de nove mi-lhões de itens que compõem o oitavo maior acervo bibliográfico nacional do mundo, quase dois milhões já estão digitalizados e acessíveis on line. Outra priorida-de em operação são as exposi-ções, que reúnem preciosidades abertas ao público.

A “carioca” do Piauí criou-se e formou-se na cidade e dedicou sua carreira inteiramente ao Rio de Janeiro, tendo sido secretária de Cultura em governos munici-pais e estaduais. Sua atuação foi reconhecida e condecorada com a Ordem do Mérito Cultural, ou-torgada pelo Ministério da Cultu-ra àqueles que se destacam por sua contribuição à cultura brasi-leira. Dona de uma simpatia con-tagiante, Helena recebeu a Revis-

ta do TCMRJ para conversar sobre sua vida e seus projetos para a Bi-blioteca Nacional.

“na área da Cultura,

o que acontece aqui

no rio repercute no

brasil, não tenho a

menor dúvida!”

REVISTA DO TCMRJ: Conte um pouco de sua vida.

Eu não nasci no Rio de Janei-ro, mas sou carioca. Foi aqui que estudei, me formei, sempre traba-lhei e é onde eu moro. A bem da verdade, eu nasci no Piauí. Olha só que interessante: meu pai era médico sanitarista e trabalhava na área de combate à malária e à febre amarela. Naquela época, estas duas doenças endêmicas foram praticamente erradicadas no Brasil e, agora, a febre ama-rela voltou. Do Piauí, meu pai foi trabalhar no Ceará, depois mu-damos para Pernambuco e, fi-nalmente, viemos para o Rio de Janeiro.

Eu sou graduada em Direito, pela PUC-Rio. Cheguei a exercer a profissão durante cinco anos,

mas eu queria mesmo era seguir carreira acadêmica, trabalhar na universidade. Por isso, cursei mestrado em Ciências Políticas, no Instituto de Filosofia de Ciên-cias Sociais da UFRJ e, depois, comecei a dar aula. Trabalhei também em pesquisa, e terminei me encaminhando para a área da Cultura: nesta época, trabalhei na TV Educativa e, a partir de então, passei a atuar na área de gestão cultural.

Meu primeiro cargo relevante em gestão cultural foi o de dire-tora do Museu da República, de 1989 a 1991. No ano seguinte, fui convidada pelo então prefei-to César Maia para assumir a Se-

Bate-papo carioca com...HELENA SEVEROPresidente da Biblioteca Nacional

Por Denise Cook

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cretaria de Cultura, onde estive à frente por oito anos, durante também a gestão de Luiz Paulo Conde, a fim de que continuás-semos o trabalho que vínhamos realizando. Mas, em 2000, recebi o convite para trabalhar no Proje-to Brasil 500 anos, que foi a maior exposição de artes plásticas já realizada no Brasil.

Para me dedicar ao proje-to como coordenadora da área nacional, pedi uma licença sem vencimento do serviço público e me afastei do cargo. Um ano e meio depois o então governador Anthony Garotinho me convi-dou para assumir a Secretaria de Cultura do Estado. Ali permaneci por outro ano e meio, até o final de seu mandato e, a convite da governadora Rosinha Garotinho, continuei no cargo. Nesta épo-

ca, acumulei a função de dirigir o Theatro Municipal.

REVISTA DO TCMRJ: Na sua opi-nião, o Rio de Janeiro ainda pode ser considerado polo cultural?

O que acontece no Rio reper-cute no Brasil, não tenho a menor dúvida. O Rio tem uma história privilegiada na medida em que nós fomos capital do Império, capital da República, até a trans-ferência da capital para Brasília. Aqui no Rio, estão as institui-ções mais importantes do País, os grandes museus nacionais e as grandes instituições culturais, como a Biblioteca Nacional, o Jar-dim Botânico, o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, o Museu Histórico Nacional, o Museu Na-cional de Belas Artes. Ou seja, nós temos aqui um conjunto de

instituições culturais que o Brasil construiu ao longo de sua histó-ria, desde a chegada de Dom João VI até hoje. A Biblioteca Nacional é a tradução disto: o acervo ini-cial da Biblioteca foi trazido por Dom João VI para o Brasil. Tra-ta-se de acervo extraordinário! Somos a oitava maior biblioteca nacional do mundo.

REVISTA DO TCMRJ: Quais são suas prioridades como presiden-te da Biblioteca Nacional?

Quando cheguei aqui, encon-trei a Biblioteca envolta em ta-pumes havia mais de cinco anos. Então, comecei o processo de convencimento, em Brasília, de que era necessário retomar as obras. Era necessário que reali-zássemos a recuperação da fa-chada e conseguimos obter re-

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cursos para dar prosseguimento definitivamente. A fachada da rua México está pronta e já estamos avançando pela fachada da Ave-nida Rio Branco. Nossa previsão é de que, no final de maio, a obra esteja concluída e, enfim, entre-gue à população.

Outra prioridade é a digitali-zação do acervo da Biblioteca. Nossa meta é ter, daqui uns cinco ou no máximo oito anos, todo o acervo digitalizado e disponibi-lizado ao público. Do total, que reúne cerca de nove milhões de itens, quase dois milhões já estão digitalizados. Este é um projeto fantástico que se chama BN Di-gital, que qualquer pessoa pode acessar, na página da Biblioteca Nacional (www.bn.gov.br).

Os projetos de exposições são outras das nossas principais ini-ciativas. Agora mesmo estamos com duas que considero muito relevantes.

REVISTA DO TCMRJ: Ou seja, ainda que esteja em obras, a Bi-blioteca Nacional permanece aberta à visitação?

Sim. Estará em cartaz, até 28 de fevereiro, a exposição “500 anos da Reforma Luterana”,

com peças extraor-dinárias do nosso acer-vo como, por exemplo, três bíblias de Gutemberg, além de itens preciosíssimos referentes àquele período, como manuscri-tos, imagens, bulas papais e ou-tros de valor histórico inestimável.

Também esteve em exposi-ção aberta ao público a coleção de fotografias “Theresa Christina Maria”, que, na verdade, é uma coleção de Dom Pedro II, que era apaixonado por fotografia. Ele acompanhou o nascimento da fotografia e adquiriu, na Eu-ropa, essa coleção que registra a fase embrionária da nova técnica.

A esse acervo, Dom Pedro deu o nome da mulher, a imperatriz The-resa Christina.

REVISTA DO TCMRJ: Quais são os projetos futuros?

Entre os nossos projetos, já está sendo realizada a transferên-cia da nossa hemeroteca (acervo de periódicos) para um arma-zém na área portuária. É a mais completa do Brasil. O prédio da Biblioteca não suporta receber mais acervo, a própria estrutura do prédio não permite que se adi-cione mais peso. E a hemeroteca cresce exponencialmente, todo dia chegam novos periódicos. Por isso, sua transferência é de extre-ma importância.

Também estamos iniciando o projeto de comemoração dos 200 anos da Independência do Bra-sil, que acontecerá em 2022. Já planejamos alguns eventos para meados de 2018, como a expo-sição sobre os grandes patriarcas da Independência do Brasil.

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A Constituição Federal de 1988, no artigo 37, §6º, positivou o sistema objetivo de respon-sabilidade civil das pessoas jurídicas de direito

e as de direito privado prestadoras de serviços públi-cos, por meio do qual respondem pelos danos que seus agentes, desde que atuando nesta qualidade, causarem a terceiros – sem que se discuta culpa ou dolo. Em verdade, não se perquire o elemento subje-tivo da conduta dos agentes, bastando a comprova-ção do fato lesivo, do dano e do nexo de causalidade.

O mesmo dispositivo constitucional, porém, esta-beleceu que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços pú-blicos terão ação regressiva contra os agentes cau-sadores dos danos por elas suportados, mas com a necessidade de comprovação de que atuaram com dolo ou culpa. A ação regressiva, portanto, não será regulada por um sistema objetivo de responsabilida-de civil, mas por um regime que tem por fundamen-to a culpa e seus elementos centrais, quais sejam imprudência, imperícia e negligência.

Ideologicamente o sistema constitucional parece perfeito, pois garante aos lesados por condutas de agentes públicos o ressarcimento de seus prejuízos por intermédio do Estado e, ao mesmo tempo, ga-rante ao Poder Público um mecanismo de recompo-sição do dano suportado frente aos seus agentes em ação regressiva. Este raciocínio conduziu o Supremo Tribunal Federal ao entendimento de que NÃO há solidariedade entre o Poder Público e os agentes

públicos, por condutas danosas a terceiros, positi-vando o que se vem denominando de “princípio da dupla garantia”.1 A propósito, dois importantes pre-cedentes do STF:

“Considerou-se que, na espécie, o decreto de inter-venção em instituição privada seria ato típico da Ad-ministração Pública e, por isso, caberia ao Município responder objetivamente perante terceiros. Aduziu-se que somente as pessoas jurídicas de direito público ou as pessoas jurídicas de direito privado que prestem serviços públicos podem responder, objetivamente, pela reparação de danos ocasionados por ato ou por omissão dos seus agentes, enquanto estes atuarem como agentes públicos. No tocante à ação regressi-va, asseverou-se a distinção entre a possibilidade de imputação da responsabilidade civil, de forma direta e imediata, à pessoa física do agente estatal, pelo su-posto prejuízo a terceiro, e entre o direito concedido ao ente público, ou a quem lhe faça as vezes, de res-sarcir-se perante o servidor praticante de ato lesivo a outrem, nos casos de dolo ou de culpa. Em face dis-so, entendeu-se que, se eventual prejuízo ocor-resse por força de agir tipicamente funcional, não haveria como se extrair do citado disposi-tivo constitucional a responsabilidade per saltum da pessoa natural do agente. Essa, se cabível, abrangeria apenas o ressarcimento ao erário, em sede de ação regressiva, depois de prova-da a culpa ou o dolo do servidor público. Assim,

ARTIGO

Responsabilidade do Estado: prazo de Prescrição

FLáVIO DE ARAúJO WILLEMAN Procurador do Estado do Rio de Janeiro e advogado

1 O terceiro lesado tem a garantia, no Estado, de ressarci-mento de seus prejuízos e, portanto, somente contra o ente público poderá demandar; o Estado, por sua vez, tem a ga-

rantia de se ressarcir, regressivamente, perante seus agentes que atuaram com culpa ou dolo e que causaram danos ao erário.

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concluiu-se que o mencionado art. 37, §6º, da CF, consagra dupla garantia: uma em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado que preste serviço público; outra, em prol do servidor estatal, que somente res-ponde administrativa e civilmente perante a pes-soa jurídica a cujo quadro funcional pertencer. A Min. Cármen Lúcia acompanhou com reservas a fundamen-tação. RE 327904/SP, rel. Min. Carlos Britto, 15.8.2006.” (RE-327904 – v. Informativo de Jurisprudência do STF nº 436).

