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REENCONTRO COM BONADEI

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Rita Demarchi

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmila Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Reencontro com Bonadei / Instituto Arte na Escola ; autoria de Rita Demarchi ;

coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo : Insti-

tuto Arte na Escola, 2005.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 5)

Foco: FC-10/2005 Forma-Conteúdo

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-98009-06-7

1. Artes - Estudo e ensino 2. Artes - Forma 3. Arte Moderna - São Paulo

4. Moda 5. Bonadei, Aldo I. Demarchi, Rita II. Martins, Mirian Celeste III.

Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

DVDREENCONTRO COM BONADEI

Ficha técnica

Gênero: Documentário a partir de depoimentos de artistas eda crítica.

Palavras-chave: Forma; composição; figurativo; abstração;modernismo brasileiro.

Foco: Forma-Conteúdo.

Tema: O trabalho deste artista, focalizando sua história, suasobras e a pesquisa em pintura que dialoga com a figuração ea abstração, bem como o envolvimento com figurinos e moda.

Artistas abordados: Aldo Bonadei, Norberto Nicola, CarlosScliar, Pedro Alexandrino, Clóvis Graciano, Alfredo Volpi,entre outros.

Indicação: A partir da 5ª série do Ensino Fundamental e En-sino Médio.

Direção: Sarah Yakhni.

Realização/Produção: Rede SescSenac de Televisão, São Paulo.

Ano de produção: 2001.

Duração: 23´.

Coleção/Série: O mundo da arte.

SinopseMesclando depoimentos de amigos artistas, comentários deuma crítica de arte e da narradora, o documentário apresenta,em três blocos, obras de Bonadei em diversos estilos e lingua-gens, com ênfase na pintura. Também são mostrados trabalhosde figurino e moda, anotações escritas, intercaladas com fotosdo artista e imagens de São Paulo no início do séc. 20. No pri-meiro bloco, são destacadas a história, formação artística einfluências de Bonadei, desvelando as idas e vindas entre a fi-

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guração e a abstração. No segundo bloco, são focalizados oGrupo Santa Helena e a Família Artística Paulista e evidencia-da a experimentação constante. O enfoque sobre o seu pro-cesso de construção abre o último bloco que apresenta e ana-lisa pinturas e outras técnicas como cerâmica e gravura.

Trama inventivaOnde se vê a forma, lá está o conteúdo. Kandinsky discute essaquestão de modo certeiro. Para ele, “a forma é a expressão ex-terior do conteúdo interior”1 . A forma visual – linhas, volumes,cores,... e suas relações compositivas – é o meio pelo qual o artistadá ressonância, nos materiais, à sua idéia/pensamento e à emo-ção que quer expressar. A forma conjuga-se com a matéria pormeio da qual se exprime, ligada aos significados que imprimemcada artista, período ou época. Forma e conteúdo são, assim,intimamente conectados, inseparáveis, imantados. Aproximaçãodeste documentário ao território Forma-Conteúdo da cartografiaoferece acesso a vias de compreensão para além do olhar ana-lítico que separa a forma estética do conteúdo tematizado.

O passeio da câmera

O documentário apresenta a trajetória poética do artista, quepropõe diálogos entre a linguagem figurativa e a abstrata napintura. Sua principal busca parece ser a composição dos ele-mentos visuais como elaborada construção. A diversidade es-tética das obras mostradas no documentário e os comentáriosdo amigo artista Norberto Nicola e da crítica de arte LisbethRebollo Gonçalves reforçam o aspecto de que não há “fases”delimitadas em sua trajetória. A escolha de Lisbeth para traçaro percurso poético do artista não foi ao acaso, pois sua pesqui-sa de mestrado2 é baseada no artista e resultou no livro Aldo

Bonadei: o percurso de um pintor.

Outro aspecto ressaltado é o do artista-pesquisador, que estu-da a composição, as formas, as linhas, os planos, as cores etambém diferentes linguagens. Insere elementos de sua expe-

material educativo para o professor-propositor

REENCONTRO COM BONADEI

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riência cotidiana à sua criação. Pesquisador que reflete, fazanotações em cadernos, busca informação erudita, estuda naEuropa e se une a grupos de artistas.

Pesquisador incansável. O trabalho plástico e as citações doartista o indicam como um ser que está sempre em busca, queexperimenta e constrói o seu próprio caminho: paisagens urba-nas e suburbanas; casarios que vão se geometrizando, refle-tindo as transformações da cidade de São Paulo; naturezas-mortas de inspiração cubista e abstrata.

