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~ BIBLIOTECA Correio Jurídico PORTAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS http://www.oa.pt/CD/default.aspx?sidc=58102 Publicações SEMANA 36 | 2016-09-07 ADVOCATUS Mensal - Ano VI – N.º 77 (Agosto 2016), 34 p. Diretor: João Teives Edição: NEWSENGAGE, Lisboa Depósito Legal n.º 21725 Preço: € 15.00 PUBLICAÇÃO RECEBIDA EM 01-09-2016 BIBLIOTECA | PERIÓDICOS | A-009 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COMENTADO José António Henriques dos Santos Cabral, António Pires Henriques da Graça, António Henriques Gaspar, Eduardo Maia Costa, António Jorge de Oliveira Mendes, António Pereira Madeira 2.ª Edição. - Coimbra: Almedina, 2016. - 1704 p. Coleção: Códigos Anotados Livro de capa dura ISBN 9789724064987 | Peso: 2.304 Kg Preço: € 99.90 SINOPSE E PRÉVISUALIZAÇÃO http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=23805 CÓDIGO DO TRABALHO - Anotado Guilherme Machado Dray, Luís Gonçalves da Silva, Pedro Romano Martinez, Joana Vasconcelos, Luís Miguel Monteiro, Pedro Madeira de Brito 10ª Edição Coimbra: Almedina, 2016. - 1174 p. ISBN 9789724066080 | Peso: 1.481 Kg Preço: € 77.90 SINOPSE http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=33781

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~ BIBLIOTECA

Correio Jurídico

PORTAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS http://www.oa.pt/CD/default.aspx?sidc=58102

Publicações

SEMANA 36 | 2016-09-07

ADVOCATUS Mensal - Ano VI – N.º 77 (Agosto 2016), 34 p. Diretor: João Teives Edição: NEWSENGAGE, Lisboa Depósito Legal n.º 21725 Preço: € 15.00

PUBLICAÇÃO RECEBIDA EM 01-09-2016

BIBLIOTECA | PERIÓDICOS | A-009

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COMENTADO José António Henriques dos Santos Cabral, António Pires Henriques da Graça, António Henriques

Gaspar, Eduardo Maia Costa, António Jorge de Oliveira Mendes, António Pereira Madeira

2.ª Edição. - Coimbra: Almedina, 2016. - 1704 p. Coleção: Códigos Anotados Livro de capa dura ISBN 9789724064987 | Peso: 2.304 Kg Preço: € 99.90

SINOPSE E PRÉVISUALIZAÇÃO http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=23805

CÓDIGO DO TRABALHO - Anotado Guilherme Machado Dray, Luís Gonçalves da Silva, Pedro Romano Martinez, Joana Vasconcelos,

Luís Miguel Monteiro, Pedro Madeira de Brito

10ª Edição Coimbra: Almedina, 2016. - 1174 p. ISBN 9789724066080 | Peso: 1.481 Kg Preço: € 77.90

SINOPSE http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=33781

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36 | QUARTA | 7 SETEMBRO 2016

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COMENTÁRIOS AO NOVO CÓDIGO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

Coordenação de Carla Amado Gomes, Ana Fernanda Neves e Tiago Serrão

Volume I

3.ª Edição. - Lisboa: AAFDL, julho de 2016. - 826 p.

ISBN 978-972-629-060-5

OFERTA DA SENHORA COORDENADORA EM AGOSTO DE 2016

BIBLIOTECA | DIREITO ADMINISTRATIVO | NR 40536

COMENTÁRIOS AO NOVO CÓDIGO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

Coordenação de Carla Amado Gomes, Ana Fernanda Neves e Tiago Serrão

Volume II

3.ª Edição. - Lisboa: AAFDL, julho de 2016. - 637 p.

ISBN 978-972-629-061-2

OFERTA DA SENHORA COORDENADORA EM AGOSTO DE 2016

BIBLIOTECA | DIREITO ADMINISTRATIVO | NR 40536

FORMULÁRIOS BDJUR: Arrendamento e Despejo Edgar Alexandre M. Valente Coimbra: Almedina, 2016. - 250 p. Coleção: Formulários BDJUR ISBN 9789724066776 | Peso: 0.321 Kg Preço: € 14.90

SINOPSE e ÍNDICE RESUMIDO

http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=33621

JURISTE INTERNATIONAL. PUBLICATION DE L’UIA SPECIAL BUDAPEST CONGRESS

N. 2 (2016), 76 p. UNION INTERNATIONALE DES AVOCATS / INTERNATIONAL ASSOCIATION OF LAWYERS

25, rue du jour, 75001 Paris (France)

Site Web: http://www.uianet.org/ | e-mail: [email protected]

Juriste International 2016-2 | Mise en ligne le 28 juillet 2016 | Taille : 2.58 Mo

Télécharger en: Français - Anglais – Espagnol

UIA | Vous êtes ici: Accueil > La documentation > Juriste International

http://www.uianet.org/fr/documentation/juriste

PUBLICAÇÃO RECEBIDA EM 02-09-2016

BIBLIOTECA | PERIÓDICOS | JI-45

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36 | QUARTA | 7 SETEMBRO 2016

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MANUAL DE DIREITO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Paula Quintas 4.ª Edição. - Coimbra: Almedina, 2016. - 200 p. Coleção: Manuais Profissionais ISBN 9789724066387 | Peso: 0.294 Kg Preço: € 19.90

SINOPSE http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=33844

POLICY BRIEF ON SCALING THE IMPACT OF SOCIAL ENTERPRISES Policies for social entrepreneurship European Commission / OECD Luxembourg: Publications Office of the European Union, 2016. - 24 p. ISBN 978-92-79-59765-7 doi:10.2767/45737 Catalog N. KE-04-16-552-EN-N

Reproduction is authorised provided the source is acknowledged.

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http://ec.europa.eu/social/main.jsp?catId=738&langId=en&pubId=7919&type=2&furtherPubs=no

This policy brief on strategies and policies to scale the social impact of social enterprises was produced within a multiannual cooperation

between the LEED programme of the OECD and the Directorate General Employment, Social Affairs and Inclusion of the European Commission.

It begins by explaining what a social enterprise is and what scaling means in the context of social enterprises. It then compares the scaling

patterns of social enterprises and conventional enterprises, looking at social impact vs. profit maximisation, the types of goods and services

involved, and stakeholder relations. It goes on to examine specific strategies for scaling impact and also highlights the challenges and policy

responses connected with this.

EUROPEAN COMMISSION | EMPLOYMENT, SOCIAL AFFAIRS & INCLUSION | ... | PUBLICATIONS CATALOGUE | 05/09/2016.

SOLLICITARE: revista da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução Continuação de: Revista da Câmara dos Solicitadores N.º18 (setembro 2016), 97 p. Propriedade: Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução Diretor: José Carlos Resende ISSN 1646-7914 Preço: € 2.50 Periodicidade: 3 vezes por ano PUBLICAÇÃO RECEBIDA EM 06-09-2016

BIBLIOTECA | PERIÓDICOS | SRCS-691

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Leis, tratados, etc.

ADMINISTRADORES JUDICIAIS | COMISSÃO PARA O ACOMPANHAMENTO DOS AUXILIARES

DA JUSTIÇA (CAAJ)

Acesso ao sistema informático de suporte à atividade dos tribunais | Documento de identificação profissional que atesta

a qualidade de administrador judicial

@ Portaria n.º 246/2016 (Série I), de 7 de setembro / Justiça. - Ao abrigo do disposto no artigo 17.º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 53/2004, de 18 de março, no n.º 1 do artigo 132.º, no n.º 3 do artigo 163.º e no n.º 5 do artigo 172.º do Código de Processo Civil, aprovado pela Lei n.º 41/2013, de 26 de junho, do artigo 11.º e do n.º 2 do artigo 13.º do Estatuto do Administrador Judicial aprovado pela Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro, e dos artigos 3.º e 26.º da Lei n.º 77/2013, de 21 de novembro, regulamenta o acesso ao sistema informático de suporte à atividade dos tribunais pelos administradores judiciais e pela Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça e o documento de identificação profissional que atesta a qualidade de administrador judicial. Diário da República. - Série I - N.º 172 (07-09-2016), p. 3133 - 3137. https://dre.pt/application/conteudo/75272774

A simplificação e a modernização administrativa, em especial através do recurso à tecnologia e a outras formas de inovação,

são uma das linhas orientadoras do Ministério da Justiça do XXI Governo Constitucional que se vê refletida nas medidas que ora

se pretendem concretizar.

Não obstante o longo caminho percorrido na última década no que respeita à utilização de novas tecnologias no âmbito dos

processos que decorrem nos tribunais judiciais, verifica-se que as soluções tecnológicas que hoje caracterizam o sistema

judicial ainda não foram estendidas a todos os tipos de processos, ou não foram disponibilizadas a todos os intervenientes

processuais. É o que sucede com os administradores judiciais, intervenientes fundamentais no âmbito do regime de recuperação

de devedores e de insolvência, mas que não podiam até agora comunicar eletronicamente com os tribunais.

A presente portaria visa assim dar resposta a um conjunto de necessidades práticas há muito sentidas, não só por esses

profissionais, mas também pelos tribunais, em especial pelos tribunais de comércio, e pela Comissão para o Acompanhamento

dos Auxiliares da Justiça (CAAJ), entidade responsável pelo acompanhamento, fiscalização e disciplina dos administradores

judiciais.

Após a entrada em vigor da presente portaria será possível o acesso direto, por via eletrónica, ao sistema informático de

suporte à atividade dos tribunais, quer aos administradores judiciais quer à CAAJ, no âmbito das respetivas funções, de molde

a permitir um melhor desempenho das mesmas por cada um deles.

Prevê-se, assim, que os administradores judiciais apresentem as peças processuais e os documentos, por via eletrónica, através

do sistema informático de suporte à atividade dos tribunais, em termos equivalentes aos previstos para os mandatários na

Portaria n.º 280/2013, de 26 de agosto, que regula vários aspetos da tramitação eletrónica dos processos judiciais. Também a

consulta de processos por estes profissionais passa a realizar-se por via eletrónica, através do referido sistema informático, à

imagem do que sucede para os mandatários.

Prevê-se igualmente que as notificações dos tribunais aos administradores judiciais se processam por via eletrónica, e que a

nomeação e substituição do administrador judicial se processa também por meio do sistema informático de suporte à atividade

dos tribunais.

Todas estas medidas permitirão colmatar, em grande parte, a necessidade sentida por todos, nomeadamente pelos tribunais,

de os processos de insolvência e dos processos especiais de revitalização serem tramitados totalmente por via eletrónica.

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O facto de os atos processuais praticados por via eletrónica pelos administradores judiciais, bem como das notificações que

lhe são dirigidas, ficarem de imediato disponíveis para consulta no sistema informático, ficando dispensada a prática dos

mesmos em suporte de papel, é um contributo fundamental para a agilização da tramitação processual dos processos onde

estes intervêm, tornando-os mais céleres, e reduzindo, ao mesmo tempo, os custos administrativos associados à prática dos

atos em suporte de papel.

Importa sublinhar que, considerando os dados do sistema judicial a 31 de dezembro de 2015, as medidas agora previstas vão

ter impacto em mais de 78 mil processos pendentes de decisão final ou já com decisão final mas pendentes de procedimentos

administrativos em que participam os administradores judiciais.

Por outro lado, se este regime já estivesse em vigor em 2015, teriam sido mais de 294 600 os atos dos administradores judiciais

que, em vez de praticados em papel, teriam sido praticados por via eletrónica, e mais de 272 800 as notificações dos tribunais

que, em vez de efetuadas por via postal, com todos os custos associados, teriam sido efetuadas por via eletrónica.

Estes números demonstram que é inegável a poupança de custos e de tempo que estas medidas representam para o sistema de

justiça, e em particular, para os tribunais que tramitam processos de insolvência e processos especiais de revitalização e para

os administradores judiciais.

Estas medidas vão também contribuir para libertar os funcionários judiciais de tarefas meramente administrativas, alocando-

se os recursos existentes à tramitação efetiva dos processos, por forma a maximizar o desempenho dos tribunais.

Por outro lado, passando os atos dos administradores judiciais a constar do processo eletrónico, e sendo facultado também à

CAAJ o acesso direto, por via eletrónica, à informação disponível no sistema informático de suporte à atividade dos tribunais

para o exercício das suas específicas funções de acompanhamento, fiscalização e disciplina dos administradores judiciais, será

possível a CAAJ efetuar um controlo mais eficaz da atividade destes profissionais, com todos os benefícios que daí decorrem,

seja ao nível da agilização da tramitação processual, seja ao nível do cumprimento dos deveres legais que sobre eles impendem,

sendo que a essa maior capacidade de supervisão estará associada uma redução de custos da CAAJ.

Ao mesmo tempo, prevê-se que as comunicações entre o tribunal e a CAAJ se processem igualmente por via eletrónica, o que

se traduzirá em maior rapidez e menores encargos para a CAAJ e para os tribunais.

Por fim, prevendo o estatuto do administrador judicial que este tem direito a possuir documento de identificação profissional

que ateste a sua qualidade, estabelece-se um conjunto de regras inerentes à sua emissão, devolução e substituição e aprova-

se o modelo desse documento.

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º

Objeto

1 - A presente portaria regula: a) A apresentação de peças processuais e documentos por transmissão eletrónica de dados

pelos administradores judiciais; b) A notificação dos administradores judiciais, pelos tribunais, por transmissão eletrónica de

dados; c) A consulta dos processos por via eletrónica pelos administradores judiciais; d) A nomeação e substituição dos

administradores judiciais através de sistema informático. 2 - A presente portaria regulamenta também o acesso eletrónico

da Comissão para o Acompanhamento dos Auxiliares de Justiça, abreviadamente designada por CAAJ, à informação

disponível no sistema informático de suporte à atividade dos tribunais, bem como a comunicação eletrónica entre o tribunal

e a CAAJ. 3 - A presente portaria aprova ainda o modelo de documento de identificação profissional que atesta a qualidade

de administrador judicial, nos termos da alínea b) do artigo 11.º da Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro.

Artigo 2.º

Âmbito de aplicação

1 - A regulamentação dos aspetos previstos nos n.os 1 e 2 do artigo anterior aplica-se à tramitação eletrónica das ações cíveis

e procedimentos cautelares nos quais os administradores judiciais intervenham nas funções de administrador judicial

provisório, administrador da insolvência ou fiduciário. 2 - A regulamentação dos aspetos previstos nos n.os 1 e 2 do artigo

anterior aplica-se ainda, com as necessárias adaptações, à tramitação eletrónica dos processos aos quais ainda se aplique o

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Código dos Processos Especiais de Recuperação da Empresa e de Falência, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 132/93, de 23 de

abril, quando o gestor judicial ou o liquidatário judicial nesses processos se encontre registado como administrador judicial

junto da entidade responsável pela manutenção do sistema informático de suporte à atividade dos tribunais, nos termos

previstos no artigo seguinte.

CAPÍTULO II

PRÁTICA E CONSULTA ELETRÓNICAS DE ATOS PELOS ADMINISTRADORES JUDICIAIS

Artigo 3.º

Apresentação de peças processuais e documentos

1 - A apresentação de peças processuais e documentos pelos administradores judiciais é efetuada exclusivamente por via

eletrónica, sendo aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto no Capítulo II da Portaria n.º 280/2013, de 26 de

agosto, quanto à apresentação de peças processuais e documentos por mandatários. 2 - O registo dos administradores

judiciais junto da entidade responsável pela manutenção do sistema informático de suporte à atividade dos tribunais, previsto

no n.º 2 do artigo 5.º da Portaria n.º 280/2013, de 26 de agosto, é efetuado pela CAAJ.

Artigo 4.º

Nomeação e substituição dos administradores judiciais

1 - O sistema informático que procede à nomeação do administrador judicial previsto no n.º 2 do artigo 13.º da Lei n.º

22/2013, de 26 de fevereiro, é o sistema informático de suporte à atividade dos tribunais. 2 - O disposto no número anterior

é aplicável à substituição do administrador judicial, com as necessárias adaptações. 3 - A nomeação e substituição de

administradores judiciais referidos nos números anteriores são efetuadas de acordo com as listas oficiais de administradores

judiciais previstos no n.º 1 do artigo 13.º da Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro, sendo as alterações a essas listas comunicadas

automaticamente pelo sistema informático referido no n.º 1 aos processos judiciais onde intervenham os administradores

judiciais abrangidos pelas alterações.

Artigo 5.º

Notificações eletrónicas

As notificações dos tribunais destinadas aos administradores judiciais são efetuadas por transmissão eletrónica de dados nos

termos previstos no artigo 25.º da Portaria n.º 280/2013, de 26 de agosto.

Artigo 6.º

Consulta de processos

A consulta de processos por parte dos administradores judiciais é efetuada nos termos previstos no artigo 27.º da Portaria

n.º 280/2013, de 26 de agosto.

CAPÍTULO III

ACESSO DA COMISSÃO PARA O ACOMPANHAMENTO DOS AUXILIARES DE JUSTIÇA AO SISTEMA INFORMÁTICO DE SUPORTE

À ATIVIDADE DOS TRIBUNAIS E COMUNICAÇÃO COM O TRIBUNAL.

Artigo 7.º

Finalidade do acesso eletrónico

O acesso eletrónico da CAAJ à informação disponível no sistema informático de suporte à atividade dos tribunais destina-se

a agilizar e auxiliar o exercício das atribuições que lhe são legalmente atribuídas em matéria de fiscalização e de disciplina

dos administradores judiciais, permitindo: a) Supervisionar, de forma contínua, a atividade dos administradores judiciais; b)

Consultar a tramitação processual e respetivo histórico; c) Obter as informações estritamente necessárias sobre a atividade

dos administradores judiciais.

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Artigo 8.º

Forma de acesso eletrónico, prática de atos e modo de consulta

1 - O acesso eletrónico da CAAJ à informação disponível no sistema informático de suporte à atividade dos tribunais efetua-

se através de credenciais de acesso fornecidas pela entidade certificadora do Ministério da Justiça. 2 - Podem aceder

eletronicamente à informação disponível no sistema informático de suporte à atividade dos tribunais: a) Cada um dos

membros da comissão de fiscalização dos auxiliares da justiça; b) Cada um dos membros da comissão de disciplina dos

auxiliares de justiça; c) Cada um dos membros das equipas instrutoras e respetivos assessores de processos disciplinares e

contraordenacionais referentes a administradores judiciais. 3 - A emissão das credenciais de acesso referidas no n.º 1 para

cada um dos interessados referidos no número anterior depende de comprovação da sua qualidade perante a entidade

certificadora do Ministério da Justiça. 4 - As credenciais de acesso referidas no n.º 1 só podem ser usadas no quadro do

exercício das respetivas funções na CAAJ e são canceladas em caso de cessação de funções nesta, devendo a CAAJ comunicar

à entidade certificadora do Ministério da Justiça a ocorrência dessa cessação. 5 - A consulta da informação disponível no

sistema informático de suporte à atividade dos tribunais no referido sistema efetua-se através da introdução do número de

registo do administrador judicial ou do número do processo judicial.

Artigo 9.º

Instrução dos processos disciplinares e contraordenacionais

Para efeitos de instrução dos processos disciplinares e contraordenacionais e de aplicação das respetivas sanções aos

administradores judiciais, o sistema informático de suporte à atividade dos tribunais disponibiliza o histórico de cada processo

judicial onde tenha ocorrido intervenção de administrador judicial, incluindo as datas das comunicações entre o

administrador judicial e o tribunal.

Artigo 10.º

Fiscalização dos administradores judiciais

1 - Para efeitos de fiscalização dos administradores judiciais, o sistema informático de suporte à atividade dos tribunais

disponibiliza à CAAJ o acesso a todos os processos judiciais com intervenção de administrador judicial, identificados pelo

respetivo número de processo, podendo essa informação ser organizada e apresentada de acordo com critérios relevantes

para a fiscalização, designadamente: a) Número de registo do administrador judicial nomeado, substituído ou destituído; b)

Fase estatística; c) Ato processual; d) Período de tempo desde a prática da última diligência ou do último ato processual; e)

Lista de credores. 2 - O sistema informático de suporte à atividade dos tribunais disponibiliza ainda à CAAJ o acesso a módulo

de consultas e estatísticas que permita a obtenção de listagens referentes aos processos em que sejam intervenientes

insolventes ou entidades em processo especial de revitalização.

Artigo 11.º

Comunicações com o tribunal

As comunicações eletrónicas, incluindo notificações, entre o tribunal e a CAAJ efetuadas no âmbito dos processos referidos

no artigo 2.º, são realizadas através do sistema informático de suporte à atividade dos tribunais e do sistema informático de

suporte à atividade da CAAJ, nos termos previstos em protocolo celebrado entre o Instituto de Gestão Financeira e

Equipamentos da Justiça, I. P., a Direção-Geral da Administração da Justiça e a CAAJ.

Artigo 12.º

Registo e conservação de dados

O sistema informático de suporte à atividade dos tribunais assegura o registo discriminado das consultas ou atos praticados

por cada um dos utilizadores, para fins de auditoria.

