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1

COVID-19 – LEGISLAÇÃO E NORMAS

EMENTÁRIO PÁG

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 5

LEI Nº 13.979, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento

da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus

responsável pelo surto de 2019.

5

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 927, DE 22 DE MARÇO DE 2020 – Dispõe sobre as medidas

trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto

Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância

internacional decorrente do coronavírus (Covid-19), e dá outras providências. Revoga o art. 18

da Medida Provisória nº 928, de 2020.

7

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 928, DE 23 DE MARÇO DE 2020 – Altera a Lei nº 13.979, de 6

de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde

pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, e

revoga o art. 18 da Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020.

15

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 934, DE 1º DE ABRIL DE 2020. Estabelece normas

excepcionais sobre o ano letivo da educação básica e do ensino superior decorrentes das medidas

para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que trata a Lei nº 13.979, de 6

de fevereiro de 2020.

16

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 936, DE 1º DE ABRIL DE 2020. Institui o Programa

Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas

complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto

Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância

internacional decorrente do coronavírus (covid-19), de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de

fevereiro de 2020, e dá outras providências

17

DECRETO Nº 10.277, DE 16 DE MARÇO DE 2020 – Institui o Comitê de Crise para

Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19.

23

MENSAGEM Nº 93, DE 18 DE MARÇO DE 2020 – Reconhece o estado de calamidade

pública com efeitos até de 31 de dezembro de 2020, em decorrência da pandemia da Covid-19.

25

CONGRESSO NACIONAL 28

DECRETO LEGISLATIVO Nº 6, DE 20 DE MARÇO DE 2020 – Reconhece, para os fins do

art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a ocorrência do estado de calamidade

pública, nos termos da solicitação do Presidente da República encaminhada por meio da

Mensagem nº 93, de 18 de março de 2020.

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Fone: (61)-3963-4555 - E-mail: [email protected] • www.ilape.edu.br

2

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 29

PORTARIA MEC Nº 343, DE 17 DE MARÇO DE 2020 – Dispõe sobre a substituição das

aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo

Coronavírus - Covid-19.

29

PORTARIA MEC Nº 345, DE 19 DE MARÇO DE 2020 – Altera dispositivos da Portaria

MEC nº 343, de 17 de março de 2020.

29

PORTARIA MEC Nº 356, DE 20 DE MARÇO DE 2020 – Dispõe sobre a atuação dos alunos

dos cursos da área de saúde no combate à pandemia do Covid-19 (coronavírus).

30

PORTARIA MEC/SE Nº 491, DE 19 DE MARÇO DE 2020 – Estabelece medidas

temporárias de prevenção ao contágio pelo Novo Coronavírus (Covid-19) no âmbito do

Ministério da Educação.

31

PORTARIA CAPES Nº 36, DE 19 DE MARÇO DE 2020 – Dispõe sobre a suspensão

excepcional dos prazos para defesa de dissertação ou tese no âmbito dos programas de concessão

de bolsas da Capes.

34

PORTARIA CAPES Nº 37, DE 19 DE MARÇO DE 2020 – Altera o calendário de atividades

da Diretoria de Avaliação para o ano de 2020.

35

PORTARIA FNDE Nº 190, DE 19 DE MARÇO DE 2020 – Prorroga, por trinta dias, os

prazos para validação pelas Comissões Permanentes de Supervisão e Acompanhamento do Fies

(CPSAs) e para formalização do financiamento estudantil junto ao agente financeiro, referente às

inscrições do 1º semestre de 2020 que estão vencidas até esta data; prorrogar, por trinta dias, o

prazo estabelecido na alínea a do inciso I e inciso II do art. 47 da Portaria Normativa nº 209, de 7

de março de 2018.

36

PORTARIA SETEC Nº 239, DE 26 DE MARÇO DE 2020. Dispõe sobre a prorrogação, em

caráter excepcional, por mais trinta dias, do prazo de que trata o inciso I do artigo 4º da Portaria

SETEC nº 62, de 24 de janeiro de 2020, a contar de 1º de abril 2020. Prorroga, ainda, por até

120 dias, o prazo de análise de que trata o art. 5º da referida Portaria SETEC nº 62/2020.

36

CNE - NOTA OFICIAL DE ESCLARECIMENTO. Presidente do Conselho Nacional de

Educação (CNE). Apoia e orienta iniciativas que visem resguardar o efetivo trabalho escolar ou

acadêmico.

37

EDITAL SESu Nº 21, DE 17 DE MARÇO DE 2020. Secretaria de Educação Superior. Fundo

de Financiamento Estudantil – FIES. Programa de Financiamento Estudantil - P-FIES. Processo

Seletivo - Primeiro Semestre de 2020

38

EDITAL SESu Nº 22, DE 17 DE MARÇO DE 2020. Secretaria de Educação Superior.

Programa Universidade para todos – PROUNI. Processo Seletivo - Primeiro Semestre de 2020.

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3

PORTARIA SERES Nº 75, DE 27 DE MARÇO DE 2020. Altera a Portaria nº 208, de 6 de

fevereiro de 2020, que estabelece o calendário anual de abertura do protocolo de ingresso de

processos regulatórios no Sistema e-MEC em 2020, tendo em vista a situação de pandemia do

coronavírus - COVID-19.

39

CNE – PERGUNTAS E RESPOSTAS - Principais dúvidas sobre o ensino no País durante a

pandemia do Coronavírus

41

MINISTÉRIO DA SAÚDE 44

EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 5, DE 11 DE MARÇO DE 2020 –

Chamamento público de médicos formados em instituições de educação superior brasileiras ou

com diploma revalidado no Brasil, nos termos do art. 13, §1º, inciso I da LEI Nº 12.871, DE 22

DE OUTUBRO DE 2013, para adesão ao Projeto Mais Médicos para o Brasil, nos termos

estabelecidos no Edital.

44

PORTARIA MS Nº 467, DE 20 DE MARÇO DE 2020 – Dispõe, em caráter excepcional e

temporário, sobre as ações de Telemedicina, com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as

medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional

previstas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, decorrente da epidemia de

Covid-19.

58

PORTARIA MS Nº 492, DE 23 DE MARÇO DE 2020 – Institui a Ação Estratégica "O Brasil

Conta Comigo", voltada aos alunos dos cursos da área de saúde, para o enfrentamento à

pandemia do coronavírus (Covid-19).

60

PORTARIA MS Nº 639, DE 31 DE MARÇO DE 2020. Dispõe sobre a Ação Estratégica "O

Brasil Conta Comigo - Profissionais da Saúde", voltada à capacitação e ao cadastramento de

profissionais da área de saúde, para o enfrentamento à pandemia do coronavírus (COVID-19).

65

EDITAL MS Nº 4, DE 31 DE MARÇO DE 2020. Conclama alunos dos cursos de graduação

em Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia para se cadastrarem visando participação na

Ação Estratégica "Brasil Conta Comigo", em caráter excepcional e temporário.

66

MINISTÉRIO DA ECONOMIA 75

PORTARIA CONJUNTA Nº 555, DE 23 DE MARÇO DE 2020 – Dispõe sobre a

prorrogação do prazo de validade das Certidões Negativas de Débitos relativos a Créditos

Tributários Federais e à Dívida Ativa da União (CND) e Certidões Positivas com Efeitos de

Negativas de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União

(CPEND), em decorrência da pandemia relacionada ao coronavírus (Covid-19).

75

MINISTÉRIO DA JUSTICA E SEGURANÇA PÚBLICA 77

Nota Técnica nº 14/2020/CGEMM/DPDC/SENACON/MJ. Trata-se de estudo técnico que tem

por finalidade tratar dos efeitos jurídicos nas relações de consumo, especialmente no tocante aos direitos dos consumidores que contrataram serviços com instituições de ensino, mas que tiverem as

aulas suspensas em razão do risco de propagação de Covid-19

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CONSELHOS PROFISSIONAIS 81

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM). Notas de esclarecimentos sobre o Covid-

19.

81

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. PORTARIA CFMV Nº 36, DE

19 DE MARÇO DE 2020 – Adota medidas preventivas complementares voltadas à redução dos

riscos de contaminação com o coronavírus (Covid-19).

84

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. RESOLUÇÃO Nº 1.312, DE

19 DE MARÇO DE 2020 - Define, ad referendum do Plenário do CFMV, medidas

emergenciais para mitigação dos riscos decorrentes da doença causada pelo COVID-19

84

CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL.

PORTARIA COFFITO Nº 151, DE 19 DE MARÇO DE 2020 – Dispõe sobre a criação do

Cadastro Nacional de Profissionais Voluntários (CNPV) para o enfrentamento da crise

provocada pela pandemia da Covid-19.

86

CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. PORTARIA Nº 1, DE 27 DE MARÇO DE

2020 – Dispõe sobre o Cadastro Nacional de Profissional Voluntário do Conselho Federal de

Biomedicina – CFBM.

87

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 26 DE MARÇO DE

2020. Dispõe sobre regulamentação de serviços psicológicos prestados por meio de Tecnologia

da Informação e da Comunicação durante a pandemia do COVID-19.

88

COMENTÁRIOS 89

PORTARIA MEC N° 356/2020 e PORTARIA MS N° 492/2020. Atuação de Estudantes de

Cursos de Saúde no Combate à Pandemia da COVID-19 (Gustavo Fagundes)

89

MEDIDA PROVISÓRIA N° 934/2020 - Normas Excepcionais sobre o Ano Letivo da

Educação Básica e do Ensino Superior decorrentes das medidas para enfrentamento da pandemia

da COVID-19 (Gustavo Fagundes)

92

REGIME DOMICILIAR. Aplicação do Decreto-lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969, e da

Lei nº 6.202, de 17 de abril de 1975, aos estudantes portadores de patologias discriminadas, às

estudantes gestantes e aos grupos de risco do Covid-19. (Celso da Costa Frauches)

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Atos do Poder Legislativo

LEI Nº 13.979, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2020

Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde

pública de importância internacional decorrente do coronavírus

responsável pelo surto de 2019.

O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre as medidas que poderão ser adotadas para enfrentamento da

emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto

de 2019.

§ 1º As medidas estabelecidas nesta Lei objetivam a proteção da coletividade.

§ 2º Ato do Ministro de Estado da Saúde disporá sobre a duração da situação de emergência de

saúde pública de que trata esta Lei.

§ 3º O prazo de que trata o § 2º deste artigo não poderá ser superior ao declarado pela

Organização Mundial de Saúde.

Art. 2º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:

I - isolamento: separação de pessoas doentes ou contaminadas, ou de bagagens, meios de

transporte, mercadorias ou encomendas postais afetadas, de outros, de maneira a evitar a contaminação ou a

propagação do coronavírus; e

II - quarentena: restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de contaminação das

pessoas que não estejam doentes, ou de bagagens, contêineres, animais, meios de transporte ou mercadorias

suspeitos de contaminação, de maneira a evitar a possível contaminação ou a propagação do coronavírus.

Parágrafo único. As definições estabelecidas pelo Artigo 1 do Regulamento Sanitário

Internacional, constante do Anexo ao Decreto nº 10.212, de 30 de janeiro de 2020, aplicam-se ao disposto

nesta Lei, no que couber.

Art. 3º Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional

decorrente do coronavírus, poderão ser adotadas, entre outras, as seguintes medidas:

I - isolamento;

II - quarentena;

III - determinação de realização compulsória de:

a) exames médicos;

b) testes laboratoriais;

c) coleta de amostras clínicas;

d) vacinação e outras medidas profiláticas; ou

e) tratamentos médicos específicos;

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IV - estudo ou investigação epidemiológica;

V - exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver;

VI - restrição excepcional e temporária de entrada e saída do País, conforme recomendação

técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por rodovias, portos ou

aeroportos;

VII - requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será

garantido o pagamento posterior de indenização justa; e

VIII - autorização excepcional e temporária para a importação de produtos sujeitos à vigilância

sanitária sem registro na Anvisa, desde que:

a) registrados por autoridade sanitária estrangeira; e

b) previstos em ato do Ministério da Saúde.

§ 1º As medidas previstas neste artigo somente poderão ser determinadas com base em

evidências científicas e em análises sobre as informações estratégicas em saúde e deverão ser limitadas no

tempo e no espaço ao mínimo indispensável à promoção e à preservação da saúde pública.

§ 2º Ficam assegurados às pessoas afetadas pelas medidas previstas neste artigo:

I - o direito de serem informadas permanentemente sobre o seu estado de saúde e a assistência à

família conforme regulamento;

II - o direito de receberem tratamento gratuito;

III - o pleno respeito à dignidade, aos direitos humanos e às liberdades fundamentais das

pessoas, conforme preconiza o Artigo 3 do Regulamento Sanitário Internacional, constante do Anexo ao

Decreto nº 10.212, de 30 de janeiro de 2020.

§ 3º Será considerado falta justificada ao serviço público ou à atividade laboral privada o

período de ausência decorrente das medidas previstas neste artigo.

§ 4º As pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidas previstas neste artigo, e o

descumprimento delas acarretará responsabilização, nos termos previstos em lei.

§ 5º Ato do Ministro de Estado da Saúde:

I - disporá sobre as condições e os prazos aplicáveis às medidas previstas nos incisos I e II

do caput deste artigo; e

II - concederá a autorização a que se refere o inciso VIII do caput deste artigo.

§ 6º Ato conjunto dos Ministros de Estado da Saúde e da Justiça e Segurança Pública disporá

sobre a medida prevista no inciso VI do caput deste artigo.

§ 7º As medidas previstas neste artigo poderão ser adotadas:

I - pelo Ministério da Saúde;

II - pelos gestores locais de saúde, desde que autorizados pelo Ministério da Saúde, nas

hipóteses dos incisos I, II, V, VI e VIII do caput deste artigo; ou

III - pelos gestores locais de saúde, nas hipóteses dos incisos III, IV e VII do caput deste

artigo.

Art. 4º Fica dispensada a licitação para aquisição de bens, serviços e insumos de saúde

destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do

coronavírus de que trata esta Lei.

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§ 1º A dispensa de licitação a que se refere o caput deste artigo é temporária e aplica-se apenas

enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.

§ 2º Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente

disponibilizadas em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no que

couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, o

nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o

respectivo processo de contratação ou aquisição.

Art. 5º Toda pessoa colaborará com as autoridades sanitárias na comunicação imediata de:

I - possíveis contatos com agentes infecciosos do coronavírus;

II - circulação em áreas consideradas como regiões de contaminação pelo coronavírus.

Art. 6º É obrigatório o compartilhamento entre órgãos e entidades da administração pública

federal, estadual, distrital e municipal de dados essenciais à identificação de pessoas infectadas ou com

suspeita de infecção pelo coronavírus, com a finalidade exclusiva de evitar a sua propagação.

§ 1º A obrigação a que se refere o caput deste artigo estende-se às pessoas jurídicas de direito

privado quando os dados forem solicitados por autoridade sanitária.

§ 2º O Ministério da Saúde manterá dados públicos e atualizados sobre os casos confirmados,

suspeitos e em investigação, relativos à situação de emergência pública sanitária, resguardando o direito ao

sigilo das informações pessoais.

Art. 7º O Ministério da Saúde editará os atos necessários à regulamentação e operacionalização

do disposto nesta Lei.

Art. 8º Esta Lei vigorará enquanto perdurar o estado de emergência internacional pelo

coronavírus responsável pelo surto de 2019.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 6 de fevereiro de 2020; 199º da Independência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Sérgio Moro

Luiz Henrique Mandetta

DOU em 7/2/2020, Edição 27, Seção 1, Página 1

Atos do Poder Executivo

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 927, DE 22 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre as medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de

calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20

de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância

internacional decorrente do coronavírus (covid-19), e dá outras

providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da

Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

CAPÍTULO I

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8

DAS ALTERNATIVAS TRABALHISTAS PARA ENFRENTAMENTO DO ESTADO DE

CALAMIDADE PÚBLICA E DA EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA

INTERNACIONAL DECORRENTE DO CORONAVÍRUS (COVID-19)

Art. 1º Esta Medida Provisória dispõe sobre as medidas trabalhistas que poderão ser adotadas

pelos empregadores para preservação do emprego e da renda e para enfrentamento do estado de calamidade

pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde

pública de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19), decretada pelo Ministro de

Estado da Saúde, em 3 de fevereiro de 2020, nos termos do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de

2020.

Parágrafo único. O disposto nesta Medida Provisória se aplica durante o estado de calamidade

pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 2020, e, para fins trabalhistas, constitui hipótese de

força maior, nos termos do disposto no art. 501 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo

Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

Art. 2º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregado e o

empregador poderão celebrar acordo individual escrito, a fim de garantir a permanência do vínculo

empregatício, que terá preponderância sobre os demais instrumentos normativos, legais e negociais,

respeitados os limites estabelecidos na Constituição.

Art. 3º Para enfrentamento dos efeitos econômicos decorrentes do estado de calamidade pública

e para preservação do emprego e da renda, poderão ser adotadas pelos empregadores, dentre outras, as

seguintes medidas:

I - o teletrabalho;

II - a antecipação de férias individuais;

III - a concessão de férias coletivas;

IV - o aproveitamento e a antecipação de feriados;

V - o banco de horas;

VI - a suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho;

VII - o direcionamento do trabalhador para qualificação; e

VIII - o diferimento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS.

CAPÍTULO II

DO TELETRABALHO

Art. 4º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador poderá, a

seu critério, alterar o regime de trabalho presencial para o teletrabalho, o trabalho remoto ou outro tipo de

trabalho a distância e determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da

existência de acordos individuais ou coletivos, dispensado o registro prévio da alteração no contrato

individual de trabalho.

§ 1º Para fins do disposto nesta Medida Provisória, considera-se teletrabalho, trabalho remoto

ou trabalho a distância a prestação de serviços preponderante ou totalmente fora das dependências do

empregador, com a utilização de tecnologias da informação e comunicação que, por sua natureza, não

configurem trabalho externo, aplicável o disposto no inciso III do caput do art. 62 da Consolidação das Leis

do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.

§ 2º A alteração de que trata o caput será notificada ao empregado com antecedência de, no

mínimo, quarenta e oito horas, por escrito ou por meio eletrônico.

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§ 3º As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, pela manutenção ou pelo

fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do

teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância e ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado

serão previstas em contrato escrito, firmado previamente ou no prazo de trinta dias, contado da data da

mudança do regime de trabalho.

§ 4º Na hipótese de o empregado não possuir os equipamentos tecnológicos e a infraestrutura

necessária e adequada à prestação do teletrabalho, do trabalho remoto ou do trabalho a distância:

I - o empregador poderá fornecer os equipamentos em regime de comodato e pagar por serviços

de infraestrutura, que não caracterizarão verba de natureza salarial; ou

II - na impossibilidade do oferecimento do regime de comodato de que trata o inciso I, o período

da jornada normal de trabalho será computado como tempo de trabalho à disposição do empregador.

§ 5º O tempo de uso de aplicativos e programas de comunicação fora da jornada de trabalho

normal do empregado não constitui tempo à disposição, regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto se

houver previsão em acordo individual ou coletivo.

Art. 5º Fica permitida a adoção do regime de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a

distância para estagiários e aprendizes, nos termos do disposto neste Capítulo.

CAPÍTULO III

DA ANTECIPAÇÃO DE FÉRIAS INDIVIDUAIS

Art. 6º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador informará

ao empregado sobre a antecipação de suas férias com antecedência de, no mínimo, quarenta e oito horas, por

escrito ou por meio eletrônico, com a indicação do período a ser gozado pelo empregado.

§ 1º As férias:

I - não poderão ser gozadas em períodos inferiores a cinco dias corridos; e

II - poderão ser concedidas por ato do empregador, ainda que o período aquisitivo a elas relativo

não tenha transcorrido.

§ 2º Adicionalmente, empregado e empregador poderão negociar a antecipação de períodos

futuros de férias, mediante acordo individual escrito.

§ 3º Os trabalhadores que pertençam ao grupo de risco do coronavírus (covid-19) serão

priorizados para o gozo de férias, individuais ou coletivas, nos termos do disposto neste Capítulo e no

Capítulo IV.

Art. 7º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador poderá

suspender as férias ou licenças não remuneradas dos profissionais da área de saúde ou daqueles que

desempenhem funções essenciais, mediante comunicação formal da decisão ao trabalhador, por escrito ou

por meio eletrônico, preferencialmente com antecedência de quarenta e oito horas.

Art. 8º Para as férias concedidas durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º,

o empregador poderá optar por efetuar o pagamento do adicional de um terço de férias após sua concessão,

até a data em que é devida a gratificação natalina prevista no art. 1º da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.

Parágrafo único. O eventual requerimento por parte do empregado de conversão de um terço de

férias em abono pecuniário estará sujeito à concordância do empregador, aplicável o prazo a que se refere o

caput.

Art. 9º O pagamento da remuneração das férias concedidas em razão do estado de calamidade

pública a que se refere o art. 1º poderá ser efetuado até o quinto dia útil do mês subsequente ao início do

gozo das férias, não aplicável o disposto no art. 145 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo

Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.

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Art. 10. Na hipótese de dispensa do empregado, o empregador pagará, juntamente com o

pagamento dos haveres rescisórios, os valores ainda não adimplidos relativos às férias.

CAPÍTULO IV

DA CONCESSÃO DE FÉRIAS COLETIVAS

Art. 11. Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador poderá, a

seu critério, conceder férias coletivas e deverá notificar o conjunto de empregados afetados com

antecedência de, no mínimo, quarenta e oito horas, não aplicáveis o limite máximo de períodos anuais e o

limite mínimo de dias corridos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei

nº 5.452, de 1943.

Art. 12. Ficam dispensadas a comunicação prévia ao órgão local do Ministério da Economia e a

comunicação aos sindicatos representativos da categoria profissional, de que trata o art. 139 da Consolidação

das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.

CAPÍTULO V

DO APROVEITAMENTO E DA ANTECIPAÇÃO DE FERIADOS

Art. 13. Durante o estado de calamidade pública, os empregadores poderão antecipar o gozo de

feriados não religiosos federais, estaduais, distritais e municipais e deverão notificar, por escrito ou por meio

eletrônico, o conjunto de empregados beneficiados com antecedência de, no mínimo, quarenta e oito horas,

mediante indicação expressa dos feriados aproveitados.

§ 1º Os feriados a que se refere o caput poderão ser utilizados para compensação do saldo em

banco de horas.

§ 2º O aproveitamento de feriados religiosos dependerá de concordância do empregado,

mediante manifestação em acordo individual escrito.

CAPÍTULO VI

DO BANCO DE HORAS

Art. 14. Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, ficam autorizadas a

interrupção das atividades pelo empregador e a constituição de regime especial de compensação de jornada,

por meio de banco de horas, em favor do empregador ou do empregado, estabelecido por meio de acordo

coletivo ou individual formal, para a compensação no prazo de até dezoito meses, contado da data de

encerramento do estado de calamidade pública.

§ 1º A compensação de tempo para recuperação do período interrompido poderá ser feita

mediante prorrogação de jornada em até duas horas, que não poderá exceder dez horas diárias.

§ 2º A compensação do saldo de horas poderá ser determinada pelo empregador

independentemente de convenção coletiva ou acordo individual ou coletivo.

CAPÍTULO VII

DA SUSPENSÃO DE EXIGÊNCIAS ADMINISTRATIVAS EM SEGURANÇA E SAÚDE NO

TRABALHO

Art. 15. Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, fica suspensa a

obrigatoriedade de realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares, exceto dos

exames demissionais.

§ 1º Os exames a que se refere caput serão realizados no prazo de sessenta dias, contado da

data de encerramento do estado de calamidade pública.

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§ 2º Na hipótese de o médico coordenador de programa de controle médico e saúde ocupacional

considerar que a prorrogação representa risco para a saúde do empregado, o médico indicará ao empregador

a necessidade de sua realização.

§ 3º O exame demissional poderá ser dispensado caso o exame médico ocupacional mais

recente tenha sido realizado há menos de cento e oitenta dias.

Art. 16. Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, fica suspensa a

obrigatoriedade de realização de treinamentos periódicos e eventuais dos atuais empregados, previstos em

normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.

§ 1º Os treinamentos de que trata o caput serão realizados no prazo de noventa dias, contado da

data de encerramento do estado de calamidade pública.

§ 2º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, os treinamentos de que

trata o caput poderão ser realizados na modalidade de ensino a distância e caberá ao empregador observar

os conteúdos práticos, de modo a garantir que as atividades sejam executadas com segurança.

Art. 17. As comissões internas de prevenção de acidentes poderão ser mantidas até o

encerramento do estado de calamidade pública e os processos eleitorais em curso poderão ser suspensos.

CAPÍTULO VIII

DO DIRECIONAMENTO DO TRABALHADOR PARA QUALIFICAÇÃO

Art. 18. Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o contrato de trabalho

poderá ser suspenso, pelo prazo de até quatro meses, para participação do empregado em curso ou programa

de qualificação profissional não presencial oferecido pelo empregador, diretamente ou por meio de entidades

responsáveis pela qualificação, com duração equivalente à suspensão contratual.

§ 1º A suspensão de que trata o caput:

I - não dependerá de acordo ou convenção coletiva;

II - poderá ser acordada individualmente com o empregado ou o grupo de empregados; e

III - será registrada em carteira de trabalho física ou eletrônica.

§ 2º O empregador poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem natureza

salarial, durante o período de suspensão contratual nos termos do disposto no caput, com valor definido

livremente entre empregado e empregador, via negociação individual.

§ 3º Durante o período de suspensão contratual para participação em curso ou programa de

qualificação profissional, o empregado fará jus aos benefícios voluntariamente concedidos pelo empregador,

que não integrarão o contrato de trabalho.

§ 4º Nas hipóteses de, durante a suspensão do contrato, o curso ou programa de qualificação

profissional não ser ministrado ou o empregado permanecer trabalhando para o empregador, a suspensão

ficará descaracterizada e sujeitará o empregador:

I - ao pagamento imediato dos salários e dos encargos sociais referentes ao período;

II - às penalidades cabíveis previstas na legislação em vigor; e

III - às sanções previstas em acordo ou convenção coletiva.

§ 5º Não haverá concessão de bolsa-qualificação no âmbito da suspensão de contrato de

trabalho para qualificação do trabalhador de que trata este artigo e o art. 476-A da Consolidação das Leis do

Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.

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CAPÍTULO IX

DO DIFERIMENTO DO RECOLHIMENTO DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE

SERVIÇO

Art. 19. Fica suspensa a exigibilidade do recolhimento do FGTS pelos empregadores, referente

às competências de março, abril e maio de 2020, com vencimento em abril, maio e junho de 2020,

respectivamente.

Parágrafo único. Os empregadores poderão fazer uso da prerrogativa prevista no caput independentemente:

I - do número de empregados;

II - do regime de tributação;

III - da natureza jurídica;

IV - do ramo de atividade econômica; e

V - da adesão prévia.

Art. 20. O recolhimento das competências de março, abril e maio de 2020 poderá ser realizado

de forma parcelada, sem a incidência da atualização, da multa e dos encargos previstos no art. 22 da Lei nº

8.036, de 11 de maio de 1990.

§ 1º O pagamento das obrigações referentes às competências mencionadas no caput será

quitado em até seis parcelas mensais, com vencimento no sétimo dia de cada mês, a partir de julho de 2020,

observado o disposto no caput do art. 15 da Lei nº 8.036, de 1990.

§ 2º Para usufruir da prerrogativa prevista no caput, o empregador fica obrigado a declarar as

informações, até 20 de junho de 2020, nos termos do disposto no inciso IV do caput do art. 32 da Lei nº

8.212, de 24 de julho de 1991, e no Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, observado que:

I - as informações prestadas constituirão declaração e reconhecimento dos créditos delas

decorrentes, caracterizarão confissão de débito e constituirão instrumento hábil e suficiente para a cobrança

do crédito de FGTS; e

II - os valores não declarados, nos termos do disposto neste parágrafo, serão considerados em

atraso, e obrigarão o pagamento integral da multa e dos encargos devidos nos termos do disposto no art. 22

da Lei nº 8.036, de 1990.

Art. 21. Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho, a suspensão prevista no art. 19 ficará

resolvida e o empregador ficará obrigado:

I - ao recolhimento dos valores correspondentes, sem incidência da multa e dos encargos

devidos nos termos do disposto no art. 22 da Lei nº 8.036, de 1990, caso seja efetuado dentro do prazo legal

estabelecido para sua realização; e

II - ao depósito dos valores previstos no art. 18 da Lei nº 8.036, de 1990.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, as eventuais parcelas vincendas terão sua data

de vencimento antecipada para o prazo aplicável ao recolhimento previsto no art. 18 da Lei nº 8.036, de

1990.

Art. 22. As parcelas de que trata o art. 20, caso inadimplidas, estarão sujeitas à multa e aos

encargos devidos nos termos do disposto no art. 22 da Lei nº 8.036, de 1990.

Art. 23. Fica suspensa a contagem do prazo prescricional dos débitos relativos a contribuições

do FGTS pelo prazo de cento e vinte dias, contado da data de entrada em vigor desta Medida Provisória.

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Art. 24. O inadimplemento das parcelas previstas no § 1º do art. 20 ensejará o bloqueio do

certificado de regularidade do FGTS.

Art. 25. Os prazos dos certificados de regularidade emitidos anteriormente à data de entrada em

vigor desta Medida Provisória serão prorrogados por noventa dias.

Parágrafo único. Os parcelamentos de débito do FGTS em curso que tenham parcelas a vencer

nos meses de março, abril e maio não impedirão a emissão de certificado de regularidade.

CAPÍTULO X

OUTRAS DISPOSIÇÕES EM MATÉRIA TRABALHISTA

Art. 26. Durante o de estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, é permitido aos

estabelecimentos de saúde, mediante acordo individual escrito, mesmo para as atividades insalubres e para a

jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis horas de descanso:

I - prorrogar a jornada de trabalho, nos termos do disposto no art. 61 da Consolidação das Leis

do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943; e

II - adotar escalas de horas suplementares entre a décima terceira e a vigésima quarta hora do

intervalo interjornada, sem que haja penalidade administrativa, garantido o repouso semanal remunerado nos

termos do disposto no art. 67 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de

1943.

Art. 27. As horas suplementares computadas em decorrência da adoção das medidas previstas

nos incisos I e II do caput do art. 26 poderão ser compensadas, no prazo de dezoito meses, contado da data

de encerramento do estado de calamidade pública, por meio de banco de horas ou remuneradas como hora

extra.

Art. 28. Durante o período de cento e oitenta dias, contado da data de entrada em vigor desta

Medida Provisória, os prazos processuais para apresentação de defesa e recurso no âmbito de processos

administrativos originados a partir de autos de infração trabalhistas e notificações de débito de FGTS ficam

suspensos.

Art. 29. Os casos de contaminação pelo coronavírus (covid-19) não serão considerados

ocupacionais, exceto mediante comprovação do nexo causal.

Art. 30. Os acordos e as convenções coletivos vencidos ou vincendos, no prazo de cento e

oitenta dias, contado da data de entrada em vigor desta Medida Provisória, poderão ser prorrogados, a

critério do empregador, pelo prazo de noventa dias, após o termo final deste prazo.

Art. 31. Durante o período de cento e oitenta dias, contado da data de entrada em vigor desta

Medida Provisória, os Auditores Fiscais do Trabalho do Ministério da Economia atuarão de maneira

orientadora, exceto quanto às seguintes irregularidades:

I - falta de registro de empregado, a partir de denúncias;

II - situações de grave e iminente risco, somente para as irregularidades imediatamente

relacionadas à configuração da situação;

III - ocorrência de acidente de trabalho fatal apurado por meio de procedimento fiscal de análise

de acidente, somente para as irregularidades imediatamente relacionadas às causas do acidente; e

IV - trabalho em condições análogas às de escravo ou trabalho infantil.

Art. 32. O disposto nesta Medida Provisória aplica-se:

I - às relações de trabalho regidas:

a) pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, e

b) pela Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973; e

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II - no que couber, às relações regidas pela Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015,

tais como jornada, banco de horas e férias.

Art. 33. Não se aplicam aos trabalhadores em regime de teletrabalho, nos termos do disposto

nesta Medida Provisória, as regulamentações sobre trabalho em teleatendimento e telemarketing, dispostas

na Seção II do Capítulo I do Título III da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº

5.452.

CAPÍTULO XI

DA ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO DO ABONO ANUAL EM 2020

Art. 34. No ano de 2020, o pagamento do abono anual de que trata o art. 40 da Lei nº 8.213, de

24 de julho de 1991, ao beneficiário da previdência social que, durante este ano, tenha recebido auxílio-

doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão será efetuado em duas

parcelas, excepcionalmente, da seguinte forma:

I - a primeira parcela corresponderá a cinquenta por cento do valor do benefício devido no mês

de abril e será paga juntamente com os benefícios dessa competência; e

II - a segunda parcela corresponderá à diferença entre o valor total do abono anual e o valor da

parcela antecipada e será paga juntamente com os benefício da competência maio.

Art. 35. Na hipótese de cessação programada do benefício prevista antes de 31 de dezembro de

2020, será pago o valor proporcional do abono anual ao beneficiário.

Parágrafo único. Sempre que ocorrer a cessação do benefício antes da data programada, para os

benefícios temporários, ou antes de 31 de dezembro de 2020, para os benefícios permanentes, deverá ser

providenciado o encontro de contas entre o valor pago ao beneficiário e o efetivamente devido.

