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Ano IV - Edição nº 42 | Junho de 2015 www.saopedrojacaraipe.com.br REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL PG. 22 CORPUS CHRISTI DEUS VIVO PG. 11

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Ano IV - Edição nº 42 | Junho de 2015

www.saopedrojacaraipe.com.br

REDUÇÃO DAMAIORIDADE PENAL PG. 22

CORPUS CHRISTI DEUS VIVOPG. 11

Santo Antônio

Av. Bicanga – Bicanga

Sant’Ana – Rua Sant’Ana - Manguinhos

Santos Anjos – Rua Hawai, Portal de JacaraípeSão Pedro – Matriz

Rua São Pedro, CastelândiaSantíssimo Nome de Jesus Centro de Vivência – São PatrícioSagrado Coração de Jesus

Rua Teresina, Parque JacaraípeSão Francisco de Assis

Rua Caramuru, Jardim AtlânticoSanto Agostinho

Rua Guacira – Costa Dourada

Sagrada Família

Av. Guaianases – Bairro das Laranjeiras

Imaculada Conceição Av. Minas Gerais - LagoaNossa Sra. Aparecida Rua Ribeirão Preto - LagoaNossa Sra. de Fátima

Rua Nilo Peçanha – Residencial LagoaNossa Sra de Guadalupe

Rua 12 - MagistradoSanta Luzia

Av. Guarani, Bairro das Laranjeiras São Francisco das Chagas

Praça da Sé, Bairro São FranciscoSão Marcos

Rua N. Sra. de Lourdes, Bairro São FranciscoSão José Rua Ida Bitencourt Feu, Capuba Nossa Sra. de Lourdes Rua Ernesto Morandi, Enseada São Judas Tadeu

Av. das Garças, Costa BelaCentro Pastoral Papa Bento XVI

Rua Goiás, 10, Jacaraípe

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COMUNIDADESPARÓQUIA

Revista da Paróquia São Pedro JacaraípeArquidiocese de Vitória – ESContato: (27)3252.9062 e 3243.1765Rua Goiás, 10 – Jacaraípe – Serra (ES)CEP: 29.175-149www.saopedrojacaraipe.com.br

Produção Editorial:Parresia Comunicação CatólicaContato: (33) 3279-0073www.agenciaparresia.com.br

Jornalista responsável: Carolina Lana MTB 8442/MG

Coordenação: Rebeca Proux e Thiago Lani.

Colaboradores: Agnes Maria, Cícero Gomes, Junior Choquito, Magno Lima, Goretti Cancian, Maura Conceição, Shella Bodart, Suellen Resende, Victor Guasti, Victório Gasparini.

Contato Comercial:Willerson [email protected](27)9.9872.5934 - (33)9912.6635

Tiragem: 3.000 exemplares

Pároco: Pe. Renato Criste

Atendimento do Pároco:todas as quartas e quintas-feiras (horário a ser agendado).

Atendimento da secretaria paroquial:Segunda a sexta-feira das 8h às 12h e de 13h30 às 17h30

Fotos: Daniele Razera, Lacy Mara, Magno Lima, Maria Alzira, Maria Aparecida Machado, Victório Gasparini e Wemerson Corrêa.

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SUMÁRIO

PROCLAMAS DEMATRIMÔNIO

Residentes na Paróquia São Pedro de Jacaraípe“Quem souber de alguma coisa que torne este casamento ilícito ou nulo,

está obrigado a denunciá-lo a autoridades eclesiais.”

Santo Antônio

Av. Bicanga – Bicanga

Sant’Ana – Rua Sant’Ana - Manguinhos

Santos Anjos – Rua Hawai, Portal de JacaraípeSão Pedro – Matriz

Rua São Pedro, CastelândiaSantíssimo Nome de Jesus Centro de Vivência – São PatrícioSagrado Coração de Jesus

Rua Teresina, Parque JacaraípeSão Francisco de Assis

Rua Caramuru, Jardim AtlânticoSanto Agostinho

Rua Guacira – Costa Dourada

Sagrada Família

Av. Guaianases – Bairro das Laranjeiras

Imaculada Conceição Av. Minas Gerais - LagoaNossa Sra. Aparecida Rua Ribeirão Preto - LagoaNossa Sra. de Fátima

Rua Nilo Peçanha – Residencial LagoaNossa Sra de Guadalupe

Rua 12 - MagistradoSanta Luzia

Av. Guarani, Bairro das Laranjeiras São Francisco das Chagas

Praça da Sé, Bairro São FranciscoSão Marcos

Rua N. Sra. de Lourdes, Bairro São FranciscoSão José Rua Ida Bitencourt Feu, Capuba Nossa Sra. de Lourdes Rua Ernesto Morandi, Enseada São Judas Tadeu

Av. das Garças, Costa BelaCentro Pastoral Papa Bento XVI

Rua Goiás, 10, Jacaraípe

Didier Laffouilhere e Marluce Aparecida de S. LaffouilhereEle, filho de Henri Joseph e Anna Cécile Mouly. Ela, filha de Francisco de Souza e Maria Pereira de Souza.

Delano dos Santos Lorenzoni e Rayelle Venturini Cancian Ele, filho de Joel Mariano Lorenzoni e Tania Maria dos Santos. Ela, filha de Valmir José Cancian e Ana Francisca Venturini Cancian.

Thiago Torres de Almeida e Nina Sanidei de Miranda Barcelos Ele, filho de Jorge Pereira de Almeida e Sonia Maria Pinto Torres. Ela, filha de Ney Fernando Barcelos e Elba Sanidei de Miranda

Rafael Duarte Vencioneck e Carla Danielle de Oliveira Costa Ele, filho de Getúlio Helmer Vencioneck e Laudicéia Duarte Vencioneck. Ela, filha de Nelson Costa e Elza Oliveira Costa.

Luiz Ricardo Mendes e Maria Geralda Meroto Lamas Ele, filho de Benedito Mendes e Valdeth Teresinha Borges Mendes. Ela, filha de Pedro da Fonseca Lamas e Carmem Meroto Lamas.

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Fé e arte Cristiada

Eu creio, nos cremosEucaristia

ComunidadesSagrado Coração de Jesus

EspecialCorpus Christi

Religiosidade PopularFestas Juninas

Comunicar a Família Dia Mundial das Comunicações

Agenda ParoquialProgramação

AtualidadesRedução da maioridade penal

Viagem ao mundo PauloHebreus

Festa de São Pedro 2015A festa da família

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EDITORIAL- PE. RENATO CRISTE COVREO mês de junho inaugura-se com a festa da Eucaristia

– Corpus Christi. Isto é, mantendo a antiga tradição a Igreja celebra solenemente o mistério da Eucaristia –

o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.

Não mais importante que a Eucaristia, ocorrem também tan-tas outras festas populares neste mês. Em nossa paróquia é esperada a Festa de São Pedro, o santo padroeiro. As equipes estão organizadas para proporcionar uma festa, na qual a amizade, o respeito e a partilha sejam cultivadas.

Nesta edição, você vai conferir a programação da Festa de São Pedro 2015. As tradições fazem parte das comemorações. Resgatando a história e os acontecimentos recentes, o navio de São Pedro retornará. Contudo, o que deve prevalecer é a piedade popular, assegurar os valores da fé e o respeito. Não gostaríamos que a festa fosse dicotômica, isto é, profana e religiosa, mas sim lugar onde a fé e tradição se encontram, enriquecendo a vida de quem participa. Será a festa das famí-lias de Jacaraípe e região.

É, mas não para por aí! Junho é mesmo o mês das festas populares e religiosas. Dia 13, vamos comemorar o santo recorrido pelos solteiros e receber o pão abençoado. Todos já sabem, estamos falando de Santo Antônio. A comunidade de Bicanga, também vai acolher os devotos deste santo conhe-cido e amado pelo povo.

Também, a Comunidade Sagrado Coração de Jesus nos aguarda para celebrar a grande solenidade litúrgica - o amor misericordioso de Deus. “No Sagrado Coração está o símbolo e a imagem expressa do Amor infinito de Jesus Cristo, que nos leva a retribuir-lhe esse Amor”, nos diz o Papa Leão XIII. Ao olhar o Coração de Jesus devemos entrar nesse coração pelo lado traspassado e viver, experimentar esse amor arden-te de Cristo por nós para que nós possamos também transmi-tir esse amor aos demais.

