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INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - IFRS CURSO DE ENGENHARIA MECNICA

CRISTIAN K. BARBIERI DALTON ADOLFO MLLER FELIPE FLORES SIDNEI KOSSMANN

CORROSO REVESTIMENTOS PROTETORES

Erechim 2012 CRISTIAN K. BARBIERI

DALTON ADOLFO MLLER FELIPE FLORES SIDNEI KOSSMANN

CORROSO REVESTIMENTOS PROTETORES

Trabalho das disciplinas de Metodologia Cientfica e Cincia dos Materiais, Curso de Engenharia Mecnica. rea das engenharias. Instituto Federal do Rio Grande do Sul Campus Erechim. Professores: Drio Lissandro Beutler e Vinicius Karlinski de Barcellos.

Erechim 2012

RESUMO Este trabalho buscou demonstrar o que corroso, classific-la de acordo com a sua natureza, apresentar e classificar as alteraes causadas pela corroso e tambm identificar a maneiras de proteger os materiais desse fenmeno. O estudo que teve carter de pesquisa exploratria, foi levantado a partir de publicaes feitas e por isso se caracteriza tambm bibliogrfico, concluiu-se que para evitar a corroso escolhido o revestimento protetor que melhor atende as caractersticas dos fatores envolvidos. Fatores esses que podem ser o meio corrosivo, o metal a ser protegido, a temperatura entre outros.

Palavras-chave: Meios corrosivos;Formas de corroso; Revestimentos protetores.

LISTA DE FIGURASFIGURA FIGURA FIGURA FIGURA FIGURA FIGURA FIGURA FIGURA FIGURA 1: 2: 3: 4: 5: 6: 7: 8: 9: CORROSO CORROSO CORROSO CORROSO CORROSO CORROSO CORROSO CORROSO CORROSO UNIFORME ...............................................................9 PUNTIFORME .........................................................10 POR PLACAS .........................................................10 POR FRESTA ..........................................................11 ALVEOLAR .............................................................11 INTERGRANULAR ...................................................12 FILIFORME .............................................................12 EMPOLAMENTO DE HIDROGNIO ..........................13 POR DEZINCIFICAO ...........................................15

Sumrio1 INTRODUO............................................................................................4 2 DEFINIO.................................................................................................5 2.1 CORROSO QUMICA..........................................................................5 2.2 CORROSO ELETROQUIMICA..............................................................6 3 MEIOS CORROSIVOS..................................................................................7 3.1 ATMOSFERA........................................................................................7 3.2 SOLO..................................................................................................7 3.3 GUAS NATURAIS...............................................................................8 3.3 GUAS DO MAR..................................................................................8 3.4 PRODUTOS QUMICOS........................................................................8 4 FORMAS DE CORROSO............................................................................9 4.1 CORROSO UNIFORME ......................................................................9 4.2 CORROSO POR PITES........................................................................9 4.3 CORROSO POR PLACAS..................................................................10 4.4 CORROSO EM FRESTAS..................................................................10 4.5 CORROSO ALVEOLAR.....................................................................11 4.6 CORROSO INTERGRANULAR OU INTERCRISTALINA........................12 4.7 CORROSO FILIFORME.....................................................................12 4.9 CORROSO POR ESCOAMENTO DE FLUDOS....................................13 4.9.1 Corroso-eroso........................................................................13 4.9.2 Corroso com cavitao............................................................14 4.9.3 Corroso por turbulncia...........................................................14 4.10 CORROSO GALVNICA..................................................................15 4.11 CORROSO POR DEZINCIFICAO.................................................15 5 REVESTIMENTOS PROTETORES...............................................................16 5.1 REVESTIMENTOS METLICOS...........................................................16 5.1.1 Cladizao.................................................................................16 5.1.2 Deposio por imerso a quente...............................................17 5.1.3 Metalizao................................................................................17 5.1.4 Eletrodeposio.........................................................................17 5.1.5 Deposio qumica....................................................................17 5.2 REVESTIMENTOS NO-METLICOS INORGNICOS............................18 5.2.1 Anodizao................................................................................18 5.2.2 Cromatizao.............................................................................18 5.2.3 Fosfatizao...............................................................................18 5.2.4 Revestimento com argamassa de cimento................................18 5.2.5 Revestimento com vidro............................................................19 5.2.6 Revestimento com esmalte vtreo.............................................19 5.2.7 Revestimento com material cermico.......................................19 5.3 REVESTIMENTOS ORGNICOS..........................................................19 5.3.1 Pintura industrial.......................................................................20 5.3.2 Revestimentos com plsticos e plsticos reforados.................20 5.3.3 Revestimentos com borrachas..................................................20 5.3.4 Revestimentos para tubulaes enterradas ou submersas.......20 5.4 GRAFENO: UM REVESTIMENTO A PARTE...........................................21 6 CONCLUSO............................................................................................23 7 REFERNCIAS..........................................................................................24