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Artigo 13.º

Sigilo

Todos os utilizadores referidos no n.º 2 do artigo 8.º, bem como todas as pessoas que, no exercício das suas funções, tenham

conhecimento dos dados pessoais tratados ao abrigo da presente portaria, ficam obrigados aos deveres de sigilo e

confidencialidade, mesmo após a cessação daquelas funções.

Artigo 14.º

Proteção de dados pessoais

Os utilizadores referidos no n.º 2 do artigo 8.º estão sujeitos ao cumprimento do disposto na Lei n.º 67/98, de 26 de outubro,

nomeadamente quanto aos seguintes aspetos: a) Respeitar a finalidade da consulta, limitando o acesso ao estritamente

necessário e não utilizando a informação para fim diferente do permitido; b) Não transmitir a informação a terceiros.

CAPÍTULO IV

DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS ADMINISTRADORES JUDICIAIS

Artigo 15.º

Documento de identificação profissional

1 - O modelo do documento de identificação profissional dos administradores judiciais, previsto na alínea b) do artigo 11.º

do Estatuto do Administrador Judicial aprovado pela Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro, bem como as respetivas

características técnicas, constam do anexo à presente portaria, do qual é parte integrante. 2 - O documento de identificação

profissional dos administradores judiciais é emitido pela CAAJ. 3 - O portador do documento de identificação profissional está

obrigado à sua devolução em caso de cessação ou suspensão de funções. 4 - Em caso de extravio, destruição ou deterioração

do cartão, pode ser emitida uma segunda via, fazendo-se menção expressa desse facto e mantendo-se o número de registo

anterior.

5 - O documento de identificação profissional dos administradores judiciais pode ainda conter circuito integrado que permita

a inclusão dos certificados eletrónicos necessários à apresentação de peças processuais e documentos por via eletrónica, nos

termos a determinar em protocolo entre a CAAJ e o IGFEJ, I. P., sendo o modelo do documento constante do anexo adaptado

para o efeito e a validade do documento fixada tendo em conta as características técnicas dos certificados.

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 16.º

Regime transitório

1 - A obrigatoriedade de apresentação de peças processuais e documentos por via eletrónica prevista no n.º 1 do artigo 3.º

aplica-se aos atos praticados pelos administradores judiciais a partir de 1 de novembro de 2016. 2 - Até 1 de novembro de

2016, as notificações dos tribunais destinadas aos administradores judiciais são efetuadas por via eletrónica, nos termos do

artigo 5.º, apenas nos processos onde o administrador judicial já tiver praticado algum ato por via eletrónica nos termos

previstos no artigo 3.º

Artigo 17.º

Entrada em vigor

1 - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, a presente portaria entra em vigor no dia 12 de setembro de 2016. 2 -

Entram em vigor no dia seguinte ao da publicação da presente portaria: a) O artigo 3.º na parte em que possibilita o registo

junto da entidade responsável pela manutenção do sistema informático de suporte à atividade dos tribunais; b) O artigo 4.º;

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c) Os n.os 1 e 3 do artigo 8.º nas partes em que respeitam à emissão de credenciais de acesso; d) O artigo 15.º 3 - O disposto

no artigo 11.º entra em vigor na data de entrada em vigor do protocolo aí previsto.

A Ministra da Justiça, Francisca Eugénia da Silva Dias Van Dunem, em 2 de setembro de 2016.

ANEXO

Documento de identificação profissional dos administradores judiciais

Modelo

Características técnicas

ALQUEVA

Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva - CAR Alqueva | Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva

(EFMA)

@ Despacho n.º 10818/2016 (Série II), de 26 de agosto de 2016 / Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. Gabinete do Ministro. - Procede à primeira alteração do Despacho n.º 911/2014, de 9 de janeiro, que criou o Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva - CAR Alqueva. Diário da República. - Série II-C - N.º 169 (02-09-2016), p. 27508 - 27509. https://dre.pt/application/file/75226869

O Despacho n.º 911/2014, de 9 de janeiro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 14, de 21 de janeiro, criou o Conselho

para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva - CAR Alqueva, com o objetivo de acompanhar a exploração da componente

hidroagrícola do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), por forma a salvaguardar o uso eficiente da água para

rega, a produtividade, rentabilidade e competitividade da agricultura praticada no âmbito do referido empreendimento, bem

como a sustentabilidade da componente hidroagrícola do EFMA.

Considerando a ligação ao sistema do Alqueva, das Barragens de Campilhas, do Vale do Gaio e da Vigia, importa alterar a

composição do Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva - CAR Alqueva, por forma a refletir essa realidade.

Assim, ao abrigo do disposto no artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 251-A/2015, de 17 de dezembro, que aprovou o regime de

organização e funcionamento do XXI Governo Constitucional, determino o seguinte:

Artigo 1.º (Objeto). - O presente despacho procede à primeira alteração do Despacho n.º 911/2014, de 9 de janeiro, que

criou o Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva - CAR Alqueva.

Artigo 2.º (Alteração ao Despacho n.º 911/2014, de 9 de janeiro). - O n.º 2 do Despacho n.º 911/2014, de 9 de janeiro, passa

a ter a seguinte redação:

«2 -... a)... b)... c)... d)... e)... f)... g)... h)... i)... j)... k)... l)... m)... n)... o)... p) Associação de Regantes e Beneficiários de

Campilhas e Alto Sado; q) Associação de Beneficiários de Vale do Sado; r) Associação de Beneficiários da Obra da

Vigia».

Artigo 3.º (Entrada em vigor). - O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação [03-09-2016].

26 de agosto de 2016. - O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Manuel Capoulas Santos.

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36 | QUARTA | 7 SETEMBRO 2016

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ANIMAIS MORTOS NA EXPLORAÇÃO: serviço de recolha, transporte, tratamento e

eliminação

Interrupção do sistema de recolha SIRCA | Isenção de taxas

@ Despacho n.º 10808/2016 (Série II), de 2 de setembro de 2016 / Finanças e Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural - Gabinetes do Ministro das Finanças e do Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação. - Determina que durante o período, com início a 26 de agosto de 2016 e até ao começo da execução do serviço de recolha, transporte, tratamento e eliminação de animais mortos na exploração, cuja aquisição foi autorizada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 28/2016, de 9 de maio, os estabelecimentos de abate ficam isentos do pagamento de taxas. Diário da República. - Série II-C - N.º 169 (02-09-2016), p. 27499 - 27500. https://dre.pt/application/file/75226842

O artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 19/2011, de 7 de fevereiro, com as alterações do Decreto-Lei n.º 38/2012, de 16 de fevereiro,

estabeleceu, para efeitos de financiamento do SIRCA (sistema de recolha de cadáveres de animais mortos nas explorações)

uma taxa cobrada aos estabelecimentos de abate relativamente a bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equídeos, a fixar por

despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da agricultura, sendo que a mesma não pode

ultrapassar os custos associados, considerando-se, como tal, os custos de administrativos, de recolha, de análise, transporte e

destruição - alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º As taxas foram fixadas, respeitando os critérios daquela norma, pelo Despacho

n.º 5383/2011, de 18 de março, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 62, de 29 de março.

O sistema de recolha SIRCA, conforme Aviso n.º 1 da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária de 25 de agosto de 2016, irá

sofrer, por período limitado, uma interrupção, desde o dia 26 de agosto 2016, até ao início de execução da contratação do

serviço de recolha, transporte, tratamento e eliminação de animais mortos na exploração, autorizada pela Resolução do

Conselho de Ministros n.º 28/2016, de 9 de maio, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 89, de 9 de maio.

Durante o período de interrupção, consequentemente, nem o detentor dos animais beneficia do serviço de recolha, nem

ocorrem quaisquer custos administrativos inerentes ao sistema. Deste modo, dado que a taxa não pode ultrapassar aqueles

custos, e uma vez que estes são inexistentes no período de interrupção, não deverão, sobre o mesmo período, ser cobrados os

valores das taxas fixadas no Despacho n.º 5383/2011, de 18 de março.

Assim, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 19/2011, de 7 de fevereiro, com a redação do Decreto-

Lei n.º 38/2012, de 16 de fevereiro, e subalínea i) da alínea a) do n.º 3 do Despacho n.º 2243/2016, de 1 de fevereiro, publicado

no Diário da República, 2.ª série, n.º 30, de 12 de fevereiro, determino o seguinte:

Artigo 1.º - Durante o período, com início a 26 de agosto de 2016 e até ao começo da execução do serviço de recolha,

transporte, tratamento e eliminação de animais mortos na exploração, cuja aquisição foi autorizada pela Resolução do

Conselho de Ministros n.º 28/2016, de 9 de maio, os estabelecimentos de abate ficam isentos do pagamento das taxas

previstas no n.º 1 do Despacho n.º 5383/2011, de 18 de março, devendo as mesmas ser liquidadas pelo valor (euro) 0.

Artigo 2.º - O reinício da execução do serviço de recolha, transporte, tratamento e eliminação de animais mortos na

exploração, cuja aquisição foi autorizada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 28/2016, de 9 de maio, determina a

caducidade do presente despacho, e deve ser publicitado por Aviso da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária da mesma

forma que foi publicitado o Aviso do início da interrupção do sistema.

Artigo 3.º - O presente despacho produz efeitos à data de 26 de agosto de 2016.

25 de agosto de 2016. - O Ministro das Finanças, Mário José Gomes de Freitas Centeno. - 24 de agosto de 2016. - O Secretário

de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira.

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CIÊNCIAS POLICIAIS | CURSO DE DIREÇÃO E ESTRATÉGIA POLICIAL (CDEP)

Curso de progressão na carreira de oficial de polícia | Estrutura curricular, plano de estudos, normas de admissão,

frequência, avaliação e organização | Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI) | Pessoal com

funções policiais da Polícia de Segurança Pública (PSP)

@ Portaria n.º 245/2016 (Série I), de 7 de setembro / Administração Interna. - Ao abrigo do disposto no artigo 81.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 243/2015, de 19 de outubro, e no artigo 39.º, n.º 2, do Estatuto do ISCPSI, aprovado pelo artigo 1.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 275/2009, de 2 de outubro, aprova a estrutura curricular e o plano de estudos, normas de admissão, frequência, avaliação e organização do Curso de Direção e Estratégia Policial (CDEP). Diário da República. - Série I - N.º 172 (07-09-2016), p. 3130 - 3133. https://dre.pt/application/conteudo/75272773

O pessoal com funções policiais da Polícia de Segurança Pública (PSP) constitui um corpo profissional, armado e uniformizado,

sujeito à hierarquia de comando e integrado nas carreiras especiais de oficial de polícia, de chefe de polícia e de agente de

polícia, o qual, de acordo com os conteúdos funcionais inerentes a cada categoria, prossegue as atribuições próprias da PSP,

nomeadamente nos domínios da segurança pública e da investigação criminal.

Nesse contexto, a formação policial na PSP integra quer as vertentes de formação inicial de agentes e oficiais, quer a formação

de progressão na carreira de agentes, chefes e oficiais, além das vertentes formativas de especialização e aperfeiçoamento

profissionais, decorrentes da missão legal atribuída à PSP.

Naturalmente, a formação policial de progressão não se limita apenas à transmissão de saberes técnicos e boas práticas e visa,

também, o reforço dos valores institucionais e o desenvolvimento de diversas competências e capacidades, nomeadamente as

de comando de operações policiais e as de gestão dos recursos humanos e materiais, inerentes ao exercício de funções na

categoria superior.

O Decreto-Lei n.º 243/2015, de 19 de outubro, que regula o estatuto profissional do pessoal com funções policiais na PSP,

estabelece nos n.os 1 a 4 do artigo 81.º, que a promoção à categoria de superintendente é feita, mediante procedimento

concursal, de entre os intendentes, com, pelo menos, cinco anos de serviço efetivo na categoria, e que estejam habilitados

previamente, para poderem concorrer, com o Curso de Direção e Estratégia Policial (CDEP), o qual se rege por diploma próprio,

que a presente portaria concretiza.

Este curso de progressão na carreira de oficial de polícia, para a categoria imediatamente superior, constitui uma das vertentes

da formação policial na PSP e complementa a formação inicial ministrada no Curso de Formação de Oficiais de Polícia (CFOP),

pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), enquanto estabelecimento de ensino universitário da

PSP (artigos 85.º, 120.º e 121.º, n.º 4, alínea b), todos do Decreto-Lei n.º 243/2015, de 19 de outubro).

Importa, igualmente, considerar o facto do atual CDEP ter sido aprovado há mais de uma década (Portaria n.º 691-A/2004, de

23 de junho) e, ulteriormente, ter sido aprovada a estrutura curricular e o plano de estudos do Curso de Comando e Direção

Policial (Portaria n.º 199/2014, de 3 de outubro), factos esses que determinam a necessidade de proceder a ajustamentos à

estrutura curricular e ao plano de estudos do CDEP, de forma a garantir uma adequada integração e complementaridade de

todo o processo formativo inerente à carreira de oficial de polícia.

A realização do CDEP e, por conseguinte, a sua frequência ocorrem previamente à abertura do procedimento concursal de

recrutamento para a categoria de superintendente, constituindo pré-requisito.

Nos termos do artigo 50.º, n.º 1, da lei orgânica da PSP, aprovada pela Lei n.º 53/2007, de 31 de agosto, bem como do artigo

1.º, n.º 3, do Estatuto do ISCPSI, aprovado pelo artigo 1.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 275/2009, de 2 de outubro, cabe ao ISCPSI

ministrar a formação inicial e a formação ao longo da carreira dos oficiais de polícia da PSP, incluindo os cursos de promoção

na carreira, particularmente o CDEP.

Os cursos que constituem condição especial de promoção na carreira de oficial de polícia, como sucede com o CDEP, são

aprovados por portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna, nos termos do artigo 39.º, n.º

2 do Estatuto do ISCPSI, e do artigo 81.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 243/2015, de 19 de outubro.

Artigo 1.º (Objeto). - A presente portaria aprova a estrutura curricular e o plano de estudos, bem como as normas de

admissão, frequência, avaliação e organização do Curso de Direção e Estratégia Policial (CDEP), a que se refere o artigo 81.º,

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n.º 3, do Decreto-Lei n.º 243/2015, de 19 de outubro, que aprova o estatuto profissional do pessoal com funções policiais da

Polícia de Segurança Pública (PSP).

Artigo 2.º (Objetivo e natureza da formação). - 1 - O CDEP é um curso de promoção à categoria de superintendente na

carreira de oficial de polícia, não conferente de grau académico, e destinado aos oficiais da categoria de intendente. 2 - O

CDEP tem por objetivo geral desenvolver os conhecimentos e as competências adequados ao exercício de funções dirigentes

na estrutura orgânica da PSP, bem como promover a existência de uma liderança altamente qualificada, assente numa cultura

de administração pública profissional e tecnologicamente avançada, com vista a favorecer a qualidade dos serviços públicos

de segurança prestados aos cidadãos. 3 - Em especial, o CDEP tem por objetivo proporcionar aos formandos, com a categoria

de intendente, a aquisição e o desenvolvimento de conhecimentos, de competências técnicas e de boas práticas, para o

desempenho das funções inerentes à categoria de superintendente, de acordo com o conteúdo funcional dessa categoria,

previsto no anexo I a que se refere o artigo 62.º do Decreto-Lei n.º 243/2015, de 19 de outubro, habilitando-os nas áreas do

planeamento, comando, controlo e avaliação de operações policiais e da gestão de recursos de unidades de escalão superior,

designadamente no comando de unidades distritais de polícia, na coadjuvação do comando de unidades regionais e

metropolitanas de polícia e da Unidade Especial de Polícia, na coadjuvação da direção dos estabelecimentos de ensino policial

e na direção das unidades nucleares da direção nacional da PSP.

Artigo 6.º (Estrutura curricular e plano de estudos). - 1 - O CDEP confere 60 ECTS (European Credit Transfer System) e tem a

duração de dois semestres curriculares. 2 - A estrutura curricular e o plano de estudos do CDEP, incluindo os ECTS atribuídos

por unidade curricular, constam do anexo à presente portaria, que dela faz parte integrante. 3 - As unidades curriculares

estão sujeitas a avaliação, nos termos do regulamento do CDEP.

Artigo 10.º (Revogação). - É revogada a Portaria n.º 691-A/2004, de 23 de junho.

Artigo 11.º (Entrada em vigor). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação [08-09-2016].

ANEXO

(a que se refere o n.º 2 do artigo 6.º)

Curso de Direção e Estratégia Policial

Estrutura Curricular e Plano de Estudos

COMISSÃO DA LIBERDADE RELIGIOSA

http://www.portugal.gov.pt/pt/ministerios/mj/noticias/20160902-mj-lib-religiosa.aspx

@ Despacho n.º 10786/2016 (Série II), de 24 de agosto de 2016 / Justiça. Gabinete da Ministra. - Designa os membros da Comissão da Liberdade Religiosa. Diário da República. - Série II-C - N.º 168 (01-09-2016), p. 27289 - 27290. https://dre.pt/application/file/75232220

Pela Resolução n.º 18/2016, de 30 de junho, do Conselho de Ministros, foi designado o Dr. José Eduardo Vera Cruz Jardim para

o cargo de presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, nos termos do n.º 1 do artigo 57.º da Lei da Liberdade Religiosa e

do n.º 1 do artigo 5.º e do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 308/2003, de 10 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 204/2007,

de 28 de maio.

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Cumpre proceder à designação dos restantes membros da Comissão da Liberdade Religiosa, nos termos do artigo 56.º da Lei da

Liberdade Religiosa e dos artigos 4.º e 7.º do Decreto-Lei n.º 308/2003, de 10 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º

204/2007, de 28 de maio.

Assim:

1 - Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 56.º da Lei da Liberdade Religiosa e da alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-

Lei n.º 308/2003, de 10 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 204/2007, de 28 de maio, foram designados pela

Conferência Episcopal Portuguesa, conforme deliberação do seu Conselho Permanente: Doutor Alfredo Manuel Matos Alves

Rodrigues Teixeira; Doutor Manuel Saturino da Costa Gomes.

2 - Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 56.º da Lei da Liberdade Religiosa e da alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-

Lei n.º 308/2003, de 10 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 204/2007, de 28 de maio, renovo as seguintes

designações: Dr. Abdool Magid Abdool Karim Vakil, indicado pela Comunidade Islâmica de Lisboa; Dr.ª Esther Mucznik,

indicada pela Comunidade Israelita de Lisboa; Dr. Fernando Manuel Soares Loja, indicado pela Aliança Evangélica Portuguesa.

3 - Nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 56.º da Lei da Liberdade Religiosa e da alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-

Lei n.º 308/2003, de 10 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 204/2007, de 28 de maio, renovo a seguinte designação:

Mestre Eduardo André Folque da Costa Ferreira, especialista em Ciências Jurídico-Políticas.

4 - Nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 56.º da Lei da Liberdade Religiosa e da alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-

Lei n.º 308/2003, de 10 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 204/2007, de 28 de maio, designo como novos membros

da Comissão da Liberdade Religiosa: Dr. Rahim Firozali, Presidente do Conselho Nacional da Comunidade muçulmana Ismaili;

Eng. Alpesh Kumar Ranchordas, possuidor de profundo conhecimento em religião hindu e experiência em diálogo

interconfessional; Eng. Luciano José dos Santos Cruz, possuidor de profundo conhecimento em religião budista e experiência

em diálogo interconfessional; Doutor Miguel Chaves Ribeiro Assis Raimundo, especialista em Ciências Jurídico-Políticas.

24 de agosto de 2016. - A Ministra da Justiça, Francisca Eugénia da Silva Dias Van Dunem.

COMUNICAÇÕES ELETRÓNICAS: informação pré-contratual e contratual a prestar pelas

empresas | Retificação ao Regulamento n.º 829/2016 da ANACOM

Ficha de Informação Simplificada (FIS)

(1) Declaração de Retificação n.º 878/2016 (Série II), de 24 de agosto de 2016 / Autoridade Nacional de Comunicações. - Retificação ao Regulamento n.º 829/2016, sobre a informação pré-contratual e contratual no âmbito das comunicações eletrónicas, que determina os requisitos aplicáveis à informação pré-contratual e contratual a prestar pelas empresas que oferecem redes de comunicações públicas ou serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 161, de 23 de agosto de 2016. Diário da República. – Série II-E - N.º 168 (01-09-2016), p. 27318 - 27320. https://dre.pt/application/file/75232246

O Regulamento n.º 829/2016, sobre a informação pré-contratual e contratual no âmbito das comunicações eletrónicas, que

determina os requisitos aplicáveis à informação pré-contratual e contratual a prestar pelas empresas que oferecem redes de

comunicações públicas ou serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público, foi publicado no Diário da República, 2.ª

série, n.º 161, de 23 de agosto de 2016.

Os quadros constantes dos n.ºs 1.2 e 1.3 do Anexo I — Ficha de Informação Simplificada (FIS) — do referido regulamento foram

publicados com desconfiguração de alguns dos seus campos, das opções de preenchimento e correspondentes notas neles

incluídas, com evidente prejuízo para a sua leitura e entendimento, pelo que se considera necessária a respetiva retificação.

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ANEXO I

Ficha de informação simplificada (FIS)

[...]

