corujinha 56

16
portaldafilosofia.com.br Filosofia no Ensino Fundamental sse Movimento surge com objetivo de desencadear uma mobilizaªo popular nacio- nal, atravØs das instituiıes representativas na educaªo, dos profissionais da reflexªo filosfica nas escolas com mobilizaıes populares e das estruturas representa- tivas e organizadas. Com aıes como abaixo-assinado e outras manifesta- ıes, a fim de sensibilizar as autorida- des educacionais do nosso Pas a abrir espao para uma Educaªo para o Pen- sar, pela disciplina Filosofia no Ensino Fundamental. A seguir, alguns passos a serem da- dos, para que o Movimento obtenha o sucesso desejado: - Divulgar o Movimento Por uma Educaªo para o Pensar: Filosofia no Ensino Fundamental em todos os mei- os de comunicaªo; - Sensibilizar as instituiıes repre- sentativas da educaªo para que somem esforos em torno da causa, agregando legitimaªo e participaªo na luta; - Operacionalizar de forma criativa o movimento utilizando a internet e de- mais meios para conseguir o mÆximo de assinaturas em abaixo-assinados e outras formas de mobilizaªo dos educadores e autoridades. - Oportunizar via Congressos Regi- onais e Nacional 2007 a discussªo so- bre os conteœdos e metodologia, para que haja um referŒncial para os traba- lhos com os alunos e professores no Movimento Por uma Educação para o Pensar: Filosofia no Ensino Fundamental é o mais novo engajamento educacional JosØ Roberto Garcia e Valdecir da Conceiªo Veloso PrŒmio Amigos da Filosofia 2006 Sistema de Ensino Reflexivo - S.E.R. Entrevista Fundamental Celebraªo Entrevista Celebraªo Fundamental Mestres em Filoso- fia se unem e ela- boram obra que tanto esperavam, pois a falta de um material que real- mente direcionasse suas necessidades era enorme. Fruto de 6 anos de muitos experimentos em sala de aula e outros tan- tos trabalhos com vÆrias instituiıes de ensino, o livro Eureka Ø a mais recente publicaªo da Editora Sophos. (pÆg. 03) O mŒs de Julho foi marcado pelo Congresso Regio- nal que aconteceu em Florianpolis, juntamente com o lanamento do Movimento Por uma Educaªo para o Pensar: Filosofia no Ensino Fundamental. O jornal Coru- jinha apresenta os homenageados e aguarda as indicaıes para o ano que vem. (pÆg. 06) O rompimento das prÆticas repeti- tivas Ø o que tem que ser trabalhado, na utilizaªo do Siste- ma de Ensino Refle- xivo, oferecido pelo Centro de Filosofia Educaªo para o Pensar. A reflexªo cons- truda processualmente com a formaªo de professores e o apoio de um material didÆtico alternativo ao que comumente encontra-se no mercado e nas escolas Ø o que o sistema defende. (pÆg. 14) ANO XV - N” 56 3”. TRIMESTRE - 2006 FLORIANPOLIS/SC Impresso Especial 68001055/02-DR/SC Editora Sophos CORREIOS Jornal de IdØias da Filosofia com Crianas, Adolescentes e Jovens E E Silvio Wonsovicz apresenta e lana Movimento Nacional que luta pela Filosofia no ensino Fundamental tal, jÆ formam uma frente educacional bem-estruturada e a tendŒncia Ø que mais instituiıes faam parte desta em- preitada. Editora Sophos AEC/SC AEC do Brasil Escola de Pais/SC Escola de Pais do Brasil Undime/SC Undime do Brasil SMED - Sªo JosØ/SC Sinepe/PR Sinepe/NPR Sinpro-Londrina/PR Abrades Nufep·s do Brasil Ps-graduaªo Bagozzi Faculdade Dom Bosco Faculdade Santa Rita Apeoc-CearÆ ... Alguns parceiros: Ensino Fundamental. -AtravØs da criaªo do site www.filosofiafundamental.com.br, organizar um Frum de discussıes e acompanhamento sobre o Movimento e todos os aspectos da sensibilizaªo desen- cadeados pelas instituiıes envolvidas e a sua abrangŒncia. Entidades e Lideranas que apiam o Movimento Por uma Educaªo para o Pensar: Filosofia no Ensino Fundamen-

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Page 1: Corujinha 56

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Filosofia no Ensino Fundamentalsse Movimento surge comobjetivo de desencadear umamobilização popular nacio-nal, através das instituiçõesrepresentativas na educação,dos profissionais da reflexão

filosófica nas escolas commobilizaçõespopulares e das estruturas representa-tivas e organizadas. Com ações comoabaixo-assinado e outras manifesta-ções, a fim de sensibilizar as autorida-des educacionais do nosso País a abrirespaço para umaEducação para o Pen-sar, pela disciplina Filosofia no EnsinoFundamental.A seguir, alguns passos a serem da-

dos, para que o Movimento obtenha osucesso desejado:- Divulgar o Movimento Por uma

Educação para o Pensar: Filosofia noEnsino Fundamental em todos os mei-os de comunicação;- Sensibilizar as instituições repre-

sentativasda educaçãoparaque somemesforços em torno da causa, agregandolegitimação e participação na luta;

- Operacionalizar de forma criativaomovimento utilizando a internet e de-mais meios para conseguir o máximode assinaturas em abaixo-assinados eoutras formas de mobilização doseducadores e autoridades.- Oportunizar via Congressos Regi-

onais e Nacional 2007 a discussão so-bre os conteúdos e metodologia, paraque haja um referêncial para os traba-lhos com os alunos e professores no

Movimento Por uma Educação para o Pensar: Filosofia no Ensino Fundamental é o mais novo engajamento educacional

José Roberto Garcia e Valdecirda Conceição Veloso

Prêmio Amigos da Filosofia2006

Sistema de Ensino Reflexivo - S.E.R.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○

Entrevista FundamentalCelebraçãoEntrevista Celebração Fundamental

Mestres em Filoso-fia se unem e ela-boram obra quetanto esperavam,pois a falta de ummaterial que real-mente direcionassesuas necessidadesera enorme. Fruto de 6 anos de muitosexperimentos em sala de aula e outros tan-tos trabalhos com várias instituições deensino, o livro Eureka é a mais recentepublicação da Editora Sophos.

(pág. 03)

O mês de Julho foimarcado pe loCongresso Regio-nal que aconteceuem Florianópolis,juntamente com olançamento doMovimento Poruma Educação para o Pensar: Filosofiano Ensino Fundamental. O jornal Coru-j inha apresenta os homenageados eaguarda as indicações para o ano quevem.

(pág. 06)

O rompimentodas práticas repeti-tivas é o que tem queser trabalhado, nautilização do Siste-ma de Ensino Refle-xivo, oferecido pelo Centro de FilosofiaEducação para o Pensar. A reflexão cons-truída processualmente com a formaçãode professores e o apoio de um materialdidático alternativo ao que comumenteencontra-se no mercado e nas escolas éo que o sistema defende.

(pág. 14)

ANO XV - Nº 563º. TRIMESTRE - 2006FLORIANÓPOLIS/SC

ImpressoEspecial68001055/02-DR/SCEditora Sophos

CORREIOS

Jornal de Idéias da Filosofia com Crianças, Adolescentes e Jovens

EE

Silvio Wonsovicz apresenta e lança Movimento Nacional que luta pelaFilosofia no ensino Fundamental

tal, já formam uma frente educacionalbem-estruturada e a tendência é quemais instituições façamparte desta em-preitada.

Editora SophosAEC/SCAEC do BrasilEscola de Pais/SCEscola de Pais do BrasilUndime/SCUndime do BrasilSMED - São José/SCSinepe/PRSinepe/NPRSinpro-Londrina/PRAbradesNufep´s do BrasilPós-graduação BagozziFaculdade Dom BoscoFaculdade Santa RitaApeoc-Ceará...