4 1 INTRODUO A corroso desperta muito interesse e faz com que sejam realizadas muitas pesquisas para que se possa entender o seu funcionamento. Esse interesse justificado pois esse fenmeno provoca alteraes indesejveis em materiais e dessa forma altera as suas propriedades. Este trabalho visa explicitar oque vem a ser a corroso, assim como demonstrar os diferentes tipos de alteraes em superfcies e como pode se evitar o processo. O problema de pesquisa deste trabalho responder a seguinte pergunta: Como evitar a corroso? Para redigir esta monografia foi adotado uma metodologia exploratria , bibliogrfica pois a mesma foi elaborada a partir de material j publicado e procura estimular a compreenso atravs de exemplos. O trabalho est organizado de forma que entendamos a corroso e suas classificaes, em seguida os meios mais propcios para que ela ocorra, e por fim demonstrando determinados tipos de combate a corroso.

5 2 DEFINIO Corroso a transformao de um material metlico ou liga metlica pela sua interao qumica ou eletroqumica em determinado meio de exposio, processo que resulta na formao de produtos de corroso e na liberao de energia. (JACOB, 2007). Os processos de corroso so reaes qumicas ou eletroqumicas que se passam na superfcie que esto em contato com o meio que o envolve. A partir dos conhecimentos de qumica podemos entender os processos de corroso como reaes de oxirreduo onde o metal age como redutor e o meio como oxidante. Pode-se dizer que corroso uma espcie de degradao do material que tem como inicio a sua superfcie. Os casos de corroso so classificados em dois grupos: corroso qumica e corroso eletroqumica. (PIMENTA, 2008). Sanches (2009, p.12) relaciona uma definio com a preocupao do desempenho do material durante o trabalho:Pode-se definir o termo corroso como um fenmeno espontneo envolvendo perda de detrimento da deteriorao de um slido, mais comumente um metal, trazendo-o a um estado de xido como resultada de reaes de dissoluo em um determinado meio agressivo. Desta forma perdas efetivas ocorrem no material, devido ao qumica ou eletroqumica ocorrida neste meio, reduzindo assim sua performance de trabalho.

2.1 CORROSO QUMICA Esse tipo de corroso no muito comum que ocorra na natureza pois necessita de altas temperaturas sempre acima do ponto de orvalho da gua para que se inicie. Devido as circunstancias em que ocorre esse tipo de corroso no necessita de gua liquida por isso tambm conhecida como corroso seca ou em meio no aquoso.(PIMENTA, 2008). 2.2 CORROSO ELETROQUIMICA Mais frequente na natureza, esse tipo de corroso ocorre em

6 temperaturas abaixo do ponto de orvalho, geralmente a temperatura ambiente. Para que ocorra necessrio a presena da gua no estado liquido, no processo acontece a formao de uma espcie de pilha ou clula de corroso pois existe a circulao de eltrons na superfcie metlica.(PIMENTA, 2008).

