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Publicação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo - N 0 69 - Abril/Maio - 2004 Educação em Saúde: CRF SP lança campanha de orientação às DST/Aids Definindo Rumos As ações do CRF SP para os próximos dois anos R. FarmacOEutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:16 Page 1

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  • P u b l i c a ç ã o d o C o n s e l h o R e g i o n a l d e F a r m á c i a d o E s ta d o d e S ã o P a u l o - N 0 6 9 - A b r i l / M a i o - 2 0 0 4

    Educação em Saúde: CRF SP lançacampanha de orientação às DST/Aids

    Definindo RumosAs ações do CRF SP para os próximos dois anos

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:16 Page 1

  • 22 e 23 de maio Atuação do Farmacêutico em Distribuição e Transporte I e II Dr. Walter H. Valtingojer 9h00 às 17h0005 de junho Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes Dr. Rodinei Vieira Veloso 8h00 às 18h0026 de junho Marketing para Laboratórios e Análises Clínicas Dr. Fernando Italiani 9h00 às 17h0003 de julho Manipulação em Veterinária para Cães e Gatos Dr. Luiz Cavalcante 9h00 às 17h00

    Programaçã o de CuARAÇATUBA

    15 de maio Conhecendo a Obesidade Dr. Luiz Cavalcante 9h00 às 17h00 16 de maio Fármacos em Geriatria Dr. Luiz Cavalcante 9h00 às 17h00

    BAURÚ

    29 de maio Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes Dr. Miguel Angelo Gaiotto 8h00 às 18h0005 de junho Manipulação em Veterinária para Cães e Gatos Dr. Luiz Cavalcante 9h00 às 17h0006 de junho Controle de Qualidade Dr. Luiz Cavalcante 9h00 às 17h00

    CAMPINAS

    15 de maio Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes Dr. Rodinei Vieira Veloso 8h00 às 18h00

    FERNANDOPOLIS

    26 de junho Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes ( A confirmar) Dr. José Luis Franceschi 8h00 às 18h00

    26 de junho Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes Dr. Rodinei Vieira Veloso 8h00 às 18h00

    FRANCA

    GUARULHOS

    24 de abril Manual de Boas Práticas para Distribuidoras, Transportadoras e Empresas de Logísticas de Medicamentos e Produtos para a Saúde Dr. Walter H. Valtingojer 9h00 às 17h00

    26 de junho Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes Dra. Cláudia Garcia Messiano 8h00 às 18h00

    JUNDIAÍ

    08 de maio Fármacos em Geriatria Dr. Luiz Cavalcante 9h00 às 17h0005 de junho Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes Dr. Miguel Angelo Gaiotto 8h00 às 18h00

    MARÍLIA

    PRESIDENTE PRUDENTE

    22 de maio Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes Dr. José Luis Franceschi 8h00 às 18h00

    2 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:16 Page 2

  • REVISTA DO FARMACÊUTICO 3

    e Cursos - CRF-SP

    I n f o r m a ç õ e s e i n s c r i ç õ e s :

    D e p t o . d e E v e n t o s d o C R F - S P

    f o n e s / f a x : ( 1 1 ) 3 0 6 7 - 1 4 6 8 / 3 0 6 7 - 1 4 6 9

    e - m a i l : e v e n t o @ c r f s p . o r g . b r e e m t o d a s a s s e c c i o n a i s

    C o n s u l t e n o s s o s i t e p a r a m a i o r e s

    i n f o r m a ç õ e s : w w w . c r f s p . o r g . b r

    "O CRF-SP se reserva o direito de cancelar as atividades que não atingirem o número mínimo de participantes

    SOROCABA

    15 de maio Manual de Boas Práticas para Distribuidoras,Transportadoras e Empresas de Logísticas de Medicamentos e Produtos para a Saúde Dr. Walter H. Valtingojer 9h0 às 17h00

    26 de junho Técnicas de Aplicação de Injeção e Diaabetes Dr. Miguel Angelo Gaiotto 8h00 às 18h0003 de julho Interações Medicamentosas Potencialmente Fatais Dra. Chung Man Chin 9h00 às 17h00

    SÃO PAULO

    8 de maio Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes Dra. Cláudia Garcia Messiano 8h00 ás 17h0015 de maio Preparação de Produtos Injetáveis em Farmácias Hospitalares Dra. Soraia G. S. Mendonça 9h00 ás 17h0015 e 16 de Maio Farmácia de Manipulação - Noções Básicas Mód. III Dr. Daniel Antunes Jr.

    Dra. Valéria M. de Souza 9h00 ás 17h0022 e 29 de Maio Validação de Métodos Análiticos e Boas Práticas

    de Laboratório I e II - VACIAN Romão B. Jr.João Carlos Martins 8h00 ás 17h00

    29 de Maio Técnicas de Aplicação de Injeção e Diabetes Dra. Cláudia Garcia Messiano 8h00 ás 17h0005 de Junho Biologia Molecular: Aplicações Práticas E Atualizações Dra. Keli Cardoso De Melo 9h00 ás 17h0026 de Junho O Dia a Dia na Dispensação Envolvendo as Principais Interações:

    Medicamento x Medicamento e Medicamento x Nutrientes Dra. Edna Bertini Magri e Dra. Tânia Carmen P .Govato 9h00 ás 17h00

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:16 Page 3

  • Revista do Farmacêutico é uma publicaçãodo Conselho Regional de Farmácia doEstado de São Paulo - CRF SPRua Capote Valente, 487Jardim América - Cep: 05409-001 São Paulo - SPPABX: (11) 3067-1450Fax: (11) 3064-1450

    Diretoria

    PresidenteFrancisco de Paula Garcia Caravante Jr.

    Vice-PresidenteÁlvaro Fávaro Jr.

    Diretora TesoureiraRaquel Cristina Delfini Rizzi

    Secretária GeralThaís Adriana do Carmo

    ConselheirosÁlvaro Fávaro Jr.Eliana de Paula Dias OrioloFrancisco de Paula Garcia Caravante Jr.Ida Caramico SoaresMarcelo Polacow BissonMargarete Akemi KishiMaria Fernanda Carvalho (suplente) Maria Isabel Almeida PradoMoisés Ferreira Duarte (suplente)Nalu Cristina Massei CanovaPaulo Pais dos SantosRaquel Cristina Delfini Rizzi Rosangela Borges Reina Thaís Adriana do Carmo

    Conselheiros Federais por São PauloDirceu Raposo de Mello (titular)Eduardo Saranz Camargo (suplente)

    Comissão EditorialFrancisco de Paula Garcia Caravante Jr.Álvaro Fávaro Jr.Raquel Cristina Delfini Rizzi Thaís Adriana do Carmo

    Reportagem / RedaçãoDepto. de Assessoria de Comunicação doCRF SP - (11) 3083-2592

    EditorJosé Carlos G. Camacho(Mtb. 9421)

    Redação/ReportagemMárcio Rodrigues (estagiário)[email protected]

    Editoração e ProduçãoJosé C. Garcia

    ImpressãoGlobo Cochrane

    PublicidadeNina Escher ([email protected])

    PeriodicidadeBimestral

    Tiragem26 mil exemplares

    Expediente

    4 Sumário

    5 Editorial

    6 Cartas

    9 CampanhaCRF SP lança campanha de orientação e,m DST/AIDS

    14 Curtas e Boas

    16 CapaSeminário define diretrizes para a atual diretoria

    23 EstadoSão Paulo estuda criar agência centralizadora

    24 FiscalizaçãoO balanço das ações em 2003

    25 ÉticaBalanço positivo

    26 AtuaçãoO farmacêutico nas equipes multidisciplinares

    28 ÂmbitoConsulta pública: novas regras e proibição para manipulação

    30 SolidariedadeProdutos arrecadados na Semana do Farmacêutico são doados

    31 NotíciasO exemplo da fiscalizaçãoSubstitutivo volta à pautaMinistério da Saúde debate combate à falsificação de medicamentos

    13 PersonagemUm exemplo de vontade

    34 MercadoAs vagas oferecidas ao farmacêutico

    35 SeccionaisFinalizada as reformas de três seccionais

    36 Jurídico2003: Um ano produtivo

    38 Clube de Vantagens

    42 Leitura/Cursos e Congressos

    SUMÁRIO

    4 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:17 Page 4

  • REVISTA DO FARMACÊUTICO 5

    EDITORIAL

    Alvaro Fávaro Vice - Presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo

    Atitude

    Até a década de 1950, a ativi-dade profissional farmacêuti-ca estava centrada na mani-pulação e no atendimento dapopulação nas farmácias. Com a indus-trialização, a partir dos anos 60, há umadissociação dessa formação, agora volta-da para os medicamentos fabricados emescala.Ocorrem no período muitas reaçõesadversas, inclusive o caso com a Tali-domida. A farmacovigilância passa aevoluir mais rapidamente desenvolvendotecnologias que permitem acompanhar odesempenho dos fármacos e buscarinformações para melhor conhecer ummedicamento.Nos EUA, a Farmácia Clínica surgecomo meio de racionalizar o uso dosmedicamentos, envolvendo o paciente eoutros profissionais no processo tera-pêutico. A farmácia comunitária é vistacomo foco de atuação preventiva eprimária.Enquanto isso, no Brasil, a formação dofarmacêutico volta-se para atividadesacadêmicas, das análises clínicas e indus-triais. Surge a prática de se assinar pelafarmácia e a definição desse estabeleci-mento como um comércio. Já nos anos80, verificou-se que a farmácia clínicahavia se isolado nos hospitais, sem qual-quer vínculo com as farmácias.Nesse mesmo período a farmácia, agoraintitulada "de manipulação", volta a ser oresgate da atividade farmacêutica maispróxima ao paciente, mas ainda devido asua formação, voltada para a atividade deelaboração dos medicamentos.Temos agora a grande discussão sobrecomo exercer a Atenção Farmacêuticadirigindo a visão profissional para opaciente, levando a farmácia a participardo sistema de saúde com atuação pre-ventiva e primária e integrando-se comos demais profissionais de saúde.

    Na atenção farmacêutica, o profissionalfortalece sua atuação como importanteagente do desenvolvimento do usoracional de medicamentos por suarelação direta com o paciente e colabo-rador ativo na evolução do conhecimen-to sobre os medicamentos ao engajar-secomo um agente notificador no sistemade farmacovigilância.Colaborando com essa evolução o CRF-SP promove diversas atividades decapacitação profissional e vem traba-lhando para estabelecer parcerias com asautoridades sanitárias a fim de viabilizartodas essas atividades.O próximo passo depende exclusiva-mente de cada profissional na busca decapacitação e se engajando nos diversosfóruns de discussão promovidos porentidades e empresas.

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:18 Page 5

  • 6 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    1 - Minha carteira é provisória. Como eonde devo fazer a carteira definitiva?

    A alteração para definitiva deve ser feitaaté o vencimento em nossa sede ou sec-cionais (vide endereço no nosso site)Os documentos necessários são:

    01 via do formulário nº 21 cópia do diploma tamanho ofício (frente e verso)2 fotos 3 x 4 (sendo uma foto para o crachá, caso ainda não possua)1 foto 2 x 2 (para cédula - opcional)Diploma original para registroDevolução da carteira provisóriaQuitar taxas

    2 - Como devo proceder para mudar meuendereço residencial?