“A Turma deu provimento a recurso extraordinário para assentar a carência de ação de indenização por danos morais ajuizada em desfavor de diretor de universidade federal que, nessa qualidade, suposta-mente teria ofendido a honra e a imagem de subor-dinado. De início, rejeitou-se a pretendida compe-tência da Justiça Federal (CF., art. 109, I) para julgar o feito. Asseverou-se que a competência é definida pelas balizas da ação proposta e que, no caso, a ini-cial revela que, em momento algum, a universidade federal fora acionada. Enfatizou-se, no ponto, que o ora recorrido ingressara com ação em face do recor-rente, cidadão. Desse modo, pouco importaria que o ato praticado por este último o tivesse sido conside-rada certa qualificação profissional. De outro lado, reputou-se violado o §6º do art. 37 da CF, haja vista que a ação por danos causados pelo agen-te deve ser ajuizada contra a pessoa de direito público e as pessoas de direito privado pres-tadoras de serviços públicos, o que, no caso, evidenciaria a ilegitimidade passiva do recor-rente. Concluiu-se que o recorrido não tinha de formalizar ação contra o recorrente, em razão da qualidade de agente desse último, tendo em conta que os atos praticados o foram personi-ficando a pessoa jurídica de direito público”. (RE 344133/PE, rel. Min. Marco Aurélio, 9.9.2008. Informativo de Jurisprudência do STF nº 519)

Todavia, o que se mencionou anteriormente ser ideologicamente perfeito encontra algumas dificulda-des na rotina da administração púbica. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos são constantemente demandadas pelos mais diversos atos ilícitos pratica-dos por seus agentes, mas raramente ajuízam corres-pondente ação regressiva. Esta omissão estatal, decer-to, representa violação ao artigo 37, §6º da CRFB/88 e acaba por enfraquecer o sistema que, em última aná-lise, foi criado para estimular a eficiência dos agentes públicos no desempenho de suas funções, inibindo-os ao cometimento de atos ilícitos que lesem terceiros. Igualmente, representa medida de proteção ao patri-mônio público desfalcado quando da condenação do Estado a indenizar os terceiros lesados.

Extrai-se, pois, do artigo 37, §6º da CRFB/88 uma atuação mandatória à advocacia pública, no sentido de se manifestar, expressa e formalmente, após o final de cada processo em que se discutir o dever de indenizar do Estado, acerca do cabimento da ação de regresso contra o agente público causador do dano, sem perder de perspectiva que a atuação estatal deverá ser pautada pelo princípio da impes-soalidade e que necessário será a comprovação de conduta culposa ou dolosa do agente para que a ação de regresso seja ajuizada.2

“as pessoas jurídicas de direito público e as de direito

privado prestadoras de serviços públicos são constantemente

demandadas pelos mais diversos atos ilícitos praticados por seus

agentes, mas raramente ajuízam correspondente ação regressiva”

2 No âmbito da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro pode-se citar a Resolução nº PGE Nº 2.870, de 23 de setembro de 2010, que, no artigo 1º, determina aos Procuradores do Es-tado, obrigatoriamente, a emissão de pronunciamento jurídico conclusivo sobre a viabilidade ou não do ajuizamento da ação de regresso, no prazo de até 30 (trinta) dias após o transito em julgado da decisão que impuser a condenação à Fazenda Públi-

ca. No âmbito federal o tema está regulado pela vetusta Lei nº 4.619/65, que estabeleceu igual obrigação aos Procuradores da República (hoje à AGU), prevendo o prazo de manifestação em até 60 dias após o transito em julgado. Importante notar que não estabeleceram as normas prazos prescricionais, mas prazos para definição administrativa sobre o ajuizamento do direito ao regresso.

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Não se incentiva a instauração de um sistema de “pânico” ou de “medo” aos agentes públicos. Longe disso. O que se propõe é o efetivo cumprimento do artigo 37, § 6º da CRFB/88, que, repita-se, é manda-tório ao determinar a análise sobre o cabimento da ação de regresso, se comprovada conduta culposa

ou dolosa do agente público que fez deflagrar o de-ver de indenizar do Estado.

Estabelecida esta premissa, a discussão que se passa a enfrentar diz respeito ao momento do ajui-zamento da ação regressiva e qual o prazo prescri-cional que regula esse direito/dever do Estado.

Momento para ajuizamento da ação de regressoAinda hoje se discute na doutrina e na jurispru-

dência acerca do direito de regresso a que alude o artigo 37, §6º, da CRFB/88, mais especificamente se pode ser exercido pelas pessoas jurídicas de direi-to público nos próprios autos da demanda principal em que são rés, via utilização do instituto da denun-ciação da lide.

Os que advogam a impossibilidade de ajuizamen-to da ação regressiva nos mesmos autos da ação principal (via denunciação da lide) se fiam na veda-ção da cumulação de discussões da responsabilida-de subjetiva do agente público no mesmo processo em que se discute o dever objetivo de indenizar do Estado. O debate sobre culpa em um processo em que a obrigação primária prescinde de sua análise poria em risco os princípios da efetividade da tutela jurisdicional e da economia processual.3

Posição outra há, no entanto, que defende ser le-gítimo e possível o exercício do direito de regresso do Estado contra seu agente nos mesmos autos em que for demandado, não só porque inexiste no or-denamento jurídico disposição proibitiva expressa neste sentido, mas também em razão da clara e ex-pressa autorização contida no artigo 125, II do CPC, que deve ser interpretado à luz da regra prevista no artigo 37, §6º, da CRFB/88.4-5

Por último, mencione-se o entendimento doutri-nário que se apresenta intermediário (entre o que admite e o que não admite a denunciação da lide), sustentado por INACIO DE CARVALHO NETO, que se coloca favorável à denunciação do servidor à lide desde que não haja inserção de fato novo pelo Es-tado para discutir a responsabilidade civil (subjetiva) regressiva do servidor. Em havendo alusão a fatos

3 “RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILI-DADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO. MORTE DECORRENTE DE ERRO MÉDICO. DENUNCIAÇÃO À LIDE. NÃO OBRIGATORIEDA-DE. RECURSO DESPROVIDO.

1. Nas ações de indenização fundadas na responsabilidade ci-vil objetiva do Estado (CF/88, art. 37, § 6º), não é obrigatória a denunciação à lide do agente supostamente responsável pelo ato lesivo (CPC, art. 70, III).2. A denunciação à lide do servidor público nos casos de inde-nização fundada na responsabilidade objetiva do Estado não deve ser considerada como obrigatória, pois impõe ao autor manifesto prejuízo à celeridade na prestação jurisdicional. Haveria em um mesmo processo, além da discussão sobre a responsabilidade objetiva referente à lide originária, a neces-sidade da verificação da responsabilidade subjetiva entre o ente público e o agente causador do dano, a qual é desneces-sária e irrelevante para o eventual ressarcimento do particular. Ademais, o direito de regresso do ente público em relação ao servidor, nos casos de dolo ou culpa, é assegurado no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, o qual permanece inalterado ainda que inadmitida a denunciação da lide.3. Recurso especial desprovido. (REsp 1089955 / RJRECURSO ESPECIAL 2008/0205464-4 – 1ª Turma do STJ – Rel. Ministra DENISE ARRUDA – DJe 24/11/2009)

4 “EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RESPONSABILIDADE OBJE-TIVA DO ESTADO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE INDEFERIDA. ANU-

LAÇÃO DO FEITO. NÃO CABIMENTO. EMBARGOS REJEITADOS.Da análise do artigo 37, §6º, da Constituição Federal, conclui-se que buscou o constituinte, ao assegurar ao Estado o direito de regresso contra o agente público que, por dolo ou culpa, cause danos a terceiros, garantir celeridade à ação interposta, com fun-damento na responsabilidade objetiva do Estado. Dessarte, ainda que, a teor do que dispõe o artigo 70, III, do CPC, seja admitida a denunciação da lide em casos como tais, não é ela obrigatória. A anulação do feito baseada no indeferimento da denunciação da lide ofenderia a própria finalidade do instituto, que é garan-tir a economia processual na entrega da prestação jurisdicional. Mais a mais, a não-aceitação da litisdenunciação não impede o exercício do direito de regresso, tendo em vista que a Consti-tuição Federal o assegura ao Estado para que, em ação própria, obtenha o ressarcimento do prejuízo. Embargos de Divergência rejeitados.” (BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. ERESP 128051/RS, Embargos de Divergência no Recurso Especial 2001/0156362-0. Órgão Julgador: Primeira Seção. Relator: Min. Franciulli Netto. Publicação: DJ DATA: 01/09/2003, PG: 00213).5 Antigos são os comentários do Professor Humberto Theodo-ro Júnior, ainda sob a vigência do CPC de 1973: “Há quem, na doutrina e jurisprudência, defenda a tese de que não pode haver denunciação da lide nas ações de responsabilidade civil con-tra o Estado, porque este responde objetivamente, e o direito de regresso contra o funcionário público depende do elemento subjetivo culpa.

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novos, entende o citado doutrinador que isto cau-saria tumulto processual que, de certa forma, poria em risco a efetividade do processo.6

Justa e de acordo com o artigo 37, §6º da CRFB/88 e do artigo 125, II, do CPC se afigura a posição ju-rídica que permite à Fazenda Pública, à sua discri-cionariedade, denunciar ou não à lide o agente pú-blico. Caso o Estado entenda por bem denunciar à lide o servidor, estará, praticamente, reconhecendo o pedido contido na ação principal que lhe move o terceiro lesado.

Isto porque não existe no ordenamento jurídico brasileiro regra proibitiva do exercício da denuncia-ção à lide pelo Estado ao seu agente público; ao contrário, há regras expressas possibilitando esta atuação nos já citados artigos 37, §6º da CRFB/88 e 125, II, do CPC. Não se afigura correto e razoável, de acordo com os critérios técnicos de interpretação, ponderar as regras dos referidos dispositivos cons-

titucional e legal com os princípios da celeridade e efetividade do processo.

Todavia, caso o Poder Público resolva esperar para ajuizar ação de regresso contra o servidor após o fim do processo principal, surge a dúvida a respeito do prazo prescricional, notadamente se sua fluência tem início após o transito em julgado da decisão conde-natória ou se, inversamente, após o efetivo pagamen-to do valor devido ao beneficiário do crédito.

“(...) não existe no ordenamento jurídico

brasileiro regra proibitiva do exercício da denunciação à

lide pelo estado ao seu agente público; ao contrário (...)”

