crimes - patrimônio

8/18/2019 Crimes - Patrimônio

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UNIDADE 2DOS CRIMES CONTRA O

PATRIMÔNIO1. Considerações gerais2. Figuras Típicas:

2.1. Furto

2.2. Roubo, extorsão, extorsão mediante sequestro e extorsão indireta2.3. Dano2.4. Apropriação indébita2.5. Estelionato2.6. Receptação

3.Escusas absolutórias


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1. Considerações Gerais

• 1.1. Bem jurídico tutelado ou objeto jurídico - é opatrimônio.

• 1.2. Conceito de Patrimônio para fins penais - oconceito de patrimônio para efeitos penais não éunicamente de ordem econômica, pois pode abrangerbens de valor afetivo. Exemplo: Uma foto de valoreconômico insignificante, mas de elevado valor afetivo

pode ser objeto de furto.


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• 1.3. O princípio da insignificância – A mínima ofensividade daconduta, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzidograu de reprovabilidade do comportamento e ainexpressividade da lesão jurídica constituem, para o SupremoTribunal Federal requisitos de ordem objetiva autorizadores daaplicação do princípio da insignificância.

• Tem sido aplicada em crimes de furto, mas não deve ser confundidocom o furto de pequeno valor ou com o furto famélico.

• Ver art. 26 do Projeto de Novo Código Penal (insignificânciapenal).

• 1.4. O consentimento do ofendido e os delitos contra opatrimônio - como causa justificante, o consentimento do ofendido,que é elemento extrínseco ao tipo (não faz parte do tipo penal),importa em renúncia da tutela do bem jurídico disponível. Se oconsentimento fizer parte da estrutura típica, sua existência exclui a

tipicidade.


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2. Figuras Típicas:

• 2.1. Furto – art. 155• 2.1.1 – Objeto jurídico

• Patrimônio

• 2.1.2 – Objeto Material• Coisa móvel.

• Animais, cadáver, árvores, frutos, bens públicos, água,minerais, objeto abandonado e coisa fora do comércio

(algumas podem ser objeto material do furto).• Res nullius (coisa de ninguém); res derelicta (coisaabandonada); res commune omniun (coisa de uso detodos); res desperdicta (coisa perdida).

• Coisas equiparadas a móveis - § 3º.


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• 2.1.3 – Elementos objetivo e normativo• a - Ação nuclear – verbo subtrair.

• b - Elemento normativo

• - Subtrair significa retirar de alguém coisa móvel, semsua autorização, com o fim de assenhoramento definitivo.

• - Coisa alheia – algo que é propriedade de outrem ouestá em sua posse.

• 2.1.4 – Elemento subjetivo• Dolo direto de assenhorear-se de coisa alheia móvel comânimo definitivo.


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• 2.1.5 – Atos preparatórios, tentativa, desistênciavoluntária, crime impossível e momento consumativo.

• a – Atos preparatórios: quebrar uma janela e serrar umcadeado, são atos preparatórios pois não alcançam aação nuclear que é subtrair.

• b – Tentativa: ocorre quando iniciada a ação nuclear,esta é interrompida por circunstâncias alheias a vontadedo agente.

• c – Desistência voluntária: art. 15.• d – Crime impossível: art. 17.

• e – Momento consumativo: necessidade de possetranquila do bem subtraído?


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Jurisprudência

• APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE DANOQUALIFICADO – ACUSADO JÁ ABSOLVIDO NASENTENÇA – AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL,NO PONTO – NÃO CONHECIMENTO.

• CRIMES DE FURTO – RECURSO QUE SE LIMITA APOSTULAR O RECONHECIMENTO DA MODALIDADETENTADA – IMPOSSIBILIDADE – MOMENTOCONSUMATIVO QUE PRESCINDE DA POSSE

TRANQUILA DA RES FURTIVA – TEORIA DA AMOTIOOU APPREHENSIO – DECRETO CONDENATÓRIOMANTIDO [...] (TJSC - Apelação Criminal (Réu Preso) n.2013.006029-5, de Tubarão. Relator: Des. Moacyr deMoraes Lima Filho).


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• RECURSO ESPECIAL. PENAL. CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO.DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. AUSÊNCIA DE SIMILITUDE FÁTICAENTRE OS ARESTOS RECORRIDO E PARADIGMA. EMPREGO DE ARMADE FOGO. APREENSÃO DA ARMA E NÃO REALIZAÇÃO DE PERÍCIATÉCNICA. AUSÊNCIA DE EXAME DE CORPO DE DELITO. INCIDÊNCIA

DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADEDE LAUDO PERICIAL. CONSUMAÇÃO DO DELITO. POSSE TRANQÜILADA RES. DESNECESSIDADE. PRECEDENTES. [...] 3. O SupremoTribunal Federal e esta Corte, no que se refere à consumação do crimede roubo, adotam a teoria da apprehensio, também denominada deamotio, segundo a qual considera-se consumado o delito no momento

em que o agente obtém a posse da res furtiva, ainda que não sejamansa e pacífica e/ou haja perseguição policial, sendo prescindível que oobjeto do crime saia da esfera de vigilância da vítima. [...] (STJ - RecursoEspecial nº 1.232.401 - RS, 5ª Turma, unânime, Relatora Ministra Laurita

Vaz, julgado em 03.05.2011, publicado no DJ em 18.05.2011)


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• HABEAS CORPUS. PENAL. DESCLASSIFICAÇÃO DE ROUBO PARAFURTO: IMPOSSIBILIDADE. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: DISTINÇÃO.INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NO CRIME DEROUBO. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA: OBSERVÂNCIADO ART. 33 DO CÓDIGO PENAL. [...] 2. Tem-se por consumado o crime

de roubo quando, cessada a clandestinidade ou a violência, o agentetenha tido a posse da coisa subtraída, ainda que retomada logo emseguida. Situação distinta é a veiculada no HC n. 88.259, em que o pacientesubtraiu um passe de ônibus, utilizando-se de arma de brinquedo.Considerou-se a particularidade consubstanciada na circunstância de ter sidoele o tempo todo monitorado por policiais que se encontravam no local do

crime. Inaplicabilidade desse precedente ao caso ora examinado, em que opaciente teve a posse dos bens subtraídos, ainda que por pouco tempo. (HCn. 95.174-1/RJ, STF, Relator Ministro Eros Grau, 2ª Turma, unanimidade,

julgado em 09.12.2008, publicado no D.E. em 20.03.2009) .


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• 2.1.6 – Concurso de crimes• Concursos material e formal e crime continuado.• Concurso aparente de normas: violação de domicílio eutilização do bem para cometer estelionato.

• 2.1.7 – Furtos de uso e famélico• Furto de uso: não é crime pela falta do elemento subjetivo.• Furto famélico: não é crime em virtude do estado denecessidade do agente.

• 2.1.8 – Furto noturno - § 1º• Repouso noturno e não noite.• Necessidade da casa ser habitada (há divergência).• Prevalece o entendimento de que aplica-se somente ao furtosimples.


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• FURTO SIMPLES, PRATICADO DURANTE O REPOUSO NOTURNO. PLEITO ABSOLUTÓRIO OU APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO.IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. PRINCÍPIO DAINSIGNIFICÂNCIA. VALOR DO BEM SUBTRAÍDO QUE NÃO PODE SERCONSIDERADO INSIGNIFICANTE. RÉU REINCIDENTE. INAPLICABILIDADE.FURTO NOTURNO (CP, ART. 155, § 1º). VEÍCULO ESTACIONADO EM VIA

PÚBLICA. HIPÓTESE QUE CONFIGURA A INCIDÊNCIA DA CAUSA DE AUMENTO.INAFASTABILIDADE. REINCIDÊNCIA COMPROVADA. [...]

• "A causa de aumento de pena inerente ao repouso noturno não se relaciona,obrigatoriamente, com a circunstância de ser o furto cometido em casa habitada. Emverdade, o Código Penal sequer faz distinção se o crime é praticado intra ou extramuros. O maior perigo pessoal proporcionado à vítima não se encontra entre os

fundamentos mencionados para o tratamento penal mais severo do furto noturno. Alémdisso, o furto é crime contra o patrimônio, e não contra a pessoa, e o patrimônio restamais fragilizado durante o repouso noturno. Destarte, a majorante é perfeitamenteaplicável aos furtos cometidos durante o repouso noturno em automóveis estacionadosem vias públicas, bem como em estabelecimentos comerciais" (MASSON, CleberRogério. Direito Penal esquematizado: parte especial, 3. ed. Rio de Janeiro: Forense,p. 321). (TJSC - Apelação Criminal n. 2011.008563-1, de Anchieta. Relator: Des. Jorge

Schaefer Martins).


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• 2.1.9 – Furto privilegiado – § 2º• Requisitos: primariedade e pequeno valor (saláriomínimo).

