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Correlação entre os 14 princípios de Deming e a ISO 9001:2008 dezembro/2015 1 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015 Correlação entre os 14 princípios de Deming e a ISO 9001:2008 Eliza Yoko Shimizu [email protected] Gestão da Qualidade e Engenharia da Produção Instituto de Pós-Graduação - IPOG Manaus, AM, 22/09/2014 Resumo Este artigo tem como objetivo analisar a correlação entre 2 modelos de sistema de gestão da qualidade. 14 princípios de Deming como ficou conhecido, o modelo enfatiza a necessidade de métodos estatísticos de controle de qualidade e princípios de administração. Estabelecidos após a segunda guerra mundial, os 14 pontos de Deming ficou popularizado e bem aplicado no Japão, que se tornou uma das potências no âmbito da qualidade obrigando os mercados ocidentais a readaptarem seus processos produtivos para se manter competitivo. Porém, qual a sua relação com o modelo ISO 9001:2008? Foram realizados pesquisas bibliográficas a respeito de cada modelo de gestão de qualidade, onde foi possível constatar diversos pontos em comum. Ambos modelos enfatizam a importância do envolvimento dos gestores e consideram a qualidade um fator primordial para satisfação dos clientes e se manter no mercado cada vez mais competitivo. Além disso, adotam o ciclo PDCA, considerado um instrumento simples e flexível aplicável em vários ramos, seja na indústria, prestação de serviços, etc. Podemos concluir que o princípio de Deming apesar de não certificável, teve uma importância considerável na composição da ISO 9001:2008, norma internacionalmente reconhecida que estabelece os requisitos de qualidade. Palavras-chave: Qualidade. Princípios de Deming. ISO 9001:2008.Competitivo. 1. Introdução Num cenário econômico globalizado, de internacionalização, de inovação tecnológica que cresce de forma exponencial, as empresas vivem a constante busca pela melhoria de seus produtos ou serviços de forma a aumentar a competitividade e se manter no mercado. Diante deste fato, as organizações estão investindo cada vez mais na gestão da qualidade efetiva a fim de fornecer produtos ou serviços de qualidade confiáveis que atendam as necessidades e as expectativas dos seus clientes. Segundo Ballestero-Alvarez (2012) a gestão da qualidade total deve possuir uma filosofia orientada para o cliente visando o lucro, centrando-se o funcionário no desempenho de suas funções e mantendo a consciência socioambiental. Várias organizações utilizam os requisitos estabelecidos pela Norma ABNT ISO 9001:2008 como uma ferramenta para o gerenciamento da qualidade dos seus processos ou atividades a fim de atender os requisitos e obter a satisfação dos seus clientes. Porém, existem outros modelos de gestão como TQM (Total Quality Management), MEG (Modelo de Excelência em Gestão) que podem ser aplicados para uma boa gestão da qualidade dos seus produtos dentro de uma organização. Além dos modelos citados anteriormente existe os 14 pontos de Deming que podem ser úteis para uma boa gestão da qualidade.

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Correlação entre os 14 princípios de Deming e a ISO 9001:2008 dezembro/2015

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015

Correlação entre os 14 princípios de Deming e a ISO 9001:2008

Eliza Yoko Shimizu – [email protected]

Gestão da Qualidade e Engenharia da Produção

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Manaus, AM, 22/09/2014

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a correlação entre 2 modelos de sistema de gestão da

qualidade. 14 princípios de Deming como ficou conhecido, o modelo enfatiza a necessidade

de métodos estatísticos de controle de qualidade e princípios de administração. Estabelecidos

após a segunda guerra mundial, os 14 pontos de Deming ficou popularizado e bem aplicado

no Japão, que se tornou uma das potências no âmbito da qualidade obrigando os mercados

ocidentais a readaptarem seus processos produtivos para se manter competitivo. Porém, qual

a sua relação com o modelo ISO 9001:2008? Foram realizados pesquisas bibliográficas a

respeito de cada modelo de gestão de qualidade, onde foi possível constatar diversos pontos

em comum. Ambos modelos enfatizam a importância do envolvimento dos gestores e

consideram a qualidade um fator primordial para satisfação dos clientes e se manter no

mercado cada vez mais competitivo. Além disso, adotam o ciclo PDCA, considerado um

instrumento simples e flexível aplicável em vários ramos, seja na indústria, prestação de

serviços, etc. Podemos concluir que o princípio de Deming apesar de não certificável, teve

uma importância considerável na composição da ISO 9001:2008, norma internacionalmente

reconhecida que estabelece os requisitos de qualidade.