As relações do modernismo brasileiro com o cubismo, movimen-to europeu que rompe com a representação realista, pode serum dos focos de história da arte a serem trabalhados a partirdo documentário. Outra possibilidade é a de se estudar o Gru-po Santa Helena e a Família Artística Paulista na consolidaçãodo modernismo no Brasil.

Assim, são várias as proposições pedagógicas possíveis, en-volvendo os focos: Forma-Conteúdo (temáticas figurativas enão-figurativas, elementos da visualidade e sua composição);Processos de Criação, incluindo a viagem de estudos, o diálo-go entre música e pintura e entre as artes plásticas e literárias;Linguagens Artísticas tradicionais (pintura, desenho, gravura)e convergentes (no caso, figurino de teatro e cinema e moda);além dos Saberes Estéticos e Culturais (a história da arte edas questões do mercado de arte) – questões teóricas e práti-cas pontuadas no documentário que podem despertar para umapesquisa significativa.

Sobre Aldo Bonadei(São Paulo/SP, 1906 – São Paulo/SP, 1975)

Mas houve um Bonadei que pintava e bordava roupas para sobrevi-

ver. Houve um Bonadei italiano que pintou Florença, e outro de

Moema, que pintava paisagens ao ar livre, e um outro mais, o Bonadei

da Rua da Abolição. Houve também um Bonadei que pintava formas

musicais. Houve ainda um outro, o pintor abstrato. Houve um Bonadei

poeta e um Bonadei amante (este talvez fosse o mais secreto dos

Bonadeis). Todos eles pungentes, fortes e generosos...

Emanuel Araújo

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Desde cedo, Aldo Bonadei trabalha na oficina de costura e borda-do da família, em São Paulo, fato que exerce grande influência emsua carreira artística. O gosto pelo artesanal se reflete na pesqui-sa de composição e procedimentos, no feitio de suas próprias telas,nos bordados em roupas e na elaboração de figurinos.

As impressões e transformações de São Paulo, cidade em

que nasce e vive praticamente toda a sua vida, marcam os

seus temas. Aos 16 anos já pinta como autodidata e inicia oaprendizado de técnicas de desenho com Pedro Alexandrino,importante mestre acadêmico. Depois freqüenta o curso dedesenho e artes no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.

Após retornar de uma viagem de cerca de um ano a Florença,onde estudou na Academia de Belas Artes, Bonadei se integraem São Paulo ao Grupo Santa Helena, que começa a se formara partir de 1934, na antiga Praça da Sé/SP. Em meio às trans-formações sociopolíticas da Revolução de 1930, nasce o grupoconstituído por Alfredo Rullo Rizzotti, Alfredo Volpi, ClóvisGraciano, Fulvio Pennacchi, Humberto Rosa, Manoel Martins,Mário Zanini e Rebolo Gonsales que representa um marco nahistória da arte no Brasil, na década de 30. Promovem trocamútua de conhecimentos técnicos de pintura, sessões de mo-delo vivo e excursões aos arredores da cidade para pintar ao arlivre. Livres dos padrões acadêmicos, mas ainda valorizan-

do a figuração e o apuro técnico, esses artistas de origem

humilde trabalham relativamente afastados do meio artís-

tico da época, o que leva Mário de Andrade a chamá-los de

“artistas proletários”. O impulso à pesquisa erudita e ex-

perimentação faz com que Aldo se destaque no grupo.

Com a dissolução do grupo Santa Helena, alguns de seus com-ponentes se juntam à Família Artística Paulista, uma associa-ção com maior visibilidade, fundada por Rossi Osir e Waldemarda Costa. Participam, também, Anita Malfatti, CandidoPortinari, Bruno Giorgi, Carlos Scliar, Ernesto De Fiori, entreoutros. Continuam as preocupações estéticas e do ofício que,apesar das influências modernistas, não rompem com a tradi-ção técnica da pintura.

material educativo para o professor-propositor

REENCONTRO COM BONADEI

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Em 1939, com o falecimento de seu pai, a dedicação do artistaà arte teve que dividir espaço com a oficina da família. Lecionana Escola Livre de Artes Plásticas. Dedica-se à atividade defigurinista de teatro e cinema e desenhista de moda.

Participa do grupo Cultura Musical, criado pelo psiquiatra

Osório César, que promove reuniões de artistas, e estes

criam pinturas a partir de anotações sobre músicas. Paraos críticos Mario Schenberg e Lisbeth Rebollo Gonçalves, es-tes trabalhos fazem de Bonadei um dos pioneiros da arte abs-trata no Brasil.