7 3 MEIOS CORROSIVOS A natureza do meio corrosivo que se encontra prximo da superfcie metlica de grande importncia. No caso de trocadores de calor, por exemplo, o meio corrosivo vai apresentar uma temperatura mais elevada na parte em contato imediato com a superfcie metlica dos tubos. Tal fato pode acarretar uma decomposio, nesta regio, dos produtos usados para tratamento da gua, como no caso de polifosfatos que, em temperaturas elevadas se convertem em fosfatos e se depositam nos tubos provocando entupimento dos mesmos.(STEPHANE, 2012). Os principais meios corrosivos so: 3.1 ATMOSFERA O ar contm umidade, sais em suspenso, gases industriais, poeira, etc. O eletrlito constitui-se da gua que condensa na superfcie metlica, na presena de sais ou gases presentes no ambiente. Outros constituintes como poeira e poluentes diversos podem acelerar o processo corrosivo. (PIMENTA, 2008). 3.2 SOLO O comportamento do solo como meio corrosivo deve ser considerado de grande importncia, levando-se em considerao as enormes extenses de tubulaes enterradas... A velocidade da corroso no solo no muito influenciada por pequenas variaes na composio ou estrutura do material, mas sim pela natureza do solo. Essa natureza pode ser influenciada por diversas variveis tais como: Tomada de amostra, Caracterstica fsico-qumicas, Condies microbiolgicas e Condies operacionais.(STEPHANE, 2012). 3.3 GUAS NATURAIS Estas guas podem conter sais minerais, eventualmente bases, resduos industriais, bactrias, poluentes diversos dissolvidos. O eletrlito constitui-se principalmente da gua dissolvidos. Os outros constituintes podem acelerar o processo (PIMENTA, 2008). 3.3 GUAS DO MAR Estas guas contm uma quantidade aprecivel de sais.A gua do mar em virtude da presena acentuada de sais, um eletrlito por excelncia. Outros constituintes como gases dissolvidos, podem acelerar os processos corrosivos.(PIMENTA, 2008). cidos ou e gases com sais corrosivo.

8 3.4 PRODUTOS QUMICOS Em equipamentos usados em processos qumicos deve-se levar em considerao duas possibilidades: deteriorao do material metlico do equipamento; contaminao do produto qumico. Os fatores que influenciam so vrios e complexos em alguns casos. Entre eles so citados: a pureza do metal; contato de metais; natureza da superfcie metlica; pureza do produto qumico; concentrao; temperatura; aerao. Aps a obteno desses produtos o cuidado a seguir ser evitar a sua ao corrosiva, procurando armazenar, transportar ou embalar esses produtos em materiais resistentes.(STEPHANE, 2012).

4 FORMAS DE CORROSO A corroso pode ocorrer atravs de variadas formas, e sua classificao pode ser feita atravs da aparncia do metal corrodo. As formas mais comuns de corroso que acometem o ao carbono so a corroso uniforme, a corroso galvnica e a corroso por frestas. Os processos corrosivos de natureza eletroqumica apresentam mecanismos idnticos porque sempre sero constitudos por reas andicas e catdicas, entre as quais circula uma corrente de eltron e uma corrente de ons. Entretanto a perda de massa e modo de ataque sobre o material d-se de formas diferentes. 4.1 CORROSO UNIFORME Ataca toda a extenso da superfcie do material em contato com o meio corrosivo, tem por consequncia a diminuio da espessura do material. a forma de corroso mais comum principalmente nos processos corrosivos de estruturas expostas a atmosfera. (PIMENTA, 2008).

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FIGURA 1: CORROSO UNIFORME (PIMENTA, 2008)

4.2 CORROSO POR PITES

uma corroso localizada, aparece na forma de pontos com pequeno extenso e razovel profundidade e pode ser chamada de corroso puntiforme. (MELLO, 2011).

4.3 CORROSO POR PLACAS

FIGURA 2: CORROSO PUNTIFORME (PIMENTA, 2008)

Se forma em regies da superfcie e o produto da corroso se encontra na forma de placas que se desprendem progressivamente. Ocorre com mais frequncia em metais que formam uma pelcula inicialmente protetora, mas essas pelculas se tornam espessas , ento fraturam e perdem aderncia, assim expondo o material a um novo ataque. (PIMENTA, 2008).

FIGURA 3: CORROSO POR PLACAS (PIMENTA, 2008)

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4.4 CORROSO EM FRESTAS As frestas esto sujeitas a formao de pilhas de aerao diferencial e de concentrao inica diferencial.. Quando o meio lquido ocorre preferencialmente as pilhas de concentrao inica diferencial e quando o meio gasoso tende a ocorrer as pilhas de aerao diferencial. (ALBUQUERQUE et al., 2010). Frestas ocorrem normalmente em juntas soldadas com chapas sobrepostas, em juntas rebitadas, em ligaes flangeadas, em ligaes roscadas, em revestimentos com chapas aparafusadas, dentre outras situaes geradores de frestas. De qualquer forma as frestas devero ser evitadas ou eliminadas por serem regies preferenciais de corroso. (PIMENTA, 2008).