Alguns parceiros:

Ensino Fundamental.-Através da criação do site

www.filosofiafundamental.com.br,organizar um Fórum de discussões eacompanhamento sobre o Movimento etodosos aspectosda sensibilizaçãodesen-cadeados pelas instituições envolvidas e asuaabrangência.Entidades e Lideranças que apóiam

oMovimento Por uma Educação para oPensar:FilosofianoEnsinoFundamen-

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portaldafilosofia.com.br2 portaldafilosofia.com.br

Endereço do CENFEP para corespondências:Rua Cristovão Nunes Pires, 161 - CEP 88.010-120

Centro - Florianópolis/SC - (48) [email protected] � www.portaldafiosofia.com.br

Diagramação: FERNANDO RIBEIRO - (47) 9904-4969

EDITORIAL

VITÓRIA! Filosofiano Ensino MédioCommuita alegria e satisfação de dever

cumprido, o Centro de Filosofia e todos osque se uniram na luta pela volta da Filoso-fia e Sociologia ao Ensino Méido, tem ogosto de ver recompensado os esforços.Somando forças com diversas entidades,travamos uma luta política junto as autori-dades educacionais e também conscienti-zando as escolas, simpatizantes, pais e ospróprios alunos da importância de umaEducação Reflexiva. Isso faz parte da nos-sa missão enquanto instituição que há 17anos realiza atividades, assessorias, forma-ção e produção de materiais didático-filo-sóficos para todos os segmentos escolares.Queremos presentar todos os amantes

da filosofia e todos os professores da disci-plina com o novo lançamento do materialdidático para o Ensino Médio. Apresenta-mos em primeira mão o livro "EUREKA:Construindo cidadãos reflexivos", autoriados professores Beto e Valdecir do NUFEP/Londrina-PR. Livro que atende as necessi-dades do Ensino Médio e que traz os eixosfundamentais para o entendimento do pen-samento filosófico que está sendo exigidoemmuitos vestibulares e exames pelo país,por isso a entrevista da página 3 é com osautores.Não poderíamos deixar de convidar cada

professor, pai e aluno, além dos amigos daFilosofia para agora nos enganjarmos noMovimento Por uma Educação para o Pen-sar: Filosofia no Ensino Fundamental. Vejamais informações neste jornal e tambémem breve no endereçowww.filosofiafundamental.com.br . Muitasentidades, colégios, instituições, liderançaseducacionais estão assinando este movi-mento. Veja se sua escola e seu professor(a)já está participando.Outra novidade é que o nosso Jornal de

Idéias - Corujinha - inicia a partir desteexemplar um caderno de atividades e exer-cícios filosóficos. Além disso estamos napágina 16 colocando parte do novo catálo-go dos livros da Editora Sophos e, quemencontrar a Philó estará ganhando a assi-natura anual da PhiloS que agora é online.Muitas notícias boas, muitos convites

para participar. Venha fazer parte ativadeste Centro que quer estar sempre presen-te e perto de você e de suas reflexões eações. Boas Leituras e vamos socializar seusentendimentos e práticas reflexivas no Por-tal da Filosofia.

ma das atividades desenvolvida peloNufep - RJ, em Parceria com o Cen-tro de Filosofia Educação para o Pen-sar e a Asfoe - Associação Fluminen-

se de Orientadores Educacionais, desde2002, nomomento de sua implantaçãonoRiodeJaneiro,quetornou-seumdoseventosaguar-dadocomansiedadepelosprofessoreseorienta-dores educacionais que acreditam no valor daeducação que leva à Reflexão, para uma Educa-çãoEmancipatória, éoCongressoRegionalEdu-cação para o Pensar.Estemomentodereflexãoeaprofundamentode

estudosteóricosepráticas,noProgramadeFilosofiacomcriançasejovens,seráoferecidonosdias06e07deoutubro,das 8hàs17h,noCentrodeConvençõesdoBarraShopping,RiodeJaneiro.O tema Conhecimento, Arte e Sensibilidade:

por uma Educação Humanizadora reunirá im-portantes conferencistas como Hamilton Wer-neck, Júlio César Furtado, Serrano Freire e Cé-sar Said .

Escolas e Secretarias Municipais de Edu-cação farão Comunicações de práticas numaproposta de Educação para o Pensar, valori-zando a ação de Orientadores Educacionais,Professores das séries iniciais e educação in-fantil e Professores de Filosofia no EnsinoFundamental.As mesas de Comunicações serão media-

das pela presidente da Asfoe, Prof. DrªMiri-am Paura Grinspunn e pelo presidente doCentro de Filosofia Educação para o Pensar,Prof. Dr. Silvio Wonsovicz.As atividades serão permeadas por apre-

sentação de música e poesia, contando coma participação especial de SérgioMarschhau-sem, Denise Almeida e Taís Alvarenga, can-tora, atriz e assistente de produção de Os-valdo Montenegro.Venha ampliar, trocar conhecimentos e par-

ticipar ativamente da Asfoe eNufep/RJ.Informações: Tel.: (21) 3414 2814 e-mail:

[email protected]

Congresso Regional Educação para o Pensar - RJ

Conhecimento, Arte eSensibilidade: por umaEducação Humanizadora

Centro de Convenções do Barra Shopping recebe a Filosofia

U

O Corujinha é um Jornal de Idéias do Programa filosófico-pedagógico�Educar para o Pensar: Filosofia com Crianças, Adolescentes e Jovens�.Todas as matérias, idéias e opiniões aqui expressas são de responsabili-dade das pessoas que contribuíram para este informativo. Querendo re-produzir partes, favor citar a fonte.

expediente

utubro é um mês duplamente especial. E sabe por quê? Porque é nesse mês que comemo-ramos duas datas de grande importância: o Dia das Crianças, no dia 12, e o Dia dos Profes-sores, no dia 15. Quer maior motivo para celebrar a Educação? Um, porque as crianças sãoas pessoinhas pelas quais se sonha e realiza uma boa educação, e outro porque são eles, oseducadores, as pessoas que sonham e realizam esse trabalho de educar. Claro, sempre lem-brando que as crianças são grandes educadoras e os professores lindas crianças crescidas.

Datas comemorativas podem ser encaradas de diferentes maneiras. Uma delas, a mais comu-mente utilizada pela mídia, é explorando-se a data para fins comerciais, perdendo-se assim a es-sência do que se celebra. Não é dessa comemoração que estamos falando aqui. Estamos, por outrolado, querendo ressaltar essas datas, indicando que podemos conceber estas comemorações comouma forma de valorizar a tal ponto um acontecimento, fenômeno, pessoa ou profissional, que seinstituiu um dia do calendário anual para celebrá-los.É uma grande alegria poder comemorar o Dia das Crianças - esperança de um mundo melhor,

pureza desses tempos atribulados em que vivemos! É também uma imensa satisfação celebrar aexistência desse grande profissional que é o professor - formador de seres humanos, regador desonhos que podem se tornar realidades, introdutor do conhecimento para que se construa essanova realidade.Há esperanças, e a razão dela é a existência de vocês! Parabéns!

Danielle AntunesEquipe filosófico-pedagógica do Cenfep

Opinião do leitor

O

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portaldafilosofia.com.br 3portaldafilosofia.com.br

Filosofia para o Ensino Médio?

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○

EntrevistaEntrevista

ssa é a mais recente dupla filosófica que passa a integrar o quadro de autores da Editora So-phos, em Florianópolis, lançando o título Eureka, previsto para a 2ª quinzena de outubro. Osdois são graduados em Filosofia, especialistas em Filosofia Política - UEL - Londrina/PR, mes-tres em Filosofia (Ética) - Puccamp/SP e docentes atuantes em instituições de ensino médio,superior e pós-graduação.

Para marcar o dinamismo dessas personalidades e a necessidade constatada em sala de aula, Val-decir e Beto escreveram uma obra que trata da descoberta eficaz de como refletir filosoficamente comalunos do Ensino Médio.

Essa é a primeira obra filosófica da du-pla? Contem um pouco sobre essa em-preitada.

Sim, essa é a nossa primeira obra a ser edi-tada e nos sentimos muito felizes por fazer-mos parte deste quadro tão seleto de autores.É um trabalho que há 6 anos veio se constru-indo espontaneamente e agora resolvemosdar o trato que ele deveria ter; editar um li-vro. A necessidade de um material que nosajudasse no dia-a-dia da sala de aula sem-pre foi muito grande e, ao longo desses últi-mos anos, fomos transformando essa neces-sidade em uma realidade. Com a bibliogra-fia que usávamos, começamos a elaborar no-vos formatos de utilização e que se tornaramcada vez mais eficazes, gerando um excelen-te retorno nas aulas.

O título Eurekamarca essa descoberta en-tão?

Também. É uma entre tantas outras que fo-ram surgindo. Acredito que poder refletir fi-losoficamente com os alunos, utilizando osseis grandes eixos da Filosofia tenha sido agrande descoberta, juntamente à necessida-de que tínhamos de uma obra como esses mol-des, é claro.

Fale mais sobre esses eixos filosóficos e aaplicação em sala de aula.

1º Mito à Filosofia - instalação da consciên-cia mítica e a transição da filosofia; 2º Epis-temológico - estudo sistemático do conheci-

�É um trabalho que

há 6 anos veio se

construindo

espontaneamente e

agora resolvemos

dar o trato que ele

deveria ter; editar um

livro. A necessidade de

um material que nos

ajudasse no dia-a-dia

da sala de aula sempre

foi muito grande e, ao

longo desses últimos

anos, fomos

transformando essa

necessidade em uma

realidade..�

E

mento humano; 3º Polít ico - estrutura depoder da sociedade; 4º Ético - refletir so-bre a conduta humana; 5º Estético - per-cepção humana, as relações entre o belo eo feio; 6º autores contemporâneos.

Trabalhar esses eixos, em tempos onde osenso comume a inversão de valores são osgrandes vilões do momento, é um grandedesafio?

Certamente! Passamos por um momento deli-cado. Encontrar a verdade é muito complica-do, principalmente em filosofia e, ao mesmotempo, é ela o grande motor disso tudo. A mo-lecada começa a compreender determinadosvalores, dando atenção às condutas humanasmais corretas e buscam aplicar e repassar esseconhecimento.

Como se deu a idéia de complementar aobra, com exercícios objetivos e subjeti-vos na internet?

