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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D 1 Goiânia, 07/11/2010. Ao CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE GOIÁS – CREA/GO. Rua 239, n.º 585, Setor Universitário. GOIÂNIA-GO - CEP 74.605-070. Tel: (62) 3221-6200 / Fax: (62) 3221-6291. Referência: Conteúdo do Ofício n.º 137/2010-DETEC, datado de 25/10/2010, que trata do Processo CREA/GO n.º 5750/2010. Prezados Senhores, O profissional signatário oferece DEFESA PRÉVIA, acompanhada dos documentos julgados necessários, para esclarecimento dos fatos relacionados ao assunto em referência, como segue. 1. O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL - MPF, acatando o que informou sua Assistente Técnica, compreendeu ter sido impossibilitado o acompanhamento da perícia. 2. Entretanto, o MPF ficou oficialmente intimado do início da perícia, por intermédio de mandado judicial, conforme o DOCUMENTO N.º 01, anexo. 3. O MPF, nem sua Assistente Técnica, compareceram para o acompanhamento do início dos trabalhos periciais, conforme determinados pelo Juiz, como se vê do TERMO DE COMPARECIMENTO, sequenciado no DOCUMENTO N.º 02 anexo. 4. A CERTIDÃO estampada às folhas 1646, dos Autos judiciais, prova que a Assistente Técnica do MPF foi informada do início da perícia em 05/10/2005, às 15:15 horas (DOCUMENTO N.º 03). 5. Se o Juízo compreendeu que a parte foi intimada, de maneira irregular, isso NÃO foi por culpa deste Perito. 6. A obrigação do Perito Oficial, diante do citado Art. 431-A do CPC é de dar ciência ou cientificar, o que corresponde a INFORMAR as partes, e não de intimar, via de seus representantes ou assistentes técnicos do local, dia e hora do início da perícia, conforme transcrito das folhas 13 do Processo CREA/GO n.º 5750/2010, em referência:

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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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Goiânia, 07/11/2010. Ao CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE GOIÁS – CREA/GO. Rua 239, n.º 585, Setor Universitário. GOIÂNIA-GO - CEP 74.605-070. Tel: (62) 3221-6200 / Fax: (62) 3221-6291.

Referência: Conteúdo do Ofício n.º 137/2010-DETEC, datado de 25/10/2010, que trata do Processo CREA/GO n.º 5750/2010.

Prezados Senhores, O profissional signatário oferece DEFESA PRÉVIA, acompanhada dos documentos julgados

necessários, para esclarecimento dos fatos relacionados ao assunto em referência, como segue. 1. O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL - MPF, acatando o que informou sua

Assistente Técnica, compreendeu ter sido impossibilitado o acompanhamento da perícia. 2. Entretanto, o MPF ficou oficialmente intimado do início da perícia, por intermédio

de mandado judicial, conforme o DOCUMENTO N.º 01, anexo. 3. O MPF, nem sua Assistente Técnica, compareceram para o acompanhamento do

início dos trabalhos periciais, conforme determinados pelo Juiz, como se vê do TERMO DE COMPARECIMENTO, sequenciado no DOCUMENTO N.º 02 anexo.

4. A CERTIDÃO estampada às folhas 1646, dos Autos judiciais, prova que a Assistente

Técnica do MPF foi informada do início da perícia em 05/10/2005, às 15:15 horas (DOCUMENTO N.º 03).

5. Se o Juízo compreendeu que a parte foi intimada, de maneira irregular, isso NÃO foi

por culpa deste Perito. 6. A obrigação do Perito Oficial, diante do citado Art. 431-A do CPC é de dar ciência

ou cientificar, o que corresponde a INFORMAR as partes, e não de intimar, via de seus representantes ou assistentes técnicos do local, dia e hora do início da perícia, conforme transcrito das folhas 13 do Processo CREA/GO n.º 5750/2010, em referência:

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7. Repetem-se as justificativas apresentadas pelo MPF e acatadas pelo Juízo, de que não é permitido ao Perito intimar, mas unicamente INFORMAR acerca do início da perícia, nas mesmas folhas do Processo em referência:

8. Por outro lado, como o representante do MPF recebeu intimação incompleta ou

falha, conforme alegou, por falta de cópia dos Autos, pelo menos teve INFORMAÇÃO do início da perícia, da forma como é limitada ao Perito, no dispositivo legal mencionado. Mesmo assim, decidiu não comparecer à instalação da perícia.

9. Até então, devido o não comparecimento do representante do MPF ou de sua

Assistente Técnica ao local, dia e hora, marcados para início da perícia, como confirmado pela Diretora da Secretaria daquela Vara Judicial, todos os presentes compreenderam, que não havia interesse da parte Autora (o MPF), em participar na execução da perícia.

10. Assim, o trabalho pericial foi realizado dentro de planejamento embasado em uma

única reunião técnica, seguida de levantamento de elementos em jornais e análise dos dados encontrados nos Autos do processo judicial.

11. Quanto a este pormenor, nenhuma oposição foi apresentada pelos participantes da

perícia. 12. Aliás, somente a profissionais legalmente habilitados é validada opinião emitida

acerca do planejamento do trabalho técnico. 13. Apresentam-se dispositivos legais de que, somente profissionais habilitados podem

opinar acerca do trabalho ou do modo como é realizado, preceituado que os profissionais são os detentores do saber especializado de suas profissões 1.

14. Entretanto, o planejamento traz consequência direta no "modus operandi" da perícia,

o que depois não poderá ser criticado. Depois da reunião inicial e coleta de dados de mercado, nenhum procedimento técnico conjunto se fez necessário, que justificasse a participação dos assistentes técnicos, vez que restaram apenas e tão somente cálculos padronizados por normas técnicas específicas, o que bastavam operações matemáticas individuais de cada profissional, em seu próprio escritório. Pois, completamente desnecessárias reuniões técnicas para fazer pequenas continhas matemáticas. E assim foi feito.

15. Não foram trocadas informações ou documentos entre o Perito e assistentes técnicos

das partes, pois todas as informações necessárias estavam presentes nos Autos judiciais. 16. De outro lado, não é função dos profissionais envolvidos na perícia o convencimento

uns dos outros. A função do perito oficial é de auxiliar da Justiça, aquele que trás as informações e apresenta a compreensão técnica para formação da convicção do julgador, como se fosse o “assistente técnico” do Juízo.

1 Art. 5º do CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL, veja o DOCUMENTO N.º 04, anexo.

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17. Mostram-se os mesmos argumentos esposados pelo MPF, quanto à função do

assistente técnico das partes.

18. Depois de iniciados os cálculos avaliatórios, este Perito recebeu comunicação

telefônica da Assistente Técnica do MPF, a mesma que foi informada dos andamentos da perícia. 19. Outras ligações telefônicas foram trocadas entre este Perito e a Assistente Técnica do

MPF. Mas, este Profissional não possui prova documental, exceto testemunhal das ligações, mais o indício de que o endereço eletrônico daquela Assistente Técnica não consta dos Autos, e que somente poderia ter sido fornecido por ela.

20. Mais irrefutável ainda, o fato de ter recebido aquela Assistente Técnica todos os

dados levantados e considerados na perícia, além dos cálculos e resultados apurados, via "e-mail", muito antes da entrega do laudo. Assim, toda documentação encaminhada para os requeridos, também foi entregue para o MPF. Anexou-se comprovantes das comunicações trocadas entre este e aquela profissional, bem como os documentos a ela apresentados. (Documentos n.ºs 05 ao 10).

21. Foi discutida a metodologia aplicada para avaliação e demonstrado resultado

avaliatório diverso daqueles encontrados nos Autos, dos quais estava inteirada a Assistente Técnica do MPF.

22. A Assistente Técnica do MPF omitiu qualquer consideração ou resposta escrita,

alegando falta de intimação da parte por ela assistida. 23. Como apontado, isso não é problema do Perito. Entretanto, inegável que o MPF e sua

Assistente Técnica estavam INFORMADOS do início dos trabalhos periciais e, com isso, atendido o Art. 431-A, do Código de Processo Civil (CPC).

24. Ainda, supondo que o MPF nada soubesse acerca do início e andamentos da perícia,

tornou-se CIENTE, naquela data, que a reunião inicial ocorrida serviu, unicamente, para INFORMAR quais procedimentos seriam adotados para realização da perícia. Sabido, também, que a única diligência foi no sentido da obtenção de dados de mercado, mediante leitura de anúncios de jornais. Nenhum prejuízo teve o MPF, depois de receber cópia completa dos dados de mercado e situações de cálculo e respectivos resultados obtidos por este Profissional (DOCUMENTO anexo N.º 07-A). Informado àquela Assistente Técnica que, foram analisados os dados, considerados em 5 (cinco) outros laudos, constantes dos Autos.

25. Vale aduzir que a ausência de intimação do MPF acerca da realização da perícia foi

suprida por comunicações da Justiça, do Perito Oficial e do próprio MPF à Assistente Técnica daquele órgão, inclusive por telefone, o que conforme ressai da documentação anexada, ocorreu.

26. Ademais, nenhum andamento restou sonegado ou ocultado, depois de apresentado o

raciocínio técnico efetuado, bem assim entregue planilha de cálculos, com os resultados obtidos.

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27. A Assistente Técnica somente apresentou posicionamento contrário à compreensão

dos dados, depois de conhecidos os resultados avaliatórios, apresentados por este Profissional. 28. Interessante mencionar que, referidos resultados, obtidos de maneira isenta, por este

Perito, contrariaram a tese de valor assumido pelo MPF, desde a peça inicial, localizada às folhas 02 e seguintes dos Autos.

29. Só a partir de então, passou o MPF dizer que não teve conhecimento dos atos e

andamentos periciais, dados pelo Perito Oficial. 30. O MPF estava ciente de todo o conteúdo dos Autos, do qual é parte autora, tendo

debatido acerca da perícia e honorários do Perito, peças trazidas após os dados mercadológicos considerados no laudo pericial.

31. O MPF efetuou perguntas que foram respondidas no laudo pericial, juntado às folhas

1760 a 1793, suplementos às folhas 1794 a 1837 e anexos às folhas 1838 a 1982. Por ser muito extenso, juntou-se cópia das partes principais do laudo técnico resultante, expostas no DOCUMENTO N.º 11.

32. Quanto ao prazo limitado pelo juiz, foi-lhe esclarecido que poderia ser cumprido

somente dentro das possibilidades técnicas. 33. Apresentadadas justificativas pelo atraso na apresentação do mencionado material

técnico, e esclarecidos os justos motivos da demora ocorrida, por motivos de ACÚMULO DE SERVIÇOS, LIMITAÇÕES TÉCNICAS, COMPLEXIDADE e outros de menor importância. O real impedimento da entrega do laudo no prazo assinalado pelo Juiz se deu por exigência legal e normativa que obrigou a existência de um número mínimo de elementos comparativos de mercado, para que fosse validada a avaliação.

34. Com efeito, os dados que, realmente, possibilitaram a conclusão da avaliação, foram

encontrados depois do prazo assinalado pelo juiz, vez que antes não existiam no mercado, o que tornou IMPOSSÍVEL a entrega do laudo até a data marcada.

35. O profissional é obrigado ao cumprimento o prazo estabelecido para entrega do

laudo, por uma questão de lógica, desde que haja possibilidade. Caso contrário, deverá justificar o atraso. Por se tratar de caso especial, e a existência de muitíssimo poucos comparáveis, a falta de dados disponíveis no mercado, tornou IMPOSSÍVEL a conclusão da perícia no tempo assinalado pelo Juiz.

36. Foram pedidas consecutivas dilatações dos prazos, justificadamente, conforme

descrito no documento de folhas 06, último parágrafo e 07, primeiro parágrafo, do processo em referência.