FIGURA 4: CORROSO POR FRESTA (PIMENTA, 2008) ALVEOLAR

4.5 CORROSO

A corroso ocorre de maneira localizada e aparece na forma de crateras. comum em metais formadores de pelculas semi-protetoras ou quando se tem corroso sob depsito.(JACOB, 2007).

FIGURA 5: CORROSO ALVEOLAR (PIMENTA, 2008)

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4.6 CORROSO INTERGRANULAR OU INTERCRISTALINA Ocorre no contorno de gro em uma direo preferencial que determinada pela diferena na composio qumica entre a matriz e o material vizinho ao contorno de gro.(PIMENTA, 2008).

FIGURA 6: CORROSO INTERGRANULAR (PIMENTA, 2008) 4.7 CORROSO FILIFORME Acredita-se que a corroso filiforme tenha um mecanismo semelhante corroso em frestas, devido a aerao diferencial provocada por defeito no filme de pintura, embora o mecanismo real no seja ainda bem conhecido. De modo geral o processo corrosivo comea nas bordas, progride unifilarmente apresentando a interessante caracterstica de refletir com o mesmo ngulo de incidncia em obstculos. (PIMENTA,2008).

4.8 EMPOLAMENTO DE HIDROGNIO FIGURA 7: CORROSO FILIFORME (PIMENTA, 2008)

12 O hidrognio atmico penetra o material metlico e, como tem pequeno volume atmico, difunde-se rapidamente e em regies de descontinuidades, como incluses e vazios, ele se transforma em hidrognio molecular, (H2), exercendo presso e originando a formao de bolhas, da nome de empolamento. (JACOB, 2007).

FIGURA 8: CORROSO EMPOLAMENTO DE HIDROGNIO (PIMENTA, 2008) DE FLUDOS

4.9 CORROSO POR ESCOAMENTO

No escoamento de fluidos pode-se ter a acelerao dos processos corrosivos em virtude da associao do efeito mecnico com a ao corrosiva. Os principais tipos de corroso associada com escoamento so a corroso-eroso, a corroso com cavitao e a corroso por turbulncia. (ALBUQUERQUE et al., 2010). 4.9.1 Corroso-eroso Eroso de um material metlico o desgaste mecnico provocado pela abraso superficial de uma substncia slida, lquida ou gasosa. A ao erosiva sobre um material metlico mais frequente nos seguintes casos: quando se desloca um material slido; quando se desloca um lquido contendo partculas slidas; quando se desloca um gs contendo partculas lquidas ou slidas. No caso de lquidos e gases a ao erosiva ocorre normalmente, em tubulaes, em permutadores, em ps de turbinas. A eroso provoca o desgaste superficial capaz de remover as pelculas protetoras constitudas de produtos de corroso.(ALBUQUERQUE et al., 2010) 4.9.2 Corroso com cavitao Cavitao o desgaste provocado em uma superfcie metlica devido a ondas de choque do lquido, oriundas do colapso de bolhas gasosas. A cavitao surge em zonas de baixa presso onde o lquido entra em ebulio formando bolhas, as quais ao tomarem em contato com zonas de presso mais alta so destrudas instantaneamente criando