    Para alterar seu endereço residencialbasta enviar os novos dados via e-mailpara o endereço ([email protected]) ,citando o seu CRF, nº do RG e CPF.3 - Já sou formado e gostaria de tirar meuCRF. Como faço?

    Inscrição Definitiva Direta1 via do formulário nº 011 cópia do diploma tamanho ofício (frente e verso)3 fotos 3 x 41 foto 2 x 2 (para cédula - opcional)Diploma original para registroXerox simples e originais dos documentos (RG, CPF, Título de Eleitor e Reservista)Quitar taxas

    4 - Como faço para obter minha carteiri-nha do CRF, incluindo meu sobrenomede casada? Qual o procedimento? É pos-sível fazê-lo por telefone?

    O pedido deve ser feito pessoalmentecom o preenchimento do formulário 02,foto 2 x 2 (caso queira a cédula), trazer acarteira marrom e cópia da certidão decasamento.5 - Quando começou o ensino de farmá-cia no país?

    Em 03 de outubro de 1832 foi criado ocurso de farmácia nas Faculdades deMedicina do Rio de Janeiro e da Bahia.Só os dois estados possuíam essas facul-dades naquela época. O ensino de Far-mácia, no Brasil, contudo, já havia sidotratado pela primeira vez, no dia 12 deabril de 1809. A primeira Escola de

    Farmácia do Brasil foi fundada em OuroPreto (MG), em 1837.6 - Como proceder, via internet, paraobter a renovação do certificado de regu-laridade técnica de farmacêutico?

    Não há como o Certificado ser renovadovia internet. Deverão ser preenchidosformulários específicos que estão dis-poníveis em nosso site: www.crfsp.org.bre esses deverão ser entregues no CRF.7 - O CRF possui alguma cartilha com oregimento para a operação de abertura deuma Empresa farmacêutica?

    O CRF tramita documentação de em-presas. O que temos são instruções deregistro de firma perante o CRF e essasinstruções para registro são encontradasem nosso site (www.crfsp.org.br). Entrena seção de Serviços e Formulários,depois em Pessoa Jurídica e clique emRegistro de Firma. No entanto, o quevocê realmente quer saber são dados demetragem, padronização, em que órgãosa empresa deve ser inscrita e para issovocê poderá entrar em contato com aVigilância Sanitária.8 - Quais as modalidades de contrato quepodem ser feitas para um profissionalque vai atuar com farmacêutico respon-sável. Esse profissional pode ser con-tratado como autônomo ou somente comregistro em sua carteira de trabalho?

    O CRF aceita tanto o registro em car-teira como o contrato de autônomo. Istodeve ser um acordo entre as partes,levando-se em consideração que naopção do contrato, o farmacêutico devepossuir inscrição no ISS e INSS, apre-sentando os últimos recolhimentos.9. Como faço para me tornar um fiscal doCRF-SP? O farmacêutico que pretende fazer partedo quadro de fiscais do CRF-SP deveprestar concurso público, passando poravaliação escrita e entrevista. O processoseletivo de 2000, fora prorrogado e temvalidade até o mês de junho de 2004.Quando ocorre a abertura de novoprocesso seletivo este fato é amplamentedivulgado aos profissionais através depublicação de edital, contendo as normasestabelecidas para o referido processo.10. O farmacêutico pode realizar acupun-tura? Como faço para ter acesso aos cur-sos de acupuntura?

    FÓRUMDÚVIDAS

    A Resolução 353/00, do CFF, disciplinao exercício de acupuntura pelo profis-sional farmacêutico. Esta Resolução foiobjeto de ações judiciais movidas peloConselho Federal de Medicina que pediasua cassação sob a alegação de que oprofissional farmacêutico não podiaexercer esta atividade porque esta pres-supõe uma análise clínica e um diagnós-tico, tratando-se no entender do CFM deato médico e que o CFF não possuiriacompetência nem autorização legal paratratar de matérias médicas. O CFM con-seguiu na Justiça o deferimento de medi-da liminar "para fim de suspender osefeitos da Resolução 353 do ConselhoFederal de Farmácia - CFF até julgamen-to final do feito principal".Em fevereiro/2004, ocorreu o julgamen-to destas ações que tramitavam na 17º Varade Seção Judiciária do Distrito Federal,tendo ambas sido consideradas improce-dentes. Através desta decisão, foi preserva-do o direito técnico e legal do exercíciodesta atividade pelo farmacêutico.Salientamos que, por se tratar de umaespecialização reconhecida pelo CFF, deacordo com a Resolução 402/03, os cer-tificados expedidos pelas entidades/-instituições, só terão validade para re-gistro de especialidade junto aosConselhos Regionais de Farmácia, com afixação do selo de qualidade confec-cionado pelo Conselho Federal deFarmácia para chancelar os certificadosdos Cursos credenciados.Como a decisão judicial é recente e aindanão recebemos nenhuma informação doCFF quanto ao credenciamento deCurso de Especialização/Pós-Gradua-ção em Acupuntura, a fim de não correro risco de fazer um curso que não seráreconhecido posteriormente, sugerimosque entre em contato com o CFF esolicite informações sobre o processo decredenciamento destes cursos.11. Gostaria de saber quais cursos deespecialização em Homeopatia são reco-nhecidos pelo Conselho? Os cursos reconhecidos pelo CFF sãoINSTITUTO BRASILEIRO DE ES-TUDOS HOMEOPÁTICOS; ASSO-CIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMA-CÊUTICOS HOMEOPATAS; INSTI-

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:18 Page 6

  • Escreva para a Revista do

    FarmacêuticoRua Capote Valente, 487 -

    9º andar - Ass. Comunicação05409-001 - São Paulo - SP

    Telefone: (11) 3083-2592E-mail: [email protected]

    TUTO HAHNEMANIANO DO BRA-SIL; INSTITUTO HOMEOPÁTICOFRANÇOIS LAMASSON; ASSOCIA-ÇÃO FARMACÊUTICA DE ARARA-QUARA; ASSOCIAÇÃO PAULISTADE HOMEOPATIA12. Gostaria de saber se dentista podeassumir o lugar do Farmacêutico? Istoestá incluso na lei? O profissional Dentista não podeassumir o lugar do Farmacêutico, umavez que as atribuições dos dois profis-sionais são diferentes. O âmbito profis-sional farmacêutico é privativo e garanti-do por lei, não podendo ser exercido poroutro profissional.13. Gostaria de informações sobre cursosde especialização em plantas medicinais,fitoterápicos e produtos naturais aqui noBrasil?No Estado de São Paulo, algumas insti-tuições de ensino, tais como USP/SP,UNICAMP, FACIS-IBEHE, UNIMEPe FOC, oferecem o curso de especializa-ção na área de seu interesse. Sugerimosque busque mais informações junto àsinstituições de ensino, a fim de verificarse atendem a sua necessidade. Seguem oslinks das instituições: www.usp.br;www.unicamp.br; www.facis.ibehe.com;www.-unimep.br; www.oswaldocruz.br14. No litoral norte, a fiscalização daVigilância Sanitária nas drogarias é reali-zada por profissionais não-farmacêuti-cos. Isto é legal? O Decreto 85.878/81 normatiza oâmbito profissional farmacêutico. Emseu artigo 1º verificamos que:Art. 1º - São atribuições privativas dosprofissionais farmacêuticos:......III - a fiscalização profissional sanitária etécnica de empresas, estabelecimentos,setores, fórmulas, produtos, processos emétodos farmacêuticos ou de naturezafarmacêutica;Apesar da legislação as VigilânciasSanitárias, constantemente, utilizam ou-tros profissionais, que muitas vezes nempertencem à área de saúde para efetuar oserviço de fiscalização de estabelecimen-tos farmacêuticos, sob a alegação de nãodispor de farmacêuticos em número

    suficiente e depender de autorização dogestor para abertura de concurso paracontratação de novos profissionais.Tentando sanar este tipo de situação, oCRF-SP tem feito contato com osgestores municipais buscando sensibi-lizá-los para a contratação de novosprofissionais.15. Gostaria de saber, por meio doConselho, quais as faculdades que temcursos de pós-graduação lato sensu emVigilância Sanitária e se esses são reco-nhecidos pelo MEC? Sugiro que busque informações sobre ocurso desejado nas seguintes institui-ções: USP/São Paulo e UNESP, poisconforme pude verificar ambas ofere-cem o curso de Vigilância Sanitária.Entretanto, informo que o curso minis-trado pela USP é de especialização. Paramaiores informações acesse os seguintessites: http:// www.usp.br e http://www.unesp.br16. Qual a punição para farmácia sem far-macêutico que vende remédios controla-dos?Esta atitude além de ser uma infraçãoética e sanitária é também uma infraçãopenal, pois se caracteriza como TráficoIlegal de Drogas e, portanto como crimehediondo. Se comprovado este ato, ofarmacêutico responderá a processo dis-ciplinar ético perante o CRF-SP, além de,juntamente com os proprietários e res-ponsáveis legais envolvidos, ser proces-sado criminalmente, sem direito a paga-mento de fiança e a responder o proces-so em liberdade. Os estabelecimentospodem ser interditados. Espero queestas informações tenham esclarecido esolicito que, se isto estiver ocorrendo emsua cidade, nos informe o nome dosestabelecimentos para que possamostomar as medidas cabíveis. Saliento queas informações recebidas serão mantidassob sigilo.

    Gostaria de enfatizar e parabenizar pelaúltima revista, está cada vez melhor einformativa, cada vez mais está auxilian-do a nossa classe quanto à novas reso-luções, cristérios, pendências e etc.Parabéns Conselho pelo excelente tra-balho !Fernando Luiz Affonso Fonseca Farmacêutica Bioquímica

    Agradecimentos de toda a atualDiretoria da UNIFAR- União Farma-cêutica de São Paulo, pela excelentereportagem apresentada na Revista doFarmacêutico nº 68, Fev/Março 2004,abordando o transcorrer dos 90 anos deatividades da entidade.Para nós é motivo de orgulho e satis-fação, contribuir em parceria com oCRF-SP e demais associações da classe,em benefício do desenvolvimento e cul-tura do profissional farmacêutico.Obrigado e parabéns.Raffaele PetrungaroPresidente da UNIFAR - gestão 2004/06

    SaudaçõesVenho através desta informar que mudeipara outro estado, mas gostaria de con-tinuar recebendo a Revista doFarmacêutico. A Revista tem contribuí-do muita para minha vida profissional.CarinhosamenteGisele Cerqueira Mendes

    REVISTA DO FARMACÊUTICO 7

    Mono nono nono

    momo nonono ono

    no nononononon

    nonon nono nonon

    o Cartas

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:18 Page 7

  • Anuncio Consulfarma

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:18 Page 8

  • como agente de saúdefarmacêuticoO

    Lançamento: farmacêuticos prestigiam abertura da campanha

    No último dia 22 de março oCRF SP lançou oficialmentesua segunda campanha do pro-jeto "Educação em Saúde". Desta vez oenfoque está voltado para orientação eprevenção de Doenças SexualmenteTransmissíveis, com ênfase na AIDS. Osfarmacêuticos inscritos passaram pelaprimeira etapa da campanha no dia 13 demarço: um curso de capacitação de 8horas, muito elogiado, ministrado porespecialistas da área e integrantes dacomissão organizadora. "A capacitaçãofoi muito especial, pois trabalhou a partemais humana e nos sensibilizou. As ativi-dades foram muito interessantes",comenta a proprietária de farmácia e far-macêutica de São José do Rio Preto,Maria Luiza. Salette Maria Krowzuk deFaria, responsável técnica por uma drog-

    aria de São Paulo também aprovou acapacitação. "As pessoas que estavam namesa eram muito boas e a palestra emque o médico falou das DST foi ótima emuito proveitosa", afirma. O propri-etário de drogaria e farmacêutico dePresidente Prudente, José AparecidoNovaes Filho afirma que a capacitaçãofoi extremamente proveitosa e interes-sante. "A dinâmica que houve durante ocurso proporcionou uma grande trocade idéias e experiência entre os pre-sentes. A campanha mostra que o farma-cêutico pode e deve atuar dentro dacomunidade".

