corrieo do douro #21 edição especial

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DOURO ESPECIAL S. JOÃ0 DE SOBRADO Este suplemento é parte integrante da edição n.º 21 do Jornal Correio do Douro. Não pode ser vendido separadamente CORREIO do É diferente de todas as outras quatro freguesias do concelho. Em Sobrado os habitantes tratam- -se como se todos fossem da mesma família, vivem intensamente as suas tradições e sempre se mostraram à altura de, unidos, ripostar a qualquer agrura da vida. “Nobre Povo, Nação Valente”, serve-lhes como uma luva. Os sobradenses são nobres, pelo traba- lho, valentes na atitude e convicções. Têm sabido evoluir sem deixar que a sua terra sucumba ao que estragou grande parte do território deste país, designadamente a construção selvagem, conse- quência da especulação imobiliária que sempre recusaram. Por isso Sobrado é o que é, uma terra onde a industria e serviços convivem harmonio- samente com um aspecto rural que nada tem de negativo, bem pelo contrário. O único pecado que se pode apontar às gentes da freguesia é um teimoso alheamento do Rio Ferreira, artéria vital da terra, desde há muito ignorada, perdendo-se assim oportunidades ímpares de fazer de Sobra- do uma freguesia ainda mais especial. Mas parece que isso vai mudar. Em período de S. João, cujas festividades andam à volta da representação de uma bonita lenda, uma história dramática entre o Bem e o Mal, de que o primeiro sai vencedor depois de muitas vicissitu- des, fomos entrevistar o presidente da Junta, Car- los Mota. O autarca fala-nos deste período festivo em que a freguesia acolhe com amizade e alegria milhares de forasteiros, mas aborda também a actualidade e o futuro. Vamos todos ajudar CORRENTE RIO FERREIRA – LIMPEZA DAS MARGENS VOLTA AO TERRENO PUB

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Jornal Quinzenal Regionalista

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DOUROE S P E C I A L S . J O Ã 0 D E S O B R A D O

Este suplemento é parte integrante da edição n.º 21 do Jornal Correio do Douro. Não pode ser vendido separadamenteCORREIOdo

É diferente de todas as outras quatro freguesias do concelho. Em Sobrado os habitantes tratam--se como se todos fossem da mesma família, vivem intensamente as suas tradições e sempre se mostraram à altura de, unidos, ripostar a qualquer agrura da vida.“Nobre Povo, Nação Valente”, serve-lhes como uma luva. Os sobradenses são nobres, pelo traba-lho, valentes na atitude e convicções. Têm sabido evoluir sem deixar que a sua terra sucumba ao que estragou grande parte do território deste país, designadamente a construção selvagem, conse-quência da especulação imobiliária que sempre recusaram. Por isso Sobrado é o que é, uma terra onde a industria e serviços convivem harmonio-samente com um aspecto rural que nada tem de

negativo, bem pelo contrário. O único pecado que se pode apontar às gentes da freguesia é um teimoso alheamento do Rio Ferreira, artéria vital da terra, desde há muito ignorada, perdendo-se assim oportunidades ímpares de fazer de Sobra-do uma freguesia ainda mais especial. Mas parece que isso vai mudar.Em período de S. João, cujas festividades andam à volta da representação de uma bonita lenda, uma história dramática entre o Bem e o Mal, de que o primeiro sai vencedor depois de muitas vicissitu-des, fomos entrevistar o presidente da Junta, Car-los Mota. O autarca fala-nos deste período festivo em que a freguesia acolhe com amizade e alegria milhares de forasteiros, mas aborda também a actualidade e o futuro.

Vamos todos ajudar

CORRENTE RIO FERREIRA –

LIMPEZA DAS MARGENS VOLTA

AO TERRENO

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19 de Juho 2010CD

Especial S.João de Sobrado

II

A freguesia de Sobrado é cada vez mais conhecida pela bugiada, uma enorme e única encenação das guerras entre mouros e cristãos. Quem or-ganiza e paga essa grandiosa representação lendária, que tanta distinção traz à fre-guesia?

Quem organiza, têm sido as sucessivas comissões de festa, que representam toda a população de Sobrado.

Até que ponto a Junta par-ticipa e colabora?