Pelo fato de nossa necessidade ser extrema,produziu-se muito também e percebemos queo livro poderia chegar a 500 páginas. Isso tor-naria a obra um tanto quando carregada epesada para os alunos do ensino médio, o quepoderia causar uma certa repulsa. Então, re-solvemos criar essa possibilidade e deixamos o li-vro mais simpático, trazendo aproximadamente230 páginas e mais uma senha de acesso aoportaldafilosofia.com.br,onde lá estão disponíveisvários exercícios relacionados à obra e de grandevalia no processo educativo.

NUFEP/Distrito Federal - DF ............................................... Lia .................................... (61) 8143.0038...................... [email protected]/Grande São Luís - MA ............................................ Isabel ................................ (98) 8121.3053 ...................... [email protected]/Ceará - CE............................................................... Jayme................................ (85) 9145.2043 ...................... [email protected]/Sul Fluminense - RJ ................................................ Teresa ............................... (24) 9819.5040 ...................... [email protected]/Norte - SC ............................................................... Centro ............................... (48) 3322.2917 ...................... [email protected]/Manaus - AM .......................................................... Manoel ............................. (92) 8803.9840 ...................... [email protected]/Mato Grosso do Sul - MS ....................................... Centro ............................... (48) 3322.2917 ...................... [email protected]/Noroeste - RS .......................................................... Centro ............................... (48) 3322.2917 ...................... [email protected]/Grande Rio - RJ ...................................................... Ângela .............................. (21) 3414.2814 ...................... [email protected]/Mato Grosso - MT .................................................. Sérgio ............................... (65) 6624.8068 ...................... [email protected]/Bahia - BA .............................................................. Holdaque .......................... (73) 9983.3627 ...................... [email protected]/Grande Florianópolis - SC ...................................... Centro ............................... (48) 3322.2917 ...................... [email protected]/Vale do Tijucas - SC ............................................... Piva................................... (48) 3263.0576 ...................... [email protected]/Região Serrana - RJ ................................................ Márcio .............................. (24) 9811.7177 ...................... [email protected]/Região Médio e Alto Uruguai - RS ......................... Vicente ............................. (55) 3744.3187 ...................... [email protected]/Grande Natal - RN .................................................. João .................................. (84) 9953.8687 ...................... [email protected]/Região Metropolitana Curitiba - PR ....................... Centro ............................... (48) 3322.2917 ...................... [email protected]/Espírito Santo - ES .................................................. Centro ............................... (48) 3322.2917 ...................... [email protected]/Uberaba - MG ......................................................... Centro ............................... (48) 3322.2917 ...................... [email protected]/Piauí - PI ................................................................. Eduardo ............................ (86) 9991.2831 ...................... [email protected]/Uberlândia - MG ..................................................... Luis Fernando .................. (34) 9997.0919 ...................... [email protected]/Belo Horizonte - MG .............................................. Valdemar .......................... (31) 3364.2741 ...................... [email protected]/Norte do Paraná - PR .............................................. Valdecir Veloso ................. (43) 9961.8614 ...................... [email protected]/Curitiba - PR ........................................................... Centro ............................... (41) 2106.6871 ...................... [email protected]/São Paulo - SP ........................................................ Centro ............................... (48) 3322.2917...................... [email protected]/Palmas - TO ............................................................ Expeditto .......................... (63) 3602.2078 ...................... [email protected]

Nosso Programa Educar para oPensar: Filosofia com Crianças,Adolescentes e Jovens busca opor-tunizar a todos um estudo reflexivo,crítico e emancipatório. Tambémlançar-nos para o estudo com maisafinco, dentro da Filosofia e de ou-tras disciplinas, tornar-nos atentospara aprendermos com as crianças eos jovens naquilo que eles têm paranos dizer e, juntos, maravilharmo-nos, fazermos Filosofia. Uma Filo-sofia viva, encharcada de vida emtodas as dimensões.

CONHEÇA mais sobre os nú-cleos e sobre o Centro no portalda filosofia.

Entre em contato com o NUFEPmais próximo de você.

RELAÇÃO DOS NUFEPs - (Núcleos de Fi losof ia Educação para o Pensar) e seus responsáveis

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portaldafilosofia.com.br4

Música e Filosofia

Bia Bedran apresenta canções investigativaso dia 19 de agosto, o Nufep/RJ pro-moveu o Curso Um Dia Bem Dife-rente, com Bia Bedran - professo-ra, escritora e musicoterapeuta

que encanta as salas de aulas com suascanções.Professores e coordenadores das es-

colas participantes do Núcleo de Filoso-fia Educação para o Pensar, no Rio deJaneiro, prestigiaram o evento. As dire-toras do Planeta Criança, CEC e Mira-flores (Barra da Tijuca), Ser e Crescer(Nova Iguaçu), Quintal das Artes (Bota-fogo) e Recriando (Jacarepaguá) parti-ciparam junto com seus professores, ra-tificando a opção pela linha filosófico-pedagógica de incentivar uma cultura dopensamento nos educandos, desde suasprimeiras experiências escolares.As canções de Bia Bedran fazem par-

te das atividades que podem gerar dis-cussões de cunho investigativo nas au-las de filosofia do Programa de Filosofia

Educação para o Pensar.Durante três horas, o curso aconteceu

ilustrando situações filosóficas que po-dem ser aproveitadas no cotidiano esco-lar, ressaltando a importância de apren-der a filosofar desde a educação infan-til. As professoras do INSP, Escola Park,

NúcleosNúcleos

O Jogo e sua importância no ensino da FilosofiaNufep-DF - Escola Pública do GDF- GISNO

Proposta para aula éde grande utilidade

grande importância do jogo éporque ele produz uma ação efi-caz, uma vez que consegue mo-bilizar energias quase impossí-veis de se realizar numa aula

comum ou tradicional.O jogo supera a sensação de perda por-

quenele alguémnecessariamente temqueperder. Jogos competitivos, além da fi-nalidade didática específica a que se des-tinam os jogos se prestam a infinitas pos-sibilidades e trabalham ainda o SABERPERDER e o QUERER GANHAR.

SABER PERDER,porque não se ganha sempre. É precisofazer a aprendizagem da perda e do lutoque a envolve, o reconhecimento da supe-rioridadedos lancesdoganhador, edequenão somos os donos da verdade o tempotodo. Paradoxalmente, até perdendoaprendemos. Mesmo perdendo o jogo,ainda podemos sair ganhando.

QUERER GANHAR.Neste mundo competitivo em que vivemosé preciso aprender com as perdas ou fra-cassos. Que lições podemos tirar daí? Oque deveríamos ter feito para ter tido per-formance melhor? Muito importante e sau-dável é querer ganhar. Aprender a ganhareticamente é fundamental.

Parecer e depoimento :Os jogos e alunos portadores de ne-

cessidades especiais.Observamos na inclusão destes alunos

nas escolas regulares que o jogo mais pro-dutivo era o do tipo cooperativo, pois essesalunos só eram escolhidos para partici-par de jogos onde o grupo ganhava.Isto porque o conjunto se sobrepu-nha e não ficava na dependência porexemplo de que alguém com hipoto-nia muscular ganhasse a corrida. Noentanto, devo ressaltar que o Victor,um de nossos alunos que treinavain tens ivamente natação, devido aum problema que apresentava, eracampeão estadual de natação, dispu-tando com pessoas não portadorasde síndrome de Down.

OBJETIVOS:

a) Os diversos tipos de jogo são utiliza-dos na sala de aula com o fim de propore experimentar novas alternativas deobservação e construção de aprendiza-gem;b) Envolver o aluno na trama lúdica daaprendizagem � papel típico do conhe-cimento filosófico;c) Facilitar a construção de conheci-mentos escolares por meio da interaçãocom o outro e das articulações e ener-gias evidenciadas pelo jogo.

Seqüência de atividades básicas para aintrodução dos jogos na sala de aula:a) Apresentação;b) Diálogo com o grupo sobre a com-preensão e estrutura dos jogos;c) Introdução das regras básicas;d) Realização do jogo em si;e) Discussão dos resultados e utilida-de do jogo experimentado, tal como asaprendizagens construídas com o mes-mo.

A

ETERJ, Golfinho Amigo, Rainha dos Co-rações, CELD e as SME de Cabo Frio ede São João de Meriti foram convidadasa participar da complementação do cur-so, dia 16 de setembro, sobre a práticada filosofia com crianças, a partir dasmúsicas de Bia Bedran.

N

Bia Bedran contagiando a platéia

Comunidade filosófica do Rio de Janeiro canta e aprende a investigar através da música

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portaldafilosofia.com.br 5

omunidade de aprendizageminvestigativa um novo olharcom relação ao ensino da ma-temática foi o tema apresenta-do pela educadora. A seguir,

estão listados alguns resultados ob-tidos pelos participantesMuito enriquecedor e construtivo o

tema proposto. As experiências da pa-lestrante que foram apresentadas fo-ram muito válidas e proveitosas. (Ari-ana V. da Rosa).

No mundo que estamos devemos pa-rar para pensar é através da filosofiaque podemos refletir um pouco no nos-so dia-a-dia. Vocês todos estão de pa-rabéns por se dedicar nesta área.(Fernanda Cidral Abilles).