Bom, então, vamos nos movimentar. Tem festa boa por todos os cantos. E, claro que você também, não vai deixar de ler esta edição da Revista JPII preparada por nossa equipe com muita competência e compromisso. E, aí vai ficar parado?

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FÉ E ARTE//Privilegie nossos parceiros na evangelização

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O que você faria para defender a sua fé e a liberdade de professá-la? Seria capaz de lutar, portando inclusive armas de fogo? A situação parece inca-

bível, ainda mais perante o falso pacifismo ao qual a fé cristã se vê envolvida na contemporaneidade. Mas para os cristeros mexicanos, da década de 30, essa foi a única saída diante das perseguições anticlericais do presidente Plutarco Elías Calles (Rúben Blades). “Cristiada” (em inglês, For greater glory, 2012, 145 min.) tem essa capacidade arrebatadora de nos desestabilizar e questionar, entre tapas, sobre o que estamos fazendo por Jesus.

VIVA“CRISTO REY!”

Cena do filme Cristiada.

O filme “Cristiada” narra a história da

Guerra Cristera, conflito que levou católicos

a lutarem por liberdade religiosa usando armas.

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Primeiro, deportações, depois proi-bição de culto, as quais se seguiram prisões e, por fim, mortes tenebrosas de centenas de cristãos. As medidas tomadas no México, nos primeiros anos após a promulgação da Consti-tuição de 1917 e a Revolução Socia-lista, se sustentavam num suposto perigo que a Igreja Católica e outros entes internacionais poderiam trazer aos valores imortales de la Revolución. O filme revela detalhes desse panora-ma histórico com equilíbrio, ainda que incorra em certo romantismo na figura do beato José Luiz Sanchez Del Río (Mauricio Kuri).

Parte do drama do longa-metragem começa com a dúvida entre os fiéis em apoiar ou não o conflito armado capitaneado pela Liga pela Defesa da Liberdade Religiosa. Adriana (Catalina Sandino) e Anacleto (Eduardo Verás-tegui), dois jovens piedosos profun-damente aterrados com as proibições, acompanhados de seus irmãos de fé acabam ajudando os soldados cristãos mesmo contrafeitos, com provisões, mantimentos e armas. O exército, no entanto, precisava de um líder e

o encontram em Enrique Gorostieta (Andy García, em ótima atuação) – ex-perimentado e condecorado general e estrategista.

O expectador poderá conferir muita ação, sem aqueles exageros cinema-tográficos modernos, especialmente nos balaços certeiros do Victoriano “El Catorce” (Oscar Isaac), e pinceladas de drama na postura de Gorostieta que, mesmo ateu, decide lutar com os cristãos para que sua esposa e suas filhas, mulheres de oração, tivessem acesso aos sacramentos. Aliás, toda a trama deixa transparecer esse ideal: não se luta simplesmente por matar, o que seria um erro grave diante do quinto mandamento; mas para defen-der e receber os serviços sagrados, a comunhão, a confissão, o batismo e a confirmação. Estaríamos diante do verdadeiro sentido de “amar a Deus sobre todas as coisas”, acima inclusive da própria vida?

As cenas também são fortes. Com o malogro da estratégia de um embargo econômico, e com o advento de me-didas duras do governo, milhares de cristãos são mortos enforcados, fuzila-dos ou esfaqueados. Mas a recíproca também é verdadeira: também alguns fieis, frente ao inimigo iminente, são obrigados a matar. Essa situação tensa faz-nos lembrar de Cristo, que além de proibir o homicídio (Ex 20, 13), garante que “felizes são os mansos, porque herdarão a terra” (Mt 5, 5). O próprio Catecismo da Igreja Católica e o Có-digo de Direito Canônico corroboram essa negação. Porém a questão é mais complexa do que parece. “A Igreja é

pacífica, não pacifista”, explica Padre Paulo Ricardo, vigário da Arquidiocese de Cuiabá (MT), que possui um site sobre temas cristãos à luz da doutri-na católica. O Catecismo, segundo o religioso, aponta como um direito a legitima defesa: não trata-se, é claro, de incentivar a morte, mas esclarecer que a defesa da vida de um inocente, na mesma proporção, é um ato de caridade.

O filme tem essa qualidade necessária às obras cinematográficas: ser capaz de suscitar em nós um sentimento de apreensão, misturada à vergonha e ao engajamento. Assanha a imaginação da gente porque desestabiliza nosso lugar de conforto, bem a proveito ante as atrocidades praticadas contra os cristãos hoje, no Oriente Médio e na África. É especialmente por isso que encabeça a lista de indicações da Canção Nova e do site do Padre Paulo Ricardo, de obras que todo católico deve assistir – bem como A Festa de Babette, de 1987, e Ben-Hur, 1959.

Não pretendo estragar a surpresa do filme, mas um bom apetitivo é a cena em que o beato José Luiz Sanches, o pequeno cristão de pouco mais de 10 anos, rumo à morte por não negar sua fé. Já esfaqueado, estrebuchando em dor lancinante, no solo ele desenha uma cruz enlameada em sangue, e diz: “Viva Cristo Rey!”, morrendo mártir.

Devo sublinhar, contudo, uma vez mais: trata-se de um filme, una simple película mejicana, mas cujo teor histórico e reflexão humana cobram--nos um parecer. Afinal, até onde iríamos por Jesus Cristo? Seguramente enquanto você lê essa pergunta, eu continuo pensando nisso... E naquilo: Papa João Paulo II, em 2000, beatificou mais de vinte cristeros mártires.

- IAGO MIRANDA

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EUCARISTIA, FONTE E O

ÁPICE DE TODA A VIDA

CRISTÃ.

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EU CREIO, NÓS CREMOS//

COMOCOMUNGAR?Como comungar?

Os sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásti-cos e obras de apostolado, estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Com efeito, na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja: o próprio Cristo, nossa Páscoa.

A comunhão de vida com Deus e a unidade de Seu povo – pelas quais a Igreja é o que é – são significados e realizados pela Eucaristia. Nela se encontra o ápice da ação pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo, e do culto que no Espírito Santo os homens prestam a Cristo e, por Ele, ao Pai. Para que a comunhão se realize plenamente, e para que este sacra-mento não se torne causa de juízo e condenação, mas sim remédio para vida eterna, devemos nos atentar sobre o que ensina a doutrina católica.

Apresentar-se para receber a Sagrada Comunhão deve ser uma decisão bem refletida, fundada em um exame de cons-ciência: “Eu estou em plena comunhão com a Igreja? Eu sou culpado de um pecado grave? Estou em estado de graça?”. A prática de se apresentar à Comunhão indiscriminadamente é um erro grave, “porque o que come e bebe indignamente [o corpo do Senhor], come e bebe sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor”. (Cf. 1Cor 11, 29)

Devo estar em jejum para receber a comunhão?

O jejum prescrito para comunhão é o chamado jejum euca-rístico. “Quem vai receber a santíssima Eucaristia, abstenha--se, pelo espaço de ao menos uma hora antes da sagrada comunhão, de qualquer comida ou bebida, exceto água ou remédios. As pessoas de idade provecta e as que padecem de alguma doença, e ainda quem as trata, podem receber a santíssima Eucaristia, mesmo que dentro da hora anterior te-nham tomado alguma coisa”. (CDC, can. 919 §1 e 3). Também aqueles que desempenharão função na missa ou não podem permanecer muito tempo sem se alimentar estão dispensa-dos do jejum eucarístico.

Qual a maneira correta de receber a comunhão?

A comunhão pode ser recebida de pé, diretamente na boca ou nas mãos; ou de joelhos, diretamente na boca. “Ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediata-mente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se deslo-que (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas[...]” (Cf. Redemptionis Sacramentum, nº 92).

Comungar diretamente na língua evita a queda de partículas eucarísticas e pode ajudar ao fiel na devoção à presença real de Cristo. Quando o comungante desejar receber nas mãos, ele deve sobrepor a mão esquerda sobre a direita, com a palma para cima. Quando a hóstia for colocada, ele a toma com a mão direita e imediatamente a comunga perante o ministro.

Como devo me portar na fila da comunhão?

A atitude de quem está na fila da comunhão deve ser de extrema oração e concentração. Não se deve de maneira alguma conversar ou cumprimentar outros fieis. O comun-gante pode cantar o hino de comunhão ou, em silêncio, se preparar para receber Jesus Cristo.

O que devo fazer depois de comungar?