A Junta vai colaborando no solicitado. Existe vontade da Junta de Freguesia de So-brado e da Câmara de Valon-go, bem como da Associação da Casa do Bugio em colabo-rar na organização e na logís-tica da mesma. Foram dados pequenos passos para melhor receber os visitantes, exemplo disso foi a escolha de parques automóveis mais afastados do centro da festa. Está-se a avaliar a necessidade de colo-car transporte em alguns dos parques.

Como sempre e uma vez mais, a freguesia vai receber muitos milhares de forastei-ros para assistirem à forma peculiar como aqui se feste-ja o S. João. A freguesia está preparada para receber tanta gente?

É evidente que nem sem-pre conseguimos responder às necessidades de quem nos visita. Um exemplo claro é a falta de locais para almoçar, já que a maioria dos nossos res-taurantes encerra neste dia. Uma das possibilidades será pensarmos, para o ano, abrir uma “feira das tasquinhas” em lugar a definir.

Esta ocasião constituiu a prova – se necessário fos-se – de que não há grandes alternativas à EN que atra-vessa a freguesia em toda a sua extensão. Todos os anos há enormes filas de auto-mobilistas quer do lado de Lordelo e Paços de Ferreira, em direcção ao Porto, quer no sentido inverso. Este ano repetir-se-á o cenário de

FREGUESIA CRESCERESPEITO PELA TRA

È diferente de todas as outras quatro freguesias do concelho. Em Sobra-do os habitantes tratam--se como se todos fos-sem da mesma família, vivem intensamente as suas tradições e sempre se mostraram à altura de, unidos, ripostar a qualquer agrura da vida.“Nobre Povo, Nação Valente”, serve-lhes como uma luva. Os sobradenses são no-bres, pelo trabalho, valentes na atitude e convicções. Têm sabido evoluir sem deixar que a sua terra sucumba ao que estragou grande parte do território deste país, designadamente a construção selvagem, consequência da espe-culação imobiliária que sempre recusaram. Por isso Sobrado é o que é, uma terra onde a indus-tria e serviços convivem harmoniosamente com um aspecto rural que nada tem de negativo, bem pelo contrário. O único pecado que se pode apontar às gen-tes da freguesia é um teimoso alheamento do Rio Ferreira, artéria vital da terra, desde há muito ignorada, perdendo-se assim oportunidades ímpares de fazer de Sobrado uma freguesia ainda mais especial. Mas parece que isso vai mudar.Em período de S. João, cujas festividades andam à volta da representação de uma bonita lenda, uma história dramática entre o Bem e o Mal, de que o primeiro sai ven-cedor depois de mui-tas vicissitudes, fomos entrevistar o presidente da Junta, Carlos Mota. O autarca fala-nos des-te período festivo em que a freguesia acolhe com amizade e alegria milhares de forasteiros, mas aborda também a actualidade e o futuro.

enormes filas de carros ou encontraram solução?

A Junta vai colocar uma tela nas entradas da freguesia a comunicar que o trânsito estará condicionado no dia 24. Já reuniu com as autori-dades tendo solicitado que o trânsito fosse desviado antes de se aproximar do centro da festa.

Já que falámos da falta de alternativas à EN, em que pé estamos no que toca a por-

tagens nas auto-estradas que servem a freguesia? Vai-se pagar?

A nova auto-estrada que está a ser construída até Es-pinho vai ser naturalmente paga, visto já ter ido a concur-so nessas condições. Não me parece justo é que também tenhamos que pagar porta-gens na A41 com ligação a Matosinhos, visto nem todas as SCUTS terem sido obriga-das a fazê-lo. Mais uma vez, o Norte do País está a ser pre-

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CD III19 de Juho 2010

Especial S.João de Sobrado

ERÁ NO ADIÇÃO

judicado. Saliento, no entanto uma

das grandes vitórias deste executivo e da CMV: conse-guimos uma ligação da A41 ao centro de Sobrado. Tal foi possível graças ao empenho de todos.

Uma das suas promessas

eleitorais tem exactamente a ver com o fim da sinistra-lidade que se verifica na EN, de resto uma via que cons-titui a “espinha dorsal” da freguesia. Falou na instala-ção de separadores, solução que parece pouco provável, tendo em conta a largura da via. Como pensa solucionar um problema que já causou muitos mortos e feridos na freguesia?

O que eu disse foi que iríamos analisar e tentar re-solver o problema da sinis-tralidade em especial na Rua S. João de Sobrado, no cru-zamento para a Lomba. Dis-se também que discordava do que se estava a projectar: “uma solução com separa-dores”. Aquilo que propunha era fazer uma rotunda. Posso adiantar que esse problema foi apresentado à Câmara Municipal e que o projec-to já está em marcha. Neste momento estou a contactar os proprietários no sentido de se agilizar a cedência dos terrenos.