CAPÍTULO XII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 36. Consideram-se convalidadas as medidas trabalhistas adotadas por empregadores que

não contrariem o disposto nesta Medida Provisória, tomadas no período dos trinta dias anteriores à data de

entrada em vigor desta Medida Provisória.

Art. 37. A Lei nº 8.212, de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 47. .............................................................................................................

.....................................................................................................................................

§ 5º O prazo de validade da certidão expedida conjuntamente pela Secretaria Especial da

Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional do Ministério da Economia,

referente aos tributos federais e à dívida ativa da União por elas administrados, será de até cento e oitenta

dias, contado data de emissão da certidão, prorrogável, excepcionalmente, em caso de calamidade pública,

pelo prazo determinado em ato conjunto dos referidos órgãos.

............................................................................................................................" (NR)

Art. 38. A Lei nº 13.979, de 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 3º .............................................................................................................

....................................................................................................................................

§ 6º Ato conjunto dos Ministros de Estado da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da

Infraestrutura disporá sobre a medida prevista no inciso VI do caput.

§ 6º-A O ato conjunto a que se refere o § 6º poderá estabelecer delegação de competência para a

resolução dos casos nele omissos.

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......................................................................................................................." (NR)

Art. 39. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de março de 2020; 199º da Independência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Paulo Guedes

DOU em 22/3/2020, Edição 55-L, Seção 1-L, Páginas 1/3

Atos do Poder Executivo

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 928, DE 23 DE MARÇO DE 2020

Altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as

medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de

importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo

surto de 2019, e revoga o art. 18 da Medida Provisória nº 927, de 22

de março de 2020.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da

Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º A Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 6º-B Serão atendidos prioritariamente os pedidos de acesso à informação, de que trata a

Lei nº 12.527, de 2011, relacionados com medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de que

trata esta Lei.

§ 1º Ficarão suspensos os prazos de resposta a pedidos de acesso à informação nos órgãos ou

nas entidades da administração pública cujos servidores estejam sujeitos a regime de quarentena, teletrabalho

ou equivalentes e que, necessariamente, dependam de:

I - acesso presencial de agentes públicos encarregados da resposta; ou

II - agente público ou setor prioritariamente envolvido com as medidas de enfrentamento da

situação de emergência de que trata esta Lei.

§ 2º Os pedidos de acesso à informação pendentes de resposta com fundamento no disposto no §

1º deverão ser reiterados no prazo de dez dias, contado da data em que for encerrado o prazo de

reconhecimento de calamidade pública a que se refere o Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.

§ 3º Não serão conhecidos os recursos interpostos contra negativa de resposta a pedido de

informação negados com fundamento no disposto no § 1º.

§ 4º Durante a vigência desta Lei, o meio legítimo de apresentação de pedido de acesso a

informações de que trata o art. 10 da Lei nº 12.527, de 2011, será exclusivamente o sistema disponível na

internet.

§ 5º Fica suspenso o atendimento presencial a requerentes relativos aos pedidos de acesso à

informação de que trata a Lei nº 12.527, de 2011." (NR)

"Art. 6º-C Não correrão os prazos processuais em desfavor dos acusados e entes privados

processados em processos administrativos enquanto perdurar o estado de calamidade de que trata o Decreto

Legislativo nº 6, de 2020.

Parágrafo único. Fica suspenso o transcurso dos prazos prescricionais para aplicação de sanções

administrativas previstas na Lei nº 8.112, de 1990, na Lei nº 9.873, de 1999, na Lei nº 12.846, de 2013, e nas

demais normas aplicáveis a empregados públicos." (NR)

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Art. 2º Fica revogado o art. 18 da Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020.

Art. 3º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 23 de março de 2020; 199º da Independência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Wagner de Campos Rosário

Jorge Antonio de Oliveira Francisco

DOU em 23/3/2020, Edição 56-C, Seção 1, EXTRA, Página 1

Atos do Poder Executivo

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 934, DE 1º DE ABRIL DE 2020

Estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo da educação básica

e do ensino superior decorrentes das medidas para enfrentamento da

situação de emergência de saúde pública de que trata a Lei nº 13.979,

de 6 de fevereiro de 2020.

OPRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da

Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º O estabelecimento de ensino de educação básica fica dispensado, em caráter

excepcional, da obrigatoriedade de observância ao mínimo de dias de efetivo trabalho escolar, nos termos do

disposto no inciso I do caput e no § 1odo art. 24 e no inciso II do caput do art. 31 da Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, desde que cumprida a carga horária mínima anual estabelecida nos referidos dispositivos,

observadas as normas a serem editadas pelos respectivos sistemas de ensino.

Parágrafo único. A dispensa de que trata o caput se aplicará para o ano letivo afetado pelas

medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de

fevereiro de 2020.

Art. 2º As instituições de educação superior ficam dispensadas, em caráter excepcional, da

obrigatoriedade de observância ao mínimo de dias de efetivo trabalho acadêmico, nos termos do disposto

nocapute no § 3odo art. 47 da Lei nº 9.394, de 1996, para o ano letivo afetado pelas medidas para

enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que trata a Lei nº 13.979, de 2020, observadas

as normas a serem editadas pelos respectivos sistemas de ensino.

Parágrafo único. Na hipótese de que trata o caput, a instituição de educação superior poderá

abreviar a duração dos cursos de Medicina, Farmácia, Enfermagem e Fisioterapia, desde que o aluno,

observadas as regras a serem editadas pelo respectivo sistema de ensino, cumpra, no mínimo:

I - setenta e cinco por cento da carga horária do internato do curso de medicina; ou

II - setenta e cinco por cento da carga horária do estágio curricular obrigatório dos cursos de

enfermagem, farmácia e fisioterapia.

Art. 3º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 1º de abril de 2020; 199º da Independência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub

DOU em 1º/4/2020, Edição 63-A, Seção 1, Edição Extra, página 1

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17

Atos do Poder Executivo

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 936, DE 1º DE ABRIL DE 2020

Institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da

Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para

enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo

Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de

saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus

(covid-19), de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e

dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da

Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Medida Provisória institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e

da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade

pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde

pública de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19) de que trata a Lei nº 13.979, de 6

de fevereiro de 2020.

CAPÍTULO II

DO PROGRAMA EMERGENCIAL DE MANUTENÇÃO DO EMPREGO E DA RENDA

Seção I

Da instituição, dos objetivos e das medidas do Programa Emergencial de Manutenção do

Emprego e da Renda

Art. 2º Fica instituído o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, com

aplicação durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º e com os seguintes objetivos:

I - preservar o emprego e a renda;

II - garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e

III - reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade pública e

de emergência de saúde pública.

Art. 3º São medidas do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda:

I - o pagamento de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda;

II - a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; e

III - a suspensão temporária do contrato de trabalho.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica, no âmbito da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, aos órgãos da administração pública direta e indireta, às empresas

públicas e sociedades de economia mista, inclusive às suas subsidiárias, e aos organismos internacionais.

Art. 4º Compete ao Ministério da Economia coordenar, executar, monitorar e avaliar o

Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e editar normas complementares necessárias

à sua execução.

Seção II

Do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda

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18

Art. 5º Fica criado o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, a ser pago

nas seguintes hipóteses:

I - redução proporcional de jornada de trabalho e de salário; e

II - suspensão temporária do contrato de trabalho.

§ 1º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será custeado com

recursos da União.

§ 2º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será de prestação mensal

e devido a partir da data do início da redução da jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária

do contrato de trabalho, observadas as seguintes disposições:

I - o empregador informará ao Ministério da Economia a redução da jornada de trabalho e de

salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho, no prazo de dez dias, contado da data da

celebração do acordo;

II - a primeira parcela será paga no prazo de trinta dias, contado da data da celebração do

acordo, desde que a celebração do acordo seja informada no prazo a que se refere o inciso I; e

III - o Benefício Emergencial será pago exclusivamente enquanto durar a redução proporcional

da jornada de trabalho e de salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho.

§ 3º Caso o empregador não preste a informação dentro do prazo previsto no inciso I do § 2º:

I - ficará responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à redução da jornada de

trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho do empregado, inclusive dos

respectivos encargos sociais, até a que informação seja prestada;

II - a data de início do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será

fixada na data em que a informação tenha sido efetivamente prestada e o benefício será devido pelo restante

do período pactuado; e

III - a primeira parcela, observado o disposto no inciso II, será paga no prazo de trinta dias,

contado da data em que a informação tenha sido efetivamente prestada.

§ 4º Ato do Ministério da Economia disciplinará a forma de:

I - transmissão das informações e comunicações pelo empregador; e

II - concessão e pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda.

§ 5º O recebimento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda não

impede a concessão e não altera o valor do seguro-desemprego a que o empregado vier a ter direito, desde

que cumpridos os requisitos previstos na Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, no momento de eventual

dispensa.

§ 6º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será operacionalizado e

pago pelo Ministério da Economia.

§ 7º Serão inscritos em dívida ativa da União os créditos constituídos em decorrência de

Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda pago indevidamente ou além do devido,

hipótese em que se aplica o disposto na Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução judicial.

Art. 6º O valor do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda terá como

base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito, nos termos do art. 5º

da Lei nº 7.998, de 1990, observadas as seguintes disposições:

I - na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será calculado aplicando-se sobre

a base de cálculo o percentual da redução; e

II - na hipótese de suspensão temporária do contrato de trabalho, terá valor mensal:

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19

a) equivalente a cem por cento do valor do seguro-desemprego a que o empregado teria direito,

na hipótese prevista no caput do art. 8º; ou

b) equivalente a setenta por cento do seguro-desemprego a que o empregado teria direito, na

hipótese prevista no § 5º do art. 8º.

§ 1º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será pago ao empregado

independentemente do:

I - cumprimento de qualquer período aquisitivo;

II - tempo de vínculo empregatício; e

III - número de salários recebidos.

§ 2º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda não será devido ao

empregado que esteja:

I - ocupando cargo ou emprego público, cargo em comissão de livre nomeação e exoneração ou

titular de mandato eletivo; ou

II - em gozo:

a) de benefício de prestação continuada do Regime Geral de Previdência Social ou dos

Regimes Próprios de Previdência Social, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 124 da Lei nº

8.213, de 24 de julho de 1991;

b) do seguro-desemprego, em qualquer de suas modalidades; e

c) da bolsa de qualificação profissional de que trata o art. 2º-A da Lei n° 7.998, de 1990.

§ 3º O empregado com mais de um vínculo formal de emprego poderá receber

cumulativamente um Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda para cada vínculo com

redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou com suspensão temporária do contrato de

trabalho, observado o valor previsto no caput do art. 18 e a condição prevista no § 3º do art. 18, se houver

vínculo na modalidade de contrato intermitente, nos termos do disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação

das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

§ 4º Nos casos em que o cálculo do benefício emergencial resultar em valores decimais, o valor

a ser pago deverá ser arredondado para a unidade inteira imediatamente superior.

Seção III

Da redução proporcional de jornada de trabalho e de salário

Art. 7º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador poderá

acordar a redução proporcional da jornada de trabalho e de salário de seus empregados, por até noventa dias,

observados os seguintes requisitos:

I - preservação do valor do salário-hora de trabalho;

II - pactuação por acordo individual escrito entre empregador e empregado, que será

encaminhado ao empregado com antecedência de, no mínimo, dois dias corridos; e

III - redução da jornada de trabalho e de salário, exclusivamente, nos seguintes percentuais:

a) vinte e cinco por cento;

b) cinquenta por cento; ou

c) setenta por cento.

Parágrafo único. A jornada de trabalho e o salário pago anteriormente serão restabelecidos no

prazo de dois dias corridos, contado:

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20

I - da cessação do estado de calamidade pública;

II - da data estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do período e

redução pactuado; ou

III - da data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua decisão de

antecipar o fim do período de redução pactuado.

Seção IV

Da suspensão temporária do contrato de trabalho

Art. 8º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o empregador poderá

acordar a suspensão temporária do contrato de trabalho de seus empregados, pelo prazo máximo de sessenta

dias, que poderá ser fracionado em até dois períodos de trinta dias.

§ 1º A suspensão temporária do contrato de trabalho será pactuada por acordo individual escrito

entre empregador e empregado, que será encaminhado ao empregado com antecedência de, no mínimo, dois

dias corridos.

§ 2º Durante o período de suspensão temporária do contrato, o empregado:

I - fará jus a todos os benefícios concedidos pelo empregador aos seus empregados; e

II - ficará autorizado a recolher para o Regime Geral de Previdência Social na qualidade de

segurado facultativo.

§ 3º O contrato de trabalho será restabelecido no prazo de dois dias corridos, contado:

I - da cessação do estado de calamidade pública;

II - da data estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do período e

suspensão pactuado; ou

III - da data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua decisão de

antecipar o fim do período de suspensão pactuado.

§ 4º Se durante o período de suspensão temporária do contrato de trabalho o empregado

mantiver as atividades de trabalho, ainda que parcialmente, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou

trabalho à distância, ficará descaracterizada a suspensão temporária do contrato de trabalho, e o empregador

estará sujeito:

I - ao pagamento imediato da remuneração e dos encargos sociais referentes a todo o período;

II - às penalidades previstas na legislação em vigor; e

III - às sanções previstas em convenção ou em acordo coletivo.

§ 5º A empresa que tiver auferido, no ano-calendário de 2019, receita bruta superior a R$

4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), somente poderá suspender o contrato de trabalho de

seus empregados mediante o pagamento de ajuda compensatória mensal no valor de trinta por cento do valor

do salário do empregado, durante o período da suspensão temporária de trabalho pactuado, observado o

disposto no caput e no art. 9º.

Seção V

Das disposições comuns às medidas do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da

Renda

Art. 9º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda poderá ser acumulado

com o pagamento, pelo empregador, de ajuda compensatória mensal, em decorrência da redução de jornada

de trabalho e de salário ou da suspensão temporária de contrato de trabalho de que trata esta Medida

Provisória.

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21

§ 1º A ajuda compensatória mensal de que trata o caput:

I - deverá ter o valor definido no acordo individual pactuado ou em negociação coletiva;

II - terá natureza indenizatória;

III - não integrará a base de cálculo do imposto sobre a renda retido na fonte ou da declaração

de ajuste anual do imposto sobre a renda da pessoa física do empregado;

IV - não integrará a base de cálculo da contribuição previdenciária e dos demais tributos

incidentes sobre a folha de salários;

V - não integrará a base de cálculo do valor devido ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

- FGTS, instituído pela Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, e pela Lei Complementar nº 150, de 1º de junho

de 2015; e

VI - poderá ser excluída do lucro líquido para fins de determinação do imposto sobre a renda da

pessoa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas tributadas pelo lucro

real.

§ 2º Na hipótese de redução proporcional de jornada e de salário, a ajuda compensatória

prevista no caput não integrará o salário devido pelo empregador e observará o disposto no § 1º.

Art. 10. Fica reconhecida a garantia provisória no emprego ao empregado que receber o

Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, de que trata o art. 5º, em decorrência da

redução da jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho de que trata

esta Medida Provisória, nos seguintes termos:

I - durante o período acordado de redução da jornada de trabalho e de salário ou de suspensão

temporária do contrato de trabalho; e

II - após o restabelecimento da jornada de trabalho e de salário ou do encerramento da

suspensão temporária do contrato de trabalho, por período equivalente ao acordado para a redução ou a

suspensão.

§ 1º A dispensa sem justa causa que ocorrer durante o período de garantia provisória no

emprego previsto no caput sujeitará o empregador ao pagamento, além das parcelas rescisórias previstas na

legislação em vigor, de indenização no valor de:

I - cinquenta por cento do salário a que o empregado teria direito no período de garantia

provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário igual ou superior a vinte e

cinco por cento e inferior a cinquenta por cento;

II - setenta e cinco por cento do salário a que o empregado teria direito no período de garantia

provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário igual ou superior a

cinquenta por cento e inferior a setenta por cento; ou

III - cem por cento do salário a que o empregado teria direito no período de garantia provisória

no emprego, nas hipóteses de redução de jornada de trabalho e de salário em percentual superior a setenta

por cento ou de suspensão temporária do contrato de trabalho.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às hipóteses de dispensa a pedido ou por justa causa

do empregado.

Art. 11. As medidas de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão temporária

de contrato de trabalho de que trata esta Medida Provisória poderão ser celebradas por meio de negociação

coletiva, observado o disposto no art. 7º, no art. 8º e no § 1º deste artigo.

§ 1º A convenção ou o acordo coletivo de trabalho poderão estabelecer percentuais de redução

de jornada de trabalho e de salário diversos dos previstos no inciso III do caput do art. 7º.

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22

§ 2º Na hipótese de que trata o § 1º, o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da

Renda de que trata os art. 5º e art. 6º será devido nos seguintes termos:

I - sem percepção do Benefício Emergencial para a redução de jornada e de salário inferior a

vinte e cinco por cento;

II - de vinte e cinco por cento sobre a base de cálculo prevista no art. 6º para a redução de

jornada e de salário igual ou superior a vinte e cinco por cento e inferior a cinquenta por cento;

III - de cinquenta por cento sobre a base de cálculo prevista no art. 6º para a redução de jornada

e de salário igual ou superior a cinquenta por cento e inferior a setenta por cento; e

IV - de setenta por cento sobre a base de cálculo prevista no art. 6º para a redução de jornada e

de salário superior a setenta por cento.

§ 3º As convenções ou os acordos coletivos de trabalho celebrados anteriormente poderão ser

renegociados para adequação de seus termos, no prazo de dez dias corridos, contado da data de publicação

desta Medida Provisória.

§ 4º Os acordos individuais de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão

temporária do contrato de trabalho, pactuados nos termos desta Medida Provisória, deverão ser comunicados

pelos empregadores ao respectivo sindicato laboral, no prazo de até dez dias corridos, contado da data de sua

celebração.

Art. 12. As medidas de que trata o art. 3º serão implementadas por meio de acordo individual

ou de negociação coletiva aos empregados:

I - com salário igual ou inferior a R$ 3.135,00 (três mil cento e trinta e cinco reais); ou

II - portadores de diploma de nível superior e que percebam salário mensal igual ou superior a

duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Parágrafo único. Para os empregados não enquadrados no caput, as medidas previstas no art. 3º

somente poderão ser estabelecidas por convenção ou acordo coletivo, ressalvada a redução de jornada de

trabalho e de salário de vinte e cinco por cento, prevista na alínea "a" do inciso III do caput do art. 7º, que

poderá ser pactuada por acordo individual.

Art. 13. A redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou a suspensão temporária

do contrato de trabalho, quando adotadas, deverão resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços

públicos e das atividades essenciais de que tratam a Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989, e a Lei nº 13.979,

de 2020.

Art. 14. As irregularidades constatadas pela Auditoria Fiscal do Trabalho quanto aos acordos

de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão temporária do contrato de trabalho previstos

nesta Medida Provisória sujeitam os infratores à multa prevista no art. 25 da Lei nº 7.998, de 1990.

Parágrafo único. O processo de fiscalização, de notificação, de autuação e de imposição de

multas decorrente desta Medida Provisória observarão o disposto no Título VII da Consolidação das Leis do

Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, não aplicado o critério da dupla visita e o disposto

no art. 31 da Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020.

Art. 15. O disposto nesta Medida Provisória se aplica aos contratos de trabalho de

aprendizagem e de jornada parcial.

Art. 16. O tempo máximo de redução proporcional de jornada e de salário e de suspensão

temporária do contrato de trabalho, ainda que sucessivos, não poderá ser superior a noventa dias, respeitado

o prazo máximo de que trata o art. 8º.

CAPÍTULO III

DISPOSIÇÕES FINAIS

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23

Art. 17. Durante o estado de calamidade pública de que trata o art. 1º:

I - o curso ou o programa de qualificação profissional de que trata o art. 476-A da

Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, poderá ser oferecido pelo

empregador exclusivamente na modalidade não presencial, e terá duração não inferior a um mês e nem

superior a três meses;

II - poderão ser utilizados meios eletrônicos para atendimento dos requisitos formais previstos

no Título VI da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, inclusive

para convocação, deliberação, decisão, formalização e publicidade de convenção ou de acordo coletivo de

trabalho; e

III - os prazos previstos no Título VI da Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo

Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, ficam reduzidos pela metade.

Art. 18. O empregado com contrato de trabalho intermitente formalizado até a data de

publicação desta Medida Provisória, nos termos do disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do

Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, fará jus ao benefício emergencial mensal no valor de

R$ 600,00 (seiscentos reais), pelo período de três meses.

§ 1º O benefício emergencial mensal será devido a partir da data de publicação desta Medida

Provisória e será pago em até trinta dias.

§ 2º Aplica-se ao benefício previsto no caput o disposto nos § 1º, § 6º e § 7º do art. 5º e nos §

1º e § 2º do art. 6º

§ 3º A existência de mais de um contrato de trabalho nos termos do disposto no § 3º do art. 443

da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, não gerará direito à

concessão de mais de um benefício emergencial mensal.

§ 4º Ato do Ministério da Economia disciplinará a concessão e o pagamento do benefício

emergencial de que trata este artigo.

§ 5º O benefício emergencial mensal de que trata o caput não poderá ser acumulado com o

pagamento de outro auxílio emergencial.

Art. 19. O disposto no Capítulo VII da Medida Provisória nº 927, de 2020, não autoriza o

descumprimento das normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho pelo empregador, e

aplicando-se as ressalvas ali previstas apenas nas hipóteses excepcionadas.

Art. 20. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 1º de abril de 2020; 199º da Independência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Paulo Guedes

DOU em 1/4/2020, Edição 63-D, Seção 1, EXTRA, Página 1

Atos do Poder Executivo

REPUBLICAÇÃO

DECRETO Nº 10.277, DE 16 DE MARÇO DE 2020 (*)

Institui o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento

dos Impactos da Covid-19.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,

caput, inciso VI, alínea "a", da Constituição,

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DECRETA:

Art. 1º Fica instituído o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos

da Covid-19.

Art. 2º O Comitê é órgão de articulação da ação governamental e de assessoramento ao

Presidente da República sobre a consciência situacional em questões decorrentes da pandemia da

covid-19.

Art. 3º O Comitê é composto pelo:

I - Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o

coordenará;

II - Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;

III - Ministro de Estado da Defesa;

IV - Ministro de Estado das Relações Exteriores;

V - Ministro de Estado da Economia;

VI - Ministro de Estado da Infraestrutura;

VII - Ministro de Estado da Educação;

VIII - Ministro de Estado da Cidadania;

IX - Ministro de Estado da Saúde;

X - Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações;

XI - Ministro de Estado do Desenvolvimento Regional;

XII - Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União;

XIII - Ministro de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos;

XIV - Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República;

de Estado Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República;

XVI - Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da

República;

XVII - Advogado-Geral da União;

XVIII - Presidente do Banco Central do Brasil;

XIX - Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa;

XX - Presidente do Banco do Brasil S.A.;

XXI - Presidente da Caixa Econômica Federal;

XXII - Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; e

XXIII - Coordenador do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública da

Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

§ 1º Os membros do Comitê poderão se fazer representar nas reuniões:

I - por ocupante de cargo de Natureza Especial, nas hipóteses dos incisos I a XVII do

caput;

II - por outros diretores, nas hipóteses dos incisos XVIII a XXII do caput; e

III - pelo seu substituto na função, na hipótese do inciso XXIII do caput.

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§ 2º O Coordenador poderá convidar para participar das reuniões do Comitê, de acordo

com o tema a ser discutido:

I - Ministros de Estado que não componham o Comitê, com direito a voz e a voto na

reunião para a qual forem convidados;

II - membros do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público, com

direito a voz e sem direito a voto; e

III - outras autoridades públicas e especialistas, com direito a voz e sem direito a voto.

§ 3º O membro de que trata o inciso XXIII do caput e respectivo suplente serão indicados

pelo Ministro de Estado da Saúde e designados pelo Coordenador do Comitê.

Art. 4º O Comitê se reunirá sempre que convocado pelo seu Coordenador.

§ 1º O quórum de reunião do Comitê é de maioria absoluta e o quórum de aprovação é de

maioria simples.

§ 2º Além do voto ordinário, o Coordenador terá o voto de qualidade em caso de empate.

Art. 5º O Comitê poderá instituir grupos de trabalho temporários com o objetivo de

auxiliar no cumprimento de suas atribuições.

Art. 6º A Secretaria-Executiva do Comitê será exercida pela Subchefia de Articulação e

Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República.

Art. 7º A participação no Comitê e nos grupos de trabalho será considerada prestação de

serviço público relevante, não remunerada.

Art. 8º O Comitê atuará de forma coordenada com o Grupo Executivo Interministerial de

Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional, de que trata o Decreto nº

10.211, de 30 de janeiro de 2020.

Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 16 de março de 2020; 199º da Independência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Walter Souza Braga Netto

_______________________________

(*) Republicação do Decreto nº 10.277, de 16 de março de 2020, por ter constado incorreção, quanto

ao original, na Edição Extra C do Diário Oficial da União de 16 de março de 2020, Seção 1.

DOU em 16/3/2020, Edição 51-D, Edição Extra-D, Seção 2, Página 1

Presidência da República

DESPACHO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

MENSAGEM Nº 93

Senhores Membros do Congresso Nacional,

Em atenção ao disposto no art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000,

denominada de Lei de Responsabilidade Fiscal, solicito a Vossas Excelências o reconhecimento de estado de

calamidade pública com efeitos até de 31 de dezembro de 2020, em decorrência da pandemia da COVID-19

declarada pela Organização Mundial da Saúde, com as consequentes dispensas do atingimento dos resultados

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fiscais previstos no art. 2º da Lei nº 13.898, de 11 de novembro de 2019, e da limitação de empenho de que

trata o art. 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Com efeito, vivemos sob a égide de pandemia internacional ocasionada pela infecção humana

pelo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19), com impactos que transcendem a saúde pública e afetam a

economia como um todo e poderão, de acordo com algumas estimativas, levar a uma queda de até dois por

cento no Produto Interno Bruto - PIB mundial em 2020.

O choque adverso inicial nas perspectivas de crescimento do mundo esteve associado à

desaceleração da China, que foi profundamente agravada pelo início da epidemia. Por concentrar quase um

quinto do PIB mundial e ser destino de parcela substancial das exportações de vários países, aquele país

vinha sendo o principal motor da economia mundial nos últimos anos, de modo que a súbita redução em sua

taxa de crescimento por si só já implicaria efeitos adversos para os demais países.

Em um segundo momento, contudo, a rápida disseminação do vírus em outros países,

notadamente na Europa, levou a uma deterioração ainda mais forte no cenário econômico internacional. De

fato, as medidas necessárias para proteger a população do vírus que desaceleram a taxa de contaminação e

evitam o colapso do sistema de saúde, implicam inevitavelmente forte desaceleração também das atividades

econômicas. Essas medidas envolvem, por exemplo, reduzir interações sociais, manter trabalhadores em casa

e fechar temporariamente estabelecimentos comerciais e industriais. Se, por um lado, são medidas

necessárias para proteger a saúde e a vida das pessoas, por outro lado, as mesmas medidas devem causar

grandes perdas de receita e renda para empresas e trabalhadores.

O desafio para as autoridades governamentais em todo o mundo, além das evidentes questões

de saúde pública, reside em ajudar empresas e pessoas, especialmente aquelas mais vulneráveis à

desaceleração do crescimento econômico, a atravessar este momento inicial, garantindo que estejam prontas

para a retomada quando o problema sanitário tiver sido superado. Nesse sentido, a maioria dos países vêm

anunciando pacotes robustos de estímulo fiscal e monetário, bem como diversas medidas de reforço à rede de

proteção social, com vistas a atenuar as várias dimensões da crise que se desenha no curtíssimo prazo.

Apesar da incerteza em relação à magnitude dos estímulos requeridos, bem como dos instrumentos de

política mais adequados neste momento, a avaliação de grande parte dos analistas é que as medidas

anunciadas têm apontado, em geral, na direção correta. Não há, porém, como evitar o choque recessivo no

curto prazo, que deve afetar a maioria dos países do mundo, inclusive o Brasil. Espera-se, porém, que essas

medidas sejam capazes de suavizar os efeitos sobre a saúde da população e pelo menos atenuar a perda de

produto, renda e emprego no curto prazo e facilitar o processo de retomada.

Neste sentido, é inegável que no Brasil as medidas para enfrentamento dos efeitos da

enfermidade gerarão um natural aumento de dispêndios públicos, outrora não previsíveis na realidade

nacional. Tanto isso é verdade que, apenas para fins de início do combate do COVID-19, já houve a abertura

de crédito extraordinário na Lei Orçamentária Anual no importe de mais de R$ 5 bilhões, conforme Medida

Provisória nº 924, de 13 de março de 2020, longe de se garantir, contudo, que tal medida orçamentária é a

única suficiente para dar cobertura às consequências decorrentes deste evento sem precedentes.

Extrai-se, portanto, que a emergência do surto do COVID-19como calamidade pública gerará

efeitos na economia nacional, com arrefecimento da trajetória de recuperação econômica que vinha se

construindo e consequente diminuição significativa da arrecadação do Governo federal. Vale ressaltar que,

neste momento, o Brasil está entrando na crise e ainda que ela já esteja presente em outros países a incerteza

envolvida no seu dimensionamento, em nível global e nacional, inviabiliza o estabelecimento de parâmetros

seguros, sobre os quais os referenciais de resultado fiscal poderiam ser adotados.

Neste quadro, o cumprimento do resultado fiscal previsto no art. 2º da Lei nº 13.898, de 2019,

ou até mesmo o estabelecimento de um referencial alternativo, seria temerário ou manifestamente proibitivo

para a execução adequada dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, com riscos de paralisação da

máquina pública, num momento em que mais se pode precisar dela.

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Em outras palavras, em um cenário de tamanha incerteza, mas com inequívoca tendência de

decréscimo e receitas e elevação de despesas da União, o engendramento dos mecanismos de

contingenciamento exigidos bimestralmente pelo art. 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal poderia

inviabilizar, entre outras políticas públicas essenciais ao deslinde do Estado, o próprio combate à

enfermidade geradora da calamidade pública em questão.

Por isso, em atenção ao permissivo contido no art. 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal, é

importante que se utilize, excepcionalmente, da medida lá prevista, no sentido de que, reconhecida a

calamidade pública pelo Congresso Nacional e enquanto esta perdurar, a União seja dispensada do

atingimento dos resultados fiscais e da limitação de empenho prevista no art. 9º da referida Lei

Complementar.

Por todo exposto, o reconhecimento, pelo Congresso Nacional, da ocorrência de calamidade

pública com efeitos até 31 de dezembro de 2020, em função da pandemia do novo coronavírus, viabilizará o

funcionamento do Estado, com os fins de atenuar os efeitos negativos para a saúde e para a economia

brasileiras.

Brasília, 18 de março de 2020.

DOU em 18/3/2020, Edição 53-A, Seção 1, Extra, Página 1

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CONGRESSO NACIONAL

Atos do Congresso Nacional

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antonio Anastasia, Primeiro Vice-

Presidente do Senado Federal, no exercício da Presidência, nos termos do parágrafo único do art. 52 do

Regimento Comum e do inciso XXVIII do art. 48 do Regimento Interno do Senado Federal, promulgo o

seguinte

DECRETO LEGISLATIVO

Nº 6, DE 2020

Reconhece, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4

de maio de 2000, a ocorrência do estado de calamidade pública, nos

termos da solicitação do Presidente da República encaminhada por

meio da Mensagem nº 93, de 18 de março de 2020.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1ºFica reconhecida, exclusivamente para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101,

de 4 de maio de 2000, notadamente para as dispensas do atingimento dos resultados fiscais previstos no art.

2º da Lei nº 13.898, de 11 de novembro de 2019, e da limitação de empenho de que trata o art. 9º da Lei

Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a ocorrência do estado de calamidade pública, com efeitos até

31 de dezembro de 2020, nos termos da solicitação do Presidente da República encaminhada por meio da

Mensagem nº 93, de 18 de março de 2020.

Art. 2ºFica constituída Comissão Mista no âmbito do Congresso Nacional, composta por 6

(seis) deputados e 6 (seis) senadores, com igual número de suplentes, com o objetivo de acompanhar a

situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à emergência de saúde

pública de importância internacional relacionada ao coronavírus (Covid-19).

§ 1º Os trabalhos poderão ser desenvolvidos por meio virtual, nos termos definidos pela

Presidência da Comissão.

§ 2º A Comissão realizará, mensalmente, reunião com o Ministério da Economia, para avaliar a

situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à emergência de saúde

pública de importância internacional relacionada ao coronavírus (Covid-19).

§ 3º Bimestralmente, a Comissão realizará audiência pública com a presença do Ministro da

Economia, para apresentação e avaliação de relatório circunstanciado da situação fiscal e da execução

orçamentária e financeira das medidas relacionadas à emergência de saúde pública de importância

internacional relacionada ao coronavírus (Covid-19), que deverá ser publicado pelo Poder Executivo antes da

referida audiência.

Art. 3ºEste Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 20 de março de 2020.

SENADOR ANTONIO ANASTASIA

Primeiro Vice-Presidente do Senado Federal,

no exercício da Presidência

DOU em 20/3/2020, Edição 55-C, Seção 1, Extra, Página 1

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PORTARIA Nº 343, DE 17 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios

digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus -

COVID-19.