• Direito subjetivo do réu.

• Penas.

• Concomitância da causa de aumento com as formasqualificadas: possibilidade. Súmula 511 do STJ.

• 2.1.10 – Furto de energia - § 3º• Energia elétrica ou qualquer outra de valor econômicocomo a atômica e a solar.

• Ver arts. 155, caput , do Projeto de Novo Código Penal.


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• APELAÇÃO. USO INDEVIDO DE SINAL DE TV A CABO.SUBSUNÇÃO AO TIPO PRESCRITO PELO ART. 155, § 3.º, DO CP.EQUIPARAÇÃO DO SINAL A OUTRAS ENERGIAS.IMPROPRIEDADE. BEM IMATERIAL, ADEMAIS, INSUSCETÍVELDE SUBTRAÇÃO (ELEMENTAR DO TIPO).

• CONDUTA, NO MAIS, QUE SE AMOLDA AO PRESCRITO NO ART.35 DA LEI N.º 8.977/95. TIPO, TODAVIA, SEM PRESCRIÇÃOPUNITIVA (AUSÊNCIA DE PRECEITO SECUNDÁRIO).IMPOSSIBILIDADE DE ANALOGIA COM O DELITO DE FURTO(ANALOGIA IN MALAM PARTEM).

• OBSERVAÇÃO DO ART. 5.º, XXXIX, DA CR. PRECEDENTE DOSTF. RECURSOS PROVIDOS. (Apelação Criminal n. 2012.019672-4, da Capital – Continente. Relator Designado: DesembargadorRicardo Roesler).

• “Art. 35. Constitui ilícito penal a interceptação ou a recepção não autorizada dos sinais

de TV a Cabo” (Lei 8.977/95).


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• FURTO - ESTELIONATO - SINAL DE TV A CABO. Osinal de TV a cabo não pode ser equiparado a energiaelétrica (art. 155, §3º), pois embora tenha valoreconômico não é energia. A ligação clandestina de TV a

cabo configura estelionato. Possibilidade de novadefinição jurídica para o mesmo fato, pois não existeinovação acusatória. Considerando o pequeno prejuízocausado, o fato é considerado privilegiado, pois primário

o agente. Recurso defensivo provido em parte, redefinidaa conduta criminosa, aplicando apenas sançãopecuniária. (Apelação Crime Nº 70001779305, SextaCâmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: IvanLeomar Bruxel, Julgado em 09/08/2001).


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• I Â– A jurisprudência desta corte é uniforme em equiparar o sinal deTV a cabo como coisa móvel alheia, passível de constituir objeto defurto, por se tratar de energia eletromagnética dotada de valoreconômico.

• Tal entendimento não afronta o princípio da legalidade, no qual estáprevisto que "não há crime sem lei anterior que o defina, nem penasem prévia cominação legal", porquanto, ao se interpretar sob oprisma de que este tipo de energia está abarcada pela expressão "ouqualquer outra", contida no §3º do art. 155, do CP, não se estáfazendo analogia in malan partem, mas na verdade, interpretando-se

analogicamente dispositivo de lei no qual o legislador, adrede, apôsexpressão genérica, ampliativa (Apelação Criminal n. 2008.043147-4,de Lages Relatora: Desa. Salete Silva Sommariva).


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• 2.1.11 – Formas qualificadas - §§ 4º e 5º• a - Com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da

coisa• Violência pode ser antes, durante ou depois da subtração, mas em

razão dela.

• Obstáculo.• Exame pericial: necessidade.• b - Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou

destreza.• Confiança: necessidade de comprovação de uma relação de

lealdade entre autor e vítima.• Fraude: é empregada para reduzir a vigilância da vítima.• Escalada: agente emprega um esforço fora do comum para

perpetrar a subtração.• Destreza: habilidade do agente que dificulta a percepção da

subtração por parte da vítima.


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• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO QUALIFICADOMEDIANTE O ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO E CONCURSO DE AGENTES. ART.155, §4º, INCISOS I E IV, DO CP. SENTENÇA CONDENATÓRIA. [...] PLEITO PELA

ABSOLVIÇÃO DIANTE DA FRAGILIDADE PROBATÓRIA. RÉU QUE NEGAPARTICIPAÇÃO NO CRIME. VIZINHO QUE PERCEBE A OCORRÊNCIA DATENTATIVA DE FURTO E ACIONA A POLÍCIA INDICANDO O LOCAL PARA ONDE

EMPREENDERAM FUGA. FURTO QUE SOMENTE NÃO OCORREU PORCIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À VONTADE DOS AGENTES. REPASSADAS ASCARACTERÍSTICAS FÍSICAS E DAS VESTES AOS POLICIAIS, ESTE LOGRARAMÊXITO EM ENCONTRAR OS ACUSADOS EMBAIXO DE UMA ÁRVORE EMTERRENO BALDIO PRÓXIMO. INSTRUMENTO UTILIZADO PARA A TENTATIVA DEDESTRUIÇÃO DOS CADEADOS ENCONTRADO PRÓXIMO AO LOCAL DOS

FATOS. DEPOIMENTOS DOS POLICIAIS QUE, INDEMONSTRADA A MÁ-FÉ,CONSTITUI ELEMENTO RELEVANTE DE PROVA. NEGATIVA DE AUTORIAISOLADA. CONJUNTO PROBATÓRIO SUFICIENTE PARA COMPROVAR A

AUTORIA DO APELANTE. ABSOLVIÇÃO INVIÁVEL. PEDIDO DEDESCLASSIFICAÇÃO PARA O CRIME DE DANO (ART. 163, CP).IMPOSSIBILIDADE. PROVAS COLHIDAS QUE INDICAM A INTENÇÃO DOS

AGENTES DE FURTAR O PATRIMÔNIO ALHEIO. RECURSO CONHECIDO E

DESPROVIDO (TJSC - Apelação Criminal n. 013.013428-4, da Capital Relatora: Desa.Substituta Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer).


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• APELAÇÃO CRIMINAL. TENTATIVA DE FURTOQUALIFICADO PELA DESTRUIÇÃO DE OBSTÁCULO E PORESCALADA. RECURSO DEFENSIVO.

• PLEITO DE ARREDAÇÃO DA QUALIFICADORA DISPOSTA

NO INC. II DO § 4º DO ART. 155 DO CP. ACUSADO QUEINGRESSOU NO LOCAL DA SUBTRAÇÃO MEDIANTEESCALADA DE CENTRAL DE GÁS DO EDIFÍCIO COM APROXIMADAMENTE 2,10M DE ALTURA. UTILIZAÇÃO DEESFORÇO INCOMUM PARA REALIZAÇÃO DA CONDUTA

TÍPICA. CONFISSÃO DA PRÁTICA DO CRIME E DAOCORRÊNCIA DA QUALIFICADORA [...] (TJSC - ApelaçãoCriminal n. 2014.020375-7, de Jaraguá do Sul. Relator: Des.Sérgio Rizelo).


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• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTOQUALIFICADO PELO ABUSO DE CONFIANÇA (ART. 155, § 4º, II, DO CÓDIGOPENAL). SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSO DA DEFESA.

• [...]

• ABSOLVIÇÃO COM BASE NA NEGATIVA DE AUTORIA E INSUFICIÊNCIA

PROBATÓRIA. NÃO ACOLHIMENTO. MATERIALIDADE INCONTESTE. AUTORIA SOBEJAMENTE DEMONSTRADA. FILMAGENS E HISTÓRICO DECAIXA REVELANDO A CONDUTA PERPETRADA PELA APELANTE.UNÍSSONOS E CONTUNDENTES DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS. ÁLIBI,

ADEMAIS, NÃO COMPROVADO. CONTEXTO DE PROVAS SUFICIENTESPARA MANTER A CONDENAÇÃO.

• [...]• DESCLASSIFICAÇÃO PARA O CRIME DE FURTO SIMPLES.IMPOSSIBILIDADE. APELANTE QUE, APESAR DE RECÉM CONTRATADA,DETINHA FUNÇÃO DE INQUESTIONÁVEL CONFIANÇA DA VÍTIMA,EXERCENDO A ATIVIDADE DE CAIXA. QUALIFICADORA EVIDENCIADA. [...](TJSC - Apelação Criminal n. 2013.066818-7, de Brusque. Relatora: Desa. MarliMosimann Vargas).