Adorei a palestra, a conversa, poispude aprender um pouco mais sobre amatemática e filosofia. Com certeza ireirefletir mais sobre a questão da educa-

NOTÍCIAS DA REDE

A filosofia na escola

Novos núcleos do Centro de FilosofiaCentro de Filosofia amplia sua atu-ação em novas regiões do país que,através de escolas e professores co-meçam a conhecer nosso Programae implantar nossos materiais didá-

tico-filosóficos.Assim estamos iniciando novos NU-

FEPs (Núcleos de Filosofia Educaçãopara o Pensar), ligados a estrutura e li-nha filosófico-pedagógica do Centro em

O

Professora Graziela Becker fala sobre aprendizagem investigativa no Centrode Apoio a Terceira Idade - Cati -, em São José, Florianópolis

Depoimentos revelam aimportância dessa atividade

Cção. Uma nova forma de pensar. Voltareinas próximas reuniões. (Juliana V. deAndrade)

Extremamente competente. Sempreteve uma meta a construir e a segue seorientando por pistas que a levam aatingir, sabe inovar; criativa; criteri-osa. Excelente educadora e sempre "su-jeito aprendente" em todas as condi-ções. Sinto-me extremamente feliz porela ter sido uma das minhas orientado-ras na Univali, no curso de pedagogia.(Neusa Terezinha Valentim).

Excelente e pertinente a preocupaçãoda professora com a interdisciplinarida-de que é o que pode mudar alguma coisadentro da educação. O grupo que presen-te também foi importante para a realiza-ção do encontro, pois houve questiona-mentos importantíssimos sobre o tema.(Geverson L. Godoy)Apreciei muito as reflexões do pales-

trante que abre a discussão filosóficapara desfragmentar o modo de se fa-zer da escola hoje. Há necessidade deabrir a nossa mentalidade a fim deajudar os nossos alunos e a nós mes-mos, abrir-se ao novo. (Mara Mar-tins)

Muito importante que pessoas, comoa professora Graziela, tenham empenhona implantação de uma nova visão deeducação e possam partilhar com os ou-tros educadores.(Rita de Cássia Fer-reira)

Maravilhoso! Descobri que precisopensar. Estou aqui pensando como ava-liar. Só posso dizer que fui estimulada apensar de forma crítica durante toda apalestra e me encontrei com tantos confli-tos que consegui compreendera realidadedoensino na educação atual. Agora abri umcaminhopara entender oaprenderdosmeusalunos. (Michele da Silva)

Para que professores e escolas possam beneficiar-se de toda estrutura do Centro

Conselheiro Lafaiete/MG, Foz do Iguaçu/PR e Porto Alegre/RS.A razão da existência do NUFEP é fazer

que o Centro, seu Programa, seus materi-ais didático-filosóficos, seus projetos, suaformação de professores, estejam aconte-cendo próximo aos colégios, professores ealunos.Queremos apresentar os novos Núcleos

que começam a se estruturar e já estão vi-sitando colégios em suas áreas de atuação,chamando professores, planejando even-tos. Fazendo assim um verdadeiro traba-lho de implantação, assessoria e acompa-nhamento junto aos colégios e professores.NUFEP/Foz do Iguaçu-PR que está lo-

calizado na Kunda Livraria UniversitáriaNUFEP/Porto Alegre-RS que está loca-

lizado na Cepal Livraria e PapelariaNUFEP/Conselheiro Lafaiete-MG sob a

responsabilidade do Prof. Cristian

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6 portaldafilosofia.com.br

Prêmio "Amigos da Filosofia - 2006"or ocasião dos encerramentos das fes-tividades dos 15 anos e dos trabalhosjunto com escolas, professores, alu-nos e suas famílias, o Centro de Filo-sofia Educação para o Pensar insti-

tuiu o Prêmio Amigos da Filosofia em 2005.Esta premiação passou a ser anual e a par-tir deste prêmio o Centro quer tornar pú-blico e reconhecer os trabalhos de profes-sores e instituições em prol de uma educa-ção filosófica e reflexiva nas escolas e uni-versidades de todo o território nacional, jun-to às crianças, aos adolescentes e aos jovens.Com a finalidade de incentivar, apoiar e

divulgar as iniciativas e práticas para me-lhorar a educação e a qualidade de vidados alunos e professores através do En-sino Reflexivo, filosófico, este é o objetivoinstituído nas duas categorias do prêmio.Juntamenteàcelebraçãodos17anosdoCen-

trodeFilosofiaEducaçãoparaoPensar, duran-

te o Congresso Regional em Florianópolis, nomêsde julho,oPrêmioAmigosdaFilosofia tam-bém teve seudestaque ao completar sua segun-da edição. Seis educadores e seis instituiçõesforam agraciadas e receberam troféus pelame-lhora do ensino e da educação filosófica nas es-

P

CelebraçãoCelebração

Homenageados são os grandes propulsores da educação filosófica

colas brasileiras.Entre as centenas de professores indicados,

através do portaldafilosofia.com.br, três foramos homenageados; Thiago Cristian BarbosaNunes eMaria da Paz Fonseca e Costa de Con-selheiro Lafaiete/ MG e Márcia Senna, do Riode Janeiro.A diretoria do Centro de Filosofia Educação

paraoPensar elegeumais três pessoaspúblicase de grande importância no cenário filosófico,no quediz respeito à obrigatoriedadedo ensinode Filosofia e Sociologia, tanto em Santa Cata-rina como nacionalmente. Para fechar essegrupo de premiados, foram escolhidos Pe-dro Francisco Uczai, de Santa Catarina,Ângelo Vanhoni, do Paraná e Dr. Riba-mar Alves, do Maranhão. "A Filosofiapode ser o instrumento fundamental dacidadania", afirma o ex-prefeito de Cha-pecó e autor da Lei que obriga o ensino deFilosofia no Ensino Médio Catarinense.O maranhense, Dr. Ribamar, acrescen-

ta: "Sigamos agora para a obrigatorie-dade no res tante das séries, porquepara o Ensino Médio a conquista foi fei-ta".As instituições mais indicadas no portal,

entre Agosto/05 e Abril/06, e que recebe-

ram seus troféus são o Colégio Santa Rita(Fasar), de Conselheiro Lafaiete/ MG, colé-gio Equipe Grau, de Nilópolis/ RJ e o Cen-tro Educacional Ludo, de Castelo/ ES. Adiretoria do Centro premiou o Labora-tório de Ensino de Filosofia e Sociolo-gia - Lefis e a Biblioteca Superior de Cul-tura Simpozio (Evaldo Pauli) - Santa Cata-rina; e o Departamento de Pós-graduaçãoem Educação da Unicamp (Luis Aguiar) -Campinas.O momento mais valioso da premiação

ficou por conta das palavras proferidas pelo

primeiro professor de Filosofia da UFSC,filósofo e presidente da Academia Catari-nense de Filosofia, Evaldo Pauli. Em seubreve discurso de agradecimento, deixouclara a real necessidade da educação filosó-fica em todos os níveis e saudou a discipli-na que ele aplica diariamente em sua vidaprofissional e social. "Nesses meus 81 anosde vida, a Filosofia é que me mantém escre-vendo e produzindo mais materiais para aprosperidade. As pessoas passam, mas asinstituições ficam. Viva a Filosofia!", finali-za Pauli.

Evaldo Pauli e equipe sendo homenageadoscom o troféu Amigos da Filosofia

Pedro Francisco Uczai, Márcia Senna eÂngela Paiva na premiação

Ângela Paiva, a primeira homenagem danoite

Thiago Cristian Barbosa Nunes o maisnovo homenageado

Representante de estabelecido ÂngeloVanhoni recebe prêmio das mãos de João

Maria Pires

Thiago Cristian Barbosa Nunese Dr. Ribamar Alves

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Filosofando na Fazenda

o conhecer o significado etimológi-co da palavra Filosofia - amizade,amor á sabedoria - pode-se dizer quea essência do filosofar é a reflexão. Apalavra reflexão tem vários significa-

dos que possuem relação direta com o tra-balho filosófico: revelar, mudar de direção,desviando da direção inicial, retomar, re-troceder, reconsiderar os dados disponíveispensar de forma madura, meditar, revisar,analisar, examinar, prestar atenção...

Aqui vale, no entanto, uma colocaçãoimportante: a Filosofia, além de ser um tra-balho de reflexão, também apresenta umconjunto de conhecimentos, formas de vero mundo, critérios para nortear a ação daspessoas."Os filósofos exprimem sempre, em cadainstante, o pensamento de um grupo social,de classe ou povo a que pertencem ou re-presentam. Eles são os teoristas, os que ex-plicam e interpretam os desejos, as tendên-

cias e as reivindicaçõesdesses grupos, classesou povos. Seu pensa-mento depende da situ-ação de domínio ousubmissão em que seencontra o seu grupo,classe ou povo, em re-lação a outros povos,

grupos ou classes. depende de estar no po-der ou em luta pelo poder, em ascensão ouem decadência" (Basbaum apud Luckesi,1993, p. 25)

Trata-se de um corpo de conhecimen-to constituído a partir de um esforço que oser humano vem fazendo para compreendero seu mundo e dar-lhe um sentido, um sig-nificado compreensivo. Corpo de conheci-mentos, em Filosofia, significa um conjun-to coerente e organizado de entendimentossobre a realidade. Conhecimentos estes queexpressam o entendimento que se tem domundo, a partir de desejos, anseios e aspi-

rações (Luckesi, 1993, p. 22).A Filosofia procura pensar e refletir a

vida além daquilo que o senso comum per-cebe num primeiro instante, ou seja, alémde sua pura aparência.