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87,

parágrafo único, incisos I e II, da Constituição, e considerando o art. 9º, incisos II e VII, da Lei nº 9.394, de

20 de dezembro de 1996, e o art. 2º do Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017, resolve:

Art. 1º Autorizar, em caráter excepcional, a substituição das disciplinas presenciais, em

andamento, por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação, nos limites

estabelecidos pela legislação em vigor, por instituição de educação superior integrante do sistema federal de

ensino, de que trata o art. 2º do Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017.

§ 1º O período de autorização de que trata o caput será de até trinta dias, prorrogáveis, a

depender de orientação do Ministério da Saúde e dos órgãos de saúde estaduais, municipais e distrital.

§ 2º Será de responsabilidade das instituições a definição das disciplinas que poderão ser

substituídas, a disponibilização de ferramentas aos alunos que permitam o acompanhamento dos conteúdos

ofertados bem como a realização de avaliações durante o período da autorização de que trata o caput.

§ 3º Fica vedada a aplicação da substituição de que trata o caput aos cursos de Medicina bem

como às práticas profissionais de estágios e de laboratório dos demais cursos.

§ 4º As instituições que optarem pela substituição de aulas deverão comunicar ao Ministério da

Educação tal providência no período de até quinze dias.

Art. 2º Alternativamente à autorização de que trata o art. 1º, as instituições de educação superior

poderão suspender as atividades acadêmicas presenciais pelo mesmo prazo.

§ 1º As atividades acadêmicas suspensas deverão ser integralmente repostas para fins de

cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidos na legislação em vigor.

§ 2º As instituições poderão, ainda, alterar o calendário de férias, desde que cumpram os dias

letivos e horas-aula estabelecidos na legislação em vigor.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ABRAHAM WEINTRAUB

DOU em 18/3/2020, Edição 53, Seção 1, Página 39

Gabinete do Ministro

PORTARIA Nº 345, DE 19 DE MARÇO DE 2020

Altera a Portaria MEC nº 343, de 17 de março de 2020.

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87,

parágrafo único, incisos I e II, da Constituição, e considerando o art. 9º, incisos II e VII, da Lei nº 9.394, de

20 de dezembro de 1996, e o art. 2º do Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017, resolve:

Art. 1º A Portaria MEC nº 343, de 17 de março de 2020, passa a vigorar com as seguintes

alterações:

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"Art. 1º Fica autorizada, em caráter excepcional, a substituição das disciplinas presenciais, em

andamento, por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação, por instituição de

educação superior integrante do sistema federal de ensino, de que trata o art. 2º do Decreto nº 9.235, de 15 de

dezembro de 2017.

...............................................................................................................................

§ 3º Fica vedada a aplicação da substituição de que trata o caput às práticas profissionais de

estágios e de laboratório.

§ 4º Especificamente para o curso de Medicina, fica autorizada a substituição de que trata o

caput apenas às disciplinas teóricas-cognitivas do primeiro ao quarto ano do curso.

§ 5º As instituições deverão comunicar ao Ministério da Educação a opção pela substituição de

aulas, mediante ofício, em até quinze dias." (NR)

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ABRAHAM WEINTRAUB

DOU em 19/3/2020, Edição 54-D Seção 1 - Extra, Página 1

Gabinete do Ministro

PORTARIA Nº 356, DE 20 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre a atuação dos alunos dos cursos da área de saúde no

combate à pandemia do COVID-19 (coronavírus).

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso das atribuições que lhe confere o art.

87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição, e considerando o Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de

2017, resolve:

Art. 1º Fica autorizada aos alunos regularmente matriculados nos dois últimos anos do curso de

medicina, e do último ano dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia do sistema federal de ensino,

definidos no art. 2º do Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017, em caráter excepcional, a possibilidade

de realizar o estágio curricular obrigatório em unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento,

rede hospitalar e comunidades a serem especificadas pelo Ministério da Saúde, enquanto durar a situação de

emergência de saúde pública decorrente do COVID-19 (coronavírus), na forma especificada na presente

portaria.

Art. 2º Os alunos de medicina que participarem deste esforço de contenção da pandemia do

COVID-19 deverão atuar exclusivamente nas áreas de clínica médica, pediatria e saúde coletiva, no apoio às

famílias e aos grupos de risco, de acordo com as especificidades do curso.

§ 1º Nos cursos de fisioterapia, enfermagem e farmácia, os alunos atuarão em áreas

compatíveis com os estágios e as práticas específicas de cada curso.

§ 2º A atuação dos alunos deverá ser supervisionada por profissionais da saúde com registro

nos respectivos conselhos profissionais competentes, bem como sob orientação docente realizada pela

Universidade Aberta do SUS - UNA-SUS, preferencialmente.

§ 3º As instituições de ensino deverão utilizar a carga horária dedicada pelos alunos neste

esforço de contenção da pandemia como substituta de horas devidas em sede de estágio curricular

obrigatório, proporcionalmente ao efetivamente cumprido, e apenas nas áreas de saúde previstas nesta

Portaria.

§ 4º A UNA-SUS deverá emitir certificado da participação do aluno no esforço de contenção

da pandemia do COVID-19, com a respectiva carga horária.

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§ 5º A atuação dos alunos é de caráter relevante e deverá ser considerada na pontuação para

ingresso nos cursos de residência.

§ 6º A realização do estágio obrigatório na área de clínica médica, pediatria e saúde coletiva

não desobriga o aluno de cumprir a carga horária prevista para o estágio em outras áreas, caso mencionadas

nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso e não relacionadas ao COVID-19 (coronavírus), que deverão

ser cursadas normalmente pelo aluno de acordo com o projeto pedagógico do curso ao qual o aluno está

matriculado e na forma estipulada pela instituição de ensino.

Art. 3º A seleção e a alocação dos alunos serão disciplinadas por ato próprio do Ministério da

Saúde, após articulação com os órgãos de saúde estadual, distrital e municipal.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ABRAHAM WEINTRAUB

DOU em 20/3/2020, Edição 55-B, Seção 1, Extra, Página 1

Secretaria Executiva

PORTARIA Nº 491, DE 19 DE MARÇO DE 2020

Estabelece medidas temporárias de prevenção ao contágio pelo Novo

Coronavírus (COVID-19) no âmbito do Ministério da Educação.

A SECRETÁRIA-EXECUTIVA SUBSTITUTA, no uso das atribuições que lhe são conferidas

pelo art. 7º do Decreto nº 10.195, de 30 dezembro de 2019 e pela Portaria MEC nº 342, de 17 de março de

2020, considerando o disposto na Instrução Normativa nº 19, de 12 de março de 2020, alterada pela Instrução

Normativa nº 21, de 16 de março de 2020, ambas do Ministério da Economia, resolve:

Art. 1º Ficam estabelecidas, no âmbito dos órgãos e unidades que integram a estrutura

regimental do Ministério da Educação, descritos nos incisos I a III do art. 2º do Anexo I do Decreto nº

10.195, de 30 de dezembro de 2019, medidas temporárias de prevenção ao contágio pelo Novo Coronavírus

(COVID-19), enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública de importância internacional.

Art. 2º Fica suspensa a realização de viagens nacionais e internacionais a serviço.

Parágrafo Único. Excepcionalmente, mediante justificativa individualizada, poderá ser

autorizada a realização de viagem a serviço.

Art. 3º Preferencialmente, os atendimentos deverão ser realizados por meio eletrônico.

§ 1º Os requerimentos, prioritariamente, deverão ser encaminhados por meio do endereço

eletrônico [email protected] ao Protocolo Central do Ministério, que redirecionará para área

responsável.

§ 2º Os requerimentos vinculados à área de recursos humanos deverão ser, preferencialmente,

encaminhados à Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, em formato digital, por meio do endereço

eletrônico [email protected].

§ 3º Excepcionalmente, os titulares dos órgãos e unidades MEC poderão autorizar o acesso de

público externo, desde que mantidas as precauções sanitárias e de saúde pública necessárias à prevenção

preconizada por esta portaria.

Art. 4º Deverão executar suas atividades remotamente:

I - os servidores:

a) com sessenta anos ou mais;

b) imunodeficientes ou com doenças preexistentes crônicas ou graves;

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c) responsáveis pelo cuidado de uma ou mais pessoas com suspeita ou confirmação de

diagnóstico de infecção pelo Novo Coronavírus, desde que haja coabitação.

II - as servidoras gestantes ou lactantes.

§ 1º A comprovação de doenças preexistentes crônicas ou graves ou de imunodeficiência

ocorrerá mediante autodeclaração, na forma do anexo I, e instrução de processo individual com ciência da

chefia imediata.

§ 2º A condição de que trata a alínea "c" do inciso I ocorrerá mediante autodeclaração, na

forma do anexo II, e instrução de processo individual com ciência da chefia imediata.

§ 3º A prestação de informação falsa sujeitará o servidor às sanções penais e administrativas

previstas em Lei.

§ 4º Os servidores, na hipótese de trabalho remoto, deverão:

I - informar possuir os insumos tecnológicos mínimos para o desenvolvimento do plano laboral

proposto; e

II - buscar a preservação do sigilo dos dados acessados.

§ 5º Caberá aos titulares das unidades do Ministério da Educação:

I - elaborar plano laboral, contemplando as atividades previstas no período de trabalho remoto,

destacando quais são prioritárias e qual o cronograma para as entregas diárias ou semanais;

II - estabelecer como será a comunicação entre o servidor e a chefia imediata;

III - definir as ações de monitoramento que serão implementadas pela chefia imediata em

relação às atividades do servidor em trabalho remoto;

IV - garantir a permanência mínima de servidores para atendimento de diligências que

demandem presença física nas dependências do Ministério, certificando-se que tais servidores não façam

parte de grupo de risco, referidos neste artigo.

§ 6º O disposto nas alíneas "a" e "c" do inciso I do caput não se aplica aos servidores em

atividades nas áreas de segurança, saúde ou outras consideradas essenciais, conforme mapeamento realizado

pelos titulares das unidades do Ministério.

§ 7º Atrasos em relação ao cronograma estabelecido para as entregas, não justificados e sem

anuência da chefia imediata, poderão acarretar apuração da conduta do servidor.

§ 8º O servidor em regime excepcional de trabalho remoto deverá permanecer na cidade de

lotação e estar disponível para convocação, durante o horário habitual de expediente, para comparecimento

ao local de trabalho, observado o intervalo mínimo de 3 (três) horas para apresentação, exceto aquele

caracterizado como integrante do grupo de risco.

§ 9º Casos excepcionais deverão ser analisados e justificados pela chefia imediata do servidor.

Art. 5º Fica autorizado o regime de teletrabalho excepcional e temporário, mediante

autorização dos respectivos titulares de Unidades, aos servidores que possam exercer as suas atividades

funcionais remotamente, sem necessidade de comparecimento ao Órgão, e resguardada a efetiva prestação do

serviço público.

§1º Aplica-se aos servidores do caput as disposições previstas nos §§ 4º ao 9º do art. 4º.

§2º A critério da chefia imediata da Unidade e observado o horário de expediente

administrativo, poderá ser estabelecida em cada área escala diferenciada de trabalho de seus integrantes,

associada ou não ao regime de trabalho remoto.

§3º Poderá ser adotada a redistribuição física de força de trabalho presencial, com o objetivo de

evitar a concentração e a proximidade de pessoas no ambiente de trabalho.

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§4º Poderão ser flexibilizados os horários de início e término da jornada de trabalho, mantida a

carga horária diária e semanal prevista em Lei para cada caso.

§5º O trabalho remoto poderá abranger a totalidade ou percentual das atividades desenvolvidas

pelos servidores do Órgão.

Art. 6º A adesão ao regime de trabalho remoto será objeto de registro em processo

administrativo próprio, no Sistema Eletrônico de Informação (SEI), que conterá:

I - a solicitação do servidor e, no que couber, a autodeclaração tratada nos §§ 1º e 2º do art. 4º

e, no § 3º do art. 7º;

II - o plano laboral, a forma de comunicação entre o servidor e a chefia imediata e, as ações de

monitoramento a serem desenvolvidas em relação as atividades do servidor em trabalho remoto;

III - a manifestação da chefia imediata sobre conveniência e oportunidade da concessão do

trabalho remoto; e

IV - o despacho de autorização pelo titular da Unidade.

Parágrafo único. O ato autorizativo poderá atender a mais de um servidor simultaneamente e

deverá mencionar os autorizados nominalmente.

Art. 7º Os servidores que possuam filhos em idade escolar ou inferior e que necessitem da

assistência de um dos pais podem requerer que suas atribuições sejam executadas remotamente enquanto

vigorar a norma local que suspenda as atividades escolares ou em creche, por motivo de força maior

relacionada ao Novo Coronavírus (COVID-19).

§ 1º Na hipótese do caput, aplica-se o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 4º da Instrução Normativa

nº 19, de 12 de março de 2020, do Ministério da Economia.

§ 2º Caso ambos os pais sejam servidores ou empregados públicos, a hipótese do caput será

aplicável a apenas um deles.

§ 3º A comprovação do preenchimento dos requisitos previstos no caput e no § 2º ocorrerá

mediante autodeclaração, na forma do anexo III, e instrução de processo individual com ciência da chefia

imediata.

Art. 8º Aplica-se aos estagiários, no que couber, as disposições estabelecidas nesta Portaria.

Art. 9º A Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (STIC) deverá auxiliar as

unidades do Ministério, no que couber, quanto à adoção do regime de trabalho remoto e de

videoconferências para a realização de reuniões e audiências.

Art. 10 Ficam revogadas as disposições em contrário.

Art. 11 Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

MARIA FERNANDA NOGUEIRA BITTENCOURT

ANEXO I

AUTODECLARAÇÃO DE SAÚDE

Eu, __________________________________________, RG nº ___________________, CPF

nº ___________________ declaro para fins específicos de atendimento ao disposto na Portaria nº

______/2020, que devo ser submetido a isolamento por meio trabalho remoto em razão de doença

preexistente crônica ou grave ou de imunodeficiência, com data de início _______________, enquanto

perdurar o estado de emergência de saúde pública de importância internacional. Declaro, mais, que estou

ciente de que a prestação de informação falsa me sujeitará às sanções penais e administrativas previstas em

Lei.

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ANEXO II

AUTODECLARAÇÃO DE CUIDADO E COABITAÇÃO

Eu, __________________________________________, RG nº ___________________, CPF

nº ___________________ declaro para fins específicos de atendimento ao disposto na Portaria nº

______/2020, que em razão de ter sob meu cuidado uma ou mais pessoas com suspeita ou confirmação de

diagnóstico de infecção por COVID-19, bem como coabitar na mesma residência que esta pessoa, devo ser

submetido a isolamento por meio trabalho remoto com data de início _______________, enquanto perdurar

o estado de emergência de saúde pública de importância internacional.. Declaro, mais, que estou ciente de

que a prestação de informação falsa me sujeitará às sanções penais e administrativas previstas em Lei.

ANEXO III

AUTODECLARAÇÃO DE FILHO(S) EM IDADE ESCOLAR

Eu, __________________________________________, RG nº ___________________, CPF

nº ___________________ declaro para fins específicos de atendimento ao disposto na Portaria nº

______/2020, que tenho filhos em idade escolar ou inferior e que necessitam da minha assistência, portanto,

necessito ser submetido a trabalho remoto com data de início __________________, enquanto vigorar a

norma local, conforme o ato normativo __________________, que suspendeu as atividades escolares ou em

creche, por motivos de força maior relacionadas ao coronavírus. Declaro, mais, que estou ciente de que a

prestação de informação falsa me sujeitará às sanções penais e administrativas previstas em Lei.

Informações adicionais

Dados cônjuge

Nome Completo:

Servidor Público ou Empregado Público Federal: ( ) Sim ( ) Não

Dados dos filhos (deve ser preenchido para cada filho):

Nome Completo:

Idade:

Escola: ( ) Pública ( )Privada

UF da Escola:

Cidade da Escola:

DOU em 19/3/2020, Edição 54-C, Seção 1 - Extra, Página 1

FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL

SUPERIOR

PORTARIA Nº 36, DE 19 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre a suspensão excepcional dos prazos para defesa de

dissertação ou tese no âmbito dos programas de concessão de bolsas

da Capes.

O PRESIDENTE DA COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE

NÍVEL SUPERIOR - CAPES, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos incisos II, III e IX do art.

26 do Estatuto da Capes, aprovado pelo Decreto nº 8.977, de 30 de janeiro de 2017, considerando a

necessidade de adotar medidas destinadas a mitigar a disseminação do chamado Coronavírus, bem como o

constante dos autos do processo nº 230380.002824/2020-44, resolve:

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Art. 1º Recomendar que sejam suspensos pelo prazo de 60 (sessenta) dias, os prazos para defesa

de dissertação ou tese, na forma presencial, no âmbito dos programas de concessão de bolsas da Capes.

Art. 2º A suspensão de que trata esta Portaria não afasta a possibilidade de defesas de tese

utilizando tecnologias de comunicação à distância, quando admissíveis pelo programa de pós-graduação

stricto sensu, nos termos da regulamentação do Ministério da Educação.

Art. 3º Recomendar às Pró-Reitorias ou órgãos equivalentes das IES, responsáveis pelos

programas de pós-graduação stricto sensu que, excepcionalmente, adotem as devidas providências para

viabilizar defesas não presenciais nos quais não sejam previstas.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

BENEDITO GUIMARÃES AGUIAR NETO

DOU em 20/3/2020, Edição 55, Seção 1, Página 79

FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR

PORTARIA Nº 37, DE 19 DE MARÇO DE 2020

Altera o calendário de atividades da Diretoria de Avaliação para o ano

de 2020.

O PRESIDENTE DA COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE

NÍVEL SUPERIOR - CAPES, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelo estatuto aprovado pelo

Decreto nº 8.977, de 30 de janeiro de 2017, publicado no Diário Oficial da União de 31 de janeiro de 2017, e

CONSIDERANDO O constante dos autos do processo nº 23038.014647/2018-24,

CONSIDERANDO a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19) como

pandemia;

CONSIDERANDO a necessidade de compatibilizar as atividades relacionadas à avaliação dos

programas de pós-graduação stricto sensu durante a pandemia, resolve:

Art. 1º Estabelecer o calendário de atividades da Diretoria de Avaliação para o ano de 2020.

ATIVIDADE DATA

Prazo Final do COLETA - ano base 2019

Envio dos dados pelo coordenador de programa 23 de abril

Prazo Final do COLETA - ano base 2019

Chancela pela Pró-reitoria 30 de abril

Submissão de Propostas de Cursos Novos (APCN) 04 de maio a 05 de junho

Mudança de Área Básica/Área de Avaliação/Modalidade 5 de outubro a 30 de outubro

Art. 2º Fica revogada a Portaria nº 252, de 25 de novembro de 2019, publicada no Diário Oficial

da União de 27 de novembro de 2019.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

BENEDITO GUIMARÃES AGUIAR NETO

DOU em 20/3/2020, Edição 55, Seção 1, Página 79

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Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

PORTARIA Nº 190, DE 19 DE MARÇO DE 2020

A PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

(FNDE) no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo art. 15 do anexo I do Decreto nº 9.007, de

20 de março de 2017 e,

Considerando o disposto na alínea c do inciso I do art. 3º da Lei nº 10.260, de 12 de julho de

2001, com a redação dada pela Lei nº 13.530, de 7 de dezembro de 2017;

Considerando o disposto nos incisos I e II e § 4º do art. 47 da Portaria Normativa nº 209, de 7

de março de 2018, e

Considerando o disposto na Portaria Normativa nº 80, de 1º de fevereiro de 2018;, resolve:

Art. 1º Prorrogar, por 30 (trinta) dias, os prazos para validação pelas Comissões Permanentes

de Supervisão e Acompanhamento do Fies (CPSAs) e para formalização do financiamento estudantil junto

ao agente financeiro, referente às inscrições do 1º semestre de 2020 que estão vencidas até esta data.

Art. 2º Prorrogar, por 30 (trinta) dias, o prazo estabelecido na alínea a do inciso I e inciso II do

art. 47 da Portaria Normativa nº 209, de 7 de março de 2018.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

KARINE SILVA DOS SANTOS

DOU em 23/3/2020, Edição 56, Seção 1, Página 96

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

PORTARIA Nº 239, DE 26 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre a prorrogação de prazos de que trata a Portaria SETEC

nº 62, de 24 de janeiro de 2020.

O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA DO MINISTÉRIO

DA EDUCAÇÃO, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 16 do Decreto nº 10.195, de 30 de

dezembro de 2019, e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; no Decreto nº

5.154, de 23 de julho de 2004; na Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de 2012; e nos termos do

Processo nº 23000.007835/2015-81;

Considerando as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da

Saúde quanto às medidas de enfrentamento da pandemia provocada pelo Coronavírus (COVID-19), resolve:

Art. 1º Prorrogar, em caráter excepcional, por mais trinta (30) dias, o prazo de que trata o inciso

I do artigo 4º da Portaria SETEC nº 62, de 24 de janeiro de 2020, a contar de 1º de abril 2020.

Art. 2º Prorrogar, em caráter excepcional, por até 120 (cento e vinte) dias, o prazo de análise de

que trata o art. 5º da Portaria SETEC nº 62, de 24 de janeiro de 2020, a contar da data de conclusão do

registro no SISTEC, no caso dos pedidos protocolados entre 1º e 30 de abril de 2020.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ARIOSTO ANTUNES CULAU

DOU em 31/3/2020, Edição 62, Seção 1, Página 51

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CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Conselho Nacional de Educação (CNE), considerando as implicações da pandemia da

COVID-19 no fluxo do calendário escolar, tanto na educação básica quanto na educação superior, vem a

público elucidar aos sistemas e às redes de ensino, de todos os níveis, etapas e modalidades, que porventura

tenham necessidade de reorganizar as atividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das

atividades escolares por conta de ações preventivas à propagação da COVID-19, o que segue:

1. ao adotar as providências necessárias e suficientes para garantir a segurança da comunidade

social, os sistemas federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal e as redes e instituições de educação

básica e educação superior, devem considerar a aplicação dos dispositivos legais em articulação com as

normas estabelecidas por autoridades federais, estaduais, e dos sistemas de ensino, para a organização das

atividades escolares e execução de seus calendários e programas, ficando, a critério dos próprios sistemas de

ensino e redes e instituições de educação básica e educação superior, a gestão do calendário e a forma de

organização, realização ou reposição de atividades acadêmicas e escolares;

2. no exercício de sua autonomia e responsabilidade na condução dos respectivos projetos

pedagógicos e respeitando-se as normas e os parâmetros legais estabelecidos, as redes e instituições de

educação básica e educação superior podem propor formas de realização e reposição de dias e horas de

efetivo trabalho escolar, em articulação com as normas e a legislação produzidas pelo correspondente órgão

de supervisão permanente do seu sistema de ensino e de dirigentes municipais, estaduais e do Distrito

Federal;

3. no processo de reorganização dos calendários escolares, deve ser assegurado que a reposição

de aulas e a realização de atividades escolares possam ser efetivadas de forma que se preserve o padrão de

qualidade previsto no inciso IX do artigo 3º da LDB e inciso VII do artigo 206 da Constituição Federal;

4. no exercício de autonomia e responsabilidade na condução de seus projetos acadêmicos,

respeitando-se os parâmetros e normas legais estabelecidas, com destaque e em observância ao disposto na

Portaria MEC nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019, as instituições de educação superior podem considerar a

utilização da modalidade EaD como alternativa à organização pedagógica e curricular de seus cursos de

graduação presenciais;

5. no exercício de sua autonomia e responsabilidade na condução dos respectivos projetos

pedagógicos e dos sistemas de ensino, compete às autoridades dos sistemas de ensino federal, estaduais,

municipais e distrital, em conformidade com o Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, autorizar a

realização de atividades a distância nos seguintes níveis e modalidades:

I - ensino fundamental, nos termos do § 4º do art. 32 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de

1996;

II - ensino médio, nos termos do § 11 do art. 36 da Lei nº 9.394, de 1996;

III - educação profissional técnica de nível médio;

IV - educação de jovens e adultos; e

V - educação especial.

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6. no exercício de autonomia e responsabilidade dos sistemas federal, estaduais, municipais e do

Distrito Federal, respeitando-se os parâmetros e os limites legais, os estabelecimentos de educação, em todos

os níveis, podem considerar a aplicação do previsto no Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969, de

modo a possibilitar, de acordo com a disponibilidade e normas estabelecidas pelos sistemas de educação, aos

estudantes, que direta ou indiretamente corram riscos de contaminação, serem atendidos em seus domicílios.

Brasília (DF), em 18 de março de 2020.

LUIZ ROBERTO LIZA CURI

Presidente do Conselho Nacional de Educação

FONTE: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=142021-nota-de-

esclarecimento-covid-19&category_slug=fevereiro-2020-pdf&Itemid=30192

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

EDITAL Nº 21, DE 17 DE MARÇO DE 2020

FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL – FIES

PROGRAMA DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL - P-FIES

PROCESSO SELETIVO - PRIMEIRO SEMESTRE DE 2020

Processo nº 23000.022111/2015-67.

O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, no uso da atribuição que lhe confere o art. 16

da Portaria MEC nº 2.016, de 21 de novembro de 2019, resolve:

Art. 1º O Edital nº 72, de 20 de dezembro de 2019, da Secretaria de Educação Superior do

Ministério da Educação, cujo extrato foi publicado na página 57 da Seção 3 do Diário Oficial da União de 24

de dezembro de 2019, passa a vigorar com a seguinte redação:

"5..................................................................................

5.2. A pré-seleção dos CANDIDATOS participantes da lista de espera ocorrerá a partir do dia

28 de fevereiro de 2020.

......................................................................................

5.3.1. Os CANDIDATOS pré-selecionados na lista de espera na modalidade Fies, nos termos do

item 5.1 e 5.2 deste Edital, deverão acessar o FiesSeleção, no endereço eletrônico hp://fies.mec.gov.br, e

complementar sua inscrição para contratação do financiamento no referido sistema, a partir do dia 28 de

fevereiro de 2020.

............................................................................. (N.R.)

Art. 2º Este Edital entra em vigor na data de sua publicação.

WAGNER VILAS BOAS DE SOUZA

DOU em 18/3/2020, Edição 53, Seção 3, Página 40

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EDITAL Nº 22, DE 17 DE MARÇO DE 2020

PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS – PROUNI

PROCESSO SELETIVO - PRIMEIRO SEMESTRE DE 2020

Processo nº 23000.031304/2019-32

O Secretário de Educação Superior, no uso das atribuições que lhe confere o art. 2º do Decreto

nº 5.493, de 18 de julho de 2005, e tendo em vista o disposto na Portaria Normativa MEC nº 1, de 2 de

janeiro de 2015, resolve:

Art. 1º O Edital nº 71, de 13 de dezembro de 2019, da Secretaria de Educação Superior do

Ministério da Educação, cujo extrato foi publicado na página 72 da Seção 3 do Diário Oficial da União de 23

de dezembro de 2019, passa a vigorar com a seguinte redação:

"6..................................................................................

6.3. Os CANDIDATOS que tenham manifestado interesse em participar da lista de espera do

Prouni deverão comparecer às IES e entregar a documentação pertinente para comprovação das informações

prestadas na inscrição e participação em eventual processo seletivo próprio da instituição, quando for o caso,

a partir do dia 13 de março de 2020.

6.4. O registro no Sisprouni da aprovação ou reprovação do CANDIDATO pré-selecionado em

lista de espera do Prouni e a emissão do respectivo Termo de Concessão de Bolsa ou Termo de Reprovação

deverão ser realizados pelas IES a partir do dia 13 de março de 2020.

............................................................................. (N.R.)

Art. 2º Este Edital entra em vigor na data de sua publicação.

WAGNER VILAS BOAS DE SOUZA

DOU em 18/3/2020, Edição 53, Seção 3, Página 40

SECRETARIA DE REGULAÇÃO E SUPERVISÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

PORTARIA Nº 75, DE 27 DE MARÇO DE 2020

Altera a Portaria nº 208, de 6 de fevereiro de 2020, que estabelece o

calendário anual de abertura do protocolo de ingresso de processos

regulatórios no Sistema e-MEC em 2020, tendo em vista a situação de

pandemia do coronavírus - COVID-19.

O SECRETÁRIO DE REGULAÇÃO E SUPERVISÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR, no uso

da competência que lhe foi conferida pelo Decreto nº 10.195, de 30 de dezembro de 2019, acolhendo

integralmente a Nota Técnica nº 272/2019/CGLNRS/DPR/SERES/MEC, inclusive como motivação e, tendo

em vista a atribuição que lhe confere o art. 12 da Portaria nº 208, de 6 de fevereiro de 2020, resolve:

Art. 1º O Anexo I à Portaria nº 208, de 6 de fevereiro de 2020, passa a vigorar com as seguintes

alterações:

ANEXO

Ato Regulatório

(Presencial e EaD)

Período de protocolo

do pedido no Sistema

eM EC

Previsão de

conclusão

Condições do Processo

Reconhecimento De 02 de março a 30 Até 30 de abril de -Sem diligências instauradas; -

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40

de abril de 2020 2021 Ausência de sobrestamento; -

Sem ocorrência de recursos/

impugnações no fluxo

processual;

-Denominação de curso

consolidada no Sistema

regulatório;

-Manifestação do Conselho

Profissional, quando

pertinente;

-Com avaliação realizada

dentro do prazo e resultado

satisfatório em todas as

dimensões (com visita de

avaliação in loco).

De 01 a 30 de agosto

de 2020

Até 30 de agosto de

2021

Recredenciamento De 02 de março a 30

de abril de 2020

Até 30 de abril (envio

ao CNE)

De 01 a 30 de agosto

de 2020

Até 30 de agosto de

2021 (envio ao CNE)

Autorização de curso

em processo não

vinculado ao

Credenciamento de

IES

De 01 a 30 de maio de

2020

Até 30 de agosto de

2020 (processos com

dispensa de visita)

Até 30 de maio de

2021 (processos com

visita de avaliação in

loco)

De 01 a 30 de

setembro de 2020

Até 30 de janeiro de

2021 (processos com

dispensa de visita)

Até 30 de setembro de

2021 (processos com

visita de avaliação in

loco)

Credenciamento

como Centro

Universitário;

Credenciamento de

Campus fora de sede

e Autorização*

Vinculada a

Credenciamento de

Campus Fora de

Sede

De 01 a 30 de maio de

2020

Até 30 de maio de

2021 (envio do pedido

de credenciamento

institucional ao CNE)

De 01 a 30 de

setembro de 2020

Até 30 de setembro de

2021 (envio do pedido

de credenciamento

institucional ao CNE)

Credenciamento de

IES e Autorização*

de curso em processo

vinculado

De 01 a 30 de junho de

2020

Até 30 de junho de

2021 (envio do pedido

de credenciamento

institucional ao CNE)

De 03 a 30 de outubro

de 2020

Até 30 de outubro de

2021 (envio do pedido

de credenciamento

institucional ao CNE)

Credenciamento de

Instituições para

De 01 a 30 de julho de

2020

Até 30 de julho de

2021 (envio do pedido

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41

oferta de cursos de

pós-graduação lato

sensu (art. 2º, incisos

IV e V, Resolução

CNE/CES nº 1/2018)

**

de credenciamento

institucional ao CNE)

De 01 a 30 de

novembro de 2020

Até 30 de novembro

de 2021 (envio do

pedido de

credenciamento

institucional ao CNE)

*As autorizações de curso vinculadas aos processos de credenciamento aguardarão a conclusão

destes para que possam ser finalizadas.

** Inexistente a funcionalidade no Sistema e-MEC: os pedidos deverão ser protocolados por

meio de ofício remetido à Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior - SERES.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

RICARDO BRAGA

DOU em 30/3/2020, Edição 61, Seção 1, Página 35

Conselho Nacional de Educação

Principais dúvidas sobre o ensino no País durante a pandemia do Coronavírus

PERGUNTAS E RESPOSTAS

1) As escolas das redes pública e privada de educação básica podem continuar com aulas e atividades a

distância? Quem autoriza?

Sim. A legislação brasileira [Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional] admite que os sistemas de

ensino estaduais e municipais, coordenados pelas secretarias de Educação e pelos conselhos estaduais e

municipais de Educação, podem, em situações emergenciais, autorizar a realização de atividades a distância

nos seguintes níveis e modalidades:

I - ensino fundamental;

II - ensino médio;

III - educação profissional técnica de nível médio;

IV - educação de jovens e adultos;

V - educação especial.

2) Mas, a LDB não diz que o ensino fundamental será presencial?

Diz, mas também dispõe no artigo 32 § 4º que o ensino a distância pode ser utilizado como complementação

da aprendizagem ou em situações emergenciais na educação fundamental. Já o § 11 do art. 36 da Lei nº

9.394, de 1996, alcança o ensino médio.

Por outro lado, o Art. 8º do Decreto 9.057, de 2017, regulamenta a LDB e autoriza a realização de atividades

a distância no ensino fundamental, médio, na educação profissional, de jovens e adultos e especial, desde que

autorizada pelas autoridades educacionais dos estados e municípios

3) As atividades a distância podem ser aproveitadas no ano letivo?

Sim. Essas atividades não presenciais podem ser organizadas oficialmente e validadas como conteúdo

acadêmico aplicado. Ou seja, podem ser aproveitadas dentro das horas de efetivo trabalho escolar. Para isso,

é preciso uma autorização da autoridade educacional do estado ou do município. Para adotar essa

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modalidade, as redes de ensino ou escolas precisam adequar metodologia de ensino aos recursos

tecnológicos necessários.

