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Cuidados Cardiológicos no Idoso CREMESP – Saúde do Idoso Henrique I. A. Ebaid II Diretrizes Brasileiras em Cardiogeriatria. Arq Bras Cardiol 2010;95(3 supl. 2):1-112

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CREMESP – Saúde do Idoso Henrique I. A. Ebaid. O diagnóstico e tratamento de pacientes idosos com doença cardiovascular apresentam distinções importantes. Na anamnese diminuição de sensibilidade dolorosa, - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: CREMESP – Saúde do Idoso Henrique I. A. Ebaid

Cuidados Cardiológicos no Idoso

CREMESP – Saúde do IdosoHenrique I. A. Ebaid

II Diretrizes Brasileiras em Cardiogeriatria. Arq Bras Cardiol

2010;95(3 supl. 2):1-112

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O diagnóstico e tratamento de pacientes idosos com doença cardiovascular apresentam distinções importantes.

Na anamnese ◦ diminuição de sensibilidade dolorosa, ◦ déficit de memória e de audição, dificultando a

compreensão das questões formuladas, com menor precisão das informações

◦ omissão ou desvalorização ou hipervalorização dos sintomas

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Introdução

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O exame físico◦ estase jugular que é característica de ICC no idoso pode ser:

vasos tortuosos ateroscleróticos ou compressão venosa pelo arco aórtico alongado.

◦ estertores pulmonares atelectasia ou doença pulmonar obstrutiva crônica.

◦ hepatomegalia diafragma rebaixado secundário à doença pulmonar obstrutiva

crônica;◦ edema

por insuficiência venosa, ação gravitacional ou compressão extrínseca por tumor.

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Introdução

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O tratamento medicamentoso no idoso◦ farmacocinética e a farmacodinâmica ◦ alterações em sua distribuição, metabolização e

eliminação◦ ação e efeito no organismo ◦ adequação das doses ◦ uso de maior número de fármacos apresentando

interações medicamentosas, exigindo atenção na prescrição terapêutica.

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Introdução

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Recentemente, a discussão sobre fator de risco e prevenção de aterosclerose em idosos seria considerada não procedente.

A aterosclerose ◦ processo inexorável associado ao envelhecimento, ou melhor,

como consequência do envelhecimento. Acreditava-se que o controle dos fatores de risco

◦ menor ou pouca importância no idoso◦ octogenários, dúvida no tratamento para dislipidemia,

tabagismo, hipertensão, sedentarismo e outros. Tal conceito foi modificado por diversos estudos

clínicos, que demonstraram que os fatores de risco devem ser controlados também nessa faixa etária.

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Introdução

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Individualizar a meta de controle glicêmico baseado na expectativa de vida

Hipoglicemia é mais frequente e mais grave na população idosa.

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Fatores de Risco Cardiovascular Diabetes

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Mudança de estilo de vida-controle de fatores de risco:◦ aconselhamento nutricional, controle de peso, prática

de exercício físico e controle rigoroso de fatores de risco, tais como hipertensão arterial e dislipidemia

Controle da glicemia para prevenir◦ complicações dependentes da microcirculação ◦ diminuir a mortalidade cardiovascular

Meta de HbA1c:◦ < 7% para idosos saudáveis◦ 8% para idosos frágeis ou expectativa de vida < 5 anos

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Fatores de Risco Cardiovascular Diabetes

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Ocorre alterações anatômicas e fisiológicas num processo acumulativo◦ disfunção endotelial, aumento da adesividade

plaquetária, diminuição do HDL-colesterol e aumento do LDL-colesterol, entre outras alterações.

Questionada por alguns estudos iniciais, que sugeriram que tal risco diminuía acentuadamente conforme o indivíduo envelhecia, porém estudos posteriores demonstraram que o efeito do tabagismo perdura no envelhecimento

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Fatores de Risco Cardiovascular Tabagismo

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Recomendações: O tabagismo é fator de risco modificável para

doenças cardiovasculares em idosos e seu abandono é indicado.

A utilização de abordagem multidisciplinar, com o método dos 4 “A”: Averiguar (ask); Aconselhar (advise); Ajudar (assist); e Acompanhar (arrange follow up).