A denunciação, na hipótese, para que o Estado exercite a ação regressiva contra o funcionário faltoso, realmente não é obriga-tória. Mas, uma vez exercitada, não pode ser recusada pelo juiz.O entendimento de que o fundamento da responsabilidade do Estado é o nexo objetivo do dano, enquanto o da responsabili-dade regressiva do funcionário é a culpa, data venia, não impe-de o exercício da denunciação da lide.Em todos os casos de denunciação da lide há sempre uma di-versidade de natureza jurídica entre o vínculo disputado entre as partes e aquele outro disputado entre o denunciante e o denunciado.(...)Em se tratando de responsabilidade civil do Estado, é a Cons-tituição que, ao mesmo tempo que consagra o dever objetivo da Administração, de reparar o dano causado por funcionário a terceiros, institui também a ação regressiva do Estado contra o funcionário responsável, desde que tenha agido com dolo ou culpa (art. 37, §6º).Se o art. 70, nº III, do CPC, prevê a denunciação da lide ‘aquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda’; e se o texto constitucional é claríssimo em afirmar que o estado tem ‘ação regressiva contra o funcionário responsável’, não há como vedar à Administração Pública o recurso à litisdenunciação.” In Curso de Direito Processual Civil. Vol. I. 51ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2010, pp. 135/136.6“A nosso ver, a tese mais correta é a que admite a denunciação da lide ao servidor com restrições. Se é certo que a lei processual não restringe expressamente a denunciação da lide quando o de-

nunciante é o Estado, é também certo, entretanto, que o princí-pio da economia processual acaba por fazê-lo em alguns casos.Não estamos aqui, entretanto, a abonar todos os argumentos da teoria que convencionamos denominar relativa. O argumento de que ‘não seria lícito que o Poder Público obrigasse o Autor da de-manda a fazer prova de culpa do funcionário, através da denuncia-ção da lide’, com a devida vênia, não colhe. Obviamente, não seria a vítima obrigada, havendo denunciação, a fazer prova da culpa do agente. Não sendo a ação da vítima fundada em culpa do agente, caberia ao Estado, na denunciação, fazer prova da culpa do agente.A nosso ver, o cabimento ou não da denunciação da lide vai depender da forma como os fatos foram descritos pelo Autor na inicial da ação reparatória. Se este, já na inicial, reporta-se ao ato culposo do agente causador do dano, não haverá na denunciação da lide, introdução de fato jurídico novo, não ha-vendo qualquer impedimento à denunciação. Se, ao contrário, o Autor descreve os fatos limitando-se aos requisitos mínimos para a configuração da responsabilidade objetiva do Estado, a denunciação da lide ao agente importaria em introdução de fato jurídico novo na discussão da causa, violando o princípio da celeridade processual e causando excessivo gravame ao Autor.” CARVALHO NETO, Inacio de. Responsabilidade do Estado por Atos de seus Agentes. São Paulo: Atlas, 2000, pp. 183-184.7 Por todos: a) STF – Ag. Reg. no Agravo de Instrumento 712.435-SP – Rel. Ministra Rosa Weber; b) STJ – Recurso Especial nº 1.292.531-SP – Relatora Ministra Eliana Calmon.8 Esta a posição que tenho sustentado em WILLEMAN, Flávio de Araújo. Responsabilidade Civil das Agências Reguladoras. 3ª edição. Belo Horizonte: Fórum editora, p. 226.

prescritibilidade da ação de regressoA pretensão de regresso prevista no artigo 37, §6º

da CRFB/88 não é imprescritível; não se identifica com a ação de ressarcimento de danos a que alu-

de a parte final do artigo 37, §5º da CRFB/88 que, segundo parte da doutrina e da jurisprudência,7 não encontra limite temporal para seu ajuizamento.8

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É uma ação regressiva decorrente de um ilícito civil puro e não de uma improbidade administrativa, re-gulado por normas de direito civil e processual civil, como qualquer outra ação indenizatória. A propósito, relevante mencionar que o Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do Recurso Extraordinário nº 669.069 – MG (em sede de repercussão geral), cuja relatoria competiu ao Ministro TEORI ZAVASCKI, fixou a tese 666 e delimitou o conteúdo e o alcance ao arti-go 37, §5º da CF/88 e concluiu ser prescritível a ação de reparação de danos à fazenda decorrente de ilí-cito civil, tal como se afigura a ação de regresso do artigo 37, §6º da CRFB/88, relegando a discussão so-bre a imprescritibilidade às improbidades típicas e aos ilícitos penais (mais graves do que as improbidades) que causem danos ao erário. Confira-se a ementa:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL E CIVIL. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO.

IMPRESCRITIBILIDADE. SENTIDO E ALCANCE DO ART. 37, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO.

1. É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil.2. Recurso extraordinário a que se nega provimento.

A C Ó R D Ã OVistos, relatados e discutidos estes autos, acor-

dam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em

Sessão Plenária, sob a Presidência do Ministro RI-CARDO LEWANDOWSKI, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por maioria, apreciando o tema 666 da repercussão geral, em ne-gar provimento ao recurso extraordinário, nos ter-mos do voto do Relator. Vencido o Ministro Edson Fachin. Em seguida, por maioria, o Tribunal fixou a seguinte tese: “É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil, vencido o Ministro Edson Fachin”.9

Feito este esclarecimento prévio, importa verifi-car o momento em que se inicia a fluência do pra-zo prescricional para que o Estado demande seus agentes em ação regressiva e qual o prazo de pres-crição vigente no direito brasileiro. O tema apresen-ta-se controvertido na doutrina e na jurisprudência, em especial entre as 1ª e 3ª Turmas do Superior Tri-bunal de Justiça.

Uma primeira corrente de entendimento de-fende a tese de que o prazo prescricional se inicia com o trânsito em julgado da ação indenizatória primária, ajuizada pelo terceiro lesado contra o Poder Público. Segundo os defensores desta posi-ção, neste momento, à luz do princípio da actio nata, o Estado teria uma pretensão exigível contra o agente público causador do dano. A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça tem endossado este posicionamento.10

9 Por sua importância para o contexto da discussão sobre a im-prescritibilidade das ações de ressarcimento, colham-se excer-tos do voto do saudoso Ministro TEORI ZAVASCKI: “(...) 3. Em suma, não há dúvidas de que o fragmento final do § 5º do art. 37 da Constituição veicula, sob a forma da imprescritibilidade, uma ordem de bloqueio destinada a conter eventuais iniciativas legislativas displicentes com o patrimônio público. Esse sentido deve ser preservado.Todavia, não é adequado embutir na norma de imprescritibi-lidade um alcance ilimitado, ou limitado apenas pelo (a) con-teúdo material da pretensão a ser exercida – o ressarcimento – ou (b) pela causa remota que deu origem ao desfalque no erário – um ato ilícito em sentido amplo. O que se mostra mais consentâneo com o sistema de direito, inclusive o cons-titucional, que consagra a prescritibilidade como princípio, é atribuir um sentido estrito aos ilícitos de que trata o § 5º do art. 37 da Constituição Federal, afirmando como tese de repercussão geral a de que a imprescritibilidade a que se re-fere o mencionado dispositivo diz respeito apenas a ações de ressarcimento de danos decorrentes de ilícitos tipificados como de improbidade administrativa e como ilícitos penais.4. Estabelecida a tese, cumpre concluir o julgamento do caso con-creto. No particular, a inicial veicula uma ação de ressarcimento instaurada pela União em face de uma empresa de transporte ro-

doviário e de um motorista a ela vinculado, tendo por fundamento a alegada responsabilidade civil dos indicados por acidente auto-mobilístico ocorrido no ano de 20 de outubro de 1997 na rodovia MG 862. A propositura da ação data de 21 de setembro de 2008, quando transcorridos mais de 11 anos do evento danoso, razão pela qual foi ela extinta pelo juiz sentenciante, em decisão secun-dada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que afirmou es-tar a causa submetida ao prazo de prescrição quinquenal.A pretensão de ressarcimento, bem se vê, está fundamentada em suposto ilícito civil que, embora tenha causado prejuízo material ao patrimônio público, não revela conduta revestida de grau de reprovabilidade mais pronunciado, nem se mos-tra especialmente atentatória aos princípios constitucionais aplicáveis à Administração Pública. Por essa razão, não cabe submeter a demanda à regra excepcional de imprescritibili-dade, pelas razões antes asseveradas. Deve ser aplicado, aqui, o prazo prescricional comum para as ações de indenização por responsabilidade civil em que a Fazenda figure como autora”. – sem grifos no original.10 “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGI-MENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE RESSARCIMEN-TO DE DANOS. DIREITO DE REGRESSO. MARCO INAUGURAL DO CURSO DO PRAZO PRESCRICIONAL. PRINCÍPIO DA ACTIO NATA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

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Após profunda reflexão, revendo posição anterior-mente publicada,11 perfilho entendimento diverso. Sou de opinião de que o prazo prescricional da ação de regresso apenas se inicia quando há alguma perda patrimonial efetiva (pagamento do crédito) ao ente público condenado na ação primária,12 movida pelo terceiro lesado. Entender de modo diverso, isto é, que a prescrição se inicia com o transito em julgado, é dar azo a possível enriquecimento ilícito/ sem causa do Estado, que poderá ter êxito em sua ação regres-

siva sem, antes, suportar a efetiva perda patrimonial. Com efeito, caso o terceiro lesado não execute o

crédito contra o Estado ou não compareça para re-ceber o depósito realizado a partir da expedição do precatório judicial,13 não será possível conceber pre-juízo capaz de ser objeto de indenização em ação regressiva do Poder Público contra o agente público causador do dano; não se afigura correto imaginar responsabilidade civil regressiva sem o efetivo dano. Este é o entendimento de YUSSEF SAID CAHALI:

