crise da república velha

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CRISE DA REPÚBLICA VELHA OS ANOS 1920

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Page 1: Crise da República Velha

CRISE DA REPÚBLICA VELHA

OS ANOS 1920

Page 2: Crise da República Velha

POLÍTICA DO CAFÉ COM

LEITE

• Foi uma política de revezamento do poder

nacional entre 1898 e 1930, por

presidentes civis fortemente

influenciados pelo setor agrário de São

Paulo (Estado mais rico e maior produtor

de café) e Minas Gerais (Maior colégio

eleitoral da época e produtor de leite).

• Alternavam-se no poder representantes

do Partido Republicano Paulista (PRP), e

do Partido Republicano Mineiro (PRM),

que controlavam as eleições apoiados da

Política dos Governadores.3/29/2015Valéria Fernandes 2

Page 3: Crise da República Velha

O DIREITO DE VOTO

“Art. 70 - São eleitores os cidadãos maiores de 21

anos que se alistarem na forma da lei.

§ 1º - Não podem alistar-se eleitores para as

eleições federais ou para as dos Estados:

1º) os mendigos;

2º) os analfabetos;

3º) as praças de pré, excetuados os alunos

das escolas militares de ensino superior;

4º) os religiosos de ordens monásticas,

companhias, congregações ou comunidades de

qualquer denominação, sujeitas a voto de

obediência, regra ou estatuto que importe a

renúncia da liberdade Individual.

§ 2º - São inelegíveis os cidadãos não

alistáveis”. (Constituição de 1891)

3/29/2015Valéria Fernandes 3

Page 4: Crise da República Velha

POLÍTICA DOS

GOVERNADORES

• Governo Campos Sales (1898-1902) → o

presidente apoiava os governadores e seus

aliados e em troca eles garantiam a eleição

para o Congresso dos candidatos de

interesse das Oligarquias Mineira e Paulista.

Garantia da continuidade das mesmas

oligarquias (grandes famílias ricas e

poderosas) no poder. Esta troca funcionava

graças :

1. À Comissão Verificadora de poderes →

Degola.

2. Ao Coronelismo → Curral Eleitoral.

3/29/2015Valéria Fernandes 4

Page 5: Crise da República Velha

O VOTO DE CABRESTO ONTEM E HOJE

3/29/2015Valéria Fernandes 5

Page 6: Crise da República Velha

O VOTO DE CABRESTO ONTEM E HOJE

3/29/2015Valéria Fernandes 6

Page 7: Crise da República Velha

O VOTO DE CABRESTO ONTEM E HOJE

3/29/2015Valéria Fernandes 7

Page 8: Crise da República Velha

E A INDÚSTRIA?

Alguns fatores favoreceram o

desenvolvimento industrial, especialmente

em São Paulo:

• Crescimento do mercado interno;

• Mão de obra barata → Nacionais + Imigrantes

• Possibilidade de abrir pequenas fábricas, que

exigiam pouco capital.

• A I Guerra Mundial.

• Reinvestimento de capitais excedentes do

Café.

No entanto, não havia política do governo

federal para a indústria.

3/29/2015Valéria Fernandes 8

Page 9: Crise da República Velha

O MOVIMENTO OPERÁRIO

3/29/2015Valéria Fernandes 9

70 mil operários cruzaram os braços em São Paulo em junho

de 1917.

Page 10: Crise da República Velha

O MOVIMENTO OPERÁRIO

• Em junho de 1917 houve a primeira

greve geral do Brasil. Os operários

queriam:

1. Liberdade todas as pessoas detidas

por motivo de greve;

2. Direito de associação sindical, sem

punições como a demissão;

3. Abolição do trabalho de menores de

14 anos;

4. Proibição de menores de 18 anos e

mulheres em trabalhos noturnos;

3/29/2015Valéria Fernandes 10

Page 11: Crise da República Velha

O MOVIMENTO OPERÁRIO

5. Aumento de 35% nos salários inferiores

a 5$000 e de 25% para os mais elevados;

6. Pagamento dos salários efetuado

quinzenalmente, e, o mais tardar, 5 dias

após o vencimento;

7. Garantia aos operários de trabalho

permanente;

8. Jornada de oito horas e semana

inglesa;

9. Aumento de 50% em todo o trabalho

extraordinário.

3/29/2015Valéria Fernandes 11

Page 12: Crise da República Velha

O MOVIMENTO OPERÁRIO

• Questão operária era “caso de polícia”.

• Governo de Artur Bernardes (1922-26) →

forte repressão → ao final de seu

governo, o movimento anarquista tinha

sido massacrado.