Palavras-chave: Qualidade. Princípios de Deming. ISO 9001:2008.Competitivo.

1. Introdução

Num cenário econômico globalizado, de internacionalização, de inovação tecnológica que

cresce de forma exponencial, as empresas vivem a constante busca pela melhoria de seus

produtos ou serviços de forma a aumentar a competitividade e se manter no mercado.

Diante deste fato, as organizações estão investindo cada vez mais na gestão da qualidade

efetiva a fim de fornecer produtos ou serviços de qualidade confiáveis que atendam as

necessidades e as expectativas dos seus clientes.

Segundo Ballestero-Alvarez (2012) a gestão da qualidade total deve possuir uma filosofia

orientada para o cliente visando o lucro, centrando-se o funcionário no desempenho de suas

funções e mantendo a consciência socioambiental.

Várias organizações utilizam os requisitos estabelecidos pela Norma ABNT ISO 9001:2008

como uma ferramenta para o gerenciamento da qualidade dos seus processos ou atividades a

fim de atender os requisitos e obter a satisfação dos seus clientes. Porém, existem outros

modelos de gestão como TQM (Total Quality Management), MEG (Modelo de Excelência

em Gestão) que podem ser aplicados para uma boa gestão da qualidade dos seus produtos

dentro de uma organização. Além dos modelos citados anteriormente existe os 14 pontos de

Deming que podem ser úteis para uma boa gestão da qualidade.

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Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise teórica baseado nas pesquisas

bibliográficas entre os 14 pontos de Deming e a Norma ABNT ISO 9001:2008, apresentando

as suas semelhanças e diferenças e de que forma eles podem ser aplicados numa gestão da

qualidade de uma organização.

2. Fundamentação geral

2.1. 14 Princípios de Deming

William Edward Deming, americano, estatístico e professor universitário ficou amplamente

conhecido por seu desempenho para a melhoria dos processos produtivos. Conhecido como

um dos “gurus”da qualidade, após a segunda guerra mundial fez importantes contribuições

principalmente no Japão, ensinando aos executivos sobre a melhoria dos projetos, qualidade

dos produtos e testes com bases estatísticos, tornando o país uma das referências na área de

desenvolvimento e inovação de produtos de qualidade.

Quando se fala em qualidade, o primeiro nome que nos vem à memória é o de W.E.

Deming. A ele devemos a popularização do controle de qualidade no Japão no início

da década de 50. Ficou conhecido ao desenvolver o sistema estatístico de controle da

qualidade; dava grande importância ao envolvimento das gerências no processo e

defendia a tese de que o controle de qualidade deveria ser adotada na empresa

inteira, não apenas em funções de produção. Sem dúvida, sua intervenção foi

bastante importante para tudo o mais que ocorreu posteriormente e hoje verificamos

que sua postura era perfeitamente acertada (BALLESTERO-ALVAREZ, 2012:99).

W.E. Deming estabeleceu 14 princípios (https://deming.org/theman/theories/fourteenpoints) a

serem aplicados numa organização para melhorar significativamente a qualidade e a eficiência

de uma empresa ou organização, definidos pelo Danda (2011) e Neave (1987) de forma bem

sucinta apresentados a seguir:

1. Criar constância de propósito

Criar consistência de propósito em direção à melhoria de produto e do serviço, visando a

competitividade e a permanência no mercado. O propósito deverá ser aplicável e não apenas

uma simples aceitação da abordagem de Deming. Sua impregnação deve ser realizado de

forma consistente, interminável dentro da organização, superando as barreiras como crenças e

culturas o que pode demandar tempo porém necessária para busca da melhoria contínua.