    Lançamento - No lançamento oficialestiveram presentes diversas pessoas querepresentam entidades de prevenção eapoio ao combate das DST/AIDS. Opresidente do CRF SP, Francisco

    FÓRUM CAMPANHA

    Mãos à obra para segunda campanha

    REVISTA DO FARMACÊUTICO 9

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:19 Page 9

  • FÓRUMCAMPANHA

    Capacitação: ponta-pé inicial para a campanha.

    CRF SP dá proseguimento ao

    Projeto de Educaçãoem Saúde e lança

    campanha deprevenção

    as DST/AIDS

    Capacitação: momento de aprendizado

    10 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    Caravante Jr., abriu o evento salientandoa importância do farmacêutico na orien-tação às patologias. "O farmacêutico éum profissional de saúde capacitado aprestar orientação a população", lem-brou. Thaís Adriana do Carmo, farma-cêutica diretora do CRF SP e coorde-nadora da campanha explicou comofunciona todo o projeto e afirmou queessa campanha só é possível devido àcolaboração e envolvimento de par-ceiros, principalmente o GAPA, Fórumdas ONGs AIDS do Estado de SãoPaulo e a Secretaria Estadual de Saúde.

    O projeto pioneiro tem como objetivo,prestar um novo serviço à população,utilizando as farmácias como base depromoção à saúde, e o farmacêuticocomo educador, orientando e prevenin-do os usuários sobre diversas patologias.Ao todo, o projeto conta com 12 dife-rentes temas que serão abordados nospróximos dois anos. O conceito básico éprestar serviço à população por meio daaproximação do farmacêutico com acomunidade em que atua. "Assim, a far-mácia e o farmacêutico poderão nova-mente contribuir para minimizar proble-mas de saúde pública, melhorando aqualidade de vida da população", explicaThaís.

    O início do projeto foi com aCampanha de Prevenção e Orientaçãoao Câncer de Pele. Para a campanhaDST/AIDS, assim como na primeira, ofarmacêutico oferece um atendimentopersonalizado a cada paciente. A comis-são organizadora dessa Campanha con-tou com a colaboração de ReginaPedrosa e Nelson Ramos do Fórum dasONG's AIDS, Rogério Frota, represen-tante do CRF SP no pleno da Secretariade Saúde do Estado, Maria AngélicaCosta, do Centro de VigilânciaEpidemiológica da Secretaria Municipalde Saúde de São Paulo, José CarlosVeloso, presidente do GAPA de SãoPaulo e Antonio Carlos Pizzolitto, daUnesp de Araraquara. Frota acredita queesse é um movimento de vanguarda edeve ser apoiado. "A partir disso os ou-tros conselhos de todas as categorias eestados devem se unir e formar novascampanhas. A sociedade civil deve se

    organizar mais e não deixar tudo porconta do Estado e essa campanha devanguarda mostra exatamente isso",salienta. Para auxiliar no balanço dosresultados das campanhas e também nosuporte aos farmacêuticos, o CRF SPconta também com uma equipe internaformada por quatro profissionais farma-cêuticos, Reggiani Luzia Wolfenberg,Renata Tereza Gonçalves, AmouniMohmoud Mourad e Maria ElizabethTassinari.

    Os critérios básicos para que as farmá-cias participem das campanhas são: con-tar com efetiva assistência do farmacêu-

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:20 Page 10

  • REVISTA DO FARMACÊUTICO 11

    namentais e universidades, com o intuitode capacitar os profissionais farmacêuti-cos para o exercício da educação emsaúde. "Mais do que isso mostra o realvalor do farmacêutico junto à populaçãodemonstrando o potencial de se utilizarefetivamente o estabelecimento farma-cêutico (farmácias e drogarias) comoponto de apoio à saúde pública, realfunção desses estabelecimentos, em con-traponto aos interesses comerciais dealguns que imaginam somente o lucrocomo fundamento da farmácia".

    O presidente do GAPA e um dos orga-nizadores da campanha, José CarlosVeloso elogia a iniciativa do CRF SP."Essa iniciativa é extremamente impor-tante ao passo que envolve o profissio-nal farmacêutico e a farmácia, já queambos estão inseridos diretamente nacomunidade e muitas vezes conseguematingir diariamente uma população queONG's e governos não atendem direta-mente. Espero que essa campanha tenhainício no CRF SP, se espalhe por todo opaís e que cada vez mais pessoas estejamenvolvidas com o tema".

    Nos próximos meses outras campa-nhas de educação em saúde serãolançadas, visando inserir farmácia e far-macêutico na luta pela melhoria da qua-

    tico; atuar dentro da ética do exercício daFarmácia; oferecer condições apropria-das de trabalho ao farmacêutico; e estarregularizada perante o CRF-SP e aosórgãos sanitários.

    A atual campanha vem ao encontrocom dados da Organização Mundial deSaúde, que informam que no Brasilocorrem cerca de 12 milhões de novoscasos de DST ao ano e em alguns casosessas DST podem aumentar em 18 vezeso risco de infecção pelo vírus da AIDS.Apenas 30% dos doentes que contraemDST procuram o serviço hospitalar ouunidades de atendimento básico e cercade 70% das pessoas com alguma doençasexualmente transmissível buscam trata-mento nas farmácias. "O sucesso dostratamentos medicamentosos encontrasua eficácia quando o farmacêutico estáà frente deste procedimento e quandotrabalha como orientador", lembra ThaísAdriana sobre o papel do farmacêutico.

    Segundo documento elaborado peloPrograma Nacional de DST e AIDS, asDST somente serão controladas se hou-ver a participação da iniciativa privada,por isso, Thaís salienta mais uma vez aimportância da campanha. "O farmacêu-tico não pode deixar de cumprir seupapel social, que certamente transcende

    aquele de apenas gerar empregos eimpostos, mas o de contribuir para mini-mizar o sofrimento da população excluí-da dos sistemas de saúde", afirma.

    Para o presidente do CRF SP, Fran-cisco Caravante Jr, a campanha de DSTAIDS mostra como é possível estabele-cer parcerias com entidades não gover-

    Lançamento: farmacêuticos atentos a cada detalhe

    Capacitação: grupos debatem e trocam experiências durante o evento

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  • 12 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    CAMPANHA

    lidade de vida dos usuários de medica-mentos e, além de orientar sobre o seuuso correto e melhorar o acesso, resgatasua vocação fundamental de educadorem saúde.

    Repercussão

    O lançamento da campanha teve boarepercussão na mídia, o que acabarefletindo num alcance maior a popu-lação. A Agência Aids esteve presente eregistrou o evento divulgando infor-mações em seu portal e um artigo dacoordenadora da campanha, ThaísAdriana do Carmo. Além disso, houvematérias em diversos outros veículos,

    seja rádio ou impresso. Mas não foi só nacapital que o tema chamou a atenção.Com a participação de diversas farmáciasdo interior do estado, o assunto tomouproporções em veículos dos grandes cen-tros de algumas regiões. Em Campinas,Thaís deu entrevista a EPTV, que foiveiculada no jornal do meio dia para todaa região. São José do Rio Preto tambémteve o tema discutido num de seus prin-cipais veículos. Outro centro em que acampanha DST/AIDS foi noticiada porveículos locais é Presidente Prudente. Osdois principais veículos da cidadesdestacaram a ação do CRF SP.

    Em Promissão, interior de São Paulo, ofarmacêutico Fábio Rodrigues de Almei-

    da levou o projeto até a prefeitura e estápromovendo uma ação conjunta."Estamos inclusive promovendo pales-tras nas escolas da região, a fim de atin-gir o maior número possível de pessoas",comenta Almeida.

    Próximo tema

    Não há tempo a perder. A campanhade DST/AIDS acabou de ser lançada e oCRF SP já deu início à discussão para opróximo assunto a ser abordado, semesquecer, é claro, de dar assistência àsdemais campanhas em vigor.

    Diabetes. O assunto é antigo e aindagera muitos debates e preconceito nasociedade. Isso em função da desinfor-mação do que é o diabetes. De encontroa isso, a proposta do CRF SP é mais umavez tornar o farmacêutico um orientadore assim, auxiliar e proporcionar uma me-lhor qualidade de vida à população. Olançamento dessa campanha está previs-to para junho e os preparativos e dis-cussões já tiveram início, visando atingirum número ainda maior de profissionaisfarmacêuticos que possam contribuircom a disseminação de informações àsociedade.

    Veloso: Iniciativa deve ser ampliada Troca de experiências durante a capacitação

    Mídia: Caravante fala ao Portal Agência Aids sobre a importância da campanha

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  • Anuncio Racine

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  • 14 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    O CRF-SP enviou, no início de março, carta à Rede Globo de Televisão, assina-da pelo presidente Francisco Caravante Jr., protestando por cena da novela “Dacor do pecado”, exibida em 9 de fevereiro. Nela, uma das personagens da tramaentra em uma farmácia e suborna o farmacêutico para comprar um sonífero semreceita médica.Na carta o Conselho reafirma que “o farmacêutico é um profissional de saúde,com código de ética estabelecido, e que deve ser reconhecido e respeitado por seupapel fundamental como agente de saúde pública. Não pode ser confundidocomo um mero ´vendedor de medicamentos`”.A mensagem prossegue destacando que o CRF SP é totalmente contra qualquercensura, mas, “tem a convicção de que a televisão é um veículo poderoso e comum compromisso social claro. Assim como possui o poder de educar, tem, namesma proporção, o de deseducar, mesmo quando se alega tratar-se de obra deficção”.

    Para apurar denúncia recebida no CRF-SP, a equipe de fiscalização inspecionoue acionou a Vigilância Sanitária local quelacrou uma farmácia e um laboratório demanipulação irregulares, localizados naavenida D. Pedro I, em Santo André.A inspeção, feita em 27 de fevereiro,constatou que a farmácia não tinha iden-tificação (o eventual usuário tinha quetocar a campainha para ser atendido) efuncionava anexa a um consultório deterapias naturais. Havia ainda irregulari-dade na estocagem de tinturas e matériasprimas com prazos de validade vencidos.O proprietário se identificou como “te-rapeuta holístico” e “oficial provisiona-do de farmácia”, atendia os pacientes ereceitava os medicamentos.