Todos devem prestar atenção na qualidade dessas aulas ou atividades. Os estudantes devem receber o

aprendizado adequado e correto. As escolas devem zelar pelo acompanhamento, avaliações e a participação

correta dos alunos.

Ao autorizar que as aulas e atividades continuem de forma não presencial, as autoridades dos estados e

municípios e as instituições particulares devem trabalhar para proporcionar o acesso de todos os estudantes

ao aprendizado. Assim como a educação a distância necessita de metodologias próprias, as escolas devem

adotar mecanismos próprios de fornecimento do conteúdo e acompanhamento avaliativo e da participação

efetiva dos estudantes.

4) O que acontece quando a escola ou rede de ensino não puder ministrar aulas a distância?

Nesses casos, atividades escolares devem ser repostas, seja em relação aos conteúdos, seja em relação aos

dias letivos.

5) Como deve ser feita a reposição? E se as aulas forem suspensas até o segundo semestre? O

calendário escolar pode ser reorganizado?

É necessário entender que as decisões devem ser feitas âmbito de estados e municípios, responsáveis por

indicar como será feita a reposição de conteúdos e atividades, em horas de efetivo trabalho escolar, e dias

letivos.

Existe também a Lei 13.415, de 2017, conhecida como Lei do Ensino Médio, que altera a LDB e amplia

progressivamente as horas de efetivo trabalho escolar só para o ensino médio. Ela poderá ser flexível a cada

estado ou município, ou seja, pode haver formas diversas de se atender a legislação nacional que deve estar

articulada com as legislações locais.

É preciso sempre esclarecer que, no processo de reorganização do calendário escolar, o ano letivo pode, em

situações determinadas e para efeito de reposição de aulas e atividades, não coincidir com o ano civil. No

processo de reorganização dos calendários escolares, é fundamental que a reposição de aulas e a realização

de atividades escolares possam ser efetivadas preservando a qualidade de ensino.

6) Algumas instituições de ensino superior aderiram à educação a distância e outras ainda não

aderiram. Todas podem substituir suas atividades presenciais por educação a distância?

Sim. O Ministério da Educação, em caráter excepcional, pelas portarias 343 e 345, de 17 e 19 de março deste

ano, autorizou que instituições de educação superior públicas e privadas substituam disciplinas presenciais

por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação em cursos que estão em

andamento.

A mudança é válida para o sistema federal de ensino, composto pelas universidades federais, pelos institutos

federais, pelo Colégio Pedro II, pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), pelo Instituto

Benjamin Constant (IBC) e pelas universidades e faculdades privadas.

A nova recomendação também abrange os cursos de medicina, que poderão realizar a substituição de

disciplinas presenciais teóricas-cognitivas do primeiro ao quarto ano do curso por aulas não presenciais que

utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação.

7) As instituições de educação superior podem adotar imediatamente essa nova regra de ensino a

distância?

Sim. É importante destacar que as portarias citadas estabelecem que as instituições precisam definir suas

metodologias e infraestrutura de tecnologia de comunicação e informação para a oferta do aprendizado

online. A qualidade tem que ser garantida aos estudantes. As instituições deverão relatar ao MEC em até 15

dias as disciplinas ofertadas a distância e as tecnologias e metodologias utilizadas.

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8) Instituições estaduais podem realizar a educação a distância?

As escolas estaduais podem oferecer aulas no ambiente virtual porque a possibilidade está prevista em alguns

instrumentos legais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

9) E as instituições que decidirem não adotar a modalidade a distância?

Essas instituições devem reorganizar seus calendários acadêmicos considerando a legislação vigente de dias

letivos e efetivo trabalho acadêmico, da mesma forma que é exigido para os outros níveis de formação.

10) Como será o futuro próximo da educação brasileira?

A educação brasileira é robusta. As instituições públicas e privadas de todos os níveis educacionais vêm

demonstrando responsabilidade e compromisso na adoção de medidas que respaldem o direito de seus

estudantes ao aprendizado continuado. Isso é muito importante para o Brasil.

O Ministério da Educação está em dinâmica colaboração e cooperação com as instituições. Entendemos que

as soluções devem ser dinâmicas também. Estamos em franco e continuado diálogo para verificar como

poderemos continuar a colaborar e atuar de modo a garantir que o Brasil, no que depender da educação, não

pare nesse período.

FONTE:

http://portal.mec.gov.br/component/content/index.php?option=com_content&view=article&id=87161:conselho-

nacional-de-educacao-esclarece-principais-duvidas-sobre-o-ensino-no-pais-durante-pandemia-do-

coronavirus&catid=12&Itemid=86

MINISTÉRIO DA SAÚDE

SECRETARIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 5, DE 11 DE MARÇO DE 2020

O MINISTÉRIO DA SAÚDE, por intermédio da SECRETARIA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA

À SAÚDE (SAPS/MS), considerando as ações de aperfeiçoamento na área de Atenção Primária à Saúde em

regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil,

nos termos da Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013 e demais normas de regência do Projeto,

considerando a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização

Mundial da Saúde, a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), por

meio da Portaria GAB/MS nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, o disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro

de 2020 e o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV), no

tocante ao seu eixo assistencial, torna pública a realização de chamamento público de médicos formados em

instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil para adesão ao Projeto

Mais Médicos para o Brasil pelo período de 1 (um) ano.

1. DO OBJETO

1.1. Este Edital tem por objeto realizar o chamamento público de médicos formados em

instituições de educação superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil, nos termos do art. 13, §1º,

inciso I da Lei nº 12.871/2013, para adesão ao Projeto Mais Médicos para o Brasil, nos termos estabelecidos

no presente Edital.

2. DOS REQUISITOS PARA PARTICIPAÇÃO NO CHAMAMENTO PÚBLICO

2.1. Constituem requisitos para a participação no chamamento público promovido pelo presente

Edital:

a) possuir certificado de conclusão de curso ou diploma de graduação em medicina em

instituição de educação superior brasileira legalmente estabelecida e certificada pela legislação vigente ou,

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possuir diploma de graduação em medicina obtido em instituição de educação superior estrangeira

revalidado no Brasil, na forma da lei;

b) possuir habilitação em situação regular para o exercício da medicina, mediante registro no

Conselho Regional de Medicina (CRM);

c) não ser participante de Programa de Residência Médica;

d) não estar prestando o Serviço Militar Obrigatório no período de sua participação no Projeto;

e) não possuir vínculo de serviço com carga horária incompatível com as exigências do Projeto;

f) estar em situação regular na esfera criminal perante a Justiça Federal e Estadual no Brasil, do

local em que reside ou residiu nos últimos 6 (seis) meses;

g) estar em situação regular perante a Justiça Eleitoral; e

h) estar em situação regular com as obrigações militares, se do sexo masculino;

2.2. Para fins de comprovação do disposto nas letras "c", d" e "e" do subitem 2.1 deste Edital, o

candidato prestará declaração, sob as penas da lei, que ficará registrada no Termo de Aceite, quando do

preenchimento do formulário de inscrição no Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP).

2.3. Na hipótese de o médico ser participante de Programa de Residência Médica e caso obtenha

êxito na etapa da indicação do local de atuação, deverá comprovar o cumprimento do disposto na letra "c" do

subitem 2.1 deste Edital, no momento da confirmação do interesse na alocação no SGP, anexando no

Sistema, o comprovante do seu pedido de desligamento formalizado junto à Comissão Nacional de

Residência Médica (CNRM) nos termos da letra "d" do subitem 8.1, deste Edital.

2.4. É vedada a inscrição na presente seleção de médicos:

a) que participaram do Projeto Mais Médicos para o Brasil em chamadas públicas anteriores ou

do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (PROVAB) e tenham sido desligados por

descumprimento das regras dos Programas;

b) que participaram do Projeto Mais Médicos para o Brasil em chamadas anteriores e que por

quaisquer motivos estejam em débito não quitado com o Erário decorrente de sua participação anterior;

c) que já participaram do Projeto e se desligaram voluntariamente, no período de 180 (cento e

oitenta) dias, contados da data do desligamento deferido pela Coordenação do Projeto via SGP, anteriores a

data da inscrição da presente seleção;

d) que tenham tido a alocação homologada em chamamentos públicos anteriores do Projeto e

que não iniciaram suas atividades, no período de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data fixada para o

início das ações de aperfeiçoamento, anteriores a data de inscrição na presente seleção;

e) de médicos que participam do Projeto Mais Médicos para o Brasil, ou seja, que constem

como ativos no SGP; e

f) de profissionais ativos no SGP no perfil de gestores Distrital ou municipal ou gestores de

Distrito Sanitário Indígena (DSEI).

3. DA INSCRIÇÃO

3.1. A inscrição será efetuada, exclusivamente, via internet, através do Sistema de

Gerenciamento de Programas (SGP), acessível pelo endereço eletrônico http://maismedicos.saude.gov.br e

será disponibilizada apenas para os médicos formados em instituição de educação superior brasileira ou com

diploma revalidado no Brasil, que possuam inscrição junto ao Conselho Regional de Medicina no Brasil, nos

prazos constantes no cronograma disponível no endereço eletrônico http://maismedicos.saude.gov.br.

3.2. A inscrição vale, para todo e qualquer efeito, como forma expressa de concordância, por

parte do médico, de todas as condições, normas e exigências estabelecidas neste Edital que estará disponível

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no endereço eletrônico http://maismedicos.saude.gov.br e demais normativas que regulamentam o Projeto

Mais Médicos para o Brasil

3.3. No ato de inscrição, o médico deverá preencher formulário eletrônico com os dados

solicitados e prestar declarações que ficarão registradas no Termo de Aceite, além da indicação do número

do registro profissional emitido pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), endereço domiciliar, endereço

eletrônico (e-mail) e telefone.

3.4. Para que seja concluída a sua inscrição, o médico deverá, após o preenchimento do

formulário eletrônico e prestação das declarações no SGP, selecionar a opção "confirmar inscrição", gerando

o comprovante de inscrição.

3.5. Encerrado o período de inscrição, o médico não poderá alterar os dados por ele registrados

no formulário eletrônico, sendo considerado como válido o último registro com confirmação dos dados

inseridos no SGP.

3.6. O preenchimento correto dos dados no ato da inscrição no SGP é de responsabilidade

exclusiva do candidato não sendo admitidas alegações de erro e alterações de dados encerrado o período de

inscrição.

3.7. A ausência, o preenchimento incorreto, ou informações inverídicas de qualquer dos dados

poderá acarretar na invalidação da inscrição, bem como atrasos no pagamento ou o não recebimento da

bolsa-formação em caso de futura alocação do profissional.

3.8. A SAPS/MS não se responsabiliza por inscrições no SGP não finalizadas por motivos de

ordem técnica dos computadores, falha de comunicação, congestionamento das linhas de comunicação e de

transmissão de dados, falta de energia elétrica, bem como outros fatores de ordem técnica que impeçam a

transferência de dados.

3.9. Em qualquer etapa da chamada regida por este Edital, e ainda que já em condição de

participante do Projeto, o candidato poderá ter a inscrição invalidada ou ser desligado do Projeto, se

constatada pela SAPS/MS divergências entre os dados informados na inscrição no SGP e documentos

apresentados, prestação de declarações inverídicas e inconformidade da documentação com a legislação do

Projeto ou com as regras deste Edital.

3.10. Encerrado o período das inscrições, a SAPS/MS disponibilizará no endereço eletrônico

http://maismedicos.gov.br, no prazo constante no cronograma, uma lista contendo a relação dos médicos com

inscrição concluída aptos a participarem da etapa da indicação dos locais de atuação disponíveis para

escolha.

4. DA INDICAÇÃO DO LOCAL DE ATUAÇÃO (ESCOLHA DE VAGAS)

4.1. Os médicos com inscrição concluída deverão acessar o SGP, por meio do endereço

eletrônico http://maismedicos.gov.br, nos prazos constantes no cronograma para proceder a indicação de

municípios/DSEI e/ou Distrito Federal para atuação, sob pena de exclusão do chamamento público, devendo

obedecer aos procedimentos descritos no presente Edital, estando cientes, inclusive, quanto às regras de

classificação e desempate.

4.2. A seleção poderá ter até 5 (cinco) chamadas para indicação dos munícipios/DSEI e/ou

Distrito Federal, nos prazos constantes no cronograma, disponível no endereço eletrônico

http://maismedicos.gov.br.

4.3. Somente haverá as chamadas subsequentes caso remanesçam vagas não ocupadas nas

chamadas anteriores.

4.4. Compete à SAPS/MS a definição das vagas disponíveis para fins de indicação pelos

médicos, conforme adesão dos municípios/DSEI e Distrito Federal, nos termos de Edital específico.

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4.5. A SAPS/MS disponibilizará, por meio do endereço eletrônico

http://maismedicos.saude.gov.br, a cada chamada, a relação dos entes federativos com as vagas disponíveis

para que os médicos possam efetuar a indicação, nos prazos constantes no cronograma.

4.6. Os médicos que não indicarem a localidade de preferência de atuação serão excluídos do

chamamento público.

4.7. Apenas os candidatos que indicarem os locais de atuação nas chamadas anteriores e não

obtiverem êxito na alocação poderão participar das chamadas subsequentes.

4.8. Será oportunizada ao candidato a indicação de 4 (quatro) localidades e sua ordem de

preferência (prioridade) entre as localidades escolhidas, no prazo estabelecido no cronograma.

4.9. Será possível alterar as escolhas, quantidade e prioridades, somente durante o período de

indicação do local de atuação previsto no cronograma, sendo de responsabilidade exclusiva do candidato as

alterações realizadas e salvas no SGP, considerando como válida a última alteração salva.

4.10. A SAPS/MS não se responsabiliza por indicações dos locais de atuação no SGP não

finalizadas por motivos de ordem técnica dos computadores, falha de comunicação, congestionamento das

linhas de comunicação e de transmissão de dados, falta de energia elétrica, bem como outros fatores de

ordem técnica que impeçam a transferência de dados.

4.11. A concorrência entre os médicos se dará dentro de cada opção escolhida; ou seja, só

haverá concorrência em prioridades posteriores, caso a vaga não tenha sido ocupada por nenhum candidato

que optou por aquele município/DSEI ou Distrito Federal como prioridade antecedente.

4.12. Para fins de escolha, os locais de atuação estão classificados conforme perfis abaixo

descritos:

a) PERFIL1: áreas referentes aos 40% (quarenta por cento) dos setores censitários com os

maiores percentuais de população em extrema pobreza dos municípios dos grupos III e IV do PAB fixo

conforme Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e disposto na Portaria nº

1.409/GM/MS, de10 de julho de 2013, que não se encaixam nos demais perfis;

b) PERFIL 2: áreas referentes aos 40% (quarenta por cento) dos setores censitários com os

maiores percentuais de população em extrema pobreza dos municípios do grupo II do PAB fixo conforme

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e disposto na Portaria nº 1.409/GM/MS, de

10 de julho de 2013, que não se encaixam nos demais perfis;

c) PERFIL 3: áreas referentes aos 40% (quarenta por cento) dos setores censitários com os

maiores percentuais de população em extrema pobreza das Capitais e Regiões Metropolitanas, conforme

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);

d) PERFIL 4: áreas referentes aos 40% (quarenta por cento) dos setores censitários com os

maiores percentuais de população em extrema pobreza dos municípios do grupo I do PAB fixo conforme

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e disposto na Portaria nº 1.409/GM/MS, de

10 de julho de 2013, que não se encaixam nos demais perfis;

e) PERFIL 5: municípios que estão entre os 100 (cem) municípios com mais de 80.000 (oitenta

mil) habitantes, com os mais baixos níveis de receita pública "per capita" e alta vulnerabilidade social de

seus habitantes;

f) PERFIL 6: áreas referentes aos 40% (quarenta por cento) dos setores censitários com os

maiores percentuais de população em extrema pobreza dos municípios que estão em regiões de

vulnerabilidade (Vale do Ribeira, Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri, municípios com IDH-M baixo ou

muito baixo e Região do Semiárido), que não se encaixam nos demais perfis;

g) PERFIL 7: município com 20% (vinte por cento) ou mais da população vivendo em extrema

pobreza, com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Pasta

ministerial incorporada ao Ministério da Cidadania; e

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h) PERFIL 8: Área de atuação de Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/SESAI/MS);

4.13. A numeração dos perfis indica a ordem decrescente de vulnerabilidade dos municípios,

sendo, portanto, os de Perfil 8 de maior vulnerabilidade e os de Perfil 1 de menor vulnerabilidade.

5. DOS CRITÉRIOS E REGRAS DE CLASSIFICAÇÃO

5.1. Será atribuída pontuação conforme titulação para classificação e escolha da localidade de

atuação nas modalidades do Edital, observados os seguintes critérios:

Item Título Pontuação

A

Título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade fornecido pela Sociedade

Brasileira de Medicina da Família e Comunidade; ou

Especialização em Saúde da Família concluída satisfatoriamente realizada pelo Sistema da

Universidade Aberta do SUS (UNASUS) e cadastrada na Plataforma Arouca (*)

20

B Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade concluída e reconhecida pela

CNRM (*) 40

Pontuação máxima: 60

* As titulações descritas no item A não são cumulativas; ou seja, o candidato somente poderá

obter a pontuação por um dos títulos do referido item. Somente caberá cumulação de uma das titulações do

item A com a titulação prevista no item B.

5.2. A pontuação pelos títulos acima indicados será computada mediante consulta pela

SAPS/MS às bases de dados dos sistemas oficiais de processamento dos Programas referidos no quadro

acima, considerando como data limite para a referida consulta a data de publicação deste Edital no Diário

Oficial da União.

5.3. Para fins do cômputo da pontuação não será admitida a apresentação de documentos por

parte dos candidatos, todo o processamento ocorrerá de modo eletrônico.

5.4. Conforme disponibilidade de vagas, o processamento eletrônico para fins de determinação

de precedência na alocação observará a maior pontuação obtida na concorrência entre os candidatos.

5.5. Nos termos do subitem 4.11, a concorrência se dará dentro de cada opção de

município/DSEI e/ou Distrito Federal pelos candidatos, conforme priorização pelos profissionais, ou seja, só

haverá concorrência em prioridades posteriores, caso a vaga não tenha sido ocupada por nenhum candidato

que optou por aquele município/DSEI e/ou Distrito Federal como prioridade antecedente.

5.6. Caso o candidato não tenha a alocação validada e homologada pelo gestor, nos termos deste

Edital, o candidato classificado posteriormente na ordem de pontuação e os demais candidatos participantes

do chamamento público não terão direito à vaga, que ficará sob a gestão da SAPS/MS.

5.7. As vagas cujas alocações não forem validadas ou homologada pelo gestor municipal/DSEI

ou Distrital não serão disponibilizadas nas chamadas subsequentes da seleção e ficarão sob a gestão da

SAPS/MS.

5.8. As vagas que no decorrer das chamadas forem desocupadas em virtude de desligamento de

médicos, após homologação da alocação pelo gestor municipal ou Distrital, não serão ofertadas em eventuais

chamadas subsequentes desta seleção e ficarão sob a gestão da SAPS/MS.

5.9. Em caso de empate na pontuação, serão considerados os seguintes critérios de desempate,

conforme ordem a seguir:

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a) candidatos que já atuaram no Projeto Mais Médicos para o Brasil em chamadas públicas

anteriores e que tenham concluído satisfatoriamente a Especialização em Medicina da Família e

Comunidade;

b) possuir maior idade, considerados o dia, mês e ano de nascimento; e

c) maior tempo de formação em medicina, considerando o mês e o ano.

6. DO PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DAS VAGAS

6.1. A cada chamada, encerrado o prazo para indicação do local de atuação será realizado o

processamento eletrônico das vagas, no prazo constante no cronograma, conforme os critérios e regras de

classificação previstos no item 5 deste Edital.

6.2. Finalizado o processamento eletrônico das vagas para alocação, será disponibilizada, no

endereço eletrônico http://maismedicos.gov.br, a lista com o resultado preliminar, com indicação de

município/DSEI e/ou Distrito Federal por prioridade, bem como a pontuação, os critérios de desempate

elencados no subitem 5.9, classificação obtida e indicação de ter sido o profissional alocado ou não.

6.3. O resultado preliminar de que trata o subitem 6.2 poderá sofrer alterações após análise e

decisão de recursos, conforme item 7 deste Edital, que enseje a necessidade de reprocessamento eletrônico

das vagas.

7. DO RECURSO

7.1. A cada chamada, após a disponibilização do resultado preliminar da indicação do local de

atuação, será admitido recurso do candidato, no prazo do cronograma, devidamente fundamentado, com

clareza, concisão e objetividade, apenas quanto ao resultado da alocação e critérios de classificação,

informando as razões pelas quais discorda do resultado.

7.2. O recurso deverá:

a) ser interposto no prazo de 2 (dois) dias, contados da disponibilização, no endereço eletrônico

http://maismedicos.gov.br, da lista preliminar dos médicos selecionados e respectivas alocações,

considerando-se termo inicial o dia seguinte ao da referida disponibilização;

b) ser dirigido à SAPS/MS por meio do endereço eletrônico http://maismedicos.gov.br,

utilizando formulário específico disponível naquele sítio para download e o upload (inserção/transferência)

do arquivo devidamente preenchido nos termos deste Edital;

c) constar a indicação do número do CPF e o nome completo do candidato e demais dados

exigidos no formulário;

d) ser individual, sendo admitido apenas um único recurso por profissional; e

e) constar a fundamentação e a indicação do item do Edital objeto de questionamento.

7.3. O formulário de recurso em branco, preenchido de forma incorreta ou incompleta e sem

fundamentação e indicação do item editalício de questionamento não será submetido à avaliação da

SAPS/MS.

7.4. Após o encerramento do prazo para interposição do recurso, a SAPS/MS procederá à

análise dos recursos no prazo do cronograma e divulgará o resultado no endereço eletrônico

http://maismedicos.gov.br.

7.5. Não serão analisados recursos apresentados em qualquer das seguintes situações:

a) fora do prazo;

b) por meio e modo diverso ao previsto no subitem 7.2 deste Edital;

b) sem fundamentação lógica e consistente; e

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c) que tenha objeto diverso do referido no subitem 7.1 deste Edital.

7.6. A interposição de recurso não obsta o regular andamento deste processo de chamamento

público.

7.7. A SAPS/MS constitui instância única e última para recurso ou revisão, sendo soberana em

suas decisões, não sendo cabível em hipótese alguma, revisão de recurso, recurso do recurso ou recurso

hierárquico.

7.8. A SAPS/MS não se responsabiliza por recurso não transmitido ou não recebido por motivos

de ordem técnica dos computadores, falha de comunicação, congestionamento das linhas de comunicação e

de transmissão de dados, falta de energia elétrica, bem como outros fatores de ordem técnica que impeçam a

transferência de dados.

7.9. Em hipótese alguma haverá devolução de prazo para interposição do recurso.

7.10. A cada chamada, após o julgamento de recurso eventualmente interposto pelos candidatos,

será disponibilizada pela SAPS/MS, no endereço eletrônico http://maismedicos.gov.br, no prazo previsto no

cronograma:

a) a lista com o resultado da análise do recurso; e

b) a lista com o resultado final do processamento eletrônico das vagas, com indicação de

municípios/DSEI e/ou Distrito Federal por prioridade, bem como a pontuação, os critérios de desempate

elencados no subitem5.9, classificação obtida e indicação de ter sido o profissional alocado ou não.

8. DA CONFIRMAÇÃO DO INTERESSE NA ALOCAÇÃO

8.1. No prazo do cronograma, a cada chamada, após a disponibilização do resultado final do

processamento eletrônico das vagas, o médico que obteve êxito na alocação deverá acessar o SGP, no

endereço eletrônico http://maismedicos.gov.br, para:

a) confirmar o interesse na alocação;

b) informar os dados bancários de conta corrente de sua titularidade no Banco do Brasil; e

c) imprimir o Termo de Adesão e Compromisso, em 2 (duas) vias, disponibilizado pelo Sistema,

conforme modelo constante no Anexo deste Edital, o que implicará, para todo e qualquer efeito, em

concordância de forma expressa com todas as condições, normas e exigências estabelecidas neste Edital, nas

normativas que regulamentam o Projeto e no SUS, para a sua participação no Projeto; e

d) anexar, na hipótese de ser participante de Programa de Residência Médica, o comprovante do

seu pedido de desligamento formalizado junto à Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)

8.2. O Termo de Adesão e Compromisso somente gerará efeitos a partir da homologação da

alocação realizada pelo gestor do local de atuação do médico.

8.3. O documento descrito na letra "d" do subitem 8.1 do presente Edital deverá ser anexado no

SGP, em arquivo digitalizado, em formato PDF, de tamanho máximo de 2,0 MB (dois MegaBytes) e deverá

estar legível e conter todas as informações necessárias a avaliação pela SAPS/MS da sua veracidade e

legitimidade, sendo obrigatória a apresentação do documento original, caso seja requerido pela SAPS/MS,

sob pena de exclusão do chamamento público ou desligamento do Projeto.

8.4. O candidato que não confirmar o interesse na alocação será excluído da seleção e a vaga

será disponibilizada na chamada subsequente.

8.5. Em caso de remanescer vagas não ocupadas decorrentes da não confirmação de interesse na

alocação por algum candidato na última chamada, ficarão sob a gestão da SAPS/MS.

9. DA OCUPAÇÃO DA VAGA. DOS DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS. DA

VALIDAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO DA ALOCAÇÃO PELO GESTOR

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9.1. A cada chamada, após a confirmação do interesse na alocação, o candidato deverá se

apresentar, pessoalmente, no município/DSEI ou Distrito Federal, para o qual obteve êxito, no período

indicado no cronograma, para validação da sua alocação pelo gestor municipal, portando 2 (duas) vias do

Termo de Adesão e Compromisso devidamente assinadas e dos seguintes documentos, em original e

fotocópia ou em fotocópia autenticada:

a) certificado de conclusão de curso ou diploma de graduação em medicina em instituição de

educação superior brasileira legalmente estabelecida e certificada pela legislação vigente ou diploma de

graduação em medicina obtido em instituição de educação superior estrangeira revalidado no Brasil, na

forma da lei;

b) registro profissional emitido pelo Conselho Regional de Medicina (CRM);

c) certidão de antecedentes criminais válida, da Justiça Estadual e Federal no Brasil, do local em

que reside, ou residiu, nos últimos 6 (seis) meses;

d) certidão de regularidade perante a Justiça Eleitoral; e

e) sendo o candidato do sexo masculino, certidão de regularidade com o serviço militar

obrigatório.

9.2. Não é permitida ao médico a complementação dos documentos previstos no subitem 9.1. Os

documentos deverão ser entregues na sua totalidade no ato do comparecimento do médico no local de

atuação, e nos prazos previstos no cronograma.

9.3. Cabe ao gestor municipal/DSEI ou Distrital, no momento da apresentação do médico para

entrega dos documentos descritos no subitem 9.1 e das duas vias do Termo de Adesão e Compromisso

devidamente assinadas, verificar a veracidade dos mesmos, acessar o SGP e validar a alocação ou justificar

no Sistema a razão da não validação.

9.4. Somente após a validação da alocação pelo gestor o médico estará apto ao início das suas

atividades no Projeto.

9.5. No prazo do cronograma de eventos, o médico deverá se apresentar para o início das suas

atividades e homologação da sua alocação pelo gestor.

9.6. Quando do comparecimento do médico no local de atuação para início das suas atividades,

o gestor municipal/DSEI ou Distrital deverá acessar novamente o SGP para homologar a alocação do

profissional ou justificar no Sistema as razões da não homologação.

9.7. A homologação pelo gestor municipal está condicionada ao início das atividades pelo

médico.

9.8. Após a validação e homologação da alocação do médico, será disponibilizado, no perfil do

candidato no SGP, extrato confirmando a validação e homologação da alocação pelo gestor.

9.9. É de inteira responsabilidade do candidato verificar se foi validada e homologada a sua

alocação, no prazo estabelecido no cronograma, podendo, a ausência de validação e homologação pelo

gestor, implicar a perda do direito à vaga de alocação pelo candidato.

9.10. O médico que não comparecer ao município/DSEI ou Distrito Federal, para fins de

validação e homologação da alocação e início das atividades, no prazo estabelecido no cronograma, ou não

atender aos requisitos editalícios para validação e homologação, será excluído da seleção e sua vaga não será

disponibilizada nas chamadas subsequentes da seleção, ficará sob a gestão da SAPS/MS.

9.11. Os direitos e deveres do médico, do ente federativo e do Ministério da Saúde, no âmbito

do Projeto Mais Médicos de que trata este Edital somente surtirão efeitos quando efetivada a homologação

da alocação pelo gestor municipal.

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9.12. Somente na situação em que o município/DSEI ou Distrito Federal desista da adesão, sem

justo motivo, ou venha a ser descredenciado do Projeto por decisão da Coordenação do Projeto, será

permitida a realocação do médico no âmbito do Projeto.

9.13. A cada chamada, após o a confirmação de interesse na alocação pelo candidato caso

remanesçam vagas não ocupadas, a SAPS/MS disponibilizará no endereço eletrônico

http://maismedicos.gov.br a relação das vagas disponíveis para a escolha dos médicos que tenham indicado

municípios/DSEI e/ou Distrito Federal na chamada anterior e não tenham obtido êxito na alocação, nos

prazos constantes no cronograma disponível no endereço eletrônico http://maismedicos.gov.br, respeitado o

número de chamadas previsto no subitem 4.2 deste Edital.

10. DAS AÇÕES DE APERFEIÇOAMENTO NO ÂMBITO DO PROJETO MAIS

MÉDICOS PARA O BRASIL

10.1. O aperfeiçoamento dos médicos participantes do Projeto Mais Médicos para o Brasil,

aderidos por meio deste Edital, se dará mediante mecanismos de integração ensino-serviço, nos termos das

normas de regência do Projeto Mais Médicos.

10.2. As ações de aperfeiçoamento dos médicos participantes serão realizadas com carga horária

semanal de 40 (quarenta) horas que envolverão atividades práticas e acadêmicas do eixo aperfeiçoamento e

extensão (2º ciclo formativo), com componente assistencial na modalidade integração ensino-serviço na

Unidade Básica de Saúde (UBS) do munícipio/DSEI ou Distrito Federal, no qual o médico foi alocado,

respeitando as possibilidades previstas na Política Nacional de Atenção Básica.

10.3. Excepcionalmente, em caso de necessidade, por solicitação do gestor municipal e,

somente enquanto perdurar o estado de emergência internacional pelo Coronavírus responsável pelo surto de

2019, o médico poderá intercalar a sua atuação na UBS, com plantões na rede assistencial do Sistema Único

de Saúde (SUS), de modo a garantir a assistência aos casos suspeitos e confirmados de infecção pelo novo

Coronavírus, respeitada a carga horária de 40 (quarenta) horas semanais destinadas às atividades

assistenciais e de formação no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil.

10.4. As ações de aperfeiçoamento do médico participante serão supervisionadas por

profissional médico, conforme regras pertinentes ao Projeto e, terão o prazo de 1 (um) ano, nos termos deste

Edital.

10.5. O monitoramento da carga horária nas atividades de ensino-serviço do médico participante

do Projeto poderá ser realizado por meio de plataforma online, a critério da SAPS/MS, sem prejuízo de

outros mecanismos adotados ou que forem julgados pertinentes pela Administração Pública.

10.6. O ente federativo que recebe o profissional tem a competência originária para

acompanhamento das suas atividades, sendo subsidiário o monitoramento realizado pela SAPS/MS, para fins

de aperfeiçoamento da política pública.

11. DOS DIREITOS, DEVERES E OBRIGAÇÕES

11.1. Para a execução das ações de aperfeiçoamento no âmbito do Projeto será concedida aos

médicos participantes bolsa-formação com valor bruto mensal de R$ 12.386,50 (doze mil trezentos e oitenta

e seis reais e cinquenta centavos) nos termos da legislação vigente, pelo prazo improrrogável de 1 (um) ano.

11.2. Será descontado mensalmente, para fins previdenciários, para os médicos participantes,

enquadrados como contribuintes individuais, nos termos da legislação do Projeto, o valor correspondente à

legislação previdenciária vigente.

11.3. Para fins de recebimento da bolsa-formação, o médico participante deverá atender as

normas de regência do Projeto, bem como:

a) estar matriculado e em situação regular no eixo aperfeiçoamento e extensão, ofertado por

instituição de ensino superior brasileira;

b) cumprir semanalmente, a carga horária de 40 horas prevista para o Projeto.

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c) manter atualizadas as informações das atividades desempenhadas no âmbito do Projeto Mais

Médicos nos sistemas de informação disponibilizados pelo Ministério da Saúde, em conformidade com as

Portarias regulamentares;

d) ser titular de conta corrente no Banco do Brasil;

e) manter atualizados os dados cadastrados no SGP, inclusive os dados pessoais, bancários,

endereço eletrônico e físico, dentre outros dados necessários para o seu cadastro no Sistema Integrado de

Administração de Recursos Humanos - SIAPE;

f) ter as atividades de ensino-serviço validadas pelo Gestor Municipal e pela instituição de

educação superior supervisora; e

g) informar o seu número do Programa de Integração Social - PIS.

11.4. Para fins de pagamento da bolsa-formação não serão aceitas contas conjuntas, poupança

ou de titularidade diversa a do candidato.