• A fundação do PCB (Partido Comunista

Brasileiro deu novo fôlego ao movimento

operário → Em 25 de março de 1922, no

Congresso de Fundação, eles eram 9

delegados a representar cerca de 73

militantes em todo o país.

3/29/2015Valéria Fernandes 12

Page 13: Crise da República Velha

3/29/2015Valéria Fernandes 13

Em 1927, aprovou-se a Lei Celerada (ou Lei

Aníbal de Toledo), que combatia os chamados

“delitos ideológicos”. Seu objetivo eram os

operários, jornalistas e militares insurgentes.

Page 14: Crise da República Velha

A DÉCADA DE 1920

• Durante os anos 1920, a política do Café

com Leite foi questionada por vários

setores da população:

Camadas médias urbanas.

Operários.

Grupos ligados à indústria.

Jovens oficiais do Exército (*Movimento

Tenentista*)

• Esses grupos desejavam → voto secreto,

incentivo à indústria, fim da corrupção na

política, ampliação da educação pública,

maior centralização política.

3/29/2015Valéria Fernandes 14

Page 15: Crise da República Velha

MOVIMENTO TENENTISTA

• Envolvia principalmente jovens oficiais

(capitães e tenentes) → nacionalistas,

positivistas e queriam um poder central

forte → Não uma linha ideológica.

• Principais revoltas: 18 do Forte de

Copacabana (1922), Comuna de Manaus

(1924), São Paulo (1924) e a Coluna

Prestes (1925-27).

• Na década seguinte, alguns irão para a

esquerda (comunista), outros para a

direita (fascista) e alguns assumirão

uma postura “neutra”.

3/29/2015Valéria Fernandes 15

Page 16: Crise da República Velha

• A primeira ação tenentista foi o levante

dos 18 do Forte de Copacabana → julho

de 1922 → os únicos sobreviventes foram

Siqueira Campos e Eduardo Gomes.

3/29/2015Valéria Fernandes 16

Page 17: Crise da República Velha

• Motivações Específicas:

O presidente Epitácio

Pessoa nomeou um civil,

o historiador João Pandiá

Calógeras, como Ministro

da Guerra.

Derrota de Nilo Peçanha

(apoiado pela maioria

dos militares do Rio de

Janeiro) para Arthur

Bernardes (apoiado pela

oligarquia de São Paulo).

3/29/2015Valéria Fernandes 17

MOVIMENTO TENENTISTA

Caricatura de

Nilo Peçanha.

Page 18: Crise da República Velha

• Incidente das cartas falsas → Em 1921, o

Correio da Manhã publicou cartas

atribuídas à Artur Bernardes, criticava a

ação política dos oficiais do exército.

• Prisão de Marechal Hermes da Fonseca,

ex-presidente do Brasil e presidente do

Clube Militar por ordem de Epitácio

Pessoa (1919-22) → o Marechal havia

criticado o processo eleitoral que deu a

vitória a Arthur Bernardes.

• Fechamento do Clube Militar.

3/29/2015Valéria Fernandes 18

MOVIMENTO TENENTISTA

Page 19: Crise da República Velha

• Aviões bombardearam São Paulo durante

a Revolução de 1924 → casa destruída na

Rua Helvétia, na região central da cidade3/29/2015Valéria Fernandes 19

MOVIMENTO TENENTISTA

Page 20: Crise da República Velha

• Entre 1925 e 1927,

um grupo composto

por civis e militares

cruzou mais de 24

mil quilômetros sob a

liderança de Luís

Carlos Prestes.

• A Coluna Prestes

assumiu uma aura de

heroísmo, ainda que

não tenha atingido

seus objetivos.

3/29/2015Valéria Fernandes 20

MOVIMENTO TENENTISTA

Page 21: Crise da República Velha

Comando da Coluna Prestes.

3/29/2015Valéria Fernandes 21

MOVIMENTO TENENTISTA

Page 22: Crise da República Velha

O CANGAÇO

• A miséria do Nordeste impulsionou o

chamado Cangaço, que é uma forma de

banditismo social. O massacre dos grupos

cangaceiros foi feita na década seguinte.

3/29/2015Valéria Fernandes 22

Page 23: Crise da República Velha

CRISE DA REPÚBLICA VELHA

• O Partido Democrático foi fundado por

dissidentes do Partido Republicano Paulista,

em 24/02/1925, com 599 membros →

Representava as classes médias, vinculada a

setores cafeeiros, mas sobretudo urbana →

Poucos de seus membros eram industriais.

• Crescimento foi rápido → em 3 meses, já

tinha cerca de 20 mil membros; no final de

1926, 50 mil; em maio de 1927, tinha 87

diretórios em São Paulo no interior, no fim do

ano já eram 180.