1. O entendimento exposto no acórdão recorrido se amolda à jurisprudência deste Superior Tribunal, firmada no sentido de que “o prazo prescricional está submetido ao princípio da actio nata, segundo o qual a prescrição se inicia quando possível ao titular do direito reclamar contra a situação antijurídica” (AgRg no REsp 1.348.756/RN, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Pri-meira Turma, julgado em 28/5/2013, DJe 4/6/2013).2. O lapso prescricional da ação regressiva começou a fluir a partir da efetiva lesão ao direito material que, na espécie, cor-respondeu ao trânsito em julgado da decisão pela qual, em ação indenizatória anterior, a empresa ora agravada fora condenada a indenizar passageiro de ônibus de sua frota vitimado em aciden-te causado por veículo locado pelo Município agravante.3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1014923 / GOAGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2007/0148203-0 – 1ª Turma do STJ – Relator Ministro SERGIO KUKINA – DJe 25/11/2014). No corpo da ementa há menção a outro precedente, também da 1ª Turma do STJ. A doutrina de Irene Patrícia Nohara também abona a tese: “São requisitos da ação de regresso: (1) a presença da culpa ou do dolo do agente público; e (2) o transito em julgado da sentença de condena-ção do Estado. O art. 2º da Lei nº 4.619/65, que dispõe sobre ação regressiva da União contra seus agentes, estabelece que o prazo para ajuizamento da ação regressiva é de 60 dias a par-tir da data em que transita em julgado a condenação imposta à Fazenda Pública.” In (Direito Administrativo. 5ª ed. São Paulo, 2015, p. 821.11 WILLEMAN, Flávio de Araújo. Responsabilidade Civil das Agências Reguladoras. 3ª edição. Belo Horizonte: Fórum editora, p. 226.12 Neste sentido também vem se posicionando o STJ, por sua 3ª Turma, o que comprova que o tema não está pacificado na-quela Corte Superior de Justiça: “Processual Civil e Civil. Recurso Especial. Seguro de Responsa-bilidade Civil. Celebração de acordo entre o segurado e o autor da ação de indenização por danos materiais. Parcelamento da dívida. Ação regressiva de cobrança de segurado contra a segu-radora. Prescrição. Termo inicial. Data de pagamento da última parcela do acordo.I – O pressuposto lógico do direito de regresso é a satisfação do pagamento da condenação ao terceiro, autor da ação de indeni-zação proposta contra o segurado. Não há que se falar em ação regressiva de cobrança sem a ocorrência efetiva e concreta de um dano patrimonial.II – O prazo prescricional subordina-se ao princípio da actio nata: o prazo tem início a partir da data em que o credor pode demandar judicialmente a satisfação do direito.III – Sob essa ótica, na ocorrência de acordo celebrado após trânsito em julgado de condenação judicial em ação indeniza-tória por danos materiais sofridos por terceiro, o termo inicial

do prazo prescricional nas ações regressivas de cobrança de segurado contra seguradora é a data de pagamento da última parcela do acordo.IV – Somente a partir do adimplemento da obrigação, que ocorreu com o pagamento da última parcela, é que a recorri-da, na condição de segurada, passou a ser credora da segura-dora, surgindo daí o direito ao ressarcimento, contra a recor-rente, do numerário que despendeu para adimplir a dívida.V – Desse modo, tendo sido a última parcela paga em 23.07.2001 e a presente ação proposta em 01.04.2002, não se confere a prescrição. Inexiste, portanto, ofensa ao art. 178, §6º, II, do CC/16.VI – Por fim, não se conhece do recurso especial com base na alínea “c” do permissivo constitucional, pois não há a compro-vação da similitude fática entre os acórdãos trazidos à colação, elemento indispensável à demonstração da divergência. A aná-lise da existência do dissídio é inviável, porque foram descum-pridos os arts. 541, parágrafo único, do CPC e 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ. Recurso especial não provido. (REsp 949434 / MT – RE-CURSO ESPECIAL 2007/0104938-3 – Ministra NANCY ANDRIGHI – 3ª TURMA DO STJ – DJe 10/06/2010).“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL. SEGURO. AÇÃO REGRESSIVA. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. ADIMPLEMENTO. SÚMULA 83/STJ. AGRAVO IMPROVIDO.1. O termo inicial da contagem do prazo prescricional para a ação de regresso por culpa exclusiva de terceiro é a data do adimplemento da obrigação, data em que se efetiva o dano pa-trimonial e exsurge para o interessado o direito ao ressarcimen-to. Precedente específico desta Terceira Turma: REsp n. 949.434/MT, Relatora a Ministra Nancy Andrighi, DJe de 10/6/2010.2. Na espécie, a recorrida foi condenada judicialmente a indeni-zar alguns de seus passageiros, vítimas de acidente de veículo (ônibus), ocasionado por culpa exclusiva do motorista da em-presa ora agravante. Assim, confirma-se o entendimento do Tribunal de origem de afastar a alegada prescrição trienal da pretensão, porque somente após o cumprimento da obriga-ção principal, a qual, segundo o próprio acórdão recorrido, ainda nem se efetivou, é que teria início o prazo prescricional trienal previsto no art. 205, § 3º, V, do Código Civil. Aplicação da Súmula 83/STJ.3. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 644963 / PR – AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL – 2014/0342901-1 – 3ª Turma do STJ – Rel. Ministro MARCO AU-RÉLIO BELLIZZE. DJe 25/05/2015).13 Mencione-se, a propósito, a Lei Federal nº 13.463, de 06 de julho de 2017, que possibilita à União Federal cancelar os preca-tórios judiciais não reclamados há mais de dois anos, bem assim a reaver os depósitos.

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“1) Advertiu, entretanto, o STJ, que não há que se falar em ação regressiva sem ocorrer um dano patri-monial concreto e efetivo. A decisão judicial, transita-da em julgado, nada obstante possa refletir um título executivo para o Estado cobrar o funcionário o valor pecuniário a que foi condenado satisfazer, somente vai alcançar o seu mister, se executada. Até então em-bora o condenar já se faça evidente, não se pode falar em prejuízo a ser ressarcido, porquanto o credor tem a faculdade de não exercer o seu direito de cobrança e, nesta hipótese, nenhum dano haveria ser ressarcido ao Erário. O entender diferente propiciaria ao Poder Público a possibilidade de se valer da ação regressiva, ainda que não tivesse passo o quantum devido, em evidente apropriação ilícita e inobservância de precei-to intrínseco à própria ação regressiva, consubstan-ciada na reparação de um prejuízo patrimonial.”14

Em verdade, possível será ao Estado ajuizar a ação regressiva antes do efetivo pagamento – quan-do ainda não estará correndo prazo prescricional –, sobretudo para resguardar direitos, valendo-se, in-clusive, de medidas cautelares para impedir a dilapi-dação do patrimônio do agente público futuramente devedor (cautelares de arrestos ou sequestros, por exemplo, previstas no artigo 301 do CPC)15; porém, os atos tendentes à execução de eventual decisão

que lhe for favorável ficarão na dependência da efe-tiva perda patrimonial do Poder Público, representa-da pelo pagamento da indenização ou pelo depósito do valor objeto do Precatório Judicial ou Requisição de Pequeno Valor (artigo 100 da CRFB/88).

O prazo prescricional da ação regressiva seguirá a regra geral vigente no Código Civil e será de três anos, nos termos do artigo 206, § 3º, V16. Isto por-que, repita-se, cuida-se de relação jurídica diversa daquela estabelecida entre o terceiro lesado e o Es-tado, em que predominam as regras de direito pú-blico. A ação de regresso tem por fundamento um ilícito civil/administrativo puro (por força do exercí-cio do cargo público), mas a obrigação de ressarcir o prejuízo causado ao erário deve obedecer aos in-fluxos de uma ação indenizatória comum, que tem o Estado no polo ativo e um cidadão como réu.

Interpretando desta forma, não há fundamento para aplicar-se à relação jurídica indenizatória re-gressiva do Estado para com o seu agente público, por analogia, as regras de direito público contidas no artigo 1º do Decreto 20.910/32 e no artigo 1º- C, da Lei Federal nº 9.494/97, que estabelecem o prazo prescricional quinquenal para ajuizamento de ações indenizatórias do terceiro lesado contra o Estado.17

14 CAHALI, Yussef Said. Responsabilidade Civil do Estado. 3 ed. São Paulo, 2007. Pgs. 214-215. No mesmo sentido, é a doutrina de José dos Santos Carvalho Filho: “Em alguma legislação, todavia, encontra-se norma que assina a seus procuradores determina-do prazo para propor a ação, contando do trânsito em julgado da sentença condenatória.Parece-nos, porém, que dentro desse período ainda não terá nascido para o Estado a condição da ação relativa ao interesse de agir. Este só deve surgir quando o Estado já tiver pago a indenização ao lesado; nesse momento é que o erário sofreu prejuízo e, em consequência, somente a partir daí é que pode se habilitar ao exercício de seu direito de regresso contra o agente. A só condenação do Estado, mesmo que transitada em julgado a decisão, não importa o imediato interesse processual na ação de indenização a ser movida contra o agente. Anão ser assim, ter-se-ia que admitir que, mesmo sem ter prejuízo efetivo, o Estado estaria habilitado a postular ressarcimento em face do agente. Mas como se entender nesse caso o direito de regresso?” In Manual de Direito Administrativo. 25 ed. São Paulo, 2012. Pgs. 579. Perfilham a mesma orientação (i) GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. 17 ed. São Paulo, 2012. Pgs. 1133/ 1137; e (ii) ZANDONA FREITAS, Sérgio Henriques. Curso Prático de Direito Administrativo. In: COELHO MOTTA, Carlos Pinto (Coord.). Belo Horizonte, 2004. Pag. 311-312.15 “Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, re-

gistro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.”16 Ag.Rg. no AREsp 644963 / PR – AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL – 2014/0342901-1 – 3ª Tur-ma do STJ – Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE. DJe 25/05/2015. Ementa já transcrita.17 Necessário registrar que há tempos sustento que também incide a prescrição trienal do artigo 206, § 3º, V, do Código Ci-vil às demandas indenizatórias de terceiros contra o Estado. In WILLEMAN, Flávio de Araújo. Responsabilidade Civil das Agências Re-guladoras. 3ª edição. Belo Horizonte: Fórum editora, p. 220-224.. Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça fixou entendimento, em regime de recurso repetitivo, que a prescrição é quinquenal: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (ARTIGO 543-C DO CPC). RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. PRESCRIÇÃO. PRA-ZO QUINQUENAL (ART. 1º DO DECRETO 20.910/32) X PRAZO TRIENAL (ART. 206, § 3º, V, DO CC). PREVALÊNCIA DA LEI ESPE-CIAL. ORIENTAÇÃO PACIFICADA NO ÂMBITO DO STJ. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO.1. A controvérsia do presente recurso especial, submetido à sistemática do art. 543-C do CPC e da Res. STJ n 8/2008, está limitada ao prazo prescricional em ação indenizatória ajuizada contra a Fazenda Pública, em face da aparente antinomia do prazo trienal (art. 206, § 3º, V, do Código Civil) e o prazo quin-quenal (art. 1º do Decreto 20.910/32).

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ConclusãoEm fechamento, possível concluir que o direito

à ação de regresso do ente público contra o agen-te público é prescritível e obedecerá ao prazo de três anos previsto no artigo 206, § 3º, V do Código Civil, não se lhe aplicando a tese da imprescritibi-lidade do artigo 37, § 5º da CRFB/88 (pois não se cuida de improbidade administrativa) ou a prescri-ção quinquenal do artigo 1º do Decreto 20.910/32 e do artigo 1º- C, da Lei Federal nº 9.494/97, nota-damente para ajuizamento de ações indenizatórias

do terceiro lesado contra o Estado (aplicáveis por analogia).