Regressando às festivi-

dades em honra de S. João, não acha que a freguesia podia potenciar a divul-gação da lendária guerra entre cristãos e mouros, multiplicando, por exemplo, a representação de excertos, acompanhados por outras manifestações como feiras da época?

Não seria uma forma de chamar turistas mais vezes ao ano, incrementando des-se modo o comércio tradi-cional da freguesia?

Cabe à Associação da Casa do Bugio criar uma marca registada e pensar em formas de levar a nossa fes-ta mais longe. Obviamente que a Junta de Freguesia faz questão de responder a todas as solicitações e prestar a aju-da que se revele necessária.

Um outro trunfo de So-brado que tem sido pouco explorado, é o rio Ferreira e as suas margens. Não será a altura de a freguesia deixar de estar de costas voltadas para o rio mas antes de fazer as pazes com ele?

A exploração do poten-cial do rio Ferreira será tam-bém uma das prioridades desta Junta. No mês de Julho vamos iniciar a sua limpeza. Apelo desde já à colaboração da população nesta activida-de. Seria interessante recu-perarmos alguns moinhos existentes ao longo do rio.

Vamos trabalhar nesse sen-tido.

O actual momento é de crise pelo que se calcula que a juntar à tradicional falta de verbas da freguesia, esta conjuntura não seja a melhor para grandes me-lhoramentos. Como pensa cumprir as promessas que

fez aos eleitores?

Nunca prometi nada a não ser empenho, determi-nação e dedicação. Temos trabalhado diariamente para levar a cabos os nossos pro-jectos. Estabelecemos uma grande proximidade entre as escolas, tentando dar respos-ta efectiva às suas dificulda-

des; organizamos activida-des de carácter desportivo e cultural de forma a envolver toda a população e em es-pecial as crianças e jovens. Exemplo disso foi o sucesso das actividades dinamizadas no dia da criança, entre ou-tras. Estamos a estudar um programa de ocupação de tem-pos livres no período de Verão. Dentro das nossas possibilida-des temos feito um esforço para ajudar e colaborar com as asso-ciações da freguesia. Também estamos a levar a cabo um con-junto de pequenas obras, como a pintura dos muros do cemitério, do coreto, das instalações da Junta, estamos a recuperar o la-vadouro da Balsa e a criar uma pequena zona de lazer, etc.

Vamos tentar gerir da me-lhor forma as verbas disponíveis.

Esta freguesia tem ca-racterísticas que a tornam única não apenas no conce-lho mas também na região. Acha que é possível manter esta espécie de “doce rura-lidade”, deste sossego tão do agrado dos seus habitantes, sem perder o “comboio do

desenvolvimento”? Por outras palavras: é possível evoluir sem que a freguesia sucumba à construção selvagem, à especulação imobiliária, à instalação de indústrias que mais ninguém quer?

Como pensa conciliar progresso com respeito am-biental e reverência ao ca-rácter dos sobradenses que, considerando a realidade de outras freguesias, se mantém como uma grande família?

Uma das prioridades desta junta será sempre o respeito ambiental. No entanto, tal não nos impedirá de lutar por uma zona industrial e pela fixação de novas empresas e criar uma zona habitacional bem organi-zada.

Ultima questão: sem de-magogias, como vê o futuro da freguesia e até que ponto está decidido a nele partici-par?

Traçamos objectivos cla-

ros. Acredito que podemos construir um futuro moderno com qualidade.

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19 de Juho 2010CD

Especial S.João de Sobrado

IV

Conta a história que em tempos que já lá vão, uma tribo moura se instalara lá para os lados da serra de Cuca-Macuca (Santa Justa), cujo seio rasgavam à pro-cura de ouro, anteriormente também dali extraído pelos romanos.

Nas proximidades, num espaço que compreenderia Sobrado e Campo, vivia uma populosa e pacata tribo de cristãos, os Bugios, que se dedicavam à pastorícia e agricultura, nos vales fecundos que ca-racterizavam aquela nação.

Protegidos pelo S. João, entidade a que recorriam sempre que a ameaça so-bre eles pairava, os bugios aprenderam

a nada temer, nem sequer a tribo mou-ra que, por estar próxima e pela fama de guerreiros hostis que tinham os seus membros, constituía um constante mau prenúncio.