Após receber a comunhão, o fiel retorna para o seu lugar e assume a postura que mais lhe favorecer a contemplar este momento sublime, seja de pé, sentado ou de joelhos. É preciso levar em consideração que a postura precisa favo-recer a adoração e o recolhimento. “Recomende-se que os fiéis não descuidem, após a Comunhão, do agradecimento justo e adequado, seja na própria celebração, com um tempo de silêncio, com um hino ou com outro canto de louvor, seja depois da celebração, permanecendo em oração durante um período oportuno de tempo” (instrução “Inestimabile donum” nº17). Depois da comunhão é o momento estar com o Se-nhor sem pressa, de abraçá-Lo, de desagravar-lhe o coração tão ofendido por sacrilégios, ofensas e indiferenças.

Posso comungar mais de uma vez por dia?

“Quem já recebeu a Santíssima Eucaristia pode recebê-la uma segunda vez no mesmo dia, mas somente durante a celebração eucarística da qual participa” (CDC, can. 917).

“A Eucaristia está na origem de toda a forma de santidade, sendo cada um de nós chamado à plenitude de vida no Espí-rito Santo. Quantos santos tornaram autêntica a própria vida, graças à sua piedade eucarística! [...] A verdadeira alegria é reconhecer que o Senhor permanece no nosso meio, compa-nheiro fiel do nosso caminho; a Eucaristia faz-nos descobrir que Cristo, morto e ressuscitado, se manifesta como nosso contemporâneo no mistério da Igreja, seu corpo.” (Bento XVI - Exortação apostólica Sacramentum Caritatis).

- VICTOR NODARI

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COMUNIDADES//

Comemorada na segunda sexta-feira de junho, após a solenidade de Corpus Christi, a devoção do Sagrado Coração de Jesus também foi estendida pela Igreja

nas primeiras sextas-feiras de cada mês, consistindo na ve-neração do Coração de Jesus e do mais íntimo de Seu Amor.

A origem dessa devoção vem de uma religiosa que veio a se tornar santa, Santa Margarida Maria de Alacoque. Ela pertencia à Ordem da Visitação e revelou ao mundo o tema por meio das revelações que Jesus Cristo a enviava. Depois, a religiosa portuguesa Beata Maria do Divino Cora-ção, condessa de Droste zu Vischering, tornou o Sagrado Coração de Jesus ainda mais conhecido através do pedido solene feito ao Papa Leão XIII de um Ato de Consagração.

Em nosso balneário tudo começou na década de 70, entre 1975 e 1979, com círculos bíblicos e celebrações que eram realizadas em baixo de árvores ou em garagens. Quem hoje vê a bela Igreja talvez não imagine quão duro foi o caminho até aqui. O balneário foi crescendo, chegando pessoas novas e assim nossa comunidade foi também aumentando em espiritualidade e participação. Hoje temos 14 equipes entre pastorais e movimentos como: Liturgia, Batismo, Catequese, Crisma, Catecumenato, Dízimo, Apostolado da Oração, Grupo de Oração, Circulo

Bíblico, Legião de Maria, Coroinhas. Podemos dizer que somos uma comunidade formadora e missionária.

Realizamos nossa missão todos os dias através do grupo de oração, com as visitas e orações feitas pelo Aposto-lado da Oração, com trabalho das pastorais da Criança, Saúde e Círculos Bíblicos. Este ano, deu-se início também a oração do Terço dos Homens. Nosso maior patrimônio são as pessoas que formam essa união, que acolhem e que sempre estão abertas a novos membros. Com um sorriso aberto, um abraço ou um simples aceno, os visi-tantes e novos membros sentem-se acolhidos especial-mente pelo Sagrado Coração.

Venha visitar a Comunidade Sagrado Coração de Jesus e prestigiar a festa do nosso Padroeiro, com o tríduo e missa todas as noites. O tríduo acontecerá nos dias 9, 10 e 11/06. No dia do padroeiro, 12/06, haverá missa e pro-cissão. Dia 13/06, festa de rua com quadrilha, barraqui-nhas e muitas outras atrações. Venha rezar e participar conosco!!

Sagrado coração de Jesus nós esperamos e confiamos em Vós.

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS: Acolhedor como o amor de Deus, nós esperamos e confiamos em Vós.

- ANA GOMES E JUNIOR CHOQUITO

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ESPECIAL//

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CELEBRANDO Corpus Christi

Deus vivo nas estradas da humanidade

A festa dentro da fé cristã católicaA festa de Corpus Christi, dentro do ano litúrgico cristão, se insere no ciclo do Tempo Comum e faz parte do grupo das quatro grandes festas do Senhor, quais sejam Santíssima Trindade, Corpus Christi, Sagrado Coração de Jesus e Cristo Rei. São celebradas com o título de solenidade dentro das celebrações eucarísticas. Diferentemente das demais festas cristológicas e marianas que se relacionam e dependem do núcleo central do mistério pascal, estas solenidades comple-tam e explicitam o mistério pascal da fé cristã.

A festa de Corpus Christi surge no horizonte das práticas litúrgicas com o objetivo de realçar um dado da fé católi-ca, buscando apoiar a fé da Igreja para superar os conflitos internos como as heresias, mas também a necessidade de divulgar e popularizar alguns dogmas. É também uma res-posta à devoção popular da eucaristia e manifesta a unidade da comunidade ao redor de Jesus Cristo. A partir da ação divina – a encarnação, da qual a eucaristia é uma manifesta-ção – revela que Deus está no meio do seu povo e caminha por suas veredas. A validade atual desta solenidade cristã não consiste na apologia católica contra outros grupos religiosos cristãos, mas na manifestação da fé na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia e, a partir disso, a solidariedade de Deus com a humanidade.

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Um pouco de históriaA solenidade de Corpus Christi tem uma data específica dentro do calendário romano. Trata-se de uma data móvel (sem data fixa no calendário solar) que acontece na quin-ta-feira, após a Festa da Santíssima Trindade, celebrada no domingo após a Festa de Pentecostes. É antes de tudo uma “festa teológica”. Isso quer dizer que não se refere a um evento histórico, mas exalta a profissão de fé na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. Sua origem está no movimento eucarístico da Idade Média, que realçou a presença real do Cristo nas espécies consagradas, e visa aprofundar e divulgar o mistério eucarístico da transubstanciação. Aparece neste período o gesto ritual de elevar a hóstia após a sua consagra-ção, na celebração eucarística.

Aos poucos vai se desenvolvendo o ritual e o conteúdo desta festa, que, já na Idade Média, se torna oficial para toda a igreja. Assim, a eucaristia se apresenta como sacrifício e refeição. Após o Concílio de Trento (século XVI), a Festa de Corpus Christi vai ser muito difundida, como afirmação da

catolicidade dos povos fiéis à Igreja Romana e vai ganhar muita festividade e fervor, presentes nas procissões, nas vestimentas sofisticadas, nos pujantes tapetes folclóricos e nas ritualidades fascinantes. A Contrarreforma católica vai propagar – dentro da liturgia barroca do século XVII e XVIII – a devoção à presença real de Cristo nas espécies do pão e do vinho. A festa do Corpo de Cristo torna-se, no missal romano, atual a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo.

Existe uma relação teológica entre esta solenidade e a insti-tuição da Eucaristia celebrada na Quinta-feira Santa. Não se trata de uma festa duplicada, pois a última ceia está dentro do tríduo sagrado e se insere no mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Por sua vez, esta solenidade se presta à celebração mais específica do mistério eucarístico. Hoje, em tempos de grande propagação de movimentos religiosos não católicos, a celebração de Corpus Christi, bem como seus momentos de adoração eucarística tornam-se mais divulgados, como força apologética, certamente, mas também como reflorescimento da devoção eucarística, pre-sentes na piedade cristã.

Fiéis produzindo os tapetes para procissão.

Tapetes de Corpus Christi exaltam a profissão de fé dos cristãos.

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Compreender a teologia da festa

Muitos cristãos não compreendem o significado teológico desta festa e acabam por atribuir-lhe um significado mágico ou meramente devo-cional. Além disso, essa ocasião exige necessariamente a pro-fissão de fé na presença real de Jesus na Eucaristia, que confirma a presença de Deus na vida humana e sua partici-pação na história do mundo. Destacamos as três dimensões desta solenidade:

a. o passado, como representação memorial do mistério pascal, é o verdadeiro sacrifício de Cristo e sua autodoa-ção à humanidade, seu serviço sacerdotal ao mundo;

b. o presente, como sacramento da unidade do universo com Cristo e dos seres humanos entre si, atualiza a ação salvífica de Cristo e inaugura a fraterni-dade e solidariedade entre os povos;

c. o futuro, como prefiguração da nova história, é a sua transformação em Reino de Deus e a divinização da humanidade, transformada num único povo.