1.2 - A FIS relativa a uma oferta agregada de serviços deve obedecer ao seguinte modelo: […]

1.3 - A FIS relativa a uma oferta individualizada de serviços deve obedecer ao seguinte modelo: […]

24 de agosto de 2016. - A Presidente do Conselho de Administração, Maria de Fátima Henriques da Silva Barros Bertoldi.

(2) Regulamento n.º 829/2016 (Série II), de 14 de julho de 2016 / Autoridade Nacional de Comunicações. - Regulamento sobre a informação pré-contratual e contratual no âmbito das comunicações eletrónicas. Diário da República. – Série II-E - N.º 161 (23-08-2016), p. 26445 - 26454. https://dre.pt/application/file/a/75183625

No exercício das competências que lhe foram conferidas pela Lei n.º 5/2004, de 10 de fevereiro (Lei das Comunicações

Eletrónicas - LCE), a ANACOM aprovou as linhas de orientação sobre o conteúdo mínimo a incluir nos contratos para a prestação

dos serviços de comunicações eletrónicas, que em dezembro de 2008 foram objeto de revisão (Decisão sobre os Contratos).

Também no quadro das competências conferidas pela LCE, a

ANACOM aprovou em 2006 um conjunto de regras aplicáveis ao objeto e à forma de disponibilização ao público das condições

de oferta e de utilização de serviços de comunicações eletrónicas, intervindo deste modo sobre os termos a cumprir na

disponibilização da informação pré-contratual (Decisão sobre as Condições de Oferta). Tendo em vista adequar esta decisão a

necessidades identificadas na oferta de serviços e às alterações legislativas entretanto ocorridas, esta medida foi revista em

2011.

Por considerar que se encontram reunidas as condições que impõem uma segunda revisão da Decisão sobre os Contratos, quer

em resultado das alterações legislativas entretanto registadas, quer em consequência das modificações ocorridas no domínio

da oferta e contratualização de serviços de comunicações eletrónicas e tendo também presente a necessidade de garantir, de

uma forma integrada, a melhoria da transparência da informação no mercado, a ANACOM, por decisão de 27 de março de 2014,

realizou uma consulta pública sobre as opções no âmbito da revisão daquela decisão. Em causa estava a escolha entre: a) Uma

opção mínima, correspondente à revisão da Decisão sobre os Contratos; b) Uma opção intermédia, correspondente à revisão

da Decisão sobre os Contratos, à criação de uma ficha de informação simplificada e à introdução de um glossário de terminologia

comum nesta ficha e no contrato; e c) Uma opção máxima, correspondente à revisão simultânea da Decisão sobre os Contratos

e da Decisão sobre as Condições de Oferta, com a sua possível integração num único instrumento, à criação de uma ficha de

informação simplificada e à introdução de um glossário de terminologia comum nas condições de oferta, na referida ficha e no

contrato.

Atendendo aos contributos recebidos no âmbito da consulta pública supra referida, a ANACOM optou pela solução que, na sua

perspetiva, permitirá uma maior clareza e comparabilidade da informação pré-contratual e contratual, cujos custos de

implementação serão compensados pelas vantagens resultantes de uma maior dinâmica comercial bem como da racionalização

e economia procedimental ao nível da atividade de gestão comercial e contratual das empresas. Com tais fundamentos, melhor

explicitados no relatório da consulta então elaborado e publicado, a ANACOM aprovou um regime consolidado da informação

pré-contratual e contratual a prestar aos utilizadores finais por parte das empresas que oferecem redes de comunicações

públicas ou serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público, o qual, em cumprimento do disposto no artigo 10.º dos

Estatutos da ANACOM, anexos ao Decreto-Lei n.º 39/2015, de 16 de março, e enquanto projeto de regulamento, foi submetido

a procedimento de consulta pública, em janeiro de 2015.

Sequencialmente e ao abrigo das disposições já indicadas, a ANACOM, em fevereiro de 2015, submeteu também a procedimento

de consulta pública o projeto de terminologia comum no âmbito da informação pré-contratual e contratual.

Através dos instrumentos acima indicados a ANACOM procede: a) À revisão e à consolidação do regime aplicável ao conteúdo

e à forma do contrato, com vista à sua adaptação ao atual enquadramento jurídico, tendo em consideração a experiência

adquirida no âmbito do tratamento de reclamações e do acompanhamento da evolução das caraterísticas das ofertas. Nesta

sede opera-se uma sistematização e clarificação do conteúdo mínimo dos contratos, com observância das informações exigidas

pelo elenco do n.º 1 do artigo 48.º da LCE; b) À substituição da divulgação das condições de oferta por uma Ficha de Informação

Simplificada (FIS), que, em linguagem e forma simples e concisa, veicule a informação essencial sobre cada oferta dirigida aos

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36 | QUARTA | 7 SETEMBRO 2016

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utilizadores finais. Pretende-se ainda que este suporte integre, num momento anterior à celebração dos contratos, as condições

particulares concretamente propostas ao interessado e, já na vigência do contrato, seja usado para transmitir informação

atualizada sobre as condições contratuais, sempre que o assinante o solicite ou sempre que de uma alteração contratual resulte

a alteração dos serviços contratados, do plano tarifário, dos níveis de qualidade mínima garantidos e da duração do contrato,

incluindo do período de fidelização contratado; e c) À elaboração de um glossário único, que consiste numa lista de termos e

respetivas definições a utilizar na FIS e demais condições de oferta, no contrato e na informação disponibilizada no âmbito da

contratação sem identificação do assinante, e que se considera revelarem maior complexidade e assumirem impacto

significativo na compreensão da informação pré-contratual relevante para a decisão de contratar, bem como da informação

contratual relevante para a gestão da relação estabelecida entre assinantes e empresas. Esta solução apresenta vantagens sob

o ponto de vista da informação dirigida aos utilizadores.

A FIS, obedecendo a um modelo único e uniforme, constituirá um suporte acessível e claro para comunicação dos elementos

informativos essenciais das ofertas que, prosseguindo, nomeadamente, os objetivos visados pelos n.os 1 e 2 do artigo 47.º da

LCE, possibilitará a correta formação da vontade dos interessados durante a fase de prospeção de mercado e de negociação

com as empresas. Após a celebração do contrato, a FIS desempenhará ainda um papel determinante para a gestão informada

da relação contratual.

A FIS constituirá um instrumento de comparação dos aspetos essenciais das ofertas de cada empresa e entre empresas,

permitindo uma melhor perceção, pelo público, dos elementos que diferenciam as várias ofertas, atenuando as condicionantes

da mobilidade dos consumidores e demais utilizadores no sector das comunicações eletrónicas e promovendo uma maior

dinâmica concorrencial no mercado.

A unificação num único regime consolidado da disciplina da FIS e do contrato e a unificação da sua forma e conteúdo permitirão

um reforço da proteção dos utilizadores, melhorando a sua perceção das ofertas e condições que contratam. No mesmo sentido

concorre a uniformização da terminologia a usar em todos os instrumentos informativos essenciais no mercado que se pretende

alcançar através da aprovação, pela

ANACOM, de um glossário único, integrado no presente regulamento.

Este glossário visa uma uniformização dos termos que frequentemente são utilizados com designações diferenciadas, mas que

se reconduzem a uma mesma realidade. Pretende-se dessa forma facilitar a compreensão da informação que é prestada. Os

termos e respetivas definições previstos são simples e concisos e apenas incluem termos técnicos e jurídicos na estrita medida

do necessário para que a informação seja clara e, como tal, facilmente compreendida, o que não prejudica, quando necessário

para uma melhor clarificação, a remissão para diplomas legais e/ou normas técnicas dos quais constem explicações que possam

ser complementares.

Através do presente regulamento procurou-se também assegurar a articulação entre os requisitos aplicáveis à informação a

disponibilizar no âmbito das ofertas de redes e serviços de comunicações eletrónicas e o regime da contratação à distância ou

fora do estabelecimento comercial, objeto de revisão através do Decreto-Lei n.º 24/2014, de 14 de fevereiro, alterado pela

Lei n.º 47/2014, de 28 de julho.

Finalmente, o regulamento acomoda um conjunto de alterações necessárias para a densificação e o ajustamento a modificações

legislativas entretanto ocorridas com impacto no domínio da informação pré-contratual e contratual. De entre as alterações

registadas destaca-se, no plano nacional, a alteração da Lei das Comunicações Eletrónicas operada pela Lei n.º 15/2016, de 17

de junho, com o objetivo de reforçar a proteção dos consumidores nos contratos de prestação de serviços de comunicações

eletrónicas com período de fidelização e a Lei n.º 144/2015, de 8 de setembro, que transpondo a Diretiva 2013/11/UE, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de maio de 2013, sobre a resolução alternativa de litígios de consumo (RAL) impõe

que os prestadores de serviços informem os consumidores sobre as entidades de RAL disponíveis ou a que se encontram

vinculados por adesão ou por imposição legal decorrente de arbitragem necessária. No plano do direito da União Europeia

importa ter presente as alterações introduzidas pelo Regulamento (UE) n.º 2015/2120 do Parlamento Europeu e do Conselho,

de 25 de novembro, que estabelece medidas respeitantes ao acesso à Internet aberta.

As alterações agora promovidas determinam, assim, a revogação da Decisão sobre os Contratos e da Decisão sobre as Condições

de Oferta, sem prejuízo, em ambos os casos, da previsão de um adequado período de transição.

Assim, ponderados os contributos recebidos no procedimento regulamentar realizado, tendo presentes os fundamentos

explicitados no relatório do referido procedimento que se encontra publicado no sítio da internet desta Autoridade, no âmbito

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dos poderes que lhe são conferidos pelo artigo 9.º, n.º 2, alínea a) dos Estatutos da ANACOM, aprovados pelo Decreto-Lei n.º

39/2015, de 16 de março, bem como no exercício das competências previstas no artigo 27.º, n.º 2 da Lei n.º 5/2004, de 10 de

fevereiro, com a redação atualmente em vigor (Lei das Comunicações Eletrónicas - LCE) por referência às condições das alíneas

h) e l) do n.º 1 do mesmo artigo, assim como das competências previstas nos artigos 47.º, 47.º-A, 48.º e 125.º, todos da mesma

Lei, o Conselho de Administração da ANACOM, visando prosseguir as atribuições conferidas pelo artigo 8.º, n.º 1, alínea h) dos

seus Estatutos e os objetivos de regulação previstos no artigo 5.º, n.º 1, alínea c) e n.º 4, alíneas b), c), d) e e) da Lei das

Comunicações Eletrónicas, delibera, ao abrigo do disposto no artigo 26.º, n.º 1 alínea b) dos Estatutos da ANACOM, aprovar o

presente regulamento sobre a informação pré-contratual e contratual.

REGULAMENTO SOBRE A INFORMAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL E CONTRATUAL NO ÂMBITO DAS COMUNICAÇÕES

ELETRÓNICAS

Artigo 1.º

Objeto

1 - O presente regulamento determina os requisitos aplicáveis à informação pré-contratual e contratual a prestar pelas

empresas que oferecem redes de comunicações públicas ou serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público,

referidas como a(s) «empresa(s)» e aprova o glossário de terminologia comum a utilizar na informação pré-contratual e

contratual a disponibilizar pelas empresas, nos termos nele previstos. 2 - O disposto no presente regulamento não prejudica:

a) O cumprimento dos demais requisitos legalmente exigidos, nomeadamente no âmbito do regime setorial das

comunicações eletrónicas, da defesa dos interesses dos consumidores, do regime das cláusulas contratuais gerais, do regime

dos contratos celebrados à distância ou fora do estabelecimento comercial e da proteção da privacidade e dos dados

pessoais; b) A adoção de termos e correspondentes definições legalmente fixados, nomeadamente no âmbito do regime

setorial das comunicações eletrónicas, da defesa dos interesses dos consumidores, do regime das cláusulas contratuais gerais,

do regime dos contratos celebrados à distância ou fora do estabelecimento comercial e da proteção da privacidade e dos

dados pessoais.

Artigo 3.º

Ficha de informação simplificada (FIS)

1 - As empresas devem disponibilizar uma FIS por cada oferta dirigida aos utilizadores finais. 2 - Sem prejuízo do cumprimento

do disposto no artigo 47.º da Lei das Comunicações Eletrónicas, a oferta de serviços para utilização ocasional não está sujeita

à obrigação de disponibilização de uma FIS. 3 - A FIS deve respeitar a forma e o conteúdo definidos no Anexo I ao presente

regulamento, que deste faz parte integrante, devendo a informação ser preenchida: a) De uma forma simplificada, adequada,

transparente, comparável e atualizada, sem prejuízo do detalhe da descrição dos preços e demais encargos, incluindo,

quando aplicável, os encargos relativos à cessação do contrato; e b) Numa linguagem simples e concisa e obedecendo aos

termos e às correspondentes definições constantes do glossário constante do Anexo III do presente regulamento, que deste

faz parte integrante. 4 - A FIS deve ser disponibilizada pelas empresas nos seguintes termos: a) Nas páginas na Internet que

utilizam na sua relação com o público e onde publicam as suas ofertas; e b) Em todos os seus pontos de venda, incluindo os

dos seus agentes, a pedido de qualquer interessado, por meio de consulta às páginas na Internet referidas na alínea a) ou

mediante entrega de exemplar em papel ou, se o interessado concordar, noutro suporte duradouro adequado. 5 - A cada

oferta publicada na Internet deve ser associada uma FIS e as respetivas condições contratuais típicas, através de duas

hiperligações facilmente visíveis e identificáveis, e integradas, com destaque, na descrição da oferta e dentro da expressão

«Para mais informações, aceda à ficha de informação simplificada (FIS) e às condições contratuais típicas». 6 - A FIS e as

condições contratuais típicas referidas no número anterior devem poder ser descarregadas, designadamente em formato

PDF, com permissão de impressão e de gravação.

Artigo 7.º

Conteúdo do contrato

1 - Os contratos para a oferta de redes de comunicações públicas ou serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao

público devem respeitar os requisitos previstos no Anexo II ao presente regulamento, que deste faz parte integrante. 2 - A

informação prevista nos n.os 1 a 11 do Anexo II ao presente regulamento deve constar dos contratos de uma forma clara,

exaustiva e facilmente acessível, numa linguagem simples e concisa e que obedeça aos termos e às correspondentes

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definições constantes do glossário constante do Anexo III do Regulamento. 3 - Para efeitos do disposto no número anterior,

as empresas estão dispensadas de incluir nos contratos a informação prevista no Anexo II que integre a FIS disponibilizada ao

assinante nos termos do artigo 4.º 4 - Do contrato celebrado com consumidores por telefone ou através de outro meio de

comunicação à distância devem constar as informações exigidas nos n.os 1 a 11 do Anexo II do presente regulamento, ficando

o consumidor vinculado apenas depois de assinar a proposta contratual ou enviar à empresa o seu consentimento escrito,

exceto nos casos em que o primeiro contacto telefónico seja efetuado pelo próprio consumidor. 5 - Do contrato celebrado e

reduzido a escrito ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 24/2014, devem constar as informações

exigidas nos n.os 1 a 11 do Anexo II do presente regulamento, devendo o exemplar disponibilizado ao consumidor ao abrigo

do disposto no n.º 2 do mesmo artigo preencher os requisitos previstos no n.º 12 do mesmo anexo.

Artigo 12.º

Gratuitidade

Toda a informação prevista no Regulamento deve ser disponibilizada a título gratuito.

Artigo 14.º

Disposições finais e transitórias

1 - As obrigações previstas no presente Regulamento devem ser implementadas no prazo máximo de seis meses após a

sua publicação. 2 - O Regulamento aplica-se aos contratos celebrados ou alterados após a implementação prevista no número

anterior. 3 - As empresas devem comunicar à ANACOM, por via eletrónica, para o endereço [email protected], a

implementação das obrigações previstas no presente Regulamento no dia útil seguinte ao da sua implementação. 4 - Com a

entrada em vigor do Regulamento são revogadas: a) A decisão da ANACOM de 1 de setembro de 2005 relativa às linhas de

orientação sobre o conteúdo mínimo a incluir nos contratos para a prestação de serviços de comunicações eletrónicas,

alterada pela decisão da ANACOM de 11 de dezembro de 2008; e b) A decisão da ANACOM de 21 de abril de 2006 relativa ao

objeto e forma de disponibilização ao público das condições de oferta e de utilização de serviços de comunicações eletrónicas,

alterada pela decisão da ANACOM de 10 de outubro de 2011. 5 - Excetuam-se do disposto no número anterior as

recomendações em matéria de parâmetros de qualidade de serviço constantes da decisão referida na alínea a) do n.º 4, as

quais, com exceção das que respeitam ao parâmetro «Tempo máximo de admissão ao serviço» se mantêm em vigor até que,

nos termos do n.º 2 do artigo 40.º da Lei das Comunicações Eletrónicas, sejam fixados outros parâmetros de qualidade de

serviço. 6 - A revogação das decisões referidas no n.º 4 não desonera as empresas do cumprimento das obrigações nas

mesmas previstas, nem prejudica os efeitos por aquelas produzidos, até à efetiva implementação do disposto no presente

Regulamento, designadamente em eventuais processos de contraordenação. 7 - As empresas devem comunicar à ANACOM,

com uma antecedência mínima de 5 dias úteis relativamente à data prevista no n.º 1, os endereços URL referidos no n.º 1 do

artigo 13.º do Regulamento.

ANEXO I

Ficha de informação simplificada (FIS)

ANEXO II

Conteúdo e forma do contrato

ANEXO III

Glossário

14 de julho de 2016. - O Presidente do Conselho de Administração, Maria de Fátima Henriques da Silva Barros Bertoldi.

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CONTRAORDENAÇÕES RODOVIÁRIAS | ATRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA ÀS CÂMARAS

MUNICIPAIS

Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) | Competência para processar e aplicar as respetivas sanções nos

processos contraordenacionais rodoviários por infrações ao disposto no artigo 71.º do Código da Estrada nas vias públicas

sob jurisdição municipal | Sistema de Contraordenações de Trânsito (SCoT)

Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 03-05: artigo 71.º e artigo 169.º, n.º 7

(1) Portaria n.º 244/2016 (Série I), de 7 de setembro / Administração Interna. - Altera a Portaria n.º 214/2014, de 16 de outubro, que define as condições de atribuição da competência estabelecida no n.º 7 do artigo 169.º do Código da Estrada às câmaras municipais. Diário da República. - Série I - N.º 172 (07-09-2016), p. 3128 - 3130. https://dre.pt/application/conteudo/75272772

De acordo com o estabelecido no n.º 7 do artigo 169.º do Código da Estrada (CE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3

de maio, a competência para o processamento das contraordenações previstas no artigo 71.º do CE e aplicação das respetivas

coimas podem ser atribuídas à câmara municipal competente para aprovar a localização do parque ou zona de estacionamento,

por designação do membro do Governo responsável pela área da administração interna, mediante proposta da câmara

municipal, com parecer favorável da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), desde que reunidas as condições

definidas em portaria.

A Portaria n.º 214/2014, de 16 de outubro, prevê que, para além da adesão ao Sistema de Contraordenações de Trânsito (SCoT),

as câmaras municipais têm que exercer a fiscalização, cumulativamente, através do pessoal de fiscalização do município

designado para o efeito e equiparado a autoridade ou seu agente e através do pessoal de fiscalização de empresas públicas

municipais designado para o efeito e equiparado a autoridade ou seu agente, com as limitações decorrentes dos respetivos

estatutos e da delegação de competências e após credenciação pela ANSR.

No entanto constata-se que esta exigência inviabiliza a atribuição daquela competência, na medida em que as câmaras podem

não reunir simultaneamente as condições das alíneas b) e c) do artigo 2.º da Portaria n.º 214/2014, de 16 de outubro.

Acresce que, a fiscalização das câmaras municipais pode ainda ser exercida pelas polícias municipais e pelo pessoal com funções

de fiscalização das empresas privadas concessionárias de estacionamento sujeito ao pagamento de taxa em vias sob jurisdição

municipal e equiparado a autoridade ou seu agente, com as limitações decorrentes da lei, dos respetivos estatutos, dos

contratos de concessão e da delegação de competências e após emissão de cartão de identificação pela ANSR, conforme decorre

do disposto no n.º 3 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de fevereiro.

Por outro lado, a Portaria n.º 254/2013, de 26 de abril, não impõe obrigatoriedade de utilização do SCoT no exercício das

competências de fiscalização do cumprimento das disposições do Código da Estrada e legislação complementar, apenas

recomenda a sua utilização sempre que possível.