E assim iam vivendo, sob o fio da na-valha, confiantes no santo mas também no seu rei, o “Velho”, cuja experiência de vida e bondade permitia que a tribo vi-vesse em paz e harmonia.

Mas não há bem que nunca acabe.Os problemas começaram com a filha

do rei mouro (Reimoeiro). A moça, uma jovem cuja beleza extravasara fronteiras

e sobre quem o pai nutria projectos de casamento grandioso, adoeceu grave-mente. O Reimoeiro chamou os seus curandeiros mas, face a uma maleita desconhecida, estes revelaram-se inefi-cazes. O Miramolim virou-se então para outros sábios, de tribos da sua religião, mas ninguém sabia identificar o mal da princesa, muito menos combatê-lo. Foi por essas alturas que o Reimoeiro ou-viu falar das proezas e fama de S. João, o zelador da prole cristã vizinha e com quem nunca tivera contactos.

Como o que estava em causa era a sobrevivência da filha, o maior dos seus

amores e bens, o monarca mouro man-dou emissários aos Bugios, suplicando ao seu rei, o “Velho”, o empréstimo da imagem do Santo, ultima esperança para a moça mourisca.

O “Velho” e seus conselheiros recusa-ram várias vezes o pedido de repetidas embaixadas árabes. O Santo era deles e nunca serviria para interesses de infiéis.

Porém, a insistência e as súplicas cada vez mais dramáticas acabaram por provocar uma onda de compaixão entre os cristãos e o “Velho”, espelhando esse estado, acabaria por decidir anuir ao pe-dido do Reimoeiro.

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A LENDA DA

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CD V19 de Juho 2010

Especial S.João de Sobrado

E lá se foi o santo para terras mou-riscas.

E, ao contrário do que se poderia es-perar, S. João não levou em conta que estava entre infiéis e fez o que lhe roga-vam: um milagre que curou a princesa mourisca. O seu pai, o Reimoeiro, man-dou que se festejasse de acordo com o acontecido, que se fizesse algo de grande que ficasse para sempre na memória de todos. E, para tornar maior ainda a fes-ta mandou um mensageiro convidar o bondoso rei dos Bugios e sua corte. Era “para lhes agradecer” e devolver o santo. Isso foi o que os cristãos pensaram mas,

na verdade, tratava-se de um plano ma-quiavélico que visava decapitar a tribo cristã dos seus mais importantes mem-bros, designadamente o “Velho”.

Mas quem é bom não desconfia, e lá foram os mais altos dignitários cristãos para terras infiéis. Ali chegados, rapida-mente constataram o terrível logro em que caíram. A começar no lauto jantar que deveria festejar a cura da princesa. Os cristãos foram postos à parte e apenas tiveram direito às sobras da lauta refei-ção. Depois foram roubados dos perten-ces que levavam. Mas não só. Para coroar a ignomínia, não devolveram o santo e,

cúmulo, sequestraram o “Velho” rei dos Bugios.

O resto da comitiva conseguiu regres-sar a Sobrado, onde, em reunião magna da bugiada foi decidida e planeada a vin-gança.

Os bugios, todos os homens da tribo – eram milhares – iam combater e ten-tar resgatar as suas duas figuras maiores, aliando-se ao oculto, fonte de medos e receios da moirama.

Assim, vestiram roupagens garridas, coseram-lhes guizos metálicos, cobri-ram o rosto com máscaras horrorosas e muniram-se de castanholas. Como se

isso fosse pouco, alguns deles transpor-taram uma gigantesca serpente que em tudo parecia viva e, foi com esses prepa-ros que, horas depois do ultraje, entram de rompante na aldeia mourisca. Os trai-dores infiéis, cosidos de medo, tiritando de pânico, não ofereceram resistência a tão ruidoso e endemoninhado ataque.

E foi assim que os cristãos trouxeram de volta à sua terra os seus mais venera-dos senhores: o “Velho” rei e S. João, o seu santo protector.

A Nação Bugia voltou a viver em paz e sossego.

Até hoje.

A BUGIADA

19 de Juho 2010CD

Especial S.João de Sobrado

VI

CRESCENTE DINÂMICA

No ano 2000, com a constituição da sociedade Moreira´s, a nossa empresa ganhou um novo dinamismo. A sociedade formada entre o Manuel Moreira e os seus filhos, José Manuel Moreira e José Carlos Moreira, iniciou uma nova fase de crescimento.