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• CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. TENTATIVA DE FURTO QUALIFICADO PELADESTREZA (ART. 155, § 4º, II, C/C ART. 14, II, AMBOS DO CÓDIGO PENAL).FUNCIONÁRIO DE VIDEOLOCADORA QUE SUBTRAI VALORES EM DINHEIRO DOCOFRE DO ESTABELECIMENTO MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DE ARTEFATO DEFABRICAÇÃO PRÓPRIA. RECURSO DA DEFESA. PRELIMINAR DE NULIDADE DOFEITO POR CERCEAMENTO DE DEFESA, SOB A ASSERTIVA DE QUE NÃO

DISPONIBILIZADAS AS IMAGENS DA PRÁTICA DO ILÍCITO, SUPOSTAMENTEGRAVADAS PELAS CÂMERAS DE SEGURANÇA DO ESTABELECIMENTOVITIMADO. DESCABIMENTO. MATERIAL NÃO UTILIZADO COMO EVIDÊNCIAPARA A PROLAÇÃO DA SENTENÇA. DICÇÃO DO ART. 566 DO CÓDIGO DEPROCESSO PENAL. PROEMIAL REPELIDA. MÉRITO. PRETENDIDA ABSOLVIÇÃO.INVIABILIDADE. AUTORIA E MATERIALIDADE SOBEJAMENTE DEMONSTRADAS,COM ESPECIAL DESTAQUE PARA A APREENSÃO DAS FERRAMENTASEMPREGADAS NA EXECUÇÃO DO CRIME E PARA A CONFISSÃOEXTRAJUDICIAL E DEMAIS DEPOIMENTOS COLIGIDOS. MANTENÇA DACONDENAÇÃO IMPERATIVA. DOSIMETRIA (TJSC - Apelação Criminal n.2010.024503-8, de São José.Relator: Desembargador Substituto Tulio Pinheiro).


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• c - Com emprego de chave falsa

• Cópia da verdadeira, alterada e mixa ou gazua.

• Emprego da chave verdadeira pode qualificar se foiempregada fraude para sua obtenção.

• d - Mediante concurso de duas ou mais pessoas

• Há divergência sobre a necessidade de que pelo menosdois participem da execução.

•Inimputáveis.• e - Transporte de veículo automotor subtraído -Conceito de veículo automotor.


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• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTOQUALIFICADO PELO EMPREGO DE CHAVE FALSA (ART. 155, §4º, INC. III, DO CÓDIGO PENAL). SENTENÇA CONDENATÓRIA.RECURSO DEFENSIVO.

• PRETENDIDO AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA DE USO DECHAVE FALSA. INVIABILIDADE. MEIO UTILIZADO QUE NÃODEIXA VESTÍGIOS. PRESCINDIBILIDADE DE LAUDO PERICIAL.CONTEXTO PROBATÓRIO QUE APONTA O EMPREGO DO

ARTEFATO CONTRA O VEÍCULO FURTADO. CHAVE FALSA APREENDIDA EM PODER DO ACUSADO. QUALIFICADORA

MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO (TJSC - Apelação Criminal n. 2012.089203-9, de Joinville. Relator: Des.Newton Varella Júnior).


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Exemplos de mixa (ou micha) ou gazua


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• APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO – FURTO DUPLAMENTEQUALIFICADO – CONCURSO DE AGENTES – EMPREGO DE CHAVE FALSA –MATERIALIDADE COMPROVADA – AUTORIA INCONTESTE – CONFISSÃOEXTRAJUDICIAL DO APELANTE CORROBORADA PELAS DEMAIS PROVAS DOS

AUTOS, SOBRETUDO PELA CONFISSÃO DO CO-RÉU EM AMBAS AS FASES DAPERSECUÇÃO CRIMINAL E PELAS TESTEMUNHAS – PENA-BASE

CORRETAMENTE FIXADA – PRIVILÉGIO NÃO RECONHECIDO – RES SUBTRAÍDADE ELEVADO VALOR – RECURSO DESPROVIDO.

• A confissão extrajudicial prevalece sobre a retratação judicial se esta se apresentadivorciada do conjunto probatório e aquela encontra embasamento nas demais provasexistentes nos autos.

• Cópia da chave verdadeira é considerada chave falsa, justamente por ser cópia,

e não a verdadeira.• No delito de furto duplamente qualificado, uma das qualificadoras deve migrar para ser

computada na pena-base e a outra usada propriamente para qualificar o delito.

• É assente o entendimento na jurisprudência de que o "pequeno valor" necessário paracaracterizar a causa de diminuição do furto privilegiado seja igual ou inferior a umsalário mínimo (TJSC - Apelação Criminal n. 2008.041107-0, de Tubarão. Relator:

Des. Solon d'Eça Neves).


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• RECURSO DA ACUSAÇÃO. NARCISO E ISMAEL. PRETENSA CONDENAÇÃO PELOCOMETIMENTO DO CRIME DE FURTO QUALIFICADO MEDIANTE CONCURSO DEAGENTES. INVIABILIDADE. RES FURTIVA NÃO ENCONTRADA EM PODER DOS AGENTES. FOTOS DAS IMAGENS DO CIRCUITO DE VIGILÂNCIA QUE NÃO SE APRESENTAM NÍTIDAS. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS QUE NÃO APONTAM COMCERTEZA OS RÉUS COMO AUTORES DO DELITO. CONJUNTO PROBATÓRIOINSUFICIENTE PARA ATRIBUIR A AUTORIA DO DELITO AOS APELADOS. APLICAÇÃODO PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO MANTIDA.

• [...]• RECURSO DA DEFESA DE SAULO. PRETENSA ABSOLVIÇÃO DO CRIME DE FURTO

QUALIFICADO MEDIANTE CONCURSO DE AGENTES. NÃO CABIMENTO. RÉU QUE ATUOU COMO COAUTOR DO CRIME DE FURTO DANDO COBERTURA PARA OCOMPARSA ARROMBAR O VEÍCULO E FURTAR OS OBJETOS. APELANTE FLAGRADO

NA PRÁTICA DO CRIME POR CÂMERAS DE VIGILÂNCIA. DEPOIMENTOSTESTEMUNHAIS DO SUPERVISOR DO SUPERMERCADO E DOS POLICIAIS QUEREALIZARAM A PRISÃO DO APELANTE UNÍSSONOS E COERENTES. APREENSÃO DOVEÍCULO UTILIZADO NA EMPREITADA CRIMINOSA. ADEMAIS, DECLARAÇÃO DAESPOSA DO APELANTE AFIRMANDO QUE ELE JUNTAMENTE COM O COACUSADOPAULO ESTAVAM PRATICANDO FURTOS NA REGIÃO. CONTEXTO PROBATÓRIO APTO A COMPROVAR A AUTORIA DELITIVA. CONDENAÇÃO MANTIDA (TJSC -

Apelação Criminal (Réu Preso) n. 2013.069277-9, de Criciúma. Relatora: Desa. MarliMosimann Vargas).


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• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO QUALIFICADOPELO TRANSPORTE DE VEÍCULO AUTOMOTOR A OUTRO ESTADO DAFEDERAÇÃO (ART. 155, §5º, DO CP). TESE DEFENSIVA PLEITEANDO A

ABSOLVIÇÃO SOB A ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE PROVA QUANTO À AUTORIA.RES FURTIVA APREENDIDA EM PODER DO APELANTE. DEPOIMENTO DAVÍTIMA NARRANDO A SUBTRAÇÃO DA MOTOCICLETA NO MESMO LOCAL EM

QUE O RÉU AFIRMOU TER NEGOCIADO A ENTREGA DE UMA MOTO. ÁLIBI AVENTADO PELO AGENTE, MAS NÃO COMPROVADO. ORIGEM LÍCITA DA MOTOQUE NÃO RESTOU EVIDENCIADA.

• ALEGAÇÃO DE QUE INCORREU EM ERRO DE TIPO AO PEGAR MOTOCICLETADIFERENTE DA QUE ADQUIRIU. TESTEMUNHO DE POLICIAL MILITAR

AFIRMANDO QUE O ACUSADO FOI PRESO APÓS FURAR BLOQUEIO E SER

PERSEGUIDO PELA POLÍCIA MILITAR, NA POSSE DO BEM SUBTRAÍDO.MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CONDENAÇÃO MANTIDA.

• PEDIDO DE AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA DO §5º DO ART. 155 DO CP.PRISÃO OCORRIDA QUANDO O AGENTE ADENTROU NO ESTADO DO RIOGRANDE DO SUL. MAJORANTE CONFIGURADA.

• RECURSO NÃO PROVIDO (TJSC - Apelação Criminal n. 2008.073604-4, de SãoMiguel do Oeste. Relator: Des. Torres Marques).


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• 2.1.12 – Furto de coisa comum – art. 156• Sujeitos ativo e passivo.

• Ação nuclear: subtrair.

• Objeto material: coisa comum.• Coisa fungível: é aquela que pode ser substituída poroutra da mesma espécie, qualidade e quantidade - art. 85do CC.


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2.2. Do roubo e da extorsão• 2.2.1 - Roubo – art. 157• a - Objeto jurídico: posse e propriedade, mas também aintegridade física e a liberdade.

• b - Ação nuclear: roubos próprio (caput ) e impróprio (§ 1º).