Deste modo, procede-se à alteração das condições de atribuição da competência estabelecida no n.º 7 do artigo 169.º do

Código da Estrada às câmaras municipais, previstas na Portaria n.º 214/2014, de 16 de outubro. Consequentemente procede-

se à revogação do artigo 2.º e à alteração dos artigos 3.º, 5.º e 6.º

Artigo 1.º (Alteração à Portaria n.º 214/2014, de 16 de outubro). - 1 - É revogado o artigo 2.º da Portaria n.º 214/2014, de

16 de outubro. 2 - Os artigos 3.º, 5.º e 6.º da Portaria n.º 214/2014, de 16 de outubro, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 3.º

Condições de atribuição da competência

1 - [...]. 2 - A proposta a que se refere o número anterior deve identificar a entidade ou entidades através das quais

é exercida a competência de fiscalização nos termos do n.º 3 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de

fevereiro, sem prejuízo do disposto no n.º 7 do artigo 169.º do Código da Estrada, e ser acompanhada dos seguintes

documentos: a) No caso do pessoal de fiscalização das câmaras municipais designado para o efeito, certidão da

deliberação da câmara municipal, de designação do pessoal de fiscalização; b) No caso do pessoal de fiscalização de

empresas públicas municipais designado para o efeito, certidão da deliberação da câmara municipal que procede à

delegação das competências para fiscalização do trânsito em empresa municipal; c) No caso do pessoal com funções

de fiscalização das empresas privadas concessionárias de estacionamento sujeito ao pagamento de taxa em vias sob

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jurisdição municipal, certidão da deliberação da câmara municipal que procede à delegação das competências para

fiscalização do trânsito em empresa privada concessionária. 3 - [...].

Artigo 5.º

[Exercício da competência atribuída]

1 - [...]: a) Utilizar o Sistema de Contraordenações de Trânsito (SCoT), sempre que possível, nos termos da Portaria

n.º 254/2013, de 26 de abril, para o levantamento dos autos de contraordenação; b) [...]; c) [...]; d) [...]; e) Sempre

que não utilize o SCoT conforme disposto na alínea a), facultar mensalmente à ANSR, preferencialmente por meio

eletrónico, informação detalhada sobre o levantamento dos autos de contraordenação, em modelo a definir pela

ANSR; f) No caso de a competência ser exercida através do pessoal com funções de fiscalização das empresas privadas

concessionárias de estacionamento sujeito ao pagamento de taxa em vias sob jurisdição municipal, impor o

cumprimento do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 146/2014, de 9 de outubro. 2 - [...]. 3 - [...].

Artigo 6.º

[Revogação da competência atribuída]

1 - [...]: a) Incumprimento do estabelecido nos artigos 3.º e 5.º da presente portaria; b) [...]; c) [...]. 2 - [...]. 3 -

[...].»

Artigo 2.º (Republicação). - É republicada, em anexo ao presente diploma, da qual faz parte integrante, a Portaria n.º

214/2014, de 16 de outubro.

Artigo 3.º (Entrada em vigor). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

O Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Manuel Nogueiro Gomes, em 9 de agosto de 2016.

ANEXO

(a que se refere o artigo 2.º)

Republicação da Portaria n.º 214/2014, de 16 de outubro

Artigo 1.º

Objeto

A presente portaria define as condições necessárias para, nos termos do disposto no n.º 7 do artigo 169.º do Código

da Estrada, atribuir às câmaras municipais a competência para processar e aplicar as respetivas sanções nos

processos contraordenacionais rodoviários por infrações ao disposto no artigo 71.º do Código da Estrada, aprovado

pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de maio, nas vias públicas sob jurisdição municipal.

Artigo 2.º

Atribuição da competência

(Revogado.)

Artigo 3.º

Condições de atribuição da competência

1 - A câmara municipal interessada propõe ao membro do Governo responsável pela área da administração interna a

atribuição da competência prevista no artigo 1.º 2 - A proposta a que se refere o número anterior deve identificar a

entidade ou entidades através das quais é exercida a competência de fiscalização nos termos do n.º 3 do artigo 5.º do

Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de fevereiro, sem prejuízo do disposto no n.º 7 do artigo 169.º do Código da Estrada, e

ser acompanhada dos seguintes documentos: a) No caso do pessoal de fiscalização das câmaras municipais designado

para o efeito, certidão da deliberação da câmara municipal, de designação do pessoal de fiscalização; b) No caso do

pessoal de fiscalização de empresas públicas municipais designado para o efeito, certidão da deliberação da câmara

municipal que procede à delegação das competências para fiscalização do trânsito em empresa municipal; c) No caso

do pessoal com funções de fiscalização das empresas privadas concessionárias de estacionamento sujeito ao

pagamento de taxa em vias sob jurisdição municipal, certidão da deliberação da câmara municipal que procede à

delegação das competências para fiscalização do trânsito em empresa privada concessionária. 3 - A proposta deve ser

entregue junto da ANSR, que procede à respetiva instrução.

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Artigo 4.º

Parecer da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

1 - A ANSR emite parecer sobre a proposta da câmara municipal no prazo de 30 dias após receção da proposta a que

se refere o artigo anterior. 2 - Para efeitos do número anterior, a ANSR pode solicitar à câmara municipal os elementos

complementares que entenda necessários à formulação do parecer.

Artigo 5.º

Exercício da competência atribuída

1 - No âmbito do exercício da competência atribuída, a câmara municipal deve: a) Utilizar o Sistema de

Contraordenações de Trânsito (SCoT), sempre que possível, nos termos da Portaria n.º 254/2013, de 26 de abril, para

o levantamento dos autos de contraordenação; b) Usar exclusivamente equipamentos de controlo e fiscalização

aprovados pela ANSR; c) Levantar os autos de contraordenação no modelo eletrónico, aprovado pelo presidente da

ANSR; d) Facultar à ANSR todos os elementos requeridos por esta, relativos a processos contraordenacionais

processados no âmbito desta portaria; e) Sempre que não utilize o SCoT, facultar mensalmente à ANSR,

preferencialmente por meio eletrónico, informação detalhada sobre o levantamento dos autos de contraordenação, em

modelo a definir pela ANSR; f) No caso de a competência ser exercida através do pessoal com funções de fiscalização

das empresas privadas concessionárias de estacionamento sujeito ao pagamento de taxa em vias sob jurisdição

municipal, impor o cumprimento do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 146/2014, de 9 de outubro. 2 - A competência para o

processamento das contraordenações e aplicação das sanções por infração ao artigo 71.º do Código da Estrada

pertence à câmara municipal. 3 - A competência atribuída para a instrução do processo administrativo e aplicação de

sanções pode ser delegada no presidente da câmara municipal, com possibilidade de subdelegação.

Artigo 6.º

Revogação da competência atribuída

1 - A competência atribuída e regulada pela presente portaria pode ser revogada a todo o tempo, nas seguintes

situações: a) Incumprimento do estabelecido nos artigos 3.º e 5.º da presente portaria; b) Incumprimento das instruções

relativas aos modos e critérios de fiscalização emanadas pela ANSR ao abrigo do n.º 4 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º

44/2005, de 23 de fevereiro, alterado pela Lei n.º 72/2013, de 3 de setembro; c) Incumprimento das notificações para

correção ou colocação de sinalização emanadas pela ANSR ao abrigo do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23

de fevereiro, alterado pela Lei n.º 72/2013, de 3 de setembro. 2 - A competência atribuída é revogada sempre que se

verifique, de forma comprovada e reiterada, o incumprimento das disposições do Código da Estrada e legislação

complementar referentes às garantias processuais dos arguidos. 3 - A revogação é determinada através de despacho

do membro do Governo responsável pela área da administração interna, sob proposta fundamentada da ANSR.

Artigo 7.º

Competência da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

1 - Compete à ANSR verificar a manutenção das condições de atribuição e de exercício das competências conferidas

nos termos da presente portaria. 2 - Para verificação extraordinária das condições de atribuição e de exercício, pode a

ANSR, por iniciativa própria ou por determinação do membro do Governo responsável pela área da administração

interna, solicitar à câmara municipal todos os elementos que entenda necessários e, bem assim, quando se justifique,

proceder a inspeções à sinalização dos parques e zonas de estacionamento.

Artigo 8.º

Alteração à Portaria n.º 254/2013, de 26 de abril

É revogado o artigo 4.º da Portaria n.º 254/2013, de 26 de abril.

Artigo 9.º

Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação [17-10-2014].

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(2) Portaria n.º 214/2014, de 16 de outubro / Ministério da Administração Interna. - Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 197/2008, de 7 de outubro, define as condições de atribuição de competências às câmaras municipais para processar e aplicar sanções nos processos contraordenacionais rodoviários por infrações ao trânsito de veículos pesados de mercadorias ou conjunto de veículos nas vias públicas sob jurisdição municipal. Diário da República. - Série I - N.º 200 (16-10-2014), p. 5278 - 5279. https://dre.pt/application/conteudo/58350727

Nos termos do n.º 7 do artigo 169.º do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de maio, a competência

para o processamento das contraordenações previstas no artigo 71.º do Código da Estrada e a competência para a aplicação

das respetivas coimas podem ser atribuídas à câmara municipal competente para aprovar a localização do parque ou zona de

estacionamento.

O mencionado no n.º 7 do artigo 169.º do Código da Estrada dispõe ainda que compete ao membro do Governo responsável

pela área da administração interna definir as condições para a atribuição das referidas competências às câmaras municipais, o

que se promove através da presente portaria.

Neste contexto, importa referir que a adesão ao Sistema de Contraordenações de Trânsito (SCoT), nos termos da Portaria n.º

254/2013, de 26 de abril, é condição essencial para a atribuição a cada câmara municipal daquelas competências.

O SCoT é um sistema de informação de suporte aos processos de fiscalização de trânsito e de gestão de contraordenações

gerido pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária que permite uma otimização e automatização do processo, a

agilização da tramitação processual e a consequente redução dos recursos afetos ao tratamento administrativo das

contraordenações. O SCoT é dotado de uma componente de mobilidade, que possibilita o registo de contraordenações através

de terminais móveis, nos quais são também disponibilizadas diversas pesquisas relevantes para a atividade operacional que

permitem o acesso a informação crítica para a eficácia da atividade de fiscalização e o preenchimento automático de grande

parte da informação a recolher.

De facto, as vantagens decorrentes da utilização do SCoT, quer para as entidades autuantes, quer para a ANSR, na sua qualidade

de instrutora e decisora dos autos de contraordenação, impõem que a sua disponibilização às câmaras municipais se concretize

de forma acessível e sem significativos encargos financeiros. Nesse sentido, importa alterar a Portaria n.º 254/2013, de 26 de

abril, eliminando a obrigatoriedade do pagamento de taxas e outros encargos pela adesão ao SCoT.

Artigo 3.º (Proposta da câmara municipal). - 1 - A câmara municipal interessada propõe ao membro do Governo responsável

pela área da administração interna a atribuição da competência prevista no artigo 1.º 2 - A proposta a que se refere o número

anterior deve ser acompanhada de elementos documentais que comprovem o disposto nas alíneas b) e c) do artigo 2.º,

designadamente, cópia autenticada da deliberação de designação do pessoal de fiscalização ou cópia autenticada da

deliberação da câmara municipal que procede à delegação das competências para fiscalização do trânsito em empresa local.

3 - A proposta deve ser entregue junto da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que procede à respetiva

instrução.

Artigo 5.º (Exercício da competência atribuída). - 1 - No âmbito do exercício da competência atribuída, a câmara municipal

deve: a) Utilizar o Sistema de Contraordenações de Trânsito (SCoT), nos termos da Portaria n.º 254/2013, de 26 de abril, para

o levantamento de todos os autos de contraordenação; b) Usar exclusivamente equipamentos de controlo e fiscalização

aprovados pela ANSR; c) Levantar os autos de contraordenação no modelo eletrónico, aprovado pelo presidente da ANSR; d)

Facultar à ANSR todos os elementos requeridos por esta, relativos a processos contraordenacionais processados no âmbito

desta portaria. 2 - A competência para o processamento das contraordenações e aplicação das sanções por infração ao artigo

71.º do Código da Estrada pertence à câmara municipal. 3 - A competência atribuída para a instrução do processo

administrativo e aplicação de sanções pode ser delegada no presidente da câmara municipal, com possibilidade de

subdelegação.

Artigo 6.º (Revogação da competência atribuída). - 1 - A competência atribuída e regulada pela presente portaria pode ser

revogada a todo o tempo, nas seguintes situações: a) Incumprimento do estabelecido nos artigos 2.º e 5.º da presente

portaria; b) Incumprimento das instruções relativas aos modos e critérios de fiscalização emanadas pela ANSR ao abrigo do

n.º 4 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de fevereiro, republicado pela Lei n.º 72/2013, de 3 de setembro; c)

Incumprimento das notificações para correção ou colocação de sinalização emanadas pela ANSR ao abrigo do artigo 6.º do

Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de fevereiro, republicado pela Lei n.º 72/2013, de 3 de setembro. 2 - A competência atribuída

é revogada sempre que se verifique, de forma comprovada e reiterada, o incumprimento das disposições do Código da

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Estrada e legislação complementar referentes às garantias processuais dos arguidos. 3 - A revogação é determinada através

de despacho do membro do Governo responsável pela área da administração interna, sob proposta fundamentada da ANSR.

FUNDO NACIONAL DE REABILITAÇÃO DO EDIFICADO (FNRE)

@ Resolução do Conselho de Ministros n.º 48/2016 (Série I), de 1 de setembro / Presidência do Conselho de Ministros. - Determina a criação do Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado. Diário da República. - Série I - N.º 168 (01-09-2016), p. 3110 - 3111. https://dre.pt/application/file/75239605

No Programa do XXI Governo Constitucional reconhece-se como prioridade a adoção de uma nova geração de políticas de

habitação, no âmbito das quais se proceda, nomeadamente, a uma articulação entre a promoção da reabilitação do edificado

e a dinamização do mercado de arrendamento para fins habitacionais permanentes nos centros urbanos, tendo em vista

assegurar a efetiva utilização do edificado e incentivar a emergência de contextos urbanos de diversidade de usos e de

equilíbrios demográficos, sociais e económicos.

A existência de edifícios com um deficiente estado de conservação e a consequente impossibilidade da sua utilização é uma

situação lesiva do interesse público a vários níveis, que vão desde as repercussões negativas no que concerne à salubridade, à

saúde pública e à segurança de pessoas e de bens até à distorção das ponderações realizadas no âmbito da gestão territorial

que estão na base da definição das estratégias territoriais às escalas nacional, regional e municipal e, por esta via, da

disponibilização de espaços para os vários tipos de utilização urbana.

Ao mesmo tempo, a falta de disponibilização, no mercado imobiliário, dos fogos que compõem os edifícios com um deficiente

estado de conservação induz efeitos perniciosos ao nível da oferta no mercado habitacional, provocando uma injustificada,

artificial e indesejável subida dos preços e dificultando o acesso à habitação por parte das famílias que habitam efetivamente

nos grandes centros urbanos.

Neste contexto, a eleição da reabilitação urbana como eixo prioritário da política urbana e a criação de uma oferta alargada

de habitação acessível para arrendamento são dois pilares fundamentais da política para as cidades do XXI Governo

Constitucional.

Deve sublinhar-se que, com a adoção desta política, é dado cabal seguimento às diretrizes das políticas de ordenamento do

território e de urbanismo traçadas, a nível legislativo, ao longo dos últimos anos, e que culminaram com a reforma de 2014 e

a consequente aprovação do novo Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial em 2015.

No âmbito da Lei de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo, aprovada pela

Lei n.º 31/2014, de 30 de maio, são individualmente identificados como fins destas políticas públicas, e entre outros, (i) a

racionalização, a reabilitação e a modernização dos centros urbanos, (ii) a promoção da coerência do sistema urbano, (iii) a

organização eficiente do mercado fundiário e (iv) a eliminação da especulação imobiliária e de outras práticas lesivas do

interesse geral, ao mesmo tempo que se aponta para a obrigação de contenção da expansão urbana e da edificação dispersa.

Esta lei comete expressamente ao Estado, às regiões autónomas e às autarquias locais uma obrigação de promoção de ações

adequadas à prossecução destes objetivos de reabilitação e regeneração urbana, o que se articula com a previsão genérica do

dever impendente sobre os proprietários imobiliários de promoverem a utilização, a conservação e a reabilitação dos seus

imóveis. Esta abordagem do território já havia sido indiciada no âmbito do Programa Nacional da Política de Ordenamento do

Território, aprovado pela Lei n.º 58/2007, de 4 de setembro, mais precisamente no ponto 3.3. do seu Programa de Ação, que

reconheceu a necessidade de reforçar a intervenção pública ao nível da reabilitação urbana.

No mesmo sentido, deve ainda salientar-se que a Lei de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território

e de Urbanismo, aprovada pela Lei n.º 31/2014, de 30 de maio, direciona a gestão territorial para a aplicação de uma política

de habitação que permita resolver as carências existentes e para a promoção da reabilitação urbana - entendida enquanto

forma de intervenção territorial integrada que visa a valorização do suporte físico de um território através da realização de

obras de reconstrução, recuperação, beneficiação, renovação e modernização do edificado, das infraestruturas, dos serviços

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de suporte e dos sistemas naturais, bem como de correção de passivos ambientais ou de valorização paisagística - de centros

históricos e do respetivo parque habitacional, em detrimento de nova construção.

Paralelamente a este enquadramento estratégico, dever-se-á ter em consideração que o Estado e os municípios são também

proprietários imobiliários, possuindo um património de dimensão relevante no centro das cidades com graus muito variáveis de

conservação. O XXI Governo Constitucional pretende estimular a criação de condições favoráveis a que esse património

imobiliário seja objeto de reabilitação e de colocação no mercado imobiliário, potenciando não apenas a funcionalização de

cada edifício em concreto aos fins que a estruturação da cidade lhe destinou, mas também a prossecução, de uma perspetiva

mais abrangente, das políticas públicas de reabilitação urbana e criação de habitação acessível. Trata-se de um acervo

imobiliário que possui uma dimensão crítica muito relevante, em relação aos quais a reabilitação é tida como suficiente para

funcionar como catalisador dos mercados da reabilitação urbana e do arrendamento habitacional, e cujo aproveitamento e

valorização é, sobretudo, de interesse geral.

Tendo em vista a operacionalização e a concretização das políticas de reabilitação urbana e de habitação, o XXI Governo

Constitucional assumiu no seu Programa o compromisso de criar o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE),

compromisso esse que foi renovado no âmbito do Programa Nacional de Reformas, e que é paralelo a outros instrumentos de

política urbana, como o IFRRU 2020 - Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas, o Programa

«Reabilitar para Arrendar», o Programa «Casa Eficiente» e o Programa «Arrendamento Acessível». Cada um destes instrumentos

interage com os demais com base em relações de interdependência e de complementaridade, garantindo-se, por via desta

abordagem integrada, um aumento substancial da eficiência e da eficácia da atuação pública na prossecução dos objetivos

últimos destas políticas.

Pretende-se, neste contexto, que o FNRE revista a forma de um fundo especial de investimento imobiliário orientado para o

desenvolvimento e a concretização de projetos de reabilitação de imóveis e para a promoção do arrendamento, tendo em vista

a regeneração urbana e o repovoamento dos centros urbanos. Não obstante ser, na sua génese, um instrumento de políticas

públicas, pretende-se que seja estruturado e regulado pelas leis gerais vigentes aplicáveis a fundos de investimento imobiliário,

podendo nomeadamente recorrer, em situação de igualdade, aos programas e aos instrumentos financeiros disponibilizados

pelo Estado e pelas demais entidades públicas para fins de reabilitação urbana e de arrendamento habitacional.

Pretende-se igualmente que o FNRE tenha como participantes iniciais um conjunto de entidades públicas da administração

central e local e ainda do terceiro setor, sendo possível e desejável que outras entidades, públicas e privadas, incluindo pessoas

singulares, se proponham como potenciais participantes.

O FNRE constitui-se, assim, como um instrumento suscetível de conferir um conjunto de vantagens às diversas entidades

participantes, tendo em consideração, nomeadamente, que: i) Apoia as entidades públicas, incluindo municípios e entidades

do terceiro setor, na prossecução das suas políticas de habitação, reabilitação e regeneração dos centros urbanos; ii) Permite

aos participantes que nele integrem os seus imóveis promover a reabilitação dos mesmos e obter rendimentos sem aumentar

os seus níveis de endividamento, podendo ser acordada a reaquisição do imóvel após a rentabilização do investimento efetuado;

iii) Possibilita um investimento de baixo risco, com objetivos de rentabilidade interessantes e que contribui, paralelamente,

para a concretização de objetivos de políticas públicas nacionais.

Assim:

Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:

1 - Reconhecer a relevância do Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, doravante designado por FNRE, como

instrumento de política urbana e de habitação, tendo em vista nomeadamente a prossecução dos seguintes objetivos: a)

Promover a reabilitação de edifícios e a regeneração urbana; b) Combater o despovoamento dos centros urbanos e promover

o acesso à habitação, em particular, à classe média; c) Dinamizar o setor do arrendamento acessível para habitação

permanente; d) Apoiar e dinamizar o comércio de proximidade, em particular o comércio tradicional; e) Apoiar a retoma do

setor da construção, a criação de emprego e a sua reorientação para a reabilitação.

2 - Determinar, ao nível da administração central, o desenvolvimento das ações necessárias à criação do FNRE sob a forma

de fundo especial de investimento imobiliário, especialmente junto de entidades reguladoras e de entidades detentoras de

património imobiliário ou de capital que estejam potencialmente interessadas em participar no FNRE, nomeadamente

aquelas que, no âmbito dos ministérios das Finanças, da Defesa Nacional e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social,

detêm ou gerem imóveis, bem como o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.

