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sumaeconomica.com.br CONSULTORIA E PUBLICAÇÕES MAIO DE 2016 | Edição: 456 ISSN 0100-8595 Crise política agrava a recessão Recuperar a confiança é fundamental para estabilizar a economia

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sumaeconomica.com.br CONSULTORIA E PUBLICAÇÕESMAIO DE 2016 | Edição: 456

ISSN

0100

-859

5Crise políticaagrava a recessão

Recuperar a confiançaé fundamental paraestabilizar a economia

Orçamento operacional e de vendas

Baixe um leitor de QR code em seu celular, aproxime o telefone do código

e aproveite as promoções no site:www.suma.com.br

Saiba como identificar e aproveitar oportunidades, controlar custos, diminuir riscos e avaliar os rumos da empresa.

Um orçamento operacional e de vendas bem feito precisa envolver todo o pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, produção e pessoal de apoio.

Saiba como maximizar os lucros fazendo o trade-off entre preços e quantidade de vendas, como preparar a matriz de preços de sua empresa para atingir o melhor resultado financeiro. Aprenda melhorar o mix de seus produtos e fazer a estratégia de preços.

O planejamento do orçamentário é um diferencial que determina muitas vezes o sucesso ou fracasso de uma empresa. Aprenda a calcular todos os aspectos essenciais de seu negócio, tais como a receita à vista, o cálculo das despesas proporcionais a venda, o prazo de recebimento, a projeção futura de resultados e outros.

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Índice

Orçamento operacional e de vendas

Baixe um leitor de QR code em seu celular, aproxime o telefone do código

e aproveite as promoções no site:www.suma.com.br

Saiba como identificar e aproveitar oportunidades, controlar custos, diminuir riscos e avaliar os rumos da empresa.

Um orçamento operacional e de vendas bem feito precisa envolver todo o pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, produção e pessoal de apoio.

Saiba como maximizar os lucros fazendo o trade-off entre preços e quantidade de vendas, como preparar a matriz de preços de sua empresa para atingir o melhor resultado financeiro. Aprenda melhorar o mix de seus produtos e fazer a estratégia de preços.

O planejamento do orçamentário é um diferencial que determina muitas vezes o sucesso ou fracasso de uma empresa. Aprenda a calcular todos os aspectos essenciais de seu negócio, tais como a receita à vista, o cálculo das despesas proporcionais a venda, o prazo de recebimento, a projeção futura de resultados e outros.

DIRETOR: Alexis Cavicchini - [email protected]

BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - [email protected]

COLABORAÇÃO:Alexis Cavichini Filho - Jorge Clapp - Laís Sá

TRADUÇÃO:Melanie Siqueira

PROjETO GRAfICO E DIAGRAMAÇÃO:CRIA Comunicação - www.criavisual.com.br

DIRETORIA COMERCIAL:Salete Gondim - [email protected]

ATENDIMENTO:Maristella Orlando - [email protected]

WEB DESIGNER/INTERNET:Alessandra Moura - [email protected]

CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:(0xx21) 2501-2001www.sumaeconomica.com.br

CIRCULAÇÃO:Otacílio Vieira Filho

RIO DE jANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ.Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares.

Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.

O ESTADO DA ECONOMIAPrimeiro passo: recuperar a confiança

THE STATE OF THE ECONOMYFirst Step: Recover Confidence

ANÁLISE DA CONJUNTURARecessão= Crise política 16

04

06

Crise políticaagrava a recessão

A revista SUMA ECONOMICA é uma publicação mensal da COP EDITORA LTDA.Suma Economica

Recuperar a confiança é fundamental para

estabilizar a economia

31

CÂMBIO & COMÉRCIO EXTERIORIndústria melhorao seu déficit

20

AÇÕESMercadoem alta

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PRODUÇÃO INDUSTRIALEm busca de um “Brasil Mais Produtivo”

18

TAXA DE JUROSJuros altos,crédito escasso

PRINCIPAIS INDICADORES08

EVOLUÇÃO E PREVISÕES12FUNDOS DE INVESTIMENTO

22 Oscilação mantida

SEGUROS

23Menos prêmios distribuídos

VENDAS DO COMÉRCIO

24Difícil se superar

33

ECONOMIA INTERNACIONALDentro do previsto

34

AGRÍCOLA E COMMODITIESProdução global de grãos em queda

ATUALIZAÇÃO DE ATIVOS36

ESTATÍSTICA38

BRIEFINGS37

Revista Suma Economica4

O Estado da Economiathe state of the economy

Primeiro passo: recuperar a confiança

C onsiderando a expectativa de um novo governo, que por si só melhora os ânimos na economia, é provável que estejamos no fundo da recessão

e que uma tênue recuperação comece no segundo semestre deste ano, se o futuro presidente - e a equipe - efetivamente levar a frente um programa de reformas que recuperem a confiança no governo. Isto seria o primeiro passo para a retomada dos investimentos que movimentam a economia, que possui expressivas somas de capital estacionado na dívida pública e em outros investimentos financeiros, enquanto as fábricas estão paradas e mais de 10 milhões de trabalhadores estão de braços cruzados, procurando uma oportunidade para trabalhar.