    O Brasil foi o País do mundo que deua maior contribuição em assistênciafarmacêutica para as vítimas do terre-moto que atingiu o Marrocos, em 24de fevereiro, matando 571 pessoas edeixando 405 feridos.O Ministério da Saúde enviou kits defarmácia básica, com 28 itens cada,entre antibióticos, soro, analgésicos,antitérmicos, antianêmicos e medica-mentos para asma.Os kits atendem às necessidades deaté três mil pessoas durante 90 dias.

    Pesquisa com 1.200 pessoas que senti-ram algum tipo de dor nos últimos 90dias, realizada por um grande labo-ratório instalado no Brasil, apontou acefaléia como a mais freqüente dorsofrida pelos brasileiros.O índice de citação chegou a 74%.A medicina já catalogou cerca de 150tipos diferentes da dor de cabeça. A maiscomum é a tensional episódica, aquelaque pode surgir, entre outras causas,depois de um dia de muito estresse.

    A maior rede farmacêutica paulista comlojas dentro de shoppings divulgou emmarço a contratação de uma novaempresa de marketing de relacionamen-to e promoção.Entre as ações estão campanhas paracartão de fidelidade, promoções emparceria com fornecedores nos pontos-de-venda, nova identidade visual e novoslogan.A nova assinatura escolhida foi “Saúdeao Alcance de Todos”. O que num paíscomo o Brasil pode soar pretensioso, ouirônico.

    A Secretaria Municipal da Saúde de SãoPaulo, a de Relações Internacionais e oMinistério da Saúde, Família e dos Por-tadores de Deficiência Física da Françaassinaram em março um termo de coo-peração técnica.O documento prevê o desenvolvimentode cooperação médica, pedagógica, téc-nica e de gestão, nas áreas de assistênciahospitalar e de urgência hospitalar.A assinatura aconteceu no final do semi-nário “Os desafios da assistência hospi-talar: a experiência francesa”.

    FÓRUMCURTAS E BOAS

    Irregular

    Lacrado: sede da suposta farmácia

    Mais uma vez em Santo André, umaação da fiscalização do CRF SP emconjunto com a VISA, interditou umadrogaria, dessa vez no Jardim Al-vorada. A inspeção foi feita no dia 10de março e se verificou que o esta-belecimento funcionava sem respon-sável técnico perante CRF SP e VISAhá mais de dois anos, não possuíaalvará de funcionamento, armazenavainadequadamente medicamentos ter-molábeis, tinha materiais contamina-dos em recipiente inapropriado (caixade papelão aberta), entre outras irre-gularidades.

    Irregular II

    Fraternitté Dor

    Posicionamento

    Campeão

    Marketing

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  • Crianças brasileiras de até cinco anos sãoas maiores vítimas de acidentes de con-sumo com produtos, e os medicamentossão a principal causa desses acidentes,seguidos por produtos de limpeza.As conclusões são de um estudo feitopela Associação Brasileira de Defesa doConsumidor (Pro Teste) e AssociaçãoMédica Brasileira (AMB) nos três

    Uma empresa de produtos óticosimportou o, definido pelo importa-dor, como “o primeiro complexovitamínico especialmente desen-volvido para manter a saúde dosolhos”, para pessoas acometidas deDegeneração Macular Relacionada àIdade (DMRI).São dois produtos (Essential 50+ e

    Fórmula Antioxidante) que devemser ingeridos em conjunto, conformeprescrição médica, “capazes de esta-cionar a degeneração macular rela-cionada à idade”.Segundo o importador, o produto,do laboratório americano Pharma-vite, tem aprovação do Food andDrugs Administration (FDA), selode aprovação da USP (U. S. Pharma-copeia) e está chegando ao país den-tro das normas sanitárias e fiscais.

    Em fevereiro, foi dado o primeiro passo entre o Ministério da Saúde e Cuba para umacordo que pode gerar uma economia de cerca de R$ 40 milhões anuais ao Brasil.Representantes do pólo científico cubano e técnicos do ministério discutiram a trans-ferência de tecnologia para fabricação, no Brasil, de dois medicamentos que custamcerca de R$ 80 milhões por ano ao país: a Eritropoetina, para procedimentos dediálise, e o Interferon Alfa, que controla possíveis rejeições em caso de transplantes.Em encontro recente no laboratório Bio-Manguinhos, da Fundação OswaldoCruz, no Rio de Janeiro, brasileiros e cubanos assinaram o termo de confidenciali-dade para garantir o sigilo, nessa primeira etapa, sobre a fórmula e procedimentosde fabricação dos medicamentos.

    AnuncioIBEHE

    Intercâmbio

    maiores hospitais da América Latina nacidade de São Paulo e no Centro deControle de Intoxicações da Prefeiturade São Paulo.Divulgado no dia 11 de março, foramrealizadas 2.021 entrevistas com os con-sumidores que procuraram o Hospitaldas Clínicas, Hospital São Paulo e SantaCasa.

    AcidentesVisão

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  • 16 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    CAPA

    Uma boa administração etrabalho começam quan-do uma diretoria está dis-posta a escutar os proble-mas e sugestões de pes-soas envolvidas numa determinada orga-nização de forma democrática. Esse éum conceito moderno de administraçãoe foi justamente dessa maneira que anova diretoria do CRF SP pensou aoconvocar o I Seminário de Diretrizes eMetas, realizado entre os dias cinco esete de março, num Hotel Fazenda emSão Pedro, interior de São Paulo.Diretores, representantes de entidadesfarmacêuticas, coordenadores de sec-cionais e comissões, conselheiros e fun-cionários que representam cada departa-mento do CRF SP, totalizando 85 parti-cipantes, estiveram durante dois dias dis-cutindo e sugerindo propostas para que

    essa gestão esteja ainda mais próxima dofarmacêutico e colocando esse profis-sional também mais próximo da so-ciedade em geral.

    Com a idéia de escutar quem vivencia odia a dia do CRF SP, e a partir daí elabo-rar propostas mais viáveis e maisurgentes, a diretoria tem a intenção dedistribuir tarefas e responsabilidades."Os funcionários e colaboradores sãoessenciais na condução de uma gestão,pois vivem a rotina do trabalho e podemidentificar quais os principais problemase a partir daí, contribuir com sugestões",comentou o presidente do CRF SP,Francisco Caravante Jr., na abertura doseminário. Ele fez questão de sinalizarpara um compromisso dessa nova gestãoe também dos presentes. "Nesse mo-mento nos comprometemos a trabalhar,alcançar e cumprir metas".

    Definindo RumosSeminário promove

    troca de idéias entrecolaboradores do

    CRF SP e estabelecemetas a serem

    alcançadas por essa nova gestão

    Plenária:hora de decisão

    e definição de rumos

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  • REVISTA DO FARMACÊUTICO 17

    Sob a coordenação da DiretoraSecretária Geral do CRF SP, ThaísAdrinana do Carmo, professora comampla experiência na área acadêmica, oseminário foi dividido em dois momen-tos, o que deu dinamicidade ao evento.Num primeiro, os 85 presentes escolhe-ram um grupo de discussão, de acordocom a preferência de cada um, dentreseis. Esses temas foram previamentedefinidos pela comissão organizadora doencontro a partir de consultas às áreastécnicas e administrativas do CRF SP. Ostemas pré-definidos foram Ética,Jurídico, Comunicação e Eventos, Co-missões Assessoras, CoordenadoresRegionais e Relacionamento com as

    Entidades Farmacêuticas. A partir daí,numa construção coletiva, foram elabo-radas teses para discussão sobre cadatema. Vale ressaltar que uma dos setoresmais discutidos e com maior número depropostas foi o de comunicação. A dis-cussão sobre a área não ficou restrita aogrupo que debatia o tema, mas se espa-lhou por quase todas as discussões. Oresultado disso é a área com maiornúmero de propostas e sem dúvida algu-ma, uma das diretrizes dessa diretoria.

    No domingo, uma plenária debateutodas as propostas, resultando em umdocumento final com 37 páginas, con-templando cada um dos temas. As dis-cussões foram sempre muito intensas,

    tanto durante a elaboração das propostasquanto durante a aprovação dessas emplenária. Como em todo grupo, houvedivergências de idéias, mas no fimprevaleceu o bom-senso de chegarem aum ponto comum. Os presentes fizeramum balanço positivo do encontro."Vemos a intenção de uniformizar asações e se as pessoas não falarem amesma língua, não andam na mesmadireção. A diretoria do CRF SP está embusca de unidade, integração e respon-sabilidade para traçar objetivos ecumprir metas", explica Bismark Aze-vedo Cruz de Araújo, farmacêutico bio-químico especialista em toxicologia evice-coordenador da Comissão Asses-sora de Análises Clínicas e Toxicológicasdo CRF SP. Mafalda Biagini daComissão de Ética de Marília e tambémrepresentante da Associação de Far-macêuticos de Marília acredita que foiuma ótima forma de trocar idéias eexperiências. "O evento congrega nomesmo espaço vários segmentos doCRF SP, com o objetivo de organizar edisseminar as ações", afirma. Para ÊnioTomazini, representante da Associaçãodos Laboratórios de Análises Clínicas

    Metas: todos aguardam para debater o resultado de um dia de discussões

    Grupo Jurídico: estabelecendo e construindo idéiasCaravante: Um momento de democratizaçãode idéias e divisão de responsabilidades

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  • CAPA

    (ALAC), o CRF SP deu um importantepasso para melhorar as condições do far-macêutico. "Pedir a opinião de entidadesé muito importante. Com a globalizaçãoprecisamos mudar a forma de pensar,além de haver a necessidade de agrupa-mento para tomada de decisões".

    Num balanço do evento, o presidentedo CRF SP, diz que o encontro foi aretomada de um processo que da legi-timidade a proposta de gestão. "Desde o

    princípio a diretoria conhecia a necessi-dade de aumentar o fórum de debates noCRF SP e esse é o primeiro passo". Eleacredita ainda que isso facilita o trabalhoda diretoria, pois delega funções. "Aspessoas que estavam presentes se sentemresponsáveis pelo trabalho a ser feito,além disso, foi o clímax de um processodemocrático aberto a discussões", afirma.

    Caravante aproveitou também paraelogiar as discussões e as propostas. "As

    discussões e a maturidade das idéiasmostram que as pessoas que trabalhamno CRF SP têm a clareza da proposta doconselho diante da sociedade e da classefarmacêutica. Agora temos que transfor-mar essas diretrizes em metas a seremcumpridas e num próximo momentonos reunirmos novamente para verificaro que foi feito e o que precisa ser revis-to", finaliza.

    O Seminário contou ainda com a par-

    Seminário: dois dias de trabalho e

    propostas concretizadas pela unanimidade

    Raquel: Após discussões, muito trabalho Favaro: Participação efetiva nas propostas

    18 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:26 Page 18

  • ticipação do ex-presidente do CRF SP,agora gerente geral de medicamentos daANVISA (Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária) e conselheiro federal, Dir-ceu Raposo de Mello que falou dos pro-jetos na Anvisa e no CFF, além de secolocar a disposição para atender e lutarpela causa farmacêutica. Outra presençaimportante no seminário foi a doDeputado Federal Arlindo Chinaglia.Ele falou sobre a importância do farma-

    cêutico e da atuação do conselho para asociedade. "Muitas vezes a mídia de umamaneira geral presta um dês-serviço àsociedade e cabe aos farmacêuticos edemais profissionais da área de saúdeorientar essa população", afirmou.