Com muita dedicação, trabalho, rigor e ho-nestidade, para com os nossos clientes e forne-cedores, alargamos muito a nossa actividade, passando a representar muitas conceituadas empresas europeias. A partir daí alargamos a nossa actividade à comercialização de pro-dutos de diversos países, entre eles – e para além da Itália, já referida – a Polónia, Holanda, Eslovénia, Espanha, sem nunca deixar, claro, Portugal.

Este caminhar empenhado na qualidade e satisfação do cliente, fez com que sejamos, na actualidade, uma empresa LIDER DE MER-CADO, neste específico ramo de actividade.

Para que atingíssemos tal desiderato foi im-portantíssimo o papel dos nossos fornecedores a quem agradecemos a forma leal e empenha-da como sempre se relacionaram connosco, procurando sempre fornecer-nos produtos de superior qualidade. Temos também de agra-decer aos nossos clientes pela óptima imagem da nossa empresa que comunicam para a rua. Não podemos esquecer ainda as empresas que colaboram connosco no transporte de merca-dorias para que as mesmas sejam recepciona-das a tempo e sem danos. E por último, nada

Informação comercial

MOREIRA’S, UMA HISTÓRIA DE SUCESSOAempresa MOREIRA´S

– COMÉRCIO DE CE-RAS, LDA, foi consti-tuída em Dezembro de 2000, mas na conti-

nuação já que anteriormente tinha a designação de MANUEL DA COSTA MARTINS MOREIRA. A empresa iniciou a sua actividade co-mercial no ano de 1969, completando este ano 41 anos de existência.Em 1969 a nossa empresa dedicava--se principalmente á comercialização de cera de abelhas, negócio iniciado na nossa família há mais de 200 anos. Estando inseridos no meio da “Capital do Móvel”, fomos durante as décadas de 70 e 80, os principais fornecedores de cera para a indústria do mobiliário, para as drogarias e outros estabeleci-mentos do género existentes numa área que ultrapassava largamente a nossa região.Ainda na década de 80, além da cera para os móveis, iniciamos o fabrico e a comercialização de velas e tigelas para celebrações, nomeadamente as religiosas, incluindo as usadas nos cemitérios. No inicio da década de 90 fomos um dos pioneiros na comercia-lização de Círios ou lampadários. Foi, concretamente, em 1994 que inicia-mos a importação de velas e círios de Itália, país que nessa altura constituía a principal origem deste tipo de produ-tos. Havendo já no mercado nacional pequenas empresas a produzir velas e círios, a nossa empresa procurou sempre concentrar as suas compras no mercado externo devido à superior qualidade e variedade dos produtos existentes nesse mercado. De ano para ano fomos crescendo, aumentando as nossas vendas, procu-rando oferecer a melhor qualidade e preço aos nossos clientes, ao mesmo tempo que íamos introduzindo novos produtos para, empenhados em responder sempre com variedade e qualidade às solicitações do mercado, gerando satisfação nos clientes.

seria possível sem os nossos funcionários e colaboradores, sempre empenhados num bom desempenho, na defesa dos mais superiores in-teresses da empresa.

VASTA IMPLANTAÇÃO

Temos clientes por todo o País, nos Aço-res e na Madeira, e iniciámos já há alguns anos exportação para outros mercados, embora em pequena escala. Faz parte dos nossos objecti-vos promover a expansão do nosso mercado de venda, tanto a nível interno como externo.

Temos mais de 2000 m2 de armazém, o que representa em época alta aproximada-mente 1500 paletes de mercadoria (suficientes para carregar 50 camiões TIR), e uma logística preparada para responder rapidamente a todo o tipo de clientes, armazenistas e retalhistas, efectuando entregas no prazo máximo de 48 horas.

Trabalhamos com empenho, procuran-do servir cada vez melhor os nossos clientes, para que eles possam também servir melhor os seus.

A qualidade, o preço e a logística, são os nossos trunfos e eficazes aliados, pois se os nossos clientes estiverem satisfeitos com estes três factores, seremos sempre vencedores num mercado tão competitivo.