Exercitando a mente:

Sócrates afirmou que "A vida se reflexão nãomerece ser vivida". Comente essa afirmação.

- Pense e escreva sobre a importância do Ensi-no de Filosofia aprovado como obrigatório noEnsino Médio a partir de 2007 em todas asescolas do Brasil.

Bibliografia:HEERDT, Mauri Luiz.Pensan-do para viver: alguns caminhos da filosofia.Col. Filosofia o Início de uma Mudança, Ed.Sophos: Florianópolis/SC, 2005, págs. 15, 16 e33

5) ENSINO MÉDIO Filosofia: Um Trabalho de Reflexão

A

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ara estudar o pensamento das crian-ças, para que sejam elas mesmas asverdadeiras protagonistas da apren-dizagem é indispensável registrar asconversas, relê-las, compreen-

der seus diferentes pontosde vista e as estratégiasque revelam" (Zabalza,1998, p. 136).

Isso significa que épreciso construir com elaatitudes que ensinem umpensar crítico sobre o "estaraí" no mundo onde se situ-am, desde a mais tenra idade,desenvolvendo assim o "SerCidadão".

Para tal, torna-se necessá-rio oferecer oportunidades quefavoreçam a pesquisa, a busca, ointeresse, a curiosidade naturalque é inata na criança, tendo pre-sente o que recomenda a Lei nº 9.394/96,em seu 6º capítulo, sobre a Educação Infan-til (art.29): "A educação infantil tem como

finalidade o desenvolvimento integral dacriança até os 6 anosde idade, emseus aspec-tos físico, psicológico, intelectual e social, com-

plementando a ação da família eda comunidade" (LDB, 1996, p.51).Significa que, no período re-ferido, a escola precisa tra-balhar ativamente sobreesses aspectos que sãodeterminantes na vidado ser humano. No as-pecto intelectual, estáimplícito um trabalhofilosófico bem estru-turado, que estejapróximo do mundoconcreto, da vidade cada uma des-

tas crianças. "Os sistemasde ensino velarão para que as crian-

ças... recebam conveniente educação em es-colas maternais, jardins de infância e insti-tuições equivalentes" (LDB, 1996, p. 53),possibilitando um processo pedagógico que

Conversando com o Educador Infantil2) EDUCAÇÃO INFANTIL

SOLIDIFICAÇÃO FILOSÓFICApossa concretamente desenvolver a capaci-dade de apreender. É importante, nesta fai-xa etária, que o(a) Educador(a) Infantil te-nha como objetivo construir com a criança,além de conhecimentos e habilidades, a for-mação de atitudes e valores.

Exercitando a mente:As nossas brincadeiras

Organizar um cartaz onde serão colocadasbrincadeiras para os alunos. Este cartaz po-deria ter uma classificação de brincadeiras:aquelas com as quais eu me divirto sozi-nho, aquelas nas quais preciso de parti-cipação dos outros, aquelas que preci-so construir... (solicitar que os alunos en-contrem gravuras de brincadeiras para umcartaz.)

Bibliografia: VALENTIM, Neuza TerezinhaPinto; WONSOVICZ, Silvio. O Meu quintal:material do professor. Col. Filosofia o Início deuma Mudança, Ed. Sophos: Florianópolis/SC,2001, págs. 51 e 57

4) FUNDAMENTAL II

ma viúva econômica e zelosa tinha duas empregadas.As empregadas da viúva trabalhavam, trabalhavam etrabalhavam. De manhã cedo, tinha de pular da cama,pois sua velha patroa queria que começassem a tra-balhar assim que o galo cantasse. As duas detesta-vam ter de levantar tão cedo, especialmente no in-

verno, e achavam que, se o galo não acordasse a patroa tãocedo, talvez pudessem dormir mais um pouco. Por isso, pe-garam o galo e torceram seu pescoço. Mas não estavam pre-paradas para as consequências do que fizeram, porque o re-sultado foi queapatroa, semodespertadordogalo, passouaacor-dar as criadas aindamais cedo e punha as duas para trabalhar nomeio da noite.Moral: Muita esperteza nem sempre dá certo.

Fábulas de Esopo

Fundamentação - A frase do poeta Goethe "Nós nãoverºiamos o sol se nossos olhos não fossem solares" podelevar à reflexão de que, quando fazemos algo, fazemo-lo por-que externamos o que temos dentro de nós. Ninguém faz algoque não tenha dentro de si.

Nossa mente trabalha com es-truturas, que têm uma cadeiaenorme de relações dentro denossa cabeça. Temos talvez pou-cos dados, mas suas combina-ções elevam as possibilidades derelações. Podemos comparar asletras do alfabeto da língua por-tuguesa: 23 letras possibilitamcentenas de milhares de combi-nações e cada uma diferente da

outra. Observe só com a letra "a" quantas combinações temose quantas palavras não repetidas temos.

O mesmo fenômeno acontece com o projeto genoma. Agrande surpresa dos cientistas do projeto genoma foi que en-contraram poucas raízes originárias dos elementos da nature-xa na constituição genética do ser humana e uma incalculávelrelação entre elas. Um desses cientistas, numa entrevista, afir-mou que não passavam de mil e poucas raízes originárias.

Nossa mente também trabalha com estruturas mais oumenos semelhantes. A lógica é uma atividade mental que Aris-tóteles tentou decifrar para possibilitar o entendimento, o fun-cionamento e a apropriação do reto uso da estrutura mental.

Muitos tentaram definir a lógica como uma arte, uma

ciência. (�) Muitos aucomo ciência, pois a lócias. A psicologia tambcomo ciência. O que aobjeto, que é a estruturobjeto as operações ina lógica seja conceituaprática, exercício, treimento. (�)

A pergunta queSe, pela lógica, chegammos conhecer a verdabom senso, porém, umconsistência ao argum

Numa avaliaçãose pela observação e jurações mentais: relaçconjunto relacional, pgico. Por isso, muitasas pessoas dizem: "Coé o mesmo que dizer:Então, é ou não impo

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U

LÓGICA, O QUE É?A velha e suas criadas

Uma história para investiga

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O que aprendemos logo na escola?

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ciência. (�) Muitos autores questionam a definição de lógicacomo ciência, pois a lógica foge aos padrões precisos das ciên-cias. A psicologia também levou muito tempo para se afirmarcomo ciência. O que a determinou assim foi justamente seuobjeto, que é a estrutura mental de conhecer. A lógica tem comoobjeto as operações intelectuais. Alguns autores propõem quea lógica seja conceituada como arte, pois a arte exige técnica,prática, exercício, treino e método para se aplicar ao conheci-mento. (�)

A pergunta que se faz agora, diante dessa afirmação, é:Se, pela lógica, chegamos ao conhecimento verdadeiro, pode-mos conhecer a verdade sem a lógica? A resposta é sim, pelobom senso, porém, um raciocínio elaborado com lógica dá maisconsistência ao argumento. (�)

Numa avaliação aritmética, 70% das questões resolvem-se pela observação e justaposição dos enunciados. Esters ope-rações mentais: relação, inferência, dedução, indução, numconjunto relacional, podem ser denominadas pensamento ló-gico. Por isso, muitas vezes, diante da solução de um enigma,as pessoas dizem: "Consegui resolver, porque era lógico!" Issoé o mesmo que dizer: "É evidente. Sem dúvida. Tá na cara!"Então, é ou não importante a lógica?

Construção de idéias interdisciplinares

1. Pergunte aos professores das outras matérias qual é a sequ-ência lógcia dos temas e por que estão assim dispostos. Façaseu comentário sobre a explicação que ele der.2. Descubra a lógica de alguma invenção ou descoberta, peçaajuda ao professor de Ciências se necessário. Separe os passos eenumere-os.

DESAFIO MENTAL - Jogo da velha lógico-Faça o gráfico do jogo da velha.-O número maior que se pode colocar dentro do gráfico é 9.-São dois os jogadores. Em comum acordo, escolham um núme-ro que não ultrapasse 81 para alcançar.-Ganhará quem, a partir da terceira jogada, conquistar o núme-ro acordado. Chega-se ao número acordado pela soma em dia-gonal ou paralelo dos números do gráfico.