2. Adotar a nova filosofia

Adoção de uma nova mentalidade diante da estabilidade econômica, o que exige que os

gestores despertem para os desafios, assumam suas responsabilidades e direcione para

mudanças em todo o sistema, processos e atividades sob sua gestão. Não é aceitável produtos

sem padrão de qualidade, erros nos processos e atraso.

3. Cessar a dependência da inspeção em massa

Eliminar a inspeção em massa mediante projeto de qualidade desde o início. Isso é possível

estabelecendo-se padrões através de testes e métodos de controle de processo evitando desta

forma desperdícios de recursos, possibilitando o fornecimento de produtos seguros e de

qualidade consistente.

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4. Acabar com a prática de aprovar orçamentos apenas com base no preço

Não priorizar relações comerciais baseado em preço, em vez disso, migrar para uma visão de

longo prazo, minimizar custos, reduzir quantidade de fornecedores e transformá-los em

parceiros leais.

5. Melhoria contínua do sistema produtivo e serviço

Melhorar constantemente o sistema produtivo e serviço para melhorar a qualidade e

produtividade reduzindo continuamente o custo. Nunca se contentar quando um determinado

problema for resolvido e sim buscar aperfeiçoamento contínuo do processo.

6. Instituir treinamento

Alguns gestores investem pouco no treinamento pois o consideram como “não-produtivo”. O

treinamento é importante para que o seu trabalhador possa compreender e atuar corretamente.

Seus resultados na maioria das vezes não é imediato, porém o retorno e a vantagem de se ter

um colaborador treinado é maior do que o custo envolvido na sua formação.

7. Adotar e instituir liderança

A proposta da supervisão é poder ajudar as pessoas, maquinarias e instalações a fazerem

melhor os trabalhos. A supervisão dos gestores, assim como dos trabalhadores operacionais,

deve ser detalhada e corretiva quando necessário. Os gestores devem assegurar que sejam

tomadas medidas quando detectada alguma falha operacional ou outras condições que sejam

prejudiciais à qualidade. Devem ter a capacidade de guiar seus trabalhadores a atingir seus

propósitos.

8. Afastar o medo

Incentivar a comunicação entre os superiores e seus subordinado de forma a expulsar o medo,

criando ambiente de trabalho de confiança e respeito em toda a organização. O medo inibe o

crescimento profissional do indivíduo, dificultando o desempenho de suas atividades.

Relações de trabalho mútuo desencadeia muito mais resultados positivos do que esforços

individuais isolados esforços.

9. Derrubar barreiras entre os diversos setores de pessoal

Pessoas da área de pesquisa, projeto, vendas e produção devem trabalhar como uma equipe

para antever os problemas e necessidades dos produtos e serviços.

10. Eliminar “slogans”, exortações e metas

Eliminar “slogans”, exortações e metas para a mão de obra que exijam nível zero de falhas e

estabeleçam novos níveis de produtividade. Tais exortações apenas geram inimizades, visto

que o grosso das causas da baixa qualidade e da baixa produtividade encontra-se no sistema

estando, portanto, fora do alcance dos trabalhadores.

11. Eliminar quotas

a) Eliminar padrões de trabalhos (quotas) na linha de produção, substituindo-nos pela

liderança.

b) Eliminar o processo de administração por cifras e por objetivos numéricos, substituindo-os

pela administração por processos mediante o exemplo de líderes.

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12. Orgulho da mão de obra

a) Remover as barreiras que privam o operário de ter seu direito de orgulhar-se de seu

desempenho. A responsabilidade dos chefes deve ser mudada de números absolutos para a

qualidade.

b) Remover as barreiras que privam as pessoas da administração e da engenharia de seu

direito de orgulharem-se de seu desempenho. Isto significa abolir a avaliação anual de

desempenho ou de mérito, bem como da administração por objetivos.

13. Estimular a formação e o auto aprimoramento de todos

No mundo moderno onde as transformações e atualizações ocorrem de forma rápida, é

necessário instituir um forte programa de educação e auto aprimoramento das habilidades

para acompanhar as mudanças em materiais, métodos, design de produtos, máquinas, técnicas

e serviços.