Os olhos da arteArte é trabalho. As pessoas que jamais sentiram, compreenderam e expe-

rimentaram isso não podem opinar nas questões que a arte apresenta.

Etienne Souriau

Na filosofia da arte, a estética, há uma discussão bastanteimportante sobre o fazer artístico poder ser embasado no con-ceito de “arte como trabalho de construção”, tratado por filó-sofos como Pareyson (1984), Souriau (1973) e Bosi (2003).

Alfredo Bosi3 destaca o valor do trabalho em arte e atraçãoentre a capacidade de dar forma e a perícia artesanal: “Nopintor, trabalham em conjunto a mão, o olho e o cérebro”. Noúltimo bloco do documentário, na análise de uma obra, a com-posição abordada se estrutura em dois “x” e o esquema decores utilizado configura a roda de cores, desvelando a cria-ção em fusão da mão, do olho e do cérebro de Bonadei. Formae conteúdo enlaçados evidenciam o arcabouço da própria lin-guagem das artes plásticas.

Bonadei exemplifica bem o artista trabalhador, pesqui-

sador, cuja dedicação é notada tanto nos trabalhos, in-

dividualmente, quanto na busca de uma poética pesso-

al, um caminho próprio, ao longo da vida. O mesmo podeser dito de seus companheiros de ofício e de Cézanne, umade suas referências.

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Toda esta experiência do domínio técnico dos materiais e davisualidade serviu de base sólida para que Bonadei partisse paraa exploração dos diálogos entre a função da figuração e a fun-ção da abstração. A especialista Lisbeth Rebollo Gonçalvescomenta, no documentário, que essa seria a grande questãoda história da arte ocidental na primeira metade do século 20 eque, a seu ver, o artista encontrou no cubismo um ponto de equi-líbrio entre as duas funções.

O cubismo está entre ascorrentes européias devanguarda que influencia-ram fortemente o moder-nismo brasileiro. Explora adecomposição dos objetosem seus princípios geomé-tricos: poliedros, cubos, ci-lindros, esferas e a compo-sição desses objetos noespaço. O movimento ini-ciado em Paris, nos anos10, por Picasso e Braque,fortemente influenciadospela obra de Cézanne, re-presenta uma grande rup-tura com os ideais acadê-micos. Segundo Argan4 : “afinalidade era transformar

o quadro numa forma-objeto que possuísse uma realidade pró-pria e autônoma. Diante do quadro, não é mais necessário per-guntar o que representa, mas como funciona”.

O figurativismo cubista marca uma fase de experimentação evalorização da forma em si e de seus múltiplos arranjos. A formapassa a ser reconhecida como forte conteúdo. Onde se vê a for-ma, lá está o conteúdo.

A compreensão dos elementos visuais e sua composição, as-sim como o tratamento dado ao tema-assunto, amplia a per-

Aldo Bonadei

Natureza-morta com flores, 1940

Óleo s/tela, 111 x 80,5 cm.

material educativo para o professor-propositor

REENCONTRO COM BONADEI

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cepção sobre as questões relativas à forma e ao conteúdo. Oolhar cubista ensina que:

Os planos e as linhas, as zonas de cor, os perfis ou os pedaços de

figura ou de objeto ordenados na tela se aproximam ou se afastam

sob os fatores ópticos perceptivos da distância ou da vizinhança,

da simetria, do contraste ou da semelhança, da direção ou do mo-

vimento, num jogo permanente de combinações formais, indepen-

dentemente de qualquer subordinação ao objeto ou ao assunto-

tema do quadro.5

A forma conjuga-se com amatéria por meio da qualse exprime e a natureza-morta, como um exemplo,se torna um motivo inspi-rador no jogo complexo derelações compositivas.Jogo que se aproxima darealidade aparente e daspresunções representati-vas, ou as abandona, as-sumindo uma naturezamais conceitual do queperceptiva. É esse o jogoque Bonadei põe em vigor.

O aprofundamento acercada linha, superfície, volu-me, luz, cor; a composiçãodesses criando equilíbrio,tensão e ritmo; as relações entre figurativo e não-figurativopermitem perceber a infinidade de possibilidades e a densida-de de conteúdos expressos pela forma.

O passeio dos olhos do professor

Convidamos você a ser um leitor do documentário, antes doplanejamento de sua utilização.

Na primeira vez, procure assistir ao documentário de uma ma-neira descompromissada. Livre de preocupações, com a per-

Aldo Bonadei

Natureza-morta, 1973

Óleo s/tela, 162 x 130 cm.