Concluindo, podemos afirmar que a celebração representa a dimensão de ceia, partilha e convivência de irmãos e irmãs congregados pela fé. A dimensão sacrificial celebra o Cristo, como Cordeiro de Deus, que oferta sua vida para expiação dos pecados da humanidade, derramando seu sangue em favor da redenção da humanidade. A valorização exacerbada desta dimensão pode provocar um devocionalismo superficial e magicista da celebração. Do mesmo modo, o acento unidimensional do aspecto da refeição pode negar o aspecto da presença divina na Eucaristia e relegar o culto à única dimensão de reunião fraterna. Os dois aspectos, harmonizados e complementares constituem o verdadeiro significado desta solenidade.

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ESPECIAL//

Caminhando nas ruasA festa foi trazida para o Brasil pelos portugueses. Numa carta de 9 de agosto de 1549, o Padre Manuel da Nóbrega, da Bahia, informava: “Outra procissão se fez dia de Corpus Christi, mui solene, em que jogou toda a artilharia, que estava na cerca, as ruas muito enramadas, houve danças e in-venções à maneira de Portugal”. (Cartas do Brasil, 86, Rio de Janeiro, 1931). As procissões portuguesas eram esplen-dorosas: tropas, fidalgos, cavaleiros, andores, danças e cantos. A imagem de São Jorge, padroeiro de Portugal, seguia a procissão montada em um cavalo, rodeada de oficiais de gala.

A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais, e aos poucos e tornou uma das mais tradicionais manifestações religiosas populares do Brasil. Com a liturgia barroca, a partir do século XVII, esta procissão se tornou um cortejo triunfal de ação de graças, visando também representar de modo apologético o mistério eucarístico perante os cristãos não católicos, espe-cialmente os protestantes.

Ainda hoje, são belíssimas e formosas as procissões de ruas, que se realizam em nossas comunidades. Algumas são muito famosas e vale a pena visitar e participar destes eventos, que manifes-tam a grande religiosidade popular. An-tes de tudo, manifestam a devoção do povo à Eucaristia, mas revela também a alma mística de nossas comunidades, que quer se comunicar com Deus por meio de seus ritos.

O sentido teológico mais atual desta celebração, com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, é a unidade do povo ao redor do seu Senhor, presente na eucaristia, sua força na caminhada do povo em marcha e o compromisso com os irmãos mais sofridos de nossa sociedade.

Uma palavra finalA celebração de Corpus Christi tem assumido dimensões muito solenes na vida litúrgica nos últimos tempos. Algumas vezes, revelam um grande devocionismo e isto deve ser traba-lhado com delicadeza. Corre-se o risco de exacerbar os elementos míticos e criar uma relação fascinada entre o fiel e a “hóstia sagrada”, deteriorando o sentido social e da partilha do ritual eucarístico. Deve-se cuidar para que o “Corpus Christi” seja a manifestação da fé do povo que crê num Deus onipre-sente na história e presente em nossas vidas, profetizando a fraternidade universal e a unidade cósmica. Cristo está vivo e o seu corpo é uma forma de sua presença ser real entre nós. Isso nos deve levar ao compromisso verdadeiro, pois ninguém revela melhor o Pai, se-não o Cristo e não há melhor revelação de Cristo que a vida dos irmãos e irmãs, sobretudo os que sofrem.

Adoremos o “Corpus Christi” e manifes-temos essa adoração na solidariedade com seus preferidos, os pobres desta terra.

- VICTOR GUASTI

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“O balão vai subindo, vem caindo a garoa. O céu é tão lindo e a noite é tão boa. São João, São João, acende a fogueira no meu coração”.

Quem nunca ouviu o aviso de chamada de partici-pantes para a Quadrilha da Festa Junina seja na sua Paróquia, na sua rua ou mesmo na sua escola?

Êita que alegria, fulano tem que participar que ele é muito engraçado, olha os ensaios, as roupas, as músicas (...). E na hora H, muita improvisação! Quem é que nunca participou das Festas Juninas, ajudando nos preparativos de pratos típicos como canjica, bolo de fubá, quentão ou simples-mente apreciando essas delícias? Comemoradas em todo o canto do Brasil, as festas juninas representam uma das

manifestações culturais mais ricas do nosso país. Mesmo que a base da nossa economia já não seja agrária, a tradi-ção permanece. Porém as origens desse festejo começam a se desbotar da memória das novas gerações.

O calendário das festas católicas é marcado por diversas comemorações de dias de santos. As comemorações de São João (24 de junho) fazem parte de um ciclo festivo que passou a ser conhecido como festas juninas e home-nageia, além desse, outros santos venerados em junho: Santo Antônio (dia 13), São Pedro e São Paulo (dia 29). No entanto, tais festividades têm origem antes da era cristã e estão ligadas a rituais para estimular o crescimento da vegetação, promover a fartura nas colheitas e trazer chu-vas. A Igreja Católica adaptou essas comemorações e São João ocupa papel central nas festas, pois, dentre os santos

ORIGEM DAS FESTAS JUNINAS

Festa Junina: uma das festividades mais populares no Brasil.

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de junho, foi ele que deu ao mês o seu nome e é em sua homenagem que se chamam “joaninas” as festas realizadas no decurso dos seus trinta dias. O santo nasceu em 24 de junho, dia em que o sol, ao meio-dia, atinge seu ponto mais alto no céu; é o dia mais longo e a noite mais curta do ano.

No Brasil, as festas juninas tiveram início já na época do descobrimento. Relatos de cronistas contam que os padres jesuítas acendiam fogueiras e tochas em junho, provocan-do grande atração sobre os indígenas. Essa época, mesmo sendo o início do inverno, era marcada com a realização dos rituais mais importantes para o povo que aqui vivia. Houve, assim, uma coincidência entre o propósito católico de atrair os índios ao convívio missionário catequético e as práticas rituais indígenas, simbolizadas pelas fogueiras

de São João. Esse, sem dúvida, é um dos fatores que nos ajuda a explicar porque os festejos juninos tomaram a proporção e importância dentro do calendário das festas brasileiras.

Outro fato que nos faz entender a relevância desses fes-tejos está relacionado ao tipo de relação social presente na sociedade brasileira até meados do século XX. A maior parte da população vivia no campo, onde as pessoas se integravam em grupos familiares, entendendo-se como família o conjunto de pais e filhos, tios e primos, avós e sogros. As relações familiares eram complementadas pela instituição do compadrio, que servia para integrar outras pessoas à família, estreitando os laços entre vizinhos e en-tre patrões e empregados. Até mesmo os escravos podiam ser apadrinhados pelos senhores de terra.

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RELIGIOSIDADE POPULAR//

As duas principais formas de se tornar compadre e comadre, padrinho e madrinha, eram o batismo (ainda é assim!) ou por meio da fogueira. Nas festas de São João, principalmente os homens formavam duplas de compa-dres de fogueira: ficavam um de cada lado da fogueira e pulavam as brasas dando-se as mãos em sentido cruza-do. Era comum que recitassem versos assim: “São João dormiu, São Pedro acordô, vamo sê cumpadre que São João mandô”.

Os festejos do “São João” incluem fogos de artifício, balões coloridos, bandeirolas, a fogueira para lembrar a fogueira que Santa Isabel acendeu para avisar Nossa Senhora do nasci-mento do seu filho. Uma curiosidade: segundo a tradição, São João ador-mece no seu dia pois, se estivesse acordado vendo as fogueiras acesas para homenageá-lo não resistiria: des-ceria à Terra e ela poderia incendiar-se. Além disso, não falta muita comida, bebida e danças típicas. Uma dança típica muito comum é a quadrilha, que consta de diversas evoluções em pares e é aberta pelo noivo e pela noiva, pois representa o grande baile do casamento que hipoteticamente se realizou.

Esse tipo de dança (“quadrille”) surgiu em Paris no século XVIII e teve por origem a “contredanse française”. Veio

para o Brasil durante a Regência e fez muito sucesso nos salões do século XIX. Depois saiu do palácio e caiu no gosto do povo, que mudou suas evo-luções básicas e a música.