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37. A Assistente Técnica do MPF recebeu cópia do laudo assim que ficou pronto, antes de ser entregue em Juízo, o que comprova o DOCUMENTO N.º 13, anexo.

38. O juiz mandou intimar este perito para entregar o laudo, em momento que não estava

no escritório, motivo porque mandou expedir mandado da busca dos Autos. 39. O laudo foi concluído, logo em seguida, e entregue em Juízo, após o qual, foi juntado

aos Autos (DOCUMENTO N.º 11). 40. A obrigação legal do Perito é restrita a informar às partes o início da perícia e não da

entrega do laudo em Juízo. - Veja o mesmo Art. 431-A. 41. De qualquer modo, o MPF foi intimado, oficialmente, da apresentação e juntada do

laudo aos Autos, pelo Perito. A comprovação veio por intermédio do próprio MPF, onde diz, ao final do primeiro parágrafo das folhas 11, do processo em referência:

42. E ainda, no início do primeiro parágrafo das folhas 14, deste processo, veio:

43. Nenhum dos integrantes do polo passivo da Ação, em número de 5 (cinco) réus, nem

seus assistentes técnicos emitiram opinião contrária aos procedimentos adotados por este Perito Oficial ou os resultados trazidos no laudo pericial.

44. Somente o Juiz concordou com a tese do MPF, sem ouvir o Perito por ele escolhido,

como profissional de confiança do Juízo, acatando, liminarmente, as alegações do único que tem interesse em desclassificar o trabalho deste Perito.

45. O Juiz declarou nulo o laudo pericial liminarmente, condenando o trabalho técnico,

sumariamente, sem direito de defesa deste Perito. 46. O laudo permaneceu agregado aos Autos, tendo sido utilizado pelas partes,

representantes legais, bem como o Juízo, demais autoridades e auxiliares. 47. Invoca-se o Direito Autoral, sendo reconhecidos os direitos individuais universais

inerentes aos profissionais, facultados para o pleno exercício de sua profissão, destacadamente à propriedade de seu acervo técnico profissional 2. Todos os direitos autorais são reservados ao Perito / Autor, garantidos pela legislação vigente 3.

2 Art.º 12º, alínea “l”, do CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL (DOCUMENTO N.º 04). 3 Instituição da ART ou Anotação de Responsabilidade Técnica, conforme DOCUMENTO N.º 14 e os artigos

17 e 23 da Lei n.º 5.194, de 24 de dezembro de 1966, no DOCUMENTO N.º 15.

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48. O laudo foi considerado ineficaz pelo Juízo, limitada referida ineficácia unicamente

ao processo por ele dirigido. Mas não perdeu a propriedade de uma peça técnica preparada por

profissional legalmente habilitado, mantida a eficácia garantida por Lei (DOCUMENTO N.º 15).

A revogação do laudo como tal somente teria eficácia se cancelado mediante processo judicial

competente, com direito de defesa pelo profissional acusado. Podendo ser concluída a ineficácia por

laudo técnico capaz de sustentar alguma nulidade, mediante demonstração, tecnicamente embasada,

preparado por profissional legalmente habilitado. Ainda, depois de definitivo julgamento, até o

último grau de jurisdição.

49. Sabe-se incompreensível para o leigo em matéria técnica o grau necessário de

participação dos interessados, nos trabalhos técnicos ou a impossibilidade da completação dos

resultados, sem a existência de dados.

50. Porém, aos profissionais do ramo é bastante compreensível a suficiência das

informações trocadas entre o Perito e a Assistente Técnica do MPF, para conhecimento e opinião

dos procedimentos e resultados periciais.

51. Ainda, a completa IMPOSSIBILIDADE de chegar aos resultados, da forma prescrita

pelas normas técnicas, sem os dados imprescindíveis.

52. Quanto a exercício, no País, da profissão de engenheiro, observadas as condições de

capacidade e demais exigências legais, é assegurado aos que possuam, devidamente registrado,

diploma de faculdade ou escola superior de engenharia 4. Juntam-se cópia da ART do CREA-DF

(DOCUMENTO N.º 16).

53. Compreende este Profissional que, o grau de informações trocados, com a Assistente

Técnica do MPF, foi mais que suficiente, para o cumprimento de seus respectivas obrigações

naquele processo judicial. Ainda que, IMPOSSÍVEL o cumprimento do prazo assinalado pelo Juiz,

para que fossem fornecidos resultados compatíveis com a lógica e as prescrições técnicas das

normas brasileiras e legais.

54. O laudo não foi devolvido pelo Juízo, motivo porque o conteúdo foi utilizado para

proveito das partes e uso dos respectivos representantes, inclusive assistentes técnicos, situação que

4 Art. 2º da LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 (DOCUMENTO 15).

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permanece naquele processo. Por isso, são devidos os honorários, tendo em vista a entrega do laudo

pelo Perito e utilização do mesmo, pelo interessado.

55. Se o contratante rejeitar o trabalho técnico do profissional, depois de recebido e

utilizado o resultado, será devido 100% dos honorários.

56. Menciona-se decisão superior, pelo STJ, que traz este entendimento, relativamente à

ação de perito contra determinação da devolução dos honorários periciais (DOCUMENTO N.º

17).

57. REQUER, por oportuno, o acompanhamento de todos os atos processuais, sem

prejuízo de posterior defesa escrita, com a possibilidade de apresentar outros argumentos e mais

documentos, em sendo necessário, à compreensão da problemática levantada.

58. REQUER, ainda, seja comunicado dos atos processuais seguintes, nos mesmos

endereços e telefones cadastrais.

Atenciosamente,

RICARDO PASSOS VIEIRA Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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ANEXOS DOCUMENTOS N.ºS DESCRIÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 01 – CERTIDÃO às folhas 1653 dos autos do processo n.º 2000.34.00.022349-0, que tramita perante a 4ª Vara da Seção Judiciária da Justiça Federal, no Distrito Federal, em que o MPF recusou-se a receber o mandado de intimação. 02 – TERMO DE COMPARECIEMTO para o início dos trabalhos periciais, às folhas 1654 dos mesmos Autos. 03 – CERTIDÃO de informação da Assistente Técnica do MPF, em 05/10/2005, às 15:15 horas, estampada às folhas 1646 dos Autos judiciais. 04 - Destaques do CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL. - As Entidades Nacionais representativas dos profissionais da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia (CONFEA /CREAs) pactuaram e proclamaram o Código de Ética Profissional, de acordo com a Resolução n.º 1.002, de 26 de novembro de 2002, que adotou o Código de Ética Profissional das mesmas profissões. 05 – Notícia dos andamentos periciais efetuados até aquele momento, bem como os atos seguintes, encaminhada por intermédio de correspondência eletrônica (“e-mail”), à Assistente Técnica do MPF. 06 – Dados coletados, bem como apontamentos dispostos em texto técnico, sob o título Diligências – Pesquisa de Mercado-, remetido juntamente ao “e-mail” anterior, no interior do arquivo denominado “RPAP-RPV-99.999.999.999-Gesner-Pesq_Mercado-(RPV)-Ori-3” . 06-A – A Assistente Técnica do MPF acusou o recebimento de “e-mail” relativo ao andamento dos trabalhos periciais realizados, até aquele momento, dizendo que não havia sido cientificada do início dos trabalhos da perícia, tecendo comentários acerca do conteúdo recebido. 07 – Remessa da situações de cálculos, respectivos resultados e o valor final, este último configurado pela Situação III, encaminhados à Assistente Técnica do MPF. 07-A - Situações de cálculo e respectivos resultados, configurados na SITUAÇÃO I referente aos Dados Coletados Pela Perícia, como Salas, Espaços e Prédios; SITUAÇÃO II, de Todos os Dados Disponíveis; e SITUAÇÃO III, dos Dados Existentes e Outros Levantados, encaminhado via do arquivo anexado à comunicação anterior, denominado “RPAP-RPV-20.70-Gesner-Dado_Merc-(RPV)-Ori-2.doc”. 08 – Comunicação deste Perito à Assistente Técnica do MPF, da não recepção de retorno acerca das situações de cálculos e resultados, nem mesmo o valor final. 09 – Comprovante de mensagem da Assistente Técnica do MPF a este Profissional, dizendo que não estava conseguindo falar por telefone. 10 - Mensagem da Assistente Técnica do MPF a este Profissional, dizendo desconhecer qualquer mensagem que deveria retornar.

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11 - Cópia das partes principais do laudo técnico resultante, composto de 121 páginas impressas, mais uma quantidade de 29 documentos anexos. 12 – Justificativas apresentadas pelo atraso na apresentação do mencionado material técnico, e esclarecer os justos motivos da demora ocorrida, por motivos de ACÚMULO DE SERVIÇOS, LIMITAÇÕES TÉCNICAS, COMPLEXIDADE e outros de menor importância. 13 - Apresentação de cópia do laudo, depois de pronto, à Assistente Técnica do MPF, como no documento anterior. 14 - Resolução n.º 1.025, de 30 de outubro de 2009, que dispôs sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional. 15 - LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. 16 - CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO DISTRITO FEDERAL – CREA/DF. - ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART. - Registro de Contrato sob a forma de Anotação de Responsabilidade Técnica. - Lei Federal n.º 6.496/77. 17 - RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 30.115 - SP (2009⁄0122366-9) - O perito judicial deve ser remunerado pelo trabalho que realiza.

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DOCUMENTO N.º 01

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DOCUMENTO N.º 02

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DOCUMENTO N.º 03

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DOCUMENTO N.º 04 Destaques do CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL As Entidades Nacionais representativas dos profissionais da Engenharia, da Arquitetura, da

Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia pactuaram e proclamaram o Código de Ética Profissional, de acordo com a Resolução n.º 1.002, de 26 de novembro de 2002, que adotou o Código de Ética Profissional das mesmas profissões.

A adoção do Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia advém da Resolução n.º 1.002, de 26 de novembro de 2002, em atribuição conferida pela Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que obrigou aos profissionais do Sistema CONFEA/CREA a observância e cumprimento do Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia.

Assim: [ ... ] 2 - Da identidade das profissões e dos profissionais Art. 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber científico e

tecnológico que incorporam, pelas expressões artísticas que utilizam e pelos resultados sociais, econômicos e ambientais do trabalho que realizam.

Art. 5º - Os profissionais são os detentores do saber especializado de suas profissões e os

sujeitos proativos do desenvolvimento. Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para o bem-estar e o

desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas diversas dimensões: como indivíduo, família, comunidade, sociedade, nação e humanidade; nas suas raízes históricas, nas gerações atual e futura.