PRODUTOS

Actualmente comercializámos uma vasta

gama de produtos: velas de cera e estearina, círios com tampa e sem tampa de diferentes cores e tamanhos, tigelas de cera, candeeiros de vidro, candeeiros de plástico, candeeiros de cerâmica, círios com imagens de figuras sagra-das (Nª. Sª. De Fátima, Santo António, Santa Rita, etc.), lamparinas para o azeite, esponjas para flores (Éden, Oásis, Mosimoll), parafina líquida (representantes Farmlight), acessó-rios de floristas (coroas, tabuleiros, esponjas redondas, alongamentos e outros), tealights (perfumados e não perfumados), copos plásti-cos para procissão de velas, e muitos outros ar-tigos ligados à religiosidade, designadamente aos cemitérios.

Todos os nossos produtos são de origem europeia e produzidos com matérias-primas de alta qualidade; procuramos cada vez mais personalizar os nossos produtos com o nosso logótipo para que de futuro possam ser reco-nhecidos como produtos de alta qualidade e líderes de mercado.

Todos os nossos artigos estão devidamente embalados, codificados e obedecendo a todas as normas, nomeadamente as de segurança obrigatórias.

FUTURO

Este ano estamos a preparar o lançamen-to de uma nova linha de produtos totalmente ECOLÓGICA, porque todos nós devemos de prestar culto e homenagem aos nossos fami-liares e amigos falecidos, mas pensar também no futuro dos nossos filhos. São produtos com CO2 neutro e que podem ser utilizados nos ce-mitérios ou em casa, sem qualquer perigo para a saúde e meio ambiente.

Efectuaremos também o lançamento de uma nova linha de candeeiros de vidro, pois a inovação também é imperiosa nesta activi-dade. Queremos oferecer aos nossos clientes novidade e qualidade, dar mais alegria a um local (cemitério) onde vamos recordar os nos-sos entes queridos.

Venha visitar-nos ou solicite a visita de um nosso colaborador, e faça parte de um grande grupo de clientes inteiramente satisfeitos com os nossos produtos e o nosso atendimento.

Estamos em Sobrado (Valongo), a 100 me-tros do centro, a 2 km do nó da A41 – saída Sobrado – e a 6 km do nó da A4, saída Campo.

Estamos à sua espera.

A equipa MOREIRA´S – COMÉRCIO DE CERAS, LDA

CD VII19 de Juho 2010

Especial S.João de Sobrado

A  Festa da Bugiada  é uma manifestação popular tradicional que se realiza anualmente, no dia 24 de junho, sob a invocação de São João, na vila de Sobrado, município de Valongo. É uma tradição antiquís-sima, que se desenrola sob a forma de uma luta entre mouros e cristãos, designados localmente por  Mouris-queiros e Bugios, respectivamente.

A Festa da Bugiada tem por de-trás uma lenda transmitida oral-mente de geração em geração, que remontaria ao tempo em que os muçulmanos ocuparam boa parte da  Península Ibérica. Essa lenda dá conta da disputa de uma imagem milagrosa de São João, detida pelos bugios, a que os mourisqueiros pre-tenderiam também recorrer para sal-var a filha do seu rei.

Esta manifestação desenrola-se sob a forma de danças. Os bugios, sob a condução do Velho da Bugiada, vão mascarados, vestidos de roupas garridas, levam penachos de fitas na cabeça, guizos por todo o corpo e castanholas nas mãos. São, habitual-mente, em número de várias cente-nas, de todas as idades, e fazem uma enorme algazarra. São o lado folião e telúrico da festa. Os mourisquei-ros são comandados pelo Reimoeiro. São rapazes solteiros, em número de algumas dezenas. Usam um fato colorido e listado, na cabeça levam umabarretina  cilíndrica, ladeada de espelhos e encimada de plumas,

usam  polainas  e, na mão direita, transportam uma espada. São o lado organizado, apolíneo, militar, da fes-ta.

Depois das danças, que têm iní-cio pela manhã, a “Festa da Bugiada” atinge o seu clímax ao fim da tarde, quando cada uma das formações sobe ao respectivo castelo e tem ini-cio a guerra, acompanhada, em si-multâneo, de trocas de “embaixadas” e de “negociações diplomáticas”. Não havendo acordo, os mourisqueiros atacam o castelo bugio e levam o seu  Velhopreso. Quando tudo pare-ce terminado, os bugios recorrem a uma gigantesca  serpe, aparecem de rompante aos mourisqueiros, liber-tam o seu chefe e cada formação vai fazer a respectiva dança final em seu sítio.