Exemplo: número acordado é 15

ais do que decodificar palavras, ler é tal-vez, dos atos mentais, o mais rico, poisestá diretamente relacionado com a ati-tude do ser humano diante do mundo.A ação de ler está intimamente relacio-

nada à ação de ver. É bom alertar, que quandoaqui se usa o verbo ver, este não é entendido nosignificado de olhar ou enxergar. Um cego podetambémver, apesar de não poder enxergar. Ver nãoé uma ação do corpo,mas damente humana. Pode-se dizer que o verbo foi inventado para comportar aidéia de imaginar com o corpo todo e não só men-talmente. Por exemplo, quando se diz: Eu vejo umfuturo diferente para os injustiçados, ou Eu estouvendo que isso não vai me levar a nada.Quando investigamos a importância do ver-

bo ler, nos deparamos com as possibilidades doverbo ver.Portanto, de forma alguma ler é somente

decodificar palavras. Mesmo o corpo, conformePierre Weill em O corpo fala, pode ser lido. As-sim também as feições, a temperatura, os nú-meros, o clima, a linha das mãos, as regras so-ciais, os símbolos, os gestos, as obras de arte,etc.O reconhecimento e o desenvolvimento de

novas áreas do conheci-mento humanomuito co-laborou para ampliar opróprio significado doato da leitura. Numa épo-ca em que falamos deMúltiplas Inteligências ede Inteligência Emocio-nal, é fundamental aaprendizagem das leituras

de diferentes linguagens.É vasta a bibliografia sobre o assunto,mas o pri-

vilégio do contato direto que os professores têmcom os alunos, nos ensina o quanto a atitudeinfantil prossegue amesma, de geração emgeração.Nesta atitude encontramosmuitas respostas, poisas crianças se maravilham constantemente nasua releitura das coisas do mundo. Na leiturados contos, a insistência dos menores em ouvi-rem ou verem as ilustrações da mesma históriainúmeras vezes, nos indica o quanto é essencial fa-zer um quadro das coisas para poder entendê-las.entender o mundo é uma fome a de ler. Mas, acada nova leitura, um novo entendimento podeocorrer.Quando a leitura começa? é somente quan-

do nos alfabetizamos que começamos a ler? Tal-vez, por causa do tradicionalismo da nossa educa-ção, primeiramente os professores terão que perce-ber que não começamos a ler na escola. Talvez, paraa maioria, a escola tenha sido o local da alfabetiza-ção, mas não da aprendizagem da leitura. O pro-fessor se convencendo disso, talvez fique mais fácil

3) FUNDAMENTAL I

ALeitura valorizar os saberes que o aluno traz consigo. Nós,não podemos desprezar as informações adquiridase acumuladaspornossos alunos. Precisamosapren-der a considerar honestamente o que eles têm a nosdizer.A escola deve dar ao aluno a possibilida-

de de conhecer as coisas pelo nome , as coisasque ele já tem a capacidade de fazer. Todos ossímbolos que a cultura lhe traz, foram criadospor outros seres humanos, semelhantes a ele.Portanto, é uma cultura que tem a ver com ele,e por ele pode ser assimilada. Entre esses sím-bolos criados pela cultura, durante os sécu-los, está o de maior prestígio social: a escrita e

sua leitura.

Exercitando a mente: Lendo

Os alunos, em dupla ou trio, deverãosair da sala e ler o que alguma pessoa este-ja fazendo: no pátio, na sala dos professo-res, na secretaria do colégio, na cantina, narua, etc. Ao retornarem deverão relatar oque eles leram.

Bibliografia:WONSOVICZ, Silvio.OMe-nino e a caboré: material do professor. Col.Filosofia Fundamental, Ed. Sophos: Florianó-polis/SC, 1998, págs. 52 - 54 e 56

Ler é somente decodificar palavras?

M

história para investigar

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portaldafilosofia.com.br10portaldafilosofia.com.br

EDUCAÇÃO PARA O PENSAR:a filosofia em nossa vida

ual é o sentido de crianças e jovens selimitarem a receber repasses de infor-mações e aprenderem a reproduzir co-nhecimentos estáticos e prontos? Porque aprender concepções e verdades ab-

solutas que engessam o processo de ação e re-flexão diante do mundo e de sua própria exis-tência? Aqui reside, em grande parte, a problemá-tica do ensinodaFilosofia: repassemecânico de te-orias desarticuladas da realidade.Rever o ensinamento de uma Filosofia estrita-

mente conteudista e, por outro lado, adotar umaFilosofia crítica e metodologicamente articulada éum desafio, tendo-se em vista que a partir de umaaprendizagem filosófica, cria-se a possibilidade dedesenvolver nas crianças e jovens suas capacidadescognitivase intelectuais.Como?Pormeiodeumavivên-ciasocial,culturalepolítica,quenadamaisé,doquecon-tribuirparaoexercíciocrítico,criativoecriteriosodeumaconsciência cidadã.Para buscar um ensino de Filosofia que ocu-

pe seu espaço e que seja condizente com o mo-mento histórico, é fundamental que se parta deseu próprio existir e de sua contribuição histó-rica. Não podemos pensar um programa quecontemple toda a história da Filosofia, bemcomo fica difícil visualizar um ensino filosóficosomente com temáticas soltas, sem um eixo, umfio condutor. É fundamental considerar-se a in-trínseca pluralidade da Filosofia expressa nasdiversas correntes e linhas filosóficas.

O Centro de Filosofia quer com este caderno oportunizar momentos de reflexão e também contribuir com alunos,professores e simpatizantes da filosofia para o aprimoramento da arte de Bem Pensar.

A nossa intenção é abrir espaço para que em sala de aula oumesmo emmomentos livres, os simpatizantes do bem ebom pensar possam se exercitar. Estamos abertos a contribuições para os próximos Cadernos Especiais.

Introdução:

Como este ensinodeve se dar? Partindodestes conceitos e dasconcepções que os indi-víduos apresentam, jun-to aos conteúdos filosó-ficos, buscando umanova visão, via investiga-ção e discussão. Assim,amealham-se subsídios

para uma análise teórica e para a compreensão docotidiano do aluno.O ensino filosófico precisa ser dialógico e dinâ-

mico junto aos outros conteúdos. Um ensino filosó-fico de qualidade não se limita à interdisciplinari-dadedos conteúdos, ou à interação coma realidade,à experiência dos alunos, à definição da linha epis-temológica do professor, ou ainda, à estrutura cur-ricular voltada para a história da Filosofia ou temasatuais. É preciso considerar os procedimentos me-todológicos adequados, os instrumentos e a visãodeavaliação condizentes coma aprendizagem filosófi-ca das crianças, adolescentes e jovens.O ensino filosófico, com as crianças, adolescen-

tes e jovens, portanto, na educação infantil, noensino fundamental e médio, deve contribuirpara a formação de uma consciência crítica,abrir o entendimento para as formas atuais dedominação e opressão que estão presentes emtodas as relações sociais da vida, manifestadaspor ideologias e convenções. Deve-se aprender

a pensar, através da Filosofia, fazendo-se umacrítica constante à cultura dominante e às manifes-tações que nos levam a um pragmatismo reducio-nista da vida. Para nós, a premissa reside em reco-nhecer que todos oshomens são filósofos, enquantopensam e agem racionalmente, como dizia Grams-ci. É papel essencial da escola, oferecer uma forma-ção que leve ao aprimoramento constante da racio-nalidade.

(continuar leitura em http://www.portaldafilosofia.com.br/corujinha)

- A partir da leitura feita do texto acima, pense eresponda individualmente ou em equipe:

1) A filosofia é só ler e receber repasse de idéi-as e conteúdos?2) O que podemos entender como Filosofia crí-tica e metodologicamente articulada?3) Como conseguir que o ensino da filosofiaseja dinâmico junto aos outros conteúdos daescola?

Bibliografia: WONSOVICZ, Silvio. Filoso-fia? Sim, e para todos!. Vol. Um, Coleção Co-nhecer para Projetar o Futuro, Ed. Sophos: Flo-rianópolis/SC, 2005, págs. 70 - 72

1) LER E COMPREENDER

QImportância da Filosofia no Ensino

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Congressos Regionais abrem preparaçãopara o 4º Congresso Nacional

esde Julho de 2006, alguns eventosfilosóficos começaram a montar aagenda para o 4º Congresso Nacio-nal que será realizado em Brasília,

de 17 a 20 de Julho de 2007.A ilha de Santa Catarina, Florianópo-

lis, recebeu o primeiro congresso regional,no mês de Julho de 2006 e, com muitodestaque, serviu de base para o anúnciodo Movimento Por uma Educação para oPensar que luta pela implantação defini-tiva da Filosofia no Ensino Fundamental.�Este Congresso contribuiu em minha

vida pessoal pois espero que quando tra-balhar em sala de aula e fora dela eu pos-sa usar esses conhecimentos fantásticosaqui aprendidos.�, relata o Prof. DanielTrapani.No final do mês de Setembro., na ci-

dade de Londrina, no norte pioneiroparanaense, aconteceu o Encontro Re-gional de Educação para o Pensar quetrouxe mais reflexão aos educadores e lan-

DA Filosofia vem reunindo educadores na busca de uma Educação para o Pensar

EventoEvento

Educadores atentos às oficinas oferecidas Grupo de professores a caminho de mais reflexão

çou o livro Eureka, da Editora Sophos, dosautores Valdecir Veloso e João RobertoGarcia.�Fomentar ainda mais a Filosofia no

Ensino Médio é uma das nossas grandesmetas, buscando uma educação emanci-patória e investigativa�, acentua Veloso.Para Outubro, o Centro de Convenções

do Barra Shopping reserva espaço para oIII Congresso Educação para o Pensar, du-rante os dias 6 e 7, a partir das 8h30. Den-

tro deste mesmo evento, será realizado oV Encontro de orientadores educacionaisdas secretarias municipais de educação.�A realização destes encontros e congres-sos é para que possamos levantar todasas situações filosóficas e termos umCongresso Nacional de acordo com asnecessidades e realidades de educado-res e educandos em nosso País�, alega Sil-vioWonsovicz, palestrante e presidente doCenfep.