11.5. Os profissionais alocados em Distritos Sanitários Especiais Indígenas - DSEI terão

diferenciada distribuição da carga horária semanal, conforme cronogramas de atividades estabelecidos junto

à Secretaria de Saúde Indígena - SESAI/MS, para as atividades de ensino pesquisa e extensão, tendo em vista

as especificidades para o desenvolvimento das atividades nessas localidades.

11.6. A bolsa-formação será paga proporcionalmente aos dias de desenvolvimento de

atividades.

11.7. O pagamento da primeira bolsa-formação e eventuais benefícios dependerá da inclusão do

profissional no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos- SIAPE, o que poderá não

ocorrer no prazo regular, haja vista a data do fechamento do SIAPE e eventuais pendências cadastrais.

11.8. Após o fechamento do SIAPE, caso haja pendências relativas à inclusão de profissionais

participantes do Projeto por meio deste Edital, a tentativa de inclusão seguirá nos meses subsequentes, até

que seja efetivada com sucesso, viabilizando os pagamentos vinculados à participação no Projeto.

11.9. Será utilizada para o pagamento da primeira bolsa-formação, a data de início das

atividades informada exclusivamente no SGP, pelo gestor municipal, no ato da homologação da alocação do

médico, não sendo admitidas solicitações de alteração de registro por outro meio. Assim, recomenda-se que

o profissional acompanhe o registro dessa informação, a fim de evitar qualquer prejuízo no pagamento da

bolsa.

11.10. A regularidade do pagamento da bolsa-formação dependerá do preenchimento e

atualização pelo candidato de todos os dados pessoais, de contato, profissionais e bancários no SGP.

11.11. O preenchimento correto dos dados é de responsabilidade exclusiva do profissional. A

ausência, ou o preenchimento incorreto de qualquer dos dados solicitados poderá acarretar atrasos no

pagamento ou o não recebimento da bolsa.

11.12. Para fins de recebimento da bolsa-formação, o médico participante deverá estar em

situação regular com a Secretaria da Receita Federal.

11.13. A concessão de passagens aéreas que poderão ser custeadas pelo Ministério da Saúde no

âmbito do Projeto Mais Médicos e os requisitos para sua concessão, constam descritos em atos normativos

específicos regulamentadores do Projeto.

11.14. Não serão restituídas as passagens compradas pelo médico participante.

11.15. O Ministério da Saúde concederá ajuda de custo destinada a compensar as despesas de

instalação do médico participante que não residir no município/DSEI ou Distrito Federal para o qual fora

selecionado, considerando seu domicílio declarado quando da realização de sua inscrição neste Edital e será

concedida, de acordo com as normas de regência do Projeto Mais Médicos.

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11.16. Na situação em que os médicos aderidos sejam cônjuges ou companheiros entre si e

venham a ser alocados no mesmo município/DSEI ou Distrito Federal, apenas um fará jus ao recebimento da

ajuda de custo prevista no item 11.14..

11.17. Para percepção da ajuda de custo, o médico participante deverá acessar o SGP, por meio

do site: http://maismedicos.gov.br, no prazo de até 30 dias corridos após a homologação da sua alocação pelo

gestor para apresentar requerimento à Coordenação do Projeto.

11.18. Além do requerimento previsto no subitem 11.17, o médico deverá anexar no SGP:

comprovante de residência anterior em seu nome, como, por exemplo; contrato de locação, boleto de conta

de luz, água ou telefone, com data de emissão não superior a 90 (noventa) dias anteriores a inscrição no

Projeto, bem como, comprovante de residência atual, com prazo de até 30 (trinta) dias do início das ações de

aperfeiçoamento no município/DSEI ou Distrito Federal.

11.19. Caso os comprovantes de residência não estejam no nome do profissional, deverá ser

anexada, junto ao documento apresentado, declaração do titular do imóvel, com firma reconhecida, que

ateste o domicílio. No caso de contrato de locação deverá constar de forma legível a vigência, datas e

assinaturas.

11.20. Para fins de recebimento da ajuda de custo, o médico participante deverá estar em

situação regular com a Secretaria da Receita Federal.

11.21. Aos médicos participantes que declararam domicílio no exterior no ato de sua inscrição,

e que sejam isentos de declaração à Receita Federal, não se aplica o disposto no subitem 11.19, cabendo aos

mesmos apenas requerer o pagamento da ajuda de custo através do sistema eletrônico do Projeto, no

endereço eletrônico: http://maismedicos.gov.br.

11.22. A ajuda de custo somente será concedida aos médicos participantes que comprovem a

necessidade de mudança de domicílio em razão do município/DSEI ou Distrito Federal em que tenham sido

alocados.

11.23. O médico que já participou do Projeto em ciclos anteriores e que tenha sido desligado

voluntariamente, no período entre 180 (cento e oitenta) dias e 720 (setecentos e vinte) dias de participação,

caso obtenha êxito na presente seleção, aderindo novamente ao Projeto, não terá direito a recebimento da

ajuda de custo.

11.24. O médico que já participou do Projeto em ciclos anteriores e que tenha sido desligado

voluntariamente, com mais de 720 (setecentos e vinte) dias de participação no Projeto, caso obtenha êxito na

presente seleção e venha a aderir ao Projeto novamente e atenda aos critérios para o recebimento da ajuda de

custo, poderá fazer jus a nova ajuda de custo limitada ao menor valor previsto na norma de regência para

pagamento do benefício na menor faixa, independente da faixa do município/DSEI ou Distrito Federal em

que for alocado.

12. DAS REGRAS COMPLEMENTARES

12.1. O médico participante enquadra-se como segurado obrigatório do Regime Geral de

Previdência Social (RGPS), na condição de contribuinte individual, na forma da Lei nº 8.212, de 24 de julho

de 1991, devendo observar os tempos de carência estabelecidos para a concessão dos benefícios como salário

maternidade e auxílio doença, bem como demais requisitos exigidos nas leis Previdenciárias.

12.2. Nos casos de licença maternidade, o retorno às atividades do Projeto acontecerá no mesmo

município/DSEI ou Distrito Federal de alocação, caso haja vaga disponível neste, ou preferencialmente em

município da mesma região.

12.3. Os direitos, vantagens, obrigações e responsabilidades dos médicos que participarem do

Projeto Mais Médicos para o Brasil encontram-se previstos na Lei nº 12.871/2013, e demais normas de

regência do Projeto Mais Médicos para o Brasil, nos normativos do Sistema Único de Saúde e na legislação

brasileira em geral.

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12.4. Em caso de pagamento indevido da bolsa-formação, inclusive por motivos de

temporalidade entre pedido de desligamento do profissional, seu deferimento e o processamento da folha de

pagamento, o Ministério da Saúde adotará os procedimentos de cobrança para restituição ao Erário por via

administrativa e/ou judicial, inclusive inscrição do nome do devedor no Cadastro Informativo de créditos não

quitados do setor público federal (CADIN), conforme a Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002.

12.5. O descumprimento das condições, atribuições, deveres e incursão nas vedações previstas

nos Programas de Provisão sujeitará o médico às penalidades previstas nos termos das respectivas normas

regulamentares.

12.6. Será considerado meio oficial de comunicação com o médico participante, o endereço

eletrônico (e-mail) informado no ato de sua inscrição na seleção e a última alteração efetivada pelo

profissional no SGP.

12.7. O cronograma disponibilizado através do endereço eletrônico http://maismedicos.gov.br, e

eventuais alterações e/ou complementações constitui parte integrante deste Edital, sendo de observância

obrigatória pelos candidatos.

12.8. Documentos apresentados física ou eletronicamente de forma ilegível ou com rasuras, ou

cujo conteúdo e forma não correspondam ao solicitado nas normas do Projeto, ou na legislação em geral para

validade, implicarão na exclusão do candidato da seleção regida por este Edital, ou desligamento do Projeto.

13. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS.

13.1. É dever do médico, dentre outros previstos no presente Edital e nas normativas do Projeto:

a) manter atualizados e corretos seus dados no SGP durante todo o prazo de vigência do Projeto; e

b) acompanhar o cronograma e eventuais alterações e complementações, disponível no endereço

eletrônico http://maismedicos.gov.br e que se considera como integrante deste Edital.

13.2. Não haverá chamadas além das previstas neste Edital, nem alocações extraordinárias,

quaisquer que sejam os motivos, ainda que remanesçam vagas ao final do processo.

13.3. As vagas não preenchidas ao longo das chamadas do presente Edital, em decorrência de

não validação ou homologação da alocação do médico, por desistência dos profissionais alocados, dos

gestores ou por qualquer outro motivo, ficarão sob a gestão da SAPS/MS e poderão ser ofertadas em novos

editais.

13.4. O presente Edital poderá ser revogado ou anulado a qualquer momento, no todo ou em

parte, por motivo de interesse público ou exigência legal, sem que isso implique direito a indenização ou

reclamação de qualquer natureza.

13.5. Cabe à SAPS/MS a resolução de casos omissos e situações não previstas neste Edital, nos

termos da Lei nº 12.871/2013, e demais normas de regência do Projeto Mais Médicos para o Brasil.

13.6. Para todos os efeitos do presente Edital deverá ser considerado o horário oficial de

Brasília/DF.

14. DO ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS

14.1. Esclarecimentos e informações adicionais poderão ser obtidos no endereço eletrônico

http://maismedicos.gov.br.

14.2. Registros formais de dúvidas sobre os Programas deverão ser apresentados através do

Disque Saúde, pelo número 136, opção "8".

CAROLINE MARTINS JOSÉ DOS SANTOS

Secretária Substituta

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ANEXO

TERMO DE ADESÃO E COMPROMISSO

Projeto Mais Médicos para o Brasil

TERMO DE ADESÃO E COMPROMISSO QUE ENTRE SI CELEBRAM A UNIÃO

FEDERAL, POR INTERMÉDIO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E ___________________________PARA

ADESÃO AO PROJETO MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL

A UNIÃO FEDERAL POR INTERMÉDIO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - SAPS/MS, CNPJ

nº 000.394.544/0108-14, neste ato representado por CAROLINE MARTINS JOSÉ DOS SANTOS,

Secretária de Atenção Primária à Saúde Substituta do Ministério da Saúde (SAPS/MS), com endereço na

Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Sede, 7º andar, Brasília-DF, CEP 70.058-900

e_____________________________, portador do Documento de Identidade/Passaporte nº___________,

CPF nº_________________, Registro CRM nº__________, residente e domiciliado

em_____________________________, nos termos da Portaria Interministerial nº 1369/MS/MEC, de 8 de

julho de 2013, que dispõe sobre a implementação do Projeto Mais Médicos para o Brasil, instituído pela Lei

nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, resolvem celebrar o presente Termo de Adesão e Compromisso para

adesão ao Projeto, na forma disciplinada pelo Edital SAPS/MS nº 6 , de 11 de março de 2020, mediante as

cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA-DO OBJETO

1.1. O presente Termo tem por objeto a adesão do médico ao Projeto, para participação pelo

período de 1 (um) ano, bem como definir obrigações e responsabilidades mútuas para participar de

aperfeiçoamento na atenção primária à saúde em regiões prioritárias para o SUS, mediante oferta de

atividades de ensino, pesquisa e extensão que terá componente assistencial mediante integração ensino

serviço.

CLÁUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAÇÕES DO MÉDICO NO PROJETO

2.1. Para consecução do objeto estabelecido neste Termo de Adesão e Compromisso, o médico

participante assume os seguintes compromissos, dentre outras regras definidas e que poderão ser

eventualmente estabelecidas por meio de alteração das normas que regulamentam o Projeto, no Edital e neste

Termo de Adesão e Compromisso:

a) exercer com zelo e dedicação as ações de aperfeiçoamento;

b) observar as leis vigentes, bem como normas regulamentares;

c) estar matriculado e em situação regular no eixo aperfeiçoamento e extensão, ofertado por

instituição de ensino superior brasileira;

d) cumprir as instruções dos supervisores, assim como orientações e regras definidas pela

Coordenação do Projeto;

e) observar as orientações dos tutores acadêmicos;

f) atender com presteza e urbanidade o usuário do SUS;

g) zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

h) cumprir a carga horária semanal de 40 (quarenta) horas destinadas as atividades práticas e

acadêmicas, na modalidade de ensino à distância, no eixo aperfeiçoamento e extensão (2º ciclo formativo),

com componente assistencial na modalidade integração ensino-serviço na Unidade Básica de Saúde (UBS)

do munícipio/DSEI ou Distrito Federal, no qual o médico foi alocado, respeitando as possibilidades

conferidas pela Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), conforme definido pelo supervisor e pelo

gestor municipal, podendo, excepcionalmente, em caso de necessidade , por solicitação do gestor municipal

e, somente enquanto perdurar o estado de emergência internacional pelo Coronavírus responsável pelo surto

de 2019, intercalar a sua atuação na Unidade Básica de Saúde (UBS), com plantões na rede assistencial do

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Sistema Único de Saúde (SUS), de modo a garantir a assistência aos casos suspeitos e confirmados de

infecção pelo novo Coronavírus, respeitada a carga horária de 40 (quarenta) horas semanais destinadas as

atividades assistenciais e de formação no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil.

i) tratar com urbanidade os demais profissionais da área da saúde e administrativos,

supervisores, tutores e colaboradores do Projeto;

j) levar ao conhecimento do supervisor e/ou da Coordenação do Projeto dúvidas quanto às

atividades de integração ensino-serviço, bem como as irregularidades de que tiver ciência em razão dessas

atividades;

l) efetuar o registro de informações em saúde e das atividades vinculadas à integração ensino

serviço desenvolvidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos sistemas disponibilizados pelo Ministério

da Saúde. O descumprimento do registro poderá acarretar na suspensão do pagamento da bolsa;

m) observar as instruções e normativas pedagógicas das Instituições de ensino superior

brasileiras e das instituições supervisora; e

n) manter atualizado os dados cadastrais constantes no formulário eletrônico disponível no sítio

maismedicos.gov.br através do seu acesso pessoal ao Sistema de Gerenciamento de Programa-SGP.

CLÁUSULA TERCEIRA - DAS VEDAÇÕES APLICÁVEIS AOS MÉDICOS

PARTICIPANTES

3.1. É vedado ao médico participante do Projeto:

a) ausentar-se das atividades a serem realizadas durante as ações de aperfeiçoamento sem prévia

autorização do município ou do supervisor;

b) retirar, sem prévia anuência do município ou do supervisor, qualquer documento ou objeto do

local de realização das ações de aperfeiçoamento;

c) opor resistência injustificada à realização das ações de aperfeiçoamento que envolvam

atendimento ao usuário do SUS;

d) receber valores ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atividades no Projeto,

diversas daquelas previstas para o Projeto;

e) recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado pelos supervisores, tutores

acadêmicos ou Coordenação do Projeto;

f) solicitar remanejamento após início das atividades no Projeto, exceto nos casos em que o ente

federativo desista da adesão, sem justo motivo, ou venha a ser descredenciado por decisão da Coordenação

do Projeto.

CLÁUSULA QUARTA - DAS OBRIGAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E DA

COORDENAÇÃO DO PROJETO

4.1. Constituem obrigações do Ministério da Saúde e da Coordenação do Projeto:

a) receber as inscrições dos médicos interessados em participar do Projeto;

b) selecionar, conforme regras previstas no Edital, os médicos inscritos no Projeto;

c) avaliar a conformidade dos documentos, declarações e informações apresentados pelos

médicos em relação às regras do Projeto;

d) encaminhar os médicos participantes para os municípios para realização das ações de

aperfeiçoamento;

e) ofertar aos médicos participantes cursos de aperfeiçoamento e extensão (2º ciclo formativo);

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f) assegurar aos médicos participantes acesso a inscrição em serviços de Telessaúde para

execução das atividades de ensino, pesquisa e extensão no âmbito do Projeto;

g) garantir o pagamento da bolsa-formação ao médico participante do Projeto durante todo o

período de participação nas ações de aperfeiçoamento, observadas as condições do Edital e da legislação do

Projeto;

h) custear ajuda de custo e passagens, nos termos do Edital;

i) providenciar as medidas necessárias para efetivação das regras previstas no Projeto; e

j) adotar as providências necessárias para execução do Projeto.

CLÁUSULA QUINTA - DO COMPROMISSO

5.1. O médico participante do Projeto declara conhecer e atender integralmente as regras da Lei

nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, da Portaria Interministerial nº 1.369/MS/MEC, de 8 de julho de 2013 e

suas alterações, das demais normas de regência do Projeto e as exigências do Edital SAPS/MS nº 6, de 11 de

março de 2020 e deste Termo de Adesão e Compromisso, não podendo, em nenhuma hipótese, delas alegar

desconhecimento.

5.2. O descumprimento das condições, atribuições, deveres e incursão nas vedações previstas no

Projeto sujeitará o médico participante às penalidades previstas na Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013,

na Portaria Interministerial nº 1.369/MS/MEC, de 8 de julho de 2013, nas demais normas que regulamentam

o Projeto e no Edital SAPS/MS nº 6 , de 11 de março de 2020.

CLÁUSULA SEXTA - DA VIGÊNCIA

6.1. O presente instrumento terá a vigência de 1 (um) ano, a contar do início pelo médico das

ações de aperfeiçoamento.

CLÁUSULA SÉTIMA - DA RESCISÃO

7.1. O presente Termo de Adesão e Compromisso poderá ser rescindido, durante o prazo de

vigência, por mútuo consentimento ou unilateralmente por qualquer um dos partícipes, nas hipóteses

previstas na Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, nas demais normas de regência do Projeto Mais

Médicos para o Brasil e no Edital SAPS/MS nº 6, de 11 de março de 2020, mediante manifestação

encaminhada ao Ministério da Saúde via SGP.

CLÁUSULA OITAVA - DA PUBLICAÇÃO

8.1. O presente Termo de Adesão e Compromisso deverá ser publicado em extrato no Diário

Oficial da União.

CLÁUSULA NONA - DAS ALTERAÇÕES

9.1. As eventuais alterações do presente Termo de Adesão e Compromisso serão realizadas por

meio de termo aditivo acordado entre os partícipes.

CLÁUSULA DÉCIMA - DA SOLUÇÃO DE LITÍGIOS

10.1. Eventual controvérsia surgida durante a execução do presente Termo de Adesão e

Compromisso poderá ser dirimida administrativamente entre os partícipes.

E por estarem de pleno acordo, firmam este instrumento em 2 (duas) vias de igual teor e forma,

para que produza seus jurídicos e legais efeitos.

Brasília-DF, ______de_________de_________.

__________________________

CAROLINE MARTINS JOSÉ DOS SANTOS

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Secretária de Atenção Primária à Saúde Substituta do Ministério da Saúde

____________________________

MÉDICO (A)

DOU em 11/3/2020, Edição 48-A, Edição Extra, Seção 3-A, Páginas 1/4

Gabinete do Ministro

PORTARIA Nº 467, DE 20 DE MARÇO DE 2020

Dispõe, em caráter excepcional e temporário, sobre as ações de

Telemedicina, com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as

medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de

importância internacional previstas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de

fevereiro de 2020, decorrente da epidemia de COVID-19.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I

e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição e o art. 7º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e

Considerando a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em

decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV), declarada por meio da Portaria nº

188/GM/MS, de 3 de fevereiro de 2020;

Considerando a necessidade de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento da

emergência de saúde pública de importância internacional previstas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de

fevereiro de 2020, com o objetivo de reduzir a circulação de pessoas expostas ao coronavírus (COVID-19);

Considerando o teor da "Declaração de Tel Aviv sobre responsabilidades e normas éticas na

utilização da Telemedicina", adotada pela 51ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, em Tel

Aviv, Israel, em outubro de 1999;

Considerando a possibilidade de prescrição, por parte do médico, de tratamento ou outros

procedimentos sem exame direto do paciente em casos de urgência ou emergência previsto no Código de

Ética Médica;

Considerando a Resolução nº 1.643/2002 do Conselho Federal de Medicina, que define e

disciplina a prestação de serviços através da Telemedicina; e

Considerando o Ofício CFM nº 1756/2020-Cojur de 19 de março de 2020, que reconhece a

possibilidade e a eticidade da utilização da Telemedicina, em caráter de excepcionalidade e enquanto durar

as medidas de enfretamento ao coronavírus (COVID-19); resolve:

Art. 1º Esta Portaria dispõe, em caráter excepcional e temporário, sobre as ações de

Telemedicina, com o objetivo de regulamentar e operacionalizar as medidas de enfrentamento da emergência

de saúde pública de importância internacional previstas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020,

decorrente da epidemia de coronavírus (COVID-19).

Parágrafo único. As ações de Telemedicina de que tratam o caput ficam condicionadas à

situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), declarada por meio da Portaria

nº 188/GM/MS, de 3 de fevereiro de 2020.

Art. 2º As ações de Telemedicina de interação à distância podem contemplar o atendimento

pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico, por meio de tecnologia da

informação e comunicação, no âmbito do SUS, bem como na saúde suplementar e privada.

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Parágrafo único. O atendimento de que trata o caput deverá ser efetuado diretamente entre

médicos e pacientes, por meio de tecnologia da informação e comunicação que garanta a integridade,

segurança e o sigilo das informações.

Art. 3º Os médicos que participarem das ações de Telemedicina de que trata o art. 2º, deverão

empregar esse meio de atendimento com objetivo de reduzir a propagação do COVID-19 e proteger as

pessoas.

Parágrafo único. Os médicos que realizarem as ações de que trata o caput deverão:

I - atender aos preceitos éticos de beneficência, não-maleficência, sigilo das informações e

autonomia; e

II - observar as normas e orientações do Ministério da Saúde sobre notificação compulsória, em

especial as listadas no Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (COVID-19), disponível no endereço

eletrônico do Ministério da Saúde.

Art. 4º O atendimento realizado por médico ao paciente por meio de tecnologia da informação

e comunicação deverá ser registrado em prontuário clínico, que deverá conter:

I - dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido em cada contato

com o paciente;

II - data, hora, tecnologia da informação e comunicação utilizada para o atendimento; e

III - número do Conselho Regional Profissional e sua unidade da federação.

Art. 5º Os médicos poderão, no âmbito do atendimento por Telemedicina, emitir atestados ou

receitas médicas em meio eletrônico.

Art. 6º A emissão de receitas e atestados médicos à distância será válida em meio eletrônico,

mediante:

I - uso de assinatura eletrônica, por meio de certificados e chaves emitidos pela Infraestrutura

de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil;

II - o uso de dados associados à assinatura do médico de tal modo que qualquer modificação

posterior possa ser detectável; ou

III - atendimento dos seguintes requisitos:

a) identificação do médico;

b) associação ou anexo de dados em formato eletrônico pelo médico; e

c) ser admitida pelas partes como válida ou aceita pela pessoa a quem for oposto o documento.

§ 1º O atestado médico de que trata o caput deverá conter, no mínimo, as seguintes

informações:

I - identificação do médico, incluindo nome e CRM;

II - identificação e dados do paciente;

III - registro de data e hora; e

IV - duração do atestado.

§ 2º A prescrição da receita médica de que trata o caput observará os requisitos previstos em

atos da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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§ 3º No caso de medida de isolamento determinada por médico, caberá ao paciente enviar ou

comunicar ao médico:

I - termo de consentimento livre e esclarecido de que trata o § 4º do art. 3º da Portaria nº

356/GM/MS, 11 de março de 2020; ou

II - termo de declaração, contendo a relação das pessoas que residam no mesmo endereço, de

que trata o § 4º do art. 3º da Portaria nº 454/GM/MS, 20 de março de 2020.

Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ HENRIQUE MANDETTA

DOU em 23/3/2020, Edição 56-B, Seção 1, Extra, Página 1

GABINETE DO MINISTRO

PORTARIA Nº 492, DE 23 DE MARÇO DE 2020

Institui a Ação Estratégica "O Brasil Conta Comigo", voltada aos

alunos dos cursos da área de saúde, para o enfrentamento à pandemia

do coronavírus (COVID-19).

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I

e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 7º da Lei nº 13.979, de

6 de fevereiro de 2020, e

Considerando a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela

Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020;

Considerando a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em

decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (COVID-19), declarada por meio da Portaria nº

188/GM/MS, de 3 de fevereiro de 2020;

Considerando a Portaria nº 356/GM/MEC, de 20 de março de 2020, que dispõe sobre a atuação

dos alunos dos cursos da área de saúde no combate à pandemia do coronavírus COVID-19;

Considerando competência do Ministério da Saúde de planejar, coordenar e apoiar as atividades

relacionadas ao trabalho e à educação na área de saúde, à organização da gestão da educação e do trabalho

em saúde, à formulação de critérios para o estabelecimento de parcerias entre os gestores do Sistema Único

de Saúde (SUS) e ao ordenamento de responsabilidades entre as três esferas de governo; e

Considerando a complexidade e gravidade decorrente da pandemia do coronavírus COVID-19 e

a necessidade de otimizar a disponibilização de serviços de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde

(SUS) para contenção da pandemia do COVID-19, resolve:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES INICIAIS

Art. 1º Esta Portaria institui a Ação Estratégica "O Brasil Conta Comigo" voltada aos alunos dos

cursos da área de saúde, com o objetivo de otimizar a disponibilização de serviços de saúde no âmbito do

Sistema Único de Saúde (SUS) para contenção da pandemia do coronavírus COVID-19, de forma integrada

com as atividades de graduação na área da saúde.

Parágrafo único. As medidas previstas nesta Ação Estratégica serão executadas enquanto

perdurar o estado de emergência de saúde pública decorrente do COVID-19.

Art. 2º A Ação Estratégica será implementada por meio:

I - da adesão dos Estados, Municípios e Distrito Federal;

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II - da adesão dos estabelecimentos de saúde privados sem fins lucrativos que prestem serviços

no âmbito do SUS;

III - da realização, em caráter excepcional e temporário, do estágio curricular obrigatório para os

alunos dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia, na forma da Portaria nº

356/GM/MEC, de 20 de março de 2020; e

IV - da participação voluntária dos alunos dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem,

Fisioterapia e Farmácia que não preencham os requisitos previstos para a hipótese no inciso III.

CAPÍTULO II

DA PARTICIPAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE DO SUS

Art. 3º A adesão dos Estados, Municípios e Distrito Federal à Ação Estratégica de que trata esta

Portaria será formalizada pelos gestores locais do SUS via sistema eletrônico, na forma prevista em edital de

adesão.

§ 1º Após a adesão, os gestores locais do SUS indicarão os estabelecimentos de saúde estaduais,

municipais ou distritais que participarão da Ação Estratégica, observado o disposto no § 2º.

§ 2º Apenas poderão participar da Ação Estratégica unidades da Atenção Primária à Saúde,

unidades de pronto atendimento, estabelecimentos da rede hospitalar e estabelecimentos de saúde voltados

ao atendimento dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, das comunidades remanescentes de quilombos

ou das comunidades ribeirinhas.

§ 3º Cada estabelecimento de saúde participante deverá via sistema eletrônico:

I - indicar os profissionais de saúde supervisores por categoria profissional, na forma da Portaria

nº 356/GM/MEC, de 2020; e

II - informar o quantitativo de alunos participantes de que trata o incisos III e IV do caput do art.

2º.

Art. 4º A adesão dos estabelecimentos de saúde privados sem fins lucrativos que prestem

serviços no âmbito do SUS à Ação Estratégica de que trata esta Portaria será formalizada pelos seus

dirigentes via sistema eletrônico, na forma prevista em edital de adesão, observado o disposto no § 2º do art.

3º.

Parágrafo único. Caberá ao dirigente do estabelecimento de saúde indicar os profissionais de

saúde e informar o quantitativo de alunos participantes, na forma do § 3º do art. 3º.

Art. 5º A participação dos hospitais e institutos federais vinculados ao Ministério da Saúde e ao

Ministério da Educação independe de adesão, cabendo aos seus dirigentes indicar os profissionais de saúde e

informar o quantitativo de alunos participantes, na forma do § 3º do art. 3º.

CAPÍTULO III

DA PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS

Seção I

Da participação por meio do estágio curricular obrigatório

Art. 6º Os alunos dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia

participarão da Ação Estratégica, em caráter excepcional e temporário, por meio da realização do estágio

curricular obrigatório, observados os requisitos previstos naPortaria nº 356/GM/MEC, de 2020, nesta

Portaria e no edital de chamamento público.

§ 1º O disposto nesta Seção apenas se aplica aos alunos dos cursos de graduação de que trata o

caput dos seguintes órgãos e entidades:

I - as instituições federais de ensino superior - IFES;

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II - as instituições de educação superior - IES criadas e mantidas pela iniciativa privada;

III - os órgãos federais de educação superior; e

IV - outras IES que se sujeitam ao sistema federal de ensino, nos termos do art. 2º do Decreto nº

9.235, de 15 de dezembro de 2017.

§ 2º Na hipótese de haver regramento específico, similar ao disposto na Portaria nº

356/GM/MEC, de 2020, os sistemas estaduais, municipais e distritais de ensino poderão participar da Ação

Estratégica, observado o disposto nesta Portaria.

Art. 7º Os alunos que estiverem cursando o 5º e 6º ano de Medicina deverão participar da Ação

Estratégica por meio do estágio curricular obrigatório exclusivamente nas áreas de clínica médica, pediatria e

saúde coletiva, de acordo com as especificidades do curso em cada faculdade.

§ 1º A carga horária cumprida pelos alunos na participação na Ação Estratégica será

considerada como carga horária do estágio curricular obrigatório nas áreas de que trata o caput, de acordo

com as especificidades do curso em cada faculdade.

§ 2º A participação na Ação Estratégica, que corresponde à realização do estágio curricular

obrigatório nas áreas de clínica médica, pediatria e saúde coletiva, não desobriga o aluno de cumprir a carga

horária prevista para as outras áreas do estágio curricular obrigatório, de acordo com as especificidades do

curso em cada faculdade.

§ 3º O disposto neste artigo apenas se aplica aos alunos participantes que não tiverem realizado

na integralidade o estágio curricular obrigatório nas áreas de clínica médica, pediatria e saúde coletiva, de

acordo com as especificidades do curso em cada faculdade.

Art. 8º Os alunos que estiverem cursando o último ano dos cursos de graduação em

Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia deverão participar da Ação Estratégica por meio do estágio curricular

obrigatório exclusivamente em áreas compatíveis com os estágios e as práticas específicas de cada curso.

§ 1º A carga horária cumprida pelos alunos na participação na Ação Estratégica será

considerada como carga horária do estágio curricular obrigatório, de acordo com as especificidades do curso

em cada faculdade.

§ 2º O disposto neste artigo apenas se aplica aos alunos participantes que não tiverem realizado

na integralidade o estágio curricular obrigatório, de acordo com as especificidades do curso em cada

faculdade.

Art. 9º Para fins do disposto no § 1º do art. 7º e no § 1º do art. 8º, os alunos participantes

receberão certificado da participação no esforço de contenção da pandemia do COVID-19, com a respectiva

carga horária.

Art. 10. Para os alunos de que trata os arts. 7º e 8º, a participação na Ação Estratégica garantirá

a pontuação adicional de 10% (dez por cento) no processo de seleção pública para Programas de Residências

em Saúde promovidos pelo Ministério da Saúde.

Seção II

Da participação por meio de voluntariado

Art. 11. Os alunos dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia

que não preencham os requisitos previstos nos arts. 6º a 8º poderão participar da Ação Estratégica, em caráter

excepcional e temporário, de forma voluntária, nos termos do edital de chamamento público.

Parágrafo único. Os alunos participantes voluntários receberão certificado da participação no

esforço de contenção da pandemia do COVID-19, com a respectiva carga horária.

Art. 12. Os alunos participantes voluntários poderão fazer jus à obtenção de desconto no valor

da mensalidade, a ser definido e concedido pelas IES privadas às quais estejam vinculados.

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Seção III

Disposições Gerais

Art. 13. Os alunos participantes de que tratam os arts. 7º, 8º e 11 terão direito à percepção de

bolsa, de acordo com a carga horária a ser cumprida, na forma prevista em edital de chamamento público.

Parágrafo único. A bolsa de que trata o caput será cancelada se o aluno injustificadamente

abandonar a participação do curso no âmbito da Ação Estratégica.

Art. 14. Caberá aos alunos participantes:

I - participar de curso a ser oferecido pelo Ministério da Saúde, voltado para a capacitação

necessária às atividades a serem desempenhadas na Ação Estratégica, de acordo com cada categoria

profissional;

II - cumprir a carga horária semanal definida em edital de chamamento público, que deverá

considerar:

a) as especificidades do estágio curricular obrigatório para os alunos de que tratam os arts. 7º e

8º; ou

b) a compatibilidade com a carga horária do curso de graduação para os alunos de que trata o

art. 12;

III - observar as responsabilidades e obrigações previstas em edital de chamamento público; e

IV - observar as orientações dos supervisores e dos estabelecimentos de saúde em que

desempenharem suas atividades no âmbito da Ação Estratégica.

Art. 15. A atuação dos alunos participantes deverá ser supervisionada por profissionais da saúde

com registro nos respectivos conselhos profissionais competentes.

Art. 16. Para os supervisores de que trata o art. 15, a participação na Ação Estratégica garantirá

a pontuação adicional de 10% (dez por cento) no processo de seleção pública para Programas de Residências

em Saúde promovidos pelo Ministério da Saúde.

Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, os supervisores receberão certificado da

participação no esforço de contenção da pandemia do COVID-19.