13 ondas de choque no lquido. A cavitao da mesma forma que a eroso destri as pelculas de produtos de corroso expondo o material a novo desgaste corrosivo, alm de provocar a deformao plstica com encruamento em face da incidncia de ondas de choque de alta presso e, portanto a criao de reas andicas. Deste modo, o desgaste resultante ser maior no caso de conjugar os dois fenmenos do que aquele observado pela ao de cada um isoladamente. (ALBUQUERQUE et al., 2010). 4.9.3 Corroso por turbulncia um processo corrosivo associado ao fluxo turbulento de um lquido. Ocorre particularmente quando h reduo na rea de fluxo. Se o movimento turbulento propiciar o aparecimento de bolhas gasosas, poder ocorrer o choque destas bolhas com a superfcie metlica e o processo erosivo resultante denominado de impingimento. O ataque difere da cavitao quanto a forma do desgaste, sendo no caso do impingimento comum alvolos sob a forma de ferradura e as bolhas causadoras so em geral de ar, enquanto que na cavitao so bolhas de vapor do produto.(ALBUQUERQUE et al., 2010). 4.10 CORROSO GALVNICA Denomina-se corroso galvnica o processo corrosivo resultante do contato eltrico de materiais diferentes ou dissimilares. Este tipo de corroso ser to mais intensa quanto mais distantes forem os materiais na tabela de potenciais eletroqumicos, ou seja, em termos de nobreza no meio considerado. Ter tambm grande influncia a relao entre as reas catdica e andica. A relao dever ser a menor possvel a fim de se obter um desgaste menor e mais uniforme na rea andica.(PIMENTA, 2008).

4.11 CORROSO POR DEZINCIFICAO Designa-se por dezincificao ao processo corrosivo que se observa nas ligas de zinco, especialmente lates, utilizados em trocadores de calor (resfriadores, condensadores, etc), tubulaes para gua salgada, dentre outras. Do processo de corroso resulta a destruio do zinco (material mais andico) restando o cobre e produtos de corroso. A dezincificao pode ser evitada com tratamento trmico de solubilizao da liga e com uso das ligas que contenha elementos inibidores como As e o Sb. (ALBUQUERQUE et al., 2010).

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FIGURA 9: CORROSO POR DEZINCIFICAO (PIMENTA,2008)

15 5 REVESTIMENTOS PROTETORES Os revestimentos protetores so pelculas aplicadas sobre a superfcie metlica e que dificultam o contato da superfcie com o meio corrosivo, objetivando minimizar a degradao da mesma pela ao do meio.(SILVA, 2009) O principal mecanismo de proteo dos revestimentos por barreira mas, dependendo da sua natureza, poder tambm proteger por inibio andica ou por proteo catdica. O tempo de proteo dado por um revestimento depende do tipo de revestimento (natureza qumica), das foras de coeso e adeso, da sua espessura e da permeabilidade passagem do eletrlito atravs da pelcula. Influenciar tambm, neste tempo, o mecanismo de proteo. Assim, se a proteo somente por barreira, quando o eletrlito chegar superfcie metlica, o processo corrosivo iniciar, mas se houver um mecanismo adicional de proteo (inibio andica ou proteo catdica), haver um prolongamento da vida do revestimento. (HITA, 2002). Os revestimentos podem ser: metlicos, no metlicos inorgnicos ou orgnicos e a sua utilizao pode ser no aumento da resistncia corroso atmosfrica, na imerso e na corroso pelo solo. (PIMENTA, 2008). 5.1 REVESTIMENTOS METLICOS Consistem na interposio de uma pelcula metlica entre o meio corrosivo e o metal que se quer proteger. Os mecanismos de proteo das pelculas metlicas podem ser: por barreira, por proteo catdica, entre outros. (SILVA, 2009). 5.1.1 Cladizao Os clads constituem-se de chapas de um metal ou ligas, resistentes a corroso, revestindo e protegendo um outro metal com funo estrutural. Os clads mais usados nas indstrias qumica, petroqumica e de petrleo so os de monel, ao inoxidvel e titnio sobre ao carbono. (SILVA, 2009). 5.1.2 Deposio por imerso a quente o revestimento metlico que se obtm por imerso do material metlico em um banho do metal fundido. Os metais mais utilizados como revestimento so: zinco e estanho... Tambm conhecida como galvanizao, por ser um sistema de boa resistncia corroso, representa mais da metade do consumo mundial de zinco...Os banhos so mantidos a temperaturas entre 440 e 480C... O tempo de imerso define

