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25 F. Duerksen Correção da mão em garra A base da correção da mão em garra é a obtenção de flexão das articulações metacar- pofalangeanas. Com esta finalidade, existem diversas técnicas descritas, das quais pas- saremos a discutir as principais (Fig. 25.1). Fig. 25.1 Diferentes técnicas para correção da mão em garra. A. TÉCNICA DE STILES-BUNNELL-BRAND Trata-se de técnica de fácil execução e bastante fisiológica, pois os tendões transferidos seguem o mesmo caminho dos tendões lumbricais. A inserção no aparelho extenso (tendão conjunto), inclusive, proporciona melhor capacidade de extensão das falanges distais. Liberação do flexor superficial ao nivel da falange proximal, cuidando de seccionar a vincula longa e desfazer o quiasma de Camper. Retirada deste tendão por incisão na região médio-palmar e sua divisão em quatro fitas (Fig. 25.2 a). Incisões na porção dorso-lateral dos dedos, sendo que no indicador a incisão é feita no lado ulnar e nos demais no lado radial. Expor o tendão conjunto (Fig. 25.2 b). Tunelização das quatro fitas desde a palma até as incisões do dorso dos dedos, cuidando para que as fitas passem ventralmente ao ligamento intermetacarpiano transverso (Figs. 25.2 c e d). - 0 punho é colocado em 20º de flexão e os dedos com 70º de flexão de metacarpo- falangeanas com as demais articulações a 02 (Fig. 25.2 e). Inicia-se a sutura das fitas com o tendão conjunto pelo segundo e quinto dedo, dando- lhes tensão adequada. Prossegue- se com a sutura dos dedos centrais, dando-lhes tensão necessária apenas para corrigir a flacidez destas fitas, já que a tensão básica do conjunto foi dada no momento da sutura do indicador e mínimo (Fig. 25.2 f). Aplica-se um aparelho gessado envol- vendo o antebraço, até a extremidade dos dedos, ficando as articulações interfalangea nas em extensão total, as metacarpofalangeanas em 90Q de flexão e o punho neutro.

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25 F. Duerksen

Correção da mão em garra

A base da correção da mão em garra é aobtenção de flexão das articulações metacar-pofalangeanas. Com esta finalidade, existemdiversas técnicas descritas, das quais pas-saremos a discutir as principais (Fig. 25.1).

Fg

A

bsl(c

Liberação do flexor superficial ao nivelda falange proximal, cuidando de seccionar avincula longa e desfazer o quiasma de Camper.

Retirada deste tendão por incisão naregião médio-palmar e sua divisão em quatro

ig. 25.1 Diferentes técnicas para correção da mão emarra.

. TÉCNICA DE STILES-BUNNELL-BRAND

Trata-se de técnica de fácil execução eastante fisiológica, pois os tendões transferidoseguem o mesmo caminho dos tendõesumbricais. A inserção no aparelho extensotendão conjunto), inclusive, proporciona melhorapacidade de extensão das falanges distais.

fitas (Fig. 25.2 a).

Incisões na porção dorso-lateral dosdedos, sendo que no indicador a incisão é feitano lado ulnar e nos demais no lado radial.Expor o tendão conjunto (Fig. 25.2 b).

Tunelização das quatro fitas desde apalma até as incisões do dorso dos dedos,cuidando para que as fitas passem ventralmenteao ligamento intermetacarpiano transverso(Figs. 25.2 c e d).

- 0 punho é colocado em 20º de flexão eos dedos com 70º de flexão de metacarpo-falangeanas com as demais articulações a 02(Fig. 25.2 e).

Inicia-se a sutura das fitas com o tendãoconjunto pelo segundo e quinto dedo, dando-lhes tensão adequada. Prossegue-se com asutura dos dedos centrais, dando-lhes tensãonecessária apenas para corrigir a flacidez destasfitas, já que a tensão básica do conjunto foi dadano momento da sutura do indicador e mínimo(Fig. 25.2 f).

Aplica-se um aparelho gessado envol-vendo o antebraço, até a extremidade dos dedos,ficando as articulações interfalangea nas emextensão total, as metacarpofalangeanas em 90Qde flexão e o punho neutro.

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212CirurgiaReparadoraeReabilitaçãoemHanseníase

Fn

Fig. 25.2 (a) Divisão do tendão em quatro fitas. (b) Incisões d

ig. 25.2 (c) A fita deve passar anteriormente ao ligamento mea palma .