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cepção aguçada, você estará mais aberto para as primeiras im-pressões, que são únicas. Pode ser bastante interessante irfazendo, durante o documentário, ou no final, anotações livrese poéticas usando palavras, cores, formas...

Nossa sugestão é que essas anotações livres marquem o início deum diário de bordo, como um instrumento para o seu pensar pe-dagógico, durante todo o processo de trabalho junto aos alunos.

Se puder, assista ao documentário mais de uma vez. Agora, quea sua sensibilidade já se apropriou de muitos elementos, vocêestará aquecido e pronto para pensar sobre as possibilidadesde trabalho com os seus alunos, a partir do documentário.

Segue uma pauta do olhar que poderá ajudá-lo:

O que o documentário desperta em você? O que mais lhe cha-ma a atenção?

Como as circunstâncias da vida de Bonadei interferiram em suaobra? É possível perceber um percurso? Quais trabalhos podemexemplificar suas diversas pesquisas?

De que maneira ele incorpora elementos de seu cotidiano à cri-ação plástica?

Sobre o documentário: o que o caráter de documentário des-perta em você? A divisão em blocos poderia ser aproveitada nasala de aula? De que modo?

O documentário lhe faz perguntas? Quais?

Você sente necessidade de pesquisar sobre algum assunto para melhorcompreender ou aprofundar conteúdos abordados no documentário?

O que você imagina que seus alunos gostariam de ver nodocumentário? O que causaria atração ou estranhamento?

Para você, qual foco de trabalho pode ser desencadeado partin-do do documentário?

Reveja suas anotações, questões e reflexões. Elas revelam o seumodo peculiar e criativo de analisar o documentário. A partir delas,qual o foco você escolheria para trabalhar com os seus alunos? Quaisquestões você colocaria em uma pauta do olhar dirigida a eles?

material educativo para o professor-propositor

REENCONTRO COM BONADEI

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Percursos com desafios estéticosNo mapa, é possível visualizar diferentes trilhas que conduzemao foco Forma-Conteúdo. Dentro de uma vasta gama de pos-sibilidades, com sensibilidade e invenção, é você quem esco-lherá como montar o percurso e a maneira de trabalhar comseus alunos.

O passeio dos olhos do aluno

A seguir, elencamos algumas possibilidades de desencadear oinício do trabalho. Faça sua escolha, reinvente, transforme,adapte à sua realidade:

Antes dos alunos assistirem ao documentário, peça para quetragam recortes de revista e jornal com fotos da paisagemde sua cidade. É interessante que haja diversidade nas cons-truções e habitações: casas, edifícios, fábricas, praças, etc.Essas imagens podem ser fotocopiadas em preto e brancoe, se for o caso, você poderá ampliá-las até o tamanho A4ou A3. Sobre a cópia, com caneta hidrográfica e sem régua,os alunos poderão ressaltar as formas geométricas encon-tradas, buscando uma síntese. Depois, transfira essaestilização para outra folha de papel, colorindo livremente(se for usar tinta, o papel deverá ser encorpado). Exponhaos trabalhos para a apreciação coletiva, comparando-os comas fotos e busque problematizar, por exemplo, por meio dasseguintes questões: é possível reconhecer os locais? Quala diferença entre as duas linguagens? Como elas trabalhamcom a realidade?

Em seguida, por meio da exibição do primeiro bloco dodocumentário, os alunos serão convidados a conhecer umpouco sobre o trabalho de um artista que retratou a cidadede diversas maneiras.

A natureza-morta pode ser um pretexto para criar uma composi-ção e preparar os alunos para ver o documentário. Antes de o as-sistirem, distribua aos alunos um recorte de papel colorido, com a

qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpa

potencialidade da pintura,técnica e procedimentos

papel, tela, sisal, fabricação artesanal

suportes

natureza da matéria

procedimentos

matérias não convencionais

Materialidade

ndo

Forma - Conteúdo

elementos davisualidade

forma orgânica egeométrica, cor,relações entre cores,disco de Newton

relações entre elementosda visualidade

composição,conjunto

temáticas

figurativas: paisagem urbana,natureza morta, composições híbridas;não-figurativas; abstração informal, abstração geométrica