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3 - Aprovar os seguintes princípios orientadores para a criação do FNRE: a) Os critérios de atuação e os princípios de

intervenção do FNRE são: i) Sustentabilidade económica e rentabilidade dos investimentos; ii) Forte controlo do risco; iii)

Transparência; iv) Rigor informativo; v) Proteção dos investidores; b) A política de investimento do FNRE é orientada pela

afetação da maioria da área reabilitada, em termos globais, ao mercado de arrendamento para a habitação permanente em

condições acessíveis à classe média; c) O modelo de funcionamento do FNRE deve ter em conta que: i) As entradas em espécie

e em capital, consubstanciadas, respetivamente, nos imóveis com necessidade de reabilitação e no capital necessário a essa

reabilitação, devem ser simultâneas, de forma a garantir, a todo o tempo, a adequada capitalização do FNRE; ii) Os imóveis

carecidos de reabilitação são integrados no FNRE após a demonstração da viabilidade do investimento, a qual deve ter em

consideração, nomeadamente, a sua adequação aos fins do FNRE, a suscetibilidade de manutenção do cumprimento das

regras de afetação de usos e a sua avaliação em função dos fins a que o imóvel se destina.

4 - Estabelecer que a sociedade gestora do FNRE deve ser a empresa pública FUNDIESTAMO - Sociedade Gestora de Fundos

de Investimento Imobiliário, S. A.

5 - Determinar que a criação do FNRE deve estar concluída até 31 de outubro de 2016.

6 - Determinar que a presente resolução produz efeitos à data da sua aprovação [08-06-2016].

GESTÃO DOS TRIBUNAIS JUDICIAIS DE PRIMEIRA INSTÂNCIA | FORMAÇÃO DOS

MAGISTRADOS

Curso de formação | 65 vagas | Juiz presidente do tribunal de comarca | Magistrado do Ministério Público coordenador |

Administrador judiciário

@ Despacho n.º 10889/2016 (Série II), de 30 de agosto de 2016 / Justiça. Gabinete da Ministra. - Fixa o limite total de 65 vagas para o curso de formação adequado ao desenvolvimento de qualidades e aquisição de competências técnicas para o exercício de funções de juiz presidente do tribunal de comarca, magistrado do Ministério Público coordenador e administrador judiciário, suspendendo nesta parte o Despacho n.º 1913/2016, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 26, de 8 de fevereiro. Diário da República. - Série II-C - N.º 172 (07-09-2016), p. 27716. https://dre.pt/application/file/75265957

Nos termos da Lei de Organização do Sistema Judiciário (Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto) e no âmbito da gestão dos tribunais

judiciais de primeira instância, cumpre garantir a formação dos magistrados judiciais, dos magistrados do Ministério Público

e dos oficiais de justiça que asseguram a constituição dos conselhos de gestão das comarcas.

Determinei, por meu despacho de 26.01.2016, que o Centro de Estudos Judiciários iniciasse as diligências necessárias para a

abertura de curso de formação adequado ao desenvolvimento de qualidades e aquisição de competências técnicas para o

exercício de funções de juiz presidente do tribunal de comarca, magistrado do Ministério Público coordenador e

administrador judiciário, com a previsão total de 50 vagas - 15 para juízes presidentes, 15 para magistrados do Ministério

Público e 20 para administradores judiciários -, com procedimentos prévios de seleção dos formandos a cargo,

respetivamente, do Conselho Superior da Magistratura, do Conselho Superior do Ministério Público e da Direção-Geral da

Administração da Justiça e com observância dos princípios estabelecidos na Lei de Organização do Sistema Judiciário

supramencionada.

O desígnio de reforçar a capacitação gestionária nos tribunais associada à dinâmica dos recursos humanos e às necessidades

indicadas pelo Conselho Superior da Magistratura de possibilitar o acesso à formação pelos juízes coordenadores em

cumprimento do disposto no artigo 95.º, n.º 3, da LOSJ, verificada também a capacidade formativa do Centro de Estudos

Judiciários, justifica-se o aumento do número de vagas no respeitante à magistratura judicial. O aumento de vagas não implica

o aumento de despesa, dada a organização da formação em larga medida suportada por tecnologia instalada.

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Fixo agora - abrogando nesta parte o anterior despacho - o limite total de 65 vagas para o curso, das quais 30 (trinta) para

magistrados judiciais - das quais 15 (quinze) para magistrados judiciais coordenadores -, 15 (quinze) para magistrados do

Ministério Público e 20 (vinte) para administradores judiciários.

Dê-se conhecimento, com urgência, deste despacho ao Centro de Estudos Judiciários, ao Conselho Superior da Magistratura,

ao Conselho Superior do Ministério Público e à Direção-Geral da Administração da Justiça.

30 de agosto de 2016. - A Ministra da Justiça, Francisca Eugénia da Silva Dias Van Dunem.

INCÊNDIOS DEFLAGRADOS NOS MESES DE JULHO E AGOSTO DE 2016 NAS FREGUESIAS DAS

ZONAS DO NORTE E CENTRO DO PAÍS

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR 2020)

@ Despacho n.º 10803-B/2016 (Série II), de 31 de agosto de 2016 / Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. Gabinete do Ministro. - Reconhece como catástrofe natural o conjunto de incêndios deflagrados nos meses de julho e agosto de 2016 nas freguesias das zonas do norte e centro do país e determina acionar a aplicação do apoio 6.2.2 - «restabelecimento do potencial produtivo» do «Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR 2020)», regulamentado pela Portaria n.º 199/2015, de 6 de julho, alterada pela Portaria n.º 56/2016, de 28 de março, com vista a apoiar reconstituição ou reposição do potencial produtivo das explorações agrícolas danificadas. Diário da República. - Série II-C - N.º 168 – 2.º Suplemento (01-09-2016), p. 27484-(4) a 27484-(5). https://dre.pt/application/file/75249478

Deflagraram, no decurso de todo o passado mês de julho e agosto deste ano, um conjunto de incêndios de grande proporção,

que alastraram por vastas áreas nas zonas de montanha da região centro e norte do país, e cuja dimensão e gravidade dos

prejuízos causados reconduzem a qualificação desta situação à "catástrofe natural", nos termos e para os efeitos da alínea b)

do artigo 3.º da Portaria n.º 199/2015, de 6 de julho, com as alterações da Portaria n.º 56/2016, de 28 de março, e ao seu

reconhecimento oficial como tal, nos termos da última parte da alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º da mesma portaria.

Considerando a catástrofe natural registada e os danos por ela causados no potencial produtivo das explorações agrícolas, a

sua reposição é suscetível de ser objeto do apoio 6.2.2 - "Restabelecimento do Potencial Produtivo" inserido na ação 6.2

"Prevenção e Restabelecimento do Potencial Produtivo" da medida n.º 6 "Gestão do Risco e Restabelecimento do Potencial

Produtivo" do "Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR 2020)", e regulamentado pela Portaria n.º 199/2015,

de 6 de julho, alterada pela Portaria n.º 56/2016, de 28 de março.

O presente despacho reconhece oficialmente, para efeitos da última parte da alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º da referida

Portaria, a catástrofe natural ocorrida entre julho e agosto de 2016, e visa acionar a aplicação do apoio 6.2.2 -

"restabelecimento do potencial produtivo".

Assim, ao abrigo da alínea a) do n.º 1 e do n.º 2 do artigo 6.º da Portaria n.º 199/2015, de 6 de julho, com as alterações da

Portaria n.º 56/2016, de 18 de março, determino o seguinte:

Artigo 1.º. - 1 - É reconhecido como catástrofe natural, nos termos e para os efeitos do disposto na alínea b) do artigo 3.º e

última parte da alínea a) do n.º 1 do artigo 6.º da Portaria n.º 199/2015, de 6 de julho, com as alterações da Portaria n.º

56/2016, de 28 de março, o conjunto de incêndios deflagrados nos meses de julho e agosto de 2016 nas freguesias das zonas

norte e centro do país a que se reporta o n.º 3 do presente artigo. 2 - É concedido um apoio à reconstituição ou reposição do

potencial produtivo das explorações agrícolas danificadas, por efeito da catástrofe natural reconhecida no número anterior,

nos ativos fixos tangíveis e ativos biológicos do seu capital produtivo, correspondente a animais, plantações plurianuais,

máquinas, equipamentos, armazéns e outras construções de apoio à atividade agrícola. 3 - Para efeitos do apoio referido no

número anterior, são abrangidas as explorações agrícolas localizadas nas freguesias constantes no anexo ao presente

despacho.

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Artigo 2.º - 1 - O montante global do apoio disponível é de € 4.000.000 (quatro milhões de euros). 2 - O apoio é concedido

sob a forma de subvenção não reembolsável e tem os seguintes níveis: a) 80 % da despesa elegível no caso das explorações

agrícolas detentoras de coberturas de risco seguráveis pelos sistemas de gestão de risco em vigor no âmbito da atividade

agrícola; b) 50 % da despesa elegível no caso das restantes explorações agrícolas. 3 - O montante mínimo do investimento

elegível é de € 1.000 (mil euros). 4 - As despesas são elegíveis após a verificação e validação pelas Direções Regionais de

Agricultura e Pescas, dos prejuízos declarados pelos beneficiários. 5 - Sem prejuízo de só serem apoiadas as despesas

respeitantes às candidaturas aprovadas, os beneficiários podem, porém, iniciar os investimentos antes da verificação e

validação referida no número anterior, desde que comuniquem o início dos trabalhos à Direção Regional de Agricultura e

Pescas, com uma antecedência mínima de 48 horas. 6 - Os pedidos de apoio devem ser apresentados através de formulário

eletrónico disponível no Portal do Portugal 2020, em www.portugal2020.pt ou do PDR 2020, em www.pdr-2020.pt, devendo

ser submetidos entre 15 e 30 de setembro de 2016. 7 - Os beneficiários só podem apresentar uma candidatura.

Artigo 3.º - 1 - A verificação dos prejuízos declarados é da responsabilidade da Direção Regional de Agricultura e Pescas do

Norte e da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, nos respetivos âmbitos de atuação, e deve estar terminada a

31 de outubro de 2016. 2 - São admitidas as declarações de prejuízos, apresentadas pelos beneficiários até 12 de setembro

2016 na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte e do Centro.

Artigo 4.º - 1 - Para efeitos de seleção das candidaturas, têm prioridade aquelas que satisfaçam algum dos critérios do artigo

8.º da Portaria n.º 199/2015, de 6 de julho. 2 - Complementarmente, será dada prioridade às candidaturas em que a dimensão

relativa do dano sofrido seja mais elevada.

Artigo 5.º - O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação [02-09-2016].

31 de agosto de 2016. - O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Manuel Capoulas Santos.

ANEXO

(a que se refere o n.º 3 do artigo 1.º)

1 - Na área compreendida na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, são abrangidas as seguintes freguesias:

a) Do município de Amarante: freguesias de Mancelos e Salvador do Monte.

b) Do município de Arcos de Valdevez: freguesias de Àzere, Cabana Maior, Cabreiro, Couto, Gavieira, Gondoriz, Rio Frio, Sabadim, Soajo,

União das freguesias de Arcos de Valdevez (Salvador), Vila Fonche e Parada, União das freguesias de Arcos de Valdevez (São Paio) e Giela,

União das freguesias de Grade e Carralcova, União das freguesias de São Jorge e Ermelo, União das freguesias de Souto e Tabaço, União das

freguesias de Távora (Santa Maria e São Vicente), União das freguesias de Vilela, São Cosme e São Damião e Sá, Vale.

c) Do município de Arouca: freguesias de Alvarenga, Moldes, Santa Eulália, Tropeço, União das freguesias de Arouca e Burgo, União das

freguesias de Cabreiros e Albergaria da Serra, União das freguesias de Canelas e Espiunca, União das freguesias de Covelo de Paivo e Janarde,

Urro.

d) Do município de Baião: freguesias de Gestaço, Gove, Valadares.

e) Do município de Barcelos: freguesia de Cambeses.

f) Do município de Bragança: freguesias de Parâmio, União das freguesias de Rebordainhos e Pombares.

g) Do município de Caminha: freguesias de Riba de Âncora, Vile.

h) Do município de Castelo de Paiva: freguesia de Real.

i) Do município de Cinfães: freguesias de Cinfães, Espadanedo, Ferreiros de Tendais, Fornelos, Nespereira, Oliveira do Douro, Santiago de

Piães, Tendais.

j) Do município de Gondomar: freguesias de União das freguesias de Melres e Medas.

k) Do município de Lamego: freguesias de Avões, Lamego (Almacave) e Lamego (Sé).

l) Do município de Lousada: freguesias de Meinedo, Nevogilde.

m) Do município de Marco de Canaveses: freguesias de Paredes de Viadores e Manhuncelos, Soalhães, Várzea da Ovelha, Aliviada e Folhada.

n) Do município de Montalegre: freguesias de Cabril, Covêlo do Gerês, União das freguesias Vilar de Perdizes e Meixide.

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o) Do município de Oliveira de Azeméis: freguesia de Ossela.

p) Do município de Paredes de Coura: freguesias de Parada, União das freguesias de Bico e Cristelo, União das freguesias de Formariz e

Ferreira, União de freguesias de Insalde e Porreiras, Vascões.

q) Do município de Penafiel: freguesias de Abragão, Rans, Rio Mau.

r) Do município de Ponte da Barca: freguesias de Azias, Lindoso, União das freguesias de Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de

Magalhães.

s) Do município de Ponte de Lima: freguesias de Arcos, Cabração e Moreira do Lima, Estorãos, Labrujó, Rendufe e Vilar do Monte, Navio e

Vitorino dos Piães.

t) Do município do Porto: freguesias de Campanhã, União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos.

u) Do município de Resende: freguesias de Barrô, Cárquere, Resende, S. Cipriano, São Martinho de Mouros, União das freguesias de

Felgueiras e Feirão, União das freguesias de Ovadas e Panchorra.

v) Do município de Santa Maria da Feira: freguesias de União das freguesias de Canedo, Vale e Vila Maior.

w) Do município de Tabuaço: freguesias de Tabuaço.

x) Do município de Terras de Bouro: freguesias de Carvalheira.

y) Do município de Vale de Cambra: freguesias de Arões, Capelos, Junqueira, Macieira da Cambra, Roge, São Pedro de Castelões.

z) Do município de Valença: freguesias de União de freguesias de Gandra e Taião.

aa) Do município de Valongo: freguesias de Ermesinde.

bb) Do município de Viana do Castelo: freguesias de Carreço, Montaria, Outeiro, Santa Marta de Portuzelo, União das freguesias de Cardielos

e Serreleis, União das freguesias de Nogueira, Meixedo e Vilar de Murteda, União das freguesias de Torre e Vila Mou, União das freguesias

de Viana do Castelo (Santa Maria Maior), Viana do Castelo (Monserrate) e Meadelo.

cc) Do município de Vila Nova de Gaia: freguesias de Oliveira do Douro, União das freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso.

2 - Na área compreendida na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, são abrangidas as seguintes freguesias:

a) Do município de Almeida: freguesias de São Pedro de Rio Seco, União das freguesias de Amoreira, Parada e Cabreira, União das freguesias

de Azinhal, Peva e Valverde, União das freguesias de Leomil, Mido, Senouras e Aldeia Nova e Vilar Formoso.

b) Do município de Castanheira de Pêra: freguesias de Castanheira de Pêra.

c) Do município de Castelo Branco: freguesias de Castelo Branco e Monforte da Beira.

d) Do município de Castro de Aire: freguesias de Parada de Ester.

e) Do município de Celorico da Beira: freguesias de Carrapichana, Mesquitela, União das freguesias de Cortiço da Serra, Vide entre Vinhas e

Salgueirais.

f) Do município de Fornos de Algodres: freguesias de União das freguesias de Sobral, Pichorro e Fuinhas e Maceira.

g) Do município de Gouveia: freguesias de Cativelos, Nespereira, Ribamondego, S. Paio, União das Freguesias de Rio Torto e Lagartinhos e

Vila Nova de Tazem.

h) Do município de Guarda: freguesia de Avelãs da Ribeira.

i) Do município de Manteigas: freguesias de Manteigas (São Pedro) e Sameiro.

j) Do município de Mealhada: freguesias de União das freguesias de Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes.

k) Do município de Meda: freguesias de Barreira, União das freguesias de Vale Flor, Carvalhal e Pai Penela.

l) Do município de Ovar: freguesia de Valega.

m) Do município de Pinhel: freguesias de Alto do Palurdo, Alverca da Beira/Bouça Cova, Ervedosa, Valbom/Bogalhal e Vale do Côa.

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n) Do município de Sabugal: freguesias de Aldeia do Bispo, União das freguesias Pousafoles do Bispo, Pena, Lobo e Lomba.

o) Do município de São Pedro do Sul: freguesias de Manhouce, Sul, União das freguesias de Santa Cruz da Trapa e São Cristóvão de Lafões,

União das freguesias de Carvalhais e Candal e União de freguesias de São Martinho das Moitas e Covas do Rio.

p) Do município de Santa Comba Dão: freguesias de S. João de Areias.

INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E EMPRESAS DE INVESTIMENTO: fundos próprios e passivos

elegíveis

Autoridades de resolução | Contribuições pelo sistema de garantia de depósitos para o financiamento da resolução |

Determinação do montante necessário para garantir a absorção das perdas | Determinação do montante necessário para

continuar a cumprir as condições de autorização e para exercer as atividades e manter a confiança do mercado na

instituição | Dimensão e risco sistémico | Modelo de negócio, modelo de financiamento e perfil de risco | Período de

transição adequado | Recapitalização interna | Transferência parcial

(1) Regulamento Delegado (UE) 2016/1450 da Comissão, de 23 de maio de 2016, que complementa a Diretiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas de regulamentação que especificam os critérios relativos à metodologia de determinação do requisito mínimo para os fundos próprios e para os passivos elegíveis (Texto relevante para efeitos do EEE). JO L 237 de 3.9.2016, p. 1-9. http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32016R1450&from=PT

Artigo 7.º (Avaliação combinada do requisito mínimo para os fundos próprios e para os passivos elegíveis). - 1. As

autoridades de resolução devem assegurar que o requisito mínimo para os fundos próprios e para os passivos elegíveis seja

suficiente para permitir a redução do valor contabilístico ou a conversão de um montante de fundos próprios e de passivos

elegíveis pelo menos igual à soma dos montantes de absorção de perdas e de recapitalização, como determinados pelas

autoridades de resolução em conformidade com os artigos 1.º e 2.º e sem prejuízo do disposto nos artigos 3.º a 6.º. 2. As

autoridades de resolução devem exprimir o requisito mínimo para os fundos próprios e para os passivos elegíveis calculado

como uma percentagem do montante total de fundos próprios e de passivos da instituição, estando os passivos associados a

derivados incluídos no total dos passivos com base no pleno reconhecimento dos direitos de compensação da contraparte.

3.As autoridades de resolução devem estabelecer um calendário ou processo de atualização do requisito mínimo para os

fundos próprios e para os passivos elegíveis, tendo em conta o seguinte: a) A necessidade de atualizar o requisito mínimo

para os fundos próprios e para os passivos elegíveis em paralelo com a avaliação da resolubilidade; b) Se a volatilidade do

total dos passivos e dos fundos próprios da entidade ou do grupo em resultado do seu modelo de negócio fez com que o

requisito mínimo para os fundos próprios e para os passivos elegíveis possa deixar de ser adequado numa data mais próxima.

Artigo 9.º (Entrada em vigor). - O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no

Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

(2) Regulamento (UE) n.º 1093/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010, que cria uma Autoridade Europeia de Supervisão (Autoridade Bancária Europeia), altera a Decisão n.º 716/2009/CE e revoga a Decisão 2009/78/CE da Comissão (JO L 331 de 15.12.2010, p. 12).

(3) Regulamento (UE) n.º 648/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho de 2012, relativo aos derivados do mercado de balcão, às contrapartes centrais e aos repositórios de transações (JO L 201 de 27.7.2012, p. 1).

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(4) Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativo aos requisitos prudenciais para as instituições de crédito e para as empresas de investimento e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012 (JO L 176 de 27.6.2013, p. 1).

(5) Diretiva 2013/36/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativa ao acesso à atividade das instituições de crédito e à supervisão prudencial das instituições de crédito e empresas de investimento, que altera a Diretiva 2002/87/CE e revoga as Diretivas 2006/48/CE e 2006/49/CE (JO L 176 de 27.6.2013, p. 338).

(6) Diretiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, que estabelece um enquadramento para a recuperação e a resolução de instituições de crédito e de empresas de investimento. JO L 173 de 12.6.2014, p. 190.

(7) Regulamento (UE) n.º 909/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de julho de 2014, relativo à melhoria da liquidação de valores mobiliários na União Europeia e às Centrais de Valores Mobiliários (CSD) e que altera as Diretivas 98/26/CE e 2014/65/UE e o Regulamento (UE) n.º 236/2012 (JO L 257 de 28.8.2014, p. 1).