É provável que as ações de um futuro governo, considerando que não ocorra um revés no impeachment, tenham três fases distintas.

A primeira, no período que antecede ao julgamento definitivo da Presidente Dilma pelo Senado. Nesta fase, deve prevalecer um conjunto de medidas que não sejam impopulares evitando atritos com grandes parcelas da opinião pública, que poderiam estimular o ativismo do PT.

A segunda, após a confirmação, definitiva, do impeachment pelo Senado. Ai é onde devem se concentrar as medidas impopulares no curto prazo, mas que estabilizarão a economia no decorrer de muitos anos. Provavelmente deve durar de julho ou agosto deste ano (se o recesso parlamentar de meio de ano for suspenso para a votação final do impeachment) até maio ou junho de 2018. Aproximadamente dois anos.

Por fim, uma terceira fase, após junho de 2018. Junto com a economia crescendo, se adicionaria um “pacote de bondades” para os eleitores que vão votar no segundo semestre do ano. Afinal, o PMDB é o único partido em que os políticos são suficientemente profissionais para superarem o PT neste quesito que ocorre na mesma época em todas as democracias do mundo.

O QUE ESPERAR NESTAS fASES?

É difícil projetar as ações de um futuro governo, pois em um governo de coalizão, que deve se integrar a uma base de aproximadamente 400 deputados, as decisões serão formuladas e reformuladas com

velocidade, na medida em que dão certo, ou não, e dependem do aval de um grande número de aliados com ideias diferentes sobre o futuro, mas que se aglutinam em torno de um governo que permita ao país sair da crise. Após o fim da crise econômica, irão aflorar divergências.

Entretanto, o mais provável é que:

fASE 1

DESTE MêS ATé A DECISÃO fINAL SOBRE O impeachment DA PRESIDENTE:

- Restaure-se a confiança no Estado, com a nomeação de um ministério que transmita segurança a população em geral.

- Haja uma redução nas despesas do Estado que não exijam um conflito com grandes parcelas da população.

- Defina-se de uma política externa que insira o Brasil no mercado internacional, para a expansão da corrente de comércio e que tornem o país um novo polo de investimentos internacionais.

- Inicie-se as discussões com o Congresso sobre um “Orçamento Impositivo”, onde o Congresso e o Executivo, efetivamente, façam, em conjunto, estimativas realistas de receitas e definam as escolhas de onde será aplicado o dinheiro.

- Ocorram mudanças na legislação sobre concessões na área de infraestrutura, petróleo e outras que emperram a economia.

fASE 2

DE AGOSTO/OUTUBRO DE 2016 A jUNhO/jULhO DE 2018:

- Haja uma reforma da previdência, com idade mínima da aposentadoria em 65 anos.

- Ocorra um aumento da contribuição dos servidores públicos (onde realmente ocorre o déficit da previdência) para 14% da folha.

- Concretize-se a consolidação do Funpresp - Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público - para os concursados que entraram após 2013.

Revista Suma Economica 5

O Estado da Economiathe state of the economy

- As Concessões permaneçam em grande escala, de aeroportos, rodovias,ferrovias, petróleo, infraestrutura em geral e demais gargalos da economia.

- Haja mudanças que flexibilizem a legislação trabalhista.

- Tenhamos mudança de foco dos benefícios, e em particular do Bolsa-Família, para os 5% mais pobres da população, com redução das influências políticas, sobretudo no Nordeste, nas concessões destes benefícios.

- Ocorra um aperto nos aumentos salariais, menos contratações e redução nos benefícios aos servidores públicos.

- Havendo espaço político e um mínimo de convergência entre os interesses do governo federal, estadual e os diferentes segmentos empresariais, tenhamos uma reforma tributária, mas tímida.

- Tenhamos uma redução paulatina dos juros no decorrer de 2017 e, em seguida, quedas intensas do fim de 2017/início de 2018, até as eleições para o Congresso e a para a Presidência, no mesmo ano.

- Haja uma melhoria na oferta de crédito para as

empresas, na medida em que o governo concorrerá menos com o setor privado na demanda por dinheiro no mercado financeiro.

fASE 3

DE jULhO DE 2018, EM DIANTE:

- Aumentem os benefícios sociais, em particular no Nordeste.