Quem desempenha papel fundamen-tal na quadrilha é o marcador, pois é quem dá a voz de comando para diri-gir a evolução da dança, num francês misturado com o português: o anariê vem de “en arrière”, para trás; “alavan-tú”, de “en avant tous”, para frente; “changê” vem de “changer”, trocar o par; cumprimento “vis-à-vis” quer dizer cumprimento frente a frente; “otrefoá” vem de “autre fois” e quer dizer uma outra vez, repetindo o passo anterior.

Os trajes mais comuns são: para os cavalheiros, camisas xadrez, remendos na calça e camisa, chapéu de palha, talvez um lenço no pescoço e botas de cano; para as damas, vestidos com estampas florais, bem coloridas, com babados, rendas, mangas bufantes, chapéu de palha e laçarotes no cabelo.

Nas diversas partes do Brasil as festas juninas ganham coloridos diferentes por conta das regionalidades. Mas tudo remete à alegria e união. É uma noite de encantamento. Muita coisa mudou. Cabe a cada um de nós perpetuar essa tradição tão rica e que faz parte da nossa cultura e da nossa devoção!

- SHELLA BODART

Canção JuninaIsto é lá com Santo Antônio(Lamartine Babo)

Eu pedi numa oração

ao querido São João

que me desse um matrimônio.

São João disse que não,

São João disse que não,

isto é lá com Santo Antônio.

Implorei a São João

desse ao menos um cartão

que eu levasse a Santo Antônio.

São João ficou zangado.

São João só dá cartão

com direito a batizado.

São João não me atendendo

a São Pedro fui correndo.

No portão do paraíso

disse o velho num sorriso:

”Minha gente eu sou chaveiro,

nunca fui casamenteiro”.

Receita JuninaBolo de São João

1 tigela de massa de mandioca lavada

14 gemas de ovos

1/2 quilo de açúcar

100 gramas de manteiga

1 xícara de leite de coco

Bata as gemas e, quando estive-rem bem batidas, acrescente 100 gramas de manteiga e 1 xícara de leite de coco sem água. Junte os demais ingredientes e continue a bater até que tudo esteja bem li-gado. Leve ao forno regular numa assadeira untada com manteiga.

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“Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor” é o tema da mensagem do papa Francisco para o 49º Dia Mundial das Comunicações, a ser celebrado no dia 01 de junho. Em seu texto o papa reco-nhece a importância da família como lugar privilegiado para o aprendizado da comunicação, trazendo como exemplo a passagem bíblica do encontro de Maria com sua prima Isabel.

Na mensagem, ele nos conduz a refletir que: “o ventre que nos abriga é a primeira ‘escola’ de comunicação, feita de escuta e contato corporal, onde começamos a fami-liarizar-nos com o mundo exterior num ambiente pro-tegido e ao som tranquilizados do pulsar do coração da mãe. Este encontro entre dois seres simultaneamente tão íntimos e ainda tão alheios um ao outro, é cheio de pro-messa, é a nossa primeira experiência de comunicação. E é uma experiência que nos irmana a todos, pois cada um de nós nasceu de uma mãe”. Para aprofundar o tema, segue uma reflexão feita por Moisés Sbardelotto sobre a mensagem do papa.

Na sua mensagem, Francisco deixa claro que a família não é um “modelo abstrato”. Também não é “um pro-blema ou uma instituição em crise”. O papa a vê como uma “realidade concreta”. Há “beleza e riqueza” no relacionamento “entre o homem e a mulher, entre pais e filhos”. Mas também “limites”, como as “famílias com filhos marcados por uma ou mais deficiências” – e pode-mos incluir ainda as famílias monoparentais, os casais divorciados ou separados, as famílias divididas ou casais homoafetivos. É também desafiador para a família: o desemprego, as drogas, o alcoolismo, a criminalidade, a exploração humana, a violência contra mulheres e crian-ças. Escutamos, como comunidade cristã, o que essas realidades em torno da família estão nos comunicando? Deixamo-nos tocar por elas?

Para o papa, a família não é “um terreno onde se com-batem batalhas ideológicas “, “uma ideologia de alguém contra o outro”, um estereótipo cultural único e uniformi-zados. “Não existe a família perfeita – esclarece Francisco -, mas não é preciso ter medo da imperfeição, da fragi-lidade, nem mesmo dos conflitos; é preciso aprender a enfrentá-los de forma construtiva”. De nada adianta, diz o papa, lutar para “defender o passado”. É preciso traba-lhar “com paciência e confiança, em todos os ambientes que habitamos diariamente, para construir o futuro”. No caminho sinodal, portanto, cada família é chamada a contribuir na reflexão de toda a Igreja sobre a vocação e a missão da família hoje.

Francisco desafia a família – e a Igreja, família de famílias – a “comunicar de modo inclusivo”, a tornar nossas comu-nidades “mais acolhedoras para com todos, a não excluir ninguém”. Ecoam aqui as palavras dos padres sinodais, que, na Mensagem do Sínodo Extraordinário de outubro passado, diziam: “Cristo quis que a sua Igreja fosse uma casa com a porta sempre aberta na acolhida, sem excluir ninguém”.

Diante de um contexto de individualismo, a família também é um local de comunicação, pois é um ambiente concreto de aprendizagem à comunicação, de relação e de abertura. É uma boa-nova de que a sociedade é pos-sível, construída por laços de amor e de gratuidade entre esposos, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs.

“A família é o maior tesouro de um país. Trabalhemos todos por defender e revigorar esta pedra angular da sociedade”.(@Pontifex, 16/01/2015).

Comunicar a Família

A família do presente e o futuro da família

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Agenda Paroquial

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Dia Horário Ação Local

02 Ter 19h30 19h30

Missa na Com. Sagrada Família Reunião Mensal do Segmento Litúrgico

Av. Guaianases Centro Pastoral

03 Qua 19h30 Confecção dos Tapetes na Com. Santa Luzia (Paroquial) Av. Guarani

04 Qui 08h 17h

CORPUS CHRISTI - Solenidade da Festa do Corpo e Sangue de Cristo Missa na Matriz Missa e Procissão na Com. Santa Luzia - ( Paroquial)

Castelândia Praça da Av. Guarani

05 Sex 14h 19h30

Visita no Instituto Franciscano – Pastoral de Visitação Hospitalar Missa do Sagrado Coração de Jesus na Com. Sagrado coração de Jesus

Nova Almeida Rua Teresina

06 Sáb 10h 14h

16h 19h 19h

Confissões para a 1ª Comunhão na Com. Santa Luzia Reunião com os Coord. de Dízimo, Tesoureiros, Coord. de Conselho e Coord. de Liturgia / Treinamento da Campanha do Dízimo (Lanche Partilhado) Matrimônio na Matriz Matrimônio na Matriz - Pe. José Carlos Missa na Com. N. Sra. de Fátima

Av. Guarani Centro Pastoral

Castelândia Castelândia Residencial

07 Dom 07h30 08h 08h 9h30 12h 18h 19h 19h30 19h30 19h30

Missa na Matriz Celebração da Palavra na Com. São Francisco das Chagas – José Reinaldo Celebração da Palavra na Com. São Marcos – Sr. Elzenir – Dízimo Paroquial Missa e 1ª Comunhão na Com. Santa Luzia Almoço na Com. Imaculada Conceição Missa na Com. Sant’Ana Celebração da Palavra na Matriz Missa na Com. N. Sra. de Lourdes Celebração da Palavra na Com. Sagrado Coração de Jesus Celebração da Palavra na Com. Santos Anjos – Sr. Elzenir

Castelândia São Francisco São Francisco Av. Guarani Lagoa Manguinhos Castelândia Enseada Rua Teresina Portal de Jacaraípe

09 Ter19h 19h30

Atendimento Paroquial e Confissões 1º dia do Tríduo – Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus – Pe. José Morais

Centro Pastoral Rua Teresina

10 Qua19h30 19h30 19h30

Missa e Novena de N. Sra. Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia 1º dia do Tríduo - Celebração da Palavra na Com. Santo Antônio 2º dia do Tríduo - Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus - Pe. José

Av. Guarani Bicanga Rua Teresina

11 Qui19h30 19h30 19h30

2º dia do Tríduo na Com. Santo Antônio 3º dia do Tríduo - Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus – Pe. Kelder Missa na Matriz

Bicanga Rua Teresina Castelândia

12 Sex 19h30 19h30

INAUGURAÇÃO DO PROPEDÊUTICO Missa e Procissão do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus - Pe. Renato Criste 3º dia do Tríduo - Celebração da Palavra na Com. Santo Antônio