INSTITUTO DA MOBILIDADE E DOS TRANSPORTES, I. P. (IMT, I. P.)

http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/Paginas/IMTHome.aspx

Cartão de identificação profissional e de livre trânsito do pessoal | Funções de fiscalização

@ Portaria n.º 242/2016 (Série I), de 6 de setembro / Planeamento e das Infraestruturas. - Ao abrigo do disposto na alínea d) do artigo 199.º da Constituição e no n.º 4 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 236/2012, de 31 de outubro, aprova os modelos de cartão de identificação profissional e de livre trânsito do pessoal do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P., e revoga a Portaria n.º 1293/2008, de 10 de novembro. Diário da República. - Série I - N.º 171 (06-09-2016), p. 3122 - 3124. https://dre.pt/application/conteudo/75272686

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I. P.), criado pelo Decreto-Lei n.º 236/2012, de 31 de outubro, alterado

e republicado pelo Decreto-Lei n.º 77/2014, de 14 de maio, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 83/2015, de 21 de maio, tem por

missão regular, fiscalizar e exercer funções de coordenação e planeamento no setor dos transportes terrestres, bem como

regular e fiscalizar o setor das infraestruturas rodoviárias e supervisionar e regulamentar a execução, conservação, gestão e

exploração das mesmas, e ainda supervisionar e regular a atividade económica do setor dos portos comerciais e transportes

marítimos, de modo a satisfazer as necessidades de mobilidade de pessoas e bens, visando, ainda, a promoção da segurança,

da qualidade e dos direitos dos utilizadores dos referidos transportes.

O exercício das funções de inspeção ou fiscalização e controlo e os poderes de autoridade necessários a estas funções

determinam uma clara identificação dos trabalhadores que as desenvolvem.

Considerando que, nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 236/2012, de 31 de outubro, o pessoal do IMT, I. P., titular das

prerrogativas previstas no n.º 2 do referido preceito devem exibir no exercício das suas funções um documento de identificação

próprio emitido de acordo com modelo aprovado pelo membro do Governo responsável pela área dos transportes, torna-se

necessário aprovar os respetivos modelos de cartões, bem como o cartão de identificação profissional do restante pessoal, os

quais substituem os atualmente existentes e que eram utilizados no âmbito do extinto Instituto da Mobilidade e dos Transportes

Terrestres, I. P.

Artigo 1.º (Objeto). - 1 - São aprovados os modelos de cartão de identificação profissional e de livre trânsito do pessoal do

IMT, I. P., em anexo à presente portaria, da qual faz parte integrante. 2 - O cartão de modelo n.º 1 destina-se ao pessoal que

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desempenhe funções de fiscalização com caráter de permanência. 3 - O cartão de modelo n.º 2, não nominativo, destina-se

ao uso pelo pessoal afeto ao exercício pontual de funções de fiscalização. 4 - O cartão de modelo n.º 3 destina-se à

identificação profissional do restante pessoal do IMT, I. P. 5 - O cartão mencionado no n.º 3 do presente artigo deve ser usado

sempre acompanhado do cartão de identificação referido no n.º 4.

Artigo 7.º (Norma revogatória). - É revogada a Portaria n.º 1293/2008, de 10 de novembro.

Artigo 8.º (Entrada em vigor). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

ANEXO

(a que se refere o n.º 1 do artigo 1.º)

Modelo n.º 1

Anverso

Verso

Modelo n.º 2

Anverso

Verso

Modelo n.º 3

Anverso

Verso

MOBILIDADE ELÉTRICA: fases da Rede Piloto MOBI.E

@ Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2016 (Série I), de 1 de setembro / Presidência do Conselho de Ministros. - Estabelece as 1.ª e 2.ª Fases da Rede Piloto MOBI.E. Diário da República. - Série I - N.º 168 (01-09-2016), p. 3111 - 3114. https://dre.pt/application/file/75239606

A Resolução do Conselho de Ministros n.º 20/2009, de 20 de fevereiro, criou o Programa para a Mobilidade Elétrica em Portugal,

que teve por objetivo a introdução e subsequente massificação da utilização do veículo elétrico. A Resolução do Conselho de

Ministros n.º 81/2009, de 7 de setembro, por sua vez, estabeleceu os objetivos estratégicos e princípios fundamentais do

Programa para a Mobilidade Elétrica, aprovando o respetivo modelo e fases de desenvolvimento, prevendo-se, para a fase

piloto, uma rede integrada de pontos de carregamento de veículos elétricos, composta por 1350 pontos de carregamento

instalados em 25 municípios.

O Decreto-Lei n.º 39/2010, de 26 de abril, alterado pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, e pelos Decretos-Leis n.os

170/2012, de 1 de agosto, e 90/2014, de 11 de junho, veio regular a organização, o acesso e o exercício das atividades de

mobilidade elétrica e proceder ao estabelecimento da rede piloto de mobilidade elétrica que conta atualmente com 1076

pontos de carregamento, distribuídos por 25 municípios.

Através da aprovação do Decreto-Lei n.º 90/2014, de 11 de junho, alterou-se a estratégia vigente quanto à mobilidade elétrica,

redefinindo-se o seu modelo e potenciando a procura e utilização por parte dos cidadãos, das empresas e da Administração

Pública, tendo reduzido o número global de pontos de carregamento previstos na rede piloto para 1200.

A rede piloto atingirá os 1200 pontos de carregamento normal após a instalação dos 124 pontos de carregamento normal ainda

por instalar.

O mercado de veículos ligeiros elétricos tem evidenciado uma dinâmica crescente e sustentada, sendo o veículo elétrico uma

opção cada vez mais competitiva e racional para a aquisição de um veículo, tanto a título pessoal como empresarial. De modo

a efetivar a disseminação de uma tecnologia ambientalmente mais sustentável, compete ao XXI Governo Constitucional

providenciar as condições infraestruturais adequadas para que seja viável a utilização de veículos elétricos no território

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português. Concomitantemente, no panorama Europeu, foi aprovada a Diretiva 2014/94/UE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 22 de outubro de 2014, relativa à criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos a qual prevê,

entre outros, a obrigatoriedade dos Estados membros definirem objetivos para o número de pontos de carregamento de acesso

público, de forma a garantir que os veículos elétricos poderão circular sem restrições nas aglomerações urbanas e suburbanas,

até 31 de dezembro de 2020.

Com vista a assegurar a evolução para o referido regime de mobilidade, nos termos conjugados do n.º 10 do artigo 5.º do

Decreto-Lei n.º 90/2014, de 11 de junho, com o Despacho n.º 6826/2015, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 117,

de 18 de junho, foi estabelecido que a sociedade Mobi.E, S. A., é a entidade gestora da rede de mobilidade elétrica até 12 de

junho de 2018, renovável por períodos mínimos de um ano.

A mobilidade elétrica é uma das prioridades de atuação política do Governo, contribuindo para alcançar as metas a que Portugal

se comprometeu na COP21 e para dar resposta aos objetivos de política de transportes da União Europeia e nacionais, pelo que

se pretende, até ao final de 2018, estender a rede piloto de carregamento de veículos elétricos de acesso público a todo o

território nacional.

Assim:

Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:

1 - Considerar como a 1.ª fase da Rede Piloto MOBI.E a rede composta pelos 1200 pontos de carregamento normal e pelos

50 pontos de carregamento rápido, de acordo com o Plano de Ação da Mobilidade Elétrica, previsto no Despacho n.º

8809/2015, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 154, de 10 de agosto, abrangendo 76 municípios e servindo uma

população de 5,9 milhões de habitantes.

2 - Concluir a 1.ª fase da Rede Piloto MOBI.E com a instalação dos 124 pontos de carregamento normal e de mais 50 pontos

de carregamento rápido, disponíveis para instalação desde maio de 2016.

3 - Determinar que ainda se encontram sob o estatuto da rede piloto todos os postos de carregamento em domínio público

de acesso público, de acordo com o disposto nos n.os 2 e 4 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 90/2014, de 11 de junho.

4 - Atribuir à sociedade Mobi.E, S. A., entidade gestora da rede piloto, as competências necessárias para assegurar as decisões

de nível operacional e de relocalização, sobre todos os postos de carregamento sujeitos ao estatuto de rede piloto.

5 - Lançar a 2.ª fase da Rede Piloto de carregamento de veículos elétricos aos municípios não servidos na 1.ª fase da Rede

Piloto MOBI.E.

6 - Incluir na 2.ª fase da Rede Piloto MOBI.E 202 carregadores normais, correspondentes a cerca de 404 pontos de

carregamento de potência normal, tal como definido no n.º 4 do artigo 2.º da Diretiva 2014/94/UE do Parlamento Europeu

e do Conselho, de 22 de outubro de 2014, sendo instalado um em cada um dos municípios identificados no anexo à presente

resolução e que dela faz parte integrante.

7 - Determinar que a aquisição, instalação e ligação dos carregadores da 2.ª fase da rede piloto, a executar pela sociedade

Mobi.E, S. A., até ao final de 2018, é financiada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos

do Portugal 2020, devendo a comparticipação nacional ser assegurada pelo Fundo Português de Carbono a executar até ao

final de 2017.

8 - Atribuir à sociedade Mobi.E, S. A., a competência para lançar o procedimento para a exploração, operação e manutenção

dos postos da 2.ª fase da Rede Piloto MOBI.E, até um ano após a respetiva instalação.

9 - Manter, como tal, o estatuto de rede piloto de cada um dos postos de carregamento, da 1.ª e da 2.ª fase da Rede Piloto

MOBI.E, enquanto não estiver adjudicado um operador de pontos de carregamento para a sua exploração e manutenção,

através de um procedimento concursal.

10 - Determinar que a rede piloto nacional de carregamento de veículos elétricos, incluindo as 1.ª e 2.ª fases, que se designa

Rede+ MOBI.E, é composta por 1604 pontos de carregamento normal e 50 pontos de carregamento rápido.

11 - Determinar que a presente resolução produz efeitos à data da sua aprovação [08-06-2016].

ANEXO

(a que se refere o n.º 6)

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PESCAS: Fiscalização e Controlo

Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas | Mar 2020 | Marinha Portuguesa | Sistema Integrado de Fiscalização

e Controlo da Atividade da Pesca (SIFICAP)

(1) Portaria n.º 241/2016 (Série I), de 5 de setembro / Mar. - Ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, altera o Regulamento do Regime de Apoio ao Controlo e Inspeção no quadro da Política Comum das Pescas, aprovado pela Portaria n.º 112/2016, de 28 de abril. Diário da República. - Série I - N.º 170 (05-09-2016), p. 3120. https://dre.pt/application/conteudo/75253107

A Portaria n.º 112/2016, de 28 de abril, aprovou o Regulamento do Regime de Apoio ao Controlo e Inspeção no quadro da

Política Comum das Pescas, no âmbito do Programa Operacional Mar 2020, ao abrigo da Prioridade da União Europeia

estabelecida no n.º 2 do artigo 6.º do Regulamento (UE) n.º 508/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio

de 2014, relativo ao Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas.

Os apoios previstos no citado regulamento específico têm como finalidade possibilitar a execução do regime de controlo,

inspeção e execução da União Europeia, através do reforço da capacidade institucional e da eficiência da administração

pública, pelo que são elegíveis como beneficiários as entidades que integram o Sistema Integrado de Fiscalização e Controlo

da Atividade da Pesca (SIFICAP).

De acordo com o n.º 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 79/2001, de 5 de março, a Marinha Portuguesa integra o SIFICAP, estando-

lhe confiadas ações de vigilância, fiscalização e controlo das atividades da pesca.

As ações de controlo e inspeção da atividade da pesca envolvem, entre outros, meios que lhe estão especificamente afetos,

quer pela Autoridade Marítima Nacional, quer pelo Comando Naval da Marinha Portuguesa, todos eles indispensáveis ao

cumprimento das exigências que se colocam a Portugal a este nível, inclusivamente como condicionalidade ex ante ao Programa

Operacional Mar 2020.

Importa, pois, clarificar no Regulamento do Regime de Apoio ao Controlo e Inspeção no quadro da Política Comum das Pescas

que também a Marinha Portuguesa pode beneficiar, nesse domínio, de apoios do Mar 2020.

Artigo 1.º (Alteração ao Regulamento do Regime de Apoio ao Controlo e Inspeção no quadro da Política Comum das Pescas,

aprovado pela Portaria n.º 112/2016, de 28 de abril). - É alterado o artigo 6.º do Regulamento do Regime de Apoio ao

Controlo e Inspeção no quadro da Política Comum das Pescas, aprovado pela Portaria n.º 112/2016, de 28 de abril, que passa

a ter a seguinte redação:

«Artigo 6.º

[Tipologia de beneficiários]

Podem apresentar candidaturas ao presente regime de apoio: a) Marinha Portuguesa; b) [Redação da anterior

alínea a).] c) [Redação da anterior alínea b).] d) [Redação da anterior alínea c).] e) [Redação da anterior alínea

d).] f) [Redação da anterior alínea e).] g) [Redação da anterior alínea f).]»

Artigo 2.º (Entrada em vigor e produção de efeitos). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação

e os seus efeitos retroagem à data da entrada em vigor da Portaria n.º 112/2016, de 28 de abril.

(2) Regulamento (UE) n.º 508/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativo ao Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas e que revoga os Regulamentos (CE) n.º 2328/2003, (CE) n.º 861/2006, (CE) n.º 1198/2006 e (CE) n.º 791/2007 do Conselho e o Regulamento (UE) n.º 1255/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho. JO L 149, 20.5.2014, p. 1-66. http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32014R0508&from=PT

(3) Portaria n.º 112/2016, de 28 de abril / Mar. - Ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, aprova o Regulamento do Regime de Apoio ao Controlo e Inspeção no quadro da Política Comum das Pescas. Diário da República. - Série I - N.º 82 (28-04-2016), p. 1418 - 1422. https://dre.pt/application/conteudo/74277011

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O Decreto-Lei n.º 137/2014, de 12 de setembro, que estabelece o modelo de governação dos fundos europeus estruturais e de

investimento (FEEI), entre os quais se inclui o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), determinou que a

estruturação operacional deste fundo é composta por um programa operacional (PO) de âmbito nacional, designado Mar 2020.

O Mar 2020, aprovado formalmente pela Comissão Europeia através da Decisão de Execução C (2015) 8642, de 30 de novembro

de 2015, contempla uma visão estratégica centrada no acompanhamento e execução do regime de controlo no quadro da

Política Comum das Pescas, enquadrada na Prioridade da União Europeia a que alude a alínea b) do n.º 3 do artigo 6.º do

Regulamento (UE) n.º 508/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014.

A materialização daquela Prioridade conta com a possibilidade de cofinanciamento, no âmbito do artigo 76.º do citado

regulamento, de operações no domínio do controlo da atividade da pesca, permitindo aos Estados-Membros a adoção de um

regime de apoio mediante a aprovação da competente regulamentação específica.

O Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, que estabelece as regras gerais de aplicação dos programas operacionais

financiados pelos FEEI, veio prever na alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º e na alínea b) do n.º 2 do artigo 5.º, respetivamente, que

o regime jurídico dos FEEI é também integrado pela regulamentação específica dos programas operacionais e que, no caso do

FEAMP, a mesma é aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área do mar.

Artigo 1.º (Objeto). - A presente portaria aprova o Regulamento do Regime de Apoio ao Controlo e Inspeção no quadro da

Política Comum das Pescas, ao abrigo da Prioridade da União Europeia estabelecida na alínea b) do n.º 3 do artigo 6.º do

Regulamento (UE) n.º 508/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativo ao Fundo Europeu

dos Assuntos Marítimos e das Pescas, e com enquadramento na medida prevista no artigo 76.º do mesmo regulamento, em

anexo à presente portaria, dela fazendo parte integrante.

Artigo 2.º (Entrada em vigor). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação [29-04-2016].

ANEXO

(a que se refere o artigo 1.º)

Regulamento do Regime de Apoio ao Controlo e Inspeção Relativo à Política Comum das Pescas

Artigo 1.º

Âmbito

O presente regulamento estabelece o Regime de Apoio ao Controlo e Inspeção relativo à Política Comum das Pescas (PCP),

no âmbito do Programa Operacional (PO) Mar 2020.

Artigo 2.º

Objetivos

Os apoios previstos no presente regulamento têm como finalidade possibilitar a execução do regime de controlo, inspeção e

execução da União Europeia, através do reforço da capacidade institucional e da eficiência da administração pública.

Artigo 6.º

Tipologia de beneficiários

Podem apresentar candidaturas ao presente regime de apoio: a) Direção-Geral da Autoridade Marítima (DGAM); b) Direção-

Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), responsável pela coordenação do controlo das pescas

a nível nacional; c) Direção Regional de Pescas da Região Autónoma da Madeira (DRPM); d) Força Aérea Portuguesa (FAP); e)

Guarda Nacional Republicana - Unidade de Controlo Costeiro (GNR); f) Inspeção Regional de Pescas dos Açores (IRPA).

Artigo 21.º

Extinção ou modificação da operação por iniciativa do beneficiário

O beneficiário pode requerer ao gestor: a) A extinção da operação, desde que proceda à restituição das importâncias

recebidas; b) A modificação da operação, desde que proceda à restituição das importâncias recebidas, na medida

correspondente à modificação.

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PORTOS DE PESCA, LOCAIS DE DESEMBARQUE, LOTAS E ABRIGOS

Apoio aos Investimentos

(1) Portaria n.º 240/2016 (Série I), de 2 de setembro / Mar. - Alterações ao Regulamento do Regime de Apoio aos Investimentos em Portos de Pesca, Locais de Desembarque, Lotas e Abrigos, aprovado pela Portaria n.º 57/2016, de 28 de março. Diário da República. - Série I - N.º 169 (02-09-2016), p. 3116 - 3117. https://dre.pt/application/conteudo/75243684

A Portaria n.º 57/2016, de 28 de março, aprovou o Regulamento do Regime de Apoio aos Investimentos em Portos de Pesca,

Locais de Desembarque, Lotas e Abrigos, no âmbito do Programa Operacional Mar 2020, ao abrigo da Prioridade da União

Europeia estabelecida no n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento (UE) n.º 508/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15

de maio de 2014, relativo ao Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas.

De acordo com o disposto no n.º 2, alínea a), do citado Regulamento Europeu, os Estados-Membros podem aplicar uma

intensidade de ajuda pública de 100 % das despesas elegíveis da operação, não apenas no caso de o beneficiário ser um

organismo de direito público, como se encontra refletido na subalínea i) da alínea c) do n.º 2 do artigo 9.º do Regulamento do

Regime de Apoio aos Investimentos em Portos de Pesca, Locais de Desembarque, Lotas e Abrigos, mas também no caso de o

beneficiário ser uma empresa encarregada da gestão de serviços de interesse económico geral, na aceção do artigo 106.º, n.º

2, do Tratado de Funcionamento da União Europeia, sempre que a ajuda for concedida para a gestão desses serviços.

Justifica-se, pois, clarificar no Regulamento do Regime de Apoio aprovado pela Portaria n.º 57/2016, de 28 de março, que

também as empresas encarregadas da gestão de serviços de interesse económico geral podem beneficiar, nesse domínio, de

apoios do Mar 2020 correspondentes a 100 % das despesas elegíveis da operação.

Aproveita-se ainda a oportunidade para corrigir a redação do artigo 4.º, da alínea b) do artigo 7.º e da alínea h) do n.º 5 do

artigo 8.º do mesmo Regulamento, criando ainda a possibilidade de poderem ser consideradas elegíveis outras despesas para

além das expressamente previstas, desde que imprescindíveis à realização dos objetivos subjacentes à operação.

Assim:

Ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, manda o Governo, pela

Ministra do Mar, o seguinte:

Artigo 1.º (Alterações ao Regulamento do Regime de Apoio aos Investimentos em Portos de Pesca, Locais de Desembarque,

Lotas e Abrigos, aprovado pela Portaria n.º 57/2016, de 28 de março). - São alterados os artigos 4.º, 7.º, 8.º e 9.º do

Regulamento do Regime de Apoio aos Investimentos em Portos de Pesca, Locais de Desembarque, Lotas e Abrigos, aprovado

pela Portaria n.º 57/2016, de 28 de março, que passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 4.º

[...]

... a)... b)... c) Aquisição, requalificação ou modernização de instalações ou equipamentos para armazenamento

e tratamento de desperdícios, ou que contribuam para a redução das rejeições; d) Aquisição e instalação de

meios ou equipamentos de conservação de componentes subutilizadas das capturas; e) [Redação da anterior

alínea d).] f) [Redação da anterior alínea e).]

g) [Redação da anterior alínea f).] h) [Redação da anterior alínea g).]

i) [Redação da anterior alínea h).]

Artigo 7.º

[...]

... a)... b) Enquadrando-se na alínea a) do artigo anterior, detenham uma capacidade económica e financeira

equilibrada, de acordo com o anexo I ao presente regulamento, do qual faz parte integrante, exceto nos casos

em que essa apreciação não é exigida nos termos do artigo 13.º

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Artigo 8.º

[...]

1 -... a)... b)... c)... d)... e)... f)... g)... h)... i)... j)... k)... l)... m)... n)... o)... p)... q)... r)... s)... t)... u)... v)... 2 -... 3 -... 4

-... 5 -... a)... b)... c)... d)... e)... f)... g)... h) Encargos financeiros, à exceção dos previstos na alínea v) do n.º 1,

bancários e administrativos, transferência de propriedade de uma empresa, constituição de fundo de maneio,

pagamento de taxas e multas, despesas notariais, jurídicas, judiciais ou contabilísticas; i)... 6 - Sem prejuízo do

disposto nos números anteriores, podem ser consideradas elegíveis outras despesas desde que imprescindíveis

à realização dos objetivos subjacentes à operação e aprovadas pelo gestor.