• c - Meios de execução: grave ameaça, violência física ouqualquer outro meio que impossibilite a resistência.• d - Objeto material: coisa alheia móvel e a pessoa. - Coisade valor irrisório: irrelevância.

• e - Elemento subjetivo: dolo direto. Roubo de uso.

• f - Atos preparatórios: simples abordagem ou entrada naresidência.

• g - Tentativa: prática da violência ou ameaça; agentespreparados para o assalto; posse tranquila.


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• h - Desistência voluntária: agente que após lesionar avítima desiste de roubar ao verificar que esta nadapossuía. Crime impossível.

• i - Consumação

• - Roubo próprio - existem duas posições: 1ª -consuma-se com a subtração; 2ª - necessidade daposse tranquila.

• - Roubo impróprio: consuma-se com o emprego da

violência ou grave ameaça.• j - Concurso de pessoas – Coautoria e participação.

• l - Pluralidade de vítimas: concursos material e formale crime continuado.


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• APELAÇÕES CRIMINAIS. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO SIMPLES (ART.157, CAPUT , DO CÓDIGO PENAL). SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECONHECIMENTODA FORMA TENTADA. RECURSOS DA DEFESA E DA ACUSAÇÃO.

• RECURSO DEFENSIVO. ABSOLVIÇÃO POR FALTA DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE.MATERIALIDADE E AUTORIA DEVIDAMENTE COMPROVADAS. CONFISSÃO JUDICIALE DEPOIMENTO DA VÍTIMA SOB O CONTRADITÓRIO. INEXISTÊNCIA DE DÚVIDAS.

CONDENAÇÃO MANTIDA. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA (ART. 15 DO CÓDIGO PENAL).SITUAÇÃO NÃO OCORRENTE. DELITO QUE NÃO SE CONSUMA PORCIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À VONTADE DO AGENTE.

• RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. INSURGÊNCIA PELO RECONHECIMENTO DACONSUMAÇÃO DO CRIME. AUSÊNCIA DE PROVA INEQUÍVOCA DA SUBTRAÇÃO DOSBENS DESCRITOS NA PEÇA ACUSATÓRIA. MANUTENÇÃO DA MODALIDADETENTADA. EXPURGO DA ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. INVIABILIDADE.

CONFISSÃO JUDICIAL PLENA DO CRIME PELO QUAL FOI CONDENADO. UTILIZAÇÃODA CONFISSÃO PARA FUNDAMENTAR O ÉDITO CONDENATÓRIO. ATENUAÇÃODEVIDA. EXEGESE DO ART. 65, III, D, DO CÓDIGO PENAL.

• RECURSOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS (TJSC - Apelação Criminal (Réu Preso) n.2014.010442-8, de São Miguel do Oeste. Relator: Des. Leopoldo Augusto Brüggemann).


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• [...] 5. "Não há como acolher-se a tese de crime impossível porabsoluta impropriedade do objeto, se não há comprovação de que

não havia bem da vítima que pudesse ser subtraído". (TJMG - Apelação Criminal n. 1.0024.12.027896-5/001, Rel. Des. EduardoMachado, j. em 25/06/2013).

• 6. Necessário, para a caracterização da desistência voluntária, que oagente deixe de prosseguir na trajetória criminosa por ação livre,desprovida de coação, ou seja, efetivamente voluntária, ainda que talideia não tenha surgido espontaneamente.

• Havendo interrupção da prática criminosa, depois de iniciada a

execução e antes da consumação do delito, por interferência decircunstâncias alheias à vontade do agente, não há falar emdesistência voluntária, mas, sim, em tentativa, nos termos do art. 14,II, do Código Penal [...] (TJSC - Apelação Criminal (Réu Preso) n.2011.079005-5, da Capital. Relator: Des. Paulo Roberto Sartorato).


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• m - Emprego de arma - § 2º, I• Arma pode ser própria ou imprópria, desde que tenha a

potencialidade de intimidar e diminuir a resistência davítima.

• Arts. 14 e 16 da Lei 10.826/03 têm outro objeto jurídico.

• Arma de brinquedo – revogação da Súmula 174 STJ.• Necessidade de emprego efetivo da arma.• n - Concurso de duas ou mais pessoas - § 2º, II• Necessidade de participação na fase de execução do

delito

• o - Transporte de valores - § 2º, III• Vítima deve estar prestando o serviço específico de

transporte de valores (há divergência).• Não se aplica ao roubo em ônibus de transporte coletivo.


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• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA E DANO QUALIFICADO. ART. 157, §2º, I E ART. 163, PARÁGRAFO ÚNICO, III, AMBOS DOCÓDIGO PENAL. RECURSO DA DEFESA.

• DELITO DE ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA. PLEITEADA A DESCLASSIFICAÇÃOPARA O CRIME DE FURTO E POSTERIOR APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.IMPOSSIBILIDADE. COMPROVADA A AUTORIA E A MATERIALIDADE DO DELITO DE ROUBOMAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA. PALAVRA DA VÍTIMA E DOS POLICIAIS UNÍSSONAS EM

AMBAS AS FASES PROCESSUAIS. APREENSÃO DA FACA UTILIZADA NA AÇÃO CRIMINOSA E DARES FURTIVA. AMEAÇA PELO EMPREGO DE ARMA IMPRÓPRIA PELO APELANTE, PARASUBTRAÇÃO DA COISA. CONDUTA QUE NÃO PODE SER CONSIDERADA IRRELEVANTE PARA ODIREITO PENAL. CONSERVAÇÃO DA CONDENAÇÃO OPERADA NA SENTENÇA.

• ARGUIDA A DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO DE ROUBO PARA O CRIME DE CONSTRANGIMENTOILEGAL. TESE DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA EM RELAÇÃO AO BEMJURÍDICO PATRIMÔNIO, MANTENDO-SE A REPROVABILIDADE DA NORMA EM RELAÇÃO ÀOFENSA CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL. INVIABILIDADE. ART. 157 DO CÓDIGO PENAL QUETRATA DE CRIME ÚNICO, EMBORA PLURIOFENSIVO. MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO PELODELITO DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO.

• PEDIDO DE AFASTAMENTO DA MAJORANTE DO EMPREGO DE ARMA. INCISO I DO §2º DO ART.

157 DO CÓDIGO PENAL. NÃO ACOLHIMENTO. SUFICIENTEMENTE EVIDENCIADO O USO DA FACAPARA AMEAÇAR A VÍTIMA. ARMA IMPRÓPRIA APTA A CONFIGURAR A CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DA PENA. PLEITO REPELIDO.

• DELITO DE DANO QUALIFICADO. ALMEJADA ABSOLVIÇÃO, ANTE A SUPOSTA AUSÊNCIA DEDOLO, OU A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INADMISSIBILIDADE. PROVAS DEDETERIORAÇÃO DE VIATURA PERTENCENTE À POLÍCIA MILITAR. LESÃO SIGNIFICATIVA DEPATRIMÔNIO PÚBLICO ESTADUAL. NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS AUTORIZADORESDE RECONHECIMENTO DA ATIPICIDADE MATERIAL DA CONDUTA, FIRMADOS PELO SUPREMO

TRIBUNA FEDERAL. PLEITOS AFASTADOS (TJSC - Apelação Criminal (Réu Preso) n. 2014.039647-8,da Capital. Relator: Des. Ernani Guetten de Almeida).


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• p - Transporte de veículo automotor - § 2º, IV• Mesmas regras do art. 155, § 5º.• q - Agente que mantém a vítima em seu poder - § 2º, V• Objetivo foi tornar mais grave a conduta conhecida como

“sequestro-relâmpago”.• No entanto, o “sequestro-relâmpago” caracteriza o delitode extorsão (CP, art. 158, § 3º).

• A causa de aumento se aplica quando a restrição da

liberdade objetiva a realização da subtração ou a garantiada fuga.• Pode haver concurso material entre roubo e sequestro(art. 148).


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• APELAÇÃO CRIMINAL. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. CAUSADE AUMENTO DE PENA PREVISTA NO ART. 157, § 2º, INCISO I, DO CÓDIGOPENAL. ALMEJADA EXCLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE. INTIMIDAÇÃO DAS VÍTIMASCOM O EMPREGO DE ARMA. CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE CARACTERIZADA.

• “A majorante da pena pelo uso de arma de fogo resulta caracterizada quando a vítimade roubo fica intimidada ou tem diminuída sua capacidade de resistência” (APR n.

01.025869-2, de Itajaí, rel. Des. Irineu João da Silva).• RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DA VÍTIMA. CAUSA DE AUMENTO. ART. 157, § 2º,

INCISO V, DO CÓDIGO PENAL. ALMEJADO AFASTAMENTO. OFENDIDOS QUEPERMANECEM EM PODER DOS AGENTES POR RAZOÁVEL LAPSO DE TEMPO,PERMANECENDO AMARRADOS NO INTERIOR DA RESIDÊNCIA.QUALIFICADORA CONFIGURADA.