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte

psicologia da arte

estética e filosofia da arte

cubismo, arte abstrata, modernismo brasileiro,Grupo Santa Helena, Família Artística Paulista

sociologia da arte mercado da arte

gestalt, percepção visual

arte como trabalho e construção

Linguagens Artísticas

artesvisuais

teatro

cinema

música

meiostradicionais

pintura, gravura, cerâmica,desenho

cinema brasileiro

música instrumental

figurino (de teatro e cinema), moda, ilustração

linguagensconvergentes

literatura

poesia, literatura

Processo deCriação

ação criadora poética pessoal, domínio técnico,percurso de experimentação

viagens de estudo,filiação a grupos de artistas

ambiência do trabalho

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forma estilizada de algum elemento da natureza morta, porexemplo: garrafa, prato, copo, fruta. Peça aos alunos que,partindo desse elemento, produzam uma natureza mortacom recortes de papel colorido. Um desafio interessante érecortar todos os elementos e movê-los, produzindo diver-sos arranjos, antes de escolher a sua composição definitivae colá-los sobre o papel (o suporte deverá ser um papel en-corpado, que poderá ser branco ou colorido).

Exponha os trabalhos para a apreciação coletiva. Atente paraa interação que se estabeleceu entre as figuras e o fundo,e faça observações sobre a diversidade de composições quesurgiram. Agora, os alunos estarão bastante sensíveis paraassistir à terceira parte do documentário, que comenta acomposição de uma natureza-morta de Bonadei.

Outra possibilidade é enfatizar como o contexto e as circuns-tâncias da vida do artista o influenciaram e deixaram mar-cas materiais na sua obra. Você pode oferecer uma pautado olhar a seus alunos, antes deles assistirem ao primeiro esegundo blocos do documentário. Seguem exemplos de al-gumas questões que poderão ser abordadas:

Como era a cidade de São Paulo na infância e juventudedo artista? Isso aparece em seus trabalhos?

É possível ver as transformações da cidade em sua obra?

Onde aparece a influência do negócio da família? ComoBonadei se aproveitou de materiais da sua realidade?

Como o artista aproveita sua criatividade e habilidadeartesanal para outras atividades, além da pintura?

Ao assistir ao documentário, cada aluno poderá fazer suasanotações individualmente. Depois, poderá discutir em gru-pos pequenos e, por fim, é possível que as respostas sejamsocializadas e problematizadas. Se quiser, você pode refor-çar algumas imagens, exibindo novamente trechos dodocumentário.

material educativo para o professor-propositor

REENCONTRO COM BONADEI

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As sugestões acima podem inspirar outras que procurem des-pertar a sensibilidade e atenção dos alunos em relação aodocumentário. É importante criar uma integração entre as ati-vidades realizadas anteriormente e as questões despertadaspela apreciação do documentário.

Desvelando a poética pessoalComposições com ênfase nas formas e cores são o desafio des-te percurso. O importante é estimular o aluno a ampliar a suapercepção para várias possibilidades e descobrir a sua poéticapessoal. Para que isso aconteça, é necessário muito mais do queum trabalho, mas uma cadência de pesquisa e diversos traba-lhos que, provavelmente, demandarão várias aulas.

Como possibilidade temática, o aluno poderá escolher entre ofigurativo e as composições híbridas, que unem elementos fi-gurativos e não-figurativos. Como técnica, poderá escolherentre a colagem, a pintura ou a técnica mista, inserindo outroselementos, como barbantes e tecidos, ou qualquer outro mate-rial. Como sugestão, os alunos poderiam desenvolver compo-sições partindo da observação da rua de sua casa ou escola, oua partir da observação de uma natureza-morta montada por eles.

O percurso pessoal, ao final do projeto desenvolvido, ocompartilhamento da própria produção, a percepção de suaprópria poética nem sempre é visível aos alunos. Nesse senti-do, é interessante que você os ajude muito, ampliando os olha-res para ver semelhanças e diferenças, oposições e identifica-ções entre os trabalhos apresentados e o que viram duranteeste projeto.

Como se pode notar, as sugestões trazidas aqui não são “recei-tas”, mas proposições abertas e flexíveis, para que você pensena construção de um caminho próprio para trilhar junto com seusalunos. As sugestões que se seguem também poderão auxiliá-lona elaboração das ações que farão parte deste caminho.

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Ampliando o olharA coleta de objetos do cotidiano e observação das formasgeométricas que os compõe pode ser um interessante exer-cício de percepção. Partindo dessas formas, pode-se criarpinturas e colagens, com a apreciação coletiva dos traba-lhos. Desafie seus alunos para buscarem ângulos diferen-tes e para que criem, também, composições híbridas, as-sim como fez Bonadei.

