Poupança sustentável de energiaAs soluções de eficiência energéticada ABB trazem elevadas poupançasàs indústrias

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2 Poupança sustentável de energia

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São bem conhecidas as motivações da gene-ralidade das indústrias para a melhoria da efi-ciência energética. Entidades governamentais e centros de investigação públicos e privados

têm demonstrado a existência de espaço para pou-panças energéticas substanciais na maioria dos secto-res industriais e em quase todas as regiões do globo. Contudo, e apesar da atractividade comercial da ma-ioria destas oportunidades, as empresas não têm tido iniciativas para a implementação dos projectos corres-pondentes, desperdiçando em consequência o seu po-tencial de redução de consumo de energia. A ABB con-cebeu, a partir da análise das barreiras existentes em tais situações, soluções viáveis para a sua superação.

A maioria dos processos de melhoria é sequencial – reconhecimento da necessidade de actuação, iden-tificação dos problemas, delineação das medidas de melhoria, concepção e implementação das soluções detalhadas – só assim é possível concretizar poupanças energéticas efectivas.

É paradoxal que, mesmo em regiões onde a redução dos consumos energéticos e das emissões de carbo-no são há muito preocupações prioritárias (como, por exemplo, o Norte da Europa), muitas organizações não passaram da fase inicial de identificação de proble-mas normalmente designada por auditoria energética.

CHRIS STUBBS – A eficiência energética e as suas consequências para o ambiente constituem preo-cupações transversais à indústria mundial. Muitas empresas têm um elevado potencial de melhoria energética, mas não incorporam na sua operação as tecnologias necessárias para realizar esse potenci-al. A ABB concebeu uma nova abordagem comercial para a melhoria da eficiência energética industrial, a qual permite aos seus clientes uma utilização eficien-te da energia e um aumento sustentável de produtivi-dade. Utilizando esta abordagem, a ABB identificou possibilidades de poupança de energia, podendo ir até 20 por cento, numa vasta gama de indústrias e concessionárias, incluindo ar e gás comprimido, re-frigeração e AVAC, sistemas de refrigeração a água, indústria farmacêutica, siderurgia e fundição, cimen-tos, vidro, minas, pasta e papel, produção de energia e indústrias química e petroquímia e alimentar.

Foto da página anteriorAs centrais de ciclo combinado, como a da foto, podem beneficiar das soluções de eficiência energética industrial da ABB.

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1 O sistema de controlo distribuído (DCS 800xA) da ABB aumenta a eficiência energética, a utilização de recursos, economia de energia e eficiência do operador

sistemas auxiliares da instalação industri-al. Como resultado, enquanto os sistemas dos processos-base são operados com um nível elevado de eficiência, a operação dos sistemas auxiliares encontra-se como na al-tura da sua instalação, há 20 ou 30 anos. Além disso, historicamente, os processos auxiliares sempre mereceram um baixo nível de atenção ao seu desempenho e têm uma capacidade de medição muito reduzida, o que dificulta uma verdadeira monitorização do seu desempenho pelos engenheiros e operadores.

Dispersão de benefíciosAs poupanças energéticas, embora global-mente significativas, raramente se encon-tram concentradas num pequeno número de projectos, medidas de melhoria ou locali-zações. Numa instalação industrial comple-xa, os benefícios da poupança energética encontram-se dispersos por um conjunto de intervenções discretas cujo número pode atingir 50, 100 ou mais. As instalações de processo mais complexas têm elevado vo-

lume de activos, e tais organizações criam frequentemente processos abrangentes de projectos de investimento com o fim de fa-zer passar ideias através de uma fase inicial de triagem e uma fase subsequente, alta-mente controlada, de execução. A natureza desagregada dos projectos de poupança

As entidades governamentais e as con-cessionárias têm financiado a realização destas auditorias como uma forma de impulsionar o processo de melhoria ener-gética, mas muitas vezes as empresas interessadas não têm dado seguimento a tais iniciativas. Porquê?

Aversão ao risco do desconhecidoOs engenheiros duma instalação petroquí-mica, por exemplo, estão profundamente familiarizados com a sua tecnologia do pro-cesso-base e equipamentos relevantes. Es-tes engenheiros são altamente competentes na compreensão dos efeitos que pequenas alterações ao equipamento de processo, re-gulação e condições, têm sobre a fiabilidade da instalação industrial e qualidade do pro-duto, consistência e produção.

Sentem-se seguros, graças a todos os seus anos de experiência acumulada, quan-do fazem alterações ao processo-base da instalação e conseguem fazer previsões precisas sobre os resultados destas modi-ficações. Mas não conseguem ter um nível semelhante de segurança, por exemplo, sobre a caldeira, os sistemas de geração de energia e vapor, de arrefecimento a água, de gases combustíveis e de outros

energética conduz a uma situação onde o benefício não justifica a implementação de 50, 100 ou mais projectos de investimento. Como resultado, muitas vezes os projectos de poupança de energia não avançam.