[ ... ] 3 - Dos princípios éticos Art. 8º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos quais o

profissional deve pautar sua conduta: Do objetivo da profissão I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz de exercê-la,

tendo como objetivos maiores a preservação e o desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores;

Da natureza da profissão II - A profissão é bem cultural da humanidade construído permanentemente pelos

conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, manifestando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida do homem;

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[ ... ] Da eficácia profissional IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos compromissos

profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando a segurança nos seus procedimentos;

Do relacionamento profissional V - A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com espírito

progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição;

[ ... ] Art. 9º - No exercício da profissão são deveres do I - ante ao ser humano e a seus valores: ... c. contribuir para a preservação da incolumidade pública; [ ... ] III - Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores: a. dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio da equidade; ... d. atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais; ... f. alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos às prescrições técnicas e às

consequências presumíveis de sua inobservância; ... IV - Nas relações com os demais profissionais: a. atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princípio da igualdade de

condições; [ ... ] 5 - Das condutas vedadas Art. 10 - No exercício da profissão são condutas vedadas ao profissional: I - ante ao s a seus valores: I - Ante o ser humano e seus valores: a. descumprir voluntária e injustificadamente com os deveres do ofício;

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... II - Ante a profissão: ... c. omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida à ética profissional; [ ... ] 6 - Dos direitos Art.º 11 - São reconhecidos os direitos coletivos universais inerentes às profissões, suas modalidades e especializações, destacadamente: ... b. ao gozo da exclusividade do exercício profissional; c. ao reconhecimento legal; ... Art.º 12 - São reconhecidos os direitos individuais universais inerentes aos profissionais,

facultados para o pleno exercício de sua profissão, destacadamente: ... b. à liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas de expressão; ... d. à exclusividade do ato de ofício a que se dedicar; h. à proteção do seu título, de seus contratos e de seu trabalho i. à proteção da propriedade intelectual sobre sua criação; ... l. à propriedade de seu acervo técnico profissional. [ ... ]

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DOCUMENTO N.º 05

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DOCUMENTO N.º 06

Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 01 Localização:

CENTRO EMPRESARIAL LIBERTY MALL, Sala 709-B, Brasília, DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

m²;

Área Privativa:

33,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 650,00 /mês.

Preço /m²: R$ 19,70

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte:

PH NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS.

Informante: Paula.

Fones: (61) 3328-5757

Observações:

- Valor genérico, apontado como simples informações, para salas do mesmo tamanho e padrão, entre R$ 600,00 e R$ 700,00. - Imóveis c/ garagem.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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18

Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 02 Localização:

CENTRO EMPRESARIAL LIBERTY MALL, Sala 721-B, Brasília, DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

33,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 700,00 /mês.

Preço /m²: R$ 21,22

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: PH NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS

Informante: Paula.

Fones: (61) 3328-5757

Observações:

- Com garagem. - Mobiliada.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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19

Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 03 Localização:

SCN, Quadra 02, Bloco ‘A’, ED. COORPORAT FINANCIAL CENTER, Asa Norte, Brasília, DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

400,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Sala comercial.

Preço: R$ 21.600,00 /mês.

Preço /m²: R$ 54,00

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte:

Informante: Gabriela (Atendente - Administração do Edifício).

Fones: (61) 3327 3900.

Observações:

- Proprietária FUNCEF.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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20

Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 04 Localização:

CENTRO EMPRESARIAL LIBERTY MALL, Sala 1113, Torre Sul, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

42,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 650,00

Preço /m²: R$ 15,48

Negociação: Oferta - Transacionado X

Época: 12/2005

Fonte: SÍLVIO PEAREIRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA.

Informante: Vânia

Fones:

Observações:

- Não tem salas para alugar.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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21

Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 05 Localização:

SCN, EDIFÍCIO CENTRAL PARK, Sala 1813-B, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

28,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 530,00 /mês

Preço /m²:

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte:

EDIMÓVEIS.

Informante: Paula

Fones: (61) 3327-4050

Observações:

- Com garagem.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 06 Localização:

BRASIL XXI, Sala 502/503, Asa Sul, Brasília, DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

65,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 1600,00 /mês.

Preço /m²: R$ 24,62

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte:

ABA EMPREENDIMENTOS

Informante: Jadílson José de Souza

Fones: (61) 3425-2707 / 3328-7537, 9657-0310

Observações:

- C/ banheiro. - Piso cerâmico. - Pintura nova. - Central de ar condicionado. - 1ª Locação. - 02 salas juntas, uma com 32, outra com 33 m². - Aluguel com desconto. - Condomínio R$ 300,00 por mês.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 07 Localização:

BRASIL XXI, Bl. ‘C’, Sala 224, Asa Sul, Brasília, DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

32,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 800,00 /mês.

Preço /m²: R$ 25,00

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: ABA EMPREENDIMENTOS

Informante: Jadílson José de Souza

Fones: (61) 3425-2707 / 3328-7537, 9657-0310

Observações:

- C/ banheiro. - Piso cerâmico. - Pintura nova. - Central de ar condicionado. - Condomínio R$ 300,00, por mês.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 08 Localização:

BRASIL XXI, Bl. ‘C’, Sala 225, Asa Sul, Brasília, DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

33

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 800,00 /mês.

Preço /m²: R$ 24,24

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: ABA EMPREENDIMENTOS

Informante: Jadílson José de Souza

Fones: (61) 3425-2707 / 3328-7537, 9657-0310

Observações:

- C/ banheiro. - Piso cerâmico. - Pintura nova. - Central de ar condicionado. - Condomínio R$ 300,00, por mês.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 09 Localização:

SCN, EDIFÍCIO CENTRAL PARK, Sala 1615, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

22,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 850,00 /mês

Preço /m²: R$ 38,64

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte:

PH NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS.

Informante: Paula.

Fones: (61) 3328-5757

Observações:

- Condomínio em taxa de R$ 244,00.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 010

Localização:

SCN, EDIFÍCIO CENTRAL PARK, Sala 1712, Brasília-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

30,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 650,00 /mês

Preço /m²: R$ 21,67

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte:

PH NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS.

Informante: Paula.

Fones: (61) 3328-5757

Observações:

- Taxa de condomínio R$ 255,00.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 011

Localização:

SCN, Quadra 02, Bloco ‘E’. Asa Norte, Brasília, DF, CEP. 70712-000

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

3.211,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

Duas frentes e laterais voltadas para vias internas e estacionamentos públicos.

Posição em relação à quadra:

Ocupa a quadra completa.

Tipo de Construção:

Edifício

Preço: R$ 140.000,00 /mês.

Preço /m²: R$ 43,60

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: FREDERICO ATTIER NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS

Informante:

Fones: 81181333 / 33231213

Observações:

- Aluguel do prédio completo. - 1 andar de garagem. - Local onde ainda funcionava a DEMA – IPCDF. - Em 11/10/06, esse prédio foi alugado à AGU – ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO, ao preço de R$ 120.000,00 /mês, conforme informou o Sr. Sotero – (Coordenação Administrativa). – Fone de contato: (61) 4009 4369.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 012

Localização:

CENTRO EMPRESARIAL LIBERTY MALL, Sala 1113, Torre Sul, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

42,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 650,00

Preço /m²: R$ 15,48

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: SILVIO PEREIRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

Informante: Vânia

Fones: (61) 3328-0510

Observações:

- Entre R$ 600,00 e 700,00 /mês.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 013

Localização:

SCN, EDIFÍCIO CENTRAL PARK, Sala 1813/B, Asa Norte, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

28,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 530,00 /mês.

Preço /m²: R$ 18,93

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: EDIMÓVEIS

Informante: Paula

Fones: (61) 3327-4050

Observações:

- C/ garagem.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 014

Localização:

CENTRO EMPRESARIAL NORTE, SRTVN, 701, Bl. ‘A’, Sala 330, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

36

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 650,00 /mês.

Preço /m²: R$ 18,05

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte:

RODOLFO IMÓVEIS E ASSOCIADA.

Informante: Eurides

Fones: (61) 3327-1030

Observações:

- “e-mail”: [email protected]

Pesquisador: RPV e RHCF.

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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 015

Localização:

AMERICAN OFFICE TOWER, SCN, Quadra 01, Bloco, ‘F’, Sala 401/420, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

70,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 2.400,00 /mês.

Preço /m²: R$ 34,29

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: REQUINTE ASSESSORIA IMOBILIÁRIA LTDA.

Informante: Eida

Fones: (61) 9689-3215 / 3326-5151

Observações:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Pesquisador: RPV e RHCF.

Page 32: CREA GO Gesner Defesa Processo5750 2010 3

RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

32

Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 016

Localização:

BRASIL XXI, SHS, Quadra 06, Bloco ‘C’, 10º Andar, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

50,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Sala Comercial.

Preço: R$ 1800,00 /mês.

Preço /m²: R$ 36,00

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: REQUINTE ASSESSORIA IMOBILIÁRIA LTDA.

Informante: Eida

Fones: (61) 9689-3215 / 3326-5151

Observações:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Pesquisador: RPV e RHCF.

Page 33: CREA GO Gesner Defesa Processo5750 2010 3

RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 017

Localização:

AMÉRICAN OFFICE TOWER, SCN, Quadra 01, Bloco ‘F’, Salas 1001/1020, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

70,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 2.200,00 /mês.

Preço /m²: R$ 31,43

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: APLIQUE IMÓVEIS

Informante: Rodrigo Bomfim Rocha

Fones: (61) 3327-6711 / 9674-6711

Observações:

- 1 vaga de garagem.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 018

Localização:

SCN, BRASÍLIA SHOPPING CENTER, 2º Andar, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

736,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Andar de edifício.

Preço: R$ 32.000,00 /mês.

Preço /m²: R$ 43,48

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: APLIQUE IMÓVEIS

Informante: Rodrigo Bomfim Rocha

Fones: (61) 3327-6711 / 9674-6711

Observações:

- 10 vagas de garagem.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 019

Localização:

SCN, BRASÍLIA TRADE CENTER, Quadra 01, Bloco ‘C’, Sala 2001, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

300,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 3.000,00 /mês.

Preço /m²: R$ 10,00

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: AMARAL IMÓVEIS

Informante: Cléa Fernandes

Fones: (61) 3327-2255

Observações:

- “E-mail”: [email protected] - “Site”: www.amaralimoveis.imb.br

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 020

Localização:

SCN, BRASÍLIA SHOPPING CENTER, QUADRA 05, Bloco ‘A’, Sala 917, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

283,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

Em frente à Avenida W3.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 15.000,00 /mês.

Preço /m²: R$ 53,00

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: PAULOOCTAVIO

Informante: Silvânio Ferreira

Fones: (61) 3328-5142 (fax)

Observações:

- “E-mail”: silvâ[email protected]

Pesquisador: RPV e RHCF.

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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 021

Localização:

SCN, BRASÍLIA SHOPPING CENTER, Quadra 05, Bloco ‘A’, Sala 1406, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

162,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 5.000,00 /mês.

Preço /m²: R$ 30,86

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: PAULOOCTAVIO

Informante: Silvânio Ferreira

Fones: (61) 3328-5142 (fax)

Observações:

- “E-mail”: silvâ[email protected]

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 022

Localização:

SHCN, 115, Bloco ‘A’, Sala 215 a 220, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m²;

Área Privativa:

183,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 2.400,00 /mês.

Preço /m²: R$ 13,11

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: PAULOOCTAVIO

Informante: Silvânio Ferreira

Fones: (61) 3328-5142 (FAX)

Observações:

- “E-mail”: silvâ[email protected] - Conjunto de 6 salas

Pesquisador: RPV e RHCF.

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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 023

Localização:

SRTVS, ED. RECORD, Quadra 701, Brasilia-DF.

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

m²;

Área Privativa:

283,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Salas comerciais.

Preço: R$ 4.500,00 /mês.

Preço /m²: R$ 15,90

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte: PAULOOCTAVIO

Informante: Silvânio Ferreira

Fones: (61) 3328-5142 (fax)

Observações:

- “E-mail”: silvâ[email protected] - 03 vagas de garagem.

Pesquisador: RPV e RHCF.

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Diligência Pesquisa de Mercado

Item: 024

Localização:

SCN, EDIFÍCIO VARIG, Asa Norte, Brasília, DF , CEP.: 70712-000

Posição na via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Área Total:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

m²;

Área Privativa:

660,00

m²;

Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;

Posição em relação à via:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Posição em relação à quadra:

xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Tipo de Construção:

Área de edifício.

Preço: R$ 30.000,00 /mês.

Preço /m²: R$ 45,45

Negociação: Oferta X Transacionado -

Época: 12/2005

Fonte:

FREDERICO ATTIER NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS.