O prazo de prescrição trienal da ação de regres-so se inicia após o efetivo pagamento do dano ao terceiro lesado, pois, somente a partir de então, a administração terá sofrido um prejuízo capaz de tra-zer subjacente a pretensão ressarcitória regressiva. Entender que o prazo prescricional se inicia com o transito em julgado é possibilitar, em certas circuns-tâncias, que o Poder Público venha a demandar e a receber do agente públicos valores antes de efetiva-mente pagar a indenização ao terceiro lesado, o que importaria em enriquecimento sem causa.

2. O tema analisado no presente caso não estava pacificado, visto que o prazo prescricional nas ações indenizatórias con-tra a Fazenda Pública era defendido de maneira antagônica nos âmbitos doutrinário e jurisprudencial. Efetivamente, as Turmas de Direito Público desta Corte Superior divergiam sobre o tema, pois existem julgados de ambos os órgãos julgadores no sentido da aplicação do prazo prescricional trienal previsto no Código Civil de 2002 nas ações indenizatórias ajuizadas contra a Fa-zenda Pública. Nesse sentido, o seguintes precedentes: REsp 1.238.260/PB, 2ª Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de 5.5.2011; REsp 1.217.933/RS, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 25.4.2011; REsp 1.182.973/PR, 2ª Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJe de 10.2.2011; REsp 1.066.063/RS, 1ª Tur-ma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJe de 17.11.2008; EREspsim 1.066.063/RS, 1ª Seção, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 22/10/2009). A tese do prazo prescricional trienal também é de-fendida no âmbito doutrinário, dentre outros renomados doutri-nadores: José dos Santos Carvalho Filho (“Manual de Direito Ad-ministrativo”, 24ª Ed., Rio de Janeiro: Editora Lumen Júris, 2011, págs. 529/530) e Leonardo José Carneiro da Cunha (A Fazenda Pública em Juízo, 8ª ed, São Paulo: Dialética, 2010, págs. 88/90).3. Entretanto, não obstante os judiciosos entendimentos apon-tados, o atual e consolidado entendimento deste Tribunal Su-perior sobre o tema é no sentido da aplicação do prazo prescri-cional quinquenal – previsto do Decreto 20.910/32 – nas ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública, em detrimen-to do prazo trienal contido do Código Civil de 2002.4. O principal fundamento que autoriza tal afirmação decorre da natureza especial do Decreto 20.910/32, que regula a pres-crição, seja qual for a sua natureza, das pretensões formuladas contra a Fazenda Pública, ao contrário da disposição prevista no Código Civil, norma geral que regula o tema de maneira ge-nérica, a qual não altera o caráter especial da legislação, muito menos é capaz de determinar a sua revogação. Sobre o tema: Rui Stoco (“Tratado de Responsabilidade Civil”. Editora Revista dos Tribunais, 7ª Ed. – São Paulo, 2007; págs. 207/208) e Lu-

cas Rocha Furtado (“Curso de Direito Administrativo”. Editora Fórum, 2ª Ed. – Belo Horizonte, 2010; pág.1042).5. A previsão contida no art. 10 do Decreto 20.910/32, por si só, não autoriza a afirmação de que o prazo prescricional nas ações indenizatórias contra a Fazenda Pública foi reduzido pelo Código Civil de 2002, a qual deve ser interpretada pelos critérios histórico e hermenêutico. Nesse sentido: Marçal Justen Filho (“Curso de Direito Administrativo”. Editora Saraiva, 5ª Ed. – São Paulo, 2010; págs. 1.296/1.299).6. Sobre o tema, os recentes julgados desta Corte Superior: AgRg no AREsp 69.696/SE, 1ª Turma, Rel. Min. Benedito Gonçal-ves, DJe de 21.8.2012; AgRg nos EREsp 1.200.764/AC, 1ª Seção, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe de 6.6.2012; AgRg no REsp 1.195.013/AP, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJe de 23.5.2012; REsp 1.236.599/RR, 2ª Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJe de 21.5.2012;AgRg no AREsp 131.894/GO, 2ª Turma, Rel. Min. Humberto Mar-tins, DJe de 26.4.2012; AgRg no AREsp 34.053/RS, 1ª Turma, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de 21.5.2012; AgRg no AREsp 36.517/RJ, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 23.2.2012; EREsp 1.081.885/RR, 1ª Seção, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJe de 1º.2.2011.7. No caso concreto, a Corte a quo, ao julgar recurso contra sentença que reconheceu prazo trienal em ação indenizatória ajuizada por particular em face do Município, corretamente re-formou a sentença para aplicar a prescrição quinquenal prevista no Decreto 20.910/32, em manifesta sintonia com o entendi-mento desta Corte Superior sobre o tema.8. Recurso especial não provido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008.(REsp 1251993/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SE-ÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 19/12/2012) (grifamos)15 “Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, re-gistro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.”

ex-desembargador eleitoral do Tribunal regional eleitoral do estado do rio de Janeiro, biênio 2014/2016. Mestre em direito. professor dos Cursos de pós-graduação da fundação getúlio Vargas – fgV-rio, da escola da Magistratura do estado do rio de Janeiro – eMerJ e da escola superior de advocacia pública – esap. autor dos

livros responsabilidade Civil das agências reguladoras – ed. fórum; Manual de direito administrativo, ed. impetus; e Temas de direito público – estudos de direito Constitucional e administrativo, ed. Lumen Juris.

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Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em PautaTCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta TCMRJ em Pauta 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tcmrj atinge mais de 80% das metas em 2017 e espera exce lência este ano

O coordenador de planejamento estratégico, Carlos Augusto Werneck, explicou os sete objetivos centrais que a instituição deverá alcançar em 2018 para continuar aprimorando processos de trabalho e instrumentos de controle e incentivar o controle social.

Durante o ano de 2017, o TCMRJ envolveu 130 ser-vidores, em 11 comissões,

para apresentar resultados que trazem o aprimoramento dos

processos de trabalho e dos ins-trumentos de controle, garantem a efetividade das decisões plená-rias e estimulam o controle so-cial, atingindo 82,6% das 11 me-

tas estabelecidas no ano. Metas essas que vão desde o desenvol-vimento do processo eletrônico, atualização e aperfeiçoamen to do seu Regimento Interno, pas-

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sando ainda por implantar ações que levem à redução dos prazos de diligências e de tramitação de processos e, também à melhoria da qualidade de vida no trabalho.

“O volume de trabalho a ser executado para o cumprimento dos objetivos foi, com certeza, o principal desafio enfrentado”, de-clarou Renato Triani Guerra, coor-denador de duas metas envolven-do a implementação do processo eletrônico dentro do TCMRJ e seu acesso aos jurisdicionados.

A complexidade das propostas e a necessidade do envolvimen-to de diversas áreas (se não de todas) no processo de execução das metas também foram dificul-dades enfrentadas pelos envol-vidos. Por outro lado, o máximo empenho dos servidores e as par-cerias conjuntas com outras áre-as conseguiram superar os obstá-culos. A utilização de ferramentas tecnológicas também ajudou a organizar os trabalhos.

“Nossa equipe vem usando o SCRUM (www.scrumguides.org) como metodologia de gestão e planejamento de trabalho, utili-zada por diversas organizações no mundo inteiro para permitir, de forma simples, gerenciar pro-jetos complexos. Mas o SCRUM, por si só, não é uma ferramenta milagrosa; o comprometimento e a integração da equipe continu-am sendo essenciais para o ata-que às tarefas críticas e para pro-posições de soluções inovadoras

e de qualidade”, ensinou o audi-tor da Assessoria de Informática do TCMRJ, Renato Triani.

Coordenador de planejamen-to estratégico do TCMRJ, Carlos Augusto Werneck fez um balanço positivo dos resultados alcança-dos em 2017, ressaltando o in-cremento do desempenho dos servidores da Casa.

“A política de Gestão por Re-sultados tem permitido um di-recionamento das ações do TCMRJ. Ela é baseada no nosso plano estratégico, onde foram definidos os objetivos prioritá-rios a serem alcançados, bus-cando priorizar os resultados em todas as ações de todos servido-res que nele atuam. E o objetivo final será sempre o da elevação do desempenho organizacional”, concluiu Werneck.

tcmrj atinge mais de 80% das metas em 2017 e espera exce lência este ano

O coordenador de planejamento estratégico, Carlos Augusto Werneck, explicou os sete objetivos centrais que a instituição deverá alcançar em 2018 para continuar aprimorando processos de trabalho e instrumentos de controle e incentivar o controle social.

“o volume de trabalho a ser

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São sete as metas definidas para o próximo ano. As equipes já estão formadas para dar continuidade ao processo de aprimoramento da Corte de Contas cariocas, tendo como norte o desenvolvimento de processos de trabalho e de instru-mentos de controle e o incentivo ao controle social.

“Em 2018, dando continui-dade a este trabalho, temos um segundo desafio: elaborar o pla-no estratégico para o período 2018/2022. Será este novo plano que irá nortear as nossas futuras metas a serem executadas. Não podemos também deixar de re-gistrar que tanto nossos planos estratégicos, quanto a política de Gestão por Resultados estão ali-nhadas às diretrizes estabelecidas pela Atricon”, explicou Werneck.

A aferição e validação dos resultados foi feita, conforme previsto na deliberação, pelos secretários-gerais Sergio Aranha, da Presidência; Fábio Furtado, de Controle Externo; e Heleno Chaves, da Administração, e integrantes da comissão de planejamento estraté-gico, coordenada por Carlos Augusto Werneck.

rumo às metas de 2018

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Com status estratégico, controle social avança no TCMrJ

Uma das áreas que mais avançou no TCMRJ, nos últimos anos, foi o controle social. Coor-denador da meta em 2017, o auditor Cláudio

Sancho Monica fala sobre a evolução do tema, que conseguiu, em pouco tempo, alcançar status de ob-jetivo estratégico dentro da Corte de Contas carioca.

“Esse tema deve continuar em franca expansão como atividade do TCMRJ, uma vez que, por ser per-manente no nosso Acordo de Resultados, impõe a continuidade e a ampliação do trabalho. Ao final de cada ano, o grupo responsável pela implementação da meta reúne-se para discutir quais serão os pró-ximos passos necessários para avançar no tema a partir do que já foi alcançado no ano anterior.