14. Tomar iniciativa para realizar a transformação

Engajar todas da empresa no processo de realizar a transformação. A transformação é da

competência de todos, o qual deve estar claramente definido pela alta administração em

sempre melhorar a qualidade e a produtividade. Toda a organização deve estar engajada e

comprometida para a melhoria, sem este pensamento o progresso será esporádico e

temporário.

Deming ficou conhecido também pelo ciclo PDCA ou Ciclo de Deming, que por sua

simplicidade e flexibilidade, permite utilizar e aplicar tanto na gerência da empresa como em

cada processo produtivo de uma organização independente da área ou setor.

A lógica do raciocínio é simples: para oferecer produtos ou serviços melhores ou

diferentes do que a concorrência oferece é preciso investir em melhorias do produto

ou serviço de forma a torná-lo mais atrativo, […] como a melhoria dos produtos é

resultante da melhoria dos processos e de aspecto-chaves da qualidade, por

consequência, a melhoria contínua dos produtos ou serviços implica

necessariamente na melhoria contínua dos processos produtivos. Os processos de

melhoria contínua de produtos e processos, por sua vez, dependem do

comprometimento da alta gerência e do envolvimento e capacitação de toda a força

de trabalho em direção à melhoria (CARPINETTI, 2011:8).

Segundo Marques (2009), o ciclo composto de quatro fases: Planejar (Plan), Executar (Do),

Verificar (Check) e Atuar corretivamente (Act/Action), permite representar de modo eficiente

a melhoria do processo, padronizando as informações de controle da qualidade e evitando

erros lógicos nas análises.

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Figura 1- Ciclo PDCA

Fonte: Adaptado de Ballestero-Alvarez (2012)

2.2. NBR ISO 9001:2008

A ISO (nternational Organization for Standardization) é uma organização internacional criada

em 1947 em Genebra, que tem como objetivo principal promover o desenvolvimento da

normalização dos processos para o desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia

de um sistema de gestão da qualidade a fim de aumentar a satisfação dos clientes.

Em 1987 foi publicado a versão da ISO 9000 composta atualmente pelas normas ISO

9000:2005, ISO 9001:2008 e ISO 9004:2000 que são complementares às especificações

técnicas, normas ou regulamentos aplicáveis aos produtos ou serviços oferecidos por uma

determinada organização.

A ISO 9001 é uma das normas mais conhecidas e aplicadas em todo o mundo, e que

estabelece os requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade quando a organização necessita

demonstrar sua capacidade de produzir produtos que atendam os requisitos do cliente e as

normas regulamentares aumentando a sua satisfação e sempre buscando a melhoria contínua.

O foco da ISO 9001 é a abordagem de processo, ou seja, conceber e sistematizar processos de

trabalho capazes de gerar produtos que atendam aos requisitos dos clientes, deixando-os cada

vez mais satisfeitos. (RIBEIRO-NETO, 2008:52).

Para implementação de um sistema de gestão da qualidade baseado na ISO 9001:2008, a

organização deve adotar os 8 princípios apresentados a seguir:

1. Foco no cliente

As organizações dependem dos seus clientes, portanto, devem entender as suas necessidades

correntes e futuras, ir ao encontro dos seus requisitos e lutar constantemente para exceder as

suas expectativas.

2. Liderança

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Os líderes criam a visão e missão da organização e, portanto, o seu caminho. Devem criar e

manter um ambiente interno que proporcione envolvimento total para atingir os objetivos da

organização.

3. Envolvimento dos colaboradores

As pessoas, de todos os níveis, são a essência da organização, o seu completo envolvimento

faz com que coloquem as suas capacidades ao serviço da organização.

4. Abordagem de processos

Um resultado desejado é atingido de forma mais eficiente se os recursos e as atividades

relacionadas forem geridos como um processo.

5. Abordagem sistêmica para a gestão

Identificar, entender e gerir um sistema de processos interrelacionados para a concretização de

um dado objetivo, melhora a eficácia e eficiência da organização.

6. Melhoria contínua

A melhoria contínua deverá ser um objetivo permanente da organização, ou seja alcançar

patamares cada vez mais satisfatórios de desempenho da organização. Envolvendo desde a

alta direção até os operários, abrange toda a organização. Nesse processo de melhoria

contínua, o ciclo PDCA ou ciclo de Deming é o instrumento mais utilizado.