Artigo 9.º

[...]

1 -... 2 -... a)... b)... c)... i) O beneficiário ser um organismo de direito público ou uma empresa encarregada da

gestão de serviços de interesse económico geral, na aceção do artigo 106.º, n.º 2, do Tratado de Funcionamento

da União Europeia, sempre que a ajuda for concedida para a gestão desses serviços; ou ii)... 3 -...»

Artigo 2.º (Entrada em vigor e produção de efeitos). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua

publicação e os seus efeitos retroagem à data da entrada em vigor da Portaria n.º 57/2016, de 28 de março.

(2) Portaria n.º 57/2016, de 28 de março / Mar. - Aprova o Regulamento do Regime de Apoio aos Investimentos em Portos de Pesca, Locais de Desembarque, Lotas e Abrigos, do Programa Operacional (PO) Mar 2020, para Portugal Continental. Diário da República. - Série I - N.º 60 (28-03-2016), p. 969 - 975. https://dre.pt/application/conteudo/73973891

O Decreto-Lei n.º 137/2014, de 12 de setembro, que estabelece o modelo de governação dos fundos europeus estruturais e de

investimento (FEEI), entre os quais se inclui o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), determinou que a

estruturação operacional deste fundo é composta por um programa operacional de âmbito nacional, designado Mar 2020.

O programa operacional Mar 2020, que foi aprovado formalmente pela Comissão Europeia através da Decisão de Execução C

(2015) 8642, de 30 de novembro de 2015, contempla uma visão estratégica ao nível da melhoria da competitividade do sector

da pesca e da sua adequação aos requisitos da nova Política Comum das Pescas, enquadrada na prioridade da União Europeia

a que alude o n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento (UE) n.º 508/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de

2014.

A materialização da referida prioridade conta com a possibilidade de cofinanciamento, no âmbito do artigo 43.º do citado

regulamento, de operações no domínio dos investimentos em portos de pesca, locais de desembarque, lotas e abrigos,

permitindo aos Estados-Membros a adoção de um regime de apoio mediante a aprovação da competente regulamentação

específica.

O Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro, que estabelece as regras gerais de aplicação dos programas operacionais

financiados pelos FEEI, veio prever, na alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º e na alínea b) do n.º 2 do artigo 5.º, respetivamente,

que o regime jurídico dos FEEI é também integrado pela regulamentação específica dos programas operacionais e que, no caso

do FEAMP, a mesma é aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área do mar.

Assim:

Manda o Governo, pela Ministra do Mar, ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 159/2014,

de 27 de outubro, o seguinte:

Artigo 1.º (Objeto). - A presente portaria aprova o Regulamento do Regime de Apoio aos Investimentos em Portos de Pesca,

Locais de Desembarque, Lotas e Abrigos, ao abrigo da prioridade da União Europeia estabelecida no n.º 1 do artigo 6.º do

Regulamento (UE) n.º 508/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativo ao Fundo Europeu

dos Assuntos Marítimos e das Pescas, e com enquadramento na medida prevista no artigo 43.º do mesmo regulamento, em

anexo à presente portaria, que dela faz parte integrante.

Artigo 2.º (Entrada em vigor). - A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

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ANEXO

(a que se refere o artigo 1.º)

REGULAMENTO DO REGIME DE APOIO AOS INVESTIMENTOS EM PORTOS DE PESCA, LOCAIS DE

DESEMBARQUE, LOTAS E ABRIGOS

Artigo 1.º

Âmbito

O presente regulamento estabelece o Regime de Apoio aos Investimentos em Portos de Pesca, Locais de

Desembarque, Lotas e Abrigos, do Programa Operacional (PO) Mar 2020, para Portugal Continental.

Artigo 2.º

Objetivos

Os apoios previstos no presente regulamento têm como finalidade: a) Aumentar a qualidade, o controlo e a

rastreabilidade dos produtos desembarcados; b) Aumentar a eficiência energética; c) Contribuir para a

proteção do ambiente; d) Melhorar as condições de segurança e de trabalho; e) Facilitar o cumprimento da

obrigação de desembarque das capturas de acordo com as regras da Política Comum das Pescas; f)

Acrescentar valor a componentes subutilizadas das capturas.

Artigo 22.º

Extinção ou modificação da operação por iniciativa do beneficiário

O beneficiário pode requerer ao gestor: a) A extinção da operação, desde que proceda à restituição das

importâncias recebidas; b) A modificação da operação, desde que proceda à restituição das importâncias

recebidas, na medida correspondente à modificação.

ANEXO I

Critério para avaliação de situação financeira pré-projeto

ANEXO II

Metodologia para a pontuação final (PF)

ANEXO III

Critério para avaliação de situação financeira pós-projeto

PRECURSORES DE DROGAS

Comércio e posse de cloroefedrina e cloropseudoefedrina | Desvio para a produção ilegal de metanfetamina | Tráfico

Ilícito de Estupefacientes e Substâncias Psicotrópicas

(1) Regulamento Delegado (UE) 2016/1443 da Comissão, de 29 de junho de 2016, que altera o Regulamento (CE) n.º 273/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho e o Regulamento (CE) n.º 111/2005 do Conselho no que respeita à inclusão de certos precursores de drogas na lista de substâncias inventariadas (Texto relevante para efeitos do EEE). JO L 235 de 1.9.2016, p. 6-7. http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32016R1443&from=PT

Artigo 1.º Alteração do Regulamento (CE) n.º 273/2004 No anexo I do Regulamento (CE) n.º 273/2004, no quadro das

substâncias inventariadas da categoria 1, são aditadas as seguintes linhas: (QUADRO).

Artigo 2.º (Alteração do Regulamento (CE) n.º 111/2005). - No anexo do Regulamento (CE) n.º 111/2005, no quadro das

substâncias inventariadas da categoria 1, são aditadas as seguintes linhas: (QUADRO).

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Artigo 3.º (Entrada em vigor). - O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no

Jornal Oficial da União Europeia. O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável

em todos os Estados-Membros.

(2) Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Estupefacientes e Substâncias Psicotrópicas, de 19 de dezembro de 1988. JO L 326 de 24.11.1990, p. 56.

(3) Regulamento (CE) n.º 273/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de fevereiro de 2004, relativo aos precursores de drogas. JO L 47 de 18.2.2004, p. 1. (2)

(4) Regulamento (CE) n.º 111/2005 do Conselho, de 22 de dezembro de 2004, que estabelece regras de controlo do comércio de precursores de drogas entre a Comunidade e países terceiros. JO L 22 de 26.1.2005, p. 1.

PROVEDOR DE JUSTIÇA EUROPEU: receção das queixas

(1) Decisão do Provedor de Justiça Europeu que adota disposições de execução (2016/C 321/01). JO C 321 de 1.9.2016, p. 1-6. http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:32016D0901(01)&from=PT

Artigo 2.º (Receção das queixas). - 2.1. O Provedor de Justiça aceita as queixas apresentadas por escrito, em formato papel

ou eletrónico. Tomará as medidas necessárias para ajudar pessoas com deficiência no exercício do seu direito de

apresentação de uma queixa junto do Provedor de Justiça. 2.2. O queixoso identificará no texto da queixa as informações

que considera confidenciais. A identificação dessas informações como confidenciais não impede o Provedor de Justiça de,

para efeitos da realização de um inquérito, as comunicar à instituição em causa. 2.3. O Provedor de Justiça trata as petições

transmitidas pelo Parlamento Europeu, com o consentimento do peticionário, como queixas. 2.4. Em casos adequados e com

a autorização do queixoso, o Provedor de Justiça pode transmitir uma queixa a uma outra autoridade competente.

Artigo 14.º (Entrada em vigor). -14.1. O Provedor de Justiça revoga as disposições de execução adotadas em 8 de julho de

2002, na redação que lhes foi dada pelas alterações de 5 de abril de 2004 e de 3 de dezembro de 2008. 14.2. A presente

Decisão entra em vigor em 1 de setembro de 2016. Será aplicável a todos os inquéritos em curso nessa data, a todos os

inquéritos abertos nessa data e às queixas relativamente às quais o Provedor de Justiça ainda não tenha tomado uma posição.

14.3. O Provedor de Justiça informará o Presidente do Parlamento Europeu da presente Decisão. 14.4. O Provedor de Justiça

publicará a presente Decisão no Jornal Oficial e no sítio web do Provedor de Justiça.

Feito em Estrasburgo, em 20 de julho de 2016.

Emily O'REILLY, Provedora de Justiça Europeia.

ARTICULADO

Artigo 1.º (Definições)

Artigo 2.º (Receção das queixas)

Artigo 3.º (Tratamento inicial das queixas)

Artigo 4.º (Ações de recolha de informação durante os inquéritos)

Artigo 5.º (Propostas de soluções)

Artigo 6.º (Conclusões e recomendações)

Artigo 7.º (Encerramento do inquérito com identificação de má administração e relatórios ao Parlamento Europeu)

Artigo 8.º (Inquéritos de iniciativa própria)

Artigo 9.º (Aspetos processuais)

Artigo 10.º (Pedidos de reexame)

Artigo 11.º (Delegação do tratamento de queixas)

Artigo 12.º (Cooperação com provedores de justiça e órgãos homólogos dos Estados-Membros)

Artigo 13.º (Línguas)

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Artigo 14.º (Entrada em vigor)

(2) Decisão do Parlamento Europeu relativa ao estatuto e às condições gerais de exercício das funções de Provedor de Justiça Europeu, adotada em 9 de março de 1994 (JO L 113 de 4.5.1994, p. 15) e alterada pelas suas decisões de 14 de março de 2002 (JO L 92 de 9.4.2002, p. 13) e de 18 de junho de 2008 (JO L 189 de 17.7.2008, p. 25).

(3) Regulamento (CE) n.º 1049/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2001, relativo ao acesso do público aos documentos do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão (JO L 145 de 31.5.2001, p. 43).

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Doutrina, jurisprudência, etc.

AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA (AdC)

http://www.concorrencia.pt/vPT/Paginas/HomeAdC.aspx

Relatório de Atividades, Gestão e Contas de 2015

@ Relatório n.º 13/2016 (Série II), de 28 de abril de 2016 / Autoridade da Concorrência. - Relatório de Atividades, Gestão e Contas de 2015. Diário da República. – Série II-E - N.º 172 (07-09-2016), p. 27726 - 27764. https://dre.pt/application/file/75278082

Mensagem Inicial

A Autoridade da Concorrência (AdC) procurou, durante o ano de 2015, reforçar a sua atividade sancionatória, a par de um

trabalho intenso de promoção da concorrência, em prol de uma economia mais dinâmica e competitiva.

O reforço da atividade sancionatória colocou em evidência a transversalidade da atuação da AdC, tanto no que respeita aos

setores da atividade económica visados, como aos tipos de práticas restritivas investigadas. A robustez da atividade

sancionatória é igualmente a concretização da prioridade fixada pelo Conselho de Administração de combate às infrações às

regras da concorrência mais graves, que afetam a economia nacional e os interesses dos consumidores portugueses.

Em 2015, a AdC adotou três decisões condenatórias, que originaram um montante de coimas total de 20,5 milhões de euros,

um valor que expressa bem a danosidade dos comportamentos investigados. A AdC emitiu ainda três decisões de arquivamento

com compromissos e três decisões condenatórias por não prestação de informações ou prestação de informações falsas,

inexatas ou incompletas em resposta a pedidos da AdC. As decisões adotadas em 2015 visaram um leque muito alargado de

práticas restritivas da concorrência, investigando práticas de cartel, abusos de posição dominante e restrições verticais entre

empresas em diferentes níveis da cadeia de valor.

No que diz respeito à atividade sancionatória, destaca-se ainda a primeira decisão condenatória enquadrada num procedimento

de transação ao abrigo da nova lei da concorrência, isto é, o procedimento através do qual as empresas visadas reconhecem

os factos e a infração e contribuem para um desfecho da investigação de forma célere, com evidentes ganhos processuais e

benefícios para as partes.

No ano de 2015, verificou-se um aumento de cerca de 40 % do número de operações notificadas face ao ano precedente, assim

como um número muito significativo de pedidos de avaliação prévia de operações de concentração. Duas operações de

concentração foram objeto de uma decisão de não oposição com compromissos, tendo duas operações sido retiradas na

sequência de preocupações concorrenciais identificadas em decisão ou projeto de decisão de passagem a investigação

aprofundada.

Na área dos estudos económicos e inquéritos setoriais, a AdC submeteu a consulta pública a primeira versão do Estudo sobre

Concorrência no Setor Portuário, que será concluído em 2016, tendo recebido mais de 40 contributos escritos. A AdC tem vindo

igualmente a desenvolver o seu Inquérito Setorial sobre o Gás Natural que conta submeter a consulta pública durante o ano de

2016. A relevância destes setores para a economia portuguesa justifica uma reflexão aprofundada, de modo a identificar

eventuais restrições à concorrência, motivando uma discussão aberta com os agentes económicos, reguladores e autoridades

públicas, a fim de se reforçarem as condições de concorrência e de competitividade destes setores.

No seguimento da criação de uma Unidade de Avaliação de Políticas Públicas, com o objetivo de avaliar os entraves à

concorrência que podem advir de medidas públicas, a AdC manteve um diálogo regular com o Governo, a Assembleia da

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República, assim como com outras entidades públicas e privadas e emitiu 19 pareceres e recomendações em áreas tão diversas

da economia como o tratamento de resíduos, a contratação pública, a energia ou o regime do preço fixo do livro, entre muitas

outras.

Em 2015, a AdC procurou ainda reforçar o seu reconhecimento internacional, contribuindo ativamente para a discussão de boas

práticas sobre temas da atualidade do direito e economia da concorrência, tendo sido nomeada para o prémio de melhor

agência do ano europeia, pelo seu trabalho em 2015, pela Global Competition Review, numa lista de cinco agências nomeadas.

Destaca-se ainda a organização da IV Conferência de Lisboa, que teve lugar em outubro de 2015, contando com mais de

trezentos participantes nacionais e estrangeiros de elevado nível profissional e académico, um expoente da atividade

internacional da AdC.

A AdC expressa o seu reconhecimento a todos os colaboradores, que contribuíram para o aumento significativo de atividade

nos diferentes domínios das suas atribuições em 2015, através da sua dedicação e competência técnica, trabalhando

diariamente para o reforço da atuação e credibilidade desta Instituição.

PRIMEIRA PARTE

Relatório de Atividades

SEGUNDA PARTE

Relatório de Gestão e Contas

Em conformidade com o preceituado no artigo 19.º dos Estatutos da AdC, e do artigo 50.º do Decreto-Lei n.º 155/92, de 28

de julho, o Conselho elaborou o Relatório de Gestão e as Contas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015.

Lisboa, 28 de abril de 2016. - O Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência: António Ferreira Gomes,

presidente - Nuno Rocha de Carvalho, vogal - Maria João Melícias, vogal.

CONSUMO | EDIÇÃO DE 2016 DO PAINEL DE AVALIAÇÃO DOS MERCADOS DE CONSUMO

«Comissão Europeia - Comunicado de imprensa

Edição de 2016 do Painel de Avaliação dos Mercados de Consumo: o funcionamento do mercado melhorou, mas são necessários esforços adicionais nos setores das telecomunicações e da energia

Bruxelas, 5 de setembro de 2016

A Comissão Europeia publicou hoje a edição de 2016 do seu Painel de Avaliação dos Mercados de Consumo relativo ao funcionamento de 42 mercados de bens e serviços

Resulta dessas apreciações que o funcionamento dos mercados melhorou desde o último painel de avaliação publicado em 2014. A tendência positiva observada desde 2010 continua a intensificar-se, apresentando os

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serviços financeiros os maiores progressos. Os três principais mercados de bens que os consumidores privilegiam são os livros, revistas e jornais, os artigos de lazer (por exemplo, os brinquedos e jogos) e os grandes eletrodomésticos, como os frigoríficos. No respeitante aos serviços, os três mercados melhor classificados são os relacionados com os tempos livres, que vão desde os alojamentos de férias até aos serviços culturais e de entretenimento, passando pelos serviços relacionados com o desporto, como os ginásios.

«Podemos observar com base no painel de avaliação deste ano que as regras mais favoráveis ao consumidor, as reformas dos mercados, bem como a aplicação efetiva das normas de proteção dos consumidores, tornaram os consumidores mais confiantes nos mercados», declarou Věra Jourová, Comissária da Justiça, Consumidores e Igualdade de Género. «Devemos manter esta tendência encorajante, em especial em relação aos mercados cujo funcionamento ainda fica aquém do esperado, como é o caso das telecomunicações e da energia. Esta é a razão pela qual os consumidores estão no centro dos projetos prioritários da Comissão, como o Mercado Único Digital e a União da Energia.»

Os painéis de avaliação do consumo são utilizados pelos responsáveis políticos nacionais e pelas partes interessadas para analisar o impacto das políticas ao longo do tempo e comparar a situação entre os diferentes Estados-Membros. A Comissão baseia-se nos resultados dos painéis de avaliação dos mercados de consumo para elaborar as suas políticas.

Os mercados funcionam melhor quando os consumidores se sentem mais confiantes. Por exemplo, a falta de confiança dos consumidores nos serviços financeiros esteve na origem da Diretiva relativa a contratos de crédito aos consumidores. Agora que este ato legislativo se encontra em vigor, observamos uma confiança crescente neste setor. Os consumidores continuam a assinalar dificuldades no mercado das telecomunicações. A Comissão apresentará uma proposta neste domínio para resolver esses problemas. As recentes propostas da Comissão sobre os contratos digitais tem por objetivo melhorar a confiança dos consumidores nas compras em linha transnacionais.

O painel de avaliação do consumo confirma os resultados do Semestre Europeu: setores como os dos serviços ferroviários e de abastecimento de água e de eletricidade exigem reformas estruturais em alguns países, uma vez que as respetivas avaliações variam consideravelmente entre os diferentes Estados-Membros.

Principais conclusões da edição de 2016 do Painel de Avaliação dos Mercados de Consumo:

As melhorias são mais significativas nos mercados de serviços do que nos mercados de bens. Os serviços financeiros

revelam os progressos mais importantes. Os consumidores têm mais confiança nos seus bancos, nos seus planos de

pensões privados e fundos de investimento do que no passado. Esta situação sugere que as recentes iniciativas

legislativas em domínios como as contas de pagamento e o crédito hipotecário, as medidas de aplicação efetiva da

legislação e as ações de sensibilização, começam a dar resultados. Paralelamente, porém, os serviços bancários

continuam a ser o setor com menor desempenho entre os mercados de serviços.

Os resultados não são uniformes entre os Estados-Membros. As maiores diferenças entre os países da UE na

apreciação do funcionamento dos mercados verificam-se nos mercados da eletricidade, do abastecimento de água,

dos transportes ferroviários, das hipotecas e dos telemóveis. Em comparação com os mercados melhor classificados,

estes últimos são menos abertos à concorrência transnacional.

Os resultados também não são uniformes entre os mercados. Com efeito, entre os mercados avaliados, os dos

serviços imobiliários, das hipotecas, dos produtos de investimento, dos planos de pensões privados e dos valores

mobiliários, bem como dos veículos em segunda mão e dos produtos à base de carne, ocupam a classificação mais

baixa na satisfação dos consumidores.

Os mercados de bens continuam a ser avaliados mais favoravelmente do que os mercados de serviços, apesar das

claras melhorias destes últimos. Entre os mercados de bens, os dos produtos de venda rápida a retalho,

designadamente as bebidas não alcoólicas e o pão, os cereais e as massas alimentícias, que tinham tido uma boa

classificação em edições anteriores do painel de avaliação, perderam terreno em comparação com outros mercados

de bens.

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A apreciação do mercado dos serviços ferroviários pelos consumidores melhorou significativamente a partir de 2013.

O funcionamento do mercado da eletricidade não satisfaz inteiramente os consumidores. Verificam-se igualmente

muitos problemas nos mercados das telecomunicações. Nestes setores, o prejuízo global sofrido pelos consumidores

é o mais elevado entre todos os setores analisados.

Um maior número de consumidores mudou de operador, mas esta opção continua a ser difícil em alguns

mercados. Pela primeira vez, o Painel de Avaliação analisa igualmente as razões que impedem os consumidores de

mudar de operador. Os resultados revelam que, em muitos casos, ou os consumidores continuam a considerar difícil

tal mudança, ou tentaram fazê-lo mas foram confrontados com vários tipos de obstáculos.