Quais as possibilidades e recursos do material tinta guache?É interessante escolher algumas cores de guache e explo-rar, separadamente, os seus efeitos sobre o papel: empas-telado, aguado, sobreposições de camadas e texturas, usan-do os dedos, pincéis diversos (chatos e roliços, com pêlomacio e duro), palitos, pentes, esponjas, etc. Continuandocom as pesquisas em pintura, você poderá trabalhar commisturas de cores e as relações das cores entre si, criandonovas composições.

Isaac Newton, em 1664, fez uma série de experiênciassobre a luz e as cores. O que os alunos sabem sobre oarco-íris? E sobre a roda de cores? Exiba novamente odocumentário em momentos selecionados pelos alunos,gerando novas questões. Visitando a internet, pode-seencontrar diversos sites que apresentam diferentes ex-perimentos sobre as cores da luz, como no endereço<www.fisica.ufc.br/coresluz.htm>.

Os suportes sempre carregam significações visuais e pro-vocam produções singulares. Assim, explorar a pintura so-bre diferentes suportes bidimensionais: papel liso, papel ru-goso, papelão, juta, tecidos diversos (que podem ser esti-cados em uma tela ou bastidor) pode se tornar um desafioinstigante. Lembre os alunos dos trabalhos de Bonadei so-bre o tapete de sisal.

A apreciação cuidadosa de reproduções de algumas pintu-ras de Cézanne, Picasso e Braque pode ser um exercício de

material educativo para o professor-propositor

REENCONTRO COM BONADEI

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estímulo à observação da composição dos elementos visu-ais como um todo. Atentar para o jogo, o equilíbrio e a ten-são entre os elementos.

Leia esta poesia de Bonadei para os alunos:

Não vás ainda o instante já foi

Irás de vermelho

O tempo irá contigo

Depois será outro tempo.

A cidade toda cor-de-rosa

Cor da infância longínqua

Cidade imensa

Casa sobre casa

Sempre a mesma cor Gás néon brinca

Sobre o azul

Inutilmente.

Como ela trata da visualidade? É possível estabelecer rela-ções com a sua obra plástica? Que poesias os alunos pode-riam criar a partir de seus modos pessoais de lidar com acor, de ver as cores ou a paisagem urbana? Pesquisar ou-tras poesias e textos de Bonadei é uma das maneiras deconhecermos mais sobre o trabalho do artista-criador.

Conhecendo pela pesquisaPensemos no trabalho de outros artistas modernistas, com-panheiros de Bonadei nos Grupo Santa Helena e FamíliaArtística Paulista. Quais paralelos podem ser traçados en-tre eles, no que se refere à temática e ao trato dos elemen-tos visuais como linha, forma, cor e sua composição? O quehá de comum? O que há de diferente? Para tanto, pesquiseem <www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/modernidade/eixo/stahelena/bonadei.htm>.

Pedro Alexandrino, reconhecido mestre acadêmico em na-tureza-morta, foi o primeiro professor de pintura de Bonadei.Comparar um trabalho acadêmico dele com uma natureza-

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morta de estilo cubista de Bonadei é um modo de ressaltaras diferenças formais e conceituais entre o acadêmico e omoderno. Nesse sentido, também poderá ser feita a com-paração entre duas naturezas-mortas de Bonadei, de esti-los bem diversos.

Uma maneira de procurar contato mais próximo com os tra-balhos que aparecem no documentário e também de conhe-cer outros tantos é visitar museus brasileiros, pessoal ouvirtualmente, para descobrir e apreciar obras de Bonadei.A pesquisa em catálogos de suas exposições e livros de artebrasileira também amplia o nosso repertório visual sobre oartista, que produziu tanto e em estilos tão diversos.

A fim de apurar a percepção e aprofundar conhecimentosrelacionados à forma e conteúdo, um livro interessante eacessível é Universos da arte, de Fayga Ostrower, artistae educadora radicada no Brasil. Nele é narrada uma se-qüência de aulas voltada para um público leigo, em queforam trabalhados os elementos visuais. Outros livros queabordam o assunto e se referem especificamente à gestalte à psicologia da forma são os de Dondis (1991), GomesFilho (2000) e, por fim, a obra-referência no assunto é deArnheim (1980).

Quais artistas trabalharam a abstração na pintura sob in-fluência direta da música? O russo Kandinsky e os dadaístasfizeram experiências com música e vimos que Bonadei tam-bém realizou estudos de impressões musicais. Outros ar-tistas brasileiros tiveram essa experiência? A partir disso,os alunos poderiam viver experiências com anotações grá-ficas de músicas escolhidas por eles.