Cursos e palestras oferecidos aos professores e paisLevar a discussão filosófica aos familiares é parte do processo

o atual momento que vivemos, ondenão temos tempo nem para respi-rar por conta das nossas atividadese obrigações é urgente encontrar-mos espaçosparavivermosenosaper-

feiçoarmos. Professores e pais cada vez maissobrecarregados de atividades e obrigações, asinstituições e empresas precisando de profissio-naismuitomaispreparados.�A importância da formação continua-

da aos professores e pais é fundamentalpara que possamos estar atentos aos de-safios do educar em nossos dias�, afirmao prof. Silvio Wonsovicz, presidente doCentro de Filosofia.Dentro da situação constatada temos os

principais seres de nossas vidas e opções,os filhos, os alunos. Perguntas são feitaspara todos ouvirem ou em reflexões fei-tas: Como educar hoje? Que atitude tomardiante das situações que passamos e cria-mos? Por que as crianças e adolescentessão como são? O que ensinar e por queensinar? Quais valores são fundamentaispara vivermos bem em nossa sociedade?�e tantas outras perguntas.

NO Centro de Filosofia, juntamente com

os seus Núcleos, em diversos lugares doBrasil tem oportunizado momentos de re-flexão com palestras, café com idéias, cur-sos de formação, reuniões. Tendo certezade que estas ações estão contribuindo para

um pensar crítico, criativo.Significativa presença de professores,

pais e alunos de universidades nos even-tos realizados nos meses de julho até se-tembro e que contaram com a presença depais e professores. Vale ser registrado:

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Atividade realizada a partir do Paradidático Filosófico "Águas da Vida", na Semana do Meio Ambiente

Projeto Meio Ambienteprojeto Meio Ambiente, do Cen-tro Educacional Recriando, emJacarepaguá, no Rio de Janeiro,visa transversalizar e contextu-

alizar informações consistentes den-tro de uma perspectiva que favoreça aconstrução do pensamento democráticoreflexivo e conscientização da participa-ção de todos, em prol dos cuidados e pre-servação da NATUREZA.O eixo principal do projeto versa

sobre a EVOLUÇÃO DO HOMEM E ASCONSEQÜÊNCIAS DO PROGRESSO.Cada turma apresenta um bloco temá-tico sobre o assunto, objetivando o fa-vorecimento da apreciação, compre-ensão e reflexão dos alunos, familia-res e visitantes. Cada bloco tem por fi-nalidade apresentar a progressão daconstrução informativa sempre evi-denciando o envolvimento dos seresvivos, (o homem, as plantas e os ani-mais), com os materiais do MEIO AM-BIENTE, como: o solo, a água, o ar, a

Este trabalho teve início a partir do diagnóstico da realidade encontrada neste nível escolar

Uma nova visão na proposta educacionalA filosofia na escola

bservamos que muitos alunos apresen-tam comportamentos que, de acordo coma fase do desenvolvimento que ocorre,(pois é um processo natural), percebe-se

a necessidade de um trabalho pedagógicomaisdirecionado às questões essenciais, para o de-senvolvimento da criança, tais como: a cons-trução e percepção da identidade, da persona-lidade, da afetividade, da aceitação das diferen-ças, da responsabilidade individual e coletiva,da autonomia, dos limites etc.. Tudo isso, emprol de um convívio social, para que, hoje e fu-turamente possam fazer parte da edificação deuma cultura de paz.A metodologia que está sendo aplicada com

este trabalho é a criação de bonecos, onde osmes-mos são confeccionados a partir da visão demun-do que os alunos estão percebendo dos fatosocorridos na sociedade.Estamos obtendo vários resultados que além

de nos ter direcionado as ques-tões essenciais para o desenvol-vimento da prática pedagógica,também aborda a questão deconvívio social.Além disso, estamos obser-

vando que está sendo um meiode integração entre família x co-munidade x escola. Este projetofoi umdos temas principais numCongresso sobre educação reali-zado na Faculdade Tuiuti do Pa-raná - em Curitiba e numa Jornada Científicada Faculdade Dr. Leocádio José Correia, tam-bém na capital paranaense.Ademais, gostaríamos de salientar que o re-

ferido projeto possui o Certificado de Regis-tro pela Fundação Biblioteca Nacional - Mi-nistério da Cultura, onde protege à literalida-de deste trabalho.

Estes são os bonecos queutilizamos como metodologia

no referido Projeto .Algumas características:

Hiperatividade, NecessidadeEspecial educativa visual,

Necessidade Especial educativaauditiva, Necessidade Especialeducativa física, Câncer.........

luz e o calor; e a fina sintonia da ocupa-ção doHOMEMe, conseqüentemente, osproblemas decorrentes dos impactos am-bientais provocados pela exploração não-racional e, muitas vezes, abusiva, da fauna eda flora, levando à extinçãoplantas, animaise a própria água.E notória que a grande explosão no

avanço científico e tecnológico estávinculado às contribuições de erros eacertos da HUMANIDADE, na suadesmedida ocupação do ambiente.

É pautada nestas informações quenão podemos perder de vista a neces-sidade de formação de VALORES vin-culados às VIRTUDES CIDADÃS denossa comunidade escolar, como porexemplo: conscientizar para o desen-volvimento de hábitos adequados paraa saúde, o respeito e a preservação doMEIO AMBIENTE, que utilizamoscomo instrumento esta exposição deatividades construídas pelos nossosalunos.

O

O

FILOSOFIA

EDUCAÇÃO INFANTIL Centro Educacional Recriando-RJ

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A necessidadeda formação

para professores

omecei a me indagar sobre a possi-bilidade do conhecimento e percebiqueaexperiênciadoconhecerpassapelo viés daEscola.Quando falo emescola,estouremetendoaresponsa-

bilidade direta aos educadores, sejam elesfrutos de uma educação retrógrada ou cons-trutivista.A importânciadese terprofessores (mes-

tres/educadores)bempreparadosédesumaimportância, uma vez que a sociedade e osavanços científico-tecnológicos dependemexclusivamente da maneira como os indiví-duossociais sãodirecionadosnoprocessodeensino-aprendizagem.Comecei tambéma indagar quando o ser

humanocomoumserdetotalidade imparci-al começa a conhecer.Muitas são as teorias,mas entre Platão que afirma que o homo sa-piens jánasce sabendoeDescartes, que afir-maqueelenascecomoumafolhaembrancoaserescritaduranteoperíodointegraldesuavida, restammuitas dúvidas.O fato é de quequalquer criançaquandonoprocessode suaevolução, tende a alcançar o conhecimentodo mundo e das coisas que estão ao seu re-dor.Preocupa-me quando vejo que os produ-

tos do saber científico servem a uma ideolo-gia de capital. Afirmar que o homem apren-de/apreende o conhecimento não é umpro-cessonatural, remeteapensarquetudoaqui-lo que construímos no viés do conhecer, sir-va para umdeterminado fim.Cuidado!Essaidéia émuito reducionista.Mas, preciso esclarecer o título: "Sobre a

Necessidade de Formação de Professores" -nota-se que quando está se falando em pro-fessores,nãoseestánecessariamentedireci-onando-se à educadores. Sim, professoressão aqueles que professam o que sabem, oqueaprenderam.Educadoressãoaquelesqueeducamdeumadeterminadamaneira. Pen-so que aqui entra o lado positivo do profes-sor: "ele é quem dá continuidade ao proces-so da condição do aprender".Vejo com extrema necessidade a forma-

ção de professores no âmbito de que todosnós, sejamosmestres de qualquer área, pro-fissionaishabilitadosparatal,possamosjun-tospensarnovas escolhasdeatitudesprofis-sionais, amparando-osunsaosoutrosquan-do existe a necessidade do crescimentomú-tuo enquanto desbravadores do campo edu-cacional, por isso, somo assim como somos:preocupados como saber!

Com 818 alunos distribuídos noEnsino Fundamental 2ª fase,Ensino Médio, Educação de jo-vens e adultos e classe especial,funcionando em três turnos,

sendo em sua maioria absoluta oriun-dos de comunidades muito carentes, ocolégio aderiu aomaterial do Centro deFilosofia Educação para o Pensar.Gostaríamosdedestacarosucessodo

Projeto: Educação para o Pensar, emnossoColégio. Iniciamosaarticular estapossibilidade em 2005, quando da pa-lestra do Prof. SilvioWonsovicz, que sedispôs, gentilmente, estarapresentandoo trabalho para toda a equipe. Imple-mentamos efetivamente oProjeto apartir do 1ºsemestre deste ano e os resultados não poderi-amsermelhores. A satisfaçãodos alunos comotrabalhodesenvolvido,aparticipaçãodestesnasaulas, a produção de textos e as mais diversasformasdese expressaremedemonstraremsuasreflexões sobre os temas abordados e tantosoutros apontados por eles próprios. Este cres-cimento foi percebido claramente na 2ª ediçãode nosso livro (escrito, ilustrado, criação dacapa) tudo feito por eles, bem como, no desen-volvimento do ProjetoMinha Terra Tem, e quequandocomparadoaproduçãode2005,perce-be-se uma distância significativa entre os mes-mos. Quer na escrita propriamente dita, querna construção do raciocínio, quer na discussãotravadacomelepróprioououtrosnotexto.Alémde toda uma abordagem percebida nas ques-tões sociais, políticas eeconômicas, quernases-