Art. 17. Para a execução do disposto nesta Seção, caberá às IES com cursos de graduação em

Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia:

I - cientificar todos os alunos que cumpram os requisitos previstos nos arts. 6º a 8º;

II - informar os alunos sobre a participação voluntária de que trata o art. 11;

III - encaminhar ao Ministério da Saúde a relação dos alunos que cumpram os requisitos

previstos nos arts. 6º a 8º, na forma definida pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

do Ministério da Saúde; e

IV - utilizar a carga horária prevista no certificado de que trata o art. 9º como substituta da carga

horária devida no estágio curricular obrigatório, para observância do disposto no § 1º do art. 7º e no § 1º do

art. 8º.

Parágrafo único. Os dados de que trata o inciso III do caput serão utilizados exclusivamente no

âmbito da Ação Estratégica.

Art. 18. Caberá aos estabelecimentos de saúde:

I - fornecerem equipamentos de proteção individual aos alunos participantes da Ação

Estratégica;

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II - garantir informação sobre manejo clínico para a contenção do COVID-19 aos alunos

participantes da Ação Estratégica; e

III - monitorar a frequência dos alunos participantes da Ação Estratégica.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19. Para a execução da Ação Estratégica, caberá ao Ministério da Saúde, por meio da

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde:

I - publicar os editais de adesão e de chamamento público previstos nesta Portaria;

II - coordenar a execução da Ação Estratégica;

III - realizar a articulação com:

a) os demais órgãos do Ministério da Saúde envolvidos, especialmente a Secretaria de Atenção

Primária à Saúde e a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde;

b) os estabelecimentos de saúde participantes;

c) as IES públicas e privadas com cursos de graduação em Medicina, Enfermagem, Fisioterapia

e Farmácia;

d) órgãos e entidades do Poder Executivo federal envolvidos, especialmente o Ministério da

Educação;

e) os Estados, Distrito Federal e Municípios; e

f) outros órgãos e entidades públicas e privadas relevantes para a execução da Ação Estratégica;

IV - garantir a realização de capacitação para os supervisores e alunos participantes da Ação

Estratégica, observados os protocolos clínicos disponibilizados pelo Ministério da Saúde;

V - disponibilizar o sistema eletrônico previsto no Capítulo II;

VI - definir os estabelecimentos de saúde em que atuarão os alunos participantes, conforme

critérios previstos em edital de chamamento público;

VII - garantir a emissão de certificados para os alunos e supervisores participantes;

VIII - disponibilizar, em sítio eletrônico próprio da Ação Estratégica, as informações sobre sua

implementação e execução; e

IX - realizar outras atividades previstas nesta Portaria e nos editais de adesão e de chamamento

público.

Art. 20. O pagamento das bolsas de que trata o art. 13 onerará a Funcional Programática

5018.21C0.6500.CV19.

Art. 21. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ HENRIQUE MANDETTA

DOU em 23/3/2020, Edição 56-C, Seção 1, EXTRA, Páginas 4/5

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Gabinete do Ministro

PORTARIA Nº 639, DE 31 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre a Ação Estratégica "O Brasil Conta Comigo -

Profissionais da Saúde", voltada à capacitação e ao cadastramento de

profissionais da área de saúde, para o enfrentamento à pandemia do

coronavírus (COVID-19).

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhe conferem os incisos I e

II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto no art. 7º da Lei nº

13.979, de 6 de fevereiro de 2020, e

Considerando a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela

Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo

coronavírus (COVID-19);

Considerando a Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em

decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (COVID-19), declarada por meio da Portaria nº

188/GM/MS, de 3 de fevereiro de 2020;

Considerando a Portaria nº 356/GM/MS, de 11 de março de 2020, que dispõe sobre a

regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020; e

Considerando a necessidade de mobilização da força de trabalho em saúde para a atuação

serviços ambulatoriais e hospitalares do SUS para responder à situação emergencial, resolve:

Art. 1º Esta Portaria institui a Ação Estratégica "O Brasil Conta Comigo - Profissionais da

Saúde", com objetivo de proporcionar capacitação aos profissionais da área de saúde nos protocolos clínicos

do Ministério da Saúde para o enfrentamento da Convid-19.

§ 1º Para fins do disposto nesta Portaria, considera-se profissional da área de saúde aquele

subordinado ao correspondente conselho de fiscalização das seguintes categorias profissionais:

I - serviço social;

II - biologia;

III - biomedicina;

IV - educação física;

V - enfermagem;

VI - farmácia;

VII - fisioterapia e terapia ocupacional;

VIII - fonoaudiologia;

IX - medicina;

X - medicina veterinária;

XI - nutrição;

XII - odontologia;

XIII - psicologia; e

XIV - técnicos em radiologia.

§ 2º As medidas previstas nesta Ação Estratégica serão executadas enquanto perdurar o estado

de emergência de saúde pública decorrente da COVID-19.

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Art. 2º A Ação Estratégica de que trata o art. 1º será implementada por meio:

I - da criação de um cadastro geral de profissionais da área da saúde habilitados para atuar em

território nacional, que poderá ser consultado pelos entes federados, em caso de necessidade, para orientar

suas ações de enfrentamento à COVID-19; e

II - da capacitação dos profissionais da área de saúde nos protocolos oficiais de enfrentamento

à COVID-19, aprovados pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-nCoV).

Art. 3º O Ministério da Saúde criará cadastro geral de profissionais da área de saúde, de caráter

instrumental e consultivo, visando auxiliar os gestores federais, estaduais, distritais e municipais do Sistema

Único de Saúde (SUS) nas ações de enfrentamento à COVID-19.

Art. 4º Os conselhos profissionais nas áreas da saúde deverão:

I - enviar ao Ministério da Saúde os dados dos profissionais das áreas de saúde; e

II - comunicar aos seus profissionais registrados que realizem o preenchimento dos formulários

eletrônicos de cadastramento disponibilizados pelo Ministério da Saúde, por meio do endereço eletrônico:

https://registrarh-saude.dataprev.gov.br.

Parágrafo único. O Ministério da Saúde deverá identificar e informar aos conselhos

profissionais os respectivos profissionais que não atenderam à comunicação de que trata o inciso II do caput.

Art. 5º O profissional da área de saúde deverá realizar o preenchimento dos formulários

eletrônicos de cadastramento e manter as informações atualizadas.

Art. 6º Compete à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS), por

meio do Departamento de Gestão do Trabalho em Saúde (DEGTS/SGTES/MS), o gerenciamento do

cadastro de que trata o art. 3º.

Art. 7º O Ministério da Saúde promoverá capacitação dos profissionais da área de saúde

cadastrados na forma do art. 5º nos protocolos oficiais de enfrentamento à COVID-19, aprovados pelo

Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-nCoV), por meio de cursos à distância.

Parágrafo único. O profissional da área de saúde que preencher o formulário de que trata o art.

5º terá o curso de capacitação disponibilizado mediante link de acesso.

Art. 8º O profissional da área de saúde receberá certificado de conclusão dos cursos à distância

de capacitação para o enfrentamento da COVID-19 no âmbito desta Ação Estratégica.

Parágrafo único. O Ministério da Saúde identificará e informará aos conselhos profissionais o

respectivo profissional da área da saúde que não concluir os cursos de que trata esta Portaria.

Art. 9º Compete à SGTES/MS a garantia da oferta dos cursos de capacitação à distância aos

profissionais da área de saúde cadastrados na forma do art. 5º.

Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ HENRIQUE MANDETTA

DOU em 2/4/2020, Edição 64, Seção 1, Página 76

SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE

EDITAL Nº 4, DE 31 DE MARÇO DE 2020

O MINISTÉRIO DA SAÚDE, por intermédio da SECRETARIA DE GESTÃO DO

TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE, no âmbito das suas atribuições, com base no inciso I do art.

19 da Portaria GM/MS nº 492, de 23 de março de 2020, e considerando a Ação Estratégica "O Brasil Conta

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Comigo" voltada aos alunos dos cursos da área de saúde, para o enfrentamento à pandemia do coronavírus

(COVID-19), instituído pela Portaria GM/MS nº 492, de 23 de março de 2020; considerando a declaração de

"Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional" pela Organização Mundial de Saúde, em 30 de

janeiro de 2020; considerando a declaração de "Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional",

através da Portaria GM/MS nº 188, de 03 de fevereiro de 2020; considerando a Lei Federal nº 13.979, de 06

de fevereiro de 2020, e a Portaria GM/MS nº 356, de 11 de março de 2020, com prescrições para adoção de

medidas estratégias, em caráter temporário e emergencial, voltadas ao enfrentamento do coronavírus no

âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País; considerando o disposto na Lei nº 13.726, de 8 de

outubro de 2018, que disciplina a racionalização de atos e procedimentos administrativos, Chama os Estados,

o Distrito Federal, os Municípios e estabelecimentos de saúde filantrópicos para aderirem à Ação Estratégica

"Brasil Conta Comigo", bem como conclama alunos dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem,

Farmácia e Fisioterapia para se cadastrarem visando participação na Ação Estratégica "Brasil Conta

Comigo", em caráter excepcional e temporário.

1. DOS OBJETIVOS

1.1. Operacionalizar a execução de ações estratégicas para fortalecer o enfrentamento à COVID-

19 com a suplementação excepcional e temporária de alunos dos cursos de graduação em Medicina,

Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia do sistema federal de ensino, em estabelecimentos de saúde no âmbito

do SUS, enquanto vigorar a declaração de emergência em saúde pública no País.

1.2. Promover a adesão de Estados, Distrito Federal, Municípios e estabelecimentos de saúde

privados sem fins lucrativos que prestem serviços no âmbito do SUS à Ação Estratégica "O Brasil Conta

Comigo".

1.3. Viabilizar o cadastramento, para os alunos dos cursos de graduação em Medicina,

Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia do sistema federal de ensino, junto ao Ministério da Saúde, para futuro

compromisso suplementar de cobertura assistencial à população no enfrentamento à COVID-19 no âmbito da

Ação Estratégica "O Brasil Conta Comigo".

1.4. Promover o encontro entre os estabelecimentos de saúde, demandantes de serviços de saúde

para cobertura assistencial à população em caráter excepcional e temporário, com os alunos que se

cadastrarem nesta Ação Estratégica "O Brasil Conta Comigo", através de sistema eletrônico formatado em

plataforma multilateral "matchmaking".

1.5. Proporcionar um ambiente desburocratizado de operacionalização das Ações Estratégicas

de que trata este Edital para os participantes previstos nos arts. 2º e 5º da Portaria GM/MS nº 492, de 23 de

março de 2020, com a racionalização de atos e procedimentos, conforme dispõe a Lei nº 13.726, de 8 de

outubro de 2018.

2. DA ADESÃO

2.1. Do Procedimento de Adesão:

2.1.1. Estão aptos a aderirem à Ação Estratégica de que trata este Edital:

2.1.1.1 Os Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 3º da Portaria GM/MS nº

492, de 23 de março de 2020, por representação dos Secretários de Saúde.

2.1.1.2. Os hospitais filantrópicos, hospitais beneficentes e demais estabelecimentos de saúde

privados sem fins lucrativos, que prestem serviços no âmbito do SUS, nos termos do art. 4º da Portaria

GM/MS nº 492, de 23 de março de 2020, por representação dos dirigentes.

2.1.2. A participação dos hospitais e institutos federais de saúde vinculados ao Ministério da

Saúde ou ao Ministério da Educação independem de adesão à esta Ação Estratégica para consolidar a

participação, por força do disposto no art. 5º da Portaria GM/MS nº 492, de 23 de março de 2020, por

representação dos dirigentes.

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2.1.3. A adesão para a participação na Ação Estratégica de que trata este Edital, no que se refere

aos gestores dos entes e das instituições previstas nos itens 2.1.1.1. e 2.1.1.2, dar-se-á pelo acesso ao sistema

"O Brasil Conta Comigo - Acadêmico" - link http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ . Após registro de senha, os

gestores dos entes e das instituições previstas nos itens 2.1.1.1 e 2.1.1.2, preencherão o formulário "Ficha do

Gestor".

2.1.4. A participação na Ação Estratégica de que trata este Edital, no que se refere aos gestores

das instituições previstas no item 2.1.2, dar-se-á pelo acesso ao sistema "O Brasil Conta Comigo -

Acadêmico" - link http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ . Após registro de senha, os gestores das instituições

previstas no item 2.1.2., preencherão o formulário "Ficha do Gestor".

2.1.5. Do Preenchimento do Formulário "Ficha do Gestor":

2.1.5.1. Os gestores dos entes previstos no item 2.1.1.1. poderão indicar as seguintes categorias

de estabelecimentos de saúde, com o número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES),

para recebimento dos alunos previstos nos itens 3.2.1. e 3.2.2., na oportunidade de recrutamento:

2.1.5.1.1. Unidades da Atenção Primária à Saúde;

2.1.5.1.2. Unidade de Pronto Atendimento;

2.1.5.1.3. Estabelecimentos da Rede Hospitalar;

2.1.5.1.4. Estabelecimentos de Saúde voltados ao atendimento dos Distritos Sanitários Especiais

Indígenas;

2.1.5.1.5. Estabelecimentos de Saúde das comunidades remanescentes de quilombos;

2.1.5.1.6. Estabelecimentos de Saúde das comunidades ribeirinhas.

2.1.5.2. É facultado aos gestores dos entes previstos no item 2.1.1.1. proceder alterações no

formulário "Ficha do Gestor" no sistema "O Brasil Conta Comigo - Acadêmico" - link

http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/, enquanto vigorar a declaração de emergência em saúde pública no País.

2.1.5.2.1. Ao proceder a alteração, os gestores dos entes previstos no item 2.1.1.1. justificarão,

mediante escolha de alternativas dispostas no formulário "Ficha do Gestor", a supressão de estabelecimento

de saúde outrora indicado.

2.1.5.3. Os gestores das instituições previstas nos itens 2.1.1.2. e 2.1.2. indicarão seus

respectivos estabelecimentos de saúde, com o número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

(CNES), para recebimento dos alunos previstos nos itens 3.2.1. e 3.2.2., na oportunidade de recrutamento.

2.1.5.4. Os gestores dos entes previstos no item 2.1.1.1. indicarão os gestores correspondentes

aos estabelecimentos de saúde no formulário "Ficha do Gestor". Os gestores indicados terão a denominação

de "Gestor de Unidade de Saúde", para fins deste Edital.

2.1.5.5. Os gestores das instituições previstas nos itens 2.1.1.2. e 2.1.2. terão a denominação de

"Gestor de Unidade de Saúde", para fins deste Edital.

2.1.6. O preenchimento do formulário "Ficha do Gestor" vale, para todos os efeitos jurídicos,

como forma expressa de concordância por parte dos gestores dos entes e das entidades previstas nos itens

2.1.1.1., 2.1.1.2., 2.1.2., de todas as condições, normas publicadas e exigências estabelecidas e previstas

neste Edital.

2.1.7. O Ministério da Saúde considera, para todos os efeitos jurídicos, que os gestores dos entes

e instituições previstas nos itens 2.1.1.1, 2.1.1.2 e 2.1.2, que tenham realizado as operações de acesso e de

preenchimento do formulário "Ficha do Gestor", encontram-se em necessidade emergencial e suplementar de

serviço de saúde para cobertura assistencial à população em razão da COVID-19, no âmbito da Ação

Estratégica de que trata este Edital.

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2.1.8. Reputa-se firmada a adesão para participação na Ação Estratégica de que trata este Edital,

no que se refere aos entes e às instituições previstas nos itens 2.1.1.1. e 2.1.1.2., com a mensagem de êxito no

preenchimento do formulário "Ficha do Gestor".

2.1.9. Reputa-se confirmada a participação na Ação Estratégica de que trata este Edital, no que

se refere às instituições previstas no item 2.1.2, com a mensagem de êxito no preenchimento do formulário

"Ficha do Gestor".

2.2. Do Procedimento de Habilitação:

2.2.1. Do Preenchimento do Formulário "Ficha do Gestor da Unidade":

2.2.1.1. O Gestor da Unidade de Saúde, nos termos dos itens 2.1.5.4. e 2.1.5.5., receberá

correspondência eletrônica com as orientações para acesso ao sistema "O Brasil Conta Comigo - Acadêmico"

- link http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ . Com o acesso, o Gestor da Unidade de Saúde procederá ao

preenchimento do formulário "Ficha do Gestor da Unidade" indicando os profissionais de saúde nas áreas de

Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia que supervisionarão os alunos previstos nos itens 3.2.1. e

3.2.2., na oportunidade de recrutamento.

2.2.1.2. Os profissionais de saúde indicados, nos termos do item 2.2.1.1. terão a denominação de

"Supervisor", para fins deste Edital, e considerados "dirigentes" para o cumprimento do disposto no

parágrafo único do art. 4º da Portaria GM/MS nº 492 de 23 de março de 2020.

2.2.1.3. O preenchimento do formulário "Ficha do Gestor da Unidade" vale, para todos os

efeitos jurídicos, como forma expressa de concordância por parte do Gestor da Unidade de Saúde, nos

termos dos itens 2.1.5.4. e 2.1.5.5., de todas as condições, normas e exigências estabelecidas e previstas neste

Edital.

2.2.2. Do Preenchimento do Formulário "Ficha do Supervisor":

2.2.2.1. O Supervisor, nos termos do item 2.2.1.2., receberá correspondência eletrônica com as

orientações para acesso ao sistema "O Brasil Conta Comigo - Acadêmico" - link

http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ . Com o acesso, o Supervisor procederá ao preenchimento do formulário

"Ficha do Supervisor" informando:

2.2.2.1.1. O turno em que exercerá suas atividades profissionais e de supervisão no

estabelecimento de saúde; e

2.2.2.1.2. O quantitativo de até 4 (quatro) alunos matriculados em curso de graduação

compatível com a sua categoria profissional.

2.2.2.2. O preenchimento do formulário "Ficha do Supervisor" vale, para todos os efeitos

jurídicos, como forma expressa de concordância por parte do Supervisor, nos termos do item 2.2.1.2., de

todas as condições, normas e exigências estabelecidas e previstas neste Edital.

2.3. Não será exigida a apresentação de documentos para efeito de preenchimento dos

formulários "Ficha do Gestor", "Ficha do Gestor da Unidade" e "Ficha do Supervisor".

2.4. O preenchimento correto de dados e a veracidade das informações prestadas são de

responsabilidade exclusiva dos gestores dos entes e das instituições previstas nos itens 2.1.1.1., 2.1.1.2. e

2.1.2., dos gestores das unidades de saúde previstos nos itens 2.1.5.4. e 2.1.5.5., e dos supervisores previstos

no item 2.2.1.2., observado o disposto na segunda parte do § 2º do art. 3º da Lei Federal nº 13.726, de 08 de

outubro de 2018.

2.5. Não é garantido, aos estabelecimentos de saúde indicados nos termos dos itens 2.1.5.1. e

2.1.5.3., o atendimento da demanda por quantitativo de alunos conforme item 2.2.2.1.2., mesmo se a oferta

de alunos retratada no Cadastro de Alunos estiver apta a atender a necessidade registrada no procedimento de

habilitação.

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3. DO CADASTRO DE ALUNOS

3.1. O cadastro de alunos é um documento vinculativo, obrigacional, com característica de

compromisso para futuro recrutamento, em que se registram os alunos definidos nos incisos III e IV do art.

2º da Portaria GM/MS nº 492, de 23 de março de 2020, conforme as disposições contidas neste Edital.

3.2 Do Procedimento de Cadastramento:

3.2.1. Deverá efetuar o cadastramento para a Ação Estratégica de que trata este Edital:

3.2.1.1. Aluno regularmente matriculado no 6º ano do curso de graduação de Medicina do

sistema federal de ensino;

3.2.1.2. Aluno regularmente matriculado no 5º ano do curso de graduação de Medicina do

sistema federal de ensino;

3.2.1.3. Aluno regularmente matriculado no último ano do curso de graduação de Enfermagem

do sistema federal de ensino;

3.2.1.4. Aluno regularmente matriculado no último ano do curso de graduação de Farmácia do

sistema federal de ensino;

3.2.1.5. Aluno regularmente matriculado no último ano do curso de graduação de Fisioterapia

do sistema federal de ensino;

3.2.2. Poderá efetuar o cadastramento para a Ação Estratégica de que trata este Edital:

3.2.2.1. Aluno regularmente matriculado no 1º ao 4º ano do curso de graduação de Medicina do

sistema federal de ensino;

3.2.2.2. Aluno do sistema federal de ensino regularmente matriculado no curso de graduação ou

de Enfermagem, ou de Farmácia, ou de Fisioterapia, que não preencha os requisitos do art. 1º da Portaria

GM/MEC nº 356, de 20 de março de 2020.

3.2.3. O cadastramento para a Ação Estratégica de que trata este Edital, no que se refere aos

alunos previstos nos itens 3.2.1. e 3.2.2, dar-se-á com o preenchimento do formulário "Ficha do Aluno",

acessível no sistema "O Brasil Conta Comigo - Acadêmico" - link http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ .

3.2.4. Do Preenchimento do Formulário "Ficha do Aluno":

3.2.4.1. Compete aos Alunos previstos nos itens 3.2.1. e 3.2.2. informar:

3.2.4.1.1. Nome completo, Cadastro de Pessoa Física (CPF), E-mail, data de nascimento,

número de telefone celular;

3.2.4.1.2. Instituição ou Órgão de ensino superior integrante do sistema federal de ensino em

que está matriculado;

3.2.4.1.3. Ano em que se encontra cursando; e

3.2.4.1.4. Município para atuar, em caso de recrutamento.

3.2.4.2. Reputa-se confirmado o cadastramento para a Ação Estratégica de que trata este Edital,

no que se refere aos alunos previstos nos itens 3.2.1. e 3.2.2, com o recebimento de correspondência

eletrônica, atestando a aprovação do preenchimento do formulário "Ficha do Aluno".

3.2.4.3. O cadastramento vale, para todos os efeitos jurídicos, como forma expressa de

concordância por parte do aluno, de todas as condições, normas e exigências estabelecidas e previstas neste

Edital.

3.2.4.4. O cadastramento não gera expectativa de direitos para o aluno cadastrado, e não obriga

o Ministério da Saúde a proceder ao recrutamento, contudo condiciona o aluno ao compromisso de manter

atualizado o seu cadastramento enquanto vigorar a declaração de emergência em saúde pública no País.

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4. DO SISTEMA "O BRASIL CONTA COMIGO - ACADÊMICO"

4.1. Os procedimentos de adesão, de habilitação e de cadastramento, previstos respectivamente

nos itens 2.1., 2.2. e 3.2., terão início com o acionamento do sistema link http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/

, a partir das 11:00 horas o dia 02 de abril de 2020 e perdurarão enquanto vigorar a declaração de emergência

em saúde pública no País.

4.2. A Ação Estratégica de que trata este Edital tem por característica a prescindibilidade de

programação de fases. Os procedimentos de adesão e cadastramento poderão ser iniciados,

concomitantemente, com o acionamento do sistema "O Brasil Conta Comigo - Acadêmico" - link

http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ .

4.3. A coordenação para execução da Ação Estratégica de que trata este Edital é de competência

da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS), nos termos do inciso II do Art.

19 da Portaria GM/MS nº 492, de 23 de março de 2020.

4.4. A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) não se

reponsabiliza por adesões e respectivas habilitações, bem como cadastramentos não finalizados por motivos

de ordem técnica dos computadores, falha de comunicação, congestionamento das linhas de comunicação e

de transmissão de dados, falta de energia elétrica, assim como outros fatores de ordem técnica que impeçam

a transferência de dados.

5.DO RECRUTAMENTO

5.1. Consiste no procedimento de promoção do encontro da demanda por serviços de saúde,

além daqueles prestados pelos profissionais de saúde, com a oferta de alunos previstos nos incisos III e IV do

Art. 2º da Portaria GM/MS nº 492, de 23 de março de 2020, no âmbito da Ação Estratégica que trata este

Edital.

5.2. Do Procedimento de Recrutamento

5.2.1. Da notificação ao Aluno:

5.2.1.1. De acordo com a categoria profissional do supervisor e o quantitativo de alunos

indicados na "Ficha do Supervisor" prevista no item 2.2.2.1., o aluno, com o perfil compatível, será

notificado para se apresentar em até 48 (quarenta e oito) horas no estabelecimento de saúde correspondente.

5.2.1.2. A notificação será através de correspondência eletrônica.

5.2.1.3. Transcorrendo o prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contado do envio da notificação

sem a confirmação, pelo supervisor, da apresentação no estabelecimento de saúde a ser atendido, os efeitos

da notificação decaem. Com a decadência da notificação, o aluno permanecerá no Cadastro de Alunos

estando sujeito a eventual notificação.

5.2.1.4. Em atendimento às demandas registradas, oriundas do procedimento de habilitação, o

Ministério da Saúde, como medida de razoabilidade, priorizará em suas notificações, os alunos que se

encontrem nos estágios mais avançados dos cursos de graduação de Medicina, Enfermagem, Farmácia e

Fisioterapia do sistema federal de ensino, conforme previsto no item 3.2.1.

5.2.1.5. O procedimento de cadastramento estará acessível enquanto vigorar a declaração de

emergência em saúde pública no País, logo, para efeito de notificação dos alunos cadastrados, o Ministério

da Saúde observará data e hora de conclusão do cadastramento.

5.2.1.5.1. A data e a hora da última atualização no preenchimento da "Ficha do Aluno" serão

consideradas, para efeito de notificação, como as de conclusão do cadastramento.

5.2.2. Da Notificação ao Supervisor:

5.2.2.1. O Supervisor será notificado acerca dos alunos destacados para apresentação no

correspondente estabelecimento de saúde.

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5.2.2.2. A notificação será através de correspondência eletrônica.

5.2.2.3. A ativação da atuação do Supervisor se dará com a confirmação no Sistema "O Brasil

Conta Comigo - Acadêmico" - link http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ , em até 72 (setenta e duas) horas, do

recebimento do(s) aluno(s) que se apresentar(em) no estabelecimento de saúde em até 48 (quarenta e oito)

horas da notificação de que trata o item 5.2.1.3.

5.2.3. Da atuação do aluno:

5.2.3.1. A atuação do aluno na Ação Estratégica de que trata este Edital é de caráter relevante.

5.2.3.2. A atuação do aluno será supervisionada por profissional de saúde com formação

compatível à sua área de graduação, nos termos do art. 15 da Portaria GM/MS nº 492, de 23 de março de

2020 e do § 2º do art. 2º da Portaria GM/MEC nº 356 de 20 de março de 2020.

5.2.3.3. Os alunos previstos nos itens 3.2.1.1. e 3.2.1.2. atuarão exclusivamente, no âmbito da

Ação Estratégica de que trata este Edital, nas áreas de clínica médica, pediatria e saúde coletiva, de acordo

com as especificidades do curso de graduação de Medicina ofertado por instituição ou órgão que integre o

sistema federal de ensino.

5.2.3.3.1. A carga horária cumprida pelos alunos previstos no item 5.2.3.3., no âmbito da Ação

Estratégica de que trata este Edital, poderá ser utilizada como substituta de horas devidas em sede de estágio

curricular obrigatório, não os desobrigando de cumprir carga horária prevista para outras áreas do estágio

curricular obrigatório, nos termos do § 6º do art. 2º da Portaria GM/MEC nº 356 de 20 de março de 2020.

5.2.3.4. Os alunos previstos nos itens 3.2.1.3., 3.2.1.4. e 3.2.1.5. atuarão em áreas compatíveis

com os estágios e as práticas específicas dos cursos de graduação de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia,

ofertados por instituição ou órgão que integre o sistema federal de ensino.

5.2.3.4.1. A carga horária cumprida pelos alunos previstos no item 5.2.3.4., no âmbito da Ação

Estratégica de que trata este Edital, poderá ser utilizada como substituta de horas devidas em sede de estágio

curricular obrigatório.

5.2.3.5. Diante do disposto no § 3º do art. 2º da Portaria GM/MEC nº 356, de 20 de março de

2020, os alunos descritos poderão solicitar à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

(SGTES/MS) declaração de atuação na Ação Estratégica de que trata este Edital.

5.2.3.6. Os alunos previstos nos itens 3.2.1. e 3.2.2. que atuarem na Ação Estratégica de que

trata este Edital terão direito à percepção de bolsa, de acordo com a carga horária a ser cumprida.

5.2.3.6.1. Para os alunos previstos no item 3.2.1., corresponde ao cumprimento da carga horária

de 40 (quarenta) horas semanais por mês, a bolsa no valor de R$ 1.045,00 (um mil e quarenta e cinco reais).

5.2.3.6.1.1. O aluno previsto no item 3.2.1. que não cumprir integralmente a carga horária do

item 5.2.3.6.1. não fará jus ao recebimento da respectiva bolsa, ressalvados os casos de adoecimento do

aluno, e de revogação da declaração do estado de emergência em saúde pública no País.

5.2.3.6.2. Para os alunos previstos no item 3.2.2., corresponde ao cumprimento da carga horária

de 20 (quarenta) horas semanais por mês, a bolsa no valor de R$ 522,50 (quinhentos e vinte e dois reais e

cinquenta centavos).

5.2.3.6.2.1. O aluno previsto no item 3.2.2. que não cumprir integralmente a carga horária do

item 5.2.3.6.2. não fará jus ao recebimento da respectiva bolsa, ressalvados os casos de adoecimento do

aluno, e de revogação da declaração do estado de emergência em saúde pública no País.

5.2.3.6.3. A carga horária cumprida pelo aluno em atuação na Ação Estratégica de que trata este

Edital deverá ser atestada mensalmente pelo Supervisor no sistema "O Brasil Conta Comigo - Acadêmico" -

link http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/. A ausência do atesto inviabilizará para o aluno a percepção da

bolsa.

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5.2.3.6.4. A bolsa será cancelada se o aluno injustificadamente abandonar o curso de graduação

do sistema federal de ensino, durante a participação na Ação Estratégica de que trata este Edital.

5.2.3.6.5. O financiamento das bolsas observará a vigência do crédito orçamentário nos termos

da legislação brasileira e a disponibilidade orçamentária.

5.2.3.7. A bolsa prevista nos itens 5.2.3.6.1 e 5.2.3.6.2. é o único incentivo financeiro no âmbito

da Ação Estratégica de que trata este Edital.

5.2.3.8. Os alunos previstos nos itens 3.2.1. e 3.2.2. que atuarem na Ação Estratégica de que

trata este Edital receberão certificado de participação no esforço de contenção da pandemia da COVID-19,

com a respectiva carga horária, em atenção ao disposto no art. 9º e no parágrafo único do art. 11 da Portaria

GM/MS nº 492, de 20 de março de 2020.

5.2.3.8.1. O certificado de participação garantirá, por 2 (dois) anos a contar da data de sua

expedição, para o aluno previsto no item 3.2.1., pontuação adicional de 10% (dez por cento) no processo de

seleção pública para programas de residência promovidos pelo Ministério da Saúde.

5.2.3.9. Diante da possibilidade de concessão, por Instituição de Ensino Superior (IES) do

sistema federal de ensino, do benefício descrito no art. 12 da Portaria GM/MS nº 492, de 23 de março de

2020, o aluno previsto no item 3.2.2. solicitará à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

(SGTES/MS) declaração de atuação na Ação Estratégica de que trata este Edital.

5.2.4. Da atuação do Supervisor

5.2.4.1. A atuação do Supervisor na Ação Estratégica de que trata este Edital é de caráter

relevante e se dará por meio da supervisão de até 04 (quatro) alunos por estabelecimento de saúde.

5.2.4.2. O Supervisor previsto no item 2.2.1.2. que atuar na Ação Estratégica de que trata este

Edital receberá certificado de participação no esforço de contenção da pandemia da COVID-19, em atenção

ao disposto no parágrafo único do art. 16 e da Portaria GM/MS nº 492, de 20 de março de 2020.

5.2.4.2.1. O certificado de participação garantirá, por 2 (dois) anos a contar da data de sua

expedição, para o Supervisor previsto no item 2.2.1.2., pontuação adicional de 10% (dez por cento) no

processo de seleção pública para programas de residência promovidos pelo Ministério da Saúde.

6. DAS RESPONSABILIDADES

6.1. São responsabilidades da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

(SGTES/MS) no âmbito da Ação Estratégica de que trata este Edital:

6.1.1. A coordenação para execução da Ação Estratégica de que trata este Edital, por meio do

Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES/SGTES/MS);

6.1.2. A condução do conjunto dos procedimentos de adesão, habilitação e cadastramento, bem

como o gerenciamento do cadastro de alunos;

6.1.3. A garantia da realização de capacitação para os supervisores e para os alunos nos

protocolos clínicos do Ministério da Saúde durante a Ação Estratégica de que trata este Edital, enquanto

vigorar a declaração de emergência em saúde pública no País;

6.1.4. A garantia da emissão dos certificados para alunos e Supervisores;

6.1.5. A concessão de bolsas para os alunos previstos nos itens 3.2.1. e 3.2.2. que atuarem na

Ação Estratégica de que trata este Edital de acordo com a carga horária a ser cumprida.

6.2. É responsabilidade dos estabelecimentos de saúde elencados no item 2.1.5.1., no âmbito da

Ação Estratégica de que trata este Edital, o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) aos

alunos.