Partindo dos trabalhos de bordado do artista, seria interes-sante pesquisar sobre diferentes tipos de bordado e suaaplicação hoje. Compará-los com trabalhos antigos, daépoca de nossas avós, quanto à estética e ao modo de fazê-los. Pesquisar sobre bordados típicos de determinadas re-giões do Brasil, por exemplo: Rio Grande do Sul e Ceará.

material educativo para o professor-propositor

REENCONTRO COM BONADEI

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Amarrações de sentidosDar sentido ao que se estudou é bastante importante para queo aluno se aproprie de fato de suas descobertas. São significa-tivas a percepção e valorização do percurso trilhado, compostopor diversas ações que englobam: a pesquisa, o fazer artístico,a apreciação, o pensar e discutir arte.

A intenção não é produzir uma pasta que, simplesmente, guar-de trabalhos, mas registrar e organizar as etapas de modo queo aluno coloque a sua marca pessoal.

Uma alternativa pode ser a construção de um livro de artista,no desenrolar do processo. O documentário mostra, em diver-sos momentos, que Bonadei escrevia sobre suas pesquisas. Issopode ser um gancho para estimular cada aluno a produzir o seulivro, que abrigará desde as propostas iniciais, as descobertas,as perguntas, até as soluções encontradas, os esboços, osestudos e os trabalhos produzidos. Descobrir maneiras de cons-truir e dar forma significativa a esse livro de artista tambémtrabalha com as questões de forma e conteúdo.

Valorizando a processualidadeHouve transformações? O que os alunos perceberam queaprenderam?

A discussão a partir da apresentação dos livros de artista podelevar à reflexão sobre todo o processo. A fala dos alunos sobreo que mais gostaram e o que menos gostaram, sobre o que foimais importante, sobre as dificuldades e sobre o que faltou nodesenrolar do trabalho é um valioso instrumento de avaliação.

É importante que você se aproveite dessas informações levanta-das e, juntamente com o seu diário de bordo, tenha o seu momentode pensar sobre o seu próprio aprendizado. É quando você poderáperceber e anotar as suas descobertas, os achados pedagógicos eo que faltou, ampliando, assim, a sua reflexão sobre as novas idéiase possibilidades despertadas a partir desta experiência.

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GlossárioAbstracionismo – em sentido amplo, o termo refere-se às formas de artedesprendidas da figuração e da imitação do mundo. O termo liga-se àsvanguardas européias dos anos 1910 e 1920, que recusam a representa-ção ilusionista da natureza. Entre as diversas correntes abstracionistas,encontram-se traços como: decomposição da figura, simplificação da for-ma, novos usos da cor, descarte da perspectiva e dos jogos convencionaisde sombra e luz. A obra Primeira aquarela abstrata do russo WassilyKandinsky (1866-1944) é convencionada como o primeiro trabalho abs-trato. Muitos artistas aderem à abstração, que viria a se tornar, a partir dadécada de 30, um dos eixos centrais da produção artística no século 20.Fonte:<www.itaucultural.org.br>.

Composição visual – pode-se dizer que é o “arranjo”, o “diálogo” entre osdiferentes elementos visuais de um determinado objeto. Segundo Ostrower,a composição dos elementos se dá basicamente por semelhanças e porcontrastes; pela tensão espacial – ritmo; e pelas proporções. Fonte:OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

Cubismo – como movimento, retoma um dos problemas fundamentais dapintura: a representação do volume numa superfície plana, procurando so-luções e gerando uma linguagem plástica que rompe com o ilusionismo pra-ticado desde a renascença. É considerado uma revolução estética e técnica(colagem de papéis, areia, vidro, jornal, pano, etc.). A sua origem é marcadapela obra Les demoiselles d’Avignon, de Picasso em 1907, com forte influ-ência da arte africana. Além dele, Braque, Juan Gris e Léger, acompanha-dos em paralelo por Matisse e Derain participaram deste movimento. Dis-tingue-se três fases: cubismo cezanniano (1907-09); analítico (decomposiçãocrescente da forma, 1910-12), e sintético (ampliação dos planos e das co-res, 1913-14), mas sua influência ultrapassa o seu tempo, com amplas trans-formações e repercussões. Fonte: Dicionário da pintura moderna. São Pau-lo: Hemus, 1981.