Contexto

Os painéis de avaliação dos mercados de consumo fornecem uma panorâmica do modo como o mercado único funciona para os consumidores da UE. Publicados desde 2008, visam assegurar um melhor acompanhamento dos resultados para os consumidores e fornecer elementos objetivos úteis à elaboração de políticas. Existem dois tipos de painéis de avaliação, publicados em anos alternados e baseados em inquéritos em grande escala:

- O Painel de Avaliação dos Mercados de Consumo acompanha o funcionamento de mais de 40 mercados de consumo com base em indicadores-chave, nomeadamente a confiança no facto de os vendedores respeitaram as regras de proteção dos consumidores, a comparabilidade das ofertas, a escolha disponível no mercado, a medida em que as expectativas dos consumidores são satisfeitas e os prejuízos causados por problemas com que se confrontam os consumidores. Outros indicadores, como a mudança de operador e os preços, são também acompanhados e analisados;

- O Painel de Avaliação das Condições de Consumo acompanha as condições de consumo nacionais em três domínios (1. conhecimento e confiança, 2. cumprimento e aplicação da legislação, 3. queixas e resolução de litígios), examinando igualmente os progressos realizados na integração do mercado retalhista da UE – (Painel de Avaliação das Condições de Consumo de 2015)

Para mais informações:

- Edição de 2016 do Painel de Avaliação dos Mercados de Consumo http://ec.europa.eu/consumers/consumer_evidence/consumer_scoreboards/12_edition/index_en.htm

- Ficha de informação sobre a edição de 2016 do Painel de Avaliação dos Mercados de Consumo [236 KB] http://ec.europa.eu/consumers/consumer_evidence/consumer_scoreboards/12_edition/docs/cms2016factsheet_en.pdf

- Infografia sobre os resultados do Painel de Avaliação dos Mercados de Consumo de 2016 [130 KB] http://ec.europa.eu/consumers/consumer_evidence/consumer_scoreboards/12_edition/docs/cms2016infograph_en.pdf

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Anexo Indicador de funcionamento dos mercados

Melhores e piores resultados, respetivamente, dos mercados de serviços e dos mercados de bens

http://europa.eu/rapid/press-release_IP-16-2931_pt.htm

EUROPEAN COMMISSION | PRESS RELEASES | PRESS RELEASE IP/16/2931».

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DIREITOS SOCIAIS | CONSULTA PÚBLICA ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2016

«Consultas públicas e outras atividades de consulta

Título: Consulta pública sobre o Pilar Europeu dos Direitos Sociais

Domínios políticos: Política social, coordenação das políticas económicas

Grupos-alvo: Cidadãos, organizações e autoridades públicas

Período da consulta: de 08/03/2016 a 31/12/2016

Finalidade da consulta

Avaliar o «acervo» social da UE em vigor, determinar em que medida os direitos existentes são exercidos e continuam a

ser aplicáveis ou se existem outras formas de consagrar esses direitos que devam ser consideradas;

Refletir sobre novas tendências nos padrões de trabalho e na sociedade como resultado do impacto das novas

tecnologias, das tendências demográficas ou de outros fatores de importância para a vida profissional e social;

Recolher pontos de vista e observações sobre o papel do Pilar Europeu dos Direitos Sociais como elemento de uma

União Económica e Monetária mais profunda e mais equitativa. Esta consulta servirá para debater o referido papel, o

seu âmbito de aplicação e conteúdo, de modo a refletir sobre as necessidades específicas da área do euro e para discutir

a especificidade dos princípios propostos. Por último, este exercício de reflexão também deverá ajudar os Estados-

Membros que não fazem parte da área do euro a determinar se pretendem participar no Pilar.

Como apresentar a sua contribuição

Aceitamos contributos de cidadãos, organizações e autoridades públicas.

Por favor, apresente aqui o seu contributo.

https://ec.europa.eu/eusurvey/runner/070bd453-9b33-4be0-9fc9-67da1771a25d?surveylanguage=PT

Também pode preencher o questionário numa versão mais acessível.

https://ec.europa.eu/eusurvey/runner/070bd453-9b33-4be0-9fc9-67da1771a25d?surveylanguage=PT&wcag=enabled

Ver o documento de consulta

Aceder ao convite para: https://ec.europa.eu/eusurvey/runner/070bd453-9b33-4be0-9fc9-67da1771a25d?surveylanguage=PT

Contactos

Serviço responsável Direção-Geral do Emprego, dos Assuntos Sociais e da Inclusão

Endereço electrónico: [email protected]

Endereço postal: EUROPEAN COMMISSION, Directorate-General Employment, Social Affairs and Inclusion, Rue Joseph II, 27

– 00/120, B-1049 BRUXELLES

Ver as contribuições

Respostas recebidas em linha https://ec.europa.eu/eusurvey/publication/68ec55ca-c915-4ce4-c923-fe9e2591d416?language=pt

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(...)

http://ec.europa.eu/social/main.jsp?langId=pt&catId=699&consultId=22&visib=0&furtherConsult=yes

COMISSÃO EUROPEIA | EMPREGO, ASSUNTOS SOCIAIS E INCLUSÃO |... CONSULTAS EM CURSO».

G 20 | CIMEIRA DE HANGZHOU, CHINA, 4-5 DE SETEMBRO DE 2016

«EUROPEAN COMMISSION - STATEMENT

G20 Leaders’ Communique Hangzhou Summit

Hangzhou, 5 September 2016

1. We, the Leaders of the G20, met in Hangzhou, China on 4-5 September 2016.

2. We met at a time when the global economic recovery is progressing, resilience is improved in some economies and new

sources for growth are emerging. But growth is still weaker than desirable. Downside risks remain due to potential volatility

in the financial markets, fluctuations of commodity prices, sluggish trade and investment, and slow productivity and

employment growth in some countries. Challenges originating from geopolitical developments, increased refugee flows as

well as terrorism and conflicts also complicate the global economic outlook.

3. We also met at a time of continued shifts and profound transformations in the configuration of the global economic

landscape and dynamics for growth. With these transformations come challenges and uncertainties as well as opportunities.

The choices we make together will determine the effectiveness of our response to the challenges of today and help to shape

the world economy of the future.

4. We believe that closer partnership and joint action by G20 members will boost confidence in, foster driving forces for and

intensify cooperation on global economic growth, contributing to shared prosperity and better well-being of the world.

5. We are determined to foster an innovative, invigorated, interconnected and inclusive world economy to usher in a new

era of global growth and sustainable development, taking into account the 2030 Agenda for Sustainable Development, the

Addis Ababa Action Agenda and the Paris Agreement.

6. In this context, we, the G20, as the premier forum for international economic cooperation, forge a comprehensive and

integrated narrative for strong, sustainable, balanced and inclusive growth, and thereby adopt the attached package of

policies and actions - the Hangzhou Consensus - based on the following:

Vision. We will strengthen the G20 growth agenda to catalyze new drivers of growth, open up new horizons for development,

lead the way in transforming our economies in a more innovative and sustainable manner and better reflect shared interests

of both present and coming generations.

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Integration. We will pursue innovative growth concepts and policies by forging synergy among fiscal, monetary and structural

policies, enhancing coherence between economic, labor, employment and social policies as well as combining demand

management with supply side reforms, short-term with mid- to long-term policies, economic growth with social development

and environmental protection.

Openness. We will work harder to build an open world economy, reject protectionism, promote global trade and investment,

including through further strengthening the multilateral trading system, and ensure broad-based opportunities through and

public support for expanded growth in a globalized economy.

Inclusiveness. We will work to ensure that our economic growth serves the needs of everyone and benefits all countries and

all people including in particular women, youth and disadvantaged groups, generating more quality jobs, addressing

inequalities and eradicating poverty so that no one is left behind.

Strengthening Policy Coordination

7. Our growth must be shored up by well-designed and coordinated policies. We are determined to use all policy tools -

monetary, fiscal and structural - individually and collectively to achieve our goal of strong, sustainable, balanced and inclusive

growth. Monetary policy will continue to support economic activity and ensure price stability, consistent with central banks’

mandates, but monetary policy alone cannot lead to balanced growth. Underscoring the essential role of structural reforms,

we emphasize that our fiscal strategies are equally important to supporting our common growth objectives. We are using

fiscal policy flexibly and making tax policy and public expenditure more growth-friendly, including by prioritizing high-quality

investment, while enhancing resilience and ensuring debt as a share of GDP is on a sustainable path. Furthermore, we will

continue to explore policy options, tailored to country circumstances, that the G20 countries may undertake as necessary to

support growth and respond to potential risks including balance sheet vulnerability. We reiterate that excess volatility and

disorderly movements in exchange rates can have adverse implications for economic and financial stability. Our relevant

authorities will consult closely on exchange markets. We reaffirm our previous exchange rate commitments, including that

we will refrain from competitive devaluations and we will not target our exchange rates for competitive purposes. We will

carefully calibrate and clearly communicate our macroeconomic and structural policy actions to reduce policy uncertainty,

minimize negative spillovers and promote transparency.

8. We are making further progress towards the implementation of our growth strategies, but much more needs to be done.

Swift and full implementation of the growth strategies remains key to supporting economic growth and the collective growth

ambition set by the Brisbane Summit, and we are prioritizing our implementation efforts. In the light of this, we launch the

Hangzhou Action Plan and have updated our growth strategies, including new and adjusted macroeconomic and structural

policy measures that can provide mutually-supportive benefits to growth. We will also strive to reduce excessive imbalances,

promote greater inclusiveness and reduce inequality in our pursuit of economic growth.

Breaking a New Path for Growth

9. Our growth, to be dynamic and create more jobs, must be powered by new driving forces. While reaffirming the importance

of addressing shortfalls in global demand to support short-term growth, we believe it is also imperative to address supply

side constraints so as to raise productivity sustainably, expand the frontier of production and unleash mid- to long-term

growth potential. (…).

More Effective and Efficient Global Economic and Financial Governance

16. Our growth, to be resilient, must be underpinned by effective and efficient global economic and financial architecture.

We will continue our work in this regard. (…)

Robust International Trade and Investment

25. Our growth, to be strong, must be reinforced by inclusive, robust and sustainable trade and investment growth. We note

with concern the slow growth in trade and investment globally and commit to enhance an open world economy by working

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towards trade and investment facilitation and liberalization. We recognize the importance of economic diversification and

industrial upgrading in developing countries to benefit from more open global markets. We endorse the outcome of the G20

Trade Ministers Meeting held in Shanghai on 9-10 July, and welcome the establishment of the G20 Trade and Investment

Working Group (TIWG). We commit to further strengthen G20 trade and investment cooperation. (…).

Inclusive and Interconnected Development

32. Our growth, to be strong, sustainable and balanced, must also be inclusive. We are committed to ensuring the benefits

of our growth reach all people and maximize the growth potential of developing and low-income countries. In this context,

we place sustainable development high on the G20 agenda. (…).

Further Significant Global Challenges Affecting the World Economy

42. The outcome of the referendum on the UK’s membership of the EU adds to the uncertainty in the global economy.

Members of the G20 are well positioned to proactively address the potential economic and financial consequences stemming

from the referendum. In the future, we hope to see the UK as a close partner of the EU.

43. We reiterate our commitment to sustainable development and strong and effective support and actions to address

climate change. We commit to complete our respective domestic procedures in order to join the Paris Agreement as soon as

our national procedures allow. We welcome those G20 members who joined the Agreement and efforts to enable the Paris

Agreement to enter into force by the end of 2016 and look forward to its timely implementation with all its aspects. We affirm

the importance of fulfilling the UNFCCC commitment by developed countries in providing means of implementation including

financial resources to assist developing countries with respect to both mitigation and adaptation actions in line with Paris

outcomes. We reaffirm the importance of the support provided by the Green Climate Fund. We welcome the G20 Climate

Finance Study Group report on “Promoting Efficient and Transparent Provision and Mobilization of Climate Finance to

Enhance Ambition of Mitigation and Adaptation Actions”. We look forward to successful outcomes in related multilateral

fora, including the Montreal Protocol and the International Civil Aviation Organization.

44. Worldwide massive forced displacement of people, unprecedented since the Second World War, especially those

generated from violent conflicts, is a global concern. We reiterate our call in Antalya for global concerted efforts in addressing

the effects, protection need and root causes of refugee crisis to share in the burden associated with it. We call for

strengthening humanitarian assistance for refugees and refugee resettlement, and we invite all states, according to their

individual capacity, to scale up assistance to relevant international organizations in order to enhance their capabilities to

assist affected countries, intensifying efforts to find durable solutions, in particular for protracted refugee situations, and in

this regard, strengthening the contribution of development assistance to host communities. We support the international

efforts to respond to the ongoing crisis and note the upcoming high-level meetings which will take place during the UN

General Assembly. We note the World Bank’s effort to work with other international organizations and its shareholders to

develop a global crisis response platform to provide support to refugees and host communities in both low and middle income

countries. The G20 will continue to address forced displacement in 2017 with a view to developing concrete actions. The G20

will also examine migration issues in 2017.

45. We strongly condemn terrorism in all forms and manifestations, which poses serious challenges to international peace

and security and endangers our ongoing efforts to strengthen the global economy and ensure sustainable growth and

development. We reaffirm our solidarity and resolve in the fight against terrorism in all its forms and wherever it occurs. We

will tackle all sources, techniques and channels of terrorist financing, including extortion, taxation, smuggling of natural

resources, bank looting, looting of cultural property, external donation, and kidnapping for ransom. In confronting terrorism,

we remain committed to effectively exchanging information, freezing terrorist assets, and criminalizing terrorist financing.

We call for the swift, effective and universal implementation of the FATF standards and of the provisions of the UN Security

Council resolution 2253 worldwide. We welcome the progress achieved by the FATF in the implementation of its new

Consolidated Strategy on Combating Terrorist Financing and call for effective implementation of its operational plan. We call

on the FATF to reflect by March 2017 on ways to progress in strengthening its traction capacity and enhanced effectiveness

of the network of FATF and FATF-style regional bodies.

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46. Antimicrobial resistance (AMR) poses a serious threat to public health, growth and global economic stability. We affirm

the need to explore in an inclusive manner to fight antimicrobial resistance by developing evidence-based ways to prevent

and mitigate resistance, and unlock research and development into new and existing antimicrobials from a G20 value-added

perspective, and call on the WHO, FAO, OIE and OECD to collectively report back in 2017 on options to address this including

the economic aspects. In this context, we will promote prudent use of antibiotics and take into consideration huge challenges

of affordability and access of antimicrobials and their impact on public health. We strongly support the work of the WHO,

FAO and the OIE and look forward to a successful high-level meeting on AMR during the UN General Assembly. We look

forward to the discussion under the upcoming presidency for dealing with these issues.

47. We reaffirm that the G20’s founding spirit is to bring together the major economies on an equal footing to catalyze action.

Once we agree, we will deliver.

48. We thank China for hosting a successful Hangzhou Summit and its contribution to the G20 process, and look forward to

meeting again in Germany in 2017 and in Argentina in 2018.

http://europa.eu/rapid/press-release_STATEMENT-16-2967_en.htm?locale=en

EUROPEAN COMMISSION | PRESS RELEASES DATABASE | PRESS RELEASE DETAILS | STATEMENT/16/2967».

HOMENS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA | APAV

«APAV LANÇA CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA HOMENS

A APAV lança uma campanha de sensibilização sobre a Violência Doméstica contra os homens e apresenta as Estatísticas

APAV | Homens Vítimas de Violência Doméstica 2013-2015.

A campanha foi desenvolvida criativamente por Alexandre Freitas, Irene Nita, Joana Oliveira, João Humberto e Margarida

Marques, alunas/os do curso de Publicidade e Marketing da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa para a APAV.

Esta nova campanha aponta a vergonha como uma marca num homem vítima de violência doméstica, premissa que serve de

mote à campanha. Com base na imagem de uma ressonância magnética do cérebro humano, a campanha pretende dar

imagem à vergonha, emoção comum nas vítimas, e que tal como a violência doméstica permanece, muitas vezes, invisível.

Apesar de a prevalência do crime de violência doméstica sobre as mulheres ser muito superior, os homens também são

vítimas deste crime. Entre 2013 e 2015, a APAV registou um total de 1.240 homens adultos vítimas de violência doméstica,

tendo-se verificado um aumento de 14,4% entre 2013 e 2015.

Os homens vítimas de violência doméstica podem ser alvo de comportamentos de controlo, agressões físicas e psicológicas.

O medo e a vergonha surgem como a principal barreira ao primeiro pedido de ajuda. O receio do descrédito e da humilhação,

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que pode, muitas vezes, surgir de familiares, amigos e até mesmo instituições policiais e judiciárias, impede a decisão da

denúncia da vitimação.

Estatísticas APAV Homens Vítimas de Violência Doméstica 2013-2015 [PDF – 6.21 MB - 7 PÁGS.]

http://www.apav.pt/intranet16/images/PDF/Estatisticas_APAV_homens_vitimas_de_violencia_domestica_2013_2015.pdf

http://www.apav.pt/apav_v3/index.php/pt/1311-apav-lanca-campanha-de-sensibilizacao-sobre-violencia-domestica-homens

APAV».

PRAXES ACADÉMICAS

Substituição por práticas de integração que respeitem os ideais de liberdade, crítica e emancipação dos jovens

«2016-09-06 às 15:25

GOVERNO MOBILIZA SOCIEDADE CIVIL E COMUNIDADE ACADÉMICA PARA A SUBSTITUIÇÃO DAS PRAXES POR PRÁTICAS DE INTEGRAÇÃO

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior enviou a reitores de universidades, presidentes de politécnicos,

responsáveis estudantis e dirigentes de unidades de investigação uma carta onde apela à mobilização de todos para a

integração dos novos estudantes do ensino superior.

Quando está em curso a preparação do novo ano letivo, Manuel Heitor recomenda que as praxes académicas sejam

substituídas por práticas de integração que respeitem os ideais de liberdade, crítica e emancipação dos jovens.

O Ministro entende que as praxes académicas são «manifestações de abuso, humilhação e subserviência» contrárias à missão

e propósito das instituições de ensino superior e, por isso, manifesta «o total repúdio a estas práticas».

Na missiva, o Manuel Heitor esclarece que deu «instruções à Fundação para a Ciência e Tecnologia para que apoie a realização

de ações de índole científico-cultural destinadas à integração dos novos estudantes de ensino superior através da autorização

de despesas pelas Unidades de Investigação, a desenvolver em parceria com as associações de estudantes e a incluir no

contexto de atividades de divulgação científica, as quais devem representar até cerca de 5% dos seus orçamentos

plurianuais».

Adicionalmente, o Ministro solicitou à Ciência Viva «o apoio às instituições de ensino superior e às associações de estudantes

na dinamização de um movimento de estímulo à emancipação e integração dos novos estudantes no ensino superior com

ciência e cultura».

Manuel Heitor dirigiu outra carta aos portugueses onde solicita «a todos que se posicionem como parceiros na dignificação

do ensino superior» e onde se compromete «a ser parte ativa na transformação que se exige, incentivando práticas e

iniciativas que fomentem a participação ativa dos novos estudantes nas diversas dimensões do contexto académico, científico

e cultural, assim como do contexto social que o enquadra».

TAGS: ensino superior

http://www.portugal.gov.pt/pt/ministerios/mctes/noticias/20160906-mctes-praxes.aspx

MINISTRO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR».

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TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

«2016-09-01 às 14:56

Comunicado do Conselho de Ministros de 1 de setembro de 2016

2. O Governo apresentou à Assembleia da República uma proposta de resolução para a aprovação da alteração ao artigo

124.º ao Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional.

Esta alteração diz respeito à supressão de uma disposição transitória que dava a possibilidade a um Estado aderente àquele

Estatuto de, durante um período de sete anos, declarar não aceitar a competência do Tribunal relativamente a crimes de

guerra que pudessem ter sido praticados por nacionais seus ou no seu território.

TAGS: justiça, cooperação, evasão fiscal

http://www.portugal.gov.pt/pt/o-governo/cm/comunicados/20160901-com-cm.aspx

COMUNICADOS DO CONSELHO DE MINISTROS | REPÚBLICA PORTUGUESA».

UNIÃO EUROPEIA NO MUNDO | DADOS ESTATÍSTICOS

«European Commission - EUROSTAT

The EU in the world - A statistical portrait of the European Union compared with the 15 non-EU G-20 countries

Brussels, 2 September 2016

Population, living conditions, health, education & training, labour market, economy & finance, trade, industry & services,

research & communication, transport, agriculture, environment and energy: the 2016 edition of the Eurostat publication “The

EU in the world” compares the European Union (EU) with the 15 non-EU G-20 countries across thirteen statistical fields using

a range of European and international statistics.

FULL TEXT AVAILABLE ON EUROSTAT WEBSITE

http://ec.europa.eu/eurostat/documents/2995521/7597069/1-02092016-BP-EN.pdf/3ab19762-107f-4824-996d-52abb0df38b2

http://europa.eu/rapid/press-release_STAT-16-2941_en.htm?locale=en

EUROPEAN COMMISSION - PRESS RELEASE - STAT/16/2941».

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BIBLIOTECA DA ORDEM DOS ADVOGADOS SEMANA 36 | 07-09-2016 | 3,49 KB

ARQUIVO http://www.oa.pt/cd/Conteudos/Arquivo/lista_artigos.aspx?sidc=58102&idc=58661&idsc=58663

CATÁLOGO BIBLIOGRÁFICO http://boa.oa.pt/

CORREIO ELECTRÓNICO [email protected]

VERSÃO DE 07-09-2016 / 13:40 / 26904 PALAVRAS / 51 PÁGINAS