• "Fica caracterizado o delito previsto no art. 157, § 2.º, V, quando o agente mantém avítima em seu poder, restringindo sua liberdade (TJMG – Ap. – Rel. Paulo Medina – j.02.02.1999 – JM 148/293)" (Franco, Alberto Silva; Silva Júnior, José; Betanho, LuizCarlos; Stoco, Rui; Feltrin, Sebastião Oscar; Guastini, Vicente Celso da Rocha, eNinno, Wilson, Código penal e sua interpretação jurisprudencial, volume 2: parteespecial, 7. ed. rev., atual. e ampl., São Paulo, Ed. Revista dos Tribunais, 2001, p.2628). (TJSC - Apelação / Estatuto da Criança e do Adolescente n. 2008.079744-4, deBrusque. Relator: Des. Sérgio Paladino).


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• r - Roubo qualificado pelo resultado• Lesões corporais graves e roubo tentado ou consumado• Homicídio consumado + roubo consumado = roubo qualificado pelo

resultado morte (latrocínio).• Homicídio consumado + roubo tentado = tentativa de latrocínio,

latrocínio consumado ou homicídio qualificado?• Homicídio tentado + roubo tentado = tentativa de latrocínio.• Homicídio tentado + roubo consumado = tentativa de homicídio

qualificado ou tentativa de latrocínio?• Súmula 610 do STF – “Há crime de latrocínio, quando o homicídio

se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens

da vítima”.• Latrocínio com pluralidade de vítimas - concursos formal e material,

crime continuado ou crime único?• Concurso de pessoas – coautoria e participação.• Morte de um dos assaltantes.


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• CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. LATROCÍNIO NA FORMA TENTADA (ART. 157,§3º, SEGUNDA PARTE C/C ART. 14, II, AMBOS DO CÓDIGO PENAL). PLEITODEFENSIVO. INÉPCIA DA DENÚNCIA. INOCORRÊNCIA. INICIAL ACUSATÓRIAQUE ATENDE OS REQUISITOS DO ART. 41, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.MÉRITO. DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME DE LATROCÍNIO TENTADO PARA O DEROUBO QUALIFICADO PELO RESULTADO DE LESÃO CORPORAL GRAVE.

IMPOSSIBILIDADE. PRESCINDIBILIDADE DO RESULTADO MORTE. PRESENÇADE DOLO OU ASSUNÇÃO DO RISCO DE MORTE DA VÍTIMA COMO REQUISITOSSUFICIENTES PARA A SUBSUNÇÃO DA CONDUTA DO APELANTE AO TIPOPENAL DE LATROCÍNIO, NA FORMA TENTADA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇACONDENATÓRIA. PREJUDICIALIDADE DO PEDIDO DE SUBSTITUIÇÃO DE PENA

ANTE O QUANTUM DA PENA COMINADA NO ART. 157, §3º, SEGUNDA PARTE,DO CÓDIGO PENAL, AINDA QUE COM A DIMINUIÇÃO DO ART. 14, PARÁGRAFOÚNICO, DO MESMO DIPLOMA. ATENUANTE DE CONFISSÃO ESPONTÂNEA. NÃORECONHECIMENTO. CONFISSÃO QUALIFICADA QUE NÃO SERVE PARA FINSDE ATENUAÇÃO DA PENA (ART. 65, III, "d", DO CÓDIGO PENAL). PRECEDENTES.

• [...] (TJSC - Apelação Criminal (Réu Preso) n. 2014.019917-3, de Chapecó. Relator:Des. Ernani Guetten de Almeida).


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• APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO QUALIFICADO PELO RESULTADO MORTE. SENTENÇACONDENATÓRIA.

• RECURSO DA DEFESA. ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVA DA AUTORIA.IMPOSSIBILIDADE. DELAÇÃO DO COAUTOR, SOMADA AOS DIZERES DAS TESTEMUNHAS,QUE AUTORIZAM A CONFIRMAÇÃO DA SENTENÇA PELO CRIME DE LATROCÍNIO.

• PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA. DESCABIMENTO. CONDUTA DE AMBOS OS AGENTES QUE FOI DECISIVA PARA O ÊXITO DA EMPREITADA CRIMINOSA.

• Constatado que os Réus atuaram de forma compartilhada, cada qual exercendo função diversa ecomplementar, buscando garantir, com seus agires, o sucesso da empreitada criminosa, inviável éo reconhecimento da participação de menor importância.

• RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.• DOSIMETRIA. PRIMEIRA FASE. CIRCUNSTÂNCIAS E CONSEQUÊNCIAS DO DELITO

NORMAIS À ESPÉCIE DELITIVA. PONDERAÇÕES NEGATIVAS AFASTADAS. ADEQUAÇÃO DAPENA-BASE, DE OFÍCIO, PARA O MÍNIMO LEGAL. TERCEIRA FASE. SUBTRAÇÃO TENTADA

E MORTE DA VÍTIMA. LATROCÍNIO CONSUMADO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 610 DO STF.• Embora não perfeitamente ajustado à letra da lei, "como a vida humana está acima dos interesses

patrimoniais, soa mais justa a punição do agente por latrocínio consumado, até mesmo porque otipo penal menciona 'se da violência resulta morte', seja ela exercida numa tentativa ou num delitoconsumado anterior" (NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 11. ed. São Paulo:RT, 2011. p. 801). (TJSC - Apelação Criminal (Réu Preso) n. 2014.013095-9, de Ipumirim. Relator:Des. Sérgio Rizelo)


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• 2.2.2 - Extorsão – art. 158• a - Objeto jurídico: posse e propriedade, mas também aintegridade física e a liberdade.

• b - Ação nuclear: “constranger” a fazer, a tolerar que se

faça ou a deixar de fazer alguma coisa.• c - Meios de execução: grave ameaça ou violência física.• d - Objeto material: coisa alheia e a pessoa.• e - Elemento subjetivo: dolo direto. Fim especial de obtervantagem econômica.

• f - Momento consumativo: crime formal ou material?Súmula 96 do STJ: “O crime de extorsão consuma-seindependentemente da obtenção da vantagem indevida”.

• g - Causa de especial aumento de pena do § 1º.


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• h - Qualificadora do § 2º.• i - “Caracteriza-se a extorsão pela obtenção deindevida vantagem econômica através deconstrangimento, mediante violência ou grave ameaça.

Não há subtração da coisa, mas sua entrega. Já no roubohá subtração” (TACRIMSP – AC – Rel. BentoMascarenhas – RJTACRIM 29/114.

• j – Qualificadora do § 3º - “sequestro-relâmpago”.

• K – Ver arts. 157 (roubo) e 158 (extorsão) do Projeto deNovo Código Penal.


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• APELAÇÃO CRIMINAL. EXTORSÃO. ART. 158, § 3º, DO CÓDIGOPENAL. "SEQUESTRO RELÂMPAGO". MATERIALIDADE E

AUTORIA EVIDENCIADAS. PROVA TESTEMUNHAL FARTA.RECURSO NÃO PROVIDO.

• CRIME FORMAL. CONSUMAÇÃO QUE EXIGE QUE A VÍTIMA

FAÇA, TOLERE QUE SE FAÇA OU DEIXE DE FAZER ALGUMACOISA. RECONHECIMENTO DA TENTATIVA. POSSIBILIDADE.OFENDIDA QUE, APESAR DE CONSTRANGIDA, NÃO SESUBMETEU À VONTADE DO AGENTE. ADEQUAÇÃO EX OFFICIO.

• ROUBO CIRCUNSTANCIADO. AGENTE QUE SIMULA O PORTE

DE ARMA DE FOGO. CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO AFASTADO, DE OFÍCIO. PRECEDENTES (TJSC - ApelaçãoCriminal (Réu Preso) n. 2013.035018-7, de Itajaí. Relator: Des.Moacyr de Moraes Lima Filho).


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• ABSOLVIÇÃO. INVIABILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVASDEVIDAMENTE COMPROVADAS. CIRCUNSTÂNCIAS E INDÍCIOSCONCATENADOS. CONFISSÃO NA FASE INQUISITIVA. RETRATAÇÃO EM JUÍZOISOLADA NOS AUTOS. AGENTE QUE, POR MEIO DE MENSAGENS DE TEXTO,EXIGIA DA VÍTIMA A ENTREGA DE DETERMINADA QUANTIA EM DINHEIRO, SOBPENA DE CAUSAR MAL A SEUS FAMILIARES E AMIGOS. CELULAR UTILIZADO

NA PRÁTICA DELITIVA ENCONTRADO NOS PERTENCES PESSOAIS DO APELANTE. NÚMERO DO TELEFONE CELULAR REMETENTE DAS MENSAGENSEXTORSIVAS, BEM COMO DO IMEI DO APARELHO DEVIDAMENTEIDENTIFICADOS COMO SENDO DE USO DO APELANTE. PALAVRAS DODELEGADO CONDUTOR DA INVESTIGAÇÃO EM CONSONÂNCIA COM OCONJUNTO PROBATÓRIO. ELEMENTOS SUFICIENTES PARA AFERIÇÃO DARESPONSABILIDADE PENAL. CRIME FORMAL. CONSUMAÇÃO QUE INDEPENDEDA OBTENÇÃO DA VANTAGEM. CONDENAÇÃO MANTIDA.