Manguinhos Rua Teresina Bicanga

13 Sáb

10h 15h 19h 19h 19h

Confissões para a 1ª Comunhão na Com. São Francisco das Chagas Confissões para a 1ª comunhão na Com. Sagrada Família Missa e Procissão do Padroeiro Santo Antônio – Após quadrilhas, shows, barraquinhas Festa Junina com quadrilhas, barraquinhas na Com. Sagrado Coração de Jesus Festa Junina na Com. Santos Anjos

São Francisco Av. Guaianases Bicanga Rua Teresina Portal de Jacaraípe

14 Dom

07h30 08h 08h 09h30 09h30 18h 18h 19h 19h 19h30 19h30

Missa na Matriz Celebração da Palavra na Com. Santa Luzia – Sr Elzenir – Dízimo Paroquial Missa na Com. São Judas Tadeu – Pe. Jacó Missa na Com. N. Sra. de Guadalupe – Pe. Jacó Missa com 1ª Comunhão na Com. São Francisco das Chagas Missa com 1ª Comunhão na Com. Sagrada Família Celebração da Palavra na Com. Imaculada Conceição – José Reinaldo Celebração da Palavra na Matriz Celebração da Palavra na Com. São José – Sr Elzenir – Dízimo Paroquial Missa na Com. São Francisco de Assis Celebração da Palavra na Com. Sagrado Coração de Jesus

Castelândia Av. Guarani Costa Bela Magistrado Bairro São Francisco Av. Guaianases Lagoa Castelândia Capuba Rua Caramuru Rua Teresina

JUNHO 2015

Agenda Paroquial

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Dia Horário Ação Local

02 Ter 19h30 19h30

Missa na Com. Sagrada Família Reunião Mensal do Segmento Litúrgico

Av. Guaianases Centro Pastoral

03 Qua 19h30 Confecção dos Tapetes na Com. Santa Luzia (Paroquial) Av. Guarani

04 Qui 08h 17h

CORPUS CHRISTI - Solenidade da Festa do Corpo e Sangue de Cristo Missa na Matriz Missa e Procissão na Com. Santa Luzia - ( Paroquial)

Castelândia Praça da Av. Guarani

05 Sex 14h 19h30

Visita no Instituto Franciscano – Pastoral de Visitação Hospitalar Missa do Sagrado Coração de Jesus na Com. Sagrado coração de Jesus

Nova Almeida Rua Teresina

06 Sáb 10h 14h

16h 19h 19h

Confissões para a 1ª Comunhão na Com. Santa Luzia Reunião com os Coord. de Dízimo, Tesoureiros, Coord. de Conselho e Coord. de Liturgia / Treinamento da Campanha do Dízimo (Lanche Partilhado) Matrimônio na Matriz Matrimônio na Matriz - Pe. José Carlos Missa na Com. N. Sra. de Fátima

Av. Guarani Centro Pastoral

Castelândia Castelândia Residencial

07 Dom 07h30 08h 08h 9h30 12h 18h 19h 19h30 19h30 19h30

Missa na Matriz Celebração da Palavra na Com. São Francisco das Chagas – José Reinaldo Celebração da Palavra na Com. São Marcos – Sr. Elzenir – Dízimo Paroquial Missa e 1ª Comunhão na Com. Santa Luzia Almoço na Com. Imaculada Conceição Missa na Com. Sant’Ana Celebração da Palavra na Matriz Missa na Com. N. Sra. de Lourdes Celebração da Palavra na Com. Sagrado Coração de Jesus Celebração da Palavra na Com. Santos Anjos – Sr. Elzenir

Castelândia São Francisco São Francisco Av. Guarani Lagoa Manguinhos Castelândia Enseada Rua Teresina Portal de Jacaraípe

09 Ter19h 19h30

Atendimento Paroquial e Confissões 1º dia do Tríduo – Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus – Pe. José Morais

Centro Pastoral Rua Teresina

10 Qua19h30 19h30 19h30

Missa e Novena de N. Sra. Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia 1º dia do Tríduo - Celebração da Palavra na Com. Santo Antônio 2º dia do Tríduo - Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus - Pe. José

Av. Guarani Bicanga Rua Teresina

11 Qui19h30 19h30 19h30

2º dia do Tríduo na Com. Santo Antônio 3º dia do Tríduo - Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus – Pe. Kelder Missa na Matriz

Bicanga Rua Teresina Castelândia

12 Sex 19h30 19h30

INAUGURAÇÃO DO PROPEDÊUTICO Missa e Procissão do Padroeiro Sagrado Coração de Jesus - Pe. Renato Criste 3º dia do Tríduo - Celebração da Palavra na Com. Santo Antônio

Manguinhos Rua Teresina Bicanga

13 Sáb

10h 15h 19h 19h 19h

Confissões para a 1ª Comunhão na Com. São Francisco das Chagas Confissões para a 1ª comunhão na Com. Sagrada Família Missa e Procissão do Padroeiro Santo Antônio – Após quadrilhas, shows, barraquinhas Festa Junina com quadrilhas, barraquinhas na Com. Sagrado Coração de Jesus Festa Junina na Com. Santos Anjos

São Francisco Av. Guaianases Bicanga Rua Teresina Portal de Jacaraípe

14 Dom

07h30 08h 08h 09h30 09h30 18h 18h 19h 19h 19h30 19h30

Missa na Matriz Celebração da Palavra na Com. Santa Luzia – Sr Elzenir – Dízimo Paroquial Missa na Com. São Judas Tadeu – Pe. Jacó Missa na Com. N. Sra. de Guadalupe – Pe. Jacó Missa com 1ª Comunhão na Com. São Francisco das Chagas Missa com 1ª Comunhão na Com. Sagrada Família Celebração da Palavra na Com. Imaculada Conceição – José Reinaldo Celebração da Palavra na Matriz Celebração da Palavra na Com. São José – Sr Elzenir – Dízimo Paroquial Missa na Com. São Francisco de Assis Celebração da Palavra na Com. Sagrado Coração de Jesus

Castelândia Av. Guarani Costa Bela Magistrado Bairro São Francisco Av. Guaianases Lagoa Castelândia Capuba Rua Caramuru Rua Teresina

Dia Horário Ação Local

16 Ter19h30 19h30

Missa na Com. Imaculada Conceição Reunião para os Coord. de Batismo Infantil e Adulto

Lagoa Centro Pastoral

17 Qua 19h30 Missa e Novena de N. Sra. Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia Av. Guarani

18 Qui19h30 19h30

Missa na Matriz Reunião Mensal da Pastoral Familiar

Castelândia Centro pastoral

19 Sex19h30 20h

Missa na Com. São José Encontro de vida e Espiritualidade para Casais

Capuba Centro de Pastoral

20 Sáb

10h 14h 15h30 18h

Confissões para a 1ª Comunhão na Com. Santo Agostinho Reunião do Conselho Paroquial III ENAC – ENCONTRO DE NAMORADOS COM CRISTO Missa - Aniversário da Legião de Maria – Festa de Acies na Com. Santos Anjos

Costa Dourada Centro Pastoral A Definir Portal de Jacaraípe

21 Dom

07h30 08h 08h 08h 09h30 18h 19h 19h30 19h30

Aniversário Natalício do Pe. Renato Criste Missa na Matriz Celebração da Palavra na Com. Santa Luzia - José Reinaldo Celebração da Palavra na Com. Sant’Ana – Sr. Elzenir – Dízimo Paroquial Cel. da Palavra e batizado de crianças na Com. Santos Anjos – Ministra Mª Conceição Missa com 1ª Comunhão na Com. Santo Agostinho Missa na Com. São Marcos Celebração da Palavra na Matriz Missa na Com. Sagrado Coração de Jesus Celebração da Palavra na Com. São Francisco de Assis – Sr Elzenir – Dízimo Paroquial

Castelândia Av. Guarani Manguinhos Portal de Jacaraípe Costa Dourada São Francisco Castelândia Rua Teresina Rua Caramuru

23 Ter 19h30 Missa na Com. Sagrada Família Av. Guaianases

24 Qua08h às 17 19h30

Encontro geral dos Presbíteros Missa e novena de N. Sra. Desatadora de Nós na Com. Santa Luzia