6.3. São responsabilidades do Supervisor no âmbito da Ação Estratégica de que trata este Edital:

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6.3.1. A confirmação no sistema "O Brasil Conta Comigo - Acadêmico" - link

http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ , em até 72 (setenta e duas) horas, do recebimento do(s) aluno(s) que se

apresentar(em) no estabelecimento de saúde em até 48 (quarenta e oito) horas da notificação de que trata o

item 5.2.1.3;

6.3.2. O atesto mensal no sistema "O Brasil Conta Comigo - Acadêmico" - link

http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ da carga horária cumprida pelo aluno em atuação na Ação Estratégica de

que trata este Edital;

6.3.3. A capacitação nos protocolos clínicos do Ministério da Saúde durante a Ação Estratégica

de que trata este Edital, enquanto vigorar a declaração de emergência em saúde pública no País;

6.3.4. O monitoramento da frequência dos alunos durante a Ação Estratégica de que trata este

Edital enquanto vigorar a declaração de emergência em saúde pública no País.

6.4. São responsabilidades do aluno no âmbito da Ação Estratégica de que trata este Edital:

6.4.1. A apresentação em até 48 (quarenta e oito) horas no estabelecimento de saúde

correspondente, quando notificado nos termos do item 5.2.1.1.;

6.4.2. A capacitação nos protocolos clínicos do Ministério da Saúde durante a Ação Estratégica

de que trata este Edital, enquanto vigorar a declaração de emergência em saúde pública no País;

6.4.3. O desempenho de sua atuação em conformidade com as orientações do Supervisor

durante a Ação Estratégica de que trata este Edital.

7. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

7.1. Esta Ação Estratégica "Brasil Conta Comigo", caracterizada pela excepcionalidade,

temporariedade e emergência quanto à utilização de serviços de saúde de cunho suplementar por alunos dos

cursos de graduação de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia do sistema federal de ensino, tem

por finalidade o enfrentamento do novo coronavírus e promover uma cobertura assistencial mais

potencializada à população no combate à COVID-19 no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o

País.

7.2. Enquanto vigorar a declaração de emergência em saúde pública no País, o sistema "O Brasil

Conta Comigo - Acadêmico" - link http://sgtes.unasus.gov.br/apoiasus/ permanecerá com acesso aberto para

os procedimentos de adesão, habilitação, cadastramento e eventuais atualizações das respectivas fichas.

7.3. O preenchimento correto de dados e a veracidade das informações prestadas são de

responsabilidade exclusiva dos gestores dos entes e das instituições previstas nos itens 2.1.1.1., 2.1.1.2. e

2.1.2., dos gestores das unidades de saúde previstos nos itens 2.1.5.4. e 2.1.5.5., dos Supervisores previstos

no item 2.2.1.2., e dos alunos previstos nos itens 3.2.1 e 3.2.2., observado o disposto na segunda parte do § 2º

do art. 3º da Lei Federal nº 13.726, de 08 de outubro de 2018.

7.4. É de responsabilidade exclusiva dos gestores dos entes e das instituições previstas nos itens

2.1.1.1., 2.1.1.2. e 2.1.2., dos gestores das unidades de saúde previstos nos itens 2.1.5.4. e 2.1.5.5., dos

Supervisores previstos no item 2.2.1.2., e dos alunos previstos nos itens 3.2.1 e 3.2.2. a verificação periódica

de seus correios eletrônicos e checagem de caixa de spam ou lixo eletrônico para efeito de recebimento de e-

mails e notificações.

7.5. Caberá à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) a

resolução de casos omissos e respectivas alterações neste Edital.

7.6. Esclarecimentos e informações adicionais poderão ser obtidas no endereço eletrônico

[email protected] ou pela central de teleatendimento do Ministério da Saúde - Disque Saúde 136.

7.7. A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS), por meio do

presente Edital, proporciona aos participantes desta Ação Estratégica um ambiente desburocratizado, com a

racionalização de atos e procedimentos, conforme dispõe a Lei nº 13.726, de 8 de outubro de 2018.

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7.8. As despesas decorrentes da concessão de bolsas previstas nos itens 5.2.3.6.1. e 5.2.3.6.2.

serão financiadas com recursos da funcional programática 5018.21C0.6500.CV19.

MAYRA ISABEL CORREIA PINHEIRO

Secretária

DOU em 1º/4/2020, Edição 63, Seção 3, Páginas 88/90

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MINISTÉRIO DA ECONOMIA

SECRETARIA ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

PORTARIA CONJUNTA Nº 555, DE 23 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre a prorrogação do prazo de validade das Certidões

Negativas de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais e à

Dívida Ativa da União (CND) e Certidões Positivas com Efeitos de

Negativas de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais e à

Dívida Ativa da União (CPEND), em decorrência da pandemia

relacionada ao coronavírus (COVID-19).

O SECRETÁRIO ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL E O

PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL, no uso das atribuições que lhes conferem,

respectivamente, o inciso III do art. 327 do Regimento Interno da Secretaria Especial da Receita Federal do

Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de 9 de outubro de 2017, e o art. 82 do Regimento Interno da

Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, aprovado pela Portaria MF nº 36, de 24 de janeiro de 2014, e tendo

em vista o disposto no § 5º do art. 47 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, resolvem:

Art. 1º Fica prorrogada, por 90 (noventa) dias, a validade das Certidões Negativas de Débitos

relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União (CND) e Certidões Positivas com Efeitos

de Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União (CPEND) válidas

na data da publicação desta Portaria Conjunta.

Art. 2º Ficam mantidas as demais disposições da Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 1.751, de 2

de outubro de 2014.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.

JOSÉ BARROSO TOSTES NETO

Secretário Especial da Receita Federal do Brasil

JOSÉ LEVI MELLO DO AMARAL JÚNIOR

Procurador-Geral da Fazenda Nacional

DOU em 24/3/2020, Edição 57, Seção 1, Página 33

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1. RELATÓRIO

2. ANÁLISE

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

Secretaria Nacional do Consumidor

Coordenação Geral de Estudos e Monitoramento de Mercado

Nota Técnica n.º 14/2020/CGEMM/DPDC/SENACON/MJ

PROCESSO Nº 08012.000728/2020-66

INTERESSADO: Sistema Nacional de Defesa do Consumidor

Trata-se de estudo técnico que tem por finalidade tratar dos efeitos jurídicos nas relações de consumo,

especialmente no tocante aos direitos dos consumidores que contrataram serviços com instituições de ensino,

mas que tiverem as aulas suspensas em razão do risco de propagação de Covid-19 - “coronavírus”- declarada

pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

1.1. A presente Nota Técnica decorre, dentre outras causas, da solicitação formulada por meio do

Oficio/FPDC/DEX/Nº 195/2020 (11344673). Referido Oficio foi enviado pela Fundação Procon SP

sobre o tema.

1.2. Fundamentou o presente estudo, além da jurisprudência existente a respeito de mensalidades

escolares, a Nota Técnica produzida pelo Procon RJ (11344681), a Nota Técnica produzida pelo Procon

PE (11344793), além de contribuições enviadas pela Fundação Procon SP e pela ProconsBrasil.

1.3. É o relatório.

As medidas de quarentena adotadas pelo governo federal, por governos estaduais e por prefeituras, impuseram

limitações na capacidade de instituições de ensino, de todos os níveis educacionais, de cumprirem a prestação

de serviços, especialmente no que se refere a realização de aulas presenciais.[1]

2.1. Em função dessas limitações, o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor tem recebido

inúmeras solicitações e dúvidas de pais e responsáveis em relação à prestação dos serviços educacionais

e ao pagamento de mensalidades escolares.

2.2. Inicialmente, é imperioso esclarecer que o Código de Defesa do Consumidor adotou o sistema de

responsabilidade civil baseado na teoria do risco da atividade. Nesta toada, o fornecedor tem a liberdade

de explorar o mercado de consumo, mas também assume o risco de reparar danos em caso de insucesso.

2.3. O Código de Defesa do Consumidor, fundado na teoria do risco da atividade, estabeleceu, para os

fornecedores, como regra geral, a responsabilidade civil objetiva. As excludentes de responsabilidade,

elencada em seu corpo normativo encontram-se estabelecidas no artigo 12, § 3º, no que diz respeito a

produtos e no artigo 14, § 3º, no que se refere a serviços.

2.4. A regra geral, expressamente prevista no Código, é a exclusão da responsabilidade em face das

alternativas estatuídas nos artigos 12, § 3º e 14, § 3º. Contudo, há posicionamentos admitindo as

hipóteses de exclusão de responsabilidades decorrentes de caso fortuito e força maior.

2.5. Como a lei consumerista visa proteger as relações de consumo, ocorrido o fato imprevisível e

inevitável, após a colocação do produto ou serviço no mercado de consumo, haveria a quebra do nexo

causal, e, portanto, não se podendo responsabilizar o fornecedor por evento ao qual não deu causa, nem

tinha como prevê-lo ou evitá-lo.

3

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3.1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, no tocante aos serviços, já tem matéria

sedimentada, admitindo as excludentes de caso fortuito ou força maior. É o que se observa a partir do voto

de E. Ministro Eduardo Ribeiro, que manifestou-se no sentido de: “O fato de o art. 14, § 3º do Código de

Defesa do Consumidor não se referir ao caso fortuito e à força maior, ao arrolar as causas de isenção de

responsabilidade do fornecedor de serviços, não significa que, no sistema por ele instituído, não possam

ser invocados”.

3.2. A adoção da via judicial na discussão dos contratos de prestação de serviços educacionais deve

conduzir, portanto, à alegação de caso fortuito e força maior, o que poderia resultar no cancelamento dos

contratos e em prejuízos enormes para a vida acadêmica de milhares de estudantes.

3.3. Por outro lado, o Covid-19 trouxe imensos desafios às relações de consumo, uma vez que atos de

governo, dentro de sua discricionariedade, acabam por impedir a execução total ou parcial do contrato por

atos alheios ao controle do fornecedor (classificando-se como caso fortuito e força maior, previsto no art.

393 do Código Civil), afetando ambos lados da relação.

3.4. De modo a evitar discussões judiciais em que cada uma das partes traria argumentos jurídicos

consistentes e, sobretudo, o rompimento de contratos estabelecidos em diversos setores da economia, a

Secretaria Nacional do Consumidor tem atuado no sentido de construir soluções negociadas em face da

atual epidemia e das dificuldades operacionais dela decorrentes

3.5. As soluções têm se baseado em dois fundamentos: i) garantir a prestação do serviço, ainda que de

forma alternativa, quando for o caso, como primeira alternativa de solução; ii) garantir ao consumidor

que, nos casos em que não houver outra possibilidade, seja feito o cancelamento ou desconto do contrato

com a restituição parcial ou total dos valores devidos, com uma sistemática de pagamento que preserve o

direito do consumidor mas não comprometa economicamente o prestador de serviço.

3.6. O primeiro fundamento vem do entendimento de que, se houver meios de efetuar a prestação de

serviço com qualidade equivalente ou semelhante àquela contratada inicialmente, essa é a melhor

alternativa. No caso da prestação de serviços educacionais, isso significa: a) oferecer as aulas

presenciais em período posterior, com a consequente modificação do calendário de aulas e de férias ou; b)

oferecer a prestação das aulas na modalidade à distância, garantida o seu adimplemento nos termos da

legislação vigente do Ministério da Educação que prevê carga horária mínima e cumprimento do conteúdo

estabelecido.

3.7. Nos dois casos, fica evidente que não é cabível a redução de valor das mensalidades, nem a

postergação de seu pagamento. É preciso ter claro que as mensalidades escolares são um parcelamento

definido em contrato, de modo a viabilizar uma prestação de serviço semestral ou anual. O pagamento

poderia ocorrer em parcela única, ou em número reduzido de parcelas, mas essas opções tornariam mais

difícil o pagamento pela maior parte das famílias.

3.8. Assim, opta-se por um pagamento parcelado, ao longo do semestre ou do ano, usualmente com

periodicidade mensal. Essa questão é importante porque o pagamento corresponde a uma prestação de

serviço que ocorrerá ao longo do ano. Não faz sentido, nessa lógica, abater das mensalidades uma

eventual redução de custo em um momento específico em função da interrupção das aulas, pois elas terão

que ser repostas em momento posterior e o custo ocorrerá de qualquer forma.

3.9. Por esse motivo, nem o diferimento da prestação das aulas, nem sua realização na modalidade à

distância obrigam a instituição de ensino a reduzir os valores dos pagamentos mensais ou a aceitarem a

postergação desses pagamentos. Muito menos, em tese, ensejariam o cancelamento imotivado do

negócio jurídico. Vale lembrar que o pagamento é parte da obrigação contratual assumida pelos

responsáveis e é condição para que os alunos tenham direito à reposição das aulas em momento posterior.

Parar o pagamento poderia ser tratado como quebra de contrato, sujeitando os responsáveis ao

cancelamento da prestação do serviço e a eventuais multas previstas.

4

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3. RECOMENDAÇÃO

4.1. Além disso, vale repetir, o fato de as instituições de ensino não estarem arcando com certos

custos em função da interrupção das aulas não autoriza a exigência de desconto nas mensalidades, uma

vez que as aulas serão repostas em momento posterior e os custos se farão presentes ou serão necessários

novos investimentos tecnológicos em função da disponibilização das aulas na modalidade à distância.

4.2. No caso de prestação do serviço em momento posterior, se as aulas forem repostas nos períodos

tradicionais de férias, não será possível aos estabelecimentos de ensino efetuarem cobranças adicionais

por esse motivo, uma vez que os pagamentos foram realizados normalmente e foram recebidos

antecipadamente pelas escolas/instituições de ensino.

4.3. Se houver uma prorrogação do período de quarentena, de modo a inviabilizar a prestação do serviço

em momento posterior no ano corrente, será necessário ajustar o contrato, com base na previsão de

prestação dos serviços. Como bem indica a nota técnica do Procon RJ, se for “um contrato de prestação

de serviço continuado, inviabilizado pelas medidas de isolamento, o consumidor pode, por exemplo,

propor que o valor por ele pago no período de suspensão dos serviços, seja integral ou parcial, seja

abatido posteriormente, por meio de descontos ou bolsas”. É o caso, por exemplo, dos contratos

referentes à educação infantil, em que não se trata especificamente de cumprimento de conteúdo

acadêmico, mas sim de atividades de desenvolvimento e de acompanhamento da socialização da criança.

4.4. Em relação ao segundo fundamento, fornecer ao consumidor todas as informações disponíveis

para a tomada de sua decisão de forma consciente e autônoma, muito importante que as instituições de

ensino criem ou ampliem seus canais de atendimento ao consumidor, oferecendo todas as informações

necessárias à tomada de decisão, seja ela qual for.

4.5. Nesse sentido, muito importante que as alternativas propostas pela instituição de ensino estejam

acompanhadas de fundamentação normativa que garanta o aval do Ministério da Educação à solução

proposta. Nesse sentido, cabe ressaltar que certos cursos superiores – como os da área de saúde, por

exemplo – que exigem atividades práticas, não poderão ter suas atividades efetuadas pela modalidade

não presencial. Assim, é necessário oferecer soluções de postergação dessas atividades, cumprindo-se a

carga horária obrigatória.

4.6. Vale destacar a possibilidade de utilização da plataforma Consumidor.gov.br como canal de busca

de soluções, especialmente para redes de ensino de abrangência nacional ou com atuação em diferentes

estados. Nesse sentido, recomenda-se aos grandes grupos educacionais que façam sua adesão à

plataforma Consumidor.gov.br para facilitar uma solução equilibrada entre as partes considerando o

momento atípico que estamos enfrentando.

4.7. Importante, também, que as instituições de ensino possam oferecer informações sobre a evolução

das medidas de quarentena e sobre as medidas de prevenção da doença, sempre tendo como fonte os canais

oficiais do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por fim, durante

a epidemia em curso, entende-se que apenas nos casos em que não houver outra possibilidade de

recuperação da aula ou utilização de métodos on line, seja feito o cancelamento do contrato ou pedido de

desconto proporcional com a restituição total ou parcial dos valores devidos, com uma sistemática de

pagamento que preserve o direito do consumidor mas não comprometa economicamente o prestador de

serviço diante dos efeitos sistêmicos que possam inviabilizar a futura continuidade da prestação de

serviços.

5

Diante do contexto imprevisível que todas as relações de consumo estão enfrentando em razão do Covid-19

(coronavírus), a Senacon por meio do Departamento de Proteção e Defesa da Consumidor - DPDC recomenda

que consumidores evitem o pedido de desconto de mensalidades a fim de não causar um desarranjo nas

escolas que já fizeram sua programação anual, o que poderia até impactar o pagamento de salário de

professores, aluguel, entre outros.

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3.1. Sendo assim, as entidades de defesa do consumidor devem buscar tentativa de conciliação entre

fornecedores e consumidores no mercado de ensino para que ambos cheguem a um entendimento acerca de

qualquer uma das formas de encaminhamento da solução do problema sugeridas acima (oferta de

ferramentas online e/ou recuperação das aulas, entre outras), sem que haja judicialização do pedido de

desconto de mensalidades, possibilitando a prestação de serviço de educação de acordo com as diretrizes

do Ministério da Educação.

3.2. Neste contexto, e no mesmo sentido das orientações da ProconsBrasil e do Procon do Pernambuco,

caso a decisão do consumidor seja de cancelamento do contrato de prestação de serviços educacionais -

o que, repete-se, não parece a melhor solução para um entendimento do tema-, nossa orientação é para

que sejam exauridas as tentativas de negociação do rompimento contratual, de modo a minimizar danos

para todos os envolvidos na relação contratual de consumo, seguindo, nesse ponto a orientação adotada

pelo Procon-SP, no sentido de sugerir que eventual reembolso de valores pela instituição educacional

ocorra em momento posterior ao encerramento da atual quarentena e das medidas de combate à epidemia.

Tal recomendação busca evitar que o cancelamento dos contratos e a obrigação de reembolso comprometa

a situação econômico-financeira das instituições de ensino e, desse modo, possa comprometer o

cumprimento dos demais contratos com outros consumidores.

ANDREY VILAS BOAS DE

FREITAS

Coordenador Geral de Estudos e Monitoramento de

Mercado

JULIANA OLIVEIRA

DOMINGUES

Diretora do Departamento de Proteção e Defesa do

Consumidor

[1] Exemplo disso foi o Decreto nº 40.520, de 14 de março de 2020, do governador do Distrito Federal, que

suspendeu as atividades educacionais em todas as escolas, universidades e faculdades, das redes de ensino pública

e privada, por quinze dias a contar de sua publicação. Esse decreto foi depois revogado pelo Decreto nº 40.550, de

23 de março de 2020, que ampliou a suspensão até 5 de abril de 2020.

Documento assinado eletronicamente por Juliana Oliveira Domingues, Diretor(a) do Departamento de Proteção e Defesa do

Consumidor, em 25/03/2020, às 23:53, conforme o § 1º do art. 6º e art. 10 do Decreto nº 8.539/2015.

Documento assinado eletronicamente por Andrey Vilas Boas de Freitas, Coordenador(a)-Geral de

Estudos e Monitoramento de Mercado, em 26/03/2020, às 00:01, conforme o § 1º do art. 6º e art. 10 do

Decreto nº 8.539/2015.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.autentica.mj.gov.br informando o código

verificador 11344683 e o código CRC 9B50855E

O trâmite deste documento pode ser acompanhado pelo site http://www.justica.gov.br/acesso-a-

sistemas/protocolo e tem validade de prova de registro de protocolo no Ministério da Justiça e Segurança

Pública.

FONTE: https://www.novo.justica.gov.br/news/coronavirus-senacon-divulga-nota-tecnica-com-orientacoes-sobre-relacao-entre-

consumidores-e-instituicoes-educacionais/sei_08012-000728_2020_66.pdf/view

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CONSELHOS PROFISSIONAIS

MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA EM RELAÇÃO À PANDEMIA DE

COVID-19

Diante da crise da COVID-19 e do impasse existente entre o posicionamento do

Excelentíssimo Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e o dos governadores e do Congresso

Nacional, com respeito às condutas que têm sido adotadas na prevenção e no combate a essa epidemia no

Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) solicita que todos continuem a apoiar as medidas

preconizadas pelo Ministério da Saúde, desde o início dessa pandemia no País, por serem de ordem

técnico-científicas e baseadas nas experiências de outros países, que também estão sofrendo com esta

doença.

É necessário que não haja, por parte dos governos e do Congresso Nacional, a politização

dessa situação grave, sob pena de que as consequências desse impasse recaiam, diretamente, sobre a

população brasileira, com maior número de infectados e possível aumento exponencial no total de mortes.

Ressalte-se que o País está enfrentando o início da epidemia de COVID-19 e que o pior ainda

está por vir, levando-se em conta que o gráfico epidemiológico dessa infecção no Brasil apresenta curva

ascendente, sendo indicativo de que grande número de pessoas serão infectadas e podem morrer em

função da doença.

Todos - Governo Federal, governadores e Congresso Nacional – devem superar aspectos

políticos, que têm prevalecido em seus respectivos posicionamentos nas últimas horas, e adotar as

orientações emanadas pelo Ministério da Saúde, cuja conduta tem sido irrepreensível, até o momento, na

definição de estratégias e ações para enfrentar essa pandemia, que se apresenta como a maior crise da

saúde na história do Brasil.

O Conselho Federal de Medicina enaltece a atuação dos médicos brasileiros, que, neste difícil

momento, empenham todos os esforços para ajudar a população e ao Governo a dar a melhor assistência aos

que padecem da COVID-19 e suas complicações. Recomenda-se, portanto, que permaneçam em seus

postos de trabalho, porque é nesta posição que poderão exercer a função mais relevante de suas

existências: o papel de guardiões da vida.

Exige-se, ainda, que governadores e autoridades sanitárias garantam aos médicos e outros

profissionais de saúde a segurança necessária para que possam desempenhar seu trabalho, como a oferta

dos indispensáveis equipamentos de proteção individual (EPIs), leitos hospitalares de retaguarda, unidades

de terapia intensiva e ventiladores em número suficiente para atender à demanda.

Finalmente, o Conselho Federal de Medicina se coloca à disposição das autoridades, dentro de

suas competências legais, para contribuir nas discussões em busca de soluções adequadas e necessárias,

visando diminuir o impacto dessa terrível doença – a COVID-19 – na população brasileira.

Brasília (DF), 25 de março de 2020.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

Conselho Federal de Medicina Veterinária

PORTARIA Nº 36, DE 19 DE MARÇO DE 2020

Adota medidas preventivas complementares voltadas à redução dos

riscos de contaminação com o coronavírus (COVID-19).

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O PRESIDENTE E O SECRETÁRIO-GERAL DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

VETERINÁRIA (CFMV), no uso das atribuições lhes conferidas pelos incisos II e VI, artigo 7°, e inciso II,

artigo 9º, da Resolução CFMV n° 856, de 30 de março de 2007;

considerando a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela

Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo

coronavírus (COVID-19);

considerando a Portaria nº 188/GM/MS, de 4 de fevereiro de 2020, que Declara Emergência em

Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), em decorrência da Infecção Humana pelo novo

coronavírus (2019-nCoV);

considerando a mensagem presidencial sobre o estado de calamidade pública (MSG 93/2020), a

respectiva aprovação pela Câmara dos Deputados e a realização, em 20/3/2020, de reunião no Senado

especialmente convocada para votar o Projeto de Decreto-legislativo nº 88/2020;

considerando que, dentre as medidas preventivas apresentadas pelas autoridades sanitárias para

redução dos riscos de contaminação com o coronavírus (COVID-19), têm sido intensificadas aquelas

voltadas a reduzir ao máximo a aglomeração de pessoas;

considerando que o Governo do Distrito Federal, a partir dos diagnósticos positivos para o

COVID-19, tem editado sucessivos Decretos (40.475, de 28/2/2020; 40.520, de 14/3/2020; 40.528, de

17/3/2020; e 40.529, de 18/3/2020) voltados a prevenir, controlar e conter riscos, danos e agravos à saúde

pública e, com isso, evitar a disseminação da enfermidade no Distrito Federal;

considerando que os Decretos distritais têm, gradativamente, limitado e impedido o

funcionamento e acesso a espaços públicos, bem como restringido o funcionamento de espaços privados;

considerando que a medida mais eficaz para evitar a propagação do vírus é a prevenção, tendo o

Poder Público o dever de agir diante da situação que ora se apresenta;

RESOLVEM:

Art. 1º Estabelecer, em caráter temporário e excepcional, procedimentos para trabalho remoto

com o fim de contribuir com as ações e medidas oficiais voltadas à mitigação dos riscos decorrentes da

doença causada pelo COVID-19.

Art. 2º Enquadram-se neste ato os empregados efetivos e comissionados, bem como estagiários,

cujas atividades possam ser realizadas remotamente.

Art. 3º Compete ao gestor de cada unidade organizacional do CFMV, considerada a situação

excepcional vivenciada e tendo como premissa o mínimo prejuízo à continuidade do serviço público

prestado, identificar:

I - as atividades, ações, processos e/ou projetos passíveis de suspensão ou interrupção

extraordinária;

II – as atividades, ações, processos e/ou projetos que não possam ter solução de continuidade;

§ 1º Os empregados e estagiários envolvidos ou responsáveis pelo disposto no inciso I:

I - estarão dispensados do trabalho, sem a necessidade de compensação de jornada e sem

prejuízo da remuneração;

II – embora dispensados do trabalho, podem ser contatados no horário de expediente do CFMV

para fins de, se necessário, comparecimento à sede para execução de atividades institucionais urgentes;

III – embora dispensados do trabalho, no caso de cessação do risco epidemiológico antes de 21

de abril de 2020, deverão retornar às atividades.

§ 2º Os empregados e estagiários envolvidos ou responsáveis pelo disposto no inciso II deste

artigo terão direito ao trabalho remoto, observado o disposto no artigo 4º desta Portaria.

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Art. 4º O empregado envolvido em atividades, ações, processos e/ou projetos que possam ser

realizadas remotamente, para se valer do disposto nesta Portaria:

I - responsabiliza-se por possuir o equipamento tecnológico (tais como desktop ou notebook) e

estrutura física (internet) suficiente ao respectivo desempenho;

II - compromete-se a, se necessário e em periodicidade a ser definida pela respectiva chefia,

comparecer à sede do CFMV para retirada e entrega dos processos e demandas;

III - compromete-se a, dentro do horário regular de expediente do CFMV e observadas as

respectivas jornadas, executar as atividades lhe repassadas pelos chefes imediatos;

IV - compromete-se a, dentro do horário regular de expediente do CFMV, conforme respectivas

jornadas, acessar a respectiva conta de e-mail institucional;

V – declara ciência de que deverá comparecer à sede do CFMV quando necessária a execução

de atividade presencial;

VI – declara ciência expressa da natureza excepcional e provisória do trabalho remoto;

VII - a retirada de processos e demais documentos das dependências do CFMV, quando

necessário, somente mediante registro via e-mail dirigido à chefia imediata, responsabilizando-se pela

custódia e devolução ao término do trabalho ou quando solicitado pela chefia imediata, diretor do

departamento ou chefe de gabinete;

VIII - preservar, nos termos da lei, o sigilo dos assuntos do departamento ou gabinete, das

informações contidas em processos e documentos sob sua custódia e dos dados acessados de forma remota,

mediante observância das normas vigente de segurança da informação e da comunicação;

IX - dada a excepcionalidade da medida, o trabalho remoto não constitui direito subjetivo do

empregado público.

§ 1º O empregado, para se valer do disposto neste artigo, deve assinar declaração específica,

conforme Anexo Único.

§ 2º Fica vedada a convocação para realização de horas extraordinárias.

§ 3º O Departamento de Tecnologia da Informação (Detin) deverá prover, se necessário, os

acessos para o desenvolvimento das atividades de forma remota.

Art. 5º A participação do empregado na modalidade de trabalho remoto tem caráter temporário e

excepcional e os procedimentos tratados nesta Portaria vigorarão até 21 de abril de 2020.

Parágrafo único. A depender do avanço ou regresso do cenário sanitário, o prazo definido no

caput deste artigo pode ser prorrogado ou antecipado.

Art. 6º Compete aos Assessores, Diretores e Chefes de Unidades e Departamentos deste CFMV

o monitoramento e avaliação quinzenais do cenário sanitário com vistas a subsidiar a adoção de novas

providências.

Art. 7º Esta portaria entra em vigor na data da respectiva assinatura e revoga a Portaria nº 35, de

17 de março de 2020.

FRANCISCO CAVALCANTI DE ALMEIDA

Presidente

CRMV-SP nº 1012

HELIO BLUME

Secretário-Geral

CRMV-DF nº 1551

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ANEXO ÚNICO DA PORTARIA Nº 36, DE 19 DE MARÇO DE 2020

Declaração (artigo 4º) Eu, ____________________, declaro ciência dos termos da Portaria nº

36/2020, e concordância com o definido e exigido em seu artigo 4º, a saber:

“I - responsabiliza-se por possuir o equipamento tecnológico (tais como desktop ou notebook) e

estrutura física (internet) suficiente ao respectivo desempenho;

II - compromete-se a, se necessário e em periodicidade a ser definida pela respectiva chefia,

comparecer à sede do CFMV para retirada e entrega dos processos e demandas;

III - compromete-se a, dentro do horário regular de expediente do CFMV e observadas as

respectivas jornadas, executar as atividades lhe repassadas pelos chefes imediatos;

IV - compromete-se a, dentro do horário regular de expediente do CFMV, conforme respectivas

jornadas, acessar a respectiva conta de e-mail institucional;

V – declara ciência de que deverá comparecer à sede do CFMV quando necessária a execução

de atividade presencial;

VI – declara ciência expressa da natureza excepcional e provisória do trabalho remoto; VII - a

retirada de processos e demais documentos das dependências do CFMV, quando necessário, somente

mediante registro via e-mail dirigido à chefia imediata, responsabilizando-se pela custódia e devolução ao

término do trabalho ou quando solicitado pela chefia imediata, diretor do departamento ou chefe de gabinete;

VIII - preservar, nos termos da lei, o sigilo dos assuntos do departamento ou gabinete, das

informações contidas em processos e documentos sob sua custódia e dos dados acessados de forma remota,

mediante observância das normas vigente de segurança da informação e da comunicação;

IX - dada a excepcionalidade da medida, o trabalho remoto não constitui direito subjetivo do

empregado público.

§ 1º O empregado, para se valer do disposto neste artigo, deve assinar declaração específica,

conforme Anexo Único.

§ 2º Fica vedada a convocação para realização de horas extraordinárias.

§ 3º O Departamento de Tecnologia da Informação (Detin) deverá prover, se necessário, os

acessos para o desenvolvimento das atividades de forma remota.”.

Brasília, ___ de _________ de 2020.

_________________

Nome/matrícula

FONTE: http://portal.cfmv.gov.br/lei/index/id/1156

Conselho Federal de Medicina Veterinária

RESOLUÇÃO Nº 1.312, DE 19 DE MARÇO DE 2020

Define, ad referendum do Plenário do CFMV, medidas emergenciais

para mitigação dos riscos decorrentes da doença causada pelo

COVID-19.

O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - CFMV -,

no uso das atribuições definidas no inciso XXIII, artigo 7º, do Regimento Interno (Resolução CFMV nº 856,

de 30 de marco de 2020), e na alínea 'f', artigo 16, da Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968; considerando

que diante do avanço do COVID-19, a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 11 de março de 2020,

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classificou a situação mundial como pandemia, ou seja, o risco potencial da doença infecciosa atingir a

população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como

transmissão interna; considerando a Portaria nº 188/GM/MS, de 4 de fevereiro de 2020, que Declara

Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), em decorrência da Infecção Humana pelo

novo coronavírus (2019-nCoV);considerando a mensagem presidencial sobre o estado de calamidade pública

(MSG 93/2020), a respectiva aprovação pela Câmara dos Deputados e a realização, em 20/3/2020, de

reunião no Senado especialmente convocada para votar o Projeto de Decreto-legislativo nº 88/2020;

considerando que, dentre as medidas preventivas apresentadas pelas autoridades sanitárias para redução dos

riscos de contaminação com o coronavírus (COVID-19), têm sido intensificadas aquelas voltadas a reduzir

ao máximo a aglomeração de pessoas; considerando que os Decretos estaduais e municipais têm,

gradativamente, limitado e impedido o funcionamento e acesso a espaços públicos, bem como restringido o

funcionamento de espaços privados; considerando que a medida mais eficaz para evitar a propagação do

vírus é a prevenção, tendo o Poder Público o dever de agir diante da situação que ora se apresenta; resolve:

Art. 1º Determinar, no âmbito do Sistema CFMV/CRMVs, a suspensão até 30 de abril de 2020:

I - da contagem dos prazos para oferecimento de defesas e interposição de recursos em autos de

infração e/ou autos de multa, nos termos da Resolução CFMV nº 672, de 2000;

II - da contagem dos prazos em processos ético-disciplinares, nos termos da Resolução CFMV

nº 875, de 2007;

Parágrafo único. O prazo de suspensão definido no caput, a depender da evolução do cenário

sanitário, poderá ser prorrogado.

Art. 2º Recomendar aos CRMVs, observadas e respeitadas as determinações das autoridades

competentes:

I - a interrupção do atendimento presencial;

II - a suspensão e oportuna redesignação de datas para audiências em processos ético-

disciplinares e sessões de julgamento;

III - a suspensão da realização de reuniões presenciais, inclusive Sessões Plenárias e de

Julgamento, eventos e demais solenidades.

§ 1ºNa hipótese de interrupção total ou parcial do atendimento presencial, os CRMVs devem

dar ampla publicidade quanto aos horários e meios de atendimento.