Informante: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Fones: 81181333 / 33231213

Observações:

- 9ª e 11ª andares. - 15 vagas de garagem para veículos.

Pesquisador: RPV e RHCF. RPAP-RPV-99.999.999.999-Gesner-Pesq_Mercado-(RPV)-Ori-3

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DOCUMENT O N.º 06-A

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DOCUMENTO N.º 7

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DOCUMENTO N.º 07-A Perícia Gesner

05/01/07. Prezada Eng.ª Marta Lígia, Seguem situações de cálculo e respectivos resultados. Por fim, o valor final (Situação III). Atenciosamente, Ricardo Passos Eng.º Civil /Perito. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ SITUAÇÃO I Dados Coletados Pela Perícia Salas, Espaços e Prédios • Tendo em vista somente os dados coletados durante a Perícia, referentes a salas, vãos em andares e edifícios comerciais para aluguel, os valores obtidos estão próximos aos apresentados nos demais laudos juntados aos Autos. • Desconsiderados elementos localizados fora do SCN (Setor Comercial Norte). • O valor encontrado é bastante próximo dos demais valores demonstrados nos laudos trazidos aos Autos. • R$ 75.179,00 (Salas /Prédios /Perícia). SITUAÇÃO II Todos os Dados Disponíveis Salas, Espaços e Prédios • Considerados os dados disponibilizados nos Autos, bem como os coletados no mercado, excluídos os elementos repetidos. • Desprezados os elementos localizados fora do SCN e proximidades. • R$ 79.615,00 (Salas /Prédios /Todos). SITUAÇÃO III

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Dados Existentes e Outros Levantados Somente Edifícios • Considerando somente os edifícios disponíveis nos Autos e encontrados no mercado durante a Perícia. • Desconsiderados elementos localizados fora da região em que se definiu o mercado identificado. • R$ 113.676,00 (Prédios /Todos). Obs.: • Os dados obtidos de mesmo imóvel, em datas diferentes, foram mantidos como novos dados. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- SITUAÇÃO I.

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SITUAÇÃO II.

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SITUAÇÃO III.

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Diferenças de Valores

75.179,0079.615,00

113.676,00

-

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

01 02 03

Val

or d

o A

lugu

el (R

$)

Dados ColetadosPela Perícia

Todos os DadosDisponíveis

Dados Existentes eOutros Levantados

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DOCUMENTO N.º 08

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DOCUMENTO N.º 09

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DOCUMENTO N.º 10

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DOCUMENTO N.º 11

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal da 4a Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal.

Processo no Autos no PROTOCOLO no

2000.34.00.022.349-0 xxxxxxxx xxxxxxxx Autor Réu Natureza do Feito

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Gesner José de Oliveira Filho e outros.

Ação Ordinária de Improbidade Financeira.

Todos os direitos autorais são reservados ao Perito / Autor, garantidos pela legislação vigente.

Ricardo Passos Vieira, Engenheiro Civil / Perito, suficientemente qualificado nos Autos acima especificados, em atendimento ao despacho exarado às folhas 939/942, comparece, com o devido respeito e acatamento, à Honrada presença de Vossa Excelência para a finalidade especial de apresentar o Laudo Técnico resultante dos trabalhos periciais, cujos termos encontram-se formalizados a seguir :

INTRODUÇÃO : Identificam-se, nestes prolegômenos, enfoques e conhecimentos técnico-científicos

abrangendo recomendações jurídicas, sociológicas, bem como históricos do caso vertente. Observou-se, para tanto, o posicionamento impessoal e isento de tendências; mesmo porque, voltado para a perfeita aplicabilidade como ferramental auxiliar, destinado ao posterior aprofundamento pela Autoridade Judiciária; esta, conhecedora dos meandros basilares da matéria e encarregada dos nobres labores de apuração e refino.

Antepondo a exposição da matéria, apresenta-se a temática abarcada no presente trabalho. De tal sorte, enfatizou-se os objetivos e método de abordagem, por intermédio de sistematização das idéias e, bem assim das nuances levantadas, em face da realidade fática vivenciada durante os labores periciais. Destarte, tomou-se por escopo o fornecimento da noção panorâmica (global) dos

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fenômenos e ocorrências, aqui visualizadas. Preocupou-se, outrossim, em destinar melhor compreensão inerente à aplicação jurídica, comum ao ramo do Direito, introduzindo o leitor aos conceitos e terminologias técnicas, ora aplicadas.

Meta(s) :

A presente Perícia Técnica de Engenharia, cujo Laudo aqui se configura, tem por meta relatar

e documentar as percepções encontradas, em consonância com as indicações abaixo apontadas. Descrevendo, também, as condições em que se acham, bem como, tecendo entendimentos técnicos cabíveis. E, oferecendo, nesse sentido, respostas aos quesitos apresentados.

Tem-se por meta, no presente trabalho, a determinação do justo valor locativo de

mercado, no tocante ao edifício comercial ocupado pelo CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA (CADE).

Objeto da Prova: Constituem objeto da prova pericial os seguintes elementos : indicativos, situações

circunstanciais, localização, e, ainda, condições e percepções afins identificadas, relativamente aos questionamentos do :

Prédio Comercial do tipo para escritórios, localizado no SCN, Quadra CN-02, Bloco

(projeção) “C”, n.º 900, Asa Norte, no Plano Piloto da cidade de Brasília-DF.

Sumário : Elaborou-se um sumário do presente trabalho, com a finalidade de facilitar a localização das

matérias enfocadas e seus respectivos títulos. Isso feito, de acordo com os tópicos, possibilitando, assim, o esclarecimento dos principais itens abordados, como forma de distinguir apenas os elementos necessários para cada fase processual. Permitindo, pois, ao Meritíssimo Julgador, maior facilidade no acesso aos diversos tópicos do vigente Laudo Pericial. Economizando, assim, o precioso tempo desse Magnânimo Magistrado. Perfaz, portanto, o conjunto de documentos e de fatos ora apresentados, destinados à decisão do caso sub judice :

Item Discriminação Páginas

1. INTRODUÇÃO : ........................................................................................................................................... 55

1.1. META(S) : ................................................................................................................................................ 56 1.2. OBJETO DA PROVA: .................................................................................................................................. 56 1.3. SUMÁRIO : ............................................................................................................................................... 56 1.4. BREVE HISTÓRICO : ............................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO . 1.5. PROCEDIMENTOS USADOS : ................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO . 1.6. DILIGÊNCIAS EFETUADAS : .................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO . 1.7. ENCARTES : .......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO .

2. DESENVOLVIMENTO : ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

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2.1. DEDUÇÕES : ......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO . 2.2. RESPOSTAS AOS QUESITOS .................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO .

3. CONCLUSÃO : ............................................................................................................................................. 57

3.1. DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................... 57 3.2. PARECER TÉCNICO ................................................................................................................................... 58

4. SUPLEMENTO : .............................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

4.1. PRELÚDIO : .......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO . 4.2. DESENVOLTÓRIO :................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO .

5. ANEXOS : ......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

5.1. DOCUMENTOS UTILIZADOS: ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO . 5.2. DEMONSTRATIVOS TÉCNICOS: ............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO . 5.3. DADOS OBTIDOS: ................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO .

Para um entendimento genérico e preliminar, basta a leitura dos itens : 0 no que tange ao

Objeto da Prova e 0 do Parecer Técnico acoplado ao item conclusivo. Pretendendo maiores conhecimentos quanto às condições fáticas e contextuais, sem no entretanto muito aprofundamento no caso, examinar também o item Erro! Fonte de referência não encontrada. relativo às Respostas aos Quesitos.

Consta da Introdução, completo histórico do que foi realizado para a busca de elementos e de dados suficientes para o entendimento técnico da demanda; tudo, com eficaz abrangência dos pontos questionados, tendo sido indicados os procedimentos e metodologias adotadas, bem como ferramentais empregados, para o alcance dos fins colimados.

O item relativo ao Desenvolvimento do trabalho, abarca o conteúdo das percepções obtidas a partir dos princípios que se assentaram à discussão, contendo completa análise dos meandros da questão, com as respectivas deduções e respostas aos quesitos formulados.

Na sequência, vem a Conclusão, item dedicado à solução sumarizada e dedução da ilação razoável da problemática configurada, como bases firmes para formação do completo juízo da coisa periciada, contendo, ainda, os necessários remates e termo final.

Este LAUDO é sequenciado por Suplemento como parte adicionada ao todo para melhor compreendê-lo, e para esclarecer detalhes condizentes, oferecendo aperfeiçoamento a pontos importantes para a captação das nuances encontradas e solucionamento técnico proposto, como aditamento à matéria ordinária, em sua complementação.

Acompanham este LAUDO PERICIAL os Anexos nos quais estão contidas discriminações das provas trazidas para o mister, bem como demonstrativos e memoriais consubstanciadores, juntados dos elementos probantes de natureza documental, com as respectivas fontes; tais documentos, indicativos ou indícios de onde podem ser encontrados outros elementos para a correspondente análise judicial.

[ ... ]

CONCLUSÃO : Como consequência da argumentação aqui consignada, são apresentadas nos próximos itens,

as conclusões dos silogismos apresentados; passando, evidentemente, das premissas para os resultados propostos, cuja veracidade é decorrente das primeiras, tendo origem em argumentação expositiva da essência do que se fez deduzido e comprovado.

Disposições Gerais

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O Parecer Técnico foi fundamentado com base nos fatos e condições obtidas por informações contidas nos próprios Autos, bem como, por parte de pessoas conhecedoras do caso, que trouxeram abrangentes esclarecimentos.

As respostas aos quesitos formulados, após criteriosamente analisadas e calcadas nas percepções colhidas durante todas as diligências, visando a maior fidelidade possível das situações encontradas, atenderam às respectivas indagações.

Além de tecer outras considerações, como demonstrado ao longo deste documento pericial e de seus anexos, o parecer, ora exarado, procurou atingir em plenitude :

O valor de mercado do aluguel do edifício ocupado pelo CONSELHO ADMINISTRATIVO

DE DEFESA ECONÔMICA (CADE), tanto em épocas passadas, como na atualidade.

Das deduções formais apresentadas neste documento técnico, extraiu-se conclusões

logicamente embasadas por implicação via das proposições permissivas formadas, entre as quais :

Itens sinalizados com a letra “X”. Operações destinadas à pesquisa de documentos sobre a situação do objeto “sub judice”; - Resultados de medidas de extensão e delimitações da coisa periciada. - Informações comerciais, coletadas através de cotações de preços de insumos de construção. X Pesquisa de mercado relacionada a transações imobiliárias (imóveis similares); sendo, portanto, fornecida a competente análise mercadológica, pautada em Normas Técnicas e estudos matemáticos, aliados ao tratamento estatístico, nos moldes apresentados.

X Opiniões de usuários acerca da utilização e aplicabilidade de produto. - Observações : Cálculos avaliatórios do aluguel de edifício comercial, localizado no SCN de

Brasília-DF.

Parecer Técnico O parecer técnico encontra-se formulado nas respostas aos quesitos, fundamentado pelas

considerações e análises tecidas ao longo do desenvolvimento deste Laudo Técnico, restando comprovados os fatos, de forma incontroversa, de que :

Os resultados da avaliação realizada para o aluguel do edifício localizado no SCN, Quadra

CN-02, Bloco (projeção) “C”, n.º 900, Asa Norte, no Plano Piloto da cidade de Brasília-DF, foram de que o valor à época em que foi celebrado o contrato de locação, ou seja, 29/09/000, foi calculado em R$ 69.000,00 (sessenta e nove mil reais). E o cálculo efetuado com base em dezembro de 2005, resultou em R$ 113.000,00 (cento e treze mil reais).