7. Tomada de decisão baseada em fatos

As decisões são tomadas com base em dados e informações qualitativas ou quantitativas

decorrentes de análises e diagnóstico da situação baseada na realidade, através de indicadores

de desempenho, auditoria ou outro mecanismo que possibilite uma avaliação objetiva.

8. Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores

As organizações e os seus fornecedores são interdependentes, e as relações de benefício

mútuo aumentam a capacidade de ambos em criar valor.

Baseado nos princípios de gestão, a ISO 9001:2008 estabelece 5 requisitos enquadrados nos

processos de gestão da qualidade, descritos por Ballestero-Alvarez (2012):

1. Sistema da Qualidade

Como requisito geral, a organização deve estabelecer, documentar, implementar e manter um

sistema de gestão da qualidade, melhorando continuamente sua eficácia de acordo com os

requisitos da norma.

Além dos requisitos gerais, o sistema estabelece requisitos de documentação, sendo o Manual

da Qualidade o documento de mais alto nível. Demais documentos como procedimentos

operacionais, instrução de trabalho e registro são exigidos como evidência objetiva de que as

atividades estão direcionadas para o resultado desejado.

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Figura 2- Estrutura documental típica

Fonte: Ballestero-Alvarez (2012)

2. Responsabilidade da Direção

É uma sistemática vertical, o qual requer um comprometimento da alta direção que necessita

definir resultados pretendidos (políticas e objetivos da qualidade), bem como definir as

responsabilidades, analisar resultados para melhor direcionamento em busca da melhoria. A

alta direção deve assegurar que os requisitos dos clientes sejam determinados e atendidos com

o propósito de aumentar a satisfação do cliente e melhorar continuamente o sistema de gestão

da qualidade;

3. Gestão de recursos

A alta direção deve garantir a implementação, a manutenção e a melhoria contínua do sistema

de gestão da qualidade de sua organização disponibilizando recursos financeiros, humanos,

instalações e equipamentos;

4. Realização do Produto

A organização deve possuir estrutura para atingir o resultado esperado, incluindo os requisitos

que vão desde o entendimento das necessidades e expectativas dos clientes, passando pelo

projeto e desenvolvimento do produto, aquisição de matérias-primas e serviços, produção e

fornecimento de serviço, até o controle dos dispositivos de medição e monitoramento;

5. Medição, Análise e Melhoria

A alta direção deve assegurar que as medições sejam eficazes e eficientes para garantir o

desempenho da organização e mensurar o grau de atendimento quanto ao sistema de gestão da

qualidade em relacão ao atendimento dos requisitos dos clientes, a fim de melhorar a sua

satisfação. Para sua realização, a organização deve planejar e implementar os processos para

demonstrar a conformidade aos requisitos do produto, assegurar a conformidade e melhorar

continuamente a eficácia do sistema de gestão da qualidade. Como metodologia deve-se

realizar auditoria interna da qualidade, monitoramento da satisfação dos clientes e controle

contínuo dos seus produtos.

A figura 1 extraída da NBR ISO 9001:2008, apresenta o modelo do Sistema de Qualidade

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onde os elementos da gestão são representados no interior do círculo e as interfaces do

sistema com o exterior representadas com as linhas que se cruzam. Podemos observar a

relação do sistema com o cliente, na qual os requisitos estão identificados como insumos para

realização do produto e a avaliação da satisfação após a entrega (RIBEIRO-NETO, 2008:55).

Figura 1 – Modelo de um Sistema de Gestão da Qualidade baseado em processo

Fonte: NBR ISO 9001:2008

3. Certificação

Uma organização poderá receber a certificação ISO 9001:2008 após passar pela auditoria de

uma empresa certificadora. Isso não quer dizer que a ISO é um certificador. A auditoria atesta

que uma determinada organização possui sistema de gestão da qualidade condizente com os

requisitos estabelecidos pela norma NBR ISO 9001. É importante destacar 2 pontos.