Lacunas de competênciasO enfoque de uma empresa na sua tecnolo-gia e nos seus processos-base, em conjun-to com gestão magra (Lean Management), pode ter como efeito colateral uma menor competência no suporte às tecnologias auxiliares. A maioria das instalações fabris possui lacunas de competência em gestão de energia, reduzindo significativamente a sua capacidade de execução de projectos de poupança energética. Mais uma vez, tais projectos não são implementados.

Atribuição desequilibrada de recursosEmpresas, investidores e mercados têm como principal objectivo o crescimento do volume de negócio. Para este fim, nas em-presas transformadoras os departamentos de vendas concentram-se no crescimento

da quota de mercado e na melhoria do preço do produto, e os departa-mentos de produção concentram-se no crescimento da produção industrial para alimentar o aumen-to dessa quota – assumindo um mercado estável ou em fase de expansão. Ao nível da engenharia,

estes objectivos induzem uma pressão para o aumento da produção e remoção dos estrangulamentos à produção, daí resultan-do uma alocação preferencial de capital a projectos para este fim, apesar da eventual existência de projectos com retorno mais elevado nas áreas de redução de custos,

Já existe hoje em dia a tecnologia para se conseguir melhorias substanciais de eficiência energética industrial numa vasta gama de sectores.

Apoiando-se no conhecimento profundo da ABB nas áreas de energia e automação, os clientes podem conseguir verdadeiras poupanças de energia.

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2 Os conversores de frequência de baixa tensão da ABB melhoram a eficiência do processo e a produtividade, e reduzem o consumo de energia.

por exemplo para aumento da eficiência energética. Neste contexto, os projectos de poupança de energia não são, mais uma vez, implementados.

Fluxo de informaçãoNão é usual a realização de alterações às empresas ou unidades de produção se não for possível mostrar às administrações ou investidores que os investimentos anteriores produziram as mudanças desejadas. A frase “não se pode gerir o que não se pode medir“ traduz-se directamente em „não investire-mos se não pudermos medir“. Os proces-sos de melhoria implicam que o desempen-ho após o investimento seja melhor do que antes e isto requer, por sua vez, que seja possível medir o desempenho. Com uma capacidade de medição fraca ou inexistente em muitas concessionárias e sistemas de energia, as oportunidades de projecto não conseguem convencer e não são implemen-tadas.

Mas a não realização de poupanças de energia não é devida a falta de tecnologia. A Agência Internacional de Energia (IEA, Inter-national Energy Agency) publicou em 2009 um relatório sobre o sector petroquímico onde era sublinhado que esse sector pode-ria aumentar a sua eficiência energética em 35% através da simples adopção das reco-

mendações de boas práticas tecnológicas e de outras tecnologias tais como de pro-dução de energia e calor, e de reciclagem de plásticos [1]. Tais tecnologias já existem e fornecem melhorias substanciais da eficiên-cia energética industrial numa vasta gama de sectores 1-2. Contudo, falta em mui-tos casos a sua implementação.

Superando barreirasA ABB responde às dificuldades identifica-das acima com uma abordagem comple-tamente nova de implementação de pro-jectos industriais de poupança energética. O acesso aos recursos da ABB permite às organizações a superação sistemática das barreiras à implementação de projectos de poupança energética.

Aversão ao risco do desconhecido

A ABB garantirá o resultado económico dos projectos energéticos, assegurando ao cli-ente uma melhoria mensurável do seu EBIT-DA (Earnings Before Interest, Taxes, Depre-ciation, and Amortization). A ABB possui a vasta competência técnica necessária para assumir a assunção do risco pelo desem-penho das soluções que implementa, per-mitindo assim ultrapassar a aversão ao risco do desconhecido. Esta competência inclui especialistas em energia e em gestão dos processos de mudança, gestores de pro-

O acesso aos recursos da ABB permite às organizações a superação sistemática das barreiras à implementação de projectos de poupança energética.

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jecto, orçamentistas e planificadores, en-genheiros de processo e especialistas em engenharia funcional.

Dispersão de benefícios

A ABB irá agregar vários projectos e inter-venções de pequena dimensão num só projecto de maior envergadura, com maior visibilidade e materialidade. A agregação de várias intervenções individuais num só con-trato de maior dimensão dispensa o cliente da implementação de um processo pesado para a gestão de vários projectos de peque-

na dimensão, permitindo-lhe concentrar-se nos seus próprios projectos relacionados com a produção e deixar à ABB a preocu-pação com os detalhes de cada uma das intervenções de poupança energética.

Lacunas de competências

A ABB tem uma vasta experiência de opti-mização energética em sistemas de calor e de energia, a par de uma capacidade bem demonstrada de implementação de so-luções industriais do tipo chave na mão. A competência técnica da ABB na resolução das barreiras da aversão ao risco permite também superar as lacunas de competência nas organizações suas clientes. As equipas da ABB estão apoiadas nas melhores meto-dologias, ferramentas e software, e as suas soluções são pragmáticas, levando em con-

ta os requisitos do trabalho num ambiente industrial em operação.