16 a espessura da camada de Zinco, em geral de 1 a 2 minutos, pelculas de 600 a 700 g/m2. (PONTE, 2004). 5.1.3 Metalizao o processo por meio do qual se deposita sobre uma superfcie, previamente preparada, camadas de materiais metlicos. Os metais de deposio so fundidos em uma fonte de calor gerada no bico de uma pistola apropriada, por meio de combusto de gases, arco eltrico, plasma ou por detonao. Por metalizao fazem-se revestimentos com zinco, alumnio, chumbo, estanho, cobre e diversas ligas. (SILVA, 2009). 5.1.4 Eletrodeposio Consiste na deposio eletroltica de metais que se encontram sob a formar inica em um banho. A superfcie a revestir colocada no Ctodo de uma clula eletroltica. Por eletrodeposio comum revestir-se com cromo, nquel, ouro, prata, cobre, estanho e, principalmente, cdmio, que, por ser um metal muito txico, aplicado por este processo. (SILVA, 2009). 5.1.5 Deposio qumica Consiste na deposio de metais por meio de um processo de reduo qumica. Por este processo comum revestir-se com cobre e nquel. So os denominados cobre e nquel qumicos, muito utilizados em peas com formato delicado e cheias de reentrncias. (PIMENTA, 2008). 5.2 REVESTIMENTOS NO-METLICOS INORGNICOS Consistem na interposio de uma pelcula no- metlica inorgnica entre o meio corrosivo e o metal que se quer proteger. (PONTE, 2004). 5.2.1 Anodizao Consiste em tornar mais espessa a camada protetora passivante existente em certos metais, especialmente no alumnio. A oxidao superficial pode ser por banhos oxidantes ou processo eletroltico. O alumnio anodizado um exemplo muito comum da anodizao. (SILVA, 2009). 5.2.2 Cromatizao Consiste na reao da superfcie metlica com solues ligeiramente cidas contendo cromatos. A camada de cromatos passivante aumenta a resistncia corroso da superfcie metlica que se quer proteger. (SILVA, 2009). 5.2.3 Fosfatizao Consiste na adio de uma camada de fosfato superfcie metlica. A camada de fosfato inibe processos corrosivos e constitui-se, quando aplicada em camada fina e uniforme, em uma excelente base para pintura, em virtude da sua rugosidade. A fosfatizao um processo largamente empregado nas indstrias automobilsticas, mveis e de eletrodomsticos. Aps o processo de desengraxe da superfcie metlica,

17 aplica-se a fosfatizao, seguindo-se a pintura. (SILVA, 2009). 5.2.4 Revestimento com argamassa de cimento Consiste na colocao de uma camada de argamassa de cimento, com espessura da ordem de 3 a 6 mm, sobre a superfcie metlica. Este revestimento muito empregado na parte interna de tubulaes e, neste caso, aplicado normalmente por centrifugao. Em tubulaes de grande dimetro comum usar-se um reforo com tela metlica. O revestimento interno com cimento empregado em tubulaes para transporte de gua salgada, em gua de refrigerao, tubulaes de gua de incndio e gua potvel. Se considerarmos os aspectos tcnicos e econmicos, o revestimento com argamassa de cimento e areia a melhor soluo para tubulaes transportando gua salgada. (PIMENTA, 2008). 5.2.5 Revestimento com vidro Consiste na colocao de uma camada de vidro sobre a superfcie metlica. Esta camada aplicada sob a forma de esmalte e fundida em fornos apropriados. Consegue-se uma pelcula de alta resistncia qumica, muito utilizada na indstria qumica. (PONTE, 2004). 5.2.6 Revestimento com esmalte vtreo Consiste na colocao de uma camada de esmalte vtreo (vidro + cargas + pigmentos) aplicada sob a forma de esmalte e fundida em fornos apropriados. Este revestimento usado em alguns utenslios domsticos, em foges, mquinas de lavar e etc. (PONTE, 2004). 5.2.7 Revestimento com material cermico Consiste na colocao de uma camada de material cermico de alta resistncia a cidos, utilizado principalmente para revestimentos de pisos e canais de efluentes. (PONTE, 2004). 5.3 REVESTIMENTOS ORGNICOS Consiste na interposio de uma camada de natureza orgnica entre a superfcie metlica e o meio corrosivo.(SILVA, 2009). Ponte (2004) cita as caractersticas que esses revestimentos devem possuir para cumprir bem suas finalidades:Boa e permanente aderncia ao tubo; baixa taxa de absoro de gua; boa e permanente resistncia eltrica (resistividade eltrica); boa resistncia a gua, vapor e produtos qumicos; boa

18resistncia mecnica; boa estabilidade sob efeito de variao de temperatura; resistncia a acidez, alcalinidade, sais e bactrias do solo; boa flexibilidade de modo a permitir o manuseio dos tubos; boa flexibilidade de modo a permitir o manuseio dos tubos revestidos e as dilataes e contraes do duto; permitir fcil aplicao e reparo; durabilidade e economicidade.