- Ocorram maiores transferências de verbas federais para os estados e, em particular, para os municípios.

- Haja descompressão na remuneração dos servidores públicos.

Em suma, o futuro do país, e da economia em particular, irá depender de uma equipe que seja eficiente, tenha diálogo com o Congresso, acelere as concessões em infraestrutura, diminuam o “Custo Brasil” e, em particular os juros, que impedem os investimentos e a alavancagem das empresas. Os discursos dos ministros - em potencial - estão na direção certa. Se implementarem, pelo menos, parte do que pretendem, a economia recuperar-se-á de forma significativa no decorrer dos dois próximos anos.

Revista Suma Economica6

The State of the Economyo estado da economia

first Step: Recover Confidence

C onsidering the expectation of a new government, which alone improves the economic mood, it is probable that we are

experiencing recession at it worst. A tenuous recovery might begin in the second half of this year, if the future president - and team - effectively take forward a reform program to recover confidence in the government. This would be the first step towards the resumption of investments that move the economy, which has significant amounts of stationary capital on public debt and other financial investments. Meanwhile, factories have stopped, and more than 11 million workers are idly, looking for a opportunity to work.

It is likely that the actions of a future government, considering a setback in the impeachment process does not happen, have three distinct phases.

The first, in the run-up to the final judgment of President Dilma by the Senate. At this stage, it should prevail a set of measures that are not unpopular, avoiding friction with large portions of public opinion, which could stimulate the activism of PT.

The second, after final confirmation of the impeachment by the Senate. This is the point where the focus of unpopular measures should take place, which will stabilize the economy over many years. It should probably last from July or August this year (if mid-year parliamentary recess is suspended for the final vote on impeachment) until May or June 2018. Approximately two years.

Finally, a third phase, after June 2018, with the economy growing, a “kindnesses package” will be presented, aimed at the population who will vote in the second half of the year. After all, PMDB is the only party where politicians are professional enough to overcome PT in this regard, which occurs at the same period in worldwide democracies.

WhAT TO ExPECT IN ThESE PhASES?

It is hard to project the actions of a future government. In a coalition government, which should be integrated to a base of approximately 400 members, decisions are formulated and reformulated with speed, to the extent of working or not, and depend on the approval of a large number

of allies with different ideas about the future, but that coalesce around a government that will allow the country out of the crisis. After the economic crisis, diferences will emerge.

However, the most likely:

PhASE 1

fROM ThIS MONTh UNTIL ThE fINAL DECISION ON ThE impeachment Of ThE PRESIDENT:

- Restore trust in the Government, with the appointment of ministries that transmit security to the general population.

- Reduction in state expenditures that do not require conflict with large parts of the population.

- Set up a foreign policy that insert Brazil in the international market for the expansion of bilateral trade and turn the country into a new pole of international investments.

- Start-up discussions with Congress on an “Authoritative Budget” where the Congress and the Executive effectively set realistic revenue estimates and define where money gets applied.

- Changes on concession legislation of infrastructure, oil, and others that hamper the economy.

PhASE 2

AUGUST / OCTOBER 2016 TO jUNE / jULy 2018:

- Pension reform, minimum retirement at age 65.

- Increase on civil servants contribution (where social security deficit is truly present) to 14%.

- Consolidation of Funpresp - Supplementary Pension Fund for Civil Servants - for those who entered after 2013.

- Concessions remain in large-scale: airports, highways, railways, oil, general infrastructure, and other bottlenecks of the economy.

- Changes for a more flexible labor legislation.

Revista Suma Economica 7

The State of the Economyo estado da economia

- Shift benefit focus, in particular Bolsa Família for the poorest 5% of the population - reducing political influence, especially in the Northeast, from the concessions of these benefits.

- A tightening grip on pay, decrease hiring and benefits to public servants.

- If there is political space and a minimum of convergence between the interests of the federal and state governments, and different business segments, we might have a tax reform, but shy.

- Gradual reduction in interest rates during 2017 and then heavy falls by end of 2017 / early 2018, until the elections for Congress and for Presidency in the same year.

- Improvement in the supply of credit to businesses, to the extent that the government will compete less with the private sector in the demand for money in the financial market.

PhASE 3

jULy 2018 ONWARDS:

- Increased social benefits, particularly in the Northeast.

- Major transfers of federal funds to states and, in particular, to municipalities.

- Decompression in the remuneration of public servants.

In short, the future of the country, and the economy in particular, will depend on a team that is efficient, dialogues with Congress, speed concessions in infrastructure, reduce “Brazil cost”, and in particular interest, which prevents investments and company leverage. The speeches of the potential ministers are in the right direction. If at least part of what is pretended is implemented, the economy will recover significantly over the next two years.

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