Fig. 25.2 (e) As fitas são exteriorizadas pelas incisões dorsais. Nconjunto no aparelho extensor.

orsais. A incisão no segundo dedo é feita no lado ulnar.

tacarpiano transverso. (d) Tunelizador prendendo a fita

otar a posição da mão. (f) Su tura das fitas ao tendão

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C

Fig. 25.3 (a), (b) Resultados Pré e Pós-operatório. Técnica de Stilles-Brunnell-B

O aparelho gessado permanece por trêssemanas, após as quais inicia-se o período defisioterapia pós-operatória, com reeducação damão operada (Figs. 25.3 a, b, c e d).

Esta técnica não deve ser utilizada ernpacientes com acentuada mobilidade articular,pois fatalmente levará a uma situação de sub-limis-minus, isto é, um pescoço de cisne por faltada força de flexão da interfalangeana proximaldo dedo de onde foi retirado o tendão superfi-cial. Além do mais, a própria inserção noaparelho extensor contribui para o surgimentodeste tipo de deformidade (intrinsic-plus).

B. TÉCNICA DO LAÇO DE ZANCOLLI

Como se trata de técnica muito conhe-cida, não discutiremos seu procedimento efaremos apenas alguns comentários em relação

sua utilização (Figs. 25.4 e 25.5 a, b, c e d).- Recomendamos esta técnica como

atprd

tfo

cppa

damsuperfície da p

orreção da mão em garra 213

rand.

lternativa para os casos de mãos com acen-uada mobilidade articular, já que a inserção naolia A 1 não acarreta tensão maior ao apa-elho extensor, evitando o aparecimento deeformidade em pescoço de cisne.

Indicamos a utilização de apenas umendão flexor superficial dividido em quatroitas, ao contrário do que está descrito na técnicariginal.

Fazemos a sutura sob tensão máximaom os dedos em extensão completa, o querevine a restrição da extensão das metacar-ofalangeanas, como é relatado por algunsutores.

Recomendamos a colocação dos pontose sutura entre os dois ramos do laço, evitando

possibilidade de granulomas, já que daaneira convencional os nós ficam próximos

alma da mão (Fig. 25.6).

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214 Cirurgia Reparadora e Reabilitação em Hanseníase

Fig. 25.4 Técnica de Zancolli.

Fig. 25.5 (a) As quatro fitas são retiradas na incisão distal. (b)

Fig. 25.5 (c) O laço já suturado. (d) Flexão das metacarpofala

Passagem de uma fita pela polia.

ngeanas obtida por tração das fitas.

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Correção da mão em garra 215

Fig. 2Zanco

C. TÉ

quatrextenutilizaeste mocasioutilizainócu

flexorbordorizaçãantebrfasciafazerBrandexcele

* Ext

5.6 Resultado pré e pós-operatório. Técnica delli.

CNICA DE BRAND (EF4T)*

Trata-se da técnica de extensor para flexor como fitas (EF4T) utilizando-se como motor osor carpis radialis longus. Inicialmente Brandva o extensor carpis radialis brevis, mas comoúsculo tem inserção mais central, sua retiradanava déficit na extensão do punho. Ação do ECRL tem demonstrado sera neste aspecto.

O tendão do ECRL é passado para o ladodo antebraço, subcutaneamente, peloradial. No momento de sua exterio-

o por uma incisão no terço distal doaço, ele sofre um alongamento utilizando-selata ou plantaris. A melhor maneira de seesta anastomose é utilizando a técnica de

(Fig. 25.7), o que permite um contatonte entre os dois cabos, sem deixar pontos

que possam causar aderências nos tecidosvizinhos. Após, o tendão corn seuprolongamento de fáscia é tunelizado até apalma, onde é dividido em quatro fitas, se-guindo a operação dos demais passos descritosna técnica de Stiles-Bunnell, com inserção noaparelho extensor. Indicamos esta técnica paraos casos de hipermobilidade articular ouquando não dispomos de um flexor superficial(Figs. 25.8 a, b, c e d).

D. TÉCNICA DE LENNOX

Esta técnica em nada difere da de Brand comexceção do motor utilizado, que é o palmaris fongus. Otendão é prolongado por um enxerto de fáscia latae dividido em quatro fitas. Está indicada tambémnos casos de mãos hiper-móveis, e apresenta avantagem de se estar utilizando um motor cujaretirada não traz transtorno ao paciente, aindaque seja um motor fraco em potência.

ensor-flexor-4-tailed Fig

. 25.7 Anastomose pela técnica de Brand.
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216 Cirurgia Reparadora e Reabilitação em Hanseníase

Fig. 25.8 (a) Incisões para exposição do ECRL. (b) Retirada d

Fig. 25.8 (c) Anastomose de Brand. (d) Tunelização para pal

E. TÉCNICA DE FOWLER

Nesta operação, utilizam-se comomotores os músculos extensores próprios dossegundo e quinto dedo. Ambos são liberados desuas inserções e divididos em duas fitas cada um.As fitas são passadas pelos espaços interósseos,ate a palma da mão, e direcionadas ao dorso dosdedos, passando anteriormente ao ligamentointermetacarpiano transverso. Atualmente estatécnica não é muito utilizada, por váriosproblemas que apresenta, sendo o principal adificuldade de extensão das meta-carpofalangeanas. Por outro lado, nas mãos

e Fascia lata.

m

a.

hipermóveis, o trajeto das fitas auxilia nareversão do arco metacarpiano transverso, oque é totalmente indesejável do ponto de vistafuncional.