Os principais revestimentos orgnicos so os seguintes: 5.3.1 Pintura industrial um revestimento, em geral orgnico, largamente empregado para o controle de corroso em estruturas areas e para estruturas submersas que possam sofrer manuteno peridica em dique seco, tais com navios, embarcaes, boias, etc. S em casos especiais empregado em estruturas enterradas, pela dificuldade de manuteno apresentada nestes casos. Em se tratando de estruturas areas, normalmente a melhor alternativa em termos tcnicos e econmicos para proteo anticorrosiva. A pintura um revestimento de pequena espessura, situando-se na faixa de 40 a 500 m (micrmetros), sendo que, somente em casos muito especiais, pode-se chegar a 1.000 m. (SILVA, 2009). 5.3.2 Revestimentos com plsticos e plsticos reforados So revestimentos obtidos atravs da aplicao de diversos tipos de plsticos sobre materiais metlicos, por meio de colagem, deposio ou extruso. Basicamente, todos os plsticos podem ser usados como revestimentos, podendo-se, ainda, em alguns deles usar reforantes como vu de fibra de vidro, escamas de vidro, entre outros. (PIMENTA, 2008). 5.3.3 Revestimentos com borrachas Consiste em recobrir a superfcie metlica com uma camada de borracha, utilizando-se o processo de vulcanizao. um revestimento que pode assumir diversas durezas dependendo do tipo de borracha e do processo de vulcanizao... mais usado na indstria qumica em equipamentos e tubulaes que trabalham com meios altamente corrosivos, especialmente cidos. O tipo de borracha selecionado em funo destas caractersticas de agressividade. (PONTE, 2004). 5.3.4 Revestimentos para tubulaes enterradas ou submersas As tubulaes enterradas ou submersas, oleodutos, gasodutos, adutoras, etc. so, em geral, protegidas contra a corroso por revestimentos de alta espessura. O mecanismo bsico de proteo por barreira entre o metal e o meio corrosivo. Por melhor que seja o revestimento, a eficincia sempre inferior a 100% surgindo, ento, a necessidade de complementao com o uso de proteo catdica. (PONTE,

19 2004). Estes revestimentos possuem uma srie de caractersticas para que possam cumprir as suas finalidades. Dentre elas podem ser mencionadas: Boa e permanente aderncia ao tubo; Baixa taxa de absoro de gua; Boa e permanente resistncia eltrica (resistividade eltrica); Boa resistncia gua, vapor e produtos qumicos; Boa resistncia mecnica; Boa estabilidade sob efeito de variao de temperatura; Resistncias acidez, alcalinidade, sais e bactrias do solo; Boa flexibilidade, de modo a permitir o manuseio dos tubos revestidos e as dilataes e contraes do duto; Facilidade de aplicao e reparo; Durabilidade; Economia. 2009). praticamente impossvel encontrar um revestimento que atenda a todas estas caractersticas com perfeio. So utilizados, ento, aqueles que atendem ao maior nmero de caractersticas, em funo da tubulao que se quer proteger e das caractersticas do meio corrosivo.(SILVA, 2009). 5.4 GRAFENO: UM REVESTIMENTO A PARTE Engenheiros da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, criaram uma espcie de verniz negro, um compsito cujo componente principal o grafeno (tambm conhecido como material-maravilha), folhas unidimensionais de carbono. Ajustando a concentrao e a disperso do grafeno no interior do compsito, Robert Dennis e Sarbajit Banerjee conseguiram proteger da corroso chapas de ao mergulhadas em salmoura, um dos ambientes mais agressivos que se conhece. O verniz de grafeno s deixou que a salmoura comeasse a atacar o ao depois de um ms, o que significa que, mesmo no ambiente marinho, o ao assim protegido poderia ter uma vida til de vrios anos. (RAMAN et al., 2012) Agora eles verificaram que o revestimento pode ser transparente, no afetando a aparncia da pea metlica. Isso permitir a proteo no apenas do ao, mas tambm de outros metais usados em funes (SILVA,