É a conclusão.

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Após as explicitações apresentadas, o Perito signatário espera ter esclarecido suficientemente os meandros técnicos da questão, permanecendo ao inteiro dispor desse Douto Juízo, propendendo-se a esclarecer outros pormenores que possam melhor elucidar possíveis dúvidas, de modo a propiciar ao Preclaro Magistrado condições para uma justa decisão.

Termos em que, pede e espera acolhida. Brasília-DF, aos 08 (oito) dias do mês de janeiro de 2007.

______________________________ Ricardo Passos Vieira

Engenheiro Civil / Perito CREA/GO 3.914-D

Instituições Classistas às quais encontra-se filiado este Profissional : Este Perito é membro do

Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias - Departamento de Goiás - IBAPE / GO e Instituto de Engenharia de Avaliações e Perícias do Distrito Federal - IBAPE / DF.

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DOCUMENTO N.º 12

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal da 4a Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal.

A u t o sem n.º : xxxxxxxxxxxx Processo n.º : 2 0 0 0. 3 4. 0 0. 0 2 2. 3 4 9 - 0 Protocolo n.º : xxxxxxxxxxxx Requerente : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Requerido(a) : Gesner José de Oliveira Filho e outros. Natureza do Feito : Ação Ordinária de Improbidade Financeira. Vinculação : xxxxxxxxxxxx

Ricardo Passos Vieira, suficientemente qualificado nos Autos em epígrafe,

comparece, alicerçado no respeito e acatamento costumeiros, à Digna presença de Vossa Excelência com o fito especial de EXPOR, e, ao final, REQUERER o recebimento (com o respectivo comprovante) do LAUDO TÉCNICO resultante dos labores periciais ora realizados, consubstanciado à frente.

1) Preliminarmente, imbuído de inarredável vênia, vale-se da oportunidade

para ROGAR por reais desculpas pelo atraso na apresentação do mencionado material técnico, e esclarecer os justos motivos da demora ocorrida, o que passa a fazer na sequência.

MOTIVOS DA MOROSIDADE ACÚMULO DE SERVIÇOS

2) É certo que os trabalhos periciais têm ficado paralisados por mais tempo que o devido, em face do acúmulo de serviços originários dos diversos Órgãos do Poder Judiciário, tanto na esfera Comum como na Federal; até mesmo aqueles provenientes das Circunscrições Judiciárias de outros Estados, bem como do Distrito Federal, onde este Profissional / Perito presta seus serviços técnicos. Assim, pois, foram desenvolvidos trabalhos nesta, bem como em outras unidades da Federação, no interstício de tempo em que ocorreram as tramitações do processo em tela.

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3) Em verdade, assim que um trabalho é paralisado e iniciado outro, não é

possível retornar ao primeiro, imediatamente após determinado; até porque, as frentes de serviços se desenvolvem, na maioria das vezes, em locais afastados dos pontos de atendimento deste Expert, impossibilitando o atendimento imediato.

[ ... ]

15) Durante tal interstício de tempo, alguns Juizes se sentem insatisfeitos com o atendimento, e com razões; até porque, persiste, por algumas vezes, a falta do esperado retorno. O que, é puramente contingencial e jamais intencional. Pelo que, o Profissional / Perito PEDE COMPREENSÃO.

16) A pretensão do Experto signatário é deixar clarificado que as aparentes faltas, em verdade, são resultantes do extremo zelo e dedicação com que labora em cada caso; esses mesmos casos, que são tratados concentradamente por toda equipe técnica disponibilizada naquele determinado período.

LIMITAÇÕES TÉCNICAS

17) A escassez de dados e a falta de elementos necessários é uma tônica nos trabalhos periciais realizados; tal ocorrendo, devido à natureza das provas técnicas exigidas nos processos, nos quais os litigantes tentam ocultar, ao máximo, uns dos outros, durante as batalhas judiciais. Ou, ainda, há um desconhecimento, além de idéias destorcidas da realidade, por uma e outra parte, as mesmas que se tornam conflitantes.

18) Por outro lado, os intrincamentos alcançados pelos questionamentos, na

maior parte das vezes, são originários das imensas dificuldades de serem distinguidos e atingidos, como elementos técnicos imprescindíveis às análises periciais.

19) De tal sorte, consiste em etapa importante do trabalho técnico a pesquisa à

legislação em vigor; isto feito, com anotações alusivas aos mandamentos e implicações dessas legislações para embasamento dos procedimentos adotados. A estrutura legal e normativa do que se está afirmando é fundamental para a atividade pericial. Não basta, pois, somente apontar as regras existentes; mesmo porque, tem que ser demonstrada a aplicabilidade de cada uma delas no caso sob exame.

20) Assim, percebeu-se as seguintes particularidades no presente caso, quanto

aos resultados técnicos obtidos :

• Tornaram-se absolutamente necessários os levantamentos em busca de dados de mercado pertinentes a edifícios para aluguel.

• Foi percebida uma situação de mercado incomum (“sui generis”) e que precisava ser

comprovada e melhor avaliada. • Detectada falta de dados comparativos no mercado.

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• Houve a necessidade de serem encontradas informações apropriadas para aquela

determinada parcela estudada no mercado imobiliário. • Em casos incomuns como o avaliado, são necessárias diversas checagens dos dados

obtidos; esses mesmos que importa serem encontrados estabilizados junto à realidade vigente.

• Imprescindíveis foram as averiguações concernentes à veracidade dos dados, bem

como, a aplicabilidade das informações coletadas junto à realidade atual. • Também não poderia deixar de existir comprovações dos fatores implicativos da

situação encontrada, os mesmos que foram levantados e verificados quanto ao inter-relacionamento desses mesmos fatores; percebendo-se, pois, a real mecânica do mercado de aluguéis dos edifícios comerciais.

• Registrou-se a necessidade de extensão da pesquisa para datas seqüenciadas, visando

encontrar novos elementos de mercado. • Também a obrigatoriedade da observância pelas Normas Técnicas Brasileiras de um

número mínimo de dados comparativos de mercado, que NÃO havia sido atingido. • As exigências da Norma são originadas da observância legal correspondente, portanto

devem ser cumpridas. • Também pela lógica, NÃO são aceitáveis comparações com um número inferior a 03

(três) elementos extraídos. Caso contrario, se tornariam tendenciosas. • As características de mercado, ora levantadas, exigiram maiores estudos para o

completo entendimento da situação, devido aos envolvimentos e as conseqüências do deslinde da questão.

• As informações conseguidas tiveram que ser melhor detalhadas, devido às necessidades

apresentadas no caso periciado. • Diversos rastreamentos (verificações) tornaram-se imprescindíveis para delimitar o

comportamento dos imóveis pesquisados, diante da realidade mercadológica identificada.

• Comprovações firmes tiveram que ser rastreadas (buscadas), porque somente estas

poderiam fornecer firmes embasamentos para as conclusões. • Aconteceu, Meritíssimo Julgador, que durante as pesquisas de elementos para a

avaliação do aluguel sob questão, o mercado, naquele local, não possuía imóveis em oferta ou outros transacionados além daqueles que já haviam sido carreados para o bojo dos Autos; ou seja, aqueles mesmos que foram apresentados nas listas de elementos de pesquisa integrantes dos laudos juntados nos Autos. Tal escassez de imóveis para efeito de comparação impediu a reunião de dados suficientes para a conclusão da avaliação, no tempo previsto.

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21) Todos os detalhamentos apontados implicaram em muito maior

disponibilidade de tempo para que fossem reunidos suficientes subsídios; sem os quais, não seria possível a realização da Perícia. O maior volume de pesquisas e respectivas vertentes encontradas obrigou maiores análises e verificações; o que, também demandou bastante tempo complementar.

22) Por um raciocínio paralelo, o Senhor Juiz lê e analisa as exposições contidas

nos Autos, estuda e elabora importante decisão. Contudo, para que seja realizado esse trabalho é gasto determinado espaço de tempo. Caso se tornem necessários maiores aprofundamentos, serão efetuados mais estudos, sendo certo o dispêndio de quantitativo suplementar de tempo. Portanto, não é possível gastar-se o mesmo quantitativo de tempo daquele em que se tivesse realizado apenas uma etapa de estudos.

23) Ainda neste exemplo, o aproveitamento de estudos já realizados, constantes

dos Autos, é de exclusiva condução do Magistrado Diretor do feito. Isso, porque é o Senhor Juiz quem mais domina o processo, como nenhum outro. Até por que, é a autoridade máxima no controle do processo, o mesmo que determinou fosse realizada a perícia, por extrema necessidade, diante dos limitado conteúdo dos Autos.

24) Existem espécies de estudos que não podem ser confiados a auxiliares do

Juízo, porque a necessidade ultrapassa em muito a capacidade dos mais qualificados serventuários da Justiça.

25) Quando percebido pelo Senhor Magistrado a imprescindibilidade de estudos

complementares, sendo incompatível a delegação de tais tarefas a auxiliares, é certo que será tomado mais tempo para tal desiderato.

26) Assim também acontece com o Perito. Ao notar a exigência de estudos mais

extensos, não poderá delegar atribuições suas a outrem; tanto por impedimentos legais, como pelas limitações dos recursos humanos disponíveis; caso insista nisso, gastará mais tempo que o previsto até a finalização de seus trabalhos, durante infindáveis revisões e corrigendas a relatórios incompletos e defeituosos.

27) O LAUDO ora apresentado contém provas cabais do acréscimo de trabalhos

realizados em relação à proposta inicialmente apresentada. Especifica-se as parcelas do LAUDO em que foram registrados os fatos diligenciais que ocasionaram atraso na Perícia :

• Pesquisa de outros elementos de mercado, além dos inicialmente encontrados, contendo dados de edifícios completos para aluguel. (Veja o Anexo V do LAUDO).

• Exigência legal e normativa que obriga a existência de um número mínimo de elementos comparativos de mercado, para que seja validada a avaliação. (Seqüência definida no Demonstrativo n.º 05, do Anexo IV).

• Aprofundamento dos estudos e outras análises relativas aos dados apresentados nas peças dos Autos, as mesmas que foram citadas no LAUDO.

• Simulações avaliatórias compreendidas nos demonstrativos 02, 03 e 04, do Anexo IV. • Suplemento laudativo disposto em seguida ao corpo do LAUDO da Perícia.

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TRABALHOS EM EQUIPE

28) Atualmente encontram-se em andamento uma série de processos nas mãos deste Profissional para o deslinde de dificílimos questionamentos técnicos. Para o que, viu-se na contingência de cercar-se de auxiliares de alto gabarito nos diversos ramos da Engenharia, para dar cabo do grande quantitativo de serviços que lhe foram confiados pelos Meritíssimos Magistrados. Todavia, a produtividade da Equipe Multidisciplinar, ora montada, ainda não atingiu o patamar desejado; pelo que, a celeridade almejada ainda não foi alcançada.

29) A concatenação da equipe técnica é imprescindível na realização dos

trabalhos.

30) Em geral, os trabalhos são efetuados em equipe visando maior produtividade. Contudo, nas avaliações e perícias não é bem assim. Até porque, a inclusão de mais elementos na equipe torna-se necessária para ampliação do alcance das verificações técnicas, o que é inevitável nos casos de envolvimentos multidisciplinares. É certo, porém, que as execuções periciais dependem da condução dos membros da equipe, o que é função obrigatória do Perito como contratante. A coordenação dos trabalhos técnicos entre os membros da equipe, muitas das vezes, demanda muito maior tempo do que propriamente as etapas previstas na Perícia.