A Bugiada não é, porém, constituída apenas pelo que se passa em torno da tensão entre bugios e mourisqueiros. De facto, há três ou-tros tipos de manifestações popula-res tradicionais que se entremeiam nesta festa. Uma delas é o conjunto de cenas de crítica da vida local e nacional, típicas da época carnava-lesca. Outra é o ritual da lavra da praça, em que as operações de lavrar, gradar e semear são feitas na sua ordem inversa. Finalmente, a mais espectacular é a chamada  Dança do Cego ou Sapateirada - uma cena curiosíssima de teatro popular, em que se evoca a perturbação causa-

da numa comunidade local pela chegada de um cego que viaja de terra em terra, guiado pelo seu moço.

(in Wikipédia)

“S. JOÃO DE SOBRADO

Finalmente chegou o mês de Junho, o mês do S. João. Confes-so que estava ansiosa que entras-se o mês para começar a escrever sobre a festa. No dia 24 de Junho realiza-se em Sobrado uma festa de características peculiares. As bugiadas. A festa tem raízes an-tiquissímas, não se conhecendo ao certo a sua génese, no entanto acredita-se que esteja ligada às comemorações do solstício de verão ( assim como em Podence se comemora o solstício de inver-no com os caretos)”.

(in http://estoriasdaminhat-erra.blogs.sapo.pt)

“BUGIOS E MOURISQUEI-ROS

Todos os anos, nesta mesma data. Bugios e Mourisqueiros – ou seja, cristãos e mouros – en-volvem-se numa tremenda luta de vida ou morte, reinventando

assim uma lendária batalha.Até à hora do confronto os dois

grupos exibem as suas máscaras, os fatos garridos, as plumas …

Anda no ar, à mistura com o gri-to dos altifalantes, o som forte de ra-becas, guizos e castanholas.

Enquanto isto, um camponês mascarado, finge semear a terra, de-pois gradá-la e lavrá-la. Por isso se diz que os do Sobrado fazem tudo às avessas.

Trata-se de um conjunto de ati-tudes participantes de um rito de fertilidade que actua pela inversão.

Ao fim do dia … finalmente a ba-talha e a vitória dos Mourisqueiros.

O rei cristão é feito prisioneiro. O momento é de angústia e de ten-são.

De repente, no entanto, surge uma serpe, e o rei é libertado, com grande alegria do povo.

Milagre de S. João!”

“BUGIADA - A BATALHA ENTRE MOURISQUEIROS E BUGIOS

Todos os anos, a 24 de Junho, na vila de Sobrado, concelho de Valon-go, ergue-se uma barricada lendária. A contenda, chamada Bugiada, opõe os Cristãos, os Bugios, aos Mouros, os Mourisqueiros”

( Brandão Lucas in www.cafe-portugal.net)

A Câmara Municipal de Va-longo, juntamente com os muni-cípios de Paços de Ferreira, Pare-des e Gondomar, e com o apoio de diversas entidades parceiras, retoma hoje, sábado, as acções de limpeza previstas no projecto “Corrente Rio Ferreira”.

No concelho de Valongo a intervenção decorreu junto da Ponte de Luriz, na freguesia de Campo, entre as 9h00 e as 13h00. A limpeza continuará durante a próxima semana, assegurada por funcionários da autarquia, ficando os sábados abertos à co-laboração de voluntários.

Relembra-se que a apresen-tação pública e assinatura do protocolo referente ao “Corren-

te Rio Ferreira” teve lugar a 22 de Abril de 2009, tendo-se iniciado os trabalhos no terreno em Ju-nho do mesmo ano. Este projec-to, além dos grupos de limpeza das margens e voluntariado, contempla as seguintes verten-tes: vistorias às habitações, mo-nitorização da qualidade da água, sensibilização ambiental e requalificação das margens.

A Câmara Municipal con-vida todos a participar, inspi-rando-se no mote deste projec-to – “Juntos pelo nosso rio”. Os interessados poderão inscrever--se nas Juntas de Freguesia de Campo, Sobrado e Valongo ou no CMIA (22 977 44 40 ou [email protected]).

O QUE SE DIZ DE SOBRADO E DA SUA FESTA ÚNICA

Vamos todos ajudar

CORRENTE RIO FERREIRA – LIMPEZA DAS MARGENS VOLTA AO TERRENO

19 de Juho 2010CD

Especial S.João de Sobrado

VIII

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Câmara de Valongo e a Associação Sójovem, promovem durante os meses de Junho e Julho mais uma edição do pro-grama de férias “Valongo Mexe Comigo”.