Ponta Formosa Av. Guarani

25 Qui08h às 17 19h30

Encontro geral dos Presbíteros MISSA NA MATRIZ – ABERTURA DA FESTA DE SÃO PEDRO

Ponta Formosa Castelândia

26 Sex 19h30 Missa na Matriz - Pe. José Castelândia

27 Sáb09h 19h

COPAV Missa na Matriz

Mitra Castelândia

28 Dom 16h 16h30

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO Procissão saindo da Praça Encontro das Águas até a Matriz Missa na Matriz

Rua Teresina Castelândia

29 Seg 09h30

Dia de São Pedro - Feriado Municipal Missa na Praia (Vila dos Pescadores)

Praia

30 Ter 19h30 Missa na Com. Nossa Senhora Aparecida Lagoa

JULHO

01 19h30 Missa e Novena de N. Sra. Desatadora de Nós na com. Santa Luzia Av. Guarani

02 19h30 Missa pelas Famílias na Matriz, inicio com Oração do Terço Castelândia

JUNHO 2015

A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENALDiante do cenário de embates ideológicos e políticos

que o Brasil vem sofrendo nos últimos meses em todas as esferas da sociedade, o Congresso Nacional

iniciou um processo de desarquivar vários projetos de lei po-lêmicos, colocando-os em votação. Dentre os projetos está o de nº 171/1993, que busca reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos. Mas qual é a posição da Igreja sobre o assunto? E o que se espera de todos os cristãos católicos diante desse projeto?

A total oposição. O cristão católico tem o dever moral diante de Deus e da sociedade de defender a vida e a integrida-de da pessoa humana em qualquer esfera e em qualquer momento. A Gaudium et Spes (Alegrias e Esperanças) é uma Constituição Pastoral do Concílio Vaticano II, escrita em 1965,

que trata sobre a Igreja no Mundo de Hoje. Ela nos mostra os traços do “rosto de uma Igreja” (CDSI, n. 96) que se apresenta “verdadeiramente solidária com o gênero humano e com a sua história” (GS, n. 1 e cf. CDSI, n. 96), que caminha lado a lado com a humanidade, experimentando a mesma sorte terrena (CDSI, n. 96). O texto afirma categoricamente que a Igreja veio “continuar, sob a direção do Espírito Paráclito, a obra de Cristo, que veio ao mundo para dar testemunho da verdade, não para julgar, mas para salvar, não para ser servi-do, mas para servir” (GS, n. 3).

A CNBB, por defender o princípio cristão-evangélico e os direitos dos prediletos de Deus e excluídos da sociedade, vem sofrendo duras críticas por parte da sociedade brasileira de-sinformada e promotora do ódio. Mas ainda assim a entidade

O cristão católico tem o dever de defender a vida.

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ATUALIDADES//

A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

A dignidade da pessoa humana radica na sua criação à imagem e semelhança de Deus [...] (Os filhos de Deus) evitam o pecado e, se o cometeram, entregam-se como o filho pródigo à misericórdia do Pai dos céus. Atingem, assim, a perfeição da cari-

dade. (Catecismo da Igreja Católica nº 1700)

se mantém firme ao pontuar que “não se pode arguir como proposta para a diminuição da crescente violência no país à redução da maioridade penal, como se esta fosse uma fórmula mágica para resolver o problema da violência que tanto atormenta a população brasileira”. E ainda complementa: “a cri-minalidade e a violência na qual estão inseridos adolescentes e jovens são frutos de um modelo neoliberal de produção e con-sumo que opera na manutenção das injustiças socioeconômi-cas, e devem urgentemente ser transformadas, especialmente a partir da construção de políticas que garantam direitos básicos à juventude e adolescentes, como o direito à educação e saúde de qualidade, moradia digna e trabalho decente”.

Olhando para a Igreja a nível mundial, o papa Francisco tem demonstrado, através de suas palavras, gestos e documentos, que a Igreja não pode se calar diante das injustiças, a fim de superá-las e não agravá-las mais.

Como nos diz Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB: “Os adolescentes, em sua grande maioria foram descartados socialmente, e com a diminuição da maioridade penal, serão

descartados em sua totalidade. Não desejamos o descarte, mas a inserção social. Há exemplos de recuperação dos jovens quando se investe no cumprimento efetivo do Estatuto da Criança e Adolescente. Não se pode condenar nossa juventu-de, sem antes dar oportunidades de crescimento e vida plena”.

Como disse nosso arcebispo Dom Luiz na missa de encerra-mento da Festa da Penha deste ano: “Redução da maioridade penal é uma forma de vingança social, pois a prisão não educa e, com ela, não se alcança a paz. A paz é fruto da solidariedade”.

Desta forma, a Igreja Católica, samaritana e a serviço da vida, bem como todo e qualquer batizado fiel a Jesus Cristo, não pode defender um projeto de morte contra crianças, ado-lescentes e jovens empobrecidos das periferias de nossas grandes cidades. Usemos da sabedoria diante das dificulda-des, tensões e violência, fazendo acontecer em nossas vidas, famílias e comunidades o Ano da Paz. Somos da Paz. Saiamos ao encontro das pessoas e estendamos a mão, não as descar-temos.

- VICTOR GUASTI

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Bem-vindos à última estação de nossa viagem ao mundo de Paulo: aqui descemos em Roma,

a cidade das sete colinas, já sem a companhia de Paulo, que partiu para a verdadeira vida, aquela que tanto pregara em suas andanças pelo velho mundo.

Sem Paulo, estamos confrontados com a mais controversa das epístolas pauli-nas: a Carta de Paulo aos Hebreus não é uma carta, nem foi escrita por Paulo, nem destinada aos Hebreus. Parece soar muito estranho, mas é de fácil explicação: nem toda carta paulina foi necessariamente escrita pelo Apóstolo, de próprio punho. Muitas carregam aquilo que o apóstolo pregou por sua vida de evangelização, assim como muitos outros documentos da Sagrada Escritura precisam de muito estudo para uma breve compreensão.

VIAGEM AO MUNDO DE PAULO: HEBREUS

Coliseu em Roma, Itália.

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VIAGEM AO MUNDO PAULO//

Hebreus na verdade é o primeiro fruto perene do serviço evangelizador de Paulo, por isso é considerada uma carta paulina sem mesmo ter sido escrita por ele. Orígenes, filósofo e teólogo do século III disse a máxima “só Deus sabe ao certo quem a escrevera”, mas admite-se a origem em um compa-nheiro próximo, aqui especula-se até Tito ou Timóteo, mas apenas para título de comparação.

Não se trata de uma carta, pois dife-rente de todas as demais, a forma de escrita (que não se parece nem um pouco com aquelas que se têm certeza de que Paulo escrevera) está mais para um sermão a ser lido. Também não há referência direta para quem é escrita, mas é denominada aos Hebreus em razão do discurso ter como objetivo tocar o coração dos judeus que se converteram ao cristianismo e vivem saudosistas às velhas práticas.

Apesar de parecer controverso, em seu teor o documento traz profundas refle-xões, responsáveis pela independência do Cristianismo pelo Judaísmo: Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote, superior aos anjos, a Moisés e Melquisedeque. Pelo seu sacrifício definitivo, Cristo se torna o mediador da nova e eterna aliança formada por Deus e os homens através de seu sangue, o que torna os cultos antigos obsoletos. O documento também carrega em seu teor de forma

muito importante o perdão como caminho às promessas de Cristo.

As verdades apresentadas, inspiradas muitas vezes nos escritos de Paulo que vimos ao decorrer de nossa viagem, também revelam a importância do apóstolo e suas atitudes para a Igreja tal qual conhecemos hoje. Não con-servamos as práticas de circuncisão, restrições alimentares e o abandono aos requerimentos de purificação da Torá (livro sagrado Judaico), que fez de Paulo um escândalo aos judeus con-servadores da época, mas compreen-didas no documento aos Hebreus que vemos, ajudaram na firmação da Igreja fundada por Cristo.

Este mês encerramos nossa viagem ao mundo de Paulo de uma forma oportuna: justamente no mês em que a Santa Igreja dedica a partida dos apóstolos Pedro e Paulo para a morada eterna, dia 29. Pedro foi morto segun-do as tradições por sacrifício de cruz, como Jesus Cristo, mas de cabeça para baixo por sentir-se indigno de repetir a postura de Nosso Senhor. Paulo, tendo sido preso muitas vezes como vimos em nossas viagens, chega a Roma sentenciado como traidor de César, e por ter cidadania romana pede que seja levado ao tribunal, onde é julgado e morto por decapitação, durante o governo de Nero, aquele que pusera fogo em Roma.