[ ... ]

35) Essas modificações referenciadas, foram executadas para otimização do atendimento, mantendo-se, porém, a eficácia da qualidade já alcançada nos trabalhos produzidos. Razão por que, houve um período de muitas dificuldades, provocando atrasos nas respectivas entregas das produções periciais. Pelo que, SUPLICA-SE PELA DOUTA COMPREENSÃO de Vossa Excelência.

36) Para dar conotação ao atendimento prestado por este Perito, dependendo da necessidade no presente caso, apresenta-se, em anexo, a relação dos processos em que este Vistor está atuando em suas respectivas atribuições, ou seja, na condição de profissional da confiança dos Nobres e Doutos Magistrados.

RELAÇÃO DE PROCESSOS EM ANDAMENTOS PERICIAIS

Condição indicada com uma letra “X”

Está sendo anexada a Relação de Processos em que este Profissional está atuando como Perito.

Sim - Não X

COMPLEXIDADE

37) Toda a tramitação pericial foi muito mais trabalhosa do que seja possível prever. A situação fática formada ensejou ampliação dos rastreamentos e afunilamentos das prospecções, os mesmos que desencadearam diversos detalhamentos que passaram a ser obrigatórios. Toda essa situação inovada, que surgiu durante a realização dos trabalhos, era imprevista.

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38) Deve ser considerada ainda a imprevisibilidade das condições encontradas, porque somente vieram à tona depois de examinados pormenores e enfoques apenas inteligíveis àquele que é sabedor do assunto e que se acha habilitado para fazer perícias.

39) A situação do objeto do trabalho técnico, no momento da perícia, exigiu

extensão de uma ou mais atividades concernentes à vistoria, rastreamentos, pesquisas, estudos e/ou análises. Maiores quantitativos de tarefas destinadas ao aprofundamento dos exames técnicos, por óbvio, demandaram mais tempo do que o previsto. O que, ocorreu igualmente, devido à maior abrangência das verificações que passaram a ser exigidas.

40) Quantitativos superiores de detalhamentos, acima daqueles que foram

noticiados como necessários nos Autos, desde a formação da proposta de trabalho, são bastante perceptíveis no LAUDO TÉCNICO ora apresentado. Referidos ajustes e acréscimos se tornaram imprescindíveis diante da situação encontrada na prática.

41) Evidencia-se importante apontar as características mais marcantes do trabalho realizado, isto é, aquelas mesmas que demandaram maior quantitativo de tempo do que o previsto. Para que se tenha exata idéia da maior complexidade do que o esperado, tem-se que :

• Pesquisa de dados de mercado. • Pesquisa da situação de mercado (indicativo por intermédio de matérias /publicações). • Estudos concernentes à situação de mercado encontrada. • Análises detalhadas dos dados rastreados (levantados). • Realização de diversas seqüências de cálculos destinados à definição das grandezas

envolvidas. • Compreensão da realidade por diversas simulações matemático-estatísticas dos

resultados das pesquisas. TRABALHO INTELECTUAL

42) Existe uma grande limitação à celeridade dos trabalhos, que é a produção intelectual. A parte intelectiva dos labores depende do fluxo das idéias. A concatenação das idéias torna-se mais dificultada à medida em que é ampliada a complexidade para o encontro dos dados necessários à formação do completo parecer sobre a matéria. Portanto, a formação das idéias depende da disponibilidade de dados suficientes para o entendimento do conjunto das questões alusivas ao assunto.

43) Se os elementos necessários para a formação dos pensamentos demoram a

ser reunidos, tanto mais tempo será gasto para composição das impressões necessárias para formação de completa idéia da problemática analisada.

44) O surgimento das idéias não é como o fornecimento de coisas prontas, que

se mantém em estoque. Existe todo um processo de formação e agregação dos pensamentos, a partir das percepções obtidas e encadeamento do raciocínio, como caminhos a serem trilhados, destinados ao assentamento e final transmissão das idéias.

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[ ... ]

50) Percebe-se, com facilidade, que não adianta impor tempo limite para o assentamento imprescindível das idéias, as mesmas que são deduzidas de complexos encadeamentos dos fatos; estes mesmos, que precisam ser compreendidos com a necessária amplitude, para que se estabeleçam conhecimentos fáticos com profundidade, trazendo a máxima segurança quanto ao que se afirma.

51) Se as idéias são deduzidas a partir de elementos externos e independentes do

pesquisador, as conseqüências advindas da análise de tais fenômenos não podem ser atribuídas ao pensador.

OBSTÁCULOS ADMINISTRATIVOS-GERENCIAIS

52) Importa ficar sabido que a multiplicação do número de tarefas técnicas, causadas pelo discernimento de situação mais complexa que o previsto, provoca crescimento proporcional do número de afazeres administrativos. Ocorre que, devido à maior quantidade de tarefas administrativas comparadas ao número de tarefas técnicas, o crescimento do trabalho motivado pela maior complexidade é muito mais expressivo.

53) A exemplo, como bastante conhecido no meio judicial, a possibilidade de

um único recurso a mais em um processo, faz desencadear uma série de trabalhos cartorários, propiciando delongar o tempo necessário para finalização daquele determinado processo.

54) O tempo previsto para realização de um trabalho que padece de aumentos

em sua abrangência, com a integração de maior quantitativo de elementos e partes, logicamente experimentará significativo crescimento.

55) Enfatiza-se também, que o pior de tudo é que o número de tarefas

incrementais administrativas, apesar de muitas vezes maior que os procedimentos técnicos propriamente ditos, não pode ser percebido durante a leitura do LAUDO resultante. As atividades auxiliares são produzidas nos bastidores, portanto, invisíveis aos que têm acesso a seus resultados.

56) Diferentemente do trabalho judicante, em que as tarefas administrativas do Cartório, ou mesmo as tramitações processuais, são realizadas por serviço auxiliar, isso não é possível nas avaliações e perícias, ficando o Expert na incumbência de realizar pessoalmente as tarefas mais complexas e fiscalizando diretamente as mais simplificadas.

[ ... ]

66) O encargo abraçado por este Perito no Processo sob referência é uma atribuição de extrema responsabilidade, que implica em conseqüências importantes, muitas vezes, muito graves; justificativas estas, de conteúdo preponderante, vez que, o resultado apresentado jamais fará Vossa Excelência cair em erro ao decidir; até porque, é de teor firme e valioso, contextuado em bases extremamente sólidas da verdade real. Observou-se, ainda, que, neste caso, a busca de elementos insofismáveis e bem abalizados somados ao empenho de ajustar sua equipe de trabalho, fizeram extrapolar o tempo concedido. Pelo que, mais uma vez ROGA POR DESCULPAS, fazendo desdobrados esforços para que tal não mais se repita. O Profissional signatário declara, também, que tem prazer em cumprir rigorosamente as determinações emanadas

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dos Magistrados, principalmente desse Emérito Juízo; mesmo porque, proporciona a este Perito a oportunidade de sentir-se útil à sociedade, contribuindo para as sábias decisões judicantes.

67) É neste sentido que estão sendo buscadas todas as formas de serem evitados

novos atrasos, conforme apresentado na peça anexa, intitulada BUSCA DE SOCUÇÕES.

68) Estão presentes e consignadas, assim, as explicitações dos motivos e dos fatos que propiciaram a demora (atrasos) no retorno dos trabalhos periciais, sob realização.

PROBLEMAS SOLUCIONADOS

69) Outro ponto que deve ser tocado é que a aparente perda trazida pela extrapolação do tempo marcado para entrega dos serviços periciais, será sobejamente recompensada pela qualidade e firmeza do trabalho ora entregue, cujos resultados confirmarão a confiança depositada neste Profissional.

70) Vale ressaltar, que o serviço técnico ora conduzido aos Autos, propiciou a

solução DEFINITIVA para os questionamentos configurados.

71) Trabalharam na tentativa de solucionar a pendência, inúmeras autoridades competentes, bem como, profissionais capacitados, mas o esforço conjunto e as ponderações apresentadas não foram suficientes para sustar, em definitivo, a problemática instalada.

72) No entretanto, o labor pericial que se apresenta constitui elemento

PROBANTE E DEFINITIVO, contextuado em resposta solucionadora para as questões indicadas.

73) No que tange às demais peças distinguidas nos Autos, importa frisar:

• O trabalho pericial produzido é muito mais extenso e abrangente do que os demais apresentados nos mesmos Autos sob menção.

• Os laudos juntados anteriormente não podem servir de base para avaliação do conteúdo da peça ora configurada.

• Os laudos que já se encontravam nos Autos possuem o devido valor, conforme utilizados nos correspondentes momentos do Processo.

• Os dados trazidos nos laudos juntados por outros profissionais serviram de subsídios para formação do LAUDO ora apresentado por este Perito.

74) Durante os esforços desprendidos para realização desta Perícia, o Profissional signatário passou a ter completo conhecimento dos aspectos encontrados nos Autos, naquilo que é atinente às nuances técnicas dos questionamentos. As necessárias prospecções foram realizadas com a máxima profundidade, de modo que todas as condições que envolvem o objeto da prova, bem como a situação em que se encontrava passou a ser conhecida, tendo sido detalhadamente registrada na peça técnica resultante.

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75) A minudência e amplitude com que foram examinados os diferentes matizes do problema, permitiram completo domínio dos envolvimentos técnicos atinentes aos questionamentos.

76) O LAUDO PERICIAL ora configurado constitui peça bastante explicativa,

rica em detalhes e contextuada via de comprovações insofismáveis de tudo o que se afirma. Efetuada de acordo com as determinações legais, seguindo os parâmetros estabelecidos pelas Normas Técnicas e/ou dotado de demonstrações apropriadas especificamente para o caso, sob firmes bases científicas. Foram tratados todos os aspectos conflitantes, além de outros achados importantes especialmente para o esclarecimento do Juízo.

SEGURANÇA

77) Dado o conjunto de aprofundamentos e enriquecimentos de que foi formado

o LAUDO, o mesmo possui elevado valor técnico, além de plena força jurídica. Constitui-se como peça cabalmente confiável, podendo subsidiar as mais difíceis decisões, em quaisquer instâncias ou tribunais.

78) A experiência profissional alcançada já se alarga por diversos anos, com a realização de trabalhos técnicos em um grande número de processos. Os labores periciais produzidos versam sobre diversificadas matérias, tendo sido deslindados questionamentos complicadíssimos. Fizeram-se inclusos no curriculum vitae deste Profissional variados tipos de problemas nos quais tiveram atuação competentes profissionais. No entretanto, o caso somente foi resolvido depois da atuação do Perito firmatário.

[ ... ]

82) Por oportuno, salienta que : os subsídios trazidos para o bojo dos Autos foram minuciosamente processados por Equipe Multidisciplinar, coordenada por este Profissional; deste modo, enfatiza que o LAUDO junto prepondera como prova de cabal confiabilidade e de insofismável valor científico / técnico / jurídico, em consonância com a legislação em vigência.

83) Além do que, reputa-se como razoáveis as presentes justificativas. Pelo que,

PEDE-SE sejam CONSIDERADAS.

MULTA

84) Se fosse realizado um trabalho mais simplificado, o tempo consumido seria bem inferior ao despendido por este “Expert” .

85) A extensão das peças técnicas produzidas, por si, não é indicadora fiel da

profundidade de um trabalho técnico. O que efetivamente tem valor é o conteúdo do LAUDO resultante, adentrado às circunstâncias e firmemente fundamentado.

86) A nomeação de peritos nos processos advém do fato de que o juiz não é tecnicamente apto, ou não possui conhecimentos suficientes, nem pode satisfazer as condições legais para suprir com todas as informações de caráter técnico e especializado, de que necessita o

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processo. Este é, inclusive, o fundamento legal porque é exigida a participação de técnicos nos processos judiciais.