De 28 de Junho a 26 de Julho, os participan-tes do campo de férias poderão explorar o vas-to património natural e redescobrir os equi-pamentos culturais do concelho. Com o “Va-longo mexe Comigo”, a Câmara Municipal “pretende fazer com que os jovens vivam uma semana repleta de adrenalina, animação e

conhecimento”. Aberta a jovens dos 6 aos 12 anos, os interessados poderão durante seis dias partici-par em actividades que passam por aventuras na Serra de Santa Justa, pedi-paper, workshop de teatro, futebol, ténis, basquetebol, actividades aquáticas, e muitas ou-tras coisas, com surpre-sas à mistura. As inscri-ções podem ser feitas na Agência para a Vida Lo-cal, no Fórum Cultural de Ermesinde. A  ficha inscrição  encontra-se disponível também no site da autarquia (www.cm-valongo.pt)

CAMPO DE FÉRIAS

“VALONGO MEXE COMIGO”

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A participação do Rotary Club de Valongo na Feira de Artes Populares de Valongo,

VALONGO

ROTARY CLUB VAI OFERECER DESFIBRILADOR AOS BOMBEIROS

Dia 2016h30 – Grupo de Dança Teenagers17h00 – Último Ensaio22h00 – Grupo de Dança Instintos Radicais22h30 – Cantares ao desafio com Olinda, de Paredes, e Jorge Loureiro, de Barcelos

Dia 2121h30 – Grupo de Dança Novo Milénio21h50 – Grupo de Dança Espaço de Dança22h10 – Grupo de Dança da Devesa22h30 – Grupo de Dança Estrelas da Balsa

Dia 2222h00 – Projecção do Filme das Bugiadas de 1977

Dia 239h00 – grupo de Bombos Zés Pereiras de Recarei22h00 – Grupo Musical Arco Íris00h30 – Actuação da banda Deolinda

Dia 2408h00 – Dança em casa do Reimoeiro08h45 – Dança em casa do Velho da Bugiada09h30 – Jantar dos Mourisqueiros10h00 – Missa Solene com sermão10h15 – Jantar dos Bugios11h30 – Procissão em honra a S. João12h30 – Danças de entrada13h30 – Dança do Sobreiro15h00 – Cobrança de Impostos15h30 – Sementeira16h00 – Gradar16h30 – Lavrar17h00 – Dança do Cego ou Sapateirada17h30 – Dança do Doce19h00 – Negociação19h45 – Prisão do Velho20h15 – Milagre de S. João20h30 – Dança do Santo21h00 – Entrega da Festa

que decorreu entre 5 e a 9 de Maio, já é uma das tradições do clube e, como vem sendo

hábito, o clube efectuou uma recolha de fundos para o seu projecto de Cadeira de Rodas

e para o projecto internacio-nal de Rotary End Polio Now, que tem como objectivo a erradicação da poliomielite a nível mundial.

A simpatia e a generosi-dade de toda a população que participou na recolha de fun-dos foi “um bálsamo e uma recompensa para todos os elementos do Rotary Club de Valongo”.

Para além da recolha de fundos, o Rotary Club de Valongo aproveitou a opor-tunidade para divulgar o destino das receitas dos últi-mos anos;   designadamente a “aquisição de uma cadei-ra eléctrica, no valor de 23 mil euros, para um cidadão tetraplégico do concelho de Valongo, que se encontra na Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde”.

No presente ano o Rotary Club de Valongo comunicou que a actividade na Feira das Artes Populares de Valongo, depois de deduzidas as des-pesas de instalação do stand, permitiu a angariação de um montante líquido de 456,55 euros.

Parte desta verba “será aplicada no projecto de er-radicação da Poliomielite (Paralisia Infantil) e parte na aquisição de um desfi-brilador para os Bombeiros Voluntários de Valongo”, cuja entrega pretendem efectuar no próximo dia 9 de Julho, data em que realiza a cerimó-nia de Transmissão de Tarefas do Rotary Club de Valongo.

Recorde-se que o clube se reúne todas as quintas-feiras, pelas 21,30 horas, no Museu Municipal de Valongo.

As reuniões são abertas a todos quantos queiram parti-cipar

Programa da festa em honra a S. João – Largo do Passal, Sobrado