O certificado ISO 9001 não é um certificado de qualidade do produto. O certificado

atesta que a empresa implementa um sistema de gestão da qualidade, baseado no

modelo de requisitos normativos ISO 9001:2008, com objetivo principal de

atendimento dos requisitos dos clientes. […] o certificado faz referência ao

“escopo”ou abrangência do sistema da qualidade. No caso de empresas com vários

negócios, várias linhas de produtos, o sistema de qualidade implementado pode não

abranger todos os negócios ou linhas de produtos […] o sistema da qualidade deve

obrigatoriamente abranger todas as atividades primárias e de suporte da cadeia de

valor relacionadas ao atendimento de requisitos relativos àquele negócio ou linha de

produto (CARPINETTI, 2011:28)

Com base nas informações obtidas no site da INMETRO, podemos observar que os

continentes asiático e europeu são os maiores detentores de certificação. Tal certificação pode

indicar maior abertura das organizações destes continentes ao mundo e ao mesmo tempo

significa que há maior competitividade no mercado.

Continente Total de certificados

América Central 1528

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África 7879

América do Sul 19337

América do Norte 61436

Ásia 363768

Europa 405235

Oceania 2160

Total 861243

Tabela 1 – Quantidade de certificados emitidos no mundo por continente

Fonte: INMETRO (Dados coletados até 31/12/2006)

4. Relação entre os 14 Pontos de Deming e ISO 9001:2008

Com base no levantamento realizado, podemos observar que existem vários pontos em

comum entre os princípios estabelecidos pelo Deming e a ISO 9001:2008.

Ambos estabelecem a necessidade de se definir uma política de qualidade, de se ter gestores

envolvidos no processo de gestão da qualidade, estimulando a melhoria contínua a fim de

atender os requisitos estabelecidos pelo cliente e aumentar a sua satisfação. O não

atendimento destes requisitos pode dificultar a permanência da organização no mercado cada

vez mais competitivo.

A ISO estabelece o princípio foco no cliente, que é a necessidade de gerenciamento da

realização do produto para o atendimento dos requisitos do cliente. Para Carpinetti (2011), “é

indiscutível que o sucesso e a competitividade de um negócio dependem em grande parte

desse foco no cliente”. Ou seja, é necessário haver uma constância de propósito e filosofia

bem estabelecida dentro de uma organização.

Os efeitos ocorrem em cadeia quando o foco da empresa está na qualidade em

primeiro lugar. Para tanto a empresa deve apresentar preocupação geral e constante

com a qualidade em todos os níveis e setores. Deve iniciar por uma clara definição

de quais são suas reais possibilidades e o que seria um produto ou serviço de

qualidade com base nas necessidades e expectativas dos clientes. Depois disso,

elaborar o planejamento da qualidade, associando-o aos aspectos fundamentais

como o projeto m si; o desenvolvimento de novos produtos ou serviços e a garantia

da qualidade da produção (BALLESTERO-ALVAREZ, 2012:108).

Para tanto, o papel de líder é fundamental que são responsáveis por estabelecer a unidade de

propósitos e ou rumos de uma organização. Para Araújo (2010), “raramente esforços de

mudança de baixo para cima são eficazes, ou seja, a mudança deve ser de cima para baixo em

termos de hierarquia organizacional. Os líderes devem mudar sua postura de “posto de

comando” para uma mentalidade de criadores de “visão compartilhada”.

Para Deming apud Ballestero-Alvarez (2012), o objetivo da liderança consiste em melhorar o

desempenho de homens e máquinas, bem como a qualidade, aumentar a produção e remover

barreiras que impedem as pessoas de ter orgulho de seu trabalho.

Para Ribeiro-Neto (2012) os líderes devem reconhecer as competências das pessoas e

assegurar o direito de participar do crescimento e sucesso da organização, sendo o

“empowerment” uma importante a bordagem de estímulo para o envolvimento das pessoas.

A importância do estabelecimento da política/filosofia e o envolvimento dos gestores e líderes

e demais membros da organização num conceito de qualidade é evidente, porém, sem haver

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processo de melhoria contínua nada terá significado.

Ambos os modelos abordagem a necessidade de melhoria contínua. Para Mears apud Coltro

(1996), a Gestão pela Qualidade Total é um sistema permanente e de longo prazo, voltado

para o alcance da satisfação do cliente através da melhoria contínua. Para sua realização deve

haver participação de todos os membros da empresa.