• DESCLASSIFICAÇÃO PARA TENTATIVA DE EXTORSÃO. IMPOSSIBILIDADE.CRIME FORMAL. PRESCINDÍVEL A OBTENÇÃO DO VALOR ECONÔMICOINDEVIDO. SÚMULA 96 DO STJ. [...] (TJSC - Apelação Criminal (Réu Preso) n.2012.069684-6, de Ituporanga. Relatora: Desa. Marli Mosimann Vargas).


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• A co-autoria no crime de roubo não exige participação diretaatravés de atos materiais de execução, bastando acolaboração intelectual no sentido do resultado típico.Não se confundem roubo e extorsão. No primeiro, o sujeito

ativo subtrai bens da vítima. No último, a vítima se despoja dosseus bens, entregando-os ao delinqüente.Enquanto no roubo se exige efetivo dano material,na extorsão é suficiente o constrangimento de fazer, omitirou tolerar que se faça.

A diferença reside em que no roubo, o apossamento éimediato e na extorsão, a entrega é posterior. (TJSC - Apelação criminal n. 98.006247-0, de Blumenau. Relator: Des. Amaral e Silva).


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• 2.2.3 – Extorsão mediante sequestro – art. 159• a - Objeto jurídico: posse e propriedade, mas também aintegridade física e a liberdade.

• b - Ação nuclear: “sequestrar”.

• c - Meios de execução• d - Objeto material: a vantagem econômica obtida, a pessoasequestrada e a que sofre o desfalque patrimonial.

• e - Elemento subjetivo: dolo direto de sequestrar, com o fimespecial de obter vantagem.

• f - Momento consumativo: crime formal que se consumacom o sequestro independentemente da obtenção davantagem. É crime permanente.

• g - Formas qualificadas dos §§ 1º a 3º.• i - Delação premiada do § 4º.


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• [...]• RECURSO DOS DEMAIS RÉUS. PEDIDO DE DESCLASSIFICAÇÃO DO

CRIME DE EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO PARA O CRIME DEEXTORSÃO OU, AINDA, PARA O CRIME DE SEQUESTRO OU CÁRCEREPRIVADO. IMPOSSIBILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DO CRIME

DE EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO SOBEJAMENTECOMPROVADOS NOS AUTOS. INVIÁVEL A DESCLASSIFICAÇÃO NAHIPÓTESE. SEQUESTRO DE FAMILIARES DO TESOUREIRO DO BANCOPARA QUE ESTE ENTREGASSE OS MALOTES CONTENDO DINHEIROQUE SE AMOLDA À CONDUTA DO DELITO PREVISTO NO ART. 159, § 1º,DO CÓDIGO PENAL. ADEMAIS, FATO QUE OBJETIVAVA A OBTENÇÃO

DE VANTAGEM PATRIMONIAL O QUE TORNA IMPOSSÍVEL ADESCLASSIFICAÇÃO PARA O CRIME DE SEQUESTRO E CÁRCEREPRIVADO (ART. 148, CP).

• [...] (TJSC - Apelação Criminal (Réu Preso) n. 2002.012667-0, de Joinville.Relator: Des. Volnei Celso Tomazini).


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• 2.2.4. Extorsão Indireta – art. 160• a - Objeto jurídico: patrimônio e liberdade individual.

• b - Ação nuclear: “exigir ou receber” e “abusando dasituação de alguém”.

• c - Meios de execução

• d - Objeto material: garantia da dívida representadapelo documento que possa dar causa a procedimentocriminal.

• e - Elemento subjetivo: dolo direto de exigir ou receber,com o fim especial de garantir abusivamente dívida.

• f - Momento consumativo: crime formal na modalidadeexigir e material na forma receber.


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2.3. Do dano – art. 163• a - Objeto jurídico: posse e propriedade.• b - Objeto material: coisa alheia móvel ou imóvel

• c - Ação nuclear: “destruir”, “inutilizar” e “deteriorar”.Deteriorar é tornar pior, estragar ou adulterar.

• d - Caracterização: pichar, riscar veículo e furar pneu. Hádivergência.

• e - Elemento subjetivo:

• - Há entendimentos diversos sobre a necessidade do fim

especial de causar prejuízo (animus nocendi).• f - Dano qualificado – parágrafo único.• g - Ação penal – art. 167.

• h - Arts. 208, 210, 305 do CP. Arts. 62 e 65 da Lei 9.605/98.


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• APELAÇÃO CRIMINAL . DANO QUALIFICADO E DESACATO(ARTS. 163, III, C/C ART. 331, AMBOS DO CP). SENTENÇACONDENATÓRIA. RECURSO DEFENSIVO. APLICAÇÃO DOPRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA AO CRIME DE DANOQUALIFICADO. IMPOSSIBILIDADE. CONDUTA QUE DESBORDA A

MÍNIMA OFENSIVIDADE E REDUZIDA REPROVABILIDADE DACONDUTA. DESACATO. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO EM RAZÃO DAEXALTAÇÃO DO ACUSADO DECORRENTE DA ABORDAGEMPOLICIAL. INVIABILIDADE. RELATO DOS POLICIAIS FIRMES ECOERENTES QUE DEMONSTRAM A AUTORIA DELITIVA.

CONDENAÇÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO (TJSC - Apelação Criminal n. 2014.010602-0, de Gaspar. Relator: Des.Rodrigo Collaço).


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2.4. Da apropriação indébita

• 2.4.1. Apropriação indébita - art. 168 do CP• a - Objeto jurídico: direito à propriedade

• b - Objeto material: coisa alheia móvel.

• c - Ação nuclear: “apropriar-se”, ou seja, inverter o títuloda posse ou detenção do bem, comportando-se comodono.

• d - Posse: art. 1.196 do CC. Detenção: arts. 1.198 e1208 do CC. Detenção deve ser desvigiada.

• e - Sujeito ativo: qualquer pessoa que detenha ou tenhaa posse do bem de forma lícita, podendo ser inclusive osócio ou o condômino.


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• f - Elemento subjetivo - dolo de apropriar-se. Apropriação indébita de uso.• g - Momento consumativo – ato de disposição enegativa de restituição.

• h - Causas de aumento de pena do § 1º.• i - Divergência quanto a caracterização: adiantamentode dinheiro para trabalho futuro; não restituição de bensobjeto de contrato.

• j - Apropriação indébita (detenção desvigiada); furto(detenção vigiada); estelionato (posse ou detençãoilícitas); peculato (funcionário público).


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• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES CONTRA OPATRIMÔNIO. APROPRIAÇÃO INDÉBITA EM RAZÃO DA PROFISSÃO. ART. 168, §1º, III, DO CÓDIGO PENAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA.INSURGÊNCIA DA DEFESA. PRELIMINAR LEVANTADA PELO RÉUTAIGUARA. CERCEAMENTO DE DEFESA PELA DECRETAÇÃO DEREVELIA SEM INTIMAÇÃO DO RÉU. NÃO OCORRÊNCIA. RÉUDEVIDAMENTE INTIMADO EM AUDIÊNCIA ANTERIOR.DESNECESSIDADE DE NOVA INTIMAÇÃO. MÉRITO. AMBOS OS RÉUSPLEITEIAM A ABSOLVIÇÃO, EM FACE A INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA.IMPOSSIBILIDADE. RÉUS QUE EM RAZÃO DA PROFISSÃO RETIVERAMQUANTIA PARA FINALIDADE DIVERSA DA CONTRATADA. RÉUS QUE

DEVERIAM REPASSAR OS VALORES AO DETRAN. RÉU GIL ADMITIUQUE APROPRIOU-SE DE COISA ALHEIA. RÉU TAIGUARA TEVE SUAREVELIA DEVIDAMENTE DECRETADA. PROVA ORAL FIRME ECOERENTE APTA A EMBASAR O ÉDITO CONDENATÓRIO. ANIMUS REMSIBI HABENDI CONFIGURADO. RECURSO DESPROVIDO (TJSC - Apelação Criminal n. 2013.035017-0, de Itajaí. Relator: Desa. Substituta

Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer).


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• 2.4.2. Apropriação indébita previdenciária - art. 168-Ado

• a - Objeto jurídico: direito à propriedade daqueles que fazemparte do sistema previdenciário.