§ 2º Observadas as ações, alertas e recomendações das autoridades de saúde e de segurança

federais, estaduais e municipais, os CRMVs devem instituir medidas preventivas voltadas à contenção dos

riscos, danos e agravos à saúde pública, de modo a evitar a disseminação local da enfermidade.

Art. 3º Compete aos Assessores, Diretores e Chefes de Unidades e Departamentos deste CFMV

o monitoramento e avaliação quinzenais do cenário sanitário com vistas a subsidiar a adoção de novas

providências.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no DOU.

FRANCISCO CAVALCANTI DE ALMEIDA

Presidente do Conselho

HELIO BLUME

Secretário-Geral

DOU em 20/3/2020, Edição 55, Seção 1, Página 330

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CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL

PORTARIA Nº 151, DE 19 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre a criação do Cadastro Nacional de Profissionais

Voluntários (CNPV) para o enfrentamento da crise provocada pela

pandemia da COVID-19.

O Presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO, no uso de

suas atribuições legais e disposições regulamentares, conferidas pela Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de

1975;

CONSIDERANDO a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 11 de

março de 2020, como pandemia o novo coronavírus - COVID-19;

CONSIDERANDO a competência legal estatuída na norma do art. 5º, inciso II, da Lei Federal

nº 6.316/75;

CONSIDERANDO a gravidade e rapidez com que a epidemia se espalhou em diversos países e

no Brasil, resolve:

Artigo 1º Estabelecer plano de resposta para o enfretamento da emergência de saúde pública

decorrente do novo coronavírus no âmbito do Sistema COFFITO/CREFITOs, com a criação da Rede

Nacional de apoio Sistema de Saúde.

Artigo 2º O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional manterá o Cadastro

Nacional de Profissionais Voluntários (CNPV), que se coloquem a disposição dos hospitais da rede pública

de saúde, na qualidade de voluntários, para atuarem nos hospitais públicos que venham a necessitar de maior

assistência fisioterapêutica e ou terapêutica ocupacional.

§ 1º Os profissionais deverão indicar a disponibilidade, a cidade e a carga horária que desejam

realizar sua atividade voluntária.

§ 2º Fica vedada a realização de carga horária superior a 30 (trinta) horas semanais nos serviços

vinculados a esta portaria.

§ 3º Para a formação do Cadastro Nacional de Profissionais Voluntários o profissional

voluntário deverá preencher no sítio eletrônico do COFFITO formulário específico para que integre a Rede

Nacional de Profissionais Voluntários no combate a COVID-19.

§ 4º O serviço voluntário é de grande relevância e será certificado pelo Conselho Federal de

Fisioterapia e Terapia Ocupacional, podendo o profissional voluntário ser contemplado com benefício de

natureza fiscal no exercício seguinte, a depender de decisão do Plenário do COFFITO quanto ao percentual

de desconto na forma da Lei nº 12.514/2011.

§ 5º O desconto concedido ao profissional voluntário será suportado integralmente pelo

COFFITO, a ser regulada a subvenção oportunamente.

Artigo 3º A referida portaria será informada ao Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde

dos Estados e do Distrito Federal, que decidirão se haverá ou não a convocação dos profissionais voluntários

e inscritos no Cadastro Nacional de Profissionais Voluntários (CNPV) do Sistema COFFITO/CREFITOS.

Artigo 4º A presente portaria será submetida ao referendo do Plenário do COFFITO na primeira

oportunidade que seja possível a realização de reunião plenária.

Artigo 5º Esta portaria reger-se-á pelo disposto na Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, e

entra em vigor na data de sua assinatura.

ROBERTO MATTAR CEPEDA

DOU em 20/3/2020, Edição 55, Seção 1, Página 330

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CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA

PORTARIA Nº 1, DE 27 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre o Cadastro Nacional de Profissional Voluntário do

Conselho Federal de Biomedicina – CFBM

O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA - CFBM, no exercício de

suas atribuições legais e regimentais que lhe confere o inciso II do artigo 10 da Lei nº 6.684, de 03 de

Setembro de 1979, a modificação contida na Lei 7.017, de 30 de Agosto de 1982, e o disposto no inciso III

do artigo 12 do Decreto nº 88.439, de 28 de junho de 1983, Considerando o plano de enfrentamento do

Covid-19, pelo Ministério da Saúde, elaborado no sentido de estabelecer condições de enfrentamento e a

necessidade premente de envidar todos os esforços em reduzir a transmissibilidade e oportunizar manejo

adequado dos casos na rede de atenção primária à saúde e dos casos graves na rede de urgência/emergência e

hospitalar;

Considerando que profissional Biomédico pela sua graduação pode colaborar e dar efetividade

às medidas de saúde para resposta à pandemia;

Considerando que o covid-19, vem causando apreensão e dificuldades à população em geral, e

que em muitas situações o atendimento ocorre em regiões de difícil acesso ou local onde ainda não está

alocado o recurso para o respectivo serviço;

Considerando que a Constituição Federal de 1988, estabeleceu que o Estado Democrático,

destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o

desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, fundada na

harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, o plenário do Conselho Federal resolve:

Art. 1º Agregar ao Ministério da Saúde, no sentido de estabelecer e disponibilizar profissionais

da Biomedicina, a fim de colaborarem para amenizar os efeitos da pandemia do covid-19.

Art. 2º O Conselho Federal de Biomedicina - CFBM, em suas atividades e atribuições, cria a

rede nacional de cadastro nacional do profissional Biomédico voluntário, devendo livremente colocar-se à

disposição do Governo Federal, Estadual e Municipal, a fim de prestar serviço em sua respectiva área de

formação.

Art. 3º Aos profissionais Biomédicos, de modo livre, que desejarem se cadastrarem, deverão

comunicar através do sito do respectivo Conselho Regional de Biomedicina- CRBM, em que se encontra

inscrito, o local e data em que vão realizar suas atividades e a respectiva área de trabalho no combate ao

covid-19.

Art. 4º Quanto ao trabalho voluntário, a carga horária será de responsabilidade exclusiva do

profissional Biomédico; não podendo ser menos de 20 horas semanais.

Art. 5º Esta portaria, após publicação, será enviada ao Ministério da Saúde, para que tome

conhecimento, bem como, aos Secretários de Saúde de todos os Estados e Municípios ficando a convocação

a critérios das Secretarias Estaduais e Municipais, devendo os Conselhos Regionais de Biomedicina dar

conhecimento desta portaria aos secretários de saúde do respectivo Estado de jurisdição e Município.

Art. 6º Esta portaria, regula-se em conformidade com o estatuído pela Lei Federal nº 9.608, de

18 de fevereiro de 1998.

Art. 7º Esta portaria entra em vigor a partir de sua publicação.

SILVIO JOSÉ CECCHI

DOU em 31/3/2020, Edição 62, Seção 1, Página 84

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CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

RESOLUÇÃO Nº 4, DE 26 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre regulamentação de serviços psicológicos prestados por

meio de Tecnologia da Informação e da Comunicação durante a

pandemia do COVID-19.

A PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso das atribuições

legais que lhe são outorgadas pela Lei 5.766, de 20 de dezembro de 1971;

CONSIDERANDO a declaração de pandemia de COVID-19, doença causada pelo novo

Coronavírus - Sars-Cov-2, realizada pela Organização Mundial de Saúde - OMS em 11 de março de 2020;

CONSIDERANDO os meios de Tecnologia da Informação e da Comunicação como recurso

para trabalho remoto;

CONSIDERANDO a Resolução CFP nº 10, de 21 de julho de 2005, que estabelece o Código de

Ética Profissional do Psicólogo;

CONSIDERANDO a Resolução CFP nº 11, de 11 de maio de 2018, que regulamenta a

prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologias da informação e da comunicação e

revoga a Resolução CFP Nº 11, de 2012; resolve:

Art. 1º Esta Resolução regulamenta os serviços psicológicos prestados por meios de tecnologia

da informação e da comunicação durante o período de pandemia do COVID-19.

Art. 2º É dever fundamental do psicólogo conhecer e cumprir o Código de Ética Profissional

estabelecido pela Resolução CFP nº 10, de 21 de julho de 2005, na prestação de serviços psicológicos por

meio de tecnologias da comunicação e informação.

Art. 3º A prestação de serviços psicológicos referentes a esta Resolução está condicionada à

realização de cadastro prévio na plataforma e-Psi junto ao respectivo Conselho Regional de Psicologia -

CRP.

§ 1º O psicólogo deverá manter o próprio cadastro atualizado.

§ 2º O psicólogo poderá prestar serviços psicológicos por meios de Tecnologia da Informação e

da Comunicação até emissão de parecer do respectivo CRP.

I - Da decisão de indeferimento do cadastro pelo CRP cabe recurso ao CFP, no prazo de 30 dias;

II - O recurso para o CFP terá efeito suspensivo, de modo que o psicólogo poderá prestar o

serviço até decisão final do CFP;

III - A ausência de recurso implicará no impedimento e interrupção imediata da prestação do

serviço;

IV - Na hipótese de ausência de recurso ou de decisão final do CFP confirmando o

indeferimento do cadastro pelo CRP, o psicólogo fica impedido de prestar serviços psicológicos por meio de

tecnologias da comunicação e informação até a aprovação de novo requerimento de cadastro pelo CRP.

V - Incorrerá em falta ética o psicólogo que prestar serviços psicológicos por meio Tecnologia

da Informação e da Comunicação após indeferimento do CFP.

Art. 4º Ficam suspensos os Art. 3º, Art. 4º, Art. 6º, Art. 7º e Art. 8º da Resolução CFP nº 11, de

11 de maio de 2018, durante o período de pandemia do COVID19 e até que sobrevenha Resolução do CFP

sobre serviços psicológicos prestados por meios de tecnologia da informação e da comunicação.

ANA SANDRA FERNANDES ARCOVERDE NOBREGA

DOU em 30/3/2020, Edição 61, Seção 1, Página 251

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COMENTÁRIOS

PORTARIA MEC N° 356/2020 E PORTARIA MS N° 492/2020

ATUAÇÃO DE ESTUDANTES DE CURSOS DE SAÚDE NO COMBATE À PANDEMIA DA

COVID-19

Recentemente, foram publicadas as portarias n° 356/2020, do Ministério da Educação (Dispõe

sobre a atuação dos alunos dos cursos da área de saúde no combate à pandemia do COVID-19 (coronavírus))

e a n° 492/2020, do Ministério da Saúde (Institui a Ação Estratégica "O Brasil Conta Comigo", voltada aos

alunos dos cursos da área de saúde, para o enfrentamento à pandemia do coronavírus (COVID-19)), sendo

certo que é fundamental interpretar as duas normas de forma integrada, motivo por que consideramos

oportuno apresentar as seguintes

OBSERVAÇÕES

aos clientes do ILAPE, no que diz respeito à questão da atuação dos estudantes de cursos da área da saúde no

combate à pandemia da COVID-19.

Estas observações serão limitadas a buscar entender a participação dos estudantes dos cursos de

saúde mencionados nas referidas portarias nas ações de combate à pandemia da COVID-19, a partir da

interpretação conjunta de tais normas.

O primeiro aspecto a ser ressaltado, portanto, é a possibilidade aberta, pelo artigo 1º da Portaria n°

356/2020, da participação dos alunos regularmente matriculados nos dois últimos anos dos cursos de

Medicina e no último ano dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia das instituições integrantes do

sistema federal de ensino, de realizar o estágio curricular obrigatório em unidades básicas de saúde, unidades

de pronto atendimento, rede hospitalar e comunidades, como oportunamente especificado pelo Ministério da

Saúde, verbis:

“Art. 1º Fica autorizada aos alunos regularmente matriculados nos dois últimos

anos do curso de medicina, e do último ano dos cursos de enfermagem, farmácia e

fisioterapia do sistema federal de ensino, definidos no art. 2º do Decreto nº 9.235, de 15

de dezembro de 2017, em caráter excepcional, a possibilidade de realizar o estágio

curricular obrigatório em unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento,

rede hospitalar e comunidades a serem especificadas pelo Ministério da Saúde, enquanto

durar a situação de emergência de saúde pública decorrente do COVID-19

(coronavírus), na forma especificada na presente portaria.”

O aspecto essencial contido, logo no inicio dos dispositivos trazidos pela Portaria n° 356/2020,

portanto, é que a atuação dos estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia nas

ações de combate à pandemia da COVID-19 é uma possibilidade, ou seja, a referida norma não impõe a

realização do estágio curricular obrigatório desses estudantes nos ambientes especificados.

Os demais dispositivos da Portaria n° 356/2020 tratam das questões ligadas à atuação desses

estudantes, sendo ainda relevante destacar a previsão de que, para os estudantes que optem pela participação

nas ações de combate à pandemia da COVID-19 nas atividades de seu estágio curricular obrigatório, terão as

horas dedicadas a esta atuação computadas como substitutas das horas do estágio originário, exclusivamente

em relação à sua atuação nas áreas de saúde previstas na normativa em comento, nos termos de seu artigo 2°:

“Art. 2º Os alunos de medicina que participarem deste esforço de contenção da

pandemia do COVID-19 deverão atuar exclusivamente nas áreas de clínica médica,

pediatria e saúde coletiva, no apoio às famílias e aos grupos de risco, de acordo com as

especificidades do curso.

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§ 1º Nos cursos de fisioterapia, enfermagem e farmácia, os alunos atuarão em

áreas compatíveis com os estágios e as práticas específicas de cada curso.

§ 2º A atuação dos alunos deverá ser supervisionada por profissionais da saúde

com registro nos respectivos conselhos profissionais competentes, bem como sob

orientação docente realizada pela Universidade Aberta do SUS - UNA-SUS,

preferencialmente.

§ 3º As instituições de ensino deverão utilizar a carga horária dedicada pelos

alunos neste esforço de contenção da pandemia como substituta de horas devidas em

sede de estágio curricular obrigatório, proporcionalmente ao efetivamente cumprido, e

apenas nas áreas de saúde previstas nesta Portaria.

§ 4º A UNA-SUS deverá emitir certificado da participação do aluno no esforço de

contenção da pandemia do COVID-19, com a respectiva carga horária.

§ 5º A atuação dos alunos é de caráter relevante e deverá ser considerada na

pontuação para ingresso nos cursos de residência.

§ 6º A realização do estágio obrigatório na área de clínica médica, pediatria e

saúde coletiva não desobriga o aluno de cumprir a carga horária prevista para o estágio

em outras áreas, caso mencionadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso e

não relacionadas ao COVID-19 (coronavírus), que deverão ser cursadas normalmente

pelo aluno de acordo com o projeto pedagógico do curso ao qual o aluno está

matriculado e na forma estipulada pela instituição de ensino.”

Por derradeiro, o artigo 3º da Portaria n° 356/2020 estabelece, de forma lógica, que caberá ao

Ministério da Saúde, mediante articulação com os órgãos de saúde dos Estados, Distrito Federal e

Municípios, disciplinar os processos de seleção e alocação dos alunos que se disponham a participar das

ações de combate à pandemia da COVID-19:

“Art. 3º A seleção e a alocação dos alunos serão disciplinadas por ato próprio do

Ministério da Saúde, após articulação com os órgãos de saúde estadual, distrital e

municipal.”

Em momento seguinte, o Ministério da Saúde publicou a Portaria n° 492/2020, instituindo a Ação

Estratégica “O Brasil Conta Comigo”, voltada aos alunos dos cursos da área da saúde, para enfrentamento da

pandemia da COVID-19.

Se, por um lado, o tom assertivo da portaria editada pelo Ministério da Saúde parece indicar

compulsoriedade da participação dos alunos dos dois últimos anos dos cursos de Medicina e do último ano

dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia nas ações de combate à referida pandemia, por outro é

certo que, reiteradas vezes, faz menção expressa à Portaria n° 356/2020 do Ministério da Educação, inclusive

nos “Considerandos”:

“Considerando a Portaria nº 356/GM/MEC, de 20 de março de 2020, que dispõe

sobre a atuação dos alunos dos cursos da área de saúde no combate à pandemia do

coronavírus COVID-19;”

Essa informação, lançada ainda antes da parte dispositiva da Portaria n° 492/2020, bem como os

dispositivos da Portaria n° 356/2020, que remetem ao Ministério da Saúde a responsabilidade pelas

definições acerca dos estabelecimentos onde os estudantes de saúde atuarão (artigo 1º) e, em articulação com

os órgãos locais de saúde, acerca da seleção e alocação desses estudantes (artigo 3°), permitem concluir,

sobretudo em uma análise conjunta das duas normativas, que a regulamentação trazida pela portaria do

Ministério da Saúde (n° 492/2020), tem como escopo a definição das condições em que deverá ocorrer a

participação dos estudantes de cursos de saúde que, nos termos da portaria do Ministério da Educação (n°

356/2020) manifestem interesse em participação nas ações de combate à pandemia da COVID-19.

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Essa premissa se fortalece quando, em seu artigo 2º, inciso III, fica registro que a Ação Estratégica

por ela regulamentada será implementada por meio da “realização, em caráter excepcional e temporário, do

estágio curricular obrigatório para os alunos dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem,

Fisioterapia e Farmácia, na forma da Portaria nº 356/GM/MEC, de 20 de março de 2020”, expressis

litteris:

“Art. 2º A Ação Estratégica será implementada por meio:

.....

III - da realização, em caráter excepcional e temporário, do

estágio curricular obrigatório para os alunos dos cursos de graduação em

Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia, na forma da Portaria nº

356/GM/MEC, de 20 de março de 2020; e

IV - da participação voluntária dos alunos dos cursos de graduação em

Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia que não preencham os requisitos

previstos para a hipótese no inciso III.”

Da mesma forma, ao tratar da participação dos alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem,

Farmácia e Fisioterapia na Ação Estratégica, o artigo 6º da Portaria n° 492/2020, do Ministério da Saúde,

remete expressamente ao que já estava disposto na Portaria n° 356/2020, do Ministério da Educação:

“Art. 6º Os alunos dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem,

Fisioterapia e Farmácia participarão da Ação Estratégica, em caráter excepcional e

temporário, por meio da realização do estágio curricular obrigatório, observados os

requisitos previstos na Portaria nº 356/GM/MEC, de 2020, nesta Portaria e no edital de

chamamento público.”

Desse modo, resta evidente que a participação de estudantes dos cursos de saúde das instituições de

educação superior integrantes do sistema federal de ensino nas ações de combate à pandemia da COVID-19,

por meio da Ação Estratégica a ser levada a efeito sob coordenação do Ministério da Saúde encontra-se

fundamentada, conjuntamente, pelas disposições contidas na portaria n° 356/2020 (Ministério da Educação)

e na portaria n° 492/2020 (Ministério da Saúde).

Assim, a participação dos estudantes dos dois últimos anos dos cursos de Medicina, e do último

ano dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, matriculados regularmente nas instituições de

educação superior públicas e privadas integrantes do sistema federal de ensino nas ações de combate à

pandemia da COVID-19 está ligada à manifestação de vontade desses estudantes, não sendo impositiva a sua

participação no contexto regulatório vigente, sobretudo considerando as portarias acima mencionadas,

interpretadas conjuntamente.

Destarte, quando, por exemplo, os artigos 7º e 8º da portaria n° 492/2020 estipulam que os alunos

“deverão participar da Ação Estratégica por meio do estágio curricular obrigatório”, a aplicabilidade desta

imposição deve ser entendida no sentido de regulamentar as áreas de atuação dos estudantes que se

manifestem pela participação na Ação Estratégica, não na obrigatoriedade de participação, indistintamente,

de todos os estudantes elegíveis para participação no programa.

Gustavo Monteiro Fagundes

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MEDIDA PROVISÓRIA N° 934/2020

NORMAS EXCEPCIONAIS SOBRE O ANO LETIVO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DO ENSINO

SUPERIOR DECORRENTES DAS MEDIDAS PARA ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA

COVID-19

Foi publicada, nesta data, a Medida Provisória n° 934/2020, dispondo sobre normas

excepcionais para o ano letivo da educação básica e do ensino superior, em decorrência das medidas

extraordinárias adotadas para o enfrentamento à pandemia do coronavírus (COVID-19), sendo certo que,

embora ainda seja necessária a devida regulamentação no âmbito dos respectivos sistemas de ensino,

entendemos necessário e oportuno apresentar as seguintes

OBSERVAÇÕES

aos clientes do ILAPE, no que diz respeito à questão da adoção de normas excepcionais sobre o ano letivo do

ensino superior, conforme trazidas pela Medida Provisória n° 934/2020.

Inicialmente, é fundamental registrar que a duração do ano letivo, que deve contar com, no

mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, está estipulado no artigo 47 da Lei n° 9.394/1996 -

LDB, cujo § 3º estabelece a obrigatoriedade da frequência de docentes e discentes, salvo na modalidade de

educação a distância:

“Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano

civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo

reservado aos exames finais, quando houver.

.....

§ 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores, salvo nos

programas de educação a distância.”

Para adequada contextualização do tema ora tratado, convém registrar que, recentemente, o

Ministério da Educação editou as Portarias n° 343/2020 e 345/2020, estabelecendo medidas a serem adotadas

pelas instituições de educação superior durante o período de medidas emergenciais de saúde pública

destinadas a combater a pandemia da COVID-19, causada pelo novo corona vírus.

As portarias, em síntese, apontam duas opções de atitude para as instituições de educação

superior neste momento, quais sejam: a substituição as atividades presenciais, exceto as práticas profissionais

de estágio e de laboratório, por atividade realizadas na modalidade de educação a distância ou por meio

remoto, ou a suspensão das atividades e readequação de seus calendários acadêmicos, com a reposição dos

dias não cumpridos durante o período de suspensão.

Para o curso de graduação em Medicina, a Portaria nº 345/2020 dá nova redação ao § 4º do art.

1º da Portaria nº 343/2020, ao restringir as atividades remotas ou não presenciais “apenas às disciplinas

teóricas-cognitivas do primeiro ao quarto ano do curso”.

Naturalmente, mesmo para as instituições que optem pela substituição das atividades presencias

por atividades em educação a distância ou mesmo por atividades remotas, deverá ser necessária uma

readequação do calendário acadêmico, certamente não nas mesmas proporções do que deverá ser feito por

aquelas que optem pela suspensão, devido às restrições na utilização das atividades remotas ou das

atividades em educação a distância, como visto acima.

No caso das situações em que haja determinação legal ou judicial pela suspensão das atividades,

a instituição, a princípio, deverá adequar-se à regra vigente.

Nas demais situações, caberá a cada instituição, a partir de suas condições específicas, decidir

pela substituição ou pela suspensão completa de suas atividades, sendo certo, apenas, que esta decisão deve

ser adotada com a possível agilidade, evitando, com isso, prolongar o estado de indefinição.

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Certamente, as instituições já adotaram uma das posições admitidas pelas referidas portarias,

buscando a melhor alternativa para atendimento de suas peculiaridades, mantendo, até esse momento, o

atendimento à carga horária e aos conteúdos previstos nos projetos pedagógicos de seus cursos, bem como ao

quantitativo de dias letivos exigido pela LDB.

A edição da Medida Provisória n° 934/2020, contudo, trouxe consigo a dispensa, em caráter

excepcional, do cumprimento dos duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo para o ano letivo afetado

pelas medidas de combate à pandemia da COVID-19, nos termos do caput de seu artigo 2º:

“Art. 2º As instituições de educação superior ficam dispensadas, em caráter

excepcional, da obrigatoriedade de observância ao mínimo de dias de efetivo trabalho

acadêmico, nos termos do disposto no caput e no § 3º do art. 47 da Lei nº 9.394, de 1996,

para o ano letivo afetado pelas medidas para enfrentamento da situação de emergência

de saúde pública de que trata a Lei nº 13.979, de 2020, observadas as normas a serem

editadas pelos respectivos sistemas de ensino.”

Cumpre registrar que o referido dispositivo não é autoaplicável, sendo necessário observar as

“normas a serem editadas pelos respectivos sistemas de ensino”, de modo que, neste momento, faz-se

necessário aguardar regulamentação no âmbito do sistema federal de ensino.

O referido dispositivo, além de permitir o descumprimento dos duzentos dias de trabalho

acadêmico efetivo, inicialmente no ano de 2020, ainda trouxe, em seu parágrafo único, a previsão de

possibilidade de antecipação da conclusão de curso para alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem,

Farmácia e Fisioterapia:

“Parágrafo único. Na hipótese de que trata o caput, a instituição de

educação superior poderá abreviar a duração dos cursos de Medicina, Farmácia,

Enfermagem e Fisioterapia, desde que o aluno, observadas as regras a serem editadas

pelo respectivo sistema de ensino, cumpra, no mínimo:

I - setenta e cinco por cento da carga horária do internato do

curso de medicina; ou

II - setenta e cinco por cento da carga horária do estágio

curricular obrigatório dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia.”

A exemplo do que acontece com a redução do quantitativo de dias letivos, a possibilidade de

abreviação da duração dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia também está sujeita à

observação de “regras a serem editadas pelo respectivo sistema de ensino”.

A Medida Provisória n° 934/2020, portanto, trouxe duas possibilidades distintas, quais sejam: a

alteração do calendário acadêmico para todos os cursos superiores ofertados por instituições pertencentes ao

sistema federal de ensino, com o descumprimento do quantitativo de duzentos dias de trabalho acadêmico

efetivo (artigo 2º, caput) e a abreviação da duração dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e

Fisioterapia (artigo 2º, parágrafo único, incisos I e II).

Para qualquer das hipóteses acima indicadas, contudo, é necessário aguardar as regras editadas

pelo respectivo sistema de ensino, sempre registrando que, a princípio, a adoção de qualquer uma das duas

soluções é uma possibilidade posta à disposição das instituições de ensino, não uma imposição.

Desse modo, a leitura inicial é que, mesmo ainda na dependência de regulamentação no âmbito

do sistema federal de ensino, as duas soluções poderão ou não ser adotadas pelas instituições de educação

superior, cuja decisão será decorrência do exercício fundamentado de sua autonomia didático-científica,

assegurada pelo ordenamento jurídico vigente.

Mesmo antes da edição das normas regulamentadoras, cumpre recomendar muita cautela na

definição pela adoção de qualquer uma das possibilidades trazidas pela Medida Provisória n° 934/2020,

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sobretudo em um momento em que se enfrenta aceso debate acerca da redução dos valores devidos pelos

estudantes em decorrência dos contratos de prestação de serviços educacionais celebrados.

Registramos que, nos termos da Nota Técnica n° 14/2020/CGEMM/DPDC/SENACOM/MJ,

emitida pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública, prevalece o

entendimento pela necessidade de manutenção das condições contratuais pactuadas.

Esse entendimento está lastreado, principalmente, no argumento de que a substituição das

atividades presenciais por atividades remotas ou em EaD, bem como a opção pela suspensão das atividades e

sua plena reposição pelas instituições de educação superior não configuram descumprimento da obrigação

contratual assumida, em virtude da garantia de cumprimento dos duzentos dias de trabalho acadêmico que

integram o ano letivo, da carga horária e do programa de todas as unidades curriculares ofertadas.

Destarte, entendemos que, antes de adotar qualquer das soluções trazidas pela Medida

Provisória n° 934/2020, as quais, repita-se, não se mostram impositivas, é necessário aguardar pela edição

das normas regulamentadoras a serem editadas no âmbito do sistema federal de ensino, bem como analisar,

criteriosamente, as implicações que sua adoção possa trazer no contexto das relações contratuais mantidas

com os estudantes.

Gustavo Monteiro Fagundes

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REGIME DOMICILIAR

Aplicação do Decreto-lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969, e da Lei nº 6.202, de 17 de abril

de 1975, aos estudantes portadores de patologias discriminadas, às estudantes gestantes e aos grupos de risco

do Covid-19.

O país está vivendo sob a égide de pandemia internacional, decretada pela Organização Mundial

de Saúde (OMS), um organismo da ONU, ocasionada pela infecção humana pelo coronavírus SARS-CoV-2

(Covid-19), com impactos na saúde pública e, em particular, nas escolas, desde a educação infantil até a pós-

graduação. Esta pode ser preservada com a adoção de formas alternativas de aprendizagem.

O Decreto-lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969, recepcionado pela Lei nº 6.202, de 17 de abril

de 1975, dispõe sobre tratamento excepcional para alunos de qualquer nível de ensino, portadores de

afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismo ou outras condições mórbidas, determinando

distúrbios agudos ou agudizados, que reduzem a imunidade e não recomendável para os grupos de alunos,

fechados em uma sala de aula, com um adulto, o professor.

Essas afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismo ou outras condições mórbidas

são caracterizadas pelo referido decreto-lei:

a) incapacidade física relativa, incompatível com a frequência aos trabalhos escolares; desde

que se verifique a conservação das condições intelectuais e emocionais necessárias para o prosseguimento da

atividade escolar em novos moldes;

b) ocorrência isolada ou esporádica;

c) duração que não ultrapasse o máximo ainda admissível, em cada caso, para a continuidade

do processo pedagógico de aprendizado, atendendo a que tais características se verificam, entre outros, em

casos de síndromes hemorrágicos (tais como a hemofilia), asma, cartide, pericardites, afecções

osteoarticulares submetidas a correções ortopédicas, nefropatias agudas ou subagudas, afecções reumáticas,

etc.

O “etc.”, em 1969, representa, nestes tempos de pandemia do Covid-19, outras situações não

enumeradas então, mas que abriram caminho para os portadores de outras doenças, próprias das décadas

seguintes, até os dias de hoje, identificados como grupos de risco.

O Ministério da Saúde adverte para os chamados grupos de risco, entre os quais se encontram os

idosos (acima de sessenta anos de idade). São considerados grupos de risco, que devem ficar recolhidos em

seu lares, os portadores de diabetes, problemas cardíacos e tratamento recente de câncer. Estas são algumas

das comorbidades que influenciam para o grupo de risco do Covid-19. Há, ainda, os com problemas

respiratórios, como asma e bronquite.

A infectologista Susanne Edinger, alerta: “Quando nosso sistema de defesa não está

funcionando em sua plena capacidade ficamos mais vulneráveis a doenças oportunistas, que se aproveitam

desse momento para se instalarem”. Ela define as comorbidades “como doenças que exigem tratamento

médico específico medicamentoso como diabetes, pressão alta ou outras doenças do coração e problemas nos

rins com necessidade ou não de diálise”. De acordo com a infectologista, a recomendação para os grupos de

risco segue as orientações vigentes para toda a população: “Todos os indivíduos dos chamados grupos de

risco devem permanecer em casa”.

O objetivo do Decreto-lei nº 1.044, de 1969, é o de resguardar a saúde pública, é preservar a

saúde individual, assegurando ao paciente a continuidade do processo educacional, mas também a saúde

coletiva, impedindo a disseminação de moléstias infectocontagiosas. O que justifica a aplicação de exercícios

domiciliares aos grupos de risco, ensino remoto ou educação a distância, desde que atendido o disposto nos

artigos a seguir listados:

Art. 2º Atribuir a esses estudantes, como compensação da ausência às aulas, exercício

domiciliares com acompanhamento da escola, sempre que compatíveis com o seu estado de saúde e as

possibilidades do estabelecimento.

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Art. 3º Dependerá o regime de exceção neste Decreto-lei estabelecido, de laudo médico

elaborado por autoridade oficial do sistema educacional.

Art. 4º Será da competência do Diretor do estabelecimento a autorização, à autoridade superior

imediata, do regime de exceção.

São excluídos dos exercícios domiciliares, as aulas e atividades práticas em laboratório ou em

outros ambientes de aprendizagem e os estágios curriculares supervisionados.

A pandemia Covid-19 coloca em risco os portadores das patologias discriminadas no citado

Decreto-lei nº 1.044, de 1969, e as constates dos grupos de risco, além dos idosos. Em uma comunidade

escolar, em qualquer grau de ensino, estudantes, professores, técnico-administrativos, gestores e demais

auxiliares estão sujeitos ao contágio. Basta um desses integrantes da comunidade estar contaminado para

transmitir o Covid-19 a um grande número de membros.

O regime domiciliar, previsto no citado decreto-lei, resguarda a saúde pública e assegura o

processo ininterrupto de aprendizagem, agora por meios remotos.

NOTA OFICIAL DE ESCLARECIMENTO do Presidente do Conselho Nacional de Educação

(CNE) apoia e orienta iniciativas que visem resguardar o efetivo trabalho escolar ou acadêmico.

Determinando, em relação à educação básica:

A legislação brasileira [Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional] admite que os sistemas

de ensino estaduais e municipais, coordenados pelas secretarias de Educação e pelos conselhos estaduais e

municipais de Educação, podem, em situações emergenciais, autorizar a realização de atividades a distância

nos seguintes níveis e modalidades:

I - ensino fundamental;

II - ensino médio;

III - educação profissional técnica de nível médio;

IV - educação de jovens e adultos;

V - educação especial.

Atendidas essas recomendações, os exercícios domiciliares podem ser aplicados, à luz do

Decreto-lei nº 1.044, de 1969, recepcionado pela Lei nº 6.202, de 17 de abril de 1975, que atribui à estudante

em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-lei nº 1.044, de 1969, e dá

outras providências.

Os pais ou responsáveis devem requerer, ao dirigente superior da instituição de ensino, a

aplicação do Decreto-lei nº 1.044, de 1969, ou da Lei nº 6.202, de 1975, juntado à sua petição atestado

médico que explicite as morbidades e as comorbidades que afetam o aluno ou aluna sob sua

responsabilidade, incluindo os grupos de risco de contágio do Covid-19, reconhecidos pelo Ministério da

Educação.

Celso da Costa Frauches