    Dentro dos grupos de discussão, comojá foi citado, foram elaboradas váriaspropostas. O Grupo de Ética, por exem-plo, acredita que é necessário estimular aparticipação de farmacêuticos nas

    Comissões de Ética, além de desen-volver ações junto ao corpo docente dosCursos de Farmácia para conscientizá-los sobre a responsabilidade social dofarmacêutico. O Grupo Jurídico discutiutemas como dar respaldo jurídico e ori-entar profissionais farmacêuticos emquestões que envolvam o âmbito profis-sional, no tocante à autuações por partede outros Conselhos, como CREA,CRQ, entre outras entidades. O grupo

    Mesa de abertura: Início da construção coletiva de objetivos

    Ética: Grupo compila propostas no fim do primeiro dia Preocupação na elaboração do documento que vai a plenária

    REVISTA DO FARMACÊUTICO 19

    Thaís: ouvindo e discutindo propostas

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:27 Page 19

  • 20 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    mais movimentado e onde se percebeuuma diretriz para a diretoria foi a deComunicação, que propôs entre diversosassuntos a reformulação da revista doCRF-SP, buscando transformá-la numveículo de informação objetivo, técnicoe científico que responda as necessi-dades cotidianas do farmacêutico e tam-bém a reformulação do site do CRF SP,transformando-o num portal de infor-mações tanto para a população em geralquanto para o farmacêutico. O Grupode comissões trouxe para a pauta anecessidade de ampliar a integraçãoentre as Comissões Assessoras emdesenvolvimento de projetos conjuntos.O grupo de Coordenação Regional colo-cou a necessidade de atuar efetivamentecomo representante técnico, político eadministrativo nas diversas regiões doEstado e ampliar a interface com aDiretoria, promovendo em suas regiõesações unificadas (sede-seccionais) quedivulguem junto à categoria às diretrizese ações do órgão. E por último, o grupode Entidades Farmacêuticas quer umamaior participação nos Conselhos Mu-nicipais de Saúde, representando juntocom a coordenação regional os farma-cêuticos da região, tornando-se referên-cia junto ao gestor, demais profissionais

    de saúde e usuários e também viabilizaro Encontro Paulista de EntidadesFarmacêuticas, a ser organizado peloCRF-SP através de um comitê organi-zador, com o intuito de criação de umórgão que congregaria todas asEntidades Farmacêuticas paulistas inte-ressadas em participar.

    Essas são só algumas propostas quenortearam as discussões dentro dessesgrupos. Em breve o CRF SP vai desen-volver um caderno de metas, onde todas

    CAPA

    Projeto Relacionamentocom as Entidades Farmacêuticas

    Atuação junto a Executiva Regional dosEstudantes de Farmácia, Centros Aca-dêmicos e Universidades, visando inse-rir e sensibilizar os futuros farmacêuti-cos da importância de organizarem-seatravés das entidades.Viabilizar o Encontro Paulista deEntidades Farmacêuticas, a ser organi-zado pelo CRF-SP através de umcomitê organizador, com o intuito decriação de um órgão que congregariatodas as Entidades Farmacêuticaspaulistas interessadas em participar.Participação nos Conselhos Municipaisde Saúde, representando junto com acoordenação regional os farmacêuticosda região, tornando-se referência juntoao gestor, demais profissionais de saúdee usuários.

    Propostas ÉticaRealização do Seminário Estadual de Ética.Criação no site do CRF SP de uma listade discussão aberta a profissionais, estu-dantes e a sociedade em geral.Implementar relatório de produtividadee trâmite processual para ser encami-nhado à Diretoria, Plenária e Comissõesde Ética, permitindo retorno do resulta-do dos processos éticos (Bimensal).

    Propostas JurídicoRespaldar juridicamente e orientar pro-fissionais farmacêuticos em questõesque envolvam o âmbito profissional, notocante à autuações por parte de outrosConselhos, como CREA, CRQ, entreoutras entidades.Orientar e subsidiar o profissional far-macêutico ou seu advogado, através depareceres e manifestações sobre ques-tões que se relacionem com o âmbito daprofissão, no exercício de sua atividadeprofissional.Fornecer subsídios e participar da ela-boração de normas/deliberações deinteresse da profissão farmacêutica.Ação conjunta do departamento jurídi-co com os departamentos de comuni-cação e fiscalização, para elaboração dematerial orientativo sobre as atribuiçõesdo farmacêutico e do técnico, explici-tando que somente ao farmacêuticocabe a função de responsabilidade téc-nica de farmácias e drogarias e res-saltando a súmula nº 275, do STJ. Estematerial deve ser enviado para os far-macêuticos, Vigilâncias Sanitárias eEscolas Técnicas.

    Propostas ComunicaçãoReformulação da Revista do CRF-SP,buscando transformá-la num veículo deinformação objetivo, técnico e científi-co que responda as necessidades cotidi-anas do farmacêutico.Reformular o site do CRF-SP de formaque ele se transforme numa fonte dereferência para o farmacêutico, para acomunidade de forma geral e paraquem busca informações sobre o CRF-SP e a área farmacêutica.Implantar ações sociais em comu-nidades carentes, envolvendo o profis-sional farmacêutico em atividades soci-ais, inserindo o farmacêutico em cam-panhas de coleta de material para exa-mes, orientação sobre o uso correto demedicamentos, orientação sobredoenças, alimentação e demais questõesnas quais a população é carente de ori-entação, através de parcerias com asInstituições de Ensino Superior (IESs),Entidades Estudantis, Poder Público eestabelecimentos farmacêuticos.

    Projeto Comissões Profissionais Assessoras

    Criação, na plenária, de um espaçoreservado para os INFORMES das Co-missões Assessoras , bem como estimu-lar a participação das mesmas.Envio para os conselheiros, coorde-nadores regionais e coordenadores dasComissões Assessoras a(s) pauta(s) ea(s) ata(s) da(s) reunião das ComissõesAssessoras.Formação de um grupo de trabalho querealizará um trabalho de esclarecimentoe/ou GERAÇÃO DE INFORMA-ÇÃO no que tange à Lei 5.991/73 quefala do âmbito farmacêutico.Estabelecer uma Educação Continuadapara cada Comissão Assessora no quediz respeito a sua área de atuação.

    Projeto Coordenação Regional

    Estabelecer treinamentos periódicosbuscando a padronização e melhoria dorelacionamento interpessoal entre ocorpo de funcionários e Coordenadores.Estabelecer critérios para avaliação dedesempenho das Seccionais nas ques-tões voltadas à inserção junto à categoria,atividades administrativas e parcerias.Ampliar em conjunto com as entidades(associações, sindicato, Vigilâncias Mu-nicipais e outras) o compromisso com aassistência integral de acordo com asdiretrizes estabelecidas pelo órgão

    as propostas serão compiladas num do-cumento único. “Os farmacêuticospoderão, ao longo dos dois anos, acom-panhar o resultado das metas traçadas”,concluí a diretora do CRF SP, Thaís.

    Veja nos quadros algumas propostaselaboradas sobre cada tema.

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  • REVISTA DO FARMACÊUTICO 21

    Objetivos

    Publicar artigos que contribuam para o crescimento e relevância técnico-científicade questões voltadas às Ciências Farmacêuticas.Incentivar a produção e a socialização de pesquisas científicas pertinentes ao âmbitoprofissional do farmacêutico.

    Normas para publicação

    Os artigos deverão ser estruturados em Introdução, Desenvolvimento e Conclusão,cabendo aos autores definir subitens. Deverão ser redigidos em Português e ter nomáximo quatro mil caracteres (com espaços) e ser enviado em disquete ou por viaeletrônica.

    Os originais deverão conter:

    Título completo, nome(s) do(s) autor(es) sem abreviação, indicação da instituição àqual pertence(m), titulação, atividade profissional atual, endereço completo (inclu-sive e-mail) e palavras-chave do artigo.Introdução: com formulação clara e simples do tema, apresentação sintética doproblema, revisão da literatura, justificativa, objetivos, delimitação e ângulo daabordagem da idéia central.Desenvolvimento: descrição da metodologia, apresentação e discussão dos resultados.Conclusão: considerações finais, relevância dos dados apresentados e possíveiscontribuições para a área abordada.Referências: apenas citadas no trabalho, de acordo com as normas da ABNT 6.023(2002).

    Análise dos artigos

    Os artigos recebidos serão submetidos ao conselho editorial da Revista Científica ape-nas aqueles artigos que estiverem adequados às normas descritas. Poderão ser aceitosna íntegra ou com alterações sugeridas pelo conselho editorial. Caso o artigo não sejaaceito para publicação, será devolvido ao(s) autor(es), mediante justificativa.

    Como enviar

    Os artigos deverão ser enviados para o Conselho Regional de Farmácia do Estado deSão Paulo (CRF-SP) - Rua Capote Valente, nº 487 - CEP 05409-001 - São Paulo - SPou para o e-mail [email protected]

    Publicação do CRF SP - Ano I - Abril / Maio

    Envie seu artigo científico

    para publicação

    A Revista Científica doConselho Regional de

    Farmácia - SP é um periódico que propõe

    divulgar trabalhos científicos no campo

    das CiênciasFarmacêuticas. Trata-sede uma publicação de

    cunho científico quetem a finalidade de

    possibilitar o exercíciocrítico e analítico detemas relacionados

    ao âmbito profissionaldo farmacêutico e

    às CiênciasFarmacêuticas.

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:27 Page 21

  • Diretoria do CRF SP

    PresidenteFrancisco Caravante Jr.Vice-presidenteÁlvaro Fávaro Jr.Diretora TesoureiraRaquel Cristina Delfini RizziSecretária GeralThaís Adriana do CarmoConselheirosÁlvaro Fávaro Jr.Eliana de Paula Dias OrioloFrancisco de Paula Garcia Caravante Jr.Ida Caramico SoaresMarcelo Polacow BissonMargarete Akemi KishiMaria Fernanda Carvalho (suplente) Maria Isabel Almeida PradoMoisés Ferreira Duarte (suplente)

    Nalu Cristina Massei CanovaPaulo Pais dos SantosRaquel Cristina Delfini Rizzi Rosangela Borges Reina Thaís Adriana do CarmoCorpo Editorial

    CoordenadoraThaís Adriana do CarmoConsultoresJosé Artur da Silva EminVânia dos SantosEditorJosé Carlos G. Camacho (Mtb 9421)Redação/ReportagemMárcio RodriguesEstagiárioRevisão de texto(normas da ABNT)Márcio Rodrigues

    Editoração e ProduçãoJosé C. Garcia Tiragem26.000 exemplaresRedaçãoRua Capote Valente, 487 - 9º andar -Jardim América - CEP 05409-001 - SãoPaulo - SP - Tel.: (11) 3083-2592E-mail: [email protected]: www.crfsp.org.br

    A Revista Científica do CRF SP é parteintegrante da Revista do Farmacêutico,não podendo ser comercializada ou dis-tribuída separadamente. Os conteúdosapresentados são de inteira responsabili-dade do seus autores.