Nas eleições de 1930, o PD apoiou a Aliança

Liberal, mas só conseguiu 10% dos votos

paulistas para Getúlio Vargas. 3/29/2015Valéria Fernandes 23

Page 24: Crise da República Velha

• “Governar é abrir

estradas” →O

automóvel se impõe.

• Estava promovendo

uma reforma

econômica que foi

interrompida pela crise

de 1929.

• Rompeu com a Política

do Café com Leite ao

indicar outro paulista,

Júlio Prestes.

3/29/2015Valéria Fernandes 24

CRISE DA REPÚBLICA VELHA

O último presidente da

República do Café com

Leite, Washington Luís

(1926-30).

Page 25: Crise da República Velha

• A campanha de 1930 foi a última da República

Velha e marcada pela ruptura entre Minas e

São Paulo. 3/29/2015Valéria Fernandes 25

Cartazes

de

Campanha

eleitora de

1930: PRP

(Júlio

Prestes) e

Aliança

Liberal

(Getúlio

Vargas)

CRISE DA REPÚBLICA VELHA

Page 26: Crise da República Velha

• Em 26 de julho de 1930,

João Pessoa, candidato a

vice de Getúlio e

presidente da Paraíba, foi

assassinado por João

Dantas na Confeitaria

Glória, em Recife (PE).

• Seu assassinato é

considerado o estopim da

Revolução de 1930 em 24

de outubro.

3/29/2015Valéria Fernandes 26

CRISE DA REPÚBLICA VELHA

Em sua homenagem a

capital da Paraíba,

antes denominada de

"Parahyba", recebeu

seu nome

(04/09/1930).

Page 27: Crise da República Velha

• No plano cultural, um

dos eventos mais

importantes foi a

Semana de Arte

Moderna, ou Semana

de 22, ocorrida em São

Paulo entre os dias 13

a 17 /02/1922.

• O movimento desejava

encontrar uma

expressão

legitimamente

brasileira nas artes,

literatura, música, etc.3/29/2015Valéria Fernandes 27

ANTROPOFAGIA E CRIATIVIDADE

Page 28: Crise da República Velha

3/29/2015Valéria Fernandes 28

Page 29: Crise da República Velha

APROXIMAÇÃO COM A

IGREJA CATÓLICA

Construção do Cristo Redentor, fruto principalmente

da ação do Cardeal Sebastião Leme.

3/29/2015Valéria Fernandes 29

Page 30: Crise da República Velha

VOTO FEMININO

• A Constituição não proibia o voto das

mulheres, mas o cadastro não era

concedido.

• Em 1910, as feministas Leolinda Daltro e

Gilka Machado fundaram, no Rio de

Janeiro, o Partido Republicano Feminino

→ maior objetivo era o sufrágio feminino.

• Em 1922, a cientista e feminista Bertha

Lutz fundou a Federação Brasileira pelo

Progresso Feminino para defender os

interesses das mulheres, um deles, o

direito de voto.

3/29/2015Valéria Fernandes 30

Page 31: Crise da República Velha

Primeiro Congresso Feminino Brasileiro →

Ao centro, a líder norte-americana Carrie

Chapman Catt, ao lado de Berta Lutz (de

branco) → Rio de Janeiro, dezembro de

1922. 3/29/2015Valéria Fernandes 31

Page 32: Crise da República Velha

VOTO FEMININO

• Bertha Lutz é mais lembrada como

feminista, algo importante, sem dúvida,

do que como cientista que era. A

invisibilização das mulheres na História

da Ciência. 3/29/2015Valéria Fernandes 32

Page 33: Crise da República Velha

VOTO FEMININO

• Em 1927, o Rio Grande do

Norte foi o primeiro Estado

a conceder o direito de

voto às mulheres (Lei nº

660, de 25 de outubro). A

professora Celina

Guimarães Vianna, de

Mossoró (RN), foi a

primeira brasileira a fazer

o alistamento eleitoral, a

primeira mulher a votar no

Brasil e na América Latina.

3/29/2015Valéria Fernandes 33

Celina Guimarães

Vianna, primeira

mulher a votar na

América Latina.

Page 34: Crise da República Velha

VOTO FEMININO

• Luíza Alzira Soriano

Teixeira, professora e

juíza de futebol, viúva, foi

eleita prefeita de Lajes,

Rio Grande do Norte, em

1928, pelo Partido

Republicano com 60%

dos votos. Ela não

terminou o seu mandato

por causa da Revolução

de 1930.

3/29/2015Valéria Fernandes 34

Alzira Soriano,

primeira prefeita da

América Latina.