87) O mesmo acontece na iniciativa privada, em que há a contratação de

consultores quando não se conhece ou não se sabe como resolver determinado problema.

88) O Juiz, entretanto, não está adstrito ao LAUDO PERICIAL , podendo formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos Autos. É correto, inclusive, que seja desconsiderado o laudo do perito nomeado em função do conteúdo de parecer de assistente técnico de uma das partes.

89) Os labores anteriormente juntados nos Autos possuem limitações tantas que

obrigou a realização de um trabalho mais abrangente. Não quer dizer que os laudos apresentados sejam bons ou ruins, mas, simplesmente, que foram limitados ao que foi solicitado, restritos ao momento em que foram realizados. Com isso, percebe-se claramente que o nível de detalhamentos necessários ao desvendamento dos pontos que permaneceram obscuros eram cruciais.

90) Qualquer omissão poderia deixar de trazer análises importantes sobre

matéria extremamente complicada, já bastante polemizada, e que certamente levaria Vossa Excelência a erro, fazendo desviar o justo curso do processo.

91) Tal constatação pode ser facilmente compreendida, sem maiores análises,

por simples leitura dinâmica do laudo junto.

92) É impossível ao leigo bem avaliar se o trabalho abrangeu todos os pontos necessários para o completo entendimento do problema, sob uma abordagem técnico-científica, muito menos para o embasamento do Senhor Juiz.

93) O labor apresentado pelo Perito tem que proporcionar cabal firmeza para os

posteriores atos do Juízo, que irá se utilizar dele para decidir com Justiça. Diante da perceptível complexidade da Perícia, para bem avaliar o aprofundamento e completa segurança dos resultados configurados no LAUDO , o Magistrado teria que determinar nova perícia.

94) Existe grande dificuldade em discernir entre trabalho realizado com limitações e outro que tenha alcançado seguro aprofundamento e dotado dos necessários detalhes. Mas somente o segundo é capaz de trazer completa segurança nas decisões dele advindas.

95) Ficou cristalino que um trabalho que examina ou que investiga mais a

fundo, ou com mais minudências e detalhamentos, despende de muito mais tempo para realização do que outro de abrangência limitada.

96) No tocante à definição de multa para o profissional que extrapolar

determinado tempo marcado, sem análise das reais causas do maior dispêndio de tempo, seria penalizar quem mais trabalha e absolver aquele profissional que trabalha menos, e com omissões.

97) Ficaria isento de multa o perito que entregasse um trabalho mais simplificado, ou até mesmo incompleto. O que, somente poderia ser notado muito mais tarde ou jamais, oportunizando milhões de explicações em contrário. A falta de subsídios técnicos de um trabalho dotado de quantitativo insuficiente de esclarecimentos seria desastrosa para o deslindamento da questão, fazendo com que o processo se arrastasse por diversos anos a mais. Podendo, inclusive, levar o Juízo a erro.

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98) Há que sopesar, ainda, o fato de que, quanto menos tempo gastar o profissional / perito, maior será sua margem de ganhos financeiros no trabalho que efetuar. Este Perito abriu mão de quase toda lucratividade que amealharia, para realizar o melhor trabalho possível, inigualado, neste Processo, por nenhum outro. O que não foi à toa, mas extremamente necessário para o caso formado, ora tecnicamente deslindado, não aparecendo ninguém que ofertasse algum resultado mais preciso e seguro, até o momento.

99) Diante dos fatos apresentados e exposições das situações vivenciadas, é que

este Perito compreende INJUSTA qualquer multa por prejuízo a que não deu causa. E, muito menos justo o apenamento de quem atuou com a máxima certeza de ter realizado o que de melhor poderia ter sido efetivado, em matéria de Perícia Técnica, neste Processo. É óbvio que dentro da situação e condições que se afiguraram como limitações intransponíveis para melhor desempenho.

100) Portanto, PEDE para que seja feita análise mais aprofundada de todo o exposto, e que Vossa Excelência se sensibilize para a inaplicabilidade de multa, no caso em tela.

FINALIZAÇÃO

101) Em seguida REQUERER que se faça determinada a correspondente JUNTADA, aos Autos supraditos, do Laudo Pericial ora concluído por este Profissional / Perito, para finalidade da competente apreciação desse Probo Magistrado, e demais providências consideradas importantes.

102) Independentemente, de qualquer decisão de Vossa Excelência, o Perito

infra-firmado, fazendo jus às atribuições que lhe são conferidas, apresenta expressões de fidelidade a esse Probo Magistrado.

103) Neste sentido, SUPLICA pela compreensão de Vossa Excelência,

mantendo-se leal ao cumprimento do compromisso assumido, como efetuado até o momento, bem como no futuro, consignando suas justificadas escusas pelo atraso ocorrido, e, de outro lado, garantindo a permanência como atalaia e como combatente fiel em auxílio da JUSTIÇA.

104) Mantém-se ao inteiro dispor para os esclarecimentos que se fizerem

necessários, tanto nesta peça, como no LAUDO apresentado. Nestes termos, pede e aguarda DEFERIMENTO. Brasília-DF, aos 19 dias do mês de janeiro de 2007.

RICARDO PASSOS VIEIRA Engenheiro Civil / Perito

CREA-GO/DF n.o 3.914/D

[ ... ]

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DOCUMENTO N.º 13

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DOCUMENTO N.º 14 Resolução n.º 1.025, de 30 de outubro de 2009, que dispôs sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, nos moldes dos artigos específicos da Lei nº 5.194, de 1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo e a Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977, que instituiu a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) na execução de obras e na prestação de serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. [ ... ] Art. 2º A ART é o instrumento que define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela execução de obras ou prestação de serviços relativos às profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA. Art. 3º Todo contrato escrito ou verbal para execução de obras ou prestação de serviços relativos às profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA fica sujeito ao registro da ART no Crea em cuja circunscrição for exercida a respectiva atividade. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo também se aplica ao vínculo de profissional, tanto a pessoa jurídica de direito público quanto de direito privado, para o desempenho de cargo ou função técnica que envolva atividades para as quais sejam necessários habilitação legal e conhecimentos técnicos nas profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA.

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DOCUMENTO N.º 15 LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966. Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. [ ... ] Art. 2º O exercício, no País, da profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo, observadas as condições de capacidade e demais exigências legais, é assegurado: a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de faculdade ou escola superior de engenharia, arquitetura ou agronomia, oficiais ou reconhecidas, existentes no País; [ ... ] Art. 13. Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de engenharia, de arquitetura e de agronomia, quer público, quer particular, sòmente poderão ser submetidos ao julgamento das autoridades competentes e só terão valor jurídico quando seus autores forem profissionais habilitados de acordo com esta lei. [ ... ] CAPÍTULO II Da Responsabilidade e Autoria Art. 17 - Os direitos de autoria de um plano ou projeto de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, respeitadas as relações contratuais expressas entre o autor e outros interessados, são do profissional que os elaborar. [ ... ] Art. 23. Os Conselhos Regionais criarão registros de autoria de planos e projetos, para salvaguarda dos direitos autorais dos profissionais que o desejarem.

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DOCUMENTO N.º 16

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DOCUMENTO N.º 17 STJ julga ação de perito contra determinação da devolução dos honorários periciais.

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 30.115 - SP (2009⁄0122366-9) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : CLÁUDIO AUGUSTO LEAL DA COSTA

ADVOGADO : NILTON SERSON E OUTRO(S)

RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA PROCESSUAL CIVIL – HONORÁRIOS PERICIAIS – DIREITO DO AUXILIAR DO JUÍZO – PREVISÃO LEGAL – IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO JUDICIAL QUE NEGA TAL PAGAMENTO – POSSIBILIDADE EM TESE – CITAÇÃO DOS LITISCONSORTES NECESSÁRIOS – AUSÊNCIA – POSTULADO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL NÃO OBSERVADO. 1. É cabível mandado de segurança impetrado por perito judicial contra ato que determina a devolução dos honorários periciais. Ordem judicial proferida após a conclusão da perícia. 2. O ato que determina a devolução dos honorários periciais, quando já exercido o labor profissional pelo expert, configura ilegalidade manifesta que não pode ser combatida pelos meios recursais usuais, uma vez que o perito não é parte e nem interessado na causa. 3. O perito judicial deve ser remunerado pelo trabalho que realiza, nos termos do art. 10 da Lei n. 9.289⁄96 e art. 33 do CPC. 4. Impetrado mandado de segurança contra ato judicial, impõe-se a citação de todos os litisconsortes passivos necessários, notadamente porque suportarão no processo principal o ônus financeiro pela paga dos honorários periciais. 5. Ausente a citação dos litisconsortes passivos necessários, há violação do postulado do devido processo legal. Precedentes desta Corte. Recurso ordinário improvido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Mauro Campbell Marques, Eliana Calmon e Castro Meira votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 10 de agosto de 2010(Data do Julgamento) MINISTRO HUMBERTO MARTINS Relator RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 30.115 - SP (2009⁄0122366-9) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : CLÁUDIO AUGUSTO LEAL DA COSTA

ADVOGADO : NILTON SERSON E OUTRO(S)

RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL

ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO MARTINS (Relator):

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Cuida-se de recurso ordinário em mandado de segurança interposto por CLÁUDIO AUGUSTO LEAL DA COSTA, com fundamento no art. 539, II, "a" do Código de Processo Civil, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado (fls. 443⁄444-e): "PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE SEGURANÇA. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. INEXISTÊNCIA DE ATO COATOR. 1 - Do simples exame da peça inicial deste mandado de segurança, pode-se concluir que a MMª Juíza Federal da 7ª Vara⁄SP não praticou nenhum ato que possa ser considerado coator, mas, ao reverso, apenas deu cumprimento à decisão superior, proveniente deste TRF, proferida nos autos do agravo de instrumento nº 2001.03.00.034531-5, não lhe restando outra alternativa senão cumprir o referido acórdão. 2 - A decisão monocrática, proferida pela Eminente Desembargadora Federal Therezinha Cazerta, nos autos do citado agravo de instrumento, consignou que: 'Em decorrência da anulação dos atos processuais, de mister a imediata devolução dos valores levantados pelo Sr. Perito, incumbindo ao Juízo agravado as providências cabíveis.' Não restava, pois, à Douta Autoridade apontada como coatora outra alternativa, senão tomar as providências necessárias com vistas à devolução dos valores recebidos pelo Sr Perito a título de honorários, não indo, aí, qualquer ilegalidade. Essa decisão monocrática, frise-se, veio a ser confirmada pela C. Quarta Turma, a qual deu provimento ao agravo de instrumento interposto pela União Federal. 3 - Conclui-se que não houve ato coator do Juízo da 7ª vara Federal. Nesse sentido, a autoridade impetrada, decidiu que o 'E. Tribunal Regional Federal da 3ª Região, nos autos do agravo de Instrumento nº 2001.03.00.034531-5 interposto pela União Federal declarou nulos todos os atos processuais ocorridos a partir do despacho de fl. 305, determinando a devolução dos valores levantados pelo Sr. Perito.'. E finalmente, concluiu: 'Dessa forma, não pode este Juízo conceder a medida pleiteada'. 4 - Não se há falar em manutenção da perícia já realizada ou em indenização pelos trabalhos já realizados, por ser questão já decidida. 5 - Agravo regimental ao qual se nega provimento, mantendo-se, dessarte, a mantendo, dessarte, a decisão que indeferiu liminarmente a petição inicial do mandado de segurança, nos termos do art. 8º da Lei 1.533⁄51, ante a ausência de coação pela Autoridade impetrada." Nas razões do recurso ordinário, defende o recorrente que foi nomeado perito pelo Juízo da 7ª Vara da Seção Judiciária da Justiça Federal em São Paulo, e que apresentou laudo pericial acerca da controvérsia instaurada entre as partes litigantes. Posteriormente à apresentação do laudo pericial, a União, uma das partes litigantes, ao argumento de que não foi intimada a se pronunciar sobre a proposta de honorários periciais, arguiu por meio de agravo de instrumento a nulidade dos atos processuais. Ao agravo de instrumento interposto pela União, foi concedido o efeito suspensivo ativo e, posteriormente, a ele foi dado provimento para o fim de reconhecer a nulidade dos atos processuais e determinar a devolução dos honorários periciais levantados pelo recorrente. Baixados os autos à instância de origem, foi determinado pelo Juízo de primeiro grau de jurisdição o cumprimento do acórdão. Nesse sentido, determinou o Juízo a quo a devolução dos honorários periciais levantados pelo recorrente. Contra essa decisão, foi impetrado mandado de segurança na Corte de origem. Negada a segurança, foi interposto recurso ordinário para a esta Corte. Contrarrazões apresentadas exclusivamente pela União (fls. 478⁄479-e), por meio das quais é defendido o ato considerado coator, já que apenas se deu cumprimento ao que foi estritamente decidido pela Corte de origem. Parecer do Eminente Subprocurador-Geral da República no sentido do não provimento do recurso ordinário (fls. 483⁄487-e). É, no essencial, o relatório. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 30.115 - SP (2009⁄0122366-9) EMENTA