O ciclo PDCA, desenvolvido por Walter A. Stewart e difundido por Deming é uma

ferramenta recomendada pela ISO 9001 nos processos para garantir a melhoria contínua.

Segundo Marques (2009) sua técnica é simples e é um modo eficiente de apresentar a

melhoria do processo de forma contínua. Padroniza as informações de controle de qualidade,

evitando erros lógicos nas análises e também pode ser direcionado ao facilitar a transição do

estilo de administração direcionado para melhoria contínua.

Todo o conceito de sistema de gestão da qualidade por mais bem estabelecida que seja na

teoria, não terá seu significado se a filosofia não estiver absorvida pelos colaboradores. Para

isso, será necessário muitas vezes mudar a cultura e os pensamentos através de treinamentos

ou seja, deve haver uma boa gestão de pessoas.

A Gestão de Pessoas tornou-se um desafio estratégico de muitas organizações na

atualidade, em decorrência de mudanças importantes que acontecem no cenário

competitivo. A Gestão das Pessoas é um processo complexo, que deve ser

arquitetado com estratégias, políticas e práticas e uma estrutura de Recursos

Humanos que contribua na capacitação dos gestores organizacionais no exercício

desse papel. Muitos trabalhos acadêmicos, a partir do fim do século XX, se

concentram em estudar estratégias, políticas e práticas de gestão de pessoas que

contribuem para a melhoria dos resultados organizacionais ou, em analisar modelos

de Recursos Humanos que mais colaboram para a implementação das estratégias

organizacionais (STÉDILE, 2012:7)

Para Deming, os colaboradores são pessoas-chaves para a concretização da qualidade. Dessa

forma estabeleceu princípios como: afastar o medo, eliminar as barreiras entre os setores, bem

como orgulhar-se da mão de obra. Isso demonstra a importância da valorização pessoal e

liberdade para expor pensamentos, que são fatores que podem impulsionar no

desenvolvimento e inovações na área da qualidade.

Segundo Ballestero-Alvarez (2012), Deming a qualidade pode ser resumida como sendo

entendimento das necessidades do cliente, buscando resultados homogêneos e buscar medidas

de previsão que eliminem as variações para atingir a qualidade. Já Danda (2011) define o

ponto de vista de Deming a qualidade como “um processo que deve estar em constante

acompanhamento e execução, e que, para que seja alcançado, deve estar presente em todas as

etapas do processo industrial, desde a aquisição de insumos (com a correta escolha e

fidelização de fornecedores, por exemplo) até o trabalho de pós-venda”.

Uma forma de demonstrar à sociedade e ao mercado de que a organização implanta o sistema

de gestão da qualidade é através da certificação.

Segundo diretor vice presidente Eduardo Mendonça da Álamo Engenharia disse em sua

entrevista a revista Gestão&Negócios (http://carreiraenegocios.uol.com.br/gestao-

motivacao/28/artigo206504-1.asp) que a certificação veio assegurar a excelência do prol de

serviços oferecidos pela enpresa, se constituindo em ferramenta fundamental para o

gerenciamento de seus processos internos. Com objetivo de aumentar a satisfação e a

confiança dos clientes, reduzir custos internos e aumentar a produtividade, a ISO 9001

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consolidou o knowhow da empresa no gerenciamento dos contratos de manutenção, gerando

nos processos internos as métricas que garantem ao cliente receber serviços de acordo com os

padrões estabelecidos.

De acordo com Cequeira Neto apud Coltro (1996), “as grandes empresas se empenham na

implementação de programas de qualidade total, cujos resultados não só garantem a plena

satisfação dos clientes como também reduzem os custos de operação, minimizando

consideravelmente os custos de operação, minimizando as perdas, diminuindo

consideravelmente os custos com serviços externos e otimizando a utilização dos recursos

existentes.”