Em 2016, o foco do grupo foi a transparência passiva. Realizou-se uma reflexão profunda sobre o padrão de qualidade para atendimento desejável a ser oferecido para qualquer demanda do cidadão. Com este objetivo foi criado um protocolo para ser utilizado por todo o Tribunal, denominado Manual de Procedimentos do SIC/Ouvidoria.

Como a transparência em seu sentido amplo está dividida em ativa e passiva, em 2017 foi a vez da transparência ativa. Assim, várias etapas da meta fo-ram direcionadas para essa vertente.

Após a aposentadoria do coordenador da meta, Marcos Mayo Simões, fui escolhido para essa nova missão, onde pude entrar em contato com esse fas-cinante mundo do controle social.

Restavam apenas quatro meses para a conclusão de todas as etapas, mas, apesar de árdua, a tarefa foi extremamente gratificante, pois com o auxílio da competente equipe destacada para a efetivação da meta e o apoio de seu ex-coordenador, alcançou-se a totalidade dos objetivos previstos.

As principais dificuldades encontradas foram: o tempo exíguo e a diversidade das etapas pro-postas, pois envolviam diversos setores do TCMRJ – 3ª IGE, 4ª IGE, 7ª IGE, ASI e GPA. Mas, com o estabelecimento de prazos específicos para cada etapa e a realização de reuniões quinzenais, o competente grupo – que demonstrou total sime-tria com o tema e uma enorme disposição para trabalhar – superou todas essas dificuldades e, em duas datas (14/09 e 24/10), as conclusões das etapas da meta foram validadas com o aval da Co-missão Estratégica de Resultados e dos secretá-rios-gerais do Tribunal.

enTre as ações exeCuTadas que gerarão uM iMpaCTo na roTina de TrabaLho do TCMrJ, desTaCaM-se:

1 – a elaboração da deliberação nº 247, de 20 de se-tembro de 2017, com o objetivo de regulamentar a Lei de acesso à informação no âmbito do TCMrJ;

2 – as capacitações realizadas pela equipe da 3ª ige aos representantes dos Conselhos escola-Comunidade das unidades escolares consideradas precárias há mais de três anos pelo programa de Visitas às escolas; e

3 – a criação do portal do Controle social do TCMrJ (http://www.tcm.rj.gov.br/Web/site/destaques.as-px?group=Controlesocial), local onde todos os cida-dãos encontrarão as informações necessárias para a concretização do efetivo controle social, com desta-que para a disponibilização do inteiro teor dos pro-cessos, após a respectiva decisão do plenário ou das Câmaras Julgadoras.”

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eTapa esTraTégiCa é VaLidada Já no iníCio do ano

Metas, coordenadores e resultadosMeTa 1 – Desenvolver o processo eletrônico

Coordenador renato Triani guerra100% da meta alcançados

MeTa 2 – Prover acesso dos jurisdicionados ao processo eletrônico (Portal)

Coordenador renato Triani guerra 20% da meta alcançados

MeTa 3 – Implantar ações de controle socialCoordenador Claudio sancho Mônica 100% da meta alcançados

MeTa 4 – Implantar as normas de auditoria governamental da Atricon

Coordenadora Marta Varela silva 100% da meta alcançados

MeTa 5 – Implantar sistema de jurisprudênciaCoordenador heron alexandre Moraes rodrigues 55% da meta alcançados

MeTa 6 – Desenvolver módulo de orçamento para o sistema integrado da administração

Coordenador Luiz fernando fernandes de albuquerque 100% da meta alcançados

MeTa 7 – Definição de Requisitos para Desenvolvimento de Ferramenta de Apoio para Análise de Contratos, Convênios e de Acompanhamento de Receita e Despesa

Coordenador Jairo saldanha rimes 100% da meta alcançados

MeTa 8 – Melhorar a qualidade de vida no trabalho Coordenadora ana paula Téllez dusi 100% da meta alcançados

MeTa 9 – Modelar Ação de Controle dos Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI) das Concessões Ordinárias e Extraordinárias

Coordenador Valmir Medeiros 100% da meta alcançados

MeTa 10 – Implantar ações que propiciem a redução dos prazos de diligências e de tramitação de processos

Coordenador Jairo saldanha rimes 50,21% da meta alcançados

MeTa 11 – Atualizar e aperfeiçoar o Regimento Interno do TCMRJ

Coordenador feLipe gaLVão puCCioni

80% da meta alcançados

Foi validada, no dia 6 de fevereiro, uma das eta-pas estratégicas das

metas do TCMRJ para 2018. Com a presença dos secretá-rios-gerais da presidência e de controle externo, respectiva-mente Sergio Aranha e Fábio Furtado, além do representan-te do secretário-geral de ad-ministração, Ivonildo Póvoa, foi reconhecido o alcance do objetivo de capacitar servido-res para utilização do boletim técnico “Documentação de Auditoria”. Este é um dos pas-sos para aprimorar os proce-dimentos de controle externo do tribunal de con-tas carioca. A conclusão da etapa foi apresentada

pela inspetora-geral da 6ª IGE, Marta Varela, e pelo auditor Marcos Thadeu Alvarenga Leite (na foto).

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TCMRJ: três anos realizando auditoria de recursos do BID

Os auditores de controle externo do TCMRJ Eduar-do Gomes de Pontes, Mario David do s Santos Bisneto e Marcos Guimarães (na foto) participaram do curso de atualização promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Brasília, no último dia 12 de dezembro, quando tiveram a oportunidade de reciclar os conhecimentos em auditoria de recursos externos, que é embasada em normas internacionais. A capaci-tação faz parte do convênio mantido entre o tribunal de contas carioca e o BID, há três anos, para a realiza-ção de projetos financiados pelo banco junto à Prefei-tura do Rio, em especial, o Programa de Urbanização de Assentamentos Populares, que envolve milhões de dólares em investimentos.

Os auditores, lotados na 2ª Inspetoria-Geral de Controle Externo, especialista em auditorias de obras públicas, e na Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento do TCMRJ, receberam treinamento de especialistas, entre os quais Santiago Schneider,

fiduciário sênior em gestão financeira do BID, que ressaltou o ganho de qualidade e confiança que o banco passou a ter nas auditorias de recursos exter-nos desde que convênios foram firmados com diver-sos tribunais de contas do Brasil.

O conselheiro Antonio Carlos Flores de Moraes foi sorteado relator das contas do prefeito Marcello Crivela, relativas ao exercício de

2018. O sorteio ocorreu durante a primeira sessão ordinária do ano, realizada pelo Plenário do TCMRJ, na tarde do dia 23 de janeiro.

Com a presença do sorteado e dos conselheiros Nestor Rocha, José de Moraes e Felipe Puccioni, a sessão plenária, presidida por Thiers Montebello, contabilizou quase 100 processos relatados.

Conselheiro Antonio Carlos será relator das contas de 2018

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Estímulo ao controle social na área de educa-ção, discussão da matriz de achados de au-ditoria junto ao gestor e estabelecimento de

prazos para todas as etapas do trabalho técnico são as boas práticas do TCMRJ destacadas pela comis-são da Atricon responsável pela certificação de qua-lidade do projeto Marco de Medição de Desempe-nho, Qualidade e Agilidade dos TCs (MMD-QATC).

Nos dias 11 e 12 de setembro, o TCMRJ recebeu a comitiva, composta pelos conselheiros Cezar Miola (TCE-RS) e Caldas Furtado (TCE-MA), pela conselhei-ra-substituta Sabrina Ioken (TCE-SC) e pelos audito-res Juscelino Vieira (TCE-RO), Luis Fernando Doerr (TCE-RS) e Paulo Eduardo Panassol (TCE-RS), que avaliou 28 indicadores subdivididos em 513 critérios. A equipe se debruçou sobre aspectos que vão des-de a composição e organização da instituição até as metodologias e resultados de auditorias, passando pelas estratégias de desenvolvimento e gestões de pessoas e de tecnologia da informação.

O MMD-TC é um programa de avaliação bianual aplicado nos Tribunais de Contas de todo o País e que verifica o grau de adequação de cada um a parâmetros nacionais e internacionais de qualidade e agilidade. A coleta e análise dos dados se dá em duas etapas: na primeira, os TCs fazem uma autoa-valiação; depois eles são visitados por uma equipe da Atricon que atesta a qualidade das informações prestadas e certifica a avaliação. Os resultados glo-bais do MMD-TC serão divulgados em novembro, durante o XXIX Congresso Nacional dos Tribunais de Contas, que será realizado em Goiânia.

No TCMRJ, o aplicativo desenvolvido para par-ticipação da sociedade no Programa de Visitas às Escolas foi considerado um importante fomento ao controle social, pelo seu caráter pedagógico e pela possibilidade de encaminhamento de denúncias por meio de aparelhos de celular.

O encaminhamento e discussão da matriz de acha-dos entre a equipe de controle externo e o adtrador

O presidente Thiers Montebello e o auditor do TCMRJ Cláudio Sancho Mônica recebem os conselheiros Cezar Miola e Caldas Furtado (à direita) e os auditores Luiz Eduardo Doerr e Juscelino Vieira

COMISSÃO DA ATRICON CERTIFICA qUALIDADE NO TCMRJ

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A inspetora-geral do TCMRJ, Marta Varela, responde aos questionamentos do auditor Paulo Eduardo Panassol e da conselheira-substituta Sabrina Ioken

público, constante do Manual de Auditoria Governa-mental elaborado pelo TCMRJ, também foi ressaltado pela equipe da Atricon, bem como a definição dos pra-zos internos para todas as etapas do trabalho técnico.

Como recomendação, a comitiva certificadora de qualidade destacou a necessidade da criação de

uma unidade específica de planejamento estratégi-co. Atualmente, no Tribunal de Contas carioca, este trabalho é realizado por uma equipe que se se or-ganiza para a função, mas não de forma exclusiva, como orienta a Atricon.

Livre consulta ao inteiro teor de processos

O site do TCMRJ agora disponibiliza o

inteiro teor dos processos digitalizados

ou dos processos eletrônicos que já passaram

pela sessão plenária. É mais uma iniciativa do

TCMRJ relacionada à transparência ativa.

Para acessar o inteiro teor dos proces-

sos, basta realizar a consulta ao processo

desejado na página institucional do tribunal

(www.tcm.rj.gov.br) e clicar no link “Solicitar

inteiro teor do processo”.

WWW.