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PROCESSUAL CIVIL – HONORÁRIOS PERICIAIS – DIREITO DO AUXILIAR DO JUÍZO – PREVISÃO LEGAL – IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO JUDICIAL QUE NEGA TAL PAGAMENTO – POSSIBILIDADE EM TESE – CITAÇÃO DOS LITISCONSORTES NECESSÁRIOS – AUSÊNCIA – POSTULADO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL NÃO OBSERVADO. 1. É cabível mandado de segurança impetrado por perito judicial contra ato que determina a devolução dos honorários periciais. Ordem judicial proferida após a conclusão da perícia. 2. O ato que determina a devolução dos honorários periciais, quando já exercido o labor profissional pelo expert, configura ilegalidade manifesta que não pode ser combatida pelos meios recursais usuais, uma vez que o perito não é parte e nem interessado na causa. 3. O perito judicial deve ser remunerado pelo trabalho que realiza, nos termos do art. 10 da Lei n. 9.289⁄96 e art. 33 do CPC. 4. Impetrado mandado de segurança contra ato judicial, impõe-se a citação de todos os litisconsortes passivos necessários, notadamente porque suportarão no processo principal o ônus financeiro pela paga dos honorários periciais. 5. Ausente a citação dos litisconsortes passivos necessários, há violação do postulado do devido processo legal. Precedentes desta Corte. Recurso ordinário improvido. VOTO O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO MARTINS (Relator): A questão colocada sob o crivo desta Corte não é das mais comuns, já que envolve a impetração de mandado de segurança contra ato judicial pelo perito que confeccionou e apresentou laudo pericial em autos judiciais. Põe-se em discussão perante esta Corte a possibilidade de se manter, ou não, a remuneração do perito judicial que apresentou laudo em processo em que houve decretação de nulidade dos atos processuais, inclusive da perícia realizada. Uma indagação resume a questão: O perito judicial que apresentou laudo pericial, sendo, para tanto, devidamente remunerado, deve devolver os respectivos honorários periciais quando os atos processuais são anulados, inclusive a perícia realizada? Não podendo me furtar ao aforismo de que "todo trabalhador merece o seu salário", reconheço que, de fato, o auxiliar do Juízo, a exemplo do perito judicial, deve ser remunerado em razão do labor profissional. Isto é evidente. De outra face, a obrigatoriedade legal de tal remuneração está prevista no art. 10 da Lei n. 9.289, de 4 de julho de 1996, que dispõe: "Art. 10. A remuneração do perito, do intérprete e do tradutor será fixada pelo Juiz em despacho fundamentado, ouvidas as partes e à vista da proposta de honorários apresentada, considerados o local da prestação do serviço, a natureza, a complexidade e o tempo estimado do trabalho a realizar, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 33 do Código de Processo Civil." Afora isso, o art. 33 do CPC estabelece, verbo ad verbum: "Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado; a do perito será paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as partes ou determinado de ofício pelo juiz. Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente a essa remuneração. O numerário, recolhido em depósito bancário à ordem do juízo e com correção monetária, será entregue ao perito após a apresentação do laudo, facultada a sua liberação parcial, quando necessária." (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)" Não havendo dúvida de que o perito judicial há de ser remunerado pelo trabalho que realiza em Juízo, passo ao exame da possibilidade de interposição do mandado de segurança em causa. A jurisprudência desta Corte vem admitindo, em casos excepcionais, a interposição de mandado de segurança contra ato judicial, notadamente quando constatada sua teratologia ou manifesta ilegalidade. Outras decisões mais específicas exigem ainda que não haja a possibilidade de se atacar o ato por meio de recurso idôneo.

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A propósito e a título exemplificativo, as seguintes decisões: "PROCESSO CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO DE GÁS NATURAL. INADIMPLÊNCIA CONTRATUAL. CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO E OBSTADO. ART. 527, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. CABIMENTO EXCEPCIONAL DO MANDAMUS. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA OU FLAGRANTE ILEGALIDADE DO ATO JUDICIAL. RECURSO NÃO PROVIDO. (...) 2. Quando a ilegalidade deriva de ato judicial, não se admite o writ nos casos em que há recurso passível de impugnar a decisão combatida, a teor do disposto na Súmula 267⁄STF. Entretanto, essa vedação não possui caráter absoluto. A interpretação que melhor se coaduna com a finalidade da ação mandamental é a que admite a impetração do mandamus, quando houver obstáculo à interposição de recurso capaz de evitar ou reparar lesão a direito líquido e certo do impetrante. 3. Tratando-se de mandado de segurança contra ato judicial, além da irrecorribilidade da decisão, exige-se que o impetrante demonstre a flagrante ilegalidade ou teratologia no julgado impugnado, de modo a evidenciar a lesão ao direito líquido e certo suscitado no writ. (...)." (RMS 30.608⁄RN, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2.3.2010, DJe 10.3.2010.) "PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA DECISÃO JUDICIAL QUE INDEFERIU PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO DE INSTRUMENTO. TERATOLOGIA. INOCORRÊNCIA. (...) 2. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a impetração de mandado de segurança contra ato judicial é medida excepcional, o que faz que a admissão do writ encontre-se condicionada à natureza teratológica da decisão combatida, seja por manifesta ilegalidade, seja por abuso de poder. 3. O julgado combatido não possui caráter teratológico, tampouco encontra-se viciado por patente ilegalidade ou abuso de poder, representando, na verdade, apenas a escorreita consecução da fórmula processual estabelecida no art. 527, III e parágrafo único, para os casos em que o agravo de instrumento é acompanhado de pedido de efeito suspensivo. (...)." (RMS 28.737⁄SP, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 9.2.2010, DJe 24.2.2010.) "PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. MEDIDA CAUTELAR PARA CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA PENDENTE DE ADMISSIBILIDADE PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. SÚMULAS N.º 634 E 635 DO STF. MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO JUDICIAL. SÚMULA 267⁄STF. TERATOLOGIA. INEXISTÊNCIA. (...) 3. O egrégio S.T.J, em casos excepcionais, tem deferido efeito suspensivo a recurso especial ainda não admitido ou ainda não interposto, com o escopo de evitar teratologias, ou a fim de obstar os efeitos de decisão contrária à jurisprudência pacífica desta C. Corte Superior, em hipóteses em que demonstrado o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação. (...) 6. A hipótese delineada nos autos não revela teratologia da decisão fustigada, máxime porque o mandado de segurança não é sucedâneo de recurso, sendo imprópria a sua impetração contra decisão judicial passível de impugnação prevista em lei, consoante o disposto na Súmula n.º 267 do STF. Precedentes da Corte Especial: MS 12441⁄DF, Relator Ministro Luiz Fux, DJ

06.03.2008; AgRg no MS 12749⁄DF, Relator Ministro Luiz Fux, DJ de 20.08.2007; QO no MS

11260⁄DF, Relator Ministro Humberto Gomes de Barros, Relator p⁄ Acórdão Ministro Cesar Asfor Rocha, publicado no DJ de 26.02.2007; AgRg no MS 10436⁄DF, Relator Ministro Felix Fischer,

publicado no DJ de 28.08.2006; e AgRg no MS 4882⁄SP, Relator Ministro Fernando Gonçalves,

publicado no DJ de 13.10.2003."

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(AgRg na MC 14.036⁄BA, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 6.8.2009, DJe 17.9.2009.) Na linha desses precedentes, e tendo em vista que o recorrente, além de possuir direito subjetivo ao recebimento dos seus honorários periciais, não é parte e nem interessado no processo, pelo que não teria legitimidade ad causam para recorrer, considero admissível a impetração da segurança contra o ato judicial em questão. Antevejo, entretanto, outro óbice intransponível à pretensão deduzida em Juízo pelo recorrente. É que, embora reconheça que exista previsão legal de percepção dos honorários periciais, admito de outra face que compete a quem perder a demanda a obrigação de pagá-los, nos exatos termos dos arts. 20 e 33 do CPC. Bem por isso, considerando que a decisão proferida no presente mandado de segurança, se favorável à pretensão deduzida em Juízo pelo recorrente, repercutirá indiscutivelmente na esfera patrimonial das partes envolvidas nos autos originários, havia a necessidade inadiável de convocação delas para integrarem os autos segundo a condição de litisconsortes passivos necessários, nos termos do art. 47, parágrafo único, do CPC. Não houve, porém, a citação dos litisconsortes passivos necessários, segundo se colhe dos autos. E nem se diga que a apresentação de contrarrazões por parte da União supriu tal obrigatoriedade, pois essa intervenção não afastou a necessidade de angularização processual no momento oportuno, com franqueamento da oportunidade ao contraditório e exercício da ampla defesa, corolários do postulado do devido processo legal não exercido a tempo e modo. A jurisprudência deste Tribunal é uníssona em apontar, sob pena de nulidade, a necessidade obrigatória de intervenção dos litisconsortes passivos necessários quando impetrado mandado de segurança em que está envolvida a pluralidade de interesses. Confira-se: "PROCESSO CIVIL – PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO – EXAME COMO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. (...) 4. Há litisconsórcio passivo necessário quando a lide pode interferir diretamente na esfera jurídica de outrem que não foi parte no processo. (...)." (EDcl no RMS 24.080⁄MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 21.6.2007, DJ 29.6.2007 p. 526.) "PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. REQUERIMENTO DE CITAÇÃO. DESISTÊNCIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. RECURSO IMPROVIDO. 1. Consoante entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, aqueles que podem ter suas esferas jurídicas afetadas por decisão a ser proferida em mandado de segurança devem ser chamados a ingressar na lide na condição de litisconsortes passivos necessários. (...)." (RMS 25.081⁄AM, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, julgado em 3.3.2009, DJe 30.3.2009.) Por essas razões, convencido de que o princípio do devido processo legal deixou de ser observado no mandado de segurança interposto, notadamente porque os litisconsortes passivos necessários deixaram de ser chamados ao processo, como exige o art. 47, parágrafo único, do CPC, e na linha segura dos inúmeros precedentes desta Corte, nego provimento ao recurso ordinário interposto, sem prejuízo de que o recorrente busque o reconhecimento do seu direito perante as vias ordinárias. Ante o exposto, nego provimento ao recurso ordinário. É como penso. É como voto. MINISTRO HUMBERTO MARTINS Relator