Atribuição desequilibrada de recursos

Em situações de indisponibilidade de capital para projectos de redução de energia, a ABB poderá financiar programas energéticos, tipicamente num horizonte de cinco anos, através de modelos de poupanças partilha-das. As relações da ABB com organizações financeiras internacionais permitem a cri-ação de novos modelos de financiamento para projectos de poupança energética, ult-

rapassando as insuficiências de capital dos clientes.

Fluxo de informação

A ABB possui tecnologias de medição líderes a nível mundi-al, bem como um sistema so-fisticado de gestão energética, o cpmPlus Energy Manager. A capacidade de Medição e Ve-

rificação (M&V) é um requisito fundamental para qualquer contrato baseado no desem-penho. O módulo base do cpmPlus Ener-gy Manager da ABB permite aos clientes e à ABB o registo e o reporte de dados de energia e de produção em tempo real – fornecendo elementos factuais de medições sobre os quais podem ser estabelecidas remunerações baseadas em desempenho 3.

Fornecendo soluções líderes de mercadoA abordagem da ABB às soluções de efi-ciência energética industrial está a desbra-var novos caminhos na indústria. A análise das causas da não implementação de mil-hares de ideias para poupança energética já identificadas por equipas de estudo internas e externas em vários milhares de instalações

Numa organização com reduzida competência interna na área energética, a capacidade de execução de projectos de poupança de energia fica substancialmente comprometida.

3 cpmPlus Energy Manager da ABB oferece as ferramentas para ajudar a reduzir os custos de energia, melhorar a eficiência energética e controlar as emissões de carbono.O programa da ABB

é uma parceria para a concretização de verdadeiras poupanças energéticas dos clientes.

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industriais, permitiu à ABB concretizar a concepção de uma nova abordagem co-mercial para a melhoria da eficiência ener-gética na indústria. Os primeiros resultados destes projectos demonstram a capacidade da ABB para inovar 4.

O Programa de Contratualização de Desempenho Energético da ABBO programa da ABB baseia-se no apoio da gestão de topo à globalidade da abordagem comercial – uma parceria para a concreti-zação de verdadeiras poupanças energéti-cas aos clientes. Após a assinatura de um Acordo Quadro de Serviços (FSA, Frame-work Services Agreement) para a prestação de serviços energéticos, equipas da ABB Consulting irão trabalhar em conjunto com os gestores da instalação industrial segundo as orientações estabelecidas por um comi-té conjunto de gestão do programa, com membros do cliente e da ABB.

A abordagem é flexível e visa implementar um número controlável de projectos de que irão resultar poupanças energéticas signi-ficativas 5. Na fase de desenvolvimento da proposta realizamos uma avaliação ini-cial, abarcando um período de uma ou duas semanas, a partir da qual elaboramos um portefólio de oportunidades que dá a todas as partes uma visão das oportunidades de

poupança existentes, do seu valor e das tecnologias aplicáveis e soluções requeri-das. A avaliação tem um carácter delibera-damente genérico, identificando o máximo

de poupanças energéticas possíveis para os clientes e tipicamente levando a poupanças de 5 a 20 por cento do consumo total de energia.

Na fase de apresentação da proposta apro-fundamos a nossa avaliação a um “nível de investimento“, suportando-nos na profunda experiência da ABB nas áreas da energia e automação.

Confirmado o contrato, a ABB implementará as melhorias acordadas com o cliente, inclu-indo engenharia, aprovisionamento e cons-trução. A empresa comissiona os sistemas

Em situações de indisponibilidade de capital para projectos de poupança energética, a ABB poderá financiar programas energéticos através de modelos de poupanças partilhadas.

e realiza os testes para definição da base de referência do desempenho, de acordo com os protocolos de Medição e Verificação (M&V) contratados.

A abordagem da ABB diferencia-se das re-stantes pelo acompanhamento que faz du-rante a fase subsequente de exploração, na qual são efectivamente realizadas as pou-panças. Este modelo de contrato de pou-panças partilhadas assegura o alinhamento dos objectivos conjuntos a longo prazo. A ABB e o cliente estão igualmente interessa-dos na obtenção de poupanças energéticas efectivas e duradouras.

Graças à sua experiência e ao seu conheci-mento especializado, a ABB tem disponibi-lizado poupanças energéticas a uma vasta gama de indústrias e comcessionárias. Apo-iando-se na experiência de consultoria e no conhecimento da ABB nas áreas de energia e automação, os nosso clientes podem con-seguir verdadeiras poupanças de energia.

Chris Stubbs

ABB Consulting

Cheshire, Reino Unido

chris.stubbs@gb.abb.com

Referências[1] Saygin, D., Patel, M. K., Tam, C., Gielen, D. J.

(2009). Chemical and Petrochemical Sector: Potential of best practice technology and other measures for improving energy efficiency. OECD/IEA. Acedido em 2012/03/18 em http://www.iea.org/publications/freepublications/publication/chemical_petrochemical_sector.pdf

4 ArcelorMittal Fos-sur-Mer Integrated Steel Mill

5 O objetivo da ABB é implementar projetos de economia de energia realmente significativos; sem implementação, não há poupanças.

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