F. TÉCNICA DE PALANDE

Aqui, o autor procura urna técnica debase inteiramente anatômica, identificando ostendões dos interósseos ao nível da palma einserindo a fita de transferência a cada grupo dedois tendões, além de urna fita para o tendão doprimeiro interósseo dorsal.

Uma quinta fita é inserida no tendão

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Fig. 25.9 Um atento exame da mão permite avaliar seexiste hipermobilidade articular. Mão firme.

do abdutor do quinto dedo, com a finalidade derestaurar dinamicamente o arco transversodistal.

O motor utilizado normalmente é oECRL, prolongado por um enxerto de fascia latae colocado na palma da mesma forma que natécnica de Brand, anteriormente descrita (EF4T).

Vantagens e desvantagens

Cada uma destas técnicas apresenta suasvantagens e desvantagens, sendo necessáriaurna criteriosa seleção para o uso da técnica quemelhor se adapta ao caso em questão. Como

comentário geral,pal divisão está entpotencial de prodminus, e a primeiraser operada é hipque não utilizam oindicadas para asde inserção tambénesta decisão, jámotor diretamentede poderem prfuncional, tendempescoço de cisne. Aa mobilidade articnos extremos e simde certa experiêncarticulações e acirurgião são fator

A técnicaanatômica, mas ceA de Fowler talveproblemas, não sócoloca o motor npriado, como potransverso distal.ainda que largamcentros para a reatodo o mundo, areeducação, o qupacientes com QImais baixa.

Quanto(tenodeses), ficariaem que poucos mque não é o mapacientes de hanstríplice, podereprocedimentos (pbital), como é o c

Correção da mão em garra 217

podemos dizer que a princi-re as técnicas que têm ou nãouzir deformidade em sublimis-análise a ser feita é se a mão aermóvel ou não. As técnicasflexor superficial são as mais

mãos hiper-móveis. 0 pontom deve ser levado em contaque as técnicas que levam o

ao aparelho extensor, apesaroduzir melhor resultado

a causar deformidade emdificuldade de se determinar

ular de uma mão não residenos pontos médios. Depende

ia, na qual a manipulação dassensibilidade da mão do

es preponderantes (Fig. 25.9).de Palande parece ser a mais

rtamente é de difícil execução.z seja a que apresenta maiorespor ser urna técnica que nãoum angulo de ataque apro-r causar reversão do arcoA técnica de Brand (EF4T),ente utilizada por diversosbilitação de hansenianos empresenta certa dificuldade dee a faz mais indicada paramais elevado e de faixa etária

aos procedimentos estáticosm indicados para as situações

otores estão disponíveis, ois usual em se tratando deeníase. Nos casos de paralisiamos lançar mão destesara a correção da garra cu-aso da técnica de Parkes, em

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218 CirurgiaReparadora eReabilitação em Hanseníase

ComplicaçõesAs principais complicações que podem

surgir com algumas destas técnicas estãorelacionadas principalmente com a retirada doflexor superficial. Aderências do coto distal dotendão, na região da articulação interfalangeanaproximal, podem levar A. contratura em flexão(check-rein). Podemos prevenir esta com-plicação, evitando deixar um coto distal muitolongo e preservando a vincula longa (Fig. 25.10).

Em articulações muito móveis a ausência

Fig. 25.10 Check-rein no quarto dedo.

que se fixa urna porção de fascia lata no ligamento docarpo, divide-se em quatro fitas, que sãolevadas ao aparelho extensor via canal lumbri-cal e suturadas A maneira da técnica já descrita.

Fig. 25.11 Profundos plus.

do flexor superficial pode levar a urna atuaçãoexagerada do flexor profundo (profundusplus)(Fig. 25.11). Em decorrência disso a falangedistal atua em posição fletida, de forma que oindivíduo não utiliza a polpa da falange paraprender objetos e sim a ponta do dedo,proporcionando traumas a esta regido. Comoconseqüência, teremos cicatrizes e atrofia, comopodemos ver na Fig. 25.12.

Fig. 25.12 Atrofia da ponta digital.

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Correçãodamãoemgarra219

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