20 estruturais e na arquitetura, como o cobre e a prata, por exemplo. Mais do que isso, o revestimento transparente de grafeno mostrou-se 100 vezes mais resistente corroso, batendo de longe os melhores revestimentos disponveis hoje.(RAMAN et al., 2012) A equipe aplicou uma finssima camada de grafeno - com poucos tomos de espessura, para garantir a transparncia - sobre a superfcie de cobre, usando uma tcnica chamada deposio de vapor qumico. Os resultados foram 100 vezes superiores ao metal sem proteo, e cerca de 20 vezes melhores do que outros revestimentos j relatados em pesquisas.(RAMAN et al., 2012) O processo ainda est em escala de laboratrio, mas os cientistas afirmam que, alm de estudar outros metais, esto trabalhando em tcnicas de aplicao do revestimento em baixas temperaturas, que possam ser adequadas tcnica e economicamente para a indstria. (RAMAN et al., 2012)

21 6 CONCLUSO O estudo cumpriu seu objetivo que consistia em esclarecer o que corroso, demonstrar os diferentes tipos de alteraes em superfcies e responder a seguinte pergunta: Como evitar a corroso? J que nos itens 2, 2.1 e 2.2 foram apresentados definies diferentes e claras, inclusive classificando a natureza da corroso, no item 4 foi exposto as alteraes em superfcies e no item 5 foram levantados os argumentos para responder a pergunta feita no inicio. importante ressaltar mais uma vez que para evitar a corroso so utilizados revestimentos protetores e estes so escolhidos de acordo com os fatores envolvidos e como foi publicado por Silva (2009) praticamente impossvel encontrar um revestimento que atenda a todas as caractersticas com perfeio. So utilizados, ento, aqueles que atendem ao maior nmero de caractersticas, em funo do que se quer proteger e das caractersticas do meio corrosivo. Devido a exigencias feitas foi apresentado tambem neste estudo uma inovao tecnologica, essa inovao o uso do grafeno como opo de revestimento para a proteo de materiais. O grafeno mostrou-se um potencial protetor com numeros espantossos que demonstram essa propriedade prem ainda esta em fase de anlise.

22 7 REFERNCIAS ALBUQUERQUE, Brbara Costa. et al. Corroso e Degradao de Materiais. Cear, Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Cear, 2010, p.3-25. HITA, Diego G. O uso de revestimentos para prevenir corroso em vasos de processo operando a elevadas temperaturas e presses. 19 ago. 2002. Disponvel em: . Acesso em: 20 dez. 2012. JACOB, Cssio Pimentel. Corroso metlica e processos de inibio. So Jos dos Campos, Unip, 2007. MELLO, Livia da Silva. Estudo de corroso localizada dos aos inoxidveis em sistemas de resfriamento industrial. 2011. 61 f. Monografia (Graduao em Engenharia Metalrgica) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011. PIMENTA, Gutemberg de Souza. CORROSO ABORDAGEM GERAL. 2008.. Acesso em: 27 nov. 2012. PONTE, Maria Jos Jernimo. Proteo Contra Corroso. Revestimentos Protetores. 2004. Disponvel em: . Acesso em: 14 dez 2012. RAMAN, Singh R.K. et al. Protecting copper from electrochemical degradation by graphene coating. Buffalo: Issue, 2012 SANCHES, Leandro Paiva. Estudo comparativo quanto a resistncia corroso entre aos inoxidveis utilizados em trocadores de calor. 2009. 79 f. Monografia (Graduao em Engenharia Metalrgica) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. SILVA, Silvio Domingos da, Pintura Industrial com Tintas Lquidas. 3. ed. Guaramirim, SC: [s.n.], 2009. STEPHANE, Bruna. Corroso. Meios Corrosivos. 05 abr. 2012. Disponvel em . Acesso em: 22 dez 2012.

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