    Expediente Revista Científica

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  • REVISTA DO FARMACÊUTICO 23

    Um ante-Projeto de Lei apresen-tado no ano passado no Estadode São Paulo está prestes a criara Agência Paulista de Controle deDoenças (APCD). Esse novo órgão seráuma autarquia que incorpora e centralizaas ações, recursos humanos e patrimôniode oito instituições do estado, como porexemplo, o Centro de Vigilância Sani-tária e Instituto Adolfo Lutz. (ver insti-tuições no quadro abaixo)

    Segundo o médico e coordenador dogrupo técnico que discute a implantaçãodessa agência, Luiz Jacinto, essa idéia jávem tramitando na Secretaria Estadualde Saúde há alguns anos e agora estámais próxima de se tornar realidade. "ASecretaria de Saúde do Estado de SãoPaulo é muito grande e nem todas asáreas acompanharam o desenvolvimen-to. Chegamos no início do século XXIcom uma estrutura que funciona, masque está defasada e que poderia ser me-lhor utilizada", explica.

    Rogério Frota, farmacêutico doInstituto Adolfo Lutz e representante doCRF SP no fórum dos conselhos de fis-calização profissional da área da saúdedeste no Conselho Estadual de Saúde doEstado de São Paulo, afirma que aindanão tem uma posição definida quanto àcriação da agência. "Por enquanto nãosou contra nem a favor, mas tenho afirme convicção que existe a necessidade

    de avanços em ciência, tecnologia e ino-vação. Necessita-se tomar um novo dire-cionamento gerencial, mas não tenhocerteza se é por meio de uma agênciaexecutiva (autarquia), nos moldes dasagências federais", diz Luiz Jacintosalienta que a importância APCD é jus-tamente inovar. "O objetivo é promoverum processo de racionalização adminis-trativa e de funcionamento dessesórgãos".

    Um dos artigos do ante-projeto de leidispõe sobre a finalidade de órgão noque diz respeito à saúde pública. "AAPCD tem por missão institucional oaprimoramento da promoção e proteçãoda saúde pública, mediante o planeja-mento e a execução das políticas de pro-teção da saúde por meio das ações deprevenção e controle de doenças, agra-

    vos e redução de riscos no âmbito esta-dual".

    Frota salienta que a proposta de criaçãodessa agência deveria ser melhor discuti-da e mais aprofundada em todos osórgãos envolvidos e em todos os setoresda sociedade. "São cerca de nove milfuncionários envolvidos. A discussão játardou demais. Tenho percebido as pes-soas muito silenciosas e não sei se isso éuma adesão à APCD ou um cansaço dasdiversas lutas por melhoria. O projetoenvolve a sociedade como um todo". Elediz também que ninguém pode afirmarque essa agência será a solução para osproblemas. "Essas agências tem muitopoder e espero que as pessoas que irãocuidar deste novo modelo de gerencia-mento tenham o preparo para coman-dar. Sinto falta de lideranças com clarezado papel desses órgãos e com visão defuturo nas atuais administrações",comenta.

    Uma das preocupações dos órgãos temsido o que será feito com o quadro derecursos humanos, no entanto, LuizJacinto afirma que pouco muda. "Todosvão ser aproveitados. A mudança acon-tece no papel, mas na prática, pelomenos em curto prazo, fica igual. Já alongo prazo, pretendemos que as açõesmelhores e que as condições de trabalhodessas pessoas também", explica. Eledisse ainda que o projeto já está sendofinalizado e ainda este mês será levadoao Secretário de Saúde que vai encami-nhar ao governador Geraldo Alckmim,para depois ser discutido e votado naAssembléia Legislativa.

    Frota lembra, no entanto, que os inte-ressados nessa discussão devem ser tra-balhadores (farmacêuticos, médicos,enfermeiros, pesquisadores e outrosafins), usuários e prestadores de serviçopúblico e privado (Indústria farmacêuti-ca, alimentícia, de correlatos, farmácias,drogarias entre outros), pois tambémestarão sob fiscalização dessa agência.

    Centro de Vigilância Sanitária;Centro de Vigilância Epidemiológica "Profº Alexandre Vrajanc";Instituto Adolfo Lutz;Instituto Pasteur;Centro de Referência e Treinamento - DST/AIDS;Instituto "Lauro de Souza ‘Lima";Divisão de Tisiologia e Pneumonia Sanitária do Instituto de Saúde -Instituto "Clemente Ferreira";Departamento de Assistência Técnica aos Municípios da Superintendência de Controle de Endemias - SUCEN.

    ESTADO

    Agência centralizadora: mais perto do que nunca

    Instituições

    Frota: necessidades de melhoria

    R. FarmacŒutico - Ed. 69.qxp 15/4/2004 13:29 Page 23

  • 24 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    OCRF SP vem trabalhando parafortalecer a imagem e o papeldo farmacêutico diante da so-ciedade. Prova disso é o projeto "Edu-cação em Saúde", onde o profissionalparticipa como orientador em diversostemas organizados pelo conselho. Umdos requisitos para essa campanha é aassistência integral, outra exigência doCRF SP que visa valorizar e aproximar ofarmacêutico da população. No entanto,esses trabalhos só são possíveis devido auma fiscalização eficiente e que se forti-fica a cada dia.

    O trabalho de fiscalização do CRF SP éuma das áreas que mais cresce. Paraprovar isso, o CRF SP trabalha com nú-meros expressivos quando comparadoscom anos anteriores. Para se ter umaidéia, a porcentagem de responsáveistécnicos presentes em drogarias e farmá-cias no ano de 1995 era de 25% duranteas inspeções. Esse número chegou a51% em 2002 e teve um aumento de10%, chegando a 61% no ano de 2003.O trabalho de fiscalização contribuiutambém para a geração de empregos.Em 1999 o número aproximado de far-macêuticos que atuavam em drogariasera de seis mil, pulando para cerca de 11mil em 2003. A indústria farmacêutica éoutro exemplo efetivo da presença dofarmacêutico. Em 2003 eram 1082 far-

    FÓRUMBALANÇO FISCALIZAÇÃO

    macêuticos para 269 indústrias. "Alémde o farmacêutico estar redescobrindoseu verdadeiro papel e importância,quem efetivamente ganha com sua pre-sença nas várias áreas de atuação é aprópria sociedade, que tem seu direitolegal garantido, ou seja, direito de rece-ber a orientação correta de um profis-sional capacitado tecnicamente para au-xiliá-la nas questões que envolvem o usode medicamentos", afirma AlvaroFavaro, vice-presidente do CRF SP. Issopode ser visto também no serviço públi-co. Em 1998/1999 os farmacêuticos queatuavam nessa área eram 426, con-siderando 450 municípios. Em 2003 essenúmero saltou para 736, considerandoapenas 294 municípios.

    Mas números como esses só são pos-síveis devido a investimentos tanto emrecursos humanos como em recursosmateriais necessários para o trabalho. Onúmero de fiscais pulou de 26 em 1999para 33 em 2003. Os veículos da frota defiscalização também tiveram acréscimo ehoje somam 27, diante dos 21 em 1999.

    Esse crescimento reflete diretamenteno número de fiscalizações. Em 1998 onúmero de inspeções em todo o estadochegou a 28947, tendo um pequenoaumento em 1999, com cerca de 30 milinspeções e crescendo progressivamenteaté chegar nas 43241 inspeções reali-

    zadas em 2003 em todo o estado. Umaumento de quase 35% no número deinspeções nos últimos cinco anos.

    Mas esses números são reflexo de me-didas e inovações que o CRF SP instau-rou ao longo desses anos em sua equipede fiscalização. Em 2000, em conjuntocom as Comissões Assessoras doConselho, a fiscalização passou por umaqualificação para realização de inspeçõesnas indústrias de medicamentos e inten-sificação da exigência de farmacêuticosnas áreas de atuação privativa do profis-sional. Em 2001 proporcionou a intensi-ficação do caráter orientativo da fisca-lização, além da implementação de eta-pas de fiscalização regionalizadas, levan-do-se em consideração as característicasde cada região do Estado. Em 2003intensificou a fiscalização em horáriosnoturnos e finais de semana, para exigirque os estabelecimentos contem comfarmacêuticos durante todo o horário defuncionamento, além de uma série deoutras medidas. "Estes números posi-tivos são graças ao empenho de toda aequipe de fiscalização, que com muitadedicação e coragem desempenham suasatividades diuturnamente não só paracumprimento da lei, mas também porentenderem o ganho que o farmacêuticotraz para a sociedade", acrescentaCapriolli.

    Fiscalização em altaUma das áreas que mais cresce no CRF SP tem

    contribuído muito para a defesa do âmbito farmacêutico

    1998 1999 2000 2001 2002 2003

    30.2

    32

    32.6

    19

    44.5

    29

    40.9

    40

    43.2

    41

    Nº de inspeções

    28.9

    47

    Recursos humanos - fiscais e materiais - veículos

    1999 2000 2001 2002 2003

    Fiscais

    1993 1995 1997 1998 1999 2000 2001 2003

    26 27 29 30 33 05 10 16 20 21 22 24 27

    Veículos

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  • REVISTA DO FARMACÊUTICO 25

    Ética. A palavra por si só já causadiscussões e dentro do CRF SPela é tratada com muita serie-dade, tanto, que existe uma comissãoespecífica para orientar os profissionaisfarmacêuticos dos princípios nortea-dores do pleno exercício profissional eseus regulamentos, visando garantir umserviço efetivo à população.

    O trabalho das Comissões de Éticadurante o ano 2.003, colheu os frutos dotrabalho desenvolvido no exercício de2002, quando passou a subordinar-sediretamente à Diretoria Executiva Legal.Com a utilização do novo rito proces-sual e membros devidamente treinadosdentro das novas normativas, asComissões de Ética conseguiram prati-camente dobrar sua produtividade,agilizando o trâmite dos processos éti-cos. Foram mantidas as audiências noshorários matutinos e vespertinos quandoforam agregados à Comissão de Ética dacidade de São Paulo farmacêuticos fun-cionários do CRF-SP que desempenhamestas atividades fora da jornada de tra-balho. Além disso, foram mantidas ascomissões éticas atuantes nas cidades deAraçatuba, Campinas, Fernandópolis,Marília, Piracicaba, Ribeirão Preto, SãoJosé do Rio Preto, Sorocaba, PresidentePrudente, São José dos Campos e Santos.

    A dinâmica implementada na rotinaadministrativa da Comissão de Éticadesde 2002 possibilitou que em todas asReuniões Plenárias fossem julgadosprocessos éticos, 824 no total, dobrandoa produtividade do Plenário e respon-dendo, assim, rapidamente às ações defiscalização que constatam a ausência doprofissional e outras irregularidades.

    Esse trabalho é comprovado através denúmeros. Foram 329 processos instaura-dos pela Diretoria do CRF-SP. Como jáfoi dito, 824 julgados, instalados 952processos éticos Disciplinares, 570audiências realizadas na cidade de São

    Paulo. O presidente do CRF SP, Fran-cisco Caravante Jr, se diz feliz com osresultados, mas quer ainda mais."Precisamos estudar a ética sob doisconceitos, o prático e o filosófico. Nãoadianta julgarmos um monte de proces-sos se não estivermos cientes do quequeremos como processo ético. Por issovamos promover reuniões éticas paravoltar nossa atuação para esse eixo",explica. Caravante afirma também que:"Nesse sentido, o investimento na reati-vação do conselho de presidentes das

    comissões de ética é fundamental paragarantir que o processo ético tenha argu-mento conceitual sólido e não seja ape-nas um procedimento mecânico, pro-posta que também foi defendida noSeminário de Diretrizes e Metas".