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O sistema de criação e tramita-ção de documentos eletrônicos está pronto para ser utilizado pe-los servidores do TCMRJ. A partir do treinamento da ferramenta e-DOC, realizado, no dia 4 de dezembro, pela Assessoria de In-formática, a cultura do processo eletrônico foi instaurada oficial-mente na Casa.

e-DOC está pronto para deslanchar

relatórios de auditoria serão eletrônicos

O TCMRJ implantará, este ano, o processo eletrôni-co em seus relatórios de

auditoria, visitas técnicas e ins-peções extraordinárias, anunciou o secretário-geral de controle ex-terno, Fábio Furtado. Em reunião com auditores, em 5 de fevereiro,

foram identificadas as soluções que deverão ser desenvolvidas para que todas as inspetorias possam realizar o registro digital de suas atividades em campo. “Os relatórios de auditoria ele-trônicos trarão benefícios não só internamente, promovendo

maior celeridade à tramitação de processos; mas também para que o cidadão, com acesso através do portal da transparência, pos-sa entender como funcionam e o que mostram as auditorias do TCMRJ”, falou Furtado (foto).

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auditor andré alves de brito: a par das novas ações de transparência para compor meta no TCMRJ

Membro do Grupo de Controle Social do TCMRJ, o auditor de controle externo An-dré Alves de Brito participou do Seminário

sobre Transparência e Controle Social, realizado no TCE-RJ, no dia 16 de outubro.

“As palestras apresentaram estreita relação com a Meta no 3 do planejamento estratégico do TCMRJ, pois foram detalhadas várias ações de controle social e transparência, que servem de parâmetro para o que pretendemos implantar no próximo ano”, conta André.

O evento foi aberto pelo diretor da Escola de Contas do TCE-RJ, João Paulo Lourenço, que desta-cou as novas ações implementadas naquela Corte, como a transmissão on line das sessões e a divul-

gação da pauta do plenário e de dados administrativos no portal do tri-bunal, que passou por recente reformulação.

Ao palestrar, o conselheiro-ouvidor do TCE-RS, Cezar Miola, lembrou da importância das redes so-ciais para o estímulo à transparência. “Temos que incentivar a busca de informações por parte da po-pulação. É um processo de educação. Não adian-ta apenas termos portais fantásticos ou bancos de dados completos se as pessoas não buscarem co-nhecer e, consequentemente, exercerem o controle social”, afirmou o conselheiro.

Também participaram da mesa de palestrantes, representando o TCE-RJ, o procurador-geral do mi-nistério público, o secretário-geral de controle ex-terno e o diretor geral de informática, respectiva-mente, Sérgio Paulo Teixeira, Bruno Mattos de Melo e Lucio Camilo Pereira.

TRANSPARêNCIA É A META

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Como parte do projeto “Cidade Constitucional: Rio de Janeiro, primeira ca-

pital da República”, o Tribunal de Contas do Município recebeu, no dia 30 de novembro, professores e universitários interessados em conhecer mais sobre a importân-cia do controle externo exercido pela corte de contas carioca. A iniciativa é da Escola Fazendária e tem como finalidade disseminar o conhecimento da administração pública e a função socioeconô-mica dos tributos e, com isso, es-timular o exercício da cidadania e do controle social.

Para o secretário de Controle Externo do Tribunal de Contas, Fábio Furtado, “O projeto Cida-de Constitucional é importante para que a sociedade possa en-tender melhor o funcionamento dos órgãos de controle, sejam

órgãos relacionados a contro-le da arrecadação da receita, e também aqueles relacionados à fiscalização dos gastos e des-pesas, em relação à fiscalização

das políticas públicas, dos pro-gramas de governo, para garantir a efetividade desses programas, assim como a economicidade e a legalidade”.

Tribunal abre as portas professores e universitários

O secretário-geral de controle externo do TCMRJ, Fábio Furtado, comemora o sucesso dos eventos que fomentam o controle social, realizados no tribunal de contas carioca

TCMrJ capacita voluntários para fiscalização cidadã

O Tribunal de Contas do Município do Rio apoiou iniciativa do Observató-

rio Social, ensinando noções de orçamento público no curso de capacitação de voluntários para atuar na fiscalização cidadã dos gastos da cidade, que ocorreu na Universidade Veiga de Almeida, em novembro último. O coorde-nador de auditoria e desenvol-vimento, Roberto Chap iro, res-saltou a importância da parceria entre a instituição e a ONG como

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forma de estimular o controle so-cial e também de divulgar o tra-balho realizado pelo tribunal de contas. “É muito importante ter a participação da sociedade no controle da gestão fiscal da cida-de”, reforçou Chapiro.

Tatiana Bastos, presidente do Observatório Social do Rio (na foto) comemorou a participação do tribunal em ações como esta. “O TCMRJ tem sido um parcei-ro desde o início. Esse apoio é fundamental para trazer ao pro-jeto conteúdo e visão técnica, com excelentes instrutores”, diz Tatiana.

Thiers MonTebeLLo é homenageado em alagoas

Em razão dos seus

relevantes serviços

prestados à causa pública,

o presidente do TCMRJ,

THIERS MONTEBELLO,

recebeu a Medalha Ministro

Guilherme Palmeira, das

mãos da presidente do TCE

de Alagoas, Rosa Maria

Ribeiro de Albuquerque.

A homenagem marcou a

comemoração dos 70 anos

de existência do tribunal de

contas alagoano, no dia 30

de novembro, em Maceió.

Thiers Montebello recebe a medalha das mãos da presidente TCE de Alagoas, Rosa Maria de Albuquerque

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A Emenda Constitucio-nal 19 lançou bases para uma adminis-

tração gerencial, mitigando o modelo burocrático, de matriz weberiana, instituído em 1988. Aos novos ins-trumentos que propugnam uma gestão voltada para re-sultados, deve correspon-der um controle de mesma índole.

A busca da eficiência, to-davia, não pode significar o afrouxamento do controle de legalidade e o combate à improbidade deve pros-seguir com rigor. A transi-ção de modelos, contudo, tem sido tormentosa tanto para o gestor, quanto para o controlador. Num quadro pavoroso de corrupção, o risco que se corre é o da generalização indevida, e é preciso responsabilidade para resistir a esse impulso.

O controle de legalidade possui contornos bem de-finidos, já o de eficiência é menos preciso e mais sub-jetivo. Exatamente por isso a hipertrofia e o voluntaris-mo devem ser repelidos nos órgãos de controle, pois não possuem legitima-ção democrática para for-mular políticas públicas. O controlador da administra-ção gerencial deve agir com autocontenção e noção de consequencialismo.

Richard Posner caracte-riza o consequencialismo pela necessidade de se observar os impactos eco-nômicos das decisões es-tatais, tendo em vista que a maximização de riqueza incrementa o bem-estar das pessoas, e esse é o objetivo de qualquer nação. É comum decisões bem- intencionadas causarem

resultados desastrosos. Segundo Posner, decisões assim são intrinsecamente erradas.

Se, do ponto de vista administrativo, uma po-lítica pública que conso-me dezenas ou centenas de bilhões de reais do orçamento e não resulta em benefícios para a po-pulação é tão condená-vel quanto uma licitação fraudada ou um contrato superfaturado, que ferra-mentas órgãos de controle têm para medir e controlar a eficiência dessa ação de governo?

O TCU tem se esmera-do em realizar auditorias operacionais que identifi-cam fragilidades, riscos e oportunidades de aperfei-çoamento na gestão go-vernamental. Justamente por navegar nos mares da

Vale a pena ler de novoVale a pena ler de novo

o risco de ‘infantilizar’ a gestão pública

Agências reguladoras e gestores públicos em geral têm evitado tomar deci-sões inovadoras por receio de terem atos questionados. Ou pior: deixam de decidir à espera de aval prévio do TCU

por bruno dantas

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ 85

eficiência, e não no contro-le estrito da legalidade, é preciso resistir à tentação de substituir o gestor pú-blico nas escolhas que ca-bem ao Poder Executivo, e é essa a autocontenção que defendo.

É comum que especialis-tas – como são os audito-res – tenham concepções e fórmulas até mais inteli-gentes para os problemas identificados, mas o contro-le de eficiência deve mirar processos de tomada de decisão e a razoabilidade dos critérios adotados, sem pretensões quixotescas ou salvacionistas.

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A hipertrofia do controle gera a infantilização da ges-tão pública. Agências regu-ladoras e gestores públicos em geral têm evitado tomar decisões inovadoras por re-ceio de terem atos questio-nados. Ou pior: deixam de decidir questões simples à espera de aval prévio do TCU. Para remediar isso, é preciso introduzir uma dose de consequencialismo.

Em correspondência re-cente, fui relembrado pelo Prof. Adilson Dallari (PUC- SP) daquilo que o jurista argentino Roberto Dromi

apelidou de código do fra-casso na administração pública: “Art. 1º: não pode; Art. 2º: em caso de dúvi-da, abstenha-se; Art. 3º: se é urgente, espere; Art. 4º: sempre é mais pruden-te não fazer nada”. O Brasil precisa revogar esse códi-go urgentemente.

Bruno Dantas é ministro do TCU, pós-doutor em Direito (Uerj), professor do mestra-do da UNINOVE e do IDP, e Visiting Research Fellow na Cardozo School of Law (Nova York) e no Max Planck Institute Luxembourg for Re-gulatory Procedural Law.

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o presidente Thiers Vianna Montebello recebeu diversas autoridades, em visitas de cortesia ao TCMrJ:

Visitas

dia 28 de setembro de 2017

Conselheiro Severiano Aguiar, do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, com o Procurador-Chefe Car-los Henrique Amorim Costa e o conselheiro Luiz Antonio Guaraná, do TCMRJ.

dia 10 de outubro de 2017

Conselheiro do TCE da Paraíba, Fábio Nogueira (de gravata verde), e a presidente interina do TCE do Rio de Janeiro, Marianna Montebello Willeman, com os conselheiros do TCMRJ Antônio Carlos Flores de Moraes, Ivan Moreira, Luiz Antonio Guaraná e Felipe Puccioni.

dia 21 de setembro de 2017

Coronel Roberto Miera e Ten. Cel. Júlio César Peclat de Oliveira, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do RJ, com o Procurador-Chefe e o Chefe da Segurança Institucional do TCMRJ, respectivamente Carlos Henrique Amorim Costa e José Renato Torres

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Março de 2018 – No 69 Revista TCMRJ 87

dia 16 de janeiro de 2018

Desembargador Adolpho Corrêa de Andrade Mello Júnior

dia 1º de fevereiro de 2018

Procuradores Leo Bosco Griggi Pedrosa, Alexandre Nery Brandão, Fernanda Tabuada e Daniel Galliza, membros da Associação dos Procuradores do Município do Rio de Janeiro (Aprorio).

dia 21 de fevereiro de 2018

Procuradores do Município de Niterói, Mario Grillo e Karina Ponce, com o procurador do TCMRJ, Jorge Maffra Ottoni

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A obra sob análise, que originalmente se cons-tituiu na tese de doutoramento da autora, a conselheira do TCE-RJ e presidente em exer-

cício daquela Corte Marianna Montebello Willeman, foi trazida a público pela editora belo-horizontina Fórum, no ano recém findado, 2017. O título, em suas 343 páginas, trata de assunto ainda timidamen-te enfrentado na literatura nacional: a contribuição efetiva do sistema tribunal de contas à evolução do jovem regime democrático brasileiro, segundo os princípios republicanos de administrar a coisa pú-blica, além de suas possibilidades e limitações em função da arquitetura institucional que o configura.