Adesivos transdérmicos ou goma de mascar de nicotina/bupropiona podem ser utilizados para interrupção do tabagismo.

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Fatores de Risco Cardiovascular Tabagismo

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Recomenda-se adotar como critérios diagnósticos em idosos:◦ Peso Normal: IMC 18,5-27; ◦ Sobrepeso: IMC > 27-29,9; ◦ Obesidade: IMC >30; ◦ Circunferência abdominal: 102 homens e 88 mulheres;

◦ Relação cintura-quadril: homens > 0,99 cm; mulheres

>0,97 cm. 2) Dieta hipocalórica e exercício físico precedido

por avaliação médica para perda de peso 

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Fatores de Risco Cardiovascular Obesidade

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Sedentarismo em idosos pode ser caracterizado por atividades com duração inferior a 150 minutos por semana.

  Recomendações: Recomenda-se exercício físico. Avaliação pré-exercício: Exame clínico e

eletrocardiograma Ecocardiograma, teste de esforço ou

cintilografia miocárdica em paciente de médio risco ou em exercício moderado a intenso

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Fatores de Risco Cardiovascular Sedentarismo/Atividade física

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Meta de LDL-c em idosos com um fator de risco: ≤ 130 mg/dL Nível de LDL-c para modificação de estilo de vida, com tratamento

farmacológico opcional: 130-159 mg/dL. Nível de LDL-c para modificação de estilo de vida e tratamento

farmacológico: ≥ 160 mg/dL. Meta de LDL-c em idosos de alto risco: ≤ 100 mg/dL Idoso de alto risco é identificado pela presença de múltiplos FR Meta de LDL-c em idosos de risco muito alto ≤ 70 mg/dL Idoso de risco muito alto é identificado pela presença de DAC

associada a um ou mais fatores de risco de difícil correção, como diabetes ou tabagismo; ou com síndrome coronária aguda: ◦ Nível de LDL-c para modificação de estilo de vida, com tratamento

farmacológico opcional: 70-99 mg/dL.◦ Nível de LDL-c para modificação de estilo de vida e tratamento: ≥ 100 mg/dL.

Meta de HDL-c: > 40 mg/dL. Meta de trigliceridíos: ≤ 150 mg/dL.

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Fatores de Risco Cardiovascular Dislipidemia

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Ultrassonografia das artérias carótidas ◦ obstrução da carótida acima de 50% determina

aterosclerose significativa e, portanto, alto risco de eventos coronários

Escore de cálcio◦ O Escore zero associa-se à possibilidade nula da

ocorrência de evento. ◦ Se o escore de cálcio for acima >400, o paciente deve

ser considerado alto risco e tratado agressivamente Índice tornozelo-braquial –

◦ Índice tornozelo-braquial < 0,9 associa-se a maior risco de complicações cardiovasculares, como morte e infarto do miocárdio.

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Fatores de Risco Cardiovascular Pesquisa Aterosclerose Subclínica

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Fatores de Risco Cardiovascular Pesquisa Aterosclerose Subclínica

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Fatores de Risco Cardiovascular Pesquisa Aterosclerose Subclínica

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Aneurisma de aorta abdominal – ◦ alta probabilidade de doença aterosclerótica em outros territórios,

particularmente coronárias. ◦ ultrassom de abdome.

exame clínico sugestivo de aneurisma da aorta abdominal e a cada 5 anos para: (1) todos os homens entre 60-85 anos; (2) mulheres

de 60-85 anos com FR cardiovascular; (3) homens ou mulheres acima de 50 anos com história familiar de aneurisma de aorta abdominal

PCR alta sensibilidade: ◦ preditoras de eventos coronários na síndrome metabólica,

diabetes, síndromes coronárias agudas e pós-revascularização do miocárdio.