    Caravante diz ainda que diante das pro-postas estabelecidas nesse seminário, ascomissões de ética vão ter ainda maistrabalho. "Temos que tornar o trabalhoda ética ainda mais efetivo e para issoseguir e lutar pelo que foi estabelecidodurante o evento", salienta.

    FÓRUM BALANÇO ÈTICA

    Cobrando responsabilidadesAs comissões de ética tiveram no ano de 2003 um dos balanços mais

    positivos e produtivos desde seu início e querem ainda mais

    Edital de citaçãoNos termos do artigo 13 da Deliberação nº 118/2002, comunicamos que foi instauradoprocesso ético disciplinar contra o profissional abaixo arrolado, por possíveis infraçõesao Código de Ética (Resolução CFF 290/96).

    Profissional: U.G.A - R.G. nº 4.969.732 Artigo CE: 5º; 15, I,VII; 16, II, VII e 22, IISede: São PauloPrazo para defesa: 30/04/2004

    Após o prazo de defesa, o profissional estará sujeito aos efeitos de revelia, sendo-lhenomeado defensor dativo.

    Ética: Grupo já prepara medidas para 2004

    Edital de citaçãoNos termos do artigo 13 da Deliberação nº 118/2002, comunicamos que foi instauradoprocesso ético disciplinar contra os profissionais abaixo arrolados, por possíveisinfrações ao do Código de Ética (Resolução CFF 290/96).

    Profissionais: Carlos Márcio Braga, RG. nº: s/dCilene Fonseca de Moura L. Vilela , R.G nº 1543364

    Artigo CE: 5º; 15, I,VII; 16, II, VII e 22, I.Sede: São PauloPrazo para defesa: 07/05/2004

    Após o prazo de defesa, o profissional estará sujeito aos efeitos de revelia, sendo-lhenomeado defensor dativo.

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  • Muito se comenta e se ouve arespeito de equipes multidisci-plinares e da participação dofarmacêutico nesses grupos, mas o fato éque a reportagem da RF foi pesquisarsobre o assunto e encontrou poucas re-ferências que pudessem ajudar qualquerpessoa interessada a tirar dúvidas. Noentanto, farmacêuticos que trabalhamnessas equipes ajudam a esclarecer o pa-pel desse profissional.

    Sandra Brassica, farmacêutica que atuana equipe multidisciplinar de TerapiaIntensiva Pediátrica e Neonatal e peloBerçário do Hospital Universitário daUSP define como vantajosa o uso dediferentes profissionais no tratamento."A participação de profissionais comdiferentes formações contribui para umdiálogo, que reflete diferentes pontos devista, e que tem que ser analisados emconjunto para as tomadas de decisãomais satisfatórias ao paciente", salienta afarmacêutica.

    Sandra diz que o trabalho do farmacêu-tico clínico, que é realizado na unidadede internação, é de constante interaçãocom outros profissionais (médicos, en-fermeiros, nutricionistas, psicólogo,assistente social, fonoaudiólogo, fisiote-rapêuta) o que o torna multidisciplinar eainda mais efeitvo. "As equipes multidis-ciplinares promovem uma abordagemmais ampla dos casos tanto nos proces-sos diagnósticos como na terapêutica, oque pode resultar em maior agilidade efacilidade de resolução. Além disso, se

    ganha muito em termos de comunicaçãointerdepartamental e de conhecimento",afirma.

    Helen Harumi Miyamoto, farmacêuticaque também atua em equipes multidisci-plinares, trabalha no Hospital das Clí-nicas no grupo de Terapia Nutricional ena Comissão de Farmacovigilância. Paraela o farmacêutico tem papel fundamen-tal na Comissão de Farmacovigilância,pois todos os objetos de trabalho dessaequipe passam pelo medicamento."Temos o conhecimento para avaliar aprescrição do paciente quanto a inte-rações medicamentosas e efeitos cola-

    terais. Cada profissional contribui comseu valor, pois quando analisamos umevento, é importante ter uma idéia geralnão só do medicamento, mas tambémdo paciente", afirma.

    Quanto ao trabalho na equipe multidis-ciplinar de Terapia Nutricional (EMTM),Helen conta que há uma avaliação detodos os processos que envolvem a tera-pia nutricional parenteral desde aaquisição dos insumos até o acompanha-mento do paciente. "Trabalhamos cominterações medicamentos/alimentos, ana-lisando as melhores vias de administra-ção dos medicamentos", explica.

    A farmacêutica Nalu Cristina MasseiCanova atua na Saúde Pública, junto aoSUS. Ela conta que o farmacêutico atuaem todas as áreas possíveis dentro de seuâmbito. "Onde quer que o farmacêuticoatue, ele trabalha com equipes multidis-ciplinares, seja na assistência farmacêuti-ca, nas análises clínicas, nos laboratórios,na indústria ou em qualquer outra área".Ela salienta que o trabalho do farmacêu-tico nessas equipes vai além do medica-mento. "O medicamento é só uminsumo com o qual trabalhamos. Por trásdele há um quadro muito maior decoisas a serem analisadas", salienta. Naludisse também que existem falhas nessetipo de trabalho no país, principalmenteem âmbito municipal. "Muitos municí-pios acham que ter o medicamento já ésuficiente e não reconhecem o trabalhodo farmacêutico. No entanto, a atuaçãode equipes multidisciplinares traz resul-tados mais eficazes e de maior qualidadepara a saúde pública", acrescenta.

    Sandra lembra que é necessário terbom quadro de funcionários para umEquipe muldisciplinar. "Esta forma detrabalho é possível em instituições quecontam com um quadro adequado defarmacêuticos e outros profissionaisparamédicos. Em serviços que não con-tam com número satisfatório destesprofissionais, este tipo de atuação torna-se difícil", finaliza.

    FÓRUMATUAÇÂO

    Trabalho Coletivo

    As equipes multidisciplinares vem ganhando cada vez mais

    espaço em busca de maior agilidade e qualidade nos tratamentos

    Helen: papel fundamental na equipe

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  • Anuncio Pharmaceutical

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  • 28 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    Quando todos acredita-vam que o caso sobre aproibição de manipu-lação de algumas subs-tâncias teria acabadocom a RDC nº 354 da ANVISA, que dis-ciplinou o uso dessas substâncias, oassunto volta à pauta mais uma vez. OCentro de Vigilância Sanitária de SãoPaulo foi quem trouxe o tema para serdiscutido novamente. Em consultapública nº 001, o CVS propõe uma sériede novas normas para as farmácias doestado e para regulamentar a manipu-lação de medicamentos que contenhamsubstâncias de baixo índice terapêutico,baixa dosagem e alta potência como aclonidina, digoxina, varfarina, minoxidile prazosina e também a manipulação demedicamentos que contenham substân-cias de baixo índice terapêutico, altadosagem e baixa potência como o ácidovalpróico, aminofilina, carbamazepina,lítio, ciclosporina, clindamicina, clozapi-na, disopiramida, fenitoína, oxcarba-mazepina, primidona, procainamida,quinidina, teofilina e verapamil.

    Mas dessa vez, a lista de proibição nãose restringe somente às substâncias quetinham sua manipulação normatizadapela ANVISA através da Resolução354/2003. O CVS propõe ainda a proi-bição de manipulação de medicamentosque contenham substâncias altamentesensibilizantes como penicilínicos e cefa-losporínicos, além de antibióticos emgeral, hormônios e citostáticos e tambéma manipulação de medicamentos estéreis.

    A consulta pública foi realizada no dia20 de fevereiro desse ano e numprimeiro momento houve um prazo de30 dias para manifestação a respeito doassunto. O CRF SP, em conjunto comoutras entidades, entendendo que esseprazo era muito curto, conseguiu prorro-gação por mais 30 dias.

    O CRF SP promoveu diversas dis-cussões sobre a consulta publica com aparticipação das Comissões Assessorasde Farmácia e Farmácia Hospitalar, re-presentantes da ANFARMAG e de far-macêuticos que atuam no segmento demanipulação. Essas discussões mostra-ram que além do texto da ConsultaPública, os participantes estão preocupa-dos também com a saúde da populaçãoe o comprometimento em fornecer aosusuários medicamentos de qualidade."Não somos contra a Consulta Pública ea regulamentação, mas sim contra aproibição da manipulação e controle dedispensação apenas para as farmácias.Esse controle deve ser ampliado paratodos os locais que dispensam essasclasses farmacológicas", explica RodineiVieira Veloso, coordenador da comissãoassessora de farmácia do CRF SP.Veloso lembra ainda que essas proi-bições ferem o âmbito farmacêutico. ODecreto 85.878/81, que regulamenta oâmbito profissional farmacêutico, esta-belece que são atribuições privativas dosprofissionais farmacêuticos o desempe-nho de funções de dispensação oumanipulação de fórmulas magistrais efarmacopeicas. "O setor magistral foi

    ÃMBITO

    volta à pautaManipulaç

    Consulta Pública volta

    a propor a proibição de manipulação de

    algumas substâncias

    Veloso: Controle deve ser ampliado

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  • REVISTA DO FARMACÊUTICO 29

    regulamentado pela RDC 33/2000,definindo de forma clara as condiçõessanitárias dos estabelecimentos, aproibição fere nosso âmbito, dificulta aadesão a tratamentos em diversas situa-ções hospitalares, ambulatoriais. Seproblemas estão ocorrendo são pontuaise deveriam ser analisados dessa forma,pois esse é o histórico normalmenteadotado para outros casos semelhantes.O CRF-SP esta disposto a colaborar dis-ponibilizando inclusive sua infra-estrutu-ra para melhor acompanhamento detodo o setor farmacêutico ", argumentao vice-presidente do CRF SP, ÁlvaroFavaro.

    O coordenador da comissão de farmá-cia diz ainda que as discussões refletemtambém uma preocupação com a popu-lação. "Existem muitos medicamentosque a indústria não produz com as dosesespecíficas para cada paciente, quandonecessário. Isso obrigaria esses usuáriosa fracionar comprimidos, o que não éseguro. As fórmulas magistrais direcio-nam quantidades específicas a cadacaso", completa Veloso.

    Vale esclarecer que uma consulta públi-ca não necessariamente proíbe ou regulaalgo. Ela é uma discussão aberta que fazuma série de propostas e estabelece pra-zos para sugestões e críticas. Depoisdisso, discute-se essas sugestões e críti-cas. O texto final da consulta publica,como ou sem alterações em sua propos-ta original, dependendo aí das discussõesrealizadas, só passa a ter aplicação práti-ca depois que o CVS publicar portaria

    no Diário Oficial do Estado.Para que as propostas e sugestões oriun-

    das do CRF-SP reflitam o desejo dosfarmacêuticos de nosso Estado, énecessário que todos participem das dis-cussões e da construção desta proposta.Para contato mande seu e-mail paraSecretaria de Comissões Assessoras [email protected].