Elementos visuais, da visualidade – constituem a substância básica da-quilo que vemos. São a matéria-prima de toda informação visual em termosde opções e combinações seletivas. São eles: o ponto, a linha, a forma,direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. Fonte:DONDIS, D. A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes,1991. São cinco os elementos com os quais se formulam todas as obras dearte: o ponto, a linha, a superfície, o volume, a luz e cor. Fonte: OSTROWER,Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

material educativo para o professor-propositor

REENCONTRO COM BONADEI

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Figurativo, figuração – “Diz respeito às artes plásticas - desenho, pintu-ra, gravura, escultura, fotografia - ao cinema e ao vídeo, quando represen-tam variados aspectos sensíveis e intelectivos dos seres e dos objetos aque se remetem. Entre suas principais características estão: a) incluir nãosó as formas exteriores, as massas, os volumes e eventualmente as co-res, mas permitir uma interpretação ou um reconhecimento codificado daspróprias formas ali inscritas (...) b) instituir um mundo sensível, uma ima-gem diegética, isto é, dotada de analogia com algo real ou mesmo imagi-nado (um animal fabuloso, por exemplo); c) conter a possibilidade de umasignificação intelectual ou de pensamento que vá além das formas e domundo natural recriado, ou seja, carregar símbolos, alegorias, conceitosou visões interpretativas do sensível e do cognoscível.” Fonte:<www.videotexto.info/figuracao_figurativo.html>.

Gestalt – o termo provém da Gestalt, escola de psicologia experimentalque surge no fim do século 19 com o filósofo vienense Von Ehrenfels. Aospoucos, o termo passou a ser relacionado com “boa forma”. A sua funda-mentação teórica se refere à análise das forças internas (cerebrais) eexternas (estímulos captados pela retina através da luz) que regem apercepção da forma visual. Outro aspecto essencial dessa teoria é que elaconsidera a percepção como resultado de uma sensação global. Não ve-mos partes isoladas de um objeto, mas relações de uma parte com asoutras. Fonte: GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leituravisual da forma. São Paulo: Escrituras, 2000.

Natureza-morta – gênero artístico que remonta suas origens na IdadeMédia e tem atravessado a história da arte até a atualidade. Caracte-riza-se pela composição de objetos inanimados na pintura. Fre-qüentemente, têm-se: mesas com comidas e bebidas, louças e utensí-lios, flores, frutas, instrumentos musicais, livros, etc. Esses objetosfazem referência ao ambiente doméstico, aos hábitos e à decoração.Fonte: <www.itaucultural.org.br>.

BibliografiaAJZENBERG, Elza Maria (org.). Operários na Paulista: MAC USP e artis-

tas artesãos. São Paulo: MAC, 2002.

ARGAN, Guilio Carlo. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos con-

temporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 2003.

DONDIS, D. A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da for-

ma. São Paulo: Escrituras, 2000.

GONÇALVES, Lisbeth Ruth Rebollo. Aldo Bonadei: o percurso de um pin-

tor. São Paulo: Ed. Perspectiva/Edusp/Fapesp, 1990.

OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da astética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

SOURIAU, Etienne. Chaves da estética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973.

ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther

Moreira Salles, 1983.

Seleção de endereços sobre arte na rede internetOs sites abaixo foram acessados em 31 jan. 2005.

BONADEI, Aldo. Disponível em: <www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/

modernidade/eixo/stahelena/bonadei.htm>

____. Disponível em: <www.museus.art.br/exposicao.htm>

ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL DE ARTES VISUAIS. Disponível em:<www.itaucultural.org.br>.

MODERNIDADE BRASILEIRA. Disponível em: <www.macniteroi.com/expoan-

teriores/modernidadetransitiva/modernidadetransitiva.htm>.

GRUPO SANTA HELENA. Disponível em: <www.amigosdopeito.com.br/artigos/

ad_operarios_arte.htm>.

Notas1 KANDINSKY, Wassily. Sobre a questão da forma. In: Olhar sobre o pas-

sado. São Paulo: Martins Fontes, 1991, p. 118.2 GONÇALVES, Lisbeth Ruth Rebollo. Aldo Bonadei: introdução ao per-

curso de um pintor. 1977. 167 f. Dissertação (Mestrado). Faculdade deFilosifia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo FFLCH/USP, São Paulo (publicado depois em 1990).3 Alfredo BOSI, Reflexões sobre a arte, p.14.4 Guilio ARGAN, Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâ-

neos, p. 304.5 PEDROSA, Mário. Forma e percepção estética: textos escolhidos II. SãoPaulo: Edusp, 1996, p. 258.