• b - Objeto material: contribuições, benefícios ou outrasimportâncias.

• c - Ação nuclear: “deixar de repassar” (caput), “deixar derecolher” (§ 1º I e II) e “deixar de pagar” (§ 1º, III).

• d - caput – abster-se de repassar contribuições recolhidas edestinadas à previdência social.

• e - § 1º, I – deixar de recolher contribuições ou outrasimportâncias que já tenham sido descontadas de pagamentos.


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• f - § 1º, II – deixar de recolher contribuições quetenham acrescido o preço de produto ou serviço a títulode contribuição previdenciária.

• g - § 1º III – deixar a empresa de pagar benefícios

recebidos da previdência social.• h - Causa de extinção da punibilidade do § 2º.

• i - Perdão judicial do § 3º.


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• AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. APROPRIAÇÃOINDÉBITA PREVIDENCIÁRIA E SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃOPREVIDENCIÁRIA. DOLO ESPECÍFICO. COMPROVAÇÃODESNECESSÁRIA. QUALIDADE ESPECIAL DO SUJEITO ATIVO.DISPENSABILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1.Tratando-se de crime de sonegação de contribuição previdenciária, talcomo ocorre no crime de apropriação indébita previdenciária, basta queseja demonstrado o dolo genérico, referente à intenção de concretizar aevasão tributária, a fim de tipificar as condutas delituosas previstas nos arts.168-A e 337-A, do CP, sendo irrelevante a demonstração do animusespecífico de fraudar a Previdência Social. Precedentes do STF e STJ. 2. O

delito de apropriação indébita previdenciária não exige qualidade especialdo sujeito ativo, podendo ser cometido por qualquer pessoa, seja ela agentepúblico ou não. Precedente. 3. Agravo regimental não provido (STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL2012/0094879-7. Ministro MOURA RIBEIRO).


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• 2.4.3. Apropriação de coisa havida por erro, casofortuito ou força da natureza – Figura do caput do artigo169 do CP.

• Apropriação de tesouro – figura do parágrafo único, I,

do art. 169 do CP. Arts. 1.264/1.266 do CC.• Apropriação de coisa achada – prevista no parágrafoúnico, II, do art. 169 do CP. Arts. 1.233 e 1.234 do CC.


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2.5. Do estelionato

• 2.5.1. Objeto jurídico: patrimônio• 2.5.2. Ação nuclear:

• Vantagem ilícita – objeto material – vantagemeconômica.

• Prejuízo alheio – além da obtenção da vantagemdeve existir perda patrimonial.

• Erro – equivocada interpretação de uma situação.

• Artifício – alteração material do meio fraudulento

• Ardil – fraude intelectual.

• Necessidade de que o meio fraudulento sejaidôneo.


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• CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. ESTELIONATO. ARTIGO 171, CAPUT ,DO CÓDIGO PENAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA. INCONFORMISMODA DEFESA. PLEITO ABSOLUTÓRIO. INVIABILIDADE. MATERIALIDADEE AUTORIA DELITIVA COMPROVADAS. NEGATIVA DO RÉU ISOLADA NOCONTEXTO PROBATÓRIO. DEPOIMENTOS UNÍSSONOS DAS VÍTIMAS ETESTEMUNHAS. OBTENÇÃO DE VANTAGEM INDEVIDA. INDUÇÃO DOOFENDIDO EM ERRO MEDIANTE FRAUDE. DOLO MANIFESTO.INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO. RECURSONÃO PROVIDO.

• Agente que se utiliza de fraude para enganar vítima, agricultor humilde e seminstrução, pedindo "emprestado" cheques em branco, sob pretextos

inverídicos, faltando com a verdade sobre os valores preenchidos, com apromessa de reembolso, preenchendo os títulos em valor superior aos bensadquiridos no comércio local para receber troco, comete o crime deestelionato (TJSC - Apelação Criminal n. 2011.011892-3, de Maravilha.Relator: Des. Jorge Schaefer Martins).


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• 2.5.3. Fraude civil – uma das partes não consegue honrar ocompromisso assumido.

• 2.5.4. Fraude bilateral: prevalece o entendimento de que háestelionato.

• 2.5.5. Estelionato privilegiado - § 1º.• 2.5.6. Formas qualificadas - § 2º, I a VI:• Disposição de coisa alheia como própria.• Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria.• Defraudação de penhor.

• Fraude na entrega da coisa.• Fraude para recebimento de indenização ou valor do

seguro.• Fraude no pagamento por meio de cheque.


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• APELAÇÃO CRIMINAL. ESTELIONATO. FRAUDE NOPAGAMENTO POR MEIO DE CHEQUE (ART. 171, § 2º, VI,CP). SENTENÇA CONDENATÓRIA. INSURGÊNCIA DADEFESA. 1) PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA DOESTADO (ART. 110, CP). NÃO OCORRÊNCIA. PRAZOPRESCRICIONAL NÃO SUPERADO ENTRE OS MARCOSINTERRUPTIVOS. 2) PRETENDIDA ABSOLVIÇÃO.INVIABILIDADE. MATERIALIDADE INCONTROVERSA E AUTORIA EVIDENCIADA PELOS DEPOIMENTOS

COERENTES E HARMÔNICOS, EM AMBAS AS FASESINSTRUTÓRIAS, DA VÍTIMA E DE TESTEMUNHA.CONDENAÇÃO MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO (TJSC- Apelação Criminal n. 2012.082189-6, de Chapecó. Relator:Des. Newton Varella Júnior).


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• 2.5.7. Causa de aumento de pena do § 3º.• 2.5.8. Inclusão do § 4º pela Lei 13.228/2015 –“Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometidocontra idoso”.

• 2.5.9. Desistência voluntária, arrependimento posteriore tentativa.

• 2.5.10. Crime continuado.

• 2.5.11. Concurso de normas: apropriação indébita,

extorsão, crime de falso e furto.• 2.5.12. Ressarcimento do prejuízo – entendimentomajoritário de que pode caracterizar o arrependimentoposterior.


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Jurisprudência• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO.

ESTELIONATO CONSUMADO E OUTRO TENTADO. ART. 171, "CAPUT" E ART. 171, "CAPUT", C/C ART. 14, INC. II, TODOS DO CP. SENTENÇACONDENATÓRIA. RÉUS QUE APLICARAM O "GOLPE DO BILHETEPREMIADO". RECURSO DEFENSIVO VISANDO A ABSOLVIÇÃO DIANTEDA FALTA DE PROVAS QUE OS CRIMES OCORRERAM. INVIABILIDADE.VÍTIMAS QUE ALEGARAM TEREM SIDO ABORDADAS PELOS RÉUS,SENDO QUE UM DELES SE DIZIA GANHADOR DE UMA GRANDEQUANTIA DE DINHEIRO E O OUTRO O ACOMPANHAVA NAPERPETRAÇÃO DELITUOSA. PREJUÍZO DA PRIMEIRA VÍTIMA QUERESTOU COMPROVADO PELO SEU DEPOIMENTO. SEGUNDO ATO QUE

SOMENTE NÃO SE CONSUMOU POR CIRCUNTÂNCIAS ALHEIAS AVONTADE DOS AGENTES. DEPOIMENTOS CORROBORADOS PELOSDEMAIS ELEMENTOS DE PROVA. COMPROVAÇÃO SUFICIENTE DEQUE OS CRIMES OCORRERAM, BEM COMO QUE FOI PERPETRADOPOR AMBOS. (TJSC - Apelação Criminal n. 2011.063066-3, de São José.Relator: Desa. Substituta Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer).


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• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. ESTELIONATOTENTADO (ART. 171, CAPUT , C/C ART. 61, II, "H", NA FORMA DO ART. 14, II,TODOS DO CÓDIGO PENAL). SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSO DADEFESA.

• ERRO MATERIAL. MAGISTRADO QUE EQUIVOCOU-SE AO REDIGIR A AGRAVANTE NO DISPOSITIVO LEGAL. CORREÇÃO EFETUADA NOS MOLDES DA

FUNDAMENTAÇÃO.• ABSOLVIÇÃO. INVIABILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS

DEVIDAMENTE COMPROVADAS. CONTEXTO PROBATÓRIO FIRME E COERENTE APTO A DEMONSTRAR QUE O RÉU E SEUS COMPARSAS, COM O INTUITO DEOBTER VANTAGEM ILÍCITA EM PREJUÍZO ALHEIO, TENTARAM APLICAR NAVÍTIMA, IDOSA COM 65 (SESSENTA E CINCO) ANOS DE IDADE, O GOLPE DOBILHETE PREMIADO. TODAVIA, NÃO LOGRARAM ÊXITO NA CONCLUSÃO DOINTENTO CRIMINOSO POR CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS ÀS SUAS VONTADES.