Paulo não se torna o Bispo de Roma apesar de ter “combatido o bom com-bate, encerrado sua carreira, guardado a fé” na cidade, por não ter sido ele quem levou o cristianismo à capital do velho mundo, mas Pedro. Por isso todo Papa é considerado sucessor de Pedro, o primeiro Bispo de Roma. O que de forma alguma ofusca a importância de Paulo na edificação da Igreja, mas se coloca ao lado de Pedro como pilar que sustenta a Igreja fundamentada na Pedra Angular que é Jesus Cristo, e transforma Roma a sede da Igreja da qual fazemos parte.

Aquele que nascera Saulo e fora adota-do por Cristo como Paulo, de pequeno se fez grande, de judeu fez-se cristão, de perseguidor fez-se apóstolo, e de in-teligente fez-se sábio ao compreender com todas suas forças o amor de Jesus e propagá-lo num brado que ecoa até os nossos dias, em nossas distantes terras: para isso tornou-se imortal, seja pelas palavras contidas nas sagradas escrituras ou pela vida em glória que alcançou junto a Jesus Cristo. Seja feito em nossos corações um espelho de Paulo, de sua coragem e ousadia, para que nossos passos nesta breve vida nos aproximem de Cristo, para que assim como Pedro e Paulo, possamos gozar da verdadeira vida ao fim desta nossa peregrinação terrena, no glorioso ban-quete da alegria eterna junto à Nosso Senhor Jesus Cristo e todos os santos.

VIAGEM AO MUNDO DE PAULO: HEBREUS

- VICTÓRIO GASPARINI

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VOCÊ SABIA?

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FESTA DE SÃO PEDRO: CELEBRAÇÃO DA FAMÍLIA!O mês de junho chega trazendo um clima que propicia a união da família,

amigos e a renovação da fé das pessoas naquilo que é bom e bonito. Isso porque neste mês já temos no ar as bandeirolas coloridas das festas juninas

que invadem as nossas comunidades, as brincadeiras que encantam a criançada e os passos da quadrilha ditam o ritmo da festividade. E não dá para pensar em festa junina sem lembrar-se de várias barraquinhas com guloseimas típicas da época, muitas bandeirinhas e animação.

E está chegando a festa mais esperada de Nossa Paróquia, a do Nosso querido Padroeiro São Pedro, que esse ano de 2015 está trazendo uma novidade: a volta da tradicional Subida do Navio. A tradição religiosa é uma das formas que escolhemos para nos ligar com Deus. Estamos felizes disse um nativo: “Nós vimos nossos pais e avós participando fervorosamente dessa festa e não ter a Subida do Navio é acabar com uma tradição não só do congo, mas de toda uma devoção. Aprendemos a amar São Pedro, vendo as pessoas puxando a corda do Navio, em oração, pedindo ou agradecendo ao Santo Pescador, por uma intercessão de uma graça concedida”. Fazer a Subida do Navio acontecer não é só divertimento. É trazer de volta toda uma tradição que é a história dos nossos antepassados.

De acordo com os historiadores, essa festividade foi criada pelos pescadores que viviam na localidade onde a Igreja está inserida. Um pequeno grupo, com o intuito de prestar homena-gem a São Pedro, construiu um navio de madeira a partir de um carro de boi doado por um fazendeiro, pintaram-no, e todos os anos, no dia 29 de junho, os devotos de São Pedro saíam pelas ruas puxando o navio por uma grande corda, muitos trazendo velas acesas iam agradecendo e fazendo seus pedidos ao Santo Padroeiro. É um ato de devoção e muita piedade.

Essa tradição permaneceu por mais de 100 anos e o Navio de São Pedro “O Palermo”, foi muito bem cuidado durante décadas pela família de Dona Maria Amâncio, hoje falecida. Por muitos motivos, durante dois anos a Subida do Navio deixou de aconte-cer. Precisou que isso acontecesse para que repensássemos em uma melhor maneira de reestruturar a Subida do Navio. Todo

recomeço é muito difícil. Mas com muitas reuniões, orações e muita devoção a São Pedro, nós conseguimos. Estamos enga-tinhando... Estamos aprendendo em equipe que o diálogo, a partilha de novas ideias, o respeito mútuo e a vontade de ver novamente o Mastro de São Pedro fincado no pátio da Igreja são muito maiores que qualquer desavença. É isso que está nos movendo... E cada dia que passa um passo é dado, pois cami-nhar é preciso. Uma réplica do Navio Palermo está sendo construída pelo gru-po da Comissão da Subida do Navio com o apoio da comunida-de, do padre Renato Criste e da Associação de Congo da Serra. A Fincada do Mastro vai acontecer novamente esse ano de for-ma organizada, com muita animação e oração. E contamos com a sua presença para ver que algo novo está sendo preparado para abrilhantar ainda mais a nossa festa.

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Os quatro grandes momentos:

Cortada do mastro- É realizado dez dias antes da

Festa conforme as tradições do Ciclo Folclórico, quando é escolhido um tronco da madeira guanandi, típica de brejos, para simbolizar o mastro do Navio Palermo;

Cortejo do navio: A Puxada do Mastro consiste numa grande procissão com o navio e um tronco de madeira. O navio é puxado pela multidão por meio de uma corda. Sendo levado pela avenida principal de Jacaraípe. Esse ano todo o trajeto será acompanhado por várias bandas de congo e pela banda de música Estrela dos Artistas.

Fincada do Mastro: Ao final da Puxada, o tronco enfei-tado com a bandeira do santo é fincado em frente à Igreja Matriz de São Pedro acompanhada de várias bandas de congo.

Derrubada do Mastro: É a quarta e última fase do Ciclo Folclórico dos Festejos de São Pedro. O Mastro que foi fincado na festa do padroeiro permanece ao lado da Igreja até a Derrubada, que é feita no segundo domingo de agosto, quando é retirado e carregado nos ombros, acompanhado de bandas de Congo, até ser guardado. A partir deste ano de 2015, o Navio e o Mastro ficarão guardados em um salão ao lado da Igreja de São Pedro.

Cada festa é uma oportunidade de revitalizar as matrizes religiosas e culturais do município de Serra, de modo es-pecial para a população do litoral, identificada com o mar e a pesca. Essa é a razão de desde muito tempo, festejar São Pedro como nosso patrono, apóstolo cuja profissão era a de pescador. Há entre nós a constante preocupação de não perdermos a raiz religiosa da nossa festa. A Igreja é uma instituição organizada, aberta ao diálogo. Realizar eventos de forma conjunta, como o da festa do nosso que-rido Padroeiro São Pedro, com direito às tradicional Subida do Navio é zelar para a manutenção da religiosidade de um povo e suas festividades.

Programação:

A Festa de São Pedro faz parte do ciclo folclórico e religioso do Município de Serra e terá a participação das bandas de congo Nossa Senhora da Conceição e Beira Mar de Jacaraí-pe, Jovens de Manguinhos, Cultura Congo de Bicanga, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário de Pitanga, Banda de Congo São Benedito e São Sebastião de Nova Almeida e da participação especial da Banda de Música Estrela dos Artistas. Terá também barraquinhas com comidas típicas, Shows, qua-drilha, Descida do Navio, Procissão, Missas e Subida do Navio.

Tríduo de preparação:25/06 QUINTA-FEIRA

19h30 - Missa na Matriz, envio de todos os barraqueiros e Comissão da Festa de Rua, com a bênção do novo Navio de São Pedro.

26/06 SEXTA-FEIRA

19h30 - Missa na Matriz, logo após abertura da Festa com o Show da Banda Católica Água Viva, barraquinhas com comidas típicas. 22h - Show Popular

27/06 SÁBADO 19h - A Santa Missa e logo após barraquinhas e shows.

28/06 DOMINGO

16h- Procissão de São Pedro, com saída da Praça Encontro das Águas, seguida de missa. 18h – Concentração das Bandas de Congo para a Subida do Navio; 19h – Quadrilha 20h- Apresentação Musical 21h – Chegada do navio e Fincada do Mastro com Show Pirotécnico. 22h – Apresentação musical.

29/06 SEGUNDA-FEIRA

09h- Missa na Praia dedicada a todos os pescadores.

- MAURA CONCEIÇÃO

“FESTA DE SÃO PEDRO 2015, A FESTA DA FAMÍLIA DE JACARAÍPE”.

Venha e traga toda a sua família!

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