A aba do volume replica o expressivo currículo da autora, e seguem-na a dedicatória a familiares, os agradecimentos dirigidos a familiares, professores, orientador, amigos da PUC-RJ e colegas do TCE-RJ, sumário, o prefácio assinado pelo eminente admi-nistrativista Diogo de Figueiredo Moreira Neto (quem dispensa apresentações maiores), a apresentação subscrita pelo orientador da tese da autora na PUC (e pós-doutor em Direito Público Romano pela Univer-sidade de Roma I – La Sapienza), professor Adriano Pilatti, seis capítulos, síntese conclusiva e as referên-cias bibliográficas, ordenadas alfabeticamente.

A autora, no primeiro capítulo – Introdução – dis-corre sobre as premissas teóricas e metodológicas utilizadas na concepção do trabalho, apresenta o conceito de accountability horizontal, além de ressaltar a importância da centralidade da pessoa humana na atuação administrativa pública e da denominada res-ponsabilidade garantidora do Estado-Administração.

O texto, ainda nesse capítulo, fixa seu escopo e define os objetivos gerais e específicos da matéria, os quais podem ser resumidos na análise das Insti-tuições Superiores de Controle das Finanças Públicas – ISCs (ou SAIs – Supreme Audit Institutions), especial-

mente, no Brasil, tendo em vista o direito fundamen-tal à boa administração pública. O capítulo chega a seu término com a abordagem da relevância e atua-lidade da autuação dos Tribunais de Contas no País.

Willeman, no Capítulo 2 – Enquadramento teórico das Instituições Superiores de Controle das Finan-ças Públicas – lança mão de formulações da ciência política acerca da accountability democrática, funda-mentadas em pesquisas de Guillermo O’Donnell e Andreas Schedler, autores que se destacaram pelo foco na América Latina e o fenômeno da corrupção. Explora, nessa seara, os conceitos de accountability vertical, horizontal, social, diagonal e externa.

Dra. Marianna abre o Capítulo 3 – Modelos de accountability horizontal das finanças públicas: a pers-pectiva comparada e a trajetória dos Tribunais de Contas no Brasil – com citação de Ruy Barbosa, Minis-tro da Fazenda do governo Deodoro, em 1891, o qual aponta para a importância capital do molde adotado para as Cortes de Contas na edificação republicana.

Marianna Montebello compara, nesse capítulo, modelos específicos de Instituições Superiores de Controle das Finanças Públicas de quatro países

Accountability democrática e o desenho institucional dos Tribunais de Contas no brasilAUTORA: MARIANNA MONTEBELLO WILLEMANEDIToRA FoRúM

TCMRJ | Resenha

por paulo altomare Auditor de controle externo do TCMRJ

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(França, EUA, Argentina e Chile) e aponta diferen-ças e semelhanças entre os ordenamentos. Resgata, ademais, a trajetória do TCU, criado em 1890 por iniciativa de Ruy Barbosa, no curso das mudanças constitucionais, desde a imposição da República até a homologação da Constituição Cidadã.

O capítulo encerra-se com retrato dos debates sobre o controle das finanças públicas por meio de Instituições Superiores de Controle na Assembleia Nacional Constituinte que levou à reconstrução constitucional do País, a partir de outubro de 1988.

O capítulo seguinte – A configuração jurídico-insti-tucional dos Tribunais de Contas na Constituição da República de 1988 – aponta para a autonomia dos ór-gãos de contas nacionais frente aos respectivos pode-res legislativos e sublinha os traços estruturais desses órgãos, reflexo do desenho estampado na CRFB/88.

A autora não se exime do aprofundamento no debate sobre o que considera “um dos pontos de maior fragilidade na temática da fiscalização das finanças públicas”, o qual implicaria o desarranjo da efetividade e credibilidade de todo o sistema de controle externo: a forma discordante de nomea-ção dos membros dos Tribunais de Contas frente às prescrições constitucionais vigentes.

O Capítulo 5 – A arquitetura funcional dos Tribu-nais de Contas: extensão e alcance das competên-cias de controle externo na Constituição da Repúbli-ca de 1988 – correlaciona as garantias dos direitos fundamentais do cidadão, elencados no artigo 5º da Constituição Federal, ao equilíbrio da atividade fi-nanceira do Estado.

Montebello, nesse capítulo, identifica o campo de ação das ISCs no território nacional a partir das disposições da Carta Magna, destacado nos artigos 70 a 75, e pondera a atuação dessas instituições na formulação de políticas públicas e ações regulatórias do Estado. Aborda, em seguida, o tema ainda polê-mico do julgamento dos titulares do Poder Executivo por parte das instituições constitucionais de controle externo, quando esses atores exercem a função de ordenadores de despesas e praticam atos de gestão.

O capítulo avança sobre o tema de as Cortes de Contas, dentro do papel que lhes determina a Lei Maior, atuarem no controle de constitucionalidade, ponto que requer confronto com enunciado especí-fico emitido pela Corte Constitucional. O texto não

recua frente ao tema de imposição de medidas san-cionatórias e de ressarcimento pelas ISCs e a res-pectiva interpretação inibidora do STF.

O último capítulo – Conclusão – retoma o eixo norteador de toda a pesquisa: analisar as caracterís-ticas conformadoras das ISCs e avaliar suas possibi-lidades em contribuir para a accountability democrá-tica das finanças públicas com o fito de aprimorar o vigente e neófito regime democrático e a forma republicana de governo. A autora perfila ao final, em rol de 33 itens e alguns subitens, as ideias principais do livro, antes de encerrar o trabalho.

O livro, para finalizar conforme exposto pelo Dr. Pi-latti, “(...) representa uma grande contribuição para qualificar as discussões e balizar as decisões que ain-da temos que enfrentar.” (...) “Nesta República que teima em não se consolidar nas suas expressões mais democráticas, nesta democracia formal de dirigentes e representantes bem pouco republicanos.”

Marianna Montebello Willeman, conselheira des-de 2015 e presidente em exercício do TCE-RJ, tor-nou-se Doutora em Teoria do Estado e Direito Cons-titucional pela PUC-RJ.

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Conselheiros:presidente – Thiers Vianna MontebelloVice-presidente – Nestor Guimarães Martins da RochaCorregedor-geral – Ivan MoreiraConselheiro – Antonio Carlos Flores de MoraesConselheiro – José de Moraes Correia NetoConselheiro – Luiz Antonio GuaranáConselheiro – Felipe Galvão Puccioni

Conselheiros-substitutos:Dicler Forestieri Ferreira, Igor dos Reis Fernandes e Emil Leite Ibrahim

procurador-Chefe Carlos Henrique Amorim Costa

procuradores:Antonio Augusto Teixeira Neto, José Ricardo Parreira de Castro, Jorge Maffra Ottoni, Juliana Amaral Cognac, Samuel Ricardo Gomes, Pierre Oliveira Batista, José Américo da Costa Júnior e Pedro de Hollanda Dionisio

secretaria-geral de administração Heleno Chaves Monteiro

departamento geral de finanças José Luiz Garcia de Morais Cordeiro

departamento geral de pessoal Alexandre Angeli Cosme

departamento geral de serviços de apoio Sergio Sundin

secretaria-geral de Controle externo Fabio Furtado de Azevedo1ª inspetoria-geral de Controle externo: Carlos Trillo Negreira2ª inspetoria-geral de Controle externo: Simone de Souza Azevedo3ª inspetoria-geral de Controle externo: Marcus Vinicius Pinto da Silva4ª inspetoria-geral de Controle externo: Ricardo Duarte Levorato5ª inspetoria-geral de Controle externo: Heron Alexandre Moraes Rodrigues6ª inspetoria-geral de Controle externo: Marta Varela Silva7ª inspetoria-geral de Controle externo: Jorge Luiz Campinho Pereira da Mota

Coordenadoria de auditoria e desenvolvimento Roberto Mauro Chapiro

Gabinete da Presidência:

secretário-geral da presidênciaSérgio Aranha

subsecretário-geral da presidênciaCarlos Alberto Borges Delgado Jr

assessoria de audiovisualBráulio Ferraz

assessoria de Comunicação socialElba Boechat

assessoria de informática Rodolfo Luiz Pardo dos Santos

secretaria de assuntos JurídicosLuiz Antonio de Freitas Júnior

assessor de segurança institucionalJosé Renato Torres Nascimento

Centro de Capacitação aperfeiçoamento e TreinamentoMaria Bethania Villela

diretoria de publicações Maria da Graça Paes Leme Saldanha

secretaria das sessões Elizabete Maria de Souza

Revista do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro

Ano XXXIV, no 69 (Março/2018). – Rio de Janeiro: TCMRJ, 1981–

1. Administração Pública – Controle – Periódicos – Rio de Janeiro (RJ)

CDU 35.078.3(815.3)(05)

Tribunal de Contas do Município do Rio de janeiro

Ano XXXIV– Nº 69 – Março de 2018 – ISSN 2176-7181Rua Santa Luzia, 732/sobreloja – Centro – Rio de Janeiro – RJ CEP 20.030-042Tel: (21) 3824.3690 / (21) 3824-3655 / (21) 3824-3641Internet: www.tcm.rj.gov.br E-mail: [email protected] de exemplares desta Revista pelo telefone (21) 3824.3690

diretoria de publicaçõeseditora: Maria Saldanharedatores: Denise Cook e Maria Saldanhaequipe: Andréa Macedo, Denise Losso, Gisela Corrêa, Marcelo Sasse Mesquita e Rose Pereira de Oliveira fotografia: Alexandre Freitas e Bráulio Ferrazprodução de fotografia: Andréa Macedoprojeto gráfico/edição de arte: Mariângela Feliximpressão: Edigráficatiragem: 5.200 exemplarescapa: Praia da Barra, por Maria SaldanhaOs artigos assinados são de responsabilidade de seus autores

TRIBuNAL DE CONTAS DO MuNICÍPIO DO RIO DE jANEIRO

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A Ouvidoria e o Serviço de Informação ao Cidadãodo TCMRj estão sempre abertos para a sociedade,recebendo e encaminhando sugestões, reclamações,denúncias e críticas, pelo telefone 0800-2820486, oupelo site www.tcm.rj.gov.br

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