Os sonhos ensinama crescer

Situado no Vale do Paraíba, região sul fluminense, a instituição inicia nova fase

feras da família, comunidade, município, e atémesmo a níveis nacionais e internacionais. Pa-rabenizamos toda a equipe envolvida na di-vulgação deste Projeto, que é capaz sim, demostrar uma nova perspectiva de Educação.Não a Educação voltada para conteúdos eprovas, mas para aquela EDUCAÇÃO capazde libertar e transformar seres humanos emcidadãos determinantes e atuantes dentroda Sociedade. E com certeza, a partir daí,teremos então um País mais justo e real-mente preocupado com seu povo.Introduzimos o projeto desde a 5ª série

até o 3º ano do ensino médio, com resulta-dos fantásticos, acabando por refletir de for-ma palpável em nosso livro, lançado no úl-timo dia 16, com textos maravilhosos escri-tos por nossos educandos. A alunaThaís Félix Miguel Evangelista, da 6a sé-

rie, expressa um pouco do seu recenteaprendizado. "Para mim a Filosofia é umacoisa que ensina não só para um bom tra-balho. A Filosofia ensina a gente navida,ensina a gente lidar com a vida. Tem aver com todos, não só com os alunos, mastambém com nossa família e toda a so-ciedade. Faz com que a vida seja melhore levá-la a sério tanto quanto sua escolasuas amigas e sua família. Ensina-nos abatalharmos para conseguir o que que-remos e não fugir com medo do que pos-sa acontecer. Criar asas para uma vidanova e nunca desistir da nova vida.O sonho está em jogo nesta aula, e pode-

mos nos libertar para uma vida melhor. Avida nos ensina tudo isso, como os so-nhos ensinam a crescer, e sempre andarpara frente e nunca voltar. As aulas quemaisgostei foram: borboleta, sinais e símbolos".

Educadores devem ser eternos estudantes

Colégio Estadual Jayme Silvestre Camargo - Barra Mansa/RJ

C

Cartaz criado pelos alunos no Projeto Escola Viva

Professora e alunos botando a mão na massa

* Prof. Rudinei B. Augusti

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A efetivação e seu significado

ênix, uma ave mitológica grega,ilustra bem a capacidade de recons-trução do ser humano. Conta-se queela era um grande pássaro, semelhantea uma águia. Alimentava-se de incenso

e raízes perfumadas. Vivia 500 anos e, antesde morrer, construía seu ninho em forma de pira,com cinamomo, nardo e mirra. Deitada nesse ni-nho perfumado exalava seu último suspiro. Quei-mado pelo sol, seu corpo transformava-se em cin-zas, de onde nascia uma nova ave para viver mais500 anos.Vivemos em uma época em que a Edu-

cação é ou precisa ser a fênix recém-nascida, majestosa e assustadora,de olhos bem abertos, de costaspara o passado, a nos propor desa-fios políticos radicais e intrigantes enigmas éti-cos.A necessidade da superação constante da tra-

dição da violência, da dominação política, daexploração econômica, da destruição do meioambiente, do histórico enfrentamento cruel en-tre povos e nações, da barbárie de todas as ma-tizes, do ódio arraigado, das novas e modernasapropriações tecnológicas em detrimento da re-

Sistema quer rompercom as práticas repetitivas

alização da plena condi-ção humana para todos.

Estas condições exigem cora-çõesementes,mãosepalavrassen-síveis e ternas para empreendera tarefa de produzir a culturada paz, da tolerância, daigualdade entre os sexos,povos, nações e religiões.Aprenderaviver jun-

tos pela educação e re-flexão, congregando to-dasas disciplinas esco-lares em todos os seg-mentos, as ciências

redimensionadas para aeducação estética de to-dos aqueles que sabemnutrir esperanças.Este é o objetivo do

Sistema de Ensino quebuscamos pois entendemos a educação como umprocesso contínuo de permanente superação e des-dobramentos, não temos comonegar as práticas re-flexivas que são de fato decisivas para as mudançase para o alcance de novos conceitos emodos de atu-ação no ensino formal.O Sistema de Ensino Reflexivo quer romper

com as práticas repetitivas e sem compromissocom o desenvolvimento da criatividade aplica-

Sistema de Ensino Reflexivo - S.E.R.

F

Filosofia em CapelinhaLivros são entregues a Geralda Maria Vieira Neves, assessora da Secretaria Municipal de Educação e Cultura

Minas Gerais

m Julho de 2006, Professores EmeryOscar Valentim e Esposa Neuza Teresi-nha Pinto Valentim, estiveram em visitaa Belo Horizonte, quando foram convi-dados a visitar Capelinha, um município

brasileiro do estado de Minas Gerais, situada noVale do Jequitinhonha. Sua população é estimadaem tornode 35.000habitantes; Temcaracterísticasclimáticas bemdiferentes do que se observa em ou-tras cidades do vale. Capelinha vem sendo a cidadeque mais cresce e se desenvolve naquela região. Ahistória de Capelinha nos remonta ao ano de 1809quandoManoel Luiz Pêgo, umdescendente de por-tugueses, juntamente com sua família, fugindode índios Aranãs (Grupo indígena pertencenteaos Botocudos) acabou por se estabelecer jun-tamente com sua família à beira do córregoAreão. Tem no café seu principal suporte para odesenvolvimento econômico. Localizada a maisde 900 metros de altitude é famosa pelo inten-so frio no inverno, o que atrai relativo númerode turistas em sua principal festa, a do Capeli-nhense Ausente. Esse ano realizou-se a 20ª edi-ção da referida festa, que reúne, no mês de ju-lho, pessoas que já residiram na referida cidadepor conta de seus mais diversificados labores,amigos e visitantes. É hora, como eles dizem,

de rever parentes, amigos, relembrar a infân-cia, matar saudades...O casal de professores foi recebido pelo Se-

nhor José Ferreira Oliveira - o "Zezinho" e suaEsposa Maria Salete Silva de Oliveira (na foto),na "Fazenda Paraíso", de propriedade dos anfi-triões e tomaram parte nas festividades que serealizaram no Pavilhão de Exposições da Cida-de. No evento, tiveram a oportunidade de falar so-

bre o "Projeto Pais Filosofam" dentro daCampanhaEducativa "Doe livros a Capelinha", ocasião na qualfizeram a doação de exemplares das obras "MeuQuintal", sendo seus autores Professor Sílvio Won-sovicz e Professora Neuza Valentim e "Pais Filoso-fam... refletindo as relações familiares", no qual aProfessora Neuza e o Professor Emery são os auto-res.Os livros foram entregues à Senhora Geralda

Maria Vieira Neves, Assessora da Secretaria Muni-cipal de Educação e Cultura. A foto é registro daentrega dos livros. Dentro das festividades aconte-ceu a Exposição de Artesanato da Região; a Profes-soraNeuza trouxe como lembrança aoCentrodeFi-losofia, uma Coruja entalhada em madeira por umdosartesãosde renomedaregião; amesma farápar-te do acervo do Centro e de agora emdiante, é partedo "Projeto Corujas Itinerantes". Foi entregue emmãos, ao Presidente da Entidade - Professor SílvioWonsovicz.Mais uma Região do País que se torna ciente

da existência do trabalho desenvolvido á partirdo Centro de Filosofia Educação para o Pensarde Florianópolis - SC.Professores Emery Oscar Valentim e Neuza

Teresinha Pinto Valentim. Jul.2006.

da à resolução de problemas tanto na vida pes-soal como no campo profissional das pessoasque estamos formando nos sistemas de educa-ção atuais.Defendemos como proposta pedagógica e

projeto educacional, a reflexão construída pro-cessualmente com a formação de professores eo apoio de um material didático alternativo aoque comumente encontramos no mercado e nasescolas. A prática da reflexão relaciona-se com asfinalidades éticas da vida humana, corresponde aoapelo de indagar os sentidos filosóficos e existenci-ais de cada pessoa, fato ou coisa emsuas relações deprodução social da vida e convivência com os de-mais semelhantes.Oprocessodediscussão, estudos eprodução ini-

ciou�A coordenação pedagógica e filosófica do S.E.R

realizouno iníciodomêsdeagosto reuniãocompro-fissionais de diversas disciplinas. No sábado (5/08)aconteceu a primeira reunião de estudos, planeja-mentos e início da organização dos conteúdosdas disciplinas de 1ª e 5ª. séries do ensino funda-mental. Contamos com a presença do Prof. PauloHentz do Conselho Estadual de Educação de SCque refletiu com todos sobre a legislação edu-cacional, os 9 anos do Ensino Fundamental, aimportância da produçãodosconteúdospelosedu-cadores�

FILOSOFIAFILOSOFIAFILOSOFIAFILOSOFIAFILOSOFIA

EDUCAÇÃO FUNDAMENTALEDUCAÇÃO FUNDAMENTALEDUCAÇÃO FUNDAMENTALEDUCAÇÃO FUNDAMENTALEDUCAÇÃO FUNDAMENTAL

E

Geralda Maria Vieira Neves recebe oslivros da Editora Sophos

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PROJETO P.E.A. PAZPROJETO P.E.A. PAZ

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