crise no paraguai

14
Prof: Vítor Moraes Ribeiro

Upload: vitor-moraes-ribeiro

Post on 25-Jun-2015

491 views

Category:

Education


0 download

DESCRIPTION

breve análise sobre o possível golpe branco contra Fernando Lugo e os possíveis interesses pode de trás desses acontecimentos.

TRANSCRIPT

Page 1: Crise no paraguai

Prof: Vítor Moraes Ribeiro

Page 2: Crise no paraguai
Page 3: Crise no paraguai

Manuel Zelaya ex-presidente de Honduras é deposto em 2009;

Fernando Lugo em 2012 também é deposto, os dois “legalmente”, mas para muitos devido a base parlamentar forte de direita que é contra as medidas de esquerda tomadas por esses presidentes.

Page 4: Crise no paraguai

Por razões distintas, nem Manuel Zelaya nem Fernando Lugo quiseram ou puderam criar as condições para uma ampla mobilização popular em defesa de seus mandatos e da ordem constitucional quando os golpistas começaram a tecer seus planos. O primeiro porque havia feito um rara passagem da oligarquia para o campo progressista, perdendo velhos amigos sem ganhar a confiança plena dos novos aliados. O segundo porque, eleito por uma coalização à esquerda, foi frustrando seus seguidores com concessões infindáveis, no afã de apaziguar as forças conservadoras. Perdeu antigos apoios e, de quebra, acabou derrubado por quem tentou cativar (Fonte: Carta Maior, junho de 2012)

Page 5: Crise no paraguai

Partidos tradicionais que jamais se conformaram com a chegada à presidência de um bispo ligado aos movimentos sociais. A conspiração contra Lugo estava no Palácio, através do Vice-Presidente que agora, “surpreso”, assume o governo, amparado nas lideranças parlamentares que certamente o “ajudarão” a governar dentro da democracia.

Zelaya na embaixada brasileira, jamais voltou ao poder.

Page 6: Crise no paraguai

Centro das conspirações da crise no Paraguai estão grupos de latifundiários e banqueiros, associados a empresas de comunicação, que rejeitam qualquer reforma voltada para a democratização da terra ou o controle dos mecanismos rentistas.

Page 7: Crise no paraguai

O golpe de Estado de 2002, contra Chávez, só foi possível quando a operação midiática dividiu as forças armadas e a base parlamentar governista, tirandou-lhe maioria na Assembléia Nacional. O boliviano Evo Morales, mesmo sem ter sido vitima de um golpe aberto, também viveu agruras parecidas. (Fonte Carta Maior, junho de 2012)

Page 8: Crise no paraguai

O Brasil vive cenário bastante semelhante. O ápice desse conflito ocorreu em 2005, quando as forças conservadoras estiveram a poucos passos de apostarem no impedimento do presidente Lula. Faltou-lhes coragem e sobraram-lhes dúvidas sobre como reagiriam as ruas. (Fonte Carta Maior, junho de 2012)

Page 9: Crise no paraguai

Diferentemente de Honduras, o Brasil tem forte influência no Paraguai;

MERCOSUL;

UNASUL;

ITAIPU;

Brasiguaios.

Page 10: Crise no paraguai

A tentativa de golpe contra o Presidente Chavez, a deposição de Lugo pelas “vias legais”, a rápida absorção do golpe “branco” em Honduras, a utilização do território colombiano para a instalação de bases militares estrangeiras têm algum nexo de causalidade ?

Page 11: Crise no paraguai

Pela queda de Lugo, agradecem os que apostam num autoritarismo “constitucionalizado” na A.L., de caráter antipopular e pró-ALCA. Agradecem os torturadores que não terão seus crimes revelados, agradecem os que querem resolver as questões dos movimentos sociais pela repressão. Agradece, também, a guerrilha paraguaia, que agora terá chance de sair do isolamento a que tinha se submetido, ao desenvolver a luta armada contra um governo legítimo, consagrado pelas urnas. Tarso Genro – Governador do Rio Grande do Sul.

Page 12: Crise no paraguai

Um parceiro dentro do MERCOSUL.

Enfraquecimento do MERCOSUL e implicações a adesão venezuelana no bloco;

Expansão do agronegócio no Chaco paraguaio, vazio demográfico.

“Monsanto à Cargill, da Bunge à Basf — é a famosa “segurança jurídica”. Ou seja, elas querem a garantia de que seus investimentos não correm risco. É óbvio que Fernando Lugo, a esquerda e os sem terra do Paraguai oferecem risco a essa associação entre o agronegócio e o capital internacional, num momento em que ela se aprofunda.”

(Fonte: viomundo.com.br acesso 25/06/2012)

Page 13: Crise no paraguai

Mariscal Estigarribia, no Chaco : um aeroporto que

cairia como uma luva como base dos Estados Unidos. Seria como ponto de apoio e reabastecimento para o deslocamento das forças especiais, o que faz parte da nova estratégia do Pentágono. O renascimento da Quarta Frota, responsável pelo Atlântico Sul, veio no mesmo pacote estratégico.

É o neocolonialismo, agora faminto pelo controle

direto ou indireto das riquezas do século 21: petróleo, terras, água doce, biodiversidade.

Um Paraguai alinhado a Washington, portanto, traz

grandes vantagens potenciais a interesses políticos, econômicos, diplomáticos e militares estadunidenses.

Page 14: Crise no paraguai