◦ útil em pacientes de risco intermediário (escore de Framingham entre 10%-20%) nos quais haja incerteza quanto ao uso de terapias, como estatina ou aspirina, para melhorar a estratificação em categoria de risco maior ou menor

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Fatores de Risco Cardiovascular Pesquisa Aterosclerose Subclínica

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Fatores de Risco Cardiovascular Pesquisa Aterosclerose Subclínica

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Prevalência de hipertensão arterial entre idosos brasileiros é 65%, Nas mulheres com mais de 75 anos a 80%. A hipertensão sistólica é mais frequente . Seguimento médio de 5 anos, após redução de 12 a 14 mmHg da

pressão arterial sistólica e de 5 a 6 mmHg da pressão arterial diastólica◦ redução média de 34% de acidentes vasculares cerebrais, ◦ 19% de eventos coronarianos◦ 23% nas mortes vasculares.

Em pacientes acima de 80 anos com pressão arterial sistólica acima de 160 mmHg, após redução de 12-15 mmHg na pressão sistólica◦ redução de 30% em acidentes vasculares cerebrais◦ redução de 23% de mortes cardiovasculares comparado com o grupo controle.

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HAS

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Classificação brasileira diagnóstica da hipertensão arterial

PAD em mmHg PAS em mmHg Classificação <80 <130 Normal 85-89 130-139 Normal limítrofe 90-99 140-159 Hipertensão estágio 1 100-109 160-179 Hipertensão estágio 2 >110 >180 Hipertensão estágio 3 <90 >140 Hipertensão sistólica isolada

Quando a PAS e PAD situam-se em categorias diferentes, o paciente deve ser classificado pela mais alta.

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HAS

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HAS

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Lesões em órgãos-alvo da hipertensão arterial Coração

◦ Hipertrofia do ventrículo esquerdo◦ Angina do peito ◦ Insuficiência cardíaca

Encéfalo◦ Acidente vascular cerebral◦ Isquemia cerebral transitória◦ Alterações cognitivas ou demência vascular

Rins◦ Perda de função renal◦ Proteinúria (>300mg/24h)

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HAS

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Lesões em órgãos-alvo da hipertensão arterial Vasos

◦ Doença vascular arterial de extremidades◦ Retinopatia hipertensiva

Marcadores de lesão subclínica de órgãos alvo:◦ Microalbuminúria (índice albumina/creatinina em amostra isolada

de urina ou urina de 24h)◦ Parâmetros ecocardiográficos: remodelação ventricular, função

sistólica e diastólica◦ Aumento da espessura do complexo médio-intimal da carótida ou

placa◦ Determinação da rigidez arterial através da velocidade de onda de

pulso◦ Índice tornozelo-braquial < 0,9◦ Função endotelial

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HAS

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Tratamento Não Medicamentoso e Mudança no Estilo de Vida

Moderar ingestão de sódio de 4-6 g / dia: pode reduzir PA sistólica em 5 a 7 em mmHg e diastólica em 2 a 7 mmHg. ◦ Evita-se redução drástica no sal para que o idoso não diminua sua

alimentação, com consequente desnutrição. Moderar ingestão de álcool ao limite máximo de 30 ml/ dia

para homens e 15 ml para mulheres.◦ Redução de álcool pode reduzir a PA em 5 mmHg em 3 semanas.

Reduzir peso corporal: a expansão do volume plasmático, resistência à insulina, hiperinsulinemia, estímulo ao sistema nervoso simpático, estimulação do sistema reninaangiotensina- aldosterona são ações da obesidade sobre o organismo.◦ Perda de 5 kg pode reduzir 5 mmHg na PA sistólica.

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HAS

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Tratamento Não Medicamentoso e Mudança no Estilo de Vida

Praticar atividade física: o exercício regular e aeróbico pode reduzir a PA, ◦ diminuição da atividade simpática,◦ 6 a 11 mmHg em hipertensos◦ 4 mmHg em normotensos.◦ caminhada de 30 a 60 minutos, 5 vezes por semana. ◦ 2 semanas de interrupção da atividade física, os efeitos benéficos sobre a

PA desaparecem. Ingerir quantidades adequadas de frutas, verduras, legumes,

cereais, azeite oliva, leite e derivados desnatados, ricos em potássio, magnésio, cálcio e fibras reduzem a PA.

Suspender o tabagismo: reduz alterações endoteliais que interferem na PA.

Identificar o uso de todos os fármacos pois alguns elevam a PA II Diretrizes Brasileiras em

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HAS

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HAS -medicamentos

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HAS

Esquema para início de tratamento no idoso hipertenso.

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