    CVS - O Centro de Vigilância Sanitáriado Estado de São Paulo (CVS-SP), órgãoque propôs e elaborou a consulta públi-ca nº 001, afirma que essa é uma medidanecessária e democrática. "A propostanasce da crescente demanda de ocorrên-cias, chegando até a óbitos, com pa-cientes usuários desses medicamentos,onde a dose máxima é muito próxima àdose tóxica", explica a diretora técnicada divisão de produtos relacionados àsaúde do CVS-SP, Silvia Maria deCarvalho Negrão. Ela afirma ainda queessas ocorrências têm atingido números"alarmantes" em São Paulo e mais aindano resto do país. A reportagem da RFsolicitou os números mencionados peloCVS, mas o órgão alega que só vai apre-sentar os dados para o grupo de dis-cussão técnica da consulta.

    Silvia diz que o CVS tem a intenção dediscutir o tema com o máximo de parti-cipantes possíveis. "A consulta pública éa forma mais democrática possível dediscussão. Queremos chegar a um con-senso com todos os órgãos e represen-tantes de classe para que a populaçãoseja beneficiada". Silvia salienta tambémque a manipulação não está sendo proi-bida. "Não estamos proibindo a manipu-lação, mas sim tentando diminuir osriscos a população. A proposta prevê aproibição de quatro grupos que não im-pedem a atuação do profissional", com-pleta.

    Quanto à ausência de alguns medica-mentos com dose específica para a po-pulação, Silvia conta que, após recebertodas as sugestões e propostas até o dia21 de abril, a discussão vai ser feita a par-tir de um grupo técnico formado porprofissionais de diversas entidades liga-das ao tema, como Anfarmag, CRF SP,entre outras. "Esse grupo vai discutirtanto a própria consulta com propostas e

    sugestões, quanto suas aplicações eimplicações". E completa: "Pretende-mos construir um modelo para as farmá-cias de manipulação que seja segurotanto para a população quanto para aprópria farmácia".

    No entanto, Favaro avalia que "osriscos inerentes à utilização dos medica-mentos citados na Consulta Pública, nãose restringem aos medicamentos mani-pulados, podendo originar-se em decor-rência da utilização destes medicamentosqualquer que seja a sua forma de apre-sentação e sua origem (manipulado ouindustrializado)", lembra. Ele acrescentaainda que todos os fármacos devem serprescritos e dispensados com a máximacautela. "Nenhum fármaco é isento dereações adversas, e o caminho para aminimização dos riscos na utilização demedicamentos se dá, através de con-troles efetivos da dispensação dessesmedicamentos em todos os tipos deestabelecimentos e da constante vigilân-cia do uso dos mesmos, além da efetivaverificação do cumprimento RDC033/00", acrescenta.

    ação

    Favaro: Controles efetivos na dispensação

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  • 30 REVISTA DO FARMACÊUTICO

    FÓRUMSOLIDARIEDADE

    OIV Encontro Paulista de Far-macêuticos que fez parte da se-mana em comemoração ao diado farmacêutico rendeu frutos que nãose restringiram a debates, cursos e pa-lestras. Dentro do evento os participan-tes doaram fraudas e leite em pó, queforam remetidos a uma instituição decaridade, a Fraternidade Irmã Clara.Raquel Delfini Rizzi, diretora tesoureirado CRF SP, esteve na instituição paraentregar as doações e ficou impressiona-da com a infra-estrutura montada em-baixo do viaduto Pacaembu. "Sem ne-nhuma ajuda oficial eles mantém umaestrutura bastante completa", salienta.

    A Fraternidade Irmã Clara (FIC) rece-beu cerca de oito caixas entre fraudas eleite em pó, mas isso é muito pouco

    perto do que gastam mensalmente man-tendo 37 portadores de paralisia cerebralem regime de internato e oito em regimede externato, que fazem uso do centro

    de recuperação. A faixa etária dos atendi-dos vai de cinco a 41 anos e segundo oadministrador da Fraternidade, ElviroLeal, o consumo mensal na instituiçãosupera 5.500 fraudas. "Os atendidostomam no mínimo dois banhos diários,além das trocas de fraudas feitas comfreqüência", explica. Reconhecida comoentidade filantrópica, sem fins lucrativos,a FIC, há quase 22 anos presta cuidadosterapêuticos e de reabilitação a criançascom paralisia cerebral.

    O espaço físico de 1.400 m2 abriga ointernato, o centro de reabilitação compiscina coberta e aquecida para ativi-dades de hidroterapia, salas de fisiatria,fisioterapia neuromotora e cardiorespi-ratória, terapia ocupacional e fonoaudio-logia, além da área de serviço social ecoordenação de voluntários. A FIC man-tém toda essa estrutura e profissionaisespecializados em cada uma dessas áreassomente com doações em dinheiro,doações de alimentos e roupas e tam-bém, através de bazares beneficentestodas as quartas-feiras e sábados.Para quem quiser conhecer um poucomais da FIC, basta acessar o site da insti-tuição (www.ficfeliz.org.br) ou atravésdo e-mail ([email protected]).

    Boa açãoAs doações de leite em pó e fraldas feitas por

    farmacêuticos durante a semana do farmacêutico já estãoentregues a uma instituição

    Doações: instituição recebe arrecadação feita na Semana do Farmacêutico

    Santos Creche Mundo da CriançaCampinas Casa da Criança Paralítica CampinasFranca Casa Maternal São Francisco de AssisBragança Paulista SAMA - Serviço Assistencial Médico Alimentar

    (Centro Filantrópico Educacional Vicente Filócomo)Bauru Sociedade de Proteção à Maternidade e à Criança Sorocaba Instituição Crianças de Belém Mogi das Cruzes Casa da Criança Fernandópolis AVCC ( Associação de Voluntário do Combate ao

    Câncer)Piracicaba Associação Assist. Social BetelMarília Juventude Católica de MaríliaSão José do R. Preto Lar São Vicente de Paulo de São José do Rio PretoPresidente Prudente Associação Assistencial Adolpho Bezerra de MenezesAraraquara Asilo de Mendicidade de Araraquara

    Vila Vicentina Obra Unida de São Vicente de PauloOrfanato Renascer

    Registro Casa da Criança Futuro Feliz - CRIFFJundiaí Casa Transitória Nossa Senhora Aparecida

    Lar Nossa Senhora das Graças Ribeirão Preto Cantinho do Céu Lar dos ExcepcionaisSão João da B. Vista Casa de Apoio ao Menor Irmã Dulce

    Outras entidades beneficiadas

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  • REVISTA DO FARMACÊUTICO 31

    Ograve problema dos medica-mentos piratas, comercializadosilegalmente em escala internacional,foi debatido no dia 09 de março porrepresentantes de entidades governa-mentais e civis ligadas à saúde e àdefesa do consumidor de todo o país,durante a oficina nacional "Preven-ção e combate à falsificação e fraudede medicamentos: uma responsabili-dade compartilhada". O evento reali-zado em Brasília é uma iniciativa con-junta da Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa) e da Orga-nização Pan-Americana da Saúde(Opas).

    Entre as principais estratégias discu-tidas durante o evento estão:

    Implementar um sistema integradode informação e divulgação, emâmbito nacional, com disponibi-lização de informações para osparceiros e a sociedade.Aperfeiçoar os mecanismos queassegurem a aplicação de puniçõesadequadamente, por meio do for-talecimento da regulação e o cum-primento da legislação.Assistência Farmacêutica: Fortale-cer a Assistência Farmacêutica,principalmente, a garantia da quali-dade dos medicamentos.Fortalecer o controle da cadeia for-mal de medicamentos com o cum-primento da legislação vigente.

    As propostas serão apresentadas aoFórum Nacional previsto para serrealizado ainda no primeiro semestrede 2004.

    NOTÍCIAS

    O exemplo da fiscalização

    No último dia 24 de março o ex-Presidente do Conselho Regionalde Farmácia do Estado de São Paulo(CRF SP) e atual Conselheiro Federalpor São Paulo, Dirceu Raposo de Mello,proferiu palestra de cerca de 60 minutospara o Plenário do Conselho Federal deFarmácia (CFF), na presença ainda deDiretores dos vários Conselhos Regio-nais de Farmácia do país, versando sobrea organização da fiscalização, seu cresci-mento e suas conquistas. "Este trabalhopode ser amplamente explanado graças àexperiência adquirida nos vários anos deatuação junto à Diretoria do CRF SP",comenta Raposo. Novamente o Conse-lheiro Federal fez um apelo ao Plenáriodo CFF a fim de que seja aprovada aremessa de recursos aos ConselhosRegionais para ampliação e capacitaçãodas fiscalizações nos Estados.

    SubstitutivoNa mesma ocasião, conforme propositu-ra do Conselheiro Federal por São Paulo,Dirceu Raposo, o Plenário do CFF con-vidou o Deputado Federal Ivan Valente -PT para debater a proposta de encami-nhamento para votação de seu substitu-tivo ao projeto de lei da senadoraMarluce Pinto.Ao final dos debates, o Plenário aprovoua criação de uma comissão compostapelos farmacêuticos Dirceu Raposo deMello - Conselheiro Federal por SãoPaulo, José Miguel do NascimentoJúnior, presidente do CRF-SC, ArnaldoZubioli - Assessor do CFF e Nara Luizade Oliveira, presidente do CRF-GO, quefarão gestões junto aos parlamentares doCongresso Nacional objetivando enca-minhar para a votação o substitutivo doDeputado Ivan Valente.

    HistóriaPara os que não se lembram, a ex-senadora Marluce Pinto, do Acre, pro-pôs em 1994 um Projeto de Lei dizendoque na Farmácia de Manipulação, obri-gatoriamente o Responsável Técnico(RT) teria que ser um farmacêutico, já

    nas drogarias ou ervanários o RT pode-ria ser o oficial, o auxiliar ou o prático defarmácia desde que comprovassem for-mação profissional ou tempo de serviço.Sua alegação era que não havia farma-cêutico suficiente para cobrir todos osestabelecimentos e que a drogaria so-mente dispensava medicamento, pois oRT pela produção era o que constava naembalagem do produto industrializado.O deputado Ivan Valente foi relator doProjeto de Lei da senadora na Comissãode Defesa do Consumidor. Depois deidas, vindas e várias discussões ele apre-sentou um substitutivo que, na época,refletia o que o CRF-SP queria para acategoria. O texto do substitutivo prevêque farmácia/drogaria só poderá ser depropriedade de farmacêutico, porém hátodo um respeito ao direito adquirido eprazos para adequação. Ele prevê tam-bém assistência integral que deveria seratingida aos poucos. Após quase seteanos pronto, essa parte já se encontradefasada, pois já passamos pela fase deadequação e estamos a quase dois anosexigindo a assistência integral.Todos os projetos de lei que tratam daalteração da lei 5.991/73 foram anexa-dos ao PL de Marluce Pinto e ao substi-tutivo. No entanto, o deputado Aris-todemo Pinotti, propôs a pouco umoutro projeto de lei que versa sobre omesmo tema e que ano passado era co-nhecido como proposta da Anvisa e queé muito parecido ao substitutivo deValente, mas não foi anexado aos de-mais. Este projeto tramita hoje naComissão de Indústria e Comércio daCâmara e na última audiência públicasobre o mesmo, no fim do ano passado,Dirceu Raposo, Ivan Valente e o RodineiVeloso, coordenador da Comissão deFarmácia estiveram presentes. Nestadata Valente disse que iria conversar como Presidente da Câmara Deputado JoãoPaulo, para que seu substitutivo fossecolocado em votação, uma vez que estápronto.

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