ADEMAIS, MAGISTRADO QUE DEVIDAMENTE FUNDAMENTOU A DECISÃO EMPROVAS EXTRAJUDICIAIS E JUDICIAIS. OFENSA AO ART. 155 DO CÓDIGO DEPROCESSO PENAL NÃO VERIFICADA. SENTENÇA MANTIDA.

• RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO (TJSC - Apelação Criminal n.2013.082368-0, de Gaspar. Relatora: Desa. Marli Mosimann Vargas).


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• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO QUALIFICADOCOMETIDO MEDIANTE FRAUDE. CONDENAÇÃO. RECURSO DA DEFESA.

• AVENTADA NULIDADE POR INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO, SOB O ARGUMENTODE QUE O MOMENTO CONSUMATIVO DO CRIME OCORREU QUANDO O

AGENTE PASSOU A TER A POSSE DESVIGIADA DO DINHEIRO. AFASTAMENTO.COMPETÊNCIA TERRITORIAL, PORTANTO, RELATIVA, QUE DEVE SER ARGUIDA

NO MOMENTO OPORTUNO, SOB PENA DE PRECLUSÃO TEMPORAL.• AUTORIA E MATERIALIDADE. DEVIDAMENTE COMPROVADAS POR MEIO DO

DEPOIMENTO DA VÍTIMA E DOS EXTRATOS BANCÁRIOS. TESE DE DEFESAFRÁGIL QUE NÃO PODE SE SOBREPOR AOS DEMAIS ELEMENTOSPROBANTES. CONDENAÇÃO MANTIDA.

• DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME DE FURTO COMETIDO MEDIANTE FRAUDE

PARA ESTELIONATO. IMPOSSIBILIDADE, PORQUE NÃO HOUVE ENTREGAVOLUNTÁRIA DO DINHEIRO, OU SEJA, EM NENHUM MOMENTO A VÍTIMA FOIINDUZIDA A ERRO PARA QUE A RÉ OBTIVESSE A VANTAGEM.

• DOSIMETRIA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO (TJSC - Apelação Criminal n. 2013.005297-5, de Brusque. Relator: Des. Substituto VolneiCelso Tomazini).


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2.6. Da receptação

• 2.6.1 – Receptação simples – art. 180 caput• Objeto jurídico: patrimônio obtido por meio de ilícito penal.• Objeto material: a coisa alheia (móvel?) que foi obtida atravésde um crime anterior.

• Coisa recebida em garantia de dívida, encontro de coisa,

recebimento de cheques furtados e exposição para locação.• Ação nuclear: receptação própria (caput, 1ª parte); receptaçãoimprópria (caput, 2ª parte).

• Sujeitos ativo e passivo.• Autor do primeiro crime - § 4º.

• Elemento subjetivo: dolo direto de receptar com o fim especialde obter vantagem. Dolo subsequente pode descaracterizar odelito.

• Momento consumativo: a própria é crime material; a imprópriaé crime formal.


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• RECEPTAÇÃO DOLOSA PRÓPRIA E IMPRÓPRIA. DELITOCONFIGURADO. CONDENAÇÃO MANTIDA. SUSPENSÃOCONDICIONAL DA PENA. NEGATIVA ANTE OS ANTECEDENTESDO ACUSADO, AINDA QUE TECNICAMENTE PRIMÁRIO. Se ascircunstâncias que envolvem a ação delituosa demonstram a pré-

ciência dos envolvidos na origem criminosa da coisa, tendo um dosacusados vendido a coisa, que sabia produto de crime, secundadopelo outro que influiu, decisivamente, na negociação, tambémsabedor da origem ilícita da coisa, configuradas estão as figurasdelituosas. Não tem direito à suspensão condicional da pena o

condenado que não satisfaz aos requisitos do art. 77, II, do CódigoPenal, negado em sentença devidamente fundamentada, que realçaa propensão do condenado à prática delituosa. Sentença confirmada(TJSC - Apelação criminal n. 29.183, de São Lourenço d'Oeste.Relator: Des. Cláudio Marques).


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• 2.6.2 – Receptação Qualificada - § 1º• Forma qualificada ou outro crime?

• Sujeito ativo: §§ 1º e 2º.

• Elemento subjetivo: “deve saber” é dolo direto oueventual.

• 2.6.3 – Receptação Culposa - § 3º

• Requisitos: natureza do objeto material, desproporçãoentre valor e preço e condição de quem oferece.

• Ação nuclear: “adquirir ou receber”.

• Perdão judicial - § 5º (1ª parte).


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Jurisprudência• APELAÇÃO CRIMINAL. RECEPTAÇÃO QUALIFICADA (ART. 180, § 1º, DO CÓDIGO

PENAL) E ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR(ART. 311, CAPUT , DO CÓDIGO PENAL), AMBOS EM CONTINUIDADE DELITIVA(ART. 71 DO CÓDIGO PENAL). SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSOSDEFENSIVOS.

• APELANTES SILVANO E MARILANDER. CRIME DE RECEPTAÇÃO QUALIFICADA.

ABSOLVIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. APELANTES SURPREENDIDOS NA POSSE DARES FURTIVA EM SEUS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS. INVERSÃO DOÔNUS DA PROVA. ALEGAÇÃO DE QUE DESCONHECIAM A ORIGEM ILÍCITA DOSBENS. VERSÃO INADMISSÍVEL. RÉUS QUE EXERCEM ATIVIDADE NO RAMO DECONSERTOS DE AUTOMÓVEIS E FORNECIMENTO DE PEÇAS AUTOMOTIVAS,

ADQUIREM VEÍCULOS FURTADOS PARA DESMANCHE E POSTERIOR VENDADAS PEÇAS A TERCEIROS. CONTEXTO PROBATÓRIO DEMONSTRANDO QUE

OS AGENTES TINHAM CONDIÇÕES DE SABER SOBRE A ORIGEM CRIMINOSADOS AUTOMÓVEIS.

• APELANTE MARILANDER. DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO DE RECEPTAÇÃOQUALIFICADA PARA SUA FORMA SIMPLES. INVIABILIDADE. CONFIGURAÇÃO DAQUALIFICADORA QUE SE DÁ COM A COMPROVAÇÃO DE QUE O AGENTEEXERCE ATIVIDADE COMERCIAL.( TJSC - Apelação Criminal n. 2013.042293-8, de

Palhoça. Relatora: Desa. Marli Mosimann Vargas).


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• 2.6.4 – Receptação privilegiada - § 5º (2ª parte)• Somente aplica-se às formas dolosas previstas no caput .

• 2.6.5 – Causa de aumento de pena do § 6º

• Aplica-se somente à pena do caput.


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3. Escusas absolutórias

• 3.1 – Imunidades absolutas - art. 181• a – Crime em prejuízo do cônjuge – inciso I• Não se incluem o divorciado (a), o separado (a) judicialmentee o concubino (a).

• Art. 1.723, § 1º do CC.

• A escusa absolutória aplica-se ao companheiro(a).• b – Crime em prejuízo de ascendente ou descendente – incisoII

• Somente é aplicável aos parentes em linha reta.• Ascendentes: pai, avô, bisavô, etc.

• Descendentes: filho, neto, bisneto, etc.• Inaplicabilidade aos afins (sogros, genros, noras e cunhados).• Inaplicabilidade ao parentesco colateral (irmão, tio, sobrinho eprimo).


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• 3.2 – Imunidades relativas - art. 182• Cônjuge separado judicialmente.

• Irmãos.

• Tio ou sobrinho com quem coabite.

• 3.3 – Hipóteses de inaplicabilidade das imunidades -art. 183

• Crime com emprego de violência ou grave ameaça àpessoa – inciso I.

• Estranho que participa do crime – inciso II.• Vítima com idade igual ou maior de 60 anos – inciso III.


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• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA OPATRIMÔNIO. FURTO QUALIFICADO PELO ABUSO DECONFIANÇA. ABSOLVIÇÃO EM PRIMEIRO GRAUPELA APLICAÇÃO DA ESCUSA ABSOLUTÓRIA (ART.

181, INC. II, DO CP). VÍTIMA QUE, APESAR DE SERMÃE DO ACUSADO, CONTAVA COM MAIS DE 60(SESSENTA) ANOS À ÉPOCA DOS FATOS. SITUAÇÃO,PORTANTO, NÃO ABRANGIDA PELA REFERIDAIMUNIDADE. INTELIGÊNCIA DO ART. 183, INC. III, DOCP. PLEITO CONDENATÓRIO ATENDIDO.

• RECURSO MINISTERIAL PROVIDO. (TJSC - ApelaçãoCriminal n. 2011.030360-1, de Lages. Relator: Des.

Alexandre d'Ivanenko)


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Bibliografia Básica

• BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de DireitoPenal. São Paulo: Saraiva. v 2. 2009.

• CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo:

Saraiva.v.2, 2010

• PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro.v.2. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.

crimes - patrimônio

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