Para Juran (1997) as normas ISO 9000 possui um mérito por abranger um sistema da

qualidade bastante amplo. Porém é desfavorável ao não incluir alguns itens essenciais ao

estabelecimento de níveis de qualidade de padrão internacional, tais como:

• Liderança pessoal dos executivos;

• Treinamento em gestão da qualidade para a alta gerência;

• Metas de qualidade no planejamento empresarial;

• Um índice “revolucionário” de melhoria da qualidade;

• Participação dos funcionários e empowerment.

Já do ponto de vista de Ballestero-Alvarez (2012), aponta pontos fracos dos princípios de

Deming por possuir plano metodológico e princípios de ação vagos, a abordagem de liderança

e motivação é vista como personalizada e não trata situações políticas ou coercitivas.

Princípios de Deming Princípios da ISO 9001:2008

Criar constância de propósito Foco no cliente

Adotar a nova filosofia

Cessar a dependência da inspeção em massa X

Acabar com a prática de aprovar orçamentos

apenas com base no preço

X

Melhoria contínua do sistema produtivo e

serviço

Melhoria contínua

Instituir treinamento Melhoria contínua

Adotar e instituir liderança Liderança

Afastar o medo

Envolvimento dos colaboradores Derrubar barreiras entre os diversos setores de

pessoal

Eliminar “slogans”, exortações e metas X

Eliminar quotas X

Orgulho da mão de obra Envolvimento dos colaboradores

Estimular a formação e o auto aprimoramento

de todos

Abordagem sistêmica para a gestão

Tomar iniciativa para realizar a transformação Abordagem de processos

X Tomada de decisão baseada em fatos

X Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores

Correlação entre os 14 princípios de Deming e a ISO 9001:2008 dezembro/2015

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015

Tabela 2 – Correlação entre os Princípios de Deming e da ISO 9001:2008

Fonte: Elaborado pela autora

Entre pontos em comum e divergentes, ambos modelos podem ser aplicados dentro de uma

organização seja na indústria, comércio, repartições públicas, etc. pois todos possuem algo em

comum que são os produtos ou serviços e envolvimento de pessoas.

O cliente sendo o foco principal, todas as atividades deverão ser voltadas em prol de oferecer

produtos ou serviços de qualidade a fim de satisfazer o mesmo. Para isso, uma boa estratégia

será exigido das organizações, que precisam investir cada vez mais em seus recursos materiais

(estrutura, equipamentos/instrumentos, manutenção etc.) como também recursos pessoais. A

satisfação do cliente direcionará a organização para um mercado cada vez mais competitivo.

5. Conclusão

No mundo atual de alta tecnologia e inovações constantes, a qualidade seja de produto e/ou

serviço é o fator fundamental para que uma empresa se mantenha no mercado cada vez mais

competitivo.

A norma ISO 9001:2008 veio como uma forma de auxílio para que uma organização possa

implementar um sistema de gestão da qualidade eficaz e eficiente e sua certificação uma

forma de atestar que este adota os princípios estabelecidos. A certificação tem sido usado

como critério de diferenciação para desenvolvimento de novas parcerias, muitas vezes um dos

requisitos mínimos para a firmação de um negócio.

Os princípios estabelecidos por Deming apresentou vários pontos em comum com a norma

ISO 9001:2008, podendo afirmar que a idéia construída anos atrás sobre a qualidade serviu de

base e teve uma contribuição importantíssima na composição da atual norma ISO.

O Japão foi um dos responsáveis que impulsionou o conceito de qualidade ao mundo. Apesar

da diferença de cultura, soube absorver os conceitos do então Americano W. E. Deming,

transformando o país que possui poucos recursos naturais a desenvolver a capacidade de

transformação e inovação, tornando-se uma das referências na qualidade.

Porém, a qualidade somente pode ser obtido se houver um sistema de gestão consistente, onde

há envolvimento de todos, ou seja, tanto gestores como colaboradores operacionais bem como

seus parceiros de negócios.

Com base nisso, podemos concluir a necessidade de buscar sempre a melhoria contínua,

através da transformação, inovação e desenvolvimento de tudo e de todos. Pois a tendência

atual está voltado para um sistema cada vez mais complexo envolvendo não somente um fator

(qualidade), mas sim, um sistema de gestão integrado agregando a questão ambiental,

responsabilidade social e sustentabilidade.

Referências

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